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COLÉGIO ESTADUAL ALBINO FEIJÓ SANCHES ENSINO FUNDAMENTAL, MÉDIO E PROFISSIONAL PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 2016

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COLÉGIO ESTADUAL ALBINO FEIJÓ SANCHES

ENSINO FUNDAMENTAL, MÉDIO E PROFISSIONAL

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

2016

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SUMÁRIO

1.0 IDENTIFICAÇÃO DO ESTABELECIMENTO DE ENSINO 6

2.0 JUSTIFICATIVA 6

3.0 HISTÓRICO DA INSTITUIÇÃO 7

4.0 CARACTERIZAÇÃO DO ATENDIMENTO 11

4.1 REGIME DE FUNCIONAMENTO 11

4.2 OFERTA E ORGANIZAÇÃO CURRICULAR 13

4.2.1 ENSINO FUNDAMENTAL –anos finais- 6º ao 9º ano 13

4.2.2 ENSINO MÉDIO 13

4.2.3 TÉCNICO EM MEIO AMBIENTE- Integrado e subseqüente 18

4.2.4 TÉCNICO EM QUÍMICA- Integrado e subseqüente 19

4.2.5 TÉCNICO EM ENFERMAGEM- Subsequente ao Ensino Médio 20

4.2.6 EDUCAÇÃO ESPECIAL- Sala de Recursos Multifuncional tipo 22

4.2.7 CELEM- Espanhol e Inglês 22

4.2.8 PROGRAMA MAIS EDUCAÇÃO 23

4.2.9 AULAS ESPECIALIZADAS DE TREINAMENTO ESPORTIVO AETE 23

5.0 ESTRUTURA FÍSICA E MATERIAL 24

6.0 ESPAÇOS PEDAGÓGICOS 26

7.0 RECURSOS HUMANOS 29

8.0 DIAGNÓSTICO DA INSTITUIÇÃO – MARCO SITUACIONAL 29

8.1 PERFIL SOCIOECONÔMICO DA COMUNIDADE ESCOLAR 29

9.0 PRÁTICA PEDAGÓGICA 31

9.1 GESTÃO ESCOLAR 32

9.2 INSTÂNCIAS COLEGIADAS 34

9.2.1 APMF 34

9.2.2 CONSELHO ESCOLAR 35

9.2.3 GRÊMIO ESTUDANTIL 35

9.2.4 CONSELHO DE CLASSE 36

9.2.5 EQUIPE MULTIDISCIPLINAR 37

9.3 ENSINO - APRENDIZAGEM 37

9.4 ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO AO PÚBLICO ALBO DA EDUCAÇÃO ESPECIAL 38

9.5 ARTICULAÇÃO ENTRE ETAPAS DE ENSINO 39

9.6 ARTICULAÇÃO ENTRE DIRETORES, PEDAGOGOS (AS) E DEMAIS PROFISSIONAIS DA

EDUCAÇÃO

40

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9.7 ARTICULAÇÃO ENTRE PROFISSIONAIS DE ENSINO COM PAIS/RESPONSÁVEIS 41

9.8 FORMAÇÃO CONTINUADA DOS PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO 42

9.9 ACOMPANHAMENTO E REALIZAÇÃO DA HORA-ATIVIDADE 42

9.9.1 ORGANIZAÇÃO DO TEMPO E DO ESPAÇO PEDAGÓGICO 43

9.9.2 INDICES DE APROVEITAMENTO ESCOLAR/ABANDONO/ EVASÃO 45

9.9.3 INDICADORES EXTERNOS 47

9.9.4 CURSOS TÉCNICOS INTEGRADOS 49

9.9.5 RELAÇÃO ENTRE PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO E DISCENTES 52

9.9.6 CRITÉRIO DE ORGANIZAÇÃO DAS TURMAS 53

10 PRINCÍPIOS DIDÁTICO- PEDAGÓGICOS RELACIONADOS A CONCEPÇÃO DE 53

10.1 EDUCAÇÃO 53

10.2 HOMEM 54

10.3 MUNDO 55

10.4 SOCIEDADE. 56

10.5 FORMAÇÃO HUMANA INTEGRAL 57

10.6 CULTURA 57

10.7 TRABALHO/TECNOLOGIA 57

10.8 ESCOLA 59

10.9 CURRÍCULO 60

10.10 CUIDAR E EDUCAR 61

10.11 CONHECIMENTO 62

10.12 ENSINO E APRENDIZAGEM 63

10.13 AVALIAÇÃO 63

10.14 FORMAÇÃO CONTINUADA 65

10.15 EDUCAÇÃO INCLUSIVA 65

10.16 DIVERSIDADE 66

11.0 DESAFIOS CONTEMPORÂNEOS 67

11.1 CULTURA AFRO-BRASILEIRA E INDÍGENA 67

11.2 EDUCAÇÃO AMBIENTAL 70

11.3 GÊNERO E DIVERSIDADE 71

11.4 PREVENÇÃO AO USO INDEVIDO DE DROGAS 72

11.5 ENFRENTAMENTO À VIOLÊNCIA 73

11.6 ENVELHECIMENTO SAUDÁVEL 74

11.7 EDUCAÇÃO FISCAL 75

12.0 CALENDÁRIO ESCOLAR 76

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13.0 AÇÕES DIDÁTICO-PEDAGÓGICAS 76

13.1 PROGRAMA MAIS EDUCAÇÃO 76

13.2 AULAS ESPECIALIZADAS DE TREINAMENTO ESPORTIVO 78

13.3 CELEM- ESPANHOL E INGLÊS 79

13.4 SALA DE RECURSOS MULTIFUNCIONAL TIPO I 80

13.5 BRIGADA ESCOLAR 81

14.0 AÇÕES REFERENTES À FLEXIBILIZAÇÃO DO CURRÍCULO 81

15.0 ESTÁGIO NÃO OBRIGATÓRIO 82

16.0 AVALIAÇÃO 83

16.1 PONTOS DE PARTIDA PARA UM NOVO OLHAR SOBRE O PROCESSO AVALIATIVO 84

16.1.1 A NECESSIDADE E OS USOS DA AVALIAÇÃO 85

16.2 CLASSIFICAÇÃO E RECLASSIFICAÇÃO 85

16.3 PROMOÇÃO 86

16.4 CLASSIFICAÇÃO E RECLASSIFICAÇÃO 87

16.5 RECUPERAÇÃO DE ESTUDOS 88

16.6 PROGRESSÃO PARCIAL 90

16.7 QUANDO O ALUNO É TRANSFERIDO PARA ESTE COLÉGIO 90

17.0 MATRIZES CURRICULARES 90

18.0 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR ENSINO FUNDAMENTAL ANOS FINAIS DO 6º

AO 9º ANO

91

18.1 CONCEPÇÃO DE CURRÍCULO 91

18.2 ORGANIZAÇÃO CURRICULAR 92

18.2.1 MATEMÁTICA 92

18.2.2 ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS 96

18.2.3 O TRABALHO COM A HISTÓRIA DA MATEMATICA 97

18.2.4 O USO DA TECNOLOGIA EM AULAS DE MATEMATICA 97

18.2.5 OS JOGOS, AS BRINCADEIRAS E O USO DOS MATERIAIS MANIPULÁVEIS 99

18.2.6 CIÊNCIAS 103

18.2.7 PRESSUPOSTO TEÓRICO 103

18.2.8 PROCEDIMENTO DIDÁTICO 106

18.2.9 AVALIAÇÃO 113

19 HISTÓRIA 114

19.1 PRESSUPOSTO TEÓRICO 114

19.2 OBJETIVOS DO ENSINO DE HISTÓRIA 117

19.3 ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS 117

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19.4 AVALIAÇÃO 122

19.5 CONTEÚDOS 122

19.6 GEOGRAFIA 125

19.6.1 CONTEÚDOS 129

19.6.2 AVALIAÇÃO 131

19.6.3 ARTE 133

19.6.4 PRESSUPOSTO TEÓRICO 133

19.6.5 A ARTE COMO CONHECIMENTO 137

19.6.6 ARTES VISUAIS 138

19.6.7 DANÇA 140

19.6.8 MÚSICA 141

19.6.9 TEATRO 143

19.7 ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS 144

19.7.1 CONTEUDOS 147

19.7.2 AVALIAÇÃO 157

19.7.3 EDUCAÇÃO FÍSICA 163

19.7.4 PRESSUPOSTO TEÓRICO 163

19.7.5 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS 167

19.7.6 CONTEÚDOS 168

19.7.7 AVALIAÇÃO 173

19.7.8 LÍNGUA ESTRANJEIRA MODERNA- INGLÊS 173

19.7.9 CONTEUDO 174

19.8 IMPORTANCIA 175

19.8.1 METODOLOGIA 175

19.8.2 CONTEUDOS ESTRUTURANTES 176

19.8.3 CONTEUDOS BASICOS 176

19.8.4 AVALIAÇÃO 178

19.8.5 CRITÉRIOS DA DISCIPLINA 178

19.8.6 INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO 179

19.8.7 RECURSOS DIDÁTICOS 179

19.8.8 ENSINO RELIGIOSO 180

19.8.9 METODOLOGIA 181

19.9 LÍNGUA PORTUGUESA 185

19.9.1 PRESSUPOSTO TEÓRICO 185

19.9.2 OBJETIVOS GERAIS 187

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19.9.3 OBJETIVOS ESPECÍFICOS 188

19.9.4 CONTEUDOS 189

19.9.5 AVALIAÇÃO 195

19.9.6 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR- ENSINO MÉDIO 207

19.1 BIOLOGIA 207

19.2 FILOSOFIA 217

19.3 FÍSICA 241

19.4 QUÍMICA 246

19.5 SOCIOLOGIA 252

19.6 LÍNGUA PORTUGUESA 261

19.7 MATEMÁTICA 267

19.8 INGLÊS 271

19.9 EDUCAÇÃO FÍSICA 277

19.10 HISTÓRIA 286

19.11 GEOGRAFIA 292

19.12 ARTE 298

20.0 CURSOS TÉCNICOS PROFISSIONALIZANTES 304

20.1 TÉCNICO EM MEIO AMBIENTE- SUBSEQUENTE 304

20.2 TÉCNICO EM MEIO AMBIENTE – INTEGRADO 326

20.3 TÉCNICO EM QUÍMICA – SUBSEQUENTE 379

20.4 TÉCNICO EM QUÍMICA INTEGRADO 402

21.0 PLANO DE AÇÃO DO COLÉGIO 459

22.0 PLANO DE AÇÃO DA EQUIPE MULTIDISCIPLINAR 465

23.0 AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL 475

ANEXOS 476

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1.0 DENTIFICAÇAO

Colégio Estadual Albino Feijó Sanches Ensino Fundamental, Médio e Profissional.

Endereço: Rua Jacarezinho, 80 Bairro: Parque das Indústrias

Londrina – Paraná

Fone/Fax: (043) 33412917

E-mail: [email protected]

Mantenedor: Governo do Estado do Paraná

2.0 JUSTIFICATIVA

Por ser a educação um processo, o Projeto Político Pedagógico da escola tem

por objetivo mantê-la em constante estado de reflexão e elaboração, envolvendo a

responsabilidade de todos os que dela participam, para que haja desenvolvimento

humano integral dentro de uma educação formadora e transformadora do cidadão

no processo de ensino-aprendizagem.Dessa forma, esse Projeto Político

Pedagógico busca retratara sua história, o conjunto dos seus currículos, seus

métodos, o conjunto dos seus atores internos e externos e o seu modo de vida.

Não se constrói um projeto sem uma direção política, um norte, um rumo. Por

isso, todo projeto pedagógico da escola é também político. “O projeto pedagógico da

escola é, por isso mesmo, sempre um processo inconcluso, uma etapa em direção a

uma finalidade que permanece como horizonte da escola”. (Moacir Gadotti)

Com todas as transformações ocorridas nos últimos tempos nas áreas

cientifico-tecnológicas, econômico-sociais, ético-políticas e culturais na

contemporaneidade, tem impactado toda a humanidade, exigindo pensar e

ressignificar a formação de profissionais da educação e a gestão da educação, ou

seja, apontando para a necessidade de humanizar a formação e as condições de

trabalho dos profissionais da educação e a gestão da educação ressignificando-as

com base ética, excluindo o individualismo rumo à formação da cidadania plena.

Muito se tem falado na necessidade de se democratizar a escola pública.

Tornar a escola democrática hoje significa modificá-la a fim de que cada vez mais,

uma maior parcela da camada popular nela ingresse e permaneça. Dessa forma a

escola poderá cumprir aquilo que lhe é especifico, enquanto instancia social que luta

pela transformação: a socialização do saber.

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Há uma necessidade urgente de eliminar a seletividade e evasão das escolas

públicas, pois são estes fatores básicos que evidenciam primeiramente que o ensino

brasileiro não é democrático. Democratizar a escola também significa torná-la

pública, gratuita e de boa qualidade, proporcionando-lhe o acesso e a permanência.

Pretendemos que o nosso Projeto Político Pedagógico, através de uma

análise crítica de como é, e de como vem sendo a escola até hoje, possamos

reorganizá-la e com isso melhorar o ensino-aprendizagem de modo que seja um

coadjuvante na luta por uma sociedade

Pelo conhecimento o homem adquire os instrumentos necessários para a

transformação/apropriação da natureza em seu beneficio.

É preciso que todos os profissionais que atuam na escola, tanto docentes, como não

docentes, organizem-se para que façam um trabalho tecnicamente competente e

politicamente consequente à democratização do ensino.

Assim sendo, o Projeto Político Pedagógico buscou como referência uma

elaboração coletiva, proporcionando momentos de leitura, discussões e reflexões de

todos envolvidos no processo de ensino e aprendizagem da escola.

3.0 HISTÓRICO DA INSTITUIÇÃO

Em 30 de dezembro de 1977 foi autorizado, através do oficio nº. 687/77, pelo

Diretor Geral da Secretária do Estado dos Negócios da Educação e Cultural Sr.

Eleutério Dallazem, o funcionamento de uma nova unidade escolar construída no

Parque das Indústrias, ficando a mesma agregada ao Complexo Escolar José de

Anchieta. Esta unidade escolar passou a funcionar em 1978, tendo sido feita a

matricula dos alunos, durante as férias de janeiro/fevereiro de 1977 e 1978, nas

dependências da Escola José de Anchieta, pois a unidade ainda estava em

construção.

Em 1º de março de 1978 iniciaram-se as aulas regulares, nos três períodos:

diurno e noturno para as 5ª séries do l.ºGrau.

A escola Albino Feijó Sanches de 1978 até julho de 1979 atendeu aos alunos da

Escola José Anchieta-Supletivo-Fase 1, cuja extensão funcionava na “Escola

Municipal Mábio Gonçalves Palhano” e posteriormente no conjunto “Dalva Fahl

Boaventura”, ocupando 5 das 8 salas existentes no período noturno.

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A unidade escolar recém construída no Parque das Indústrias passou a

denominar-se Albino Feijó Sanches, pôr proposição do Sr. Dácio Leonel de

Quadros, então Deputado Estadual, através de Decreto do Palacio “Dezenove de

Dezembro”, em 06/04/78, com a finalidade de homenagear o pioneiro londrinense,

que chegou a Londrina em junho de 1934, ano da fundação da cidade, procedente

de Jaboticabal, Estado de São Paulo. Era casado com dona Adelaide de Jesus e

tinha 12 filhos. Foi motorista, agricultor e comerciante, vindo a falecer em 22 de abril

de 1970. Foi idealizador do loteamento “Parque das Indústrias” e foi doador da área

onde hoje se localiza a Escola que recebeu o seu nome, num total de 8.975,18 m².

O estabelecimento de ensino passou a denominar-se Escola Albino Feijó

Sanches Ensino de 1º Grau, conforme o artigo 2º do Decreto n.º 4955/78 de 12 de

maio de 1978, que criou e autorizou o funcionamento do complexo Escolar José de

Anchieta - Ensino Regular e Supletivo de 1º Grau (artigo 1º) fusão da Escola José

de Anchieta e Escola Albino Feijó Sanches.

Através da Resolução n.º3179/81 de 30/12/81, ficou reconhecido o Curso de 1º

Grau - Regular da Escola Albino Feijó Sanches - Ensino de 1º Grau (artigo l.º) ficou

a Escola mantida pelo Governo do Estado (artigo 2º), assinado pelo Secretário de

Estado da Educação, Edson Machado de Sousa.

Em 1981 a direção solicitou à Fundepar uma ampliação da Escola tendo sido

autorizada em 16/01/82, a construção de 300 m² compreendendo 4 salas, 2

dependências e 4 conjuntos sanitários, realizada pela construtora Cavalheri de

Curitiba.

Em 1985 teve inicio o funcionamento do 2º grau com a habilitação em Curso

propedêutico, tendo seu reconhecimento dado pelo Parecer n.º 287/87 e aprovado

em 09/12/87 em Educação Geral.

Conforme Resolução n.º 2051/88, art. 1º ficou autorizado o funcionamento da

Classe Especial na área de deficiência Mental.

No ano de 1990, foi necessária a criação do período intermediário, para

solucionar de imediato a falta de vagas, pois a procura era maior que a demanda.

Tendo em vista a implantação desse período aumentaram os problemas tais

como: Alunos doentes pôr falta de alimentação, pois a merenda não supria essa

necessidade; dificuldade de professores em acomodar o horário, pois atuavam em

outros estabelecimentos de ensino; dificuldade dos pais em acompanharem o

rendimento escolar dos filhos.

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Em vista de todas essas questões, o rendimento do aluno eo trabalho do

professor não estavam correspondendo aos objetivos de um ensino eficaz.

No ano de 1992 pela 1ª vez, o Projeto Político Pedagógico foi proposto pelas

escolas, nele deveria definir a identidade da escola, indicar os caminhos para um

ensino de qualidade, bem como todas as ansiedades, necessidades e problemas da

comunidade escolar a serem superados.

A partir desse momento começamos nossa batalha para a extinção do período

intermediário, pedindo a construção de nove salas de aula para acomodação dos

alunos, o que ajudaria a proporcionar um melhor rendimento.

No ano de 1994, foi realizada uma parceria do Governo do Estado com a

Prefeitura Municipal de Londrina para a construção de cinco novas salas de aula,

salão nobre e um laboratório (física, química e biologia), porém o inicio das obras

não aconteceu na data prevista. Insatisfeitos, alunos do colégio, professores,

funcionários e pais de alunos fizeram uma manifestação pública para o Prefeito

Municipal de Londrina, o qual se comprometeu a verificar o porquê do atraso das

obras e deu como resposta a falta de repasse de verbas.

Em fevereiro de 1995 teve inicio a reforma da cozinha e a construção das

novas salas de aula, com previsão final de construção para julho. Porém, isso só

ocorreu no final do período letivo do referido ano.

Entramos no ano letivo de 1996 extinguindo o período intermediário, passando

o Colégio Estadual albino Feijó Sanches Ensino de 1º e 2º Graus a funcionar

novamente em 3 períodos (manhã, tarde e noite) dispondo de 19 salas de aula para

cada período.

No inicio do ano de 1996, foi realizada uma pequena reforma para ampliação

da sala dos professores, supervisão e direção, assim como a construção de uma

nova secretaria com recursos da APM do estabelecimento de Ensino com projeto

aprovado pela FUNDEPAR.

No ano de 1998 através de convênio com o PROEM foi construída uma

Biblioteca e um laboratório de informática equipado com 12 microcomputadores, que

atendeu também a comunidade com parceria com a ADETEC, oferecendo curso de

informática aos alunos e professores através de seus estagiários.

Em 28/06/2002 a Divisão de análise da FUNDEPAR-DIAN/DAS fez a liberação

de R$ 136.859,16 para a APM deste estabelecimento de Ensino para a construção

da cobertura da quadra de esportes (incluindo vestiários e palco). Cobertura

conseguida através de muito empenho das Sra. Lucia Aparecida Cortez Martins e

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Elizabete Mezzaroba, diretoras na época, que não mediram esforços para alcançar

este objetivo desta comunidade.

A preocupação com o ser humano e com o meio ambiente em que vive leva o

Colégio Estadual Albino Feijó Sanches a propor a criação do Curso Técnico em

Meio Ambiente na área do Meio Ambiente, no ano de 2005, considerando a

necessidade local Ambiente e possibilitar capacitação profissional para ingresso no

mercado de trabalho

e regional da capacitação de profissionais para manter ações de preservação do

Meio. Foi autorizado no ano de 2005 a formação de 2 turmas do Subsequente no

período noturno, atendendo a 70 alunos. No ano de 2006 foi formada uma turma de

Técnico em Meio Ambiente Integrado com 40 alunos.

Diante do modelo de desenvolvimento adotado no país: as questões

ambientais, a segurança alimentar e a segurança energética. Exigindo para esse

mercado profissionais qualificados para atender essas demandas e assim sendo no

ano de 2009 foi aprovado o funcionamento do Curso Técnico em Química. O

profissional técnico na área de química é importante para qualificar os serviços na

área e dar o suporte que diversas indústrias necessitam.

No ano de 2010 entra em funcionamento o curso, com a formação de 2

turmas do subsequente no período noturno, atendendo 62 alunos .No período da

manhã foi formado 1 turma de Técnico em Química Integrado com 31 alunos.

No ano de 2010 o estabelecimento de ensino passa ofertar o curso básico em

Espanhol do CELEM (Centros de Línguas Estrangeiras Modernas), além dos

alunos,a oferta é estendida aos professores,funcionários e a comunidade. O colégio

formou duas turmas , capacitando não só alunos e professores, mas pessoas da

comunidade, oportunizando a estes uma melhor qualificação para um mercado tão

exigente.

No ano de 2010, foi implantado em nosso estabelecimento o Ensino Médio por

Blocos de Disciplinas Semestrais- segundo a resolução nº 5590/2008. Tendo o

objetivo de melhorar os índices de evasão e repetência, principalmente dos alunos

do período noturno, procurando com essa organização em Blocos de Disciplinas

Semestrais, garantir melhor aproveitamento dos estudos de alunos nesta faixa

etária. O mesmo foi adotado nos períodos matutino e noturno, em que oferta-se o

Ensino Médio.

No ano de 2012, ocorre a implantação simultânea do Ensino Fundamental de 9

anos atendendo o Parecer 22/09 CNE/CEB e Resolução 07/10.

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Em Dezembro de 2014, foi comunicada através de reunião com toda a

comunidade escolar a cessação do EMBDS ( Ensino Médio por Blocos de

Disciplinas Semestrais), em razão da não paridade apresentada no período noturno,

com ciência da Orientação Conjunta nº 002/2014 DEB/DLE – Procedimentos para

cessação da oferta do Ensino Médio por Blocos de Disciplinas semestrais para o

ano de 2015, em atendimento à Resolução nº 6398/2014-GS/SEED. A cessação

poderia ocorrer de forma simultânea ou gradativa, ficou acordado após votação que

seria gradativa. Dessa forma, serão ofertadas turmas de 2º e 3º anos em 2016 e 3º

ano em 2017, que funcionarão ao mesmo tempo que o Ensino Médio Regular.

4.0 - CARACTERIZAÇÃO DO ATENDIMENTO

4.1 Regime de Funcionamento

Organização de turnos e horários:

Período Matutino: 07h30min às 11h50min

Período Vespertino: 13h30min às 17h50min

Período Noturno: 19h00min às 23h10min

PERIODO DA MANHÃ

º N.ºde TURMAS SERIE

Estimativa de alunos

06 1ª ano do ensino médio 184

03 2ª ano do ensino médio 87

03 3ª ano do ensino médio 91

01 1ª Téc. Meio amb. integrado 34

01 2ªTéc. Meio amb. integrado 32

01 3º Tec Meio amb.integrado 20

01 4º Tec.Meio amb.integrado 20

01 1º tec. Química integrado 25

01 2º tec. Química integrado 17

01 3º tec. Química integrado 25

01 4º tec. Química integrado 14

01 Sala de Recursos Turma A 5

01 Sala de Recursos Turma B 5

01 Sala de Recursos Turma C 3

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12

01 Sala de Recursos Turma D 4

01 Programa Mais Educação 37

01 Programa Futuro Integral Turma A 15

01 Programa Futuro Integral Turma B 15

01 Aulas Especializadas de Treinamento/

Voleibol

26

01 CELEM – Inglês 1ª série A 35

01 CELEM – Inglês 2ª série A 06

TOTAL – 30 TURMAS TOTAL ALUNO 700

PERÍODO DA TARDE

N.ºde TURMAS ANO Estimativa de alunos

07 6ºano do ensino fundamental 152

05 7ºano do ensino fundamental 136

03 8ºano do ensino fundamental 79

03 9ºano do ensino fundamental 78

TOTAL – 18 TURMAS TOTAL ALUNO- 445

PERIODO NOTURNO

N.ºde TURMAS SERIE Estimativa de alunos

01 1ª ano ensino médio 44

02 2ª ano ensino médio 38

02 3ª ano ensino médio 55

01-Tec. Meio ambiente sub 2º semestre 14

01-Tec. Quimica sub 4º semestre 20

01- Tec. Enfermagem 1º semestre 32

01- Tec. Enfermagem 2º semestre 23

01- Tec. Enfermagem 3º semestre 16

01- Tec. Enfermagem 4º semestre 15

01 CELEM- Básico 1ª série 24

01 CELEM- Básico 2ª série 03

TOTAL DE TURMAS- 13 TURMAS 284

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4.2 -OFERTA E ORGANIZAÇÃO CURRICULAR

4.2.1 - ENSINO FUNDAMENTAL anos finais - 6º ao 9º ano

A oferta dos anos finais do Ensino Fundamental ocorre de acordo com a

legislação vigente, com08 turmas de 6º ano,05 turmas de7º ano,03 turmas de 8º ano

e 03 turmas de9º no período vespertino, perfazendo o número de 448 alunos.

No contexto do PPP se concebe a educação escolar como uma prática que

tem a possibilidade de criar condições para que todos os alunos desenvolvam suas

capacidades e aprendam os conteúdos necessários para construir instrumentos de

compreensão da realidade e de participação em relações sociais, políticas e

culturais diversificadas. Para tanto ainda é necessário que a instituição escolar

garanta um conjunto de práticas planejadas com o propósito de contribuir para que

os alunos se apropriem dos conteúdos de maneira crítica.

Ao considerar as especificidades no desenvolvimento das crianças, a

elaboração do Projeto Político Pedagógico deve ocorrer em uma perspectiva que

considera o sujeito aprendente como elemento principal do processo de construção

do conhecimento, que considera o processo ação-reflexão-ação como eixo

norteador da didática a ser implementada em sala de aula; que considera o (a)

professor (a) como sujeito mais experiente cujo compromisso primeiro é organizar e

consolidar o ambiente escolar como um ambiente culturalmente letrado, ambiente

este que inclui espaços, tempos, currículo, planejamentos, intervenções e

experiências. Outro compromisso do professor nessa perspectiva é não dar

respostas prontas, mas devolver perguntas, compor espaços de bons problemas

para serem resolvidos pelo grupo, provocar, fazer o (a) aluno (a) pensar,

respeitando as suas possibilidades cognitivas, físicas, afetivas e culturais.

4.2.2 ENSINO MÉDIO

O Ensino Médio ofertado é anual, com 07 turmas de 1º ano (período matutino)

e 04 turmas de 2º ano ( 03 turmas no período matutino e 01 no noturno) ; porém o

Ensino Médio por Blocos de Disciplinas Semestrais está sendo ofertado para as 05

turmas de 3º anos, até a conclusão do curso, que ocorreráno fim de 2016,( 03

turmas no período matutino e 02 no noturno), totalizando no Ensino Médio 502

alunos.

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O Ensino Médio atual refere-se a organização dos três anos finais da Educação

Básica estabelecida pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação básica 9394/96. A

referida Lei estabelece que a Educação Básica, no nível Fundamental e Médio, será

organizada de acordo com uma carga horária mínima anual de 800 (oitocentas)

horas, distribuídas por um mínimo de 200 (duzentos) dias de efetivo trabalho

escolar. Conforme esta orientação, a carga horária das disciplinas do currículo é

organizada dentro dos 200 (duzentos) dias letivos. São anuais, pois as disciplinas

estão distribuídas em todo ano letivo.

A estrutura curricular do Ensino Médio por Blocos manteve a organização por

série, da mesma forma que o Ensino Médio anual. Porém, no Ensino Médio

semestral, cada série é formada por dois blocos de disciplinas. Tais blocos estão

articulados por meio de uma matriz curricular única. Conforme Instrução 021/2008

SUED/SEED:

Para as três séries do Ensino Médio (1ª, 2ª e 3ª Séries)

Bloco 1 Hora Aula Bloco 2 Hora Aula

BIOLOGIA 04 ARTE 04

EDUCAÇÃO FÍSICA 04 FÍSICA 04

FILOSOFIA 03 GEOGRAFIA 04

LÍNGUA PORTUGUESA 06 MATEMÁTICA 06

HISTÓRIA 04 QUÍMICA 04

LEM ESPANHOL 04 SOCIOLOGIA 03

LEM - ESCOLHA DA COMUNIDADE 04

Total Semanal 29 Total Semanal 25

Fonte: Matriz Curricular Única. Disponível em < www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/> Acesso em abril 2013

Durante os anos em que o Colégio ofertou o Ensino Médio por Blocos de

Disciplinas Semestrais, observou-se pontos positivos do ponto de vista pedagógico,

como: aulas geminadas, maior número de aulas na semana, maior facilidade para

cumprimento do calendário escolar e menor número de disciplinas por bloco. No

entanto, o índice de evasão escolar não diminuiu, de acordo com as expectativas

existentes na sua implantação. Conforme estatística realizada com as turmas do

Período da Manhã e da Noite, constatou-se a seguinte realidade:

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ANO: 2010 TURMAS % REPROVAÇÃO E EVASÃO

MANHÃ / NOITE

1º SEMESTRE 1ºS ANOS 12% 16%

1º SEMESTRE 2ºS ANOS 8% 17%

1º SEMESTRE 3ºS ANOS 7% 11%

2º SEMESTRE 1ºS ANOS 11% 14%

2º SEMESTRE 2ºS ANOS 13% 29%

2º SEMESTRE 3ºS ANOS 12% 13%

ANO: 2011 TURMAS % REPROVAÇÃO E EVASÃO

MANHÃ / NOITE

1º SEMESTRE 1ºS ANOS 8% 27%

1º SEMESTRE 2ºS ANOS 7% 25%

1º SEMESTRE 3ºS ANOS 9% 14%

2º SEMESTRE 1ºS ANOS 8% 26%

2º SEMESTRE 2ºS ANOS 9% 16%

2º SEMESTRE 3ºS ANOS 21% 16%

ANO: 2012 TURMAS % REPROVAÇÃO E EVASÃO

MANHÃ / NOITE

1º SEMESTRE 1ºS ANOS 5% 41%

1º SEMESTRE 2ºS ANOS 6% 24%

1º SEMESTRE 3ºS ANOS 9% 27%

2º SEMESTRE 1ºS ANOS 12% 36%

2º SEMESTRE 2ºS ANOS 9% 27%

2º SEMESTRE 3ºS ANOS 12% 27%

ANO: 2013 TURMAS % REPROVAÇÃO E EVASÃO

MANHÃ / NOITE

1º SEMESTRE 1ºS ANOS 13% 35%

1º SEMESTRE 2ºS ANOS 7% 19%

1º SEMESTRE 3ºS ANOS 10% 23%

2º SEMESTRE 1ºS ANOS 14% 47%

2º SEMESTRE 2ºS ANOS 10% 31%

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2º SEMESTRE 3ºS ANOS 11% 32%

O: 2014 TURMAS % REPROVAÇÃO E EVASÃO

MANHÃ / NOITE

1º SEMESTRE 1ºS ANOS 8% 48%

1º SEMESTRE 2ºS ANOS 9% 38%

1º SEMESTRE 3ºS ANOS 8% 15%

2º SEMESTRE 1ºS ANOS 20% 56%

2º SEMESTRE 2ºS ANOS 13% 33%

2º SEMESTRE 3ºS ANOS 14% 19%

A partir da análise dos dados, percebe-se um grande índice de reprovação e

evasão, principalmente no período noturno, em relação ao Ensino Médio Anual, não

atingindo portanto, a meta de diminuição de tais índices, esperados pela equipe

diretiva e pedagógica do Colégio.

Assim sendo, em dezembro de 2014, foi comunicada através de reunião com

toda a comunidade escolar a cessação do EMBDS ( Ensino Médio por Blocos de

Disciplinas Semestrais), em razão da não paridade apresentada no período noturno,

com ciência da Orientação Conjunta nº 002/2014 DEB/DLE – Procedimentos para

cessação da oferta do Ensino Médio por Blocos de Disciplinas semestrais para o

ano de 2015, em atendimento à Resolução nº 6398/2014-GS/SEED. A cessação

poderia ocorrer de forma simultânea ou gradativa, ficou acordado após votação que

seria gradativa. Dessa forma, serão ofertadas turmas de 2º e 3º anos em 2015 e 3º

ano em 2016, que funcionarão ao mesmo tempo que o Ensino Médio Anual.

Por seguirem as Diretrizes Curriculares Estaduais, os conteúdos são os

mesmos, tanto do Ensino Médio por Blocos, como do Ensino Médio Anual. A

diferença encontra-se em como estão organizados, conforme se observa abaixo:

ATRIZ CURRICULAR PARA O ENSINO MÉDIO

ESTADO DO PARANÁ

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

NRE LONDRINA – MUNICÍPIO DE LONDRINA

ESTABELECIMENTO: ALBINO FEIJÓ SANCHES C E – E F M PROFIS

ENDEREÇO: RUA JACAREZINHO, 80

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FONE: 3341-2917/3342-6667

ENTIDADE MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ

CURSO: 0009- ENSINO MÉDIO

ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2015

FORMA: GRADATIVA

TURNOS: MANHÃ E NOITE

BASE NACIONAL COMUM

DISCIPLINAS ANOS 1º 2º 3º

ARTE 2 2 2

BIOLOGIA 2 2 2

EDUCAÇÃO FÍSICA 2 2 2

FILOSOFIA 2 2 2

FÍSICA 2 2 2

GEOGRAFIA 2 2 2

HISTÓRIA 2 2 2

L. PORTUGUESA 2 2 3

MATEMÁTICA 3 3 2

QUÍMICA 2 2 2

SOCIOLOGIA 2 2 2

SUB TOTAL 23 23 23

BASE DIVERSIFICADA

LEM- INGLÊS 2 2 2

*LEM 4 4 4

SUB TOTAL 6 6 6

TOTAL GERAL 29 29 29

4.2.3 TÉCNICO EM MEIO AMBIENTE, integrado e subsequente ao Ensino

Médio.

O curso Técnico em Meio Ambiente Integrado é ofertado no período Matutino

para, 01 turma de2º ano, 01 turma de 3º ano e 01 turma de4º ano, totalizando 72

alunos. Já o Técnico em Meio Ambiente Subsequente funciona no período noturno

com uma turma de 14 alunos (1º semestre).

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O Técnico em Meio Ambiente busca formar, aperfeiçoar e atualizar

profissionais, aptos a compreender os aspectos culturais, econômicos, políticos e

sócio-ambientais próprios dos contextos de sua área de atuação, visando a

implantação de programas, projetos, ações, estudos e pesquisas na área sócio-

ambiental buscando reduzir, minimizar os problemas ambientais que são gerados

por nossa sociedade dentre outras a ausência de políticas e ações de cunho

preventivo.

Partindo de duas palavras de uso comum e de conhecimento universal – lixo e

poluição – o tema ambiental fez surgir, em poucas décadas, um vocabulário

especializado que melhor define as questões ambientais.

A proteção ambiental que era vista por um ângulo defensivo, estimulando

apenas soluções corretivas baseadas no cumprimento da legislação, começa a ser

considerada como uma necessidade, pois reduz o desperdício de matérias-primas e

assegura uma boa imagem para a empresa que adere às propostas ambientalistas.

Na década de 90, já mais consciente da importância de manter o equilíbrio

ambiental e atendendo que o efeito nocivo de um resíduo ultrapassa os limites da

área onde foi gerado, a sociedade passou a cobrar uma postura ambiental

responsável das empresas, através das legislação específicas sobre o impacto

ambiental trazido pelas diferentes intervenções humanas no meio ambiente.

Para as empresas a questão ambiental deixa de ser, assim, um tema-

problema, para se tomar parte de uma solução maior – a credibilidade dos

profissionais das empresas e da sociedade civil, através da qualidade e da

competitividade de seus produtos e serviços.

A adoção de procedimentos de gestão ambiental e da qualidade aliado aos

demais princípios ambientais pelas instituições públicas e privadas, podem atuar em

todos os processos, evitando impactos sobre o meio ambiente por meio de um

conjunto de ações, que incluem o controle de emissões, redução do consumo de

recursos naturais, reciclagem de resíduos, reutilizações de materiais

conscientização ambiental, monitoramento permanente de processos, atendimento

da legislação ambiental e outras ações ambientais.

Assim, legislação ambiental, as pressões sociais, as exigências de mercado e

do consumidor vem contribuindo para difundir uma cultura ambiental no cenário das

empresas e da sociedade de uma forma mais ampla, onde a educação tem muito a

contribuir..

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Seja qual for a meta ou os resultados esperados que se planeja, para ter

sucesso, a implementação de procedimentos voltados à preservação e conservação

ambiental dependem de um trabalho integrado de profissionais com formação

técnica, tecnológica e sócio-cultural habilitados a desenvolver programas e projetos

ambientais que atendam aos anseios e necessidades da sociedade.

4.2.4 TÉCNICO EM QUÍMICA, INTEGRADO E SUBSEQUENTE AO ENSINO

MÉDIO.

O curso Técnico em Química Integrado é ofertado no período Matutino para,

01 turma de 2º ano, 01 turma de 3º ano e 01 turma de 3º ano e 01 turma de 4º ano,

totalizando 58 alunos. Já o Técnico em Química Subsequente funciona no período

noturno com uma turma de 1º semestre com 18 alunos.

O Técnico em Química visa o aperfeiçoamento na perspectiva de uma

concepção de formação técnica que articule trabalho, cultura, ciência e tecnologia

como princípios que sintetizem todo o processo formativo. O plano ora apresentado

teve como eixo orientador a perspectiva de uma formação profissional como

constituinte da integralidade do processo educativo.

Assim, os três componentes curriculares: base nacional comum, parte

diversificada e parte específica integram-se e articulam-se garantindo que os

saberes científicos e tecnológicos seja à base da formação técnica. Por outro lado

as ciências humanas e sociais permitirão que o técnico em formação se

compreenda como sujeito histórico que produz sua existência pela interação

consciente com a realidade construindo valores, conhecimentos e cultura.

A organização dos conhecimentos, no Curso Técnico em Química enfatiza o

resgate da formação humana onde o aluno, como sujeito histórico, produz sua

existência pelo enfrentamento consciente da realidade dada, produzindo valores de

uso, conhecimento e cultura por sua ação criativa.

A área de Química está no cotidiano do trabalho em vários setores econômicos

e joga importante papel no modelo de desenvolvimento adotado no país: das

questões ambientais, à segurança alimentar e segurança energética. A Química

está presente no cotidiano de todas as pessoas. Assim é uma área que demanda

permanente atualização e apresenta uma crescente exigências de trabalhadores

qualificados. Profissionais de nível técnico na área de química são importantes para

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qualificar os serviços na área e dar suporte ao desenvolvimento do país em diversas

áreas industriais.

4.2.5 CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM SUBSEQÜENTE AO ENSINO

MÉDIO

O curso Técnico em Enfermagem é ofertado no período Noturno para 01 turma

de 1º semestre, 01 turma de 2º semestre, 01 turma de 3º semestre e 01 turma de 4º

semestre, totalizando 82 alunos.

Frente ao processo de crescente exclusão social, desemprego, baixa

escolaridade, qualificação insuficiente dos trabalhadores, concentração da riqueza,

reestruturação produtiva, incorporação das tecnologias de informação e

comunicação no processo produtivo, as mudanças e as transformações só serão

significativas se forem, efetivamente, estruturais e profundas. É fundamental que a

Educação Profissional seja ofertada com qualidade e de forma pública, gratuita, que

atenda às necessidades dos jovens e adultos excluídos do sistema educacional ou

que a ele não tiveram acesso e, portanto, precisam de uma escola que tenha o

trabalho na perspectiva da formação emancipatória dos sujeitos envolvidos.O curso

visa habilitar o indivíduo através de conhecimento e desenvolvimento de

competências e habilidades teóricas, práticas e científicas, à prestação da

assistência de Enfermagem ao ser humano, de acordo com princípios éticos e

técnicos necessários à função, dentro de uma visão humanizada e de qualidade.

Além da formação profissional, o curso proporcionará aos educandos os

conhecimentos propostos a partir dos seguintes objetivos:

Uma reflexão dos desafios e atitudes em relação ao profissional que se exige

na atualidade, sendo o educando um construtor de conhecimentos que adquire

uma postura de transformador de seu meio e co-responsável para a edificação

de uma sociedade de justiça;

Habilitar e qualificar profissionais de enfermagem, assentados em sólida

educação básica, permitindo acesso às conquistas, pela apropriação do saber

que alicerça a prática profissional, isto é, o domínio da inteligência do trabalho,

o que implica na aquisição de habilidades e conhecimentos necessários ao

exercício profissional na área de saúde;

Desenvolver competências profissionais, isto é, a capacidade de mobilizar,

articular, colocar em ação conhecimentos, habilidades e valores necessários

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ao desempenho eficiente e eficaz de atividades requeridas pela natureza da

saúde;

Contribuir para a melhoria da qualidade dos serviços prestados à comunidade

através da promoção profissional e educacional dos técnicos de enfermagem;

Fornecer o conhecimento técnico para a otimização e automação das tarefas

relacionadas ao cotidiano da vida profissional;

Promover o desenvolvimento profissional dos alunos para atuar na área da

saúde, mediante o exercício competente e ético, conectadas com a dinâmica

do ambiente;

Propiciar o conhecimento sobre os métodos quantitativos necessários para

auxiliar na tomada de decisão no campo de saúde;

Contextualizar as relações entre as organizações e o meio em que se inserem,

quanto a aspectos humanos, políticos, sociais, tecnológicos, governamentais,

legais, éticos e ambientais;

Permitir a elaboração de conhecimentos humanos para o exercício de

atividades que contribuam com o desenvolvimento da região e do país;

Disponibilizar uma formação integrada e humanística, possibilitar o

desenvolvimento da visão crítica do aluno, oportunizar as atividades

extracurriculares, principalmente, aquelas ligadas às atividades práticas na

área de saúde;

Valorizar a ética nas relações pessoais e profissionais e proporcionar e

propiciar condições de desenvolvimento pessoal e relacionamento coletivo;

Oferecer à sociedade, profissionais de qualidade através da articulação das

teorias com as práticas organizacionais; de prática supervisionadas; de

reconhecimento dosconhecimentos, saberes, habilidades e técnicas

específicas extracurriculares; de práticas pedagógicas e de métodos de ensino-

aprendizagem adequados; de sistemas de avaliações dos docentes, dos

discentes, das escolas, dos cursos e de infra-estrutura do sistema educativo;

O Técnico em Enfermagem deverá atender às necessidades da realidade social

embasado nas Diretrizes do Sistema Único de Saúde (SUS), com responsabilidade

e compromisso com o exercício da cidadania, nos diversos níveis de complexidade

das ações de saúde, desde a prevenção de agravos e promoção à saúde até em

situações mais complexas de recuperação e reabilitação. Terá competência técnico-

científica para prestar assistência integral à saúde – individual e coletiva –

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fundamentada nos princípios éticos, legais e humanos. Prestará assistência integral

à saúde do ser humano em todo seu ciclo de vida, do nascimento à morte com

dignidade, atuando em serviços de saúde especializados considerados de média e

alta complexidade, interagindo com o cliente, família, comunidade e equipe

multiprofissional. Compreenderá e atuará no processo de trabalho de enfermagem

de forma crítica, reflexiva, criativa, com capacidade de tomar decisões em seu

âmbito de atuação, conforme legislação vigente.

4.2.6-EDUCAÇÃO ESPECIAL – SALA DE RECURSOS MULTIFUNCIONAL TIPO

I

A oferta ocorre no período matutino, atende a uma turma de 17 alunos do 6º ao

9º ano.

A Educação Especial é uma modalidade de ensino que perpassa todos os

níveis, etapas e modalidades, realiza o atendimento educacional especializado,

disponibiliza os recursos e serviços e orienta quanto a sua utilização no processo

ensino-aprendizagem nas turmas do ensino regular.

4.2.7-CELEM – ESPANHOL E INGLÊS

A oferta do CELEM – Língua Espanhola e Língua Inglesa neste

Estabelecimento de Ensino, atende o disposto na Resolução nº 3904/2008 – SEED

e a Instrução Normativa nº 019/2008 - SUED/SEED, que regulamenta o

funcionamento de cursos de Línguas Estrangeiras Modernas. A oferta de ensino

extracurricular, plurilinguista e gratuita do Curso Básico de Espanhol e do Curso

Básico de Língua Inglesa é destinada aos alunos da Rede Estadual de Educação

Básica, matriculados no Ensino Fundamental (anos finais) e no Ensino Médio. Esta

oferta é estendida aos professores e funcionários que estejam no efetivo exercício

de suas funções em estabelecimentos de ensino na Rede Pública Estadual de

Educação Básica, SEED e NRE, num total de até 10% das vagas sobre o número

máximo de alunos por turma. A comunidade poderá usufruir dos cursos, num total

de até 30% das vagas sobre o número máximo de alunos por turma, desde que

comprovada a conclusão dos anos iniciais do Ensino Fundamental.

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O ensino de línguas estrangeiras modernas contribui para que o aluno descubra

novos meios de expressão, desenvolva sua capacidade de atenção, seu senso

crítico e seja capaz de analisar e refletir a sua realidade e a da sociedade na qual

está inserido. Ao estudá-las, aluno vai-se conscientizando do seu próprio código – a

língua materna – seja pelos contrastes, seja pelas analogias, ou semelhantes

estabelecidas; adquire novas formas de expressão, facilitando a aquisição de

conhecimentos linguísticos necessários à compreensão e à expressão oral e escrita,

e à cultura de outros povos que fazem parte do mesmo contexto geográfico,

conhecendo o comportamento, a dinâmica social, os costumes e tudo o que

caracteriza um povo.

4.2.8 - PROGRAMA MAIS EDUCAÇÃO

O Programa Mais Educação ocorre no contraturno, com alunos do 6º e 7º ano,

é uma estratégia educacional inovadora que, dentre outros aspectos, articula

projetos e programas do Governo Federal e de outras instituições educacionais e

sociais, voltados para promoção do aumento da permanência dos alunos nas

escolas.

4.2.9– AULAS ESPECIALIZADAS DE TREINAMENTO ESPORTIVO – AETE

As aulas de treinamento esportivo acontecem no contraturno, com alunos do

ensino fundamental I (de 6º ao 9º ano) , tem por objetivo dar acesso ao aluno à

prática esportiva nas diversas modalidades visando o pleno desenvolvimento de

suas habilidades específicas , de acordo com sua idade.

REFERÊNCIAS:

LEGAL - INSTRUÇÃO Nº 012/2014 - SUED

Constituição Federal de 1988, Art. 205, 206, 207 e 217.

Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº 9.394/96, Art. 27,34 e 87.

Lei nº 8.089/90, que dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente.

Lei nº 13.005/14, que aprova o Plano Nacional de Educação.

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Lei nº 11.494/07, que regulamenta o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da

Educação e de Valorização dos Profissionais da Educação - FUNDEB.

Resolução nº 04/10 – CNE/CEB, que define as Diretrizes Curriculares Nacionais

Gerais da Educação Básica, Art. 12, 13 e 17.

Resolução nº 07/10 – CNE/CEB, que fixa as Diretrizes Curriculares Nacionais para o

Ensino Médio.

Resolução nº 02/2012 – CNE/CEB, que define as Diretrizes Curriculares Nacionais

para o Ensino Médio.

Portaria Interministerial nº 17/07 e Decreto nº 7.083/10 – MEC.

5.0 ESTRUTURA FÍSICA E MATERIAL

O Colégio funciona em prédio escolar Estadual próprio, possuindo as seguintes

dependências: diretoria, secretaria, sala de professores, sala da equipe pedagógica,

almoxarifado, sala de Classe Especial, cozinha, refeitório, biblioteca, quadra de

esportes coberta, depósito de alimentos, sanitários dentro do prédio, necessitando

de reparos.

Possui 22 salas de aula em alvenaria, sendo 8 salas com 50,41 m², 4 salas

com 48,50m², 3 salas 46, 43m², 6 salas 43,73 m ², 1 sala adaptada com 39,75 m ²,

11 com piso de madeira em condições de uso satisfatório e 11 com piso frio. Todas

as salas possuem ventilação adequada e cortinas.

Foram adaptadas para atendimento aos alunos de sala de apoio 1 sala com

capacidade para atender 20 alunos e 1 sala de contraturno com capacidade para

atender 12 alunos por período em cada uma, necessitando urgente de uma sala

mais adequada. Foi construída uma secretaria com duas salas de 25 m². Uma sala

de Direção com 9m². A sala dos professores com 24,85 m².

A biblioteca é de alvenaria com 91,37 m², possuindo um acervo de

aproximadamente 10.000 livros de livros paradidáticos, literatura infantil e

enciclopédias.

A cozinha é de alvenaria possuindo aproximadamente 40 m², com piso

cerâmico e azulejos nas paredes, bancadas de granito e cuba em inox. É equipada

com 1 fogão industrial de 6 bocas, 1 forno a gás, 1 freezer horizontal, 1 exaustor de

parede, 1 liquidificador industrial e 1 doméstico, 1 balança, uma geladeira duplex,

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panelas, caldeirões, pratos, talheres, canecas, duas panelas de pressão industrial,

todos em estado satisfatório.

A escola possui três almoxarifados: um para material de limpeza, um para

mantimento e outro para materiais de Educação Física diversos. Este último

encontra-se inapropriado, necessitando de uma nova construção, maior e com mais

ventilação.

Os sanitários para os alunos são com piso cerâmico, uma bancada em granito

com uma cuba, num total de banheiros, sendo 3 masculino e 3 feminino. Junto a

sala de professores há dois sanitários com piso cerâmico, paredes revestidas de

azulejo: um masculino com 4,5 m² e um feminino com 6 m².

Há três bebedouros industrial instalados e 2 bebedouros no corredor,

proporcionando água gelada e natural em oito torneiras. O refeitório é localizado em

área de circulação sendo imprópria a sua localização e espaço. O pátio é amplo e

arborizado, possuindo 3 bancos e um mastro para hasteamento da bandeira. A

rampa de acesso dos alunos ao colégio é coberta para proteção de sol e chuva

antes do início do período. Os corredores externos não são cobertos.

É necessário uma passarela com cobertura para interligar salas de aula e

refeitório. Há um estacionamento para carro de professores. O mesmo necessita ser

pavimentado e ampliado. Toda a escola é equipada com lâmpadas fluorescentes.

Os espaços físicos e materiais não tem atendido às demandas do Colégio de

forma satisfatória, pois necessita de ampliações em diversos ambientes, como outra

quadra de esportes, reparos nos telhados e reformas em geral. O colégio foi

construído há 40 anos e não foi reformado, apenas manutenções e adaptações

foram feitas no decorrer do tempo. Atualmente, conta com os seguintes

equipamentos de informática, eletrônicos e pedagógicos:

Na Secretaria: 05 computadores, 03 impressoras, 01 copiadora, 01 fax; na

Biblioteca, 1 computador para controle do acervo e 03 computadores com acesso à

internet para a comunidade; na Direção: 03 computadores, 01 impressora e 01

sistema de som, na Equipe Pedagógica do Ensino Fundamental e Médio: 01

computador e 01 impressora; na coordenação Técnico em Enfermagem: 01

computador e 01 impressora;na coordenação do Técnico em Química e Meio

Ambiente: 01 computador e 01 impressora; no Laboratório de Informática: 38

computadores com acesso a internet.

O Colégio conta com o seguinte acervo de materiais: 22 TVs PENDRIVE; 02

televisores, 04 filmadoras, 04 máquinas fotográficas, 05 rádios/gravador/Cd, 02

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sistemas de som (caixas de som, amplificador para utilização em eventos),05 data

show para uso em sala de aula,04 Aparelhos de DVD para uso em sala de aula,02

retroprojetores, 02 aparelhos de microfone sem fio completos,02 microfones com fio,

02 gravadores de voz,sistema de som, quarenta e dois ventiladores em sala de aula,

jogos pedagógicos, fantoches, instrumentos musicais e materiais esportivos

diversos.

Quanto às salas, 20 são Salas de aula, 02 salas de aula adaptadas; 02 Salas

de Coordenação (Enfermagem/ Meio Ambiente e Química),01Sala de professores,

01 Sala Equipe Pedagógica e 01 Sala de multimídia com 05 ventiladores.

Os recursos mencionados contam com manutenção periódica e seus usuários

são constantemente orientados quanto ao seu uso correto e sua preservação. Toda

a comunidade escolar tem se beneficiado de tais instrumentos facilitadores do

trabalho pedagógico e administrativo. Para os alunos, o acesso ao laboratório de

Informática com aulas planejadas pelo professor tem qualificado o campo da

pesquisa, construção de trabalhos acadêmicos e atividades das diversas

disciplinas.

6.0 ESPAÇOS PEDAGÓGICOS

A escola tem buscado rever suas práticas e atividades reguladas por meio de

horários e calendários, no sentido de considerar as trajetórias humanas dos

estudantes, suas vivências e suas experiências, para articulação dos seus tempos

com os tempos da vida (SANTOS, 2005).

A aprendizagem e desenvolvimento são processos diferenciados, mas

intimamente relacionados. O desenvolvimento é o fenômeno de mudanças das

manifestações comportamentais dos seres humanos, entre elas as afetivas, sociais,

cognitivas e psicomotoras, que ocorrem ao longo da vida e dependem da carga

hereditária, da maturação orgânica e do meio ambiente físico e sociocultural.

A aprendizagem deve ser considerada sempre como aprendizagem de algo

para a construção de conceitos e competências ao longo do desenvolvimento. É a

aprendizagem que impulsiona o desenvolvimento, que novamente impulsiona uma

nova aprendizagem. Para a entendermos como um fenômeno inerente ao

desenvolvimento do homem, devemos levar em consideração os mecanismos de

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construção do conhecimento, de conceitualização do mundo e as dinâmicas do

desenvolvimento cognitivo humano ocorrido nas interações sociais (MORO, 2005).

Entende-se então a aprendizagem como um processo construído internamente,

mediante conflitos que oportunizam reorganizações cognitivas, que dependem dos

níveis de desenvolvimento do estudante, mediante a tomada de consciência das

ações que executa, suas inter-relações e seus resultados (PERRET – CLEMONT,

1984).

Logo, a organização do tempo escolar possibilita ao estudante o

estabelecimento de relações essenciais para o desenvolvimento das funções

psicológicas superiores, tais como atenção, percepção, memória, pensamento,

imaginação e capacidade de aprendizagem. Portanto, organizamos o tempo

pensando em desenvolver práticas educacionais dinâmicas e contextualizadas, que

propiciem ao estudante uma nova compreensão da realidade em que está inserido,

levando-o ao desenvolvimento de estratégias cognitivas e metacognitivas,

construindo assim sua autonomia.

No que compete a Escola e dentro das reais condições, visamos um trabalho

de equipe que atenda de forma direta as reais necessidades do processo ensino e

aprendizagem, de forma a diminuir o índice de evasão repetência e aumentar

qualidade de ensino. Os diferentes tempos biológicos e culturais – os ritmos da

natureza e da vida cotidiana – constituem o contexto que interfere nos processos de

aprendizagem e nas vivências dos seres humanos. Um desses tempos é o tempo

escolar.

O tempo escolar como construção cultural, aliado aos tempos da vida, que se

revelam por meio das transformações corporais, dos desejos, dos comportamentos,

das atitudes, das emoções e dos sentimentos, propicia aos estudantes

desenvolvimento e aprendizagens significativas para toda a vida.

Com o objetivo de integrar o aluno ao sistema escolar com responsabilidade e

liberdade num ambiente participativo, respeitando-se mutuamente numa perspectiva

cooperativista, a comunidade escolar tem estabelecido em seu Regulamento

Interno, normas, critérios e ações educativas que determinam as particularidades no

funcionamento da entidade.

A entrada dos alunos no período matutino é a partir das 7h20min, no vespertino

a partir das 13h15min e no noturno a partir das 19h 15min pelo portão à Rua

Aparecido Fernando de Oliveiro, s/nº. Uma zeladora e uma pedagoga fica no portão

nesse horário para receber os alunos. Este é fechado 10 minutos após o sinal de

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entrada; a partir deste horário os alunos deve justificar o atraso na direção. A saída

dos alunos, no período matutino é às 11h 50min e no vespertino às 17h 30min para

séries iniciais e 17h 50min para séries finais. Neste horário uma zeladora

permanece no portão por 10 minutos. É ofertada aos alunos com defasagem na

aprendizagem, aula de contraturno, ou seja, atendimento de 2h durante 2 dias na

semana, no período inverso (contraturno). Os pais ou responsável são informados

sobre os dias e horários através de reuniões assinando também, um termo de

compromisso.

A merenda é oferecida diariamente aos alunos que se dirigem ao refeitório, de

forma organizada; a distribuição da merenda fica a cargo das merendeiras nos

seguintes horários: Matutino: 10h às 10h15min. Vespertino: 15h15min às 15h30min,

16h às 16h20 min e no período noturno das 21h 20min às 21h30min.

O livro didático não consumível distribuído pela FNDE deverá ser devolvido à

escola no final do ano letivo em boas condições; os funcionários da biblioteca são os

responsáveis pelo controle dos mesmos, sendo que os pais assinam um termo de

responsabilidade no ato da entrega. Os materiais distribuídos pela escola devem ser

bem aproveitados pelos alunos, evitando-se desperdícios.

As tarefas de casa ficam a critério de cada professor. O pai ou responsável

deve justificar ao professor, no caso do aluno deixar de fazê-las. Os trabalhos de

pesquisa são realizados na biblioteca da própria escola ou outras fontes. A mesma

atende aluno, professores da escola e a comunidade em geral, e empréstimo de

livros de literatura infantil e juvenil. Cada aluno possui sua carteirinha com nome e

número de inscrição. O empréstimo de livros é feito em horário de aula, uma vez por

semana pelos funcionários. Caso o aluno esqueça o livro no seu dia de troca,

deverá trazê-lo no dia seguinte.

O recreio caracteriza-se como uma atividade escolar destinada à alimentação e

socialização. Neste momento, o educando é orientado a utilizar o refeitório, o pátio e

o banheiro. O intervalo é período em que o educando pode interagir com os alunos

das outras turmas, estabelecendo novas amizades, reforçando a importância das

regras e dos limites para a convivência em grupo. Assim, os educandos têm a

possibilidade de reorganizar as suas experiências, reconstruindo os conhecimentos

como nos coloca Vygotski (1984). Durante o intervalo, há a oportunidade de

conviver e lidar com as diferenças, promovendo o desenvolvimento integral do

sujeito.

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7.0 RECURSOS HUMANOS

Sendo a escola uma comunidade com identidade e detentora de um conjunto

de princípios norteadores da ação pedagógica, ela deve estar fundamentada em

princípios éticos, ou seja, em princípios que regem o “comportamento moral dos

homens em sociedade.”

Pautada nestes princípios o Colégio Estadual Albino Feijó Sanches em seu

quadro administrativo, docente e de funcionários, promove o relacionamento

cooperativo de trabalho resguardando sempre o respeito humano a toda a

comunidade escolar. A equipe gestora é formada pela Diretor Geral e 02 diretoras

auxiliares, os professores que compõem o corpo docente desta escola possuem na

sua maioria o vinculo de trabalho QPM e minoria o vínculo PSS (Processo Seletivo

Simplificado). A formação acadêmica da maioriados profissionais envolvidos com o

processo de ensino e aprendizagem tem se ampliado,acompanhado as ofertas de

cursos de capacitação fornecidos pela SEED e outros, com participação efetiva de

funcionários e auxiliares de serviços gerais. Dessa forma,cerca de 80% possuem

curso de Especialização, 20% cursaram o Mestrado e 01 professora possui Pós

Doutorado.

8.0 DIAGNÓSTICO DA INSTITUIÇÃO – MARCO SITUACIONAL

8.1 PERFIL SOCIOECONÔMICO DA COMUNIDADE ESCOLAR

A escola situa-se na região Sul de Londrina – PR, no bairro denominado

Parque das Indústrias, atendendo outros bairros circunvizinhos. Esses bairros

adjacentes são formados assentamentos e antigas favelas. Na sua maioria é uma

população de baixa renda apresentando alto índice de violência e desemprego.

Apresenta-se uma classe trabalhadora com renda advinda de trabalhos esporádicos

e informais.

Algumas famílias são mantidas pelos avós através de pensão alimentícia e/ou

benefícios governamentais (federais, estaduais e municipais).

Grande parte dos alunos iniciam sua vida acadêmica nos CMEI ( Centro

Municipal de Educação Infantil) e após passarem mais ou menos de 3 a 4 anos se

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transferem para as escolas Municipais que atendem o Ensino Fundamental anos

iniciais, nas proximidades do bairro Parque das Industrias.

Essa instituição escolar atende a partir dos anos finais do Ensino Fundamental,

também Ensino Médio e Profissional, divididos nos 3 períodos, sendo que cada um

apresenta uma realidade diferente, com um público bastante diversificado, tanto na

faixa etária como nos objetivos acadêmicos.

Nos períodos matutino e vespertino algumas situações são semelhantes: falta

de pontualidade dos alunos, desinteresse pela situação escolar tanto pelos pais

como pelos alunos, falta de acompanhamento das tarefas e na realização de

trabalhos extra-classe, o não uso do uniforme e do cartão de identificação.

O período noturno é composto por um público com faixa etária que vai de 16 a

20 anos de idade no Ensino Médio. O Ensino Subsequente, ou seja, Técnico em

Meio Ambiente e Técnico em Química, a maioria dos alunos tem idade superior aos

25 anos chegando até os 55 anos.

A localização geográfica da escola facilita o acesso da comunidade, pois está

situada no centro do bairro, sendo um ponto de referência.

Embora haja problemas pontuais, a escola tem sido de fundamental

importância para a maioria da população que vê nessa instituição uma forma de

obtenção do conhecimento científico que dê ascensão acadêmica e profissional. É

onde também as famílias são apoiadas pelos serviços prestados pela Rede de

Proteção: Encaminhamento à assistência social nas UBS - Unidade Básica de

Saúde, CRAS - Centro de Referência de Assistência Social, CAPSI- Centro de

Atenção Psicossocial Infanto juvenil, CREAS- Centro de Referência especializado

de Assistência Social, Hospitais, Serviços de Acolhimento e Conselho Tutelar são os

órgãos que nos auxiliam nesses encaminhamentos, bem como programa do leite,

entre outros.

A evasão é um dos problemas e desafios a serem enfrentados. Podemos

perceber um maior número no período noturno, pois nos demais períodos ocorrem

num índice muito baixo, as causa de evasão no noturno provém de carga horária

excessiva onde os alunos não conseguem conciliar o trabalho com a escola,

chegando atrasados e na maioria das vezes pedem autorização para saídas

antecipadas, quando questionados alegam estar inseridos em trabalhos informais,

na maioria das vezes braçal e os deixam cansados. Outros motivos são; os

conteúdos ofertados que não são do interesse dos alunos; alguns alunos não têm

objetivos definidos para sua vida escolar e desistem, alegam também a violência

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urbana e que no local onde moram há a “Lei do Silêncio” e por terem medo de

chegarem tarde desistem de estudar. No intuito de transformar tal realidade, o

colégio tem realizado projetos visando conscientizar,estimular e resgatar o valor dos

estudos para a vida do jovem, para ampliar suas expectativas acadêmicas,

profissionais e pessoais.

Quanto aos alunos reprovados, percebemos um número significativo em todos

os períodos, as causas são as mais variadas: o acompanhamento dos pais que é

precário, o desinteresse dos alunos na situação de aprendizagem, a falta de

atendimento individualizado aos alunos com dificuldade de aprendizagem em sala

de aula, devido às salas numerosas e alunos que ainda não se apropriaram dos

conhecimentos para série em que se encontram. O enfrentamento a tal situação tem

sido objeto de pesquisa, debates e consequentes trabalhos práticos na sala de aula.

Professores estão utilizando-se de novas tecnologias como instrumentos

pedagógicos que fazem parte do cotidiano do adolescente, com a perspectiva de

tornar o ensino mais interessante e condizente com a “geração y“, a influência da

internet e dos dispositivos móveis, tão comuns a eles.

9.0 PRÁTICA PEDAGÓGICA

Acreditamos que a metodologia utilizada na escola contribui muito para o

sucesso ou fracasso do processo ensino e aprendizagem. Esta deve corresponder à

concepção de educação adotada pela instituição, que é a Histórico-Crítica, uma

perspectiva educacional que visa resgatar a importância da escola e a

reorganização do processo educativo.

Nessa perspectiva,, o ensino visa estimular a atividade e a iniciativa do

professor; favorecer o diálogo dos alunos entre si e com o professor, sem deixar de

valorizar o diálogo com a cultura acumulada historicamente; levar em conta os

interesses dos alunos, os ritmos de aprendizagem e o desenvolvimento psicológico,

sem perder de vista a sistematização lógica dos conhecimentos, sua ordenação e

gradação para efeitos do processo de transmissão-assimilação dos conteúdos

cognitivos.

O corpo docente tem progressivamente superado a tendência de um ensino

conteudista e fragmentado e adotado ações conscientes que primem pela

socialização do saber sistematizado, capaz de produzir alterações no

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comportamento dos educandos, para que estes possam posicionar-se

conscientemente no âmbito social.

A prática educativa é algo mais do que expressão do ofício dos professores, é algo que não lhes

pertencem por inteiro, mas um traço cultural compartilhado, assim como o médico não possui o

domínio de todas as ações para favorecer a saúde, mas as compartilha com outros agentes,

algumas vezes em relação de complementariedade e de colaboração, e, em outras, em relação

de atribuições. A prática educativa tem sua gênese em outras práticas que interagem com o

sistema escolar e, além disso, é devedora de si mesma, de seu passado. São características que

podem ajudar-nos a entender as razões das transformações que são produzidas e não chegam a

acontecer (SACRISTÁN, 1999, p. 91).

Para continuar avançando nesse sentido, os docentes, na sua maioria, têm se

empenhado em formação constante, atualizando seus conhecimentos, visando

acompanhar o movimento acelerado da atual sociedade da informação e da

tecnologia digital.

9.1 GESTÃO ESCOLAR

A gestão escolar frente às demandas atuais no contexto da sociedade atual,

que se transforma e se modifica constantemente, significa que para gerir uma

instituição de ensino, é necessário ter conhecimentos pedagógicos para

compreender o processo educacional, compreender a função da escola, articular

políticas de formação com a política de gestão , ter visão estratégica e possuir um

novo olhar quanto à construção do Projeto Político Pedagógico que é uma

ferramenta que possibilita a gestão democrática.

As mudanças não acontecem de forma rápida, pois consistem em um processo

histórico e construído com muita dificuldade pela sociedade. Durante muito tempo a

educação viveu apenas sob o domínio de modelos que vinham prontos , em seus

conhecimentos sem direito de participação da coletividade .

Para atuar nesse novo modelo de escola é necessário também compreender

sua função social.

A gestão escolar busca dar sustentabilidade ao desenvolvimento do Projeto

Político Pedagógico e consequentemente, à autonomia da escola . Precisamos

aprofundar nossos estudos para servir de alicerce para a prática de uma gestão

democrática no cotidiano escolar O sucesso da escola nas ações norteadoras da

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gestão escolar está ligado à maneira como se articula com os vários segmentos da

sociedade e criam espaços de discussões que permitam a construção do projeto

educativo , como também criar e sustentar ambientes que favoreçam essa

participação .

As políticas educacionais buscam minimizar a participação do Estado e atribuir

responsabilidades a comunidade escolar.

A superação dos processos centralizados de decisão e pressupõe a gestão

colegiada, na qual as decisões nasçam do coletivo, envolvendo todos os

segmentos da escola e orientadas pelo sentido político presente nessas práticas .

Quando se fala em gestão escola, logo se pensa numa gestão em que todos

acreditam e assumem o projeto proposto . No entanto, muitas vezes , o discurso

está mais na prática , o que acarreta problemas , pois prática e teoria precisam

caminhar juntas . Se é participativa e democrática ela utiliza canais condutores para

a execução de projetos . Esses canais são os mecanismos democráticos de

participação na escola : o Grêmio Estudantil e o Conselho Escolar .

O Conselho Escolar é um órgão colegiado, no qual participam a comunidade

escolar e local e em sintonia com a administração da escola , visa tomar decisões

coletivas nas áreas administrativas , financeira e político-pedagógica.

O Grêmio Estudantil outra instância colegiada importante no processo de

gestão. por atuar na representatividade dos alunos , discute problemas da escola

sem dissociá-los do contexto geral .

Portanto, gestão escolar exige formas de organização e efetivação de ações,

que estabeleçam vínculos de comprometimento de todos que vivem no cotidiano

escolar . É no Projeto Político Pedagógico que devem estar contidas as ações

norteadoras do trabalho que a escola pretende desenvolver, de acordo com a

realidade sociocultural.

Os gestores precisam ser flexíveis, ousados, ter conhecimento para o

desempenho de sua função. É importante que, além de serem educadores , tenham

consciência de sua tarefa de gerir com democracia , transparência e coerência . É

necessário que tenham como foco a qualidade do processo ensino- aprendizagem,,

a ampliação do acesso a todos no que se refere à tomada de decisões e a

flexibilidade para interagir com toda a comunidade escolar .

Assim sendo, a equipe gestora do Colégio tem buscado o comprometimento

com as premissas citadas acima e trabalhado na articulação de todos os envolvidos

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no processo educativo para a tomada de decisões acertadas em benefício de uma

educação democrática e de qualidade.

9.2 INSTÂNCIAS COLEGIADAS:

9.2.1 APMF

A APMF é uma organização que promove a participação da comunidade escolar

na gestão da escola pública, não tendo caráter político partidário, religioso, racial e nem

fins lucrativos, portanto seus dirigentes e conselheiros não são remunerados, é um

órgão colegiado com estatuto próprio registrado em cartório e aprovado pelo Estado que

funciona com diretoria eleita pela comunidade, com mandato de dois anos. Seus

membros são: pais, professores e funcionários.

Tem como função discutir ações que possam contribuir para a qualidade do

ensino e integrar família, escola e comunidade, viabilizando a participação de todos na

gestão da escola pública; colaborar com a manutenção e a conservação das instalações

da escola, bem como conscientizar quanto as atitudes de preservação; realizar projetos

envolvendo toda a comunidade, de forma a contribuir para o maior aproveitamento

escolar do estudante. É importante ressaltar ainda que as ações da APMF devem estar

em sintonia com a Proposta Pedagógica da escola e com a realidade e interesses da

comunidade escolar.

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9.2.2 CONSELHO ESCOLAR:

O Conselho Escolar é a instância máxima da escola. Ele é formado por

segmentos, ou seja, representantes de pais ou responsável, estudantes, professores,

funcionários e movimentos sociais comprometidos com a educação. Seu objetivo é

auxiliar na gestão escolar a partir da discussão de temas que direcionam as ações do

estabelecimento de ensino.

Possui estatuto próprio e formado por: diretor; representante da equipe

pedagógica; representante do corpo docente (professores); representante da equipe

técnico-administrativa e assistentes de execução; representante da equipe auxiliar

operacional; representante dos pais de alunos ou responsáveis; representante do

Grêmio Estudantil ou alunos (apenas quando o Grêmio não estiver instituído);

representante da APMF; representante dos movimentos sociais organizados da

comunidade (Associação de Moradores, Sindicatos, Instituições Religiosas, Conselhos

Comunitários, Conselho de Saúde, entre outros).

É importante destacar que o número de representantes por segmento deve ser

igual, ou seja, 50% para representantes dos profissionais da escola e 50% para

representantes da comunidade escolar e local. Para cada representante de segmento

será eleito um suplente. Este poderá vir a ser o titular caso ocorra saída do titular.

9.2.3 GRÊMIO ESTUDANTIL

O Grêmio Estudantil, entidade representativa dos alunos na escola, é formado

apenas por alunos, de forma independente, desenvolvendo atividades culturais e

esportivas, produzindo jornal, organizando debates sobre assuntos de seus

interesses, não tem caráter político-partidário, religioso, racial e também não deverá

ter fins lucrativos.

A organização, o funcionamento e as atividades do Grêmio serão estabelecidas

em seu Estatuto, aprovado em Assembléia Geral do corpo discente do Colégio

Estadual Albino Feijó Sanches, convocada para este fim, obedecendo à legislação

pertinente. A aprovação do Estatuto, a escolha dos dirigentes e dos representantes

do Grêmio serão realizadas pelo voto direto e secreto de cada aluno, observando-

se, no que couber, as normas da legislação eleitoral.

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São sócios do Grêmio todos os alunos matriculados e com frequência regular.

Os representantes do Grêmio não poderão utilizar seu horário de aula para reuniões

e quaisquer outras atividades sem autorização da Direção Geral e do professor da

turma.

A atuação do Grêmio Estudantil no Colégio em 2016 foi marcada pela

retomada de ações motivadas por alguns professores e alunos, que culminou na

eleição de novos representantes. Seguindo os procedimentos da legislação vigente

e do estatuto do Grêmio Estudantil, foi realizada a eleição e venceu, por maior

número de votos, a chapa 4, chamada ‘CPF’ (Caminho para o Futuro).

9.2.4 CONSELHO DE CLASSE

O Conselho de Classe é um órgão colegiado de natureza consultiva e

deliberativa em assuntos didático-pedagógicos, com atuação restrita a cada classe

do Estabelecimento de Ensino, tendo pôr objetivo avaliar o processo ensino-

aprendizagem na relação professor-aluno e os procedimentos adequados a cada

caso. Haverá tantos conselhos de Classes quantas forem as turmas do

Estabelecimento de ensino.

O Conselho de Classe tem pôr finalidade:

Estudar e interpretar os dados da aprendizagem na sua relação com o trabalho

do professor, na direção do processo ensino-aprendizagem, proposto pela

Proposta pedagógica;

Acompanhar e aperfeiçoar o processo de aprendizagem dos alunos;

Analisar os resultados da aprendizagem na relação com o desempenho da

turma, com a organização dos conteúdos e o encaminhamento metodológico;

Utilizar procedimentos que assegurem a comparação com parâmetros indicados

pelos conteúdos necessários de ensino, evitando a comparação dos alunos entre

si.

O conselho de classe é constituído pelo Diretor, pela equipe pedagógica e pôr

todos os professores que atuam numa mesma classe.

A presidência do Conselho de classe esta a cargo do Diretor que, em sua falta

ou impedimento, será substituído pôr um membro da equipe pedagógica.

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O conselho de classe reunir-se-á ordinariamente em cada bimestre, em datas

previstas no calendário Escolar, e extraordinariamente, sempre que um fato

relevante assim o exigir.

9.2.5 EQUIPE MULTIDISCIPLINAR

A Equipe Multidisciplinar é uma instância do trabalho escolar oficialmente

legitimadas pelo Artigo 26A da LDB, Lei n.º 9394/96, pela Deliberação n.º 04/06

CEE/PR, pela Instrução nº. 017/06 Sued/Seed, pela Resolução n.º 3399/10 Sued/Seed e

a Instrução n. Instrução n.º 010/10 Sued/Seed.

O objetivo da atuação da Equipe Multidisciplinar é estabelecer espaços de

debates, estratégias e de ações pedagógicas que fortaleçam a implementação da Lei n.º

10.639/03 e da Lei nº 11.645/08 no Colégio, bem como das Diretrizes Curriculares

Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o ensino de História e

Cultura Afro-Brasileira, Africana e Indígena no currículo escolar.

Na perspectiva da construção de uma educação de qualidade e da construção de

uma cultura escolar que conhece, reconhece, valoriza e respeita a diversidade étnico-

racial, a Equipe Multidisciplinar tem como prerrogativa articular os segmentos

profissionais da educação, instâncias colegiadas e comunidade escolar.

9.3 ENSINO - APRENDIZAGEM

Educação no contexto escolar fundamenta-se numa perspectiva de considerar

que o aluno está inserido em determinado contexto social e, portanto, deve ser

respeitado em sua história de vida, classe social, cultura e etnia. Nesse sentido, a

escola é vista como espaço para a construção coletiva de novos conhecimentos

sobre o mundo, na qual a sua proposta pedagógica permite a permanente

articulação dos conteúdos escolares com as vivências e as indagações desse aluno

sobre a realidade em que vive.

A mediação pedagógica entre a teoria e a prática é feita na escola, através dos

processos de ensino – via metodologia – onde articula o trabalho intelectual de

modo que o aluno se aproprie da prática no pensamento, pela sua capacidade de

abstração, a compreenda e, assim, adquira condições para nela intervir,

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considerando o conjunto das relações sociais e produtivas, através das quais o

pensamento adquire materialidade ao transformar-se em ação.(DCEs, p8).

O mundo atual esta passando por inúmeras e aceleradas transformações em

torno de todos os campos da sociedade, na constante busca do saber e aprender.

O impacto que tais mudanças, principalmente as tecnológicas podem causar no

processo de ensino-aprendizagem requer uma tomada de posição quanto a

compreender as transformações do mundo, aceitar o desafio de produzir o

conhecimento pedagógico e dominar aspectos tecnologia como instrumentos

aliados ao ensino e aprendizagem, ou simplesmente dar as costas para a atual

realidade da nossa sociedade baseada na informação e ficar desconectado com a

realidade.

No colégio, a maioria dos envolvidos no processo educativo, tem buscado

compreender as mudanças que a sociedade da informação estabelece nas relações

entre os alunos, alunos e professores e entre as formas de ensinar e aprender e tem

ampliado o uso do laboratório de informática, bem como adaptado atividades ao uso

de dispositivos móveis para pesquisa e projetos, de forma que a mediação entre o

aluno e o conhecimento ocorra da melhor maneira possível.

9.4 ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO AO PÚBLICO-ALVO DA

EDUCAÇÃO ESPECIAL

A oferta ocorre no período matutino, atende a uma turma de 17 alunos do 6º ao

9º ano.

A Educação Especial é uma modalidade de ensino que perpassa todos os

níveis, etapas e modalidades, realiza o atendimento educacional especializado,

disponibiliza os recursos e serviços e orienta quanto a sua utilização no processo

ensino-aprendizagem nas turmas do ensino regular.

Seguindo a Política Nacional de Educação Especial na perspectiva da Educação

Inclusiva, na Rede de Ensino, o atendimento educacional especializado tem como

função identificar, elaborar e organizar recursos pedagógicos e de acessibilidade

que eliminem as barreiras para a plena participação dos alunos, considerando suas

necessidades específicas.

A carga horária é de 20 horas/ aula semanais, sendo 13 horas/aula para

efetivo trabalho pedagógico e 07 horas / atividade do professor, de acordo com a

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legislação vigente. A quantidade máxima de alunos com atendimento por

cronograma é de 20 alunos, podendo ser individual ou em grupos, com o suporte

necessário às necessidades educacionais especiais dos alunos. O cronograma de

atendimento é flexível, sendo organizado e reorganizado sempre que necessário.

Os recursos disponíveis incluem materiais didáticos de acessibilidade,

recursos pedagógicos específicos adaptados, equipamentos tecnológicos e

mobiliários, jogos pedagógicos que valorizam os aspectos lúdicos, estimulam a

criatividade, a cooperação, a reciprocidade e promovem o desenvolvimento dos

processos cognitivos.

A Avaliação de Ingresso se efetiva a partir da avaliação psicoeducacional no

contexto escolar. O acompanhamento ocorre através da avaliação processual, onde

o aluno será observado/analisado no contexto comum de ensino e no contexto

educacional especializado visando o desenvolvimento do aluno para traçar novas

possibilidades de intervenção pedagógica. Os avanços acadêmicos do aluno, tanto

na classe comum como na Sala de Recursos são registrados em relatórios

pedagógicos, elaborados à partir do parecer dos professores das disciplinas no

Conselho de Classe.

Quanto à freqüência, documentação, matrícula e desligamento da Sala de

Recursos ocorrem de acordo com a legislação vigente.

9.4 ARTICULAÇÃO ENTRE ETAPAS DE ENSINO

Os sistemas Estaduais e Municipais devem estabelecer especial forma de

colaboração visando à oferta do Ensino Fundamental e à articulação sequente entre

a primeira fase no geral assumida pelo Município, e a segunda, pelo Estado, para

evitar obstáculos ao acesso de estudantes que se transfiram de uma rede para outra

para completar esta escolaridade obrigatória, garantindo a organicidade e a

totalidade do processo formativo do escolar.

O Ensino Médio etapa final do processo formativo da Educação Básica, é

orientado por princípios e finalidades previsto na legislação vigente. A Educação

Profissional e Tecnológica, no cumprimento dos objetivos da educação nacional,

integra-se aos diferentes níveis e modalidades de educação e à as dimensões do

trabalho, da ciência e da tecnologia, e articula-se com o ensino regular e com outras

modalidades educacionais.

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O sujeitos da Educação Básica devem ter acesso ao conhecimento produzido

pela humanidade que, na escola, é veiculado pelos os conteúdos das disciplinas

escolares. Estes devem ser tratados na escola de modo contextualizado,

estabelecendo-se, entre eles, relações interdisciplinares.

Na prática, busca-se direcionar previamente os passos necessários à

aprendizagem, porém sem deixar de lado as suas necessidades básicas. A

organização de situações de aprendizagens devem ser orientadas através de

intervenção direta do professor, o que permite os alunos trabalharem em situações

de interação social ou sozinhos, ampliar suas capacidades de apropriação dos

conceitos, dos códigos sociais e das diferentes linguagens, por meio da expressão e

comunicação de sentimentos e ideias, da experimentação, da reflexão, da

elaboração de perguntas e respostas, da construção de objetos e etc. Para isso, o

professor deve conhecer e considerar as singularidades dos alunos de diferentes

idades, assim como a diversidade de hábitos, costumes, valores, crenças, etnias

etc. dos alunos com as quais trabalha respeitando suas diferenças e ampliando

suas pautas de socialização.

Nessa perspectiva, o professor é mediador entre o aluno e os objetos de

conhecimento, organizando e propiciando espaços e situações de aprendizagens

que articulem os recursos e capacidades afetivas , emocionais , sociais e cognitivas

de cada aluno aos seus conhecimentos prévios e aos conteúdos referentes aos

diferentes campos de conhecimento humano. Na instituição o professor constitui-se,

portanto, no parceiro mais experiente, por excelência, cuja função é propiciar e

garantir um ambiente rico, prazeroso, saudável e não discriminatório de

experiências educativas e sociais variadas.

9.6 ARTICULAÇÃO ENTRE DIRETORES, PEDAGOGOS E DEMAIS

PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO

A articulação entre os profissionais que atuam na escola baseia-se no diálogo,

no respeito e no espírito de equipe.

As execução das funções atribuídas ocorre satisfatoriamente e o contexto de

apoio e solicitude está presente no decorrer do ano letivo.

Quanto à comunicação entre os profissionais dos períodos manhã, tarde e noite

há campo para melhora, pois as demandas dificultam as atualizações de

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informações, que deverão ocorrer em alguns casos, dentro do mesmo dia. Para

superar tal dificuldade, nos momentos de reuniões pedagógicas, são

constantemente discutidas formas de atenuar ou erradicar a insuficiência no tráfego

de informações.

9.7 ARTICULAÇÃO DA INSTITUIÇÃO DE ENSINO COM PAIS/RESPONSÁVEIS

Como as demais instituições sociais, a família e a escola , passam por

mudanças que redefinem sua estrutura, seu significado e o seu papel na sociedade.

A escola abre espaços para a participação das famílias, a ponto de hoje, família e

escola serem co-autoras das decisões administrativas e pedagógicas o que acabam

favorecendo e facilitando a educação dos alunos.

Levando em consideração e respeitando: os conhecimentos e valores que as

famílias possuem , evitando qualquer tipo de preconceito , favorecendo a

participação dos componentes da instituição familiar em diferentes oportunidades e

estimulando o diálogo com os pais enquanto sujeitos interessados em evoluir e se

aperfeiçoar como seres humanos e cidadãos compromissados com a transformação

da realidade.

A escola faz a articulação com a família através de bilhetes de convocações

para reuniões, ligações telefônicas para fatos corriqueiros ou que requerem mais

urgência no comparecimento dos pais . Temos caderno de registro de cada turma

onde são registrados os resultados dos Conselhos de Classe , recados dos pais ,

saídas antecipadas dos alunos ou fatos que extrapolam o pedagógico e entram no

comportamental . Ainda temos os informativos escolares do 6º ao 9º ano, no Ensino

Médio e Profissional.

Esses instrumentos são divulgados aos familiares bimestralmente após os

Conselhos de Classe em reuniões previamente agendadas pela direção e equipe

pedagógica ou sempre que for necessário a presença dos pais na escola.

Está disponibilizado aos pais os registros e arquivos escolares. A escrituração e o

arquivamento de documentos escolares têm como finalidade assegurar, em

qualquer tempo, a verificação da identificação de cada aluno, a regularidade de seus

estudos e a autenticidade de sua vida escolar. São escriturados em livros e fichas

padronizadas, observando-se os regulamentos e disposições legais aplicáveis, com

termos de abertura e encerramento.

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9.8 FORMAÇÃO CONTINUADA DOS PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO

Nossos professores funcionários têm participado da grande maioria dos

eventos propostos pela SEED e outras instituições, e isso tem facilitado no

aprofundamento das discussões sobre a organização dos trabalhos pedagógicos na

escola, envolvendo todos os profissionais garantindo a formação continuada.

O trabalho educativo é o ato de produzir, direta e intencionalmente, em cada

indivíduo singular, a humanidade que é produzida histórica e coletivamente pelo

conjunto dos homens.

Para que o Projeto de formação continuada e produção pedagógica sejam

compreendidas como auxiliar ao processo educativo, faz-se necessário desenvolver

uma conscientização do colegiado escolar sobre o a importância dos estudos na

nossa formação continuada, “nessa formação, a teoria com a prática, a reflexão com

a ação, na busca do conhecimento crítico da educação..”(Marafon,p39).

Está claro que mudar é preciso, contudo quem espera ter clareza total e

segurança máxima para mudar, não quer mudar. Em educação não há estrada

asfaltada. O caminho se faz caminhando e quem vai na frente se arranha e se

espeta. Ou se preferir ir pela água, estará nadando contra a

corrente...”(Cruz,2005,p.19). Cabe ao professor, funcionário e ao pedagogo neste

contexto estudar, planejar, executar e avaliar, a fim de construir os resultados

esperados no desenvolvimento do processo ensino e aprendizagem, com vistas à

melhoria do ensinar e do aprender. É neste sentido que a consciência da

verdadeira função do professor, após os estudos esperamos fortalecer; a ação

pedagógica ; sempre com vistas a melhoria do processo educativo.

Portanto, “estar interessado em que o educando aprenda e se desenvolva,

individual e coletivamente” (LUCKESI,2006,p.145) é princípio político onde a prática

docente critica exige comprometimento com o processo educativo.

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9.9 ACOMPANHAMENTO E REALIZAÇÃO DA HORA-ATIVIDADE

A Hora atividade constitui-se no tempo reservado aos professores em

exercício para estudos, avaliação, planejamento, participação em formações

continuadas, preferencialmente de forma coletiva, devendo ser cumprida na

instituição de ensino onde esteja suprido, em horário normal das aulas a ele

atribuído.

O acompanhamento é feito em conjunto com a Equipe Pedagógica, que

organiza o espaço-tempo escolar para a realização da hora atividade, com base

nas metas propostas e necessidades pedagógicas, diagnosticadas no plano de

ação.

9.9.1 ORGANIZAÇÃO DO TEMPO E DO ESPAÇO PEDAGÓGICO

O tempo escolar como construção cultural, aliado aos tempos da vida, que

se revelam por meio das transformações corporais, dos desejos, dos

comportamentos, das atitudes, das emoções e dos sentimentos, propicia aos

estudantes desenvolvimento e aprendizagens significativas para toda a vida.

A escola tem buscado rever suas práticas e atividades reguladas por meio

de horários e calendários, no sentido de considerar as trajetórias humanas dos

estudantes, suas vivências e suas experiências, para articulação dos seus tempos

com os tempos da vida (SANTOS, 2005).

A organização do tempo escolar possibilita ao estudante o estabelecimento

de relações essenciais para o desenvolvimento das funções psicológicas superiores,

tais como atenção, percepção, memória, pensamento, imaginação e capacidade de

aprendizagem. Portanto, organizamos o tempo pensando em desenvolver práticas

educacionais dinâmicas e contextualizadas, que propiciem ao estudante uma nova

compreensão da realidade em que está inserido, levando-o ao desenvolvimento de

estratégias cognitivas e metacognitivas, construindo assim sua autonomia.

Com o objetivo de integrar o aluno ao sistema escolar com responsabilidade

e liberdade num ambiente participativo, respeitando-se mutuamente numa

perspectiva cooperativista, a comunidade escolar tem estabelecido em seu

Regulamento Interno, normas, critérios e ações educativas que determinam as

particularidades no funcionamento da entidade.

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No horário da entrada, uma pedagoga e a zeladora ficam no portão para

receber os alunos. Este é fechado 10 minutos após o sinal de entrada, a partir deste

horário os alunos devem justificar o atraso junto à Equipe Pedagógica. No horário de

saída dos alunos, uma zeladora permanece no portão por 10 minutos, bem como

acompanha a saída dos alunos que realizam atividades de contraturno, ou seja,

atendimento de 2h durante 2 dias na semana, no período inverso. Nesse caso, os

pais ou responsáveis são informados sobre os dias e horários através de reuniões

assinando também, um termo de compromisso.

O livro didático não consumível distribuído pela FNDE deverá ser devolvido à

escola no final do ano letivo em boas condições; os funcionários da biblioteca são os

responsáveis pelo controle dos mesmos, sendo que os pais assinam um termo de

responsabilidade no ato da entrega. Os materiais distribuídos pela escola devem ser

bem aproveitados pelos alunos, evitando-se desperdícios.

As tarefas de casa ficam a critério de cada professor. O pai ou responsável

deve justificar ao professor, no caso do aluno deixar de fazê-las. Os trabalhos de

pesquisa são realizados na biblioteca da própria escola ou outras fontes. A mesma

atende aluno, professores da escola e a comunidade em geral, e empréstimo de

livros de literatura infantil e juvenil. Cada aluno possui sua carteirinha com nome e

número de inscrição. O empréstimo de livros é feito em horário de aula, uma vez por

semana pelos funcionários. Caso o aluno esqueça o livro no seu dia de troca,

deverá trazê-lo no dia seguinte.

O recreio caracteriza-se como uma atividade escolar destinada à alimentação

e socialização. Neste momento, o educando é orientado a utilizar o refeitório, o pátio

e o banheiro.O intervalo é período em que o educando pode interagir com os alunos

das outras turmas, estabelecendo novas amizades, reforçando a importância das

regras e dos limites para a convivência em grupo. Assim, os educandos têm a

possibilidade de reorganizar as suas experiências, reconstruindo os conhecimentos

como nos coloca Vygotski (1984). Durante o intervalo, há a oportunidades conviver

e lidar com as diferenças, promovendo o desenvolvimento integral do sujeito.

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9.9.2 ÍNDICES DE APROVEITAMENTO ESCOLAR / ABANDONO /EVASÃO

Ensino Fundamental Anos Finais

2011

Série:

6º ao 9º ano

Aprovação

Reprovação

Abandono

Admitido

Expedido

Total

TOTAL 73,30 17,01 2,6696 3,00 4,00 899

Ensino Médio por Blocos de disciplinas Semestrais

2011

Série:

1º a 3ºano

Aprovação

Reprovação

Abandono

Admitido

Expedido

Total

TOTAL 63,11 20,74 15,99 0 0,14 694

Ensino Fundamental Anos Finais

2012

Série:

6º ao 9º ano

Aprovação

Reprovação

Abandono

Admitido

Expedido

Total

TOTAL 84,60 10,763 0,2725 1,50 2,86 734

Ensino Médio por Blocos de disciplinas

Semestrais

2012

Série:

1º a 3º ano

Aprovação

Reprovação

Abandono

Admitido Expedido

Total

TOTAL 75,24 23,981 0,1567 0,16 0,47 638

Ensino Fundamental Anos Finais

2013

Série:

6º ao 9º ano

Aprovação

Reprovação

Abandono

Admitido

Expedido

Total

TOTAL 75,24 15,113 0 4,50 5,14 622

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Ensino Médio por Blocos de disciplinas

Semestrais

2013

Série:

1º a 3ºano

Aprovação

Reprovação

Abandono

Admitido

Expedido

Total

TOTAL 72,26 20,432 6,8106 0,50 0 602

Ensino Fundamental Anos Finais

2014

Série:

6ºao 9º ano

Aprovação

Reprovação

Abandono

Admitido

Expedido

Total

TOTAL 75,76 18,133 0 3,23 2,87 557

Ensino Médio por Blocos de disciplinas

Semestrais

2014

Série:

1º a 3º ano

Aprovação

Reprovação

Abandono

Admitido

Expedido

Total

TOTAL 74,21 25,088 0 0 0,70 570

Ensino Fundamental Anos Finais

2015

Série:

6º ao 9ºano

Aprovação

Reprovação

Abandono

Admitido

Expedido

Total

TOTAL 78,85 9,6154 0,3846 4,81 6,35 520

Ensino Médio por Blocos de disciplinas

Semestrais

2015

Série:

1º a 3º ano

Aprovação

Reprovação

Abandono

Admitido

Expedido

Total

TOTAL 62,84 31,034 0,1916 2,11 3,83 522

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9.9.3 Indicadores externos

PROVA BRASIL

2005

PROVA

BRASIL

2007

PROVA

BRASIL

2009

PROVA

BRASIL 2011

PROVA

BRASIL

2013

PROVA

BRASIL

2015

Mat LP Mé

dia

Ma

t

L P Mé

dia

Ma

t

L P Mé

dia

Ma

t

LP Mé

dia

Ma

t

LP Mé

dia

Ma

t

LP

dia

282,03 253

,02

5,5

8

286

,11

263

,54

5,8

3

280

,37

281

,27

6,0

3

296

,86

281

,92

6,3

1

248

,46

239

,12

5,7

0

252

,83

251

,50

6,0

7

Reprov

ação

18 10,

8

20,

5

15,

8

10,

6

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Observando-se os dados referentes ao IDEB de 2005 a 2015 podemos identificar

avanços significativos frente as metas estabelecidas pelo INEP. Por exemplo, a meta

projetada para o ano de 2007 era 3,1 e atingimos 4,0, ou seja, 30% acima do

estabelecido. No biênio seguinte atingimos 4,2 logo houve um crescimento real de 5%

no índice, sendo que a meta projetada para o período foi de 3,2. No entanto, em 2011

houve uma queda no índice que de 4,2 foi para 3,7. Apesar do IDEB ter decaído ainda

ficamos acima da meta projetada que para o período era de 3,5. Porém, para os anos de

2013 e 2015 a unidade escolar conseguiu recuperar-se do período de 2011. Em 2013 o

IDEB registrado foi de 4,0 e o de 2015 foi de 4,5, logo conseguimos no ultimo índice

antecipar a meta referente ao ano de 2017. Como os dados do IDEB baseiam-se na

integração das informações de fluxo escolar (aprovação, reprovação e evasão), dados

do Censo Escolar da Educação Básica e os resultados da Prova Brasil. Assim sendo,

podemos concluir que em relação ao progresso dos alunos nas disciplinas avaliadas

(Língua Portuguesa e Matemática) é muito tímido e varia muito a cada resultado que é

divulgado pelo INEP. Em relação ao percentual de reprovados que interferem no IDEB

nota-se uma grande oscilação que está acima da média nacional.

Nosso grande desafio para os próximos anos é melhorar a relação entre o ensino

e aprendizagem e diminuir os altos índices de reprovação em todas as disciplinas e em

todas as séries do ensino fundamental II e Ensino Médio. Acreditamos que a gestão

democrática, o empenho e a qualificação do corpo docente a aproximação com a

comunidade poderemos vencer esses desafios. De acordo com o plano de ação da

unidade escolar acreditamos que a qualidade do ensino estão relacionadas ao:

Incentivo a projetos de leitura entre outros

Aulas de reforço (contraturno)

Abertura da unidade escolar a comunidade em horário integral.

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Biblioteca com vários títulos que podem ser emprestados aos alunos e suas famílias.

Boas instalações físicas (estrutural, equipamentos e limpeza).

Pais envolvidos no processo de aprendizagem dos filhos (reuniões bimestrais).

Organização, disciplina e cobrança de resultado.

Planejamento pedagógico seguido a risca (PPP, PPC e PTD).

Recursos da APMF para a compra de materiais que faltam.

Atividades extracurriculares que complementam assuntos vistos em sala.

Atuação conjunta das instâncias colegiadas (Conselho escolar, APMF e Grêmio

estudantil)

Utilização da Tics (tecnologias de informação e comunicação: laboratório de

informática, tv multimídia, dvd player, cd player, projetor multimídia ...)

Aulas instigantes e “provocativas”.

Aulas que partam de temas contemporâneos expostas na mídia (jornais, tv, revistas,

rádios, internet, etc).

Assuntos que relacionam em primeiro lugar o cotidiano dos alunos e posteriormente

se inserem no conteúdo proposto.

Utilização de outros espaços educativos internos (laboratório de informática,

laboratório de química, biblioteca, pátio, quadra poliesportiva) e externos (espaços

culturais e científicos: museus, cinema, teatro, universidades, observatório astronômico.

9.9.4 CURSOS TÉCNICOS INTEGRADOS

Desde o inicio da implantação dos cursos técnicos profissionalizantes

subseqüentes (como na modalidade integrados) os mesmos foram vistos pela

comunidade interna e externa do Colégio Estadual albino Feijó Sanches localizado na

zona sul da cidade de Londrina como uma grande oportunidade de qualificação

profissional visando o mercado de trabalho e a renda das famílias. No entanto, com o

transcorrer do tempo e a formação das turmas a demanda foi paulatinamente

diminuindo, pois cada ano fica mais difícil formar turmas. Assim sendo, o curso que

inicialmente começou com grande fôlego vem tendo algumas oscilações durante quase

uma década de boa formação gerando principalmente a desistência do curso. No

entanto, a que se destacar que a equipe gestora, a coordenação, a supervisão de

estágio, a equipe pedagógica e os professores vêm diagnosticando o problema desde

seu início. Assim sendo, observamos que o mesmo se vincula a seguinte dinâmica:

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A falta de interesse no curso, oriunda de uma cultura de resultados imediatistas, ou

seja, muitos não querem estudar quatro semestres para obter o certificado.

A desistência precoce do curso por parte dos alunos muitas vezes devido a falta de

base teórica oriunda da educação básica.

A necessidade de trabalhar, estudar e cuidar das suas famílias (falta de

planejamento familiar que gera jovens cada vez mais cedo e portanto, mães muitas

vezes solteiras e pais jovens que se tornam arrimo de família).

A pouca absorção desse profissional do de trabalho através do merco que diminui

ainda mais o interesse pelos mesmos, haja vista, que a região de Londrina é carente

de indústrias.

A não implementação da legislação estadual de 2012 que prevê em cada indústria

um profissional em meio ambiente conforme ocorre do profissional técnico em

Segurança no Trabalho.

A disputa desleal no mercado de trabalho, pois os técnicos muitas vezes têm

que disputar a vaga no mercado de trabalho com engenheiros ambientais especializados

na área entre outros de áreas afins.

A concorrência com outros cursos técnicos profissionalizantes e universitários.

Dificuldades cognitivas muitas vezes não diagnosticadas dentro do sistema

educacional.

Desestruturação familiar e envolvimentos com justiça, no caso de muitos potenciais

alunos estão presos.

A chamada geração “nem-nem” (nem trabalha e nem estuda), que está estimada em

10 milhões de brasileiros entre 15 e 20 anos (IBGE:PNAD, 2012), portanto, 1/5 dos

jovens, formado em sua maioria por mulheres (70%) com pelo menos um filho (58,4%) e

que nem sequer tem o ensino fundamental completo (32,4%). No Paraná, essa realidade

dos jovens que nem trabalhar e nem estudam atinge 16% da população, a pior do sul do

país e a quarta melhor das unidades da federação. Em Londrina, cerca de 13000 jovens

entre 16 e 24 anos nem trabalham e nem estudam e poderiam ser potenciais alunos do

curso técnico subseqüente em meio ambiente.

