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1 COLÉGIO ESTADUAL ADAUCTO DA SILVA ROCHA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO LUIZIANA – PARANÁ DEZEMBRO / 2010

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COLÉGIO ESTADUAL ADAUCTO DA SILVA ROCHA – ENSINO

FUNDAMENTAL E MÉDIO

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

LUIZIANA – PARANÁ

DEZEMBRO / 2010

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SUMÁRIO

1 APRESENTAÇÃO ….........................................................................................................5

2 JUSTIFICATIVA …............................................................................................................6

2.1 DADOS GERAIS …........................................................................................................7

2.1.1 NÍVEL, CURSO E MODALIDADE OFERECIDA ….....................................................7

2.2 ASPÉCTOS …................................................................................................................8

2.2.1 ALTERAÇÃO DE DOMINAÇÃO ….............................................................................8

2.2.2 RECONHECIMENTO …..............................................................................................8

2.2.3 AUTORIZAÇÃO DE FUNCIONAMENTO …...............................................................8

2.3 CARACTERÍSTICAS DA COMUNIDADE …..................................................................9

2.4 CARACTERIZAÇÃO DA CLIENTELA ESCOLAR …...................................................10

2.4.1 QUADRO DEMONSTRATIVO DO NÚMERO DE CLASSES DE ALUNOS ….........11

2.4.2 ATIVIDADE COMPLEMENTAR …............................................................................12

2.4.3 NÚMERO DE PROFESSORES E FUNCIONÁRIOS …............................................12

3 OBJETIVOS …................................................................................................................12

3.1 OBJETIVOS GERAIS …..............................................................................................12

3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS …....................................................................................13

4 PRINCÍPIOS FILOSÓFICOS DO TRABALHO ESCOLAR ….........................................13

4.1 O DESAFIO DAS DIFERENÇAS NA ESCOLA …........................................................13

4.1.1 CONCEPÇÃO DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA …........................................................15

4.2 A NOSSA FILOSOFIA DE TRABALHO …...................................................................15

5 PRINCÍPIOS NORTEADORES DA EDUCAÇÃO ….......................................................16

5.1 CONSTRUÇÃO DO PROJETO PEDAGÓGICO – UM FAZER COLETIVO …............19

6 MARCO SITUACIONAL …..............................................................................................21

7 MARCO CONCEITUAL …...............................................................................................23

7.1 CIDADANIA …..............................................................................................................23

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7.2 CULTURA …................................................................................................................24

7.3 TRABALHO …..............................................................................................................24

7.4 HOMEM …...................................................................................................................25

7.5 CIÊNCIA …...................................................................................................................25

7.6 EDUCAÇÃO ….............................................................................................................25

7.7 TECNOLOGIA …..........................................................................................................26

7.8 SOCIEDADE …............................................................................................................26

7.9 CONHECIMENTO …....................................................................................................26

7.10 AVALIAÇÃO …...........................................................................................................27

7.11 EDUCAÇÃO NO CAMPO …......................................................................................32

7.12 PROGRAMA NACIONAL DE EDUCAÇÃO FISCAL …..............................................33

7.13 O USO DAS TÉCNOLOGIAS NA ESCOLA …...........................................................34

7.14 DIRETRIZES CURRICULARES …............................................................................36

8 MARCO OPERACIONAL …............................................................................................37

8.1 AÇÕES ….....................................................................................................................37

8.2 ESTÁGIO NÃO OBRIGATÓRIO …..............................................................................39

9 PLANO DE AÇÃO DA ESCOLA 2009/2011 …...............................................................40

10 PLANO DE AÇÃO DA EQUIPE PEDAGÓGICA ….......................................................43

10.2 PLANO DE AÇÃO DOS AGENTES EDUCACIONAIS I E II …..................................44

10.2.1 AGENTES EDUCACIONAIS I ….............................................................................44

10.2.2 AGENTES EDUCACIONAIS II …............................................................................45

11 CALENDÁRIO ESCOLAR, PRÉ-CONSELHO, CONSELHO DE CLASSES, PÓS-

CONSELHO …...................................................................................................................46

12 ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO ….47

13 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS …..........................................................................48

14 ATA DE APROVAÇÃO E ALTERAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO ...51

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15 PROPOSTA CURRICULAR PEDAGÓGICA …............................................................52

DISCIPLINA DE ARTE …..........................................................................................52

DISCIPLINA DE BIOLOGIA …...................................................................................67

DISCIPLINA DE CIÊNCIAS …...................................................................................72

DISCIPLINA EDUCAÇÃO FÍSICA ….........................................................................80

DISCIPLINA DE FÍSICA …........................................................................................99

DISCIPLINA DE GEOGRAFIA ….............................................................................105

DISCIPLINA DE HISTÓRIA ….................................................................................118

DISCIPLINA DE LÍNGUA PORTUGUESA …..........................................................129

DISCIPLINA DE MATEMÁTICA …..........................................................................156

DISCIPLINA DE QUÍMICA …...................................................................................174

DISCIPLINA DE LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA – INGLÊS ….....................184

DISCIPLINA DE FILOSOFIA …...............................................................................209

DISCIPLINA DE SOCIOLOGIA …...........................................................................216

DISCIPLINA DE ENSINO RELIGIOSO …...............................................................224

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1 Apresentação

Atualmente nos encontramos em um tempo onde a cultura de projeto é uma

forte realidade em nossa sociedade, onde as condutas de antecipação para prever e

explorar o futuro fazem parte de nosso presente. Essa influência do futuro sobre nossas

adaptações cotidianas só faz sentido se o domínio que tentamos desenvolver sobre os

diferentes espaços cumpre a função de melhorar as condições de vida do ser humano.

Desta forma, como sugere Gadotti (2001), a palavra projeto vem do verbo

projetar, lançar-se para frente, dando sempre a ideia de movimento, de mudança. A sua

origem etimológica, como explica Veiga (2001, p. 12), vem confirmar essa forma de

entender o termo “projeto”, que "vem do latim projectu, particípio passado do verbo

projecere, que significa lançar para diante". Na definição de Alvarez (1998) o projeto

representa o laço entre presente e futuro, sendo ele a marca da passagem do presente

para o futuro. Para Fagundes (1999), o projeto é uma atividade natural e intencional que o

ser humano utiliza para procurar solucionar problemas e construir conhecimentos. Alvarez

(op cit) afirma que, no mundo contemporâneo, o projeto é a mola do dinamismo, se

tomando em instrumento indispensável de ação e transformação. Na tentativa de uma

síntese, pode-se dizer que a palavra projeto faz referência a ideia de frentes um projetar,

lançar para, a ação intencional e sistemática, onde estio presentes: a utopia

concreta/confiança, a ruptura/continuidade e o instituinte/instituído. Segundo Gadotti (cit

por Veiga, 2001, p. 18),

Todo projeto supõe ruptura com o presente e promessas para o futuro. Projetar

significa tentar quebrar um estado confortável para arriscar-se, atravessar um período de

instabilidade e buscar uma estabilidade em função de promessa que cada projeto contém

de estado melhor do que o presente. Um projeto educativo pode ser tomado como

promessa frente determinadas rupturas. As promessas tornam visíveis os campos de

ação possível, comprometendo seus atores e autores.

Porém a ideia de projeto pedagógico vem tomando corpo no discurso oficial e

em quase todas as instituições de ensino, espalhadas nesse imenso Brasil. A Lei de

Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei 9394/96), em seu artigo 12, inciso I, prevê

que "os estabelecimentos de ensino, respeitadas as normas comuns e as do seu sistema

de ensino, tem a incumbência de elaborar e executar sua proposta pedagógica", deixando

explícita a ideia de que a escola não pode prescindir da reflexão sobre sua

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intencionalidade educativa. Assim sendo, o projeto pedagógico passou a ser objeto

prioritário de estudo e de muita discussão.

Para André (2001, p. 188) o projeto pedagógico não é somente uma carta de

intenções, nem apenas uma exigência de ordem administrativa, pois deve "expressar a

reflexão e o trabalho realizado em conjunto por todos os profissionais da escola, no

sentido de atender às diretrizes do sistema nacional de Educação, bem como às

necessidades locais e específicas da clientela da escola"; ele é "a concretização da

identidade da escola e do oferecimento de garantias para um ensino de qualidade".

Segundo Libâneo (2001, p. 125), o projeto pedagógico "deve ser compreendido como

instrumento e processo de organização da escola", tendo em conta as características do

instituído e do instituinte. Segundo Vasconcellos (1995), o projeto pedagógico é um

instrumento teórico-metodológico que visa ajudar a enfrentar os desafios do cotidiano da

escola, só que de uma forma refletida, consciente, sistematizada, orgânica e, o que é

essencial, participativa. E uma metodologia de trabalho que possibilita ressignificar a ação

de todos os agentes da instituição (p. 143).

Sendo assim o projeto pedagógico não é modismo e nem é documento para

ficar engavetado em uma mesa na sala de direção da escola, ele transcende o simples

agrupamento de planos de ensino e atividades diversificadas, pois é um instrumento do

trabalho que indica rumo, direção e construído com a participação de todos os

profissionais da instituição.

Falar da construção do projeto pedagógico é falar de planejamento no contexto

de um processo participativo, onde o passo inicial é a elaboração do marco situacional,

sendo este a luz que deverá iluminar o fazer das demais etapas.

2 Justificativa

O PPP tem sido objeto de estudos para professores, pesquisadores e

instituição educacionais em nível nacional, estadual e municipal em busca da melhoria da

qualidade do ensino. O presente estudo tem a intenção de refletir acerca da construção

do PPP entendido como a própria organização do trabalho pedagógico da escola como

um todo.

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A escola é o lugar de concepção, realização e avaliação de seu projeto

educativo, uma vez que necessita organizar seu trabalho pedagógico com base em seus

alunos. Nessa perspectiva, é fundamental que ela assuma suas responsabilidades, sem

esperar que as esferas administrativas superiores tomem essa iniciativa, mas que lhe

deem as condições necessárias para levá-la adiante. Para tanto, é importante que se

fortaleçam as relações entre escola e sistema de ensino. Para isso fizemos reflexões para

a análise dos princípios norteadores e discutimos os elementos básicos, da organização

do trabalho pedagógico, necessários à construção do Projeto Político Pedagógico.

2.1 Dados Gerais

Colégio Estadual Adaucto da Silva Rocha – Ensino Fundamental e Médio,

Código: 00019, Endereço: Rua: Romão Martins, nº 242 – Luiziana PR, CEP: 87.290-000,

FONE/FAX: 0XX 44 3571-11-85. Município: Luiziana-PR, Código: 1382, Dependência

Administrativa: SEED, Código: 02, NRE: Campo Mourão – Pr, Código: 05, Entidade

Mantenedora: Governo do Estado do Paraná. Nível, curso e modalidade oferecida.

Ato Administrativo de Aprovação do Regimento Escolar No 106/2000 de

12/06/2000.

Distância do Colégio do NRE: 32 km.

e-mail: [email protected]. - [email protected].

2.1.1 Nível, curso e modalidade oferecida

NÍVEL: Educação Básica, com os CURSOS: Ensino Fundamental de 5ª a 8ª

séries e Ensino Médio nas modalidades presencial, e curso CELEM - Curso Básico de

Língua Espanhola, Sala de Apoio Aprendizagem no período da manhã e tarde para

alunos das 5as séries e o Programa Viva Escola.

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2.2 Aspectos Históricos

Unidade Escolar Barão do Cerro Azul extensão do Colégio Estadual Professor

João D’ Oliveira Gomes, funcionou com sede a rua 11, s/nº em Luiziana distrito de Campo

Mourão Estado do Paraná, em 1975, conforme parecer 108/81 de Ensino de 1º Grau que

aprovou o plano de implantação da Lei 5692/71 – Ensino de 1º Grau, da Escola Barão do

Cerro Azul e Colégio Estadual Professor João D’ Oliveira Gomes (extensão de Luiziana),

Resolução 1094/81 de 28 de maio de 1.981.

2.2.1 Alteração de denominação

Escola Adaucto da Silva Rocha – Ensino de 1º Grau de 5ª a 8ª séries pela

Resolução nº 1094/81 que homologou o Parecer nº 108/81 e por Resolução Conjunta nº

65/82 de 20/07/81.

2.2.2 Reconhecimento

A Escola Adaucto da Silva Rocha – Ensino de 1º Grau esta devidamente

reconhecida para ministrar o ensino de 2º grau regular, atual Ensino Médio pela

Resolução nº 1.272/83 do dia 31/05/83.

