projeto polÍtico pedagÓgico - notícias · constante mudança. É um modelo social e educacional...
TRANSCRIPT
COLÉGIO ESTADUAL SÃO CARLOS DO IVAÍ – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIORua Men de Sá, 1022 – CEP: 87.770-000 – Telefone/Fax (44) 3438-1430
SÃO CARLOS DO IVAÍ – ESTADO DO PARANÁe-mail: [email protected]
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
São Carlos do Ivaí-Pr
Março/2007
SUMÁRIO
I. APRESENTAÇÃO ............................................................................... 3 II. INTRODUÇÃO .................................................................................. 4
1. IDENTIFICAÇÃO ......................................................................... 4 2. CARACTERIZAÇÃO GERAL ........................................................ 4 2.1. ASPECTOS HISTÓRICOS ........................................................ 4 2.2. ORGANIZAÇÃO DO ESPAÇO FÍSICO ...................................... 6 2.3. OFERTA DE CURSOS E MODALIDADES ................................ 8 2.4. RECURSOS HUMANOS ........................................................... 9
III. OBJETIVOS GERAIS ...................................................................... 10 IV. MARCO SITUACIONAL .................................................................. 11
1. DESCRIÇÃO E ANÁLISE DA REALIDADE ................................ 14 2. PERFIL DA COMUNIDADE ATENDIDA .................................... 14
V. MARCO CONCEITUAL .................................................................... 16 1. CONCEPÇÕES: ......................................................................... 16
VI. MARCO OPERACIONAL ................................................................ 18 1. GRANDES LINHAS DE AÇÃO ................................................... 18 2. PRINCÍPIOS DA GESTÃO DEMOCRÁTICA ............................... 20 2.1. ORGANIZAÇÃO INTERNA DA ESCOLA ................................ 20 2.3. CONCEPÇÃO DE CURRÍCULO .............................................. 22 2.4. CALENDÁRIO ESCOLAR ....................................................... 23 2.5. ORGANIZAÇÃO DO ESPAÇO FÍSICO E PEDAGÓGICO DA ESCOLA ........................................................................................ 23
VII. FORMAÇÃO CONTINUADA ......................................................... 25 VIII. AVALIAÇÃO DO PROJETO ........................................................... 27 IX. BIBLIOGRAFIA .............................................................................. 28 ANEXO I .............................................................................................. 30
I. APRESENTAÇÃO
Este documento contém o Projeto Político Pedagógico do
Colégio Estadual São Carlos do Ivaí – EFM, construído a partir do
diagnóstico da escola com a participação de todos envolvidos no processo
educativo: professores, funcionários, pais, alunos, serviços gerais e
instâncias colegiadas. É um projeto que nunca se pode dizer que está
totalmente concluído, pois há sempre o que aperfeiçoar, mudar,
realimentar de acordo com a necessidade do momento histórico. Nesse
sentido deve acompanhar as mudanças internas da organização escolar e
as suas transformações na esfera econômica, social, política, educacional,
ética e cultural.
Tal proposta vem delineando as formas de pensar, sentir e
conhecer o mundo e orientando o pensamento de uma geração em
constante mudança. É um modelo social e educacional que expressa as
nossas metas e propostas pedagógicas, levando-nos a refletir sobre os
fundamentos que normatizam o Projeto Político Pedagógico da escola e
sobre a dinâmica que se deve imprimir ao desenvolvimento curricular. É
com o Projeto Político Pedagógico que a escola assume sua autonomia,
sua identidade, sua postura educacional, enfim a sua função social. Torna-
se então necessário que o mesmo tenha clareza quanto à filosofia
educacional da escola e que defina ações concretas para o trabalho a ser
desenvolvido de forma a superar as dificuldades encontradas, buscando
assim diferentes alternativas que transformem o ambiente escolar num
lugar onde haja interação no processo de construção do conhecimento, o
qual deve acontecer de forma sistematizada, dinâmica e democrática,
garantindo assim não só o acesso do aluno à escola, mas também a sua
permanência.
II. INTRODUÇÃO
1. IDENTIFICAÇÃO
O Colégio Estadual São Carlos do Ivaí – Ensino Fundamental e
Médio, localiza-se à Rua Men de Sá, 1022, no município de São Carlos do
Ivaí, Estado do Paraná, telefone (44) 34381430, CEP: 87.770-000, e-mail:
[email protected] - NRE de Paranavaí.
2. CARACTERIZAÇÃO GERAL
2.1. ASPECTOS HISTÓRICOS
Foi fundado no ano de 1958, com o nome de Escola Regional
“Regente Feijó” pelo Decreto nº 26.797 de 30-08-58 fundada na gestão do
então Prefeito Municipal Waldomiro Roda, que contava na época com um
corpo docente de 1ª a 4ª séries, todos leigos e que precisavam estudar
um pouco para o aperfeiçoamento no magistério. O prefeito entrou em
contato com sua irmã Dirce Roda que trabalhava na Secretaria da
Educação na época, que tão prontamente interveio a favor e logo foi
instalado o Ensino Ginasial em nosso município. O Doutor Silas Piolli
(engenheiro) sempre deu muito apoio aos projetos do município e
colaborou na escolha do nome “Regente Feijó” por ter sido um homem
preocupado com a política e instrução das pessoas.
De 1.963 a 1.967 passou a denominar-se Escola Normal
Ginasial “Regente Feijó” pelo Decreto nº 8.120 de 22-12-67. Até esta data
a Escola funcionava em prédio cedido pelo Grupo Escolar Tiradentes.
Em 1.968 passou a denominar-se Ginásio Estadual “Regente
Feijó” já funcionando em prédio próprio.
Pelo Decreto nº 1.346 de 29-10-1979 foi reorganizado o
Ginásio Estadual Regente Feijó, Grupo Escolar Tiradentes e Escola de
Aplicação, constituindo assim a Escola São Carlos do Ivaí – Ensino de 1º
Grau.