Esse verdadeiro Raio X é uma síntese que explica os condicionantes que

influenciam a desistência prematura do curso e da falta de demanda do mesmo. Com

esse diagnóstico a equipe gestora, a coordenação do curso técnico de meio ambiente, a

equipe pedagógica, os professores, demais profissionais da educação conjuntamente

com a APMF vem buscando soluções educacionais para os problemas elencados acima,

a saber:

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Aperfeiçoamento do processo de ensino aprendizagem através de formulários onde

pesquisamos a dinâmica do curso e ouvimos os anseios dos alunos.

Avaliação de curso, de toda a equipe escolar e da infra-estrutura da unidade de

ensino (laboratórios de meio ambiente, informática e biblioteca).

Parcerias para estágios mais dinâmicos e vinculados a horários e necessidades dos

alunos.

Reuniões pedagógicas com o corpo docente.

Reuniões com a comunidade externa.

Parcerias com instituições públicas e privadas no campo do estagio.

Parcerias com projetos educacionais.

Participação em eventos, seminários e cursos da SEED para a discussão e

aperfeiçoamento do currículo.

Contato permanente com a equipe de ensino do NRE de Londrina.

Contato com a coordenação de outros cursos técnicos para a troca de experiências.

O incentivo a participação dos alunos em atividades de externas de relevância ao

curso.

O incentivo a participação dos professores em cursos e demais atividades de

capacitação técnica.

Replanejamento constante do currículo visando fortalecer os estudos por parte dos

alunos.

Execução das ações com base nas temáticas e demandas contemporâneas de cada

curso.

O apoio pedagógico para que professor fortaleça no início do curso as bases de cada

disciplina oriundas do currículo das etapas anteriores de estudo.

Aulas mais atrativas e dinâmicas que enfatizem a realidade do aluno e do mercado de

trabalho.

A busca de oferecer por parte dos professores respostas para as ansiedades e

dúvidas de seus alunos.

Palestras e a participação dos alunos nas demais atividades do colégio.

A divulgação mais ampla do curso técnico além da região sul da cidade (redes

sociais, cartazes, imprensa local, órgãos públicos, comercio e indústrias).

Projetos e parcerias com órgãos públicos e privados para fortalecer os laços e os

interesses com o conhecimento científico relativo ao meio ambiente.

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Projetos internos sobre ciência e meio ambiente com os nossos alunos do Ensino

Fundamental e Médio, pois os mesmos são potenciais alunos e divulgadores do curso

em sua família.

Com base nesse relato e sabendo que tais problemas são tanto de origem

interna e externa, salientamos que não nos eximimos da nossa responsabilidade. Mas,

como exposto acima a unidade escolar a equipe gestora e todos os profissionais do

Colégio Estadual Albino Feijó Sanches tem lutado contra as dificuldades e tem

esperança que novas políticas públicas, pedagógicas e profissionalizantes possam

reformular o currículo, a carga horária, promover cada vez a união entre a escola e a

sociedade para sanar tais problemas expostos acima que não são exclusividade dessa

unidade escolar.

Ansiamos também que o poder público em todos os âmbitos e a sociedade civil

organizada consiga meios de remediar os processos sociais excludentes que geram e

interferem na dinâmica do processo de educação e trabalho das famílias brasileiras.

Acima de tudo temos a consciência que as mudanças educacionais e de formação e

profissionalização é um processo lento e é uma luta constante. E, sobretudo, deve ser

solucionada e partilhada com toda a sociedade respeitando as especificidades da escola

que faz prevalecer acima de tudo a gestão democrática.

9.9.5 RELAÇÃO ENTRE PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO E DISCENTES

Quanto se trata de ensino e aprendizagem, a interação professor-aluno é um fator

muito importante, pode influenciar o no sucesso ou o fracasso desse processo. Nesse

sentido, a relação entre professor e aluno depende, essencialmente, da concepção de

educação, de ensino e de homem que se pretende formar, que o professor carrega

consigo, pois implicará na sua maneira de ensinar e avaliar seus alunos, bem como na

capacidade de ouvir, refletir e discutir o nível de compreensão dos alunos e da relação

entre os conteúdos e a realidade deles.

O nível de interação estabelecida influenciará na seleção, na organização e

sistematização dos conteúdos, atribuindo sentido a eles, tornando o ensino interessante.

O diálogo, o respeito à história de vida dos alunos, os ritmos diferenciados e as

características heterogêneas das salas de aula devem estar implícitas na relação

professor-aluno.

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Muitos desafios estão presentes, para que o professor execute esse papel, em

razão de muitos alunos apresentarem descaso com a função da escola e papel do

professor, falta de interesse e perspectiva de futuro, bem como falta do

acompanhamento da família na sua trajetória acadêmica.

Diante disso, cabe a toda a comunidade escolar, um trabalho conjunto de

conscientização da importância da formação escolar para a vida e o futuro das crianças

e jovens.

No entanto, mesmo com tais desafios e dificuldades, ocorre uma relação de

qualidade entre professores e alunos que para muitos, corresponde ao sucesso no

processo de ensino e aprendizagem.

9.9.6 CRITÉRIO DE ORGANIZAÇÃO DAS TURMAS

De acordo com a orientação SEED Utilizam-se os critérios de idade e o

georeferenciamento para matrícula.

10. PRINCÍPIOS DIDÁTICO-PEDAGÓGICOS RELACIONADOS A CONCEPÇÃO DE:

10.1 – EDUCAÇÃO

O processo educacional deve contemplar um tipo de ensino e aprendizagem que

ultrapasse a mera reprodução de saberes “cristalizados” e desemboque em um

processo de produção e de apropriação de conhecimento e transformá-lo, possibilitando,

assim que o cidadão torne-se crítico e que exerça a sua cidadania, refletindo sobre as

questões sociais e buscando alternativas de superação da realidade.

Com objetivo de trabalhar o conhecimento sistematizado pelo aluno a partir de

sua realidade, propondo uma interação entre conteúdo e realidade concreta, visando à

transformação da sociedade, através da ação compreensão ação do educando.

Na busca constante por melhorias na educação, Saviani compreende o ser

humano como produtor, uma vez que necessita produzir para sua própria existência,

essa produção se dá através do trabalho, sendo essa a principal diferença entre o

homem e os outros animais .Na sua concepção o compreende também por práxis e

cultural , já que possui habilidades capazes de intervir na transformação , portanto no

desequilíbrio da natureza.[...]” Assim , o objetivo da educação diz respeito , de um lado

a identificação dos elementos culturais que precisam ser assimilados pelos indivíduos

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da espécie humana para que eles se tornem humanos e, por outro lado

concomitantemente , à descoberta das formas mais adequadas para atingir esses

objetivos “. (Saviani, 2007, p.17). Segundo o autor a educação é concebida como

“produção do saber”, pois o homem é capaz de elaborar ideias possíveis atitudes e uma

diversidade de conceitos.

O ensino como parte da ação educativa é vista como processo, no qual o

professor é o “produtor” do saber e o aluno “consumidor” . O professor por possuir

competência técnica é o responsável pela transmissão e socialização do saber escolar ,

cabendo ao aluno aprender os conteúdos para ultrapassar o saber espontâneos ou

popular e adquirir o conhecimento sistematizado.

Segundo Luckesi (1994), “O senso comum nasce exatamente desse processo de

“acostumar-se” a uma explicação ou compreensão da realidade , sem que ela seja

questionada “. Desse modo é preciso ter cuidado ao criticar o senso comum , no que se

refere ao saber prévio do educando , sendo dever da escola promover a sistematização

do saber por meio do conhecimento produzido coletivamente com o decorrer do tempo.

Neste contexto, o principal papel da escola é mediar o conhecimento entre o aluno

e a realidade, se preocupando com formação de habilidades e convicções, tornando os

alunos críticos e portadores de opinião, ou seja,os pontos de partida e chegada apontam

sempre à mesma direção e o processo educativo é sempre a prática social.

10.2 – HOMEM

Para o educador Paulo Freire, o homem só começa a ser um sujeito social,

quando estabelece contato com outros homens, com o mundo e com o contexto de

realidade que os determina geográfica, histórica e culturalmente, é nessa perspectiva

que a escola se torna um dos espaços privilegiados para a formação do homem.

A formação desse homem que se pretende, requer da escola estar atenta quanto a

instrumentalizar o estudante com ferramentas conceituais , lógicas , matemáticas ,

científicas , sociais , verbais e simbólicas , encaminhando este aluno para o senso

crítico aguçado e a realidade da vida e do meio em que vive .

Nesse sentido, os conteúdos a serem trabalhados desempenham um enorme papel

ao possibilitar aos alunos a significação e o desvendar do mundo que os rodeia.

Desvendar, atualmente não se limita apenas ao acúmulo de informações científicas

sobre a realidade, mas um apropriar-se da cultura elaborada para que possamos

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participar ativamente e com embasamento das conquistas, políticas, sociais, culturais ,

tecnológicas e científicas.

Trabalhamos com a intenção de propiciar um ensino crítico, tendo em mente formar

um coletivo instruído de leitores reflexivos, objetivando unir as pessoas numa sociedade

com equidade e justiça. Sem dúvida, é a partir do momento que o homem reflete

criticamente sobre sua realidade e confronta-se com ela, que ele constrói a si mesmo e

chega a ser dono de sua própria aprendizagem.

10.3 MUNDO

A concepção de mundo, ou visão de mundo é construída a partir de

conhecimentos e posicionamentos valorativos acerca da vida, da sociedade, da

natureza, das pessoas das relações entre esses aspectoa. Ela possui características

singulares que correspondem às particularidades da vida de cada indivíduo, sem nunca

deixar de ser constituída coletivamente tanto em seus conteúdos como em suas formas.

O coletivo que assegura a existência de uma concepção de mundo pode variar em sua

amplitude, chegando, no limite à universalidade do gênero humano.

É tarefa da escola a socialização das formas mais desenvolvidas de conhecimento,

dessa forma, deve lançar a base para a compreensão de que a concepção de mundo

determina o grupo a que se pertence. O grupo é a reunião de “... todos os elementos

sociais que partilham de um mesmo modo de pensar e agir, segundo Gramsci (1984, p

12)”.

A concepção de mundo pela escola " é o desenvolvimento da consciência de que

somos produtos do processo histórico até hoje desenvolvido, fazendo o inventário da

infinidade de traços recebidos ". Gramsci (1984, p 12). A escola precisa buscar

consciência de nossa historicidade, da fase em que se encontra desenvolvimento e a

consciência de que está em contradição com outras concepções de mundo.

A necessidade humana de vivenciar, valores que assegurem o crescimento

pessoal e a integração com o social vão delinear a concepção de mundo proposta por

esta instituição.

De acordo com Paulo Freire ( 1987, p. 87 ) “Nosso papel não é falar ao povo sobre

a nossa visão de mundo, ou tentar impô-la a ele, mas dialogar com ele sobre a sua e a

nossa”. É primordial que a escola analise e reflita sobre as diversidades e a integração

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das mesmas. Entendemos, nessa perspectiva, que a escola precisa ser espaço

estratégico, onde se possa desenvolver o compromisso com a construção da cidadania.

Referências:

GRAMSCI, A. Concepção Dialética da História. 3. ed. Rio de Janeiro: Civilização

Brasileira, 1978.

FREIRE, P. Pedagogia do Oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1987.

10.4 SOCIEDADE

Diante de tal concepção de homem, espera-se que atue sobre a realidade e suas

transformações. Vivemos numa sociedade capitalista, competitiva e tecnológica,baseada

nas ações e resultados, por isso se faz necessário construir um currículo democrático,

fruto das relações de diversas culturas onde cada cidadão constrói sua historia e faz

parte dela.

Para Saviani (2005) a educação é determinada pela sociedade, mas essa

determinação é relativa e tem uma ação recíproca, o que significa que a educação

também interfere sobre a sociedade, podendo contribuir para sua própria transformação.

Faz-se necessário viver, na prática, o reconhecimento de que nenhum de nós

está só no mundo, mas no mundo dos outros,onde temos deveres e direitos; a liberdade

e o direito de se associar; onde todos tenham a liberdade de pensamento, de expressão

e consciência; tenham acesso ao conhecimento científico e recursos tecnológicos com

equidade.

Neste contexto,nossa sociedade requer que a escola,em suas metas e objetivos

em torno do que ensinar e o porquê vai ensinar, assegure o compromisso político e

responsabilidade com os educandos, aproveitando o seu potencial, possibilitando o

exercício da educação humanizadora, libertadora, problematizadora e

reflexiva.Certamente, esse conjunto de ações aparece como uma prática de contra-

hegemonia dentro da sociedade na qual estamos inseridos.

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10.5 FORMAÇÃO HUMANA INTEGRAL

10.6 CULTURA

Tudo que é adquirido historicamente, ou que cresce e se transforma dentro de

uma sociedade, que se manifesta através de hábitos, valores, pensamentos e formas de

organizar e desenvolver os espaços sociais pode ser denominado cultura.

A escola, além de transmitir conhecimentos sistematizados, precisa ser autora

de uma identidade para manifestar suas concepções, seus hábitos, valores e interagir

com novas manifestações que os alunos trazem de sua história de vida.

Dessa forma, a cultura escolar está fortemente ligada a abordagem teórica e

metodológica adotada pela instituição, que determina como a escola vê o educando no

processo educativo e sua projeção para a vida social e intelectual. A legislação

educacional, a elaboração desse Projeto Político Pedagógico, o público que se deseja

alcançar e as metas pedagógicas e administrativas, todos esses fatores dependem das

estratégias abordadas na formação da cultura a qual a instituição deseja formar, que se

traduz em apropriação do conhecimento e transformação, instrumentalizando o aluno

para que se torne crítico e exerça a sua cidadania, refletindo sobre as questões sociais e

buscando alternativas de superação da realidade.

10.7 –TRABALHO/ TECNOLOGIA

No processo educativo deve ser levado em conta as expectativas de futuro e

preparação profissional. O trabalho sempre fez parte da vida dos seres humanos. foi

através dele que as civilizações conseguiram se desenvolver e alcançar o nível atual. O

trabalho gera conhecimentos, riquezas materiais, satisfação pessoal e desenvolvimento

econômico. Por isso ele é e sempre foi muito valorizado em todas as sociedades.

As mudanças ocorridas no mundo do trabalho, com a progressiva perda de

hegemonia do taylorismos/fordismo e de suas formas de fragmentação a partir da

mediação da microeletrônica, tornam insuficiente este tipo de competência para os

trabalhos que não se precarizaram e que se constituem no núcleo estável do trabalhador

coletivo, ainda com direitos e condições razoáveis de vida e de trabalho, apesar da

tendência à intensificação; para poucos, portanto, já aqui se configurando uma das

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dimensões ideológicas da proposta da "pedagogia das competências", apresentada

como universal.

A análise do mundo trabalho e de sua realidade evidencia o distanciamento desta

proposta das alternativas reais de trabalho da maioria, submetida à informalidade e à

precarização, que não se inclui sequer nas formas tayloristas/fordistas que permanecem,

as quais ainda supõem direitos e alguma racionalidade.

No contexto das atuais propostas de organização e gestão do trabalho, deve se

destacar a influência exercida pelas novas tecnologias e a internet, que imprimem

diferentes formas de comunicação e execução em diversos segmentos profissionais.O

conceito de competência passa a supor domínio do conhecimento científico-tecnológico

e sócio-histórico em face da complexificação dos processos de trabalho, com impactos

nas formas de vida social.

As competências necessárias para cumprir as exigências das novas demandas do

mercado de trabalho só podem ser desenvolvidas através de relações sistematizada

com o conhecimento em processos especificamente pedagógicos disponibilizados por

escolas ou por cursos de educação profissional.

Há, pois, uma nova dimensão que confere um novo significado ao conceito de

competência a partir das mudanças ocorridas no mundo do trabalho, ao se pretender a

inclusão: o domínio do conhecimento articulado ao desenvolvimento das capacidades

cognitivas complexas. Estamos diante de um universo que se descortina com rapidez

vertiginosa. Mudam-se as tecnologias, muda-se o mundo em que devemos estudar,

mudam-se as formas de ensinar.

Diante desse cenário, é imprescindível uma educação que proporcione os recursos

necessários ao acesso e à inserção dos educandos nesta sociedade “digital”, atuando

como membros ativos, criativos, críticos e transformadores da realidade, de acordo com

seu nível educacional.

Os projetos de Informática Educativa, de atuação interdisciplinar, desenvolvidos

em salas de aula contemplam a transposição didática, compreendendo as diferentes

áreas de conhecimento, relevantes para a aprendizagem do aluno e pretendem

assegurar formas diversificadas e metodologias diferenciadas para a aprendizagem, por

meio do uso do computador, do acesso à internet a utilização planejada de dispositivos

móveis.

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10.8 ESCOLA

A escola desde a sua origem até os dias de hoje influencia e interfere na

formação dos indivíduos que nela permanecem ou que por ela passam. No mundo

contemporâneo, é indispensável e quase obrigatória alguma escolarização para a

inserção no mundo do trabalho.

Segundo as concepções weberianas, a educação escolar serve para que alguns

indivíduos sejam reconhecidos socialmente através de honras sociais positivas ou

negativas: “as possibilidades de alcançar honras sociais são determinadas

primordialmente pelas diferenças nos estilos de vida desses grupos e, portanto,

principalmente pelas diferenças na educação” (Weber,2002,p.210).

Para Weber, a educação escolarizada é também um meio pelo qual o individuo

pode ascender socialmente, uma vez que a educação poderia ser considerada uma

forma de “poder” onde aqueles que a possuem são prestigiados e desfrutam de um

tratamento diferenciado. A educação, nesta concepção, passa a ser um bem e/ou

diferencial importante, uma vez que não são distribuídos igualitariamente a todos os

indivíduos da sociedade.

Já para Pierre Bourdieu, a escola serve de reprodução das desigualdades

existentes na sociedade, na qual se mantêm e legitimam os privilégios sociais, mesmo

alargando o acesso das classes sociais menos favorecidas à escola, certa estruturas

adotadas pela instituição escolar reforçariam esta desigualdade uma vez que, “tratando,

formalmente, de modo igual, em direitos e deveres, quem é diferente, a escola

privilegiaria, dissimuladamente quem por sua bagagem familiar, já é privilegiado”

(NOGUEIRA, 2004, p. 86).

Tanto o pensamento weberiano como o bourdieusiano delineiam a escola ou a

educação escolarizada como um diferencial para os indivíduos que podem desfrutar

dela. Percebe-se também uma aproximação nestas interpretações ao defenderem a

ideia de que é desigual o acesso à escola e que a escola, por sua vez, reproduz e

legitima as estruturas de poder existentes na sociedade.

A escola precisa criar condições concretas para enfrentar o grande desafio de

oferecer educação em cooperação com as famílias, comunidade e as diversidades.

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10.9 – CURRÍCULO

O desenvolvimento humano é um salto qualitativo em nossa existência, é um

processo de acumulação histórica da humanidade (em seus vários meandros: cultura,

produção, valores, etc.) em que a partir de nossas necessidades enquanto existência

aprimoramos algo racionalmente e atingimos determinados objetivos. Superação daquilo

que somos e produzimos pode -se considerar formação humana.

Segundo Lopes “a compreensão de homens como sujeitos sociais e históricos nos distancia de

qualquer imposição de trajetórias e percursos em um mundo dado e estabelecido. A rede esta em

construção, e inserida está a trama curricular”

Mas o que seria currículo para formação humana?

Primeiramente, é importante ressaltar que o currículo é constituído de atividades

centralmente voltadas à formação humana é aquilo que não se pode fracionar por

etapas; é a condição para o aprimoramento da racionalidade, memória, cultura, reflexão,

opinião, bom senso, autonomia, ou seja, propiciar condições para que o individuo

exercite sua humanidade, exercite sua personalidade e não apenas estarem inseridos

numa sociedade onde permanecem atomizados; currículo para formação humana é

currículo para formação de um ser humano pleno; e também é aquilo que estabelece em

sua trajetória (ações, atitudes) para que eu possa enfrentar a minha vivência. Ter

capacidade de discernir, avaliar e realmente objetivar o que é realmente para a vida

(projeto teleológico).

Por isso quando pensamos sobre nossa prática, questionamos sobre o objeto e

objetivo de cada área especifica do saber e qual a contribuição da mesma para

formação humana, estamos questionando sobre diferentes áreas do conhecimento, em

seus diferentes segmentos de atuação, enquanto processo permanente de reflexão e

orientação de uma práxis educativa onde esteja alicerçado em diretrizes e metas que se

convertam em condições teóricas e práticas que lhe propiciem mais concreticidade.

Neste sentido temos a perspectiva de compreender que somos sujeitos sociais e

históricos, e que todos nos podemos modificar e construir a sociedade da qual

estamos inseridos. Entretanto a diversidade cultural e social nos remete a políticas

curriculares de educação de permanente reflexões de ações para educação inclusiva,

redefinindo a prática superando posturas excludentes afetivas e sociais.

Visamos o currículo aberto e flexível com propostas diversificadas em vez de uma

concepção uniforme e homogenizadora. Vale ressaltar que flexibilizar não significa

excluir conteúdos clássicos imprescindíveis a todos os alunos.

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Cabe aos professores como intelectuais orgânicos desempenhar o papel de

mediador, proporcionando ao aluno a compreensão de que tudo e transformado, trata-se

de facilitar , favorecer, buscar estratégias na construção do conhecimento.

10.10 – CUIDAR E EDUCAR

De acordo com a educação na modernidade EDUCAR/CUIDAR perpassa por toda

a Educação Básica. É uma corresponsabilidade do sistema educacional, demais órgãos

públicos, profissionais da educação, família e comunidade. A Resolução nº4/10

estabelece no Ensino Fundamental, acolher significa também cuidar e educar como

forma de garantir a aprendizagem dos conteúdos para que o estudante desenvolva

interesses e sensibilidades que lhe permitam usufruir dos bens culturais disponíveis na

comunidade, na sua cidade ou na sociedade em geral, e que lhe possibilitem ainda

sentir-se como produtor valorizado desses bens.

Nas últimas décadas, os debates em nível nacional e internacional apontam para a

necessidade de que as instituições de educação incorporem de maneira integrada as

funções de educar e cuidar.

Educar significa, portanto, propiciar situações de cuidados e aprendizagens

orientadas de forma integrada e que possam contribuir para o desenvolvimento das

capacidades de relações interpessoais, de ser e estar com os outros em uma atitude de

aceitação, respeito e confiança, e o acesso, dos alunos, aos conhecimentos mais

amplos da realidade social e cultural. Neste processo, a educação poderá auxiliar o

desenvolvimento das capacidades de apropriação e conhecimento das potencialidades

corporais, afetivas, emocionais, estéticas e éticas, na perspectiva de contribuir para a

formação de alunos felizes e saudáveis.

A base do cuidado humano é compreender como ajudar o outro a se desenvolver

como ser humano. Cuidar significa valorizar e ajudar a desenvolver capacidades. O

cuidado é um ato em relação ao outro e a si próprio que possui uma dimensão

expressiva e implica em procedimentos específicos. O desenvolvimento integral

depende tanto dos cuidados relacionais, que envolvem a dimensão afetiva e dos

cuidados com os aspectos biológicos do corpo, como a qualidade da alimentação e dos

cuidados com a saúde, quanto da forma como esses cuidados são oferecidos e das

oportunidades de acesso a conhecimentos variados.

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As atitudes e procedimentos de cuidado são influenciados por crenças e valores em

torno da saúde, da educação e do desenvolvimento humano. Embora as necessidades

humanas básicas sejam comuns, como alimentar-se, proteger-se etc. as formas de

identificá-las, valorizá-las e atendê-las são construídas socialmente. As necessidades

básicas podem ser modificadas e acrescidas de outras de acordo com o contexto

sociocultural. Pode-se dizer que além daquelas que preservam a vida orgânica, as

necessidades afetivas são também bases para o desenvolvimento humano.

Além da dimensão afetiva e relacional do cuidado, é preciso que o professor possa

ajudar o aluno a identificar suas necessidades e priorizá-las, assim como atendê-las de

forma adequada. Assim, cuidar do aluno é sobretudo dar atenção a ela como pessoa

que está num contínuo crescimento e desenvolvimento, compreendendo sua

singularidade, identificando e respondendo às suas necessidades.

10.11 CONHECIMENTO

Na Pedagogia Histórico-Crítica, o conhecimento é construído na interação sujeito-

objeto a partir de ações socialmente mediadas. Suas bases são constituídas sobre o

trabalho e o uso de instrumentos, na sociedade e na interação dialética entre o homem e

a natureza.

Na construção do conhecimento também se considera a interação social, o tempo

histórico e a cultura. A aquisição do conhecimento não acontece de maneira isolada e

individual, mas é fruto das relações humanas que se concretizam num contexto

sociocultural, que se modifica no tempo. O ser humano tem a tarefa de apreender e

modificar o conhecimento, na interação com seu meio.

Assim, o conhecimento é um conceito dinâmico, que reconhece a herança cultural

da humanidade, em toda a sua diversidade, acolhe os avanços das diversas ciências e

está aberto a toda manifestação que preserva e melhora a vida das pessoas.

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10.12 ENSINO-APRENDIZAGEM

A aprendizagem é um processo através do qual o educando se apropria

ativamente do conteúdo da experiência humana, daquilo que o seu grupo social

conhece. Assim, para que o educando aprenda, ele precisa interagir com outros seres

humanos, com os adultos e com outras crianças. Desta forma, o papel do educador é

fundamental, ele deve estruturar condições para ocorrência de interações professor-

educandos-objeto de estudo, que levem à apropriação do conhecimento.

O professor tem o papel de assumir a mediação entre sujeito e objeto da

aprendizagem, a fim de colocar o aluno no centro da ação educativa. O professor

proporciona desafios e tarefas através de questionamentos, problematizações,

investigações, levantamento de hipóteses, sistematizações e conclusões,

instrumentalizando o aluno a mobilizar diversos recursos cognitivos. Suas intervenções

sevem ser intencionalmente planejadas, contemplando a adoção de estratégias

apropriadas, a observação individual, a discussão em grupos, a comparação e a reflexão

crítico - analítica.

Nessa relação, o aluno, por sua vez, realiza exercício do esforço intelectual, a

exposição de suas dúvidas e de seu raciocínio, assim como a tomada de consciência de

suas formas de aprender, a partir das diversas proposições feitas pelo professor. Desta

forma, a aprendizagem por parte do é um processo reflexivo, de construção de sentidos

e significados na sua relação com os objetos do conhecimento.

O processo de ensino e aprendizagem, deste modo, tem como fim o

desenvolvimento das competências necessárias para a inserção construtiva do aluno em

seu contexto de vida.

10.13- AVALIAÇÃO

A avaliação deve ser entendida como um dos aspectos de ensino, pelo qual o

professor estuda e interpreta os dados da aprendizagem e de seu próprio trabalho, com

a finalidade de acompanhar e aperfeiçoar o processo de aprendizagem dos alunos, bem

como diagnosticar seus resultados e atribuir-lhes valor.

Deve dar condições para que seja possível ao professor tomar decisões quanto

ao aperfeiçoamento das situações de aprendizagem. Devem proporcionar dados que

permitam ao estabelecimento de ensino promover a reformulação do currículo como

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adequação dos conteúdos e métodos de ensino. Deve possibilitar novas alternativas

para o planejamento do estabelecimento e do sistema de ensino como um todo. A

avaliação do aproveitamento escolar deverá incidir sobre o desempenho do aluno em

diferentes situações de aprendizagem.

A avaliação utilizará técnicas e instrumentos diversificados. É vedada a avaliação

em que os alunos são submetidos a uma só oportunidade de aferição.

A avaliação deve utilizar procedimentos que assegurem a comparação com os

parâmetros indicados pelos conteúdos de ensino, evitando-se a comparação dos alunos

entre si. Na avaliação do aproveitamento escolar, deverão preponderar os aspectos

qualitativos da aprendizagem considerados a interdisciplinaridade e a

multidisciplinaridade dos conteúdos. Dar-se-á relevância à atividade critica, à

capacidade de síntese e a elaboração pessoal, sobre a memorização.

O papel da avaliação no contexto da prática educativa é estar a serviço da

Proposta Pedagógica.

Avalia-se:

Para melhor intervir, modificar e melhorar o processo de ensino-aprendizagem;

Para tomar decisões educativas mais coerentes

Para acompanhar apropriadamente a evolução e o progresso do educando;

Ou seja, para recolher informações que ajudem a melhorar a prática educativa.

Avaliação não é um elemento isolado no processo de ensino-aprendizagem, está

diretamente relacionada ao currículo, ao Projeto Político Pedagógico, aos objetivos do

ensino, às concepções de homem, sociedade, currículo e processo de ensino e

aprendizagem.

Para que a avaliação cumpra sua finalidade educativa deverá ser continua,

permanente e formativa. Deverá obedecer à ordenação e a sequência do ensino

aprendizagem, bem como à orientação do currículo. Na avaliação deverão ser

considerados os resultados obtidos durante o período letivo, num processo contínuo cujo

resultado final venha a incorporá-los, expressando a totalidade do aproveitamento

escolar, tomado na sua melhor forma.

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10.14 FORMAÇÃO CONTINUADA

Nossos professores e funcionários têm participado da grande maioria dos

eventos propostos pela SEED e outras instituições, e isso tem facilitado no

aprofundamento das discussões sobre a organização dos trabalhos pedagógicos na

escola, envolvendo todos os profissionais garantindo a formação continuada.

O trabalho educativo é o ato de produzir, direta e intencionalmente, em cada

indivíduo singular, a humanidade que é produzida histórica e coletivamente pelo

conjunto dos homens.

Para que o Projeto de formação continuada e produção pedagógica sejam

compreendidas como auxiliar ao processo educativo, faz-se necessário desenvolver

uma conscientização do colegiado escolar sobre o a importancia dos estudos na nossa

formação continuada, “nessa formação, a teoria com a prática, a reflexão com a ação,

na busca do conhecimento crítico da educação..”(Marafon,p39).

Está claro que mudar é preciso,contudo quem espera ter clareza total e segurança

máxima para mudar, não quer mudar. Em educação não há estrada asfaltada. O

caminho se faz caminhando e quem vai na frente se arranha e se espeta. Ou se preferir

ir pela água, estará nadando contra a corrente...”(Cruz,2005,p.19). Cabe ao professor,

funcionário e ao pedagogo neste contexto estudar, planejar, executar e avaliar, a fim de

construir os resultados esperados no desenvolvimento do processo ensino e

aprendizagem, com vistas à melhoria do ensinar e do aprender. É neste sentido que a

consciência da verdadeira função do professor, após os estudos esperamos fortalecer; a

ação pedagógica ; sempre com vistas a melhoria do processo educativo.

Portanto, “estar interessado em que o educando aprenda e se desenvolva,

individual e coletivamente”(LUCKESI,2006,p.145) é princípio político onde a prática

docente critica exige comprometimento com o processo educativo.

10.15 EDUCAÇÃO INCLUSIVA

A Declaração Universal dos Direitos Humanos (1948) uniu os povos do mundo todo,

no reconhecimento de que “todos os seres humanos nascem livres e iguais em

dignidade e em direitos. Dotados de razão e de consciência, devem agir uns para com

os outros em espírito de fraternidade”.(Art. 1º).

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A concepção contemporânea de Direitos Humanos, introduzida pela Declaração

Universal dos Direitos Humanos (1948), se fundamenta no reconhecimento da dignidade

de todos as pessoas, e no da universalidade e indivisibilidade desses direitos;

universalidade, porque a condição de pessoa é requisito único para a titularidade de

direitos e indivisibilidade, porque os direitos civis e políticos são conjugados aos direitos

e econômicos, sociais e culturais.

A Declaração conjuga o valor da liberdade ao valor da igualdade, já que assume que

não há liberdade sem igualdade, nem tampouco igualdade sem liberdade.

Nesse contexto, o valor da diversidade se impõe como condição para o alcance da

universalidade e a indivisibilidade dos Direitos Humanos.

Num primeiro momento, a atenção aos Direitos Humanos foi marcado pela tônica da

proteção geral e abstrata, com base na igualdade formal; mais recentemente, passou-se

a explicar a pessoa como sujeito de direito, respeitado em suas peculiaridades e

particularidades.

O respeito à diversidade, efetiva no respeito às diferenças, impulsiona ações de

cidadania voltadas ao reconhecimento de sujeitos de direitos, simplesmente por serem

seres humanos. Suas especificidades não devem ser elemento para a construção de

desigualdades, discriminações ou exclusões, mas sim, deve ser norteadores de políticas

afirmativas de respeito à diversidade, voltadas para a construção de contextos sociais

inclusivos.

10.16 DIVERSIDADE

A educação, deve ser trabalhada como meio de reconhecimento e afirmação dos

direitos humanos e da diversidade existente entre as pessoas. É a partir da educação

que é possível incluir essa imensa parcela da população brasileira no desenvolvimento,

garantindo-lhe o pleno exercício da cidadania. Entretanto, para que se possa dar

efetividade a essa proposta de Educação Inclusiva, faz-se necessário garantir o acesso

a uma educação de qualidade, pluralista e emancipatória a todas as pessoas.

A Educação Inclusiva ultrapassa a valoração do diálogo com o “outro”,

alcançando, necessariamente, o respeito à pessoa, independentemente de sua origem,

orientação sexual, religião, etnia, situação econômico-cultural estimulando a convivência

harmônica entre os diferentes, objetivando que essa diferença não seja usada como

forma de autorizar desigualdades, inferiorização, silenciamentos, constrangimentos,

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insultos e agressões. Afinal, tem-se que compreender que a diversidade é

eminentemente pedagógica.

O papel socializador da escola é educar para a diversidade e para a cidadania.

O ser cidadão está diretamente relacionado com apreensão do significado sobre o

conceito de democracia, de liberdade e de igualdade. Esses princípios estão contidos na

Declaração Universal dos Direitos Humanos.

Nesse sentido, o Parecer 04/09 do Ministério Público/Paraná; Parecer CP/CEE 01/09

e Instrução Conjunta de 02/2010 SEED/SUED/DAE sobre a Inclusão do nome social do

aluno e ou da aluna travesti ou transsexual, maior de 18 anos , requer por escrito a

inserção do nome social nos documentos escolares (espelho do livro registro de classe,

edital de nota e boletim escolar).

Para trabalhar as diversas questões que permeiam o respeito a diversidade,

além do trabalho da Equipe Multidisciplinar, o Colégio tem proposto ações

interdisciplinares como: semana cultural com o tema Diversidade, em que os alunos são

incentivados a expressarem-se através de teatro, dança, desenho, pintura, escultura,

exposições de fotografia, oficinas, sessão de cinema, entre outras; Palestras sobre

Sexualidade, Adolescência, Homoafetividade, Uso de Redes Sociais e suas implicações

legais, como exposição e compartilhamento de imagens na web, realizada por

profissional do Ministério Público, além dos diálogos, debates e pesquisas, propostos

pelos professores nos contextos de conflito, curiosidade ou necessidade de maior

conhecimento que ocorrem na sala de aula cotidianamente.

11.0 DESAFIOS CONTEMPORÂNEOS

11.1 CULTURA AFRO-BRASILEIRA E INDÍGENA

O Movimento Social Negro, que já tem lutado nas sombras pelo reconhecimento

do valor do povo negro e pela adoção de políticas de combate ao racismo, encontra

nesses imperativos legais, forças e alento para impulsionar a luta.

Esta luta é intensificada em dois grandes momentos da história do século XX:

Marcha Zumbi dos Palmares, contra o Racismo, pela Cidadania e pela Vida (1995) e a

III Conferência Mundial contra Racismo, Discriminação Racial, Xenofobia e Intolerância

Correlata (2001).O primeiro refere-se a uma marcha organizada por centenas de

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entidades do movimento negro brasileiro em homenagem aos 300 anos de morte do

líder Zumbi dos Palmares, foi entregue ao então presidente da República, Fernando

Henrique Cardoso, um documento contendo reivindicações e dados estatísticos sobre a

desigualdade entre negros e brancos no Brasil. O momento passou a representar um

marco histórico na luta contra o racismo, pois foi a primeira vez em que um presidente

da República reconheceu o Brasil como um país racista.

O segundo momento, III Conferência Mundial contra Racismo, Discriminação

Racial, Xenofobia e Intolerância Correlata, realizada em Durban, África do Sul,

consolidou as discussões iniciadas pelo Grupo de Trabalho Interministerial. O Brasil,

sendo um dos últimos países a abolir a escravidão de africanos e perpetuar às novas

gerações práticas racistas e discriminatórias por meio do racismo institucional, firmou-se

como um dos principais signatários do acordo que primava, entre outras ações, pela

correção de distorções históricas que relegaram a população negra a espaços

inferiorizados de poder e de reconhecimento da dignidade humana.

Ambos os momentos tiveram como engrenagem essencial para as mudanças

significativas a luta e o empenho do movimento negro que de diversas formas,desde a

chamada “imprensa negra” (SANTOS, 2006, p. 159) da década de 1920 até as lutas

recentes de movimentos quilombolas, vêm construindo novas possibilidades de se

pensar uma sociedade livre do racismo e de formas correlatas de discriminação.

A educação básica ainda é profundamente marcada pela desigualdade no quesito

da qualidade e é possível constatar que o direito de aprender ainda não está garantido

para todas as nossas crianças, adolescentes, jovens e mesmo para os adultos que

retornaram aos bancos escolares. Uma das mais importantes marcas dessa

desigualdade está expressa no aspecto racial. Estudos realizados no campo das

relações raciais e educação explicitam em suas séries históricas que a população afro-

descendente está entre aquelas que mais enfrentam cotidianamente as diferentes

facetas do preconceito, do racismo e da discriminação que marcam, nem sempre

silenciosamente, a sociedade brasileira.

Sabe-se hoje que há correlação entre pertencimento étnico racial e sucesso

escolar, indicando portanto que é necessária firme determinação para que a diversidade

cultural brasileira passe a integrar o ideário educacional não como um problema, mas

como um rico acervo de valores, posturas e práticas que devem conduzir ao melhor

acolhimento e maior valorização dessa diversidade no ambiente escolar.

Nesse sentido, é na escola onde as diferentes presenças se encontram e é nas

discussões sobre currículo que estão os debates sobre os conhecimentos,os

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procedimentos pedagógicos, as relações sociais,os valores e as identidades dos

estudantes.

Estados e municípios brasileiros foram dando passos no sentido de garantir uma

educação que se pautasse pelo respeito à diversidade étnica dos alunos, em especial à

história e cultura negra no Brasil. Entretanto, faltava uma legislação de caráter nacional.

É para dar conta desse vazio que vem a Lei 10639 , repondo , refazendo e cobrindo uma

lacuna na formação escolar de nossos jovens, possibilitando que alunos afro-

descendentes resgatem na escola sua identidade étnica.

O advento da Lei nº 10.639/03, que alterou os artigos 26A e 79B da LDB Lei nº

9394/96 e determinando a obrigatoriedade de estudos relacionados à História e Cultura

Afro-Brasileira nos diferentes níveis de ensino da educação básica, estabelecendo

como conteúdo programático das disciplinas do currículo “o estudo da História da África

e dos Africanos, luta dos negros no Brasil, a cultura negra brasileira e o negro na

sociedade nacional, resgatando a contribuição do povo negro nas áreas social,

econômica e política pertinentes a história do Brasil” e a inclusão da data 20 de

novembro como Dia da Consciência Negra no Calendário Escolar (BRASIL, 2003) foi

um grande passo em seguida a aprovação pelo Conselho Nacional de Educação das

Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o

Ensino da História e Cultura Afro-Brasileira e Africana – Parecer CNE/CP 01/2004 e

resolução 03/2004 estabelecendo passos, ritmos, princípios e programas , em seguida o

estado do Paraná com a Deliberação Estadual 04/2006 (Normas Complementares às

Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o

ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana) que prevê normas

complementares para citadas Diretrizes .

Com o objetivo de ampliar a implementação de tal legislação nas escolas da Rede

Pública Estadual, a Secretaria de Estado de Educação, por meio da Superintendência

da Educação-SUED, expediu a Instrução no 017/2006 SUED/SEED. Entre seus

objetivos, encontra-se o de apoiar a efetivação da Deliberação 04/2006-CEE.

No âmbito Nacional posteriormente a edição da lei 11645/2008 veio corroborar

este entendimento, reconhecendo que indígenas e negros convivem com problemas de

mesma natureza, embora em diferentes proporções.

A Lei e as Diretrizes precisam acompanhar as ações necessárias para promoção

da igualdade etnicorracial no país, no espaço escolar, consistindo-se em um passo

importante, em face da necessidade que temos de mudar o imaginário sobre a África, o

que incide em mudanças no imaginário social sobre a população negra no Brasil então é

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criado o Plano Nacional de Implementação das Diretrizes Nacionais para Educação das

Relações Etnicorracais e para o Ensino de História e Cultura Afrobrasileira e Africana

(2009) tem com objetivo central colaborar para que todo o sistema de ensino e as

instituições educacionais cumpram as determinações legais com vistas a enfrentar todas

as formas de preconceito, racismo e discriminação para garantir o direito de aprender e

a equidade educacional a fim de promover uma sociedade mais justa e solidária.

O ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana e Indígena tem por

objetivo a divulgação e produção de conhecimentos, assim como de atitudes, posturas e

valores que preparem os cidadãos para uma vida de fraternidade e partilha entre todos,

sem as barreiras estabelecidas por séculos de preconceitos, estereótipos e

discriminações que fecundaram o terreno para a dominação de um grupo racial obre

outro, de um povo sobre outro, desenvolver o reconhecimento e valorização da

identidade, história e cultura dos afros- brasileiros, bem como a garantia de

reconhecimento e igualdade de valorização das raízes africanas da nação brasileira, ao

lado das indígenas, européias e asiáticas.

Visamos que os desafios da escola é em cumprir seu papel social que é

desenvolver capacidades humanas relacionadas com a compreensão crítica e a ação

crítica,promover acesso ao conhecimento de forma totalitária e dialética que possibilite a

apreensão do real promovendo a formação e emancipação humana, só serão superados

se a escola for um ambiente acolhedor,que reconheça e valorize as diferenças e não as

transforme em fatores de desigualdades,garantindo para o educando o direito de

aprender implica fazer da escola um lugar que todos e todas sintam-se valorizados e

reconhecidos como sujeitos de direito em sua singularidade e identidade este projeto

PPP vista a implementação dessa nova postura educacional.

11.2 EDUCAÇÃO AMBIENTAL

A definição da educação ambiental é dada no artigo 1º da Lei nº 9.795/99 como “os

processos por meio dos quais o indivíduo e a coletividade constroem valores sociais,

conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para a conservação do

meio ambiente, bem de uso comum do povo, essencial à sadia qualidade de vida e sua

sustentabilidade”. Tal definição coloca o ser humano como responsável individual e

coletivamente pela sustentabilidade, ou seja, se fala da ação individual na esfera privada

e de ação coletiva na esfera pública.

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A Educação Ambiental tem assumido nos últimos anos o grande desafio de garantir

a construção de uma sociedade sustentável, em que se promovam, na relação com o

planeta e seus recursos, valores éticos como cooperação, solidariedade, generosidade,

tolerância, dignidade e respeito à diversidade (CARVALHO, 2006).

Dessa forma, a educação ambiental deve ser trabalhada na escola visando a

formação de cidadãos conscientes da preservação do meio ambiente e aptos a tomar

decisões coletivas sobre questões ambientais necessárias para o desenvolvimento de

uma sociedade sustentável.

A importância de um currículo integrado à temática ambiental é que valoriza o

conhecimento contextual, no qual as várias disciplinas atuam como recursos à serviço

de um objeto central, conseguindo trazer para a realidade escolar o estudo de questões

ambientais cotidianamente.

Referências:

BRASIL. Ministério do Meio Ambiente. Lei n. 9.795/1999. Dispõe sobre a educação

ambiental, institui a Política Nacional de Educação Ambiental e dá outras

providências. Disponível em: . Acesso em: 19.12/2016

CARVALHO, I. C. M. Educação ambiental: a formação do sujeito ecológico. 2.ed.

São Paulo: Cortez, 2006.

11.3 - GÊNERO E DIVERSIDADE

É muito recente a inclusão das questões de gênero, identidade de gênero e

orientação sexual na educação brasileira a partir de uma perspectiva de valorização da

igualdade de gênero e de promoção de uma cultura de respeito e reconhecimento da

diversidade sexual.

Diante do anseio de construirmos uma sociedade e uma escola mais justas,

solidárias, livres de preconceito e discriminação, é necessário identificar e enfrentar as

dificuldades que temos tido para promover os direitos humanos

A escola e, em particular, a sala de aula, é um lugar privilegiado para se promover a

cultura de reconhecimento da pluralidade das identidades e dos comportamentos

relativos a diferenças. Daí, a importância de se discutir a educação escolar a partir de

uma perspectiva crítica e problematizadora, questionar relações de poder, hierarquias

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sociais opressivas e processos de subalternização ou de exclusão, que as concepções

curriculares e as rotinas escolares tendem a preservar (SILVA, 1996, 2000 e 2001).

O Plano Nacional de Educação em Direitos Humanos (2006), assinado pelo

Ministério da Educação e pela Secretaria Especial de Direitos Humanos, parte da

concepção de que a educação em direitos humanos se faz paralelamente à educação

para a valorização da diversidade. Elaborado pelo Comitê Nacional de Educação e

Direitos Humanos por meio de diversas estratégias, entre elas consulta à sociedade civil,

o Plano define como uma de suas ações programáticas para a Educação Básica: [...]

fomentar a inclusão, no currículo escolar, das temáticas relativas a gênero, identidade de

gênero, raça e etnia, religião, orientação sexual, pessoas com deficiências, entre outros,

bem como todas as formas de discriminação e violações de direitos, assegurando a

formação continuada dos(as) trabalhadores(as) da educação para lidar criticamente com

esses temas (BRASIL/CNDH/MEC, 2006:24).

Dessa forma, o Colégio tem realizado projetos e diversas ações pedagógicas,

como debates, seminários, palestras teatros, entre outros, voltadas ao respeito à

diversidade e as questões de gênero no cotidiano escolar.

Referências:

BRASIL. Cadernos SECAD 4- Gênero e Diversidade Sexual na escola: reconhecer

diferenças e superar preconceitos. Brasilia 2007, Ministério da Educação

11.4 PREVENÇÃO AO USO INDEVIDO DE DROGAS

O trabalho de prevenção ao uso de drogas é considerado um desafio contemporâneo

porque existe uma precocidade no contato com as drogas. Para que a escola possa

contribuir de maneira mais eficiente quanto à prevenção, deve ocorrer um trabalho

articulado desde a educação infantil, para que ocorra posteriormente maior

conhecimento, discussão e problematização dentro das disciplinas do ensino

fundamental.

Diversos aspectos podem induzir uma criança/adolescente a usar drogas, como: a

facilidade ao acesso, o estilo de vida, a cultura do remédio e também; a “emoção de

correr risco”.

Diante dessa realidade, muitas vezes é necessários realizar encaminhamentos, em

casos de flagrante de uso de drogas e/ou entorpecentes dentro da escola, realizando a

abordagem, a notificação e encaminhamento ao Conselho Tutelar ou à Polícia, bem

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como acionar a Rede Social de Proteção e de Prevenção ao Uso de Drogas, conduzindo

o aluno usuário às instituições competentes para o acompanhamento e/ou tratamento.

As citadas ações devem fazer parte do cotidiano do Colégio, pois podem dar ao

aluno esclarecimentos para evitar o contato com as drogas, e se já estiver em contato,

propor outra perspectiva de vida e de futuro, visto que tais substâncias podem

potencializar a personalidade da pessoa e se ela tem tendência à violência, então o ato

de violência pode acontecer.

Para que esse trabalho tenha sucesso, a participação da família e seu envolvimento

na vida escolar dos filhos faz diferença.

11.5 ENFRENTAMENTO À VIOLÊNCIA

Diversas formas de violências manifestam-se na escola, tornando-se um grande

desafio propor ações para o seu enfrentamento. A escola,deve propor um trabalho

pedagógico preventivo e de enfrentamento às violências, com o envolvimento de toda a

comunidades escolar, visando à formação de seus alunos pautada em direitos humanos.

O professor tem um importante papel em perceber e identificar nos alunos, se

estão sendo vítimas de algum tipo de violência, como: violência física, psicológica,

sexual ou negligência por parte de seus cuidadores adultos ou outras pessoas.

Nesses casos de suspeita de maus-tratos, o professor deve agir junto com a

equipe diretiva e pedagógica, que fazem a notificação, de acordo com informações e/ou

evidências apresentadas pelo professor, demais funcionários, pais ou a própria criança

ou adolescente, entre outros. Esta obrigatoriedade está especificada no artigo 13 do

Estatuto da Criança e do Adolescente.

Art. 13 – Os casos de suspeita ou confirmação de maus-tratos contra criança ou

adolescente serão obrigatoriamente comunicados ao Conselho Tutelar da respectiva

localidade, sem prejuízo de outras providências legais.

Após considerar a violência doméstica, que pode ser percebida na escola ,

ocorrem outras manifestações que surgem no interior da escola , e um dos primeiros

aspectos que a impulsionam é a discriminação.

É freqüente pessoas serem discriminadas por não seguirem um modelo de

beleza imposto pelos meios de comunicação, por não terem “boa aparência”, que são

estereotipadas como: louras, bem vestidas, com roupa de marca... Também, aquele

que é pobre ou por estar gorda(o)!!!,

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A discriminação também está presente quando os jovens comentam o fato de que

as mulheres têm menor salário por um mesmo serviço, quando falam do preconceito

contra os homossexuais, quando falam da discriminação contra os idosos.

O impacto emocional que essa discriminação causa em suas vítimas pode

comprometer sua vida e sucesso escolar, suas formas de projetar o futuro e ocasionar

doenças como depressão, ansiedade, entre outras.

Para a escola consiga enfrentar o desafio de minimizar a violência, deve trabalhar

com conhecimento, a gestão democrática e o trabalho em conjunto com sua

comunidade, o bairro.

Referências:

PARANÁ. Série Cadernos Temáticos: Enfrentamento à violência na escola- SEED

Curitiba 2010

11.6 ENVELHECIMENTO SAUDÁVEL

Segundo publicação recente do IBGE, em 2060, o Brasil terá 218 milhões de

habitantes, sendo que 58 milhões serão pessoas idosas.Nossos estudantes de hoje,

dependendo da idade atual, farão parte do contingente de cidadãos e cidadãs idosas

brasileiros. Dessa forma, tanto para o convívio, quanto para o próprio envelhecimento

digno e saudável é necessária a preparação devida. O envelhecimento não é um fato

social isolado. É um fato biológico com suas decorrências e especificidades, que se

estabelece nas sociedades, requerendo o entendimento adequado e a preparação de

todos para tal.

Nos últimos anos, as instituições governamentais brasileiras, organismos da

sociedade civil e movimentos sociais conquistaram uma gama de leis, decretos,

propostas e medidas que estabelecem direitos voltados para a pessoa idosa,

referenciados pelas diretrizes internacionais (Plano de Ação internacional para o

Envelhecimento). Contabilizam-se conquistas democráticas importantes, como a criação

do Conselho Nacional dos Direitos do Idoso (CNDI) em 2002 e a elaboração e

publicação do Estatuto do Idoso em 2003, que regulamenta os direitos das pessoas com

idade igual ou superior a 60 anos.

É atribuída à educação, de acordo com o Estatuto do Idoso, a tarefa descrita no

Artigo 22, que determina: "Nos currículos mínimos dos diversos níveis de ensino formal

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serão inseridos conteúdos voltados ao processo de envelhecimento, ao respeito e à

valorização do idoso, de forma a eliminar preconceito e a produzir conhecimentos sobre

a matéria."

Dessa forma, cabe à escola, um espaço democrático de socialização do

conhecimento, a função de organizar o trabalho pedagógico contemplando a temática

do envelhecimento saudável a partir dos conteúdos estruturantes das disciplinas do

currículo.

11.7 EDUCAÇÃO FISCAL

Educação fiscal refere-se à compreensão de uma cidadania ativa, participativa e

solidária, mediante a existência dos direitos fiscais, especialmente a adequada gestão

do gasto público por parte dos governantes, assim como de obrigações fiscais, são

passos importantes que as Administrações Tributárias mais modernas perseguem no

contexto de socialização dos tributos.

No mundo contemporâneo, não há como se falar em sociedade sem impostos. Sem

o pagamento dos impostos, a realização dos próprios direitos fundamentais é

impossível. A tributação, então, deve ser compreendida como um dever de cooperação

que possibilita a atuação estatal nas suas mais diversas áreas, especialmente na vida

social e econômica das pessoas.

Assim, o conhecimento da questão dos impostos possibilita o fomento da cidadania,

proporcionando os conhecimentos e habilidades que capacitam a compreensão do

mundo e a atuação consistentemente na melhoria da realidade social de todos.

O tributo é um instrumento que pode e deve ser utilizado para promover as

mudanças e reduzir as desigualdades sociais. O cidadão, consciente da função social do

tributo, como forma de redistribuição da renda nacional e elemento de justiça social, é

capaz de participar do processo de arrecadação, aplicação e fiscalização do dinheiro

público.

Portanto, trabalhar esse tema em sala de aula é muito importante. O objetivo de tal

ação pedagógica é refletir sobre a função dos impostos e oferecer aos educandos

conhecimento de administração pública, incentivando o acompanhamento das

aplicações dos recursos públicos pela sociedade.

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REFERÊNCIAS: idg.receita.fazenda.gov.br/acesso-rapido/direitos-e-deveres/educacao-fiscal. Acesso

dia 20/12/2016 .

12.0 CALENDÁRIO ESCOLAR

O Calendário Escolar aprovado, para o ano de 2016, pela Resolução n° 3660/2015 –

GS/SEED, está fundamentado na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional n°

9394/96 que no inciso I, do art. 24, determina carga horária mínima anual de 800

(oitocentas) horas, distribuídas por um mínimo de 200 (duzentos) dias de efetivo

trabalho escolar. Ver anexo.

13.0. AÇÕES DIDÁTICO- PEDAGÓGICAS

O sujeitos da Educação Básica devem ter acesso ao conhecimento produzido pela

humanidade que, na escola, é veiculado pelos os conteúdos das disciplinas escolares.

Estes devem ser tratados na escola de modo contextualizado, estabelecendo-se, entre

eles, relações interdisciplinares.

Na prática, busca-se articular os anos iniciais e anos finais do ensino fundamental,

da melhor maneira, atendendo às necessidades e mudanças que os alunos

apresentam, decorrentes da transição da infância para a adolescência. Para isso, o

colégio busca desenvolver ações de integração desse aluno nas salas de aula e no

colégio como um todo.

Tais ações são contempladas em projetos, programas e atividades

complementares ofertados no Colégio. São eles:

13.1 PROGRAMA MAIS EDUCAÇÃO

O Programa Mais Educação ocorre no contraturno, com alunos do 6º e 7º ano, é

uma estratégia educacional inovadora que, dentre outros aspectos, articula projetos e

programas do Governo Federal e de outras instituições educacionais e sociais, voltados

para promoção do aumento da permanência dos alunos nas escolas. Os projetos e

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planos de ação concebidos pelas escolas desenvolvem atividades de acompanhamento

pedagógico, educação ambiental, esporte e lazer, direitos humanos em educação,

cultura e artes, cultura digital, promoção da saúde, comunicação e uso de mídias,

letramento, investigação no campo das ciências da natureza e educação econômica,

com ampliação de tempos, espaços, oportunidades educativas e o compartilhamento da

tarefa de educar entre os profissionais da educação e de outras áreas; promover a

participação da comunidade na gestão, estimulando a interação entre escola,

comunidade e Conselho Escolar e; promover a ampliação da jornada escolar e a

organização curricular na perspectiva da Educação Integral.

As atividades do Programa Mais Educação são trabalhadas de forma

interdisciplinar, considerando o contexto social dos sujeitos. Objetiva práticas

educativas que promovam aos estudantes a compreensão do mundo em que vivem, de

si mesmo, do meio ambiente, da vida em sociedade, das artes, das diversas culturas,

das tecnologias e de outras temáticas. Propõe-se, portanto, a utilização de uma

metodologia participativa, que valorize as experiências do grupo e, ao mesmo tempo,

multiplique as possibilidades da contribuição diferenciada de cada um e aguce a

capacidade de pensar, criar e desenvolver a assertividade.

O programa é realizado pela Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e

Diversidade (Secad/MEC), em parceria com a Secretaria de Educação Básica

(SEB/MEC) e com a Secretaria de Estado da Educação do Paraná. Os recursos para a

realização das atividades vêm do Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE) e do

Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE).

A escola tem direito a 15 horas de professor, e pôdecontratar um monitor, cuja

seleção, contratação e pagamentos (ressarcimento) são realizados pela escola, com os

recursos recebidos do Fundo Nacional do Desenvolvimento - FNDE/MEC. Esse

profissional é responsável pelo plano de trabalho docente, desenvolvendo efetivo

trabalho com alunos e monitore, acompanhando e coordenando as atividades

executadas.

Quanto à Avaliação, as atividades do PME não precisam passar pelo mesmo

processo de avaliação das disciplinas da Matriz Curricular, com aplicação de

instrumentos formais de avaliação (provas e testes) e registro de notas, contudo as

atividades são sistematicamente avaliadas, com instrumentos como o Portfólio.

Para o almoço e o lanche são disponibilizados gêneros alimentícios pela

SUDE/SEED.

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13.2 AULAS ESPECIALIZADAS DE TREINAMENTO ESPORTIVO – AETE

As aulas de treinamento esportivo acontecem no contraturno, com alunos do

ensino fundamental I (de 6º ao 9º ano) , tem por objetivo dar acesso ao aluno à prática

esportiva nas diversas modalidades visando o pleno desenvolvimento de suas

habilidades específicas , de acordo com sua idade.

A modalidade optada pelo colégio foi o Voleibol. Além disso, busca descobrir talentos

esportivos no âmbito da escola, bem como a formação de equipes competitivas para a

participação dos Jogos Escolares no Paraná e outros eventos similares.

São atribuídas ao professor que ministra as aulas a carga horária de 4 horas semanais,

distribuídas em dois dias . As atividades são desenvolvidas em modalidades coletivas

com 25 alunos, que seguem as seguintes fases de aprendizagem:

Fase 1- Iniciação ( fundamentos básicos do Voleibol);

Fase 2- Intermediária ( aperfeiçoamento dos aspectos técnicos e táticos);

Fase 3- Avançada ( aprofundamento dos aspectos técnicos e táticos).

O acompanhamento e registro das aulas de treinamento esportivo do colégio é feito

pela equipe pedagógica, direção e professor no sistema Celepar SEED, em que ocorre a

inserção, analise do RNE e autorização do DEB.

Aspectos como matrícula e frequência ocorrem de acordo com a legislação vigente.

REFERÊNCIAS:

LEGAL - INSTRUÇÃO Nº 012/2014 - SUED

Constituição Federal de 1988, Art. 205, 206, 207 e 217.

Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº 9.394/96, Art. 27,34 e 87.

Lei nº 8.089/90, que dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente.

Lei nº 13.005/14, que aprova o Plano Nacional de Educação.

Lei nº 11.494/07, que regulamenta o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da

Educação e de Valorização dos Profissionais da Educação - FUNDEB.

Resolução nº 04/10 – CNE/CEB, que define as Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais

da Educação Básica, Art. 12, 13 e 17.

Resolução nº 07/10 – CNE/CEB, que fixa as Diretrizes Curriculares Nacionais para o

Ensino Médio.

Resolução nº 02/2012 – CNE/CEB, que define as Diretrizes Curriculares Nacionais para

o Ensino Médio.

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Portaria Interministerial nº 17/07 e Decreto nº 7.083/10 – MEC.

13.3 CELEM – ESPANHOL E INGLÊS

A oferta do CELEM – Língua Espanhola e Língua Inglesa neste Estabelecimento de

Ensino, atende o disposto na Resolução nº 3904/2008 – SEED e a Instrução Normativa

nº 019/2008 - SUED/SEED, que regulamenta o funcionamento de cursos de Línguas

Estrangeiras Modernas. A oferta de ensino extracurricular, plurilinguista e gratuita do

Curso Básico de Espanhol e do Curso Básico de Língua Inglesa é destinada aos alunos

da Rede Estadual de Educação Básica, matriculados no Ensino Fundamental (anos

finais) e no Ensino Médio. Esta oferta é estendida aos professores e funcionários que

estejam no efetivo exercício de suas funções em estabelecimentos de ensino na Rede

Pública Estadual de Educação Básica, SEED e NRE, num total de até 10% das vagas

sobre o número máximo de alunos por turma. A comunidade poderá usufruir dos cursos,

num total de até 30% das vagas sobre o número máximo de alunos por turma, desde

que comprovada a conclusão dos anos iniciais do Ensino Fundamental.

O ensino de línguas estrangeiras modernas contribui para que o aluno descubra

novos meios de expressão, desenvolva sua capacidade de atenção, seu senso crítico e

seja capaz de analisar e refletir a sua realidade e a da sociedade na qual está inserido.

Ao estudá-las, aluno vai-se conscientizando do seu próprio código – a língua materna –

seja pelos contrastes, seja pelas analogias, ou semelhantes estabelecidas; adquire

novas formas de expressão, facilitando a aquisição de conhecimentos linguísticos

necessários à compreensão e à expressão oral e escrita, e à cultura de outros povos

que fazem parte do mesmo contexto geográfico, conhecendo o comportamento, a

dinâmica social, os costumes e tudo o que caracteriza um povo.

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13. 4 – SALA DE RECURSOS MULTIFUNCIONAL TIPO I

A oferta ocorre no período matutino, atende a uma turma de 17 alunos do 6º ao 9º

ano.

A Educação Especial é uma modalidade de ensino que perpassa todos os níveis,

etapas e modalidades, realiza o atendimento educacional especializado, disponibiliza os

recursos e serviços e orienta quanto a sua utilização no processo ensino-aprendizagem

nas turmas do ensino regular.

Seguindo a Política Nacional de Educação Especial na perspectiva da Educação

Inclusiva, na Rede de Ensino, o atendimento educacional especializado tem como

função identificar, elaborar e organizar recursos pedagógicos e de acessibilidade que

eliminem as barreiras para a plena participação dos alunos, considerando suas

necessidades específicas.

A carga horária é de 20 horas/ aula semanais, sendo 13 horas/aula para efetivo

trabalho pedagógico e 07 horas / atividade do professor, de acordo com a legislação

vigente. A quantidade máxima de alunos com atendimento por cronograma é de 20

alunos, podendo ser individual ou em grupos, com o suporte necessário às

necessidades educacionais especiais dos alunos. O cronograma de atendimento é

flexível, sendo organizado e reorganizado sempre que necessário.

Os recursos disponíveis incluem materiais didáticos de acessibilidade, recursos

pedagógicos específicos adaptados, equipamentos tecnológicos e mobiliários, jogos

pedagógicos que valorizam os aspectos lúdicos, estimulam a criatividade, a cooperação,

a reciprocidade e promovem o desenvolvimento dos processos cognitivos.

A Avaliação de Ingresso se efetiva a partir da avaliação psicoeducacional no

contexto escolar. O acompanhamento ocorre através da avaliação processual, onde o

aluno será observado/analisado no contexto comum de ensino e no contexto

educacional especializado visando o desenvolvimento do aluno para traçar novas

possibilidades de intervenção pedagógica. Os avanços acadêmicos do aluno, tanto na

classe comum como na Sala de Recursos são registrados em relatórios pedagógicos,

elaborados à partir do parecer dos professores das disciplinas no Conselho de Classe.

Quanto à freqüência, documentação, matrícula e desligamento da Sala de Recursos

ocorrem de acordo com a legislação vigente.

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13.5 - BRIGADA ESCOLAR

O Programa Brigadas Escolares – Defesa Civil na Escola é uma parceria da

Secretaria de Estado da Educação e da Casa Militar da Governadoria – Divisão de

Defesa Civil, que visa promover a conscientização e a capacitação da Comunidade

Escolar do Estado do Paraná, para ações de enfrentamento de eventos danosos,

naturais ou antropogênicos, bem como o enfrentamento de situações emergenciais no

nterior das escolas.

Objetivos:

construir uma cultura de prevenção a partir do ambiente escolar;

proporcionar aos alunos da rede estadual de ensino condições mínimas para

enfrentamento de situações emergenciais no interior das escolas;

promover o levantamento das necessidades de adequação do ambiente

escolar;

articular os trabalhos entre os integrantes da Defesa Civil Estadual, do Corpo

de Bombeiros, da Polícia Militar (Patrulha Escolar Comunitária) e dos Núcleos de

Educação;

adequar as edificações escolares estaduais às normas mais recentes de

prevenção contra incêndio e pânico do Corpo de Bombeiros da Polícia Militar do Paraná.

Público-alvo: Comunidade escolar

14.0 AÇÕES REFERENTES À FLEXIBILIZAÇÃO DO CURRÍCULO Inclusão Educacional é o direito à igualdade de oportunidades, o que não significa

um “modo igual” de educar a todos e sim de dar a cada pessoa o que necessita, em

função de suas características e necessidades educacionais.

Nesse contexto, entende-se a flexibilização, adaptação ou adequação como a

resposta educativa que é dada pela escola para satisfazer as necessidades educativas

de um aluno ou de um grupo de alunos, dentro da sala de aula comum.

Os alunos com necessidades educacionais especiais, decorrentes de deficiências,

ao serem incluídos no ensino regular, precisam encontrar ambiente e condições

propícias ao desenvolvimento do processo ensino aprendizagem.

Sabe-se que cada aluno tem sua própria história de vida, sua própria história de

aprendizagem anterior, características pessoais em seu modo de aprender, enfim, cada

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um é diferente do outro, tanto em termos de suas características físicas, sociais,

culturais, como de seu funcionamento mental. Sabe-se, Levando-se em conta estes

aspectos, o professor deve buscar conhecer cada aluno e suas peculiaridades e

consequentemente as suas necessidades especiais. Tais necessidades revelam que

tipos de estratégias, diferentes das usuais, são necessárias para permitir que todos os

alunos, inclusive as pessoas com deficiência, participem integralmente das

oportunidades educacionais, com resultados favoráveis, dentro de uma programação tão

normal quanto possível.

No caso dos alunos hospitalizados, ocorre a intervenção escolar hospitalar, por

meio do SAREH aos educandos impossibilitados de frequentar a escola, em virtude de

situação de internamento hospitalar ou sob outras formas de tratamento de saúde,

garantindo a continuidade do processo de escolarização, bem como sua inserção ou

reinserção em seu ambiente escolar de origem, pois a atual gestão compreende que

esta situação de internamento é, particularmente, desafiadora a todos os envolvidos no

processo educacional (alunos, professores, pedagogos, pais e/ou responsáveis, NREs,

direção da escola).

O Colégio Albino teve em 2016 alguns alunos submetidos ao atendimento do

SAREH, a equipe pedagógica comunicou ao NRE, que providenciou a equipe de

professores para atuarem nos casos. Os conteúdos eram articulados e flexibilizados em

conjunto entre tais professores e equipe pedagógica, levando em conta o ritmo do aluno,

os limites físicos, o tempo e outros fatores.

O corpo docente do colégio, bem como a equipe pedagógica tem buscado em

formações continuadas, atualizações e materiais estratégicos de leitura e pesquisa no

campo da flexibilização curricular, para estar preparada para atender essa demanda,

seja nos casos de portadores de deficiências, nos casos de alunos hospitalizados, nos

casos de estudantes em cumprimento de medidas sócio educativas e no caso de

estudantes em licença maternidade.

15.0 ESTÁGIO NÃO OBRIGATÓRIO

Estágio é ato educativo escolar supervisionado, desenvolvido no ambiente de

trabalho, que visa à preparação para o trabalho produtivo. Os educandos devem estar

frequentando o ensino regular em instituições de educação superior, de educação

profissional, de ensino médio, da educação especial ou dos anos finais do ensino

fundamental, na modalidade profissional da educação de jovens e adultos vinculados à

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estrutura do ensino público e particular, oficiais e reconhecidos pela Secretaria de

Estado da Educação ou pelo Ministério da Educação (MEC) no caso do ensino superior.

O estágio visa ao aprendizado de competências próprias da atividade profissional e

à contextualização curricular, com o objetivo de proporcionar o desenvolvimento do

educando para a vida cidadã e para o trabalho. O estágio pode ser obrigatório ou não-

obrigatório (remunerado), conforme determinação das diretrizes curriculares da etapa,

modalidade e área de ensino e do projeto pedagógico do curso.

Estágio obrigatório é aquele definido como tal no projeto do curso, cuja carga

horária é requisito para aprovação e obtenção de diploma.

De acordo com a INSTRUÇÃO N.º 028/2010 – SUED/SEED:

Estágio não obrigatório é aquele desenvolvido como atividade opcional, acrescida

à carga horária regular e obrigatória de estudos e será sempre remunerado por meio de

bolsa auxílio, paga por hora estagiada. É exigida a idade mínima de 16 anos.

Referências:

PARANÁ. Decreto 8654/2010. Central de Estágio. Disponível em

http://www4.pr.gov.br/gee/documentos/legislacao/decreto_estadual_8654.pdf. Acesso

em 15/12/2016.

16. AVALIAÇÃO

A avaliação deve ser entendida como um dos aspectos de ensino, pelo qual o

professor estuda e interpreta os dados da aprendizagem e de seu próprio trabalho, com

a finalidade de acompanhar e aperfeiçoar o processo de aprendizagem dos alunos, bem

como diagnosticar seus resultados e atribuir-lhes valor.

A avaliação deve dar condições para que seja possível ao professor tomar

decisões quanto ao aperfeiçoamento das situações de aprendizagem. Devem

proporcionar dados que permitam ao estabelecimento de ensino promover a

reformulação do currículo como adequação dos conteúdos e métodos de ensino. Deve

possibilitar novas alternativas para o planejamento do estabelecimento e do sistema de

ensino como um todo. A avaliação do aproveitamento escolar deverá incidir sobre o

desempenho do aluno em diferentes situações de aprendizagem.

A avaliação utilizará técnicas e instrumentos diversificados. É vedada a avaliação

em que os alunos são submetidos a uma só oportunidade de aferição.

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A avaliação deve utilizar procedimentos que assegurem a comparação com os

parâmetros indicados pelos conteúdos de ensino, evitando-se a comparação dos alunos

entre si. Na avaliação do aproveitamento escolar, deverão preponderar os aspectos

qualitativos da aprendizagem considerados a interdisciplinaridade e a

multidisciplinaridade dos conteúdos. Dar-se-á relevância à atividade critica, à

capacidade de síntese e a elaboração pessoal, sobre a memorização.

O papel da avaliação no contexto da prática educativa é estar a serviço da

Proposta Pedagógica.

Avalia-se:

Para melhor intervir, modificar e melhorar o processo de ensino-aprendizagem;

Para tomar decisões educativas mais coerentes

Para acompanhar apropriadamente a evolução e o progresso do educando.

Ou seja: para recolher informações que ajudem a melhorar a prática educativa.

Avaliação não é um elemento isolado no processo de ensino-aprendizagem, está

diretamente relacionada ao currículo, ao Projeto Político Pedagógico, aos objetivos do

ensino, às concepções de homem, sociedade, currículo e processo de ensino e

aprendizagem.

Para que a avaliação cumpra sua finalidade educativa deverá ser continua,

permanente e formativa. Deverá obedecer à ordenação e a sequência do ensino

aprendizagem, bem como à orientação do currículo. Na avaliação deverão ser

considerados os resultados obtidos durante o período letivo, num processo contínuo cujo

resultado final venha a incorporá-los, expressando a totalidade do aproveitamento

escolar, tomado na sua melhor forma.

16.1 PONTOS DE PARTIDA PARA UM NOVO OLHAR SOBRE O PROCESSO

AVALIATIVO

Os alunos não aprendem da mesma forma, nem ao mesmo tempo, uma resposta

errada numa avaliação pode expressar o conhecimento acumulado pelo aluno, o seu

esforço de reflexão e raciocínio e não seu fracasso de aprendizagem.

O erro pode tornar-se inteligível se for considerado como reflexo de uma coerência

própria a este ou aquele registro, processo interativo através do qual educandos e

educadores aprendem sobre si mesmos e sobre a realidade escolar no ato da própria

avaliação.

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16.1.1 A NECESSIDADE E OS USOS DA AVALIAÇÃO

Para o aluno: instrumento de tomada de consciência de suas conquistas, dificuldades e

possibilidades de reorganizar sua aprendizagem.

Para o professor: problematização, questionamento, reflexão sobre a ação. Avaliar a

aprendizagem do aluno é avaliar a intervenção do professor.

Para a escola: possibilita definir prioridades e localizar aspectos educacionais que

demandam maior atenção, bem como refletir continuamente sobre a ação educativa,

visando à obtenção do sucesso desse processo.

16.2 CLASSIFICAÇÃO

Perspectiva de avaliação como algo inerente ao processo de ensino, é contínua e

cumulativa quanto ao desempenho do aluno, com prevalência dos aspectos qualitativos

sobre os quantitativos e dos resultados ao longo do período sobre os de eventuais

provas finais [...] (art. 24, inciso V).

O atendimento escolar deve responder de forma mais adequada ao

desenvolvimento de aluno [...] (art.23, inciso II e III do art. 24).

A perspectiva da avaliação que se coloca é de caráter processual, explorando seu

potencial educativo, com vistas a promover a igualdade de oportunidades e a efetiva

inclusão de todos no sistema educacional.

A avaliação na Educação Especial será registrada através de relatórios semestrais,

levando em consideração as habilidades e atitudes que o aluno desenvolve.

Para os alunos do 6º ao 9º ano, ensino Profissional Integrado-Técnico em Meio

Ambiente e o Técnico em Química será considerado o rendimento mínimo a nota 6,0

(seis vírgula zero) por disciplina resultante da média aritmética dos bimestres (4

bimestres), da mesma forma o ensino Profissional Subsequente e o Ensino Médio.

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16.3 PROMOÇÃO

A promoção deverá ser o resultado da avaliação do aproveitamento escolar do

aluno expresso conforme critério e forma determinada pelo estabelecimento.

A avaliação final deverá considerar, para efeito de promoção, todos os resultados

obtidos durante o período letivo, incluída a recuperação de estudos.

Após a apuração dos resultados finais de aproveitamento e frequência serão

definidas as situações de aprovação e reprovação dos educandos conforme

estabelecido a seguir.

I – É promovido ao ano subsequente o aluno que apresentar frequência igual ou

superior a 75% (setenta e cinco por cento) do total da carga horária do período letivo e

média anual igual ou superior a 6,0 (seis vírgula zero) em cada disciplina, obtida por

meio de “MÉDIA ARITMÉTICA”, sendo assim calculada:

Média Anual (MA) =

(1ºB) + (2ºB) + (3ºB) + (4ºB)

______________________ = 6,0

4

II – Permanece retido no ano o aluno que apresentar:

Frequência inferior a 75% (setenta e cinco por cento) sobre o total da carga horária do

período letivo;

Média Anual Inferior a 6,0 (seis vírgula zero);

Os alunos que apresentarem frequência igual ou superior a 75% (setenta e cinco por

cento) do total da carga horária do período letivo e média final inferior a 6,0 (seis virgula

zero), independente do número de disciplinas, mesmo após Recuperação de Estudos

Paralela, são submetidos à análise do Conselho de Classe Final, que possui autonomia

e define sua aprovação/retenção.

Encerrado o processo de avaliação, o estabelecimento registra no histórico escolar

do aluno, sua condição de aprovado ou reprovado.

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16.4 - CLASSIFICAÇÃO E RECLASSIFICAÇÃO

Classificação é o procedimento que o Estabelecimento adota, segundo critérios

próprios, para posicionar o aluno na etapa de estudos compatível com a idade

experiência e desempenho, adquiridos por meios formais ou informais.

A classificação pode ser realizada:

a) por promoção, para alunos que cursaram com aproveitamento a série, etapa, ciclo,

período ou fase anterior na própria escola;

b) por transferência, para candidatos procedentes de outras escolas do país ou do

exterior, considerando a classificação na escola de origem;

c) independentemente de escolarização anterior, mediante avaliação feita pela escola,

que defina o grau de desenvolvimento e experiência do candidato e permita sua

inscrição na série, ciclo, período, fase ou etapa adequada.

A classificação tem caráter pedagógico centrado na aprendizagem, e exige as

seguintes medidas administrativas para resguardar os direitos dos alunos, das escolas e

dos profissionais:

a) proceder avaliação diagnóstica documentada pelo professor ou equipe pedagógica;

b) comunicar ao aluno ou responsável a respeito do processo a ser iniciado para obter

deste o respectivo consentimento;

c) organizar comissão formada por docentes, técnicos e direção da escola para efetivar

o processo;

d) arquivar atas, provas, trabalhos ou outros instrumentos utilizados;

e) registrar os resultados no histórico escolar do aluno.

Reclassificação é o processo pelo qual a escola avalia o grau de experiência do

aluno matriculado, levando em conta as normas curriculares gerais, a fim de encaminhá-

lo à etapa de estudos compatível com sua experiência e desempenho, independente do

que registre o seu histórico escolar.

O resultado do processo de reclassificação realizado pela escola, devidamente

documentado, será encaminhado à SEED para registro.

Caberá ao órgão competente da SEED, acompanhar durante dois anos, o

aproveitamento escolar do aluno beneficiado por processo de reclassificação, nos casos

que julgar necessários.

Ficam vedadas a classificação ou reclassificação para etapa inferior à

anteriormente cursada.

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16.5 RECUPERAÇÃO DE ESTUDOS

O aluno cujo aproveitamento escolar for insuficiente poderá obter a aprovação

mediante recuperação de estudos, proporcionados obrigatoriamente pelo

estabelecimento.

A proposta de recuperação de estudos deverá indicar a área de estudos e os

conteúdos da disciplina em que o aproveitamento do aluno foi considerado insuficiente.

A recuperação é um dos aspectos da aprendizagem no seu desenvolvimento contínuo,

pela qual o aluno, com aproveitamento insuficiente, dispõe de condições que lhe

possibilitem a apreensão de conteúdos básicos.

O estabelecimento de ensino deverá proporcionar recuperação de estudos,

preferencialmente concomitante ao período letivo, assegurando as condições

pedagógicas definidas na legislação vigente.

Entende-se por período letivo a carga mínima anual de 800 horas distribuídas por

um mínimo de 200 dias de efetivo trabalho escolar.

A recuperação de estudos deverá constituir um conjunto integrado ao processo de

ensino, além de se adequar às dificuldades dos alunos. A recuperação de estudos

realizada durante o ano letivo será considerada para efeito de documentação escolar.

Os resultados da recuperação deverão incorporar-se aos das avaliações

efetuadas durante o período letivo, constituindo-se em mais um componente do

aproveitamento escolar.

O Conselho de Classe, quando instituído na escola, tem o sentido de

acompanhamento de todo processo da avaliação, analisando e debatendo todos os

componentes da aprendizagem dos alunos. Como instrumento democrático na

instituição escolar, o Conselho de Classe garante o aperfeiçoamento do processo da

avaliação, tanto em seus resultados sociais como pedagógicos.

É necessário que a teoria da avaliação e a prática acontecida nas salas de aulas

caminhem juntas, para que a prática, ajuizando a teoria, permita avanços tanto no

procedimento metodológico da escola, como no programa social da educação, que

passa necessariamente pela avaliação, capaz de apontar caminhos para toda

construção e reconstrução dos currículos, da atuação dos professores e enfim do

conjunto de cada escola.

A presente Indicação, objetivando assegurar critérios para a avaliação do

aproveitamento escolar, recuperação de estudos e promoção de alunos em todo

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Sistema Estadual de Ensino do Paraná e, também, atualizar as normas vigentes em

consonância com a nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional.

A necessidade de repensar a atuação do conselho no processo ensino-

aprendizagem; o colegiado entende o conselho de classe como um instrumento

importante para chegar a um conhecimento mais elaborado da turma bem como

acompanhar e aperfeiçoar o processo de ensino-aprendizagem.

Neste contexto, é necessário uma nova dinâmica para o conselho de classe

possibilitando uma reflexão avaliativa de conteúdo do trabalho desenvolvido pelo

professor, bem como o aproveitamento dos alunos, afim de tomarmos decisões que

visem a melhoria frente ao novas demandas.

O Conselho de Classe é um órgão colegiado de natureza consultiva e

deliberativa em assuntos didático-pedagógicos, com atuação restrita a cada classe do

Estabelecimento de Ensino, tendo pôr objetivo avaliar o processo ensino-aprendizagem

na relação professor-aluno e os procedimentos adequados a cada caso. Haverá tantos

conselhos de Classes quantas forem as turmas do Estabelecimento de ensino.

O Conselho de Classe tem pôr finalidade:

Estudar e interpretar os dados da aprendizagem na sua relação com o trabalho do

professor, na direção do processo ensino-aprendizagem, proposto pela Proposta

pedagógica;

Acompanhar e aperfeiçoar o processo de aprendizagem dos alunos;

Analisar os resultados da aprendizagem na relação com o desempenho da turma,

com a organização dos conteúdos e o encaminhamento metodológico;

Utilizar procedimentos que assegurem a comparação com parâmetros indicados pelos

conteúdos necessários de ensino, evitando a comparação dos alunos entre si.

O conselho de classe é constituído pelo Diretor, pela equipe pedagógica e pôr todos

os professores que atuam numa mesma classe.

A presidência do Conselho de classe esta a cargo do Diretor que, em sua falta ou

impedimento, será substituído pôr um membro da equipe pedagógica.

O conselho de classe reunir-se-á ordinariamente em cada bimestre, em datas

previstas no calendário Escolar, e extraordinariamente, sempre que um fato relevante

assim o exigir.

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16.6 PROGRESSÃO PARCIAL

A matrícula com progressão parcial é aquela por meio da qual o aluno, não obtendo

aprovação final em até 03 (três) disciplinas, em regime seriado, poderá cursá-las

subseqüente e concomitantemente às séries seguintes, conforme artigo 17 da

Deliberação nº 09/01-CEE.

Registro na documentação escolar (série/ano/período/semestre/etapa/bloco) em que

o aluno ficou em dependência: Ficha Individual, Relatório Final e Histórico Escolar.

Registro da dependência cursada concomitantemente às séries subsequentes: Ficha

Individual: Campo Resultado Final: aprovado ou progressão parcial, Relatório Final

das Dependências: registrar o CGM, o nome do aluno e a disciplina em dependência.

Referência: INSTRUÇÃO N.º 02/09

16.7 QUANDO O ALUNO É TRANSFERIDO PARA ESTE COLÉGIO

Em caso de alunos transferidos para o Colégio Albino Feijó no decorrer do ano ,

é realizada uma análise articulada entre professores e equipe pedagógica das notas

parciais do aluno, levando em conta o caso do sistema de avaliação e regra de cálculo

sejam diferentes da escola de origem,é realizado o cálculo e transposição das notas de

forma proporcional e equivalente aos pesos/valores atribuídos às avaliações da

disciplina, bem como o registro no Livro de Registro de Classe.

17.0 - MATRIZES CURRICULARES

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18.0 - PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR

ENSINO FUNDAMENTAL

Anos finais – 6º ao 9º ano

18.1 CONCEPÇÃO DE CURRÍCULO

O desenvolvimento humano é um salto qualitativo em nossa existência, é um

processo de acumulação histórica da humanidade (em seus vários meandros: cultura,

produção, valores, etc.) em que a partir de nossas necessidades enquanto existência

aprimoramos algo racionalmente e atingimos determinados objetivos. Superação daquilo

que somos e produzimos pode -se considerar formação humana.

Segundo Lopes “a compreensão de homens como sujeitos sociais e históricos nos

distancia de qualquer imposição de trajetórias e percursos em um mundo dado e

estabelecido. A rede esta em construção, e inserida está a trama curricular”

Mas o que seria currículo para formação humana?

Primeiramente, é importante ressaltar que o currículo é constituído de

atividades centralmente voltadas à formação humana é aquilo que não se pode fracionar

por etapas; é a condição para o aprimoramento da racionalidade, memória, cultura,

reflexão, opinião, bom senso, autonomia, ou seja, propiciar condições para que o

individuo exercite sua humanidade, exercite sua personalidade e não apenas estarem

inseridos numa sociedade onde permanecem atomizados; currículo para formação

humana é currículo para formação de um ser humano pleno; e também é aquilo que

estabelece em sua trajetória (ações, atitudes) para que eu possa enfrentar a minha

vivência. Ter capacidade de discernir, avaliar e realmente objetivar o que é realmente

para a vida (projeto teleológico).

Por isso quando pensamos sobre nossa prática, questionamos sobre o objeto

e objetivo de cada área especifica do saber e qual a contribuição da mesma para

formação humana, estamos questionando sobre diferentes áreas do conhecimento, em

seus diferentes segmentos de atuação, enquanto processo permanente de reflexão e

orientação de uma práxis educativa onde esteja alicerçado em diretrizes e metas que se

convertam em condições teóricas e práticas que lhe propiciem mais concreticidade.

Neste sentido temos a perspectiva de compreender que somos sujeitos

sociais e históricos, e que todos nos podemos modificar e construir a sociedade da

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qual estamos inseridos. Entretanto a diversidade cultural e social nos remete a políticas

curriculares de educação de permanente reflexões de ações para educação inclusiva,

redefinindo a prática superando posturas excludentes afetivas e sociais.

Visamos o currículo aberto e flexível com propostas diversificadas em vez de

uma concepção uniforme e homogenizadora. Vale ressaltar que flexibilizar não significa

excluir conteúdos clássicos imprescindíveis a todos os alunos.

Cabe aos professores como intelectuais orgânicos desempenhar o papel de

mediador, proporcionando ao aluno a compreensão de que tudo e transformado, trata-se

de facilitar , favorecer, buscar estratégias na construção do conhecimento.

18.2 ORGANIZAÇÃO CURRICULAR

18.2.1 MATEMÁTICA

Face ao desenvolvimento científico e tecnológico, observa-se que é difícil o

setor da sociedade em que a Matemática não esteja presente. Essa condição faz com

que saber Matemática seja uma necessidade imperativa na atualidade.

Para Gómez (1996)

[...] a maioria das ciências, inclusive as ciências humanas e sociais, como a psicologia, a

sociologia ou a economia, tem um caráter cada vez mais matemático. Os comportamentos

sociais, a ecologia,a economia, etc. se explicam através de modelos matemáticos. Análises

estatísticas e cálculos de probabilidade são elementos essenciais para tomar decisões políticas,

sociais ou econômicas e até mesmo pessoais. (p.257).

Apesar de o conhecimento matemático ser muito valorizado “nas sociedades

modernas altamente ‘tecnologizadas” (GÓMES-GRANELL, 1996, p.258), o que se tem

visto no Brasil são rendimentos insuficientes por parte dos alunos em relação ao

aprendizado dessa disciplina.

Para tanto, ao discutir as questões do ensino de Matemática com profundidade,

é preciso explanar os aportes teóricos que sustentam o construtivismo e o

interacionismo, buscando relacioná-los às ações desenvolvidas pelo professor em sala

de aula.

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A elaboração de uma Proposta de Matemática que considere a maturação dos

processos cognitivos como uma das condições para a aprendizagemdos alunos, não

poderá ignorar o meio sócio-histórico-cultural da criança.

Nesse sentido, ao adotar uma postura pedagógica, o professor de Matemática

assume uma concepção embebida de psicologia, ou seja, considera uma posição acerca

do que é o homem. Desse modo, mediante tendências pedagógicas com as quais se

afina, ele poderá encarar o aluno como um produtor ou, contrariamente, um mero

consumidor do conhecimento.

É preciso que o professor tenha consciência da posição assumida, sabendo o

que subjaz à sua ação em sala de aula, porque esta ação evidenciará sua ideologia.

Nesse sentido, o que o professor diz fazer em sala de aula, descortinará suas crenças e

suas concepções acerca da Educação Matemática e das relações, que segundo ele,

essa área estabelece com a realidade social.

Na Tendência Formalista Clássica (Escola Tradicional), o ensino da

Matemática é caracterizado pela utilização acentuada de livros didáticos e centrado no

professor e no seu papel de transmissor do conteúdo por meio de desenvolvimentos

teóricos na lousa. A aprendizagem do aluno é considerada passiva e consiste na

memorização e na reprodução (imitação/repetição) precisa dos raciocínios e

procedimentos ditados pelo professor ou pelos livros. O papel do aluno, nesse contexto,

é o de copiar, repetir, reter e desenvolver nas provas do mesmo modo que recebeu.

Em oposição a Escola Tradicional, surge a Tendência Empírica Ativista que

considera a natureza da criança em desenvolvimento, sobretudo suas diferenças e

características biológicas e psicológicas. Nessa tendência, o professor deixa de ser o

elemento fundamental do ensino, tornando-se orientador ou facilitador da aprendizagem.

O aluno passa a ser considerado o centro da aprendizagem – um ser ativo. O currículo,

nesse contexto, deve ser organizado a partir dos interesses dos alunos e deve atender

ao seu desenvolvimento psicobiológico. Os métodos de ensino consistem nas atividades

desenvolvidas em pequenos grupos, com rico material didático e em ambiente

estimulante que permita a realização de jogos e experimentos ou o contato – visual e

táctil – com materiais manipuláveis. Nessa tendência, acredita-se que o conhecimento

matemático é obtido pela descoberta no mundo natural e material por meio dos sentidos.

O risco apresentado por essa tendência é o de realizar uma prática mais

espontaneísta, geralmente não-diretiva, e, com a desculpa de procurar respeitar o ritmo

e a vontade da criança, os professores reduzem suas aulas a jogos, brincadeiras, visitas

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ou passeios de estudo do meio ambiente ou de uma atividade produtiva (indústria,

lavoura, usina de tratamento de água,...).

Na Tendência Formalista Moderna (Matemática Moderna), o ensino de modo geral,

continua sendo acentuadamente autoritário e centrado no professor que

expõe/demonstra rigorosamente tudo no quadro-negro. O aluno, salvo algumas poucas

experiências alternativas continua sendo considerado passivo, tendo de reproduzir a

linguagem e os raciocínios lógico-estruturais ditados pelo professor. O ensino da

Matemática nessa tendência tem como exemplo característico, a teoria dos conjuntos,

método de ensino utilizado desde o primeiro ano de escolaridade.

A Tendência Tecnicista caracteriza-se no ensino da Matemática por priorizar

objetivos que se restringem ao treino/desenvolvimento de habilidades estritamente

técnicas. O aluno deve realizar uma série de exercícios do tipo: resolva os exercícios

abaixo, seguindo o seguinte modelo. Enfatiza a Matemática pela Matemática, suas

fórmulas, seus aspectos estruturais, suas definições (iniciando geralmente por elas), em

detrimento da essência e do significado na construção de seus conceitos.

Preocupa-se exageradamente com a linguagem matemática, com o uso correto dos

símbolos, com a precisão, com o rigor, sem dar atenção aos processos que os

produzem. Não é preocupação dessa tendência formar indivíduos não-alienados, críticos

e criativos, que saibam situar-se historicamente no mundo.

Embora Piaget não tenha se preocupado em construir uma teoria de ensino

ou de aprendizagem do ponto de vista educacional, foi exatamente a partir da

epistemologia genética que a Tendência Construtivista emergiu como tendência

pedagógica, passando, então a influenciar fortemente as inovações do ensino da

Matemática. Essa influência, de modo geral, pode ser considerada positiva, pois

substituiu a prática mecânica em Matemática por uma prática pedagógica que visa, com

o auxilio de materiais manipuláveis, à construção das estruturas do pensamento lógico-

matemático e/ou à construção do conceito de número e dos conceitos relativos às quatro

operações. Os conteúdos passam a desempenhar papel de meios úteis, mas não

indispensáveis, para a construção e desenvolvimento das estruturas básicas da

inteligência.

A construção do conhecimento nesta tendência é feita

interativamente/operativamente pela mente, e não obtida simplesmente de algo já

existente nos objetos como fazem crer os empiricistas.

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Aqueles professores que se baseiam no construtivismo-interacionismo sempre

estão juntos dos alunos durante o desenvolvimento das atividades, porque todos

discutem o que estão fazendo. Com ênfase no processo e menos ao produto do

conhecimento. Segundo Fiorentini (1995), no construtivismo a interação entre os

estudantes e o professor era valorizada e o espaço de produção individual se traduzia

como um momento de interiorização das ações e reflexões realizadas coletivamente.

Para a Tendência Sócioetnocultural, as crianças das classes menos favorecidas

financeiramente não são carentes de conhecimentos e de estruturas cognitivas, mas

talvez não tenham habilidades formais tão desenvolvidas em relação à escrita e à

representação simbólica; ou talvez possuam uma experiência de vida muito rica, na qual

usam procedimentos matemáticos não-formais (Etnomatemática) que a escola, além de

não saber aproveitá-los como ponto de partida, discrimina-os ou rejeita-os enquanto

formas válidas e possíveis de saber.

Essa tendência se esboça, valorizando o saber popular trazido pelo aluno, frente á sua

capacidade de produzir saberes sobre a realidade.

A Etnomatemática inicialmente significava a Matemática não sistematizada, isto

é, a Matemática oral, informal, espontânea e, às vezes, oculta ou congelada, produzida

e aplicada por grupos culturais específicos (indígenas, favelados, analfabetos,

agricultores,...). Isto é, seria uma maneira muito particular de grupos culturais

específicos realizarem as tarefas de classificar, ordenar, inferir e modelar.

Mais tarde, o significado da Etnomatemática foi ampliado como a arte ou técnica de

explicar, de conhecer, de entender os diversos contextos culturais.

A tendência histórico-critica surgiu, no Brasil em meados de 1984 e, através de

sua metodologia fundamentada no materialismo histórico, buscava a construção do

conhecimento a partir da prática social, superando a crença na autonomia e na

“dependência absoluta da educação em face das condições sociais vigentes (SAVIANI,

19997, p. 76). Na matemática, essa tendência é vista como um saber vivo, dinâmico,

construído para atender a às necessidades sociais, econômicas e teóricas em um

determinado período histórico.

No final da década de 1980, o Estado do Paraná produziu coletivamente um

documento de referência curricular para sua rede pública do Ensino Fundamental

denominado Currículo Básico.. O texto de matemática teve uma forte influência da

Pedagogia Histórico Crítica em sua fundamentação teórico. Fruto desta coleção coletiva

o Currículo Básico foi publicado em 1990. No Paraná com a Lei de Diretrizes e Bases da

Educação Nacional, no Paraná foram criadas várias disciplinas que abordavam os

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campos do conhecimento da Matemática tais como: Geometria, Desenho Geométrico e

Álgebra, mais que fragmentavam o conhecimento da Matemática e enfraqueciam-na

como disciplina.

A partir de 2003, a SEED deflagrou um processo de discussão coletiva com

professores que atuam em sala de aula, nos diferentes níveis e modalidades de ensino,

com educadores dos Núcleos Regionais e das equipes pedagógicas da Secretária de

Estado da Educação. O resultado desse longo trabalho conjunto passa a constituir estas

Diretrizes Curriculares as quais resgatam importantes considerações teóricos-

metodológicos para o ensino da matemática.

Todos os homens fazem alguma matemática, mesmo que não freqüentem a

escola. Este tipo de conhecimento desenvolve-se independentemente de uma intenção

explícita; somente a linguagem específica da Matemática permanece desconhecida: o

exemplo típico é o das pessoas que realizam cálculos mentais, mas não sabem como

descrevê-los. Ao ensinarmos Matemática, temos que ter em mente que os conteúdos

escolares mostram a forma atual de um conhecimento que vem sendo elaborado e

reelaborado, por homens comuns e por matemáticos,ao longo da humanidade.

(CURITIBA, 1988)

Aprender Matemática é muito mais do que manejar fórmulas e saber fazer

contas; é interpretar, criar significado, construir seus próprios instrumentos para resolver

problemas, desenvolver o raciocínio lógico, transcendendo o imediatamente possível.

Nesta perspectiva, sugere-se a organização dos conteúdos dos anos iniciais do Ensino

Fundamental a partir de quatro eixos, a serem trabalhados durante todo o ano letivo:

“Números e Operações, Espaço e Forma, Grandezas e Medidas e Tratamento da

Informação”, os quais serão detalhados nos quadros que apresentam os conteúdos,

objetivos e procedimentos didáticos. No Ensino Fundamental anos finais e para o ensino

médio: Números Àlgebra, Grandezas e Medidas, Geometrias, Funções e Tratamento da

Informação.

18.2.2 ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS

Nas Diretrizes assume-se a Educação Matemática como campo de estudos

que possibilita ao professor balizar sua ação docente, fundamentado numa ação crítica

que conceba a matemática como atividade humana em construção. Pela Educação

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Matemática almeja-se um ensino que possibilite aos estudantes análises, discussões

conjecturas, apropriação de conceitos e formulação de idéias.

Aprende-se matemática não somente por sua beleza ou pela consistência, de

suas teorias, mas, para que a partir dela, o homem amplie seu conhecimento e por

conseguinte, contribua para o desenvolvimento da sociedade.

Cabe ao professor a sistematização dos conteúdos matemáticos que imergem

das aplicações, superando uma perspectiva utilitarista, sem perder o caráter cientifico da

disciplina e de seu conteúdo. Ir além do senso comum pressupõe conhecer teoria

cientifica, cujo o papel é oferecer condições para apropriação dos aspectos que vão

além das queles observados pela aparência da realidade (RAMOS 2004).

É necessário que o processo pedagógico contribua para que o estudante tenha

condições de constatar regularidades generalizações e apropriações de linguagem

adequada para descrever e interpretar fenômenos matemáticos e de outras áreas de

conhecimento.

18.2.3 O TRABALHO COM A HISTÓRIA DA MATEMÁTICA

A História da Matemática deve ser utilizada em sala de aula com o intuito de

fazer com que o aluno a encare enquanto uma produção humana, que surgiu para suprir

as necessidades dos homens em diferentes culturas e diferentes épocas. Faz-se

interessante comparar conceitos passados e presentes dessa disciplina para

desenvolver atitudes e valores mais favoráveis “do aluno diante do conhecimento

matemático” (BRASIL, p. 45).

Além disso, a História da Matemática poderá ilustrar o caráter interdisciplinar da

construção do conhecimento matemático, permitindo que oaluno compreenda a relação

que existe dessa disciplina com outras áreas do conhecimento.

18.2.4 O USO DA TECNOLOGIA EM AULAS DE MATEMÁTICA

Existem excelentes meios para que seja feita a utilização de recursos

tecnológicos em aulas de Matemática. Muitos professores, por exemplo, defendem a

contribuição do computador e de calculadoras, no entanto, o uso indistinto desses

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recursos, sem que haja uma reflexão dos objetivos que devem ser alcançados pelos

alunos poderá trazer consequências indesejadas a aprendizagem.

Entre os professores que defendem o uso dos computadores e calculadoras, a

justificativa mais comum é que os alunos, ao se inserirem no mercado de trabalho, terão

sempre máquinas de calcular ou computadores à sua disposição. Então substituem o

ensino e a compreensão dos processos de cálculo desde os anos iniciais por

calculadoras.

O grande perigo é que o aluno que não compreende o processo executado

pela máquina torna-se dependente dela, sendo impelido futuramente ao seu consumo.

Esse processo regride a consciência e alimenta o fundamento básico que mantêm a

sociedade burguesa atual, no qual, o conhecimento de construção de tecnologias é

mantido nas mãos de poucos, o restante das pessoas exercem apenas o papel de

consumidores.

Neste sentido, o professor que ensina Matemática deve estar capacitado para

realizar um trabalho que utilize os recursos tecnológicos. Além disso, deve estar

consciente da importância de fazer com que os alunos compreendam os processos de

cálculo realizados pelas máquinas, não incorrendo assim ao risco de alienar

pensamentos.

Jacques Ellul (1964) diz que, a tecnologia deve ser concebida como um círculo

fechado em volta do homem, e que a sociedade e o modo de viver são completamente

determinados por essa evolução tecnológica. (apud SKOVSMOSE, 2001, p.29).

Nas palavras de Ellul:

A técnica tem progressivamente dominado todos os elementos da civilização [...] o próprio homem é

dominado pela técnica e torna-se seu objeto.A técnica que torna o homem seu objeto, portanto, torna-se o

centro da sociedade: esse evento extraordinário [...] é freqüentemente chamado de civilização técnica. A

terminologia é precisa, e devemos compreender plenamente sua importância. Civilização técnica significa

que nossa civilização é construída pela técnica (faz parte da civilização apenas o que pertence à técnica),

para a técnica (já que tudo nesta civilização deve servir a um fim técnico) e é exclusivamente técnica

(exclui tudo que não é técnico ou o reduz a uma forma técnica) (apud SKOVSMOSE, 2001, p.29, grifo

nosso).

A tecnologia deve estar a serviço do homem e não dominar àquele que a

produziu. Dessa forma, para que haja de fato uma Educação Matemática crítica é

imprescindível que se desenvolvam estratégias mais adequadas no âmbito escolar de

aproximação dos alunos com a tecnologia, demonstrando como os conhecimentos

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matemáticos atuam no desenvolvimento dessas técnicas e impedindo que grande parte

desse conhecimento esteja subjacente à formação dos cidadãos.

