projeto polÍtico pedagÓgico - notícias · constante mudança. É um modelo social e educacional...

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COLÉGIO ESTADUAL SÃO CARLOS DO IVAÍ – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO Rua Men de Sá, 1022 – CEP: 87.770-000 – Telefone/Fax (44) 3438-1430 SÃO CARLOS DO IVAÍ – ESTADO DO PARANÁ e-mail: [email protected] PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO São Carlos do Ivaí-Pr Março/2007

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COLÉGIO ESTADUAL SÃO CARLOS DO IVAÍ – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIORua Men de Sá, 1022 – CEP: 87.770-000 – Telefone/Fax (44) 3438-1430

SÃO CARLOS DO IVAÍ – ESTADO DO PARANÁe-mail: [email protected]

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

São Carlos do Ivaí-Pr

Março/2007

SUMÁRIO

I. APRESENTAÇÃO ............................................................................... 3 II. INTRODUÇÃO .................................................................................. 4

1. IDENTIFICAÇÃO ......................................................................... 4 2. CARACTERIZAÇÃO GERAL ........................................................ 4 2.1. ASPECTOS HISTÓRICOS ........................................................ 4 2.2. ORGANIZAÇÃO DO ESPAÇO FÍSICO ...................................... 6 2.3. OFERTA DE CURSOS E MODALIDADES ................................ 8 2.4. RECURSOS HUMANOS ........................................................... 9

III. OBJETIVOS GERAIS ...................................................................... 10 IV. MARCO SITUACIONAL .................................................................. 11

1. DESCRIÇÃO E ANÁLISE DA REALIDADE ................................ 14 2. PERFIL DA COMUNIDADE ATENDIDA .................................... 14

V. MARCO CONCEITUAL .................................................................... 16 1. CONCEPÇÕES: ......................................................................... 16

VI. MARCO OPERACIONAL ................................................................ 18 1. GRANDES LINHAS DE AÇÃO ................................................... 18 2. PRINCÍPIOS DA GESTÃO DEMOCRÁTICA ............................... 20 2.1. ORGANIZAÇÃO INTERNA DA ESCOLA ................................ 20 2.3. CONCEPÇÃO DE CURRÍCULO .............................................. 22 2.4. CALENDÁRIO ESCOLAR ....................................................... 23 2.5. ORGANIZAÇÃO DO ESPAÇO FÍSICO E PEDAGÓGICO DA ESCOLA ........................................................................................ 23

VII. FORMAÇÃO CONTINUADA ......................................................... 25 VIII. AVALIAÇÃO DO PROJETO ........................................................... 27 IX. BIBLIOGRAFIA .............................................................................. 28 ANEXO I .............................................................................................. 30

I. APRESENTAÇÃO

Este documento contém o Projeto Político Pedagógico do

Colégio Estadual São Carlos do Ivaí – EFM, construído a partir do

diagnóstico da escola com a participação de todos envolvidos no processo

educativo: professores, funcionários, pais, alunos, serviços gerais e

instâncias colegiadas. É um projeto que nunca se pode dizer que está

totalmente concluído, pois há sempre o que aperfeiçoar, mudar,

realimentar de acordo com a necessidade do momento histórico. Nesse

sentido deve acompanhar as mudanças internas da organização escolar e

as suas transformações na esfera econômica, social, política, educacional,

ética e cultural.

Tal proposta vem delineando as formas de pensar, sentir e

conhecer o mundo e orientando o pensamento de uma geração em

constante mudança. É um modelo social e educacional que expressa as

nossas metas e propostas pedagógicas, levando-nos a refletir sobre os

fundamentos que normatizam o Projeto Político Pedagógico da escola e

sobre a dinâmica que se deve imprimir ao desenvolvimento curricular. É

com o Projeto Político Pedagógico que a escola assume sua autonomia,

sua identidade, sua postura educacional, enfim a sua função social. Torna-

se então necessário que o mesmo tenha clareza quanto à filosofia

educacional da escola e que defina ações concretas para o trabalho a ser

desenvolvido de forma a superar as dificuldades encontradas, buscando

assim diferentes alternativas que transformem o ambiente escolar num

lugar onde haja interação no processo de construção do conhecimento, o

qual deve acontecer de forma sistematizada, dinâmica e democrática,

garantindo assim não só o acesso do aluno à escola, mas também a sua

permanência.

II. INTRODUÇÃO

1. IDENTIFICAÇÃO

O Colégio Estadual São Carlos do Ivaí – Ensino Fundamental e

Médio, localiza-se à Rua Men de Sá, 1022, no município de São Carlos do

Ivaí, Estado do Paraná, telefone (44) 34381430, CEP: 87.770-000, e-mail:

[email protected] - NRE de Paranavaí.

2. CARACTERIZAÇÃO GERAL

2.1. ASPECTOS HISTÓRICOS

Foi fundado no ano de 1958, com o nome de Escola Regional

“Regente Feijó” pelo Decreto nº 26.797 de 30-08-58 fundada na gestão do

então Prefeito Municipal Waldomiro Roda, que contava na época com um

corpo docente de 1ª a 4ª séries, todos leigos e que precisavam estudar

um pouco para o aperfeiçoamento no magistério. O prefeito entrou em

contato com sua irmã Dirce Roda que trabalhava na Secretaria da

Educação na época, que tão prontamente interveio a favor e logo foi

instalado o Ensino Ginasial em nosso município. O Doutor Silas Piolli

(engenheiro) sempre deu muito apoio aos projetos do município e

colaborou na escolha do nome “Regente Feijó” por ter sido um homem

preocupado com a política e instrução das pessoas.

De 1.963 a 1.967 passou a denominar-se Escola Normal

Ginasial “Regente Feijó” pelo Decreto nº 8.120 de 22-12-67. Até esta data

a Escola funcionava em prédio cedido pelo Grupo Escolar Tiradentes.

Em 1.968 passou a denominar-se Ginásio Estadual “Regente

Feijó” já funcionando em prédio próprio.

Pelo Decreto nº 1.346 de 29-10-1979 foi reorganizado o

Ginásio Estadual Regente Feijó, Grupo Escolar Tiradentes e Escola de

Aplicação, constituindo assim a Escola São Carlos do Ivaí – Ensino de 1º

Grau.