Com a Resolução nº 2.426/82 de 07-10-1982 foi autorizado o
funcionamento do Colégio São Carlos do Ivaí – Ensino de 1º e 2º Graus,
que logo em seguida passou a denominar-se Colégio Estadual São Carlos
do Ivaí – Ensino de 1º e 2º Graus através da Resolução nº 1.650/83 de 10-
05-1983.
Com a Resolução nº 3.120/98 de 31-08-1998 e a Deliberação
nº 003/98 de 02-07-1998, passou a denominar-se Colégio Estadual São
Carlos do Ivaí – Ensino Fundamental e Médio
Foram diretores deste Estabelecimento:
1960 – Nélida R. Sampaio
1961 a 1964 Yolanda Navarro
1965 – Aparecida Gonzaga Baroni
1966 – 1967 Maria Ignês Guagliotti Vieira
1968 – Ilo Francisco João Theisan
1969 – 1970 Irene do Carmo de Castro
1971 – 1974 - Paulo Figura
1975 - Euripes Farina
1976 – 1983 Arlindo José Flores
1984 - Maria Martins de Pádua]
1985 – Arlindo José Flores
1986 - 1989 – Luiz Carlos Fernandes Pereira
1990 - 1993 – Arlindo José Flores
1994 - 1995 – Luiz Carlos Fernandes Pereira
1996 - 2001 – Hilda Filomena Magnani
2002 - 2003 - Paulo Sérgio Filipim
2004 - 2005 - Paulo Sérgio Filipim
2005 - 2006 - Paulo Sérgio Filipim
2006 - 2008 - Paulo Sérgio Filipim
2.2. ORGANIZAÇÃO DO ESPAÇO FÍSICO
O Colégio Estadual São Carlos do Ivaí – Ensino Fundamental e
Médio compreende uma área total de 15.211,00 m2 sendo estes divididos
em: 4.413,17 m2 de área construída e 10.797,83 m2 de área livre.
Dentro da área construída contamos com 23 salas de aula,
sendo as mesmas divididas pelos educandos da rede estadual e municipal
de ensino, por este motivo encontramos dificuldades em acomodar os
alunos, com salas super lotadas e falta de carteiras principalmente no
início do ano onde temos que remanejar de outras entidades.
Salas Específicas:
01 laboratório de ciências;
01 sala de informática adaptada;
01 sala de vídeo adaptada;
01 biblioteca (que está a disposição dos alunos nos três
períodos, possuindo um acervo bibliográfico desatualizado);
01 sala (utilizada pela rede municipal de ensino como
Coordenação, Supervisão e Orientação escolar);
02 salas para direção (uma utilizada pela rede estadual e
outra pela rede municipal de ensino);
02 salas para secretaria (uma utilizada pela rede estadual e
outra pela rede municipal de ensino);
01 sala para os Professores Pedagogos de 5ª a 8ª séries e
Ensino Médio;
01 sala para professores;
01 sala de materiais didáticos inadequados ao número de
professores;
04 banheiros coletivos (insuficientes);
01 quadra coberta necessitando de reforma e sendo utilizada
pelos alunos de rede estadual, municipal de ensino e
comunidade em geral.
01 quadra ao ar livre, necessitando de cobertura.
01 refeitório. O Colégio Estadual utiliza o refeitório em
parceria com a Escola Municipal, pois o mesmo foi construído
em terreno estadual, porém com recursos do município.
Como recursos técnicos e áudio visual a escola tem:
05 televisores;
04 vídeos cassetes;
02 retroprojetores;
01 episcópio (para uso noturno, pois nossa sala de vídeo não
está adequada ao uso);
01 mimeógrafo a tinta;
02 mimeógrafos a álcool;
07 computadores;
06 impressoras;
02 telões;
03 caixas de som;
01 microfone;
04 rádios com CD e caixa acústica;
01 acervo de 320 fitas de vídeos;
01 DVD
2.3. OFERTA DE CURSOS E MODALIDADES
O Colégio Estadual São Carlos do Ivaí, oferta Ensino
Fundamental de 5ª a 8ª séries e Ensino Médio, nos turnos matutinos das
07:30h às 11:50h, no vespertino das 12:50h às 17:10h e noturno das
19:00h às 23:10h; mantido pelo Governo do Estado; adota o Regime de
Seriação Anual, considerando o período letivo de 800 (oitocentas) horas,
num total de 200 (duzentos) dias letivos previstos em calendário escolar,
e em consonância com a LDB nº. 9394/96, funcionando o período
matutino com 01 (uma) turma de 5ª série, 02 (duas) turmas de 6ª séries,
03 (três) turmas de 7ª séries e 03 (três) turmas de 8ª séries, 01 (uma)
turma de 1ª série – Ensino Médio, e no período vespertino com 04
(quatro) turmas de 5ª séries, 02 (duas) turmas de 6ª séries, atendendo
um total de 545 alunos.
Temos (01) uma Sala de Apoio à Aprendizagem para as 5ªs
séries, no período da tarde, nas disciplinas de Língua Portuguesa e
Matemática, funcionando desde 2004.
A partir deste ano (2006) contamos com uma sala de recursos,
que atende 15 alunos de 5ª a 8ª séries. E uma sala de Centro de
Atendimento Especializado (CAE) – que atende alunos 03 alunos.
No Ensino Médio período noturno, conta com 02 (duas)
turmas de 1ª série, 02 (duas) turmas de 2ª série e 01 (uma) turma de 3ª
série, perfazendo um total de 182 alunos.