18.2.5 OS JOGOS, AS BRINCADEIRAS E O USO DOS MATERIAIS MANIPULÁVEIS

Os problemas do cotidiano segundo Kamii e Declark, 2001 “incentivam o

raciocínio lógico-aritmético” (p.169), no entanto, não fornecem ações nas quais os

alunos possam usar as operações repetidas vezes. Os jogos, por sua vez podem

permitir que os alunos pratiquem diferentes operações.

O trabalho com jogos na escola nem sempre é encarado com a mesma

seriedade que os exercícios e problemas padrão. Nesse sentido, acrescenta Kamii

(2001), os professores encaram os exercícios e problemas padrão como trabalho e os

jogos como diversão.

Os alunos estão na escola para aprender, no entanto, nos parece um paradoxo

que nem todo o trabalho escolar produz aprendizagem. Mesmo que alguns jogos não

proporcionem aprendizagem, “é surpreendente como eles aprendem enquanto brincam”

(KAMII, 2001, p. 171).

Os jogos em grupo envolvem regras e interação social, e a possibilidade de

fazer regras e tomar decisões juntas é essencial para o desenvolvimento da autonomia.

Quando os alunos têm a permissão de tomarem suas próprias decisões, eles negociam

regras e vêem as conseqüências de suas próprias decisões. Quando eles não têm esta

permissão tornam-se passivao e heterônomos (KAMII, 2001, p.172).

6º ANO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS

Números e Álgebra

Sistema de numeração;

Números Naturais;

Múltiplos e divisores;

Potenciação e radiciação;

Números fracionários;

Números decimais

Medidas de comprimento;

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Grandezas e medidas

Geometrias

Tratamento da Informação

Medidas de massa;

Medidas de área;

Medidas de volume;

Medidas de tempo;

Medidas ângulos;

Sistema monetário.

Geometria Plana;

Geometria Espacial

Dados, tabelas e gráficos;

Porcentagem

7º ANO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS

Números e Álgebra

Grandezas e medidas

Geometrias

Tratamento da Informação

Números Inteiros;

Números Racionais;

Equações e Inequações do 1º grau;

Razão e proporção;

Regra de três simples.

Medidas de temperatura;

Medidas de ângulos.

Geometria Plana;

Geometria Espacial;

Geometrias não-euclidianas.

Pesquisa Estatística;

Média Aritmética;

Moda e mediana;

Juros simples.

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8º ANO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS

Números e Álgebras

Grandezas e medidas

Geometrias

Tratamento da Informação

Números Racionais e Irracionais;

Sistemas de Equações do 1º grau;

Potências;

Monômios e Polinômios;

Produtos Notáveis.

Medidas de comprimento;

Medidas de área;

Medidas de volume;

Medidas ângulos.

Geometria Plana;

Geometria Espacial;

Geometria Analítica;

Geometrias não-euclidianas.

Gráfico e Informação;

População e amostra.

9º ANO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS

Números e Álgebras

Números Reais;

Propriedades dos Radicais;

Equação do 2º grau;

Teorema de Pitágoras;

Equações Irracionais;

Regra de Três Composta.

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Grandezas e Medidas

Funções

Geometrias

Tratamento da Informação

Relações Métricas no Triângulo Retângulo;

Trigonometria no Triângulo Retângulo;

Noção Intuitiva de Função Afim;

Noção Intuitiva de Função Quadrática.

Geometria Plana;

Geometria Espacial;

Geometria Analítica;

Geometria Não-Euclidianas.

Noções de Análise Combinatória;

Noções de Probabilidade;

Estatística;

Juros Compostos.

AVALIAÇÃO

CRITÉRIOS:

A avaliação deve acontecer ao longo do processo do ensino – aprendizagem,

ancorada em encaminhamentos metodológicos que abram espaço para a interpretação

e discussão, que considerem a relação do aluno com o conteúdo trabalhado, o

significado desse conteúdo e a compreensão alcançada por ele. Para que isso aconteça

é preciso que o professor estabeleça critérios de avaliação claros e que os resultados

sirvam para intervenções no processo ensino-aprendizagem, quando necessária. Assim,

a finalidade da avaliação é proporcionar aos alunos novas oportunidades para aprender

e possibilitar ao professor refletir sobre seu próprio trabalho, bem como fornecer dados

sobre as dificuldades de cada aluno.

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INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO:

Pesquisar acerca de conhecimentos que possam auxiliar na solução dos problemas

Situações-problemas internas ou externas à Matemática

Elaborar conjecturas, fazer afirmações sobre elas e testá-las

Perseverar na busca de soluções, mesmo diante de dificuldades

Sistematizar o conhecimento construído a partir da solução encontrada,

generalizando, abstraindo e desvinculando-o de todas as condições particulares

Socializar os resultados obtidos, utilizando para isso, uma linguagem adequada

Argumentar a favor ou contra os resultados.

REFERÊNCIAS

Matemática. Antonio Nicolau Youssef, Elizabeth Soares, Vicente Paz Fernandez. Editora

Scipione

Matemática: Fazendo a diferença. Bonjorno e Cleyton. Editora FTD

Matemática. Dante. Editora Ática

Matemática. José Rui Giovanni, José Roberto Bonjorno, José Rui Giovanni Junior.

Editora FTD.

18.2.6 CIÊNCIAS

18.2.7 PRESSUPOSTO TEORICO

O ensino de Ciências contribui para reconstrução da relação do ser humano e

natureza, leva ao questionamento e ampliação das explicações do que é percebido e

observado no ambiente, como por exemplo no que diz respeito aos fenômenos naturais.

Colabora para compreensão dos modos e cuidados de intervir na natureza e utilizar

seus recursos. Proporciona também, reflexões sobre questões éticas implícitas nas

relações entre Ciência, Tecnologia e Sociedade, pois “não se pode conceber hoje o

ensino de Ciências sem que esteja vinculado às discussões sobre os aspectos

tecnológicos e sociais que essa ciência traz na modificação de nossa sociedade”

(CARVALHO, 2004, p.3).

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De acordo com Moreira (1999), a aprendizagem significativa é o conceito central

da teoria de David Ausubel, para este teórico a aprendizagem significativa é um

processo onde uma nova informação relaciona-se com um aspecto especificamente

relevante da estrutura de conhecimento do indivíduo, isto é, envolve a interação da nova

informação com uma estrutura de conhecimento específico.

Para isso, o educador deve levar em consideração que a criança tem algo a dizer,

tem a sua forma de ver o fato e o fenômeno. Portanto, é importante estabelecer relações

partindo daqueles conhecimentos que podem ser extraídos do cotidiano da criança, que

facilitam a compreensão da sua realidade e que abram novas perspectivas para

repensá-la.

Percebemos que:

A exploração de idéias prévias não somente é útil para que o docente conheça como seus

alunos pensam, mas que é uma instância da qual estes podem começar a tomar consciência de

suas teorias implícitas através da reflexão sobre suas próprias idéias. (FUMAGALLI, 1998, p.24)

Nas atividades com os alunos do ensino fundamental é recomendável colocá-las

em contato direto com os objetos, isto é, deixá-las interagir com diferentes materiais,

seres e fenômenos a serem estudados, portanto, os trabalhos de campo na própria

escola, nos seus arredores ou até locais distantes, favorecem a participação ativa do

aluno, principalmente no processo de investigação. Para o trabalho de campo ou aula de

campo é importante ter objetivos específicos que demandem a busca de informações

em diferentes ambientes, ter tempo para olhar e apreciar o que vêem ao seu redor.

Ao realizarmos o trabalho de campo ou a aula de campo é importante destacar o

que Krasilchik (2004) apresenta:

Para que não haja incoerência entre o que é dito sobre conservação da natureza e o

comportamento do professor e dos alunos, deve ser coletado apenas o material estritamente

necessário e as alterações no local, causadas pela visita, devem também ser reduzidas ao

mínimo indispensável. (KRASILCHIK, 2004, p.89)

A aula de campo em diferentes ambientes pode representar uma metodologia

alternativa e que aponte para a superação da fragmentação do ensino e da falta de

envolvimento afetivo dos alunos durante o processo de aprendizagem.

A utilização de experimentos investigativos contribui para dar continuidade aos

assuntos em estudos, quando esgotadas as possibilidades de exploração direta do

meio.

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Para Piferrer (2004), por meio dos experimentos investigativos incentivamos a

incorporação de noções e conceitos relacionados ao ambiente e o desenvolvimento de

procedimentos, atitudes, valores e normas que a criança percebe de maneira integrada.

Além das atividades citadas, gostaríamos de abordar que a aula expositiva

também tem seu espaço importante, acontecendo ao iniciar um assunto novo, na

complementação de informações, na síntese de idéias ou no trabalho com material

audiovisual.

A escola deve utilizar os conteúdos de Ciências para desenvolver a capacidade

de pensar, observar, manipular materiais, levantar alguns problemas, reconhecer as

causas de alguns fenômenos ou suas interações, coletar dados, propor novos

problemas, isto é, preparar o aluno para optar por coisas boas e significativas para sua

vida.

As oportunidades de aprendizagem são resultantes da interação entre professor e

aluno, pois é essencial que o aprendizado esteja voltado para o fazer, o pensar ativo e

crítico do aluno, buscando atender a realidade dos educandos e os diferentes contextos.

O ensino de Ciências deve ajudar o aluno a compreender o mundo em que vive e,

também mostrar que nós somos parte de um universo em constante transformação.

Esse ensino deve discutir as relações do ser humano com a natureza, no qual as

implicações da Ciência e da Tecnologia, presentes no cotidiano de todos, sejam

compreendidas com clareza e criticidade, contribuindo também para formação de

pessoas autônomas.

A disciplina de Ciências propicia ao aluno estudo da vida e suas manifestações.

Entre os temas de estudo estão o surgimento da vida, a biodiversidade, a classificação e

a constituição do corpo dos seres vivos, as interações entre os seres vivos e destes com

os demais elementos do ambiente, as intervenções do ser humano no ambiente, o

aproveitamento de recursos naturais e o desenvolvimento sustentável.

O conhecimento de Ciências deve contribuir para que o indivíduo julgue e tome

decisões com relação ao seu modo de vida nos ambientes que ocupa e à sua

participação na sociedade.

Esta disciplina é inseparável das outras disciplinas, como a Geografia, a Física e

a Química, por exemplo, e isto possibilita a formação de uma visão holística que

colabora para o desenvolvimento crítico e consciente do indivíduo.

A evolução do conhecimento científico não pára, e a educação tem o papel de

acompanhar esse crescimento, dando aos indivíduos oportunidade de receber, formular

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e transmitir informações, além de sistematizar novos conhecimentos. É papel das

Ciências, entre outros, contribuir para a compreensão da realidade que nos cerca.

18.2.8 PROCEDIMENTOS DIDÁTICOS

Proporcionar momentos para que os alunos possam investigar as relações entre

os elementos do ambiente, para entenderem os aspectos da dinâmica ambiental.

Promover ações dentro da escola que valorize as mudanças de atitudes em relação ao

desperdício de água. Desenvolver atividades que mostre a importância da economia da

água. Utilizar contas de água. Verificar o quanto se gasta para tomar banho, escovar os

dentes, lavar roupas e limpar a casa.

Visitar uma estação de tratamento de esgoto, para conhecer o processo de

tratamento e as tecnologias utilizadas.

Convidar um profissional da área da saúde para conversar com os alunos sobre

as doenças que podem ser adquiridas pela ingestão ou banho utilizando água

contaminada.

Estimular a troca de ideias entre os alunos sobre a importância do solo na

produção de alimentos. Utilizar texto de apoio e fazer a leitura com os alunos para

fundamentar as discussões sobre o assunto.

Proporcionar momentos de pesquisa na biblioteca da escola como também de

atividades práticas para identificar os agentes formadores do solo e as alterações das

condições do solo, como: erosão e poluição.

Propor a elaboração de cartazes com esquemas e desenhos sobre os gases

utilizados e produzidos no processo de respiração dos animais e vegetais e também no

processo de fotossíntese dos vegetais.

Utilizar textos de apoio para identificar a importância dos gases oxigênio, gás

carbônico e nitrogênio para os seres vivos.

Trabalhar com os alunos os conceitos: produtor; consumidor e decompositor.

Elaborar junto com os alunos um cartaz que apresente os seres vivos produtores,

consumidores e decompositores, usando recortes e ou desenhos de diferentes seres

vivos, posteriormente cada aluno deverá construir uma cadeia alimentar com os seres

vivos do cartaz. Depois da cadeia pronta é possível ainda trabalhar a interdependência e

a transferência de energia nos níveis da cadeia alimentar. Questionar os alunos a

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respeito da retirada de um ser vivo da cadeia. O que poderá acontecer com esta cadeia

e com o ambiente? Destacar a importância da diversidade dos seres vivos.

Produzir uma história em quadrinhos que promova a relação de interdependência

entre os seres vivos e a transferência de energia nos níveis da cadeia alimentar.

Realizar uma aula de campo para estudar a diversidade biológica dos seres

vivos. Delimitar uma pequena área no jardim, gramado ou horta da escola, solicitar

que os alunos observem e contem os seres vivos que estão presentes na área

delimitada. Levar os dados para a sala de aula, contar os seres vivos que foram listados

e promover a reflexão e discussão sobre o trabalho realizado e os dados obtidos.

Conduzir a reflexão com o seguinte comentário: se na pequena área delimitada

encontramos esse número de seres vivos, imagine numa área onde conservam a

vegetação e os animais presentes nela.

Propor atividades com recortes de jornais, revistas e outros, que contenha a foto

de animais. Solicitar que os alunos selecionem recortes com fotos de diversos animais

da fauna brasileira. Confeccionar junto com os alunos um painel que contemple

ambiente terrestre (campos, floresta...) e aquático (rio, mar...). Colar os animais

recortados em seus ambientes. Realizar os seguintes questionamentos para estimular o

debate e a troca de idéias: Qual é a importância do animal permanecer no seu habitat?

O que pode acontecer com os seres vivos quando o ser humano interfere e ou modifica

o ambiente? Por que a diversidade biológica ou biodiversidade é importante?

Promover atividades com desenhos, dramatizações, construção de móbile para

demonstrar as características do planeta Terra e seus movimentos.

Promover atividades em grupos que propiciem o estudo e conhecimento de que a

energia necessária aos seres vivos é obtida dos alimentos e da respiração.

Dialogar com os alunos o que significa uma alimentação equilibrada. Levar para a

sala de aula embalagens vazias de diferentes produtos alimentícios. Dividir a turma de

alunos em grupos. Cada grupo escolherá embalagens de dois produtos e deverá

verificar quais são os nutrientes que cada produto contém (carboidratos, gorduras, sais

minerais, proteínas, vitaminas). Pesquisar qual é a função desses nutrientes no

organismo. Listar junto com os alunos, em uma folha de papel Kraft, atitudes

relacionadas à alimentação saudável e equilibrada. Trabalhar os assuntos obesidade e

desnutrição.

Propor aos alunos que escrevam como foi sua alimentação na merenda durante

os cinco dias da semana. Fazer os seguintes questionamentos: Houve variedade de

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alimentos? Construa um gráfico para demonstrar os tipos de alimentos e seus nutrientes

ingeridos durante os cinco dias.

Convidar um profissional da área de odontologia para apresentar informações

sobre o cuidado com os dentes, demonstrar boas técnicas de escovação dos dentes..

Propor aula no laboratório com auxilio do técnico responsável ao uso do

microscópio para observar célula animal e vegetal. Utilizar o microscópio para observar

células da mucosa da boca (face interna da bochecha) e células das folhas de plantas

(destacar um fragmento da epiderme inferior da folha), para que os alunos conheçam

algumas estruturas celulares. Perceber com o uso do microscópio que os seres vivos

são constituídos por células. Solicitar que os alunos desenhem o que observaram.

Utilizar os mapas dos sistemas digestório, respiratório, circulatório e excretor para

que os alunos identifiquem os órgãos que fazem parte de cada sistema e comecem a

perceber que um sistema depende do outro, isto é, as diferentes partes de cada sistema

colaboram para uma única finalidade, que é, o bom funcionamento do organismo.

Solicitar aos alunos que desenhem ou recorte figuras de pessoas realizando

exercícios e pessoas em repouso (atividade que o nosso organismo necessita para ter

saúde e desenvolver-se). Utilizar revistas com gravuras de pessoas em diferentes

atividades e em descanso. Quando estamos em grande atividade, nossos músculos

utilizam nutrientes e oxigênio que obtêm na corrente sanguínea. Os músculos, então,

precisam de energia para continuar trabalhando. Precisam relaxar e descansar antes de

prosseguir com o trabalho excessivo. As crianças possuem outra razão importante para

descansar, seus organismos necessitam de energia para crescer. Quando elas

descansam e dormem à noite, seus organismos preparam-se para outro dia de

atividades, brincadeiras e crescimento.

Discutir sobre a postura correta para o bem estar do corpo. Convidar o professor

de Educação física para uma entrevista, onde os alunos farão perguntas, elaboradas

anteriormente, sobre a importância da postura correta para o nosso corpo.

Produzir um texto partindo de um texto de apoio que favoreça o entendimento da

relação da vitamina D com o Sol e sua importância para o nosso corpo.

Orientar uma pesquisa sobre as crendices em relação às verminoses e construir

uma tabela com duas colunas comparando essas crendices com conhecimento

científico.

Estimular pesquisas sobre as doenças que podem ser evitadas por meio das

vacinas destacando a valorização e compreensão das vacinas como meio de

imunização.

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Propor a analise dos mapas do sistema nervoso e endócrino que possibilite a

compreensão da integração entre esses sistemas.

Realizar brincadeiras e ou jogos que possibilite o reconhecimento dos órgãos do

sentido e suas percepções.

Propor momentos para dialogar sobre a valorização do corpo. Avaliar os

conhecimentos prévios dos alunos em relação ao tema. Comentar com os alunos que

cada indivíduo possui características únicas e valiosas. Realizar a atividade do “Toque”,

fazer um círculo com os participantes, colocar um fundo musical, solicitar aos

participantes que fechem os olhos e toquem com suas mãos o nariz, o cabelo, o rosto,

os braços, as pernas, para perceber o próprio corpo por meio do tato. Fazer uma roda

de conversa para relatarem o que perceberam e o que acharam da atividade. Conduzir o

diálogo sobre as partes do corpo e sua valorização.

Listar os tabus e preconceitos associados à menstruação, proporcionar momentos

para leitura de textos de apoio na busca de informações e o confronto de idéias. No final

da leitura promover uma roda de conversa para discutirem as informações que já

conheciam e as informações que ainda não conheciam ou também, a comparação entre

o que achavam e o que descobriram sobre a menstruação.

Levar para sala de aula materiais de apoio como: jogos, livros paradidáticos,

cartazes entre outros, para realizar uma pesquisa orientada pelo professor sobre os

métodos anticoncepcionais.

Propor aos alunos uma pesquisa sobre as causas e consequências das doenças

sexualmente transmissíveis e proporcionar um debate em sala de aula sobre as formas

de prevenção.

Trabalhar o tema drogas utilizando vídeos que seja adequado para os alunos que

frequentam os anos iniciais do ensino fundamental, em seguida promover debates e

dramatizações destacando os prejuízos à saúde ocasionados pelo uso do fumo, álcool e

outras drogas.

Propor uma visita ao aterro sanitário para conhecer qual o destino do lixo que sai

das nossas residências e identificar as técnicas utilizadas para impedir a contaminação

do solo, dos lençóis freáticos e córregos próximos ao aterro.

Promover ações que visem à diminuição da produção de lixo na sala de aula, na

escola e em casa.

Realizar uma mostra de materiais recicláveis e demonstrar as etapas de um

processo de reciclagem.

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Promover aula de campo no bairro com apoio dos alunos do curso técnico do

Meio Ambiente, onde a escola está inserida para observar os resíduos sólidos jogados

nas calçadas e ruas, identificando os tipos de materiais que são compostos,

reconhecendo que estes podem contribuir para a degradação ambiental.

Confeccionar uma tabela, junto com os alunos, que apresente as diferentes fontes

de energia destacando a mais utilizada pelos alunos.

Solicitar que os alunos tragam as contas de luz para fazer uma analise do

consumo de cada residência e listar ações que contribuam para diminuir o consumo de

energia.

6º ANO

CIÊNCIAS

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS

Astronomia

Matéria

Sistemas biológicos

Energia

Biodiversidade

Universo

Sistema Solar

Movimentos terrestres

Movimentos celestes

Astros

Constituição da matéria

Níveis de organização

Formas de energia.

Conversão de energia

Transmissão de energia

Organização dos seres vivos

Ecossistemas

Evolução dos seres vivos.

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111

7º ANO

CIÊNCIAS

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS

Astronomia

Matéria

Sistemas Biológicos

Energia

Biodiversidade

Astros

Movimentos terrestres

Movimentos celestes.

Constituição da matéria.

Célula.

Morfologia e fisiologia dos seres vivos.

Formas de energia

Transmissão de energia.

Origem da vida

Organização dos seres vivos

Sistemática.

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8º ANO

CIÊNCIAS

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS

Astronomia

Matéria

Sistemas Biológicos

Energia

Biodiversidade

Origem e evolução do Universo.

Constituição da matéria.

Célula

Morfologia e fisiologia dos seres vivos.

Formas de energia

Evolução dos seres vivos.

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9º ANO

CIÊNCIAS

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS

Astronomia

Matéria

Sistemas Biológicos

Energia

Biodiversidade

Astros

Gravitação universal.

Propriedades da matéria.

Morfologia e fisiologia dos seres vivos

Mecanismos de herança genética.

Formas de energia

Conservação de energia.

Interações ecológicas.

18.2.9 AVALIAÇÃO

Avaliação processual: diagnóstica, formativa e somativa.

Recuperação de estudos concomitantes.

Avaliação de atividades diárias.

Avaliação de pesquisas e trabalhos escritos.

Avaliação escrita dos conteúdos trabalhados.

Relatórios.

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114

REFERÊNCIAS

DIRETRIZES CURRÍCULARES – Da Educação Básica/SEED, 2008.

GEWAMDSZNAJDER, F. Ciências - A vida na Terra. São Paulo: Editora Ática, 2009.

CRUZ, J. L. C. Projeto Araribá – Ciências. São Paulo: Editora Moderna, 2006.

CHEIDA, E. L. Biologia Integrada. Volume Único. São Paulo: FTD, 2003.

LOPES, S. e ROSSO, S. Biologia. São Paulo: Saraiva, 2006.

TRIVELLATO, J. et al. Ciências, natureza & cotidiano: criatividade, pesquisa,

conhecimento. São Paulo: FTD, 2006.

19 HISTÓRIA

19.1 PRESSUPOSTO TEÓRICO

A História enquanto disciplina escolar surgiu no Brasil a partir do século XIX,

abrangeu parte do período imperial e o início da República, inspirada no modelo francês,

pautava-se na formação cultural das elites, privilegiando feitos e heróis nacionais, os

conteúdos abordavam as práticas cotidianas como: ritos cívicos: festas, desfiles e

eventos de culto aos símbolos da Pátria.

As transformações econômicas e culturais pelas quais o Brasil passou

influenciaram diretamente a educação e consequentemente o ensino de História,

movimentos como da Escola Nova influenciou o ensino da história fazendo surgir outras

possibilidades metodológicas, dentre elas a preocupação em despertar hábitos de

investigação, crítica e raciocínio lógico, pretendiam preparar o aluno para uma vida ativa

e atuante por meio dirigido, ou seja, o aluno recebia um caderno com questões e

respostas, consultava a resposta correta para cada questão e testava seus

conhecimentos adquiridos em pesquisas e experiências, dessa forma ele seria agente

do seu conhecimento (NEMI & MARTINS, 1996).

Mas a história continuou sendo ministrada de forma pouco reflexiva, as

mudanças metodológicas e didáticas não trouxeram muitos avanços, as festividades

cívicas, memorização de datas, nomes das personalidades históricas e a seleção de

conteúdos ainda predominaram.

Há uma supervalorização do fato: a história se resume naquilo que se pode

perceber e observar, não sendo permitido abstrações. Como a filosofia positivista

procurava valorizar o homem como indivíduo, não há uma preocupação historiográfica

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com o coletivo, com as massas populares, e sim com os heróis e homens que produzem

os fatos. Os historiadores positivistas seguiam as sequências cronológicas dos fatos,

tendo o homem como sujeito de transformação e nunca objeto.

Essa História Tradicional identificada como historiografia positivista, trabalha

com o conceito de que a história é o fato, e que só se constrói história a partir de

documentos, se esse não existir, não há história, pois não há comprovação de fatos,

portanto, na história positivista o documento é o objeto principal de análise.

Para os historiadores tradicionais ou positivistas, os métodos utilizados pelas

ciências naturais deveriam ser os mesmos aplicados às ciências humanas. Dessa

maneira, creem que a história pode ter uma interpretação científica dos fatos, sendo

“verdadeira” e isenta de abstrações.

A pesquisa nos documentos oficiais é realizada apenas no âmbito da descrição

já que eles não podem ser discutidos e analisados. Com isso a história é contada a partir

de uma estrutura política, privilegiando os governos e os governantes. A sociedade

assim como a natureza é regida por leis naturais e invariáveis, independentes da

vontade e da ação humana, e que caminha para um estágio final de progresso, sem que

haja retrocessos e atrasos durante a evolução dessa sociedade.

Essa visão da historia fez com que historiadores repensassem essa

metodologia surgindo assim, novas tendências historiográficas preocupadas com os

processos de transformação da sociedade, entre essas tendências podemos destacar a

teoria marxista.

Na teoria marxista, a história é explicada através dos fatos materiais,

essencialmente econômicos onde chama de infra-estrutura a estrutura material da

sociedade, sua base econômica consiste nas formas pelas quais os homens produzem

os bens necessários à sua vida e de superestrutura à estrutura política e a estrutura

ideológica. Sendo assim, a infra-estrutura determina a superestrutura.

Na infra-estrutura podemos conhecer a divisão do trabalho de uma sociedade e

a forma como ele é distribuído, já na superestrutura a sociedade divide o poder político

entre seus membros.

Dessa forma, o historiador marxista trabalha na investigação do processo

histórico concreto, e intervém de modo prático sobre eles. A estrutura econômica é

privilegiada com a produção material determinando as demais esferas da vida social.

Outra corrente historiográfica que surgiu foi a Escola dos “Annales”

considerada uma inovação da historiografia, a atenção voltava-se para a história de

longa duração, a vida política, a economia, a organização social, o cotidiano, eram

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fontes de pesquisa, essa proposta trouxe a história para mais perto da geografia,

antropologia, sociologia, psicologia, filosofia, sendo possível com esses novos

instrumentos de pesquisa, chegar a uma resposta ou várias respostas sobre o objeto ao

que se pesquisa e na maioria das vezes chegando a inúmeros questionamentos, coisa

que antes não existia.

Essa nova visão destacou a importância de estudar o cotidiano das pessoas ao

longo dos tempos, representando uma ruptura com a história positivista e com a análise

reducionista do marxismo.

Para os Annales, diferente da interpretação marxista, a economia não

desempenha um papel determinante no conjunto dos funcionamentos sociais. Sendo

estas as principais críticas de Bloch e de Febvre à percepção marxista. Os Annales

defendem que a tarefa das ciências humanas é explicar o social complexificando-o e

não simplificando através de abstrações.

Como vimos à narrativa dos grandes acontecimentos durante muito tempo

dominou a produção historiográfica, as primeiras mudanças significativas ocorreram a

partir de 1930 trazendo discussões políticas que influenciaram diretamente o ensino

público e conseqüentemente a disciplina de História, promovendo um fomento para a

renovação da historiografia, tanto marxista, quanto da chamada escola dos Annales.

As propostas curriculares foram colocadas em debate, surgiram discussões de

caráter psicológico e pedagógico sobre o papel do sujeito que aprende e as novas

formas de se compreender o ensino. Buscava-se, nesse momento, o trabalho com a

História temática, tendo-se a História Local como um recurso pedagógico fundamental.

O ensino da história, portanto é um processo em contínua transformação e

adaptação à realidade dos alunos e da sociedade como um todo. Neste processo, é

indispensável que o professor acompanhe as transformações e procure continuamente

se adaptar as novas demandas do ensino.

O homem como ser social e histórico se constitui e se desenvolve enquanto

sujeito e ao agir sobre a realidade apropria-se dos elementos naturais transformando e

criando novos conhecimentos.

Os sujeitos construtores da história são pessoas que fazem parte da

sociedade, pessoas comuns ou de vida pública, são sujeitos que de uma forma ou de

outra deixam suas marcas no cotidiano de seu país e também na história da

humanidade. E são essas relações sociais de transformação e produção que o trabalho,

cultura e o desenvolvimento científico vão se mostrando como pontos chaves para a

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compreensão do mundo em que vivemos, pois todo esse processo é dinâmico e nós

estamos inseridos como sujeitos e cidadãos.

Portanto, podemos dizer que o processo histórico é contínuo, as

transformações acontecem e são decorrentes das ações dos próprios homens, sendo

assim, o passado só terá sentido quando interrogado e só será compreendido se os

conceitos trabalhados forem claros.

O passado histórico não é dotado de reversibilidade e nem podemos ter acesso

direto a ele, a realidade que vivemos nem sempre contêm elementos do passado que

nos deem a percepção da continuidade e rupturas necessárias a compreensão da nossa

própria historicidade e da historicidade das sociedades da qual fazemos parte.

Um exemplo são “os lugares”, com o passar do tempo são reocupados e

somente teremos informações de como era aquele lugar, ou qual função ele tinha

anteriormente se realizarmos levantamentos da cultura material ou vestígios dessa

cultura para podermos detectar as transformações ocorridas no passado.

Portanto, esses levantamentos estão pautados em pesquisas que retratam o

passado com seriedade, ou seja,baseando-se nos fatos históricos e utilizando-se de

documentos que comprovem a veracidade dos fatos, para que não aconteça

‘interpretações equivocadas”.

O professor deve, portanto, propiciar ferramentas para a construção de “uma

nova visão” da disciplina de história, libertando-se de conceitos estereotipados muitas

vezes preconceituoso, abrir-se para novas maneiras de olhar e entender o mundo.

A aprendizagem é social, não ocorre isoladamente, ela é construída

simultaneamente com o desenvolvimento do ser humano, funda-se num processo

contínuo que se modifica em função das situações e das ações exercidas pelos sujeitos

no seu contexto histórico-social.

Dessa forma, a disciplina de História além de permitir a compreensão da

realidade, levanta possibilidades de mudanças a serem realizadas pelo homem com o

objetivo de ampliar suas experiências coletivas.

Os alunos chegam à aula de História carregando concepções, noções, idéias,

conceitos, preconceitos e informações cujo aprendizado não foi realizado pelo professor

ou pela escola, mas que teve origem na experiência pessoal, no convívio com os mais

velhos e seus conhecimentos, no contato diário com seu grupo de amigos, sendo assim,

conceitos sobre o tempo, identidade, são aprendidos antes mesmo do aluno ingressar

no ensino formal.

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118

As histórias individuais são parte das histórias coletivas, os fatos históricos não

se explicam por si só, eles se tornam compreensíveis quando colocados em relação a

outros fatos dentro de um conjunto maior.

O educando passará a compreender que não são as grandes personalidades

que produzem a História e sim é esta que produz as grandes personalidades. É o fato

histórico que produz as pessoas para conduzir o destino do país.

É importante que a História não seja para o educando uma verdade acabada

ou uma série de datas e fatos que se deve aprender pela memorização. Essa análise é

fundamental para que o educando perceba que não há verdades absolutas, mas

diferentes sujeitos onde o homem é ao mesmo tempo produto e produtor da história.

Os conteúdos curriculares não devem ser vistos como fim, como podemos

constatar, o saber é produzido em consonância com a realidade histórica na qual se

insere, consequentemente esta relação com o conhecimento histórico precisa ser

explicitada e sistematizada para que os professores e educandos tenham uma

abordagem crítica, ou seja, estejam atentos para as transformações e inúmeras formas

de ensinar e aprender História.

O conhecimento é construído a partir da internalização dos conceitos

aprendidos culturalmente por intermédio da interação com o outro. Nesse sentido a

escola deverá propiciar situações de aprendizagem em que os educandos troquem

experiências e em seguida com o auxilio do professor sistematizem essas trocas.

Para que isso aconteça o professor deverá realizar uma organização didática

adequada formulando hipóteses; classificando fontes históricas; aprender a analisando

as fontes; analisando a credibilidade das fontes; e, por último, a aprendizagem da

causalidade e a iniciação na explicação histórica.

A história vive hoje uma “revolução documental” podemos utilizar uma

infinidade de documentos na sala de aula. O acesso às fontes históricas deve

contemplar textos históricos, imagens, filmes, produtos de escavações arqueológicas,

documentos orais, fotografias, visitas a museus, monumentos, etc.

As questões relacionadas à cultura também devem ser abordadas como

elemento importante no processo do desenvolvimento do ser humano para a

compreensão das relações pessoais.

Para Vygotsky (1993), é a cultura quefornece ao indivíduo os sistemas

simbólicos de representação da realidade, ou seja, o universo de significações que

permite construir a interpretação do mundo real. Ela dá o local de negociações no qual

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seus membros estão em constante processo de recriação e reinterpretação das

informações, conceitos e significações.

É na troca com outros sujeitos e consigo próprio que se vão internalizando

conhecimentos, papéis e funções sociais, o que permite a formação de conhecimentos e

da própria consciência. Trata-se de um processo que caminha do plano social - relações

interpessoais para o plano individual interno - relações intrapessoais. Dessa forma a

escola é o lugar onde a intervenção pedagógica intencional desencadeia o processo

ensino-aprendizagem.

O estudo sobre o modo de vida, organização social de uma sociedade uma

cultura diferente da do aluno é uma situação de aprendizagem bastante significativa,

pois, poderá estabelecer relações de tempo e espaço, adquirir informações históricas e

culturais desenvolvendo o pensamento reflexivo.

Outro elemento que pode ser utilizado são os relatos, trazer para a sala a

história social, estimulando o aluno a pensar na gama de acontecimentos históricos e

suas relações com a transformação do tempo e do espaço. A valorização da linguagem

como fonte de estudos, através de entrevistas os educandos perceberão que utilizando

o diálogo podem coletar dados para entender a sociedade em que vivem, ampliando

assim, o conceito de tempo e espaço.

O professor poderá promover debates, apresentação de música, interpretação,

desenho, cartazes, uma infinidade de atividades de acordo com a idade dos seus

alunos, estes são os primeiros passos para a organização das ideias que permeiam a

produção de textos históricos.

A sistematização das informações por meio da produção de texto individual ou

coletivo é quase sempre o caminho percorrido, explorando a possibilidade para que o

aluno registre o que aprendeu com significado.

Nas últimas décadas a prática docente cotidiana teve mudanças significativas,

mas “o velho e bom livro didático ainda é a muleta de muitos professores”, o saber ainda

está fundamentado no conteúdo, na memorização e na história factual.

A diversidade de enfoques metodológicos que foram sendo construídos

especialmente nas últimas décadas nos faz pensar que não existe uma metodologia

única para a pesquisa e para a prática pedagógica do ensino de História. O grande

desafio é mostrar que é possível desenvolver uma prática de ensino de História rica em

conteúdo, priorizando na sala de aula conceitos que são imprescindíveis para que o

aluno tenha uma formação histórica que o auxilie em sua vivência como cidadão.

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19.2 OBJETIVOS DO ENSINO DE HISTÓRIA

Entender o significado da história;

Construir e ampliar a noção de tempo e espaço necessário para entender os diversos

momentos históricos;

Conhecer e analisar o passado de vários povos e sociedades antigas, compreendendo

suas características, sua formação e sua organização social;

Compreender a importância de conhecer as sociedades de outrora para a formação e

organização da sociedade atual;

Compreender a organização e a relação dos grupos sociais nos determinados

períodos históricos;

Analisar os fatos sociais de cada época e suas implicações na atualidade;

Dominar procedimentos de pesquisa escolar e de produção de textos, aprendendo a

observar e colher informações de diferentes paisagens e registros escritos,

iconográficos, sonoros e materiais;

Refletir sobre a atuação do indivíduo nas suas relações pessoais com o grupo de

convívio, suas afetividades, sua participação no coletivo e suas atitudes de compromisso

com classes, grupos sociais e culturais;

Situar-se na sociedade contemporânea, para melhor compreendê-la, comparando

problemáticas atuais e de outros momentos históricos.

19.3 ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS

A partir da matriz disciplinar, a História tem como objeto de estudo os processos

históricos relativos às ações e às relações humanas praticadas no tempo, bem como a

respectiva significação atribuída pelos sujeitos, tendo ou não consciência dessas ações.

As relações humanas produzidas por essas ações podem ser definidas como estruturas

sócio-históricas, ou seja, são as formas de agir, pensar, sentir, representar, imaginar,

instituir e de se relacionar social, cultural e politicamente.

As relações humanas determinam os limites e as possibilidades das ações dos

sujeitos de modo a demarcar como estes podem transformar constantemente as

estruturas sócio-históricas. Mesmo condicionadas, as ações dos sujeitos permitem

espaços para escolhas e projetos de futuro. A investigação histórica voltada para

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descoberta das relações humanas busca compreender e interpretar os sentidos que os

sujeitos atribuem às suas ações.

A produção do conhecimento, pelo historiador, requer um método específico,

baseado na explicação e interpretação de fatos do passado. Construída a partir dos

documentos e da experiência do historiador, a problematização produz uma narrativa

histórica que tem como desafio contemplar a diversidade das experiências sociais,

culturais e políticas dos sujeitos e suas relações.

Fenômenos, processos, acontecimentos, relações ou sujeitos podem ser

analisados a partir do conhecimento histórico construído. Ao confrontar ou comparar

documentos entre si e com o contexto social e teórico que os constituíram, a produção

do conhecimento propicia validar, refutar ou complementar a produção historiográfica

existente. Como resultado, pode ainda contribuir para rever teorias, metodologias e

técnicas na abordagem do objeto de estudo historiográfico.

Os conteúdos de História serão estudados por meio de:

Aulas expositiva,vídeos, filmes e documentários em DVD – selecionar e priorizar

conteúdos históricos que permitam aproximar o aluno das questões atuais;

Leitura e discussão de textos bibliográficos, depoimentos testemunhais, notícias,

propagandas políticas, etc.

Pesquisas na Internet previamente planejadas ;

Leitura crítica de imagens, caricaturas, charges, cartuns e histórias em quadrinhos de

humor, pois a linguagem metafóricas exprime uma reflexão crítica e interrogativa do

mundo;

Pesquisa de dados históricos que permitam buscar o conhecimento, sempre

levantando hipóteses para discussão em aula;

Discussões que estimulem o aluno a refletir sobre o papel da mídia, sua influência na

opinião pública, na manipulação de notícias e criação de fatos dentro de um contexto

globalizante e neolibeal;

Produção e correção de textos individual ou em grupo;

Trabalhos em grupo e apresentação de seminários;

Sob uma perspectiva de inclusão social, estes PLANOS CURRICULARES

consideram a diversidade cultural e a memória paranaenses, de modo que buscam

contemplar demandas em que também se situam os movimentos sociais organizados

e destacam os seguintes aspectos;

O cumprimento da Lei n. 13.381/01, que torna obrigatório, no Ensino Fundamental e

Médio da Rede Pública Estadual, os conteúdos de História do Paraná;

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O cumprimento da Lei n. 10.639/03, que inclui no currículo oficial a obrigatoriedade

da História e Cultura Afro-Brasileira, seguidas das Diretrizes Curriculares Nacionais

para a Educação das relações étnico-raciais e para o ensino de História e Cultura

Afro-Brasileira e Africana;

O cumprimento da Lei n. 11.645/08, que inclui no currículo oficial a obrigatoriedade

do ensino da história e cultura dos povos indígenas do Brasil.

19.4 AVALIAÇÃO

Será realizada avaliação diagnóstica no início do período, buscando situar professor e

aluno no processo de ensino e aprendizagem. Também a avaliação Será realizada de

forma contínua com acompanhamento do aluno durante o períodletivo. A recuperação

paralela será utilizada como forma de proporcionar ao aluno a apropriação dos

conteúdos ainda não aprendidos.

19.5 CONTEÚDOS

6º ANO

OS DIFERENTES SUJEITOS, SUAS CULTURAS E SUAS HISTÓRIAS

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS

Relações de trabalho

Relações de poder

Relações culturais

A experiência humana no tempo

Os sujeitos e suas relações com o

outro no tempo

As culturas locais e a cultura comum

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7º ANO

A CONSTITUIÇÃO HISTÓRICA DO MUNDO RURAL E URBANA E A FORMAÇÃO

DA PROPRIEDADE EM DIFERENTES TEMPOS E ESPAÇOS

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS

Relações de trabalho

Relações de poder

Relações culturais

As relações de propriedade: coletiva,

pública, privada e a terra;

A constituição histórica do mundo do

campo e do mundo da cidade;

As relações entre o campo e a cidade;

Conflitos e resistência e produção

cultural campo/cidade.

8º ANO

O Mundo Do Trabalho e os Movimentos de Resistência.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS

Relações de trabalho

Relações de poder

Relações culturais

História das relações da humanidade com

o trabalho;

O trabalho e a vida em sociedade;

O trabalho e as contradições da

modernidade;

Os trabalhadores e as conquistas de

direitos.

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9º ANO

RELAÇÕES DE DOMINAÇÃO E RESISTÊNCIA: A FORMAÇÃO DO ESTADO E DAS

INSTITUIÇÕES SOCIAIS.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS

Relações de trabalho

Relações de poder

Relações culturais

História das relações da humanidade

com o trabalho;

O trabalho e a vida em sociedade;

O trabalho e as contradições da

modernidade;

Os trabalhadores e as conquistas de

direitos.

AVALIAÇÃO

A avaliação assume uma dimensão formadora, uma vez que, o fim desse

processo é a aprendizagem, ou a verificação dela, mas também permitir que haja uma

reflexão sobre a ação da prática pedagógica.

Para cumprir essa função, a avaliação deve possibilitar o trabalho com o

novo,numa dimensão criadora e criativa que envolva o ensino e a aprendizagem. Desta

forma, se estabelecerá o verdadeiro sentido da avaliação: acompanharo desempenho no

presente, orientar as possibilidades de desempenho futuro e mudar as práticas

insuficientes, apontando novos caminhos para superar problemas e fazer emergir novas

práticas educativas (LIMA, 2002)

Entendendo que a avaliação é um processo constante, formativo e também

somativo,funcionará da seguinte forma: será feito o diagnóstico da aprendizagem,que

ocorrerá no início de cada bimestre, através de sondagens com os alunos, após esse

momento,de forma contínua, serão aplicados os seguintes instrumentos de avaliação:

seminários; trabalhos em grupos ou individuais; análise de documentos; prova objetiva;

provas dissertativa, análise de textos e pesquisas, durante o período letivo. A

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125

recuperação paralela será utilizada como forma de retomar os conteúdos e mensurá-

los,proporcionando ao aluno maior oportunidade de aprendizagem.

REFERERÊNCIAS

ALBORNOZ, Susana. O que é trabalho. São Paulo: brasiliense, 2004.

BOURDIEU, Pierre. O poder simbólico, Lisboa: Difel, 1989.

BITTENCOURT, Maria Circe. Ensino de História: fundamentos e métodos. São Paulo:

Cortez, 2004.

HOBSBAWN, Eric J. Pessoas extraordinárias: resistências, rebelião e jazz. Rio de

Janeiro; Paz e terra, 1999.

SANTOS, José Luiz dos. O que é cultura? São Paulo: Brasiliense, 2004.

GADOTTI, M. História das ideias pedagógicas. 8a ed. São Paulo: Ática, 2004.

GOODSON, I. Teoria do currículo. São Paulo: Cortez, 1995.

KOSIK, K. Dialética do concreto. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2002.

19.6 GEOGRAFIA ANOS IFINAIS - 6º AO 9º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL

O termo Geografia surgiu na Antigüidade Clássica, especificamente junto ao

pensamento grego. Já nessa época, a Geografia era vista sob duas perspectivas: a

primeira privilegiava a medição do espaço e a discussão sobre a forma da Terra; a

segunda preocupava-se com a descrição dos lugares. Durante a Antigüidade o

conhecimento geográfico encontrava-se disperso e assim permaneceu até o final do

século XVIII.

Os conhecimentos de cunho geográfico só vieram a ser sistematizados no

início do século XIX, quando algumas condições históricas se faziam favoráveis: o

conhecimento da dimensão e da forma real dos continentes;a existência de grande

quantidade de informações sobre variados lugares da Terra;o aprimoramento das

técnicas cartográficas e a descoberta das técnicas de impressão e a valorização dos

temas geográficos pela reflexão da época expressa na Filosofia, nas idéias iluministas,

na Economia Política e nas teorias evolucionistas.

A sistematização da Geografia ocorreu na Alemanha, num contexto de

unificação nacional (a Alemanha de então, era um amontoado de feudos sem unidade

econômica e política) onde a questão do espaço era primordial para as classes

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dominantes. Temas relacionados ao domínio e organização do espaço, diferenças

regionais e apropriação do território “estarão na ordem do dia na prática da sociedade

alemã de então. É, sem dúvida, deles que se alimentará a sistematização geográfica”

(Moraes, 1998).

Os primeiros esforços no sentido de sistematizar os conhecimentos geográficos

vieram de dois prussianos Alexandre von Humboldt e Karl Ritter. Para Humboldt a

Geografia seria a parte terrestre da ciência do Cosmos – uma síntese dos

conhecimentos sobre a Terra. Segundo ele, a paisagem causaria uma impressão, que,

combinada com a observação e filtrada pelo raciocínio lógico levaria à explicação. Para

Ritter, a Geografia era o estudo dos lugares como forma de relação entre o homem e o

Criador. Humboldt e Ritter deixaram delineados caminhos que foram, posteriormente,

resgatados pelas “escolas” geográficas.

No período do final do século XIX até meados do século XX, o pensamento

geográfico baseou-se nos postulados de La Blache e Ratzel. Friedrich Ratzel, alemão,

definia o objeto de estudo da Geografia como a influência das condições naturais sobre

a humanidade e da natureza na constituição social. Das idéias de Ratzel surgiu a escola

determinista, para a qual o meio determinava o homem. Paul Vidal de La Blache,

francês, definia o objeto da Geografia como a relação entre homem e natureza, na

perspectiva da paisagem.

Os conhecimentos geográficos desenvolvidos e sistematizados até o início da

década de 50 foram denominados G Geografia Tradicional. O ensino da Geografia

Tradicional nas escolas caracterizava-se pelo ensino dividido em blocos (Geografia

Física, Geografia Econômica, Geografia Humana,...) que não se relacionavam entre si.

Aos alunos cabia memorizar listas infindáveis de acidentes geográficos e localizá-los nos

mapas, assim como indicar aspectos humanos e econômicos de países e regiões.

Na década de 50 iniciou-se um movimento de renovação da Geografia. Esse

movimento caracterizou-se inicialmente por uma mudança apenas de ordem

metodológica, baseada na crítica à insuficiência da análise tradicional para a intervenção

na realidade e foi denominada de Geografia Pragmática. A Geografia Pragmática até fim

da década de 70 manifestou-se através de três tendências: a Geografia Quantitativa, a

Geografia Sistêmica e a Geografia da Percepção.

Na Geografia Quantitativa acreditava-se que o temário geográfico poderia ser

explicado com o uso de métodos matemáticos. Para isso utilizava-se a estatística na

análise dos fenômenos. A Geografia Sistêmica propunha o uso de modelos de

representação e explicação que resultavam em padrões e tendências. Baseava-se nas

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ciências econômicas. A Geografia da Percepção ou Comportamental tentava explicar a

valorização subjetiva do território, ou seja, como os homens percebiam o espaço

vivenciado. Utilizava-se da Psicologia. A Geografia Quantitativa caracterizou-se, na

escola, pela memorização de dados numéricos e estatísticos, enquanto a Geografia da

Percepção preocupou-se em trabalhar o espaço na escola a partir da relação afetiva do

aluno com o espaço vivenciado e percebido por ele.

Essas tendências prevaleceram até por volta da década de 80, quando ocorreu

outro movimento dentro da renovação da Geografia proposto por geógrafos que se

preocupavam com mudanças que iam além da metodologia. Com as novas ideias

propostas por esses geógrafos surgiu a Geografia Crítica que se opôs à Tradicional e à

Pragmática. A Geografia Crítica utilizava-se das análises marxistas, explicando a

organização do espaço a partir dos modos de produção. Os geógrafos críticos

buscavam um espaço que fosse organizado em função dos interesses dos homens e

não mais em função do modo de produção capitalista.

A Geografia Crítica hoje é uma frente onde convivem inúmeras propostas e

onde existe grande diversidade metodológica, fato que acaba por tornar-se benéfico,

pois estimula o debate. Na escola, ela procura fazer com que o aluno pense o espaço de

forma crítica e compreenda a serviço de quem o espaço é organizado. Yves Lacoste,

cujas ideias embasaram o pensamento dos geógrafos críticos no Brasil, afirmava ser a

Geografia um conhecimento estratégico utilizado com eficiência pelos Estados Nacionais

e ignorado pelo cidadão comum. Para Lacoste, o cidadão comum deve, também, ter

acesso aos conhecimentos geográficos, pois é esse conhecimento que lhe permitirá

atuar sobre o espaço de forma a transformá-lo.

A Geografia direciona suas análises na busca do conhecimento e compreensão

das mudanças ocorridas no mundo, e por que elas acontecem. Além de identificar e

entender a dinâmica da natureza, tais como a formação e transformação do relevo, a

hidrografia, a atmosfera, a vegetação, a relação de interdependência que existe entre

todos eles e a influência que os mesmos produzem nas relações humanas.

Quanto ao fator humano, a Geografia procura estabelecer um estudo

sistemático da sociedade, verificando as relações de trabalho, incluindo os problemas

sociais, a cultura, a economia, dentre muitos outros temas. Salientamos que tudo no

mundo está interligado, desse modo, não é possível estudar aspectos físicos (clima,

relevo, hidrografia etc.) sem acrescentar a sociedade, tendo em vista que ela está

inserida na natureza.

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Assim, o objeto de estudo da Geografia é o espaço geográfico, o mesmo é

divido em: espaço geográfico natural e espaço geográfico cultural ou construído. Em

suma, pode-se afirmar que o espaço geográfico é o “palco” das relações humanas, pois

o homem habita a superfície e usufrui de tudo que a natureza fornece.

Segundo Visentini, "Estudar Geografia é uma forma de compreender o mundo

que vivemos. Por meio desse estudo, podemos entender melhor o local em que

moramos — seja uma cidade, seja uma área rural — e o nosso país, assim como os

demais países. O campo de preocupação da Geografia é o espaço da sociedade

humana, em que homens e mulheres vivem e, ao mesmo tempo, produzem

modificações que o (re)constroem permanentemente. Indústrias, cidades, agricultura,

rios, solos, climas, populações: todos esses elementos — além de outros — constituem

o espaço geográfico, isto é, o meio ou realidade material em que a humanidade vive e

do qual é parte integrante.

Desta forma, nestas Diretrizes, o conceito adotado para o objeto de estudo da

geografia é o espaço geográfico, ou seja, aquele produzido e apropriado pela sociedade

e segundo Santos, composto pela inter-relação entre os objetos naturais, culturais e

técnicos e pelas relações sociais, culturais, políticas e econômicas (Santos, 1996.p.51).

Para que aconteça a compreensão dos conteúdos e a aprendizagem de forma

crítica, o professor deve conduzir o processo de aprendizagem de forma dialogada,

possibilitando o questionamento e a participação dos alunos buscando sempre alcançar

o objetivo de formar sujeitos capazes de interferir na realidade de maneira consciente e

crítica.

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19.6.1 CONTEÚDOS

6º ANO

Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos

Dimensão econômica do espaço

geográfico

Dimensão Política do espaço geográfico

Dimensão cultural e demográfica do

espaço geográfico

Dimensão sócioambiental do espaço

geográfico

Formação e transformação das

paisagens naturais e culturais;

Dinâmica da natureza e sua

alteração pelo emprego de

tecnologias de exportação e

produção;

A formação, localização, exploração

e utilização dos recursos naturais;

A distribuição espacial das atividades

produtivas e reorganização do

espaço geográfico.

As relações entre campo e a cidade

na sociedade capitalista.

A transformação demográfica, a

distribuição espacial e os indicadores

estatísticos da população.

A mobilidade populacional e as

manifestações socioespaciais da

diversidade cultural.

As diversas regionalizações do

espaço geográfico.

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7º ANO

Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos

Dimensão econômica do espaço

geográfico

Dimensão política do espaço geográfico

Dimensão cultural e demográfica do

espaço geográfico

Dimensão socioambiental do espaço

geográfico

A formação. Mobilidade das

fronteiras e a reconfiguração do

território brasileiro.

A dinâmica da natureza e sua

alteração pelo emprego de

tecnologia de exploração e produção.

As diversas regionalizações do

espaço brasileiro.

As manifestações sócio espaciais da

diversidade cultural.

A transformação demográfica, a

distribuição espacial e os indicadores

estatísticos da população.

Movimentos migratórios e suas

motivações.

O espaço rural e a modernização da

agricultura.

A formação, o crescimento das

cidades, a dinâmica dos espaços

urbanos e a urbanização.

A distribuição espacial das atividades

produtivas, a reorganização do

espaço geográfico.

A circulação de mão-de-obra, das

mercadorias e das informações.

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19.6.2 AVALIAÇÃO

A Geografia é uma ciência que contempla vários aspectos do mundo e, portanto,

trata de uma variedade de assuntos em sala de aula. Essa variedade é propícia à

utilização de atividades muito diversas.

Na avaliação, o professor deve valer-se dessa infinidade de possibilidades para

adequar vários instrumentos de avaliação. As próprias atividades desenvolvidas para o

aprendizado podem ser avaliadas, mas para isso é preciso que fique claro para os

alunos que a atividade será objetivo de avaliação e quais os aspectos que serão

avaliados. O professor pode avaliar, por exemplo, a confecção de cartazes, painéis,

maquetes, murais e mapas; a realização de trabalhos de pesquisa bibliográfica em

grupo ou individuais; a interpretação ou composição de letras de músicas ou poemas; as

discussões sobre filmes, documentários ou notícias de jornal; os trabalhos práticos de

observação em campo, entre outros.

Quanto aos instrumentos, o professor tem à sua disposição muitas opções:

relatórios escritos ou orais; produção de textos narrativos, informativos, jornalísticos,

poéticos ou de opinião; exposições orais relatando conclusões de trabalhos realizados;

produção de desenhos, charges ou histórias em quadrinhos; desafios para encontrar a

resposta a um problema dado pelo professor; elaboração de resumos; fichas de

acompanhamento a serem preenchidas pelo professor; fichas de autoavaliação.

A avaliação das atividades de confecção de cartazes, painéis, maquetes, murais e

mapas devem ser precedidas de um roteiro de avaliação para que os alunos possam

orientar-se. Podem fazer parte desse roteiro: riqueza do conteúdo, correção das

informações e da língua, ordem e clareza das informações, adequação ao tema

proposto, adequação do título e das ilustrações, bibliografia consultada. Nos trabalhos

em grupo é importante acrescentar questões relacionadas à interação entre os

elementos do grupo, à participação cooperativa e à forma de apresentação do trabalho.

Outra característica da disciplina Geografia é o caráter interdisciplinar. Devido a

esse caráter é possível avaliar mais de uma disciplina numa mesma atividade.

Dependendo da atividade desenvolvida, como no caso das maquetes, são necessários

conhecimentos além da Geografia para sua confecção. Dessa forma, podemos avaliar o

conteúdo geográfico e outros conhecimentos matemáticos, artísticos, históricos, que

tenham sido utilizados na sua confecção.

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A concepção socioconstrutivista de ensino não exclui as formas mais convencionais de realizar o

ensino de Geografia, como as aulas expositivas e os trabalhos em grupo na sala de aula, já que

o que importa não é exatamente o tipo de procedimento utilizado mas a garantia da possibilidade

de atividade intelectual dos alunos. (CAVALCANTI, 2002)

Na avaliação, um instrumento muito utilizado pelo professor é a prova escrita.

Esta é uma forma considerada por muitos como tradicional, mas continua sendo

bastante apropriada para a verificação de aspectos do aprendizado individual que muitas

vezes se tornam difíceis de observar em atividades coletivas.

O que devemos considerar, no entanto, é que a prova escrita esteja de acordo

com o trabalho desenvolvido durante o processo de ensino e aprendizagem. Se o

professor trabalha os assuntos proporcionando o máximo possível de atividade

intelectual aos alunos, o mais adequado é que a prova escrita seja elaborada utilizando-

se de questões contextualizadas, situações-problema, que permitam a utilização de

diversas operações mentais e não apenas da memorização.

REFERÊNCIA

MOREIRA, Igor Antonio Gomes, Elizabeth Auricchio. Construindo o Espaço Humano,

3.ed.São Paulo:Ática, 2006.

MOREIRA, Igor Antonio Gomes, Elizabeth Auricchio. Construindo o Espaço Brasileiro,

3.ed.São Paulo:Ática, 2006.

MOREIRA, Igor Antonio Gomes, Elizabeth Auricchio. Construindo o Espaço Americano,

3.ed.São Paulo:Ática, 2006.

MOREIRA, Igor Antonio Gomes, Elizabeth Auricchio. Construindo o Espaço Mundial,

3.ed.São Paulo:Ática, 2006.

Espaço Geográfico: Objeto de Estudo da Geografia. Disponível em:

http://www.educador.brasilescola.com/estrategias-ensino/espaco-geografico-objeto-estudo-

geografia.htm.Acessado em 18 .nov .2009.

Geo Ciências- Práticas da Geografia. Disponível

em:http://geociencias.terapad.com/index.cfm?fa=contentNews.newsDetails&newsID=17017&from=list.

Acessado em 18.nov.2009.

VISENTINI, José William. Sociedade & Espaço. São Paulo, Ática, 2003.

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O Que é Geografia Crítica?. Disponível no site: http://www.geocritica.com.br/geocritica.htm.

Acessado em 18.nov.2009.

19.6.3 ARTE

19.6.4 PRESSUPOSTO TEÓRICO

A arte é conhecimento. Ela constitui uma necessidade do homem. É

alfabetizadora, revelando os símbolos presentes nas imagens, nos sons e nos

movimentos característicos dessa era.

A arte tem de ser entendida e percebida em sua globalidade. Devemos

trabalhar com a essência do ser humano, em que o sensível e o reflexivo atuam e

interagem com as mesmas propriedades, por meio da Educação Artística e da estética.

A arte permite a expressividade de sentimentos, ideias e informações, interferindo no

processo de aprendizagem de todas as disciplinas.

A educação em arte propicia o desenvolvimento do pensamento artístico.

Possibilita um leitor de mundo mais crítico e eficiente nos seus posicionamentos e

tomada de atitude, bem como num novo agente da produção cultura.

Na organização do Plano de Trabalho Docente o professor deve levar em conta as

diferentes formas de pensar a Arte. Ele deve estabelecer referências sobre sua função

social, tais como: da arte poder servir à ética, à política, à religião, à ideologia; ser

utilitária ou mágica; transformar-se em mercadoria ou simplesmente proporcionar prazer.

O ensino de arte deve basear-se num processo de reflexão sobre a finalidade

da Educação, os objetivos específicos dessa disciplina e a coerência entre tais objetivos,

os conteúdos programados (os aspectos teóricos) e a metodologia proposta. Pretende-

se que os alunos adquiram conhecimentos sobre a diversidade de pensamento e de

criação artística para sua capacidade de criação e desenvolver o pensamento crítico.

Nas aulas de Arte, os conteúdos devem ser selecionados, a partir de uma

análise histórica, abordados por meio do conhecimento estético e da produção artística,

de maneira crítica, o que permitirá ao aluno uma percepção da arte em suas múltiplas

dimensões cognitivas e possibilitará a construção de uma sociedade sem desigualdades

e injustiças.

Para que o processo de ensino e aprendizagem se efetive é necessário, ainda,

que o professor trabalhe a partir de sua área de formação (Artes Visuais, Música, Teatro

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e Dança), de suas pesquisas e experiências artísticas, estabelecendo relações com os

conteúdos e saberes das outras áreas da disciplina de Arte, nas quais tiver algum

domínio.

A arte1 permeia nossas vidas, o nosso dia a dia, mas às vezes não

percebemos sua forte presença. Ela aparece nas apresentações artísticas de rua ou em

locais próprios, nas apresentações circenses, no design dos diversos objetos, nos

bordados, nos entalhes, na arquitetura, na interferência urbana, registrada em muros,

como a marca dos grafiteiros, em praças, paredes, em igrejas e também nas revistas,

jornais, outdoors, fotografias, cartazes, televisão, cinema e tantos outros. Enfim, vivemos

rodeados de arte e a partir destas constatações, duas reflexões tornam-se pertinentes: o

que é arte? Onde a arte surge na história da humanidade?

Começando pela primeira reflexão, podemos afirmar que essa é uma definição

difícil, pois a arte possibilita inúmeras interpretações, depende do contexto a que se

refere e varia de acordo com a sociedade e a época. Mas pensando na arte como

atividade humana ligada a manifestações de ordem estética, feita a partir de

percepções, interpretações e idéias, com o objetivo de mexer com emoções e

sentimentos de um ou mais espectadores, compreendemos que a necessidade de criar,

recriar, transformar a matéria e se expressar são características de quem faz arte. De

acordo com Pareyson (1989, p.32), no jogo da criação, “a arte é um tal fazer que,

enquanto faz, inventa o por fazer e o modo de fazer”.

A arte nos possibilita “dialogar com o mundo”, expressão esta que Paulo Freire

(1996), já mencionava ao referir-se à leitura, para ele, a leitura é bem mais que

decodificar palavras: é ler o mundo. Portanto, podemos também dizer que a arte propicia

essa leitura de mundo, ela nos faz compreender de forma mais crítica, sensível e

aguçada, as cores, as formas, as texturas, outras culturas, a natureza, os objetos, os

fatos, as pessoas, o mundo e a nós mesmos.

Em relação à origem da arte ou de manifestações artísticas diversas,

entendemos que ela acompanha o homem desde sua origem. Lá na pré-história, muito

antes da escrita ser inventada, ela já estava presente. O homem primitivo percebia

cores, formas, texturas, sons, gestos e movimentos com a intenção de se comunicar, de

dar sentido a algo que fosse significativo à sua existência e a arte preencheu essa

necessidade. As imagens impressas naquelas paredes das cavernas pré-históricas

revelavam um conhecimento de mundo que o homem primitivo construiu.

1 Quando nos referimos à disciplina de Artes grafa-se com letra maiúscula e a arte em geral com letra minúscula.

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Por intermédio da expressão artística, segundo Martins (1998),

compreendemos o pensamento de um povo, seus ritos, suas religiões, seus costumes e

suas culturas, revelando também os diferentes tipos de relações entre os indivíduos

dentro de uma determinada sociedade. A arte compreende estas manifestações

culturais, que vão desde a pré-história até a contemporaneidade.

E na educação, que contribuições essa área do conhecimento traz?

A disciplina de Artes, na escola, não tem como finalidade ilustrar

conhecimentos, festas cívicas ou escolares. Como toda área do conhecimento, tem

como objetivo a construção e aquisição de conhecimento.

Para muitos professores, a disciplina de Artes está relacionada apenas com:

dom, intuição, técnicas e produção, e muitas vezes diante de um modelo “em série”

como resultado, pensam que os professores de Artes, não pensam, “só fazem”, excluem

a possibilidade de observação, reflexão e compreensão que a arte possibilita, não

compreendem a arte como conhecimento, apenas como “realização manual de

técnicas”, conseqüentemente acreditam ser apenas este, o objetivo de Artes,

desenvolver a habilidade do aluno e ensiná-lo inúmeras técnicas.

Ao trabalhar com Artes, o aluno é estimulado à reflexão, investigação,

experimentações, comparações, a ter curiosidade, levantar hipóteses, ao trabalho em

equipe, proporcionando desta forma o seu desenvolvimento cognitivo, afetivo, social,

cultural e estético.

A educação em Artes propicia também, o desenvolvimento do pensamento

artístico e esse pensamento artístico amplia, a sensibilidade, criatividade, percepção,

originalidade, flexibilidade, reflexão, imaginação, inventividade, o senso crítico e o senso

estético, possibilita ao aluno, um grande crescimento e um aumento de sua capacidade

de visualização e memória visual, além de ajudá-lo a resolver problemas de ordem

técnica e estética.

De acordo com Bosi (2001),

[...] o trabalho de arte passa pela mente, pelo coração, pelos olhos, pela garganta, pelas mãos; e

pensa e recorda e sente e observa e escuta e fala e experimenta e não recusa nenhum

momento essencial do processo poético. (p.71).

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A disciplina de Artes pode ser percebida como porta de entrada a uma

compreensão mais significativa das questões sociais.

O ensino em Artes amplia o repertório cultural do aluno a partir dos

conhecimentos estético, artístico e contextualizado, aproximando-o do universo cultural

da humanidade nas suas diversas representações.

Mencionamos algumas vezes a palavra “estética” e é sobre isto que falaremos

a seguir. A estética não está apenas ligada ao campo artístico, um físico, um professor,

uma dona de casa, dentre outros, por exemplo, podem ter uma experiência estética.

Podemos ter uma experiência estética diante da natureza, de um objeto, de uma música,

uma dança, um filme, uma situação, um fato, uma obra de arte, entre outros.

Para alguns filósofos, o prazer do “Belo” é o prazer estético. O belo da

experiência estética, não diz respeito ao “feio e bonito”, “gosto ou não gosto” superficial,

que segue rígidos padrões de beleza convencionados. Este belo que falaremos a seguir

diz respeito a uma beleza subjetiva, sensível e carregada de significado. A experiência

estética é um olhar mais profundo, mais intenso, sobre as coisas em geral, é um olhar

que vai além de formas, cores, padrões, temáticas, moda dentre outros.

A beleza, não é um valor universal, pois o que é belo para alguns, às vezes,

não é belo para outros, isto porque somos seres singulares, cada pessoa tem um jeito

único e próprio de ser, de ver e interpretar as coisas. O nosso conceito de beleza está

relacionado com a nossa idade, nossa cultura, o nosso sexo, nosso jeito de ser e

também o momento em que estamos vivendo.

Quando falamos de arte, falamos também em algumas de suas características

como: sensibilidade, emoção, prazer, encantamento, sentimentos que estão intimamente

ligados à experiência estética, portanto ao trabalharmos com arte, em sala de aula,

estimulamos o desenvolvimento cognitivo, afetivo, social e estético de nossos alunos.

Em uma abordagem sobre experiência estética, feita por Duarte Júnior (1988),

dois exemplos nos facilitam a compreensão: um diz respeito a um médico que atende

um paciente com problema de fígado e, ao relatar a sua experiência a um colega, diz:

“estou atendendo um caso muito bonito”. Ao dizer isso, não significa que ele tenha um

sentimento mórbido, que veja beleza em uma doença patológica, mas que seu

sentimento de “belo” provém da própria ciência que exerce: a medicina. O outro exemplo

é do matemático, Poicaré (apud DUARTE JR., 1988), que dizia que a primeira coisa que

ele verificava em uma equação era sua qualidade estética, isto é, se ela se mostrava

bela. Para alguns, matemática pode parecer um monstro de sete cabeças, no entanto,

para outros uma equação pode ser bela e é dessa beleza que estamos falando.

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A construção e compreensão de um saber e a articulação de determinados

dados nos proporcionam essa experiência, nos faz ver beleza onde os outros não vêem

como o exemplo do médico e do matemático relatados a pouco, isso evidencia

novamente a relevância da compreensão dos códigos artísticos na escola, desde os

primeiros anos.

Portanto, concluímos nossa reflexão sobre a experiência estética, lembrando

que frente a uma obra de arte a experiência da beleza, tem como finalidade conduzir o

espectador ao mundo do belo, mas não um belo superficial, mas um belo subjetivo,

repleto de significados que nos sensibiliza, nos eleva e nos toca.

19.6.5 A ARTE COMO CONHECIMENTO

Compreendida como área de conhecimento, a arte, apresenta relações com a

cultura por meio das manifestações expressas em bens materiais (bens físicos como:

pintura, escultura, desenhos, dentre outros) e imateriais (práticas culturais coletivas

como: música, teatro, dança, etc.). Olhando a arte por uma perspectiva antropológica, é

possível considerar que toda produção artística e cultural é um modo pelo qual os

sujeitos entendem e marcam a sua existência no mundo.

A arte é conhecimento construído pelo homem através dos tempos, portanto,

importante na escola, ela é um patrimônio cultural da humanidade e todo ser humano

tem direito ao acesso a esse saber. Sendo assim, tratar a arte como conhecimento é

ponto fundamental e condição indispensável para o enfoque contemporâneo do ensino e

aprendizagem de Artes.

A arte é linguagem, portanto, uma forma de expressão e comunicação humana,

ela tem um papel fundamental, envolvendo os aspectos cognitivos, sensíveis e culturais

e isso já é suficiente para que se justifique sua presença na vida escolar.

Por ser uma linguagem, é uma forma de expressar emoções, idéias, vivências

entre outros, é também, uma forma de comunicação. Quando dizemos comunicação,

pressupõe que não seja isolada, que exista um outro para que haja essa comunicação.

E a compreensão dessa comunicação, só se torna possível, se o outro decodificar a

mensagem, sendo assim, tornamos a enfatizar a importância da arte na escola

propiciando à criança, que ela se expresse e compreenda certos códigos artísticos.

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Quando nos referirmos à disciplina de Artes, a comunicação se dá por

intermédio de formas, cores, texturas, volumes, sons, movimentos, gestos, expressões

dentre outros.

19.6.6 ARTES VISUAIS

Como havíamos mencionado no início deste texto, vivemos rodeados por arte e

consequentemente com a presença das imagens. As imagens se encontram por toda

parte. Para Camargo (apud REZENDE, 2005), a imagem foi o primeiro meio de

comunicação com o outro, ela, a imagem, constrói significado e esse significado é

simbólico. Esse mesmo autor nos diz que dialogamos com o mundo por intermédio das

imagens, portanto, torna-se necessário a alfabetização visual.

Aprender a ler imagens vem primeiramente da necessidade de compreensão

do próprio mundo natural e depois, da construção e compreensão do mundo da cultura.

As imagens exercem uma função, como não são alheias aos fatos e

acontecimentos, elas revelam lugares, costumes, tempos, enfim, se comunicam.

Ver significa conhecer, perceber, apropriar-se de algo. Pela visão alcançamos

as pessoas, os objetos, às formas, enfim, o mundo ao nosso redor. Ver também é um

exercício de construção perceptiva, onde os elementos selecionados e o percurso visual

podem ser educados.

Mas afinal, por que estamos falando sobre imagens? É porque, o assunto diz

respeito às artes visuais e isso nos remete às imagens. As artes visuais têm como objeto

de estudo a imagem e nela encontramos as formas, as linhas, as cores, as texturas,

entre outros. Imagem é tudo que se vê: imagem digital, computadorizada, televisiva,

cinematográfica, placas e sinais, gravura, desenho, pintura, escultura, etc.

Coll (2000) ao abordar as formas visuais e a maneira, pela qual os nossos

olhos identificam as coisas no mundo, diz ser esses códigos visuais importantes para as

pessoas se conduzirem em diferentes locais com independência, pois são formadas por

desenhos, formas, cores que têm significados especiais como o semáforo, as placas de

trânsito, os sinais que indicam onde ficam as saídas de emergência, o banheiro dentre

outros. Todos devem conhecer e respeitar esses sinais visuais.

Para Cava (2008), A junção entre os meios tecnológicos, os meios

audiovisuais, mais as artes plásticas e os sinais visuais, pertence às artes visuais.

Portanto quando nos referimos às artes visuais, estamos falando de: desenho, pintura,

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colagem, gravura, construções tridimensionais (sucata, modelagem, escultura,

instalação) imagens fotográficas, cinematográficas, televisivas, virtuais etc.

A proposta contemporânea para o ensino e aprendizagem em Artes sugere

trabalhar com muitas imagens como: obras de arte, outdoors, propagandas (tanto

estáticas como em movimento), cartazes, convites, encartes, entre outros, em sala de

aula, pois, com tantas imagens a nossa volta, a alfabetização visual torna-se uma

necessidade, precisamos estimular nossos alunos a ver e aprender a ver. Mas como

nossos alunos podem aprender a ver? Como estimulá-los?

A leitura de imagens constitui-se em canais de conhecimento, aprimorando,

desse modo, a sensibilidade, a criticidade e a imaginação.

As pessoas só conseguem ver, perceber determinados detalhes, nuances

daquilo que conhecem que observam com atenção, por isso a necessidade de trabalhar

com imagens, principalmente, obras de arte, para aprender interpretá-las, propiciando

assim, o desenvolvimento do senso crítico e estético dos alunos. Um médico, por

exemplo, olha um exame de ultra-som e entende certos significados que uma pessoa

leiga não compreende isso porque, ele conhece o assunto e aprendeu a decodificar

aquelas imagens. Quando educamos o olhar dos nossos alunos, no sentido de diante de

uma imagem, eles percebam cores, formas, texturas, temáticas, intenções, conceitos,

mensagens e outros, principalmente em relação às obras de arte, certamente

compreenderão melhor os códigos artísticos.

Ao levar uma imagem, para a sala de aula, habilidades de percepção, intuição,

raciocínio e imaginação atuam. É bom que desde cedo os alunos tenham contato com

obras artísticas, conhecendo o artista, a obra, as técnicas utilizadas, alguns aspectos

formais, o contexto em que foi realizada, dentre outros.

Para (Barbosa, 1991: p. 107):

Quando o aluno observa obras de arte e é estimulado e não obrigado a escolher uma delas

como suporte de seu trabalho plástico a sua expressão individual se realiza da mesma maneira

que se organiza quando o suporte estimulador é a paisagem que ele vê ou a cadeira de seu

quarto...

O importante é que o professor não exija representação fiel, pois a obra observada é suporte

interpretativo e não modelo para os alunos copiarem.

Assim estaremos ao mesmo tempo preservando a livre-expressão, importante conquista do

modernismo [...] e nos tornando contemporâneos.

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Para Cava (2007), a leitura de obra de arte propicia que o aluno conheça a

obra e seu produtor além de desenvolver a percepção, observação, sensibilidade e a

construção de conhecimento em Artes, e quando ele observa, analisa e tece

comentários, sobre a obra analisada, será estimulado a desenvolver a oralidade,

autonomia e descontração.

19.6.7 DANÇA

Toda ação humana envolve a atividade corporal. O aluno constantemente

utiliza dela para buscar conhecimento de si mesma e daquilo que a rodeia, relacionando-

se com objetos e pessoas. Ela corre, pula, gira, sobe nos objetos, pois sente

necessidade de experimentar seu corpo, para seu domínio e também construção de sua

autonomia. A ação física representa a primeira forma de aprendizagem da criança,

estando a motricidade ligada à atividade mental. Ela se movimenta pelo prazer do

exercício, para explorar o ambiente, adquirir melhor mobilidade e se expressar com

liberdade. Possui um vocabulário gestual fluente e expressivo. Enfim, a ação física é

necessária para que a criança harmonize de maneira integradora as potencialidades

motoras, afetivas e cognitivas.

Ao refletir sobre a presença e relevância da dança na vida das pessoas,

segundo Cava e Minari (2004)2, percebe-se que desde o nascimento a criança já

trabalha com elementos da dança como o equilíbrio, com a relação do espaço do seu

corpo e de seu corpo no espaço e a fluência de seus movimentos.

A dança também se faz presente nas manifestações populares, no folclore, na

vida social das pessoas, faz parte das culturas humanas e sempre integrou o trabalho,

as religiões e as atividades de lazer. Ela é um bem cultural inerente à natureza humana.

Na escola, a dança pode desenvolver a compreensão da capacidade de

movimento da criança e maior entendimento do funcionamento de seu corpo,

possibilitando assim, a utilização de seu corpo com expressividade, com maior

inteligência, autonomia, responsabilidade, criatividade e sensibilidade. Ou seja, o

conteúdo de Dança vai muito além de danças que estão na mídia ou danças

relacionadas às datas comemorativas.

2

CAVA, Laura Cabral; MINARI, Ana Paula. Texto retirado da apostila: Dança na Escola, preparado para o curso de formação continuada a

professores regentes de oficinas da Rede Municipal de Londrina. Londrina, 2004.

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De acordo com Cava e Minari (2004), o conhecimento em Dança conscientiza

cada vez mais sobre a importância da dança para o desenvolvimento sinestésico,

cognitivos e sensíveis dos alunos. A educação pela dança proporciona ao aluno uma

experiência através dos sentidos que são:

TÁTIL - Sentir os movimentos e seus benefícios para o seu corpo.

VISUAL - Ver os movimentos e transformá-los em atos.

AUDITIVO - Ouvir a música e dominar seu ritmo.

COGNITIVO - Raciocínio, ritmo, coordenação.

MOTOR - Esquema corporal.

A dança é muito mais que uma simples atividade física, mais do que

movimentos para desenvolvimento da coordenação motora, um mero momento de lazer

e descontração contra o stress ou passos pré-determinados para a apresentação em

datas comemorativas. A dança é uma experiência sensível e deve ser usada em sala de

aula, pois se trata de uma das linguagens artística. O educador deve articulá-la com as

demais linguagens e também trabalhá-la de forma interdisciplinar, isto é, unir a dança

com a música, teatro e artes visuais e trabalhar também com outras áreas do

conhecimento, com expressividade e criatividade.

Os conhecimentos advindos da dança devem se articular com a percepção do

espaço, peso e tempo. A dança é uma forma de integração, expressão individual e

coletiva, onde o aluno exercita a atenção, a percepção, a colaboração e a solidariedade.

Como atividade lúdica, permite a experimentação e a criação, no exercício da

espontaneidade. Contribui à consciência e à construção de sua imagem corporal,

aspectos fundamentais para seu crescimento individual e sua consciência social.

No planejamento das aulas, o professor deve considerar o

desenvolvimento motor do aluno, ele deve também observar suas ações físicas e

habilidades naturais.

19.6.8 MÚSICA

A música permeia nossas vidas, ela está presente no nosso dia-a-dia, na

televisão, nas ruas, nas igrejas, consultórios, no cinema, no carro, nas escolas, dentre

outros e nós, na grande maioria, nos relacionamos muito bem com ela. Dessa forma, de

acordo com Andrade e Cava (2007), podemos dizer que a música torna-se uma

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“companheira” para todas as horas, pois, quem nunca fez uma faxina com o rádio ou o

aparelho de som ligado? Quem já se aborreceu com um vizinho barulhento que gosta de

ouvir música às 3 horas da madrugada?

O bebê, por exemplo, muito antes de estar no mundo, lá no ventre materno,

segundo pesquisas, já reconhece a voz da mãe, convive com o ritmo das pulsações do

coração de sua mãe e com ruídos. Desde a infância, os sons dos objetos e brinquedos,

as vozes dos pais e das pessoas próximas chamam a atenção da criança e ela reage de

diversas formas, uma delas é emitindo sons.

Ao nosso redor, combina-se uma infinidade de sons produzidos pela natureza

ou pelas pessoas. Esses sons, fazem parte da vida dos seres humanos desde as

civilizações mais primitivas. O homem primitivo comunicava-se através de murmúrios da

voz, a partir dos sons e ritmos de seu próprio corpo (batimento cardíaco, andar, respirar,

etc.) e também sons vindos da própria natureza (barulho dos ventos, movimentos das

árvores, chuvas, o cantar dos pássaros e outros).

A música, como forma de expressão do ser humano, traz consigo a

possibilidade de exteriorizar as alegrias, as tristezas e as emoções mais profundas. Ela

faz emergir nas pessoas emoções e sentimentos que as palavras são, muitas vezes,

incapazes de evocar; a música impulsiona a expressão corporal fazendo com que o

corpo vibre com a excitação que o abala.

Na escola a música pode acontecer por meio da musicalização. De acordo com

Feres:

[...] a vivência musical promovida pela musicalização permite, na criança, o desenvolvimento da

capacidade de expressar-se de modo integrado, realizando movimentos corporais enquanto

canta ou ouve uma música. “O canto é usado como forma de expressão e não como mero

exercício musical”. (Feres, 1989 apud Joly, 2003, p. 116).

Ainda Com essa mesma autora, “dizer que uma pessoa é musicalizada

significa dizer que ela possui sensibilidade para os fenômenos musicais e sabe

expressar-se por meio da música cantando, assobiando ou tocando um instrumento etc.”

(Feres, 1989 apud Joly, 2003, p. 116).

Nascemos com um valioso instrumento musical que é a voz. Para Andrade e

Cava (2007), a voz bem usada na sala de aula proporciona rica vivencia musical e a

execução de atividades que não precisam de nenhum outro recurso material.

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Ainda com essas mesmas autoras, deve-se estar atento ao fato da

musicalização ser um processo constituído de elementos especificamente musicais. Um

professor que canta com seus alunos durante a entrada na sala de aula está oferecendo

a eles um tipo de vivência, mas essa vivência não pode se limitar apenas a essa

atividade. O professor bem fundamentado usa esses momentos de vivência cotidiana na

escola, conectados a outros momentos nos quais a criança tem a oportunidade de criar

e/ou compreender conceitos musicais a partir da vivência.

Para Andrade e Cava (2007), qualquer proposta de ensino que considere a

diversidade cultural, precisa abrir espaço para o aluno trazer música para a sala de aula,

acolhendo-a, contextualizando-a oferecendo acesso a obras que possam ser

significativas para o seu desenvolvimento pessoal em atividades de apreciação e

produção. A diversidade permite ao aluno a construção de hipóteses sobre o lugar de

cada obra no patrimônio musical da humanidade, aprimorando sua condição de avaliar a

qualidade das próprias produções e as produções de outros.

Quase nunca a música é ensinada nas escolas, com a justificativa de não

existir um profissional formado em música, o professor regente, sente-se inseguro em

ministrar essas aulas, pois acredita que para trabalhar com música precisa saber tocar

um instrumento, compreender partituras, conhecer a vida de todos compositores

eruditos, dentre outros. Certamente um professor formado em música seria mais

adequado, mas, na falta deste profissional, devemos trabalhar com as possibilidades

que temos e não excluir essa oportunidade e esse direito do aluno, que são as aulas de

Arte e suas linguagens, entre elas a “Música”.

19.6.9 TEATRO

Provavelmente, em algum momento, já nos perguntamos quando o ser humano

começou a representar, por que o fez e como teriam sido as primeiras apresentações.

Segundo estudiosos, na pré-história, os homens primitivos já tinham necessidade de

representar para expressar suas alegrias, tristezas e dúvidas, comunicando-se com os

deuses, em rituais de magia e celebrações. Mas o teatro propriamente dito, com atores e

platéia surge na Grécia antiga em homenagem ao deus Dionísio.

O teatro permitiu e permite que narremos fatos e que por intermédio da ação

dramática os representemos. São necessidades humanas o recriar da realidade em que

vivemos e o transcender dos limites dessa mesma realidade. O jogo teatral pode ser

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relacionado aos processos de imitação, simbolização e de jogo que permeiam a infância,

sendo assim, é inerente ao homem. O teatro está presente em diversas culturas de

vários tempos e lugares.

Os exercícios de expressão dramática estão relacionados à fantasia e a

imaginação, ao mundo do sonho e da representação, desenvolvendo a comunicação e a

criatividade. De acordo com Coll (2000), pelo seu modo de ser, a linguagem teatral

desperta nas crianças maiores aquela antiga sensação das brincadeiras de quando

eram pequenas, do faz-de-conta.

Os textos, no teatro, são transformados por meio da linguagem gestual. Essa

linguagem se desenvolve pela observação do cotidiano e no confronto texto/gestos. O

texto teatral também pode vir a ser um objeto de imitação e de crítica por parte dos

alunos. Os gestos imitados e reconstruídos podem ser armazenados na memória e

podem ser repetidos no processo de construção da linguagem teatral. O aluno

estabelecerá uma relação de trabalho com os outros, unindo imaginação, prática e

observação de regras. Por isso, a experiência com teatro na escola amplia a capacidade

dos alunos de dialogar, negociar, tolerar e conviver com as diferenças.

De acordo com Cava (2007), assim como a dança e a música, trabalhar com

teatro na escola não é apenas representar peças no final do ano. Muitos pais e

professores confundem o teatro na escola com escola de teatro, ambos têm objetivos

diferentes. O objetivo de uma escola de teatro é formar atores e atrizes de teatro,

diferente, portanto, do objetivo do teatro na escola, os professores não podem esperar a

mesma qualidade estética de uma apresentação na escola, com uma apresentação de

uma peça teatral, também não é objetivo da escola formar atores mirins.

Compete à escola oferecer um espaço para a realização dessa linguagem, um

espaço mais livre e mais flexível para que a criança possa ordenar-se de acordo com a

sua criação.

19.7 ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS

A disciplina de Artes, na escola, não tem como finalidade ilustrar

conhecimentos, festas cívicas ou escolares. Como toda área do conhecimento, tem

como objetivo a construção e aquisição de conhecimento.

De acordo com Cava (2008), há um grande equívoco em achar que nas aulas

de Artes tudo é válido, tudo é bonito, tudo é certo, o professor não faz intervenções, não

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dá explicações, pensar que a disciplina está apenas ligada ao fazer, ao lazer, à

espontaneidade e à expressividade. Outro equívoco, é achar que as aulas de Artes, não

precisam de planejamento. A aula de Artes deve ser planejada, o professor deve ter bem

claro o que irá propor e quais os objetivos pretende atingir.

Ainda com Cava (2007), o professor como mediador entre os conteúdos de

Artes e o aluno, deve fazer suas intervenções, nos momentos oportunos, quando

necessário. Existe um pensamento equivocado, advindo da Escola Nova, de que o

professor não deve fazer nenhum comentário sobre o trabalho de seu aluno, para não

interferir em seu processo de criação. É importante que o professor instigue seu aluno à

reflexão sobre a arte de forma mais ampla, e também, em relação aos conteúdos de

Artes que estão sendo trabalhados, que aceite suas contribuições, esclareça dúvidas,

converse com ele, sugira determinados procedimentos, explique novamente, caso

perceba que o aluno não compreendeu, propicie rodas de conversas, dentre outros. O

que o professor não deve fazer é interferir no trabalho, apagar desproporções, ditar as

cores que o aluno deverá utilizar direcionar o trabalho, segundo o seu gosto, o seu

“padrão de beleza” e muito menos retocá-lo, para ficar mais “bonitinho”, pois irá para

uma exposição!

O professor deve propiciar o manuseio de diferentes materiais como: pincéis,

giz de cera, lápis de cor, carvão, tinta, canetinhas etc. E também realizar os trabalhos

em diferentes suportes3 como: papéis, papelão, muro, tecido, chão, quadro de giz etc. E

de diferentes tamanhos e formas - papéis circulares, retangulares, quadrados,

pequenos, grandes, médios, de variadas cores e texturas.

O espaço para que o aluno transite e manipule os materiais deve ser amplo,

claro, arejado, não só o espaço entre as carteiras, como também o espaço na carteira

ou mesinha, para realizar as propostas artísticas. O material, a ser utilizado, deve estar

ao alcance dos alunos.

É de fundamental relevância, que o professor esteja motivado para poder

contagiar seus alunos, com seu dinamismo e entusiasmo, mesmo sabendo que os

materiais utilizados, por si só já os motivam. A alegria de mexer com tintas, pincéis, cola,

fantasias, instrumentos musicais, dentre outros já é bastante estimulador.

O grupo é muito utilizado nas aulas de Arte por facilitar na questão do espaço e

do material, com isso proporciona a integração dos alunos. Essa integração propicia ao

3 Suportes: Diz respeito à superfície onde é realizado um trabalho, por exemplo, um desenho ou pintura, pode ser feito em um suporte de papel,

no muro, no chão, na tela, no corpo, dentre outros.

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aluno o desenvolvimento da tolerância, da autonomia e a compreensão da arte como

linguagem.

O professor não precisa ser obrigatoriamente um artista plástico profissional,

mas uma pessoa com sensibilidade curiosidade e responsabilidade. Pois como é

possível estimular a curiosidade nos alunos, se ele manifestar, frente aos objetos e as

propostas lançadas, receio, insegurança, desinteresse ou uma atitude passiva?

Portanto, o que este profissional necessita é ter familiaridade com a disciplina, seus

materiais e procedimentos, não só o professor como também o aluno. Essa familiaridade

faz com que se sintam seguros diante de certos procedimentos, de imprevistos, da

utilização de materiais e dos assuntos abordados.

Muitos professores acreditam que para ministrar aulas de Artes, precisam

saber inúmeras técnicas. Para ensinar Arte, é necessário que o professor tenha

segurança no que faz e, para que isso aconteça, ele precisa vivenciar certas situações

práticas como, saber fazer um trabalho de colagem, pintura ou outro, saber alguns

procedimentos, principalmente diante de imprevistos, saber como manusear

determinadas ferramentas e também, estudar para que tenha embasamento teórico,

para isso, são importantes os cursos de formação continuada, as práticas pedagógicas e

os grupos de estudos, para troca de experiência, fundamentação teórica e a vivência

com a disciplina de Artes, teoria e prática caminhando juntos.

De acordo com Cava (2007), não é a quantidade de técnicas que domina que

determinará se um professor se desempenha bem ou não, mas sim seu envolvimento e

compromisso em relação à educação e mais especificamente à disciplina de Arte.

Após realizarem as atividades, é muito importante que todos os trabalhos

sejam expostos em painéis, paredes, varais, rodas de apreciação ou outros. Todos os

trabalhos deverão ser expostos, inclusive os que, supostamente, saíram da proposta

lançada e os alunos deverão fazer a leitura de seus trabalhos.

É muito importante a leitura do próprio trabalho. Essa leitura diz respeito à

apreciação estética, isto é, os alunos após o término de seus trabalhos irão apresentá-

los aos demais alunos e ao professor e falarão sobre eles.

Fazer a leitura do trabalho é comentar sobre o trabalho, o que fez, por que fez,

que materiais e procedimentos utilizou, como se sentiu ao realizá-lo, enfim, descrever o

seu processo de criação. O aluno poderá fazer sua leitura indo à frente da sala de aula,

em seu lugar ou em círculo, que pode ser chamado de roda de apreciação dentre outros.

Todos os trabalhos deverão ser apresentados, até os que, supostamente, “fugiram” da

proposta lançada, será nesse momento que o professor se certificará se realmente o

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aluno fugiu da proposta ou se pensou de forma diferente, pois a lógica do pensamento

infantil é diferente da lógica do pensamento do adulto. E também, será o momento de

reflexão para o aluno que fugiu da proposta, pensar por que fugiu, repensar seu trabalho

e fazer comparações com os outros trabalhos.

19.7.1 CONTEÚDOS

6º ANO

MÚSICA

Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos

Elementos formais

Composição

Movimentos e períodos

Altura

Duração

Timbre

Intensidade

Densidade

Ritmo

Melodia

Escalas: diatônica, pentatônica,

cromática

improvisação

Gêneros: Erudito e Popular

Greco-Romana

Oriental

Ocidental

Idade Média

Música Popular (folclore);

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ARTES VISUAIS

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS

Elementos formais

Composição

Movimentos e períodos

Ponto

Linha

Textura

Forma

Superfície

Volume

Cor

Luz

Bidimensional

Tridimensional

Figura

Geométrica e Simétrica

Técnicas: Pintura, escultura, baixo e

alto relevo, arquitetura

Gêneros: cenas da mitologia,

paisagem e retrato.

Arte Greco-Romana

Arte Africana

Arte Oriental

Arte Pré-Histórica

Renascimento

Barroco;

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TEATRO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS

Elementos formais

Composição

Movimentos e períodos

Personagens: expressões corporais,

vocais, gestuais e faciais

Ação

Espaço

Enredo, roteiro, espaço cênico e

adereços

Técnicas: jogos teatrais, teatro direto

e indireto, improvisação,

manipulação, máscara...

Gênero: tragédia, comédia e circo.

Greco-Romana

Teatro Oriental

Africano

Teatro Medieval

Renascimento

Teatro Popular.

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DANÇA

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS

Elementos formais

Composição

Movimentos e períodos

Movimento Corporal

Tempo

Espaço

Eixo

Ponto de Apoio,

Movimentos articulares

Rápido e lento

Formação, Níveis (alto, médio e

baixo) Deslocamento

Dimensões

Técnica: improvisação

Gênero: Círculo

Pré-história

Greco-Romana

Renascimento

Dança Clássica

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151

7º ANO

MÚSICA

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS

Elementos formais

Composição

Movimentos e períodos

Altura

Duração

Timbre

Intensidade

Densidade

Ritmo

Melodia

Escalas

Gêneros: folclórico, indígena, popular e

étnico

Ténicas: vocal, instrumental e mista

improvisação

Música popular e étnica (ocidental e

oriental)

Brasileira

Paranaense

Africana

Renascimento

Neoclássica

Caipira/Raiz;

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ARTES VISUAIS

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS

Elementos formais

Composição

Movimentos e períodos

Ponto

Linha

Forma

Textura

Superfície

Volume

Cor

Luz

Proporção

Tridimensional

Figura e fundo

Abstrata

Perspectiva

Técnicas: Pintura, escultura,

modelagem , gravura, pontilhismo

Gênero: paisagem, retrato e natureza

morta.

Arte indígena

Arte popular brasileira e paranaense

Renascimento

Barroco

Abstracionismo

Expressionismo

Impressionismo.

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CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS

Elementos formais

Composição

Movimentos e períodos

Personagem: expressões corporais,

vocais, gestuais e faciais.

Ação

Espaço

Representação

leitura dramática

cenografia

Técnicas: jogos dramáticos, mímica,

improvisação, formas animadas...

Gêneros: rua , arena e comédia

Caracterização

Comédia dell' arte

Teatro popular

Brasileiro e paranaense

Teatro africano.

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DANÇA

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS

Elementos formais

Composição

Movimentos e períodos

Movimento Corporal

Tempo

Espaço

Ponto de Apoio

Rotação

Coreografia

Salto e Queda

Peso (leve e pesado)

Fluxo (livre, interrompido e conduzido).

Lento, rápido e moderado

Níveis (alto, médio e baixo) Direção

Gênero: Folclórica, popular e étnica

Dança Popular

Brasileira

Paranaense

Africana

Indígena

Renascimento

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8º ANO

ARTES VISUAIS

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS

Elementos formais

Composição

Movimentos e períodos

Linha

Forma

Textura

Superfície

Volume

Cor

Luz

Semelhanças

Contrastes

Ritmo Visual

Estilização

Deformação

Técnicas: desenho, fotografia, áudio

visual e mista

Indústria Cultural

Arte no século XX

Arte contemporânea

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MÚSICA

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS

Elementos formais

Composição

Movimentos e períodos

Altura

Duração

Timbre

Intensidade

Densidade

Ritmo

Melodia

Harmonia

Tonal, modal e a fusão de ambos

Técnicas: vocal, instrumental,

informática e mista

Indústria Cultural

Eletrônica

Minimalista

Rap, Rock, Técno

Vanguardas

Clássica;

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TEATRO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS

Elementos formais

Composição

Movimentos e períodos

Personagem: expressões corporais,

vocais, gestuais e faciais.

Ação

Espaço

Representação no Cinema e Mídias

(Vídeo, TV e Computador)

Texto Dramático

Maquiagem

Sonoplastia

Roteiro

Técnicas: jogos teatrais, sombra,

adaptação cênica...

Indústria Cultural

Realismo

Expressionismo

Cinema Novo.

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9º ANO

MÚSICA

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS

Elementos formais

Composição

Movimentos e períodos

Altura

Duração

Timbre

Intensidade

Densidade

Ritmo

Melodia

Harmonia

Técnicas: vocal, instrumental e mista

Gêneros: popular, folclórico e étnico

Música Engajada

Música Popular Brasileira

Música Contemporânea

Hip Hop, Rock, Punk

Romantismo.

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ARTES VISUAIS

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS

Elementos formais

Composição

Movimentos e períodos

Linha

Forma

Textura

Superfície

Volume

Cor

Luz

Bidimensional.

Tridimensional

Figura fundo

Ritmo visual

Técnica: pintura, grafite, performance...

Gêneros: paisagem urbana, cenas do

cotidiano...

Realismo

Vanguardas

Muralismo a arte latino-americana

Hip Hop

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DANÇA

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS

Elementos formais

Composição

Movimentos e períodos

Movimento Corporal

Tempo

Espaço

Giro, Rolamento, Saltos

Aceleração e desaceleração.

Direções (frente, atrás, direita e

esquerda) Improvisação, Coreografia,

Sonoplastia, Gênero: Indústria Cultural e

espetáculo

Hip Hop

Musicais

Expressionismo

Indústria Cultural

Dança Moderna.

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TEATRO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS

Elementos formais

Composição

Movimentos e períodos

Personagem: expressões corporais,

vocais, gestuais e faciais.

Ação

Espaço

Representação no Cinema e Mídias

(Vídeo, TV e Computador)

Texto Dramático

Maquiagem

Sonoplastia

Roteiro

Técnicas: jogos teatrais, sombra,

adaptação cênica...

Indústria Cultural

Realismo

Expressionismo

Cinema Novo.

19.7.2 AVALIAÇÃO

A concepção de avaliação para a disciplina de Arte proposta nas Diretrizes

Curriculares é diagnóstica e processual. É diagnóstica por ser a referência do professor

para planejar as aulas e avaliar os alunos; é processual por pertencer a todos os

momentos da prática pedagógica. A avaliação processual deve incluir formas de

avaliação da aprendizagem, do ensino (desenvolvimento das aulas), bem como a

autoavaliação dos alunos.

De acordo com a LDB (n. 9.394/96, art. 24, inciso V) a avaliação é “contínua e

cumulativa do desempenho do aluno, com prevalência dos aspectos qualitativos sobre

os quantitativos e dos resultados ao longo do período sobre os de eventuais provas

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finais”. Na Deliberação 07/99 do Conselho Estadual de Educação (Capítulo I, art.8º), a

avaliação almeja “o desenvolvimento formativo e cultural do aluno” e deve “levar em

consideração a capacidade individual, o desempenho do aluno e sua participação nas

atividades realizadas”.

O método de avaliação proposto nestas Diretrizes inclui observação e registro

do processo de aprendizagem, com os avanços e dificuldades percebidos na

apropriação do conhecimento pelos alunos. O professor deve avaliar como o aluno

soluciona os problemas apresentados e como ele se relaciona com os colegas nas

discussões em grupo. Como sujeito desse processo, o aluno também deve elaborar

seus registros de forma sistematizada. As propostas podem ser socializadas em sala,

com oportunidades para o aluno apresentar, refletir e discutir sua produção e a dos

colegas.

REFERÊNCIAS:

BRASIL, Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação do Ensino

Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais – Arte. Brasília: MEC / SEF.

DUARTE JUNIOR, J. F. Fundamentos Estéticos da Educação. Campinas, SP: Papirus,

1995.

FERRAZ, M., FUSARI, M. R.Metodologia do Ensino de Arte. São Paulo: Cortez, 1993.

96

FISCHER, Ernest. A necessidade da arte. Rio de Janeiro: Zahar,1979.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Departamento de Ensino Médio. Texto

elaborado pelos participantes dos encontros de formação continuada / Orientações

Curriculares.

Curitiba: SEED / DEM, 2003 / 2005.Mimeo. _________. Departamento de Ensino de

primeiro grau. Currículo básico para a escola pública do Paraná. Curitiba: SEED / DEPG,

1992.

PEIXOTO. M. I. Arte e grande público: a distância a ser extinta. Campinas, SP: Autores

Associados, 2003.

PENNA, M. (coord.). É este o ensino de arte que queremos? Uma análise das propostas

dos parâmetros curriculares. João Pessoa: Editora Universitária A CHILA/PPGE, 2001.

PILLAR, A. D. (org.). A educação do olhar e o ensino das artes. Porto Alegre: Mediação,

1999.DCE – Diretrizes Curriculares da Educação Básica. 2008.

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19.7.3 - EDUCAÇÃO FISICA

19.7.4 PRESSUPOSTO TEÓRICO

A Educação Física apareceu como componente obrigatório nos currículos

escolares no final do século XIX, com a Reforma do Ensino Primário que tinha por

finalidade promover, através de exercícios físicos, a saúde do corpo, o pudor e os

hábitos condizentes com a vida urbana da época.

As práticas pedagógicas da Educação Física foram influenciadas pela

instituição militar e pela medicina do século XIX, importadas pela Europa, que visava a

formação do corpo masculino robusto para defesa e proteção da família e da pátria, e do

feminino para o preparo da maternidade.