2.2.3 Autorização de Funcionamento

A Escola Adaucto da Silva Rocha – Ensino de 1º Grau funcionou desde a sua

fundação até o ano de 1979 com turmas de 5ª a 8ª séries. A partir do ano 1980, passou a

funcionar com ensino de 2º Graus através da aprovação do parecer nº 036/80 do DESG

processo nº 012652/80, além da autorização de funcionamento amparada pela Resolução

conjunta nº 065/82, de 29/07/82. Recebeu então, a denominação de Colégio Estadual

Adaucto da Silva Rocha – Ensino de 1º e 2º Graus. Atualmente, esta entidade de ensino

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funciona em prédio próprio, oferecendo os seguintes cursos: Ensino Fundamental

Regular, autorizado pela Resolução nº 3.606/82 de 27/12/82 e reconhecido pela

Resolução nº 656/85 de 11/03/85. O curso do ensino Médio Regular teve seu

funcionamento autorizado pela Resolução nº 976/88 de 13/04/88 e foi reconhecido pela

Resolução nº 3.237/90 de 22/11/90.

2.3 Características da comunidade

Localizado na Região centro-oeste do Estado do Paraná o Município de

Luiziana conta com uma área de 909.357 Km ², sua população ao todo é de 7.204 (censo

de 2007), divididos em 4.350 habitantes na zona urbana e 2.854 habitantes na zona rural.

O município está limitado geograficamente ao Norte com Campo Mourão e Barbosa

Ferraz, ao Leste com Iretama, a Oeste com Mamborê e ao Sul com Nova Cantu e

Roncador, o município conta com uma altitude média 520 metros, sendo na área urbana

777 metros aproximadamente.

Sua população tem em sua maioria procedência dos estados do Rio Grande do

Sul, Santa Catarina, Minas Gerais, São Paulo, Paraíba e Bahia.

Os meios de comunicação de maior abrangência no Município são: a Tribuna

do Interior e Gazeta do Centro Oeste, além disso contamos com telefones fixos (DDD e

DDI apenas de uma operadora) e telefonia móvel (GSM, também apenas de uma

operadora) e Internet discada, banda larga e via rádio. Como também temos diversas

estações de rádio que são sintonizadas sendo que as mais populares são: Rádio

Colmeia, Rural AM e FM., Musical FM, Terra FM, Jandaia FM, CBN FM e Tropical FM. Os

sinais de televisão sintonizáveis em nosso município pelo uso de antenas parabólicas são

muitos, entre eles pode-se citar a Rede Globo, SBT, TV.Cultura, TV Escola, Rede

Bandeirantes, Rede Record; Rede Vida, RedeTV, TV Carajás, TV Aparecida, entre outras.

Nível Sócio – Econômico do Município de Luiziana

O Município de Luiziana depende exclusivamente da agropecuária para seu

desenvolvimento econômico, na pecuária destaca-se a criação de bovinos de corte e

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leiteiro, suinocultura, e na agricultura destacam-se as culturas anuais de soja, trigo e em

menor escala cultiva-se arroz, feijão, milho, batata, mandioca. Há também a sericicultura,

silvicultura, apicultura, entre outros.

Devido ao alto grau de mecanização de nossas lavouras e do predomínio da

monocultura há falta de oportunidades de trabalho, na maior parte do ano, gerando um

problema social e urbano bastante sério. Embora a política habitacional já realizada no

município direcionada à população menos favorecida, ainda há habitantes nas vilas e

favelas em moradias precárias, que permanecem na ociosidade, sem grandes

perspectivas de vida.

Quanto ao âmbito urbano, as ofertas de empregos são muito limitadas, pois há

uma saturação em relação ao que é oferecido.

Nas indústrias de madeira de pequeno porte, faltam investimentos, o que

poderia levar a maior oferta de emprego, melhor distribuição de renda e crescimento da

arrecadação do Município.

Os maiores geradores de empregos no Município são os entrepostos da

Cooperativa – Coamo, o comércio, Kibase – fábrica de tijolos, madeireiras, construção

civil, a Prefeitura Municipal, facções (roupas), entre outros.

Mesmo com a existência das modalidades de trabalho acima citadas, não

contempla toda a população economicamente ativa, nossos jovens não encontram

perspectiva de um futuro melhor e submetem-se a qualquer oferta de trabalho que lhe

possa auxiliar no sustento familiar, mesmo que lhe custe deixar de estudar. Assim, cresce

a migração das famílias em busca de novas oportunidades, refletindo nas salas de aula,

pois alguns se submetem diariamente a trabalhos em cidades vizinhas, causando

transtornos em seus estudos.

2.4 Caracterização da clientela escolar

O Colégio conta, no ano letivo de 2010, com um total de 1007 alunos,

matriculados nos turnos manhã, tarde e noite.

A clientela escolar deste estabelecimento situa-se na faixa etária entre os 10 e

17 anos, excetuando alguns casos de alunos com idade superior.

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Os alunos que compõem o Colégio são oriundos da área central da cidade, da

área periférica de todos os quadrantes da zona urbana e também da área rural.

O nível sócio econômico cultural é variável. As famílias têm em média 04 filhos,

sendo que estes, em sua maioria, colaboram com o orçamento familiar, permitindo uma

renda média de 1 a 3 salários mínimos.

O Colégio tem uma boa credibilidade junto à comunidade escolar, sendo

bastante valorizado por toda cidade. Analisando e avaliando os anseios dos pais, pode-se

observar que eles também almejam um ensino de boa qualidade para seus filhos.

Espera-se que com uma nova concepção de avaliação e a utilização de novas

metodologias de ensino, seja possível atingir os alunos com dificuldades de

aprendizagem e alterar substancialmente o resultado final, mantendo baixos índices de

retenção e diminuindo a evasão escolar.

2.4.1 Quadro demonstrativo do número de classes de alunos:

Série Quantidade

de turmas

Turno Nº de

alunos

5ª 2 manhã 66

5ª 2 tarde 66

6ª 2 manhã 67

6ª 3 tarde 95

7ª 2 manhã 52

7ª 3 tarde 75

7ª 1 noite 22

8ª 2 manhã 63

8ª 2 tarde 55

8ª 1 noite 24

1º 1 manhã 41

1º 1 tarde 35

1º 1 noite 35

2º 2 manhã 45

2º 1 tarde 31

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2º 1 noite 25

3º 1 manhã 35

3º 1 tarde 26

3º 1 noite 27TOTAL DE TURMAS = 30 TOTAL DE ALUNOS = 885

2.4.2 Atividade Complementar

Modalidad

e

Quantidade

de turmas

Turno Nº de

alunos

VIVA

ESCOLA

1 tarde 24

ESPANHO

L - básico

2 Noite 59

2.4.3 Número de Professores e Funcionários

Professores: 45 (quarenta e cinco)

Pedagogos: 03 (três)

Funcionários: 17 (dezessete)

3 Objetivos

3.1 Objetivos Gerais

Objetivamos com este Projeto Político Pedagógico, resgatar a identidade e a

função social da Escola Pública do Paraná, uma vez que a proposição da elaboração

desse documento responde às necessidades da escola de refletir sobre sua prática

pedagógica, assumindo a responsabilidade do seu comprometimento na construção de

uma sociedade mais justa, humana e igualitária.

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3.2 Objetivos específicos

• Resgatar a identidade e a função social da escola;

• Conhecer a organização, a dinâmica da escola e a realidade social onde

ela está inserida;

• Respeitar as diferenças de cada cidadão que queremos formar;

• Refletir sobre sua prática pedagógica, assumindo a responsabilidade do

seu comprometimento na construção de uma sociedade mais justa e

humana;

• Reconhecer os direitos humanos e o exercício dos direitos e deveres da

cidadania, como fundamento da preparação do educando para a vida;

• Buscar a equidade no acesso à educação, ao emprego, à saúde, ao

meio ambiente saudável e a outros benefícios sociais;

• Garantir a vinculação do mundo do trabalho com a prática social,

privilegiando a formação para o exercício da cidadania.

4 Princípios filosóficos do trabalho escolar

4.1 O Desafio das diferenças na escola

É bom sinalizar que qualquer caminho trilhado no sentido de lidar com as

diferenças no cotidiano educacional não é neutro, nem ideal. Todos nós estamos

marcados por nossas visões de mundo, por valores incorporados ao longo da nossa

existência, por idéias e ideais construídos ou apreendidos, por concepções a respeito da

vida e do mundo. É bom lembrar que a Vida, no singular e no plural, é muito mais

abrangente do que nossa condição humana pode captar, compreender, capturar.

Estamos diante do desafio, talvez similar ao momento que antecedeu à

invenção da roda, talvez um desafio menos conceitual e mais prático, mais vivencial, que

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nos coloca diante dos nossos próprios preconceitos, do nosso racismo, do nosso

machismo, do nosso elitismo.

Trabalhar com a percepção da existência da diferença, como uma constante,

obriga-nos a rever valores, posições, preconceitos:

É fácil perceber a humanidade no que é espelho, no que consideramos ser

semelhante a nós, ou no que desejamos ser e valorizamos. É fácil reconhecer, portanto, a

humanidade de Gandhi, da criancinha que achamos lindinha, limpinha e arrumadinha.

Mas naquele ou naquela que desprezamos, abominamos, desqualificamos, desejamos

ver longe de nós, tal reconhecimento é de fato muito difícil.

O que se exige de nós, em termos de força, não nos silenciarmos diante de

qualquer tipo de discriminação, de injustiça social, cultural, ou de qualquer espécie? O

que de energia é exigido de nós, em termos de aprendizagem, crítica e reflexão, para

conseguirmos reconhecer, analisar e avaliar tais situações?

Ora, uma educação inclusiva, no sentido de incluir na pauta as diferenças, o

contato, o diálogo, a interação com as diferenças, coloca a própria escola num lugar de

questionamento quanto ao seu papel, seu sentido, seu significado. Qual o papel da escola

num contexto multicultural que se sabe político, e que não se propõe racista, nem elitista,

nem machista, nem etnocêntrico... É essencial percebermos a dimensão disto tudo. O que

nós, como educadores, faremos? E como faremos? Como nosso currículo se configurará?

Como serão e deverão ser nossas aulas, nossa avaliação, nossa sala de aula? Como

será nossa postura? Como não sermos tão individualistas e julgarmos que os outros são

muito diferentes de nós, a ponto de nos transformarmos numa ilha cercada de ilhas por

todos os lados? Como não ser tão universalistas a ponto de apagarmos as singularidades

culturais, políticas, sexuais, sociais, intelectuais? Como levar em consideração todos os

segmentos da escola?Como enfrentar que nossas mais belas intenções e ações são

ainda incipientes, que são muito poucas, embora necessárias?

Somos todos fadados à multiplicidade e a história nos coloca diante do grande

desafio de aceitar a diferença e aprendermos a ser mais ecológicos, com respeito,

sabedoria, humildade, quiçá com amor, a lidar com tudo isso em todos os espaços,

sobretudo, o que é o nosso caso, na escola. Neste caso, precisamos fortalecer nossa

autonomia, nossa capacidade de ler e aprender no/com o mundo, assumirmos a nossa

responsabilidade em escrever no e para o mundo nossas experiências na busca da

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invenção da nossa roda, a roda de trabalhos multiculturais conscientes, críticos, criativos

e, assim, contar essas experiências, esse exercício, sair dos muros da escola no sentido

de compartilhar nossas ações com outros coletivos e fortalecer a complexa rede de

produção de saberes da humanidade.

4.1.1 Concepção de Educação Inclusiva

Analisando a evolução histórica dos movimentos para universalizar o acesso às

escolas, conclui-se que o paradigma da inclusão vem caracterizar uma orientação que,

necessariamente, diz respeito à melhoria da qualidade e das respostas educativas de

nossas instituições de ensino-aprendizagem, para todos.

Embora este movimento esteja predominantemente relacionado ao alunado da

Educação Especial, é um equívoco supor que a proposta diz respeito a esses sujeitos,

apenas. A inclusão educacional implica no reconhecimento e atendimento às diferenças

de qualquer aluno que, seja por causas endógenas ou exógenas, temporárias ou

permanentes, apresenta dificuldades de aprendizagem.

A inclusão educacional para efetivar-se necessita de suporte da Educação

Especial, incluindo a implantação ou implementação de uma rede de apoio.

Para o ano de 2010 o Colégio Estadual Adaucto da Silva Rocha conta com

Sala de Apoio-aprendizagem aos alunos de 5a série.