As aulas estão distribuídas nos seguintes horários:
Período matutino:
Ensino Fundamental
1ª aula 07:30h às 08:20h
2ª aula 08:20h às 09:10h
3ª aula 09:10h às 10:00h
4ª aula 10:10h às 11:05h
5ª aula 11:05h às 11:50h
Período vespertino:
Ensino Fundamental
1ª aula 12:50h às 13:40h
2ª aula 13:40h às 14:30h
3ª aula 14:40h às 15:30h
4ª aula 15:30h às 16:20h
5ª aula 16:20h às 17:10h
Período noturno:
Ensino Médio
1ª aula 19:00h às 19:50h
2ª aula 19:50h às 20:40h
3ª aula 20:40h às 21:30h
4ª aula 21:40h às 22:25h
5ª aula 22:25h às 23:10h
2.4. RECURSOS HUMANOS
De acordo com o número de alunos matriculados (730),
contamos com 01 diretor com carga horária de 40 horas, 01 diretor
auxiliar com 20 horas. Como o Colégio funciona em três períodos, a
Equipe Pedagógica é formada de 03 pedagogos, sendo distribuídos essa
carga-horária nos três turnos. O corpo administrativo é composto de 05
funcionários com 40 horas cada. Na função de serviços gerais, temos 07
funcionárias, com carga-horária de 40 horas cada. Contamos ainda, com
01 agente de execução que atende vários municípios pertencentes ao
Núcleo Regional de Educação (NRE) e o seu trabalho se resume em 16
horas semanais neste Estabelecimento de Ensino. O nosso corpo docente
está constituído de 28 profissionais da educação, sendo 86,43% pós-
graduados.
III. OBJETIVOS GERAIS
O Projeto Político Pedagógico tem por objetivo, o
desenvolvimento de uma consciência crítica, envolvendo escola e
sociedade de forma ampla, estendida a todos os segmentos, fazendo com
que os mesmos participem e cooperem das várias atividades propostas
tanto pelos docentes e discentes como a comunidade em geral. Só assim
teremos, como produto do projeto, a autonomia, responsabilidade e
criatividade, conduzindo os nossos educandos na busca do conhecimento
e preparação para a vida independente da sua condição sócio-econômico,
ou outras limitações. Deve-se usar todo tipo de linguagem para uma
comunicação clara e precisa, que estão assegurados conforme a Lei
9394/96 que rege as Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) que
prevê entre as incumbências da União, estabelecer em colaboração com
os Estados, Distrito Federal e os municípios, competências e diretrizes
para a Educação Infantil, o Ensino Fundamental e o Ensino Médio, que
nortearão os currículos e seus conteúdos mínimos, de modo a assegurar a
formação básica comum, através dos seguintes objetivos:
Fortalecer o grupo para enfrentar conflitos e contradições;
Resgatar a intencionalidade da ação educativa;
Superar o caráter fragmentado das práticas educativas
efetivando assim a aprendizagem;
Envolver a participação de todos na gestão democrática;
Cumprir a legislação vigente, LDB 9394/96, que determina a
todas as instituições escolares a elaboração e execução do Projeto Político
Pedagógico.
IV. MARCO SITUACIONAL
O Brasil é um país de contrastes e tem passado nas últimas
décadas, por intensas transformações. Os últimos dados referentes à
mobilidade populacional brasileira reflete uma mudança no ritmo e nas
direções seguidas pelos fluxos populacionais, ao mesmo tempo que houve
uma estabilização no ritmo do fluxo em direção às regiões norte e centro
oeste. Há um incipiente movimento populacional dos grandes centros em
direção as pequenas e médias cidades do interior.
Este movimento já se faz sentir em nossa comunidade, que
tem recebido pessoas oriundas de outros centros. Alguns destes são
pessoas que ao se aposentarem, procuram uma melhor qualidade de vida.
Outros procuram fugir do desemprego e falta de oportunidades.
Ora, estas pessoas trazem novas experiências nem sempre
positivas. Dessa forma, começamos, há alguns anos, a conviver com
problemas relativos ao tráfico de drogas, assaltos e outros tipos de
violência até então ausentes em nossa comunidade.
Os contrastes vividos pela sociedade brasileira, com sua
diversidade cultural e étnica, sua disparidade gritante entre níveis de
renda, sua base física de dimensões continentais, não poderiam deixar de
se manifestar na escola. Atualmente, considera-se a Educação um dos
setores mais importantes para o desenvolvimento de uma nação. É
através da produção de conhecimentos que um país cresce, aumentando
sua renda e a qualidade de vida das pessoas. Embora o Brasil tenha
avançado neste campo nas últimas décadas, ainda há muito para ser feito.
A Escola ou a Faculdade tornaram-se locais de grande importância para a
ascensão social e muitas famílias tem investido muito neste setor.
Pesquisas na área educacional apontam que um terço dos
brasileiros freqüentam diariamente a escola (professores e alunos). São
mais de 2,5 milhões de professores e 57 milhões de estudantes
matriculados em todos os níveis de ensino. Estes números apontam um
crescimento no nível de escolaridade do povo brasileiro, fator considerado
importante para a melhoria do nível de desenvolvimento de nosso país.
Uma outra notícia importante na área educacional diz respeito
ao índice de analfabetismo. Recente pesquisa do PNAD - IBGE mostra uma
queda no índice de analfabetismo em nosso país nos últimos dez anos
(1992 a 2002). Em 1992, o número de analfabetos correspondia a 16,4%
da população. Esse índice caiu para 10,9% em 2002. Ou seja, um grande
avanço, embora ainda haja muito a ser feito para a erradicação do
analfabetismo no Brasil.
Esta queda no índice de analfabetismo deve-se,
principalmente, aos maiores investimentos feitos em educação no Brasil
nos últimos anos. Governos Municipais, Estaduais e Federais tem
dedicado uma atenção especial a esta área. Programas de bolsa educação
tem tirado milhares de crianças do trabalho infantil para ingressarem nos
bancos escolares. Programas de Educação de Jovens e Adultos (EJAs)
também tem favorecido este avanço educacional. Tudo isto, aliado a
políticas de valorização dos professores, principalmente em regiões
carentes, tem dado resultados positivos.
Outro dado importante é a queda no índice de repetência
escolar, que tem diminuído nos últimos anos. Este quadro tem mudado
com reformas no sistema de ensino, que está valorizando cada vez mais o
aluno e dado oportunidades de recuperação.
A LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação) 9394/96, trouxe
um grande avanço no sistema de educação de nosso país. Esta lei visa
tornar a escola um espaço de participação social, valorizando a
democracia, o respeito, a pluralidade cultural e a formação do cidadão. A
escola ganhou vida e mais significado porque tem a responsabilidade de
promover, de forma ordenada, o aprimoramento intelectual da sociedade,
levando em conta os contrastes do meio onde está inserida.(Fonte:
http://www.suapesquisa.com/educacaobrasil).