Com o passar dos anos, a visão da Educação Física foi sendo modificada e o

enfoque maior da década de 60 foi o esporte, permanecendo essa visão até a década

de 90 quando ocorreu a nova discussão da LDB e as propostas pedagógicas do PCN

para a Educação Física.

Atualmente, a Educação Física destaca questões históricas, culturais e

políticas, consideradas relevantes para a formação do indivíduo. As práticas corporais

presentes nos diferentes momentos históricos e culturais, contemplam formas

diferenciadas de manifestações. A corporalidade permeia estas questões de gênero,

raça, etnia e sexualidade que se destacam nos jogos, esportes, ginásticas, lutas e

danças que devem ser levados em consideração para a educação do corpo, dentro da

perspectiva do projeto pedagógico.

O Manifesto Mundial da Educação Física – FIEP 2000, que faz considerações

à Carta Internacional da Educação Física e do Esporte (UNESCO/1978) e à Declaração

Universal dos Direitos Humanos (Nações Unidas/1948), vem justificar a importância da

Educação Física, reconhecida internacionalmente, afirmando que:

Art. 1 A Educação Física, pelos seus valores, deve ser compreendida como

um dos direitos fundamentais de todas as pessoas.

Art. 2 A Educação Física, como direito de todas as pessoas, é um processo de

Educação, seja pelas vias formais ou não formais.

Art. 3 As atividades físicas, como fins educativos, nas suas possíveis formas

de expressão, reconhecidas em todos os tempos como os meios específicos da

Educação Física, constituem-se em caminhos privilegiados da Educação.

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Art. 4 A Educação Física, pelo seu conceito e abrangência deve ser

considerada como parte do processo educativo das pessoas, seja dentro ou fora do

ambiente escolar, por constituir-se na melhor opção de experiências corporais sem

excluir a totalidade das pessoas, criando estilos de vida que incorporem o uso de

variadas formas de atividades físicas.

Art. 5 A Educação Física deve ser assegurada e promovida durante toda a

vida das pessoas, ocupando lugar de importância nos processos de educação

continuada, integrando-se com os outros componentes educacionais, sem deixar, em

nenhum momento, de fortalecer o exercício democrático expresso pela igualdade de

condições oferecidas nas suas práticas.

Art. 6 A Educação Física, pelas suas possibilidades de desenvolver a

dimensão psicomotora das pessoas, principalmente nas crianças e adolescentes,

conjuntamente com os domínios cognitivos e sociais, deve ser disciplina obrigatória nas

escolas primárias e secundárias, devendo fazer parte de currículo longitudinal.

O Conselho Internacional de Ciência do Esporte e da Educação Física,

reforçando a importância da Educação Física como um processo ao longo da vida,

reiterou que uma Educação Física de qualidade:

a) é o mais efetivo meio de promover, seja qualquer capacidade/incapacidade, sexo,

idade, cultura, raça, etnia, religião ou nível social, com habilidades, atitudes, valores e

conhecimento, o entendimento para uma participação em atividades físicas e esportivas

ao longo da vida;

b) ajuda as crianças chegarem a uma integração segura e adequada do

desenvolvimento da mente, corpo e espírito;

c) é a única alternativa escolar cujo foco principal é sobre o corpo, atividade física,

desenvolvimento físico e saúde;

d) ajuda as crianças/adolescentes desenvolverem respeito pelo seu corpo e dos outros;

e) ajuda as crianças/adolescentes desenvolverem padrões de interesse em atividades

físicas, os quais são essenciais para o desenvolvimento desejável e constroem os

fundamentos para um estilo de vida saudável;

f) desenvolve o entendimento do papel da Educação Física promovendo a saúde;g)

contribui para a confiança e auto-estima;

h) realça o desenvolvimento social, preparando as crianças/adolescentes para enfrentar

competições, vencendo e perdendo, cooperando e colaborando.

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Na Educação Física, o tempo e o espaço escolar revelam valores, crenças,

normas que refletem a história de vida de cada comunidade. Esta relação entre sujeitos,

sociedade e cultura nos permite um maior enriquecimento pedagógico, possibilitando um

novo olhar sobre as práticas escolares que têm a corporalidade como elemento central

no processo formativo.

A Educação Física deve promover conceitos que os educandos mantenham

para o resto da vida. É imprescindível que os estudantes recebam informações sobre as

funções do organismo, para compreender a importância da atividade física em termos de

qualidade de vida e longevidade.

A Escola apresenta um objetivo geral que busca formar, preparar e

desenvolver o aluno como cidadão de forma global para que atue e intervenha,

transformando a sociedade. Ou seja, trabalhar o aluno como um ser em totalidade.

Sendo assim, a escola deve articular o particular e o universal, o novo e o

velho, o tradicional e o inovador, dando um novo sentido às práticas e experiências de

todos os envolvidos no processo de formação cultural de forma ampla e significativa. O

corpo não deve ser considerado somente na sua dimensão biológica, mas também a

partir de seus determinantes sociais, culturais, econômicos e políticos, entendendo-se

que esses aspectos influenciam-se mutuamente e colaboram para a construção da

nossa identidade corporal. No entanto, deverá desmistificar formas arraigadas de

compreender as práticas de manifestações corporais no entendimento de que a cultura,

inclusive a corporal, é lugar de produção, de sentido e experiências, tendo no horizonte

as problemáticas culturais que evidenciam em torno da corporalidade atual, mediar

situações conflitantes que envolvem a corporalidade por meio do diálogo e da reflexão,

entender, refletir, pensar, a cultura que compõe a nossa corporalidade é não somente

reproduzi-la, mas articular o conhecimento ao longo do processo formativo do aluno,

atribuindo a estes sentidos éticos e estéticos, tornando como referência aquilo que se

apresenta como o que há de mais relevante em termos de conhecimento e produção

corporal.

Assim, viabilizar que os alunos possam vivenciar e explorar sua corporalidade

e experiências orientadas pelo professor, indo além dos conteúdos ditos tradicionais,

permitindo ao aluno, viver, sentir e expressar, possibilitando maior inserção e reflexão

crítica no mundo.

Segundo as diretrizes curriculares, propõem-se que a Educação Física, na

Educação Básica, seja fundamentada nas reflexões sobre as necessidades atuais de

ensino perante os alunos, na superação de contradições e na valorização da

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educação...procura-se possibilitar aos alunos o acesso ao conhecimento produzido pela

humanidade, relacionando-o às prática corporais, ao contexto histórico, político,

econômico e social.

A gênese da cultura corporal, está relacionada à vida em sociedade,

desenvolvendo-se inicialmente, nas relações homem-natureza e homem-homem, isto é,

pelas relações para a produção de bens e pelas relações de troca. Para garantir sua

sobrevivência, reprodução e povoamento do planeta, a humanidade necessitou

conhecer a natureza, conquistar diferentes espaços, ocupando-os e explorando-os em

sua diversidade de fauna, flora e relevo.

Nas relações com a natureza e com o grupo social de pertencimento, por meio

do trabalho, os seres humanos desenvolveram habilidades, aptidões físicas e

estratégias de organização, fundamentais para superar obstáculos e garantir a

sobrevivência. Inicialmente, correr, saltar, rastejar, erguer e carregar peso eram

habilidades essenciais para abater uma caça e transportá-la para casa, escapar de uma

perseguição, alcançar lugares onde os frutos fossem abundantes.

Dessa forma, a materialidade corporal se constitui num longo caminho, de

milhares de anos, no qual o ser humano construiu suas formas de relação com a

natureza, dentre elas as práticas corporais.

As diretrizes curriculares apontam a Cultura Corporal como objeto de estudo e de ensino

da Educação Física, evidenciando a relação estreita entre a formação histórica do ser

humano por meio do trabalho e as práticas corporais que daí decorreram. A ação

pedagógica da Educação Física deve estimular a reflexão sobre o acervo de formas e

representações do mundo que o ser humano tem produzido, exteriorizadas pela

expressão corporal em jogos, brinquedos e brincadeiras, danças, lutas, ginásticas e

esportes. Essas expressões podem ser identificadas como formas de representação

simbólica de realidades vividas pelo homem (Coletivo de autores, 1992).

Nestas Diretrizes Curriculares, os conteúdos estruturantes para a Educação

Básica devem ser abordados em complexidade crescente (os assuntos não são vistos

em separados. Desde do 6º ano o aluno terá contato com regras e jogos pré-desportivos

e esportivos, sendo o enfoque diferenciado para cada série, de acordo com sua

capacidade de abstração), isto porque, em cada um dos níveis de ensino os alunos

trazem consigo múltiplas experiências relativas ao conhecimento sistematizado, que

devem ser consideradas no processo de ensino-aprendizagem.

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19.7.5 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

O reequacionamento do papel da educação escolar no mundo contemporâneo

reconhece e responde às necessidades sócio-econômicas do momento histórico que

nos encontramos. Essas novas expectativas regem, também, a atuação da Educação

Física no âmbito escolar, determinando e interferindo significativamente na formação

dos alunos.

A Educação Física deve ser um elemento de impulsão para o salto qualitativo

cultural da sociedade; capacitando o sujeito a refletir sobre suas potencialidades

corporais e a intervir significativamente e adequadamente na sua realidade, por meio de

conhecimentos, valores e princípios indispensáveis à cidadania.

Para realizar essa intervenção é necessário o conhecimento. À medida que o

sujeito toma consciência, compreende certos saberes, pode se autodeterminar, ao

mesmo tempo, determinar sua realidade.

Uma prática pedagógica desafiadora e que proporcione reflexões nas aulas de

Educação Física, possibilita aos alunos a construção do conhecimento, por meio da

abstração, ou seja, o sujeito analisa o desafio apresentado, levanta e testa hipóteses,

utilizando sucessivas aproximações para obter êxito na solução de um problema

levantado. A solução de problemas implica na participação ativa e no diálogo constante

entre alunos e professores. A aprendizagem é concebida como a resposta natural do

aluno ao desafio de uma situação-problema.

Para favorecer a interferência consciente dos alunos na realidade, é necessário

que durante as aulas de Educação Física, a construção do conhecimento seja

possibilitado por meio de questionamentos e conflitos cognitivos realizados

constantemente sobre suas ações/movimentos, onde o sujeito possa confrontar

estímulos novos com outros assimilados anteriormente, tendo condições para modificar

a realidade de acordo com suas necessidades.

Com estruturas cognitivas mais elaboradas, o sujeito pode nortear suas ações

para a obtenção de êxito, atendendo as solicitações que lhe são feitas, elaborando

sínteses na interação dialética da atual, com a estrutura já preexistente.

Quando o sujeito coloca em prática o conhecimento mais elaborado, surgem

novos desafios, novos problemas, que requerem outros conhecimentos. De acordo com

Delval (1994), os conhecimentos devem estar subordinados à formação de estruturas e

procedimentos para resolver problemas. Abre-se assim, um movimento espiralado de

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contínua busca do conhecimento, que ultrapassa as aparências imediatas da realidade,

que vai além do observável.

A Educação Física no Ensino Fundamental se apresenta, então, como uma

área de conhecimento, que por meio de seus conteúdos específicos, deve proporcionar

ao aluno situações que envolvam análise, reflexão e abstração. Assim, a Educação

Física contribuirá para o êxito de uma educação de qualidade, onde o sujeito

compreenda a cidadania e perceba-se como ser integrante, autônomo, bem como o

agente transformador da sociedade em que vive por meio dos saberes específicos da

área da Educação Física enquanto componente curricular.

19.7.6 OS CONTEÚDOS ESTRUTURANTES PROPOSTOS PARA A EDUCAÇÃO

FÍSICA NA EDUCAÇÃO BÁSICA SÃO OS SEGUINTES:

Esporte;

Jogos e brincadeiras;

Ginástica;

Lutas;

Dança.

Visando romper com a maneira tradicional como os conteúdos tem sido

tratados, faz-se necessário integrar e interligar as práticas corporais de forma mais

reflexiva e contextualizada, o que é possível por meio dos elementos articuladores.

Os elementos articuladores alargam a compreensão das práticas corporais,

indicam múltiplas possibilidades de intervenção pedagógica em situações que surgem

no cotidiano escolar.

OS ELEMENTOS ARTICULADORES DOS CONTEÚDOS ESTRUTURANTES PARA A

EDUCAÇÃO BÁSICA SÃO:

Cultura Corporal e Corpo;

Cultura Corporal e Ludicidade;

Cultura Corporal e Saúde;

Cultura Corporal e Mundo do Trabalho;

Cultura Corporal e Desportivização;

Cultura Corporal – técnica e tática;

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Cultura Corporal e Lazer;

Cultura Corporal e Diversidade;

Cultura Corporal e Diversidade;

Cultura Corporal e Mídia.

19.7.6 CONTEÚDOS:

6º ANO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS

Esportes

Jogos e brincadeiras

Dança

Ginástica

Lutas

Coletivos;

Individuais.

Jogos e brincadeiras populares;

Brincadeiras de cantigas de roda;

Jogos de tabuleiro;

Jogos cooperativos.

Danças folclóricas;

Danças de rua;

Danças criativas.

Ginástica rítmica;

Ginástica circense;

Ginástica geral.

Lutas de aproximação;

Capoeira.

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7º ANO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS

Esporte

Jogos e brincadeiras

Dança

Ginástica

Lutas

Coletivo;

Individuais.

Jogos e brincadeiras populares;

Brincadeiras e cantigas de roda;

Jogos de tabuleiro;

Jogos cooperativos.

Danças folclóricas;

Danças de rua;

Danças criativas;

Danças circulares.

Ginástica rítmica;

Ginástica circense;

Ginástica geral.

Lutas de aproximação;

Capoeira

8º ANO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS

Esporte

Jogos e brincadeira

Coletivos;

Radicais.

Jogos e brincadeiras populares;

Jogos de tabuleiro;

Jogos dramáticos;

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Dança

Ginástica

Lutas

Jogos cooperativos.

Danças criativas;

Danças circulares.

Ginástica rítmica;

Ginástica circense;

Ginástica geral.

Lutas com instrumento mediador;

Capoeira.

9º ANO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS

Esporte

Jogos e brincadeiras

Dança

Ginástica

Lutas

Coletivos;

Radicais.

Jogos de tabuleiro;

Jogos dramáticos;

Jogos cooperativos.

Danças criativas;

Danças circulares.

Ginástica Rítmica;

Ginástica Geral.

Lutas com instrumento mediador;

Capoeira.

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19.7.7 AVALIAÇÃO

Proceder à avaliação da aprendizagem, clara e consciente, é entendê-la como um

processo contínuo e sistemático de obter informações, de diagnosticar progressos,

capacidades e habilidades dos alunos. Assim será possível orientá-los para superação

de suas dificuldades e que façam uma apreciação crítica do seu próprio trabalho.

Levar-se-á em conta o processo de aquisição dos conteúdos pelo aluno para que

se tenha clareza das atividades necessárias, bem como os procedimentos fundamentais

que possibilitarão esta aquisição, para que ocorra uma avaliação. Neste enfoque os

conteúdos deve ser selecionados e sistematizados.

A partir dos conteúdos, serão extraídos os critérios da avaliação norteados nos

objetivos estabelecidos para o processo de aprendizagem. É preciso também a cada

etapa da avaliação diagnosticar a necessidades do educando, consequentemente

realimentando os conteúdos e encaminha-os uma nova proposta de ação.

REFERÊNCIAS:

Coletivo de autores. Metodologia do ensino de Ed. Física. São Paulo: Cortez, 1992.

Versão Preliminar das diretrizes Curriculares de Ed. Física para o ensino Fundamental.

Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação Básica do Estado do Paraná. /

“ Educação Física ” 2009

Livro Didático Público da Educação Física. Seed, PR. 2008.

19.7.8 LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA - INGLÊS

PRESSUPOSTO TEÓRICO

De acordo com as Diretrizes Curriculares, todo discurso está vinculado à

história e ao mundo social. Dessa forma, os sujeitos estão expostos e atuam no mundo

por meio do discurso e são afetados por ele. Diante disso, o discurso torna-se a principal

ferramenta de trabalho do professor de Língua Estrangeira Moderna.

Propõe-se que a aula constitua um espaço para que o aluno reconheça e

compreenda a diversidade linguística e cultural, de modo que se envolva

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discursivamente e perceba possibilidades de construção de significados em relação ao

mundo em que vive. Espera-se que o aluno compreenda que os significados são sociais

e historicamente construídos e, portanto, passíveis de transformação na prática social.

OBJETIVOS

Um dos objetivos da disciplina de Língua Estrangeira Moderna é que os

educandos façam uso da língua que estão aprendendo em situações significativas e

relevantes. Desta forma, espera-se que o aluno:

• use a língua em situações de comunicação oral e escrita;

• vivencie, na aula de Língua Estrangeira, formas de participação que lhe possibilitem

estabelecer relações entre ações individuais e coletivas;

• compreenda que os significados são sociais e historicamente construídos e, portanto,

passíveis de transformação na prática social;

• tenha maior consciência sobre o papel das línguas na sociedade;

• reconheça e compreenda a diversidade linguística e cultural, bem como seus

benefícios para o desenvolvimento cultural do país.

19.7.9 CONTEÚDO

Os conteúdos trabalhados devem possibilitar aos alunos o uso da língua

estrangeira em situações de comunicação, produção e compreensão de textos verbais e

não-verbais a fim de serem inseridos na sociedade como participantes ativos, não

limitados às suas comunidades locais, mas capazes de se relacionar com outras

comunidades e outros conhecimentos.

Propõe-se que, nas aulas de Língua Estrangeira Moderna, o professor aborde

os vários gêneros textuais, em atividades diversificadas, analisando a função do gênero

estudado, sua composição, a distribuição de informações, o grau de informação

presente ali, a intertextualidade, os recursos coesivos, a coerência e, somente depois de

tudo isso, a gramática em si. Sendo assim, o ensino deixa de priorizar a gramática para

trabalhar com o texto, sem, no entanto, abandoná-la.

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19.8 IMPORTÂNCIA

O ensino de uma língua estrangeira propicia a expansão da capacidade

interpretativa e cognitiva do indivíduo, permitindo-lhe que através de comparações entre

a sua cultura e a cultura do outro, haja uma maior compreensão de seu papel enquanto

participante da sociedade como agente e construtor ativo. Sendo assim, as línguas

estrangeiras são possibilidades de conhecer, expressar e transformar modos de

entender o mundo e de construir significados.

Conhecer novas culturas entre outras coisas, é reconhecer que as novas

palavras não são simplesmente novos rótulos para os velhos conceitos. A análise

linguística não é apenas uma nova maneira de arrumar e ordenar as palavras, e as

novas pronúncias não são somente as distintas maneiras de articular sons, mas

representam um universo sócio-histórico e ideologicamente marcado.

19.8.1 METODOLOGIA

Conforme Bakhtin, “um discurso nasce de outros discursos e se produz para

um outro sujeito, sendo que esse outro é construído imaginariamente pelo sujeito-autor”

(apud MUSSALIN, 2004, p. 250).

Partindo desse pressuposto, o ensino de língua estrangeira prioriza o discurso

para oferecer aos alunos a amplitude da compreensão dos diversos usos da linguagem.

As aulas deverão partir do conhecimento dos alunos. Estudos da cultura de países

falantes de língua inglesa deverão ser realizados, bem como contrastar tal cultura com a

brasileira, abordando a cultura afro e indígena, salientando que nenhuma cultura é

melhor ou pior do que a outra, e sim diferente. A análise linguística deverá perpassar

pelas práticas de leitura, escrita e oralidade.

19.8.2 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES: O DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL.

Define-se como Conteúdo Estruturante da Língua Estrangeira Moderna o

Discurso como prática social, ou seja, o conteúdo está relacionado com o momento

histórico-social. Ao tomar a língua como interação verbal, como espaço de produção de

sentidos, buscou-se um conteúdo que atendesse a essa perspectiva. Sendo assim, a

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língua será tratada de forma dinâmica, por meio de leitura, de oralidade e de escrita que

são as práticas que efetivam o discurso.

Para tal, o professor levará em conta que o objeto de estudo da Língua

Estrangeira Moderna, a língua, pela sua complexidade e riqueza, permite o trabalho em

sala de aula com os mais variados textos de diferentes gêneros. Nesta perspectiva, a

proposta de construção de significados por meio do engajamento discursivo e não pela

mera prática de estruturas linguísticas estará contemplada. Com o foco na abordagem

crítica de leitura, a ênfase do trabalho pedagógico é a interação ativa dos sujeitos com o

discurso, que dará, ao aluno, condições de construir sentidos para os textos.

19.8.3 CONTEÚDOS BÁSICOS

No Plano de Trabalho Docente, os conteúdos básicos terão abordagens

diversas a depender dos fundamentos que recebem de cada conteúdo estruturante.

Quando

necessário, serão desdobrados em conteúdos específicos, sempre considerando-se o

aprofundamento a ser observado para a série e etapa de ensino.

Entende-se por conteúdos básicos os conhecimentos fundamentais para cada

série da etapa final do Ensino Fundamental e para o Ensino Médio, considerados

imprescindíveis para a formação conceitual dos estudantes nas diversas disciplinas da

Educação Básica. O acesso a esses conhecimentos é direito do aluno na fase de

escolarização em que se encontra e o trabalho pedagógico com tais conteúdos é

responsabilidade do professor.

6º ANO

CONTEÚDOS BÁSICOS

cumprimentos formais e informais;

pronomes pessoais;

pronomes demonstrativos;

artigos definidos;

números cardinais e ordinais;

aprendizado de vocabulário diverso envolvendo cores, animais, profissões,

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matérias escolares, meios de transporte e de comunicação, alimentação, membros

da família, materiais escolares, dias da semana e meses do ano;

Emprego do verbo ser / estar (to be) ;

Emprego do verbo haver (there to be);

Perguntar e informar sobre horas;

Uso de preposições.

7º ANO

CONTEÚDOS BÁSICOS

Uso do verbo to have;

Uso do verbo there to be;

Uso de preposições para perguntar e informar endereços;

Plural de substantivos;

Emprego de pronomes adjetivos;

Uso de quantitativos how much, how many ;

Caso genitivo ;

Numerais ;

Vocabulário diversificado = nomes de lugares públicos;

Partes da casa e mobília, utensílios domésticos;

Uso do imperativo através de textos de gêneros diversos como indicações de

trânsito, receitas culinárias entre outros.

8º ANO

CONTEÚDOS BÁSICOS

Presente contínuo para descrever fatos que estão ocorrendo;

Imperativo = aplicar em situações diversas do cotidiano;

Presente simples para relatar fatos que ocorrem no dia-a-dia;

Emprego de advérbios de frequência

Uso de auxiliares do / does;

Uso do verbo can para descrever habilidades;

Fazer descrição de pessoas usando vocabulário relacionado ;

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178

Noções de futuro.

9º ANO

CONTEÚDOS BÁSICOS

Emprego de passado simples para relatar fatos que já aconteceram;

Uso do verbo to be, verbo there to be;

Emprego de verbos regulares e irregulares;

Uso dos auxiliares did / didn´t ;

Uso de palavras interrogativas;

Emprego de pronomes reflexivos;

Preposições de tempo e lugar;

Uso do futuro simples (will);

Comparativos de adjetivos curtos e longos;

Utilizar question-tags.

19.8.4 AVALIAÇÃO

19.8.5 CRITÉRIOS DA DISCIPLINA

A avaliação escolar está inserida em um amplo processo, o processo de

ensino/aprendizagem. Ela não deve ser uma simples medida que define ao final de um

bimestre o valor de cada aluno, deve começar a acontecer antes mesmo da atividade de

aprendizagem, estando presente durante o trabalho com os alunos e também ao final do

processo. Para cada conteúdo a ser ensinado são definidos objetivos de aprendizagem,

assim sendo, a avaliação deve ser diagnóstica, cumulativa, contínua, somativa,

qualitativa, abrangente, auto-reflexiva e formativa.

Segundo Ramos (2001), é um desafio construir uma avaliação com critérios de

entendimento reflexivo, conectado, compartilhado e autonomizador no processo de

ensino/aprendizagem, que nos permita formar cidadãos conscientes, críticos, criativos,

solidários e autônomos. Com o propósito de encarar este desafio, busca-se em Língua

Estrangeira Moderna, superar a concepção de avaliação como mero instrumento de

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179

medição da apreensão de conteúdos. Espera-se que subsidie discussões acerca das

dificuldades e avanços dos alunos, a partir de suas produções.

Serão atribuídas notas aos diversos instrumentos utilizados para avaliar os

alunos somando-se 100 (cem) pontos e, portanto, a recuperação de 100% dos

conteúdos também terá o valor de 100 pontos que poderão ser dados utilizando no

mínimo um instrumento de avaliação.

19.8.6 INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO

Ao planejar situações de ensino, o professor deve elaborar propostas

coerentes com os critérios já definidos, o que permite acompanhar o grupo e cada aluno

em relação à aprendizagem que se quer viabilizar. Com a ajuda desses instrumentos,

pode-se também avaliar o que foi planejado e promover ajustes no ensino, a fim de

garantir que os alunos sigam aprendendo o conteúdo ensinado e de planejar ações

específicas àqueles que encontraram dificuldade para compreendê-lo. A avaliação é,

portanto, intrínseca ao processo de ensino aprendizagem.

Essa condução do processo avaliativo permite ao aluno saber o que é

esperado dele e o que precisa fazer para aprender. E garante também que o aluno

passe, ao longo do tempo, a se responsabilizar por sua própria aprendizagem. Para

tanto, utilizar-se-ão auto-avaliações, instrumentos elaborados com os próprios alunos

em vários momentos do processo.

Os instrumentos poderão ser: provas, testes, pesquisas, trabalhos individual e

em grupo, seminários, produções escritas, cartazes, dramatizações, construção de

painéis, leitura de textos, enigmas, puzzles, portfólio e outros.

19.8.7 RECURSOS DIDÁTICOS:

As aulas poderão ter como recursos: quadro negro, giz branco e/ou colorido,

apagador, lápis de cor, sulfite A4 branco e/ou colorido, tesoura, cola, CD, radio toca CD,

folhas de atividades xerocadas/impressas, jogos diversos, caderno/folhas de fichário,

lápis grafite, borracha, cartolina, imagens ilustrativas, dicionário inglês/português e

inglês/inglês, TV pen-drive, pen-drive, DVD e aparelho DVD, retroprojetor, panfletos,

revistas, data-show...

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180

REFERÊNCIAS

DCEs – Diretrizes Curriculares Estaduais www.diaadiaeducacao.pr.gov.bracesso em

07/11/2009 às 10h.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência de Educação

Departamento de Educação. Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares

de Língua Estrangeira Moderna. Curitiba, 2008. Disponível em:

<http://www.espanhol.seed.pr.gov.br/

PARANÁ. Secretaria do Estado de Educação. Superintendência da educação. Instrução

normativa nº 019/2008. Centro de Línguas Estrangeiras Modernas (CELEM). Curitiba,

2008 22 p. Disponível em : < http://

www.diaadia.pr.gov.br/sued/arquivos/file/instrucao_2008_019_CELEM.

MACHADO, A. R.; BEZERRA, M. A. Gêneros Textuais & Ensino. (orgs.) 2 ed. Rio de

Janeiro: Lucema, 2003. p. 19-36.

18.8.8- ENSINO RELIGIOSO - 6º E 7º ANO

A Disciplina de Ensino Religioso oferece subsídios para que os estudantes

entendam como os grupos sociais se constituem culturalmente e como se relacionam

com o Sagrado. Essa abordagem possibilita estabelecer relações entre as culturas e os

espaços por elas produzidas, em suas marcas de religiosidade.

Neste contexto a importância do Ensino Religioso esta em oportunizar ao aluno

condições para o mesmo superar desigualdades étnico-religiosas, para garantir o direito

Constitucional de liberdade de crença e expressão e, por consequência, à liberdade

individual e política.

A contribuição mais significante da disciplina reside em superar toda e qualquer

forma de apologia ou imposição de um determinado grupo de preceitos e sacramentos,

pois, na medida em que uma doutrinação religiosa ou moral um modo adequado de agir

e pensar de forma excludente, ela impede o exercício da autonomia de escolha, de

contestação a até mesmo de criação de novos valores.

A disciplina de Ensino Religioso tem como objeto de estudo o respeito à

diversidade cultural e religiosa; as diferentes leituras do Sagrado na sociedade, em que

haja a compreensão sobre a sua religiosidade e a do outro, na diversidade universal do

conhecimento humano e de suas diferentes formas de ver o sagrado que enfoca:

paisagem religiosa; universo simbólico; textos sagrados, os quais serão trabalhados

através dos seguintes objetivos:

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181

Contribuir para o reconhecimento e respeito às diferentes expressões religiosas

construídas na cultura do povo sobre o fenômeno religioso.

Promover aos educandos a oportunidade de escolarização fundamental, para se

tornarem capazes de entender os movimentos religiosos específicos de cada cultura,

de modo a colaborar com a formação da pessoa.

Valorizar a diversidade religiosa em todas as suas formas, levando em consideração

a composição variada de grupos na sociedade brasileira, permitindo desta forma aos

educandos, a reflexão e entendimento sobre a constituição cultural dos grupos

sociais e seu relacionamento com o sagrado.

Contribuir para superar a desigualdade étnico-religiosa e garantir o direito

constitucional de liberdade de crença e expressão.

18.8.9 METODOLOGIA

A disciplina de Ensino Religioso pressupõe um constante repensar das ações que

subsidiarão esse trabalho onde poderão fomentar o respeito às diversas manifestações

religiosas, ampliando e valorizando o universo cultural dos alunos.

Tendo como base o estudo do sagrado, os conteúdos devem ser tratados

interdisciplinarmente, pois isso é fundamental para efetivar a contextualização do

conteúdo, pois articulam-se os conhecimentos de diferentes disciplinas curriculares e, ao

mesmo tempo, assegura-se a especificidade dos campos de estudo do Ensino

Religioso. Para efetivar esse processo de ensino-aprendizagem com êxito se faz

necessário abordar cada expressão do Sagrado do ponto de vista laico, não religioso.

Oportunizar reflexão e análise através de conteúdos, destacando-se os aspectos

científicos do universo cultural do sagrado e da diversidade sócio-cultural, conhecimento

das bases teóricas que compõem o universo das diferentes culturas nas quais se firmam

o sagrado e suas expressões coletivas. As aulas serão dialogadas partindo da

experiência religiosa do aluno e de seus conhecimentos prévios.

Levando em consideração a diversidade de conteúdos faz-se necessário o

processo de pesquisa para que a diversidade de produções seja realmente

oportunizada.

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182

19.9 CONTEÚDOS

6º ANO

I - RESPEITO À DIVERSIDADE RELIGIOSA

Instrumentos legais que visam assegurar a liberdade religiosa:

Declaração Universal dos Direitos Humanos e Constituição Brasileira: respeito à

liberdade religiosa.

Direito a professar a fé e liberdade de opinião e expressão.

Direito à liberdade de reunião e associação pacíficas.

Direitos Humanos e sua vinculação com o Sagrado.

II - LUGARES SAGRADOS

Caracterização dos lugares e templos sagrados: lugares de peregrinação, de

reverência, de culto, de identidade, principais práticas de expressão do sagrado nestes

locais.

Lugares na natureza: rios, lagos, montanhas, grutas, cachoeiras, etc.

Lugares construídos: templos, cidades sagradas, etc.

III - TEXTOS ORAIS E ESCRITOS – SAGRADOS

Ensinamentos sagrados transmitidos de forma oral e escrita pelas diferentes

culturas religiosas.

Literatura oral e escrita (cantos, narrativas, poemas, orações, etc.) Exemplos: Vedas –

Hinduísmos, Escrituras Bahá’is – Fé Bahá’i, Tradições Orais Africanas, Afro-

brasileiras e Ameríndias, Alcorão – Islamismo, etc.

IV - ORGANIZAÇÕES RELIGIOSAS

As organizações religiosas compõem os sistemas religiosos organizados

institucionalmente. Serão tratadas como conteúdos, destacando-se as suas principais

características de organização, estrutura e dinâmica social dos sistemas religiosos que

expressam as diferentes formas de compreensão e de relação com o sagrado.

Fundadores e/ou líderes religiosos.

Estruturas hierárquicas. Exemplos de organizações religiosas mundiais e regionais:

Budismo (Sidarta Gautama), Confucionismo (Confúcio), Espiritismo (Allan Kardec),

Taoísmo (Lao Tsé), etc.

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183

7º ANO

I - UNIVERSO SIMBÓLICO RELIGIOSO

Os significados simbólicos dos gestos, sons, formas, cores e textos:

Nos ritos;

Nos mitos;

No cotidiano.

Exemplos: arquitetura religiosa, mantras, paramentos, objetos, etc.

II – RITOS

São práticas celebrativa das tradições/manisfestações religiosas, formadas por

um conjunto e rituais. Podem ser compreendidos como a recapitulação de um

acontecimento sagrado anterior, é imitação, serve à memória e à preservação da

identidade de diferentes tradições/manifestações religiosas e também podem remeter a

possibilidades futuras a partir de transformações presentes.

Ritos de passagem; Mortuários; Propiciatórios; outros.

Exemplos: dança (Xire) – candomblé, kiki (kaingang – ritual fúnebre), via sacra,

festejo indígena de colheita, etc.

III - FESTAS RELIGIOSAS

São eventos organizados pelos diferentes grupos religiosos, com objetivos

diversos: confraternização, rememorização dos símbolos, períodos e datas importantes.

Peregrinações, festas familiares, festas nos templos, datas comemorativas.

Exemplos: Festa do Dente Sagrado (Budismo), Ramadã (Islâmica), Kuarup

(indígena), Festa de Iemanjá (Afro-brasileira), Pessach (Judaísmo), etc.

IV - VIDA E MORTE

As respostas elaboradas para a vida além da morte nas diversas

tradições/manifestações religiosas e sua relação com o sagrado.

O sentido da vida nas tradições/manifestações religiosas.

Reencarnação.

Ressurreição – ação de voltar à vida.

Além morte.

Ancestralidade – vida dos antepassados – espíritos dos antepassados se tornam

presentes.

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184

AVALIAÇÃO

A disciplina de Ensino Religioso não possui atribuição de nota, assim, não se

constitui como0 objeto de reprovação, pois a disciplina é facultativa para o aluno. Porém,

faz-se necessário a prática de avaliações que permitam ao professor acompanhar o

processo de apropriação de conhecimentos pelo aluno, identificando em que medida os

conteúdos passam a ser referenciais para compreensão das manifestações do sagrado

pelos alunos.

A disciplina de Ensino Religioso pode avaliar em que medida o aluno expressa

uma relação respeitosa com os colegas de classe que possuem opções religiosas

diferentes da sua; aceitar as diferenças, reconhecer o fenômeno religioso como um dado

da cultura e da identidade de cada grupo social; emprega conceitos adequados ao

referir-se às diferentes manifestações religiosas.

Através desta avaliação o professor terá elementos pra planejar as intervenções

no processo de ensino-aprendizagem retomando lacunas identificadas e dimensionando

os níveis de aprofundamento.

REFERÊNCIAS

SEED – Diretrizes Curriculares da Educação Básica – PR – 2008.

BLACKBURN, Simon. Dicionário Oxford de Filosofia. Rio de Janeiro: Jorge Zahar,

1997.

CISALPIANO, Murilo. Religiões. São Paulo: Scipione, 1994.

COSGROVE, Denis. A Geografia está em toda parte: cultura e simbolismo nas

paisagens humanas. In: paisagem, tempo e cultura. Organizado por Corrêa, Roberto

Lobato, Rosendahl, Zeny. Rio de Janeiro: Eduerj, 1998, p. 92-123.

COSTELLA, Domênico. O Fundamento Epistemológico do Ensino Religioso In:

JUQUEIRA, Sérgio: WAGNER, Raul (Orgs). O Ensino Religioso no Brasil. Curitiba:

Chanpagnat, 2004.

CUNHA, Antônio Geraldo da. Dicionário etimológico nova fronteira de Língua

Portuguesa. 2ª ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1997.

DURKHEIM, Émile. As formas elementares da vida religiosa. São Paulo: Paulinas,

1989.

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185

ELIADE, Mircea. O Sagrado e o profano: a essência das religiões. São Paulo: Martins

Fontes, 1992.

_______. Tratado de história das religiões. 2 ed. São Paulo: Martins

.

19.9 - LÍNGUA PORTUGUESA

19.9.1 PRESSUPOSTO TEÓRICO

O ensino de Língua Portuguesa começou a fazer parte do currículo escolar

apenas no século XIX. Mas, a preocupação com a formação dos professores iniciou-se

apenas na década de 30 do século XX. Até então, o ensino caracterizava-se por ser

elitizado, ornamental, retórico e priorizar a formação da classe dirigente. Com a

democratização do ensino, em 1967, surgiram vários problemas: a diversidade entrou

em choque com a aparente homogeneização presente no âmbito escolar e, assim,

diferenças quanto ao falar, às variedades lingüísticas e ao uso real da língua acabaram

criando embates com a realidade do ensino de Língua Portuguesa na escola.

Além disso, ocorreu a quantidade em detrito à qualidade escolar, já que o público

escolar, oriundo da grande massa, enfrenta, entre outros problemas, a falta de

investimento educacional, que, quase sempre, não corresponde com a demanda. Em

relação ao professor houve desprestígio em sua profissão: seu salário foi rebaixado, sua

carga horária semanal aumentada, suas condições de trabalho tornaram-se precárias,

uma vez que os cursos de Letras passaram a receber alunos da camada menos letrada

da sociedade.

Como conseqüência disso, tem-se, ainda, muitos professores apoiando-se no

livro didático, o que lhe tira a autonomia, criticidade, reflexão sobre o conteúdo e a

necessidade de preocupação com seu aprimoramento e formação, já que a

responsabilidade de ensinar é do livro didático que dita valores, ideologias e, quase

sempre, está distante da realidade do aluno. Todos esses problemas geram outros como

a evasão escolar, a repetência e a abertura indiscriminada de faculdades particulares.

Diante da diversidade presente no ambiente escolar, fez-se necessário repensar

propostas que atendessem a necessidade dos alunos. Assim, na década de 70, tem-se

a pedagogia tecnicista, que no ensino de Língua Portuguesa valoriza o pragmatismo e o

utilitarismo da língua, a gramática deixa de ser o enfoque principal dando espaço às

teorias da comunicação, ainda que na prática predominava o normativismo. Nesse

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186

contexto, a literatura perdeu seu prestígio, pois passou a ser vista de modo fragmentado,

foi valorizada sua função referencial ao invés da poética e, o enfoque baseia-se na

historiografia ou em abordagens estruturalistas que não levam o aluno a um reflexão

crítica ─ uma situação que perdura até hoje em muitos livros didáticos adotados na

escola. Têm-se também os estudos lingüísticos que privilegiam a memorização.

A necessidade de superar o ensino normativista, a historiografia, o estruturalismo

na literatura e a preocupação com a recepção do leitor encontram amparo em teóricos

contemporâneos como Deleuze, Foucault, Derrida, Barthes e Jauss. Além desses, no

Brasil há discussões sobre o texto na sala de aula, essas envolvem autores como João

Wanderley Geraldi, Sírio Possenti, Percival Leme Brito que denunciam e combatem o

ensino cristalizado de Língua Portuguesa. Na literatura, busca-se uma concepção

dialógica e social da linguagem apoiando-se nas concepções de Bakhtin.

Necessário repensar a fundamentação teórica dos professores, para que se

adequem às rápidas mudanças ocorridas no corpo social.

Portanto, o ensino de Língua Portuguesa deve visar a uma concepção

interacionista da linguagem, isto é, essa deve ser vista dentro de um processo histórico,

dinâmico e como ação entre sujeitos. Conforme explica Faraco, a concepção dialógica

implica que

Qualquer material lingüístico (ou de qualquer outra materialidade semiótica) tenha

entrado na esfera do discurso, tenha sido transformado num enunciado, tenha fixado a

posição de um sujeito social. Só assim é possível responder (em sentido amplo e não

apenas empírico no termo), isto é fazer réplicas ao dito, confrontar posições, dar

acolhida fervorosa á palavra do outro, confirmá-la ou rejeitá-la, buscar-lhe sentido

profundo, ampliá-la. Em suma, estabelecer com a palavra de outrem relações de sentido

de determinada espécie, isto é, relações que gerem significado responsivamente a partir

do encontro de posições avaliativas. (apud, PARANÁ (B), p. 13-14, 2006)

Se língua tem uma função social, uma vez que é a partir dela que o sujeito

constrói e é construído, é preciso enxergá-la numa concepção dialógica. Na escola o

dialogismo envolve tanto professores, alunos, como o contexto social e a gama de

gêneros textuais que fazem parte do cotidiano. Logo, é a língua, em situação real que

deve estar presente em sala de aula. Para tanto, exige-se do professor fundamentação

teórica, constantes atualizações e um comportamento capaz de fazer a diferença e de

ampliar o horizonte de expectativas dos alunos. Exige-se uma postura de convicção em

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novos sonhos, novas realidades e na própria capacidade de conduzir uma

transformação no ensino de Língua Portuguesa. Logo, é acreditar na possibilidade de

formar alunos críticos e sair de uma pedagogia cristalizada na escola. É acreditar em si

mesmo e em sua inesgotável capacidade de trabalho.

As Diretrizes Curriculares Estaduais de Língua Portuguesa requerem, neste

momento histórico, novos posicionamentos em relação às práticas de ensino: seja pela

discussão crítica dessas práticas, seja pelo envolvimento direto dos professores na

construção de alternativas.

Essas considerações resultaram, nas DCE, numa proposta que dá ênfase à

língua viva, dialógica, em constante movimentação, permanentemente reflexiva e

produtiva. Tal ênfase traduz-se na adoção das práticas de linguagem como ponto central

do trabalho pedagógico. Este aspecto será mais amplamente explicitado quando se

abordar quando se abordar O Conteúdo Estruturante das disciplinas.

Para alcançar tal objetivo, é importante pensar sobre a metodologia. Se o trabalho

com a Língua deve considerar as práticas lingüísticas que o aluno traz ao ingresso na

escola, é preciso que, a partir disso, seja trabalhada a inclusão dos saberes necessários

ao uso da norma padrão e acesso aos conhecimentos para os multiletramentos, a fim de

constituírem ferramentas básicas no aprimoramento das aptidões lingüísticas dos

estudantes.

É tarefa da escola possibilitar que seus alunos participem de diferentes práticas

sociais que utilizem a leitura, a escrita e oralidade, com a finalidade de inseri-los nas

diversas esferas de interação. Se a escola desconsiderar esse papel, o sujeito ficará à

margem dos novos letramentos, não conseguindo se constituir no âmbito de uma

sociedade letrada.

Dessa forma, será possível a inserção de todos os que freqüentam a escola

pública em uma sociedade cheia de conflitos sociais, raciais, religiosos e políticos de

forma ativa, marcando, assim, suas vozes no contexto em que estiverem inseridos.

19.9.2 OBJETIVOS GERAIS

* Empregar a língua em diferentes situações de uso, sabendo adequá-la a cada

contexto e interlocutor; verificando a intencionalidade dos discursos;

* Produzir situações discursivas dentro de uma prática social, verificando

interlocutores, finalidades, assunto, gênero e contexto;

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* Refletir sobre os gêneros textuais lidos, ouvidos, bem como o emprego

gramatical;

* Aprimorar a criticidade através de textos literários, colocando-se numa posição

dialógica com o mesmo.

O ensino da Língua Portuguesa deve englobar a oralidade, leitura, escrita e

análise textual.

19.9.3 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

ORALIDADE:

* Perceber o uso da linguagem em situações cotidianas;

* Compreender discursos alheios e posicionar-se diante deles de forma clara,

coesa e coerente;

* Conhecer as variedades lingüísticas e seus usos em determinados contextos

sociais;

Tradicionalmente as observações sobre as relações entre oralidade e escrita

atém-se mais às diferenças entre a linguagem oral e a escrita que às suas

semelhanças, estimulando muito mais o desenvolvimento de atividades estanques,

desvinculadas de um contexto, não levando em conta, no processo de letramento, as

interferências e projeções de características várias de uma modalidade sobre a outra e

as condições de produção do discurso na construção e constituição da linguagem e do

sujeito.

Alguns autores reforçam essa dicotomia, oralidade e escrita, no entanto, neste

documento, a idéia é de que oralidade e escrita são dois aspectos da linguagem que

caminham juntos. A oralidade perpassa todas as seqüências didáticas descritas

anteriormente. Especialmente quando as atividades de escritas exijam espaços para

leitura em voz alta, para discussões, debates, exposição de impressões, etc. A visão

dicotômica entre atividades orais e outras reduz o letramento a um processo linear e

neutro contraditório à visão social e histórica da linguagem como já se definiu

anteriormente.

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Embora a literatura considere as diferenças e especificidades da oralidade e da

escrita, quando se pensa no objeto (fala e escrita) deve-se reconhecer o valor das

mensagens escritas e das mensagens faladas. Ambas devem ser tratadas na escola

com a mesma importância, considerando o processo em que ocorrem, levando em conta

as interferências e projeções de características de uma modalidade sobre a outra e as

condições da produção do discurso na constituição da linguagem e do sujeito.

LEITURA

* Colocar-se criticamente diante do texto; perceber a variedade textual; perceber-

se nos textos e esses como uma ação no mundo;.

* Apreender a idéia básica do texto e fazer co-relações; ler e interpretar textos

temáticos e figurativos; ler e identificar tema, época, contexto social/histórico e fazer

relações com momento presente e outros contextos sociais e históricos; ter atitude

crítica responsiva diante dos textos estudados; familiarizar-se com diversos gêneros

textuais;

ESCRITA

* Relacionar-se com a diversidade de gêneros; produzi-los observando o

interlocutor, contexto, finalidade. Expor na escrita com clareza, concisão, coesão,

coerência, adequando a linguagem às diversas situações; reconhecer as diferentes

organizações textuais;

* Refletir sobre o texto escrito através da revisão, reestruturação e reescrita do

texto.

ANÁLISE LINGÜÍSTICA

* Observar os aspectos discursivos, estruturais e gramaticais; os diversos usos e

funções da língua; compreender a organização textual através dos elementos

gramaticais e suas funções no texto, a organização da idéias e temas, a coerência e

coesão; relacionar temas aos textos verbais e não-verbais;

19.9.4 CONTEÚDOS

* Os conteúdos estruturantes considerados fundamentais para o ensino de Língua

Portuguesa consistem na leitura e produção de gêneros diversos, análise discursiva e

oralidade. Esses devem adequar-se à maturidade dos alunos, observando suas

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190

experiências e conhecimentos, ampliando a complexidade conforme necessidade e a

realidade escolar.

COMPREENSÃO E VALORIZAÇÃO DA CULTURA ESCRITA

CAPACIDADES, CONHECIMENTOS E ATITUDES

Conhecer, utilizar e valorizar os modos de produção e de circulação da escrita

na sociedade.

Conhecer os usos e funções sociais da escrita.

Conhecer os usos e funções da escrita na cultura escolar.

Ampliar capacidades necessárias para o uso da escola da escrita no contexto escolar

tais como:

uso dos suportes de escrita presentes na cultura escolar.

desenvolvimento de capacidades específicas para escrever ortograficamente.

CONSOLIDAÇÃO DE CONHECIMENTOS SOBRE O SISTEMA DE ESCRITA

CAPACIDADES, CONHECIMENTOS E ATITUDES

Resolver questões relativas ao domínio da língua escrita:

adequação da linguagem à norma padrão, conforme a situação de comunicação.

discriminação de registro formal e registro informal.

percepção de diferenças entre o que(como) se fala e o que(como) se escreve.

perceção das diferenças entre o que(como) se fala e o que(como) se escreve.

discriminação, em um texto, do registro formal e registro informal.

identificação de regras básicas de concordância (singular/plural e

feminino/masculino) nas -situações de comunicação escritas ou orais.

estabelecimento de relações entre partes de um texto a partir de mecanismos de

concordâncias verbal e nominal básicas.

identificação de informações para a compreensão do textos.

realização de inferências e deduções de idéias e informações, no decorrer das

atividades de leitura, seja no âmbito escolar ou social.

percepção de redundâncias e eliminação das mesmas.

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191

identificação de foco narrativo presente no texto.

mudança de foco narrativo para adequação de situações discursivas, mediante

concordância verbal e nominal adequadas ao contexto.

flexão des pessoas do discurso em diferentes situações de leitura.

compreensão de sentido no uso da pontuação expressiva nos textos.

identificação de locutor e interlocutor a partir de marcas lingüísticas presentes no

texto(gírias, jargão, expressões típicas, marcas fonéticas...).

identificação, em um texto ou em passagens de textos, de presença do dialeto

característico de uma região ou classe social.

análise dos efeitos de sentido quando aparecem características típicas da fala( daí,

né, então, descontinuidade na fala) em um texto escrito.

Questões a serem resolvidas em relação ao domínio do gráfico.

emprego de regras ortográficas nos seus registros.

uso de sinais gráficos (acento gráfico, til, cedilha, trema) mais usuais em seus

registros.

Questões a serem resolvidas em relação à unidade temática (conteúdo do texto).

busca da compreensão de sentido no uso da pontuação expressiva nos textos.

identificação de locutor e interlocutor a partir de marcas lingüísticas presentes no

texto(gírias, jargão, expressões típicas, marcas fonéticas...).

identificação, em um texto ou em passagens de textos, a presença do dialeto

característico de uma região ou classe social.

análise dos efeitos de sentido quando aparecem características típicas da fala (daí,

né, então, descontinuidade na fala) em um texto escrito.

estabelecimento de relações entre verbetes (dicionários) e as informações, bem como

seus significados correspondentes.

análise das relações entre um fato e uma opinião a respeito do mesmo, no interior de

um texto.

aplicação de conhecimentos relativos à variação lingüística e às diferenças entre

oralidade e escrita nas diversas situações de comunicação.

percepção de efeitos de sentido decorrentes da substituição de pontuação expressiva.

Questões relativas à unidade estrutural dos diversos gêneros textuais.

comparação entre estruturas, linguagens e estilos na tipologia apresentada.

reconhecimento e utilização de elementos de cada gênero textual apresentado.

reconhecimento do espaço, tempo e seqüência dos fatos na narrativa.

reconhecimento e utilização de rimas e forma nos textos poéticos.

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192

reconhecimento e utilização de organizadores textuais que configuram os textos de

caráter lúdico, relatos, curiosidades, notícias, informações,interuções, regras, avisos,

recados, adivinhas, anedotas etc.

reconhecimento e utilização de elementos usuais nos diversos textos que definem

seu gênero e tipologia.

Questões relativas aos recursos coesivos na fala e na escrita.

organização do conjunto de marcas lingüísticas que definem o sentido e a coerência

do texto.

variação dos organizadores textuais.

Questões relativas à pontuação.

utilização da pontuação expressiva: interrogação, exclamação, reticências.

comentários sobre as sensações e sentimentos suscitados pela audição de textos.

análise do efeito de sentido conseqüente da pontuação expressiva.

reconhecer e utilizar a pontuação para atribuição de clareza: travessão, dois pontos,

vírgula.

Questões relativas ao domínio das relações entre grafemas e fonemas.

domínio das regularidades ortográficas.

domínio das irregularidades ortográficas.

CAPACIDADES, CONHECIMENTOS E ATITUDES

Desenvolvimento de atitudes e disposições favoráveis à leitura.

realização de antecipações de conteúdos e de formas, aguçando curiosidades com

respeito ao que será lido (pressuposição).

dedução de significados a partir do sentido geral de textos ou de trechos.

realização de leitura aberta, considerando as múltiplas significações, sem que se

percam os limites dados pelo próprio texto.

percepção de diferenças entre os diversos gêneros de textos.

observação e de mecanismos de de entonação através de jogos de efeito produzidos

no contexto de leitura oral.

perceção de informações relevantes para a construção lógica do texto para posterior

generalização.

socialização de informações.

investigação sobre formas específicas de como os textos oferecem as informações

aos leitores. Ler para aprender

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193

dedução dos significados a partir do sentido geral de textos ou de trechos.

inferência de informações e dados relativos ao contexto.

exploração sistematica das idéias que permeiam

os textos lidos.

Desenvolver fluência em leitura.

Compreender textos:

identificação das finalidades e funções da leitura, em função do reconhecimento do

suporte, do gênero e da contextualização do texto.

antecipação de conteúdos de textos a serem lidos em função de seu suporte, seu

gênero e sua contextualização.

realização de levantamento e confirmar hipóteses relativas ao conteúdo do texto que

se lê

busca de pistas textuais, intertextuais e contextuais para ler nas entrelinhas (fazer

inferências), ampliando a compreensão.

construção de compreensão global do texto lido, unificando e inter-relacionando

informações explícitas e implícitas.

avaliação ética e afetiva do texto e realização de extrapolações.

CAPACIDADES, CONHECIMENTOS E ATITUDES

Compreender e valorizar o uso da escrita com diferentes funções, em diferentes

gêneros através da leitura fruitiva.

Fruir (sentir) o texto, manifestando emoção, sentindo-o, utilizando-se dos recursos

sinestésicos (tato, audição,visão, olfato).

Transformar o texto em imagem mental.

Materializar imagens mentais construídas mediante audição ou leitura de textos

narrativos.

Interagir com o texto, reconstruindo-o internamente.

Ler o texto, solitariamente, buscando sua própria compreensão antes de entrar em

contato com outras leituras.-Reagir diante dos diferentes elementos lingüísticos que

transmitem emoção.

realização de leitura silenciosa.

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194

CAPACIDADES, CONHECIMENTOS E ATITUDES

Compreender e valorizar o uso da escrita com diferentes funções, em diferentes

gêneros.

Produzir textos escritos de gêneros diversos, adequados aos objetivos, ao

destinatário e ao contexto de circulação mediante:

disposição, ordenação e organização do próprio texto de acordo com as convenções

gráficas apropriadas.

escrita segundo o princípio alfabético e as regras ortográficas.

planejamento da escrita do texto considerando o tema central e seus

desdobramentos.

organização os próprios textos segundo os padrões de composição usuais na

sociedade.

uso a variedade lingüística apropriada à situação de produção e de circulação,

fazendo escolhas adequadas quanto ao vocabulário e à gramática.

uso de recursos expressivos (estilísticos e literários) adequados ao gênero e aos

objetivos do texto.

Revisar e reelaborar a própria escrita, segundo critérios adequados aos objetivos, ao

destinatário e ao contexto de circulação previstos.

Planejar as idéias considerando q quem se destina o texto, que forma vai ter, como

vai organizar a informação.

CAPACIDADES, CONHECIMENTOS E ATITUDES

Redigir ou transcrever idéias em linguagem escrita, em uma seqüência de palavras,

escolhendo termos que garantam orações conectadas entre si, bem ordenadas e

com a pontuação adequada para organizar o significado.

Aprimorar o rascunho, considerando as questões: adequação ao gênero coerência e

coesão textual, pontuação, paginação e ortografia.

Revisar e corrigir, ler e reler o que se escreve para veiculá-lo e atribuir valor e função

social.

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195

CONTEÚDOS:

6º ANO

CONTEÚDO ESTRUTURANTE: DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL

CONTEÚDOS BÁSICOS

ABORDAGEM TEÓRICO

METODOLÓGICA

LEITURA:

Identificação do tema;

Interpretação textual, observando:

conteúdo temático; interlocutores;

fonte; intertextualidade;

informatividade; intencionalidade;

marcas linguísticas;

Identificação do argumento principal

e dos argumentos secundários

Inferências.

ESCRITA:

• Contexto de produção;

• Interlocutor;

• Finalidade do texto;

• Informatividade;

• Argumentatividade;

• Discurso direto e indireto;

• Elementos composicionais do

gênero;

• Divisão do texto em parágrafos;

• Marcas linguísticas: coesão,

coerência, função das classes

gramaticais no texto, pontuação,

recursos gráficos (como aspas,

travessão, negrito), figuras de

linguagem;

• Processo de formação de palavras;

LEITURA

•Práticas de leitura de textos de

diferentes gêneros;

•Questionamentos que possibilitem

inferências sobre o texto;

•Encaminhamento de discussões sobre:

tema, intenções, intertextualidade;

•Contextualização da produção:

suporte/fonte, interlocutores, finalidade,

época;

•Utilização de textos verbais diversos que

dialoguem com não-verbais, como

gráficos, fotos, imagens, mapas, e outros;

• Relação do tema com o contexto atual;

•Socialização das ideias dos alunos sobre

o texto.

ESCRITA

• Produção textual a partir: da delimitação

do tema, do interlocutor, do gênero, da

finalidade; • Ampliação de leituras sobre o

tema e o gênero proposto;

• Acompanhamento da produção de texto;

• Encaminhamento de reescrita textual:

revisão dos argumentos/das ideias, dos

elementos que compõem o gênero (por

exemplo: se for uma narrativa de

aventura, observar se há o narrador,

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196

• Acentuação gráfica;

• Ortografia;

• Concordância verbal/nominal.

ORALIDADE

• Tema do texto;

• Finalidade;

• Argumentos;

• Papel do locutor e interlocutor;

•Elementos extralinguísticos:

entonação, pausas, gestos...;

• Adequação do discurso ao gênero;

• Turnos de fala;

• Variações linguísticas;

• Marcas linguísticas: coesão,

coerência, gírias, repetição, recursos

semânticos.

ANÁLISE LINGÜÍSTICA -

Perpassando as práticas de leitura,

escrita e oralidade:

Coesão e coerência do texto lido ou

produzido pelo aluno;

Expressividade dos substantivos e

sua função referencial no texto;

Função do adjetivo, advérbio,

pronome, artigo e de outras categorias

como elementos do texto;

A pontuação e seus efeitos de

sentido no texto;

Recursos gráficos: aspas, travessão,

negrito, hífen, itálico;

Acentuação gráfica

Processo de formação de palavras;

Gírias;

quem são os personagens, tempo,

espaço, se o texto remete a uma

aventura, etc.);

• Análise da produção textual – coerência

e coesão, se há continuidade temática, se

atende à finalidade, se a linguagem está

adequada ao contexto;

• Na reescrita, reflexão dos elementos

discursivos, textuais, estruturais e

normativos.

ORALIDADE

• Apresentações de textos produzidos

pelos alunos;

Orientação sobre o contexto social de

uso do gênero oral selecionado;

• Apresentações que explorem as marcas

linguísticas típicas da oralidade em seu

uso formal e informal;

• Estímulo ao conto de histórias de

diferentes gêneros, utilizando-se dos

recursos extralinguísticos, como

entonação, pausas, expressão facial e

outros;

• Seleção de discursos de outros para

análise dos recursos da oralidade, como

cenas de desenhos, programas

infantojuvenis, entrevistas, reportagem,

entre outros.

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197

Algumas figuras de pensamento

(prosopopeia, ironia...);

Alguns procedimentos de

concordância verbal e nominal;

Particularidades de grafia de

algumas palavras.

7º ANO

CONTEÚDO ESTRUTURANTE: DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL

CONTEÚDOS BÁSICOS

ABORDAGEM TEÓRICO

METODOLÓGICA

LEITURA

Tema do texto;

• Interlocutor;

• Finalidade do texto;

Argumentos do texto;

Contexto de produção;

• Intertextualidade;

• Informações explícitas e implícitas;

Discurso direto e indireto;

Elementos composicionais do

gênero; •Repetição proposital de

palavras;

• Léxico;

Ambiguidade;

Marcas linguísticas: coesão,

coerência, função das classes

gramaticais no texto, pontuação,

recursos gráficos (como aspas,

travessão, negrito), figuras de

linguagem.

LEITURA

Propiciar práticas de leitura de textos de

diferentes gêneros, ampliando também

o léxico;

Considerar os conhecimentos prévios

dos alunos;

Formular questionamentos que

possibilitem inferências sobre o texto;

Encaminhar discussões sobre: tema e

intenções;

Contextualizar a produção: suporte/

fonte, interlocutores, finalidade, época;

Utilizar textos verbais diversos que

dialoguem com não-verbais, como

gráficos, fotos, imagens, mapas, e

outros;

Relacionar o tema com o contexto atual,

com as diferentes possibilidades de

sentido (ambiguidade) e com outros

textos; •Oportunizar a socialização das

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198

ESCRITA

Contexto de produção;

Interlocutor;

Finalidade do texto;

Informatividade;

Discurso direto e indireto;

Elementos composicionais do

gênero; •Marcas linguísticas: coesão,

coerência, função das classes

gramaticais no texto, pontuação,

recursos gráficos (como aspas,

travessão, negrito), figuras de

linguagem; •Processo de formação

de palavras; •Acentuação gráfica;

Ortografia;

Concordância verbal/nominal.

ORALIDADE

Tema do texto;

o Finalidade;

Papel do locutor e interlocutor;

Elementos extralinguísticos:

entonação, pausas, gestos, etc;

Adequação do discurso ao gênero;

Turnos de fala;

Variações linguísticas;

Marcas linguísticas: coesão,

coerência, gírias, repetição;

Semântica.

ideias dos alunos sobre o texto.

ESCRITA

Planejar a produção textual a partir: da

delimitação do tema, do interlocutor, do

gênero, da finalidade;

Estimular a ampliação de leituras sobre

o tema e o gênero propostos;

Acompanhar a produção do texto;

Encaminhe a reescrita textual: Revisão

dos argumentos/das ideias, dos

elementos que compõem o gênero (por

exemplo: se for uma narrativa de

enigma, observar se há o narrador,

quem são os personagens, tempo,

espaço, se o texto remete a um mistério,

etc.);

Analise se a produção textual está

coerente e coesa, se há continuidade

temática, se atende à finalidade, se a

linguagem está adequada ao contexto;

Conduza na reescrita, a uma reflexão

dos elementos discursivos, textuais,

estruturais e normativos.

ORALIDADE

Organizar apresentações de textos

produzidos pelos alunos;

Propor reflexões sobre os argumentos

utilizados nas exposições orais dos

alunos; •Orientar sobre o contexto social

de uso do gênero oral selecionado;

Preparar apresentações que explorem

as marcas linguísticas típicas da

oralidade em seu uso formal e informal;

Estimular o conto de histórias de

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199

diferentes gêneros, utilizando-se dos

recursos extralinguísticos, como

entonação, pausas, expressão facial e

outros.

Selecionar discursos de outros para

análise dos recursos da oralidade, como

cenas de desenhos, programas

infantojuvenis, entrevistas, reportagem,

entre outros.

8º ANO

CONTEÚDO ESTRUTURANTE: DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL

CONTEÚDOS BÁSICOS ABORDAGEM TEÓRICO

METODOLÓGICA

LEITURA

Conteúdo temático;

o Interlocutor;

o Intencionalidade do texto;

Argumentos do texto;

Contexto de produção;

Intertextualidade;

Vozes sociais presentes no texto;

Elementos composicionais do

gênero; •Relação de causa e

consequência entre as partes e

elementos do texto;

Marcas linguísticas: coesão,

coerência, função das classes

gramaticais no texto, pontuação,

recursos gráficos (como aspas,

travessão, negrito);

LEITURA

Propiciar práticas de leitura de textos de

diferentes gêneros;

Considerar os conhecimentos prévios

dos alunos;

o Formular questionamentos que

possibilitem inferências sobre o texto;

Encaminhar discussões e reflexões

sobre: tema, finalidade, intenções,

intertextualidade, aceitabilidade,

informatividade, situacionalidade;

Contextualizar a produção: suporte/fonte,

interlocutores, finalidade, época;

Utilizar textos verbais diversos que

dialoguem com não-verbais, como

gráficos, fotos, imagens, mapas, e

outros;

Page 201: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO - Notícias · Dezembro”, em 06/04/78, com a finalidade de homenagear o pioneiro londrinense, que chegou a Londrina em junho de 1934, ano da fundação

200

Semântica: operadores

argumentativos; ambiguidade;

sentido figurado; expressões que

denotam ironia e humor no texto.

ESCRITA

Conteúdo temático;

Interlocutor;

Intencionalidade do texto;

Informatividade;

Contexto de produção;

Intertextualidade;

Vozes sociais presentes no texto;

Elementos composicionais do

gênero; •Relação de causa e

consequência entre as partes e

elementos do texto;

Marcas linguísticas: coesão,

coerência, função das classes

gramaticais no texto, pontuação,

recursos gráficos como aspas,

travessão, negrito;

Concordância verbal e nominal;

Papel sintático e estilístico dos

pronomes na organização,

retomadas e sequenciação do texto;

Semântica: - operadores

argumentativos; - ambiguidade; -

significado das palavras; - sentido

figurado; - expressões que denotam

ironia e humor no texto.

ORALIDADE

Conteúdo temático;

Finalidade;

•Argumentos;

Relacionar o tema com o contexto atual;

Oportunizar a socialização das ideias

dos alunos sobre o texto;

o Instigar a identificação e reflexão dos

sentidos de palavras e/ou expressões

figuradas, bem como de expressões que

denotam ironia e humor;

Promover a percepção de recursos

utilizados para determinar causa e

consequência entre as partes e

elementos do texto.

ESCRITA

Planejar a produção textual a partir: da

delimitação do tema, do interlocutor, do

gênero, da finalidade;

Estimular a ampliação de leituras sobre o

tema e o gênero propostos;

Acompanhar a produção do texto;

Analisar se a produção textual está

coerente e coesa, se há continuidade

temática, se atende à finalidade, se a

linguagem está adequada ao contexto;

Estimule o uso de figuras de linguagem

no texto;

o Incentive a utilização de recursos de

causa e consequência entre as partes e

elementos do texto;

Proporcionar o entendimento do papel

sintático e estilístico dos pronomes na

organização, retomadas e sequenciação

do texto;

Encaminhar a reescrita textual: revisão

dos argumentos/das ideias, dos

elementos que compõem o gênero (por

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201

•Papel do locutor e interlocutor;

•Elementos extralinguísticos:

entonação, expressões facial, corporal

e gestual, pausas;

•Adequação do discurso ao gênero;

•Turnos de fala;

•Variações linguísticas (lexicais,

semânticas, prosódicas, entre outras);

•Marcas linguísticas: coesão, coerência,

gírias, repetição;

•Elementos semânticos;

•Adequação da fala ao contexto (uso de

conectivos, gírias, repetições, etc);

•Diferenças e semelhanças entre o

discurso oral e o escrito.

exemplo: se for uma notícia, observar se

o fato relatado é relevante, se apresenta

dados coerentes, se a linguagem é

própria do suporte (ex. jornal), se traz

vozes de autoridade, etc.).

Conduzir, na reescrita, a uma reflexão

dos elementos discursivos, textuais,

estruturais e normativos.

ORALIDADE

Organizar apresentações de textos

produzidos pelos alunos levando em

consideração a: aceitabilidade,

informatividade, situacionalidade e

finalidade do texto;

Propor reflexões sobre os argumentos

utilizados nas exposições orais dos

alunos, e sobre a utilização dos recursos

de causa e consequência entre as partes

e elementos do texto;

Orientar sobre o contexto social de uso

do gênero oral selecionado;

Preparar apresentações que explorem as

marcas linguísticas típicas da oralidade

em seu uso formal e informal;

Estimular o conto de histórias de

diferentes gêneros, utilizando-se dos

recursos extralinguísticos, como

entonação, expressões facial, corporal e

gestual, pausas e outros;

o Propiciar análise e comparação dos

recursos veiculados em diferentes fontes

como jornais, emissoras de TV,

emissoras de rádio, etc., a fim de

perceber a ideologia dos discursos

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202

dessas esferas;

Selecione discursos de outros para

análise dos recursos da oralidade, como

cenas de desenhos, programas

infantojuvenis, entrevistas, reportagem,

entre outros.

9º ANO

CONTEÚDO ESTRUTURANTE: DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL

CONTEÚDOS BÁSICOS ABORDAGEM TEÓRICO

METODOLÓGICA

GÊNEROS DISCURSIVOS

Para o trabalho das práticas de leitura,

escrita, oralidade e análise linguística

serão adotados como conteúdos

básicos os gêneros discursivos

conforme suas esferas sociais de

circulação.

LEITURA

•Conteúdo temático;

•Interlocutor;

•Intencionalidade do texto;

•argumentos do texto;

•Contexto de produção;

•Intertextualidade;

•Discurso ideológico presente no texto;;

•Vozes sociais presentes no texto;

•Elementos composicionais do gênero;

•Relação de causa e consequência

entre as partes e elementos do texto;

•Partículas conectivas do texto;

•Progressão referencial no texto;

•Marcas linguísticas: coesão, coerência,

LEITURA

•Propiciar práticas de leitura de textos de

diferentes gêneros;

•Considerar os conhecimentos prévios dos

alunos;

•Formular questionamentos que possibilitem

inferências sobre o texto;

•Encaminhar discussões e reflexões sobre:

tema, finalidade, intenções,

intertextualidade, aceitabilidade,

informatividade, situacionalidade,

temporalidade, vozes sociais e ideologia;

•Proporcionar análises para estabelecer a

referência textual;

•Contextualizar a produção: suporte/fonte,

interlocutores, finalidade, época;

•Utilizar textos verbais diversos que

dialoguem com não-verbais, como gráficos,

fotos, imagens, mapas e outros;

•Relacionar o tema com o contexto atual;

•Oportunizar a socialização das ideias dos

alunos sobre o texto;

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203

função das classes gramaticais no

texto, pontuação, recursos gráficos

como aspas, travessão, negrito;

•Semântica: - operadores

argumentativos; - polissemia; -

expressões que denotam ironia e

humor no texto.

ESCRITA

•Conteúdo temático;

•Interlocutor;

•Intencionalidade do texto;

•Informatividade;

•Contexto de produção;

•Intertextualidade;

•Vozes sociais presentes no texto;

•Elementos composicionais do gênero;

•Relação de causa e consequência

entre as partes e elementos do texto;

•Partículas conectivas do texto;

•Progressão referencial no texto;

•Marcas linguísticas: coesão, coerência,

função das classes gramaticais no

texto, pontuação, recursos gráficos

como aspas, travessão, negrito, etc.;

•Sintaxe de concordância;

•Sintaxe de regência;

•Processo de formação de palavras;

•Vícios de linguagem;

•Semântica: operadores

argumentativos; modalizadores;

polissemia.

ORALIDADE

•Conteúdo temático ;

•Finalidade;

•Instigar o entendimento/reflexão das

palavras em sentido figurado;

•Estimular leituras que suscitem no

reconhecimento do estilo, que é próprio de

cada gênero;

•Incentivar a percepção dos recursos

utilizados para determinar causa e

consequência entre as partes e elementos

do texto;

•Conduzir leituras para a compreensão das

partículas conectivas.

ESCRITA

•Planejar a produção textual a partir: da

delimitação tema, do interlocutor, finalidade,

intenções, intertextualidade, aceitabilidade,

informatividade, situacionalidade,

temporalidade e ideologia;

•Proporcione o uso adequado de palavras e

expressões para estabelecer a referência

textual;

•Estimular a ampliação de leituras sobre o

tema e o gênero proposto;

•Acompanhar a produção do texto;

•Analisar se a produção textual está

coerente e coesa, se há continuidade

temática, se atende à finalidade, se a

linguagem está adequada ao contexto;

•Estimule o uso de palavras e/ou

expressões no sentido conotativo e

denotativo, bem como de expressões que

denotam ironia e humor; figuras de

linguagem no texto;

o Incentivar a utilização de recursos de causa

e consequência entre as partes e elementos

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204

•Argumentos;

•Papel do locutor e interlocutor;

•Elementos extralinguísticos:

entonação, expressões facial, corporal

e gestual, pausas ...;

•Adequação do discurso ao gênero;

•Turnos de fala;

•Variações linguísticas (lexicais,

semânticas, prosódicas entre outras);

•Marcas linguísticas: coesão, coerência,

gírias, repetição, conectivos;

•Semântica;

•Adequação da fala ao contexto (uso de

conectivos, gírias, repetições, etc.);

•Diferenças e semelhanças entre o

discurso oral e o escrito.

do texto;

•Conduzir a utilização adequada das

partículas conectivas;

•Encaminhar a reescrita textual: revisão dos

argumentos/das ideias, dos elementos que

compõem o gênero (por exemplo: se for

uma crônica, verificar se a temática está

relacionada ao cotidiano, se há relações

estabelecidas entre os personagens, o local,

o tempo em que a história acontece, etc.);

•Conduzir, na reescrita, a uma reflexão dos

elementos discursivos, textuais, estruturais e

normativos.

ORALIDADE

•Organizar apresentações de textos

produzidos pelos alunos levando em

consideração a: aceitabilidade,

informatividade, situacionalidade finalidade

do texto;

•Propor reflexões sobre os argumentos

utilizados nas exposições orais dos alunos,

e sobre a utilização dos recursos de causa e

consequência entre as partes e elementos

do texto;

•Orientar sobre o contexto social de uso do

gênero oral selecionado;

•Preparar apresentações que explorem as

marcas linguísticas típicas da oralidade em

seu uso formal e informal;

•Estimular o conto de histórias de diferentes

gêneros, utilizando-se dos recursos

extralinguísticos, como entonação,

expressões facial, corporal e gestual,

pausas e outros;

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205

19.9.5 AVALIAÇÃO

A avaliação é um instrumento de compreensão do nível de aprendizagem dos

alunos em relação aos conceitos estudados, às habilidades desenvolvidas. Esta ação

deve ser contínua, pois dará subsídios ao professor para que o mesmo possa perceber

os avanços e as dificuldades dos alunos, assim posicionando-o a rever suas práticas e

quais novos caminhos deverá seguir.

No processo de avaliação contínua o professor faz as adaptações conforme o

nível de aprendizagem dos alunos, retomando assim os conteúdos e as ações. A

avaliação formativa aponta o melhor caminho para garantir a aprendizagem que é

enfatizada ao determinar os meios para atender os diferentes ritmos e processos da

evolução cognitiva do aluno numa retomada constante, apontando caminhos a serem

seguidos pelo professor.

A avaliação deve ser móvel, contínua e diagnóstica, possibilitando intervenções e

reflexões do aluno em relações ao texto e também do professor, no que tange à sua

prática pedagógica. Deve ainda, englobar todos os aspectos dos conteúdos

estruturantes: leitura, escrita, oralidade e análise discursiva, levando o aluno à

autonomia.

O professor de Língua Portuguesa não é apenas professor de uma língua, mas

de linguagem. Então não deve se restringir do verbal, devendo reportar-se a todos os

tipos de linguagens como sons, músicas, imagens, etc. (Textos verbais e sintéticos).

A avaliação com a função interativa, dialógica ou discursiva da linguagem precisa

ser analisada sob novos parâmetros, dando ao professor pistas concretas do caminho

que o aluno está trilhando para se apropriar, efetivamente das atividades verbais – a

fala, a leitura e a escrita. Sendo a avaliação formativa a que mais se presta ao processo

de ensino e aprendizagem da língua. Nessa perspectiva, a oralidade será avaliada,

primeiramente, em função da adequação do discurso/texto aos diferentes interlocutores

e situações, bem como subsidiar o aluno para que ele se posicione como avaliador de

textos orais com os quais convivem.

A avaliação da leitura levará em consideração as estratégias que os estudantes

empregaram no decorrer da leitura. A compreensão do texto lido, o sentido construído

para o texto, sua reflexão e sua resposta ao texto. É necessário, que o aluno-leitor entre

em contatos com os diversos tipos de textos, produzidos por pessoas diferentes, com

diferentes visões de mundo e opiniões, a fim de que ele perceba com clareza que textos

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206

não apresentam verdades absolutas, mesmo porque um único texto admite tantas

leituras quantas forem as pessoas que o lerem.

Considerando que a escrita é um dos aspectos da língua, os elementos

lingüísticos utilizados nas produções dos alunos precisam ser avaliados em uma pratica

reflexiva e contextualizado, que possibilite a eles a compreensão desses elementos no

interior do texto. Tal como na oralidade, o aluno precisa posicionar-se aqui como

avaliador tanto dos textos que o rodeiam quanto de seu próprio texto para que ele

adquira sua autonomia.

Em literatura, a avaliação não foge da função formativa, pressupõe, então, uma

clara articulação entre objetivos, práticas metodológicas e instrumentos, a articulação

que se deve estar clara não só para o professor, mas também para o conjunto da turma,

lembrando que um dos métodos de nossa ação pedagógica é viabilizar a autonomia de

quem aprende, garantindo, entre outros fatores, pela interiorização de parâmetros de

monitoração das próprias ações.

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19.9.6 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR

ENSINO MÉDIO

19.1 BIOLOGIA

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A disciplina de Biologia tem como objeto de estudo o fenômeno Vida. Ao longo da

história da humanidade muitos foram os conceitos elaborados sobre este fenômeno,

numa tentativa de explicá-lo e, ao mesmo tempo, compreendê-lo (PARANÁ, 2008, p.

38).

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Desde o homem primitivo, em sua condição de caçador e coletor, as observações

dos diferentes tipos de comportamento dos animais e da floração das plantas foram

sendo registrados nas pinturas rupestres, representando seu interesse em explorar a

natureza (PARANÁ, 2008, p. 38).

O conhecimento da Biologia deve subsidiar a análise e reflexão de questões

polêmicas que dizem respeito ao desenvolvimento, ao aproveitamento de recursos

naturais, interações entre os seres vivos e a utilização da tecnologia que implica em

intensa intervenção no ambiente, levando em conta a dinâmica dos ecossistemas, dos

organismos, enfim, o modo como a natureza se comporta e a vida se processa,

oportunizando a construção de uma visão de mundo permitindo a formação de um

sujeito crítico, dando subsídios para a tomada de decisões .

Partindo da dimensão histórica da disciplina de Biologia foram identificados os

marcos conceituais da construção do pensamento biológico, está construção ocorre em

movimentos não-lineares, com momentos de crises, de mudanças de paradigmas e de

busca constantes de explicações sobre o fenômeno Vida. São eles:

Pensamento biológico descritivo;

Pensamento biológico mecanicista;

Pensamento biológico evolutivo;

Pensamento biológico da manipulação genética.

Organizar os conhecimentos biológicos construídos ao longo da historia da

humanidade e adequá-los ao sistema de ensino requer compreensão dos contextos em

que a disciplina de Biologia é contemplada nos currículos escolares.

Ao final da década de 1980, foi proposto a Re-estruturação do Ensino do Segundo

Grau sob o referencial teórico da pedagogia histórico-crítica, na qual o conteúdo é visto

como produção histórica e social, a educação escolar tem a obrigação de oferecer e o

aluno tem o direito de conhecer. Mas este documento ainda apresentava os conteúdos

de Biologia divididos por blocos tradicionais, reunidos em temas geradores,

reproduzindo o padrão dos livros didáticos (PARANÁ, 2008, p. 49).

Em 1998, foram promulgadas as Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino

Médio, que passou a ser organizado por áreas de conhecimento, ficando a Biologia

dispostas na área de Ciências da Natureza, Matemática e suas Tecnologias (PARANÁ,

2008, p. 49).

Os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) enfatizaram o desenvolvimento de

competências e habilidades em prejuízo de uma abordagem mais aprofundada dos

conteúdos, direcionado o ensino para temas e desenvolvimento de projetos

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considerados necessários para ávida do aluno. Os conceitos básicos de Biologias foram

apresentados de forma reducionista, sem uma abordagem histórica, e controlados pela

competência individual (PARANÁ, 2008, p. 49).

Estes marcos foram utilizados como critérios para escolha dos conteúdos

estruturantes e dos encaminhamentos metodológicos. Cabe ressaltar que a importância

desta compreensão histórica e filosófica da ciência está em conformidade com o atual

contexto sócio, econômico e político, estabelecido a partir da compreensão da

concepção de ciência enquanto construção humana (PARANÁ, 2008, p. 49).

Entende-se assim, que a Biologia contribui para formar sujeitos críticos e atuantes,

por meio de conteúdos que ampliem seu entendimento acerca do objeto de estudo, o

fenômeno Vida, em sua complexidade, ou seja: na organização dos seres vivos, no

funcionamento dos mecanismos biológicos, no estudo da biodiversidade em processos

biológicos de variabilidade genética, hereditariedade e implicações dos avanços

biológicos no fenômeno Vida .

A disciplina de Biologia se pauta na valorização do conhecimento disciplinar, na

compreensão da ampla rede de relações entre a produção científica, a validade ou não

das diferentes teorias científicas.

Para o ensino da Biologia compreender o fenômeno Vida e sua diversidade de

manifestações significa pensar uma ciência em transformação, cujo caráter provisório do

conhecimento garante uma reavaliação dos seus resultados e possibilita um repensar e

uma mudança constante de conceitos e teorias elaboradas em cada momento histórico

e social .

OBJETIVOS GERAIS

O objetivo geral da disciplina de Biologia está pautado no fenômeno Vida, ou seja,

compreender e relacionar a vida e seus fenômenos influenciado por um pensamento

historicamente construído, correspondente à concepção de ciência de cada época e à

maneira de conhecer a natureza e relacioná-la com seu cotidiano no sentido de melhoria

de qualidade de vida além de propiciar um aprendizado útil à vida e ao trabalho, no qual

as informações e os conhecimentos obtidos se transformem em instrumentos de

compreensão, interpretação das mudanças e previsão da realidade.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Organização dos seres vivos

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Mecanismos Biológicos

Biodiversidade

Manipulação Genética

Em concordância com as Diretrizes Curriculares da Educação Básica do Ensino de

Biologia, a abordagem dos conteúdos ocorrerá integrando os quatros conteúdos

estruturantes de modo que, ao introduzir a classificação dos seres vivos, por exemplo,

como tentativa de conhecer e compreender a diversidade biológica, agrupando-os e

categorizando-os, será, também, discutido o mecanismo de funcionamento, o processo

evolutivo, a extinção das espécies e o surgimento natural e induzido de novos seres

vivos (PARANÁ, 2008, p.74)

O avanço da Biologia é determinado pelas necessidades materiais do ser humano

com vistas ao seu desenvolvimento, em cada momento histórico. Como construção, o

conhecimento é sempre um processo inacabado. No processo ensino e aprendizagem,

quando uma resposta se põe a priori, impedindo que o aluno exponha suas hipóteses,

sua formulação de resposta a questão, também podemos considerá-la como um

obstáculo á aprendizagem (PARANÁ, 2008, p. 50).

O surgimento de novos paradigmas promoveu mudanças fundamentais na

construção de conceitos biológicos surgindo os conteúdos estruturantes para a disciplina

de Biologia a partir dos quais, abordam-se os conteúdos básicos e os específicos

(PARANÁ, 2008, p. 51).

Desta maneira para cada conteúdo estruturante a metodologia descritiva, utilizada

no momento histórico em que foi sistematizado o pensamento biológico, propõe a

observação e descrição dos seres vivos, utilização de situações que propiciem a

problematização, superação das concepções alternativas visando à aproximação das

concepções científicas e experimentais. A análise da Biologia como resultado da

problematização, investigação e transformação do conhecimento deve estar associado a

fatos históricos, sociais, políticos, econômicos e culturais de cada realidade. Superando

ou adequando conceitos a fim evitar o efeito enciclopédico considerado por Krasilchik

(apud PARANÁ, 2008).

Diante dessas argumentações o ensino de Biologia prima por um estudo que

considera as características biológicas do ser humano e o classifique como dentre tantas

espécies existentes na biosfera. Para tanto, os conteúdos específicos devem ser

trabalhados de forma contextualizada e articulada aos conteúdos básicos e

estruturantes, favorecendo a compreensão da diversidade biológica e cultural, visando

contemplar as legislações: Educação Ambiental (Lei nº 9.795/99), Educação Fiscal

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(Portaria 413/2002), Cidadania e Direitos Humanos: Enfrentamento a Violência na

Escola, Prevenção ao Uso indevido de Drogas e a Diversidade Educacional: Educação

para as Relações Étnico Raciais e Cultura Afro-brasileira e Africana (Lei nº10.639/03),

Educação Escolar Indígena (Lei nº 11.645/08), Proteção dos Animais ( Lei nº 14.037/03),

Lei da Biossegurança.

Saviani (1997) e Gasparin (2002) apud PARANÁ (2008) apontam que o ensino dos

conteúdos, neste caso conteúdos específicos de Biologia, necessita apoiar-se num

processo pedagógico em que:

A prática social se caracterize como ponto de partida, cujo objetivo é perceber e

denotar, dar significação às concepções alternativas do aluno a partir de uma visão

sincrética, desorganizada, de senso comum a respeito do conteúdo a ser trabalhado;

A problematização implique o momento para detectar e apontar as questões a

serem resolvidas na prática social e, por consequência, estabelecer que conhecimentos

são necessários para a resolução destas questões e as exigências sociais de aplicação

desse conhecimento;

A instrumentalização consiste em apresentar os conteúdos sistematizados para

que os alunos assimilem e os transformem em instrumento de construção pessoal e

profissional. Os alunos devem se apropriar das ferramentas culturais necessárias à luta

social para superar a condição de exploração em que vivem;

A catarse seja a fase de aproximação entre o conhecimento adquirido pelo aluno e

o problema em questão. A partir da apropriação dos instrumentos culturais,

transformados em elementos ativos de transformação social, o aluno passa a entender e

elaborar novas estruturas de conhecimento, ou seja, passa da ação para a

conscientização;

O retorno à prática social se caracterize pela apropriação do saber concreto e

pensado para atuar e transformar as relações de produção que impedem a construção

de uma sociedade mais igualitária. A visão sincrética apresentada pelo aluno no início

do processo passa de um estágio de menor compreensão do conhecimento científico a

uma fase de maior clareza e compreensão, explicitada numa visão sintética. O processo

educacional põe-se a serviço da referida transformação das relações de produção.

Os encaminhamentos metodológicos nas aulas de biologia envolverão realizações

de pesquisas, estudo do meio, aulas expositivas dialogadas, atividades individuais e em

grupo, atividades experimentais, leitura de textos, aplicações dos conhecimentos em

situações reais do cotidiano, análise e discussão de temas variados que favorecem

informações, espírito investigativo e estimulam o desenvolvimento de comunicação

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buscando atingir o objetivo de compreender o fenômeno da vida e sua complexidade de

relações associadas à história da ciência, ao cotidiano e as conquistas tecnológicas e

suas implicações éticas.

Os recursos tecnológicos disponíveis na escola como: TV Multimídia, projetor de

multimídia, retroprojetor, microscópios e laboratório de informática serão utilizados nas

aulas de biologia.

AVALIAÇÃO

Na disciplina de Biologia, avaliar implica um processo cuja finalidade é obter

informações necessárias sobre o desenvolvimento da prática pedagógica para nela

intervir e reformular os processos de ensino-aprendizagem. Pressupõe-se uma tomada

de decisão, em que o aluno também tome conhecimento dos resultados de sua

aprendizagem e organize-se para as mudanças necessárias (PARANÁ, 2008, p. 69).

A avaliação deve se fazer presente, tanto como meio diagnostico do processo

ensino aprendizagem quanto como instrumento de investigação da pratica pedagógica.

Para cumprir esta função a avaliação deve possibilitar o trabalho com um novo,

numa dimensão criadora e criativa que envolva ensino e aprendizagem, visando

contribuir para a compreensão das dificuldades de aprendizagem dos alunos, com vistas

ás mudanças necessárias para que esta aprendizagem se concretize e a escola se faça

mais próxima da comunidade, da sociedade como um todo, no atual contexto histórico e

no espaço onde os alunos estão inseridos.

CONTEÚDOS

1º ANO

CONTEÚDOS BÁSICOS

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Organização dos seres vivos

Mecanismos Biológicos

Biodiversidade

Implicação dos avanços biológicos no

fenômeno vida

Características gerais dos seres

vivos;

Níveis de organização dos seres

vivos;

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Histórico as célula;

Organização celular;

Histologia.

2º ANO

CONTEÚDOS BÁSICOS

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Organização dos seres vivos

Mecanismos biológicos

Biodiversidade

Avanços Biológicos

Classificação dos seres vivos;

Estudo dos vírus;

Os cinco reinos;

Anatomia e fisiologia animal.

3º ANO

CONTEÚDOS BÁSICOS

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Organização dos seres vivos

Mecanismos Biológicos

Biodiversidade

Implicação dos avanços biológicos no

fenômeno vida

Genética;

Evolução;

Ecologia.

AVALIAÇÃO

A avaliação é um dos aspectos do processo pedagógico que mais carece de

mudança didática para favorecer uma reflexão crítica de idéias e modificar

comportamentos docentes de “senso comum” muito persistentes (CARVALHO & GIL-

PÉREZ, 2001).

Quando a concepção de avaliação é, tão somente classificatória, pautada em

critérios que visam medir o aproveitamento, identifica-se erros, dificuldades de

aprendizagem, porém, não se sabe o que fazer com as informações levantadas e os

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professores acabam por não se preocuparem em “auxiliar o aluno a resolver suas

dificuldades ou a avançar no seu conhecimento” (HOFFMANN, 2003, p. 121).

Tomando por base as análises desenvolvidas pelas autoras Carvalho e

Hoffmann, considera-se a necessidade de envolvimento dos professores na análise

crítica da própria avaliação. Conforme Carvalho & Gil-Pérez (2001) é preciso que os

professores se envolvam numa análise crítica que considere a avaliação em Biologia um

instrumento de aprendizagem que forneça um feedback adequado para promover o

avanço dos alunos. Ao considerar o professor corresponsável pelos resultados que os

alunos obtiverem o foco da pergunta muda de “quem merece uma valorização positiva e

quem não“ para ”que auxílio precisa cada aluno para continuar avançando e alcançar os

resultados desejados”. Além disso, incentivar a reflexão, por parte do professor, sobre

sua própria prática.

Nestas Diretrizes, ao assumir fundamentos teórico-metodológicos que garantam

uma abordagem crítica para o ensino de Biologia, propõe-se um trabalho pedagógico em

que se perceba o processo cognitivo contínuo, inacabado, portanto, em construção.

Nesta perspectiva, a avaliação como momento do processo ensino

aprendizagem, abandona a ideia de que o erro e a dúvida constituem obstáculos

impostos à continuidade do processo. Ao contrário, o aparecimento de erros e dúvidas

dos alunos constituem importantes elementos para avaliar o processo de mediação

desencadeado pelo professor entre o conhecimento e o aluno. A ação docente também

estará sujeita a avaliação e exigirá observação e investigação visando à melhoria da

qualidade do ensino.

Deste modo, na disciplina de Biologia, avaliar implica um processo cuja finalidade

é obter informações necessárias sobre o desenvolvimento da prática pedagógica para

nela intervir e reformular os processos de ensino-aprendizagem. Pressupõe-se uma

tomada de decisão, em que o aluno também tome conhecimento dos resultados de sua

aprendizagem e organize-se para as mudanças necessárias.

Destaca-se que este processo deve procurar atender aos critérios para a

verificação do rendimento escolar previstos na LDB n. 9394/96 que considera a

avaliação como um processo “contínuo e cumulativo, com prevalência dos aspectos

qualitativos sobre os quantitativos”.

Enfim, adota-se como pressuposto a avaliação como instrumento analítico do

processo de ensino aprendizagem que se configura em um conjunto de ações

pedagógicas pensadas e realizadas ao longo do ano letivo, de modo que professores e

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alunos tornam-se observadores dos avanços e dificuldades a fim de superarem os

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19.2 - FILOSOFIA

PRESSUPOSTO TEÓRICO

DIMENSÕES HISTÓRICAS DA FILOSOFIA E SEU ENSINO

Constituída como pensamento há mais de 2600 anos, a Filosofia, que tem a

sua origem na Grécia antiga, traz consigo o problema de seu ensino a partir do embate

entre o pensamento de Platão e as teorias dos sofistas. Naquele momento, tratava-se de

compreender a relação entre o conhecimento e o papel da retórica no ensino. Por um

lado, Platão admitia que, sem uma noção básica das técnicas de persuasão, a prática do

ensino da Filosofia teria efeito nulo sobre os jovens. Por outro lado, também pensava

que se o ensino de Filosofia se limitasse à transmissão de técnicas de sedução do

ouvinte, por meio de discursos, o perigo seria outro: a Filosofia favoreceria posturas

polêmicas, como o relativismo moral ou o uso pernicioso do conhecimento.

A preocupação maior com a delimitação de metodologias para o ensino de

Filosofia é garantir que os métodos de ensino não lhe deturpem o conteúdo. A ideia de

que não existem verdades absolutas em conteúdos como, por exemplo, moral e política,

é tese defendida com frequência por filósofos. Ocorre que essa discussão, ao ser levada

para o ensino, torna inevitável o estranhamento que a ausência de conclusões

definitivas provoca nos estudantes. Essa é uma característica da Filosofia que, como

lição preliminar a qualquer conteúdo filosófico, deve ser bem compreendida. Russell

(2001, p. 148), em Os Problemas da Filosofia, respondeu a essa polêmica:

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O valor da filosofia, em grande parte, deve ser buscado na sua mesma incerteza. Quem

não tem umas tintas de filosofia é homem que caminha pela vida fora sempre agrilhoado

a preconceitos que se derivam do senso-comum, das crenças habituais do seu tempo e

do seu país, das convicções que cresceram no seu espírito sem a cooperação ou o

consentimento de uma razão deliberada. O mundo tende, para tal homem, a tornar-se

finito, definido, óbvio; para ele, os objectos habituais não erguem problemas, e as

possibilidades infamiliares são desdenhosamente rejeitadas. Quando começamos a

filosofar, pelo contrário, imediatamente caímos na conta de que até os objectos mais

ordinários conduzem o espírito a certas perguntas a que incompletissimamente se dá

resposta. A filosofia, se bem que incapaz de nos dizer ao certo qual venha a ser a

verdadeira resposta às variadas dúvidas que ela própria evoca, sugere numerosas

possibilidades que nos conferem amplidão aos pensamentos, descativando-nos da

tirania do hábito. Embora diminua, por consequência, o nosso sentimento de certeza no

que diz respeito ao que as coisas são, aumenta muitíssimo o conhecimento a respeito

do que as coisas podem ser; varre o dogmatismo, um tudo-nada arrogante, dos que

nunca chegaram a empreender viagens nas regiões da dúvida libertadora; e vivifica o

entendimento de admiração, porque mostra as coisas que nos são costumadas num

determinado aspecto que o não é.

Diante dessa perspectiva, a história do ensino da Filosofia, no Brasil e no

mundo, tem apresentado inúmeras possibilidades de abordagem, dentre as quais

destacam-se, segundo Ferrater Mora (2001):

• a divisão cronológica linear: Filosofia Antiga, Filosofia Medieval, Filosofia

Renascentista, Filosofia Moderna e Filosofia Contemporânea, etc.;

• a divisão geográfica: Filosofia Ocidental, Africana, Filosofia Oriental, Filosofia Latino-

Americana, dentre outras, etc.;

• a divisão por conteúdos: Teoria do Conhecimento, Ética, Filosofia Política, Estética,

Filosofia da Ciência, Ontologia, Metafísica, Lógica, Filosofia da Linguagem, Filosofia da

História, Epistemologia, Filosofia da Arte, etc.

Ao conceber o ensino de Filosofia por meio de conteúdos estruturantes, estas

Diretrizes não excluem, outrossim, absorvem as divisões cronológicas e geográficas.

Cabe ressaltar que abordagens por divisão geográfica podem apresentar dificuldades de

naturezas diversas, sobretudo no Ensino Médio.

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Por exemplo, o trabalho com a chamada filosofia oriental e a filosofia africana

demanda esclarecimentos preliminares. O termo filosofia oriental é tomado, muitas

vezes, de forma excessivamente ampla. Não se pode dar tratamento tão genérico a

essa complexa dimensão da Filosofia que se estende da antiguidade à

contemporaneidade e compreende o pensamento elaborado numa vasta zona

geográfica que abrange Síria, Fenícia, Índia, China, Japão e vários outros países. Além

disso, há que se considerar o pensamento árabe e o judaico, comumente vinculados à

filosofia ocidental. Mas, ainda que se observem essas divisões, seria preciso enfrentar

outros problemas.

Um dos maiores problemas é que, quando se tenta desenvolver seu conteúdo, é preciso

abandonar frequentemente o tipo de pensamento propriamente filosófico e se referir

antes ao pensamento religioso ou até mesmo às formas mais gerais da cultura

correspondente. Quando essa referência constitui o horizonte cultural, histórico ou

espiritual dentro do qual pode ser inserida a Filosofia, a desvantagem a que aludimos

não é considerável; mais ainda, tal referência pode ajudar a compreender melhor o

pensamento filosófico que se trata de esclarecer. Porém, quando o horizonte em

questão substitui a Filosofia de modo excessivamente radical, corre-se o risco de perdê-

la de vista completamente. (FERRATER MORA, 2001, p. 1103)

De acordo com o mesmo autor, o momento que marcou o renascimento da

discussão sobre a existência de uma filosofia africana foi o livro do missionário Plácido

Tempels - La philosophie bantoue (1945). Nessa obra, ele defende uma filosofia africana

baseada não somente na escrita, mas também na linguagem oral, ao tomar por base

provérbios, mitos e crenças, o que a torna mais viva se comparada à filosofia ocidental.

No entanto, se a filosofia africana traz como vantagem a ideia de que o ser é

dinâmico, dotado de força – concepção essa que aparece também em algumas filosofias

ocidentais –, é preciso considerar que a sua fundamentação exclusiva na linguagem

oral, ainda que pareça interessante, acaba por apresentar-se como uma fragilidade,

evidenciada pela dificuldade com o idioma e também pela carência de bibliografia. Por

essa razão, esse conteúdo não está relacionado entre os que compõem os conteúdos

estruturantes de Filosofia, podendo, todavia, ser tratado na qualidade de conteúdo

básico. O professor, dada a sua formação, sua especialização, suas leituras, terá a

liberdade para fazer o recorte que julgar adequado e pertinente. Além disso, deve estar

atento às demandas das legislações específicas referentes à inclusão e à diversidade.

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Nestas Diretrizes, opta-se pelo trabalho com conteúdos estruturantes, tomados

como conhecimentos basilares, que se constituíram ao longo da história da Filosofia e

de seu ensino, em épocas, contextos e sociedades diferentes e que, tendo em vista o

estudante do Ensino Médio, ganham especial sentido e significado político, social e

educacional.

A amplitude da Filosofia, de sua história e de seus textos desautoriza a falsa

pretensão do esgotamento de sua produção, seus problemas, sua especificidade e

complexidade. Por reconhecer essa condição, as Diretrizes fazem a opção pelos

seguintes conteúdos estruturantes: Mito e Filosofia; Teoria do Conhecimento; Ética;

Filosofia Política; Filosofia da Ciência e Estética.

A escolha desses conteúdos não significa, porém, que as Diretrizes

Curriculares excluam a possibilidade de trabalhar com a história da filosofia. Pelo

contrário, elas partilham a ideia de que sem uma consideração histórica dos temas

filosóficos, a filosofia corre o risco de tornar-se superficial. No entanto, o que essas

Diretrizes Curriculares desencorajam é a organização meramente cronológica e linear

dos conteúdos.

A história da filosofia e as ideias dos filósofos que nos precederam constituem,

assim, uma fonte inesgotável de inspiração e devem alimentar constantemente as

discussões realizadas pelo professor e pelos estudantes em sala de aula. Os problemas,

as ideias, os conceitos e os conteúdos estruturantes devem ser desenvolvidos, portanto,

de tal forma que os diversos períodos da história da filosofia e as diversas maneiras

através das quais eles discutem as questões filosóficas sejam levados em consideração.

Ao examinar a Filosofia Antiga, por exemplo, percebe-se com facilidade que ela

se caracteriza, inicialmente, pela preocupação com as questões de ordem cosmológica,

isto é, com a exploração das perguntas relativas à natureza e ao seu ordenamento.

Posteriormente, ela amplia seus horizontes de discussão e inclui investigações sobre a

condição humana.

• o princípio originário (arché);

• as leis que regem o universo;

• os fenômenos atmosféricos;

• o movimento e a estática;

• o lugar do homem no cosmos;

• a questão da ética e da política.

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Na Idade Média, a Filosofia era fortemente marcada pelo teocentrismo,

pensamento de características muito diferentes das que prevaleciam no período anterior.

A desestruturação do Império Romano foi concomitante ao crescimento da

Igreja como poder eclesiástico, fundamentado nas teologias políticas que foram

elaboradas pelos teóricos cristãos. A função dessas teologias políticas era a ordenação,

a hierarquização e o controle da sociedade, sob os auspícios da lei divina. Nesse

contexto, a filosofia, retirada do espaço público, passa a ser prerrogativa da Igreja.

O medievo é, assim, marcado pela inspiração divina da Bíblia, pelo

monoteísmo, pelo criacionismo, pela ideia do pecado original, pelo conceito cristão de

amor (ágape) e por uma nova concepção de Homem, cuja essência encerra a condição

de igualdade como criatura divina. A Filosofia da Idade Média, nos seus dois grandes

períodos, Patrística (séc. II ao VIII) e Escolástica (séc. IX ao XIV), trata basicamente

do aperfeiçoamento dos instrumentos lógicos para melhor compreensão dos textos

bíblicos e dos ensinamentos dos Padres da Igreja. A razão é posta predominantemente

em função da fé, ou seja, a Filosofia serve à teologia [...] não basta crer: é preciso

também compreender a fé. (REALE, ANTISERI, 2003, p. 125).