4.2 A nossa filosofia de trabalho

Nossa filosofia está voltada para os interesses da sociedade[2], buscando

garantir uma educação de excelência, mobilizando alunos e professores para a

socialização do processo de produção do conhecimento, formando cidadãos aptos a

entender, participar e transformar esta sociedade.

Portanto os pressupostos filosóficos do estabelecimento de ensino estão

voltados para o interesse da comunidade, facilitando o reconhecimento e valorização da

diversidade cultural e das formas de perceber e expressar as realidades próprias dos

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gêneros, das etnias e das muitas regiões e grupos sociais do país, planejando o espaço e

tempo para acolher e expressar a diversidade dos alunos e propiciar trocas de

significados, pois o reconhecimento dos direitos humanos e o exercício dos direitos e

deveres da cidadania, como fundamento da preparação do educando para a vida,

buscando a equidade no acesso à educação, ao emprego, à saúde, ao meio ambiente

saudável e a outros benefícios sociais.

Diante do momento que se apresenta em nosso país, no qual buscamos

soluções para a melhoria da qualidade de vida do cidadão, é que fundamentamos os

estudos nos princípios norteadores da SEED, em torno dos quais inspiram a Constituição

e a LDB.

Para observância deverão ser coerentes com estes princípios, a prática

administrativa e pedagógica dos sistemas da escola, as formas de convivência no

ambiente escolar, os mecanismos de formulação e implantação de política educacional,

os critérios de alocação de recursos, a organização do currículo e das situações de

ensino – aprendizagem e os procedimentos de avaliação.

A escola almeja uma nova organização para os Educadores, Pais,

Funcionários, Equipe Pedagógica e principalmente para os alunos, oferecendo uma

educação para a vida, que como princípio educativo, busca-se para o aluno um perfil de

formação mais condizente com as características da produção pós-industrial, contribuindo

para a formação de um novo cidadão, mais consciente de seus direitos e obrigações,

possibilitando a compreensão do que é ensinado e o uso do aprendizado na vida prática,

estimulando a sua vontade de aprender, o seu espírito crítico, a sua capacidade de

resolver problemas, oportunizando a todos a chance de se apossarem de conhecimentos

científicos, sociais, materiais e estéticos que foram e estão sendo construídos pelo

homem ao longo de sua história, enfim, que lhe indique o caminho para se tornar uma

pessoa apta a exercer sua cidadania.

5 Princípios norteadores da educação

A construção do PPP, segundo Veiga (2001, p. 16), como organização do

trabalho da escola, parte de alguns princípios norteadores, os quais fundamentamos

nossos estudos:

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IGUALDADE: a escola deve oferecer condições de acesso e permanência para

todos, com qualidade. Direito este previsto na LDB (Lei de Diretrizes e Bases).

LIBERDADE: Liberdade para aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a arte e o

saber direcionados para uma intencionalidade definida coletivamente.

QUALIDADE: Propiciar a qualidade para todos, através de um

desenvolvimento global do indivíduo, levando este a superar os desafios do processo

educacional. A escola de qualidade deve evitar a repetência e a evasão, garantindo um

bom desempenho de todos os educandos.

DIVERSIDADE CULTURAL: Promover o conhecimento das diferentes

condições de vida social, econômica, política e cultural do município, região, estado e do

país, oportunizando a construção do pensamento crítico sobre as riquezas culturais e os

limites do desenvolvimento humano no contexto social.

COMBATE AO ANALFABETISMO: elaborar projetos garantindo o acesso aos

processos educacionais e a permanência nos mesmos com qualidade, superando a

incapacidade de ler e escrever, permitindo a este uma atuação eficaz em seu grupo e

comunidade, que lhe permitam, também, continuar usando a leitura, a escrita e o cálculo

a serviço de seu próprio desenvolvimento e do desenvolvimento de sua comunidade.

GESTÃO DEMOCRÁTICA: abrange as dimensões pedagógicas,

administrativas e financeiras. Implica principalmente o repensar da estrutura de poder na

escola, tendo em vista sua socialização.

VALORIZAÇÃO DO MAGISTÉRIO: a melhoria da qualidade de ensino está

intimamente ligada a formação do educador, inicial e continuada. A escola deve oferecer

condições de trabalho com variedade de recursos didáticos, materiais, recursos físicos,

redução do número de alunos por turma, entre outros requisitos que possam auxiliar na

melhoria da qualidade educativa.

Na construção da nova organização do trabalho na escola, podemos apontar

sete elementos básicos: as finalidades da escola, a estrutura organizacional, o currículo, o

tempo escolar, o processo de decisão, as relações de trabalho e a avaliação.

É necessário definir coletivamente as finalidades da escola. Para tanto, é

imprescindível refletir sobre a ação educativa desenvolvida pela escola, a fim de reforçar

e detalhar, com maior clareza, os objetivos defendidos pela escola.

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A estrutura organizacional dispõe das estruturas administrativa e pedagógica,

sendo necessário analisar e estabelecer claramente suas funções:

Administrativa: locação e gestão de recursos humanos, físicos e financeiros.

Fazem parte, também, a arquitetura do edifício escolar e a maneira como ele se

apresenta: equipamentos e materiais didáticos, mobiliário, distribuição das dependências

escolares e espaços livres, cores, limpeza e saneamento básico (água, esgoto, lixo e

energia elétrica).

Pedagógica: interações políticas, questões com o ensino-aprendizagem e

currículo. Enfim, todos os setores necessários ao desenvolvimento do trabalho

pedagógico.

O currículo é a construção social do conhecimento, expressa numa cultura.

Este refere-se à organização do conhecimento escolar. Na sua organização devemos

considerar que não se trata de um instrumento neutro, mas que “implica nas questões de

poder, pois transmite concepções sociais, produz identidades individuais e sociais”

(BORBA, SCHULTE E DIRSCHABEL, 2001). Deve almejar a integração e preservar a

formação do ser pensante, crítico e participativo.

O tempo escolar define o calendário, os dias letivos, os horários das aulas, o

número de aulas determinadas por disciplina ... Tudo isso implica em constantes

indagações e reflexões acerca das finalidades estabelecidas pela escola.

No processo de decisões, ressalta-se a necessidade da participação de todos

os envolvidos com a educação escolar. Torna-se importante enfatizar que, o projeto-

pedagógico propõe relações de trabalho na escola que enfatizam a solidariedade, a

reciprocidade e a participação coletiva.

A avaliação no PPP deve favorecer o desenvolvimento das capacidades do

aluno de apropriar-se de conhecimentos científicos, sociais e tecnológicos produzidos

historicamente pela humanidade e deve ser resultante de um processo coletivo de

avaliação diagnóstica.

A construção coletiva do PPP amplia as possibilidades e implica em fazer

rupturas com o presente para avançar e alcançar qualidade na educação.

“O Projeto Político-Pedagógico constitui-se num processo democrático de

tomada de decisões, com o objetivo de organizar o trabalho pedagógico, no sentido de

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trabalhar os conflitos na busca de superar relações competitivas, corporativas e

autoritárias, diminuindo a fragmentação escolar. É construído com o envolvimento de

todos, pela discussão, análise e posicionamento, e se organiza em nível pedagógico e

político. Político, porque intencionamos a formação de um determinado tipo de homem,

escola e sociedade, sendo necessária a interferência nesta direção, comprometendo-nos

com a concretização desta intencionalidade. Pedagógico porque efetivamos estas

concepções através da ação educativa, que deve nos remeter a uma reflexão sobre a

relação do homem no mundo e com o mundo e a explicação destes determinantes. Por

ser um projeto, não está pronto e acabado, uma vez que supõe uma busca constante de

alternativas viáveis à efetivação do trabalho pedagógico, exigindo uma atitude de

pesquisa e reflexão sobre a realidade cultural do aluno, da escola e das práticas

educativas numa perspectiva não excludente”. (Proposta Curricular de Santa Catarina:

Educação infantil, Ensino Fundamental e Ensino Médio, edição 1998)

5.1 Construção do Projeto Pedagógico - Um fazer coletivo

Em seus escritos, VEIGA (1996), traz reflexões acerca da construção do

projeto político-pedagógico nas escolas. Destaca-se a construção de um projeto em

busca da real qualidade de ensino, em acordo com as especificidades presentes em cada

comunidade escolar.

Para isso, precisamos envolver todos os que contribuem com o ambiente da

escola: pais, alunos, educadores, funcionários, direção e comunidade social, os quais,

num processo de coletividade, encontrem os fundamentos e as necessidades que

nortearão o P.P.P. Temos a escola como um ambiente de construção de conceitos,

transmissão dos conhecimentos historicamente acumulados e de formação da cidadania

de maneira crítica e atuante na sociedade.

Além desse aspecto, a escola é também uma instituição burocrática, a qual,

possui profissionais de cunho administrativo que prestam contas dos investimentos da

instituição e manutenção do prédio escolar.

Todo esse conjunto que forma a escola busca, através do projeto político-

pedagógico, além de qualidade e organização do trabalho pedagógico, uma autonomia

que a fortaleça enquanto o sistema de ensino pela comunidade que a cerca e pela

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assistência que lhe atende as instâncias superiores.

A construção coletiva do P.P.P. é algo evidente neste processo:

“(...) busca um rumo, uma direção. É uma ação intencional, com um sentido

explícito, com um compromisso definido coletivamente. (...) o projeto político–pedagógico

como um processo permanente de reflexão e discussão dos problemas da escola, na

busca de alternativas viáveis à efetivação de sua intencionalidade, que não é descritiva ou

constatativa, mas é constitutiva.” (VEIGA, 1996, p. 23).

Conscientizar-se de que a escola é um local de desenvolvimento crítico e real,

onde se almeja acontecerem esses ideais fora do papel, abrangê-lo nas ações da escola

como um todo, juntamente com suas finalidades de: cultura, política, sociedade humana,

profissional e de formação. Todo esse conjunto que compõe este ambiente faz-se

identificar e detalhar seus objetivos a um significado, atingindo de forma eficiente suas

determinações enquanto instituição de ensino.

Permeiam assim todas as questões que circundam os ambientes escolares,

presentes no P.P.P, desde sua estrutura, planejamento, interação e currículo, efetivando

uma ação ideológica presente no contexto social existente, comprometendo-se com o

desenvolvimento do indivíduo e sua autonomia, preocupando-se também, com um

calendário escolar bem estruturado para organizar toda essa construção.

Necessita determinar, em questões temporais, reflexões entre grupo escolar,

formação e oportunizar aos alunos outros espaços, para fazer a escola acontecer dentro

de seus interesses pressupostos em seu trabalho de ensino.

Esses momentos reflexivos devem considerar uma autocrítica de todo esse

envolvimento, sua construção enquanto projeto, confronto de interesses pela escola e o

encontro de solucionar as necessidades presentes.

Ao se conhecer a realidade escolar, nos acionamos em destacar uma avaliação

dentro de uma visão crítica, percebendo os resultados de toda a ordem do trabalho

pedagógico, pois, ao se ter conhecimento dos problemas que existem em todo o ambiente

escolar, compreender e coletivamente diagnosticar tais situações enquanto aluno,

educador, sociedade, busca-se o desenvolvimento das capacidades dos alunos, ser

consciente das mudanças necessárias à comunidade escolar e do ser cidadão.

O P.P.P implica de maneira significativa na organização do trabalho

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pedagógico e sua reflexão acerca do cotidiano da escola por ser um processo de

construção coletiva, permitindo assim, que se amplie o encontro entre todos os envolvidos

com a escola e as mudanças que urgentemente são necessárias em todo o meio que

cerca essa instituição por contextualizar a ação envolvente.

O P.P.P não deve cumprir uma burocracia e nem ficar registrado num monte de

papel escrito estocado numa gaveta, é um instrumento essencial na construção da

sociedade.

6 Marco situacional

Podemos considerar que os problemas ligados à precarização do trabalho

escolar não são recentes no país, mas constantes e crescentes, e cercam as condições

de formação e de trabalho dos professores, as condições materiais de sustentação do

atendimento escolar e da organização do ensino, a definição de rumos e de abrangência

das dimensões da escolarização, processo esse sempre precário, na dependência das

priorizações em torno das políticas públicas. Notadamente a partir dos anos 70 do século

XX, acentua-se no país o agravamento das condições econômicas e a deterioração do

sistema público de ensino, a par de sua expressiva expansão, repercutindo com efeitos

desastrosos no funcionamento das escolas, especialmente nos grandes centros urbanos

(Paiva et al., 1998).