No Estado do Paraná, nos últimos anos, é constante a
preocupação com a formação continuada, só que ao mesmo tempo que
acrescenta muito aos professores em termos de crescimento em sua
profissão, vemos que está se distanciando da base que é a firme proposta
de formar educandos que sinta-se inserido na sociedade sem medo, nem
culpa de buscar o crescimento individual e coletivo, um indivíduo
instrumentalizado para o domínio e controle das variadas práticas. A
escola busca oferecer o conhecimento de homem, de mundo e de
qualidade de vida, dependendo dos profissionais da Educação.
O município de São Carlos do Ivaí, que possui um IDH de
0,738, abaixo do IDH do Estado (0,786) e País (0,757), conta com um
sistema educacional com a seguinte base: 04 escolas - contamos com 01
Centro de Educação Infantil (creche), que atende cerca de 120 crianças,
01 escola de Educação Infantil e Ensino Fundamental até a 4ª série que
atende 564 alunos, 01 escola estadual que atende cerca de 730 alunos e
01 particular que atende cerca de 60 alunos, onde nos defrontamos com
uma realidade crítica que exige reflexão e discussão sobre os problemas
da sociedade e da educação tais como: habitação, saúde, famílias com
baixa renda, famílias desestruturadas, cabendo ainda ressaltar que a
nossa comunidade já enfrenta dificuldades com drogas, vícios (alcoolismo
e fumo), gravidez precoce, bem como o desemprego que levam a maioria
das famílias (60%) sobreviverem de uma renda mensal insuficiente para
se ter uma vida digna e de qualidade. O nível de escolaridade da
população é baseado na sua maioria no Ensino Fundamental (55%),
poucos com o Ensino Médio (20%) e a minoria com Ensino Superior (5%),
tendo assim como aspecto negativo a evasão escolar e a repetência
devido ao trabalho braçal que é a única fonte de sobrevivência da
população da nossa comunidade. O município oferta programas como
Bolsa Família (Peti) para amenizar esta situação ora vivida, e também
proporciona atividades de aprendizado em outros programas como o
Projeto Piá que atende crianças de 07 a 14 anos, ofertando aulas de
violão, culinária, artesanato em geral e fabricação de velas e a Casa do
Trabalhador que atende educandos de 09 a 18 anos oferecendo cursos
profissionalizantes como: Informática, corte-costura, manicuro e
pedicuro, culinária básica e industrial, pintura em tecido e tela, oratória,
confecção de bijuterias, encanador, eletricista, decoração de bolos,
economia doméstica, relações humanas, entre outros.
Para tanto a escola procura desenvolver projetos de forma
comprometida com os interesses e anseios das camadas populares,
incluindo educandos com necessidades especiais, ofertando como
alternativa a sala de apoio, centro de atendimento especializado (CAE),
sala de recursos, porque queremos uma sociedade participativa em todos
os segmentos, onde se tem a liberdade de expressão mas com respeito
aos direitos de cada um ou de cada linha de ação, preservando assim os
limites de igualdade independente de raça, cor ou credo religioso.
1. DESCRIÇÃO E ANÁLISE DA REALIDADE
A escola hoje procura envolver todos os segmentos na
construção do Projeto Político Pedagógico possível e sempre
aperfeiçoável, para consolidar a Escola como o lugar central da educação
numa visão descentralizada, considerando-se a necessidade do
fortalecimento das relações entre a escola e o sistema de ensino, para a
consolidação da escola cidadã, só que os direitos são reconhecidos como
naturais mas não são assegurados seus exercícios como cidadão.
As ações da escola estão seguindo a formação que é dada aos
trabalhadores que nela atuam. Sua ação pedagógica está girando numa
velocidade onde o tempo não é percebido. A impressão que se tem é que
fugiu-se de tudo que alicerçava a Escola Pública, “o Aprender”.
Precisamos parar um pouco e olhar para a educação que sustenta o País.
A diversidade cultural brasileira sempre foi um desafio para a formação
unificada dos educandos e educadores.
2. PERFIL DA COMUNIDADE ATENDIDA
A comunidade escolar atendida é composta de 90% de
educandos advindos de famílias humildes, trabalhadores do corte e
plantio de cana, olaria, bóias-frias, lavrador que possuem a televisão e a
escola, basicamente como únicos meios de informação.
Temos uma população estável, mas que começa a receber
famílias vindas de grandes centros, aumentando assim a nossa população,
que sofre as conseqüências econômicas e sócio-culturais, além do
problema da falta de habitação e o desemprego, tendo que se adaptar a
um nível salarial baixo e com poucas opções de lazer. São varias
instituições religiosas que atendem a diversidade espiritual da
comunidade.
Nem todos os alunos pertencem a família com pais e mães,
com recursos suficientes para uma vida digna. Normalmente, verificam-se
situações diversas: os pais estão separados e o aluno vive com um deles;
o aluno é órfão; o aluno vive num lar desunido; o aluno vive com algum
parente, etc. Sendo assim, todos os esforços são despendidos para uma
melhoria da qualidade de vida o que, muitas vezes gera tensões e
conflitos para a criança que se depara com duas realidades diferentes: de
um lado, a família desestruturada e de outro, a escola que exige
cumprimento de normas. Pode-se dizer então, que a escola tem buscado
de várias maneiras promover a inclusão dessa diversidade cultural,
religiosa, sócio-econômica, na tentativa de diminuir essa dicotomia.
O Colégio Estadual realiza na semana da Pátria, atividades
culturais e esportivas, as quais integram alunos, professores e
comunidade escolar e as famílias.
Ainda em relação à cultura há uma parceria anual entre a
Escola Municipal e o Colégio Estadual, no sentido de promover a festa
junina, a qual já é tradição, pois nessa oportunidade são valorizados os
costumes, as comidas, as músicas, as danças típicas (caipira). Essa tipa
de festa é promovida em datas diferente por outras entidades
filantrópicas do município.