Com a Resolução nº 2.426/82 de 07-10-1982 foi autorizado o

funcionamento do Colégio São Carlos do Ivaí – Ensino de 1º e 2º Graus,

que logo em seguida passou a denominar-se Colégio Estadual São Carlos

do Ivaí – Ensino de 1º e 2º Graus através da Resolução nº 1.650/83 de 10-

05-1983.

Com a Resolução nº 3.120/98 de 31-08-1998 e a Deliberação

nº 003/98 de 02-07-1998, passou a denominar-se Colégio Estadual São

Carlos do Ivaí – Ensino Fundamental e Médio

Foram diretores deste Estabelecimento:

1960 – Nélida R. Sampaio

1961 a 1964 Yolanda Navarro

1965 – Aparecida Gonzaga Baroni

1966 – 1967 Maria Ignês Guagliotti Vieira

1968 – Ilo Francisco João Theisan

1969 – 1970 Irene do Carmo de Castro

1971 – 1974 - Paulo Figura

1975 - Euripes Farina

1976 – 1983 Arlindo José Flores

1984 - Maria Martins de Pádua]

1985 – Arlindo José Flores

1986 - 1989 – Luiz Carlos Fernandes Pereira

1990 - 1993 – Arlindo José Flores

1994 - 1995 – Luiz Carlos Fernandes Pereira

1996 - 2001 – Hilda Filomena Magnani

2002 - 2003 - Paulo Sérgio Filipim

2004 - 2005 - Paulo Sérgio Filipim

2005 - 2006 - Paulo Sérgio Filipim

2006 - 2008 - Paulo Sérgio Filipim

2.2. ORGANIZAÇÃO DO ESPAÇO FÍSICO

O Colégio Estadual São Carlos do Ivaí – Ensino Fundamental e

Médio compreende uma área total de 15.211,00 m2 sendo estes divididos

em: 4.413,17 m2 de área construída e 10.797,83 m2 de área livre.

Dentro da área construída contamos com 23 salas de aula,

sendo as mesmas divididas pelos educandos da rede estadual e municipal

de ensino, por este motivo encontramos dificuldades em acomodar os

alunos, com salas super lotadas e falta de carteiras principalmente no

início do ano onde temos que remanejar de outras entidades.

Salas Específicas:

01 laboratório de ciências;

01 sala de informática adaptada;

01 sala de vídeo adaptada;

01 biblioteca (que está a disposição dos alunos nos três

períodos, possuindo um acervo bibliográfico desatualizado);

01 sala (utilizada pela rede municipal de ensino como

Coordenação, Supervisão e Orientação escolar);

02 salas para direção (uma utilizada pela rede estadual e

outra pela rede municipal de ensino);

02 salas para secretaria (uma utilizada pela rede estadual e

outra pela rede municipal de ensino);

01 sala para os Professores Pedagogos de 5ª a 8ª séries e

Ensino Médio;

01 sala para professores;

01 sala de materiais didáticos inadequados ao número de

professores;

04 banheiros coletivos (insuficientes);

01 quadra coberta necessitando de reforma e sendo utilizada

pelos alunos de rede estadual, municipal de ensino e

comunidade em geral.

01 quadra ao ar livre, necessitando de cobertura.

01 refeitório. O Colégio Estadual utiliza o refeitório em

parceria com a Escola Municipal, pois o mesmo foi construído

em terreno estadual, porém com recursos do município.

Como recursos técnicos e áudio visual a escola tem:

05 televisores;

04 vídeos cassetes;

02 retroprojetores;

01 episcópio (para uso noturno, pois nossa sala de vídeo não

está adequada ao uso);

01 mimeógrafo a tinta;

02 mimeógrafos a álcool;

07 computadores;

06 impressoras;

02 telões;

03 caixas de som;

01 microfone;

04 rádios com CD e caixa acústica;

01 acervo de 320 fitas de vídeos;

01 DVD

2.3. OFERTA DE CURSOS E MODALIDADES

O Colégio Estadual São Carlos do Ivaí, oferta Ensino

Fundamental de 5ª a 8ª séries e Ensino Médio, nos turnos matutinos das

07:30h às 11:50h, no vespertino das 12:50h às 17:10h e noturno das

19:00h às 23:10h; mantido pelo Governo do Estado; adota o Regime de

Seriação Anual, considerando o período letivo de 800 (oitocentas) horas,

num total de 200 (duzentos) dias letivos previstos em calendário escolar,

e em consonância com a LDB nº. 9394/96, funcionando o período

matutino com 01 (uma) turma de 5ª série, 02 (duas) turmas de 6ª séries,

03 (três) turmas de 7ª séries e 03 (três) turmas de 8ª séries, 01 (uma)

turma de 1ª série – Ensino Médio, e no período vespertino com 04

(quatro) turmas de 5ª séries, 02 (duas) turmas de 6ª séries, atendendo

um total de 545 alunos.

Temos (01) uma Sala de Apoio à Aprendizagem para as 5ªs

séries, no período da tarde, nas disciplinas de Língua Portuguesa e

Matemática, funcionando desde 2004.

A partir deste ano (2006) contamos com uma sala de recursos,

que atende 15 alunos de 5ª a 8ª séries. E uma sala de Centro de

Atendimento Especializado (CAE) – que atende alunos 03 alunos.

No Ensino Médio período noturno, conta com 02 (duas)

turmas de 1ª série, 02 (duas) turmas de 2ª série e 01 (uma) turma de 3ª

série, perfazendo um total de 182 alunos.