Nas décadas seguintes, 1980 e 1990, as interferências dos organismos

internacionais de financiamento, já presentes e decisivas, tornam-se mais expressivas,

incidindo sobre os rumos da escolarização e sobre a formação de seus profissionais. No

concerto de projetos sociais e acordos necessários aos arranjos da globalização, as

políticas educacionais geradas nesse período se explicitam, inclusive, em

redirecionamentos curriculares.

Já se produziram diversas análises das recentes políticas educacionais e

reformas de ensino, que discutem as implicações da globalização econômica e da

hegemonia política do neoliberalismo sobre a educação brasileira.

São complexas as mudanças pretendidas, objetivando articular e mudar o foco

dos conteúdos e também organizar o processo pedagógico de modo que possibilitem

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aprendizagem contínua e avanços diferenciados aos alunos.

Por bom senso já se pode afirmar que qualquer que seja a direção que se

queira, as mudanças exigem condições de trabalho quase sempre ausentes em nossas

escolas. Apesar das promessas da atual reforma relativas à melhoria do quadro da

escolarização dissolvem-se ou, pelo menos, tomam a feição concreta de um projeto de

governo que desconhece ou não se importa com a realidade da nossa escola pública, que

não destoa da vida de seus usuários e que é a instituição na qual se expressa a face mais

dura da organização econômica e social em que se produz a vida de nossas crianças e

jovens.

Até o momento temos um sistema educacional que não apresenta uma visão

clara de sua identidade e função social, desarticulado do contexto socioeconômico, não

respondendo aos interesses e necessidades vivenciadas pela classe trabalhadora na qual

está inserido, não oferecendo uma educação voltada à cidadania.

Os maiores desafios para a escola são:

• Desigualdade social e econômica;

• Questões intempéricas, dificultando o deslocamento até a escola, devido ao

transporte escolar (chuva), faltas frequentes;

• Desmotivação pela própria questão social;

• Evasão e repetência escolar;

• Gravidez e/ou casamento precoce;;

• Período de safra e entressafra;

• Atestados médicos (faltas justificadas, mas que interferem no desenvolvimento da

aprendizagem);

• Desinteresse pela aprendizagem e conhecimento.;

• Falta de pré-requisitos básicos para a etapa em estudo;

• Famílias desestruturadas;

• Falta de perspectiva de vida por parte dos alunos;

• Baixo nível de escolaridade e analfabetismo familiar;

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• Fatores emocionais, sociais, orgânicos, econômicos e culturais;

• Período noturno: jornada diária de trabalho;

• Indisciplina em sala de aula;

Mesmo diante de tantos desafios, a escola hoje se encontra em um processo de

construção da sua identidade e a sua função social, promovendo projetos articulados com

a realidade social dos seus alunos e as particularidades de sua comunidade. Portanto

através de um trabalho compromissado dos professores equipe pedagógica e direção tem

se procurado oferecer um saber mais sistematizado, ativo, articulado, explícito, crítico,

orgânico contextualizado, científico, útil e prático, necessário para o bem viver e o

conviver, refletido em um ensino de qualidade respeitando sempre as singularidade dos

nossos alunos.

7 Marco conceitual

7.1 Cidadania

Para atingir o objetivo de construir uma escola democrática, igualitária,

participativa, formativa e crítica é necessário a concepção de uma cidadania plena e

consciente dos direitos e deveres atribuídos a todas as pessoas.

Os indivíduos devem ter ciência da importância da educação para a formação

da pessoa humana como um todo, assim como das instituições que contribuem para esse

processo. Cidadão que não aceite de forma passiva tudo o que é imposto pela sociedade,

mas que almeje a mudança, certo de que ela começa do interior para o exterior, do

individual para o coletivo. A formação da cidadania consciente acontecerá quando o

indivíduo conseguir sair da zona de conforto em que se encontra, onde o poder público

assume um papel paternalista/assistencialista e o indivíduo o papel de dependência

desse sistema. A cidadania requer uma atitude de independência, que o indivíduo adquire

quando passa a pensar sobre a realidade em que se encontra. Nessa dinâmica do

pensar, a escola exerce um papel fundamental, bem como, todos os profissionais que

nela se encontram inseridos.

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7.2 Cultura

Tendo como base as concepções dos autores estudados no texto e analisando

a realidade na qual convivemos em nosso escola consideramos que faz-se necessário

uma concepção de cultura que identifique, conheça e vivencie o multiculturalismo, que

vise a transformação do ser humano, da sociedade e do mundo.

Não existe uma cultura superior ou inferior a outra, o que temos é uma

diversidade cultural que precisa ser aceita, valorizada, respeitada e reconhecida como

parte do ser humano.

7.3 Trabalho

O trabalho depende intimamente de vários fatores: cultura, sociedade, homem,

mundo, conhecimento, tecnologia, educação, cidadania, ciência. É necessário ter

compromisso/comprometimento para cumprimento e obtenção dos objetivos. No trabalho

e em suas relações é necessário buscar o despertar do interesse no homem, cidadão do

conhecimento, que direcionará a uma construção diferenciada e atual de sociedade,

envolvendo o homem/cidadão pensante e criativo, certos de suas interferências na

sociedade, buscando respostas para seus problemas. Faz-se necessário ter uma visão

clara do objetivo de cada disciplina e sua interferência na formação do ser humano, capaz

de usar plenamente suas potencialidades.

Historicamente a visão de trabalho evolui de acordo com o momento histórico

vivenciado. Vimos na sociedade capitalista a busca pelo ter e hoje vemos a busca do ser,

para alcançar a eficiência, a cidadania, a conquista de direitos a fatores essenciais para

existência humana, é fazer o homem olhar para dentro de si.

O conhecimento deve servir para o despertar de novas conclusões, primando

para a compreensão do viver e conviver interferindo na vida em vistas às transformações,

onde o cidadão seja somente produto dentro de sua realidade, mas que sua interferência

esteja pautada na ciência, no conhecimento, nas tecnologias. Assim teremos uma

educação permeada pela busca da construção da cidadania em que o homem esteja

voltado para a compreensão de sua própria existência, e que o trabalho não apenas o

dignifique e supra suas necessidades, mas idealize essa prática para a busca de novas

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alternativas. Que a escola busque o lado humano, o ser, objetivando a complexidade

humanística, inserindo o cidadão no contexto de mundo com todas as interferências e

construções existentes.

Enfim, tem-se a realização humana com êxito. É pertinente ressaltar o

compromisso de cada família ao definir as prioridades educacionais e de vida dos seus.

7.4 Homem

A escola prima por um indivíduo que não seja: submisso, dominado pela

ideologia da mídia inseguro, sem perspectiva de vida e que não acredita no seu potencial,

mas que seja transformador da realidade na qual está inserido. Pressupõe-se que ele é

um ser histórico, que pode escrever a sua história de uma maneira crítica, construtiva,

traçando metas e buscando alcançá-las, sem prejudicar o meio onde vive, tendo

consciência do desenvolvimento, buscando-o com sustentabilidade.

7.5 Ciência

Devemos ter uma concepção de ciência que se constrói historicamente,

portanto mutável, compreendendo-a como a soma dos esforços humanos, de explicar de

forma sistematizada a realidade humana, na busca da emancipação do ser humano.

7.6 Educação

Pretendemos uma educação voltada para a transformação social, sendo esta

libertadora, crítica e humanitária. Oportunizando ao educando um conhecimento científico,

político e cultural visando formar um cidadão crítico e consciente de seus direitos e

deveres, preparado para a vida. Um indivíduo capaz de interagir com o outro e com o

meio ambiente de forma equilibrada.

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7.7 Tecnologia

Que a tecnologia seja o material de apoio ao processo ensino-aprendizagem,

cujo mediador é o professor e o aluno o aprendiz de um pensar novo que direcione a

descobertas do mundo a sua volta, apaixonando-se pelo conhecimento e não apenas pela

técnica.

7.8 Sociedade

Para a sociedade que queremos; faz-se necessário proporcionar ações que

contribuam para o pleno desenvolvimento dos cidadãos, viabilizando uma sociedade mais

esclarecida através do conhecimento de seu processo histórico e relacional entre os

indivíduos. Uma sociedade que busque construir oportunidades de participação efetiva de

todos, combatendo o individualismo e o conformismo, onde seja valorizado o ser e não o

ter.

7.9 Conhecimento

O conhecimento é construído através das interações humanas. Esse

conhecimento é influenciado pelo modo de produção, gerando uma concepção de

homem, ideologia, cultura e sociedade. Na sociedade capitalista o conhecimento é detido

por uma minoria dominante que utiliza a seu favor, mantendo uma sociedade de classes.

Cabe à escola socializar e possibilitar a apropriação deste conhecimento pelos

educandos, permitindo aos mesmos reconhecer seus deveres e defender seus direitos.

Diante do exposto, queremos para nossa instituição de ensino um

conhecimento dinâmico com liberdade na troca de experiências, que busque inovações,

procurando sair das atividades rotineiras, instigando o aluno a ousar, por em prática o

conhecimento científico mediado pela escola, adquirindo senso crítico e autonomia para

tomada de decisões.

O conhecimento é percebido quando há manifestação de mudança de atitudes

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e comportamentos, frente a situações vividas e a prática social. Portanto o conhecimento

mediador, num processo ação-reflexão-ação simultaneamente, possibilita a

transformação social.

7.10 Avaliação

A concepção de avaliação é comumente relacionada a ideia de mensuração de

mudanças do comportamento humano. Essa abordagem possibilita fortalecer a ênfase no

aspecto quantitativo, gerando consequentemente uma medida.

No entanto, a avaliação vai além da medida. Abrange também os aspectos

qualitativos, que são muito mais difíceis de serem considerados, tendo em vista que

envolvem objetivos subjetivos, posturas, políticas e valores.

As práticas de avaliação são definidas pelas concepções de mundo dos

profissionais envolvidos no processo, ou seja a definição dos instrumentos de avaliação

são determinadas pelas ideias e modelos da realidade do sistema em que o profissional

atua.

Na realidade, corresponde a um meio de controle feito através de atribuição de

pontos ou notas, para que os alunos realizem as tarefas propostas e tenham o

comportamento esperado. A nota, portanto, passa a representar um objetivo diferente da

representação do rendimento do aluno.

O compromisso do aluno então, não é com o conhecimento, mas sim com o

sucesso nesses instrumentos estipulados. A preocupação está em obter os pontos

determinados para cada atividade escolhida dentro do processo avaliativo.

Além disso, podemos perceber que a escola se tornou uma instituição

formadora obrigatória, principalmente no ocidente. A ideia de que toda criança tem que ir

para a escola, retira do indivíduo a liberdade de escolha. O direito do cidadão é quanto à

educação, mas perguntamos por que a educação está restrita somente à escola?

A didática ensino/aprendizagem como opção única da escola, é algo feudal,

tipicamente de cima para baixo, solidificando o conceito de "educação bancária", onde de

um lado como único sujeito (ensinar) e de outro como único objeto (aprender).

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Aprender, como papel exclusivo do educando significa cristalizar a atitude de

submissão e obediência. O educador, o "verdadeiro" educador, não precisa dessa

submissão. Enquanto não se perceber que didática deve ser estratégia emancipatória,

educação representará o passado.

Por outro lado, a educação, modernamente vista, não significa apenas bem em

si e instrumentação fundamental da cidadania, mas condição de produtividade

econômica. Com certeza, o sistema produtivo moderno valoriza a formação básica porque

garante condições mais favoráveis de lucratividade. Todavia, isto serve de gancho

estratégico para valorizar educação como investimento possivelmente mais relevante no

desenvolvimento.

É importante ressaltar que educação só tem a perder se ficar isolada da

dimensão política de emancipação. Fundamental é reconhecer que, hoje, posições rígidas

apenas fossilizam o conhecimento, que é o fator motor principal da nova sociedade

globalizada. O centro da inteligência é aprender a aprender, saber pensar, ser crítico e

analítico. Esse deve ser o centro da educação, e é dentro dessa perspectiva que a

avaliação do desempenho escolar deve ser concebida.

A forma de registro avaliativo é através de notas e sua periodicidade de registro

é bimestral, conforme consta no Regimento Escolar.

Para os alunos de baixo rendimento escolar será proporcionado Recuperação

de Estudos ao longo da série e do período letivo.

A Recuperação de Estudos será planejada, constituindo-se num conjunto

integrado ao processo de ensino, além de se adequar às dificuldades do aluno.

A Recuperação de Estudos realizada durante o ano ou período letivo deverá

constar em livro registro de classe.