Além disso, o município promove, sob a coordenação da igreja
católica à festa do Padroeiro São Carlos Borromeu, precisamente no mês
de junho. Também são realizadas a cavalgada no dia 12 de outubro, onde
se homenageia a Padroeira do Brasil Nossa Senhora Aparecida e o Rally
Ecológico no Rio Ivaí, com o objetivo de conscientizar a população da
importância da preservação do rio bem como de sua margem.
Em relação ao esporte, o município desenvolve um projeto
esportivo que contempla diversas modalidades, entre elas, atletismo,
voleibol, handebol, futebol de salão e de campo. Com esses treinamentos
os alunos se preparam para participar dos campeonatos que acontecem
ao longo do ano: campeonato de férias (futsal); campeonato suíço e
campeonato varzeano (futebol de campo). A comunidade conta ainda com
a atuação de profissionais da área de Educação Física que desenvolvem
os projetos esportivos já citados, bem como o ensino de xadrez. Ainda
neste sentido, a Colégio oportuniza a 200 alunos a participação no
Projeto 2º Tempo.
V. MARCO CONCEITUAL
1. CONCEPÇÕES:
Formar o ser humano pleno, um cidadão consciente e atuante,
deve ser a principal tarefa da escola ao considerar que a vida é um
grande aprendizado. Na escola também aprendemos a buscar
alternativas de trabalho e vida social. Se, efetivamente aspiramos uma
sociedade justa, igualitária e democrática, necessariamente devemos
exercitar estes princípios no cotidiano da escola e da vida, pois o ensino
aprendizagem faz o educando conhecer-se e conhecer o porquê das
coisas no meio em que vive.
Queremos uma sociedade esclarecida, crítica a ponto de
discutir/debater os problemas existentes em torno da escola; indivíduos
que através do conhecimento possa pensar global e agir local, mudando
por exemplo, hábitos e costumes da sociedade capitalista, consumista,
devastadora dos recursos naturais, sendo assim, sujeitos que não fazem a
crítica pela crítica, mas sim indivíduos que pela vivência de conteúdos
“selecionados” praticados nos bancos escolares possam por em prática e
vencer a desigualdade social.
Da convivência social esteada no perfeito entendimento não
só entre representantes de diferentes gerações, mas igualmente entre
valores diversos no pensamento e na ação, alonga-se o entendimento
comum entre elementos representativos de várias épocas e não apenas
portadores de diferentes idéias, de modo a criar o mais autêntico
ambiente de entendimento e, sobretudo, de compreensão, priorizando
assim a qualidade de ensino com recursos necessários, professores
capacitados, apoio pedagógico, formando cidadãos conscientes,
responsáveis, críticos e participativos, além de preparados para ingressar
no curso superior, sem deixar de lado a prática do ensino artístico e
cultural, podendo assim trabalhar com os alunos o conhecimento
específico de cada disciplina e fazer com que esse conhecimento os ajude
a enfrentar e superar possíveis situações relacionando as informações
obtidas pelos mesmos, em seu dia-a-dia.
Enfim, utilizar o conhecimento científico em consonância com
o conhecimento popular para de fato, haver a transformação, melhorando
a sociedade.
Discutindo os saberes que fazem parte da construção do
educando como ser humano, que pode cada vez mais aprender e ensinar.
Repensar a história que constrói a escola, sua função e seu objetivo de
formação de seres que organiza, constrói, se constrói e escolha bem a
melhor maneira de viver socialmente. Por isso, coletivamente devemos
ter condições de decidir o que se considera significativo que os
educandos aprendam. Um currículo que alcance os saberes em sua esfera
ambiental, que forma e transforma estes saberes em ação dentro da
família e comunidade.
Só assim poderemos repensar no nosso sistema de avaliação
onde não apenas o aluno seja avaliado, mas também o trabalho dos
profissionais da educação, da escola e do sistema de ensino. Sendo a
avaliação um processo amplo e complexo que exige atualmente um novo
posicionamento do professor e do aluno, pois ela é quem fornece ao
professor um suporte para melhorar a qualidade do ensino aprendizagem
e rever a prática pedagógica que possibilite ao aluno a construção do seu
conhecimento. Nesse sentido, a avaliação assume um caráter, dinâmico e
cooperativo, que acompanha toda a prática pedagógica e requer a
participação de todos os envolvidos (aluno, professor, escola, sistema de
ensino) no processo educacional.
Dessa forma, estaremos contribuindo para mudanças na
melhoria do processo ensino-aprendizagem.
VI. MARCO OPERACIONAL
1. GRANDES LINHAS DE AÇÃO
Uma das preocupações constante da escola é oferecer aos
educandos um ensino-aprendizagem de qualidade.
Esse processo consiste basicamente, centrado no professor e
aluno, cuja transformação acontecerá no interior da realidade humana,
que historicamente a constituiu. A escola embora não seja a única
instância de transmissão do conhecimento é, por excelência a instituição
incumbida disto. A posse desses conhecimentos, oportunizam outras
formas de ver e compreender o mundo, abrindo possibilidades de
mudanças no cotidiano das pessoas.
Dessa forma, para que essas linhas de ações sejam colocadas
em prática se faz necessário:
• Que a escola esteja voltada para a formação integral do
ser humano, nas questões científicas, o que levaria à
transformação da realidade da qual está inserido;
• Que a escola basei-se na gestão democrática que atenda
às necessidades individuais e respeite a diversidade;
• Que a escola consiga a permanência de seus alunos no
espaço de aprendizagem;
• Que a escola não seja só obrigatória e gratuita, mas
também de qualidade que tenha profissionais
comprometidos com o processo de ensino-aprendizagem;
• Que a escola resgate e conserve os princípios e valores
humanos;
• Que a escola estreite a distância que há entre escola X
família;
• Que a escola seja direito do cidadão e dever do estado;
• Que a escola construa coletivamente o trabalho
pedagógico;
• Que a escola aponte elementos sobre a identidade dos
trabalhos da educação no mundo atual, buscando sentidos
e significados que reafirmem novos princípios e indiquem
caminhos. Insistimos em escola como território de luta.
Contra a discriminação, a exclusão, a ignorância, entre
outros;
• Que a escola ofereça suporte técnico, pedagógico e
financeiro.