As aulas estão distribuídas nos seguintes horários:

Período matutino:

Ensino Fundamental

1ª aula 07:30h às 08:20h

2ª aula 08:20h às 09:10h

3ª aula 09:10h às 10:00h

4ª aula 10:10h às 11:05h

5ª aula 11:05h às 11:50h

Período vespertino:

Ensino Fundamental

1ª aula 12:50h às 13:40h

2ª aula 13:40h às 14:30h

3ª aula 14:40h às 15:30h

4ª aula 15:30h às 16:20h

5ª aula 16:20h às 17:10h

Período noturno:

Ensino Médio

1ª aula 19:00h às 19:50h

2ª aula 19:50h às 20:40h

3ª aula 20:40h às 21:30h

4ª aula 21:40h às 22:25h

5ª aula 22:25h às 23:10h

2.4. RECURSOS HUMANOS

De acordo com o número de alunos matriculados (730),

contamos com 01 diretor com carga horária de 40 horas, 01 diretor

auxiliar com 20 horas. Como o Colégio funciona em três períodos, a

Equipe Pedagógica é formada de 03 pedagogos, sendo distribuídos essa

carga-horária nos três turnos. O corpo administrativo é composto de 05

funcionários com 40 horas cada. Na função de serviços gerais, temos 07

funcionárias, com carga-horária de 40 horas cada. Contamos ainda, com

01 agente de execução que atende vários municípios pertencentes ao

Núcleo Regional de Educação (NRE) e o seu trabalho se resume em 16

horas semanais neste Estabelecimento de Ensino. O nosso corpo docente

está constituído de 28 profissionais da educação, sendo 86,43% pós-

graduados.

III. OBJETIVOS GERAIS

O Projeto Político Pedagógico tem por objetivo, o

desenvolvimento de uma consciência crítica, envolvendo escola e

sociedade de forma ampla, estendida a todos os segmentos, fazendo com

que os mesmos participem e cooperem das várias atividades propostas

tanto pelos docentes e discentes como a comunidade em geral. Só assim

teremos, como produto do projeto, a autonomia, responsabilidade e

criatividade, conduzindo os nossos educandos na busca do conhecimento

e preparação para a vida independente da sua condição sócio-econômico,

ou outras limitações. Deve-se usar todo tipo de linguagem para uma

comunicação clara e precisa, que estão assegurados conforme a Lei

9394/96 que rege as Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) que

prevê entre as incumbências da União, estabelecer em colaboração com

os Estados, Distrito Federal e os municípios, competências e diretrizes

para a Educação Infantil, o Ensino Fundamental e o Ensino Médio, que

nortearão os currículos e seus conteúdos mínimos, de modo a assegurar a

formação básica comum, através dos seguintes objetivos:

Fortalecer o grupo para enfrentar conflitos e contradições;

Resgatar a intencionalidade da ação educativa;

Superar o caráter fragmentado das práticas educativas

efetivando assim a aprendizagem;

Envolver a participação de todos na gestão democrática;

Cumprir a legislação vigente, LDB 9394/96, que determina a

todas as instituições escolares a elaboração e execução do Projeto Político

Pedagógico.

IV. MARCO SITUACIONAL

O Brasil é um país de contrastes e tem passado nas últimas

décadas, por intensas transformações. Os últimos dados referentes à

mobilidade populacional brasileira reflete uma mudança no ritmo e nas

direções seguidas pelos fluxos populacionais, ao mesmo tempo que houve

uma estabilização no ritmo do fluxo em direção às regiões norte e centro

oeste. Há um incipiente movimento populacional dos grandes centros em

direção as pequenas e médias cidades do interior.

Este movimento já se faz sentir em nossa comunidade, que

tem recebido pessoas oriundas de outros centros. Alguns destes são

pessoas que ao se aposentarem, procuram uma melhor qualidade de vida.

Outros procuram fugir do desemprego e falta de oportunidades.

Ora, estas pessoas trazem novas experiências nem sempre

positivas. Dessa forma, começamos, há alguns anos, a conviver com

problemas relativos ao tráfico de drogas, assaltos e outros tipos de

violência até então ausentes em nossa comunidade.

Os contrastes vividos pela sociedade brasileira, com sua

diversidade cultural e étnica, sua disparidade gritante entre níveis de

renda, sua base física de dimensões continentais, não poderiam deixar de

se manifestar na escola. Atualmente, considera-se a Educação um dos

setores mais importantes para o desenvolvimento de uma nação. É

através da produção de conhecimentos que um país cresce, aumentando

sua renda e a qualidade de vida das pessoas. Embora o Brasil tenha

avançado neste campo nas últimas décadas, ainda há muito para ser feito.

A Escola ou a Faculdade tornaram-se locais de grande importância para a

ascensão social e muitas famílias tem investido muito neste setor.

Pesquisas na área educacional apontam que um terço dos

brasileiros freqüentam diariamente a escola (professores e alunos). São

mais de 2,5 milhões de professores e 57 milhões de estudantes

matriculados em todos os níveis de ensino. Estes números apontam um

crescimento no nível de escolaridade do povo brasileiro, fator considerado

importante para a melhoria do nível de desenvolvimento de nosso país.

Uma outra notícia importante na área educacional diz respeito

ao índice de analfabetismo. Recente pesquisa do PNAD - IBGE mostra uma

queda no índice de analfabetismo em nosso país nos últimos dez anos

(1992 a 2002). Em 1992, o número de analfabetos correspondia a 16,4%

da população. Esse índice caiu para 10,9% em 2002. Ou seja, um grande

avanço, embora ainda haja muito a ser feito para a erradicação do

analfabetismo no Brasil.

Esta queda no índice de analfabetismo deve-se,

principalmente, aos maiores investimentos feitos em educação no Brasil

nos últimos anos. Governos Municipais, Estaduais e Federais tem

dedicado uma atenção especial a esta área. Programas de bolsa educação

tem tirado milhares de crianças do trabalho infantil para ingressarem nos

bancos escolares. Programas de Educação de Jovens e Adultos (EJAs)

também tem favorecido este avanço educacional. Tudo isto, aliado a

políticas de valorização dos professores, principalmente em regiões

carentes, tem dado resultados positivos.

Outro dado importante é a queda no índice de repetência

escolar, que tem diminuído nos últimos anos. Este quadro tem mudado

com reformas no sistema de ensino, que está valorizando cada vez mais o

aluno e dado oportunidades de recuperação.

A LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação) 9394/96, trouxe

um grande avanço no sistema de educação de nosso país. Esta lei visa

tornar a escola um espaço de participação social, valorizando a

democracia, o respeito, a pluralidade cultural e a formação do cidadão. A

escola ganhou vida e mais significado porque tem a responsabilidade de

promover, de forma ordenada, o aprimoramento intelectual da sociedade,

levando em conta os contrastes do meio onde está inserida.(Fonte:

http://www.suapesquisa.com/educacaobrasil).

No Estado do Paraná, nos últimos anos, é constante a

preocupação com a formação continuada, só que ao mesmo tempo que

acrescenta muito aos professores em termos de crescimento em sua

profissão, vemos que está se distanciando da base que é a firme proposta

de formar educandos que sinta-se inserido na sociedade sem medo, nem

culpa de buscar o crescimento individual e coletivo, um indivíduo

instrumentalizado para o domínio e controle das variadas práticas. A

escola busca oferecer o conhecimento de homem, de mundo e de

qualidade de vida, dependendo dos profissionais da Educação.

O município de São Carlos do Ivaí, que possui um IDH de

0,738, abaixo do IDH do Estado (0,786) e País (0,757), conta com um

sistema educacional com a seguinte base: 04 escolas - contamos com 01

Centro de Educação Infantil (creche), que atende cerca de 120 crianças,

01 escola de Educação Infantil e Ensino Fundamental até a 4ª série que

atende 564 alunos, 01 escola estadual que atende cerca de 730 alunos e

01 particular que atende cerca de 60 alunos, onde nos defrontamos com

uma realidade crítica que exige reflexão e discussão sobre os problemas

da sociedade e da educação tais como: habitação, saúde, famílias com

baixa renda, famílias desestruturadas, cabendo ainda ressaltar que a

nossa comunidade já enfrenta dificuldades com drogas, vícios (alcoolismo

e fumo), gravidez precoce, bem como o desemprego que levam a maioria

das famílias (60%) sobreviverem de uma renda mensal insuficiente para

se ter uma vida digna e de qualidade. O nível de escolaridade da

população é baseado na sua maioria no Ensino Fundamental (55%),

poucos com o Ensino Médio (20%) e a minoria com Ensino Superior (5%),

tendo assim como aspecto negativo a evasão escolar e a repetência

devido ao trabalho braçal que é a única fonte de sobrevivência da

população da nossa comunidade. O município oferta programas como

Bolsa Família (Peti) para amenizar esta situação ora vivida, e também

proporciona atividades de aprendizado em outros programas como o

Projeto Piá que atende crianças de 07 a 14 anos, ofertando aulas de

violão, culinária, artesanato em geral e fabricação de velas e a Casa do

Trabalhador que atende educandos de 09 a 18 anos oferecendo cursos

profissionalizantes como: Informática, corte-costura, manicuro e

pedicuro, culinária básica e industrial, pintura em tecido e tela, oratória,

confecção de bijuterias, encanador, eletricista, decoração de bolos,

economia doméstica, relações humanas, entre outros.

Para tanto a escola procura desenvolver projetos de forma

comprometida com os interesses e anseios das camadas populares,

incluindo educandos com necessidades especiais, ofertando como

alternativa a sala de apoio, centro de atendimento especializado (CAE),

sala de recursos, porque queremos uma sociedade participativa em todos

os segmentos, onde se tem a liberdade de expressão mas com respeito

aos direitos de cada um ou de cada linha de ação, preservando assim os

limites de igualdade independente de raça, cor ou credo religioso.

1. DESCRIÇÃO E ANÁLISE DA REALIDADE

A escola hoje procura envolver todos os segmentos na

construção do Projeto Político Pedagógico possível e sempre

aperfeiçoável, para consolidar a Escola como o lugar central da educação

numa visão descentralizada, considerando-se a necessidade do

fortalecimento das relações entre a escola e o sistema de ensino, para a

consolidação da escola cidadã, só que os direitos são reconhecidos como

naturais mas não são assegurados seus exercícios como cidadão.

As ações da escola estão seguindo a formação que é dada aos

trabalhadores que nela atuam. Sua ação pedagógica está girando numa

velocidade onde o tempo não é percebido. A impressão que se tem é que

fugiu-se de tudo que alicerçava a Escola Pública, “o Aprender”.

Precisamos parar um pouco e olhar para a educação que sustenta o País.

A diversidade cultural brasileira sempre foi um desafio para a formação

unificada dos educandos e educadores.

2. PERFIL DA COMUNIDADE ATENDIDA

A comunidade escolar atendida é composta de 90% de

educandos advindos de famílias humildes, trabalhadores do corte e

plantio de cana, olaria, bóias-frias, lavrador que possuem a televisão e a

escola, basicamente como únicos meios de informação.

Temos uma população estável, mas que começa a receber

famílias vindas de grandes centros, aumentando assim a nossa população,

que sofre as conseqüências econômicas e sócio-culturais, além do

problema da falta de habitação e o desemprego, tendo que se adaptar a

um nível salarial baixo e com poucas opções de lazer. São varias

instituições religiosas que atendem a diversidade espiritual da

comunidade.

Nem todos os alunos pertencem a família com pais e mães,

com recursos suficientes para uma vida digna. Normalmente, verificam-se

situações diversas: os pais estão separados e o aluno vive com um deles;

o aluno é órfão; o aluno vive num lar desunido; o aluno vive com algum

parente, etc. Sendo assim, todos os esforços são despendidos para uma

melhoria da qualidade de vida o que, muitas vezes gera tensões e

conflitos para a criança que se depara com duas realidades diferentes: de

um lado, a família desestruturada e de outro, a escola que exige

cumprimento de normas. Pode-se dizer então, que a escola tem buscado

de várias maneiras promover a inclusão dessa diversidade cultural,

religiosa, sócio-econômica, na tentativa de diminuir essa dicotomia.

O Colégio Estadual realiza na semana da Pátria, atividades

culturais e esportivas, as quais integram alunos, professores e

comunidade escolar e as famílias.

Ainda em relação à cultura há uma parceria anual entre a

Escola Municipal e o Colégio Estadual, no sentido de promover a festa

junina, a qual já é tradição, pois nessa oportunidade são valorizados os

costumes, as comidas, as músicas, as danças típicas (caipira). Essa tipa

de festa é promovida em datas diferente por outras entidades

filantrópicas do município.