A carga horária da recuperação de estudos será inserida no cômputo das 800

(oitocentas) horas anuais.

Na Recuperação de Estudos o Professor considera a aprendizagem do aluno

no decorrer do processo e, para aferição do bimestre, entre a nota de Avaliação e a da

Recuperação, prevalecerá sempre a maior.

O Colégio Estadual Adaucto da Silva Rocha – Ensino Fundamental Regular e

Ensino Médio Regular, oferece a Recuperação Paralela aos alunos de aproveitamento

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insuficiente dos conteúdos não assimilados durante o bimestre, através de: Pesquisas,

trabalhos individuais ou em grupos, dissertações, atividades extra-classe, avaliações

objetivas e subjetivas, trabalhos com vídeo.

Regimento Escolar: Avaliação

Art. 108 - A avaliação é uma prática pedagógica intrínseca ao processo ensino

e aprendizagem, com a função de diagnosticar o nível de apropriação do conhecimento

pelo aluno.

Art. 109 - A avaliação é contínua, cumulativa e processual devendo refletir o

desenvolvimento global do aluno e considerar as características individuais deste no

conjunto dos componentes curriculares cursados, com preponderância dos aspectos

qualitativos sobre os quantitativos.

Art. 110 - A avaliação é realizada em função dos conteúdos, utilizando

métodos e instrumentos diversificados, coerentes com as concepções e finalidades

educativas expressas no Projeto Político-Pedagógico da escola.

Parágrafo Único: É vedado submeter o aluno a uma única oportunidade e a

um único instrumento de avaliação.

Art. 111 - Os critérios de avaliação do aproveitamento escolar serão

elaborados em consonância com a organização curricular e descritos no Projeto Político-

Pedagógico.

Art. 112 - A avaliação deverá utilizar procedimentos que assegurem o

acompanhamento do pleno desenvolvimento do aluno, evitando-se a comparação dos

alunos entre si.

Art. 113 - O resultado da avaliação deve proporcionar dados que permitam a

reflexão sobre a ação pedagógica, contribuindo para que a escola possa reorganizar

conteúdos/instrumentos/métodos de ensino.

Art. 114 - Na avaliação do aluno devem ser considerados os resultados obtidos

durante todo o período letivo, num processo contínuo, expressando o seu desenvolvimento

escolar, tomado na sua melhor forma.

Art. 115 - Os resultados das atividades avaliativas serão analisados durante o

período letivo, pelo aluno e pelo professor, observando os avanços e as necessidades

detectadas, para o estabelecimento de novas ações pedagógicas.

Art. 116 - O Sistema de Avaliação Bimestral será composto pela somatória da

nota 4,0 (quatro) referente a atividades diversificadas; mais a nota 6,0 (seis) resultante de

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no mínimo 02 (duas) avaliações (instrumentos diversificados), totalizando nota final de

10,0 (dez). A avaliação do aproveitamento escolar deverá ser feita por instrumentos

diversificados, tais como: provas, debates, experiências, testes orais e escritos, tarefas

específicas, trabalhos práticos, pesquisas, participação em trabalhos coletivos e ou

individuais, apresentação de trabalhos.

Art. 117 - A avaliação da aprendizagem terá os registros de notas expressos

em uma escala de 0 (zero) a 10,0 (dez vírgula zero).

Art. 118 - A recuperação de estudos é direito dos alunos, independentemente

do nível de apropriação dos conhecimentos básicos.

Art. 119 - A recuperação de estudos dar-se-á de forma permanente e

concomitante ao processo ensino e aprendizagem.

Art. 120 - A recuperação será organizada com atividades significativas, por

meio de procedimentos didático-metodológicos diversificados. A proposta de recuperação

de estudos também deverá indicar a área de estudos e os conteúdos da disciplina.

Art. 121 - Os resultados das avaliações dos alunos serão registrados em

documentos próprios, a fim de que sejam asseguradas a regularidade e autenticidade de

sua vida escolar.

Parágrafo único- Os resultados da recuperação serão incorporados às

avaliações efetuadas durante o período letivo, constituindo-se em mais um componente

do aproveitamento escolar, sendo obrigatória sua anotação no Livro Registro de Classe.

Art. 122 - O estabelecimento de ensino proporcionará a Recuperação Bimestral

a todos os alunos que não atingirem a nota integral, sendo por:

I. Revisão dos Conteúdos: para melhorar seu desempenho o aluno deverá

rever os conteúdos relativos à disciplina em recuperação e refazer as atividades.

II. Atividade de Recuperação: O aluno receberá Orientação de Estudos, em

impresso próprio, abrangendo o conteúdo proposto e uma relação de exercícios para

serem desenvolvidos até o dia da avaliação e entregues ao professor. Esta atividade terá o

valor máximo de 4,0 (quatro) pontos.

III. Avaliação de Recuperação: Trata-se de uma Avaliação com valor máximo

de 6,0 (seis) pontos. Seu conteúdo é aquele indicado pelo professor e que consta da

Atividade de Recuperação, proposta na Orientação de Estudos.

IV. Melhoria de Aproveitamento: A nota da Avaliação de Recuperação +

Atividade de Recuperação constituirá a nota de Recuperação Paralela.

V. Substituição: Haverá substituição de notas se o resultado obtido for

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superior àquele atribuído no bimestre. Caso seja inferior, não haverá substituição.

VI. Ciência ao aluno: Após a correção da Avaliação de Recuperação, o

professor informará ao aluno o resultado final do Processo de Recuperação (Atividade de

Recuperação + Avaliação de Recuperação). Estes dois documentos ficam guardados pelos

professores, como registro de Recuperação

Parágrafo Único – A recuperação do aproveitamento escolar deverá ser feita

por instrumentos diversificados, tais como: testes, provas, debates, experiências, tarefas

específicas, trabalhos, pesquisas, participação em trabalhos coletivos e ou individuais.

Ainda consta no Regimento Escolar da instituição que:

Este estabelecimento de Ensino oferta a Matrícula em Regime de Progressão

Parcial ao aluno reprovado em até três (3) disciplinas.

O Regime de Progressão Parcial exige, para aprovação a frequência de 75% e

o aproveitamento mínimo de seis vírgula zero (6,0).

Este Estabelecimento oferta a matrícula em Regime de Progressão Parcial no

(s) curso de Ensino Fundamental e Ensino Médio.

Esta Instituição de Ensino ofertará Plano Especial de Estudos aos alunos,

quando houver impossibilidade do Educando frequentar a Dependência em turno

concomitante.

O Plano Especial de Estudos deverá ser aplicado ao aluno bimestralmente.

O aluno submetido ao Plano Especial de Estudos ficará dispensado da

frequência prevista em Lei.

O Plano Especial de Estudos, deverá ser registrado em Relatório que deverá

integrar a pasta individual do aluno.

É vedada a matrícula inicial no Ensino Médio ao aluno com Dependência no

Ensino fundamental.

O aluno, contemplado pela Progressão Parcial em até três (3) disciplinas,

estará reprovado caso não passe em uma delas, devendo cursar novamente a série.

(Parecer nº 282/2000 – CEE).

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32

Este estabelecimento de Ensino expedirá o certificado ou diploma de conclusão

de curso após o atendimento integral do currículo e da respectiva carga horária,

observados os mínimos exigidos por Lei e eliminadas as Dependências ocorridas ao

longo do curso.

Em se tratando de aluno reprovado, em até três (3) disciplinas, em

Estabelecimento de Ensino, que não oferte o regime de Matrícula com Progressão

Parcial, ao transferir-se para este Estabelecimento, esse aluno:

• Não usufruirá dos benefícios de Progressão Parcial;

• Sua matrícula será feita na mesma série em que ficou retido;

Este Estabelecimento de Ensino poderá realizar a Reclassificação, caso a

matrícula ocorra no início do ano letivo;

Ao receber transferência de aluno cumprindo disciplina (s) em Dependência no

Estabelecimento de origem, este Estabelecimento o atenderá na forma de Adaptação;

Terá direito à Progressão Parcial, a partir do momento em que vier a estudar

neste Estabelecimento.

A expedição de certificado ou diploma de conclusão de grau só se dará após o

atendimento integral do currículo pleno e da respectiva carga horária, observados os

mínimos exigidos pela lei e eliminadas as Dependências ocorridas ao longo do curso.

7.11 Educação no Campo

A Educação do Campo é compreendida a partir dos sujeitos que têm o campo

como seu espaço de vida, assim sendo, ela é uma educação que deve ser no e do

campo, no, porque “o povo tem o direito de ser educado no lugar onde vive”; Do país “o

povo tem direito a uma educação pensada desde o seu lugar e com a sua participação,

vinculada à sua cultura e às suas necessidades humanas e sociais” (Caldart, 2002,p.26).

Nesse sentido, o conceito de campo busca ampliar e superar a visão do rural como local

de atraso, em que as pessoas não precisam estudar ou que basta uma educação

precarizada e aligeirada.

Nesta concepção, o campo é entendido como lugar onde as pessoas vivem e

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produzem conhecimento partindo das relações de sua existência e sobrevivência. A

produção cultural no campo deve se fazer presente na escola, servindo como ponto de

partida para as práticas pedagógicas das Escolas do Campo. Assim sendo, esta

compreensão de campo vai além de uma definição jurídica, configura-se em um conceito

político que deve considerar as especificidades dos sujeitos e não apenas sua localização

espacial e geográfica.

Concebendo o campo como mais do que um espaço de produção agrícola e

pecuária, podemos afirmar que seus sujeitos no Paraná são as populações ribeirinhas,

pequenos agricultores, quilombolas, pescadores, camponeses nas mais diferentes

denominações (meeiros, bóia-frias, sem-terras, etc.) e os povos indígenas.

Com toda esta diversidade encontrada nas populações paranaenses, as

Escolas do Campo deverão preocupar-se não em estabelecer padrões e serem seguidos

e implementados e sim diretrizes a serem observadas e consideradas na construção dos

planejamentos dos professores e professoras, bem como dos projetos político-

pedagógicos destas escolas.

Cabe destacar que a Educação do Campo não pode estar desvinculada de um

projeto de desenvolvimento do campo que se pretende construir, devemos considerar

que, ao longo da história estes sujeitos foram explorados e expulsos do campo, devido a

um modelo produtivista. É necessário que a educação no Campo assuma o papel na

construção de um modelo de desenvolvimento tendo como elemento fundamental o ser

humano.

Diante da concepção posta sobre educação no campo, convém notar que no

estabelecimento de ensino do qual fazemos parte, não há “projeto de educação” voltado

especificamente para atender a esse público. Os educandos do meio rural estão inseridos

no “projeto educacional urbano”, no qual o ensino é voltado para uma visão mais

generalizada de ensino-aprendizagem em que se busca conviver com o multiculturalismo

social.

7.12 Programa Nacional de Educação Fiscal

Educação e um processo de formação do ser humano que objetiva prepará-lo

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para a vida, dotando-o de conhecimento e habilidades que o tornem capaz de

compreender o mundo e intervir conscientemente para modificar a realidade em que

vivemos de modo a edificar uma sociedade livre, justa e solidária.

A Educação Fiscal deve ser compreendida como a abordagem didático-

pedagógica capaz de interpretar as vertentes financeiras da arrecadação e o

acompanhamento de aplicação dos recursos arrecadados em beneficio da sociedade,

com justiça, transparência, honestidade e eficiência, minimizando o conflito de relação

entre o cidadão contribuinte e o Estado arrecadador.

Com a contribuição da educação fiscal pretende-se formar um ser humano

integral, como meio de transformação social dentro de um mundo globalizado, tendo

como foco a formação cidadã no processo de ensino e de aprendizagem. Possibilitar e

estimular o empoderamento do cidadão quanto ao controle democrático do Estado,

incentivando-o a participação individual e coletiva na definição de políticas publicas e na

elaboração das leis para sua execução.

7.13 O Uso das Tecnologias na Escola

As novas Tecnologias da Informação e da Comunicação estão transformando

nossa maneira de nos comunicarmos, na escola, no trabalho, nas decisões, enfim, o que

presenciamos atualmente em nível de avanço tecnológico era algo que víamos somente

em filmes de ficção científica.

Escreve nos Nelson de Luca Pretto (1999, p. 99):

“Nossa sociedade transforma-se, rapidamente numa velocidade típica de momentos de crise.

Vivemos, em apenas uma geração, transformações profundas que afetam o cotidiano de forma irreversível.

Entram em colapso as ideias iluministas de sociedade. A modernidade vive o seu limite histórico.