Sendo a escola o lugar de concepção, realização e avaliação
de seu projeto educativo, e que necessita organizar seu trabalho
pedagógico com base em seus princípios, torna-se fundamental que os
educandos tenham:
1. A liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a
cultura, o pensamento, a arte e o saber, seja um princípio
básico de toda a comunidade escolar;
2. A igualdade de condições para acesso e permanência na
escola;
3. O pluralismo de idéias e concepções pedagógicas;
4. O respeito à liberdade e apreço à tolerância;
5. A gratuidade do ensino público em estabelecimento oficiais;
6. A valorização do profissional da educação;
7. A gestão democrática do ensino público, na forma desta lei
9394/96 e da legislação do sistema de ensino;
8. Valores éticos como tolerância, respeito, justiça,
responsabilidade, paz sejam buscados por toda a comunidade
escolar;
9. A inclusão de todos os que estejam excluídos pelas
necessidades educativas especiais, condições sócio-
econômicas, discriminações étnico-raciais e tantas outras
sejam buscadas por toda a comunidade escolar;
10. A garantia do padrão de qualidade;
11. A valorização da experiência extra-curricular;
12. A vinculação entre a educação escolar, o trabalho e as
práticas sociais.
2. PRINCÍPIOS DA GESTÃO DEMOCRÁTICA
2.1. ORGANIZAÇÃO INTERNA DA ESCOLA
A Direção deve administrar e acompanhar o trabalho
pedagógico, procurando sempre oferecer meios, para a realização das
atividades propostas, além de gerenciar juntamente com a equipe
administrativa, toda a parte financeira e jurídica da escola.
Os Professores Pedagogos devem assessorar os professores,
ouvindo, orientando e procurando apoiar o grupo nas suas necessidades,
principalmente atento aos problemas do educando, buscando através do
diálogo e técnicas, ajudar alunos e pais a encontrarem soluções para os
problemas detectados, são responsáveis ainda pela coordenação,
implantação e implementação no Estabelecimento de Ensino das ações
pedagógicas emanadas da Secretaria de Estado da Educação.
Professor – Cabe ao professor estabelecer e participar do
processo de ensino/aprendizagem visando sempre a aquisição do
conhecimento do educando, promovendo também um bom
relacionamento cooperativo de trabalho tanto em sala de aula como entre
os educadores, resguardando e assegurando os direitos e deveres de
todos os envolvidos no processo educacional.
Funcionários – A equipe administrativa, é o setor que serve de
suporte ao funcionamento de todos os setores do Estabelecimento de
Ensino, proporcionando condições para que os mesmos cumpram suas
reais funções, zelando pela identidade e da regularidade da vida escolar
do educando, da autenticidade dos documentos escolares, referentes a
matrícula, transferência, adaptação e conclusão de curso, como também
pela conservação dos bens materiais. A equipe de Serviços Gerais tem ao
seu encargo o serviço de manutenção, preservação, segurança e merenda
escolar do Estabelecimento de Ensino, sendo coordenado e
supervisionado pela Direção e Equipe Pedagógica.
Pais – É de responsabilidade dos pais acompanhar seus filhos
no ensino/aprendizagem e de comparecer ao Estabelecimento de Ensino
todas as vezes que for solicitados ou convocados.
Alunos – Compete aos alunos seguir as normas vigentes do
Estabelecimento de Ensino, como também participar de todas as
atividades escolares e de tomar conhecimento de todo o processo
ensino/aprendizagem e a do seu rendimento escolar.
Biblioteca – A Biblioteca constitui-se em um espaço
pedagógico, cujo acervo está à disposição de toda a comunidade escolar,
e o seu regulamento será elaborado pelo responsável, sob a orientação da
Equipe Pedagógica com aprovação da Direção e do Conselho Escolar.
2.2. O PAPEL DAS INSTÂNCIAS COLEGIADAS
Conselho de Classe – É um órgão colegiado de natureza
consultiva e deliberativa em assuntos didáticos-pedagógicos, com atuação
restritiva as 21 turmas do Estabelecimento de Ensino, tendo por objetivo
avaliar o processo ensino/aprendizagem na relação professor/aluno e os
procedimentos adequados a cada caso.
Conselho Escolar – O Conselho Escolar é um órgão colegiado,
representativo da Comunidade Escolar, de natureza deliberativa,
consultiva, avaliativa e fiscalizadora, sobre a organização e a realização
do trabalho pedagógico e administrativo da instituição escolar em
conformidade com as políticas e diretrizes educacionais da SEED,
observando a Constituição, a LDB, o ECA, o Projeto Político-Pedagógico e
o Regimento Escolar, para o cumprimento da função social e específica
da escola.
O Conselho Escolar não tem finalidade e/ou vínculo político-
partidário, religioso, racial, étnico ou de qualquer outra natureza, a não
ser aquela que diz respeito diretamente à atividade educativa da escola,
prevista no seu Projeto Político-Pedagógico.
Associação de Pais, Mestres e Funcionários (APMF) – É uma
associação que ajuda a manter a qualidade na educação, interferindo nas
decisões da escola, proporcionando também, segurança e divisão de
tarefas e responsabilidades entre os membros e direção, ajuda ainda
angariar recursos financeiros, servindo como base das necessidades da
escola.
Grêmio Estudantil – Busca alternativas para melhoria e bem
estar do Colégio, promovem eventos, auxiliam na organização do dia-a-dia
escolar.
2.3. CONCEPÇÃO DE CURRÍCULO
Currículo – É um importante elemento constitutivo da
organização escolar. O Currículo implica, necessariamente, a interação
entre sujeitos que têm o mesmo objetivo e a opção por um referencial
teórico que o sustente, de forma com que venha dar sustentação ao
ensino/aprendizagem. (Ilma Veiga)
2.4. CALENDÁRIO ESCOLAR
Calendário Escolar – A Direção juntamente com a equipe
pedagógica, professores, funcionários e o conselho escolar após receber o
calendário da SEED, realizam as mudanças necessárias ao referido
calendário de acordo com as datas comemorativas municipais
(aniversário da cidade e o dia do padroeiro), visando a adequação do
mesmo e encaminhado ao Núcleo Regional de Educação-Paranavaí,
sempre obedecendo à legislação vigente.