Na modernidade, a busca da autonomia da razão e da constituição da

individualidade se confronta com os discursos abstratos sobre Deus e sobre a alma,

substituindo-os, paulatinamente, pelo pensamento antropocêntrico. A Filosofia declara

sua independência da Teologia e os pensadores passam a tratar principalmente de

questões filosófico-científicas (Racionalismo, Empirismo, Criticismo). O homem descobre

sua importância ao compreender as lógicas da natureza, da sociedade e do universo.

Ser moderno significa valorizar o homem (antropocentrismo); não aceitar passivamente

o critério da autoridade ou da tradição; valorizar a experimentação; separar os campos

da fé e da razão; confiar na razão, que se bem empregada permite o conhecimento

objetivo do mundo com benefícios para o homem.

A filosofia contemporânea é resultado da preocupação com o homem,

principalmente no tocante à sua historicidade, sociabilidade, secularização da

consciência, o que se constata pelas inúmeras correntes de pensamento que vêm

constituindo esse período.

A partir do final do século XIX, a Filosofia é marcada pelo pluralismo de ideias,

o que permite pensar de maneira específica cada um dos conteúdos estruturantes

apresentados nestas Diretrizes. Ainda que os problemas pensados hoje também tenham

se apresentado, anteriormente, como problemas, a atividade filosófica deve considerar

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as características e perspectivas do pensamento que marcam cada período da história

da Filosofia.

Evidentemente, cada processo de escolha determina ausências e toda

ausência gera questionamento. Por que não adotamos um percurso cronológico

segundo a história da Filosofia? Ora, não se trata de abandonar a história da Filosofia,

pois a opção por conteúdos estruturantes compreende também o trabalho com os textos

clássicos dos filósofos. Trata-se de garantir que o ensino de filosofia não perca algumas

características essenciais da disciplina, como por exemplo, a capacidade de dialogar de

forma crítica e mesmo provocativa com o presente.

As experiências com abordagem estritamente cronológica e linear não

costumam favorecer esse necessário diálogo. Ainda, importa destacar que os currículos

dos cursos de graduação em Filosofia que trabalham com a disciplina História da

Filosofia não se restringem a essa abordagem.

DIMENSÕES HISTÓRICAS DO ENSINO DE FILOSOFIA NO BRASIL

No Brasil, a Filosofia como disciplina figura nos currículos escolares desde o

ensino jesuítico, ainda nos tempos coloniais sob as leis do Ratio Studiorum − documento

publicado em 1599, que segundo Ribeiro (1978) objetivava a organização e o

planejamento do ensino dos jesuítas, com base em elementos da cultura europeia,

ignorando a realidade, as necessidades e interesses do índio, do negro e do colono.

Tais estudos:

(...) se compunham de quatro séries de gramática (assegurar a expressão clara e exata),

uma de humanidades (assegurar expressão rica e elegante) e uma de retórica

(assegurar expressão poderosa e convincente). A escola de ler e escrever existia

excepcionalmente nos colégios como ocasião para que alguns alunos fossem

introduzidos nessas técnicas indispensáveis ao acompanhamento no curso de

humanidades. (RIBEIRO, 1978, p. 09)

Nessa perspectiva, a educação em geral e, consequentemente a Filosofia,

eram entendidas como instrumentos de formação moral e intelectual sob os cânones da

Igreja Católica, dos interesses das elites coloniais e do poder cartorial local.

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Com a Proclamação da República, a Filosofia passou a fazer parte dos

currículos oficiais, até mesmo como disciplina obrigatória. Essa presença não significou,

porém, um movimento de crítica à configuração social e política brasileira, que oscilou

entre a democracia formal, o populismo e a ditadura. A partir de um dos documentos

educacionais mais importantes de então – o Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova

de 1932 –, que pretendia reconstruir a educação no Brasil, percebese que os currículos

escolares sofreram uma queda significativa da participação das humanidades. A nova

política educacional da era Vargas, especialmente após a constituição de 1937, previa o

desenvolvimento da educação técnica profissional, de nível secundário e superior, como

base da economia nacional, com a necessária variedade de tipos de escola. Esse

padrão predominou até 1961.

A LDB n. 4.024/61 extinguiu a obrigatoriedade do ensino de Filosofia e, com a

Lei n. 5.692/71, durante a ditadura, a Filosofia desapareceria dos currículos escolares do

Segundo Grau, sobretudo por não servir aos interesses políticos, econômicos e

ideológicos do período.

No ensino superior a situação da Filosofia pode ser ilustrada pelos exemplos

dados por Corbisier (1986, p. 84): o Instituto Brasileiro de Filosofia (IBF), fundado em

1951, “atravessou incólume os 15 anos de ditadura militar, sem que nada lhe

acontecesse. Ao longo desses 15 anos, de opressão e repressão, de prisão, tortura e

morte, nenhum diretor ou professor desse Instituto foi processado ou preso [...]”. O outro

exemplo envolve o Instituto Superior de Estudos Brasileiros (Iseb), fundado em 1954,

que:

[...] foi extinto, por decreto, dias depois do golpe militar de 1964. Por que um

permaneceu aberto, em funcionamento, e o outro foi fechado, extinto, pela ditadura

fascista? Porque no primeiro se cultivava [...] a Filosofia acadêmica, metafísica que,

separando a Filosofia da política, se torna mero jogo, divertimento ocioso, inofensivo e

inconseqüente, que por isso mesmo, não preocupa os serviços de segurança. O outro

Instituto, o ISEB, foi fechado porque não se propunha conhecer para conhecer apenas,

estudar as ciências e a Filosofia para permanecer indefinidamente em seu estudo. Não

pretendia, somente, [...] compreender o mundo e nosso país na perspectiva mundial,

mas contribuir, também, para sua efetiva transformação. [...] A Filosofia torna-se

perigosa, subversiva, a partir do momento que deixa de ser essa interminável e estéril

ruminação no interior da própria Filosofia, esse eterno repisar dos mesmos problemas,

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insolúveis no plano da pura teoria, para tornar-se [...] [prática]. (CORBISIER, 1986, p.

84-85).

Esses dois exemplos são um referencial importante para indicar qual Filosofia

se pretende nestas Diretrizes e como pode ser estudada.

A partir da década de 1980, com o processo de abertura política e de

redemocratização do país, as discussões e movimentos pelo retorno da Filosofia ao

Ensino Médio (à época, denominado Segundo Grau) ocorreram em vários estados do

Brasil. Na Universidade Federal do Paraná, professores ligados à Filosofia iniciaram um

movimento que contava com articulações políticas e organização de eventos na defesa

da retomada do espaço da Filosofia, em contestação à educação tecnicista, oficializada

pela Lei n. 5692/71.

A mobilização desse período, ocorrida nos grandes centros, foi essencial para

a criação da Sociedade de Estudos e Atividades Filosóficas (Seaf). Esse movimento

intelectual defendeu a presença da Filosofia nos currículos escolares brasileiros e, por

isso, constituiu um importante marco na afirmação dessa disciplina na formação do

estudante do nível médio.

Apoiamos a orientação geral do projeto de retorno da filosofia ao 2º grau, inclusive no

seu intento de propor roteiros programáticos alternativos, que, sem tolher a autonomia

do professor, aponta elementos que visam – pela iniciação ao trabalho da crítica –

enriquecer a experiência humana, colaborando com as demais ciências, sem dispensar

o rigor da reflexão filosófica pela leitura dos clássicos. Ora, se Kant tem razão quando

afirma que não se ensina a filosofia, mas sim a filosofar, nada melhor do que

proporcionar aos alunos o contato direto com os textos dos grandes filósofos bem como

levá-los ao estudo mais atento dos problemas pertinentes ao mundo em que vivem. O

projeto traz ainda a intenção de discutir as finalidades do ensino de 2º grau – hoje

notadamente marcado pela formação técnico-profissionalizante – e reafirma a função

pedagógica da filosofia, na medida em que pensa a falência do modelo político de

ensino, problematizando no interior da escola secundária o trabalho do educador.

(Paraná, 1981. Textos Seaf. Curitiba, ano 2, número 3, 1981. Nota da Coordenação).

A experiência da Seaf foi significativa, mas não duradoura. A esse movimento se

seguiu um silêncio interrompido por eventos esporádicos, destinados a um público

restrito, à própria comunidade acadêmica.

Somente em 1994, por iniciativa do Departamento de Ensino Médio, (denominado à

época Departamento de Ensino de Segundo Grau), e dos professores da rede pública,

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iniciaram-se discussões e estudos voltados para elaborar uma proposta curricular para a

disciplina de Filosofia no Ensino Médio, que resultaram na Proposta Curricular de

Filosofia para o Ensino de Segundo Grau.

O documento de 1994 contém um histórico de sua construção e do ensino de

Filosofia, seguido de fundamentação teórica que indica as especificidades da Filosofia

no currículo de Segundo Grau, propõe uma metodologia de ensino e termina por

apresentar critérios para a avaliação do processo pedagógico. No entanto, não

apresenta conteúdos a serem ensinados.

Com a mudança de governo em 1995, a Proposta Curricular de Filosofia para o

Ensino de Segundo Grau caiu no esquecimento e deixou de ser aplicada nas escolas do

Estado do Paraná. A partir desse momento, uma opção neoliberal passou a orientar a

reestruturação do sistema público de ensino.

A partir da LDB n. 9.394/96, o ensino de Filosofia, no Nível Médio, começou a

ser discutido, embora a tendência das políticas curriculares oficiais fosse a de manter a

Filosofia em posição de saber transversal às disciplinas do currículo. Essa posição está

expressa no veto de 2001 do então presidente Fernando Henrique Cardoso ao projeto

de lei que propunha o retorno da Filosofia e da Sociologia como disciplinas obrigatórias

no Ensino Médio.

O veto apoiava-se em três argumentos constantemente identificáveis no

discurso contrário à Filosofia como disciplina obrigatória:

• precariedade na formação de professores;

• elevação dos gastos dos Estados com a contratação de professores;

• redução da Filosofia a um discurso puramente pedagógico, o que descaracterizaria

suas peculiaridades.

Ao examinar mais atentamente tais argumentos, observa-se que nem sempre

eles procedem. Por exemplo, os dados do concurso para professores de Filosofia

promovido em 2004 pela Secretaria de Educação do Estado do Paraná demonstram que

o número de inscritos foi muito superior ao número de vagas disponíveis; portanto, o

número de profissionais formados em Filosofia é significativo. Existe no Estado do

Paraná um número expressivo e crescente de cursos de graduação de Filosofia,

formando profissionais habilitados à docência.

O argumento da elevação dos custos dos Estados e municípios também não

procede, pois o que se propõe é remanejar a carga horária já existente e não aumentá-

la. Por fim, é falacioso dizer que a Filosofia não deve limitar-se ao âmbito escolar, pois

perderia sua característica de resistência, de crítica e de criatividade. Entende-se o

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contrário. É no espaço escolar que a Filosofia busca demonstrar aquilo que lhe é

próprio: o pensamento crítico, a resistência e a criação de conceitos. A Filosofia procura

tornar vivo o espaço escolar, onde sujeitos exercitam a inteligência buscando no diálogo

e no embate entre as diferenças a sua convivência e a construção da sua história. É

importante aqui ressaltar a dimensão política do filosofar.

Ora, o que é notável é que essa ligação entre o político e a linguagem está inscrita na

instituição mesma da isègoria: todos os homens, e todos os homens igualmente,

simplesmente na medida em que falam, estão aptos a viver em comunidade e,

precisamente porque falam e podem dizer o justo e o injusto, a participar do poder da

referida comunidade. (WOLFF, 2003, p. 40).

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação n. 9.394/96, no art. 36, determinava

que, ao final do Ensino Médio, o estudante deveria “dominar os conhecimentos de

Filosofia e de Sociologia necessários ao exercício da cidadania”. O caráter transversal

dos conteúdos filosóficos aparecia com clareza nos documentos oficiais, cumprindo a

exigência da Lei quanto à necessidade de domínio dos conhecimentos filosóficos, mas,

sem a exigência da introdução efetiva da disciplina na matriz curricular das escolas de

Ensino Médio.

Na perspectiva da transversalidade, presente na LDB, a Filosofia perdia seu

estatuto de disciplina e era reduzida a uma ferramenta virtual, útil ao exercício de uma

cidadania com baixa exigência de participação. Se antes ela tinha estatuto de disciplina,

mas era vista como complementar e não tinha espaço nos currículos escolares –

notadamente tecnicistas –, agora seus conhecimentos são reconhecidos como

necessários ao exercício da cidadania. Porém, com a manutenção da condição de

conhecimento meramente transversal, ela perdia seu estatuto de disciplina escolar,

ficando sem espaço na matriz curricular.

A Resolução n. 03/98 do Conselho Nacional de Educação apresentava de

forma equivocada a Filosofia na transversalidade do currículo, porque omitia seu caráter

historicamente disciplinar. Tal posição foi revista nas Orientações Curriculares do Ensino

Médio - MEC (2004), que analisa os Parâmetros Curriculares Nacionais de Filosofia do

Ensino Médio. Esse documento teve a colaboração da Associação Nacional de Pós-

Graduação em Filosofia (Anpof), a pedido do Departamento de Políticas do Ensino

Médio do Ministério da Educação:

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[...] a legislação parece prestigiar a Filosofia concedendo-lhe até alguma centralidade.

Como sabemos, essa aparência é enganadora. A tese da centralidade traduziu-se na

não integração

obrigatória e especificidades de conteúdos [...]. (BRASIL, 2004, p. 375)

A não indicação da obrigatoriedade da disciplina e dos conteúdos que

tradicionalmente constituem seu estudo, pelos Parâmetros Curriculares Nacionais,

deixou inócua qualquer discussão curricular sobre o ensino de Filosofia. Esse foi o

consenso dos professores de Filosofia de todo o país, convocados em 2004 pelo MEC

para discutir em cinco seminários regionais e um seminário nacional os Parâmetros

Curriculares Nacionais do Ensino Médio. O coletivo de professores sugeriu diversas

mudanças na legislação, que foram acatadas pelo MEC e enviadas ao Conselho

Nacional de Educação, em fins de 2005, com o objetivo de subsidiar discussões sobre a

alteração da Resolução n. 03/98:

O tratamento disciplinar da Filosofia no Ensino Médio é condição elementar e prévia

para que ela possa intervir com sucesso também em projetos transversais e, nesse nível

de ensino, juntamente com as outras disciplinas, possa contribuir para o pleno

desenvolvimento do educando, tanto em seu preparo para o exercício da cidadania

como em sua qualificação para o trabalho, como reza a LDB. Sendo assim, a

necessidade da Filosofia no Ensino Médio é evidente, devendo ser doravante

contemplada pelo requisito de obrigatoriedade, com a concomitante e contínua atenção

dos responsáveis pelo ensino às condições materiais e acadêmicas, de modo que a

disciplina, com profissionais formados em Filosofia seja ministrada de maneira

competente, enriquecedora e mesmo prazerosa. (BRASIL, 2006, p.15)

A proposta de mudança da Resolução CNE/CEB n. 03/98, no seu artigo 10º, §

2º, enviada ao CNE, foi discutida em fevereiro e junho de 2006, sendo aprovada por

unanimidade pelo Conselho Nacional de Educação em julho do mesmo ano. Em agosto

de 2006, o parecer CNE/CEB n. 38/2006, que tornou a Filosofia e a Sociologia

disciplinas obrigatórias no Ensino Médio, foi homologado pelo Ministério da Educação

pela Resolução n. 04 de 16 de agosto de 2006.

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No Estado do Paraná, foi aprovada a lei n. 15.228, em julho de 2006, tornando

a Filosofia e a Sociologia obrigatórias na matriz curricular do Ensino Médio.

O cumprimento da exigência intrínseca a qualquer disciplina de figurar na

matriz curricular faz surgir uma série de questões e problemas a serem discutidos. Daí

que, da década de 1980 até hoje, os professores de filosofia vêm manifestando uma

preocupação com o conteúdo e a metodologia, em outras palavras, a necessidade de

pensar a relação entre os textos filosóficos e a experiência filosófica no ensino médio.

Segundo Gallo (2000), observa-se hoje no Brasil um movimento de pensar

filosoficamente o ensino de Filosofia, no qual os filósofos têm tomado para si a

responsabilidade de pensar a prática docente nos vários níveis.

Em meio a esse movimento, está a construção destas Diretrizes para o ensino

de Filosofia. Para tanto, faz-se necessário revisitar a história do ensino de Filosofia no

Brasil e no Paraná. Nesse processo identificam-se as filosofias ensinadas, com seus

recortes distintos de conteúdos, em cada momento histórico: por um lado, as filosofias

que muitas vezes eram legitimadas, ou até mesmo coniventes com a sociedade em que

estavam inseridas e, por outro lado, as filosofias que se dispunham a questionar, criticar,

opor resistência e, portanto, propor mudanças.

No Brasil, em linhas gerais, quando tomamos contato com a história da

disciplina de Filosofia, percebemos um movimento de afirmação e busca do seu espaço,

com a necessidade de justificar-se perante as demais disciplinas diante da insistente,

porém pertinente pergunta: para que Filosofia?

Importante lembrar que vivemos ainda um momento de defesa da disciplina de

Filosofia, da sua consolidação no currículo escolar e da luta pela sua legitimação diante

da sociedade brasileira, uma vez que seu reconhecimento legal se deu na correção da

LDB em junho de 2008 pela lei 11.684.

Não menos importante na história da disciplina é a questão: qual Filosofia

ensinar? Essa indagação remete-nos ao conteúdo da Filosofia e também ao método de

ensino, ou seja, de qual filosofar estas Diretrizes estão tratando. A sequência desse

raciocínio nos impele a uma terceira questão: filosofar para quê?

Essa linha de pensamento sobre o ensino de Filosofia está presente na

Declaração de Paris para a Filosofia, redigida durante as jornadas internacionais

Philosophie et démocratie dans le monde, quando sublinha:

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[...] ação filosófica formando espíritos livres e reflexivos capazes de resistir às diversas

formas de propaganda, fanatismo, exclusão e intolerância, contribui para a paz e

prepara cada um para assumir suas responsabilidades face às grandes interrogações

contemporâneas [...] Consideramos que a atividade filosófica – que não deixa de discutir

livremente nenhuma idéia, que se esforça em precisar as definições exatas das noções

utilizadas, em verificar a validade dos raciocínios, em examinar com atenção os

argumentos dos outros – permite a cada um aprender e pensar por si mesmo [...].

(UNESCO, 1995)

Favaretto (1995) afirma que há um problema anterior ao currículo; trata-se da

impossibilidade contemporânea de estabelecer um sentido único para a Filosofia.

Entendendo, assim, que existem concepções filosóficas diversas, cabe a cada professor

o desafio constante de definir para si mesmo o lugar de onde pensa e fala.

Para resolver esse problema sugere-se o seguinte procedimento: definir o local

onde o ensino se realiza e a qual sujeitos ele se dirige. Isso permitirá pensar qual

Filosofia será ensinada.

Identifica-se o local onde se pensa e fala a partir do resgate histórico da

disciplina e da militância por sua inclusão e permanência na escola. Ensinar Filosofia

noEnsino Médio, no Paraná, no Brasil, na América Latina, não é o mesmo que ensiná-la

em outro lugar. Isso exige do professor claro posicionamento em relação aos sujeitos

desse ensino e das questões históricas atuais que lhes são colocadas como cidadãos de

um país. Nesse sentido, é preciso levar em conta as contradições próprias da nossa

sociedade que é, ao mesmo tempo, capitalista e dependente, rica e explorada,

consciente e alienada.

Ao pensar o ensino de Filosofia, estas Diretrizes fazem ver, a partir da

compreensão expressa por Appel (1999), que não há propriamente ofício filosófico sem

sujeitos democráticos e não há como atuar no campo político e cultural, avançar e

consolidar a democracia quando se perde o direito de pensar, a capacidade de

discernimento e o uso autônomo da razão. Quem pensa opõe resistência.

A Filosofia é filha da ágora e sua origem a vincula à política. Uma Filosofia sem

compromissos com a humanidade e distante da política, seria por si só uma contradição

insuperável. Esse vínculo histórico se fortalece na medida em que a Filosofia desenvolve

as potencialidades que a caracterizam: capacidade de indagação e crítica; qualidades

de sistematização, de fundamentação; rigor conceitual; combate a qualquer forma de

dogmatismo e autoritarismo; disposição para levantar novas questões, para repensar,

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imaginar e construir conceitos, além da sua defesa radical da emancipação humana, do

pensamento e da ação, livres de qualquer forma de dominação. Não se pode deixar de

observar que tais características desautorizam qualquer aproximação entre a Filosofia e

certas perspectivas messiânicas ou salvíficas, por mais sedutoras que possam parecer.

FUNDAMENTOS TEÓRICO-METODOLÓGICOS

Na atual polêmica mundial acerca dos possíveis sentidos dos valores éticos,

políticos, estéticos e epistemológicos, a Filosofia tem um espaço a ocupar e muito a

contribuir. Seus esforços dizem respeito, basicamente, aos problemas e conceitos

criados no decorrer de sua longa história, os quais por sua vez geram discussões

promissoras e criativas que desencadeiam, muitas vezes, ações e transformações. Por

isso, permanecem atuais.

Um dos objetivos do Ensino Médio é a formação pluridimensional e

democrática, capaz de oferecer aos estudantes a possibilidade de compreender a

complexidade do mundo contemporâneo, suas múltiplas particularidades e

especializações.

Nesse mundo, que se manifesta quase sempre de forma fragmentada, o

estudante não pode prescindir de um saber que opere por questionamentos, conceitos e

categorias e que busque articular o espaço-temporal e sócio-histórico em que se dá o

pensamento e a experiência humana.

Como disciplina na matriz curricular do Ensino Médio, considera-se que a filosofia

pode viabilizar interfaces com as outras disciplinas para a compreensão do mundo da

linguagem, da literatura, da história, das ciências e da arte.

Mas essas discussões [problemas], nascendo da política, da cultura ou do

comportamento, não podem dispensar conteúdos filosóficos nem se pulverizar: gosto da

idéia de ciclos de filmes, que dialoguem entre si, falando, por exemplo, na condição

social dos personagens, no amor que vivem, na vinda do imigrante, na luta contra a

opressão. Há muito espaço [...] para a Filosofia. (RIBEIRO, 2005)

Quando se trata do ensino de Filosofia, é comum retomar a clássica questão a

respeito da cisão entre Filosofia e filosofar: ensinamos a filosofar ou ensinamos

Filosofia? Para Kant (1985), só é possível ensinar a filosofar, isto é, exercitar a

capacidade da razão em certas tentativas filosóficas já realizadas. É preciso, contudo,

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reservar à atividade filosófica em sala de aula o direito de investigar as ideias até suas

últimas consequências, conservando-as ou recusando-as. Em Hegel, o conhecimento do

conteúdo da Filosofia é indispensável a sua prática, ou seja, do filosofar. A Filosofia

constitui seu conteúdo, visto que reflete sobre ele.

[...] a própria prática da Filosofia leva consigo o seu produto e não é possível fazer

Filosofia sem filosofar, nem filosofar sem Filosofia, porque a Filosofia não é um sistema

acabado, nem o filosofar apenas a investigação dos princípios universais propostos

pelos filósofos [...]. (GALLO; KOHAN, 2000, p. 184)

A Filosofia se apresenta como conteúdo filosófico e como exercício que

possibilita ao estudante desenvolver o próprio pensamento. O ensino de Filosofia é um

espaço para análise e criação de conceitos, que une a Filosofia e o filosofar como

atividades indissociáveis que dão vida ao ensino dessa disciplina juntamente com o

exercício da leitura e da escrita.

Os filósofos não se ocuparam o bastante com a natureza do conceito como realidade

filosófica. Eles preferiram considerá-lo como um conhecimento ou uma representação de

dados, que se explicam por faculdades capazes de formá-lo (abstração ou

generalização) ou de utilizá-lo (o juízo). Mas o conceito não é dado, é criado, está por

criar; não é formado, ele próprio se põe em si mesmo, autoposição [Hegel]. [...] Os pós-

kantianos giravam em torno de uma enciclopédia universal do conceito, que remeteria

sua criação a uma pura subjetividade, em lugar de propor uma tarefa mais modesta,

uma pedagogia do conceito, que deveria analisar as condições de criação como fatores

de momentos que permanecem singulares. Se as três idades do conceito são a

enciclopédia, a pedagogia e a formação profissional comercial, só a segunda pode nos

impedir de cair, dos picos do primeiro, no desastre absoluto do terceiro, desastre

absoluto para o pensamento, quaisquer que sejam, bem entendidos, os benefícios

sociais do ponto de vista do capitalismo universal. (DELEUZE; GUATTARI, 1992, p. 20-

21)

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A PRIMEIRA IDADE DO CONCEITO, A ENCICLOPÉDICA

A idade enciclopédica apresenta uma concepção abstrata do conceito. Seria

como se ele existisse num plano de transcendência, universal, a fim de explicar a

imanência, ou seja, a história. “Hegel mostrava, assim, que o conceito nada tem a ver

com uma idéia geral e abstrata, nem tampouco com uma sabedoria incriada, que não

dependeria da própria Filosofia” (DELEUZE; GUATTARI, 1992, p. 20). O problema

apontado por Deleuze e Guattari é que, por mais que os pós-kantianos considerem a

perspectiva histórica, o que implica a criação e a autoposição dos conceitos, buscam

construir uma enciclopédia dos conceitos universais, uma perfeição inatingível e distante

do plano de imanência da história da maioria dos humanos.

A SEGUNDA IDADE DO CONCEITO, A PEDAGÓGICA

A idade pedagógica toma ares de simplicidade porque aproxima a Filosofia de

sua vocação original de criar conceitos, considerando, porém “as condições da sua

criação como fatores de momentos que permanecem singulares” (DELEUZE;

GUATTARI, 1992, p. 21). Ao conceber a filosofia como criação de conceitos, estas

Diretrizes não a veem como uma enciclopédia universal do conceito. Não se trata,

evidentemente, de defesa apolítica da singularidade. O argumento de que “o primeiro

princípio da Filosofia é que os Universais não explicam nada, eles próprios devem ser

explicados” (idem, p. 15), implica a ideia da existência de espaços para tais explicações

e de filósofos dispostos a explicá-los. Se a criação de conceitos é Filosofia acessível a

todos e se todos são potencialmente filósofos, então todos poderão rivalizar nos agóns

(Termo grego que designa assembleia, espaço de reuniões, debates e disputas). Trata-

se, portanto, de valorizar a criação singular num plano de imanência, num contexto

histórico da convivência com o outro e das possíveis criações coletivas.

Afirma-se a necessidade de criar conceitos universais – a unidade de uma

sociedade, suas leis, seus valores morais –, uma vez que eles só podem resultar de um

processo de amplos e profundos debates entre singularidades conscientes do seu papel

político e da necessária construção de consensos que não se cristalizam porque são

abertos à autoposição e a novas criações.

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A TERCEIRA IDADE DO CONCEITO, A FORMAÇÃO PROFISSIONAL COMERCIAL

A idade da formação profissional comercial do conceito é entendida por

Deleuze e Guattari (1992) como o fundo do poço da vergonha, um desastre absoluto, a

morte do pensamento por sua rendição aos interesses do capitalismo universal e por

seu caráter imediatista. O conceito se transmuta em mero instrumento ao sabor do

mercado, em simulacro, em jogo de linguagem, desprovido de crítica, de criação e das

potencialidades transformadoras.

O movimento geral que substituiu a crítica pela promoção comercial não deixou de afetar

a Filosofia. O simulacro, a simulação de um pacote de macarrão tornou-se o verdadeiro

conceito, e o apresentador-expositor do produto, mercadoria ou obra de arte, tornou-se o

filósofo, o personagem conceitual, o artista. (DELEUZE; GUATTARI, 1992, p.19)

Em oposição à dimensão profissional comercial do conceito, e na perspectiva

da superação da dimensão enciclopédica, estas Diretrizes propõem a sua dimensão

pedagógica. A Filosofia na escola pode significar o espaço de experiência filosófica,

espaço de provocação do pensamento original, da busca, da compreensão, da

imaginação, da investigação, da análise e da criação de conceitos.

Ao deparar-se com os problemas e por meio da leitura dos textos filosóficos,

espera-se que o estudante possa pensar, discutir, argumentar e, que, nesse processo,

crie e recrie para si os conceitos filosóficos, ciente de que não há conceito simples.

Segundo Deleuze e Guattari (1992), todo conceito tem componentes e se

define por eles. Não há conceito de um só componente e não há conceito que disponha

de todos os componentes no momento de sua erupção. Todo conceito é ao menos duplo

ou triplo e remete a um problema ou a problemas sem os quais não teria sentido, e que

só podem ser isolados ou compreendidos na medida de sua solução. A criação de

conceitos só é possível na Filosofia quando os problemas para os quais eles são as

respostas são considerados ruins ou mal elaborados.

Conforme esses autores, todo conceito tem uma história, embora a história se

desdobre em ziguezague, embora cruze com outros problemas ou com outros planos.

Os conceitos jamais são criados do nada. Em cada um deles há, no mais das vezes,

pedaços ou componentes vindos de outros que respondiam a outros problemas e

supunham outros planos em momentos históricos diversos. Cada conceito opera um

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novo corte, assume novos contornos, deve ser reativado ou recortado. É o devir do

conceito.

Em suma, a natureza do conceito ou o conceito de conceito “define-se pela

inseparabilidade de um número finito de componentes heterogêneos percorridos por um

ponto de sobrevôo absoluto, à velocidade infinita” (DELEUZE; GUATTARI, 1992, p. 33).

Não há nenhuma razão para que os conceitos se sigam, eternizem-se. Nesse

sentido, “um filósofo não pára de remanejar seus conceitos, e mesmo de mudálos”

(DELEUZE, GUATTARI, 1992, p. 34). A cada momento, ele está preocupado com

questões distintas e problemas específicos. O conceito criado a partir dessas

circunstâncias se identifica às particularidades de cada situação filosófica e pode, assim,

reorganizar seus componentes ou criar novos.

Assim, o ensino de filosofia como criação de conceitos deve abrir espaço para

que o estudante possa planejar um sobrevoo sobre todo o vivido, a fim de que consiga à

sua maneira também, cortar, recortar a realidade e criar conceitos.

Essa ideia de criação de conceitos como resultado da atividade filosófica no

Ensino Médio não deve ser confundida com a perspectiva acadêmica de alta

especialização, ou seja, o que se pretende é o trabalho com o conceito na dimensão

pedagógica.

Trata-se, então, de levar esses adolescentes [estudantes do Ensino Médio] a

experienciarem essa atividade reflexiva de compartilhamento desse processo de

construção de conceitos e valores, experiência eminentemente pessoal e subjetivada,

mas que precisa ser suscitada, alimentada, sustentada, provocada, instigada. Eis aí o

desafio didático com que nos deparamos. (SEVERINO, 2004, p. 108)

Existem formas diversificadas de trabalhar os conhecimentos filosóficos nos

currículos escolares. Por isso, os conteúdos estruturantes devem ser trabalhados na

perspectiva de fazer com que os estudantes pensem os problemas com significado

histórico e social e analisem a partir dos textos filosóficos que lhes forneçam subsídios

para que pesquisem, façam relações e criem conceitos.

Ir ao texto filosófico ou à história da Filosofia não significa trabalhar de modo

que esses conteúdos passem a ser a única preocupação do ensino de Filosofia. Eles

serão importantes desde que atualizem os diversos problemas filosóficos que podem ser

trabalhados a partir da realidade dos estudantes.

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A atividade filosófica centrada, sobretudo no trabalho com o texto, propiciará

entender as estruturas lógicas e argumentativas, levando-se em conta o cuidado com a

precisão dos enunciados, com o encadeamento e clareza das ideias e buscando a

superação do caráter fragmentário do conhecimento.

É preciso que o professor tenha uma ação consciente para não praticar uma

leitura em que o texto seja um fim em si mesmo. O domínio do texto é necessário. O

problema está no formalismo e no tecnicismo estrutural da leitura, que desconsidera,

quando não descarta, a necessidade da compreensão do contexto histórico, social e

político da sua produção, como também da sua própria leitura.

Tal reflexão enseja analisar a função do professor de Filosofia no Ensino

Médio, que consiste, basicamente, em pensar de maneira filosófica para construir

espaços de problematização compartilhados com os estudantes, a fim de articular os

problemas da vida atual com as respostas e formulações da história da Filosofia e com a

criação de conceitos.

O que a [...] Filosofia pretende, portanto, é provocar o despertar da consciência de

ensinar a pensar filosoficamente, isto é, ensinar a exercer a critica radical (isto é, que

chega às raízes), ou ensinar a pensar do ponto de vista da totalidade, o que é

equivalente, pois é na totalidade que as coisas mergulham suas raízes. Pensar, ou

apreender a parte na perspectiva do todo, e o todo na perspectiva da parte. Devemos

indagar pelo que se acha na origem da Filosofia, e não em seu começo, ou seja, qual é

a raiz de que brota a necessidade de filosofar. (CORBISIER, 1986, p. 85-86)

O trabalho do professor poderá assegurar ao estudante a experiência daquilo

que é específico da atividade filosófica, ou seja, a criação de conceitos. Esse exercício

poderá manifestar-se ao refazer o percurso filosófico. O professor propõe

problematizações, leituras e análise de textos, organiza debates, sugere pesquisas e

sistematizações.

O professor busca ensinar a pensar filosoficamente, a organizar perguntas num

problema filosófico, a ler e escrever filosoficamente, a investigar e dialogar

filosoficamente, a avaliar filosoficamente, a criar saídas filosóficas para o problema

investigado. E vai ensinar tudo isso na prática, sem fórmulas a serem reproduzidas.

(ASPIS, 2004, p. 310)

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O ensino de Filosofia tem uma especificidade que se concretiza na relação do

estudante com os problemas, na busca de soluções nos textos filosóficos por meio da

investigação, no trabalho direcionado à criação de conceitos.

CONTEÚDOS

1º ANO

CONTEÚDO ESTRUTURANTE

CONTEÚDOS BÁSICOS

Mito e Filosofia

Teoria do Conhecimento

Mitologia grega: a magia, a força e o

potencial explicativo;

A dimensões do mythos e do logos;

O nascimento da filosofia e a emancipação

do logos em relação ao mythos;

Os pré-socráticos e o período cosmológico;

As principais características da filosofia

nascente; - Sócrates e o período

antropológico.

O que é conhecimento? As indagações

básicas sobre como conhecemos (o

método), o que podemos conhecer e quais

são os limites de nossa razão;

Relativismo, dogmatismo e ceticismo;

O embate entre racionalismo e empirismo;

O criticismo kantiano.

2º ANO

CONTEÚDO ESTRUTURANTE

CONTEÚDOS BÁSICOS

Ética

O sentido de um discurso ético; quais são

as perguntas elementares que a filosofia

procura responder no que tange ao

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Política

comportamento humano;

A questão da liberdade;

A autonomia moral do sujeito x a

obediência a leis impostas exterior e

anteriormente;

A aposta nos poderes da razão em dirigir a

vontade humana: concepção,

desenvolvimento e crise.

Política: surgimento, organização, conflito,

as relações de poder;

Da politização dos sujeitos à construção de

uma sociedade pluralista;

A democracia: características, importância,

fragilidades;

Do exercício do bem comum à política

como luta pelo poder;

Jusnaturalismo e Contratualismo

3º ANO

CONTEÚDO BÁSICO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Filosofia da ciência

Bacon, o método experimental e a

esperança na ciência que revolucionaria o

Ocidente;

Do nascimento da ciência moderna à crise

da ciência no séc. XX;

Problemas éticos e outros desafios trazidos

pela ciência;

Das diferenças entre o método das ciências

naturais e o método das ciências

humanas;

A autonomia das ciências humanas e os

filósofos da suspeita no séc. XX.

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Estética

O surgimento e as reinterpretações do

conceito de mímesis;

O que é arte? O que nos permite

reconhecê-la? Ela tem uma função? Sua

natureza é eminentemente expressiva ou

ela tem uma razão pedagógica de ser?;

As rupturas com a arte mimética a partir do

séc. XVIII e o surgimento do conceito de

estética;

Arte e sociedade, estética e política no

contexto do séc. XX.

AVALIAÇÃO

Conforme a LDB n. 9394/96, no seu artigo 24, avaliação deve ser concebida na

sua função diagnóstica e processual, isto é, tem a função de subsidiar e mesmo

redirecionar o curso da ação no processo ensino-aprendizagem. Apesar de sua

inequívoca importância individual, no ensino de Filosofia, avaliação não se resumiria a

perceber o quanto o estudante assimilou do conteúdo presente na história da Filosofia,

ou nos problemas filosóficos, nem a examinar sua capacidade de tratar deste ou

daquele tema.

Para Kohan e Waksman (2002), o ensino de Filosofia tem uma especificidade

que deve ser levada em conta no processo de avaliação. A Filosofia como prática, como

discussão com o outro e como construção de conceitos encontra seu sentido na

experiência de pensamento filosófico. Entendemos por experiência esse acontecimento

inusitado que o educador pode propiciar e preparar, porém não determinar e, menos

ainda, avaliar ou medir.

O ensino de Filosofia é, acima de tudo, um grande desafio, pois,

[...] a atividade filosófica do mestre consiste em gerar ou dar poder ao outro: isto quer

dizer também fazê-lo responsável. Nisto reside à fecundidade, a atividade de “produzir”

a capacidade de pensar, dizer e agir de outro, que implica a realização de pensamentos,

palavras, ações diferentes das do mestre, que lhe escapam ao querer e ao “controle” [...]

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Querer que o outro pense, diga e faça o que queira, isto não é um querer fácil.

(LANGON, 2003, p. 94)

Ao avaliar, o professor deve ter profundo respeito pelas posições do estudante,

mesmo que não concorde com elas, pois o que está em questão é a capacidade de

argumentar e de identificar os limites dessas posições.

O que deve ser levado em conta é a atividade com conceitos, a capacidade de

construir e tomar posições, de detectar os princípios e interesses subjacentes aos temas

e discursos.

Assim, torna-se relevante avaliar a capacidade do estudante do Ensino Médio

de trabalhar e criar conceitos, sob os seguintes pressupostos:

• qual discurso tinha antes;

• qual conceito trabalhou;

• qual discurso tem após;

• qual conceito trabalhou.

A avaliação de Filosofia se inicia com a mobilização para o conhecimento, por

meio da análise comparativa do que o estudante pensava antes e do que pensa após o

estudo. Com isso, torna-se possível entender a avaliação como um processo.

REFERÊNCIAS

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experiência filosófica. Cadernos CEDES. Campinas. n. 64, 2004.

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BRASIL. Secretaria de Educação Básica. Orientações curriculares do ensino médio.

Brasília: MEC/SEB, 2004.

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MEC/SEB, 2006.

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PARANÁ, Sociedade de Estudos e Atividades Filosóficas. Textos SEAF, Curitiba, V. 2,

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UNESCO. Philosophie et Dèmocratic dans le Monde – Une enquête de l´Unesco.

Librarie Générale Française, 1995.

19.3 FÍSICA

PRESSUPOSTO TEÓRICO

A Física como um campo estruturado de conhecimentos que permite a compreensão

dos fenômenos físicos que cercam o nosso mundo macroscópico e microscópico. O

universo como objeto de estudo da Física: sua evolução, suas transformações e as

interações que nele se apresentam.

Quadro conceitual de referência da Física em três campos de estudo: Movimento,

Termodinâmica e Eletromagnetismo. Os conceitos fundamentais: espaço, tempo e

massa; calor e entropia; carga elétrica, pólos magnéticos e campos.

OBJETIVOS

Construir um ensino de Física centrado em conteúdos e metodologias capazes de

levar os estudantes a refletir sobre o mundo das ciências sob a perspectiva de que

esta ciência não é fruto apenas da pura racionalidade científica. Assim, busca-se

contribuir para o desenvolvimento de um sujeito critico, capaz de admirar a beleza da

produção científica e compreender a necessidade deste conhecimento para entender

o universo de fenômenos que o cerca, percebendo a não neutralidade de sua

produção, bem como os aspectos sociais, políticos, econômicos e culturais desta

ciência, seu comprometimento e envolvimento com as estruturas que representam

esses aspectos.

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242

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Esses conteúdos representam campos de estudos onde os professores devem buscar

os referenciais teóricos da disciplina escolar, buscando garantir o objeto de estudo da

disciplina em toda a sua complexidade.

Esses três campos foram escolhidos porque, embora tenham evoluído

separadamente, representam teorias unificadoras:

O estudo dos movimentos, a mecânica de Newton, unificou a Estática, a Dinâmica e a

Astronomia (séc. XVII);

A Termodinâmica unificou os conhecimentos sobre gases, pressão, temperatura e

calor (séc. XIX);

A Teoria Eletromagnética unificou o Magnetismo, a Eletricidade e a Óptica (séc. XIX);

A interdependência entre estes três campos nos obriga a buscar, para um mesmo

conteúdo, as vezes, os referencias teóricos dos três campos de estudo. Por exemplo,

o estudo da luz, que tem os seus referenciais teóricos no Eletromagnetismo, mas

também, no estudo dos movimentos. Daí a dificuldade em se destinar cada um

desses conteúdos a uma série diferente.

FUNDAMENTOS METODOLÓGICOS

Partir do conhecimento prévio dos estudantes – concepções alternativas a respeito do

conteúdo científico, levantadas a partir de investigação feita pelo professor. A

mediação entre o estudante e o professor se dará pelo conhecimento físico, processo

organizado e sistematizado pelo professor. Igualmente importante é considerar o

cotidiano do estudante;

Considerar a História interna (a qual mostra a evolução das idéias e conceitos físicos)

e externa à Física;

A História que mostre a não neutralidade da produção científica, suas relações

externas, sua interdependência com os sistemas produtivos, os aspectos sociais,

políticos, econômicos e culturais desta ciência;

Os modelos matemáticos como construção humana, uma aproximação dos

fenômenos físicos, com limite de validade delimitado pela conjetura utilizada para a

construção do modelo, portanto não para todas as situações;

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243

A importância de considerar a Filosofia da Ciência no ensino de Física. Afastar-se do

mito cientificista sem negar o valor da Ciência;

A experimentação como uma metodologia de ensino – a experiência é tão

metodologia como o são as concepções espontâneas, o livro didático, textos, leituras,

etc...;

No desenvolvimento teórico considerar a Física como um campo disciplinar de

conhecimento. Assim, os conceitos físicos devem ser concebidos, independente da

metodologia utilizada, a partir do referencial teórico. Lembrar que Física clássica,

Física Moderna e Contemporânea são nomes dados devido limitações temporais;

contemporâneo deve ser pensado como a abordagem atual de um conteúdo. Não se

trata de aplicações tecnológica de um conteúdo físico. Na opção por uma tecnologia,

o conteúdo físico deve receber destaque.

CONTEÚDOS

1º ANO

CONTEÚDO ESTRUTURANTE

CONTEÚDOS BÁSICOS

Movimento

Grandezas e Notação Científica.

Estudo dos Movimentos;

Movimento Uniforme;

Aceleração;

Movimento Uniformemente Variado;

Leis de Newton;

Inércia: Lei de Newton;

Força, massa e aceleração: segunda Lei

de Newton;

Ação e Reação: Terceira Lei de Newton;

Algumas Aplicações da Lei de Newton;

Forças;

Trabalho de uma força;

Potência e Rendimento;

Energia e Trabalho;

Energia Cinética;

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244

Energia Potencial: Gravitacional e

Elástica;

Conservação da Quantidade de

Movimento;

Estática: Equilíbrio;

Hidrostática: Pressão e Empuxo.

2º ANO

CONTEÚDO ESTRUTURANTE

CONTEÚDOS BÁSICOS

Termodinâmica

Temperatura e suas medidas;

Dilatação Térmica;

Calor e suas formas de transferência;

Calor Sensível e Calor Latente. Trocas

de Calor;

Equação Fundamental da Calorimetria;

Capacidade Térmica;

Curvas de Aquecimento;

Transmissão de Calor;

Lei de Boyle-Mariotte;

Lei de Gay Lussac;

Lei de CharlesEquação Geral dos Gase;

Energia Interna;

Trabalho em um sistema;

Primeiro princípio da termodinâmica;

Segundo princípio da termodinâmica;

Ciclo de Carnot.

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245

3º ANO

CONTEÚDO ESTRUTURANTE

CONTEÚDOS BÁSICOS

Eletromagnetismo

Grandezas Elétricas;

Corrente Elétrica;

Resistência Elétrica;

1ª. Lei de Ohm;

2ª. Lei de Ohm;

Potência Dissipada;

Associação de Resistores;

Associação em série;

Associação em paralelo;

Associação Mista;

Medidores Elétricos;

Geradores e Receptores;

Lei de Ohm-Pouillet;

Lei de Ohm Generalizada;

Lei de Kirchhoff;

Conceitos de Eletrostáticas;

Tópicos de Física Quântica, Efeito

Fotoelétrico e Dualidade onda partícula.

AVALIAÇÃO

Se o objetivo é garantir o objeto de estudo da Física, então ao avaliar deve-se

considerar a apropriação desses objetos pelos estudantes;

Considerar o progresso dos estudantes quanto aos aspectos históricos, conceituais e

culturais, a evolução das idéias em Física e a não neutralidade da ciência;

Deve-se buscar, sempre, uma avaliação do processo de aprendizagem como

um todo, não só para verificar a apropriação do conteúdo mas para, a partir dela, o

professor (a) encontrar subsídios para intervir.

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246

REFERÊNCIAS

EXPERIÊNCIAS DE CIÊNCIAS PARA O ENSINO FUNDAMENTALautor: Alberto Gaspar editora:

Ática

Destinado a professores de ciências com o objetivo de fornecer-lhes condições para

construir atividades experimentais de demonstração ou ensinar os alunos a construir os

experimentos.Os tópicos de cada experimento apresentam a forma de construir a

atividade, contêm uma explicação dos conceitos nela envolvidos e fornecem um roteiro

pedagógico que orienta a participação do professor. Excelente livro.

Newton C. Braga – Eletrônica Paranormal

Paul G. Hewitt – Física Conceitual – 6ª edição

19.4 QUÍMICA

PRESSUPOSTO TEÓRICO

A ciência, como um conjunto organizado de conhecimentos, apresenta-se

dividida em várias disciplinas, entre elas a Química que estuda matéria, suas

propriedades, suas transformações e energia envolvida nesses processos

A Química participa do desenvolvimento científico – tecnológico com

importantes contribuições específicas, cujas decorrências tem alcance econômico, social

e político. Na interpretação do mundo através das ferramentas da Química, é essencial

que se explicite seu caráter dinâmico. Assim, o conhecimento químico não deve ser

entendido como um conjunto de conhecimentos isolados, prontos e acabados, mas sim

uma construção da mente humana, em contínua mudança. A consciência de que o

conhecimento científico é assim dinâmico e mutável ajudará o estudante e o professor a

terem a necessária visão da ciência. Enfim, o aprendizado de Química pelos alunos do

Ensino Médio implica que eles compreendam as informações químicas que ocorrem no

mundo físico de forma abrangente e integrada e assim possam julgar com fundamentos

as informações advindas da tradição cultural, da mídia e da própria escola e tomar

decisões autonomamente, enquanto indivíduos e cidadãos.

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OBJETIVOS

Formar um aluno que se aproprie dos conhecimentos químicos e também seja capaz

de refletir criticamente sobre o período histórico atual.

Construir o conhecimento químico a partir das necessidades humanas, uma vez que

esse conhecimento não é algo pronto, acabado e inquestionável.

Compreender o conceito e não memorizar a definição, pois a aplicação de um

conceito químico é relacionar a outros conceitos químicos já conhecimentos.

Compreender o conhecimento científico e tecnológico para ir além do domínio estritos

dos conceitos de Química.

Estabelecer um contato direto do aluno com o objeto de estudo da Química, planejado

e organizado pelo professor.

Mostrar o sentido dos conceitos químicos e para que ela se concretize é vital a

importância da experimentação para a realização da atividade pedagógica.

Proporcionar ao estudante do Ensino Médio uma reflexão mais abrangente sobre as

razões dos mais variados conteúdos estudados.

Criar situações de aprendizagem de modo que o aluno pense mais criticamente sobre

o mundo, reflita sobre as razões dos problemas.

CONTEÚDOS

1° ANO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS

Introdução ao estudo da química

Matérias e substâncias

Linguagem própria;

Química experimental;

Química pura e aplicada;

Panorama histórico da química;

Mudança de estado físico;

Ponto de fusão e ebulição;

Curva de aquecimento e

resfriamento;

Densidade;

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Teoria Atômica

Tabela periódica

Ligações químicas

Funções inorgânicas

Fenômeno físico e químico.;

Substâncias puras e misturas;

Fases e sistemas;

Método de separação de mistura;

Materiais de laboratório e

segurança;

Dalton;

Rutherford;

Bohr;

Estrutura atômica;

Partículas subatômicas;

Distribuição eletrônica;

Classificação, estrutura e

propriedades periódicas;

Regra do octeto;

Ligações iônica;

Ligação covalente e dativa;

Ligação metálica;

Ácidos;

Bases;

Sais;

Óxidos;

Hidretos;

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2º ANO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS

Química Sintética

Matéria e sua natureza

Biogeoquímica

Funções Inorgânicas:

- Ácidos;

- Bases;

- Sais;

- Óxidos;

- Hidretos;

Reações Químicas:

- Classificação;

- Síntese, análise, simples troca, dupla

troca.

- Balanceamento;

- Tentativa e oxirredução;

Soluções:

- Concentrações;

- Título: % de massa, % volume;

- Gramas por litro (g/L);

- Mol por litro (mol/L).;

- Molar;

- Fração molar

- Diluição e titulação.

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3º ANO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS

Matéria e sua Natureza

Biogeoquímica

Química sintética

Matéria e sua natureza

Termoquímica

Representações das reações químicas;

Reações exotérmicas endotérmicas;

Diagramas das reações químicas;

Variação de entalpia;

Equações termoquímicas;

Princípios da termodinâmica;

Lei de Hess;

Entropia e energia livre;

Alotropia;

Estequiometria;

Tabela periódica;

Representações das reações químicas

Leis das reações químicas;

Diagramas das reações químicas;

Condições fundamentais para

ocorrências de uma reação química.

Fatores que interferem na velocidade das

reações;

Lei da velocidade das reações químicas;

Tabela periódica;

Equilibrios químicos;

Representações das reações químicas;

Reações químicas reversíveis;

Concentração das soluções;

Constante de equilíbrio;

Deslocamento de equilíbrio;

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Biogeoquímica

Química Sintética

Matéria e sua natureza

Tabela periódica;

Eletroquímica;

Reações de óxido-redução;

Propriedade dos metais;

Migração de elétrons;

Células eletroquímicas;

Corrosão de matais

Química nuclear;

Estrutura atômica;

Energia nuclear;

Isotopia;

Emissão de partículas (radiação);

Tempo de meia-vida do elemento

radioativo;

Datação de objetos antigos;

Bomba atômica;

Tabela periódica.

AVALIAÇÃO

A avaliação estará distribuída em trabalhos (peso cinqüenta) individuais ou em

grupos, em classe e extra - classe, e uma prova bimestral (peso cinqüenta). Tanto os

trabalhos quanto à prova será realizada de forma diagnóstica, contínua e cumulativa

prevalecendo aspectos qualitativos e não quantitativos do aluno. A participação e

motivação nas atividades desenvolvidas durante as aulas também serão avaliadas.

Recuperação concomitante: As recuperações de notas e conteúdos serão executadas

através de aulas de revisão e tarefas sobre o conteúdo de todo o bimestre. Serão

recuperadas todas as notas da avaliação bimestral (peso cem), onde prevalecerá a

maior nota.

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REFERÊNCIAS

COVRE, Geraldo José – Química Total – FTD, São Paulo, 2001.

Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação Básica do Estado do Paraná –

Química – Curitiba 2006.

FELTRE, Ricardo – Volume 1 – Química Geral – Editora Moderna., 6ª edição, São

Paulo, 2004.

FELTRE, Ricardo – Volume 2 – Físico Química – Editora Moderna., 6ª edição, São

Paulo, 2004.

FELTRE, Ricardo – Volume 3 – Química Orgânica – Editora Moderna., 6ª edição, São

Paulo, 2004.

MACEDO, Magno Urbano; CARVALHO, Antônio – Coleção Horizontes: Química -

Instituto Brasileiro de Edições Pedagógicas (IBEP), São Paulo.

PERUZZO, Tito Miragaia; CANTO, Eduardo Leite – Coleção Base: Química – Editora

Moderna Ltda, 1ª edição, São Paulo, 2000.

SARDELLA, Antônio – Curso Completo de Química – Editora Ática, 3ª edição, São

Paulo, 1999.

SARDELLA, Antônio – Série Novo Ensino Médio: Química – Editora Ática, 1ª edição, 3ª

impressão, São Paulo, 2003.

19. 5 SOCIOLOGIA

PRESSUPOSTO TEÓRICO

A Sociologia é fruto do seu tempo, um tempo de grandes transformações

sociais que trouxeram a necessidade de a sociedade e a ciência serem pensadas. Nesta

encruzilhada da ciência, reconhecida como saber legítimo e verdadeiro, a sociedade a

clamar mudanças e a absorvê-las, nasceu a Sociologia. O contexto de nascimento da

Sociologia como disciplina científica é marcado pelas consequências de três grandes

revoluções: uma política, a Revolução Francesa de 1789; uma social, a Revolução

Industrial e uma revolução na ciência, que se firma com o Iluminismo, com sua fé na

razão e no progresso da civilização. Esses acontecimentos conjugados – a queda do

Antigo Regime e a ascensão da democracia; a industrialização expandida pelas

máquinas e a concentração de trabalhadores nas cidades; e a admissão de um método

científico propiciado pelo racionalismo – garantem as condições para o desenvolvimento

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253

de um pensamento sobre a sociedade. Inicialmente, um pensamento de cunho

conservador desenha- se mais como uma forma cultural de concepção do mundo, uma

filosofia social preocupada em questionar a gênese da sociedade e a sua evolução.

A Sociologia surgiu, portanto, com os movimentos de afirmação da sociedade

industrial e toda a contradição deste processo. Por um lado, estava cercada pela

resistência às mudanças, desde os costumes sociais violados até o pensamento

conservador e, por outro lado, pela avidez por mudanças posta tanto no comportamento

da burguesia empresarial, inovando nas formas de produzir e enriquecer, quanto no

pensamento socialista a propor alterações na estrutura da sociedade. Esse conjunto de

mudanças seculares “parecia aos contemporâneos um produto do desenvolvimento

intelectual do homem, cujo pensamento iluminava os passos da civilização, quando, na

verdade, o progresso crescente dos modos de pensar sobre fenômenos cada vez mais

complexos – e disso a Sociologia é uma prova – era produto direto das novas maneiras

de viver e produzir”, afirma Costa Pinto (1965, p. 37). A Sociologia ganhou corpo

teórico com a obra de Durkheim, o primeiro a lecionar a disciplina na Universidade de

Bordeaux, na qual em aula inaugural de 1887, expressou o esforço para tirá-la do

ceticismo, propondo um método e um objeto próprios, além de provar que os fenômenos

sociais eram passíveis de serem investigados cientificamente. Essa defesa

acompanhou-o como professor titular da primeira cadeira de Sociologia da Sorbonne, a

partir de 1913.

A Sociologia como uma disciplina no conjunto dos demais ramos da ciência,

especialmente das Ciências Sociais, não se produz de forma independente do trabalho

pedagógico que a traduz como parte curricular nas escolas de níveis médio e superior.

São intercomunicantes os caminhos dos estudos e pesquisas acadêmicas e as

atividades curriculares no magistério. Fazer ciência mediante a reflexão acadêmica com

base na pesquisa científica e esta alimentar a dimensão da formação do indivíduo são

faces de um mesmo problema. É pensando uma e outra que se realiza a dimensão

histórica da ciência e, desse modo, é aqui situada a Sociologia no Brasil. A trajetória

da produção sociológica brasileira é uma prova de que ela se constitui disciplina no

debate entre diferentes concepções teóricas responsáveis por respostas a questões que

a sociedade se coloca em momentos diversos e, por isso, não está livre de contradições.

A história das Ciências Sociais no Brasil atesta a vitória de uma estratégia de afirmação

quando o quadro social e político do país era adverso, como apontam Vianna, Carvalho

e Melo (1995). A Sociologia demonstra, paradoxalmente, que as condições de

democracia para uma ciência com baixo prestígio social e mercado profissional escasso

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254

não foram decisórias, pois ela se cria e se expande sob a égide de duas ditaduras: a dos

anos trinta e a dos anos sessenta.

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICO

A Sociologia, como qualquer disciplina, dispõe de recursos para a investigação,

mas enfrenta dificuldades peculiares, segundo Fernandes (1976a), pelo fato de seus

cânones científicos ainda não corresponderem ao estabelecido e suas perspectivas de

pesquisa despertarem interesse prático-político e grandes expectativas nos círculos

sociais. Entre as dificuldades Florestan afirma “o sociólogo não possui um laboratório”,

isto é, ele está sujeito às normas e aos critérios experimentais do saber científico e este

é um limite à Sociologia, explicando seus avanços e recuos na investigação da

realidade. Em outras palavras: a pressão societária e os critérios científico-experimentais

e de verificação da verdade põem o sociólogo em relação de tensão com a sociedade.

Embora os primeiros pensadores tenham se esforçado para enquadrar a

Sociologia nos padrões científicos estipulados pelo modelo de análise das Ciências

Naturais que a precederam, existem dificuldades relativas à natureza específica do seu

objeto e à aplicação do método experimental à ação social. A metodologia de tradição

racionalista nas ciências físico-químicas e exatas, pautada na observação dos fatos, sua

experimentação e demonstração com controle e verificação dos resultados, testando

hipóteses e definindo graus de certeza na universalidade das teorias, não se aplica à

Sociologia. Dado o caráter público do método científico e a intersubjetividade própria das

Ciências Sociais, a autoconsciência metodológica deve levar a uma verificação que

convença racionalmente os outros, assim como ao próprio cientista.

Tomando esse paradigma metodológico da história da ciência moderna, o

metodólogo norte-americano Thomas Kuhn (1922-1996) contempla as Ciências Sociais

como imaturas, justo por não terem chegado “ainda” à definição de um único paradigma

científico ou grande o suficiente para abrigar a maior parte das correntes teóricas e, até

mesmo, dissolvê-las no seu interior, atenuando suas contraposições. Na Sociologia,

portanto, coexistem paradigmas científicos e isso a torna uma ciência normal –

produtora de pesquisas que se acumulam, – na expressão de Kuhn (1982), que

revolucionou a tradicional noção de paradigma tido como modelo, remetendo-o àquilo

que os membros de uma comunidade científica partilham e, inversamente, uma

comunidade científica consiste em homens que partilham um paradigma.

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Como disciplina acadêmica e escolar a Sociologia não está desvinculada dos

fundamentos teóricos e metodológicos que a constituem como campo científico. É

preciso destacar das teorias dos autores clássicos e dos contemporâneos, elementos

para se perceber as temáticas, os problemas e a metodologia concernentes ao contexto

histórico em que foram construídas e, então, interpretar e dar respostas aos problemas

da realidade atual. Apenas desse modo garante-se o pensamento crítico e a Sociologia

não resvala para uma ortodoxia, seja da paralisante Sociologia sistemática, seja de um

radicalismo posto na ordem reformista ou revolucionária. Também, é possível evitar um

relativismo condescendente que nivela posicionamentos de análise com aportes

explicativos diferenciados, justamente a partir da natureza das questões que coloca para

a realidade. Fica-se com a recomendação de Bourdieu (2000) para evitar uma

relativização simplista nas análises históricas e sociais: assumir uma determinada

concepção sociológica que permita “conciliar” o que foi historicamente considerado

inconciliável – as verdades trans-históricas.

Estudar, aprender e ensinar Sociologia exige posicionamentos teórico-

metodológicos claros e concisos e também um posicionar-se frente à realidade

apresentada pelo conhecimento produzido. Não é esta uma questão de aplicação direta,

pragmática ou de ordenamento social, mas um “fazer avançar” ideias em relação aos

fenômenos sócio-históricos. São as explicações, as interpretações sobre o real que

fornecem os instrumentos para o mundo ser transformado, recriado em novas bases.

A forma de agir metodologicamente no ensino da Sociologia em nível médio

aproxima estudantes e professores nas indagações e esses da realidade social

devolvendo o conhecimento científico. Cabe ao ensino das diversas disciplinas

curriculares no Ensino Médio e, também da Sociologia, despertar a consciência da força

dessas mudanças. Demonstrar nexos de responsabilidade entre a ciência e a política

pode devolver aos professores e alunos, a dimensão social desse conhecimento nos

currículos de Sociologia. A pesquisa integrante da Sociologia, não sendo neutra nem

pura, imparcial ou comprometida, tem um papel social de importância no Ensino Médio

das escolas brasileiras: dar respostas simples a perguntas simples. O que se apresenta

de forma complicada pode não conter bem qualquer formulação. As contribuições sobre

a disciplina requerem visões e interpretações de maior compreensão e menor margem

de equívocos ou reducionismos. A iniciação metodológica da Sociologia na escola deve

passar pela simplicidade, ainda que se lide com a complexidade.

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CONTEÚDOS

1° ANO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS

O processo de socialização e as

instituições sociais

Trabalho, produção e classes sociais

O processo de socialização;

Instituições sociais: familiares, escolares,

religiosas;

Instituições de reinserções ( prisões,

manicômios, educandários, asilos, etc.).

O conceito de trabalho e o trabalho nas

diferentes sociedades;

Desigualdades sociais: estamentos,

castas e classes sociais;

Organização do trabalho nas sociedades

capitalistas e suas contradições.

Globalização e neoliberalismo;

Relações de trabalho;

Trabalho no Brasil.

2º ANO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS

Poder, política e ideologia

Direitos, cidadania e movimentos

sociais

Formação e desenvolvimento do Estado

Moderno;

Democracia, autoritarismo, totalitarismo;

Estado no Brasil;

Conceito de poder;

Conceito de ideologia;

Conceito de denominação e legitimidade;

As expressões da violência nas

sociedades contemporâneas;

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Direitos: civis, políticos e sociais;

Direitos humanos;

Conceito de cidadania;

Movimentos sociais;

Movimentos sociais no Brasil;

A questão ambiental e os movimentos

ambientalistas

A questão das ONG’S.

3º ANO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS

Relações de trabalho

Relações de poder

Relações culturais

Era de incertezas

Europa, 1914: 1ª Grande Guerra

MundiaL;

República Velha: Formação do Poder

Político e Econômico.

República Velha: Política e Contestação

Social;

Revolução Russa e a Europa no Período

entre Guerra;

A crise do capitalismo e seus efeitos no

Brasil;

Era Vargas: do Governo Provisório ao

Golpe de Estado de 1937. Estado Novo;

Urbanização e Trabalho no século XX;

Os movimentos operários brasileiros no

início do século XX;

Trabalho e populismo na era Vargas;

A reorganização dos movimentos

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sindicais no Brasil nos anos 70;

A 2ª. Guerra Mundial – Economia e

Sociedade no pós-guerra;

Formação de blocos econômicos na

nova divisão internacional a Guerra Fria;

Cidadania, movimentos sociais e

questões étnicas a partir de 1960;

As lutas pela conquista dos direitos civis

nos E U A;

A questão do negro e da violência

urbana no Brasil atual;

O período militar: modernização

conservadora;

Ricos e pobres no mundo globalizado.;

A desintegração da URSS a

Globalização.

AVALIAÇÃO

A avaliação no ensino de Sociologia, proposta nestas Diretrizes, pauta-se

numa concepção formativa e continuada, onde os objetivos da disciplina estejam

afinados com os critérios de avaliação propostos pelo professor em sala de aula.

Concebendo a avaliação como mecanismo de transformação social e articulando-a aos

objetivos da disciplina, pretende-se a efetivação de uma prática avaliativa que vise

“desnaturalizar” conceitos tomados historicamente como irrefutáveis e propicie o

melhoramento do senso crítico e a conquista de uma maior participação na sociedade.

Pelo diálogo suscitado em sala de aula, com base em leitura teórica e ilustrada,

a avaliação da disciplina constitui-se em um processo contínuo de crescimento da

percepção da realidade à volta do aluno e faz do professor, um pesquisador.

De maneira diagnóstica, a avaliação formativa deve acontecer identificando

aprendizagens que foram satisfatoriamente efetuadas e também as que apresentaram

dificuldades, para que o trabalho docente possa ser reorientado. Nesses termos, a

avaliação formativa deve servir como instrumento docente para a reformulação da

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prática através das informações colhidas. A avaliação também se pretende continuada,

processual, por estar presente em todos os momentos da prática pedagógica e

possibilitar a constante intervenção para a melhoria do processo de ensino e

aprendizagem.

O caráter diagnóstico da avaliação, ou seja, a avaliação percebida como

instrumento dialético da identificação de novos rumos, não significa menos rigor na

prática de avaliar. Transposto para o ensino da Sociologia, esse rigor almejado na

avaliação formativa, conforme Luckesi (2005) significa considerar como critérios básicos:

a) a apreensão dos conceitos básicos da ciência, articulados com a prática social; b) a

capacidade de argumentação fundamentada teoricamente; c) a clareza e a coerência na

exposição das ideias sociológicas; d) a mudança na forma de olhar e compreender os

problemas sociais.

Os instrumentos de avaliação em Sociologia, atentando para a construção da

autonomia do educando, acompanham as próprias práticas de ensino e aprendizagem

da disciplina e podem ser registros de reflexões críticas em debates, que acompanham

os textos ou filmes; participação nas pesquisas de campo; produção de textos que

demonstrem capacidade de articulação entre teoria e prática, dentre outras

possibilidades. Várias podem ser as formas, desde que se tenha como perspectiva ao

selecioná-las, a clareza dos objetivos que se pretende atingir, no sentido da apreensão,

compreensão, reflexão dos conteúdos pelo aluno e, sobretudo, expressão oral ou escrita

da sua percepção de mundo. Assim, a avaliação em Sociologia busca servir como

instrumento diagnóstico da situação, tendo em vista a definição de encaminhamentos

adequados para uma efetiva aprendizagem.

Estudar, aprender e ensinar Sociologia exige posicionamentos teórico-

metodológicos claros e concisos e também um posicionar-se frente à realidade

apresentada pelo conhecimento produzido. Não é esta uma questão de aplicação direta,

pragmática ou de ordenamento social, mas um “fazer avançar” ideias em relação aos

fenômenos sócio-históricos. São as explicações, as interpretações sobre o real que

fornecem os instrumentos para o mundo ser transformado, recriado em novas bases.

A forma de agir metodologicamente no ensino da Sociologia em nível médio

aproxima estudantes e professores nas indagações e esses da realidade social

devolvendo o conhecimento científico. Cabe ao ensino das diversas disciplinas

curriculares no Ensino Médio e, também da Sociologia, despertar a consciência da força

dessas mudanças. Demonstrar nexos de responsabilidade entre a ciência e a política

pode devolver aos professores e alunos, a dimensão social desse conhecimento nos

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currículos de Sociologia. A pesquisa integrante da Sociologia, não sendo neutra nem

pura, imparcial ou comprometida, tem um papel social de importância no Ensino

Médio das escolas brasileiras: dar respostas simples a perguntas simples. O que se

apresenta de forma complicada pode não conter bem qualquer formulação. As

contribuições sobre a disciplina requerem visões e interpretações de maior compreensão

e menor margem de equívocos ou reducionismos. A iniciação metodológica da

Sociologia na escola deve passar pela simplicidade, ainda que se lide com a

complexidade.

REFERÊNCIAS

ADORNO, T. A indústria cultural. Televisão, consciência e indústria cultural.

In: COHN, G. (Org.). Comunicação e indústria cultural. 5.ed. São Paulo:

T.A.Queiroz, 1987.

BACHELARD, G. O novo espírito científico. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro,1968.

BAUMAN, Z. Por uma sociologia crítica: um ensaio sobre o senso comum e

emancipação. Rio de Janeiro: Zahar Editores, 1977.

BERGER, P; LUCKMANN, T. A construção social da realidade. 11.ed. Petrópolis:

Vozes, 1994.

BOTTOMORE, T.(Ed.). Dicionário do pensamento marxista. Rio de Janeiro: Jorge

Zahar Editor, 1988.

BOUDON, R. O lugar da desordem. Lisboa: Gradiva, 1990.

BOURDIEU, P. O Camponês e seu corpo. In: Revista de Sociologia e Política.

Curitiba, 26 p. 83-92. jun.2006.

_____. O poder simbólico. Lisboa: DIFEL; Rio de Janeiro: Editora Bertrand Brasil,

1989.

_____. Science de la science et reflexivité: cours du College de France 2000-

2001. Paris: Éditions Raisons d ́agir, 2001.

BOURDIEU, P; PASSERON, J. C. A reprodução: elementos para uma teoria do

ensino. São Paulo: Francisco Alves, 1975.

_____.; ______.; CHAMBOREDON, J. C. A profissão de sociólogo: preliminares

epistemológicas. 2.ed. Petrópolis: Vozes, 2000.

CASTEL, R. As metamorfoses da questão social: uma crônica do salário. Petrópolis:

Vozes, 1998.

CASTELLS, M. A sociedade em rede; a era da informação: economia, sociedade

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261

e cultura. 3.ed. v. 1, São Paulo: Paz e Terra, 2000.

COHN, G. (Org.). Sociologia: para ler os clássicos. Rio de janeiro: Livros Técnicos

e Científicos, 1977.

19.6 LÍNGUA PORTUGUESA

FUNDAMENTOS TEÓRICOS:

De acordo com a concepção Bakhtiniana, o ensino-aprendizagem de Língua

Portuguesa visa aprimorar os conhecimentos linguísticos e discursivos dos alunos, para

que eles possam compreender os discursos que os cercam e terem condições de

interagir com esses discursos. Para isso, é relevante que a língua seja percebida como

uma arena em que diversas vozes sociais se defrontam, manifestando diferentes

opiniões. A esse respeito, Bakhtin/Volochinov (1999, p. 66) defende: “(...) cada palavra

se apresenta como uma arena em miniatura onde se entrecruzam e lutam os valores

sociais de orientação contraditória. A palavra revela-se, no momento de sua expressão,

como produto de relação viva das forças sociais.” Nesse sentido, é preciso que a escola

seja um espaço que promova, por meio de uma gama de textos com diferentes funções

sociais, o letramento do aluno, para que ele se envolva nas práticas de uso da língua –

sejam de leitura, oralidade e escrita.

O professor de Língua Portuguesa precisa, então, propiciar ao educando a

prática, a discussão, a leitura de textos das diferentes esferas sociais (jornalística,

literária, publicitária, digital, etc). Sob o exposto, defende-se que as práticas discursivas

abrangem, além dos textos escritos e falados, a integração da linguagem verbal com

outras linguagens (multiletramentos).

A leitura dessas múltiplas linguagens, realizada com propriedade, garante o

envolvimento do sujeito com as práticas discursivas, alterando “seu estado ou condição

em aspectos sociais, psíquicos, culturais, políticos, cognitivos, linguísticos e até mesmo

econômicos” (SOARES, 1998, p. 18) . Assim, temos que um texto não é um objeto fixo

num dado momento no tempo, ele lança seus sentidos no diálogo intertextual, ou seja, o

texto é sempre uma atitude responsiva a outros textos, desse modo, estabelece relações

dialógicas. Na visão de Bakhtin (1992, p. 354), “mesmo enunciados separados um do

outro no tempo e no espaço e que nada sabem um do outro, se confrontados no plano

de sentido, revelarão relações dialógicas”. Bakhtin/Volochinov (1999, p. 123)

compreende a palavra “diálogo” num sentido mais amplo: “não apenas como a

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comunicação em voz alta, de pessoas colocadas face a face, mas toda a comunicação

verbal, de qualquer tipo que seja”. Uma vez que o trabalho será pautado na perspectiva

da multiplicidade de textos orais e escritos, coloca-se a divisão desta proposta no que

denomina-se “GÊNEROS DISCURSIVOS”, visto que, alguns são adaptados,

transformados, renovados, multiplicados ou até mesmo criados a partir da necessidade

que o homem tem de se comunicar com o outro, tendo em vista que “todos os diversos

campos da atividade humana estão ligados ao uso da linguagem” (BAKHTIN, 1992, p.

261).

Os gêneros discursivos “são formas comunicativas que não são adquiridas em

manuais, mas sim nos processos interativos” (MACHADO, 2005, p. 157). Nessa

concepção, antes de constituir um conceito, é uma prática social e deve orientar a ação

pedagógica com a língua. Compreender essa relação é fundamental para que não se

caia tão somente na sua normatização e, consequentemente, no que Rojo (2004, p. 35)

define como “pedagogia transmissiva das análises estruturais e gramaticais”, que

dissocia o texto de sua realidade social.

Portanto, o estudo dos conhecimentos linguísticos, sob esse enfoque, deve

propiciar ao aluno a reflexão sobre as normas de uso das unidades da língua, de como

elas são combinadas para produzirem determinados efeitos de sentido, profundamente

vinculados a contextos e adequados às finalidades pretendidas no ato da linguagem.

CONTEÚDO ESTRUTURANTE : DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL

O discurso é efeito de sentidos entre interlocutores, não é individual, é entendido

como resultado da interação – oral ou escrita – entre sujeitos, é a língua em sua

integridade concreta e viva.

1º ANO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS

Discurso como prática social

Leitura

Escrita

Oralidade

Leitura e interpretação textual;

A linguagem literária;

Figuras de linguagem;

Tipologia textual: narração, descrição e

dissertação;

Leitura de livros (didáticos e para-

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didáticos).;

Produção e interpretação

(intertextualidade);

Trovadorismo;

Humanismo;

Classicismo;

O Quinhentismo Brasileiro;

Barroco;

Arcadismo;

Ortografia.

2º ANO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS

Discurso como prática social

Leitura

Escrita

Oralidade

Tipografia textual: narração, descrição e

dissertação;

Coesão e coerência textual;

Poesia;

Técnicas e modelos de carta comerciais;

Produção e interpretação textual;

Diferença entre resenha e resumo;

Intertextualidade;

Leitura diversificada;

Ortografia;

Romantismo;

Naturalismo;

Parnasianismo;

Gramática contextualizada;

Realismo.

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3º ANO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS

Discurso como prática social

Leitura

Escrita

Oralidade

Características dos autores e obras;

Leituras de livros (vestibular ou outros);

Produção textual e Interpretação;

Tipologia textual;

Técnicas e modelos de redação oficial;

Técnicas de documentos comerciais;

Diferença entre resumo e resenha;

Parnasianismo;

Simbolismo;

Pré-modernismo;

Vanguarda Europeia;

Modernismo;

Ortografia;

Análise sintática como ferramenta de

auxílio na interpretação textual;

Concordância nominal e verbal;

Regência nominal e verbal;

Período composto por coordenação e

subordinação.

ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS:

Os professores de Língua Portuguesa e Literatura têm o papel de promover o

amadurecimento do domínio discursivo da oralidade, da leitura e da escrita, para que os

estudantes compreendam e possam interferir nas relações de poder com seus próprios

pontos de vista, fazendo deslizar o signo-verdade-poder em direção a outras

significações que permitam, aos mesmos estudantes, a sua emancipação e a autonomia

em relação ao pensamento e às práticas de linguagem imprescindíveis ao convívio

social.

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O domínio das práticas discursivas possibilitará que o aluno modifique, aprimore,

reelabore sua visão de mundo e tenha voz na sociedade. Isso significa a compreensão

crítica, pelos alunos, das cristalizações de verdade na língua: o rótulo de erro atribuído

às variantes que diferem da norma padrão; a excessiva formatação em detrimento da

originalidade; a irracionalidade atribuída aos discursos, dependendo do local de onde

são enunciados e, da mesma forma, o atributo de verdade dado aos discursos que

emanam dos locais de poder político, econômico ou acadêmico.

Dessa forma, entender criticamente essas cristalizações possibilitará aos

educandos a compreensão do poder configurado pelas diferentes práticas discursivo-

sociais que se concretizam em todas as instâncias das relações humanas.

OBJETIVOS:

Possibilitar aos educandos o entendimento do poder configurado pelas diferentes

práticas discursivas sociais;

Contribuir para o aprimoramento do domínio discursivo no âmbito da oralidade e da

escrita;

Despertar, nos alunos, a sua emancipação e autonomia em relação ao pensamento e

as práticas de linguagem imprescindíveis ao convívio social;

Confrontar opiniões e pontos de vista sobre as diferentes manifestações da linguagem

verbal;

Compreender e usar a Língua Portuguesa como língua mate; na, geradora de

significação e integradora da organização do mundo e da própria identidade;

Utilizar as tecnologias de comunicação e da informação na escola, no trabalho em

outros contextos relevantes da vida;

Perceber os recursos da linguagem verbal, relacionando texto/contexto, mediante a

natureza, organização, estrutura, de acordo com as condições de produção, recepção (

intensão, época, local, interlocutores participantes da criação e propagação das ideias e

escolhas, tecnológicas disponíveis);

Recuperar pelo estudo do texto literário, as formas instituídas de construção do

imaginário coletivo, o patrimônio representativo da cultura e as classificações

preservadas e divulgadas, no eixo temporal e espacial;

Articular as redes de diferenças e semelhanças entre língua oral e escrita e seus

códigos sociais, contextuais e linguísticos

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AVALIAÇÃO:

A avaliação em Língua Portuguesa e Literatura deve ser considerada um

processo de aprendizagem contínuo e que dê prioridade à qualidade e ao desempenho

do aluno ao longo do ano letivo.

A avaliação proposta é formativa, pois considera que os alunos possuem ritmos e

processos de aprendizagem diferentes e, por ser contínua e diagnóstica, aponta

dificuldades, possibilitando que a intervenção pedagógica aconteça a todo tempo.

Informa ao professor e ao aluno acerca do ponto em que se encontram e contribui com a

busca de estratégias para que os alunos aprendam e participem mais das aulas.

Também é somativa, pois ao final de cada bimestre, a avaliação somativa é usada para

definir a nota do aluno.

Referências:

BAKHTIN, Mikhail. Estética da criação verbal. São Paulo: Martins Fontes, 1997.

CHIAPPINI, Ligia (coord.geral), GERALDI, João Wanderley, CITELLI, Beatriz (coords).

Aprender e ensinar com textos de alunos. São Paulo. Cortez, 2000. Coleção Aprender e

ensinar em textos, v.1.

CHIAPPINI, Ligia (coord.geral), CITELLI, Adilson (coord.). Outras linguagens na escola

publicidade, cinema e TV, rádio, jogos, informática. São Paulo. Cortez, 2000. Coleção

Aprender e ensinar em textos, v.6.

ENGUITA, Mariano F.. A face oculta da escola: educação e trabalho no capitalismo.

Trad. Tomaz Tadeu da Silva. Porto Alegre: Artes Médicas, 1989.

FOUCAULT, Michel. Microfísica do poder. Rio de Janeiro: Edições Graal, 1979.

FOUCAULT, Michel. Vigiar e punir: nascimento da prisão. Petrópolis: Vozes, 1987.

FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido. 40. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2005.

GERALDI, João W. O texto na sala de aula. 2.ed. São Paulo: Ática, 1997.

GIROUX, Henry A. Atos impuros. A prática dos estudos culturais. Trad. Ronaldo Cataldo

Costa. Porto Alegre: Artmed, 2003.

HALL, Stuart. A identidade cultural na pós-modernidade. Trad. Tomaz Tadeu da Silva,

Guaraeira Lopes Louro. 9.ed. Rio de Janeiro: DP&A, 2004.

KLEIMAN, Ângela. Texto e Leitor: aspectos cognitivos da leitura. 7 ed. Campinas,

SP:Pontes,2000.

KLEIMAN, Ângela; MORAES, S.E. Leitura e interdisciplinaridade: tecendo redes nos

projetos da escola. Campinas, São Paulo: Mercado de Letras, 1999.

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267

KOCH, Ingedore. A coesão textual. 3.ed. São Paulo: contexto, 1991.

KOCH, Ingedore; TRAVAGLIA, Luiz C. A coerência textual. 3.ed. São Paulo:

Contexto, 1990.

LAJOLO, Marisa. O que é literatura. São Paulo: Brasiliense, 1982.

MIGLIOZZI, Luiz Carlos. A Mortificação do Ser: Uma investigação das paixões no

universo escolar. 2002. 266 p. Tese (Doutorado em Letras) USP, São Paulo.

MISKOLCI, Richard. Um corpo estranho na sala de aula. In: ABRAMOWICZ, Anete;

SILVÉRIO, Valter Roberto (orgs). Afirmando diferenças: Montando o quebra-cabeça da

diversidade na escola. Campinas: Papirus, 2005. (Coleção Papirus Educação).

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. (A) Diretrizes curriculares - Língua

Portuguesa. Versão preliminar. 2006.

19.7 – MATEMÁTICA

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICO METODOLÓGICA

A Educação Matemática é uma área que engloba inúmeros saberes, em que

apenas o conhecimento da Matemática e a experiência de magistério não são

considerados suficientes para atuação profissional (FIORENTINI & LORENZATO, 2001),

pois envolve o estudo dos fatores que influem, direta ou indiretamente, sobre os

processos de ensino e de aprendizagem em Matemática (CARVALHO, 1991).

O objeto de estudo desse conhecimento ainda está em construção, porém, está

centrado na prática pedagógica e engloba as relações entre o ensino, a aprendizagem e

o conhecimento matemático (FIORENTINI & LORENZATO, 2001), e envolve o estudo

de processos que investigam como o estudante compreende e se apropria da própria

Matemática “concebida como um conjunto de resultados, métodos, procedimentos,

algoritmos etc.” (MIGUEL & MIORIM, 2004, p. 70). Investiga, também, como o aluno, por

intermédio do conhecimento matemático, desenvolve valores e atitudes de natureza

diversa, visando a sua formação integral como cidadão. Aborda o conhecimento

matemático sob uma visão histórica, de modo que os conceitos são apresentados,

discutidos, construídos e reconstruídos, influenciando na formação do pensamento do

aluno.

Para a efetivação de tal proposta, oprofessor deve ser interessado em

desenvolver-se intelectual e profissionalmente e em refletir sobre sua prática para tornar-

se um educador matemático e um pesquisador em contínua formação. Interessa-lhe,

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268

portanto, analisar criticamente os pressupostos ou as ideias centrais que articulam a

pesquisa ao currículo, a fim de potencializar meios para superar desafios pedagógicos.

Nesse encaminhamento, é importante que o professor reflita sobre a sua

concepção de Matemática enquanto campo de conhecimento levando em consideração

dois aspectos:

• pode-se conceber a Matemática tal como ela vem exposta na maioria dos livros

didáticos, como algo pronto e acabado, em que os capítulos se encadeiam de forma

linear, sequencial e sem contradições;

• pode-se acompanhar a Matemática em seu desenvolvimento progressivo de

elaboração, de modo a descobrir-se suas hesitações, dúvidas, contradições, as quais

um longo trabalho de reflexão e apuramento consegue eliminar, para que logo surjam

outras hesitações, outras dúvidas, outras contradições no fazer matemático.

Isto é, sempre haverá novos problemas por resolver (CARAÇA, 2002, p. XXIII).

Nessa ação reflexiva, abre-se espaço para um discurso matemático voltado tanto

para aspectos cognitivos como para a relevância social do ensino da Matemática. Isso

implica olhar tanto do ponto de vista do ensinar e do aprender Matemática, quanto do

seu fazer, do seu pensar e da sua construção histórica, buscando compreendê-los

(MEDEIROS, 1987).

A Educação Matemática como campo de estudos, possibilita ao professor balizar

sua ação docente, fundamentado numa ação crítica que conceba a Matemática como

atividade humana em construção.

Dessa forma, almeja-se um ensino que possibilite aos estudantes análises,

discussões, conjecturas, apropriação de conceitos e formulação de ideias. Aprende-se

Matemática não somente por sua beleza ou pela consistência de suas teorias, mas, para

que, a partir dela, o homem amplie seu conhecimento e, por conseguinte, contribua para

o desenvolvimento da sociedade.

Cabe ao professor a sistematização dos conteúdos matemáticos que emergem

das aplicações, superando uma perspectiva utilitarista, sem perder o caráter científico da

disciplina e de seu conteúdo. Ir além do senso comum pressupõe conhecer a teoria

científica, cujo papel é oferecer condições para apropriação dos aspectos que vão além

daqueles observados pela aparência da realidade (RAMOS, 2004).

É necessário que o processo pedagógico em Matemática contribua para que o

estudante tenha condições de constatar regularidades, generalizações e apropriação de

linguagem adequada para descrever e interpretar fenômenos matemáticos e de outras

áreas do conhecimento.

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ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS

Os Conteúdos Estruturantes devem ser articulados com os conteúdos específicos

em relações de interdependências que enriqueçam o processo pedagógico de forma a

abandonar abordagens fragmentadas, como se os conteúdos de ensino existissem em

patamares distintos e sem vínculos, afinal, “[...] o significado curricular de cada disciplina

não pode resultar de apreciação isolada de seus conteúdos, mas sim do modo como se

articulam” (MACHADO, 1993, p. 28).

Os conteúdos propostos devem ser abordados por meio de tendências

metodológicas da Educação Matemática que fundamentam a prática docente, as quais

têm grau de importância similar entre si e complementam-se umas às outras, que são:

• resolução de problemas - Segue as seguintes etapas: compreender o problema;

destacar informações, dados importantes do problema, para a sua resolução; elaborar

um plano de resolução; executar o plano; conferir resultados; estabelecer nova

estratégia, se necessário, até chegar a uma solução aceitável (POLYA, 2006).

• modelagem matemática - Partindo de uma situação prática e seus questionamentos,

o aluno poderá encontrar modelos matemáticos que respondam essas questões.

• mídias tecnológicas - Os recursos tecnológicos, como o software, a televisão, as

calculadoras, os aplicativos da Internet, entre outros, têm favorecido as experimentações

matemáticas e potencializado formas de resolução de problemas. Aplicativos de

modelagem e simulação têm auxiliado estudantes e professores a visualizarem,

generalizarem e representarem o fazer matemático de uma maneira passível de

manipulação, pois permitem construção, interação, trabalho colaborativo, processos de

descoberta de forma dinâmica e o confronto entre a teoria e a prática.

• etnomatemática - O trabalho pedagógico deverá relacionar o conteúdo matemático

com uma questão maior – o ambiente do indivíduo e suas manifestações culturais e

relações de produção e trabalho.

• história da Matemática- A abordagem histórica deve vincular as descobertas

matemáticas aos fatos sociais e políticos, às circunstâncias históricas e às correntes

filosóficas que determinaram o pensamento e influenciaram o avanço científico de cada

época.

• investigações matemáticas- Na investigação matemática, o aluno é chamado a agir

como um matemático, não apenas porque é solicitado a propor questões, mas,

principalmente, porque formula conjecturas a respeito do que está investigando.

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CONTEÚDOS DO 1º AO 3º ANO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS

NÚMEROS E ALGEBRA

GRANDEZAS E MEDIDAS

GEOMETRIAS

FUNÇÕES

Números Reais;

Números Complexos;

Sistemas Lineares; Matrizes e

Determinantes;

Equações e Inequações exponenciais;

logarítmicas e modulares;

Polinômios.

Medidas de massa;

Medidas derivadas: área e volumes;

Medidas de informática;

Medidas de energia; Trigonometria: relações

métricas e trigonométricas no triângulo

retângulo e a trigonometria na

circunferência.

Geometria plana;

Geometria espacial;

Geometria analítica;

Geometrias não euclidianas (noções

básicas).

Função afim;

Função quadrática;

Função polinomial;

Função exponencial;

Função logarítmica;

Função trigonométrica;

Função modular;

Progressão aritmética;

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TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO

Progressão geométrica.

Análise combinatória; Binômio de Newton;

Probabilidade;

Estatística (noções básicas); Matemática

Financeira (Noções básicas).

AVALIAÇÃO:

A avaliação deve acontecer ao longo do processo do ensino-aprendizagem,

ancorada em encaminhamentos metodológicos que abram espaço para a interpretação

e discussão, que considerem a relação do aluno com o conteúdo trabalhado, o

significado desse conteúdo e a compreensão alcançada por ele.

Para tanto, é preciso que o professor estabeleça critérios de avaliação claros e

que os resultados sirvam para intervenções no processo de ensino -aprendizagem,

quando necessárias.

Assim, a finalidade da avaliação é proporcionar aos alunos novas oportunidades

para aprender e possibilitar ao professor refletir sobre seu próprio trabalho, bem como

fornecer dados sobre as dificuldades de cada aluno (ABRANTES, 1994, p. 15).

No processo avaliativo, é necessário que o professor faça uso da observação

sistemática para diagnosticar as dificuldades dos alunos e criar oportunidades

diversificadas para que possam expressar seu conhecimento. Tais oportunidades devem

incluir manifestação escritas, orais e de demonstração, inclusive por meio de

ferramentas e equipamentos, tais como materiais manipuláveis, computador e

calculadora.

Alguns critérios devem orientar as atividades avaliativas propostas pelo professor.

Essas práticas devem possibilitar ao professor verificar se o aluno:

• comunica-se matematicamente, oral ou por escrito (BURIASCO, 2004);

• compreende, por meio da leitura, o problema matemático;

• elabora um plano que possibilite a solução do problema;

• encontra meios diversos para a resolução de um problema matemático;

• realiza o retrospecto da solução de um problema.

Dessa forma, no processo pedagógico, o aluno deve ser estimulado a:

• partir de situações-problema internas ou externas à matemática;

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• pesquisar acerca de conhecimentos que possam auxiliar na solução dos problemas;

• elaborar conjecturas, fazer afirmações sobre elas e testá-las;

• perseverar na busca de soluções, mesmo diante de dificuldades;

• sistematizar o conhecimento construído a partir da solução encontrada, generalizando,

abstraindo e desvinculando-o de todas as condições particulares;

• socializar os resultados obtidos, utilizando, para isso, uma linguagem adequada.

REFERÊNCIAS:

PARANÁ, Diretrizes Curriculares da Educação Básica de Matemática – SEED-PR, 2008.

19.8 INGLÊS

FUNDAMENTOS TEÓRICOS

O ensino de língua estrangeira, no Ensino Médio, não é só um exercício

intelectual em aprendizagem de formas e estruturas lingüísticas em um código diferente,

é, sim, uma experiência de vida, pois amplia as possibilidades de agir discursivamente

no mundo. O papel educacional da Língua Estrangeira é importante, desse modo, para o

desenvolvimento integral do individuo, devendo seu ensino proporcionar ao aluno essa

nova experiência de vida

Essa experiência deve significar uma abertura para o mundo próximo, fora d si

mesmo, tanto quanto ao mundo distante, em outras culturas. Assim, contribui para a

construção e para o cultivo, pelo aluno, de uma competência, não só no uso de línguas

estrangeiras, mas também na compreensão de outras culturas. O inglês vem se

mostrando como importante meio de comunicação neste mundo globalizado e está cada

vez mais presente em nosso cotidiano.

Conhecer inglês hoje é condição para que se possa sentir inserido nessa

realidade e dela participar ativamente. A Língua Inglesa deve contribuir para o

desenvolvimento do cidadão levando-o a questionar e refletir sobre assuntos da

atualidade e de seu interesse e deve se apresentar como um espaço para ampliar o

contato com outras formas de conhecer, com outros procedimentos interpretativos de

construção da realidade.

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273

O ensino como toda atividade humana deve ser dinâmica e renovador, desse

modo, propõe-se estratégias voltadas para a compreensão da realidade garantindo uma

melhor interpretação da sociedade e do mundo globalizado em que o aluno vive e atua

como cidadão participante.

OBJETIVOS

Fazer com que o aluno compreenda os elementos composicionais dos textos

verbais e não-verbais e na forma de gêneros textuais considerando seu contexto de

produção e esferas de circulação, de forma que:

identifique, no texto, o tema, considerando seu contexto de produção, a sua esfera de

circulação e reflita sobre as vozes sociais presentes nele;

perceba a intencionalidade presente no texto;

identifique e analise informações explícitas e implícitas no texto;

compreenda o vocabulário que auxilia o entendimento a partir do contexto;

identifique nos textos sua tipologia;

realize a leitura linear e não-linear;

identifique os aspectos da organização textual;

reconheça e use os elementos que tornam o texto coeso e coerente;

perceba que a Língua Estrangeira Moderna oferece meios de compreensão de

diferentes culturas e de apropriação e valorização de sua própria cultura.

ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS:

As orientações didáticas gerais para a efetivação do processo ensino e

aprendizagem, deve sempre procurar abordar as quatro habilidades:

• Trabalho com as diversas tipologias textuais antecedidas por explicações sobre o

contexto de situação em Português ou Inglês servindo como aquecimento para a

apresentação dos textos. Explorar elementos gráficos e outros com a finalidade de ativar

o background knorwledgent;

• Verificar a produção dos alunos, dando feedback e comentando sobre o desempenho

dos mesmos;

• Apresentação de itens de gramática e de vocabulário, usando exemplos escritos

contextualizados, imagens, músicas, com o objetivo de levar os alunos á dedução.

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• Atividades envolvendo rimas e trava – língua, músicas tradicionais, modernas e

folclóricas.

CONTEÚDOS

1º ANO

CONTEÚDOS BÁSICOS

Review Vb To Be (present/past) ;

Vb There To Be (present/past);

Present Continuous;

Simple present (affirmative, negative and interrogative forms);

Text Comprehension;

Imperative form;

Vocabulary ;

Future & goig to;

Review Pronous (dem/subj/personal pronouns (subject & object);

Will (affirmative, negative and interrogative forms);

Text Comprehension;

Coutable & uncountable nouns, plural of nouns (many, much, little, few);

Articles.

Interrogative Words

Simples past (regular verbs & irregular verbs);

Numbers: Cardinal – ordinal;

Text Comprehension;

Modal Verbs;

Genitive Case;

Adverbs of frequency;

Possessive pronouns: possessive case of nouns;

Too/also;

Reflexive pronouns;

Have to.

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2º ANO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS

Reading

Writing

Speaking

lIstening

Revisar verbo “to be”;

Passado do verbo ‘to be”;

Presente simples nas formas negativas,

afirmativa e interrogativa;

Verbo Haver no presente e no passado;

Pronomes demonstrativos

Artigos;

Texos para interpretação Música para

“listening”;

Passado simples;

Verbos regulares e irregulares;

Pronomes |Possessivos;

Pronomes reflexivos;

Trabalhos e atividades extras;

Vídeos e filmes e Músicas;

Presente contínuo;

Passado contínuo;

Comparativos;

Syperlativos;

Preposições

Some, Any e compostos

Futuro e condicional

Presente Perfeito.

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3º ANO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS

Discurso como prática social

Leitura;

Conteúdo temático;

Interlocutor;

Finalidade do texto;

Informatividade;

Interxtualidade;

Escrita;

Marcas linguísticas;

Concordância verbal e nominal;

Semântica;

Significado das palavras;

Operadores argumentativos;

Figuras de Linguagem;

AVALIAÇÃO

A avaliação da aprendizagem de Língua Estrangeira Moderna deve subsidiar

discussões levando em conta as dificuldades e avanços dos alunos a partir de suas

produções no processo de ensino e aprendizagem.

O envolvimento dos alunos na construção dos significados será a base para o

planejamento das avaliações ao longo do processo sendo observada a participação

ativa dos alunos ao produzir sentidos na compreensão dos textos, inferindo e levantando

hipóteses a respeito da organização textual.

A avaliação deve articular a dimensão da formação e apropriação do

conhecimento, funcionando como instrumento facilitador na busca de orientações para

formar cidadãos éticos, críticos e ativos na construção de uma sociedade humanizada e

democrática.

Sendo assim, o aluno será avaliado através da participação, produções e pesquisas

individuais ou em grupo e através de diferentes instrumentos, inclusive prova escrita.

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Serão utilizados os seguintes critérios:

• Observação continua e permanente do desempenho do aluno nas diversas áreas de

conhecimento, habilidades e participação nas atividades desenvolvidas.

• Respeito à realidade individual do aluno;

• Ênfase aos aspectos qualitativos da aprendizagem;

• Ênfase na atividade critica da síntese e elaboração pessoal de cada aluno;

• Avaliação oral, texto, trabalhos individuais e/ou coletivos, pesquisas, entrevista, auto-

avaliação e outros instrumentos que se fizerem necessário.

REFERÊNCIAS

MORINO, E. C. & Faria, R. B. Start up 1, 2, 3 e 4. São Paulo: Ática, 2003 PARANA.

Diretrizes Curriculares de Língua Estrangeira para o Ensino Fundamental. Secretaria do

Estado da Educação – Curitiba, 2008

19.9 EDUCAÇÃO FÍSICA

FUNDAMENTOS TEÓRICOS

A Educação Física apareceu como componente obrigatório nos currículos

escolares no final do século XIX, com a Reforma do Ensino Primário que tinha por

finalidade promover, através de exercícios físicos, a saúde do corpo, o pudor e os

hábitos condizentes com a vida urbana da época.

As práticas pedagógicas da Educação Física foram influenciadas pela

instituição militar e pela medicina do século XIX, importadas pela Europa, que visava a

formação do corpo masculino robusto para defesa e proteção da família e da pátria, e do

feminino para o preparo da maternidade.

Com o passar dos anos, a visão da Educação Física foi sendo modificada e o

enfoque maior da década de 60 foi o esporte, permanecendo essa visão até a década

de 90 quando ocorreu a nova discussão da LDB e as propostas pedagógicas do PCN

para a Educação Física.

Atualmente, a Educação Física destaca questões históricas, culturais e

políticas, consideradas relevantes para a formação do indivíduo. As práticas corporais

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presentes nos diferentes momentos históricos e culturais, contemplam formas

diferenciadas de manifestações. A corporalidade permeia estas questões de gênero,

raça, etnia e sexualidade que se destacam nos jogos, esportes, ginásticas, lutas e

danças que devem ser levados em consideração para a educação do corpo, dentro da

perspectiva do projeto pedagógico.

O Manifesto Mundial da Educação Física – FIEP 2000, que faz considerações

à Carta Internacional da Educação Física e do Esporte (UNESCO/1978) e à Declaração

Universal dos Direitos Humanos (Nações Unidas/1948), vem justificar a importância da

Educação Física, reconhecida internacionalmente, afirmando que:

Art. 1 A Educação Física, pelos seus valores, deve ser compreendida como

um dos direitos fundamentais de todas as pessoas.

Art. 2 A Educação Física, como direito de todas as pessoas, é um processo de

Educação, seja pelas vias formais ou não formais.

Art. 3 As atividades físicas, como fins educativos, nas suas possíveis formas

de expressão, reconhecidas em todos os tempos como os meios específicos da

Educação Física, constituem-se em caminhos privilegiados da Educação.

Art. 4 A Educação Física, pelo seu conceito e abrangência deve ser

considerada como parte do processo educativo das pessoas, seja dentro ou fora do

ambiente escolar, por constituir-se na melhor opção de experiências corporais sem

excluir a totalidade das pessoas, criando estilos de vida que incorporem o uso de

variadas formas de atividades físicas.

Art. 5 A Educação Física deve ser assegurada e promovida durante toda a

vida das pessoas, ocupando lugar de importância nos processos de educação

continuada, integrando-se com os outros componentes educacionais, sem deixar, em

nenhum momento, de fortalecer o exercício democrático expresso pela igualdade de

condições oferecidas nas suas práticas.

Art. 6 A Educação Física, pelas suas possibilidades de desenvolver a

dimensão psicomotora das pessoas, principalmente nas crianças e adolescentes,

conjuntamente com os domínios cognitivos e sociais, deve ser disciplina obrigatória nas

escolas primárias e secundárias, devendo fazer parte de currículo longitudinal.

O Conselho Internacional de Ciência do Esporte e da Educação Física,

reforçando a importância da Educação Física como um processo ao longo da vida,

reiterou que uma Educação Física de qualidade:

a) é o mais efetivo meio de promover, seja qualquer capacidade/incapacidade,

sexo, idade, cultura, raça, etnia, religião ou nível social, com habilidades, atitudes,

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valores e conhecimento, o entendimento para uma participação em atividades físicas e

esportivas ao longo da vida;

b) ajuda as crianças chegarem a uma integração segura e adequada do

desenvolvimento da mente, corpo e espírito;

c) é a única alternativa escolar cujo foco principal é sobre o corpo, atividade

física, desenvolvimento físico e saúde;

d) ajuda as crianças/adolescentes desenvolverem respeito pelo seu corpo e

dos outros;

e) ajuda as crianças/adolescentes desenvolverem padrões de interesse em

atividades físicas, os quais são essenciais para o desenvolvimento desejável e

constroem os fundamentos para um estilo de vida saudável;

f) desenvolve o entendimento do papel da Educação Física promovendo a

saúde;

g) contribui para a confiança e auto-estima;

h) realça o desenvolvimento social, preparando as crianças/adolescentes para

enfrentar competições, vencendo e perdendo, cooperando e colaborando.