Além disso, o município promove, sob a coordenação da igreja

católica à festa do Padroeiro São Carlos Borromeu, precisamente no mês

de junho. Também são realizadas a cavalgada no dia 12 de outubro, onde

se homenageia a Padroeira do Brasil Nossa Senhora Aparecida e o Rally

Ecológico no Rio Ivaí, com o objetivo de conscientizar a população da

importância da preservação do rio bem como de sua margem.

Em relação ao esporte, o município desenvolve um projeto

esportivo que contempla diversas modalidades, entre elas, atletismo,

voleibol, handebol, futebol de salão e de campo. Com esses treinamentos

os alunos se preparam para participar dos campeonatos que acontecem

ao longo do ano: campeonato de férias (futsal); campeonato suíço e

campeonato varzeano (futebol de campo). A comunidade conta ainda com

a atuação de profissionais da área de Educação Física que desenvolvem

os projetos esportivos já citados, bem como o ensino de xadrez. Ainda

neste sentido, a Colégio oportuniza a 200 alunos a participação no

Projeto 2º Tempo.

V. MARCO CONCEITUAL

1. CONCEPÇÕES:

Formar o ser humano pleno, um cidadão consciente e atuante,

deve ser a principal tarefa da escola ao considerar que a vida é um

grande aprendizado. Na escola também aprendemos a buscar

alternativas de trabalho e vida social. Se, efetivamente aspiramos uma

sociedade justa, igualitária e democrática, necessariamente devemos

exercitar estes princípios no cotidiano da escola e da vida, pois o ensino

aprendizagem faz o educando conhecer-se e conhecer o porquê das

coisas no meio em que vive.

Queremos uma sociedade esclarecida, crítica a ponto de

discutir/debater os problemas existentes em torno da escola; indivíduos

que através do conhecimento possa pensar global e agir local, mudando

por exemplo, hábitos e costumes da sociedade capitalista, consumista,

devastadora dos recursos naturais, sendo assim, sujeitos que não fazem a

crítica pela crítica, mas sim indivíduos que pela vivência de conteúdos

“selecionados” praticados nos bancos escolares possam por em prática e

vencer a desigualdade social.

Da convivência social esteada no perfeito entendimento não

só entre representantes de diferentes gerações, mas igualmente entre

valores diversos no pensamento e na ação, alonga-se o entendimento

comum entre elementos representativos de várias épocas e não apenas

portadores de diferentes idéias, de modo a criar o mais autêntico

ambiente de entendimento e, sobretudo, de compreensão, priorizando

assim a qualidade de ensino com recursos necessários, professores

capacitados, apoio pedagógico, formando cidadãos conscientes,

responsáveis, críticos e participativos, além de preparados para ingressar

no curso superior, sem deixar de lado a prática do ensino artístico e

cultural, podendo assim trabalhar com os alunos o conhecimento

específico de cada disciplina e fazer com que esse conhecimento os ajude

a enfrentar e superar possíveis situações relacionando as informações

obtidas pelos mesmos, em seu dia-a-dia.

Enfim, utilizar o conhecimento científico em consonância com

o conhecimento popular para de fato, haver a transformação, melhorando

a sociedade.

Discutindo os saberes que fazem parte da construção do

educando como ser humano, que pode cada vez mais aprender e ensinar.

Repensar a história que constrói a escola, sua função e seu objetivo de

formação de seres que organiza, constrói, se constrói e escolha bem a

melhor maneira de viver socialmente. Por isso, coletivamente devemos

ter condições de decidir o que se considera significativo que os

educandos aprendam. Um currículo que alcance os saberes em sua esfera

ambiental, que forma e transforma estes saberes em ação dentro da

família e comunidade.

Só assim poderemos repensar no nosso sistema de avaliação

onde não apenas o aluno seja avaliado, mas também o trabalho dos

profissionais da educação, da escola e do sistema de ensino. Sendo a

avaliação um processo amplo e complexo que exige atualmente um novo

posicionamento do professor e do aluno, pois ela é quem fornece ao

professor um suporte para melhorar a qualidade do ensino aprendizagem

e rever a prática pedagógica que possibilite ao aluno a construção do seu

conhecimento. Nesse sentido, a avaliação assume um caráter, dinâmico e

cooperativo, que acompanha toda a prática pedagógica e requer a

participação de todos os envolvidos (aluno, professor, escola, sistema de

ensino) no processo educacional.

Dessa forma, estaremos contribuindo para mudanças na

melhoria do processo ensino-aprendizagem.

VI. MARCO OPERACIONAL

1. GRANDES LINHAS DE AÇÃO

Uma das preocupações constante da escola é oferecer aos

educandos um ensino-aprendizagem de qualidade.

Esse processo consiste basicamente, centrado no professor e

aluno, cuja transformação acontecerá no interior da realidade humana,

que historicamente a constituiu. A escola embora não seja a única

instância de transmissão do conhecimento é, por excelência a instituição

incumbida disto. A posse desses conhecimentos, oportunizam outras

formas de ver e compreender o mundo, abrindo possibilidades de

mudanças no cotidiano das pessoas.

Dessa forma, para que essas linhas de ações sejam colocadas

em prática se faz necessário:

• Que a escola esteja voltada para a formação integral do

ser humano, nas questões científicas, o que levaria à

transformação da realidade da qual está inserido;

• Que a escola basei-se na gestão democrática que atenda

às necessidades individuais e respeite a diversidade;

• Que a escola consiga a permanência de seus alunos no

espaço de aprendizagem;

• Que a escola não seja só obrigatória e gratuita, mas

também de qualidade que tenha profissionais

comprometidos com o processo de ensino-aprendizagem;

• Que a escola resgate e conserve os princípios e valores

humanos;

• Que a escola estreite a distância que há entre escola X

família;

• Que a escola seja direito do cidadão e dever do estado;

• Que a escola construa coletivamente o trabalho

pedagógico;

• Que a escola aponte elementos sobre a identidade dos

trabalhos da educação no mundo atual, buscando sentidos

e significados que reafirmem novos princípios e indiquem

caminhos. Insistimos em escola como território de luta.