Transformam-se os conceitos de geografia, de historia. O tempo e o espaço passam a ter novos

significados”.

A formação para as novas tecnologias requer: o senso crítico, o pensamento

hipotético e dedutivo, as faculdades de observação e de pesquisa, formar julgamentos,

imaginação, memorização, classificação, a leitura e análise de textos e de imagens com

sentido, a compreensão e representação de redes, seus procedimentos e estratégias de

comunicação.

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A escola na atualidade tem dificuldades para atingir seus objetivos, mesmo os

primários, como o domínio da leitura e da escrita. Que espaço conceder às novas

tecnologias quando não se visa a ensiná-las como tal? Conseguirão os alunos

familiarizarem com esta tecnologia e utilizá-la em outro contexto?

Dentro desta visão parece ser a missão da escola, a de preocupar e trabalhar

buscando estar atualizada nas propostas educacionais de informática, e oferecer aos

seus alunos as mais diferentes e diversas experiências. Sobre isto diz Ferreiro (1999, p.

62): “A escola, sempre depositária de mudanças que ocorrem fora de suas fronteiras,

deve pelo menos tomar consciência da defasagem entre o que ensina e o que se pratica

fora de suas fronteiras”. Os educadores necessitam manter uma “vigília tecnológica”

mantendo-se atentos às inovações, com o intuito de não se fecharem nos instrumentos de

hoje. Pois estes sabem as novidades que a tecnologia aporta, por isso devem qualificar-

se e embasar-se, para poderem decidir, com conhecimento de causa o uso da tecnologia

na sua sala de aula.

[...] pois ele, embora não seja o único, é o principal direcionador do processo de ensino, não na

perspectiva da escola tradicional que centraliza tudo na sua figura, mas na compreensão de que ele dispõe

dos conhecimentos sistematizados e pode, dessa maneira, contribuir para que o aluno domine os conteúdos

indispensáveis à conquista de sua cidadania. (Libâneo apud Oliveira, 1997, p. 18)

Atrelado ao ato de ensinar, o educador precisa exercer uma vigília cultural,

sociológica, pedagógica e didática, compreender do que será feita a escola de amanhã,

seus projetos, seu público. “Uma educação que se fundamente na unidade entre a prática

e a teoria, entre o trabalho manual e o trabalho intelectual e que, por isso, incentive os

educandos a pensar certo”. (Freire, 1995, p. 86)

A escola necessita desenvolver uma cultura tecnológica de base, para pensar

as relações entre a evolução dos instrumentos (informática e hipermídia). “No momento

em que verifica uma revolução na vida e no trabalho, através do processo de automação,

a escola precisa mudar, não só de conteúdos, mas aceitando novos elementos que

possibilitem a integração do estudante ao mundo que o circunda” (Brasil, 2001, p. 186). A

quantidade e variedade de informações exigem que o professor cuide de sua pedagogia,

melhore sua didática, conscientizando das transformações a que a informática submete

as práticas de leitura e escrita. O mesmo não pode ficar indiferente às tecnologias novas,

por estas modificarem as maneiras de viver, divertir, informar, trabalhar e de pensar. Deve

estar consciente de que tal evolução aponta para situações que seus alunos enfrentarão

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fora da escola.

“O estudante não deve ser visto apenas como quem usa a informática enquanto instrumento de

aprendizagem, mas também, como aquele que conhece os equipamentos, programas e conceitos que lhe

permitam a integração ao trabalho e o desenvolvimento individual e interpessoal”. (Id, ibid, p. 186).

O futuro da escola aponta para transformações, e requer daqueles que fazem

educação, competência, sobriedade, no sentido de rever os instrumentos deste velho

modo de educar, que parece estar superado, esta educação que parece não ter percebido

que formamos crianças e jovens para atuarem profissionalmente em um novo tempo onde

o conceito de trabalho está em jogo.

“Esses novos valores que começam a emergir, a partir da presença dessas tecnologias estão

gestando uma nova razão que, em principio, é incomparável com o atual sistema educacional que

permanece fechado, linear, baseado em uma razão cartesiana, a qual vem sendo colocada em questão, em

todos os espaços fora da escola”. (Pretto, 1999, p. 105).

O desenvolvimento cientifico trouxe consigo a relativização, fazendo-nos, isto

em todas as áreas, sujeitos não responsáveis. Mas a educação tem como obrigação

primar pela qualidade de suas ações e construir no e com o aluno um aprender de

significado. Ao descrever o mito da cosmogonia fala-nos Brandão (1988):

“Hesíodo se desenvolve ciclicamente de baixo para cima, das trevas para a luz, e o poeta

prolonga, completa e ordena os deuses descritos por Homero. Ao documentarem as narrativas milenares

das inúmeras populações que concorreram para a formação do povo grego, os dois poetas recriaram, com

sua poiesis, o tempo e o espaço enquanto dimensões que transcendem o cotidiano”.

Compete então aos educadores e a nós, que estamos a trilhar por este

caminho, repensarmos as nossas práticas, bebendo sempre na fonte límpida dos bons

autores, lermos os clássicos, não acreditando, que, o que se fez ontem em educação, não

tem valor na atualidade. Tanto a linguagem dos mitos quanto a atual, devem estar

impregnadas de significados, pois o conhecimento somente será transformador de

estruturas se o receptor compreender a mensagem que está sendo transmitida.

7.14 Diretrizes Curriculares

As - Curriculares Nacionais são normas obrigatórias que orientarão o

planejamento curricular das escolas e sistemas de ensino, fixadas pelo conselho Nacional

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de Educação pôr meio da Câmara de educação Básica. O ponto de partida para a

formulação das diretrizes para o Ensino Médio foi o primeiro artigo da Lei 9394/96 (Lei de

Diretrizes e Base da Educação Nacional, LDB) o qual afirma que a educação escolar

deverá estar vinculada ao trabalho e à prática social.

Para Tanto vivemos um momento histórico que requer trabalhar com diretrizes,

os quais do conjunto destas e, pôr meio delas a formação de nossos alunos.

Cabe destacar que no processo de sistematização das diretrizes curriculares,

devem fazer parte das reflexões contemplando: a visão de mundo, homem, escola; a

concepção de educação, suas teorias e práticas; a contextualização da educação frente a

conjuntura nacional. Os estudos da realidades socioeconômica e cultural da região, o

perfil do aluno e do professor, bem como e dos órgãos colegiados, as diretrizes

curriculares nacionais, a legislação educacional atualizada, e os resultados de estudos de

demandas escolares como as bases dos projetos que compõem a cultura escolar.

8 Marco operacional

8.1 Ações

Integrar os alunos e a comunidade em geral à escola através de atividades

culturais diversificadas, para um melhor desempenho na educação;

• Oportunizar aos professores a participação em eventos de formação

continuada descentralizados, por disciplina ou área de conhecimento,

realizados pelo Núcleo ou SEED;

• Manter eventos que propiciem a troca de experiências entre os

profissionais da educação em âmbito municipal e regional através de

encontros pedagógicos.

• Propiciar a participação e maior envolvimento dos pais em encontros

pedagógicos e culturais, em reuniões da APMF, Conselho Escolar e

outros colegiados, no processo de ensino-aprendizagem e através de

reuniões extraordinárias sempre que necessário;

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• Manter a ordem no estabelecimento a fim de gerar maior segurança;

• Resgatar a tradição de eventos culturais;

• Oportunizar os alunos a participar de atividades recreativas, desportivas

e culturais, visando melhorar a disciplina e consequentemente sua

aprendizagem.

• Propiciar condições de melhoria no processo de ensino-aprendizagem,

através de experiências vivenciadas, adotando metodologias inovadoras

que levem a promoção de conhecimentos;

• Realizar trabalhos através da integração dos professores nas diversas

áreas de conhecimento estimulando o humanismo e a solidariedade nos

alunos;

• Diminuir o índice de evasão escolar dos alunos;

• Propiciar a leitura e a interpretação de textos e gráficos nas diversas

disciplinas, visando melhores índices de desempenho em diversas

modalidades de avaliação;

• Procurar diminuir o índice de reprovação dos alunos, sem diminuir a

qualidade de ensino ministrado.

• Palestras sobre sexualidade: às DSTs e à gravidez na adolescência;

• Palestras sobre prevenção ao uso indevido de drogas;

• Atividades que vise combater a depredação do patrimônio público;

• Atividades que abordem a Cultura Afro-descendente e Africana

• Agenda 21 escolar;

• Feira cultural;

• Gincanas interdisciplinares;

As atividades acima, serão desenvolvidas no coletivo, a partir de discussões

e práticas de ações necessárias para o desenvolvimento do tema.

O Projeto Agenda 21 desenvolverá atividades voltadas à problemática

encontrada em nossa escola e refere-se aos cuidados com a horta escolar, o jardim, a

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preservação dos recursos hídricos, coleta do lixo. O projeto visa conscientizar a

comunidade escolar na busca de soluções a fim de melhorar a qualidade de vida, onde a

participação de todos é fundamental para um resultado positivo.

O Ensino da Cultura Afro-descendente e Africana é desenvolvido é

desenvolvido em todas as disciplinas de acordo com a Lei 10639/03. A escola vem

realizando desde 2004, projetos relacionados ao tema. Visando a superação da

discriminação e proporcionando aos alunos o conhecimento da riqueza apresentada pela

diversidade étnico-cultural que compõe o patrimônio sócio, econômico, político e cultural

do povo brasileiro. Para que esse objetivo seja alcançado, faz-se necessário um esforço

coletivo dos professores na busca do aprofundamento de seus estudos sobre a questão

estando sempre atualizados com informações pertinentes.

8.2 Estágio não obrigatório

De acordo com a Lei 11.788/08, Artigo 1º, o Estágio e ato educativo escolar,

que visa a preparação para o trabalho produtivo dos educandos que estejam

frequentando o ensino regular em instituições de Ensino Superior, de Educação

Profissional, de Ensino Médio, da Educação Especial e dos anos finais do Ensino

Fundamental, na modalidade de Jovens e Adultos.

O Estágio não-obrigatório é aquele desenvolvido como atividade opcional,

acrescida à carga horária regular e obrigatória.

Conceber trabalho como princípio educativo pressupõe oferecer subsídios, a

partir das diferentes disciplinas, para analisar as relações e contradições sociais, as quais

se explicam a partir das relações de trabalho. Isto implica em oferecer instrumentos

conceituais ao aluno para analisar as relações de produção, de dominação, bem como as

possibilidades de emancipação do sujeito a partir do trabalho.

Cabe ao pedagogo acompanhar as práticas de estágio desenvolvidas pelo

aluno, ainda que em via não presencial, para que este possa mediar a natureza do

estágio e as contribuições do aluno estagiário com o plano de trabalho docente, de forma

que os conhecimentos transmitidos sejam instrumentos para compreender de que forma

tais relações se estabelecem histórica, econômica, política, cultural e socialmente. Cabe

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ao pedagogo, também, manter os professores das turmas, cujos alunos desenvolvem

atividades de estágio, informados, de modo que estes possam contribuir para esta relação

práxica.

9 Plano de Ação da Escola 2009 a 2011

INDICAD

ORES

PROBLE

MAS

O QUE

FAZER

RESPON

SÁVEIS

PRAZO

DIMENSÃO 1: GESTÃO ESCOLAR DEMOCRÁTICA

a) APMF

atuante.

Participa

na medida do possível.

Reuniões

bimestrais para envolver

os membros da APMF

nas ações da escola.

Direção. 2009-

2011.

b)

Conselho Escolar

atuante.

Pouco

atuante.

Eleição

para escolha de novo

Conselho Escolar.

Direção. 1º

Bimestre de 2009.

c)

Participação efetiva de

estudantes, pais, mães e

comunidade em geral.

Participa

m mas não se envolvem

muito.

Reuniões

periódicas.

Direção e

Equipe Pedagógica.

Durante

o ano letivo.

d)

Acesso, compreensão e

uso dos indicadores

oficiais de avaliação da

escola e das redes de

ensino.

Pouco se

trabalha estes dados

com a comunidade

escolar.

Trabalhar

dados oficiais de

avaliação com

comunidade escolar.

Direção,

Equipe Pedagógica e

Professores.

Triênio

2009/2011.

DIMENSÃO 2: AMBIENTE EDUCATIVO

a)

Respeito ao outro.

Alguns

alunos, não tratam

colegas, funcionários,

professores, equipe

pedagógica,direção, com

atenção e respeito.

Manter

regras de convivência

estabelecidas na escola.