Na Educação Física, o tempo e o espaço escolar revelam valores, crenças,

normas que refletem a história de vida de cada comunidade. Esta relação entre sujeitos,

sociedade e cultura nos permite um maior enriquecimento pedagógico, possibilitando um

novo olhar sobre as práticas escolares que têm a corporalidade como elemento central

no processo formativo.

A Educação Física deve promover conceitos que os educandos mantenham

para o resto da vida. É imprescindível que os estudantes recebam informações sobre as

funções do organismo, para compreender a importância da atividade física em termos de

qualidade de vida e longevidade.

A Escola apresenta um objetivo geral que busca formar, preparar e

desenvolver o aluno como cidadão de forma global para que atue e intervenha,

transformando a sociedade. Ou seja, trabalhar o aluno como um ser em totalidade.

Sendo assim, a escola deve articular o particular e o universal, o novo e o

velho, o tradicional e o inovador, dando um novo sentido às práticas e experiências de

todos os envolvidos no processo de formação cultural de forma ampla e significativa. O

corpo não deve ser considerado somente na sua dimensão biológica, mas também a

partir de seus determinantes sociais, culturais, econômicos e políticos, entendendo-se

que esses aspectos influenciam-se mutuamente e colaboram para a construção da

nossa identidade corporal. No entanto, deverá desmistificar formas arraigadas de

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280

compreender as práticas de manifestações corporais no entendimento de que a cultura,

inclusive a corporal, é lugar de produção, de sentido e experiências, tendo no horizonte

as problemáticas culturais que evidenciam em torno da corporalidade atual, mediar

situações conflitantes que envolvem a corporalidade por meio do diálogo e da reflexão,

entender, refletir, pensar, a cultura que compõe a nossa corporalidade é não somente

reproduzi-la, mas articular o conhecimento ao longo do processo formativo do aluno,

atribuindo a estes sentidos éticos e estéticos, tornando como referência aquilo que se

apresenta como o que há de mais relevante em termos de conhecimento e produção

corporal.

Assim, viabilizar que os alunos possam vivenciar e explorar sua corporalidade

e experiências orientadas pelo professor, indo além dos conteúdos ditos tradicionais,

permitindo ao aluno, viver, sentir e expressar, possibilitando maior inserção e reflexão

crítica no mundo.

Segundo as diretrizes curriculares, propõem-se que a Educação Física, na

Educação Básica, seja fundamentada nas reflexões sobre as necessidades atuais de

ensino perante os alunos, na superação de contradições e na valorização da

educação...procura-se possibilitar aos alunos o acesso ao conhecimento produzido pela

humanidade, relacionando-o às práticas corporais, ao contexto histórico, político,

econômico e social.

A gênese da cultura corporal, está relacionada à vida em sociedade,

desenvolvendo-se inicialmente, nas relações homem-natureza e homem-homem, isto é,

pelas relações para a produção de bens e pelas relações de troca. Para garantir sua

sobrevivência, reprodução e povoamento do planeta, a humanidade necessitou

conhecer a natureza, conquistar diferentes espaços, ocupando-os e explorando-os em

sua diversidade de fauna, flora e relevo.

Nas relações com a natureza e com o grupo social de pertencimento, por meio

do trabalho, os seres humanos desenvolveram habilidades, aptidões físicas e

estratégias de organização, fundamentais para superar obstáculos e garantir a

sobrevivência. Inicialmente, correr, saltar, rastejar, erguer e carregar peso eram

habilidades essenciais para abater uma caça e transportá-la para casa, escapar de uma

perseguição, alcançar lugares onde os frutos fossem abundantes.

Dessa forma, a materialidade corporal se constitui num longo caminho, de

milhares de anos, no qual o ser humano construiu suas formas de relação com a

natureza, dentre elas as práticas corporais.

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As diretrizes curriculares apontam a Cultura Corporal como objeto de estudo e de ensino

da Educação Física, evidenciando a relação estreita entre a formação histórica do ser

humano por meio do trabalho e as práticas corporais que daí decorreram. A ação

pedagógica da Educação Física deve estimular a reflexão sobre o acervo de formas e

representações do mundo que o ser humano tem produzido, exteriorizadas pela

expressão corporal em jogos, brinquedos e brincadeiras, danças, lutas, ginásticas e

esportes. Essas expressões podem ser identificadas como formas de representação

simbólica de realidades vividas pelo homem (Coletivo de autores, 1992).

Nestas Diretrizes Curriculares, os conteúdos estruturantes para a Educação

Básica devem ser abordados em complexidade crescente (os assuntos não são vistos

em separados. Desde do 6º ano o aluno terá contato com regras e jogos pré-desportivos

e esportivos, sendo o enfoque diferenciado para cada série, de acordo com sua

capacidade de abstração), isto porque, em cada um dos níveis de ensino os alunos

trazem consigo múltiplas experiências relativas ao conhecimento sistematizado, que

devem ser consideradas no processo de ensino-aprendizagem.

ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS

O reequacionamento do papel da educação escolar no mundo contemporâneo

reconhece e responde às necessidades sócio-econômicas do momento histórico que

nos encontramos. Essas novas expectativas regem, também, a atuação da Educação

Física no âmbito escolar, determinando e interferindo significativamente na formação

dos alunos.

A Educação Física deve ser um elemento de impulsão para o salto qualitativo

cultural da sociedade; capacitando o sujeito a refletir sobre suas potencialidades

corporais e a intervir significativamente e adequadamente na sua realidade, por meio de

conhecimentos, valores e princípios indispensáveis à cidadania.

Para realizar essa intervenção é necessário o conhecimento. À medida que o

sujeito toma consciência, compreende certos saberes, pode se autodeterminar, ao

mesmo tempo, determinar sua realidade.

Uma prática pedagógica desafiadora e que proporcione reflexões nas aulas de

Educação Física, possibilita aos alunos a construção do conhecimento, por meio da

abstração, ou seja, o sujeito analisa o desafio apresentado, levanta e testa hipóteses,

utilizando sucessivas aproximações para obter êxito na solução de um problema

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levantado. A solução de problemas implica na participação ativa e no diálogo constante

entre alunos e professores. A aprendizagem é concebida como a resposta natural do

aluno ao desafio de uma situação-problema.

Para favorecer a interferência consciente dos alunos na realidade, é necessário

que durante as aulas de Educação Física, a construção do conhecimento seja

possibilitada por meio de questionamentos e conflitos cognitivos realizados

constantemente sobre suas ações/movimentos, onde o sujeito possa confrontar

estímulos novos com outros assimilados anteriormente, tendo condições para modificar

a realidade de acordo com suas necessidades.

Com estruturas cognitivas mais elaboradas, o sujeito pode nortear suas ações

para a obtenção de êxito, atendendo as solicitações que lhe são feitas, elaborando

sínteses na interação dialética da atual, com a estrutura já preexistente.

Quando o sujeito coloca em prática o conhecimento mais elaborado, surgem

novos desafios, novos problemas, que requerem outros conhecimentos. De acordo com

Delval (1994), os conhecimentos devem estar subordinados à formação de estruturas e

procedimentos para resolver problemas. Abre-se assim, um movimento espiralado de

contínua busca do conhecimento, que ultrapassa as aparências imediatas da realidade,

que vai além do observável.

A Educação Física no Ensino Fundamental se apresenta, então, como uma

área de conhecimento, que por meio de seus conteúdos específicos, deve proporcionar

ao aluno situações que envolvam análise, reflexão e abstração. Assim, a Educação

Física contribuirá para o êxito de uma educação de qualidade, onde o sujeito

compreenda a cidadania e perceba-se como ser integrante, autônomo, bem como o

agente transformador da sociedade em que vive por meio dos saberes específicos da

área da Educação Física enquanto componente curricular.

OS CONTEÚDOS ESTRUTURANTES PROPOSTOS PARA A EDUCAÇÃO FÍSICA NA

EDUCAÇÃO BÁSICA SÃO OS SEGUINTES:

Esporte;

Jogos e brincadeiras;

Ginástica;

Lutas;

Dança.

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A disciplina de Educação Física por meio de seus conteúdos possibilita aos

alunos o desenvolvimento de suas potencialidades de forma democrática e não seletiva,

visando seu aprimoramento como “seres humanos”.Nesta perspectiva, dar um novo

significado às aulas é um exercício necessário que requer uma amplitude das

possibilidades de intervenção, superando a dimensão meramente motriz por uma

dimensão histórica, cultural, social, rompendo com a ideia de que o corpo se restringe

somente ao biológico, ao mensurável.

Portanto, os conteúdos estruturantes esporte, os jogos e brincadeiras,

ginástica, lutas e dança, possibilitam o entendimento dos valores culturais,

econômicos, políticos esociais situados historicamente. Neste sentido, a escola pode

tornar-se um espaço de resistência, de transformação e de superação de manifestações

discriminatórias, respeitando a diversidade e os direitos humanos, viabilizando a reflexão

e a inserção crítica no mundo.

Visando romper com a maneira tradicional como os conteúdos tem sido tratados,

faz-se necessário integrar e interligar as práticas corporais de forma mais reflexiva e

contextualizada, o que é possível por meio dos elementos articuladores.

Os elementos articuladores alargam a compreensão das práticas corporais,

indicam múltiplas possibilidades de intervenção pedagógica em situações que surgem

no cotidiano escolar. A partir deste entendimento se torna possível integrar e interligar as

questões da Educação em Direitos Humanos, Educação Ambiental e a Educação da

Diversidade Econômica,Cultural, Social, Racial, Religiosa, de Gênero e Sexual, com

práticas corporais de forma mais reflexiva e contextualizada. Sendo que, cada elemento

articulador pode ser trabalhado de forma a contribuir para com uma melhor

compreensão destas referidas questões.

OS ELEMENTOS ARTICULADORES SÃO:

Cultura Corporal e Corpo;

Cultura Corporal e Ludicidade;

Cultura Corporal e Saúde;

Cultura Corporal e Mundo do Trabalho;

Cultura Corporal e Desportivização;

Cultura Corporal – técnica e tática;

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Cultura Corporal e Lazer;

Cultura Corporal e Diversidade;

Cultura Corporal e Mídia.

1º ANO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS

Esportes

Jogos e brincadeiras

Ginástica

Lutas

Dança

Sexualidade

Coletivos, individuais e radicais;

Jogos de tabuleiro, jogos dramáticos e jogos

cooperativos;

Artística/ olímpica, ginástica de academia e

ginástica geral;

Lutas com aproximação, lutas que mantém

a distância, lutas com instrumento

mediador e capoeira;

Danças folclóricas, danças de salão e

danças de rua;

Questões de gênero, doenças sexualmente

transmissíveis e educação sexual

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2º ANO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS

Esportes

Jogos e brincadeiras

Ginástica

Lutas

Dança

Sexualidade

Coletivos, individuais e radicais;

Jogos de tabuleiro, jogos dramáticos e jogos

cooperativos;

Artística/ olímpica, ginástica de academia e

ginástica geral;

Lutas com aproximação, lutas que mantém

a distância, lutas com instrumento

mediador e capoeira;

Danças folclóricas, danças de salão e

danças de rua;

Questões de gênero, doenças sexualmente

transmissíveis e educação sexual

3º ANO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS

Esportes

Esportes coletivos e individuais;

Geral, ginástica circense, ginástica de

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Ginástica

Lutas

Dança

condicionamento físico,

Capoeira;

Dança de salão;

AVALIAÇÃO:

A avaliação levará em conta a realização das práticas, a valorização da cultura

corporal de movimento e relação da Educação Física com a saúde e qualidade de vida.

Será realizada de forma contínua, por meio da observação direta do aluno nas

atividades planejadas. A auto avaliação será utilizada como parte do processo da

avaliação, com o objetivo do aluno se auto conhecer, conhecer seus limites e

potencialidades. Os critérios da avaliação baseiam-se na participação e envolvimento do

aluno nas atividades, em detrimento de níveis de desempenho alcançados. Em

atividades teóricas, serão utilizados os instrumentos: pesquisas, provas, trabalhos e

atividades extraclasse.

BRASIL, Ministério da Educação e Cultura; Secretaria do Ensino Fundamental.

Parâmetros Curriculares Nacionais de Educação Física. Brasília: MEC – SEF. PARANÁ,

Secretaria de Estado de Educação. Departamento de Ensino de primeiro grau. Currículo

básico para a escola pública do Paraná. Curitiba: SEED / DEPG, 1992.

PARANÁ, Secretaria de Estado de Educação. Diretrizes Curriculares do Ensino

Fundamental: Educação física. Curitiba: SEED, 2006.

19.9.1 HISTÓRIA

A História ocupa um lugar estratégico no currículo da Educação básica, pois

como conhecimento e prática social, pressupõe movimento, contradição, um processo

de permanente re/construção, um campo de lutas. Um currículo de História é sempre

processo e produto de concepções, visões, interpretações, escolhas de alguém ou de

algum grupo em determinados lugares, tempos, circunstâncias. Assim, os conteúdos, os

temas e os problemas de ensino de História — sejam aqueles selecionados por

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formuladores das políticas públicas, pesquisadores, autores de livros e materiais da

indústria editorial, sejam os construídos pelos professores na experiência cotidiana da

sala de aula — expressam opções, revelam tensões, conflitos, acordos, consensos,

aproximações e distanciamentos; enfim, relações de poder.

Aprender história é ler e compreender o mundo em que vivemos. Portanto, se

ao ensino de História cabe um papel educativo, formativo, cultural e político e sua

relação com a construção da cidadania perpassa diferentes espaços de produção de

saberes históricos, é essencial localizarmos no campo da História

questões/temas/problemas considerados relevantes para a formação da consciência

histórica dos alunos. Isso requer um diálogo crítico com diferentes sujeitos, lugares,

saberes e práticas; entre a multiplicidade de culturas, etnias, sociedades. De acordo com

Sacristán(1998), o papel do professor, no caso de História, como um agente ativo,

decisivo na seleção e concretização dos conteúdos e dos significados dos currículos.

No entanto, o professor não está sozinho frente aos alunos e aos saberes.

Nas interações, no entrecruzamento das relações dos sujeitos, saberes e práticas em

que se configuram determinadas culturas, os professores lêem, interpretam, traduzem,

re/constroem propostas curriculares que lhes são apresentadas, seja pelas instituições e

prescrições administrativas, seja pelos livros didáticos, materiais e fontes, seja pelas

demandas da mídia, do mercado, da comunidade, das famílias e dos próprios alunos.

Trata-se, pois, de um exercício complexo, um ato político, cultural e pedagógico.

No Brasil, os debates sobre ensino de História, desde os anos de luta contra a

ditadura e mesmo de inquietações e movimentos anteriores, contribuíram para um

alargamento das concepções sobre esse campo de pensamento e trabalho. A despeito

da força e do poder diretivo dos currículos prescritos, precisamos atentar para o fato de

que as disciplinas não são meros espaços de vulgarização de saberes, nem tampouco

de adaptação, transposição das ciências de referência, mas produtos dos espaços, das

culturas escolares. Os professores têm autonomia ante as demandas do Estado, da

sociedade e dos meios de comunicação; assim, questionam, criticam, subvertem os

saberes e as práticas no cotidiano escolar. Entre os currículos prescritos e os vividos

nas aulas de História, há diversas mediações entre os sujeitos (alunos e professores),

saberes de diferentes fontes (livros didáticos, fontes históricas, imprensa, textos, filmes,

literatura, documentos e outros), práticas institucionais, burocráticas e comunitárias em

contextos muito diferenciados.

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Nesse contexto, é imprescindível a valorização do papel do professor, de sua

formação, autonomia e das condições do trabalho docente.

ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS:

O trabalho no ensino de História requer respeito pelo conhecimento e pelo

conjunto de representações que o aluno traz para a sala de aula. Tendo como referência

suas representações, “o aluno tem a possibilidade de efetivar suas próprias idéias sobre

os fenômenos do mundo social ”( Schmidt e Cainelli 2004, p.61-62). Devem ser

consideradas as possibilidades cognitivas dos alunos. Alguns conceitos são

considerados chaves para o processo de compreensão da História, tais como tempo

histórico e espaço, sociedade e relações sociais, trabalho e cultura. Como possibilidades

cognitivas, devem ser desenvolvidos desde os primeiros anos de escolarização.

Experiências significativas têm sido realizadas no cotidiano escolar envolvendo a história

de vida do aluno, a história local, a história oral, documentos e objetos biográficos do

aluno, da família e da comunidade.

Professores e alunos trazem consigo saberes, valores, idéias, atitudes. A

consciência histórica do aluno começa a ser formada antes mesmo do processo de

escolarização e se prolonga no decorrer de sua vida, fora da escola, em diferentes

espaços educativos, por diferentes meios.

Assim, a construção de uma prática de ensino de História que de fato objetive

a formação de cidadãos críticos, requer a valorização permanente das vozes dos

diferentes sujeitos, do diálogo, do respeito à diferença, bem como o combate às

desigualdades e o exercício da cidadania em todos os espaços

OBJETIVOS

Conhecer e respeitar o modo de vida de diferentes grupos sociais, em diversos

tempos e espaços, em suas manifestações culturais, econômicas, políticas e sociais,

reconhecendo semelhanças e diferenças entre elas;

Dominar procedimentos de pesquisa escolar e de produção de texto, aprendendo a

observar e colher informações de diferentes paisagens e registros escritos,

iconográficos, sonoros e materiais;

Valorizar o direito de cidadania dos indivíduos dos grupos e dos povos como condição

de efetivo fortalecimento da democracia, mantendo-se o respeito às diferenças e a

luta contra as desigualdades;

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Refletir sobre a atuação do indivíduo nas suas relações pessoais com o grupo de

convívio, suas afetividades, sua participação no coletivo e suas atitudes de

compromisso com classes, grupos sociais e culturais;

Entender o tempo histórico como objeto da cultura, como criação de povos em

diversos momentos e espaços;

Situar-se na sociedade contemporânea para melhor compreendê-la, comparando

problemáticas atuais e de outros momentos históricos.

CONTEÚDOS

1º ANO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS

Relações de trabalho

Relações de poder

Relações culturais

A construção da História as origens e o

desenvolvimento da humanidade;

As grandes civilizações;

Alta e Baixa Idade Média;

A consolidação das monarquias na

Europa Moderna;

O Renascimento Cultural e Científico;

A Expansão Ultramarina

A Política Econômica dos Estados

Nacionais Europeus.

2º ANO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS

Relações de trabalho

Relações de poder

Relações Culturais

Os diferentes povos da América e a

colonização europeia;

Organização político-administrativa na

América portuguesa;

A era das revoluções;

A Inglaterra Absolutista e a Revolução

Inglesa;

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290

A revolução industrial;

Revoluções burguesas;

A independência da América Espanhola

e Portuguesa;

Brasil – 1º. e 2º. Reinados;

A América Latina no século XIX.

3º ANO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS

Relações de trabalho

Relações de poder

Relações culturais

Era de incertezas;

Europa, 1914: 1ª. Grande Guerra Mundial;

República Velha: Formação do Poder

Político e Econômico;

República Velha: Política e Contestação

Social;

Revolução Russa e a Europa no Período

entre Guerras;

A crise do capitalismo e seus efeitos no

Brasil.

Era Vargas: do Governo Provisório ao

Golpe de Estado de 1937. Estado Novo;

Urbanização e Trabalho no século XX;

Os movimentos operários brasileiros no

início do século XX;

Trabalho e populismo na era Vargas;

A reorganização dos movimentos sindicais

no Brasil nos anos 70;

A 2ª. Guerra Mundial – Economia e

Sociedade no pós-guerra;

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Formação de blocos econômicos na nova

divisão internacional a Guerra Fria.

Cidadania, movimentos sociais e questões

étnicas a partir de 1960;

As lutas pela conquista dos direitos civis

nos E U A;

A questão do negro e da violência urbana

no Brasil atual;

O período militar: modernização

conservadora;

Ricos e pobres no mundo globalizado;

A desintegração da URSS a Globalização.

AVALIAÇÃO

A avaliação acontecerá processualmente e continuamente, será diagnóstica,

formativa, e somativa, privilegiando a aprendizagem como processo e não como

produto. Será observada a participação e o esforço do aluno em sala de aula, seu ritmo

e características individuais de aprendizagem, os trabalhos produzidos individualmente

ou em grupos, atividades que indiquem capacidade de interpretação e análise da

realidade histórico, política e social, bem como interpretação de mapas e documentos

históricos, como apresentação de seminários, pesquisas, entre outros.

REFERÊNCIAS

ARAUJO, J. C. As intencionalidades como diretrizes da práxis pedagógica. In VEIGA, I,

P, A e CASTANHO, M, E. (Orgs.) Pedagogia Universitária. Campinas: Papirus, 2000,

p.91-114.

BITTENCOURT, Maria Circe. Ensino de História: fundamentos e métodos. São Paulo:

imprensa oficial, 2000.

BRASIL, Secretaria de Ensino de Segundo Grau. Parâmetros curriculares Nacionais:

História. Secretaria de Educação de Segundo Grau: Brasília, SESG, 1998.

19.9.2 GEOGRAFIA

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292

FUNDAMENTOS TEÓRICOS

O termo Geografia surgiu na Antigüidade Clássica, especificamente junto ao

pensamento grego. Já nessa época, a Geografia era vista sob duas perspectivas: a

primeira privilegiava a medição do espaço e a discussão sobre a forma da Terra; a

segunda preocupava-se com a descrição dos lugares. Durante a Antigüidade o

conhecimento geográfico encontrava-se disperso e assim permaneceu até o final do

século XVIII.

Os conhecimentos de cunho geográfico só vieram a ser sistematizados no início do

século XIX, quando algumas condições históricas se faziam favoráveis:

o conhecimento da dimensão e da forma real dos continentes;

a existência de grande quantidade de informações sobre variados lugares da Terra;

o aprimoramento das técnicas cartográficas e a descoberta das técnicas de

impressão;

a valorização dos temas geográficos pela reflexão da época expressa na Filosofia,

nas idéias iluministas, na Economia Política e nas teorias evolucionistas.

A sistematização da Geografia ocorreu na Alemanha, num contexto de

unificação nacional (a Alemanha de então, era um amontoado de feudos sem unidade

econômica e política) onde a questão do espaço era primordial para as classes

dominantes. Temas relacionados ao domínio e organização do espaço, diferenças

regionais e apropriação do território “estarão na ordem do dia na prática da sociedade

alemã de então. É, sem dúvida, deles que se alimentará a sistematização geográfica”

(Moraes, 1998).

Os primeiros esforços no sentido de sistematizar os conhecimentos geográficos

vieram de dois prussianos Alexandre von Humboldt e Karl Ritter. Para Humboldt a

Geografia seria a parte terrestre da ciência do Cosmos – uma síntese dos

conhecimentos sobre a Terra. Segundo ele, a paisagem causaria uma impressão, que,

combinada com a observação e filtrada pelo raciocínio lógico levaria à explicação. Para

Ritter, a Geografia era o estudo dos lugares como forma de relação entre o homem e o

Criador. Humboldt e Ritter deixaram delineados caminhos que foram, posteriormente,

resgatados pelas “escolas” geográficas.

No período do final do século XIX até meados do século XX, o pensamento

geográfico baseou-se nos postulados de La Blache e Ratzel. Friedrich Ratzel, alemão,

definia o objeto de estudo da Geografia como a influência das condições naturais sobre

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a humanidade e da natureza na constituição social. Das idéias de Ratzel surgiu a escola

determinista, para a qual o meio determinava o homem. Paul Vidal de La Blache,

francês, definia o objeto da Geografia como a relação entre homem e natureza, na

perspectiva da paisagem.

Os conhecimentos geográficos desenvolvidos e sistematizados até o início da

década de 50 foram denominados Geografia Tradicional. O ensino da Geografia

Tradicional nas escolas caracterizava-se pelo ensino dividido em blocos (Geografia

Física, Geografia Econômica, Geografia Humana,...) que não se relacionavam entre si.

Aos alunos cabia memorizar listas infindáveis de acidentes geográficos e localizá-los nos

mapas, assim como indicar aspectos humanos e econômicos de países e regiões.

Na década de 50 iniciou-se um movimento de renovação da Geografia. Esse

movimento caracterizou-se inicialmente por uma mudança apenas de ordem

metodológica, baseada na crítica à insuficiência da análise tradicional para a intervenção

na realidade e foi denominada de Geografia Pragmática. A Geografia Pragmática até fim

da década de 70 manifestou-se através de três tendências: a Geografia Quantitativa, a

Geografia Sistêmica e a Geografia da Percepção.

Na Geografia Quantitativa acreditava-se que o temário geográfico poderia ser

explicado com o uso de métodos matemáticos. Para isso utilizava-se a estatística na

análise dos fenômenos. A Geografia Sistêmica propunha o uso de modelos de

representação e explicação que resultavam em padrões e tendências. Baseava-se nas

ciências econômicas. A Geografia da Percepção ou Comportamental tentava explicar a

valorização subjetiva do território, ou seja, como os homens percebiam o espaço

vivenciado. Utilizava-se da Psicologia. A Geografia Quantitativa caracterizou-se, na

escola, pela memorização de dados numéricos e estatísticos, enquanto a Geografia da

Percepção preocupou-se em trabalhar o espaço na escola a partir da relação afetiva do

aluno com o espaço vivenciado e percebido por ele.

Essas tendências prevaleceram até por volta da década de 80, quando ocorreu

outro movimento dentro da renovação da Geografia proposto por geógrafos que se

preocupavam com mudanças que iam além da metodologia. Com as novas idéias

propostas por esses geógrafos surgiu a Geografia Crítica que se opôs à Tradicional e à

Pragmática. A Geografia Crítica utilizava-se das análises marxistas, explicando a

organização do espaço a partir dos modos de produção. Os geógrafos críticos

buscavam um espaço que fosse organizado em função dos interesses dos homens e

não mais em função do modo de produção capitalista.

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A Geografia Crítica hoje é uma frente onde convivem inúmeras propostas e

onde existe grande diversidade metodológica, fato que acaba por tornar-se benéfico,

pois estimula o debate. Na escola, ela procura fazer com que o aluno pense o espaço de

forma crítica e compreenda a serviço de quem o espaço é organizado. Yves Lacoste,

cujas idéias embasaram o pensamento dos geógrafos críticos no Brasil, afirmava ser a

Geografia um conhecimento estratégico utilizado com eficiência pelos Estados Nacionais

e ignorado pelo cidadão comum. Para Lacoste, o cidadão comum deve, também, ter

acesso aos conhecimentos geográficos, pois é esse conhecimento que lhe permitirá

atuar sobre o espaço de forma a transformá-lo.

o conceito adotado para o objeto de estudo da geografia é o espaço geográfico, ou

seja, aquele produzido e apropriado pela sociedade e segundo Santos, composto

pela inter-relação entre os objetos naturais, culturais e técnicos e pelas relações

sociais, culturais, políticas e econômicas (Santos, 1996.p.51)

o aluno deve se apropriar dos conceitos fundamentais da Geografia e compreender o

processo de produção e transformação do espaço geográfico, através de conteúdos

trabalhados de forma crítica e dinâmica e ainda interligados com a realidade dos

alunos e embasados nos fundamentos teóricos e metodológicos das Diretrizes

Curriculares da Educação Básica, que são a seguir:

Dinâmica do conteúdo de forma crítica

Problematização

Contextualização

Questionamento, compreensão e aprendizado crítico.

Nessa perspectiva, para que ocorra a construção do conhecimento faz-se

necessária a contextualização do conteúdo com o objetivo de situá-lo historicamente e

nas relações políticas, sociais, econômicas e culturais em manifestações espaciais

concretas, e nas diversas escalas geográficas.

ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS:

Recomenda-se que o professor crie uma situação problema, instigante e

provocativa com o objetivo de mobilizar o aluno para o conhecimento, deve estimular o

raciocínio, a reflexão e a crítica de modo que se torne sujeito de seu processo de

aprendizagem

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OBJETIVOS

Espera-se que o aluno:

• Aproprie-se dos conceitos de região, território, paisagem, natureza e lugar;

• Faça a leitura do espaço através dos instrumentos da cartografia - mapas, tabelas,

gráficos e imagens;

• Compreenda a formação natural e transformação das diferentes paisagens pela ação

humana e sua utilização em diferentes escalas na sociedade capitalista;

• Analise a importância dos recursos naturais nas atividades produtivas;

• Compreenda o uso da tecnologia na alteração da dinâmica da natureza e nas

atividades produtivas;

• Estabeleça relação entre a exploração dos recursos naturais e o uso de fontes de

energia na sociedade industrializada;

• Identifique os problemas ambientais globais decorrentes da forma de exploração e uso

dos recursos naturais;

• Evidencie a importância das atividades extrativistas para a produção de matérias-

primas e a organização espacial;

• Compreenda as ações internacionais de proteção aos recursos naturais frente a sua

importância estratégica;

• Compreenda o processo de formação dos recursos minerais e sua importância política,

estratégica e econômica;

• Reconheça a influência dos avanços tecnológicos na distribuição das atividades

produtivas, nos deslocamentos de população e na distribuição da população.

CONTEÚDOS

1º ANO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS

Dimensão Econômica do espaço

geográfico

Dimensão Cultural do espaço

geográfico

A linguagem da Geografia;

A Geografia da Natureza (geomorfologia e

recursos minerais);

Dinâmica Climática e ecossistemas;

As esferas das águas;

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296

Dimensão política do espaço

geográfico

Dimensão Socioambiental do espaço

geográfico

Tecnologias e recursos naturais;

Agropecuária e comércio global de

alimentos;

Estratégias energéticas.

2º ANO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS

Dimensão Cultural do espaço

geográfico

Dimensão política do espaço

geográfico

Dimensão Socioambiental do espaço

geográfico

Os conflitos e os caminhos para a paz;

A globalização e suas múltiplas faces;

Características físicas, humanas,

econômicas e culturais de alguns países;

População mundial e do Brasil;

Brasil, aspectos gerais e localização.

3º ANO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS

Dimensão econômica do espaço

geográfico

Dimensão Política do espaço

geográfico;

Dimensão cultural demográfica do

espaço geográfico;

Dimensão Socioambiental do espaço

geográfico.

Formação, mobilidades das fronteiras e a

reconstrução dos territórios;

As relações entre o campo e a cidade na

sociedade capitalista;

A formação, o crescimento das cidades, a

dinâmica dos espaços urbanos e a

urbanização recente;

A evolução demográfica, a distribuição

espacial da população e os indicadores

estatísticos;

Os movimentos migratórios e suas

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motivações. As manifestações sócio

espaciais da diversidade cultural;

O comércio e as implicações sócio

espaciais;

As diversas regionalizações do espaço

geográfico

As implicações sócio espaciais do

processo de mundialização;

A nova ordem mundial, os territórios supra

nacionais e o papel do Estado.

AVALIAÇÃO

A avaliação apresentará caráter diagnóstico do processo ensino e

aprendizagem, bem como instrumento de investigação da prática pedagógica sempre de

maneira contínua, observando a evolução dos docentes em relação aos conteúdos

abordados.

Visará contribuir para a compreensão das dificuldades de aprendizagem dos

alunos, com vistas às mudanças necessárias para que essa aprendizagem se

concretize.

Os instrumentos de avaliação serão utilizados conforme a adequação ao

conteúdo abordado. Serão: seminários, debates, confecção de mapas e cartas,

avaliação escrita (atividades objetivas e argumentativas), trabalhos extraclasse,

dinâmicas de grupos, entre outros.

REFERÊNCIAS:

CAVALCANTI, Lana de Souza. Geografia e práticas de ensino. Goiânia: Alternativa,

2002.

EDITORA MODERNA (org.)Projeto Araribá Geografia, (6° ao 9° ano)3ª Ed. São Paulo,

Moderna, 2010

MARTINEZ, Rogério, Garcia Wanessa. Novo Olhar Geografia, vol. 1, 2 e 3 1ª ed. São

Paulo, 2013.

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MOREIRA, Igor Antonio Gomes, Elizabeth Auricchio. Construindo o Espaço Humano,

3.ed.São Paulo:Ática, 2006.

MOREIRA, Igor Antonio Gomes, Elizabeth Auricchio. Construindo o Espaço Brasileiro,

3.ed.São Paulo:Ática, 2006.

MOREIRA, Igor Antonio Gomes, Elizabeth Auricchio. Construindo o Espaço Americano,

3.ed.São Paulo:Ática, 2006.

MOREIRA, Igor Antonio Gomes, Elizabeth Auricchio. Construindo o Espaço Mundial,

3.ed.São Paulo:Ática, 2006.

Espaço Geográfico: Objeto de Estudo da Geografia. Disponível em:

VISENTINI, José William. Sociedade & Espaço. São Paulo, Ática, 2003.

19.9.3 ARTE

FUNDAMENTOS TEÓRICOS

No decorrer do tempo, as concepções de arte como expressão se

multiplicaram e se aprimoraram. Nas concepções atuais de arte, estão presentes as

contribuições da Filosofia, da Sociologia e da Antropologia para o deslocamento do foco

das teorias estéticas não mais sobre a obra de arte, mas sobre as relações que as

pessoas criam com os objetos e produções artísticas.

A arte é uma atividade na qual execução e invenção procedem simultâneas e

inseparáveis, na qual o incremento de realidade é constituição de um valor original. Nela

concebe-se executando, projeta-se fazendo, encontra-se a regra operando, já que a

obra existe só quando é acabada, nem é pensável projetá-la antes de fazê-la e, só

escrevendo ou pintando, ou contando é que ela é encontrada e é concebida e é

inventada (PAREYSON apud FERRAZ; FUSARI, 2009, p. 105). Se arte é invenção, para

Ferraz e Fusari (2009), ela é também “produção, trabalho e construção” já que a arte

inclui “o artista, a obra de arte, os difusores comunicacionais e o público” (p. 56).

Segundo as autoras, a concepção de arte está diretamente relacionada “com o ato de

criação da obra de arte, desde as primeiras elaborações de formalização dessas obras

até em seu contato com o público” (p. 56).

Pensar sobre os sentidos e funções da arte conduz necessariamente ao

conhecimento do próprio processo artístico, que, inclui produtores/artistas/autores; as

obras/produtos artísticos; as formas de comunicação/distribuição/difusão e suas

relações com o público/plateia/apreciadores (FERRAZ; FUSARI, 2009, p. 57).

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299

A disciplina Arte deve garantir que os alunos vivenciem e compreendam

aspectos técnicos, criativos e simbólicos em música, artes visuais, teatro, dança e suas

interconexões. Para tal é necessário um trabalho organizado, consistente, por meio de

atividades artísticas relacionadas com as experiências e necessidades da sociedade em

que os alunos vivem. A arte pode favorecer a formação da identidade e de uma nova

cidadania de crianças e jovens que se educam nas escolas, contribuindo para a

aquisição de competências culturais e sociais no mundo no qual estão inseridos. O

objetivo a que se propõe o ensino de Arte, em toda a sua especificidade prevista na

forma de lei, é essencial para a construção da cidadania.

O ensino de Arte trata de relacionar sentimentos, trabalhar aspectos

psicomotores e cognitivos, planejar e implementar projetos criativos e se engajar

emocionalmente neles, num permanente processo reflexivo. Talvez mais que em outras

disciplinas, no ensino de Arte, os alunos são obrigados a entrar em contato consigo

mesmos, quando, por exemplo, criam uma coreografia, realizam um jogo teatral,

interpretam uma música ou apreciam um quadro. Isso não é nada menos do que formar

a sua própria imagem de mundo, compreender a realidade.

ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS

Diferentes abordagens metodológicas são discutidas hoje na área de Arte.

Pode-se dizer que houve, ao lado dessas orientações, uma evolução das concepções ao

incluir os meios de comunicação e a abertura para todas as imagens. Dada a crescente

presença de imagem da mídia, a partir de meados da década de 1990, os arte-

educadores tornaram-se os “especialistas” em imagem. A ideia é a de que “a educação

não é nada sem imagens”. Essa concepção refere-se, principalmente, à "alfabetização

visual" ou "competência de leitura de imagens”. Aqui a referência é claramente a arte,

que se caracteriza por desafiar material, propor métodos construtivos e desconstrutivos

que provoquem um pensamento não convencional. A aquisição do conhecimento por

crianças e jovens, bem como seu próprio desenvolvimento, foram, sem dúvida,

grandemente influenciados pelo uso da imagem. O objetivo era compreender processos

de interpretação e leitura de imagens do dia a dia, “fomentando diálogos sobre os

sentidos da arte em nossa vida” (AZEVEDO, 2009, p. 337).

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CONTEÚDOS

1º ANO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS

música, artes visuais, dança e teatro:

elementos formais; composição;

movimentos e período.

Ponto,Linha,Forma,Textura, Superfície,

Volume, Cor, Luz.

Teatro pobre;

Teatro do oprimido e gêneros teatrais;

História da dança e da música.

Bidimensional e Tridimensional, Figura e

fundo, Figurativo, Abstrato, Semelhanças e

Contrastes, Ritmo e Visual.

Gêneros teatrais;

Gêneros musicais;

Teatro representação: sonoplastia,

cenografia,caracterização, adereços e

figurinos;Leitura de obra.

Bidimensional e Tridimensional, Figura e

fundo, Figurativo, Abstrato, Semelhanças e

contrastes, RitmoeVisual.

Gêneros teatrais;

Gêneros musicais;

Teatro representação: sonoplastia,

cenografia; caracterização, adereços e

figurinos.

Arte Pré-histórica,

Civilização Egípcia,

Arte Mesopotâmica,

Cultura Grega,

Arte Romana,

Arte Pré Colombiana,

Arte Oriental

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301

Arte Africana;

Arte Romântica e Gótica;

Teatro pobre;

Teatro do oprimido e gêneros teatrais;

História da dança e da música.

2º ANO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS

Música, artes visuais, dança e teatro:

elementos formais;

composição; movimentos e período.

Ponto, linha, superfície, textura, volume, luz

e cor. Figurativo, Abstrato, Figura e fundo,

Bi e tridimensional, Semelhanças e

contrastes, Ritmo visual,

Gêneros teatrais,

Gêneros musicais.

Teatro Representação, sonoplastia,

cenografia, caracterização, figurino e

adereços.

Fotografia

Renascimento;

Barroco;

Neoclássico;

Romantismo;

Realismo;

Impressionismo;

Pós impressionismo;

Cubismo;

Expressionismo;

Fauvismo;

Dadaísmo;

Futurismo;

Surrealismo;

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302

Pop Art;

História da fotografia.

3º ANO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS

música, artes visuais, dança e teatro:

elementos formais;

composição; movimentos e período.

Ponto, linha, superfície, textura, volume, luz

e cor.

Movimento corporal: ponto de apoio, salto,

queda, rotação. Formação, deslocamento,

sonoplastia, coreografia, gêneros. Ritmo,

melodia, harmonia, intervalo melódico,

harmônico, tonal e modal, improvisação.

Gêneros teatrais e musicais. Figurativo,

abstrato, figura e fundo, tridimensional e

bidimensional, semelhanças, contrastes,

ritmo visual.

Pré-história brasileira;

Arte Pré- cabraliana e indígena;

invasão holandesa no Brasil;

Barroco Brasileiro e influência europeia;

Neoclassicismo e romantismo acadêmico no

Brasil;

Antecedentes e consequências da semana

de Arte Moderna;

Modernismo: Semana de Arte Moderna

1922;

Movimentos artísticos nas décadas de 1930

e 1940;

Bienais e as tendências contemporâneas.

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303

AVALIAÇÃO

A avaliação da disciplina de Arte deve acontecer ao longo de todo o processo

correspondendo às diferentes tipologias como, autoavaliação, avaliação diagnóstica,

formativa e somativa. A autoavaliação se concentra na análise das próprias habilidades

de performance e criativas dos alunos. A avaliação como diagnóstico é importante para

o planejamento, e a avaliação formativa diz respeito aos processos, situa o aluno “em

seu progresso e limites e destaca os pontos em que necessita maior empenho e

dedicação” (SELBACH, 2010, p.143). Nesse caso, não se refere somente à atribuição

de conceitos, mas àquela realizada no dia a dia, auxiliando os professores no

direcionamento de suas práticas pedagógicas. Já a avaliação somativa se preocupa com

os resultados. ela é feita no final de cada bimestre para verificar a efetividade da

compreensão do conteúdo proposto Para tanto, é necessário definir com clareza o que

vai ser avaliado, as regras, os critérios, bem como criar técnicas e instrumentos

consistentes e coerentes com o caráter único das artes.

REFERÊNCIAS

ANAIS DO I SEMINÁRIO NACIONAL: CURRÍCULO EM MOVIMENTO – Perspectivas

Atuais Belo Horizonte, novembro de 2010

AZEVEDO, F. A. G. de. A arte possibilita ao ser humano repensar suas certezas e

reinventar seu cotidiano. In: BARBOSA, A. M; COUTINHO, R. G. (Org.) Arte/educação

como mediação cultural e social. São Paulo: UNESP, 2009. p. 335-346.

BARBOSA, A. M. Mediação cultural é social. In: BARBOSA, A. M.; COUTINHO, R. G.

(Org.). Arte/educação como mediação cultural e social. São Paulo: UNESP, 2009. p. 13-

22.

BARBOSA, A. M.; COUTINHO, R. G. (Org.). Arte/educação como mediação cultural e

social. São Paulo: UNESP, 2009.

BOHLMAN, P. Ontologies of Music. In: COOK, N. (Org..) Rethinking Music, New York:

Oxford Press, 1999, p. 17-34.

BRASIL.Ministério da Educação e Cultura (MEC). Parâmetros Curriculares Nacionais

para o Ensino Fundamental, Versão preliminar, novembro de 1995. [citado como PCN].

BUARQUE DE HOLANDA, H.; RESENDE, B. (Org.). Artelatina: cultura, globalização e

identidades. Rio de Janeiro: Aeroplano, 2000.

Page 305: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO - Notícias · Dezembro”, em 06/04/78, com a finalidade de homenagear o pioneiro londrinense, que chegou a Londrina em junho de 1934, ano da fundação

304

SELBACH, S. (Cood.). Arte e didática. Petrópolis: Vozes, 2010. (Coleção Como bem

ensinar)

20.0 CURSOS TÉCNICOS PROFISSIONALIZANTES

20.1 TÉCNICO EM MEIO AMBIENTE – SUBSEQUENTE

Descrição de cada disciplina contendo ementa:

ANÁLISE, CONTROLE E QUÍMICA AMBIENTAL

Carga horária total: 240 h/a - 200 h

EMENTA: Métodos e técnicas de análises químicas; Polímeros e meio ambiente;

Tecnologia ambiental; Raízes dos problemas ambientais; Vidrarias e segurança em

laboratórios.

CONTEÚDOS:

Introdução:

Conceitos gerais sobre a química ambiental;

Poluição e contaminação;

Conceitos gerais de química;

Tipos de reações químicas;

Estequiometria em reações simples;

Cinética de reações simples;

Equilíbrio químico;

Polímeros;

Poluição das águas:

Indicadores de qualidade das águas;

Padrões de qualidade de águas;

Principais fontes de poluição das águas;

Elementos de ecologia aquática;

Algas e sua importância no tratamento de águas residuárias;

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Problemas causados por microorganismos ao abastecimento da água: parasitismo,

toxidez, sabor e odor, cor e turbidez, interferência na floculação e decantação,

obstrução de filtros, corrosão;

Organismos aquáticos de interesse sanitário e suas características e as doenças por

eles transmitidas: vírus, bactérias, algas, protozoários, fungos, animais invertebrados;

Consequências da poluição aquática;

Os metais de importância ambiente;

Autodepuração dos corpos aquáticos;

Os metais pesados e o meio;

Consumo de oxigênio dissolvido;

Curva de autodepuração: oxigênio dissolvido;

Demanda bioquímica de oxigênio (DBO);

Quantificação de cargas poluidoras;

Eutrofização;

Importância dos sedimentos no processo;

Contaminação por microorganismos;

Indicadores de poluição fecal;

Estimativas de cargas poluidoras: vazão, concentração, carga, eficiência e noções

básicas de balanço de massa;

Doenças de veiculação hídrica;

Controle da poluição hídrica;

Poluição do solo:

Ciclos do nitrogênio;

Controle da poluição do solo;

Fontes de contaminação;

Padrões de contaminação;

Tecnologias de tratamento de solos contaminados;

Modificações antropogênicas do solo;

A química verde;

Poluição do ar:

Ciclos do O2 e do CO2;

Fontes de contaminação;

Fatores que influenciam na poluição;

Consequências da poluição do ar;

Poluição do ar em ambientes internos;

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306

Efeito estufa;

Chuva ácida;

Poluição sonora:

Som e ruído;

Fontes de poluição sonora;

Consequências da poluição sonora;

Padrão de emissão de ruídos;

Controle da poluição sonora – leis municipais, resolução CONAMA.

REFERÊNCIAS

BARROS, R.T.V. et al. Manual de saneamento e proteção ambiental para pequenos

municípios. Belo Horizonte: Escola de Engenharia da UFMG, 1995. Volume 2.

BRAGA, Benedito. ET al. Introdução a Engenharia Ambiental. São Paulo: Prentice Hall,

2002

BRANCO, S.M. Hidrobiologia aplicada à engenharia sanitária. São Paulo: CETESB, 1986

DOROTHY, Casarini. ET.al. Relatório de Estabelecimento de valores orientadores para

solos e águas subterrâneas no estado de São Paulo, São Paulo: CETESB, 2001.

Disponível em http://www.cwetesb.sp.gov.br

ESTEVES, F.A . Fundamentos de limnologia. Rio de Janeiro: Interciência, 1988

HELLER, L. Saneamento e saúde. Brasília: OPAS/OMS, 1997

MOTA, Suetônio. Introdução a Engenharia Ambiental. Rio de Janeiro: ABES, 1997.

MOTA, Suetônio. Urbanização e Meio Ambiente. Rio de Janeiro: ABES, 1999

VON SPERLING. Princípios básicos do tratamento biológico de água

residuária: Princípios básicos do tratamento de esgotos. V.2. Belo Horizonte:

Escola de Engenharia da UFMG, 1996.

EDUCAÇÃO AMBIENTAL

Carga horária total: 120 h/a - 100 h

EMENTA: Sustentabilidade, desenvolvimento humano e indicadores socioambientais;

Programas e Projetos de Educação Ambiental; Saúde e Meio Ambiente; Evolução

histórica da educação ambiental; conceituações sobre meio ambiente e educação

ambiental; Educação ambiental formal e informal.

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CONTEÚDOS:

Marcos históricos da educação ambiental;

Sustentabilidade e desenvolvimento humano;

Indicadores socioambientais;

Temáticas ambientais básicas;

Agenda 21 Global, Nacional, Estadual e Local;

Agenda ambiental empresarial;

Política Nacional de Educação Ambiental e Programa Nacional de Educação

Ambiental;

Programas e projetos de Educação Ambiental em empresas, escolas e

comunidades; Participação comunitária e a Educação Ambiental;

Atividades pedagógicas de Educação e conscientização ambiental, envolvendo

técnicas e recursos de ensino, para ações de educação ambiental individuais e

coletiva;

Dinâmicas em grupo voltadas para atividade de sensibilização em educação

ambiental;

Sistemas racionais/responsáveis de aproveitamento dos recursos naturais;

Saúde e Meio Ambiente;

Doenças de veiculação hídrica os sistemas de prevenção e a relação com a

educação sanitária e ambiental;

Preservação e conservação ambiental;

Experiências de Educação Ambiental no Brasil;

Turismo em áreas naturais protegidas e ecoturismo sustentado.

Atividades pedagógicas de educação e conscientização ambiental;

Estratégias de Educação Ambiental;

Experiências de Educação Ambiental no Brasil;

Práticas em Projetos de Educação Ambiental;

Educação sanitária e ambiental;

Educação ambiental nas zoonoses.

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308

REFERÊNCIAS

ANDRADE, Lícia, Et aL. Oficinas ecológicas, Petrópolis, Editora Vozes, 1996

DIAS, Genebaldo Freire. Antropoceno: iniciação a temática ambiental. São Paulo.

Editora Gaia. 2002

DIAS, Genebaldo Freire. Educação Ambiental: princípios e práticas. 4ª.edição.São Paulo

Editora Gaia. 1995

DIAS, Genebaldo Freire. Pegada ecológica e sustentabilidade humana. São Paulo,

Editora Gaia, 2002

MEDINA, Naná Minini. Educação Ambiental: uma metodologia participativa de formação.

Petrópolis. Vozes. 2000

REIGOTA, Marcos. A floresta e a escola: por uma educação ambiental pós-moderna.

São Paulo. Editora Cortez, 1999

SARIEGO, José Carlos. Educação Ambiental: as ameaças do planeta azul. São Paulo.

Editora Scipione. 1994

PHILIPPI, Arlindo Jr. Et al. Educação Ambiental e Sustentabilidade. Editora Manole.2007

ANDRADE, Lícia et al. Oficinas Pedagógicas-uma proposta de mudanças. Editora

Vozes.1995

ESTATÍSTICA APLICADA

Carga horária total: 120 h/a - 100h

EMENTA: Dados e Amostragens, Tabelas e Gráficos estatísticos, Distribuição de

freqüência, Elementos de uma distribuição de freqüência, Medidas de posição, Medidas

de separatrizes, Medidas de dispersão.

CONTEÚDOS:

Introdução, definições e fases do método estatístico;

Dados e amostragens: definições, dados absolutos e relativos;

Tabelas, gráficos e diagramas;

Distribuição de frequência;

Elementos de uma distribuição de frequência;

Medidas de posição: média, moda e mediana;

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309

Medidas de separatrizes;

Medidas de dispersão: desvio médio simples, variância e desvio padrão;

Medidas de dispersão simples;

Coeficiente de variação e variação relativa.

REFERÊNCIAS

BRAULE, Ricardo . Estatística Aplicada com Excel . Editora Campus.

CASTRO, Lauro Sodré Viveiros; Exercícios de Estatística. Rio de Janeiro, 1994

CRESPO, Antonio A. – Estatística Fácil - Editora Saraiva. 18a edição. 2002

LAPPONI, Juan Carlos – Estatística usando Excel – Editora Campus. 4ªedição

LARSON, Ron et al. – Estatística Aplicada – Editora Pearson / Prentice Hall. 2ªedição.

MORETTIN, Pedro A – BUSSAB, Wilton O. – Estatística Básica. Editora Saraiva

FUNDAMENTOS DO TRABALHO

Carga horária total: 40 h/a- 33h

EMENTA: A perspectiva ontológica do trabalho: O trabalho como condição de

sobrevivência e de realização humana. A perspectiva histórica do trabalho: Mudanças no

mundo do trabalho, alienação, desemprego, qualificação do trabalho e do trabalhador.

CONTEÚDOS:

Trabalho humano: ação sobre o ambiente, produção de cultura e humanização.

Perspectiva histórica;

Diferentes modos de produção;

Industrialismo;

Alienação e exploração de mais valia;

Emprego, desemprego e subemprego;

Organizações dos trabalhadores;

Papel do estado na proteção aos incapacitados.

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310

REFERÊNCIAS

CHESNAIS, F. Mundialização do capital. Petrópolis: Vozes, 1997.

FROMM, E. Conceito marxista de homem. Rio de Janeiro: Zahar, 1979.

GENRO, T. O futuro por armar. Democracia e socialismo na era globalitária. Petrópolis:

Vozes, 2000.

GENTILI, P. A educação para o desemprego. A desintegração da promessa integradora.

In. Frigotto, G. (Org.). Educação e crise do trabalho: perspectivas de final de século. 4

ed. Petrópolis: Vozes, 2000.

GRAMSCI, A. Concepção dialética da história. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira,

1978.

HOBSBAWM, E.. A era dos extremos - O Breve Século XX - 1914-1991. São Paulo:

Editora da UNESP, 1995.

JAMESON. F. A cultura do dinheiro. Petrópolis: Vozes, 2001.

LUKÁCS, G. As bases ontológicas do pensamento e da atividade do homem. Temas de

Ciências Humanas. São Paulo: [s.n], 1978.

MARTIN, H. P.; SCHUMANN, H. A armadilha da globalização: O assalto à democracia e

ao bem-estar. São Paulo: Globo, 1996.

NEVES, L.M. W. Brasil 2000: nova divisão do trabalho na educação. São Paulo: Xamã,

2000.

SANTOS, B. Reinventando a democracia. Entre o pre-contratualismo e o pós-

contratuialismo. In: Beller, Agnes et al. A crise dos paradigmas em ciências sociais. Rio

de Janeiro: Contraponto, 1999.

GEOGRAFIA AMBIENTAL

Carga horária total: 160 h/a - 133 h

EMENTA: Noções de geologia, avaliação de impactos e riscos ambientais; noções de

geomorfologia ambiental; noções de climatologia e de meteorologia; fotogrametriae

estereoscopia; utilização de cartas topográficas, imagens de satélite e fotografias

aéreas.

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311

CONTEÚDOS:

Relação sociedade natureza: dos primórdios a contemporaneidade;

Princípios da ecogeografia, biogeografia, cartografia, geologia e globalização;

Uso e ocupação dos recursos naturais local, regional, nacional e planetário;

Apropriação dos recursos naturais e suas conseqüências ambientais;

Cartografia básica e instrumental;

Leitura e interpretação de mapas;

Construção de mapas, gráficos, tabelas, perfis topográficos, curvas de nível,

escalas;

Organização e planejamento cartográfico;

Noções de fotogrametria, sensoriamento remoto/estereoscopia;

Mapeamento com uso de bússola e trena e GPS;

Uso de cartas topográficas e imagens satélite;

Noções de geomorfologia ambiental;

Noções de climatologia e meteorologia

Introdução ao estudo da geologia;

Escala geológica do tempo;

A estrutura interna e externa da Terra e a tectônica de placas;

Minerais: propriedades físicas e químicas e principais minerais formadores de

rochas;

Plutonismo e vulcanismo: rochas ígneas;

Ciclo sedimentar: rochas sedimentares;

Substâncias minerais exploradas economicamente e a questão ambiental;

Avaliação de Impactos e Riscos Ambientais

Aspectos e impactos ambientais em áreas urbanas e agrícolas;

Acompanhamento de AIA / EIA / RIMA / PBA;

Auditoria ambiental;

Impactos ambientais decorrentes de agroquímicos, lixo, esgoto, projetos de

irrigação, drenagem e outros;

Recuperação de áreas degradadas;

Leis de biossegurança;

Combate a desmatamentos, queimadas e incêndios florestais;

Poluição ambiental (água, ar e solo), Impactos ambientais na saúde humana;

Princípios básicos para a conceituação de impacto ambiental;

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312

Definição de impacto ambiental: conceituações, atributos dos impactos

ambientais,características dos impactos ambientais;

Identificação dos impactos ambientais;

Impactos ambientais nos principais ecossistemas brasileiros;

Ações humanas e os impactos ambientais: agropecuária, produção vegetal;

produção animal;

Agroindústria;

Indústria têxtil;

Indústria de couro;

Indústria química;

Construção civil;

Indústria da madeira;

Indústria de cerâmica;

Turismo;

Mineração.

Saneamento;

Irrigação;

Estradas;

Represas;

Principais métodos de avaliação de impacto ambiental (AIA) , matrizes, estudos de

casos.

REFERÊNCIAS

AB´SÁBER, Aziz. Os domínios de natureza no Brasil-Potencialidades Paisagísticas.

Ateliê Editorial, 3ª. Edição,2005

BANCO DO NORDESTE. Manual de impactos ambientais: orientações básicas sobre os

aspectos ambientais de atividades produtivas. Fortaleza. 1999

BITAR, Omar Yazbek. Meio Ambiente e Geologia, Ed.SENAC

CUNHA, Sandra Baptista da e GUERRA, Antonio José Teixeira. Geomorfologia-

Exercícios, Técnicas e Aplicações

DUARTE, Paulo E – Fundamentos de Cartografia- Editora UFSC

FERREIRA, Artur Gonçalves. Meteorologia Prática. Editora Oficina de Textos.

Page 314: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO - Notícias · Dezembro”, em 06/04/78, com a finalidade de homenagear o pioneiro londrinense, que chegou a Londrina em junho de 1934, ano da fundação

313

FLORENZANO, Teresa Gallotti. Imagens de satélite para estudos ambientais. Editora

Oficina de Textos

FONSECA, Romulo Soares. Elementos de Desenho Topográfico. Editora McGraw-Hill

do Brasil Ltda. – MEC-1973

MAIA . Manual de avaliação de impactos ambientais. Curitiba: IAP/GTZ, 1992

NOGUEIRA, Ruth E. Cartografia Representação, Comunicação e Visualização de Dados

Espaciais- 2ª.edição- Editora UFSC

NOVO, Evlin M.L. de Moraes – Sensoriamento Remoto-Princípios e Aplicações

PÉREZ-Maria Del Carmen Granell. Trabalhando Geografia com as Cartas Topográficas-

Editora Unijuí, 2001

POPP, José Henrique. Geologia Geral. Ed.LTC. 5ª.edição

PRESS, SIEVER, GROTZINGER, Para entender a Terra. Editora ARTMED

ROMEIRO, Ademar Ribeiro. Avaliação e Contabilização de Impactos Ambientais

SALGADO, Maria Léa. História Ecológica da Terra. Editora Edgard Blucher

SANCHEZ, Luiz Enrique. Avaliação de Impacto Ambiental-Conceitos e Métodos-

Ed.Oficina de Textos.

SOUZA, Gustavo Henrique de . Gestão ambiental de áreas degradadas.

SUGUIO/SUZUKI. A evolução geológica da Terra e a fragilidade da vida. Editora

Blucher. 2003.

TEIXEIRA, Wilson et AL. Decifrando a Terra, IBEP Nacional. 2008.

TOMMASI, Luiz Roberto. Estudo de impacto ambiental. São Paulo: CETESB:

Terragraph Artes e Informática, 1994. 354 p.

GESTÃO DE RECURSOS NATURAIS

Carga horária total: 240 h/a- 200h

EMENTA: Recursos Hídricos; Noções de Silvicultura, Áreas Protegidas e Paisagismo,

Pedologia / Edafologia, Energias Alternativas.

CONTEÚDOS:

Recursos hídricos:

Gestão de bacias hidrográficas, águas superficiais e subterrâneas;

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314

Comitês de Bacias;

Participação comunitária nos Comitês de Bacia e Agencias;

Agência Nacional de Águas – ANA;

Políticas nacional e estadual de recursos hídricos;

Desequilíbrio dos sistemas hídricos;

Poluição e degradação hídrica;

Ciclo hidrológico;

Diagnóstico de bacias hidrográficas;

Manejo de microbacias hidrográficas;

Bacias hidrográficas paranaenses;

Hidrografia municipal. Lei 9433/97 e Lei 4771/65 e suas implicações na rede de

bacias hidrográficas.

Gerenciamento de bacias hidrográficas como unidade territorial de planejamento.

Noções de silvicultura, áreas protegidas e paisagismo:

Reconhecimento das espécies florestais;

Propagação sexuada: conceitos, características, germinação, vigor, dormência,

qualidade das sementes e quantidade de sementes;

Propagação assexuada: conceitos, características, planta matriz e classificação;

Viveiros: localização, instalação e manejo;

Legislação para produção de sementes e mudas;

Implantação de florestas;

Princípios de manejo florestal;

Planejamento e manejo de unidades de conservação, Praças e arborização

urbana;

Uso público: recreação e lazer, noções de turismo, turismo em áreas naturais

protegidas;

Noções de paisagismo.

Pedologia/edafologia:

Conhecer as principais formações rochosas das camadas das Terra e sua

correlação com o solo;

Compreender o processo de intemperismo físico e químico;

Alterações de rochas e minerais e formação do perfil do solo;

Fatores de formação do solo (relevo, clima, organismos, material de origem e

tempo cronológico);

Conhecer as principais característica morfológicas do solo;

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315

Relacionar características morfológicas e propriedades dos solos;

Conceituar conservação de solo do ponto de vista produtivo e ambiental;

Conhecer práticas de conservação vegetativas e mecânicas;

Processos de salinização e acidificação;

Erosão em solos agrícolas e urbanos.

Pedogênese;

Edafologia;

Energias Alternativas:

Conservação de energia e eficiência energética;

Sistemas de energia;

Fontes alternativas de energia;

Energia solar térmica, termoelétrica e fotovoltaica;

Energia eólica;

Energia de biomassa, biocombustíveis (algas etc.);

Energia a hidrogênio e pilha de combustível;

Energia a CO2 (efeito estufa);

Biodiesel;

Geotérmica;

Hidráulica;

Energia marinha;

Energia e meio ambiente.

REFERÊNCIAS

ALDABO. Célula Combustível a Hidrogênio. Editora Artliber .2004

ALDABO. Energia Eólica. Editora Artliber.2004

ALDABO. Energia Solar . Editora Artliber . 2002

ALFREDINI, Paolo. Uso e Gestão dos Recursos Hídricos no Brasil. Editora RIMA.

BARBOSA, A C.S . Paisagismo, jardinagem, plantas ornamentais. 4ªedição Editora Iglu.

1989.

BARBOSA, Carlos Antonio da Silva. Paisagismo, Jardinagem e Plantas Ornamentais .

Editora Iglu.

BRANDÃO, Hélio Abdalla. Manual Prático de Jardinagem. Editora Aprenda Fácil.

CAMPOS, Nilson. A Água e a Vida. Editora ABC Fortaleza.

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316

CAMPOS, Nilson. Recursos Hídricos-Jovem Pesquisador 2005.Editora ABRH

CAMPOS, Nilson. STUDART,Ticiana.Gestão das Águas – Princípios e Práticas. Editora

ABRH

CLARKE, Robin, KING, Jannet. O Atlas da Água. Editora Publifolha. 1ª.edição. 2006

COMETTA. Energia Solar (Utilização e Empregos Práticos). Editora Hemus.2004

EMBRAPA. Sistema Brasileiro de Classificação de Solos-2ª edição.2006

EMBRAPA., Manual de Métodos de Análise de Solos.

FILHO, José Augusto de Lira. Paisagismo – Elementos de Composição Estética. Editora

Aprenda Fácil.

FILHO, José Augusto de Lira. Paisagismo – Princípios Básicos – Vol. 1 Editora Aprenda

Fácil.

FREITAS, Vladimir Passos de. Águas- Aspectos Jurídicos e Ambientais. Editora Juruá .

FUENTES, Angel. ÁLVAREZ,Mariano. Práticas de energia solar fotovoltaica. Editora

Progensa.2005

GUERRA, Antonio José Teixeira. Erosão e conservação dos solos: conceitos, temas e

aplicações. Editora Bertrand Brasil.

KIEHL, Edmar José . Manual de Edafologia. 1979.

KNOTHE. Manual do Biodiesel. Editora Blucher. 2007

LIMA, Valmiqui Costa Et Al. O Solo e o Meio Ambiente – Ed.Próprios autores. 2007

LORENZI, Harri . Plantas Ornamentais no Brasil . 2ªedição.

LORENZI, Harri. Árvores Brasileiras – Manual de identificação e cultivo. Volumes 1 e 2 .

Editora Plantarum

LORENZI, Harri. Palmeiras do Brasil . Editora Plantarum

LORENZI, Harry. Manual de identificação de plantas arbóreas nativas do Brasil. –

Editora Plantarum

NOGUEIRA, Aroldo et al – Produção de Mudas

PAIVA, Haroldo Nogueira de et al. Arborização em rodovias

PAIVA, Haroldo Nogueira de et al. Implantação de Arborização Urbana

PRADO, Hélio. Pedologia Fácil – Aplicações na Agricultura. Edição do Autor.

REBOUÇAS, Aldo et al. Águas Doces no Brasil-capital ecológico, uso e conservação .

Editora RIMA .

REIS, Lineu Belico dos et al Energia Elétrica e Sustentabilidade. Editora Manole

REIS, Lineu Belico dos et al. Energia, Recursos Naturais e a Prática do

Desenvolvimento Sustentável. Editora Manole.

RIZZINI, C.T. Tratado de Fitogeografia do Brasil. Editora Ambito Cultura Edições Ltda.

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317

RODRIGUES, Valdemir Antonio. Manejo de Microbacias Hidrográficas. Editora FEPAF

ROLAND, Fábio et al. Lições de Limnologia. Editora RIMA

SALDANHA, Carlos José Saldanha. Gestão de Águas Doces. Editora ABRH

SILVA, Márcio Lopes da . Economia Florestal.

TALMASQUIM, Mauricio Tiomino. Alternativas Energéticas Sustentáveis no Brasil.

Editora Relume Dumaré

TUCCI, Carlos E.M. Clima e Recursos Hídricos no Brasil. Editora ABRH

TUNDISI, José Galizia. A água no século XXI: Enfrentando a escassez. Editora RIMA

VILLIERS, Marc de . Água. Edições Ediouro.

WALISIEWICZ,Marke. Energia Alternativa Solar, Eolica, Hidrelétrica e de

Biocombustíveis.Editora Publifolha.

WNDLING, Ivair et al . Planejamento e instalação de viveiros

GESTÃO DE RESÍDUOS

Carga horária total: 160 h/a - 133 h

EMENTA: Gestão de resíduos sólidos, orgânicos e políticas públicas, veículos coletores,

caracterização de resíduos sólidos urbanos, lixões, aterros controlados, aterros

sanitários, contaminação por agrotóxicos.

CONTEÚDOS:

Gestão de resíduos sólidos e políticas públicas;

Sistema de coleta e triagem de resíduos;

Processo de tratamento/usinas de incineração;

Disposição final/aterros, lixões, valas sépticas;

Reciclagem/reutilização;

Coleta seletiva de resíduos;

Resíduos perigosos/tóxicos e outros;

Contaminação ambiental/classes,

Elementos para compreensão da problemática dos resíduos sólidos urbanos:

aspectos econômicos, institucionais, sanitários e ambientais;

Caracterização dos resíduos sólidos urbanos;

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318

Coleta convencional: parâmetros de coleta (frequência, horário, acondicionamento,

pontos e formas de coleta) e veículos coletores;

Estação de transbordo ou transferência de resíduos sólidos urbanos;

Gestão de resíduos sólidos urbanos e rurais;

Reciclagem dos diferentes materiais;

Técnicas de disposição dos resíduos sólidos em aterros sanitários;

Técnicas de tratamento através da incineração;

Técnicas de tratamento de resíduos orgânicos através da compostagem termofílica;

Normas e legislações ambientais vigentes sobre resíduos sólidos;

Técnicas de acondicionamento, transporte, tratamento e disposição final de resíduos

sólidos dos serviços de saúde;

Caracterização de resíduos;

Princípios da microbiologia do tratamento de águas residuárias;

Composição dos esgotos domésticos;

Importância sanitária dos microorganismos;

Biodegradação aeróbia e anaeróbia;

Características físicas, químicas e biológicas dos esgotos;

Processos de tratamento de águas residuárias;

Sistemas de tratamento de efluentes: lodos ativados, reatores anaeróbios e lagoas de

estabilização;

NBR 7229/93 – Projeto, construção e operação de tanques sépticos;

Alternativas para disposição final do lodo de esgoto.

REFERÊNCIAS

ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas –NBR 7229/93: Projeto, Construção

e Operação de Sistemas de Tanques Sépticos-Tratamento Unifamiliar

BETTIOL, Wagner; CAMARGO, Otávio A. (2000): Impacto ambiental do Uso do Lodo de

Esgoto. EMBRAPA Meio Ambiente.

BRACHT, José Mário (1993) : Disposição Fina de Resíduos de Saúde em Valas

Sépticas . Cascavel/PR. Trabalho apresentado no Seminário Internacional sobre

Resíduos Sólidos Hospitalares . São Paulo; Instituto de Pesquisas

tecnológicas,CEMPRE.

Page 320: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO - Notícias · Dezembro”, em 06/04/78, com a finalidade de homenagear o pioneiro londrinense, que chegou a Londrina em junho de 1934, ano da fundação

319

BRANCO, Samuel Murgel. Hidrologia aplicada à engenharia sanitária. São Paulo.

CETESB, 1996 3A edição

CALDERONI, Sabetai. Os bilhões perdidos no lixo . Editora Humanitas.

CEMPRE. Lixo municipal – Manual de Gerenciamento Integrado

DALMEIDA, Maria L.Otero. Lixo Municipal: Manual de Gerenciamento Integrado.

IPET/CEMPRE.

FIGUEIREDO, P.J.M. A sociedade do lixo: os resíduos, a questão energética e a crise

ambiental. Piracicaba, SP; Unimep, 1995.

LIMA, José Dantas de. Gestão de resíduos sólidos urbanos no Brasil.

NETO, João Tinôco Pereira. Gerenciamento do Lixo Urbano.

NETO, João Tinoco Pereira. Gerenciamento do Lixo Urbano. Editora UFV

QUEIROZ, Luiz Mário. Remediações de Lixões Municipais. Aplicações da Biotecnologia.

2003.

QUEIROZ, Luiz. Lixo: tratamento e bioremediação .Editor Hemus

SABETAI, Calderoni. Os bilhões perdidos no lixo. Editora Humanistas. 4ªedição

SISINNO, Cristina Lucia Silveira; OLIVEIRA, Rosália Maria de. Resíduos sólidos,

ambiente e saúde: uma visão multidisciplinar. Rio de Janeiro:FIOCRUZ, 2000.

INFORMÁTICA APLICADA

Carga horária total: 80 h/a - 67 h

EMENTA: Informática aplicada ao meio ambiente; Planilhas sobre emissões

atmosféricas (fumaças, material particulado) Pesquisas sobre efeito estufa, chuva ácida,

desmatamento e queimadas. A importância da informática na educação ambiental.

Considerações sobre a informática ambiental. Utilização da legislação com a internet.

Métodos e análise de resultados.

CONTEÚDOS:

Hardware;

Software;

Sistemas operacionais;

Editores de textos,

Planilhas eletrônicas;

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320

Software de apresentações;

Internet;

Navegadores para internet;

Metodologia do planejamento de pesquisa: fases da elaboração de um projeto

utilizando Word e Excel e PowerPoint;

Utilização de softwares para elaboração elementar de trabalhos científicos, projetos

ambientais e o uso de normas da ABNT utilizadas em meio eletrônico;

Software livre: Linux e seus aplicativos;

Softwares específicos para área ambiental GIS – Arc.View, Idrisi, Mapinfo, Spring ,

Google;

Implementação de um sistema de visualização/monitoramento de aspectos

ambientais utilizando a ferramenta Excel;

Utilização de planilhas em quantificações ambientais;

REFERÊNCIAS

MONTEIRO, Mário A. Introdução a Organização de Computadores. Editora LTC. 5ª.

Edição.

CAPRON / JOHNSON. Introdução à informática. Editora Pearson/Prentice Hall. 8ª.

Edição

Software SPRING – Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais - INPE

FLORENZANO, Tereza Galotti. Imagens de satélite para estudos ambientais.Editora

Oficina de Textos.

LEGISLAÇÃO E SEGURANÇA AMBIENTAL

Carga horária total: 120 h/a - 100 h

EMENTA: Constituições, Legislação federal, estadual e municipal, planos diretores,

estatuto da cidade, objetivos do milênio, normas reguladoras no trabalho e segurança

ambiental.

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321

CONTEÚDOS:

Constituições Federais e Estaduais

Noções de legislação ambiental;

Estrutura organizacional da legislação ambiental brasileira;

Código florestal brasileiro;

Gestão de florestas;

Legislação nacional de recursos hídricos;

Licenciamento ambiental: normas e legislação;

Compensação ambiental;

Política nacional do meio ambiente: Lei 6938/81;

Legislação estadual do meio ambiente;

Planos Diretores – estatuto da cidade;

Objetivos do milênio;

Legislação municipal de meio ambiente

Lei de crimes ambientais – Lei 9605/98 alterada pela Lei 6514/08 e regulamentado

pelo Decreto 3179/99;

Resoluções CONAMA;

Indicadores ambientais de poluição e risco ambiental, para diagnóstico e tomada de

decisões;

Noções sobre normas reguladoras de segurança ambiental e do trabalho – (PPRA,

Mapa de Risco etc.).

REFERÊNCIAS

ARAÚJO, Giovanni Moraes de . Normas Regulamentadoras Comentadas. Editora LTR.

2007 . 6ª. Edição.

CHIUVITE, Telma Bartholomeu Silva. RESUMÃO JURÍDICO DE DIREITO AMBIENTAL.

Editora Bafisa.

CRUZ, Ana Paula Fernandes Nogueira. Tutela Ambiental do Ar Atmosférico. Editora

Esplanada.

FILHO, Nylson Paim de Abreu. Constituição Federal, Legislação Administrativa e

Legislação Ambiental. Editora Verbo Jurídico.

MACHADO, Paulo Afonso Leme. Direito Ambiental Brasileiro. Malheiros Editores.

PHILIPPI JR. Arlindo. Curso Interdisciplinar de Direito Ambiental. Editora Manole.

PONZETTO, Gilberto. Mapa de Riscos Ambientais. LTR Editora

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322

SALANDINI, Elaine Vieira Saladini.Segurança e Medicina no Trabalho: Lei 6514. Editora

Atlas.2008

SHERIQUE, Jaques. Aprenda como fazer PPRA. PCMAT e MRA. Editora LTR

SIRVINKAS, Luis Paulo. Manual de Direito Ambiental. Editora Saraiva.

SOUZA, Jadir Cirqueira. Ação Civil Pública Ambiental. Editora Pillares.

VITTA, Heraldo Garcia. Responsabilidade Civil e Administrativa por Dano Ambiental.

Malheiros Editores.

METODOLOGIA CIENTÍFICA E COMUNICAÇÃO

Carga horária total: 60 h/a - 50 h

EMENTA: Ciência e conhecimento; Método Científico; Pesquisa científica; Elaboração,

planejamento e desenvolvimento de projetos; Técnicas de pesquisa; Estudo de

processos de leitura e de produção escrita de textos; Normas/ABNT.

CONTEÚDOS:

Ciência e conhecimento;

Métodos científicos;

Pesquisa científica;

Pesquisa: conceito, planejamento, fases, execução, elaboração e técnicas;

Planejamento e desenvolvimento de projetos;

Teoria, hipóteses e variáveis;

Amostragem, elaboração, análise e interpretação de dados;

Análise de texto, resumo, resenha, seminário, comunicação científica e trabalho

científico;

Coleta, análise e controle de dados, apresentação de relatórios e consistência;

Referências bibliográficas x biliografia;

Normas da ABNT;

O processo de comunicação humana;

A prática da expressão oral e escrita;

Estrutura dos trabalhos técnico-científicos;

Coesão textual a partir de elementos gramaticais;

Níveis de linguagem: coloquial e culta.

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323

REFERÊNCIAS

ABSY, Maria Lúcia; Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais

Renováveis (Coord.) Conhecimento Científico para gestão ambiental:Amazônia, Cerrado

e Pantanal. Brasilia IBAMA, 1995 . 2 v.

ALVES-MAZZOTTI, A.J; GEWANDSZNAIDER, F. O método nas ciências naturais e

sociais: pesquisa quantitativa e qualitativa. Editora Pioneira, São Paulo, 2ª ed.

CERVO, Armando Luiz. Metodologia Científica para uso dos estudantes universitário.

São Paulo: Mc.Graw-Hill do Brasil, 1983.

LAKATOS, Eva Maria & MARCONI, Marina de Andrade. Fundamentos de Metodologia

Científica. São Paulo: Atlas, 1991

PENTEADO, J.R.Whitaker. A técnica da comunicação humana.

SISTEMAS DE GESTÃO AMBIENTAL

Carga horária total: 160 h/a- 133 h

EMENTA: Sistemas de gestão ambiental; Princípios e Políticas ambientais; Normas ISO;

Evolução histórica da gestão ambiental; Planejamento ambiental; Ciclo de vida dos

produtos; Sistemas de gerenciamento ambiental; Certificações.

CONTEÚDOS:

A evolução da questão ambiental e suas repercussões no ambiente empresarial;

Cenário econômico global e a situação das empresas frente à questão ambiental;

Sistema de gestão ambiental;

Princípios de gestão ambiental;

Aspectos práticos de gestão ambiental;

Os pontos fortes, fracos, oportunidades e ameaças pertinentes à questão

ambiental;

Relação da empresa com o meio externo;

A influência do consumidor sobre a estratégia ambiental da empresa;

As normas ISO 14.000, OHAS 18000;

Sistema de gerenciamento ambiental;

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324

Ferramentas de gerenciamento ambiental;

Questões ambientais relevantes, retrospectivas de fatos marcantes e a implantação

de sistemas de gestão;

Auditoria ambiental;

Sistema brasileiro de avaliação ambiental e instituições certificadoras;

Princípios e políticas ambientais;

Ciclo de vida dos produtos;

Software para gestão ambiental;

Ecomarketing;

Ecobusiness;

Determinantes da responsabilidade ambiental;

Órgãos de regulação;

Certificação ambiental;

A influência do consumidor sobre a estratégia ambiental da empresa;

Meio ambiente na OMC;

Planejamento ambiental no Brasil.

REFERÊNCIAS

ASSUMPÇÃO, Luiz Fernando Joly. Sistema de Gestão Ambiental-Manual Prático para

Implementação de SGA e Certificação ISSO 14.001

DIAS, Reinaldo. Gestão Ambiental: Responsabilidade Social e Sustentabilidade. Editora

Atlas.

DONAIRE, Denis. Gestão Ambiental na Empresa.Editora Atlas. 2ª. Edição

KNIGHT, H.JAMES HARRINGTON ALAN. A Implementação da ISSO 14000. Editora

Atlas.

MONTIBELLER F., Gilberto. Empresas, Desenvolvimento e Ambiente. Editora Manole.

ROMERO, Marcelo de Andrade et al. Curso de Gestão Ambiental – Editora Manole –

2007

SEBRAE. Curso Básico de Gestão Ambiental.2004.

SEWELL, Granville H. Administração e controle de qualidade ambiental. Editora

Pedagógica Universitária.

TIBOR, Tom. FELDMAN, Ira – ISO 14000 – Um guia para as nova normas de gestão

ambiental . Editora Futura .1996

VALLE, Cyro Eyler do. Qualidade Ambiental ISO 14000.Editora SENAC

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325

PLANO DE ESTÁGIO COM ATO DE APROVAÇÃO DO NRE

1. Identificação da Instituição de Ensino:

a) Nome do estabelecimento:

b) Entidade mantenedora:

c) Endereço (rua, n°., bairro):

d) Município:

e) NRE:

2. Identificação do curso:

f) Habilitação:

g) Eixo Tecnológico:

h) Carga horária total:

Do curso: __________ horas

Do estágio: _________ horas

3. Coordenação de Estágio:

i) Nome do professor (es):

j) Ano letivo:

4. Justificativa

k) Concepções(educação profissional, curso, currículo, estágio);

l) Inserção do aluno no mundo do trabalho;

m) Importância do estágio como um dos elementos constituintes de sua formação;

n) O que distingue o estágio das demais disciplinas e outros elementos que justifiquem a

realização do estágio

5. Objetivos do Estágio

6. Local (ais) de realização do Estágio

7. Distribuição da Carga Horária (por semestre, período..)

8. Atividades do Estágio

9. Atribuições do Estabelecimento de Ensino

10. Atribuições do Coordenador

11. Atribuições do Órgão/instituição que concede o Estágio

12. Atribuições do Estagiário

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13. Forma de acompanhamento do Estágio

14. Avaliação do Estágio

15. Anexos, se houver

O Plano de Estágio dos estabelecimentos de ensino que ofertam Cursos Técnicos

devem ser analisados pelo Núcleo Regional de Educação que emitirá parecer próprio

(Ofício Circular n° 047/2004 – DEP/SEED).

20.2 PROFISSIONAL TÉCNICO EM MEIO AMBIENTE INTEGRADO

Descrição de cada disciplina contendo ementa:

ANÁLISE, CONTROLE E QUÍMICA AMBIENTAL

Carga horária total: 240 h/a - 200 h

EMENTA: Métodos e técnicas de análises químicas; Polímeros e meio ambiente;

Tecnologia ambiental; Raízes dos problemas ambientais; Vidrarias e segurança em

laboratórios.

CONTEÚDOS:

Conceitos gerais sobre a química ambiental;

Poluição e contaminação;

Conceitos gerais de química;

Tipos de reações químicas;

Estequiometria em reações simples;

Cinética de reações simples;

Equilíbrio químico;

Polímeros;

Poluição das águas;

Indicadores de qualidade das águas;

Padrões de qualidade de águas;

Principais fontes de poluição das águas;

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327

Elementos de ecologia aquática;

Algas e sua importância no tratamento de águas residuárias;

Problemas causados por microorganismos ao abastecimento da água: parasitismo,

toxidez, sabor e odor, cor e turbidez, interferência na floculação e decantação,

obstrução de filtros, corrosão;

Organismos aquáticos de interesse sanitário e suas características e as doenças por

eles transmitidas: vírus, bactérias, algas, protozoários, fungos, animais invertebrados;

Conseqüências da poluição aquática;

Os metais de importância ambiente;

Autodepuração dos corpos aquáticos;

Os metais pesados e o meio;

Consumo de oxigênio dissolvido;

Curva de autodepuração: oxigênio dissolvido;

Demanda bioquímica de oxigênio (DBO);

Quantificação de cargas poluidoras;

Eutrofização;

Importância dos sedimentos no processo;

Contaminação por microorganismos;

Indicadores de poluição fecal;

Estimativas de cargas poluidoras: vazão, concentração, carga, eficiência e noções

básicas de balanço de massa;

Doenças de veiculação hídrica;

Controle da poluição hídrica;

Poluição do solo:

Ciclos do nitrogênio;

Controle da poluição do solo;

Fontes de contaminação;

Padrões de contaminação;

Tecnologias de tratamento de solos contaminados;

Modificações antropogênicas do solo;

A química verde;

Poluição do ar:

Ciclos do O2 e do CO2;

Fontes de contaminação;

Fatores que influenciam na poluição;

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328

Consequências da poluição do ar;

Poluição do ar em ambientes internos;

Efeito estufa;

Chuva ácida;

Poluição sonora:

Som e ruído;

Fontes de poluição sonora;

Consequências da poluição sonora;

Padrão de emissão de ruídos;

Controle da poluição sonora – leis municipais, resolução CONAMA.

REFERÊNCIAS

BARROS, R.T.V. et al. Manual de saneamento e proteção ambiental para pequenos

municípios. Belo Horizonte: Escola de Engenharia da UFMG, 1995. Volume 2.

BRAGA, Benedito. ET al. Introdução a Engenharia Ambiental. São Paulo: Prentice

Hall, 2002

BRANCO, S.M. Hidrobiologia aplicada à engenharia sanitária. São Paulo: CETESB,

1986

DOROTHY, Casarini. ET.al. Relatório de Estabelecimento de valores orientadores

para solos e águas subterrâneas no estado de São Paulo. São Paulo: CETESB,

2001. Disponível em http://www.cwetesb.sp.gov.br

ESTEVES, F.A . Fundamentos de limnologia. Rio de Janeiro: Interciência, 1988

HELLER, L. Saneamento e saúde. Brasília: OPAS/OMS, 1997

MOTA, Suetônio. Introdução a Engenharia Ambiental. Rio de Janeiro: ABES, 1997.

MOTA, Suetônio. Urbanização e Meio Ambiente. Rio de Janeiro: ABES, 1999

VON SPERLING. Princípios básicos do tratamento biológico de água residuária:

Princípios básicos do tratamento de esgotos. Belo Horizonte: Escola de Engenharia da

UFMG, 1996. Volume 2.

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ARTE

Carga horária total: 80 h/a - 67 h

EMENTA: Linguagens da Arte: música, teatro, dança e artes visuais. Estrutura

morfológica e sintática das diferentes linguagens. História e movimentos das diferentes

linguagens. Interação entre as diferentes linguagens, a ciência e a tecnologia. Arte e

indústria cultural. A arte no espaço urbano.

CONTEÚDOS:

Linguagens da Arte:

Música;

Teatro;

Dança;

Artes visuais.

Música:

Estrutura morfológica (som, silêncio, recursos expressivos, qualidades sonoras,

movimento, imaginação);

Estrutura sintática (modalidades de organização musical;

Organização sucessivas de sons e ruídos, linhas rítmicas, melódicas e tímbricas;

Organizações simultâneas de sons e ruídos, sobreposições rítmicas, melódicas,

harmonias, clusters, contraponto, granular, etc.);

Estruturas musicais (células, repetições, variações, frases, formas, blocos, etc.);

Textura sonora (melodias acompanhadas, polifonias, poliritmia, pontilhismo, etc);

Estéticas, estilos egêneros de organização sonora, criação, execução e fruição de

músicas;

Fontes de criação musical (corpo, voz, sons da natureza, sons do quotidiano,

paisagens sonoras, instrumentos musicais, acústico, eletroacústico, eletrônicos e

novas mídias);

História da música;

Impacto da ciência e da tecnologia na criação, produção e difusão da música;

A interação da música com as outras linguagens da arte;

A música brasileira: estética, gênero, estilos e influências;

Teatro:

Introdução à História do Teatro;

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330

Personagem;

Expressões corporais, vocais, gestuais e faciais;

Ação;

Espaço cênico;

Representação;

Sonoplastia, iluminação, cenografia, figurino, caracterização, maquiagem,

adereços;

Jogos teatrais;

Roteiro;

Enredo;

Gêneros;

Técnicas;

Dança:

Movimento corporal;

Tempo;

Espaço;

Ponto de apoio;

Salto e queda;

Rotação;

Formação;

Deslocamento;

Sonoplastia;

Coreografia;

Gêneros;

Técnicas;

Artes Visuais:

Ponto;

Linha;

Superfície;

Textura;

Volume;

Luz;

Cor;

Composição figurativa, abstrata, figura-fundo, bidimensional/tridimensional,

semelhanças, contrastes, ritmo visual, gêneros, técnicas;

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331

Transformações e utilização de materiais na produção do objeto de arte:

contribuições da química.

REFERÊNCIAS

BAKHTIN, M. Estética da criação verbal. São Paulo: Martins Fontes,1992.

BARBOSA, A. M. (org.) Inquietações e mudanças no ensino da arte. São Paulo:

Cortez, 2002.

BENJAMIN, T. Walter. Magia e técnica, arte e política. Obras escolhidas. Vol.1. São

Paulo: Brasiliense, 1985.

BOAL, Augusto. Jogos para atores e não atores. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira,

1998.

BOSI, Alfredo. Reflexões sobre a arte. São Paulo: Ática, 1991.

KRAMER, S.; LEITE, M.I.F.P. Infância e produção cultural. Campinas: Papirus,1998.

LABAN, Rudolf. Domínio do movimento. São Paulo: Summus, 1978.

MAGALDI, Sábato. Iniciação ao Teatro. São Paulo: Editora Ática, 2004.

MARQUES, I. Dançando na escola. 2.ed. São Paulo: Cortez, 2005.

MARTIN-BARBERO, Jesus; REY, Germán. Os exercícios do ver: hegemonia

audiovisual e ficção televisiva. São Paulo: Senac, 2001.

NETO, Manoel J. de S. (Org.). A (des)construção da Música na Cultura Paranaense.

Curitiba: Aos Quatro Ventos, 2004.

OSINSKI, Dulce R. B. Ensino da arte: os pioneiros e a influência estrangeira na arte

educação em Curitiba. Curitiba: UFPR, 1998. Dissertação (Mestrado).

OSTROWER, Fayga. Criatividade e Processos de Criação. Petrópolis: Vozes, 1987.

PAREYSON, Luigi. Os problemas da estética. São Paulo: Martins Fontes, 1984.

PEIXOTO, Maria Inês Hamann. Arte e grande público: a distância a ser extinta.

Campinas: Autores Associados, 2003. (Coleção polêmicas do nosso tempo, 84).

VYGOTSKY, Lev Semenovitch. Psicologia da arte. São Paulo: M. Fontes, 1999.

WISNIK, José Miguel. O som e o sentido: uma outra história das músicas. São

Paulo: Companhia das Letras, 1989.

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332

BIOLOGIA

Carga horária total: 280 h/a - 233 h

EMENTA: Compreensão da classificação dos seres vivos, componentes celulares e

suas respectivas funções. Sistemas que constituem os grupos de seres vivos.

Biodiversidade, biotecnologias e genética.

CONTEÚDOS:

Origem da vida:

Evolução;

Formas de organização dos seres vivos;

Metabolismo, reprodução e adaptação;

Tipos celulares procariontes e eucariontes.

Vírus:

Estrutura morfológica;

Ciclo de vida;

Aspectos de interesse sanitário e econômico:

Reino Monera:

Estrutura dos moneras;

Reprodução;

Nutrição;

Metabolismo celular energético;

Fotossíntese;

Quimiossíntese;

Respiração;

Fermentação;

Controle do metabolismo pelos gens;

Aspectos históricos e ambientais relacionados às bactérias;

Doenças causadas por bactérias;

Emprego na indústria;

Armas biológicas;

Reino Protista:

Reprodução e nutrição;

Algas e protozoários;

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333

Aspectos evolutivos;

Aspectos históricos e ambientais relacionados à descoberta dos protozoários;

Saneamento básico e meio ambiente: tratamento e abastecimento de água, coleta,

destinação e tratamento de esgoto;

Doenças causadas por protozoários;

Impactos da ação do homem sobre os “habitats” naturais;

Reino Fungi:

Estrutura e organização dos fungos;

Reprodução e nutrição;

Tipos de fungos e líquens e o seu emprego nas indústrias e aspectoseconômicos e

ambientais;

Doenças causadas por fungos;

Reino Plantae:

Aspectos evolutivos da classificação das plantas;

Relações dos seres humanos com os vegetais;

Desmatamento;

Agricultura;

Plantas medicinais;

Indústria;

Biopirataria de princípios ativos;

Reino Animalia:

Aspectos evolutivos da classificação dos invertebrados e vertebrados;

Citologia:

Bioquímica celular;

Célula e estruturas celulares;

Osmose;

Difusão;

Núcleo e estruturas nucleares – DNA e RNA;

Síntese de proteínas;

Mitose e meiose;

Gametogênese;

Tipos de reprodução

Embriologia:

Classificação dos animais pelo desenvolvimento embrionário;

Anexos embrionários;

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334

Embriologia animal comparada;

Aspectos da sexualidade humana;

Substâncias teratogênicas;

Fertilização in vitro;

Aborto;

Histologia:

Animal e vegetal;

Principais tipos de tecidos e suas funções;

Fisiologia e anatomia;

Principais aspectos do funcionamento dos sistemas e órgãos do corpo humano;

Ecologia:

Conceitos básicos;

Componentes abióticos e bióticos;

Cadeias e teia alimentar:

Fluxo de energia e matéria;

Biosfera;

Biomas;

Principais características e implicações ambientais;

Ecossistema;

Dinâmica das populações;

Relações ecológicas:

Relações entre o homem e o ambiente;

Implicações do desequilíbrio ambiental;

Genética:

Leis, tipos de herança genética;

Conceitos básicos da hereditariedade;

Projeto GENOMA;

Clonagem;

Transgenia;

Bioética;

Biotecnologia.

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335

REFERÊNCIAS

BERNARDES, J. A et al. Sociedade e natureza. In: CUNHA, S. B. da et al. A questão

ambiental: diferentes abordagens. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2003.

BIZZO, N. Ciência fácil ou difícil? São Paulo: Ática, 2000.

CANHOS, V. P. e VAZOLLER, R. F. (orgs.) Microorganismos e vírus. Vol 1.

In:JOLY,C.A. e BICUDO, C.E.M. (orgs.). Biodiversidade do estado de São Paulo,

Brasil: síntese do conhecimento ao final do século XX. São Paulo: FAPESP, 1999.

CHASSOT, A. A ciência através dos tempos. São Paulo: Moderna, 2004.

CUNHA, S. B. da e GUERRA, A.J.T. A questão ambiental – diferentes abordagens. Rio

de Janeiro: Bertrand Brasil, 2003.

DARWIN, C. A Origem das espécies. Rio de Janeiro: Ediouro, 2004.

FERNANDES, J. A. B. Ensino de ciências: a biologia na disciplina de ciências.Revista

da Sociedade Brasileira de Ensino de Biologia, São Paulo, v.1, n.0,ago 2005.

FREIRE-MAIA, N. A ciência por dentro. Petrópolis: Vozes, 1990.

FRIGOTTO, G. et al. Ensino Médio: ciência, cultura e trabalho. Brasília: MEC,

SEMTEC, 2004.

FUTUYMA, D. J. Biologia evolutiva. Ribeirão Preto: Sociedade Brasileira de

Genética/CNPq, 1993.

KRASILCHIK, M.. Prática de ensino de biologia. São Paulo: EDUSP, 2004.

MACHADO, Ângelo. Neuroanatomia Funcional. Rio de Janeiro/São Paulo: Atheneu,

1991.

McMINN, R. M. H. Atlas Colorido de Anatomia Humana. São Paulo: Manole, 1990.

NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2.ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

RAW, I. Aventuras da microbiologia. São Paulo: Hacker Editores/Narrativa Um,2002.

RONAN, C.A. História ilustrada da ciência: A ciência nos séculos XIX e XX. V.4.Rio de

Janeiro: Jorga Zahar Editor, 1987.

____________. História ilustrada da ciência: da renascença à revolução

científica. V.3. Rio de Janeiro: Jorga Zahar, 1987.

____________. História ilustrada da ciência: Oriente, Roma e Idade Média.v.2. Rio

de Janeiro: Jorga Zahar Editor, 1987.

SELLES, S. E. Entrelaçamentos históricos na terminologia biológica em livros didáticos.

In: ROMANOWSKI, J. et al (orgs). Conhecimento local e conhecimento universal: a

aula e os campos do conhecimento. Curitiba: Champagnat, 2004.

SOBOTTA, Johannes. Atlas de Anatomia Humana. 21.ed. Rio de Janeiro: Guanabara

Koogan, 2000.

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EDUCAÇÃO AMBIENTAL

Carga horária total: 80 h/a - 67 h

EMENTA: Sustentabilidade, desenvolvimento humano e indicadores socioambientais;

Programas e Projetos de Educação Ambiental; Saúde e Meio Ambiente; Evolução

histórica da educação ambiental; conceituações sobre meio ambiente e educação

ambiental; Educação ambiental formal e informal.

CONTEÚDOS:

Marcos históricos da educação ambiental;

Sustentabilidade e desenvolvimento humano;

Indicadores socioambientais;

Temáticas ambientais básicas;

Agenda 21 Global, Nacional, Estadual e Local;

Agenda ambiental empresarial;

Política Nacional de Educação Ambiental e Programa Nacional de Educação

Ambiental;

Programas e projetos de Educação Ambiental em empresas, escolas e

comunidades; Participação comunitária e a Educação Ambiental;

Atividades pedagógicas de Educação e conscientização ambiental, envolvendo

técnicas e recursos de ensino, para ações de educação ambiental individuais e

coletiva;

Dinâmicas em grupo voltadas para atividade de sensibilização em educação

ambiental;

Sistemas racionais/responsáveis de aproveitamento dos recursos naturais;

Saúde e Meio Ambiente;

Doenças de veiculação hídrica os sistemas de prevenção e a relação com a

educação sanitária e ambiental;

Preservação e conservação ambiental;

Experiências de Educação Ambiental no Brasil;

Turismo em áreas naturais protegidas e ecoturismo sustentado.

Atividades pedagógicas de educação e conscientização ambiental;

Estratégias de Educação Ambiental;

Experiências de Educação Ambiental no Brasil;

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337

Práticas em Projetos de Educação Ambiental;

Educação sanitária e ambiental;

Educação ambiental nas zoonoses.

REFERÊNCIAS

ANDRADE, Lícia, Et aL. Oficinas ecológicas, Petrópolis, Editora Vozes, 1996

DIAS, Genebaldo Freire. Antropoceno: iniciação a temática ambiental. São Paulo.

Editora Gaia. 2002

DIAS, Genebaldo Freire. Educação Ambiental: princípios e práticas. 4ª.edição.São Paulo

Editora Gaia. 1995

DIAS, Genebaldo Freire. Pegada ecológica e sustentabilidade humana. São Paulo,

Editora Gaia, 2002

MEDINA, Naná Minini. Educação Ambiental: uma metodologia participativa de formação.

Petrópolis. Vozes. 2000

REIGOTA, Marcos. A floresta e a escola: por uma educação ambiental pós-moderna.

São Paulo. Editora Cortez, 1999

SARIEGO, José Carlos. Educação Ambiental: as ameaças do planeta azul. São Paulo.

Editora Scipione. 1994

PHILIPPI, Arlindo Jr. Et al. Educação Ambiental e Sustentabilidade. Editora Manole.2007

ANDRADE, Lícia et al. Oficinas Pedagógicas-uma proposta de mudanças. Editora

Vozes.1995

EDUCAÇÃO FÍSICA

Carga horária total: 320 h/a - 267 h

EMENTA: A Educação Física como instrumento de saúde, sociabilidade, formação e

expressão de identidades para a cooperação e competitividade. Movimento, força,

resistência, equilíbrio, energia, harmonia, ritmo e coordenação através dos diferentes

tipos de esportes, ginástica, jogos e danças.

CONTEÚDOS:

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338

Ginástica Geral e de Manutenção:

Ginástica aeróbica;

Ginástica localizada;

Ginástica laboral: especificidades de trabalho na construção civil;

Alongamento;

Exercícios para a melhoria das qualidades físicas;

Exercícios de correção postural;

Avaliação postural;

Técnicas de relaxamento;

Percepção corporal (leitura corporal).

Jogos:

Cooperativos;

Dramáticos;

Lúdicos;

Intelectivos.

Esporte:

Fundamentos técnicos;

Regras;

Táticas;

Análise crítica das regras;

Origem e história;

Para quem e a quem serve;

Modelos de sociedade que os reproduziram;

Incorporação na sociedade brasileira;

O esporte como fenômeno cultural;

O esporte na sociedade capitalista;

Competições de grande porte: Pan, olimpíada, copa do mundo;

Massificação do esporte;

Esportes radicais;

Lutas.

Recreação:

Brincadeiras;

Gincanas.

Dança:

De salão;

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339

Folclórica;

Popular.

Qualidade de vida:

Higiene e saúde;

Corpo humano e sexualidade;

Primeiros socorros;

Acidentes e doenças do trabalho;

Caminhadas;

Alimentação;

Avaliação calórica dos alimentos;

Índice de massa corporal;

Obesidade;

Bulimia;

Anorexia;

Drogas lícitas e ilícitas e suas consequências,

Padrões de beleza e saúde.

REFERÊNCIAS

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341

FILOSOFIA

Carga horária total: 320 h/a - 267 h

EMENTA: Diferentes perspectivas filosóficas na compreensão do conhecimento

humano. O estado e a organização social. Ética e Estética.

CONTEÚDOS:

Mito e filosofia:

Saber místico;

Saber filosófico;

Relação mito e filosofia;

Atualidade do mito;

O que é Filosofia?

Teoria do conhecimento:

Possibilidade do conhecimento;

As formas de conhecimento;

O problema da verdade;

A questão do método;

Conhecimento e lógica.

Ética:

Ética e moral;

Pluralidade ética;

Ética e violência;

Razão, desejo e vontade;

Liberdade: autonomia do sujeito e a necessidade das normas.

Filosofia Política:

Relações entre comunidade e poder;

Liberdade e igualdade política;

Política e Ideologia;

Esfera pública e privada;

Cidadania formal e/ou participativa.

Filosofia da Ciência:

Concepções de ciência;

A questão do método científico;

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342

Contribuições e limites da ciência;

Ciência e ideologia;

Ciência e ética.

Estética:

Natureza da arte;

Filosofia e arte;

Categorias estéticas – feio, belo, sublime, trágico, cômico, grotesco, gosto, etc;

Estética e sociedade;

Questões filosóficas do mundo contemporâneo. Relação homem x natureza, cultura e

sociedade.

REFERÊNCIAS

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FÍSICA

Carga horária total: 160 h/a - 133 h

EMENTA: Movimento, Termodinâmica e eletromagnetismo e seus elementos: distância,

velocidade, tempo, aceleração, espaço, força, temperatura, calor, ondas, ótica e

eletricidade para a compreensão do universo físico.

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CONTEÚDOS:

História e campo de estudo da Física;

Momentum e Inércia;

Conservação de quantidade de movimento;

Variação da quantidade de movimento (impulso);

2ª Lei de Newton;

3ª Lei de Newton e condições de equilíbrio;

Gravidade;

Energia e o princípio da conservação da energia;

Variação da energia de parte de um sistema-trabalho e potência.

Fluídos:

Massa específica;

Pressão em um fluido;

Princípio de Arquimedes;

Viscosidade;

Peso aparente;

Empuxo.

Oscilações:

Ondas mecânicas;

Fenômenos ondulatórios;

Refração;

Reflexão;

Difração;

Interferência;

Efeito Dopller;

Ressonância;

Superposição de Ondas.