Contra a discriminação, a exclusão, a ignorância, entre

outros;

• Que a escola ofereça suporte técnico, pedagógico e

financeiro.

Sendo a escola o lugar de concepção, realização e avaliação

de seu projeto educativo, e que necessita organizar seu trabalho

pedagógico com base em seus princípios, torna-se fundamental que os

educandos tenham:

1. A liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a

cultura, o pensamento, a arte e o saber, seja um princípio

básico de toda a comunidade escolar;

2. A igualdade de condições para acesso e permanência na

escola;

3. O pluralismo de idéias e concepções pedagógicas;

4. O respeito à liberdade e apreço à tolerância;

5. A gratuidade do ensino público em estabelecimento oficiais;

6. A valorização do profissional da educação;

7. A gestão democrática do ensino público, na forma desta lei

9394/96 e da legislação do sistema de ensino;

8. Valores éticos como tolerância, respeito, justiça,

responsabilidade, paz sejam buscados por toda a comunidade

escolar;

9. A inclusão de todos os que estejam excluídos pelas

necessidades educativas especiais, condições sócio-

econômicas, discriminações étnico-raciais e tantas outras

sejam buscadas por toda a comunidade escolar;

10. A garantia do padrão de qualidade;

11. A valorização da experiência extra-curricular;

12. A vinculação entre a educação escolar, o trabalho e as

práticas sociais.

2. PRINCÍPIOS DA GESTÃO DEMOCRÁTICA

2.1. ORGANIZAÇÃO INTERNA DA ESCOLA

A Direção deve administrar e acompanhar o trabalho

pedagógico, procurando sempre oferecer meios, para a realização das

atividades propostas, além de gerenciar juntamente com a equipe

administrativa, toda a parte financeira e jurídica da escola.

Os Professores Pedagogos devem assessorar os professores,

ouvindo, orientando e procurando apoiar o grupo nas suas necessidades,

principalmente atento aos problemas do educando, buscando através do

diálogo e técnicas, ajudar alunos e pais a encontrarem soluções para os

problemas detectados, são responsáveis ainda pela coordenação,

implantação e implementação no Estabelecimento de Ensino das ações

pedagógicas emanadas da Secretaria de Estado da Educação.

Professor – Cabe ao professor estabelecer e participar do

processo de ensino/aprendizagem visando sempre a aquisição do

conhecimento do educando, promovendo também um bom

relacionamento cooperativo de trabalho tanto em sala de aula como entre

os educadores, resguardando e assegurando os direitos e deveres de

todos os envolvidos no processo educacional.

Funcionários – A equipe administrativa, é o setor que serve de

suporte ao funcionamento de todos os setores do Estabelecimento de

Ensino, proporcionando condições para que os mesmos cumpram suas

reais funções, zelando pela identidade e da regularidade da vida escolar

do educando, da autenticidade dos documentos escolares, referentes a

matrícula, transferência, adaptação e conclusão de curso, como também

pela conservação dos bens materiais. A equipe de Serviços Gerais tem ao

seu encargo o serviço de manutenção, preservação, segurança e merenda

escolar do Estabelecimento de Ensino, sendo coordenado e

supervisionado pela Direção e Equipe Pedagógica.

Pais – É de responsabilidade dos pais acompanhar seus filhos

no ensino/aprendizagem e de comparecer ao Estabelecimento de Ensino

todas as vezes que for solicitados ou convocados.

Alunos – Compete aos alunos seguir as normas vigentes do

Estabelecimento de Ensino, como também participar de todas as

atividades escolares e de tomar conhecimento de todo o processo

ensino/aprendizagem e a do seu rendimento escolar.

Biblioteca – A Biblioteca constitui-se em um espaço

pedagógico, cujo acervo está à disposição de toda a comunidade escolar,

e o seu regulamento será elaborado pelo responsável, sob a orientação da

Equipe Pedagógica com aprovação da Direção e do Conselho Escolar.

2.2. O PAPEL DAS INSTÂNCIAS COLEGIADAS

Conselho de Classe – É um órgão colegiado de natureza

consultiva e deliberativa em assuntos didáticos-pedagógicos, com atuação

restritiva as 21 turmas do Estabelecimento de Ensino, tendo por objetivo

avaliar o processo ensino/aprendizagem na relação professor/aluno e os

procedimentos adequados a cada caso.

Conselho Escolar – O Conselho Escolar é um órgão colegiado,

representativo da Comunidade Escolar, de natureza deliberativa,

consultiva, avaliativa e fiscalizadora, sobre a organização e a realização

do trabalho pedagógico e administrativo da instituição escolar em

conformidade com as políticas e diretrizes educacionais da SEED,

observando a Constituição, a LDB, o ECA, o Projeto Político-Pedagógico e

o Regimento Escolar, para o cumprimento da função social e específica

da escola.

O Conselho Escolar não tem finalidade e/ou vínculo político-

partidário, religioso, racial, étnico ou de qualquer outra natureza, a não

ser aquela que diz respeito diretamente à atividade educativa da escola,

prevista no seu Projeto Político-Pedagógico.

Associação de Pais, Mestres e Funcionários (APMF) – É uma

associação que ajuda a manter a qualidade na educação, interferindo nas

decisões da escola, proporcionando também, segurança e divisão de

tarefas e responsabilidades entre os membros e direção, ajuda ainda

angariar recursos financeiros, servindo como base das necessidades da

escola.

Grêmio Estudantil – Busca alternativas para melhoria e bem

estar do Colégio, promovem eventos, auxiliam na organização do dia-a-dia

escolar.

2.3. CONCEPÇÃO DE CURRÍCULO

Currículo – É um importante elemento constitutivo da

organização escolar. O Currículo implica, necessariamente, a interação

entre sujeitos que têm o mesmo objetivo e a opção por um referencial

teórico que o sustente, de forma com que venha dar sustentação ao

ensino/aprendizagem. (Ilma Veiga)

2.4. CALENDÁRIO ESCOLAR

Calendário Escolar – A Direção juntamente com a equipe

pedagógica, professores, funcionários e o conselho escolar após receber o

calendário da SEED, realizam as mudanças necessárias ao referido

calendário de acordo com as datas comemorativas municipais

(aniversário da cidade e o dia do padroeiro), visando a adequação do

mesmo e encaminhado ao Núcleo Regional de Educação-Paranavaí,

sempre obedecendo à legislação vigente.