O Calendário Escolar fixará:
a) Início e término do ano letivo;
b) Dias para encontros pedagógicos;
c) Dias destinado à reuniões de Conselho de Classe;
d) Férias do professor e aluno;
e) Feriados oficiais;
f) Recessos.
2.5. ORGANIZAÇÃO DO ESPAÇO FÍSICO E PEDAGÓGICO DA
ESCOLA
Critérios para utilização do Laboratório de Ciências –
Normalmente é utilizado sempre que os professores das disciplinas de
ciências, química, física e biologia, ministram suas aulas e observam que
com a prática os educandos obtêm um desempenho satisfatório no
processo ensino-aprendizagem. As visitas no laboratório são agendadas
previamente pelos professores, juntamente com o profissional (Agente de
Execução) que por sua vez colabora com os professores na preparação
das atividades.
Laboratório de Informática – O professor utiliza como fonte de
recursos para pesquisa dos conteúdos ministrados em sala de aula, vindo
acrescentar nas suas ações de trabalho, sendo previamente agendado por
um responsável (técnico administrativo), porém, só é permitido a
utilização do mesmo com o acompanhamento do professor responsável
pela turma. Com isso o educando tem a oportunidade de estar buscando
conhecimento, utilizando sempre deste instrumento como alternativa
para a melhoria do aprendizado.
Quadra de Esportes – O Estabelecimento de Ensino possui 02
(duas) quadras de esportes, sendo utilizada pelo professor para a prática
da disciplina de Educação Física.
Sala de Vídeo – É realizado um agendamento com
antecedência com um responsável (técnico administrativo) e o professor
acompanha os alunos, utilizando-o como recurso estratégico em todas as
áreas, sempre que surgir assuntos de relevante importância.
Sala de Apoio – É a oportunidade concedida pelo Governo do
Estado do Paraná, aos nossos educandos das 5as séries com dificuldades
de aprendizagem, visando assim a recuperação de alunos com defasagem
de conteúdos dos anos iniciais do Ensino Fundamental em Língua
Portuguesa e Matemática.
Centro de Atendimento Especializado (CAE) – É a
oportunidade dos educandos portadores de deficiências auditivas, e que
apresentam problemas de aprendizagem com atraso significativo, de
complementarem a escolarização bem como, proporcionar atividades
específicas de acordo com as dificuldades de cada um, para que o mesmo
se sinta integrado na comunidade afim de que sintam-se favorecidos pelo
programa ofertado.
Critérios para a organização das turmas – Normalmente as
turmas de 5as séries são formadas, após uma conversação com a Equipe
Pedagógica e Professores de 1ª/4ª séries, para obter um conhecimento
melhor sobre a realidade dos educandos com os quais vamos trabalhar.
Quanto as demais turmas, respeitamos a ordem de chegada e muitas
vezes recorremos aos professores do ano anterior para a separação das
pastas de matrículas de forma homogênea, facilitando assim a melhoria
da qualidade de ensino.
Avaliação – A avaliação deve ser entendida como um dos
aspectos do ensino pelo qual o professor estuda e interpreta os dados da
aprendizagem e do seu próprio trabalho, com a finalidade de acompanhar
e aperfeiçoar o processo de aprendizagem dos alunos, bem como
diagnosticar seus resultados. Esses resultados serão comunicados aos
pais em reuniões bimestrais, anotações nos cadernos, bilhetes
informando a freqüência e o rendimento escolar do aluno através do
professor e da Equipe Pedagógica. Os critérios de avaliação e o
aproveitamento escolar serão elaborados em consonância com a
organização curricular do Estabelecimento de Ensino.
VII. FORMAÇÃO CONTINUADA
Hoje, diante da nossa realidade social e cultural, se faz
necessário preparar todos os profissionais inseridos no processo
educativo para que sua formação e desempenho siga em busca de uma
efetiva aprendizagem (concepção neo-liberal).
Assim, se faz necessário a contextualização dos conteúdos, ou
seja, ensinar vinculando os conhecimentos ao seu dia-a-dia e ao mundo do
trabalho. Também, surge a importância da interdisciplinaridade na
organização escolar. O que se busca com isso é, de modo geral, o
estabelecimento de uma intercomunicação efetiva entre as disciplinas,
por meio de enriquecimento das relações entre elas.
Para tanto, está previsto no calendário escolar (curso de
capacitação), onde os professores são convocados a comparecerem a fim
de receberem informações precisas que a direção e equipe pedagógica,
orientados pelo N.R.E. fazem o repasse de maneira que venha a auxiliá-
los no decorrer do ano letivo. Além disso, terão conhecimento sobre as
normas previstas no Estatuto do Magistério, artigos nº. 54 e 64 que
regem os direitos e deveres dos profissionais da educação.
Diante dessa necessidade é preciso que se garantam jornadas
com tempo para estudo, leitura e discussão entre professores, os quais
serão possíveis se em nosso calendário escolar constar um dia por mês
destinado a essa prática, onde além de promover a integração entre os
educadores promoverá a interdisciplinaridade. Isto já está ocorrendo de
forma semanal (horas atividades) por disciplina, em que os professores
discutem os seus projetos de trabalho, pesquisando e melhorando seus
conhecimentos, preparando suas aulas, corrigindo avaliações, procurando
também colocar em pauta com a Equipe Pedagógica os seus anseios e
situações problemas vividos no dia-a-dia.
É importante, e de interesse dos professores que a Escola
junto ao N.R.E. e SEED ofereçam encontros na forma de cursos de
capacitação, nos quais os professores tenham acesso às informações mais
atualizadas na área de Educação e em suas respectivas área de ensino
para que, dessa forma, possam ser elaborados e reelaborados pela equipe
escolar projetos interdisciplinares e pelos docentes projetos disciplinares.
Bom seria se todos os envolvidos no estabelecimento escolar
participassem de cursos de aperfeiçoamento, cada um em seus
respectivos cargos – merendeiras, serviços gerais, secretaria – para que
todos tivessem oportunidades de aprimorar e melhorar suas funções.