Termodinâmica:

Lei zero da Termodinâmica;

Temperatura;

Termômetros e escalas termométricas;

Equilíbrio térmico;

Lei dos gases ideais;

Teorias cinética dos gases;

Propriedades térmicas e dilatação dos materiais:

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344

Dilatação térmica;

Coeficiente de dilatação térmica;

1º Transferência de energia térmica:

Condução;

Convecção e radiação;

Diagrama de fases;

2ª Lei da Termodinâmica;

a. Máquinas térmicas;

b. Eficiência das máquinas térmicas – rendimento; Máquina de Carnot – ciclo de Carnot;

c. Processos reversíveis e irreversíveis;

d. Entropia.

3ª Lei da Termodinâmica

e. Entropia.

f. Entropia e probabilidade.

.Eletromagnetismo:

Carga Elétrica;

Entropia;

Entropia e probabilidade;

Força magnética:

Propriedades Magnéticas dos materiais – imãs naturais;

feito magnético da corrente elétrica e os demais efeitos;

Equações de Maxwell;

Lei de Coulomb;

Lei de Faraday;

Lei de Lenz;

Força de Lorenz;

Indução eletromagnética;

Transformação de energia;

Campo eletromagnético;

Ondas eletromagnéticas;

Elementos de um circuito elétrico: Corrente elétrica;

Capacitores;

Resistores e combinação de resistores;

Leis de Ohm;

Leis de Kirchhoff;

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345

Diferença de potencial;

Geradores;

Luz:

Dualidade onda – Partícula;

Fenômenos Luminosos:

Refração; difração; reflexão; interferência; absorção e espalhamento;

Formação de imagens e instrumentos óticos.

REFERÊNCIAS

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GEOGRAFIA

Carga horária total: 280 h/a - 233 h

EMENTA: As Relações de produção sócio-histórica do espaço geográfico em seus

aspectos econômicos, sócias, políticos e culturais. Relações de poder que determinam

fronteiras constroem e destroem parcelas do espaço geográfico nos diferentes tempos

históricos. Análises de questões socioambientais a partir das transformações advindas

no contexto social, econômico, político e cultural. Formação demográfica das diferentes

sociedades. Migrações, novas territorialidades e as relações político-econômicas dessa

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348

dinâmica. Geografia urbana: território ocupado e o direito à cidade. Conceituações dos

principais problemas ambientais. Construção e interpretação de mapas, gráficos, perfis

topográficos com uso de tecnologias atuais.

CONTEÚDOS:

Modos de produção e formações socioespaciais;

A Revolução técnico-científico-informacional e o novo arranjo do espaço da

produção;

Distribuição espacial da indústria nas diversas escalas geográficas;

Oposição Norte-Sul e aspectos econômicos da produção;

Formação dos blocos econômicos regionais;

Urbanização e a hierarquia das cidades: habitação, infra-estrutura, territórios

marginais e seus problemas (narcotráfico, prostituição, sem-teto,etc),

Mobilidade urbana e transporte;

Apropriação do espaço urbano e distribuição desigual de serviços e infra estrutura

urbana;

Novas Tecnologias e alterações nos espaços urbano e rural;

Obras infra-estruturais e seus impactos sobre o território e a vida das populações;

Industrialização dos países pobres: diferenças tecnológicas, econômicas e

ambientais;

A Nova Ordem Mundial no início do século XXI: oposição Norte-Sul;

Fim do estado de bem-estar social e o neoliberalismo;

Os atuais conceitos de Estado-Nação, país, fronteira e território;

Regionalização do espaço mundial;

Redefinição de fronteiras: conflitos de base territorial, tais como: étnicos, culturais,

políticos, econômicos, entre outros;

Movimentos sociais e reordenação do espaço urbano;

Conflitos rurais e estrutura fundiária;

Questão do clima, da segurança alimentar e da produção de energia;

Relação sociedade natureza: dos primórdios a contemporaneidade;

Princípios da ecogeografia, biogeografia, cartografia, geologia e globalização;

Uso e ocupação dos recursos naturais local, regional, nacional e planetário;

Apropriação dos recursos naturais e suas consequências ambientais;

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349

Cartografia básica e instrumental;

Leitura e interpretação de mapas;

Construção de mapas, gráficos, tabelas, perfis topográficos, curvas de nível,

escalas;

Organização e planejamento cartográfico;

Noções de fotogrametria, sensoriamento remoto/estereoscopia;

Mapeamento com uso de bússola e trena e GPS;

Uso de cartas topográficas e imagens satélite;

Noções de geomorfologia ambiental;

Noções de climatologia e meteorologia;

Introdução ao estudo da geologia;

Escala geológica do tempo;

A estrutura interna e externa da Terra e a tectônica de placas;

Minerais: propriedades físicas e químicas e principais minerais formadores de

rochas;

Plutonismo e vulcanismo: rochas ígneas;

Ciclo sedimentar: rochas sedimentares;

Substâncias minerais exploradas economicamente e a questão ambiental;

Aspectos e impactos ambientais em áreas urbanas e agrícolas;

Acompanhamento de AIA/EIA/RIMA/PBA;

Auditoria ambiental;

Impactos ambientais decorrentes de agroquímicos, lixo, esgoto, projetos de

irrigação, drenagem e outros;

Recuperação de áreas degradadas;

Leis de biossegurança;

Combate a desmatamentos, queimadas e incêndios florestais;

Poluição ambiental (água, ar e solo), Impactos ambientais na saúde humana;

Princípios básicos para a conceituação de impacto ambiental;

Definição de impacto ambiental: conceituações, atributos dos impactos ambientais,

características dos impactos ambientais;

Identificação dos impactos ambientais;

Impactos ambientais nos principais ecossistemas brasileiros;

Ações humanas e os impactos ambientais: agropecuária, produção vegetal e

animal;

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350

Agroindústria;

Indústria têxtil;

Indústria de couro;

Indústria química;

Construção civil;

Indústria da madeira;

Indústria de cerâmica;

Turismo;

Mineração;

Saneamento;

Irrigação;

Estradas;

Represas;

Principais métodos de avaliação de impacto ambiental (AIA) , matrizes, estudos de

casos.

REFERÊNCIAS

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aulas práticas. Londrina: Ed. UEL,1999.

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352

GESTÃO DE RECURSOS NATURAIS

Carga horária total: 240 h/a - 200 h

EMENTA: Recursos Hídricos; Noções de Silvicultura, Áreas Protegidas e Paisagismo,

Pedologia / Edafologia, Energias Alternativas.

CONTEÚDOS:

Recursos hídricos:

Gestão de bacias hidrográficas, águas superficiais e subterrâneas;

Comitês de Bacias;

Participação comunitária nos Comitês de Bacia e Agencias;

Agência Nacional de Águas – ANA;

Políticas nacional e estadual de recursos hídricos;

Desequilíbrio dos sistemas hídricos;

Poluição e degradação hídrica;

Ciclo hidrológico;

Diagnóstico de bacias hidrográficas;

Manejo de microbacias hidrográficas;

Bacias hidrográficas paranaenses;

Hidrografia municipal. Lei 9433/97 e Lei 4771/65 e suas implicações na rede de

bacias hidrográficas.

Gerenciamento de bacias hidrográficas como unidade territorial de planejamento.

Noções de silvicultura, áreas protegidas e paisagismo:

Reconhecimento das espécies florestais;

Propagação sexuada: conceitos, características, germinação, vigor, dormência,

qualidade das sementes e quantidade de sementes;

Propagação assexuada: conceitos, características, planta matriz e classificação;

Viveiros: localização, instalação e manejo;

Legislação para produção de sementes e mudas;

Implantação de florestas;

Princípios de manejo florestal;

Planejamento e manejo de unidades de conservação, Praças e arborização

urbana;

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Uso público: recreação e lazer, noções de turismo, turismo em áreas naturais

protegidas;

Noções de paisagismo.

Pedologia/edafologia:

Conhecer as principais formações rochosas das camadas das Terra e sua

correlação com o solo;

Compreender o processo de intemperismo físico e químico;

Alterações de rochas e minerais e formação do perfil do solo;

Fatores de formação do solo (relevo, clima, organismos, material de origem e

tempo cronológico);

Conhecer as principais característica morfológicas do solo;

Relacionar características morfológicas e propriedades dos solos;

Conceituar conservação de solo do ponto de vista produtivo e ambiental;

Conhecer práticas de conservação vegetativas e mecânicas;

Processos de salinização e acidificação;

Erosão em solos agrícolas e urbanos.

Pedogênese;

Edafologia;

Energias Alternativas:

Conservação de energia e eficiência energética;

Sistemas de energia;

Fontes alternativas de energia;

Energia solar térmica, termoelétrica e fotovoltaica;

Energia eólica;

Energia de biomassa, biocombustíveis (algas etc.);

Energia a hidrogênio e pilha de combustível;

Energia a CO2 (efeito estufa);

Biodiesel;

Geotérmica;

Hidráulica;

Energia marinha;

Energia e meio ambiente.

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354

REFERÊNCIAS

FREITAS, Vladimir Passos de. Águas- Aspectos Jurídicos e Ambientais. Editora Juruá .

TUNDISI, José Galizia. A água no século XXI: Enfrentando a escassez. Editora RIMA

ROLAND, Fábio et al. Lições de Limnologia. Editora RIMA

RODRIGUES, Valdemir Antonio. Manejo de Microbacias Hidrográficas. Editora FEPAF

REBOUÇAS, Aldo et al. Águas Doces no Brasil-capital ecológico, uso e conservação .

Editora RIMA .

ALFREDINI, Paolo. Uso e Gestão dos Recursos Hídricos no Brasil. Editora RIMA.

SALDANHA, Carlos José Saldanha. Gestão de Águas Doces. Editora ABRH

CAMPOS, Nilson. A Água e a Vida. Editora ABC Fortaleza.

CAMPOS, Nilson. STUDART,Ticiana.Gestão das Águas – Princípios e Práticas. Editora

ABRH

CAMPOS, Nilson. Recursos Hídricos-Jovem Pesquisador 2005.Editora ABRH

TUCCI, Carlos E.M. Clima e Recursos Hídricos no Brasil. Editora ABRH

VILLIERS, Marc de . Água. Edições Ediouro.

CLARKE, Robin, KING, Jannet. O Atlas da Água. Editora Publifolha. 1ª.edição. 2006

RIZZINI, C.T. Tratado de Fitogeografia do Brasil. Editora Ambito Cultura Edições Ltda.

WNDLING, Ivair et al . Planejamento e instalação de viveiros

NOGUEIRA, Aroldo et al – Produção de Mudas

LORENZI, Harry. Manual de identificação de plantas arbóreas nativas do Brasil. –

Editora Plantarum

SILVA, Márcio Lopes da . Economia Florestal.

PAIVA, Haroldo Nogueira de et al. Arborização em rodovias

PAIVA, Haroldo Nogueira de et al. Implantação de Arborização Urbana

LORENZI, Harri. Árvores Brasileiras – Manual de identificação e cultivo. Volumes 1 e 2 .

Editora Plantarum

LORENZI, Harri. Palmeiras do Brasil . Editora Plantarum

BARBOSA, A C.S . Paisagismo, jardinagem, plantas ornamentais. 4ªedição Editora Iglu.

1989.

LORENZI, Harri . Plantas Ornamentais no Brasil . 2ªedição.

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355

BARBOSA, Carlos Antonio da Silva. Paisagismo, Jardinagem e Plantas Ornamentais .

Editora Iglu.

FILHO, José Augusto de Lira. Paisagismo – Princípios Básicos – Vol. 1 Editora Aprenda

Fácil.

BRANDÃO, Hélio Abdalla. Manual Prático de Jardinagem. Editora Aprenda Fácil.

FILHO, José Augusto de Lira. Paisagismo – Elementos de Composição Estética. Editora

Aprenda Fácil.

LIMA, Valmiqui Costa Et Al. O Solo e o Meio Ambiente – Ed.Próprios autores. 2007

EMBRAPA. Sistema Brasileiro de Classificação de Solos-2ª edição.2006

PRADO, Hélio. Pedologia Fácil – Aplicações na Agricultura. Edição do Autor.

EMBRAPA., Manual de Métodos de Análise de Solos.

GUERRA, Antonio José Teixeira. Erosão e conservação dos solos: conceitos, temas e

aplicações. Editora Bertrand Brasil.

KIEHL, Edmar José . Manual de Edafologia. 1979.

WALISIEWICZ,Marke. Energia Alternativa Solar, Eolica, Hidrelétrica e de

Biocombustíveis.Editora Publifolha.

ALDABO. Energia Solar . Editora Artliber . 2002

ALDABO. Célula Combustível a Hidrogênio. Editora Artliber .2004

ALDABO. Energia Eólica. Editora Artliber.2004

COMETTA. Energia Solar (Utilização e Empregos Práticos). Editora Hemus.2004

KNOTHE. Manual do Biodiesel. Editora Blucher. 2007

REIS, Lineu Belico dos et al Energia Elétrica e Sustentabilidade. Editora Manole

REIS, Lineu Belico dos et al. Energia, Recursos Naturais e a Prática do

Desenvolvimento Sustentável. Editora Manole.

TALMASQUIM, Mauricio Tiomino. Alternativas Energéticas Sustentáveis no Brasil.

Editora Relume Dumaré

FUENTES, Angel. ÁLVAREZ,Mariano. Práticas de energia solar fotovoltaica. Editora

Progensa, 2005.

COLETÂNEAS DE ARTIGOS ENERGIA SOLAR E EÓLICA, vol 2

GESTÃO DE RESÍDUOS

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Carga horária total: 160 h/a - 133 h

EMENTA: Gestão de resíduos sólidos, orgânicos e políticas públicas, veículos coletores,

caracterização de resíduos sólidos urbanos, lixões, aterros controlados, aterros

sanitários, contaminação por agrotóxicos.

CONTEÚDOS:

Gestão de resíduos sólidos e políticas públicas;

Sistema de coleta e triagem de resíduos;

Processo de tratamento/usinas de incineração;

Disposição final/aterros, lixões, valas sépticas;

Reciclagem/reutilização;

Coleta seletiva de resíduos;

Resíduos perigosos/tóxicos e outros;

Contaminação ambiental/classes,

Elementos para compreensão da problemática dos resíduos sólidos urbanos:aspectos

econômicos, institucionais, sanitários e ambientais;

Caracerização dos resíduos sólidos urbanos;

Coleta convencional: parâmetros de coleta (frequência, horário, acondicionamento,

pontos e formas de coleta) e veículos coletores;

Estação de transbordo ou transferência de resíduos sólidos urbanos;

Gestão de resíduos sólidos urbanos e rurais;

Reciclagem dos diferentes materiais;

Técnicas de disposição dos resíduos sólidos em aterros sanitários;

Técnicas de tratamento através da incineração;

Técnicas de tratamento de resíduos orgânicos através da compostagem termofílica;

Normas e legislações ambientais vigentes sobre resíduos sólidos;

Técnicas de acondicionamento, transporte, tratamento e disposição final de resíduos

sólidos dos serviços de saúde;

Caracterização de resíduos;

Princípios da microbiologia do tratamento de águas residuárias;

Composição dos esgotos domésticos;

Importância sanitária dos microorganismos;

Biodegradação aeróbia e anaeróbia;

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Características físicas, químicas e biológicas dos esgotos;

Processos de tratamento de águas residuárias;

Sistemas de tratamento de efluentes: lodos ativados, reatores anaeróbios elagoas de

estabilização;

NBR 7229/93 – Projeto, construção e operação de tanques sépticos;

Alternativas para disposição final do lodo de esgoto.

REFERÊNCIAS

BRANCO, Samuel Murgel. Hidrologia aplicada à engenharia sanitária. São Paulo.

CETESB, 1996 3A edição

BRACHT, José Mário (1993) : Disposição Fina de Resíduos de Saúde em Valas

Sépticas . Cascavel/PR. Trabalho apresentado no Seminário Internacional sobre

Resíduos Sólidos Hospitalares . São Paulo; Instituto de Pesquisas

tecnológicas,CEMPRE.

BETTIOL, Wagner; CAMARGO, Otávio A. (2000): Impacto ambiental do Uso do Lodo de

Esgoto. EMBRAPA Meio Ambiente.

ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas –NBR 7229/93: Projeto, Construção

e Operação de Sistemas de Tanques Sépticos-Tratamento Unifamiliar

SABETAI, Calderoni. Os bilhões perdidos no lixo. Editora Humanistas. 4ªedição

NETO, João Tinoco Pereira. Gerenciamento do Lixo Urbano. Editora UFV

FIGUEIREDO, P.J.M. A sociedade do lixo: os resíduos, a questão energética e a crise

ambiental. Piracicaba, SP; Unimep, 1995.

LIMA, José Dantas de. Gestão de resíduos sólidos urbanos no Brasil.

SISINNO, Cristina Lucia Silveira; OLIVEIRA, Rosália Maria de. Resíduos sólidos,

ambiente e saúde: uma visão multidisciplinar. Rio de Janeiro:FIOCRUZ, 2000.

CEMPRE. Lixo municipal – Manual de Gerenciamento Integrado

QUEIROZ, Luiz. Lixo: tratamento e bioremediação .Editor Hemus

QUEIROZ, Luiz Mário. Remediações de Lixões Municipais. Aplicações da Biotecnologia.

2003.

CALDERONI, Sabetai. Os bilhões perdidos no lixo . Editora Humanitas.

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358

DALMEIDA, Maria L.Otero. Lixo Municipal: Manual de Gerenciamento Integrado.

IPET/CEMPRE.

NETO, João Tinôco Pereira. Gerenciamento do Lixo Urbano.

HISTÓRIA

Carga horária total: 160 h/a - 133 h

EMENTA: Processo de construção da sociedade no tempo e no espaço. Formação

cultural do homem. Ascensão e consolidação do capitalismo; produção científica e

tecnológica e suas implicações. Aspectos históricos, políticos, sociais e econômicos do

Brasil e do Paraná – a partir das relações de trabalho, poder e cultura. Processo de

urbanização: a apropriação das cidades, a questão habitacional e marginalização.

CONTEÚDOS:

A Construção do sujeito histórico;

A produção do conhecimento histórico;

O mundo do trabalho em diferentes sociedades;

O Estado nos mundos antigo e medieval;

As cidades na História;

Relações culturais nas sociedades Grega e Romana na Antigüidade: mulheres, plebeus

e escravos;

Relações culturais na sociedade medieval européia: camponeses, artesãos,

mulheres,hereges e outros;

Formação da sociedade colonial brasileira;

A construção do trabalho assalariado;

Transição do trabalho escravo para o trabalho livre: a mão de obra no contexto de

consolidação do capitalismo nas sociedades brasileira e estadunidense;

O Estado e as relações de poder: formação dos Estados Nacionais;

Relações de dominação e resistência no mundo do trabalho contemporâneo (séc. XVIII e

XIX);

Desenvolvimento tecnológico e industrialização;

Movimentos sociais, políticos, culturais e religiosos na Sociedade Moderna;

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O Estado Imperialista e sua crise;

O neocolonialismo;

Urbanização e industrialização no Brasil;

O trabalho na sociedade contemporânea;

Relações de poder e violência no Estado;

Urbanização e industrialização no Paraná;

Urbanização e industrialização no século XIX;

Movimentos sociais, políticos e culturais na sociedade contemporânea: é proibido

proibir?;

Urbanização e industrialização na sociedade contemporânea;

O processo brasileiro de urbanização;

Globalização e neoliberalismo.

REFERÊNCIAS

A CONQUISTA DO MUNDO. Revista de História da Biblioteca Nacional. Rio de

Janeiro, ano 1, n. 7, jan. 2006.

ALBORNOZ, Suzana. O que é trabalho. São Paulo: Brasiliense, 2004.

AQUINO, Rubim Santos Leão de et al .Sociedade brasileira: uma história através dos

movimentos sociais. Rio de Janeiro: Record. [s.d.]

BAKHTIN, Mikhail. A cultura popular na Idade Média e no Renascimento: o

contexto de François Rabelais. São Paulo: Hucitec, 1987.

BARCA, Isabel. O pensamento histórico dos jovens: idéias dos adolescentes acerca

da provisoriedade da explicação histórica. Braga: Universidade do Minho, 2000.

BARCA, Isabel (org.). Para uma educação de qualidade: actas das Quartas Jornadas

Internacionais de Educação Histórica. Braga: Centro de Investigação em

Educação(CIEd)/ Instituto de Educação e Psicologia/Universidade do Minho, 2004.

BARRETO, Túlio Velho. A copa do mundo no jogo do poder. Nossa História. São

Paulo,ano 3, n. 32, jun./2006.

BARROS, José D’Assunção. O campo da história: especialidades e abordagens. 2ª ed.

Petrópolis: Vozes, 2004.

BENJAMIN, Walter. Magia e técnica, arte e política. São Paulo: Brasiliense, 1994,v.1

FONTANAM Josep. A história dos homens..Tradução de Heloisa J. Reichel e Marclo

F. da Costa. Bauru. Edusc. 2004

Page 361: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO - Notícias · Dezembro”, em 06/04/78, com a finalidade de homenagear o pioneiro londrinense, que chegou a Londrina em junho de 1934, ano da fundação

360

INFORMÁTICA APLICADA

Carga horária total: 80 h/a - 67 h

EMENTA: Informática aplicada ao meio ambiente; Planilhas sobre emissões

atmosféricas (fumaças, material particulado) Pesquisas sobre efeito estufa, chuva ácida,

desmatamento e queimadas. A importância da informática na educação ambiental.

Considerações sobre a informática ambiental. Utilização da legislação com a internet.

Métodos e análise de resultados.

CONTEÚDOS:

Hardware;

Software;

Sistemas operacionais;

Editores de textos,

Planilhas eletrônicas;

Software de apresentações;

Internet;

Navegadores para internet;

Metodologia do planejamento de pesquisa: fases da elaboração de um projeto

utilizando Word e Excel e PowerPoint;

Utilização de softwares para elaboração elementar de trabalhos científicos, projetos

ambientais e o uso de normas da ABNT utilizadas em meio eletrônico;

Software livre: Linux e seus aplicativos;

Softwares específicos para área ambiental GIS – Arc.View, Idrisi, Mapinfo, Spring ,

Google;

Implementação de um sistema de visualização/monitoramento de aspectos

ambientais utilizando a ferramenta Excel;

Utilização de planilhas em quantificações ambientais;

REFERÊNCIAS

MONTEIRO, Mário A. Introdução a Organização de Computadores. Editora LTC. 5ª.

Edição.

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361

CAPRON / JOHNSON. Introdução à informática. Editora Pearson/Prentice Hall. 8ª.

Edição.

Software SPRING – Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais – INPE.

FLORENZANO, Tereza Galotti. Imagens de satélite para estudos ambientais.Editora

Oficina de Textos.

LEGISLAÇÃO E SEGURANÇA AMBIENTAL

Carga horária total: 160 h/a - 133 h

EMENTA: Constituições, Legislação federal, estadual e municipal, planos diretores,

estatuto da cidade, objetivos do milênio, normas reguladoras no trabalho e segurança

ambiental.

CONTEÚDOS:

Constituições Federais e Estaduais

Noções de legislação ambiental;

Estrutura organizacional da legislação ambiental brasileira;

Código florestal brasileiro;

Gestão de florestas;

Legislação nacional de recursos hídricos;

Licenciamento ambiental: normas e legislação;

Compensação ambiental;

Política nacional do meio ambiente: Lei 6938/81;

Legislação estadual do meio ambiente;

Planos Diretores – estatuto da cidade;

Objetivos do milênio;

Legislação municipal de meio ambiente

Lei de crimes ambientais – Lei 9605/98 alterada pela Lei 6514/08 e regulamentado

pelo Decreto 3179/99;

Resoluções CONAMA;

Indicadores ambientais de poluição e risco ambiental, para diagnóstico e tomada de

decisões;

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362

Noções sobre normas reguladoras de segurança ambiental e do trabalho – (PPRA,

Mapa de Risco etc.).

REFERÊNCIAS

PHILIPPI JR. Arlindo. Curso Interdisciplinar de Direito Ambiental. Editora Manole.

MACHADO, Paulo Afonso Leme. Direito Ambiental Brasileiro. Malheiros Editores.

SIRVINKAS, Luis Paulo. Manual de Direito Ambiental. Editora Saraiva.

PONZETTO, Gilberto. Mapa de Riscos Ambientais. LTR Editora

VITTA, Heraldo Garcia. Responsabilidade Civil e Administrativa por Dano Ambiental.

Malheiros Editores.

FILHO, Nylson Paim de Abreu. Constituição Federal, Legislação Administrativa e

Legislação Ambiental. Editora Verbo Jurídico.

SOUZA, Jadir Cirqueira. Ação Civil Pública Ambiental. Editora Pillares.

CRUZ, Ana Paula Fernandes Nogueira. Tutela Ambiental do Ar Atmosférico. Editora

Esplanada.

CHIUVITE, Telma Bartholomeu Silva. RESUMÃO JURÍDICO DE DIREITO AMBIENTAL.

Editora Bafisa.

www.bafisa.com.br - resumão de vários títulos de áreas.

ARAÚJO, Giovanni Moraes de . Normas Regulamentadoras Comentadas. Editora LTR.

2007 . 6ª. Edição.

SALANDINI, Elaine Vieira Saladini.Segurança e Medicina no Trabalho: Lei 6514. Editora

Atlas.2008

SHERIQUE, Jaques. Aprenda como fazer PPRA. PCMAT e MRA. Editora LTR

LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA: INGLÊS

Carga horária total: 80 h/a - 67 h

EMENTA: O discurso enquanto prática social em diferentes situações de uso. Práticas

discursivas (oralidade, leitura e escrita) e análise lingüística. Terminologias ambientais.

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363

CONTEÚDOS:

Oralidade:

Aspectos contextuais do texto oral;

Intencionalidade dos textos;

Adequação da linguagem oral em situações de comunicação, conforme asinstâncias de

uso da linguagem;

Diferenças léxicas, sintáticas e discursivas que caracterizam a fala formal e informal;

Compreensão do texto de maneira global e não fragmentada;

Contato com diversos gêneros textuais;

Entendimento do aluno sobre o funcionamento dos elementos linguísticos/gramaticais do

texto;

Importância dos elementos coesivos e marcadores de discurso;

Provocar outras leituras;

A abordagem histórica em relação aos textos literários;

Trabalho com o texto visando provocar reflexão, transformação;

Adequar o conhecimento adquirido à norma padrão;

Clareza na exposição de ideias;

Utilização dos recursos coesivos;

Elementos de coesão e coerência, incluindo os conteúdos relacionados aos aspectos

semânticos e léxicos;

Conteúdos relacionados à norma padrão: concordância verbal e nominal, regência

verbal e nominal, tempos verbais;

Gêneros discursivos: jornalísticos, charges, cartas, receitas, cartoons, informativos,

literários;

Inter-discurso: intertextualidade, intencionalidade, contextualização, etc;

Particularidades linguísticas: aspectos pragmáticos e semânticos no uso das diferentes

línguas;

Gêneros Textuais diversificados (Narrativos, Imprensa, Divulgação científica,Da ordem

do relator, Da ordem do expor, Instrucionais ou prescritivos, Lúdicos, Narrativa gráfica

visual, Midiáticos, Correspondência, etc);

Imagens, fotos, pinturas, esculturas;

Mapas, croqui, recado, aviso, advertência, textos não verbais no geral, etc.

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364

REFERÊNCIAS

AMOS, Eduardo; PRESCHER, Elizabeth; PASQUALIN, Ernesto. Sun – Inglês para o

Ensino Médio 1. 2ª Edição . Rischmond: 2004.

AMOS, Eduardo; PRESCHER, Elizabeth; PASQUALIN, Ernesto. Sun – Inglês para o

Ensino Médio 2. 2ª Edição . Rischmond: 2004.

AMOS, Eduardo; PRESCHER, Elizabeth; PASQUALIN, Ernesto. Sun – Inglês para o

Ensino Médio 3. 2ª Edição. Rischmond: 2004.

MURPHY,RAYMOND. Essenssial Grammar in use. Gramática Básica da língua

inglesa.Cambridge: Editora Martins fontes.

MURPHY,RAYMOND. English Grammar in use. 3ª ed. Ed. Cambridge University (

Brasil).

ZAMARIN, Laura; MASCHERPE, Mario. Os Falsos Cognatos. 7ª Edição. BERTRAND

BRASIL: 2000.

LÍNGUA PORTUGUESA E LITERATURA

Carga horária total: 280 h/a - 233 h

EMENTA: O discurso enquanto prática social em diferentes situações de uso. Práticas

discursivas (oralidade, leitura e escrita) e análise lingüística.

CONTEÚDOS:

Oralidade:

Coerência global;

Unidade temática de cada gênero oral;

Uso de elementos reiterativos ou conectores (repetições, substituições pronominais,

sinônimos, etc.);

Intencionalidade dos textos;

As variedades linguísticas e a adequação da linguagem ao contexto de uso:diferentes

registros, grau de formalidade em relação à fala e à escrita;

Adequação ao evento de fala: casual, espontâneo, profissional, institucional, etc;

(reconhecimento das diferentes possibilidades de uso da língua dados os ambientes

discursivos);

Elementos composicionais, formais e estruturais dos diversos gêneros discursivos de

uso em diferentes esferas sociais;

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Diferenças lexicais, sintáticas e discursivas que caracterizam a fala formal e ainformal;

Papel do locutor e do interlocutor na prática da oralidade;

Participação e cooperação;

Turnos de fala;

Variedades de tipos e gêneros de discursos orais;

Observância da relação entre os participantes (conhecidos, desconhecidos, nível social,

formação, etc.);

Similaridades e diferenças entre textos orais e escritos;

Ampla variedade X modalidade única;

Elementos extralinguísticos (gestos, entonação, pausas, representação cênica) X sinais

gráficos;

Prosódia e entonação X sinais gráficos;

Frases mais curtas X frases mais longas;

Redundância X concisão;

Materialidade fônica dos textos poéticos (entonação, ritmo, sintaxe do verso);

Apreciação das realizações estéticas próprias da literatura improvisada, dos cantadores

e repentistas;

Leitura:

Os processos utilizados na construção do sentido do texto de forma colaborativa:

inferências, coerência de sentido, previsão, conhecimento prévio, leitura de mundo,

contextualização, expressão da subjetividade por meio do diálogo e da interação;

Intertextualidade;

A análise do texto para a compreensão de maneira global e não fragmentada (também é

relevante propiciar ao aluno o contato com a integralidade da obra literária);

Utilização de diferentes modalidades de leitura adequadas a diferentes objetivos: ler para

adquirir conhecimento, fruição, obter informação, produzir outros textos, revisar, etc;

Construção de sentido do texto: Identificação do tema ou ideia central;

Finalidade;

Orientação ideológica e reconhecimento das diferentes vozes presentes no texto;

Identificação do argumento principal e dos argumentos secundários;

Contato com gêneros das diversas esferas sociais, observando o conteúdo veiculado,

possíveis interlocutores, assunto, fonte, papéis sociais representados, intencionalidade e

valor estético;

Os elementos linguísticos do texto como pistas, marcas, indícios da enunciação e sua

relevância na progressão textual;

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A importância e a função das conjunções no conjunto do texto e seus efeitos de sentido;

Os operadores argumentativos e a produção de efeitos de sentido provocados no texto;

Importância dos elementos de coesão e coerência na construção do texto;

Expressividade dos nomes e função referencial no texto (substantivos, adjetivos,

advérbios) e efeitos de sentido;

O uso do artigo como recurso referencial e expressivo em função da intencionalidade do

conteúdo textual;

Relações semânticas que as preposições e os numerais estabelecem no texto;

A pontuação como recurso sintático e estilístico em função dos efeitos de sentido,

entonação e ritmo, intenção, significação e objetivos do texto;

Papel sintático e estilístico dos pronomes na organização, retomada e sequenciação do

texto;

Valor sintático e estilístico dos tempos verbais em função dos propósitos do texto, estilo

composicional e natureza do gênero discursivo;

Análise dos efeitos de sentido dos recursos linguístico-discursivos;

Em relação ao trabalho com literatura:

Ampliação do repertório de leitura do aluno (textos que atendam e ampliem seu

horizonte de expectativas);

Diálogo da Literatura com outras artes e outras áreas do conhecimento (cinema, música,

obras de Arte, Psicologia, Filosofia, Sociologia, etc);

O contexto de produção da obra literária bem como o contexto de sua leitura;

Escrita:

Unidade temática;

Escrita como ação / interferência no mundo;

Atendimento à natureza da informação ou do conteúdo veiculado;

Adequação ao nível de linguagem e/ou à norma padrão;

Coerência com o tipo de situação em que o gênero se situa (situação pública,privada,

cotidiana, solene, etc);

Relevância do interlocutor na produção de texto;

Utilização dos recursos coesivos (fatores de coesão: referencial, recorrencial e

sequencial);

Importância dos aspectos coesivos, coerentes, situacionais, intencionais, contextuais,

intertextuais;

Adequação do gênero proposto às estruturas mais ou menos estáveis;

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367

Elementos composicionais, formais e estruturais dos diversos gêneros discursivos de

uso em diferentes esferas sociais;

Fonologia;

Morfologia;

Sintaxe;

Semântica;

Estilística;

Pontuação;

Elementos de coesão e coerência;

Marcadores de progressão textual; operadores argumentativos; função das conjunções;

sequenciação, etc.

Análise linguística:

Adequação do discurso ao contexto, intenções e interlocutor (es);

A função das conjunções na conexão de sentido do texto;

Os operadores argumentativos e a produção de efeitos de sentido provocados no texto;

O efeito do uso de certas expressões que revelam a posição do falante em relação ao

que diz (ou o uso das expressões modalizadoras (ex: felizmente, comovedoramente,

principalmente, provavelmente, obrigatoriamente, etc.);

Os discurso direto, indireto e indireto livre na manifestação das vozes que falam no

texto; Importância dos elementos de coesão e coerência na construção do texto;

Expressividade dos substantivos e sua função referencial no texto;

A função do adjetivo, advérbio e de outras categorias como elementos adjacentes aos

núcleos nominais e predicativos;

A função do advérbio: modificador e circunstanciador;

O uso do artigo como recurso referencial e expressivo em função da intencionalidade do

conteúdo textual;

Relações semânticas que as preposições e os numerais estabelecem no texto;

A pontuação como recurso sintático e estilístico em função dos efeitos de sentido,

entonação e ritmo, intenção, significação e objetivos do texto;

Recursos gráficos e efeitos de uso, como: aspas, travessão, negrito, itálico, sublinhando,

parênteses, etc;

Papel sintático e estilístico dos pronomes na organização, retomadas e sequenciação do

texto;

Valor sintático e estilístico dos modos e tempos verbais em função dos propósitos do

texto, estilo composicional e natureza do gênero discursivo;

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368

A elipse na sequência do texto;

A representação do sujeito no texto (expresso/elíptico; determinado/ indeterminado;

ativo/ passivo) e a relação com as intenções do texto;

O procedimento de concordância entre o verbo e a expressão sujeito da frase;

Os procedimentos de concordância entre o substantivo e seus termosadjuntos;

Figuras de linguagem e os efeitos e sentido (efeitos de humor, ironia,ambiguidade,

exagero, expressividade, etc);

As marcas linguísticas dos tipos de textos e da composição dos diferentes gêneros;

As particularidades linguísticas do texto literário;

As variações linguísticas.

REFERÊNCIAS

BAGNO, Marcos. A Língua de Eulália. São Paulo: Contexto, 2004.

_______. Preconceito Linguístico. São Paulo: Loyola, 2003.

BARTHES, Roland. O rumor da língua. São Paulo: Martins Fontes, 2004

______. Aula. São Paulo: Cultrix, 1989

BASTOS, Neusa Barbosa; CASAGRANDE, Nancy dos Santos. Ensino de Língua

Portuguesa e políticas linguísticas: séculos XVI e XVII. In BASTOS, Neusa Barbosa(org).

Língua Portuguesa – uma visão em mosaico. São Paulo: Educ, 2002.

BECHARA, Ivanildo. Ensino de Gramática. Opressão? Liberdade? São

Paulo:Ática,1991

BRAGGIO, Sílvia L. B. Leitura e alfabetização: da concepção mecanicista à

sociopsicolinguística. Porto Alegre, RS: Artes Médicas, 1992.

CASTRO, Gilberto de; FARACO, Carlos Alberto; TEZZA, Cristóvão (orgs). Diálogos

com Bakhtin. Curitiba, PR: Editora UFPR, 2000.

DEMO, Pedro. Formação de formadores básicos. In: Em Aberto, n.54, p.26-33, 1992.

FARACO, Carlos Alberto. Área de Linguagem: algumas contribuições para sua

organização. In: KUENZER, Acácia. (org.) Ensino Médio – Construindo uma proposta

para os que vivem do trabalho. 3.ed. São Paulo: Cortez, 2002.

____________. Português: língua e cultura. Curitiba: Base, 2003.

_______. Linguagem & diálogo as ideias linguísticas de Bakhtin. Curitiba: Criar,

2003

FÁVERO, Leonor L.; KOCH, Ingedore G. V. Línguística textual: uma introdução. São

Paulo: Cortez, 1988.

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369

GARCIA, Wladimir Antônio da Costa. A Semiologia Literária e o Ensino. Texto inédito

(prelo).

GERALDI, João W. Concepções de linguagem e ensino de Português. In: João W.

(org.). O texto na sala de aula. 2.ed. São Paulo: Ática, 1997.

________. Concepções de linguagem e ensino de Português. In: _____, João W.(org.).

O texto na sala de aula. 2ªed. São Paulo: Ática, 1997.

_____. Portos de passagem. São Paulo: Martins Fontes, 1991.

HOFFMANN, Jussara. Avaliação para promover. São Paulo: Mediação, 2000.

KLEIMAN, Ângela. Texto e leitor: aspectos cognitivos da leitura. 7ªed. Campinas, SP:

Pontes, 2000.

KOCH, Ingedore; TRAVAGLIA, Luiz C. A coerência textual. 3ªed. São Paulo: Contexto,

1990.

_____. A inter-ação pela linguagem. São Paulo: Contexto, 1995.

KRAMER . Por entre as pedras: arma e sonho na escola. 3ªed. São Paulo: Ática, 2000.

LAJOLO, Marisa. Leitura e escrita com o experiência – notas sobre seu papel na

formação In: ZACCUR, E. (org.). A magia da linguagem. Rio de Janeiro: DP&A:

SEPE,1999.

LAJOLO, Marisa O que é literatura. São Paulo: Brasiliense, 1982.

MARCUSCHI, Luiz Antônio. Da fala para a escrita. São Paulo: Cortez,2001

MATEMÁTICA

Carga horária total: 240 h/a - 200 h

EMENTA: Números e Álgebra, Geometrias, Funções e Tratamento de Informação, e as

relações existentes entre os campos de estudo da disciplina de Matemática. Dados e

Amostragens, Tabelas e Gráficos estatísticos, Distribuição de freqüência, Elementos de

uma distribuição de freqüência, Medidas de posição, Medidas de separatrizes, Medidas

de dispersão.

CONTEÚDOS:

Conjunto de números reais e noções de números complexos;

Matrizes;

Determinantes;

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Sistemas Lineares;

Polinômios;

Função afim;

Função quadrática;

Função exponencial;

Função logarítmica;

Função trigonométrica;

Função modular;

Progressão aritmética;

Progressão geométrica;

Geometria plana;

Geometria espacial;

Geometria analítica;

Noções básicas de geometria não-euclidiana;

Análise combinatória;

Binômio de Newton;

Probabilidades;

Estatística;

Fases do método estatístico;

Dados e amostragens;

Dados absolutos e relativos;

Tabelas e gráficos estatísticos;

Tabelas estatísticas;

Gráficos estatísticos;

Diagramas;

Distribuição de frequência;

Elementos de uma distribuição de frequência;

Medidas de posição;

Média;

Moda;

Mediana;

Medidas de separatrizes;

Medidas de dispersão;

Desvio médio simples;

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371

Variância e desvio padrão;

Medidas de dispersão simples;

Coeficiente de variação e variação relativa.

REFERÊNCIAS

ABRANTES, P. Avaliação e educação matemática. Série reflexões em educação

matemática. Rio de Janeiro:MEM/USU/GEPEM, 1994.

BARBOSA, J. C. Modelagem matemática e os professores: a questão da formação

Bolema: Boletim de Educação Matemática, Rio Claro, n.15, p.5-23, 2001.

BASSANEZI, R. C. Ensino-aprendizagem com modelagem matemática: uma nova

estratégia. São Paulo: Contexto, 2002.BORBA, M. C. Tecnologias informáticas na

educação matemática e reorganização do pensamento. In: BICUDO, M. A. V. (org).

Pesquisa em educação matemática: concepções e perspectivas. São Paulo: UNESP,

1999. p. 285-295.

BICUDO, M. A. V.; BORDA, M. C. (Orgs.) Educação matemática pesquisa em

movimento. São Paulo: Cortez, 2004.

BORBA, M. C.; PENTEADO, M. G. Informática e educação matemática. Belo

Horizonte: Autêntica, 2001.

BORBA, M. Educação Matemática: pesquisa em movimento. São Paulo: Cortez, 2004.

p.13-29.

_____. Prefácio do livro Educação Matemática: representação e construção em

geometria. In: FAINGUELERNT, E. Educação Matemática: representação e construção

em geometria. Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 1999.

BOYER, C. B. História da matemática. São Paulo: Edgard Blücher, 1996.

CARAÇA, B. J. Conceitos fundamentais da matemática. 4.ed. Lisboa: Gradiva, 2002.

COURANT, R. ; ROBBINS, H. O que é matemática? Uma abordagem elementar de

métodos e conceitos. Rio de Janeiro: Ciência Moderna, 2000.

DANTE, L. R. Didática da resolução de problemas. São Paulo: Ática, 1989.

D’ AMBRÓSIO, B. Como ensinar matemática hoje? Temas e debates. Rio Claro, n. 2,

ano II, p. 15 – 19, mar. 1989.

D’AMBRÓSIO, U., BARROS, J. P. D. Computadores, escola e sociedade. São Paulo:

Scipione, 1988.

D’AMBRÓSIO, U. Etnomatemática arte ou técnica de explicar e conhecer.

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372

São Paulo: Ática, 1998.

D’AMBRÓSIO, U. Etnomatemática: elo entre as tradições e a modernidade. Belo

Horizonte: Autêntica, 2001.

METODOLOGIA CIENTÍFICA E COMUNICAÇÃO

Carga horária total: 80 h/a - 67 h

EMENTA: Ciência e conhecimento; Método Científico; Pesquisa científica;

Elaboração, planejamento e desenvolvimento de projetos; Técnicas de pesquisa; Estudo

de processos de leitura e de produção escrita de textos; Normas/ABNT.

CONTEÚDOS:

Ciência e conhecimento;

Métodos científicos;

Pesquisa científica;

Pesquisa: conceito, planejamento, fases, execução, elaboração e técnicas;

Planejamento e desenvolvimento de projetos;

Teoria, hipóteses e variáveis;

Amostragem, elaboração, análise e interpretação de dados;

Análise de texto, resumo, resenha, seminário, comunicação científica e trabalho

científico;

Coleta, análise e controle de dados, apresentação de relatórios e consistência;

Referências bibliográficas x biliografia;

Normas da ABNT;

O processo de comunicação humana;

A prática da expressão oral e escrita;

Estrutura dos trabalhos técnico-científicos;

Coesão textual a partir de elementos gramaticais;

Níveis de linguagem: coloquial e culta;

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373

REFERÊNCIAS

ALVES-MAZZOTTI, A.J; GEWANDSZNAIDER, F. O método nas ciências naturais e

sociais: pesquisa quantitativa e qualitativa. Editora Pioneira, São Paulo, 2ª ed.

ABSY, Maria Lúcia; Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais

Renováveis (Coord.) Conhecimento Científico para gestão ambiental:Amazônia, Cerrado

e Pantanal. Brasilia IBAMA, 1995 . 2 v.

LAKATOS, Eva Maria & MARCONI, Marina de Andrade. Fundamentos de Metodologia

Científica. São Paulo: Atlas, 1991

CERVO, Armando Luiz. Metodologia Científica para uso dos estudantes universitário.

São Paulo: Mc.Graw-Hill do Brasil, 1983.

PENTEADO, J.R.Whitaker. A técnica da comunicação humana.

QUÍMICA

Carga horária total: 280 h/a - 233 h

EMENTA: Matéria e sua natureza; Química orgânica sintética. As ligas metálicas (de

ouro, níquel-cromo, estanho-antimônio,etc.) e suas propriedades químicas.

CONTEÚDOS:

A química na abordagem do cotidiano;

Definições de química;

Estrutura da matéria;

Substâncias simples e compostas;

Métodos de separação de misturas;

Fenômenos físicos e químicos;

Modelos atômicos;

Diagrama de energia e distribuição eletrônica;

Tabela periódica;

Classificação;

Propriedades;

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Ligações químicas;

Regras de ligações;

Ligação iônica;

Ligação covalente;

Geometria molecular;

Polaridade de ligações e moléculas;

Oxi-redução;

Ligação metálica;

Forças intermoleculares;

Reação de simples troca ou deslocamento;

Reação de síntese ou adição;

Reação de análise ou decomposição;

Reação de dupla troca;

Reações de oxi-redução;

Radioatividade;

Introdução a química orgânica;

Estudo do carbono: tipos de ligações covalentes e as formas de hibridação do

carbono;

Funções orgânicas: identificação, propriedades, nomenclatura e elaboração

defórmulas;

someria;

Conceito de ácidos e bases de acordo com as teorias de Arrhenuis, Brönsted-Lowry e

Lewis;

Propriedades químicas das ligas metálicas observando o intervalo de fusão e a

densidade da liga;

Distinguir os problemas, causas e soluções no processo da fundição tais como:

falhas na fundição e solidificação com o preenchimento incompleto do molde;

porosidade por contração, porosidade por gás e por retroaspiração.

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375

REFERÊNCIAS

CAMPOS, Marcelo de Moura. Fundamentos de Química Orgânica São Paulo: Editora

da Universidade de São Paulo, 1980.

CARVALHO, Geraldo Camargo de. Química Moderna,volumes 1, 2 e 3.São Paulo:

Editora Scipione,2000.

COMPANION, Audrey Lee. Ligação Química. São Paulo: Edgard Blucher, 1975.

FELTRE, Ricardo. Química, volumes 1,2 e 3. São Paulo: Moderna, 1996.

FERNANDEZ,J. Química Orgânica Experimental. Porto Alegre: Sulina, 1987.

GALLO NETTO, Carmo. Química, volumes I,II e III. São Paulo: Scipione, 1995.

SISTEMAS DE GESTÃO AMBIENTAL

Carga horária total: 160 h/a - 133 h

EMENTA: Sistemas de gestão ambiental; Princípios e Políticas ambientais; Normas ISO;

Evolução histórica da gestão ambiental; Planejamento ambiental; Ciclo de vida dos

produtos; Sistemas de gerenciamento ambiental; Certificações.

CONTEÚDOS:

A evolução da questão ambiental e suas repercussões no ambiente empresarial;

Cenário econômico global e a situação das empresas frente à questão ambiental;

Sistema de gestão ambiental;

Princípios de gestão ambiental;

Aspectos práticos de gestão ambiental;

Os pontos fortes, fracos, oportunidades e ameaças pertinentes à questãoambiental;

Relação da empresa com o meio externo;

A influência do consumidor sobre a estratégia ambiental da empresa;

As normas ISO 14.000, OHAS 18000;

Sistema de gerenciamento ambiental;

Ferramentas de gerenciamento ambiental;

Questões ambientais relevantes, retrospectivas de fatos marcantes e aimplantação

de sistemas de gestão;

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Auditoria ambiental;

Sistema brasileiro de avaliação ambiental e instituições certificadoras;

Princípios e políticas ambientais;

Ciclo de vida dos produtos;

Software para gestão ambiental;

Ecomarketing;

Ecobusiness;

Determinantes da responsabilidade ambiental;

Órgãos de regulação;

Certificação ambiental;

A influência do consumidor sobre a estratégia ambiental da empresa;

Meio ambiente na OMC;

Planejamento ambiental no Brasil.

REFERÊNCIAS

ROMERO, Marcelo de Andrade et al. Curso de Gestão Ambiental – Editora Manole –

2007

ASSUMPÇÃO, Luiz Fernando Joly. Sistema de Gestão Ambiental-Manual Prático para

Implementação de SGA e Certificação ISSO 14.001

TIBOR, Tom. FELDMAN, Ira – ISO 14000 – Um guia para as nova normas de gestão

ambiental . Editora Futura .1996

SEBRAE. Curso Básico de Gestão Ambiental.2004.

MONTIBELLER F., Gilberto. Empresas, Desenvolvimento e Ambiente. Editora Manole.

SEWELL, Granville H. Administração e controle de qualidade ambiental. Editora

Pedagógica Universitária.

DONAIRE, Denis. Gestão Ambiental na Empresa.Editora Atlas. 2ª. Edição

VALLE, Cyro Eyler do. Qualidade Ambiental ISO 14000.Editora SENAC

KNIGHT, H.JAMES HARRINGTON ALAN. A Implementação da ISSO 14000. Editora

Atlas.

DIAS, Reinaldo. Gestão Ambiental: Responsabilidade Social e Sustentabilidade. Editora

Atlas.

Page 378: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO - Notícias · Dezembro”, em 06/04/78, com a finalidade de homenagear o pioneiro londrinense, que chegou a Londrina em junho de 1934, ano da fundação

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SOCIOLOGIA

Carga horária total: 320 h/a - 267 h

EMENTA: O surgimento da Sociologia; Processo de socialização e instituições sociais;

Cultura e indústria cultural; Trabalho, produção e classes sociais; Poder, política e

ideologia; Cidadania e movimentos sociais a partir das diferentes teorias sociológicas.

Sociologia urbana: relações sociais na cidade, estigmas, preconceitos e dominação nos

espaços marginais.

CONTEÚDOS:

Modernidade (Renascimento, Reforma Protestante, Iluminismo, Revolução Francesa

e Revolução Industrial);

Desenvolvimento das ciências;

Senso comum e conhecimento cientifico;

Teóricos da sociologia: Conte, Durkheim, Weber, Engels e Marx;

Produção sociológica brasileira;

Conceito de Estado;

Estado moderno;

Conceito de: poder, dominação, política, ideologia e alienação;

Democracia;

As expressões da violência na sociedade moderna;

Conceitos de: direito, movimento social, cidadania, direitos humanos, socialização,

instituição familiar, instituições escolares, instituições religiosas, instituições políticas,

diversidade cultural, cultura de massa, cultura erudita e popular, sociedade de consumo

e desigualdade social;

O trabalho nas diferentes sociedades;

Mudanças nos padrões de sociabilidade provocados pela globalização,

desemprego, subemprego, cooperativismo, agronegócios, produtividade, capital

humano, reforma trabalhista;

Organização Internacional do Trabalho;

Neoliberalismo;

Estatização e privatização;

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378

Parcerias público-privadas;

Relações de mercado, avanço científico e tecnológico e os novos modelos de

sociabilidade;

Elementos de sociologia urbana: relações sociais nas cidades, novas organizações

familiares e territórios marginais: estigma, preconceito, exclusão, padrões de dominação

e violência.

REFERÊNCIAS

ANTUNES, R.(Org.). A dialética do trabalho: Escritos de Marx e Engels. SãoPaulo:

Expressão Popular, 2004.

AZEVEDO, F. Princípios de sociologia: pequena introdução ao estudo da sociologia

geral. 11. ed. São Paulo: Duas Cidades,1973.

BOBBIO,N. A teoria das formas de governo. 4.ed. Brasília: Unb,1985.

CARDOSO, F.H., O modelo político brasileiro. Rio Janeiro: Dofel, 1977

DURKHEIM,E. Sociologia. São Paulo: Ática, 1978.

ENGELS,F. A origem da família, da propriedade privada e do Estado. Rio de

Janeiro: Civilização Brasileira,1978.

FERNANDES, F. , Sociedade de classes e subdesenvolvimento. Rio Janeiro. Zahar,

1968

GORZ, A., Crítica da divisão do trabalho. Tradução de Estela dos Santos Abreu. São

Paulo: Martins Fontes, 1980.

LOWY, M., Ideologia e ciência social. São Paulo: Cortez, 1985.

POCHMANN, M. O emprego na globalização. São Paulo: Boitempo,200.

SANTOS, B de S., Pela mão de Alice. São Paulo: Cortez. 1999.

______________., A crítica da razão indolente. São Paulo: Cortez, 2002.

POCHMANN, M. O emprego na globalização. São Paulo: Boitempo,2002

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379

20.3 PROFISSIONAL TÉCNICO EM QUÍMICA SUBSEQUENTE

Descrição de cada disciplina contendo ementa:

ANÁLISE AMBIENTAL

Carga horária total: 80 h/a – 67h

EMENTA: Tratamento de águas e efluentes industriais e domésticos. Controle da

qualidade da água e efluentes. Destinação de resíduos químicos e impactos ambientais.

Legislação sobre o uso e destinação da água e efluentes.

CONTEÚDOS:

Histórico ambiental dos acidentes decorrentes da poluição hídrica e atmosférica;

Poluição do ar e do solo;

Geração de resíduos na Indústria Química e a importância do seu tratamento;

Classificação dos tipos de matéria orgânica e outras substâncias presentes no

esgoto, autodepuração de rios e processos de eutrofização;

Amostragem, análise microbiológica e físico-química de água e esgoto

(DQO,DBO,OD, nitrogenados, fosforados, sólidos, alcalinidade, dureza, óleos,

microbiológico, poluentes tóxicos, turbidez, cor, condutividade e pH.);

Noções de legislação de água, esgoto e resíduos;

Aspecto de funcionamento, operação e filosofia de tratamento de água, esgoto e

lodo;

Etapas de tratamento de águas: potável, de processos, caldeiras e torres

deresfriamento (ETA) (Coagulação, Decantação, Filtração, Cloração, Fluoretação,

Correção de pH. Resinas e Carvão Ativado);

Etapas de tratamento de esgoto: físico, físico-químico e biológico

(Gradeamento,remoção de óleos, remoção de metais, remoção de substâncias

tóxicas, correção de pH, tanques de equalização, tratamento biológico, correção de

nutrientes, remoção de nitrogênio) de esgotos urbanos e industriais (ETE);

Diferenciação dos tratamentos biológicos;

Etapas de tratamento de lodo e resíduos químicos;

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Diferenciação das técnicas de disposição e diferenciação das operações envolvidas;

Cálculos envolvendo eficiência de tratamentos, dosagem de produtos químicos,

ação do despejo nos corpos hídricos e dimensionamento simplificado de

equipamentos de tratamento de água e esgoto;

Impactos ambientais. Abordagem conceitual do meio ambiente e do

desenvolvimento sustentável;

Sistemas naturais;

Fluxos de energia e fluxos bioquímicos;

Recursos naturais.

BIBLIOGRAFIA

BAIRD, C. Química ambiental. Tradução da 2ª edição norte-americana. Porto Alegre :

Bookman, 2002.

HAMMER, Mark J. Sistemas de abastecimento de água e esgotos. Rio de Janeiro:

Livros Técnicos e Científicos, 1979

KOBAL, JUNIOR & JÚNIOR, L. SARTORIO. Química analítica quantitativa. São

Paulo: Moderna, 1981.

MAHAN, Bruce H. Química um curso universitário. São Paulo: Edgard Blücher

Ltda,1975.PELCZAR, M. J. et al. Microbiologia: Conceitos e Aplicações. São Paulo:

MAKRON BOOKS, 1996.

RICHTER, C.A. ., AZEVEDO NETTO, J.M. Tratamento de Água. São Paulo: Edgard

Blucher Editora Ltda., 1995.

ROCHA, J. C.; ROSA, A. H.; CARDOSO, A. A. Introdução à química ambiental. Porto

Alegre: Bookman, 2004.

RODRIGUES, Jayme F. Química analítica quantitativa. São Paulo: Hemus Editora

Limitada, s.d.

RUSSELL, John Blair. Química geral. São Paulo: McGraw-Hill do Brasil Ltda., 1982.

SHREVE, R. Norris & BRINK, Joseph A. Indústrias de processos químicos. Rio de

Janeiro: McGraw-Hill do Brasil Ltda., 1980.

SEIZI, O. Fundamentos de Toxicologia, Atheneu Editora São Paulo Ltda., 1996.

TRABULSI, L. R. Microbiologia. São Paulo: Ateneu, 1992.

VIANNA, Marcos Rocha. Hidráulica Aplicada às Estações de Tratamento de Água.

Belo Horizonte: Instituto de Engenharia Aplicada, 1992.

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381

VOGEL, Arthur Israel. Química analítica quantitativa. São Paulo: Mestre Jou, 1981.

FÍSICO-QUÍMICA

Carga horária total: 240h/a - 200h

EMENTA: Dispersões. Colóides. Curvas de solubilidade. Volumetria. Propriedades

físico-químicas da matéria: eletroquímica, corrosão, tratamento de superfícies.

CONTEÚDOS:

Estudo das dispersões, características, classificações e mecanismo de dissolução;

Colóides: classificação, preparação, purificação, propriedades,

estabilidadeprecipitação.

Montagem de curvas de solubilidade;

Preparo de soluções, suas técnicas, nas diversas formas de expressar concentração

de soluções.

Diluição de soluções.

Formas de mistura de soluções que não reagem entre si.

Princípio da equivalência para os cálculos de misturas que reagem entre si;

Padronização de soluções;

Identificação dos materiais e reagentes utilizados nas técnicas de Analise

Volumétrica;

Fundamentos teóricos e aplicação das Análises Volumétricas;

Fenômenos de Oxi-redução;

Estudo do funcionamento das pilhas e eletrólises;

As leis da Eletroquímica;

Formas de corrosão e meios corrosivos;

Métodos de proteção contra a corrosão;

Etapas do processo de Pré Tratamento e Eletrodeposição;

Tipos de revestimento superficial e aplicações.

Análise de materiais utilizados em recobrimentos de superfície.

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382

BIBLIOGRAFIA

CASTELLAN, G. W.. Fundamentos de Físico-Química. Rio de Janeiro: LTC, 1996.

BERRY, R. S.. Physical Chemistry. 2nd ed. Oxford: Oxford University Press, 2000.

BERRY, R. S.. Matter in Equilibrium, Statistical Mechanics and Thermodynamics.

2nd ed. Oxford: Oxford University Press, 2001.

COVRE, Geraldo J.. Química – O Homem e a Natureza. v.2. São Paulo:

Editora FTD, 2000.

DE PAULA, J.; ATKINS, P.W.. Physical Chemistry. 7th Ed. Oxford: Oxford University

Press, 2001.

FELTRE, Ricardo. Química. v.2. 4.ed .São Paulo: Editora Moderna, 1994.

LEE, J. D. Química Inorgânica não tão Concisa. São Paulo:Editora Edgard Blucher,

1998.

LEMBO, Antônio. Química – Realidade e Contexto. V.2 . Editora Ática.

São Paulo: Editora Ática 1999.

LEVINE, I. N.. Quantum Chemistry. 5th ed. New York: Prentice Hall, 1999.

REIS, Marta. Completamente Química. São Paulo: Editora FTD. São Paulo.1999.

FUNDAMENTOS DO TRABALHO

Carga horária total: 40 h/a – 33 h

EMENTA: O Trabalho Humano nas perspectivas ontológica e histórica: o trabalho como

realização da humanidade, como produtor da sobrevivência e da cultura: o trabalho

como mercadoria no industrialismo e na dinâmica capitalista. As transformações no

mundo do trabalho: tecnologias, globalização, qualificação do trabalho e do trabalhador.

CONTEÚDOS:

Dimensões do trabalho humano;

Perspectiva histórica das transformações do mundo do trabalho;

Trabalho como mercadoria: processo de alienação;

Emprego, desemprego e sub-emprego;

Processo de globalização e seu impacto sobre o mundo do trabalho;

Impacto das novas tecnologias produtivas e organizacionais no mundo do trabalho;

Qualificação do trabalho e do trabalhador;

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383

Perspectivas de inclusão do trabalhador na nova dinâmica do trabalho.

BIBLIOGRAFIA

AGUIAR, Maria Aparecida Ferreira de. Psicologia aplicada à administração: teoria crítica

e a questão ética nas organizações. São Paulo: Excellus, 1992.

ARANHA, M. L.A. História da Educação. São Paulo: Moderna, 1996.

DURKHEIM. E. Educação e Sociologia. 6 ed. Trad. Lourenço Filho. São Paulo:

Melhoramentos, 1965.

FERNANDES, Florestam. Fundamentos da explicação sociológica – 3 ed. Rio de

Janeiro:

MAXIMIANO, Antônio C. A. Teoria Geral da Administração: Da Revolução Urbana à

Revolução Digital. São Paulo: Atlas, 2002.

NUNES, Benedito. Introdução à Filosofia da Arte. 3. ed. Série: Fundamentos. N.38. São

Paulo: Ática, 1991.

SPECTOR, Paulo E. Psicologia nas organizações. São Paulo: Saraiva, 2002.

LEGISLAÇÃO E NORMAS

Carga horária total: 80h/a - 67h

EMENTA: Normas regulamentadoras e legislação. Organização industrial.

CONTEÚDO:

Legislações NBR e NRs;

Higiene industrial e segurança no trabalho.

Acidente.

Incidentes.

Atos e condições inseguras.

Prevenção e combate de incêndios, extintores, EPIs, ergonomia, primeiros socorros,

choque elétrico e seus efeitos, mapa de risco;

Princípios básicos de organização, controle e direção nos diversos setores da

empresa; Documentação para abertura de microempresa; aspectos físico-legais das

pequenas e microempresas.

Processo de dimensionamento e controle de estoque;

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384

Conceito de layout e a sua importância para a vida organizacional da empresa.

Planejamento, elaboração, a administração e o cumprimento das etapas nos

processos de fabricação.

Sistemas de Produção.

Teorias motivacionais: liderança, espírito de equipe, capital intelectual.

Relações humanas no trabalho: relacionamento interpessoal e intrapessoal, princípios

morais e éticos.

Trabalho em equipe. Comportamento humano.

Fenômenos Psicossociais (relações sociais).

Ética.

BIBLIOGRAFIA

Normas ISO 9001, 14000, 17025

PACHECO, Jr Valdemar Gestão. da Segurança e Higiene no Trabalho.

Editora Atlas, 1998.

TUBINO, D. F. . “Sistemas de Produção: A produtividade no chão de fábrica VIM –

vocabulário internacional de metrologia

MATEMÁTICA APLICADA

Carga horária total: 80h/a - 67h

EMENTA: Números. Equações. Funções. Unidades. Logaritmo. Tratamento de dados e

informações. Probabilidades. Regressões.

CONTEÚDOS:

Revisão com aplicação na área de química de:

Equações de 1o e 2o graus;

Sistema de equações de 1o grau;

Função de 1o grau;

Estudo da reta (interpolação de dados, adição de linhas de tendência);

potenciação;

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385

Exponenciação;

Logaritmo;

Regra de três simples e composta;

Conversão das principais unidades (matemáticas, físicas e químicas

Erros e tratamentos dos dados analíticos:

Algarismos significativos;

Erro de uma medida;

Desvio;

Exatidão e precisão;

Tipos de erros;

Precisão de uma medida;

Limite de confiança da média;

Teste F para comparar conjuntos de dados;

Propagação de erros;

Rejeição de resultados;

Manuseio de calculadoras científicas e computadores;

Estatística descritiva:

Conceitos estatísticos (variável, população e amostra);

Distribuição de frequência;

Apresentação de dados (tabelas e gráficosdas de tendência central (médias e

mediana);

Medidas de dispersão (desvio médio, desvio padrão, variância, coeficiente de

variaçã

Correlações lineares simples;

Probabilidades;

Analise de regressão linear simples.

BIBLIOGRAFIA

BOYER, C. B. História da matemática. São Paulo: Edgard Blucher, 1996.

D`AMBROSIO, U., BARROS, J.P.D. Computadores, escola e sociedade. São Paulo:

Scipione,1988.

DANTE, L.R. Didática da resolução de problemas. São Paulo: Ática, 1989.

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386

KRULIK, Stephen & REYS, Robert E.A. A resolução de problemas na Matemática

escolar. Trad. Higino H. Domingues e Olga Corbo. São Paulo: Atual,1997.

LIMA, Elon Lages ET. Alii. A matemática do ensino médio. Rio de Janeiro: SBM, 1997.

3vols. (Coleção do Professor de Matemática.)

LINQUIST, Mary Montgomery & SHULTE, Albert P. (orgs). Aprendendo e ensinando

Geometria. Trad. Higino H. Domingues. São Paulo: Atual, 1994.

Matemática/ varios autores. - Curitiba: SEED-PR, 2006.

Matemática/ varios autores. - Curitiba: SEED-PR, 2006.

PETIT, Jean-Pierre. Os mistérios da Geometria. Lisboa: Publicações Dom Pixote,1982.

(Coleção As Aventuras de Anselmo Curioso)

POLYA, George. A Arte de Resolver Problemas.

Revista do professor de Matemática. Publicação da Sociedade Brasileira de

Matemática.

MICROBIOLOGIA INDUSTRIAL

Carga horária total: 120h/a - 100h

EMENTA: Microorganismos. Fermentações. Bioquímica.

CONTEÚDOS:

Introdução a microbiologia.

Evolução do estudo dos microorganismos.

Microorganismos:

Classificação (reinos);

Taxonomia;

Morfologia e estrutura;

Ciclo de vida;

Metabolismo e nutrição (metabolismo aeróbio e anaeróbio);

Reprodução;

Principais classes de interesse econômico e ambiental;

Principais métodos para o desenvolvimento de culturas;

Técnicas de esterilização;

Uso do microscópio ótico;

Emprego da fermentação alcoólica, acética e láctica;

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387

Pasteurização e análise de leite;

Processos e controle de qualidade para obtenção em laboratório e produção

industrial dos derivados da Fermentação Láctea: queijo, iogurte e achocolatados;

Processos e controle de qualidade para obtenção em laboratório e produção

industrial dos derivados da Fermentação alcoólica: de vinhos, cervejas e bebidas

destiladas;

Ação de microorganismos na deterioração de alimentos, matéria orgânica, de

máquinas e equipamentos;

Estudo de água;

Eletrólitos;

Glicídios;

Ácidos nucléicos;

Lipídios;.

Aminoácidos;

Proteínas;

Enzimas:

Degradações e biossínteses;

Oxidações biológicas.

BILIOGRAFIA

ALBERTS, B.; Bray, D.; LEWIS, J.; Ratt, M.; ROBERTS, K; WATSON, J. D.; Molecular

Biology of the Cell; 3th ed.; U.S.A: Garland Publishing, 1994.

ALCÂNTARA, F.; CUNHA, M.A.; ALMEIDA, M.A.; Microbiologia: Práticas

Laboratoriais; Portugal, Edições Universidade de Aveiro, 1996.

AZEVEDO, C.; Biologia Celular e Molecular; 3. ed..; Portugal: Lidel, 1999.

BROCK, M. et al. Biology of Microorganisms. 7 ed. Prentice Hall, 1994.

BRODY T: Nutritional Biochemistry, 2nd Ed, Academic Press, San Diego, 1999.

CAMPBEL, M.K. Bioquímica. Ed. Artmed, 2000.

CHAMPE, Pamela C. & HARVEY, Richard A. - Bioquímica Ilustrada.Porto Alegre: Artes

Médicas, 1997.

CHAMPE, P.C. & HARVEY,R.A. Bioquímica Ilustrada. 2.ed. Porto Alegre: Artes

MédicasSul (Artmed). 1996, 2002.

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388

DEVLIN, Thomas M. – Manual de Bioquímica com Correlações Clínicas – tradução

da 4ª edição americana, 1998, Ed. Edgard Blucher Ltda;

DEVLIN, T.M. Manual de Bioquímica com Correlações Clínicas. Ed. Edgard Blücher

LTDA. 5ª edição americana, 2004.

JAWETZ, E. et. al. Microbiologia básica. 18. ed. 1991. Artes Médicas.

KRAUSE, M. V. Alimentos, nutrição e dietoterapia. São Paulo : Livraria Roca Ltda.

1991.

LEHNINGER, A. L. & NELSON, D. L. & COX, M. M. - Princípios de Bioquímica. São

Paulo, Sarvier, 1995. pp 33-34; 238.

MARZZOCO, A. & TORRES, B. B. Bioquímica Básica. Rio de Janeiro: Guanabara

Koogan, 1999.

MONTGOMERY, R. & CONWAY, T. W. & SPECTOR, A. A. Bioquímica - Uma

abordagem dirigida por casos. Artes Médicas, 1994. pp 158-159.

MURRAY R K, GRANNER D K, MAYES P A, RODWELL V W: Harper's Biochemistry.

25th London: Ed, Prentice-Hall Internacional Inc, 2000.

PELCZAR, M. J. et al. Microbiologia: Conceitos e Aplicações. São Paulo: MAKRON

BOOKS, 1996.

SALIENS, A.A.; WHITT, D.D. Bacterial pathogenesis: a molecular approach. 1994.

STRYER L: Biochemistry. 4th Ed. New York :International Student Edition. W H

Freeman and Company, 1995.

MCKEE T, MCKEE J R: Biochemistry. An Introduction. Wm. C. Brown Publishers,

London: 1996.

TRABULSI, L. R. Microbiologia. São Paulo: Ateneu, 1992.

TORTORA, G.J. Microbiology: an introduction. 6. ed. 1998.

VOET, D. & VOET, J.G; PRATT, C. Fundamentos de Bioquímica . Porto Alegre:

Artmed, 2000.

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389

PORTUGUÊS TÉCNICO

Carga horária total : 40h/a - 33h

EMENTA: Linguagem. Escrita. Oralidade.

CONTEÚDOS:

Linguagem: coloquial, formal, técnica e científica;

Escrita:

Redação;

Análise e interpretação de textos;

Importância dos elementos de coesão e coerência na construção de textos;

Domínio da língua padrão (acentuação gráfica, ortografia, crase e pontuação);

Narração;

Técnica de resumo (síntese e resenha);

Relatórios (relatório técnico-científico, relatório de estágio);

Dissertação;

Redação oficial (procuração, requerimento, ofício, Currícullum Vitae redação

comercial, contrato, ata, solicitação de emprego, demissão e reclamação);

Estrutura de projetos;

Normas da ABNT para apresentação de trabalhos e confecção de relatórios;

Oratória;

Seminários.

BIBLIOGRAFIA

AGUIAR, Vera Teixeira de. A literatura infantil no compasso da sociedade brasileira.

In:

ANDRADE, Mário de. Aspectos da literatura brasileira. 5. ed. São Paulo: Martins,

1974.

ARROYO, Leonardo. Literatura infantil brasileira. São Paulo: Melhoramentos, 1968.

BAMBERGER, Richard. Como incentivar o hábito da leitura. São Paulo: Cultrix;

Brasília: INL, 1977.

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390

BOSI, Alfredo. História concisa da literatura brasileira. 3. ed. São Paulo: Cultrix,

1980.

BRASIL. LDB – Lei de Diretrizes e Bses da Educação Nacional, 9394/96.

BUESCU, Maria Leonor Carvalhão. História da literatura. 2. ed. Lisboa: Imprensa

Nacional/Casa da Moeda, 1994.

CEGALLA, Domingos Paschoal. Novíssima Gramática da Língua Portuguesa.17.ed.

São Paulo: Cia Editora Nacional, 1997.

FARACO, Carlos Alberto e Tezza, Cristovão. Práticas de texto Língua Portuguesa

para nossos estudantes. Petrópolis: Vozes, 1992.

FARACO, Carlos Alberto; Madryk, David. Língua Portuguesa Práticas de redação

para estudantesn universitários. Petrópolis: Vozes, 1994.

GUIMARÃES, Elisa. A articulação do texto. 7. ed. São Paulo: Ática, 1999.

HOUAISS,A. Dicionário Houaiss da Língua Protuguesa. Rio de Janeiro;Objetiva,

2001.

KAYSER, Wolfgang. Análise e interpretação da obra literária. 6. ed. Coimbra:

Armênio Amado, 1976.

LAPA, M. Rodrigues. Estilística da língua portuguesa. São Paulo: Martins Fontes,

1982.

Língua Portuguesa/ Varios autores. - Curitiba: SEED-PR, 2006.

TERRA, Ernani & NICOLA, José De. Práticas de linguagem – leitura e produção de

textos – ensaios. São Paulo: Scipione, 2001.

ZILBERMAN, Regina. A literatura infantil na escola. 11 ed. São Paulo: Global, 2003.

PROCESSOS INDUSTRIAIS

Carga horária total: 140h/a - 117h

EMENTA: Operações unitárias de uma indústria. Instalações industriais e

dimensionamento de equipamentos. Montagem de projeto. Balanço de Massa. Balanço

de Energia.

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391

CONTEÚDOS:

Propriedades físicas da matéria;

Conversão de unidades;

Conceituação de operações unitárias e aplicação industrial tais como:

Agitação e mistura (sistemas de agitação de fluxo e rotativo);

Filtração (meios filtrantes, filtros prensas, filtro a vácuo);

Transferência de calor (trocadores de calor, evaporadores, secadores e fornos,

destiladores, geradores de vapor, sistemas de refrigeração, torres de resfriamento);

Absorção (lavadores de gases, colunas de extração);

Transporte de matéria (bombas, correias transportadoras);

Cominuição (britadores e moinhos);

Classificação Granulométrica (peneiras);

Noções de cálculo de balanço de massa e energia em fluxogramas de processos;

Montagem de projeto de uma indústria na área da química contemplando:

Descrição de processo,

Balanço de massa,

Balanço de energia,

Dimensionamento de equipamentos,

Custos e Índices econômicos;

Leitura e interpretação de simbologia de tubulações e equipamentos e confecção de

layout.

REFERÊNCIA

BENNET, Carrol O.; MYERS, John E. Fenômenos de transporte: quantidade de

movimento, calor e massa. São Paulo: McGraw-Hill, 1978.

BROWN, George G . Operaciones básicas de la ingenieria química .

Barcelona: Manuel Marín, 1955.

COULSON, J. M.; RICHARDSON, J. F. Teconologia química, v.II:

operações unitárias. 2. ed. Lisboa: Calous te Gulbenkian, 1968.

PERRY and SHILTON. Manual do Engenheiro Químico.

TUBINO, D. F. . Sistemas de Produção: A produtividade no chão de fábrica.

Page 393: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO - Notícias · Dezembro”, em 06/04/78, com a finalidade de homenagear o pioneiro londrinense, que chegou a Londrina em junho de 1934, ano da fundação

392

QUÍMICA ANALÍTICA

Carga horária total: 280h/a - 233h

EMENTA: Normas de segurança em laboratório Químico. Materiais e equipamentos de

laboratório. Periculosidade de reagentes. Análise qualitativa. Reações. Princípio da

equivalência. Padronização. Analise Volumétrica. Análises Gravimétricas. Análise

instrumental.

CONTEÚDOS:

Reconhecimento da dinâmica do ambiente laboratorial: usos de equipamentos

individuais de segurança (EPI’s),

noções de primeiros socorros em casos de acidentes envolvendo produtos químicos,

leitura de rótulos de reagentes químicos e interpretação da simbologia química para a

identificação da sua periculosidade,

incompatibilidade de armazenamento de reagentes químicos.

Obtenção, organização e interpretação dos dados relevantes da prática para a

elaboração do relatório.

Propriedades gerais da matéria.

Mudanças de estado físico.

Separação de misturas.

Características das substâncias puras e misturas: pontos de fusão e ebulição,

densidade, solubilidade e condutividade elétrica.

Indicadores ácido-base e sua aplicabilidade.

Reações de síntese, decomposição, simples troca e dupla-troca.

Análise por via úmida de cátions e ânions, teste de chama e pérola de bórax;

Elaboração e redação de fluxogramas.

Fundamentos teóricos e aplicação técnica das Análises Volumétricas de

Complexação, Precipitação e Oxi-redução.

Fundamentos teóricos e aplicação técnica das Análises Gravimétricas.

Coleta e preparo de amostras.

Cálculos químicos envolvidos nos Métodos Analíticos Quantitativos;

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393

Compilação de dados obtidos na análise através de cálculos de análises nas diversas

concentrações e da pureza dos produtos.

Técnicas modernas de análise qualitativa e quantitativa para compostos orgânicos e

inorgânicos através de equipamentos de: Ultravioleta – Visível, Absorção atômica,

Cromatografia Líquida de Alta Eficiência e Cromatografia Gasosa, Plasma,

Infravermelho.

REFERÊNCIA

BACCAN, N. Química Analítica Quantitativa Elementar . 3. ed. 2001.

BACCAN, N.; GODINHO, O. E. S.: ALEIXO, LM.; STEIN, E. Introdução à Semi-

microanálise Qualitativa., Campinas: Editora da Unicamp, 1987.

COLLINS, C. H.; BRAGA, G. L. B. Introdução a métodos cromatográficos. 3. ed.

Campinas: Editora da Unicamp, 1988.

EWING, G. MétodosinstrumentaisdeAnálise Química, v.I.. São Paulo: Universidadede

São Paulo, edição Edgard-Blucher, São Paulo, 1972.

EWING, G. W. Instrumental methods of chemical analysis. New York : McGraw-Hill

Book, 1985.

EWING, G. W. Métodosinstrumentaisde analise química. São Paulo : Edgard Blucher

, 1990.

FELTRE, Ricardo. Química – Volumes 2. Ed. Moderna. 4a edição. São Paulo. 1994.

HARRIS, D. Exploring Chemical Analysis. Library of Congress Catologing. In.:

Publication Data, 1996.

HARRIS, D. C. Quantitative chemical analysis. New York : W.H. Freeman, 1991.

HARRIS, D. C. Análise Química Quantitativa. LTC, 5. ed. 2001.

KING, E. J. Análise Qualitativa . Rio de Janeiro: Interamericana, 1981.

KING, R.D. Development in food analysis. New York: Elsevier, vol. 3, 1984. 217 p.

KOBAL, Junior & SARTÓRIO Júnior, L. Química Analítica Quantitativa .

São Paulo. Moderna,1981.

LEMBO, Antônio. Química Realidade e Contexto. v. 2. Ed. Ática. São Paulo: Ed. Ática,

1999.

MACLEOD, A.J. Instrumental methods of analysis. New York: John Wiley & Sons,

1973.

OHLWEILER, O. A. - "Fundamentos de Análise Instrumental", Rio de Janeiro, Livros

Técnicos e Científicos 1981, 486 pp.

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394

Harris D.C. - Análise Química Quantitativa, 5th. ed., (Carlos A. S. Riehl e Alcides W.S.

Guarino - trads.), Rio de Janeiro, LTC-W.H. Freeman 2001.

RODRIGUES, Jayme F. Química Analítica Quantitativa . São Paulo:

Hemus Editora Ltda, s.d.

SKOOG, D. A. Principles of instrumental analysis. New York : Holt , c 1971.

SKOOG, D. A., LEARY, J. J. Principles of instrumentation analysis. Orlando :

Saunders College Publishing , 1990.

SKOOG, D. A., WEST, D. M., HOLLER, F. J. Analytical chemistry : an introduction.

Philadelphia : Saunders College , c1990.

SKOOG, D. A., HOLLER, F. J., NIEMAN, T. A. Principles of instrumental analysis.

Philadelphia : Saunders College Publishing , c1998.

SKOOG, D. A.; HOLLER, F. J.; MIEMAN, T. A.- Princípios de Análise Instrumental, 5.

ed., (Ignez Caracelli, Paulo C. Isolani et al. - trads., Célio Pasquini, supervisão e

revisão), Porto Alegre/São Paulo, Artmed - Bookman (2002).

SKOOG, D. A.; WEST, D. M.; HOLLER, F. J.. Fundamentos de Química Analítica.

Tradução da 8. ed. norte-americana. São Paulo: Thomson Learning, 2005.

TYSON, J. Analysis - What Analyitical Chemists DO Royal Society of Chemistry

Paperbacks. London, 1988.

VAITSMAN, Delmo S., BITTENCOURT, Olymar A. Análise Química

Qualitativa . Rio de Janeiro: Campos , 1981.

VOGEL; BASSET; DENNEY; JEFFERY; MEDHAM - Análise Inorgânica Quantitativa.

Ed, Guanabara Dois S.A., Rio de Janeiro,1981.

VOGEL, A. Química Analítica Quantitativa . São Paulo. Mestre Jou, 1981.

QUÍMICA GERAL

Carga horária total: 160h/a – 133h

EMENTA: Matéria e sua natureza; Tabela Periódica. Ligações químicas. Gases.

Propriedades coligativas. Cinética e equilíbrio Químico.

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CONTEÚDOS:

Introdução ao estudo da química;

A química na abordagem do cotidiano;

Definições de química;

Estrutura da matéria;

Substâncias simples e compostas;

Métodos de separação de misturas;

Fenômenos físicos e químicos;

Modelos atômicos;

Diagrama de energia e distribuição eletrônica;

Tabela periódica: classificação, propriedades;

Ligações químicas;

Química descritiva (obtenção e aplicação das principais elementos e substâncias

químicas);

Estudo dos gases – propriedades e funções de estado;

Transformações gasosas;

Volume molar e condições normais de temperatura e pressão (CNTP);

Equação de Clapeyron;

Misturas gasosas – pressões e volumes parciais;

Cálculos estequiométricos envolvendo gases;

Densidade e efusão de gases;

Propriedades coligativas: definição, classificação, tonometria,

ebuliometria,criometria, propriedades coligativas em soluções iônicas, osmometria;

Cinética dasreações químicas e seus efeitos;

Função dos catalisadores e seus principais mecanismos de ação;

Equilíbrio nas reações químicas;

Deslocamento de equilíbrio;

Conceitos de pH e pOH;

Efeitos da hidrólise de sais;

Solução tampão e suas aplicações;

Produto de solubilidade.

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396

REFERÊNCIA

BRASIL. LDB – Lei de Diretrizes e Bses da Educação Nacional, 9394/96. Química/

Vários autores. - Curitiba: SEED-PR, 2006.

CARVALHO, G. C.. Química Moderna. v.1,2,3. São Paulo: Scipione, 1997.

COTTON, F. A.; WILKINSON, G. Advanced inorganic chemistry. 5th ed. New York:

John Wiley, l988.

COTTON, F.A.; Wilkinson, G.; GAUS, P.L.; Basic Inorganic Chemistry, 3rd ed., Wiley,

1994.

Douglas, B.E.; MacDaniel, D.H.; Alexander, J.; Concepts y Models in Inorganic

Chemistry, 3rd edition, John Wiley & Sons: Canada, 1994.

FELTRE, Ricardo. Química Geral. V. 1. Ed. Moderna. 4. ed. São Paulo. 1994

HUHEEY, J. E. Inorganic chemistry: principles of structure and reactivity.

2nd ed. New York: Harper & Row, 1978.

HUHEEY, J.E; KEITER, E.A.; KEITER, R.L.; Inorganic Chemistry, 4th ed., New York:

Harper Collins College Publishers, 1993.

KOTZ, J.C; TREICHEL, P. , Química & Reações Químicas, V.1 e V.2., Editora LTC. 3.

ed., 1998.

LEE, J. D., Química Inorgânica não tão Concisa. Tradução da 5ª Edição inglesa 1999

Ed. Degard Blucher Ltda.

LEMBO, Antônio. Química Realidade e Contexto. V. 1. Ed. São Paulo. 1999.

MAHAN, B. H.; MYERS, R. J. Química, um curso universitário, trad. 4. ed. São Paulo:

Edgard Blücher, 1993.

OHLWEILWER, O.A.; Química Inorgânica, vol. 1, Editora Edgard Blucher, 1971.

PACHECO, Jr V. Gestão da Segurança e Higiene no Trabalho. Editora Atlas, 1998.

PADILHA, A.F. Materiais de Engenharia - Microestrutura e Propriedades, Ed. Hemus,

2000.

PIMENTEL, G. Chem StudyQuímica, uma ciência experimental. Ed. Fundação

Calouste Gulbenkian, Lisboa.

PIMENTEL; SPRATLEY. Química, um tratamento moderno, vol. I e II. São Paulo:

Edgard Blücher, 1974.

RIOS, E.G.; Química inorgânica; Editorial Reverte: Barcelona, 1978.

RUSSELL, J. B. Química Geral, vol. 1 e 2, 2ª Ed. São Paulo: Makron Books, 1994.

SARDELLA, A. & MATEUS, E. Dicionário Escolar de Química, Ed. Ática, São Paulo,

1981

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SARDELLA, A. Curso de Química. Volumes 1,2, e 3. Química Geral, Físico-química,

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SHACKELFORD. Introduction to Materials Science, Pearson Education do Brasil Ltda,

2000.

SHREVE, R. N. BRINK, J. A. Jr., Indústrias de Processos Químicos, trad.. Horácio

Macedo, 4a. ed., Editora Guanabara Dois, Rio de Janeiro, 1980

SHRIVER, D.F. and ATKINS, P.W., Inorganic Chemistry, third edition 1999 Oxford

TITO e CANTO. Química na abordagem do cotidiano. Volume Único. Ed. Moderna.

1996, São Paulo.

USBERCO & SALVADOR. Química. v.1,2,3.2.ed. São Paulo: Saraiva, 1996,.

VAN VLACK, L. H. Princípios de Ciência dos Materiais, Editora Edgar Blücher, 1970.

QUÍMICA INORGÂNICA

Carga horária total: 180h/a - 150h

EMENTA:Materiais e equipamentos de laboratório.Funções químicas. Neutralização.

Unidades de grandezas. Cálculos estequiométricos. Estrutura materiais. Processos

industriais inorgânicos.

CONTEÚDOS:

Identificação, manipulação e adequação ao uso de materiais, vidrarias e

equipamentos utilizados no laboratório de Química.

Funções químicas: ácido, base, sal e óxido.

Propriedades das substâncias de acordo com as funções químicas,

Utilização de indicadores acido-base e sua aplicabilidade.

Reações de neutralização.

Equações de ionização e dissociação iônica.

Grandezas químicas: massa atômica e molecular.

Conceito de mol;

Constante de Avogadro.

Volume molar.

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398

Leis Ponderais das Reações Químicas;

Cálculos estequiométricos: relações entre massa, mol e volume molar, rendimento,

grau de pureza, reações consecutivas e reagentes em excesso.

Termoquímica: Entalpia: princípios das termodinâmicas, energia interna, medida da

entalpia, lei de Hess, definição de diversos calores de reação.

Entropia.

Energia Livre.

Radioatividade

Estrutura de sólidos cristalinos amorfos.

Estruturas e processos de materiais metálicos.

Estruturas e processos de materiais cerâmicos.

Processos industriais de produção de Ácidos: Clorídrico, Nítrico e Sulfúrico.

Processos industriais de produção de fertilizantes.

Processos industriais de produção de aglomerantes hidráulicos: cal e gesso.

Processos industriais de produção de Cimento.

Processos industriais de produção de vidros.

REFERÊNCIA

BRASIL. LDB – Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, 9394/96. Química.

Curitiba: SEED-PR, 2006.

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John Wiley, 1988.

COTTON, F.A.; Wilkinson, G.; GAUS, P.L.; Basic Inorganic Chemistry, 3rd edition,

Wiley, 1994.

Douglas, B.E.; MacDaniel, D.H.; Alexander, J.; Concepts y Models in Inorganic

Chemistry, 3rd edition, John Wiley & Sons: Canada, 1994.

FELTRE, Ricardo. Química Geral. v. 1.. 4. ed. São Paulo: Ed. Moderna. 1994

HUHEEY, J.E; KEITER, E.A.; KEITER, R.L.; Inorganic Chemistry, 4th edition, New

York: Harper Collins College Publishers, 1993.

HUHEEY, J. E. Inorganic chemistry: principles of structure and reactivity.

2nd ed. New York: Harper & Row, 1978.

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399

KOTZ, J.C; TREICHEL, P. , Química & Reações Químicas, 3.ed. v.1 .2. Editora LTC,

1998.

LEMBO, Antônio. Química Realidade e Contexto. v. 1. ed. São Paulo, 1999.

LEE, J. D., Química Inorgânica não tão Concisa. Tradução da 5ª Edição inglesa 1999

Ed. Degard Blucher Ltda.

MAHAN, B. H.; MYERS, R. J. Química, um curso universitário, trad. 4ª ed. São Paulo:

Edgard Blücher, 1993.

OHLWEILWER, O.A.; Química Inorgânica, v. 1, Editora Edgard Blucher, 1971.

PACHECO, Jr V. Gestão da Segurança e Higiene no Trabalho. Editora Atlas, 1998.

PIMENTEL; SPRATLEY. Química, um tratamento moderno. v. I e II. São Paulo:

Edgard Blücher, 1974.

PIMENTEL, G. Chem StudyQuímica, uma ciência experimental. Lisboa: Ed.

Fundação Calouste Gulbenkian.

RIOS, E.G.; Química inorgânica. Barcelona,Editorial Reverte: 1978.

RUSSELL, J. B. Química Geral, v.. 1 e 2, 2.ed. São Paulo: Makron Books, 1994.

SARDELLA, A. & MATEUS, E. Dicionário Escolar de Química. São Paulo: Ed. Ática,

1981.

SARDELLA, A. Curso de Química. v1,2, e 3. Química Geral, Físico-química, Química

Orgânica, Ed. Ática.

SHRIVER, D.F. and ATKINS, P.W., Inorganic Chemistry. 3.ed. 1999. Oxford 1996.

USBERCO & SALVADOR. Química. v.1,2,3. 2.ed.São Paulo: Saraiva, 1996.

QUÍMICA ORGÂNICA

Carga horária total: 320h/a - 267h

EMENTA: Química orgânica e sintética. Reações orgânicas e mecanismos. Polímeros.

Cosméticos. Domissanitários. Análise orgânica.

CONTEÚDOS:

Introdução a Química Orgânica.

Estudo do Carbono: Tipos de ligações covalentes e as formas de hibridação do

carbono.

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400

Classificação de cadeias carbônicas.

Identificação, caracterização, nomenclatura e elaboração de formulas das Funções

Orgânicas: Hidrocarbonetos, Oxigenados, Nitrogenados e outras funções.

Aplicação dos conceitos de isomeria no reconhecimento dos compostos orgânicos.

Conceito de ácidos e bases de acordo com as teorias de Arrhenuis, Brönsted-Lowry e

Lewis.

Identificação dos tipos de rupturas de ligações em compostos orgânicos.

Identificação e classificação dos principais intermediários de reações químicas

orgânicas.

Identificação dos compostos que reagem por adição, substituição, eliminação e

previsão dos produtos formados.

Aplicação de conceitos de oxi-redução em reações orgânicas.

Fundamentos de compostos poliméricos: forças de ligação nos polímeros,

mecanismos de polimerização, reações de polimerização, matérias primas, síntese de

polímeros e principais processos de sínteses poliméricas.

Classificação, propriedades físico-químicas, fabricação, transformação, usinagem e

colagem de plásticos.

Comportamento dos plásticos em relação às variações de formas, com dependência

do tempo.

Reciclagem de produtos plásticos.

Produtos, processos e controle de qualidade (viscosidade e refração) para obtenção

em laboratório e produção industrial de tintas, vernizes, pasta celulósica e papel.

Normas regulamentadoras de produtos industrializados, segundo a ABNT.

Açucares: identificação dos principais açúcares, sua origem e aplicação; extração da

sacarose da cana-de-açúcar, caracterizando através de análise orgânica a glicose,

sacarose e frutose; distinção entre açúcar redutor e não redutor; extração da lactose

do leite.

Identificação por meio de nomenclatura e formulação dos ácidos carboxílicos

superiores. - Extração de óleos e gorduras pelo método de solvente.

Extração de essências.

Tensoativos: tensão superficial, matéria prima, produtos e aplicações.

Produtos, processos e controle de qualidade para obtenção em laboratório e

produção industrial de sabões, detergentes, material de limpeza e cosméticos.

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401

Identificação de propriedades físicas de um composto orgânico puro e a presença de

halogênios, nitrogênio e enxofre no mesmo.

Identificação de funções orgânicas por meio de reações químicas específicas.

Obtenção de um derivado de um composto puro.

REFERÊNCIA

ALLCOCK, H., LAMPE, F. Contemporary Polymer Chemistry. 1990.

ALLINGER, Norman, CAVA, Michael P. & at all . Química Orgânica . Rio de

Janeiro: Guanabara Dois, 1978.

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Oxford: Oxford University Press, 2003.

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FELTRE, Ricardo. Química – v. 3. Editora Moderna. 4. ed. São Paulo: Editora Moderna.

1994

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1985.

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Professional; 4th edition (June 10, 2002)

JACKSON, R. A.. Mechanisms in Organic Reactions. Cambridge: RSC, 2004.

LEE, J. D., Química Inorgânica não tão Concisa. Tradução da 5.Ed. inglesa 1999 Ed.

Degard Blucher Ltda.

LEMBO, Antônio. Química Realidade e Contexto v. 3. Editora Ática. São Paul: Editora

Ática. 1999.

MANO, E. B., MENDES, L. C.. Introdução a Polímeros . Ed. Edgard

Blücher Ltda., 2. ed. São Paulo: Ed. Edgard Blücher Ltda, 1999.

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402

MICHAELE, W.; GREIF, H.; KAUFMANN, H.; VOSSEBÜRGER, F.. Tecnologia dos

Plásticos. Ed. Edgard Blücher Ltda. São Paulo : Ed. Edgard Blücher Ltda , 1.995.

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REIS, M.. Completamente Química. v. 3 . Ed. FTD. São Paulo.

ROSEN, S. L. Fundamental Principles of Polymeric Materials.John Wiley & Sons, Inc

1993.

SARDELLA, A. Curso de Química. Volumes 1,2, e 3. Química Geral, Físico-química,

Química Orgânica, Ed. Ática.

SHREVE, R. Norris & BRINK, Joseph A. Indústria de Processos

Químicos . Rio de Janeiro: McGraw-Hil l do Brasil Ltda., 1980.

SHRINER, R.L.; FUSON, R.C.; CUTIN, D.Y. - Identificação sistemática dos

compostos orgânicos: manual de laboratório. 6. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Dois,

1983.

SILVERSTEIN, R.M.; BASSLER, G. C.; MORRIL, T.C. Identificação espectrométrica

de compostos orgânicos. 3. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Dois, 1979.

SPERLING, L.H. Introduction to Physical Polymer Science, Wiley, 2001. York, 1993.

SYKES, P.. A Guidebook to Mechanism in Organic Chemistry. Englewood Cliffs, NJ:

Prentice Hall, 1986.

TITO e CANTO. Química na abordagem do cotidiano. Volume Único. Ed. Moderna.

1996, São Paulo.

USBERCO & SALVADOR. Química. v.1,2,3. 2.ed. São Paulo: Saraiva, 1996.

VOGUEL, Arthur Israel. Química Analítica Orgânica . São Paulo: Mestre

Jou, 1981

20.4 PROFISSIONAL TÉCNICO EM QUÍMICA INTEGRADO

Descrição de cada disciplina contendo ementa:

ANÁLISE AMBIENTAL

Carga horária total: 80h/a - 67h

EMENTA: Tratamento de águas e efluentes industriais e domésticos. Controle da

qualidade da água e efluentes. Destinação de resíduos químicos e impactos ambientais.

Legislação sobre o uso e destinação da água e efluentes.

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403

CONTEÚDOS:

Histórico ambiental dos acidentes decorrentes da poluição hídrica e atmosférica;

Poluição do ar e do solo;

Geração de resíduos na Indústria Química e a importância do seu tratamento;

Classificação dos tipos de matéria orgânica e outras substâncias presentes no

esgoto, autodepuração de rios e processos de eutrofização;

Amostragem, análise microbiológica e físico-química de água e esgoto

(DQO,DBO,OD, nitrogenados, fosforados, sólidos, alcalinidade, dureza, óleos,

microbiológico, poluentes tóxicos, turbidez, cor, condutividade e pH.);

Noções de legislação de água, esgoto e resíduos;

Aspecto de funcionamento, operação e filosofia de tratamento de água, esgoto e

lodo.

Etapas de tratamento de águas: potável, de processos, caldeiras e torres de

resfriamento (ETA) (Coagulação, Decantação, Filtração, Cloração, Fluoretação,

Correção de pH. Resinas e Carvão Ativado);

Etapas de tratamento de esgoto: físico, físico-químico e biológico (Gradeamento,

remoção de óleos, remoção de metais, remoção de substâncias tóxicas, correção de pH,

tanques de equalização, tratamento biológico, correção de nutrientes, remoção de

nitrogênio) de esgotos urbanos e industriais (ETE);

Diferenciação dos tratamentos biológicos;

Etapas de tratamento de lodo e resíduos químicos;

Diferenciação das técnicas de disposição e diferenciação das operações

envolvidas;

Cálculos envolvendo eficiência de tratamentos, dosagem de produtos químicos,

ação do despejo nos corpos hídricos e dimensionamento simplificado de equipamentos

de tratamento de água e esgoto;

Impactos ambientais;

Abordagem conceitual do meio ambiente e do desenvolvimento sustentável;

Sistemas naturais;

Fluxos de energia e fluxos bioquímicos;

Recursos naturais.

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404

BIBLIOGRAFIA

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Bookman, 2002.

HAMMER, Mark J. Sistemas de abastecimento de água e esgotos. Rio de Janeiro: Livros

Técnicos e Científicos, 1979

KOBAL, JUNIOR & JÚNIOR, L. SARTORIO. Química analítica quantitativa. São

Paulo: Moderna, 1981.

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Ltda,1975.

PELCZAR, M. J. et al. Microbiologia: Conceitos e Aplicações. São Paulo: MAKRON

BOOKS, 1996.

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Editora Ltda., 1995.

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Alegre: Bookman, 2004.

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Limitada, s.d.

RUSSELL, John Blair. Química geral. São Paulo: McGraw-Hill do Brasil Ltda., 1982.

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McGraw-Hill do Brasil Ltda., 1980.

SEIZI, O. Fundamentos de Toxicologia, Atheneu Editora São Paulo Ltda., 1996.

TRABULSI, L. R. Microbiologia. São Paulo: Ateneu, 1992.

VIANNA, Marcos Rocha. Hidráulica Aplicada às Estações de Tratamento de Água.

Belo Horizonte: Instituto de Engenharia Aplicada, 1992.

VOGEL, Arthur Israel. Química analítica quantitativa. São Paulo: Mestre Jou, 1981.

ARTE

Carga horária total: 80h/a – 67 h

EMENTA: Linguagens da Arte: música, teatro, dança e artes visuais. Estrutura

morfológica e sintática das diferentes linguagens. História e movimentos das diferentes

linguagens. Interação entre as diferentes linguagens, a ciência e a tecnologia. Arte e

indústria cultural. A arte no espaço urbano.

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405

CONTEÚDOS:

Linguagens da Arte:

Música;

Teatro;

Dança;

Artes visuais.

Música:

Estrutura morfológica (som, silêncio, recursos expressivos, qualidades sonoras,

movimento, imaginação);

Estrutura sintática (modalidades de organização musical;

Organização sucessivas de sons e ruídos, linhas ritmicas, melódicas e tímbricas,

Organizações simultâneas de sons e ruídos, sobreposições rítmicas, melódicas,

harmonias, clusters, contraponto, granular, etc.);

Estruturas musicais (células, repetições, variações, frases, formas, blocos, etc.);

Textura sonora ( melodias acompanhadas, polifonias, poliritmia,pontilhismo, etc);

Estéticas, estilos egêneros de organização sonora, criação, execução e fruição de

músicas;

Fontes de criação musical (corpo, voz, sons da natureza, sons do quotidiano,

paisagens sonoras, instrumentos musicais -acústico, eletroacústico, eletrônicos e

novas mídias);

História da música;

Impacto da ciência e da tecnologia na criação, produção edifusão da música;

A interação da música com as outras linguagens da arte;

A música brasileira: estética, gênero, estilos e influências.

Teatro:

Introdução à História do teatro;

Personagem;

Expressões corporais, vocais, gestuais e faciais;

Ação;

Espaço cênico;

Representação;

Sonoplastia, iluminação, cenografia, figurino, caracterização, maquiagem e adereços;

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406

Jogos teatrais;

Roteiro;

Enredo;

Gêneros;

Técnicas;

Dança:

Movimento corporal;

Tempo;

Espaço;

Ponto de apoio;

Salto e queda;

Rotação;

Formação;

Deslocamento;

Sonoplastia;

Coreografia;

Gêneros;

Técnicas.

Arts Visuais:

Ponto;

Linha;

Superfície;

Textura;

Volume;

Luz;

Cor;

Composição figurativa, abstrata, figura-fundo, bidimensional/tridimensional,

semelhanças, contrastes, ritmo visual, gêneros, técnicas;

Transformações e utilização de materiais na produção do objeto de arte: contribuições

da química.

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407

REFERÊNCIA

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BOSI, Alfredo. Reflexões sobre a arte. São Paulo: Ática, 1991.