Direção,

Equipe Pedagógica e

Professores.

2009/201

1.

b)

Disciplina e tratamento

adequados aos conflitos

que ocorrem no dia-a-dia

da escola.

Não

cumprimento de normas

e regras.

Divulgar

as regras e trabalhar

com elas em sala de aula

com todas as turmas.

Discutir com os pais as

regras a serem

cobradas.

Direção,

Equipe Pedagógica e

Professores.

Durante

o ano letivo.

c)

Respeito aos direitos das

crianças e dos

adolescentes.

Falta de

trabalho específico com

o aluno em sala de aula,

em relação ao ECA.

Trabalhar

o ECA com os alunos e

seus responsáveis.

Direção,

Equipe Pedagógica e

Professores.

Durante

o ano letivo.

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DIMENSÃO 3: PRÁTICA PEDAGÓGICA E AVALIAÇÃO

a)

Projeto Político

Pedagógico definido e

conhecido por todos.

Não ser

colocado em prática o

PPP em sua totalidade.

Desenvol

ver a prática pedagógica,

em consonância com o

PPP.

Toda a

comunidade escolar.

Durante

o ano letivo.

b)

Planejamento.

No início

do ano letivo há

dificuldade pois alguns

professores chegam

depois e não participam

da elaboração do plano

de ação docente.

Cumprir

cronograma estabelecido

pela SEED para as aulas

de hora atividades. Isto

pode facilitar a

organização do

planejamento.

Direção,

Equipe Pedagógica e

Professores.

Durante

o ano letivo.

c)

Formas variadas e

transparentes de

avaliação dos alunos.

Dificulda

des encontradas com

professores que não

participam da formação

continuada.

Discussõ

es durante a Hora

Atividade.

Direção,

Equipe Pedagógica e

Professores.

Durante

o ano letivo.

d)

Monitoramento da prática

pedagógica e da

aprendizagem dos

alunos.

Direção,

Equipe Pedagógica e

Professores.

Durante

o ano letivo.

DIMENSÃO 4: FORMAÇÃO E CONDIÇÕES DE TRABALHO DOS PROFISSIONAIS DA ESCOLA

a)

Suficiência e estabilidade

da equipe escolar.

O

número de funcionários

não é suficiente para

desenvolver todos os

trabalhos; há muita

substituição de

professores.

Reivindic

ar junto ao núcleo mais

recursos humanos.

Direção. Ano todo.

b)

Assiduidade da equipe

escolar: faltas por

motivos particulares e

por atestado médico,

outros.

Faltas

sem aviso prévio do

profissional da educação.

Monitorar

periodicamente quanto à

assiduidade e exigir

comprometimento do

pessoal.

Direção. Ano todo

c)

Turmas numerosas,

dificultando o processo

de ensino-aprendizagem.

Desgaste

intenso da saúde do

professor e do aluno,

gerando faltas

constantes.

Reivindic

ar constantemente junto

ao NRE formas de

diminuir número de

alunos por turma e que

haja maior espaço físico.

Direção,

Equipe Pedagógica e

Professores.

Durante

o ano letivo.

DIMENSÃO 5: ACESSO E PERMANÊNCIA DOS ALUNOS NA ESCOLA

a)

Atenção especial aos

Os

alunos dificilmente

Maior

envolvimento da Equipe,

Equipe

Pedagógica,

Durante

o ano letivo.

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alunos que faltam ou se

evadem.

retornam aos estudos,

mesmo com as medidas

administrativas e

pedagógicas por parte da

escola.

Professores, comunidade

escolar, segmentos

sociais e principalmente

da família com relação a

estes alunos.

Professores, Direção,

Conselho Escolar e

comunidade.

b)

Atenção especial aos

alunos com alguma

defasagem de

aprendizagem.

Salas

superlotadas.

Salas de

apoio para alunos de 5ª

séries e adotar

metodologias

diferenciadas para

diminuir essa

defasagem.

Direção,

Equipe Pedagógica e

professores.

Durante

o ano letivo.

c)

Acompanhamento do

processo ensino

aprendizagem pela

Equipe Pedagógica e

Direção.

Dificulda

de de atender todos os

alunos com defasagem,

devido a falta de

infraestrutura pessoal e

material adequada.

Reuniões

por disciplinas e série

nas horas atividades.

Direção,

Equipe Pedagógica e

Professores.

Durante

o ano letivo.

d) Pré

Conselho e Conselho de

Classe.

O

modelo de

acompanhamento do

pré-conselho está em

experiência,

necessitando de vários

ajustes.

Realizaç

ão de pré-conselho

bimestralmente, nas

horas atividades.

Equipe

Pedagógica e

Professores.

Em todos

os bimestres.

e)

Regimento Escolar.

Alguns

membros da comunidade

escolar não observam o

texto do Regimento

Escolar.

Estudar o

texto do Regimento

Escolar e colocá-lo em

prática no ambiente

escolar.

Comunid

ade Escolar.

Triênio

2009/2011.

f)

Recursos tecnológicos.

Alguns

profissionais da

Educação ainda usam

pouco os recursos

tecnológicos disponíveis.

Manter

contato constante com a

CRTE, para sanar

dúvidas.

Professor

es e Equipe Pedagógica.

Triênio

20092011.

g) Turnos

letivos com alunos que

dependem do transporte

escolar junto com alunos

da área urbana.

Devido

às intempéries, o

transporte não atua em

todos os dias, gerando

falta dos alunos da área

rural, principalmente no

turmo matutino,

dificultando sua

aprendizagem.

Reivindic

ar junto à Prefeitura e ao

NRE condições de

oferecer turno letivo aos

alunos de transporte

apenas no período

vespertino.

Direção e

Conselho Escolar.

Médio e

longo prazo.

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43

10 Plano de Ação da Equipe Pedagógica

Com vista a construir uma estratégia de atuação que promova a melhoria dos

processos educativos e reflita principalmente no ganho substancial de qualidade de

ensino na escola, que hoje se torna um dos grandes desafios encontrados pela equipe

pedagógica, esta se propõe, principalmente, a cumprir o papel de mediadora entre os

pressupostos teóricos exigidos pela parte docente e a realidade vivida por nossos alunos.

Frente a estes desafios tomamos como pontos principais as seguintes ações:

Reuniões com professores a fim de rever as metodologias, avaliações

aplicadas e propor novas soluções;

Reuniões com os alunos e pais;

Diálogo individual com os pais;

Reuniões periódicas com professores por turma, para avaliar o avanço da

aprendizagem dos alunos;

Diálogo individual com o aluno sobre o seu desempenho escolar;

Desenvolver e acompanhar ações pedagógicas que visem a inclusão;

Apoiar e mediar atividades artístico-culturais, recreativas e desportivas;

Estabelecer estratégias no Conselho de Classe buscando a melhoria no

ensino/aprendizagem;

Realização de Pré-Conselho de classe;

Repasse das informações pedagógicas do Conselho de Classe aos alunos;

Orientações didático-pedagógicas aos professores;

Acompanhamento do professor pedagogo na hora atividade do professor; por

disciplina, onde juntos traçam caminhos e adaptações curriculares para alunos com déficit

de aprendizagem;

Trabalho em parceria com o Conselho Tutelar, CRAS, Projeto Luz, Projeto

Projovem, Ação Social, entre outros;

Acompanhamento da aprendizagem e evasão dos educandos;

Promover o relacionamento e respeito mútuo no ambiente escolar;

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Incentivar a leitura dirigida, o uso da biblioteca e laboratório de informática e de

ciências;

Resgatar a cultura do canto dos hinos pátrios, do Estado do Paraná, e de

Luiziana;

Organizar e coordenar o calendário de eventos culturais na escola;

10.2 PLANO DE AÇÃO DOS AGENTES EDUCACIONAIS I E II

Com vista a construir uma estratégia de atuação que vise a melhoria da

qualidade no atendimento ao publico e atividades desenvolvidas no ambiente escolar,

atentando para as novas exigências da realidade educacional, o Agente Educacional I e

Agente Educacional II, fundamentam-se nas seguintes ações para o seu plano de ação.

10.2.1 AGENTES EDUCACIONAIS I

• Zelar pela higiene, organização, armazenamento e prazo de validade da

merenda escolar;

• Manter limpo e apresentável o ambiente escolar, tais como, sala de

aula, banheiros, pátios e demais departamentos, garantindo a segurança e

funcionamento dos equipamentos existentes na escola

• Empenhar-se no bom relacionamento entre os colegas de trabalho nos

diversos setores da escola;

• Controlar o fluxo de pessoas nas dependências da escola, bem como

acompanhar o público aos diversos setores da mesma;

• Agir como educador nas ações desempenhadas, projetando hábitos de

preservação do ambiente físico e ser base exemplar para a formação e

emolduração do caráter humano;

• Responsabilizar-se com a merenda escolar e todos os seus valores

nutricionais, priorizar os princípios de higiene e valorização da cultura alimentar

local incentivando os alunos a evitar o desperdício;

• Zelar pelos materiais de expediente de forma racional a fim de evitar o

desperdício;

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45

10.2.2 AGENTES EDUCACIONAIS II

• Ser solícito no atendimento aos educandos, educadores, pais e

comunidade escolar;

• Desempenhar a função de modo a assegurar o principio constitucional

de igualdade de condições para o acesso e a permanência do aluno no

estabelecimento de ensino;

• Interagir com os órgãos de administração, direção, equipe pedagógica,

corpo docente, funcionários do estabelecimento de ensino e comunidade

escolar;

• Efetuar e organizar as matriculas escolares dos alunos;

• Controlar e guardar os livros registro de classe, livro ponto e documentos

pertinentes às rotinas da escola;

• Manter os registros atualizados nos prontuários dos alunos, professores

e funcionários;

• Manter em dia, o arquivo e os registros das fichas de avaliações e fichas

individuais dos alunos, por período letivo, de acordo com o Regimento Escolar;

• Representar o estabelecimento de ensino nas relações entre este e a

comunidade escolar, quando solicitado;

• Encaminhar ao órgão competente os documentos de rotina e outros que

forem solicitados, cumprindo as datas estabelecidas;

• Zelar e manter organizado os equipamentos e o ambiente de trabalho,

bem como computadores, acervo bibliográfico, equipamentos do laboratório de

ciências, entre outros;

• Empenhar-se no bom relacionamento entre colegas de trabalho nos

diversos setores da escola;

• Expedição de toda a documentação solicitada pela comunidade escolar,

históricos escolares, transferências, declarações, certidões, atas, ofícios e

boletins, etc.;

• Atualização dos livros registro de classe com as transferências recebidas

e expedidas;

• Participar de reuniões escolares sempre que necessário e eventos de

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capacitação;

• Acompanhar os alunos, quando solicitado, em atividades extraclasse ou

extracurriculares;

• Comparecer às reuniões do Conselho Escolar e APMF, quando membro

representante do seu segmento;

• Elencar e solicitar material de expediente em tempo hábil de aquisição

para a direção escolar;

11 Calendário Escolar, Pré-conselho, Conselho de Classe e Pós-

Conselho

Para elaboração do Calendário Escolar são feitas reuniões juntamente com a

Secretaria Municipal de Educação, Documentador Escolar, Direção, Equipe Pedagógica e

Professores da Rede Estadual e Municipal de Ensino. Juntos discutem e decidem sobre

os dias das reuniões pedagógicas, recessos escolares, conselho de classe, dias letivos e

não letivos, sem desconsiderar as 800(oitocentas) horas distribuídas em 200 dias letivos.

O conselho de Classe é feito após o pré-conselho, onde aproveita a hora

atividade do professor para assim juntos discutir os problemas de ensino/aprendizagem

apresentados pelas turmas, assim como as dificuldades individuais de cada aluno, dessa

forma buscamos estratégias para melhorar o desempenho escolar e a prática pedagógica

dos professores, adaptações curriculares, flexibilização do planejamento, entre outros,

para que assim todos os alunos tenham acesso ao aprendizado de maneira satisfatória.

Tendo como pressuposto que avaliar é acompanhar o desenvolvimento do

aluno ao longo do percurso escolar, o conselho de classe é conduzido por série onde são

abordados os problemas de aprendizagem detectados em cada série, e juntos são

discutidas estratégias no sentido de melhorar a aprendizagem dos alunos de modo geral.

Com relação aos alunos egressos, estes quando retornam a escola, lhe são

oferecidas oportunidades para que consigam acompanhar os demais alunos e não

tenham deficiências em seu ensino/aprendizagem, oportunidades tais como: uma

avaliação mais flexiva, acompanhamento por parte da equipe pedagógica,

encaminhamento para a sala de apoio, no caso de um reforço escolar, para que este seja

atendido individualmente.