O Calendário Escolar fixará:

a) Início e término do ano letivo;

b) Dias para encontros pedagógicos;

c) Dias destinado à reuniões de Conselho de Classe;

d) Férias do professor e aluno;

e) Feriados oficiais;

f) Recessos.

2.5. ORGANIZAÇÃO DO ESPAÇO FÍSICO E PEDAGÓGICO DA

ESCOLA

Critérios para utilização do Laboratório de Ciências –

Normalmente é utilizado sempre que os professores das disciplinas de

ciências, química, física e biologia, ministram suas aulas e observam que

com a prática os educandos obtêm um desempenho satisfatório no

processo ensino-aprendizagem. As visitas no laboratório são agendadas

previamente pelos professores, juntamente com o profissional (Agente de

Execução) que por sua vez colabora com os professores na preparação

das atividades.

Laboratório de Informática – O professor utiliza como fonte de

recursos para pesquisa dos conteúdos ministrados em sala de aula, vindo

acrescentar nas suas ações de trabalho, sendo previamente agendado por

um responsável (técnico administrativo), porém, só é permitido a

utilização do mesmo com o acompanhamento do professor responsável

pela turma. Com isso o educando tem a oportunidade de estar buscando

conhecimento, utilizando sempre deste instrumento como alternativa

para a melhoria do aprendizado.

Quadra de Esportes – O Estabelecimento de Ensino possui 02

(duas) quadras de esportes, sendo utilizada pelo professor para a prática

da disciplina de Educação Física.

Sala de Vídeo – É realizado um agendamento com

antecedência com um responsável (técnico administrativo) e o professor

acompanha os alunos, utilizando-o como recurso estratégico em todas as

áreas, sempre que surgir assuntos de relevante importância.

Sala de Apoio – É a oportunidade concedida pelo Governo do

Estado do Paraná, aos nossos educandos das 5as séries com dificuldades

de aprendizagem, visando assim a recuperação de alunos com defasagem

de conteúdos dos anos iniciais do Ensino Fundamental em Língua

Portuguesa e Matemática.

Centro de Atendimento Especializado (CAE) – É a

oportunidade dos educandos portadores de deficiências auditivas, e que

apresentam problemas de aprendizagem com atraso significativo, de

complementarem a escolarização bem como, proporcionar atividades

específicas de acordo com as dificuldades de cada um, para que o mesmo

se sinta integrado na comunidade afim de que sintam-se favorecidos pelo

programa ofertado.

Critérios para a organização das turmas – Normalmente as

turmas de 5as séries são formadas, após uma conversação com a Equipe

Pedagógica e Professores de 1ª/4ª séries, para obter um conhecimento

melhor sobre a realidade dos educandos com os quais vamos trabalhar.

Quanto as demais turmas, respeitamos a ordem de chegada e muitas

vezes recorremos aos professores do ano anterior para a separação das

pastas de matrículas de forma homogênea, facilitando assim a melhoria

da qualidade de ensino.

Avaliação – A avaliação deve ser entendida como um dos

aspectos do ensino pelo qual o professor estuda e interpreta os dados da

aprendizagem e do seu próprio trabalho, com a finalidade de acompanhar

e aperfeiçoar o processo de aprendizagem dos alunos, bem como

diagnosticar seus resultados. Esses resultados serão comunicados aos

pais em reuniões bimestrais, anotações nos cadernos, bilhetes

informando a freqüência e o rendimento escolar do aluno através do

professor e da Equipe Pedagógica. Os critérios de avaliação e o

aproveitamento escolar serão elaborados em consonância com a

organização curricular do Estabelecimento de Ensino.

VII. FORMAÇÃO CONTINUADA

Hoje, diante da nossa realidade social e cultural, se faz

necessário preparar todos os profissionais inseridos no processo

educativo para que sua formação e desempenho siga em busca de uma

efetiva aprendizagem (concepção neo-liberal).

Assim, se faz necessário a contextualização dos conteúdos, ou

seja, ensinar vinculando os conhecimentos ao seu dia-a-dia e ao mundo do

trabalho. Também, surge a importância da interdisciplinaridade na

organização escolar. O que se busca com isso é, de modo geral, o

estabelecimento de uma intercomunicação efetiva entre as disciplinas,

por meio de enriquecimento das relações entre elas.

Para tanto, está previsto no calendário escolar (curso de

capacitação), onde os professores são convocados a comparecerem a fim

de receberem informações precisas que a direção e equipe pedagógica,

orientados pelo N.R.E. fazem o repasse de maneira que venha a auxiliá-

los no decorrer do ano letivo. Além disso, terão conhecimento sobre as

normas previstas no Estatuto do Magistério, artigos nº. 54 e 64 que

regem os direitos e deveres dos profissionais da educação.

Diante dessa necessidade é preciso que se garantam jornadas

com tempo para estudo, leitura e discussão entre professores, os quais

serão possíveis se em nosso calendário escolar constar um dia por mês

destinado a essa prática, onde além de promover a integração entre os

educadores promoverá a interdisciplinaridade. Isto já está ocorrendo de

forma semanal (horas atividades) por disciplina, em que os professores

discutem os seus projetos de trabalho, pesquisando e melhorando seus

conhecimentos, preparando suas aulas, corrigindo avaliações, procurando

também colocar em pauta com a Equipe Pedagógica os seus anseios e

situações problemas vividos no dia-a-dia.

É importante, e de interesse dos professores que a Escola

junto ao N.R.E. e SEED ofereçam encontros na forma de cursos de

capacitação, nos quais os professores tenham acesso às informações mais

atualizadas na área de Educação e em suas respectivas área de ensino

para que, dessa forma, possam ser elaborados e reelaborados pela equipe

escolar projetos interdisciplinares e pelos docentes projetos disciplinares.

Bom seria se todos os envolvidos no estabelecimento escolar

participassem de cursos de aperfeiçoamento, cada um em seus

respectivos cargos – merendeiras, serviços gerais, secretaria – para que

todos tivessem oportunidades de aprimorar e melhorar suas funções.