KRAMER, S.; LEITE, M.I.F.P. Infância e produção cultural. Campinas: Papirus,1998.

LABAN, Rudolf. Domínio do movimento. São Paulo: Summus, 1978.

MAGALDI, Sábato. Iniciação ao Teatro. São Paulo: Editora Ática, 2004.

MARQUES, I. Dançando na escola. 2.ed. São Paulo: Cortez, 2005.

MARTIN-BARBERO, Jesus; REY, Germán. Os exercícios do ver: hegemonia

audiovisual e ficção televisiva. São Paulo: Senac, 2001.

NETO, Manoel J. de S. (Org.). A (des)construção da Música na Cultura Paranaense.

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OSINSKI, Dulce R. B. Ensino da arte: os pioneiros e a influência estrangeira na arte

educação em Curitiba. Curitiba: UFPR, 1998. Dissertação (Mestrado).

OSTROWER, Fayga. Criatividade e Processos de Criação. Petrópolis: Vozes, 1987.

PAREYSON, Luigi. Os problemas da estética. São Paulo: Martins Fontes, 1984.

PEIXOTO, Maria Inês Hamann. Arte e grande público: a distância a ser extinta.

Campinas: Autores Associados, 2003. (Coleção polêmicas do nosso tempo, 84).

VYGOTSKY, Lev Semenovitch. Psicologia da arte. São Paulo: M. Fontes, 1999.

WISNIK, José Miguel. O som e o sentido: uma outra história das músicas. São

Paulo: Companhia das Letras, 1989.

BIOLOGIA

Carga horária total: 160h/a – 133h

EMENTA: Compreensão da classificação dos seres vivos, componentes celulares e

suas respectivas funções. Sistemas que constituem os grupos de seres vivos.

Biodiversidade, biotecnologias e genética.

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408

CONTEÚDOS:

Origem da vida;

Evolução;

Formas de organização dos seres vivos;

Metabolismo, reprodução e adaptação;

Tipos celulares procariontes e eucariontes;

Vírus:

Estrutura morfológica;

Ciclo de vida;

Aspectos de interesse sanitário e econômico;

Reino Monera:

Estrutura dos moneras;

Reprodução;

Nutrição;

Metabolismo celular energético;

Fotossíntese;

Quimiossíntese;

Respiração;

Fermentação;

Controle do metabolismo pelos gens;

Aspectos históricos e ambientais relacionados às bactérias;

Doenças causadas por bactérias;

Emprego na indústria;

Armas biológicas.

Reno Protista:

Reprodução e nutrição;

Algas e protozoários;

Aspectos evolutivos;

Aspectos históricos e ambientais relacionados à descoberta dos protozoários;

Saneamento básico e meio ambiente: tratamento e abastecimento de água, coleta,

destinação e tratamento de esgoto;

Doenças causadas por protozoários;

Impactos da ação do homem sobre os “habitats” naturais;

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409

Reino Fungi:

Estrutura e organização dos fungos;

Reprodução e nutrição;

Tipos de fungos e líquens; emprego nas industrias e aspectos econômicos e

ambientais;

Doenças causadas por fungos;

Reino Plantae:

Aspectos evolutivos da classificação das plantas;

Relações dos seres humanos com os vegetais;

Desmatamento;

Agricultura;

Plantas medicinais;

Indústria;

Biopirataria de princípios ativos;

Reino Animalia:

Aspectos evolutivos da classificação dos invertebrados e vertebrados.

Citologia:

Bioquímica celular;

Célula e estruturas celulares;

Osmose;

Difusão;

Núcleo e estruturas nucleares – DNA e RNA;

Síntese de proteínas;

Mitose e Meiose;

Gametogênese;

Tipos de Reprodução;

Embriologia:

Classificação dos animais pelo desenvolvimento embrionário;

Anexos embrionários;

Embriologia animal comparada;

Aspectos da sexualidade humana;

Substâncias teratogênicas;

Fertilização in vitro;

Aborto.

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410

Histologia:

Animal e vegetal;

Principais tipos de tecidos e suas funções;

Fisiologia e Anatomia;

Principais aspectos do funcionamento dos sistemas e órgãos do corpo humano.

Ecologia:

Conceitos básicos;

Componentes abióticos e bióticos;

Cadeias e teia Alimentar:

Fluxo de energia e matéria.

Biosfera;

Bimas:

Principais características e implicações ambientais.

Ecossistema:

Dinâmica das populações.

Relações ecológicas:

Relações entre o homem e o ambiente;

Implicações do desequilíbrio ambiental;

Genética:

Leis, tipos de herança genética;

Conceitos básicos da hereditariedade;

Projeto GENOMA;

Clonagem;

Transgenia;

Bioética;

Biotecnologia.

REFERÊNCIA

BERNARDES, J. A et al. Sociedade e natureza. In: CUNHA, S. B. da et al. A questão

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EDUCAÇÃO FÍSICA

Carga horária total: 320h/a – 267h

EMENTA: A Educação Física como instrumento de saúde, sociabilidade, formação e

expressão de identidades para a cooperação e competitividade. Movimento, força,

resistência, equilíbrio, energia, harmonia, ritmo e coordenação através dos diferentes

tipos de esportes, ginástica, jogos e danças.

CONTEÚDOS:

Ginástica geral e de manutenção:

Ginástica aeróbica;

Ginástica localizada;

Ginástica laboral: especificidades de trabalho na construção civil;

Alongamento;

Exercícios para a melhoria das qualidades físicas;

Exercícios de correção postural;

Avaliação postural;

Técnicas de relaxamento;

Percepção corporal (leitura corporal).

Jogos:

Cooperativos;

Dramáticos;

Lúdicos;

Intelectivos.

Esporte:

Fundamentos técnicos;

Regras;

Táticas;

Análise crítica das regras;

Origem e história;

Para quem e a quem serve;

Modelos de sociedade que os reproduziram;

Incorporação na sociedade brasileira;

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O esporte como fenômeno cultural;

O esporte na sociedade capitalista;

Competições de grande porte: Pan, olimpíada, copa do mundo;

Massificação do esporte;

Esportes radicais;

Lutas.

Recreação:

Brincadeiras;

Gincanas.

Dança:

De salão;

Folclórica;

Popular.

Qualidade de vida:

Higiene e saúde;

Corpo humano e sexualidade;

Primeiros socorros;

Acidentes e doenças do trabalho;

Caminhadas;

Alimentação;

Avaliação calórica dos alimentos;

Índice de massa corporal;

Obesidade;

Bulimia;

Anorexia;

Drogas lícitas e ilícitas e suas consequências,

Padrões de beleza e saúde.

REFERÊNCIAS

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FILOSOFIA

Carga horária total: 320h/a- 267h

EMENTA: Diferentes perspectivas filosóficas na compreensão do conhecimento

humano. O estado e a organização social. Ética e Estética. Questões filosóficas do

mundo contemporâneo. Relação homem x natureza, cultura e sociedade.

CONTEÚDOS:

Mito e Filosofia:

Saber místico;

Saber filosófico;

Relação mito e filosofia;

Atualidade do mito;

O que é Filosofia?

Teoria do conhecimento:

Possibilidade do conhecimento;

As formas de conhecimento;

O problema da verdade;

A questão do método;

Conhecimento e lógica;

Ética:

Ética e moral;

Pluralidade ética;

Ética e violência;

Razão, desejo e vontade;

Liberdade: autonomia do sujeito e a necessidade das normas;

Filosofia Política:

Relações entre comunidade e poder;

Liberdade e igualdade política;

Política e Ideologia;

Esfera pública e privada;

Cidadania formal e/ou participativa;

Filosofia da Ciência:

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Concepções de ciência;

A questão do método científico;

Contribuições e limites da ciência;

Ciência e ideologia;

Ciência e ética;

Estética:

Natureza da arte;

Filosofia e arte;

Categorias estéticas – feio, belo, sublime, trágico, cômico, grotesco, gosto, etc;

Estética e sociedade;

Questões filosóficas do mundo contemporâneo. Relação homem x natureza, cultura e

sociedade.

REFERÊNCIA

CHAUÍ, Marilena. O que é Ideologia? 30ª ed. São Paulo, Brasiliense , 1989, 125p. (Col.

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mundo. In Lênin: Coração e Mente. c /Tarso F. Genro, Porto Alegre, Ed. TCHÊ, 1985,

série Nova Política.

FÍSICA

Carga horária total: 160h/a – 133h

EMENTA: A produção do conhecimento físico: macro e micro física. Movimento,

Termodinâmica e eletromagnetismo e seus elementos: distância, velocidade, tempo,

aceleração, espaço, força, temperatura, calor, ondas, ótica e eletricidade para a

compreensão do universo físico.

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CONTEÚDOS:

História e campo de estudo da Física;

Momentum e Inércia;

Conservação de quantidade de movimento;

Variação da quantidade de movimento (impulso);

2ª Lei de Newton;

3ª Lei de Newton e condições de equilíbrio;

Gravidade;

Energia e o princípio da conservação da energia;

Variação da energia de parte de um sistema-trabalho e potência.

Fluídos:

Massa específica;

Pressão em um fluido;

Princípio de Arquimedes;

Viscosidade;

Peso aparente;

Empuxo.

Oscilações:

Ondas mecânicas;

Fenômenos ondulatórios;

Refração;Reflexão;

Difração;

Interferência;

Efeito Dopller;

Ressonância;

Superposição de Ondas.

Termodinâmica:

Lei zero da Termodinâmica;

Temperatura;

Termômetros e escalas termométricas;

Equilíbrio térmico;

Lei dos gases ideais;

Teorias cinética dos gases;

ropriedades térmicas e dilatação dos materiais:

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Dilatação térmica;

Coeficiente de dilatação térmica;

Transferência de energia térmica:

Condução;

Convecção e radiação;

Diagrama de fases;

2ª Lei da Termodinâmica;

Máquinas térmicas;

Eficiência das máquinas térmicas – rendimento; Máquina de Carnot – ciclo de Carnot;

Processos reversíveis e irreversíveis;

Entropia.

da Termodinâmica;

Entropia;

Entropia e probabilidade.

Eletomagnetismo:

Carga Elétrica;

Entropia;

Entropia e probabilidade;

Força magnética:

Propriedades Magnéticas dos materiais – imãs naturais;

Efeito magnético da corrente elétrica e os demais efeitos;

Equações de Maxwell;

Lei de Coulomb;

Lei de Faraday;

Lei de Lenz;

Força de Lorenz;

Indução eletromagnética;

Transformação de energia;

Campo eletromagnético;

Ondas eletromagnéticas;

Elementos de um circuito elétrico: corrente elétrica;

Capacitores;

Resistores e combinação de resistores;

Leis de Ohm;

Leis de Kirchhoff;

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Diferença de potencial;

Geradores;

Luz:

Dualidade onda – Partícula;

Fenômenos Luminosos:

Refração; difração; reflexão; interferência; absorção e espalhamento;

Formação de imagens e instrumentos óticos.

REFERÊNCIA

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Janeiro: LTC, 2006.

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Janeiro: LTC, 2006

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SNEF, 25-29/ janeiro 1993, p. 708-711. 8-711.

FÍSICO-QUÍMICA

Carga horária total: 240h/a – 200h

EMENTA: Propriedades físico-químicas da matéria: propriedades coligativas, cinética

das reações químicas, equilíbrio químico, termoquímica, eletroquímica, corrosão,

tratamento de superfícies.

CONTEÚDOS:

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Cinética química;

Equilíbrio nas reações químicas;

Deslocamento de equilíbrio;

Conceitos de pH e pOH;

Efeitos da hidrólise de sais;

Solução tampão e suas aplicações;

Produto de solubilidade;

Termoquímica: entalpia, entropia e energia livre;

Propriedades coligativas.

REFERÊNCIA

CASTELLAN, G. W.. Fundamentos de Físico-Química. Rio de Janeiro: LTC, 1996.

BERRY, R. S.. Physical Chemistry. 2nd ed. Oxford: Oxford University Press, 2000.

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Editora FTD, 2000.

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FELTRE, Ricardo. Química . v.2. 4 .ed. São Paulo: Editora Moderna. 1994.

LEVINE, I. N.. Quantum Chemistry. 5th ed. New York: Prentice Hall, 1999.

GEOGRAFIA

Carga horária total: 160h/a – 133h

EMENTA: As relações de produção sócio-histórica do espaço geográfico em seus

aspectos econômicos, sócias, políticos e culturais; Relações de poder que determinam

fronteiras constroem e destroem parcelas do espaço geográfico nos diferentes tempos

históricos; Análises de questões socioambientais a partir das transformações advindas

no contexto social, econômico, político e cultural; Formação demográfica das diferentes

sociedades; Migrações, novas territorialidades e as relações político-econômicas dessa

dinâmica. Geografia urbana: território ocupado e o direito à cidade.

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423

CONTEÚDOS:

Modos de Produção e formações socioespaciais;

A Revolução técnico-científico-informacional e o novo arranjo do espaço da produção;

A revolução tecnológica e seu impacto na produção, conhecimento e controle do

espaço geográfico: tecnologia da informação e a perspectiva macro e micro dos

territórios;

Distribuição espacial da indústria nas diversas escalas geográficas;

Oposição Norte-Sul e aspectos econômicos da produção;

Formação dos blocos econômicos regionais;

Urbanização e a hierarquia das cidades: habitação, infra-estrutura, territórios

marginais eseus problemas (narcotráfico, prostituição, sem-teto,etc);

Mobilidade urbana e transporte;

Apropriação do espaço urbano e distribuição desigual de serviços e infra estrutura

urbana;

Novas Tecnologias e alterações nos espaços urbano e rural;

Obras infra-estruturais e seus impactos sobre o território e a vida das populações;

Industrialização dos países pobres: diferenças tecnológicas, econômicas e

ambientais;

A Nova Ordem Mundial no início do século XXI: oposição Norte-Sul;

Fim do estado de bem-estar social e o neoliberalismo;

Os atuais conceitos de Estado-Nação, país, fronteira e território;

Regionalização do espaço mundial;

Redefinição de fronteiras: conflitos de base territorial, tais como: étnicos,

culturais,políticos, econômicos, entre outros;

Movimentos sociais e reordenação do espaço urbano;

Conflitos rurais e estrutura fundiária;

Questão do clima, da segurança alimentar e da produção de energia.

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Curitiba:Vicentina, 1982.

HISTÓRIA

Carga horária total: 120h/a - 100h

EMENTA: Processo de construção da sociedade no tempo e no espaço; formação

cultural do homem; ascensão e consolidação do capitalismo; produção científica e

tecnológica e suas implicações; aspectos históricos, políticos, sociais e econômicos do

Brasil e do Paraná – a partir das relações de trabalho, poder e cultura. Processo de

urbanização: a apropriação das cidades, a questão habitacional e marginalização.

CONTEÚDOS:

A construção do sujeito histórico;

A produção do conhecimento histórico;

O mundo do trabalho em diferentes sociedades;

O Estado nos mundos antigo e medieval;

As cidades na História;

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Relações culturais nas sociedades Grega e Romana na Antigüidade: mulheres,

plebeuse escravos;

Relações culturais na sociedade medieval européia: camponeses, artesãos,

mulheres,hereges e outros;Formação da sociedade colonial Brasileira;

A construção do trabalho assalariado;

Transição do trabalho escravo para o trabalho livre: a mão de obra no contexto de

consolidação do capitalismo nas sociedades brasileira e estadunidense;

O Estado e as relações de poder: formação dos Estados Nacionais;

Relações de dominação e resistência no mundo do trabalho contemporâneo (séc.

XVIII e XIX);

Desenvolvimento tecnológico e industrialização;

Movimentos sociais, políticos, culturais e religiosos na Sociedade Moderna;

O Estado Imperialista e sua crise;

O neocolonialismo;

Urbanização e industrialização no Brasil;

O trabalho na sociedade contemporânea;

Relações de poder e violência no Estado;

Urbanização e industrialização no Paraná;

Urbanização e industrialização no século XIX;

Movimentos sociais, políticos e culturais na sociedade contemporânea: é

proibidoproibir?;

Urbanização e industrialização na sociedade contemporânea;

O processo brasileiro de urbanização;

Globalização e neoliberalismo.

REFERÊNCIA

A CONQUISTA DO MUNDO. Revista de História da Biblioteca Nacional. Rio de

Janeiro, ano 1, n. 7, jan. 2006.

ALBORNOZ, Suzana. O que é trabalho. São Paulo: Brasiliense, 2004.

AQUINO, Rubim Santos Leão de et al .Sociedade brasileira: uma história através dos

movimentos sociais. Rio de Janeiro: Record. [s.d.]

BAKHTIN, Mikhail. A cultura popular na Idade Média e no Renascimento: o

contexto de François Rabelais. São Paulo: Hucitec, 1987.

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427

BARCA, Isabel. O pensamento histórico dos jovens: idéias dos adolescentes acerca

da provisoriedade da explicação histórica. Braga: Universidade do Minho, 2000.

BARCA, Isabel (org.). Para uma educação de qualidade: actas das Quartas Jornadas

Internacionais de Educação Histórica. Braga: Centro de Investigação em

Educação(CIEd)/ Instituto de Educação e Psicologia/Universidade do Minho, 2004.

BARRETO, Túlio Velho. A copa do mundo no jogo do poder. Nossa História. São

Paulo,ano 3, n. 32, jun./2006.

BARROS, José D’Assunção. O campo da história: especialidades e abordagens. 2ª ed.

Petrópolis: Vozes, 2004.

BENJAMIN, Walter. Magia e técnica, arte e política. São Paulo: Brasiliense, 1994,v.1

FONTANAM Josep. A história dos homens..Tradução de Heloisa J. Reichel e Marclo

F. da Costa. Bauru. Edusc. 2004

LEGISLAÇÃO E NORMAS

Carga horária total: 80h/a - 67h

EMENTA:

Normas regulamentadoras e legislação. Organização industrial.

CONTEÚDO:

Legislações NBR e NRs;

Higiene industrial e segurança no trabalho.

Acidente.

Incidentes.

Atos e condições inseguras.

Prevenção e combate de incêndios, extintores, EPIs, ergonomia, primeiros socorros,

choque elétrico e seus efeitos, mapa de risco;

Princípios básicos de organização, controle e direção nos diversos setores da

empresa; Documentação para abertura de microempresa; aspectos físico-legais das

pequenas e microempresas.

Processo de dimensionamento e controle de estoque;

Conceito de layout e a sua importância para a vida organizacional da empresa.

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428

Planejamento, elaboração, a administração e o cumprimento das etapas nos

processos de fabricação.

REFERÊNCIA

Normas ISO 9001, 14000, 17025

PACHECO, Jr Valdemar Gestão. da Segurança e Higiene no Trabalho.

Editora Atlas, 1998.

KOONTZ, Harold Princípios de Administração , São Paulo, Editora

Pioneira.

NEWMAN, Will iam H. Ação Administrativa . Editora Atlas S. A., São

Paulo, 4a edição.

TUBINO, D. F. . “Sistemas de Produção: A produtividade no chão de fábrica VIM –

vocabulário internacional de metrologia

LEM: INGLÊS

Carga horária total: 80h/a – 67h

EMENTA: O discurso enquanto prática social em diferentes situações de uso. Práticas

discursivas (oralidade, leitura e escrita) e análise linguística.

CONTEÚDOS:

Oralidade:

Aspectos contextuais do texto oral;

Intencionalidade dos textos;

Adequação da linguagem oral em situações de comunicação, conforme as instâncias

de uso da linguagem;

Diferenças léxicas, sintáticas e discursivas que caracterizam a fala formal einformal;

Compreensão do texto de maneira global e não fragmentada;

Contato com diversos gêneros textuais;

Entendimento do aluno sobre o funcionamento dos elementos linguísticos/gramaticais

do texto;

Importância dos elementos coesivos e marcadores de discurso;

Provocar outras leituras;

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A abordagem histórica em relação aos textos literários;

Trabalho com o texto visando provocar reflexão, transformação;

Adequar o conhecimento adquirido à norma padrão;

Clareza na exposição de ideias;

Utilização dos recursos coesivos;

Elementos de coesão e coerência, incluindo os conteúdos relacionados aos aspectos

semânticos e léxicos;

Conteúdos relacionados à norma padrão: concordância verbal e nominal, regência

verbal e nominal, tempos verbais;

Gêneros discursivos: jornalísticos, charges, cartas, receitas, cartoons, informativos,

literários;

Inter-discurso: intertextualidade, intencionalidade, contextualização, etc;

Particularidades linguísticas: aspectos pragmáticos e semânticos no uso das

diferentes línguas;

Gêneros Textuais diversificados (Narrativos, Imprensa, Divulgação científica,Da

ordem do relator, Da ordem do expor, Instrucionais ou prescritivos, Lúdicos,Narrativa

gráfica visual, Midiáticos, Correspondência, etc);

Imagens, fotos, pinturas, esculturas;

Mapas, croqui, recado, aviso, advertência, textos não verbais no geral, etc.

REFERÊNCIAS

AMOS, Eduardo; PRESCHER, Elizabeth; PASQUALIN, Ernesto. Sun – Inglês para o

Ensino Médio 1. 2ª Edição . Rischmond: 2004.

AMOS, Eduardo; PRESCHER, Elizabeth; PASQUALIN, Ernesto. Sun – Inglês para o

Ensino Médio 2. 2ª Edição . Rischmond: 2004.

AMOS, Eduardo; PRESCHER, Elizabeth; PASQUALIN, Ernesto. Sun – Inglês para o

Ensino Médio 3. 2ª Edição. Rischmond: 2004.

MURPHY,RAYMOND. Essenssial Grammar in use. Gramática Básica da língua

inglesa.Cambridge: Editora Martins fontes.

MURPHY,RAYMOND. English Grammar in use. 3ª ed. Ed. Cambridge University (

Brasil).

ZAMARIN, Laura; MASCHERPE, Mario. Os Falsos Cognatos. 7ª Edição. BERTRAND

BRASIL: 2000.

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430

LÍNGUA PORTUGUESA E LITERATURA

Carga horária total: 320h/a – 267h

EMENTA: O discurso enquanto prática social em diferentes situações de uso. Práticas

discursivas (oralidade, leitura e escrita) e análise linguística.

CONTEÚDOS:

Oralidade:

Coerência global;

Unidade temática de cada gênero oral;

Uso de elementos reiterativos ou conectores (repetições, substituições pronominais,

sinônimos, etc.);

Intencionalidade dos textos;

As variedades linguísticas e a adequação da linguagem ao contexto de uso:

diferentes registros, grau de formalidade em relação à fala e à escrita;

Adequação ao evento de fala: casual, espontâneo, profissional, institucional, etc;

(reconhecimento das diferentes possibilidades de uso da língua dados os ambientes

discursivos);

Elementos composicionais, formais e estruturais dos diversos gêneros discursivos de

uso em diferentes esferas sociais;

Diferenças lexicais, sintáticas e discursivas que caracterizam a fala formal e a

informal;

Papel do locutor e do interlocutor na prática da oralidade;

Participação e cooperação;

Turnos de fala;

Variedades de tipos e gêneros de discursos orais;

Observância da relação entre os participantes (conhecidos, desconhecidos, nível

social, formação, etc.);

Similaridades e diferenças entre textos orais e escritos;

Ampla variedade X modalidade única;

Elementos extralinguísticos (gestos, entonação, pausas, representação cênica) X

sinais gráficos;

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431

Prosódia e entonação X sinais gráficos;

Frases mais curtas X frases mais longas;

Redundância X concisão;

Materialidade fônica dos textos poéticos (entonação, ritmo, sintaxe do verso);

Apreciação das realizações estéticas próprias da literatura improvisada, dos

cantadores e repentistas.

Leitura:

Os processos utilizados na construção do sentido do texto de forma colaborativa:

inferências, coerência de sentido, previsão, conhecimento prévio, leitura de

mundo,contextualização, expressão da subjetividade por meio do diálogo e da

interação;

Intertextualidade;

A análise do texto para a compreensão de maneira global e não fragmentada

(também é relevante propiciar ao aluno o contato com a integralidade da obraliterária);

Utilização de diferentes modalidades de leitura adequadas a diferentes objetivos: ler

para adquirir conhecimento, fruição, obter informação, produzir outros textos, revisar,

etc;

Construção de sentido do texto: Identificação do tema ou ideia central;

Finalidade;

Orientação ideológica e reconhecimento das diferentes vozes presentes no texto;

Identificação do argumento principal e dos argumentos secundários;

Contato com gêneros das diversas esferas sociais, observando o conteúdo veiculado,

possíveis interlocutores, assunto, fonte, papéis sociais representados,

intencionalidade e valor estético;

Os elementos linguísticos do texto como pistas, marcas, indícios da enunciação e sua

relevância na progressão textual;

A importância e a função das conjunções no conjunto do texto e seus efeitos de

sentido;

Os operadores argumentativos e a produção de efeitos de sentido provocados

notexto;

Importância dos elementos de coesão e coerência na nstrução do texto;

Expressividade dos nomes e função referencial no texto (substantivos, adjetivos,

advérbios) e efeitos de sentido;

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432

O uso do artigo como recurso referencial e expressivo em função da intencionalidade

do conteúdo textual;

Relações semânticas que as preposições e os numerais estabelecem no texto;

A pontuação como recurso sintático e estilístico em função dos efeitos de sentido,

entonação e ritmo, intenção, significação e objetivos do texto;

Papel sintático e estilístico dos pronomes na organização, retomada e sequenciação

do texto;

Valor sintático e estilístico dos tempos verbais em função dos propósitos do texto,

estilo composicional e natureza do gênero discursivo;

Análise dos efeitos de sentido dos recursos linguístico-discursivos;

Em relação ao trabalho com literatura:

Ampliação do repertório de leitura do aluno (textos que atendam e ampliem seu

horizonte de expectativas);

Diálogo da Literatura com outras artes e outras áreas do conhecimento (cinema,

música, obras de Arte, Psicologia, Filosofia, Sociologia, etc);

O contexto de produção da obra literária bem como o contexto de sua leitura.

Escrita:

Unidade temática;

Escrita como ação / interferência no mundo;

Atendimento à natureza da informação ou do conteúdo veiculado;

Adequação ao nível de linguagem e/ou à norma padrão;

Coerência com o tipo de situação em que o gênero se situa (situação pública, privada,

cotidiana, solene, etc);

Relevância do interlocutor na produção de texto;

Utilização dos recursos coesivos (fatores de coesão: referencial, recorrencial e

sequencial);

Importância dos aspectos coesivos, coerentes, situacionais, intencionais, contextuais,

intertextuais;

Adequação do gênero proposto às estruturas mais ou menos estáveis;

Elementos composicionais, formais e estruturais dos diversos gêneros discursivos de

uso em diferentes esferas sociais;

Fonologia;

Morfologia;

Sintaxe;

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Semântica;

Estilística;

Pontuação;

Elementos de coesão e coerência;

Marcadores de progressão textual; operadores argumentativos; função das

conjunções; sequenciação, etc.

Análise linguística:

Adequação do discurso ao contexto, intenções e interlocutor (es);

A função das conjunções na conexão de sentido do texto;

Os operadores argumentativos e a produção de efeitos de sentido provocados no

texto;

O efeito do uso de certas expressões que revelam a posição do falante em relação ao

que diz (ou o uso das expressões modalizadoras (ex: felizmente, comovedoramente,

principalmente, provavelmente, obrigatoriamente, etc.);

Os discurso direto, indireto e indireto livre na manifestação das vozes que falam no

texto; Importância dos elementos de coesão e coerência na construção do texto;

Expressividade dos substantivos e sua função referencial no texto;

A função do adjetivo, advérbio e de outras categorias como elementos adjacentes aos

núcleos nominais e predicativos;

A função do advérbio: modificador e circunstanciador;

O uso do artigo como recurso referencial e expressivo em função da intencionalidade

do conteúdo textual;

Relações semânticas que as preposições e os numerais estabelecem no texto;

A pontuação como recurso sintático e estilístico em função dos efeitos de

sentido,entonação e ritmo, intenção, significação e objetivos do texto;

Recursos gráficos e efeitos de uso, como: aspas, travessão, negrito, itálico,

sublinhando, parênteses, etc;

Papel sintático e estilístico dos pronomes na organização, retomadas e sequenciação

do texto;

Valor sintático e estilístico dos modos e tempos verbais em função dos propósitosdo

texto, estilo composicional e natureza do gênero discursivo;

A elipse na sequência do texto;

A representação do sujeito no texto (expresso/elíptico; determinado/ indeterminado;

ativo/ passivo) e a relação com as intenções do texto;

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434

O procedimento de concordância entre o verbo e a expressão sujeito da frase;

Os procedimentos de concordância entre o substantivo e seus termos adjuntos;

Figuras de linguagem e os efeitos e sentido (efeitos de humor,ironia, ambiguidade,

exagero, expressividade, etc);

As marcas linguísticas dos tipos de textos e da composição dos diferentes gêneros;

As particularidades linguísticas do texto literário;

As variações linguísticas.

REFERÊNCIA

BAGNO, Marcos. A Língua de Eulália. São Paulo: Contexto, 2004.

_______. Preconceito Linguístico. São Paulo: Loyola, 2003.

BARTHES, Roland. O rumor da língua. São Paulo: Martins Fontes, 2004

______. Aula. São Paulo: Cultrix, 1989

BASTOS, Neusa Barbosa; CASAGRANDE, Nancy dos Santos. Ensino de Língua

Portuguesa e políticas linguísticas: séculos XVI e XVII. In BASTOS, Neusa Barbosa(org).

Língua Portuguesa – uma visão em mosaico. São Paulo: Educ, 2002.

BECHARA, Ivanildo. Ensino de Gramática. Opressão? Liberdade? São

Paulo:Ática,1991

BRAGGIO, Sílvia L. B. Leitura e alfabetização: da concepção mecanicista à

sociopsicolinguística. Porto Alegre, RS: Artes Médicas, 1992.

CASTRO, Gilberto de; FARACO, Carlos Alberto; TEZZA, Cristóvão (orgs). Diálogos

com Bakhtin. Curitiba, PR: Editora UFPR, 2000.

DEMO, Pedro. Formação de formadores básicos. In: Em Aberto, n.54, p.26-33, 1992.

FARACO, Carlos Alberto. Área de Linguagem: algumas contribuições para sua

organização. In: KUENZER, Acácia. (org.) Ensino Médio – Construindo uma proposta

para os que vivem do trabalho. 3.ed. São Paulo: Cortez, 2002.

____________. Português: língua e cultura. Curitiba: Base, 2003.

_______. Linguagem & diálogo as ideias linguísticas de Bakhtin. Curitiba: Criar,

2003

FÁVERO, Leonor L.; KOCH, Ingedore G. V. Línguística textual: uma introdução. São

Paulo: Cortez, 1988.

GARCIA, Wladimir Antônio da Costa. A Semiologia Literária e o Ensino. Texto inédito

(prelo).

Page 436: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO - Notícias · Dezembro”, em 06/04/78, com a finalidade de homenagear o pioneiro londrinense, que chegou a Londrina em junho de 1934, ano da fundação

435

GERALDI, João W. Concepções de linguagem e ensino de Português. In: João W.

(org.). O texto na sala de aula. 2.ed. São Paulo: Ática, 1997.

________. Concepções de linguagem e ensino de Português. In: _____, João W.(org.).

O texto na sala de aula. 2ªed. São Paulo: Ática, 1997.

_____. Portos de passagem. São Paulo: Martins Fontes, 1991.

HOFFMANN, Jussara. Avaliação para promover. São Paulo: Mediação, 2000.

KLEIMAN, Ângela. Texto e leitor: aspectos cognitivos da leitura. 7ªed. Campinas, SP:

Pontes, 2000.

KOCH, Ingedore; TRAVAGLIA, Luiz C. A coerência textual. 3ªed. São Paulo: Contexto,

1990.

_____. A inter-ação pela linguagem. São Paulo: Contexto, 1995.

KRAMER . Por entre as pedras: arma e sonho na escola. 3ªed. São Paulo: Ática, 2000.

LAJOLO, Marisa. Leitura e escrita com o experiência – notas sobre seu papel na

formação In: ZACCUR, E. (org.). A magia da linguagem. Rio de Janeiro: DP&A:

SEPE,1999.

LAJOLO, Marisa O que é literatura. São Paulo: Brasiliense, 1982.

MARCUSCHI, Luiz Antônio. Da fala para a escrita. São Paulo: Cortez,2001

MATEMÁTICA

Carga horária total: 320h/a - 267h

EMENTA: Números e Álgebra, Geometrias, Funções e Tratamento de Informação, e as

relações existentes entre os campos de estudo da disciplina de Matemática.

CONTEÚDOS:

Conjunto de números reais e noções de números complexos;

Matrizes;

Determinantes;

Sistemas Lineares;

Polinômios;

Função afim;

Função quadrática;

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436

Função exponencial;

Função logarítmica;

Função trigonométrica;

Função modular;

Progressão aritmética;

Progressão geométrica;

Geometria plana;

Geometria espacial;

Geometria analítica;

Noções básicas de geometria não-euclidiana;

Análise combinatória;

Binômio de Newton;

Probabilidades;

Estatística;

Matemática financeira.

REFERÊNCIAS

ABRANTES, P. Avaliação e educação matemática. Série reflexões em educação

matemática. Rio de Janeiro:MEM/USU/GEPEM, 1994.

BARBOSA, J. C. Modelagem matemática e os professores: a questão da formação

Bolema: Boletim de Educação Matemática, Rio Claro, n.15, p.5-23, 2001.

BASSANEZI, R. C. Ensino-aprendizagem com modelagem matemática: uma nova

estratégia. São Paulo: Contexto, 2002.

BICUDO, M. A. V.; BORDA, M. C. (Orgs.) Educação matemática pesquisa em

movimento. São Paulo: Cortez, 2004.

BORBA, M. C.; PENTEADO, M. G. Informática e educação matemática. Belo

Horizonte: Autêntica, 2001.

BORBA, M. Educação Matemática: pesquisa em movimento. São Paulo: Cortez, 2004.

p.13-29.

_____. Prefácio do livro Educação Matemática: representação e construção em

geometria. In: FAINGUELERNT, E. Educação Matemática: representação e construção

em geometria. Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 1999.

BOYER, C. B. História da matemática. São Paulo: Edgard Blücher, 1996.

CARAÇA, B. J. Conceitos fundamentais da matemática. 4.ed. Lisboa: Gradiva, 2002.

Page 438: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO - Notícias · Dezembro”, em 06/04/78, com a finalidade de homenagear o pioneiro londrinense, que chegou a Londrina em junho de 1934, ano da fundação

437

COURANT, R. ; ROBBINS, H. O que é matemática? Uma abordagem elementar de

métodos e conceitos. Rio de Janeiro: Ciência Moderna, 2000.

DANTE, L. R. Didática da resolução de problemas. São Paulo: Ática, 1989.

D’ AMBRÓSIO, B. Como ensinar matemática hoje? Temas e debates. Rio Claro, n. 2,

ano II, p. 15 – 19, mar. 1989.

D’AMBRÓSIO, U., BARROS, J. P. D. Computadores, escola e sociedade. São Paulo:

Scipione, 1988.

D’AMBRÓSIO, U. Etnomatemática arte ou técnica de explicar e conhecer.

São Paulo: Ática, 1998.

D’AMBRÓSIO, U. Etnomatemática: elo entre as tradições e a modernidade. Belo

Horizonte: Autêntica, 2001.

PROCESSOS INDUSTRIAIS

Carga horária total: 160h/a – 133h

EMENTA: Operações unitárias de uma indústria. Instalações industriais e

dimensionamento de equipamentos. Montagem de projeto. Balanço de Massa. Balanço

de Energia.

CONTEÚDOS:

Propriedades físicas da matéria;

Conversão de unidades;

Conceituação de operações unitárias e aplicação industrial tais como:

Agitação e mistura (sistemas de agitação de fluxo e rotativo);

Filtração (meios filtrantes, filtros prensas, filtro a vácuo);

Transferência de Calor (trocadores de calor, evaporadores, secadores e

fornos,destiladores, geradores de vapor, sistemas de refrigeração, torres de

resfrimento);

Absorção (lavadores de gases, colunas de extração);

Transporte de matéria (bombas, correias transportadoras), Cominuição (britadores e

moinhos);

Classificação granulométrica (peneiras).

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438

Noções de cálculo de balanço de massa e energia em fluxogramas de processos;

Montagem de projeto de uma indústria na área da química contemplando:

Descrição de processo:

Balanço de massa,

Balanço de energia,

Dimensionamento de equipamentos,

Custos e índices econômicos;

Leitura e interpretação de simbologia de tubulações e equipamentos e confecção

delayout.

REFERÊNCIAS

BENNET, Carrol O.; MYERS, John E. Fenômenos de transporte: quantidade de

movimento, calor e massa. São Paulo: McGraw-Hill, 1978.

BROWN, George G . Operaciones básicas de la ingenieria química .

Barcelona: Manuel Marín, 1955.

COULSON, J. M.; RICHARDSON, J. F. Teconologia química, v.II:

operações unitárias. 2. ed. Lisboa: Calouste Gulbenkian, 1968.

QUÍMICA

Carga horária total: 200h/a – 167h

EMENTA: Matéria e sua natureza; Química orgânica sintética.

CONTEÚDOS:

Matéria e sua natureza:

Introdução ao Estudo da Química:

A Química na abordagem do cotidiano;

Definições de Química;

Estrutura da Matéria;

Substâncias Simples e Compostas;

Métodos de Separação de Misturas;

Fenômenos Físicos e Químicos;

Modelos Atômicos;

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Diagrama de Energia e Distribuição eletrônica;

Tabela Periódica;

Classificação Propriedades;

Ligações Químicas:

Regras de Ligações;

Ligação Iônica;

Ligação Covalente;

Geometria Molecular;

Polaridade de ligações e moléculas;

Oxi-redução,

Ligação metálica;

Forças intermoleculares.

Tipos de Reações Químicas:

Reação de Simples Troca ou Deslocamento;

Reação de Síntese ou Adição;

Reação de Análise ou Decomposição;

Reação de Dupla Troca;

Reações de oxi-redução;

Radioatividade.

Química Sintética:

Introdução a Química Orgânica:

Estudo do Carbono;

Tipos de ligações covalentes e as formas de hibridação do carbono.

Funções orgânicas: Identificação;

Propriedades;

Nomenclatura.

Elaboração de fórmulas.

Isomeria.

Conceito de ácidos e bases de acordo com as teorias de Arrhenuis, Brönsted-Lowry e

Lewis.

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440

REFERÊNCIAS:

CAMPOS, Marcelo de Moura. Fundamentos de Química Orgânica São Paulo: Editora

da Universidade de São Paulo, 1980.

CARVALHO, Geraldo Camargo de. Química Moderna,volumes 1, 2 e 3.São Paulo:

Editora Scipione,2000.

COMPANION, Audrey Lee. Ligação Química. São Paulo: Edgard Blucher, 1975.

FELTRE, Ricardo. Química, volumes 1,2 e 3. São Paulo: Moderna, 1996.

FERNANDEZ,J. Química Orgânica Experimental. Porto Alegre: Sulina, 1987.

GALLO NETTO, Carmo. Química, volumes I,II e III. São Paulo: Scipione, 1995.

QUÍMICA ANALÍTICA

Carga horária total: 440h/a - 367h

EMENTA: Análise qualitativa por via úmida e via seca. Dispersões. Curvas de

solubilidade. Princípio da equivalência. Padronização. Analise Volumétrica. Análises

Gravimétricas. Coleta e preparo de amostras. Análise instrumental. Normas de

segurança em laboratório Químico. Periculosidade de reagentes.

CONTEÚDOS:

Análise para determinação dos cátions e ânions, teste de chama e pérola de bórax;

Elaboração e redação de fluxogramas;

Tipos de Indicadores e sua aplicabilidade;

Estudo das dispersões, características, classificações e mecanismo de dissolução;

Montagem de curvas de solubilidade;

Preparo de soluções, suas técnicas, nas diversas formas de expressar concentração

de soluções.

Técnicas de diluição de soluções.

Formas de mistura de soluções que não reagem entre si.

Princípio da equivalência para os cálculos de misturas que reagem entre si;

Padronização de soluções;

Identificação dos materiais e reagentes utilizados nas técnicas de Analise

Volumétrica;

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441

Fundamentos teóricos e aplicação técnica das Análises Volumétricas;

Fundamentos teóricos e a aplicação técnica das análises gravimétricas.

Técnicas de coleta e preparo de amostras.

Cálculos químicos envolvidos nos métodos analíticos quantitativos;

Compilação de dados obtidos na análise através de cálculos de análises nas diversas

concentrações e da pureza dos produtos;

Técnicas modernas de análise qualitativa e quantitativa para compostos orgânicos e

inorgânicos através de equipamentos de ultravioleta – visível, absorção atômica,

cromatografia líquida de alta eficiência e cromatografia gasosa;

Plasma;

Infravermelho.

REFERÊNCIAS:

BACCAN, N.; GODINHO, O. E. S.: ALEIXO, LM.; STEIN, E. Introdução à Semi-

microanálise Qualitativa., Campinas: Editora da Unicamp, 1987.

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Campinas: Editora da Unicamp, 1988.

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São Paulo, edição Edgard-Blucher, São Paulo, 1972.

EWING, G. W. Instrumental methods of chemical analysis. New York : McGraw-Hill

Book, 1985.

EWING, G. W. Métodosinstrumentaisde analise química. São Paulo : Edgard Blucher

, 1990.

FELTRE, Ricardo. Química – Volumes 2. Ed. Moderna. 4a edição. São Paulo. 1994.

HARRIS, D. Exploring Chemical Analysis. Library of Congress Catologing. In.:

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São Paulo. Moderna,1981.

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442

LEMBO, Antônio. Química Realidade e Contexto. v. 2. Ed. Ática. São Paulo: Ed. Ática,

1999.

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1973.

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Técnicos e Científicos 1981, 486 pp.

Harris D.C. - Análise Química Quantitativa, 5th. ed., (Carlos A. S. Riehl e Alcides W.S.

Guarino - trads.), Rio de Janeiro, LTC-W.H. Freeman 2001.

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Hemus Editora Ltda, s.d.

SKOOG, D. A. Principles of instrumental analysis. New York : Holt , c 1971.

SKOOG, D. A., LEARY, J. J. Principles of instrumentation analysis. Orlando :

Saunders College Publishing , 1990.

SKOOG, D. A., WEST, D. M., HOLLER, F. J. Analytical chemistry : an introduction.

Philadelphia : Saunders College , c1990.

SKOOG, D. A., HOLLER, F. J., NIEMAN, T. A. Principles of instrumental analysis.

Philadelphia : Saunders College Publishing , c1998.

SKOOG, D. A.; HOLLER, F. J.; MIEMAN, T. A.- Princípios de Análise Instrumental, 5.

ed., (Ignez Caracelli, Paulo C. Isolani et al. - trads., Célio Pasquini, supervisão e

revisão), Porto Alegre/São Paulo, Artmed - Bookman (2002).

SKOOG, D. A.; WEST, D. M.; HOLLER, F. J.. Fundamentos de Química Analítica.

Tradução da 8. ed. norte-americana. São Paulo: Thomson Learning, 2005.

TYSON, J. Analysis - What Analyitical Chemists DO Royal Society of Chemistry

Paperbacks. London, 1988.

VAITSMAN, Delmo S., BITTENCOURT, Olymar A. Analise Química

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VOGEL; BASSET; DENNEY; JEFFERY; MEDHAM - Analise Inorgânica Quantitativa.

Ed, Guanabara Dois S.A., Rio de Janeiro,1981.

VOGEL, A. Química Analítica Quantitativa . São Paulo. Mestre Jou, 1981.

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443

QUÍMICA INORGÂNICA

Carga horária total: 240h/a – 200h

EMENTA: Normas de segurança em laboratório. Materiais e equipamentos de

laboratório. Periculosidade de reagentes. Funções químicas. Reações químicas.

Unidades de grandezas. Cálculos estequiométricos. Gases. Estrutura materiais.

Processos industriais inorgânicos

CONTEÚDOS:

Identificação dos materiais utilizados no laboratório.

Periculosidade dos reagentes químicos.

Identificação das vidrarias existentes no laboratório de Química.

Adequação das vidrarias ao uso.

Manuseio dos reagentes químicos utilizados em laboratório.

Funções químicas: ácido, base, sal e óxido.

Propriedades das substâncias de acordo com as funções químicas,

Utilização de indicadores acido-base. Reações de neutralização.

Equações de ionização e dissociação iônica.

Grandezas químicas: massa atômica e molecular.

Conceito de mol;

Constante de Avogadro.

Volume molar.

Leis Ponderais das Reações Químicas;

Cálculos estequiométricos: relações entre massa, mol e volume molar, rendimento,

grau -de pureza, reações consecutivas e reagentes em excesso. Cálculos

estequiométricos envolvendo gases.

Densidade e Efusão de gases.

Estrutura de sólidos cristalinos amorfos.

Estruturas e processos de materiais metálicos.

Estruturas e processos de materiais cerâmicos.

Processos industriais de produção de Ácidos: Clorídrico, Nítrico e Sulfúrico.

Processos industriais de produção de fertilizantes.

Processos industriais de produção de aglomerantes hidráulicos: cal e gesso.

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444

Processos industriais de produção de Cimento.

Processos industriais de produção de vidros.

REFERÊNCIAS

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COTTON, F. A.; WILKINSON, G. Advanced inorganic chemistry. 5th ed. New York:

John Wiley, 1988.

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Chemistry, 3rd edition, John Wiley & Sons: Canada, 1994.

FELTRE, Ricardo. Química Geral. v. 1.. 4. ed. São Paulo: Ed. Moderna. 1994

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York: Harper Collins College Publishers, 1993.

HUHEEY, J. E. Inorganic chemistry: principles of structure and reactivity.

2nd ed. New York: Harper & Row, 1978.

MAHAN, B. H.; MYERS, R. J. Química, um curso universitário, trad. 4ª ed. São Paulo:

Edgard Blücher, 1993.

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PACHECO, Jr V. Gestão da Segurança e Higiene no Trabalho. Editora Atlas, 1998.

PIMENTEL; SPRATLEY. Química, um tratamento moderno. v. I e II. São Paulo:

Edgard Blücher, 1974.

PIMENTEL, G. Chem StudyQuímica, uma ciência experimental. Lisboa: Ed.

Fundação Calouste Gulbenkian.

RIOS, E.G.; Química inorgânica. Barcelona,Editorial Reverte: 1978.

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SARDELLA, A. & MATEUS, E. Dicionário Escolar de Química. São Paulo: Ed. Ática,

1981.

SARDELLA, A. Curso de Química. v1,2, e 3. Química Geral, Físico-química, Química

Orgânica, Ed. Ática.

TITO e CANTO. Química na abordagem do cotidiano. V. unico. São Paulo :Ed.

Moderna. 1996.

USBERCO & SALVADOR. Química. v.1,2,3. 2.ed.São Paulo: Saraiva, 1996.

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QUÍMICA ORGÂNICA

Carga horária total: 200h/a – 167h

EMENTA: Reações orgânicas e mecanismos. Fermentações. Polímeros. Cosméticos.

Domissanitários. Bioquímica. Análise orgânica.

CONTEÚDOS:

Identificação dos tipos de rupturas de ligações em compostos orgânicos.

Identificação e classificação dos principais intermediários de reações químicas

orgânicas.

Identificação dos compostos que reagem por adição, substituição, eliminação e

previsão dos produtos formados.

Aplicação de conceitos de oxi-redução em reações orgânicas.

Noções de compostos poliméricos;

Classificação, propriedades físico-químicas fabricação, transformação, usinagem e

colagem de plásticos.

Reciclagem de produtos plásticos.

Estudo de água.

Eletrólitos.

Glicídios.

Ácidos nucléicos.

Lipídios.

Aminoácidos.

Proteínas.

Enzimas: degradações e biossínteses, oxidações biológicas.

Identificação dos principais açúcares, sua origem e aplicação.

Extração da sacarose da cana-de-açúcar, caracterizando através de análise orgânica

a glicose, sacarose e frutose.

Extração da lactose do leite.

Distinção entre açúcar redutor e não redutor.

Identificação por meio de nomenclatura e formulação dos ácidos carboxílicos

superiores.

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Extração de óleos e gorduras pelo método de solvente.

Fermentação alcoólica.

Processo de produção de vinhos, cervejas e bebidas destiladas.

Fermentação Láctica.

Produção de derivados do leite, tais como queijo e iogurte.

Controle de qualidade dos produtos derivados do leite.

Pasteurização e análise do leite.

Produtos e formulação de cosméticos e domissanitários.

Identificação de um composto orgânico puro e a presença de halogênios, nitrogênio e

enxofre no mesmo.

Identificação de funções orgânicas por meio de reações químicas específicas.

Obtenção de um derivado de um composto puro.

Noções de compostos poliméricos;

Classificação, propriedades físico-químicas fabricação, transformação, usinagem e

colagem de plásticos.

Reciclagem de produtos plásticos.

REFERÊNCIAS

ALLCOCK, H., LAMPE, F. Contemporary Polymer Chemistry. 1990.

ALLINGER, Norman, CAVA, Michael P. & at all . Química Orgânica . Rio de

Janeiro: Guanabara Dois, 1978.

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CAMPOS, M. M. Fundamentos da Química Orgânica. São Paulo: Ed. Edgard Bücher

Ltda.

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Oxford: Oxford University Press, 2003.

CLYNE, T.W.; HULL, D. An Introduction to Composite Materials. Cambridge

University Press; 2nd edition (January 15, 1996).

COVRE, Geraldo J. Química O Homem e a Natureza v. 3. Ed. FTD. São Paulo: . Ed.

FTD, 2000.

FELTRE, Ricardo. Química – v. 3. Editora Moderna. 4. ed. São Paulo: Editora Moderna.

1994

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447

GEDDE, U. W. Polymer Physics,. Editora Moderna, 1.995.

GONÇALVES, Daniel, WAL, Eduardo e RIVA, Roberto de Almeida.

Química Orgânica Experimental . Curit iba: Gráfica Editora Barddal Ltda,

1985.

HARPER, C.A. Handbook of Plastics, Elastomers & Composites. McGraw-Hill

Professional; 4th edition (June 10, 2002)

JACKSON, R. A.. Mechanisms in Organic Reactions. Cambridge: RSC, 2004.

LEE, J. D., Química Inorgânica não tão Concisa. Tradução da 5.Ed. inglesa 1999 Ed.

Degard Blucher Ltda.

LEMBO, Antônio. Química Realidade e Contexto v. 3. Editora Ática. São Paul: Editora

Ática. 1999.

MANO, E. B., MENDES, L. C.. Introdução a Polímeros . Ed. Edgard

Blücher Ltda., 2. ed. São Paulo: Ed. Edgard Blücher Ltda, 1999.

MICHAELE, W.; GREIF, H.; KAUFMANN, H.; VOSSEBÜRGER, F.. Tecnologia dos

Plásticos. Ed. Edgard Blücher Ltda. São Paulo : Ed. Edgard Blücher Ltda , 1.995.

ROSEN, S. L. Fundamental Principles of Polymeric Materials.John Wiley & Sons, Inc

1993.

SARDELLA, A. Curso de Química. Volumes 1,2, e 3. Química Geral, Físico-química,

Química Orgânica, Ed. Ática.

SHREVE, R. Norris & BRINK, Joseph A. Indústria de Processos

Químicos . Rio de Janeiro: McGraw-Hil l do Brasil Ltda., 1980.

SHRINER, R.L.; FUSON, R.C.; CUTIN, D.Y. - Identificação sistemática dos

compostos orgânicos: manual de laboratório. 6. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Dois,

1983.

SILVERSTEIN, R.M.; BASSLER, G. C.; MORRIL, T.C. Identificação espectrométrica

de compostos orgânicos. 3. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Dois, 1979.

SPERLING, L.H. Introduction to Physical Polymer Science, Wiley, 2001. York, 1993.

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TITO e CANTO. Química na abordagem do cotidiano. Volume Único. Ed. Moderna.

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VOGUEL, Arthur Israel. Química Analítica Orgânica . São Paulo: Mestre

Jou, 1981.

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SOCIOLOGIA

Carga horária total: 320h/a – 267h

EMENTA: O surgimento da Sociologia; Processo de socialização e instituições sociais;

Cultura e indústria cultural; Trabalho, produção e classes sociais; Poder, política e

ideologia; Direito, Cidadania e movimentos sociais a partir das diferentes teorias

sociológicas. Relações sociais no meio rural e na cidade, estigmas, preconceitos e

dominação nos espaços marginais, organizações sociais do campo, conflitos,

movimentos.

CONTEÚDOS:

Formação e consolidação da sociedade capitalista e o desenvolvimento do

pensamento social;

Teorias sociológicas clássicas: Comte, Durkheim, Engels e Marx, Weber;

O desenvolvimento da Sociologia no Brasil;

Processo de Socialização;

Instituições sociais: Familiares; Escolares; Religiosas;

Instituições de Reinserção (prisões, manicômios, educandários, asilos, etc);

Desenvolvimento antropológico do conceito de cultura e sua contribuição na análise

das diferentes sociedades;

Diversidade cultural;

Identidade;

Indústria cultural;

Meios de comunicação de massa;

Sociedade de consumo;

Indústria cultural no Brasil;

Questões de gênero;

Cultura afrobrasileira e africana;

Culturas indígenas.

O conceito de trabalho e o trabalho nas diferentes sociedades;

Desigualdades sociais: estamentos, castas, classes sociais

Organização do trabalho nas sociedades capitalistas e suas contradições;

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449

Globalização e neoliberalismo;

Relações de trabalho;

Trabalho no Brasil.

Formação e desenvolvimento do Estado Moderno;

Democracia, autoritarismo e totalitarismo;

Estado no Brasil;

Conceitos de poder;

Conceitos de ideologia;

Conceitos de dominação e legitimidade;

As expressões da violência nas sociedades contemporâneas;

Direitos: civis, políticos e sociais;

Direitos humanos;

Conceito de cidadania;

Movimentos sociais;

Movimentos sociais no Brasil;

A questão ambiental e os movimentos ambientalistas;

A questão das ONGs;

Mudanças nos padrões de sociabilidade provocados pela globalização; desemprego,

subemprego; cooperativismo; agronegócios; produtividade; capital humano; reforma

trabalhista;

Organização Internacional do Trabalho;

Neoliberalismo;

Relações de Mercado, avanço científico e tecnológico e os novos modelos de

sociabilidade;

Elementos de Sociologia Rural e Urbana: relações sociais no campo e nas cidades,

novas organizações familiares, territórios marginais: estigma, preconceito, exclusão,

organizações sociais do campo, conflitos, movimentos, padrões de dominação e

violência.

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450

REFERÊNCIAS

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AZEVEDO, F. Princípios de sociologia: pequena introdução ao estudo da sociologia

geral. 11. ed. São Paulo: Duas Cidades,1973.

BOBBIO,N. A teoria das formas de governo. 4.ed. Brasília: Unb,1985.

CARDOSO, F.H., O modelo político brasileiro. Rio Janeiro: Dofel, 1977

DURKHEIM,E. Sociologia. São Paulo: Ática, 1978.

ENGELS,F. A origem da família, da propriedade privada e do Estado. Rio de

Janeiro: Civilização Brasileira,1978.

FERNANDES, F. , Sociedade de classes e subdesenvolvimento. Rio Janeiro. Zahar,

1968

GORZ, A., Crítica da divisão do trabalho. Tradução de Estela dos Santos Abreu. São

Paulo: Martins Fontes, 1980.

LOWY, M., Ideologia e ciência social. São Paulo: Cortez, 1985.

POCHMANN, M. O emprego na globalização. São Paulo: Boitempo,200.

SANTOS, B de S., Pela mão de Alice. São Paulo: Cortez. 1999.

______________., A crítica da razão indolente. São Paulo: Cortez, 2002.

POCHMANN, M. O emprego na globalização. São Paulo: Boitempo,2002

LEI DE ESTÁGIOS

Estágio Curricular Obrigatório e Voluntário dos Cursos Técnicos de Química e

Meio Ambiente

Atendendo o disposto da Lei 11788/08 o que se pretende com os cursos

técnicos em Meio Ambiente e Química em relação ao estágio, não é o compromisso

com a produção formal, mas a preparação de pessoas com conhecimento cultural e

social para a cidadania, não descartando o mundo do trabalho, mas integrando a este

princípio educativo, práticas reconhecidamente social.

Temos claro que existe na profissionalização a dimensão econômica e política,

além da questão social e de preservação ambiental.

O profissional desta área deverá entender que a realidade é produzida

historicamente e nós como seres evolutivos e sujeitos desta realidade, cabe persuadi-la

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451

a nosso favor, através do conhecimento, educação, estratégia e ação, o estagiário

deverá entender que sua atuação profissional é parte de um contexto amplo, e fará a

leitura desse momento histórico.

Diante dessas ameaças é imperativo a busca de profissionais com

conhecimento do tema, empreendedores, éticos e comprometidos com o meio ambiente,

os quais deverão além de se apropriar dos conteúdos, vivenciá-los por meio da

participação em situações reais no mundo do trabalho e no mundo social.

Através do estágio como atividade curricular e Ato Educativo intencional sendo

que o mesmo deverá propiciar ao aluno a complementação do ensino - aprendizagem,

por ter caráter educativo.

Para que o aluno vivencie situações reais no mundo do trabalho e social

complementando o processo educacional, as atividades deverão ser práticas para que

haja situações reais esperadas e inesperadas, previsíveis e imprevisíveis, rotineiras e

inusitadas, onde o aluno se veja em condições de responder aos novos desafios

profissionais, propostos diariamente ao cidadão trabalhador, o exercício de

responsabilidade ética, espírito crítico, empreendedor, criativo, auto-estima compatível,

autoconfiança, sociabilidade, firmeza nas decisões e ações. Deverá servir também de

estímulo para o aprendizado teórico e continuidade dos estudos.

Locais de realização do estágio:

Instituições públicas, privadas, junto a comunidade, projetos desenvolvidos

com monitoria realizada pelo professor do conteúdo teórico a ser associado com a

prática neste estabelecimento de ensino, organizações do terceiro setor (Ongs, Oscips,

Fundações, Sindicatos), onde em qualquer destas situações sempre haverá o

acompanhamento regular da escola.

Metodologia a ser utilizada:

Acompanhamento, desenvolvimento de projetos, estudo de casos,

observações vinculadas aos conteúdos em desenvolvimento, conhecimento da rotina e

pesquisa relacionada a forma de produção das empresas e instituições , assim como as

exigências do mercado consumidor, pesquisas individuais e em equipes, bibliográficas,

trabalho de campo como ouvinte e outras que se julgar adequada ao estágio.

A carga horária deverá ser distribuída em:

Modalidade Integrado para o Técnico em Meio Ambiente

60 horas – terceiro ano

60 horas – quarto ano

Modalidade Subsequente para o Técnico em Meio Ambiente

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452

60 horas – segundo semestre

60 horas –terceiro semestre

Modalidade Integrado para o Técnico em Química

30 horas – terceiro ano

30 horas – quarto ano

Modalidade Subsequente para o Técnico Química

30 horas – segundo semestre

30 horas – terceiro semestre

Atividades do estágio:

Devem ser formativas e escolar, intencionalmente assumida pela escola e pela

empresa e organizações parceiras, sempre cuidando para que seja importante elemento

no processo de qualificação profissional dos alunos.

O estágio é uma forma excepcional de trabalho, isto é, “um complemento do

processo educacional em situações reais de trabalho”, onde a empresa pode colaborar

com a escola, deve o estágio ser compatível com as atividades escolares, onde o aluno

estará ocupado em uma carga horária complementar ao seu horário de estudo, não

deve ser imposto a ele atividades distintas das necessárias para complementar seu

processo de vivência e aprendizado do mundo prático.

O estagiário participará no primeiro momento como ouvinte, observador de

casos e projetos, deverá acompanhar, desenvolver, estudar casos vinculados ao

conteúdo, propor soluções , intervir , elaborar relatórios e responder a desafios

profissionais.

Atribuições do estabelecimento de ensino:

Art. 5º: Caberá as instituições de Ensino da Rede Estadual (Resolução

Conjunta 11/2004 SEAP/SEED):

divulgar junto aos estudantes , as oportunidades de estágio;

encaminhar ao Órgão solicitante os estudantes interessados e em condições de

usufruirem das oportunidades de estágio;

proceder a assinatura do Termo de Compromisso de Estágio e do Termo de

Compromisso de Estágio Aditivo;

receber e analisar os relatórios periódicos de acompanhamento, supervisão e

avaliação do estagiário;

fornecer, quando solicitado, o atestado ou declaração de matrícula e/ou histórico

escolar referente ao estagiário;

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453

comunicar o cancelamento ou suspensão do vínculo escolar do aluno que implique na

interrupção do estágio.

Conforme Resolução nº 1. CNE:

Art. 2º: O estágio, como procedimento didático-pedagógico e Ato Educativo, é

essencialmente uma atividade curricular de competência da instituição de Ensino, que

deve integrar a proposta pedagógica da escola e os instrumentos doe planejamento

curricular do curso, devendo ser planejado, executado e avaliado em conformidade com

os objetivos propostos.

§ 1º A concepção do estágio como atividade curricular e Ato Educativo

intencional da escola implica a necessária orientação e supervisão do mesmo por parte

do estabelecimento de ensino, por profissional especialmente designado, respeitando-se

a proporção exigida entre estagiários e orientador, em decorrência da natureza da

ocupação.

§ 2º Cabe ao respectivo sistema de ensino, à vista das condições disponíveis,

das características regionais e locais, bem como das exigências profissionais,

estabelecer os critérios e os parâmetros para o atendimento do disposto no parágrafo

anterior.

Art. 3º As instituições de Ensino, nos termos dos seus projetos pedagógicos,

zelarão para que Os estágios sejam realizados em locais que tenham efetivas condições

de proporcionar aos alunos estagiários experiências profissionais, ou de

desenvolvimento sócio-cultural ou científico, pela participação em situações reais de vida

e de trabalho no seu meio.

§ 1º Serão de responsabilidade das Instituições de Ensino a orientação e o

preparo de seus alunos para que Os mesmos apresentem condições mínimas de

competência pessoal, social e profissional, que lhes permitam a obtenção de resultados

positivos desse ato educativo.

Atribuições do coordenador do Estágio:

Sendo o estágio uma atividade curricular e ato Educativo intencional da escola,

o professor escolhido como coordenador deverá planejar o estágio levando em conta o

perfil profissional de conclusão do curso e a natureza da ocupação profissional

pretendida, e a partir deste planejamento, orientar, supervisionar e estimular a execução

pelo aluno. Respeitando-se sempre a proporção exigida entre estagiários e orientador,

em decorrência da natureza da ocupação.

Caberá ao coordenador a avaliação do estágio sempre à luz do perfil

profissional de conclusão do curso.

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Os estagiários com deficiência terão direito a serviços de apoio de profissionais

da educação especial e de profissionais da área objeto do estágio. ( Art.2º, Resolução

nº1 do CNE)

Atribuições do órgão/instituição que concede o estágio.

promover o ajuste das condições de estágio, conciliando os requisitos mínimos

exigidos pelas Instituições de Ensino da Rede Estadual com as condições/disponíveis

para o estágio, explicitando as principais atividades a serem desenvolvidas pelo

estagiário, observando a compatibilidade do estágio ao qual o curso se refere;

oportunizar o estágio, identificando o perfil desejado;

cadastrar e selecionar os estudantes candidatos ao estágio;

formalizar o termo de Compromisso de Estágio e o termo de Compromisso de

Estágio Aditivo, constando no termo a Cia de seguro e o nº da apólice na qual o

estagiário esta assegurado;

proceder o acompanhamento, supervisão e avaliação do estagiário;

propiciar às Instituições de Ensino da Rede Estadual sempre que necessário,

subsídios que possibilitem o acompanhamento, a supervisão e a avaliação da

aprendizagem do estagiário;

comunicar às Instituições de Ensino da Rede Estadual, quando ocorrer o

desligamento do estagiário antes da data prevista no Termo de Compromisso de Estágio

Aditivo.

Atribuições do Estagiário.

os estagiários deverão ser alunos regularmente matriculados em Instituições de

Ensino e devem estar freqüentando curso compatível com a modalidade de estágio a

que estejam vinculados (Art. 1º, § 2º, Resolução nº 1 do CNE).

a jornada de atividade em estágio a ser cumprida pelo estudante deverá

compatibilizar-se com ser horário escolar e com horário que venha a ocorrer o estágio

(art. 5º, Lei 6494/77).

O estagiário deverá:

Cumprir carga horária semanal de, no mínimo, 20 horas (para profissionalizante até

30 horas), distribuída nos horários de funcionamento do órgão ou entidade e compatível

com o horário escolar e que não deverá ultrapassar a 6 horas diárias;

Observar a duração do estágio, obedecido o período mínimo de um semestre e o

máximo de quatro;

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Obrigação de cumprir as normas disciplinares de trabalho e de preservar o sigilo das

informações a que tiver acesso;

O estagiário responderá pela perda e danos decorrentes da inobservância das

normas internas ou das constantes em contrato;

Obrigação de apresentar relatórios aos dirigentes da unidade onde se realizar o

estágio, e ao professor de estágio, trimestral e final, sobre o desenvolvimento e

conclusão das tarefas que lhe foram cometidas;

Deverá assinar documentos referentes ao estágio;

Comunicar a Instituição de Ensino e a Instituição que sede o estágio a interrupção

do estágio por qualquer motivo.

Forma de acompanhamento:

Através de contatos do professor coordenador de estágio com o supervisor de estágio

na Instituição cedente;

Através da orientação e acompanhamento da execução do plano de estágio curricular

do aluno.

Avaliação do Estágio

O estágio sob a responsabilidade e coordenação da instituição de ensino e

controlado pela unidade solicitante, será planejado, executado, acompanhado (através

de relatórios e quando possível na Instituição cedente) e avaliado em conformidade com

os currículos e deverá propiciar complementação de ensino e aprendizagem aos

estudantes, constituindo-se em instrumento de integração, de aperfeiçoamento técnico-

cultural, científico e de relacionamento humano. Aferidos através de observações de

mudanças de comportamento e procedimentos que reflitam uma qualificação prática do

aluno estagiário, pela experiência no exercício profissional ou social que certamente

demonstrarão amadurecimento e clareza por esta opção profissional.

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ESTÁGIO NÃO-OBRIGATÓRIO

O Estágio Curricular não-obrigatório, ainda que vise a preparação para o trabalho produtivo, vai além da formação articulada para

o mercado de trabalho, constitui-se em atividade complementar à formação acadêmico e/ou profissional realizada por livre escolha do

educando.

Para que o Estágio Curricular não-obrigatório possibilite ao educando a conquista de sua emancipação sócio-econômica e

política através da aquisição de conhecimentos que permitam a atuação do educando no mundo do trabalho, a formação do sujeito

deve ser contemplada pelas diferentes disciplinas em prol da aquisição pelo aluno de subsídios teóricos historicamente construídos que

possam ser integrados a prática do Estágio e permitam a utilização do estágio para além da escola, para a formação integral do sujeito.

A legislação referente ao Estágio Curricular dispõe na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional 9394/96:

Art. 82. Os sistemas de ensino estabelecerão as normas para realização dos estágios dos alunos regularmente matriculados no ensino

médio ou superior em sua jurisdição.

Segue-se a LDBEN 9394/96 as Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio, instituída pela Resolução CNE/CEB Nº 03

de 26 de junho de 1998 que estabelece:

Art. 4º. As propostas pedagógicas das escolas e os currículos constantes dessas propostas incluirão competências básicas, conteúdos e

formas de tratamento dos conteúdos, previstas pelas finalidades do ensino médio estabelecidas pela lei:

IV - domínio dos princípios e fundamentos científico-tecnológicos que presidem a produção moderna de bens, serviços e conhecimentos,

tanto em seus produtos como em seus processos, de modo a ser capaz de relacionar a teoria com a prática e o desenvolvimento da

flexibilidade para novas condições de ocupação ou aperfeiçoamento posteriores;

E culmina em 2008, com a Lei 11.788 de 25 de Setembro de 2008, que dispõe sobre o estágio de estudantes; altera a redação do art.

428 da Consolidação das Leis do Trabalho – CLT, aprovada pelo Decreto-Lei no 5.452, de 1o de maio de 1943, e a Lei no 9.394, de 20 de

dezembro de 1996; revoga as Leis nos 6.494, de 7 de dezembro de 1977, e 8.859, de 23 de março de 1994, o parágrafo único do art. 82

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da Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, e o art. 6o da Medida Provisória no 2.164-41, de 24 de agosto de 2001; e dá outras

providências.

A Lei 11.788 dispõe:

Art. 1o Estágio é ato educativo escolar supervisionado, desenvolvido no ambiente de trabalho, que visa à preparação para o trabalho

produtivo de educandos que estejam freqüentando o ensino regular em instituições de educação superior, de educação profissional, de

ensino médio, da educação especial e dos anos finais do ensino fundamental, na modalidade profissional da educação de jovens e

adultos.

§ 1o O estágio faz parte do projeto pedagógico do curso, além de integrar o itinerário formativo do educando.

§ 2o O estágio visa ao aprendizado de competências próprias da atividade profissional e à contextualização curricular, objetivando o

desenvolvimento do educando para a vida cidadã e para o trabalho.

Art. 2o

O estágio poderá ser obrigatório ou não-obrigatório, conforme determinação das diretrizes curriculares da etapa, modalidade e

área de ensino e do projeto pedagógico do curso.

§ 1o

Estágio obrigatório é aquele definido como tal no projeto do curso, cuja carga horária é requisito para aprovação e obtenção de

diploma.

§ 2o Estágio não-obrigatório é aquele desenvolvido como atividade opcional, acrescida à carga horária regular e obrigatória.

Como descrito acima o Estágio Curricular não obrigatório ofertado pelo COLÉGIO ESTADUAL ALBINO FEIJÓ SANCHES tem

sua base legal na Lei LDBEN 9394/96, na DCNEM de 98 e na Lei 11.788 de 25 de Setembro de 2008, além de estar regulamentado pelo

PPP e Regimento Interno da Instituição.

No COLÉGIO ESTADUAL ALBINO FEIJÓ SANCHES a modalidade de Estágio Curricular não-obrigatório será ofertado apenas

para alunos das turmas 1º;2º e 3ºdo Ensino Médio.

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Para que as atividades do estágio extra-curricular não-obrigatório ocorram se faz necessário o estabelecimento de direitos e

deveres dos sujeitos envolvidos: Agente de integração (intermediário), Unidade de Ensino (escola de ensino regular), Instituição

Concedente (unidade sede do estágio) e o Estagiário (aluno).

Quanto a Unidade de Ensino se faz necessário o cumprimento dos seguintes itens:

I – Acompanhar as práticas de estágio desenvolvidas pelo aluno, de forma não-presencial através de relatórios emitidos semestralmente

pela Unidade Concedente;

II - Informar aos professores das turmas que tiveram alunos que realizam estágio não-obrigatório para que os professores possam

contribuir com a relação teoria-prática;

III – Observar e registrar junto com o aluno a relevância do estágio para a sua formação para o mundo de trabalho.

Quanto a Unidade Concedente/Agente de Integração se faz necessário o cumprimento dos seguintes itens:

I – Firmar termo de compromisso (3 vias);

II – Plano de estágio constando às atividades desenvolvidas pelo estagiário;

III – Vinculação das atividades com o campo de formação acadêmico/ profissional;

IV – Vinculação a uma situação real de trabalho;

V – Adoção de horário de Estágio que não coincida com o horário de aulas;

VI – O aluno não pode ter vínculo empregatício com a instituição que pretende estabelecer o vínculo como estagiário;

VII – O estágio não pode exceder a 2 (dois) anos;

VIII- Estabelecer termo de compromisso entre as instâncias envolvidas e zelar por seu cumprimento;

IX – Emitir relatório semestral das atividades/desempenho do estagiário e enviar a unidade de ensino.

Quanto ao papel do aluno estagiário se faz necessário o cumprimento dos seguintes itens:

I – Cumprir as normas estabelecidas no termo de compromisso firmado com a Unidade concedente

II – Estabelecer horário do Estágio de acordo com as orientações da Unidade, desde que não interfiram no período escolar;

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Desta forma, fica estabelecido os itens que devem ser cumpridos e os responsáveis para sua execução na modalidade de

Estágio Curricular não-obrigatório. Tendo como agentes de integração as seguintes instituições: UNIVERSIDADES ,SESI, CIEE, CINE,

SESC, SENAC entre outras.

21.0 PLANO DE AÇÃO DO COLÉGIO

PLANO DE AÇÃO 2016

O Plano de ação da escola apresenta propostas para o desenvolvimento de uma ação coletiva com a participação de toda a

comunidade escolar. Entende-se por comunidade escolar, o corpo docente, discente, funcionários e pais de alunos. A sociedade

representada por diversos segmentos, tem participação de forma sistemática, no processo de uma escola que visa a gestão democrática,

eficiente e de qualidade para todos.

Cabe ressaltar que as nossas propostas pressupõem uma escola que atenda aos interesses da comunidade escolar, visando a

preparação de agentes transformadores da sociedade, estimulando as ações pedagógicas e a gestão democrática.

Desta forma,ostemos como meta a participação da comunidade organizada, onde manteremos uma linha de conduta no

relacionamento com os alunos que expresse confiabilidade, coerência, segurança, traços que devem aliar-se a atitudes de prudência e

respeito , acompanhando-os nos seus progressos e na superação de suas dificuldades.

Na concretização desta prática, propomos alguns princípios básicos a serem seguidos por todos os envolvidos no processo educacional:

Assistir e orientar o aluno no desenvolvimento de suas capacidades e potencialidades;

Possibilitar que o aluno desenvolva valores, atitudes de cooperação, sociabilidade, respeito, consideração, responsabilidade e tolerância

às diferenças individuais;

Contribuir para o processo de integração família- escola, atuando como elemento de ligação entre todos;

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Conduzir o aluno a uma conscientização dos seus direitos e deveres, alcançando o pleno desenvolvimento de sua cidadania, com

liberdade e responsabilidade;

Encaminhar um processo pedagógico que permita a apropriação de um conhecimento cientifico necessário a um domínio do saber que

contribua para seu desenvolvimento individual e social.

Criar possibilidades de definição de metas coletivas para a prática educativa no processo educacional.

Desenvolver nos alunos uma atuação integrada com os professores para atingir uma ação consensual e realizações às práticas

educativas;

Buscar condições favoráveis à execução de práticas educativas como: materiais pedagógicos, didáticos e tecnológicos, laboratórios de

experimentos, sala de prática de ensino, materiais esportivos, projetos pedagógicos;

Promover na escola cursos, seminários, palestras, reuniões e eventos culturais/ esportivos para melhor aperfeiçoamento e integração

da comunidade escolar;

Encaminhar os alunos que apresentarem distúrbios de comportamento e dificuldades de aprendizagem, oferecendo atendimento

específico para o caso detectado;

Buscar parcerias aos órgãos competentes para tratar de assuntos referentes aos Direitos Humanos, Diversidade, drogas, educação

sexuale doenças sexualmente transmissíveis, educação para o trânsito, ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente), a fim de possibilitar

uma ação preventiva e informativa aos alunos; parcerias UEL, UNOPAR, UNIFIL,SESC, SENAI;

Evitar ocorrências de discriminação por motivos políticos, filosóficos, religiosos, opção sexual ou qualquer preconceito de classe social;

Educar para consciência ambiental;

Estabelecer para o âmbito da escola, critérios relativos à sua ação, organização, funcionamento e relacionamento com a comunidade,

nos limites da legislação em vigor e compatíveis comas diretrizes e política educacional;

Acompanhar e avaliar todo o desempenho escolar e as propostas de ações e metas reafirmadas no projeto pedagógico da escola;

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Apreciar e julgar quando convocados, casos de alunos que descumprem os deveres e infringem as normas estabelecidas no

regulamento interno e regimento escolar;

Analisar e dar parecer sobre reivindicações e consultas da comunidade escolar sobre questões internas e do seu interesse no que diz

respeito ao cumprimento do regimento escolar.

Deliberar sobre outros assuntos encaminhados pela direção da escola, pertinentes ao âmbito da ação escolar.

No âmbito da gestão democrática, pretende-se:

Desenvolver atividades favoráveis à efetiva participação da comunidade interna e externa, discutindo suas ações em assembléias e

propor metas;

Desenvolver uma ação integrada com Equipe pedagógica e os funcionários; visando a melhoria e a qualidade do trabalho;

Despertar relações humanas cooperativas, visando a formação de um espírito de equipe na escola;

Participar e acompanhar na elaboração da proposta Pedagógica da escola; acompanhar todos os setores administrativos, visando

ações em comum, que permita um bom atendimento a todos;

Assegurar o funcionamento do Conselho Escolar, Associação de Pais Mestres e funcionários, de forma integrada, para que sejam co-

gestores da Administração Escolar, garantindo um processo de gestão democrática;

Organizar cursos de aperfeiçoamento para os professores e funcionários visando a compreensão de seus trabalhos e funções, dando

assim continuidade ao bom funcionamento da escola

Colaborar com Equipe Escolar na adaptação e na integração do aluno na escola;respeitar e assumir com responsabilidade as decisões

tomadas com a aprovação do Colegiado, conselho escolar, APMF;

Acompanhar o processo de avaliação, de forma efetiva para que se conheça melhor o educando e o seu desempenho no processo de

apropriação de conteúdos e conhecimentos;

Realizar sempre que necessário, reflexões sobre o trabalho coletivo de escola, para que haja uma constante reelaboração do processo

educacional.

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A Equipe Pedagógica deverá:

Coordenar a elaboração coletiva e acompanhar a efetivação do Projeto Político Pedagógico e do plano de ação da escola;

Participar e intervir, junto à direção, da organização do trabalho pedagógico escolar no sentido de realizar a função social e a

especificidade da educação escolar;

Coordenar a construção coletiva da proposta curricular da escola, a partir das políticas educacionais da SEED/PR e das Diretrizes

Curriculares Nacionais do CNE.

Orientar o processo de elaboração do PTD (Plano Trabalho Docente) junto ao coletivo de professores da escola;

Promover e coordenar reuniões pedagógicas e grupos de estudos para reflexão e aprofundamento de temas relativos ao trabalho

pedagógico e para a elaboração de propostas de intervenção na realidade escolar;

Analisar os projetos de natureza pedagógica a serem implantadas na escola;

Participar da elaboração do projeto de formação continuada de todos os profissionais da escola, tendo como finalidade a realização e o

aprimoramento do trabalho pedagógico escolar;

Atuar junto ao coletivo de professores, na elaboração de projetos de recuperação de estudos a partir das necessidades de

aprendizagem identificadas em sala de aula, de modo a garantir as condições básicas para que o processo de socialização do

conhecimento científico e de construção do saber realmente se efetive;

Organizar a realização dos conselhos de classe, de forma a garantir um processo coletivo de reflexão-ação sobre o trabalho pedagógico

desenvolvido pela escola e em sala de aula, além de coordenar a elaboração de propostas de intervenção decorrentes desse processo;

Subsidiar o aprimoramento teórico-metodológico do coletivo de professores da escola, promovendo estudos sistemáticos, trocas de

experiência, debates, oficinas pedagógicas;

Organizar a hora-atividade do coletivo de professores da escola, de maneira a garantir que esse espaço-tempo seja de reflexão-ação

sobre o processo pedagógico desenvolvido em sala de aula;

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Informar ao coletivo da comunidade escolar os dados do aproveitamento escolar, de forma a promover o processo de reflexão-ação

sobre os mesmos para garantir a aprendizagem de todos os alunos;

Coordenar o processo coletivo de elaboração e aprimoramento do Regimento Escolar, garantindo a participação democrática de toda a

comunidade escolar.

Participar do Conselho Escolar subsidiando teórica e metodologicamente as discussões e reflexões acerca da organização e efetivação

do trabalho pedagógico escolar;- Propiciar o desenvolvimento da representatividade dos alunos e sua participação nos diversos

momentos e órgãos colegiados da escola;

Coordenar a organização do espaço-tempo escolar a partir do projeto político pedagógico e da proposta curricular da escola, intervindo

na elaboração do calendário letivo, na formação das turmas, na definição e distribuição do horário semanal das aulas e disciplinas, do

“recreio”, da hora- atividade e de outras atividades que interfiram diretamente na realização do trabalho pedagógico.

Promover a construção de estratégias pedagógicas de superação de todas as formas de discriminação, preconceito e exclusão social e

de ampliação do compromisso ético-político com todos as categorias e classes sociais.

Responsabilizar-se pelo trabalho pedagógico-didático desenvolvido na escola pelo coletivo dos profissionais que nela atuam; implantar

mecanismos de acompanhamento e avaliação do trabalho pedagógico escolar pela comunidade interna e externa.

Apresentar propostas, alternativas, sugestões e/ou críticas que promovam o desenvolvimento e o aprimoramento do trabalho

pedagógico escolar conforme o projeto político pedagógico, a proposta curricular e o plano de ação da escola e as políticas

educacionais da SEED.

Promover reuniões com equipe diretiva, pedagogo e coordenação dosCursos Técnicos Integrados para mediar integração curricular;

Ler a documentação especifica para a sustentação teórica de todas as modalidades ofertadas pelo estabelecimento de ensino.

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O corpo docente deverá :

Elaborar com a equipe pedagógica o Projeto Político Pedagógico, em consonância com as diretrizes pedagógicas da Secretaria de

Estado da Educação;

Escolher juntamente com a equipe pedagógica os materiais didáticos comprometidos com a política educacional da Secretaria de

Estado da Educação.

Desenvolver as atividades de sala de aula, tendo em vista a apreensão do conhecimento pelo aluno;

Proceder ao processo de avaliação, tendo em vista a apropriação ativa e crítica do conhecimento filosófico-científico pelo aluno.

Promover e participar de reuniões de estudo, encontros, cursos, seminários e outros eventos, tendo em vista o seu constante

aperfeiçoamento profissional;

Assegurar que, no âmbito escolar, não ocorra tratamento discriminativo de cor, raça, sexo, religião e classe social.

Estabelecer processos de ensino-aprendizagem resguardando sempre o respeito humano ao aluno; manter e promover

relacionamento cooperativo de trabalho com os colegas, alunos, pais e com os diversos segmentos da comunidade;

Participar da elaboração dos planos de recuperação a serem proporcionados aos alunos que obtiverem resultados da aprendizagem

abaixo do desejado;

Integrar aos conteúdos curriculares as temáticas: cultura-afro e indígenas, Direitos Humanos, Diversidade e Meio Ambiente nodecorrer

do ano letivo;

Colaborar e participar do planejamento de atividades extra-curriculares do estabelecimento de ensino.

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23.0 - PLANO DE AÇÃO DA EQUIPE MULTIDISCIPLINAR

EQUIPE MULTIDISCIPLINAR

“Ninguém nasce odiando outra pessoa pela cor

da pele, por sua origem ou ainda por sua

religião. Para odiar, as pessoas precisam

aprender; e, se podem aprender a odiar,

podem ser ensinadas a amar.”

Nelson Mandela

PLANO DE AÇÃO 2016

OBJETIVOS

OBJETIVOS GERAIS:

A Equipe Multidisciplinar tem como objetivo realizar estudos, reflexões, promover eventos e exposição de trabalhos desenvolvidos a

partir do tema principal: diversidade etnicorracial afro-brasileira, africana e indígena por meio da interdisciplinaridade. Para tanto, pretende-

se:

oportunizar à comunidade escolar em geral novos conhecimentos sobre a história e cultura afro-brasileira, africana e indígena;

reformular o modelo pedagógico vigente, incluindo questões afro-brasileiras e indígenas nas tomadas de ações para a construção de

uma sociedade mais igualitária e menos preconceituosa;

promover discussões através de um posicionamento crítico frente à realidade em que vivemos;

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valorizar a cultura negra em espaços como a escola com base na Lei 10.639/03 que prevê o ensino da história e cultura afro-brasileira e

africana bem como a Lei 11.645/08, história e cultura dos povos indígenas, em todos os níveis de ensino;

desencadear processo de afirmação de identidades, de historicidade negada ou distorcida, buscando suas origens ou raízes (genéticas

e culturais);

despertar para a africanidade origem indígena brasileira em manifestações na arte, no esporte, na culinária, língua, religião como

elementos de formação da cidadania;

fazer um paralelo da condição do negro e do índio no período pré-colonial, no período da dominação da Europa e na atualidade;

conhecer personalidades negras e indígenas e suas contribuições para os diversos setores da sociedade;

reconhecer a influência africana e indígena dentro da nossa cultura e valorizá-la; desconstruindo uma visão eurocêntrica.

reconhecer a África como continente cheio de riquezas naturais e culturais;

observar diferenças e semelhanças entre afro-brasileiros e negros de outros países, bem como em relação entre os indígenas de

diversas nações e países.

identificar diferentes tipos de religiões, costumes e línguas;

reunir a Equipe Multidisciplinar e elaborar uma lista de materiais como filmes, textos, literaturas, documentários, sites, etc. sobre a

temática africana, afro-brasileira e indígena, definindo ações práticas a serem implantadas no ambiente escolar;

em conjunto com professores, definir estratégias pedagógicas que tratam da questão etnicorracial organizando uma forma de inserção

das temáticas nas diversas disciplinas para que tenham subsídios para a elaboração de sua ação dentro da sala de aula.

fazer um mapeamento dos sujeitos afrodescendentes e indígenas na comunidade onde a escola está inserida bem como, buscar dados

a nível de município, estado e país;

organizar dentro de cada disciplina na prática pedagógica cotidiana atividades e projetos que visem exaltar os diferentes sujeitos que

historicamente foram segregados pela nossa sociedade;

organizar produções realizadas durante o ano letivo sobre o tema (negros e índios) para serem apresentados na Semana da

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Consciência Negra que ocorre na feira interdisciplinar da escola;

promover encontros com a participação de outras entidades que busquem somar informações e ações que possibilitem uma reparação

desses sujeitos segregados ao longo do processo histórico;

participar de capacitações sempre que oferecidos sobre a temática da história e cultura africana, afro-brasileira e indígena a fim de

contribuir para a melhoria das ações do plano de ação da Equipe Multidisciplinar;

promover estudos e reflexão sobre a presença na atualidade de elementos afro-brasileiros e indígenas na comunidade;

construir com os alunos resumos, textos, gráficos, linha de tempo, murais, teatros, danças, coreografias, comidas, vestimentas,

instrumentos utilizados no trabalho, nos rituais, nas danças, estimulando a criatividade;

leitura e análise de livros e textos diversos;

observação do caminho geográfico feito da África para o Brasil por meio do mapa múndi; bem como trajetórias e ocupações indígenas;

estudos de música, fazendo releituras e transformando-as em ilustrações que tratam da diversidade étnica brasileira e a cultura do

negro e do índio;

montagem de painéis e telas, recorte, pintura e colagem, com fotos de revistas, exibição de filmes, dramatizações, brincadeiras e jogos

que trabalham os conceitos étnicos e raciais;

questionar os alunos sobre o que sabem, que ideias e opiniões, dúvidas ou hipóteses têm sobre o tema em debate, valorizando seus

conhecimentos;

promover reflexões positivas de reportagens jornalísticas e textos da atualidade que tratam sobre o tema;

ensinar procedimentos de pesquisa, consulta em fontes bibliográficas, organização de informações coletadas.

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AÇÃO PERÍODO OBJETIVO RESPONSÁVEIS

Fazer levantamento do acervo bibliográfico da

escola.

Até julho Assegurar melhor embasamento teórico. Profº Luís Fernando

Elaborar questionário para levantamento de dados

etnicorraciais do colégio;

agosto Obter dados para realizar um estudo de caso. Membros da Equipe Multidisciplinar;

Profº Luís Fernando (redação final) e Profº Kenji

(colocar questionário on-line no site do colégio)

Aplicar questionário para fazer mapeamento da

comunidade escolar.

meados de

setembro(início do 3º

bimestre)

Identificar sujeitos afro-descendestes e indígenas, bem

como de outras etnias e raças afim de analisar os dados

obtidos com o questionário.

membros da Equipe Multidisciplinar, com suporte do

Profº Kenji e Profº Luís Fernando

Tabulação dos dados obtidos pelo questionário por

cada turma.

outubro Construir tabelas e gráficos para posterior análise de

dados. Assegurar cumprimento das

Leis 10.639/03 e 11.645/08 na disciplina de Matemática.

Professores(as)de Matemática

Análise de tabelas e gráficos por cada turma, com

propostas de mudanças de atitudes.

outubro e novembro Escrever um relatório (de cada turma) contendo análise

dos dados da pesquisa etnicorracial, seguindo as normas

da ABNT.

Assegurar cumprimento das

Leis 10.639/03 e 11.645/08 nas disciplinas de Português,

Inglês, História, Geografia, Filosofia e Sociologia.

Professores(as)de Língua Portuguesa (resumo e

redação do texto); de Inglês (abstract); de História,

Geografia, Filosofia e Sociologia (análise dos dados)

Realização de Oficinas temáticas de 16 a 18 de

novembro

Assegurar cumprimento das

Leis 10.639/03 e 11.645/08 em todas as disciplinas.

Membros da Equipe Multidisciplinar e demais

professores(as)

OFICINA: IMPÉRIO NÚBIO 18 de novembro Conhecer um império de faraós negros, sua influência

no Egito e seu legado para o mundo com produção de

painéis.

Profº Luís Fernando

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OFICINA: A LÍNGUA INGLESA E O POVO

NEGRO

18 de novembro Estudar as colônias inglesas na África e América Central

com produção de mapas, bandeiras fôlderes com estilos

de música negros em inglês e dados históricos e

geográficos.

Profº Luís Fernando

Apresentação de painéis mostrando aspectos

naturais e culturais de países africanos na

atualidade.

Trabalhos com os 9ºs A,B e C.

apresentar no dia

05/12/2016

Mostrar que na Africa há países com extrema pobreza e

dificuldades climáticas, mas também muitas belezas

naturais e culturais

Ailton

Apresentação de painéis sobre personalidades

negras e indígenas brasileiras.

(trabalho dos 2ºs C e D)

apresentar no dia

05/12/2016

Mostrar que em nosso país, em diversos momentos da

História temos personalidades de origem negra e

indígena.

Ailton

Oficina: Racismo e discriminação por meio da

música nacional

de 16 a 18 de

novembro

Objetiva-se debater com os alunos as práticas de racismo,

discriminação social e padrões estéticos por meio da

produção musical brasileira

Marcela

OFICINA- Estética Filosófica- Cultura: Patrimônio

histórico nacional tombado pelo IPHAN, com

vinculação com as culturas Afro e Indígena.

3 º Técnico Integrado

de 16 a 18 de

novembro

A valorização histórica e a relevância da cultura Afro e

Indígena para o IPHAN.

Reginaldo

Criar blog sobre cotas Início de outubro Discutir e ampliar conhecimentos sobre cotas raciais. Profº Kenji

Jornal-mural outubro Coletar reportagens sobre as cotas raciais, debater e

ampliar conhecimento sobre o assunto.

Profº Claudemir

Caixa de denúncia A partir do final de

outubro

Criar espaço para os membros da comunidade escolar

desabafar casos de bullying, discriminação... e, assim, a

escola possa realizar ações de intervenção

Agentes II

Palestra “Cultura Angolana” de 16 a 18 de

novembro

Ampliar conhecimentos e desconstruir ideas equivocadas

sobre o povo de Angola com a participação de Palestrante

da Angola

Profª Mercedes

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Oficinas de culinárias africanas e indígenas de 16 a 18 de

novembro

Conhecer os pratos típicos principais africanos e

indígenas e elaborar com os alunos um prato de cada

etnia.

Agentes I

Apresentação de lutas e esportes africanas,

afrobrasileiras e indígenas.

05 de dezembro Conhecer culturas africanas, afrobrasileiras e indígenas.

Assegurar cumprimento das

Leis 10.639/03 e 11.645/08 na disciplina de Educação

Física.

Professores(as) de Educação Física

Apresentação de danças africanas, afro-brasileiras e

indígenas.

05 de dezembro Conhecer culturas africanas, afrobrasileiras e indígenas.

Assegurar cumprimento das

Leis 10.639/03 e 11.645/08 na disciplina de Educação

Física.

Professores(as) de Educação Física

Verificar os registros de conteúdos (relacionados à

história da África, dos afro-descendentes e dos

indígenas) nos livros de chamada de cada turma e

disciplina.

final do terceiro e do

quarto bimestre

Assegurar cumprimento das

Leis 10.639/03 e 11.645/08 em todas as disciplinas.

Pedagogos(as)

Realizar encontros para planejar as apresentações

das atividades produzidas.

sempre que necessário Assegurar bom andamento da exposição dos trabalho

bem como

assegurar cumprimento das

Leis 10.639/03 e 11.645/08.

membros da Equipe Multidisciplinar e demais

professores(as)

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JUSTIFICATIVA

A composição etnicorracial da comunidade escolar do Albino Feijó tem como

característica a miscigenação. São várias as situações em sala de aula que envolvem

preconceitos principalmente racial, social, religioso, bem como em relação à orientação

sexual. Além desses preconceitos, existem incidências de situações debullyingoriundos da

xenofobia também. São questões que afligem os cidadãos no leito familiar, no ambiente

escolar e em outros espaços sociais (reais ou virtuais). A Equipe Multidisciplinar tem como

finalidade estudar, ampliar debates e refletir sobre tais desafios para que haja mudança não

somente ideológica, mas também prática no dia-a-dia no relacionamento entre pessoas,

considerando a diversidade e a inclusão, com respeito; isto é, a partir de princípios

éticos/morais bem como levando em consideração as Leis nº10.639/03 e nº 11.645/08 e

envolvendo as diferentes disciplinas do grade curricular

CRONOGRAMA

O trabalho da Equipe Multidisciplinar, num primeiro momento, propõe o cronograma de

ações a seguir, porém, cabe lembrar que conforme encontros, estudos, debates,

planejamento de aulas, dentre outras variáveis, o mesmo poderá sofrer alterações.

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DIAGNÓSTICO ETNICORRACIAL DA ESCOLA SEGUNDO PESQUISA DA

EQUIPE MULTIDISCIPLINAR

Colégio está localizado na Rua Jacarezinho, 85, no Parque das Indústrias, na zona

sul de Londrina – PR. A Escola atende a mais de 30 (trinta) bairros, dos quais

merecem destaque Parque das Indústrias, São Lourenço, Parque Ouro Branco,

União da Vitória e Santa Joana. A Escola conta também com 1% de estrangeiros

(Paraguai e Japão). A comunidade escolar é formada de 37% do gênero masculino

e 63%, feminino. Quase 50% dos(as) alunos(as) estão na faixa etária de 11 a 15

anos, 30% entre 16 e 18 anos, 5% entre 19 e 25 anos e o restante mais de 25 anos

de idade.

Esta instituição atende os períodos matutino, vespertino e noturno, sendo que cada

um apresenta uma realidade diferente, com uma clientela bastante diversificada,

tanto na faixa etária conforme dados e modalidades de ensino. Quanto ao quadro de

funcionários e corpo docente (QPM, PSS e SCO) há bastante heterogeneidade.

A comunidade escolar é formada por: 6% da classe social A, 12% classe B1, 32%

classe B2, 28% classe C1, 17% classe C2 e somente 5% classe D/E. Esses dados

mostraram uma melhora do nível social. Em relação a origem familiar, merecem

destaque: 60,9% da comunidade escolar não souberam indicar, 29,4% declararam

origem europeia, 17,1% de origem indígena, 9,5% de origem africana, 21,8% de

origem sul-americana, 1,8% asiática, os demais de outras origens. Em sua maioria,

a comunidade escolar leva em conta para definir sua própria cor/raça/etnia: pouco

mais de 30% a origem familiar (antepassados), cerca de 15% os traços típicos

(cabelo, boca, nariz, olhos...), cerca de 20 % a cor da pele, 10% não souberam, 5%

cultura, tradição e religião, os demais não informaram ou indicaram opção

política/ideológica ou origem sócio-econômica. Levando-se em consideração a

declaração sobre cor/raça/etnia, a comunidade escolar declarou:

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COR/RAÇA/ETNIA MINHA PAI

AVÔ

PATERNO

AVÓ

PATERNA MÃE

AVÔ

MATERNO

AVÓ

MATERNA

AMARELA 2,3% 1,5% 1,8% 1,5% 1,4% 1,6% 1,3%

BRANCA 45,9% 44,1% 56,9% 41,4% 47,1% 45,9% 50,8%

INDÍGENA 1,1% 0,9% 1,1% 2,3% 2,7% 2,9% 3,2%

PARDA 43,4% 33% 30,8% 21,8% 22,3% 24,5% 25,9%

NEGRA 5,5% 14,7% 7,2% 15,9% 14,1% 12% 10,2%

NÃO SABE 0,8% 3,5% 1% 15,1% 11% 11,2% 6,9%

NÃO INFORMOU 1% 2,2% 1,1% 1,9% 1,3% 1,9% 1,6%

A pesquisa da Equipe Multidisciplinar também detectou problemas de racismo e

ação educacional, conforme tabela a seguir:

SIM NÃO

JÁ PRATICOU AÇÃO RACISTA? 16,0% 84,0%

JÁ SOFREU PRECONCEITO ETNICORRACIAL? 48,5% 51,5%

JÁ PRESENCIOU RACISMO NO COLÉGIO? 54,0% 46,0%

JÁ PRATICOU RACISMO NO COLÉGIO? 9,7% 90,3%

FAZ BRINCADEIRAS RACISTAS? 23,7% 76,3%

EXISTE DISCRIMINAÇÃO NO COLÉGIO? 25,1% 74,9%

A ESCOLA PODE AJUDAR A CONSTRUIR O RESPEITO

À DIVERSIDADE? 91,8% 8,2%

Quando perguntada sobre cotas raciais, a comunidade escolar viu-se bastante

dividida, para uma grande maioria as cotas são formas de discriminar ainda mais.

Para 75% da comunidade escolar “ninguém nasce racista”, isto quer dizer que as

pessoas aprendem a ser racistas inclusive nas escola, infelizmente. Para 58,3%

nosso colégio não tem dado atenção para situações de discriminação. 85%

declararam ter estudado a história dos africanos e dos índios.

Diante do exposto, verificou-se a necessidade de ações afirmativas constantes

durante todo o ano letivo, tornando o trabalho com a temática de forma mais

consistente, independente apenas da Equipe Multidisciplinar.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CONSTITUIÇÃO FEDERAL. LEI No 10.639, DE 9 DE JANEIRO DE 2003. Disponível em:

http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2003/L10.639.htmAcesso em: 24/07/2015.

LEI Nº 11.645, DE 10 MARÇO DE 2008. Disponível em

http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2008/lei/l11645.htmAcesso em:

24/07/2015.

DIRETRIZES CURRICULARES ESTADUAIS. www.diaadiaeducacao.pr.gov.br

Projeto Político Pedagógicodo Colégio Estadual Albino Feijó Sanches, 2015.

Regimento Escolar da Escola Estadual Albino Feijó Sanches, 2015.

SILVÉRIO, V. R. Síntese da coleção História Geral da África: século XVI ao século

XX.Brasília: UNESCO, MEC, UFSCar, 2013.

_____________. Síntese da coleção História Geral da África: Pré-história ao século

XVI.Brasília: UNESCO, MEC, UFSCar, 2013.

JÚNIOR, J. G.; SILVA, G. L.; COSTA, P. A. B. Paraná Negro.Curitiba - PR, 2008.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Educação Escolar Quilombola: pilões,

peneiras e conhecimento escolar.SEED, 2010.

23.0 AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL

A fim de mobilizar e impulsionar a sociedade, foi criado o Plano de Metas que estabelece

um conjunto de diretrizes para que a União os estados, o Distrito Federal e os municipios,

em regime de colaboração, conjuguem esforços para superar a extrema desigualdade de

oportunidades existente em nosso país. O Plano tem por objetivo criar condições para

que cada brasileiro tenha acesso a uma educação de qualidade e seja capaz de atuar

critica e reflexivamente no contexto em que se insere, como cidadão cônscio de seu papel

num mundo cada mais globaslizado.

As metas do PDE (Plano de Metas) contribuiem para que as escolas e secretarias de

educação possam viabilizar o atendimento de qualidade ao alunos e necessário em

primeiro lugar, que as iniciativas do MEC possam beneficiar as crianças na sala de aula.

O IDEB é um dos eixos do PDE e permite realizar uma transparente prestação de contas

para a sociedade de como esta a educação em nossas escola. Assim, a avaliação passa

a ser a primeira ação concreta para se averir às metas do compromisso e receber o apoio

tecnico/ financeiro do MEC, para que a educação brasileira dê um salto de qualidade.

À avaliação da educação básica brasileira, evidenciou-se a necessidade de se apreender

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e analisar toda a diversidase e especificidades das escolas brasileiras. Em razão disso foi

criada as avaliações institucionais como: Prova Brasil,Saeb e ENEM.

ANEXOS