Com o avanço da tecnologia nos dias atuais e da rapidez com
que as informações podem chegar até nós, será importante a realização
de cursos de aperfeiçoamento tecnológico (informática aplicada à
Educação, Internet) para todas as áreas.
Contudo, para que a proposta pedagógica seja um processo
vivo de formação continuada é preciso uma mudança de cultura e de
postura profissional, onde todos estejam compromissados e com interesse
na Educação.
VIII. AVALIAÇÃO DO PROJETO
Avaliar é – cedo ou tarde – criar hierarquias de excelência, em
função das quais se decidirão a progressão no curso seguido, a
certificação antes da entrada no mercado de trabalho, e freqüentemente,
a contratação. (PERRENOUND).
Partindo do princípio de que avaliar é levantar informações,
dados, qualidade, quantidade, e que não é um fim e sim, um processo que
contribui para a excelência do que é produzido, que a avaliação deve
existir, seja no âmbito escolar, social, político ou outro segmento.
No que diz respeito à Escola, a avaliação deve ser uma
engrenagem no seu funcionamento didático e, mais globalmente na
interação entre seus membros (professor x direção x aluno x funcionários
x pais x comunidade) e com isso gerar mudanças, adaptações e o
crescimento de qualidade de ensino oferecido.
Para tanto, o Projeto Político Pedagógico nasceu da
necessidade de se manter mais transparente possível as ações da
comunidade escolar, tanto no plano pedagógico como na administração.
Pois, o compromisso com a construção da cidadania pede,
necessariamente, uma prática educacional voltada para a compreensão
da realidade social, dos direitos e da responsabilidade em relação à vida
social e coletiva daqueles que nela estão inseridos.
É fundamental citar que um dos fatores mais importantes,
deste projeto é a participação de todos na sua construção, bem como a
determinação de caminhos e objetivos viáveis a serem alcançados. Para
que isso aconteça, é preciso que a comunidade escolar analise e avalie
todas as ações que são executadas, durante o período letivo, e estas após
o seu término possam ser reavaliadas em sua elaboração, para assim
poder redimensionar metas e ações que, por ventura, não foram
adequadamente desenvolvidas com sucesso.
Ao avaliar o resultado das ações do Projeto Político
Pedagógico, a escola estará favorecendo igualdade de direitos, a
participação, a dignidade da pessoa humana e a co-responsabilidade pela
vida social.
Além disso, a autonomia do Projeto se dá no fato de que as
alterações necessárias de sua execução ocorrerão, conforme os
resultados das ações e que os integrantes de sua construção poderão
revê-las, reconstruí-las e ou alterá-las em qualquer momento do ano
letivo. Estas ocorrerão através de reuniões, debates, observações de
todos envolvidos na escola.
Assim, todas as mudanças e os problemas levantados, a busca
de suas soluções, terá cada vez mais um compromisso efetivo com a
educação, visando manter a escola em ordem, organizada, demonstrando
assim progresso e competência voltada para uma educação com
responsabilidade e de qualidade para todos.
IX. BIBLIOGRAFIA
Educação, informações para Professores. Disponível em: <http://www.suapesquisa.com/educacaobrasil>. Acesso: jun/2006.
KRAMER, Sonia. Propostas Pedagógicas ou Curriculares. Campinas:
Papirus, 1999. p. 165-183.
LEI DE DIRETRIZES E BASES DA EDUCAÇÃO NACIONAL Nº. 9394/96. Capítulo II, art. 24, incisos V e VI.
PELEGRINI, Denise. Avaliar para Ensinar Melhor.
PINO, Angel. Escola e Cidadania. Campinas: Papirus, 1998.
VEIGA, Ilma P. A. As Dimensões do Projeto Político Pedagógico 2001.
VEIGA, Ilma P. A. Perspectivas para reflexão em torno do Projeto Político
Pedagógico.
VEIGA, Ilma P. A. Projeto Político Pedagógico da Escola – Uma Construção Possível - 2005.
VEIGA, Ilma P. A.; RESENDE, Lucia M. G. de. (org). Escola: Espaço do Projeto Político-Pedagógico. Campinas: Papirus, 1998.
ANEXO I
Diagnósticos dos problemas levantados na área de atuação da
Agenda 21 Escolar do Colégio Estadual São Carlos do Ivaí, Ensino
Fundamental e Médio, pelos alunos, professores, zeladores,
administrativos, bibliotecários, Equipe Pedagógica e Direção.
1) Projeto de orientação na questão do lixo escolar e reciclagem;
2) Projeto de indisciplina;
3) Projeto de resgate de valores Moraes e cívicos;
4) Projeto de evasão e repetência escolar;
5) Projetos de artes cênicas , culturais e danças;
6) Projeto de horta na escola;
7) Projeto de educação fiscal;
8) Projeto de plantio de árvores frutíferas e ornamentais;
9) Projeto de respeito ao patrimônio escolar;
10) Projeto de tabagismo;
11) Projeto de sexualidade na adolescência;
12) Projetos de leituras;
13) Programa de agente voluntário;
14) Destruição e depredação da sala de aula;
15) Formação do Grêmio estudantil;
16) Projetos de orientação de leis de trânsito;
17) Projeto de auto estima;
18) Projeto de redução do número de alunos por turma;
19) Projeto de preconceito racial;
20) Projeto de higiene pessoal.No ano de 2006 estamos trabalhamos e desenvolvemos os
seguintes projetos:
1) Projeto de respeito ao patrimônio escolar;
2) Projeto de educação fiscal;
3) Projeto de orientação na questão do lixo escolar e
reciclagem;
4) Projeto de sexualidade na adolescência;
5) Projeto de evasão e repetência escolar.
São Carlos do Ivaí, 15 de março de 2007.
Ieda Maria Flores Wania Nely dos Santos Lurdes Apª Cortez
Mendes
Equipe Pedagógica Equipe Pedagógica Equipe Pedagógica
PAULO SÉRGIO FILIPIMDIRETOR
RES. 58/06 - DOE 16/01/2006