Com o avanço da tecnologia nos dias atuais e da rapidez com

que as informações podem chegar até nós, será importante a realização

de cursos de aperfeiçoamento tecnológico (informática aplicada à

Educação, Internet) para todas as áreas.

Contudo, para que a proposta pedagógica seja um processo

vivo de formação continuada é preciso uma mudança de cultura e de

postura profissional, onde todos estejam compromissados e com interesse

na Educação.

VIII. AVALIAÇÃO DO PROJETO

Avaliar é – cedo ou tarde – criar hierarquias de excelência, em

função das quais se decidirão a progressão no curso seguido, a

certificação antes da entrada no mercado de trabalho, e freqüentemente,

a contratação. (PERRENOUND).

Partindo do princípio de que avaliar é levantar informações,

dados, qualidade, quantidade, e que não é um fim e sim, um processo que

contribui para a excelência do que é produzido, que a avaliação deve

existir, seja no âmbito escolar, social, político ou outro segmento.

No que diz respeito à Escola, a avaliação deve ser uma

engrenagem no seu funcionamento didático e, mais globalmente na

interação entre seus membros (professor x direção x aluno x funcionários

x pais x comunidade) e com isso gerar mudanças, adaptações e o

crescimento de qualidade de ensino oferecido.

Para tanto, o Projeto Político Pedagógico nasceu da

necessidade de se manter mais transparente possível as ações da

comunidade escolar, tanto no plano pedagógico como na administração.

Pois, o compromisso com a construção da cidadania pede,

necessariamente, uma prática educacional voltada para a compreensão

da realidade social, dos direitos e da responsabilidade em relação à vida

social e coletiva daqueles que nela estão inseridos.

É fundamental citar que um dos fatores mais importantes,

deste projeto é a participação de todos na sua construção, bem como a

determinação de caminhos e objetivos viáveis a serem alcançados. Para

que isso aconteça, é preciso que a comunidade escolar analise e avalie

todas as ações que são executadas, durante o período letivo, e estas após

o seu término possam ser reavaliadas em sua elaboração, para assim

poder redimensionar metas e ações que, por ventura, não foram

adequadamente desenvolvidas com sucesso.

Ao avaliar o resultado das ações do Projeto Político

Pedagógico, a escola estará favorecendo igualdade de direitos, a

participação, a dignidade da pessoa humana e a co-responsabilidade pela

vida social.

Além disso, a autonomia do Projeto se dá no fato de que as

alterações necessárias de sua execução ocorrerão, conforme os

resultados das ações e que os integrantes de sua construção poderão

revê-las, reconstruí-las e ou alterá-las em qualquer momento do ano

letivo. Estas ocorrerão através de reuniões, debates, observações de

todos envolvidos na escola.

Assim, todas as mudanças e os problemas levantados, a busca

de suas soluções, terá cada vez mais um compromisso efetivo com a

educação, visando manter a escola em ordem, organizada, demonstrando

assim progresso e competência voltada para uma educação com

responsabilidade e de qualidade para todos.

IX. BIBLIOGRAFIA

Educação, informações para Professores. Disponível em: <http://www.suapesquisa.com/educacaobrasil>. Acesso: jun/2006.

KRAMER, Sonia. Propostas Pedagógicas ou Curriculares. Campinas:

Papirus, 1999. p. 165-183.

LEI DE DIRETRIZES E BASES DA EDUCAÇÃO NACIONAL Nº. 9394/96. Capítulo II, art. 24, incisos V e VI.

PELEGRINI, Denise. Avaliar para Ensinar Melhor.

PINO, Angel. Escola e Cidadania. Campinas: Papirus, 1998.

VEIGA, Ilma P. A. As Dimensões do Projeto Político Pedagógico 2001.

VEIGA, Ilma P. A. Perspectivas para reflexão em torno do Projeto Político

Pedagógico.

VEIGA, Ilma P. A. Projeto Político Pedagógico da Escola – Uma Construção Possível - 2005.

VEIGA, Ilma P. A.; RESENDE, Lucia M. G. de. (org). Escola: Espaço do Projeto Político-Pedagógico. Campinas: Papirus, 1998.

ANEXO I

Diagnósticos dos problemas levantados na área de atuação da

Agenda 21 Escolar do Colégio Estadual São Carlos do Ivaí, Ensino

Fundamental e Médio, pelos alunos, professores, zeladores,

administrativos, bibliotecários, Equipe Pedagógica e Direção.

1) Projeto de orientação na questão do lixo escolar e reciclagem;

2) Projeto de indisciplina;

3) Projeto de resgate de valores Moraes e cívicos;

4) Projeto de evasão e repetência escolar;

5) Projetos de artes cênicas , culturais e danças;

6) Projeto de horta na escola;

7) Projeto de educação fiscal;

8) Projeto de plantio de árvores frutíferas e ornamentais;

9) Projeto de respeito ao patrimônio escolar;

10) Projeto de tabagismo;

11) Projeto de sexualidade na adolescência;

12) Projetos de leituras;

13) Programa de agente voluntário;

14) Destruição e depredação da sala de aula;

15) Formação do Grêmio estudantil;

16) Projetos de orientação de leis de trânsito;

17) Projeto de auto estima;

18) Projeto de redução do número de alunos por turma;

19) Projeto de preconceito racial;

20) Projeto de higiene pessoal.No ano de 2006 estamos trabalhamos e desenvolvemos os

seguintes projetos:

1) Projeto de respeito ao patrimônio escolar;

2) Projeto de educação fiscal;

3) Projeto de orientação na questão do lixo escolar e

reciclagem;

4) Projeto de sexualidade na adolescência;

5) Projeto de evasão e repetência escolar.

São Carlos do Ivaí, 15 de março de 2007.

Ieda Maria Flores Wania Nely dos Santos Lurdes Apª Cortez

Mendes

Equipe Pedagógica Equipe Pedagógica Equipe Pedagógica

PAULO SÉRGIO FILIPIMDIRETOR

RES. 58/06 - DOE 16/01/2006