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12 Acompanhamento e avaliação do projeto político pedagógico

O acompanhamento do Projeto Político Pedagógico será efetuado durante o

encerramento de cada semestre paralelo à execução e conclusão dos projetos previsto,

aonde a Direção, equipe pedagógica, professores e funcionário se reunirão para verificar

os pontos positivos e negativos analisando as contribuições para o processo ensino-

aprendizagem bem como redirecionamento a ser dado às estratégias que não tiveram

êxito. A avaliação incidirá sobre os aspectos pedagógicos administrativos e financeiros da

atividade da escola, devendo ser realizada através de procedimento internos, definidos

pela Escola e externos, pelos órgãos supervisores.

A avaliação interna, realizada pelo Conselho de Classe, Conselho Escolar e

APMF em reuniões especialmente convocadas, terá como objetivo e análise, orientação e

reformulação, se necessário, dos procedimentos pedagógicos, financeiros e

administrativos.

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13 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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Educacionais. Evolução do ensino superior: 1980-1996. Brasília: Inep, 1998.

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consolidação na profissão. 1996. Tese (doutorado) – Universidade Federal de São Carlos

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NEGRI, B. Financiamento da educação no Brasil. Brasília: Inep, 1997.

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PAIVA, V. et al. Revolução educacional e contradições da massificação do

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SINISCALCO, M.T. Perfil estatístico da profissão docente. São Paulo: Moderna,

2003.

TRINDADE, Azoilda Loretto da. O racismo no cotidiano escolar. Rio de Janeiro:

FGV/IESAE. Dissertação de Mestrado, 1994.

UNESCO. Perfil dos professores brasileiros: o que fazem, o que pensam, o que

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VASCONCELLOS, C. S. Planejamento: Plano de Ensino-Aprendizagem e

Projeto Educativo. São Paulo: Libertat, 1995.

VEIGA, I. P. A. (Org.) Projeto político-pedagógico da escola: uma construção

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WEREBE, M.J.G. Grandezas e misérias do ensino no Brasil. São Paulo:

Difusão Européia do Livro, 1968.

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14 ATA DE APROVAÇÃO E ALTERAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO

PEDAGÓGICO

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15 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR

DISCIPLINA DE ARTE

1. APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA.

O ensino de arte procura a valorização da cultura nacional, liberdade de

expressão do aluno, é a grande prioridade.

Neste contexto o ensino de arte tem enfoque na expressividade e criatividade,

procurando romper com padrões estatísticos. Os da escola tradicional, desenvolvendo a

criatividade e incentivando a expressão individual.

A aplicação do "ensino da educação artística" não visa a formação de artistas.

Mas sim articular a inteligência e sensibilidade para um comportamento criativo de

construir, além dos espaços da arte os aspectos da ciência e da convivência na

sociedade.

A arte é acima de tudo, uma forma de conhecimento e uma das mais antigas

manifestações do ser humano, vivendo e registrando a sua existência, retratando todas as

épocas da nossa história, revelando os conhecimentos construídos nas mais diferentes

áreas, incluindo a arte em todas as linguagens: plástica, musical, teatral ou corporal.

2. OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA

− Formar o cidadão, apto a construir gradualmente sua própria escalas de

valores, atuante e conhecedor de seus direitos e deveres, desenvolvendo assim seu

senso estético, crítico, político e social.

− Reconhecer e compreender o meio que esta inserido para a compreensão

de que a arte é uma forma de expressão de sentimentos do ser humano diante da vida e,

ainda expressar sua visão do momento histórico em que vive.

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− Conhecer o outro e a si próprio possibilitando a descoberta de seu processo

criativo passando a respeitá lo.

− Conhecer as obras de arte como elementos profundamente integrados na

cultura de um povo, que retrata elementos naturais, expressa o sentimento religioso do

homem e retrata as situações sociais.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS:

5ª SÉRIE

ARTES VISUAIS

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

Ponto

Linha

Textura

Forma

Superfície

Volume

Cor

Luz

Bidimensional

Figurativa

Geométrica, simetria

Técnica, Pintura, escultura,

arquitetura.....

Gêneros, cenas de mitologia.....

Arte Greco Romana

Arte Africana

Arte Oriental

Arte Pré Histórica

MÚSICA 5ª SÉRIE

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS

FORMAISCOMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

Altura

Duração

Timbre

Ritmo

Melodia

Escalas: diatônica,

pentatônica

Greco- Romana

Oriental

Ocidental

Africana

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Intensidade

Densidade

cromática

Improvisação

TEATRO 5ª SÉRIE

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E

PERÍODOSCONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

Personagem:

expressões corporais, vocais,

gestuais e faciais

Ação

Espaço

Enredo, roteiro.

Espaço Cênico, adereços

Técnicas: jogos teatrais,

teatro indireto e direto, improvisação,

manipulação, máscara...

Gênero: Tragédia,

Comédia e Circo.

Greco- Romana

Teatro Oriental

Teatro Medieval

Renascimento

DANÇA 5ª SÉRIE

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E

PERÍODOSCONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

Movimento Corporal

Tempo

Espaço

Kinesfera

Eixo

Ponto de Apoio

Movimentos Articulares

Fluxo(livre e interrompido)

Rápido e lento

Formação

Níveis (Alto, médio e baixo)

Deslocamento(direto e

indireto)

Pré-história

Greco Romana

Renascimento

Dança Clássica

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Dimensões(pequeno e

grande)

Técnica:

Improvisação

Gênero: Circular

6ª SÉRIE

ARTES VISUAIS

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

Ponto

Linha

Forma

Textura

Superfície

Volume

Cor

Luz

Proporção

Tridimensional

Figura e fundo

Abstrata

Perspectiva

Técnicas:Pintura, escultura,

modelagem, gravura...

Gêneros: Paisagem,

retrato, natureza morta...

Arte Indígena

Arte Popular

Brasileira e

Paranaense

Renascimento

Barroco

MUSICA 6ª SÉRIE

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS

FORMAISCOMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

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Altura

Duração

Timbre

Intensidade

Densidade

Ritmo

Melodia

Escalas

Gêneros:

Folclórico,

Indígena, Popular e Étnico

Técnicas: Vocal, instrumental

e mista

Improvisação

Música Popular e Étnica (ocidental e oriental)

TEATRO 6ª SÉRIE

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

Personagem: expressões

corporais, vocais,

gestuais e faciais

Ação

Espaço

Representação,

Leitura dramática,

Cenografia

Técnicas: jogos teatrais,

mimica,

improvisação, formas

animadas...

Gêneros:

Rua e arena,

Caracterização

Comédia dell'

arte

Teatro Popular

Brasileiro e

Paranaense

Teatro Africano

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DANÇA 6ª SÉRIE

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

Movimento Corporal

Tempo

Espaço

Ponto de Apoio

Rotação

Coreografia

Salto e queda

Peso(leve e pesado)

Fluxo (livre, interrompido e

conduzido)

Lento, rápido e moderado

Níveis (alto, médio e baixo)

Formação

Direção

Gênero: Folclórica, popular

e étnica

Dança Popular

Brasileira

Paranaense

Africana

Indígena

7ª SÉRIE

ARTES VISUAIS

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO

MOVIMENTOS E

PERÍODPOS

4.

CONTEÚDOS

Ponto

Linha

Forma

Textura

Tridimensional

Figura e fundo

Abstrata

Perspectiva

Semelhanças

Contraste

Ritmo Visual

Indústria Cultural

Arte no Séc. XX

Arte Contemporânea

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Superfície

Volume

Estilização

Deformação

Técnicas: pintura,

escultura, modelagem, gravura,

fotografia, audiovisual e mista...

Gêneros: Paisagem,

retrato, natureza morta...

MÚSICA

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃOMOVIMENTOS E

PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS

Altura

Duração

Timbre

Intensidade

Densidade

Ritmo

Melodia

Harmonia

Tonal, modal e a fusão de

ambos

Técnicas: vocal,

instrumental e mista

Indústria Cultural

Eletrônica

Minimalista

Rap, Rock

TEATRO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃOMOVIMENTOS E

PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS

Personagem:

expressões corporais, vocais,

gestuais e faciais

Representação no Cinema

e Mídias

Indústria Cultural

Realismo

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Ação

Espaço

Texto dramático

Maquiagem

Sonoplastia

Roteiro

Técnicas: jogos teatrais,

sombra, adaptação cênica...

Expressionismo

Cinema Novo

DANÇA

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃOMOVIMENTOS E

PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS

Movimento Corporal

Tempo

Espaço

Giro

Rolamentos

Saltos

Aceleração e

desaceleração

direção ( frente, atrás,

direita e esquerda)

Improvisação

Coreografia

Sonoplastia

Gênero: Indústria Cultural e

espetáculo

Hip Hop

Musicais

Expressionismo

Indústria Cultural

Dança Moderna

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8ª SÉRIE

ARTES VISUAIS

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS

FORMAISCOMPOSIÇÃO

MOVIMENTOS E PERÍODPOS

5.

CONTEÚDOS BÁSICOS

Linha

Forma

Textura

Superfície

Volume

Cor

Luz

Bidimensional

Tridimensional

Figura e fundo

Ritmo Visual

Técnica: Pintura,

grafitte, performance...

Gêneros: Paisagem

urbana, cenas do cotidiano...

Realismo

Vanguardas

Muralismo e Arte Latino-Americana

Hip Hop

MÚSICA

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS

FORMAISCOMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS

Altura

Duração

Timbre

Intensidade

Densidade

Ritmo

Melodia

Harmonia

Técnicas: vocal,

instrumental e mista

Gêneros: popular,

folclórico e étnico

Música Engajada

Música popular Brasileira

Música Contemporânea

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TEATRO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃOMOVIMENTOS E

PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS

Personagem:

expressões corporais, vocais,

gestuais e faciais

Ação

Espaço

Técnicas: Monólogo, jogos

teatrais, direção, ensaio, Teatro

Fórum...

Dramaturgia

Cenografia

Sonoplastia

Iluminação

Figurino

Teatro Engajado

Teatro do Oprimido

Teatro Pobre

Teatro do Absurdo

Vanguarda

DANÇA

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃOMOVIMENTOS E

PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS

Movimento Corporal

Tempo

Espaço

Kinesfera

Ponto de Apoio

Peso

Fluxo

Quedas

saltos

Giros

Rolamentos

Extensão (perto e longe)

Coreografia

Deslocamento

Vanguardas

Dança Moderna

Dança

Contemporânea

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Gênero: performance e

moderna

1º ANO – ENSINO MÉDIO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ÁREAS ELEMENTOS FORMAIS

CONTEÚDOS BÁSICOS-.

Ponto Figurativa Arte Pré Histórica Linha Abstrata Arte no Egito Antigo Superfície Figura fundo Arte Grego-Romana

ARTES Textura Tridimensional Arte Bizantina VISUAIS Volume Bidimensional Arte Românica

Luz Semelhanças A Arte Gótica Cor Contrastes Renascimento

Ritmo visual Arte Pré Colombiana Gêneros Arte Oriental Técnicas Arte Africana

Arte Medieval Altura Ritmo Barroco Duração Melodia Rococó Timbre Harmonia Neoc1assicismo Intensidade Intervalo melódico Romantismo Densidade Intervalo harmônico Realismo

MÚSICA Tonal Impressionismo Modal O Pós impressionismo Improvisação Expressionismo Gêneros Fauvismo Técnicas Cubismo

Abstracionismo Personagem: Representação -Expressões Sonoplastia / iluminação corporais cenografia / figurino/ vocais caracterização /

TEATRO gestuais e maquiagem / adereços

faciais Ação Jogos teatrais

Espaço Cênico Roteiro / improvisações/ Enredo Gêneros Técnicas

Movimento Ponto de apoio

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corporal Salto e queda Rotação Formação

DANÇA Deslocamento Tempo. Andamento / sincronia

Sonoplastia Espaço Coreografia

Gêneros

Técnicas

A Lei nº 11.645 que contempla a História e Cultura Afro Brasileira e Indígena

os quais serão abordados de acordo com os conteúdos trabalhados.

4. METODOLOGIA DA DISCIPLINA

Quando se trata de metodologia, precisamos direcionar o pensamento para o

método a ser aplicado: para quem, como, por que e o quê. Podemos definir método como

um modo ou uma maneira planejada e determinada para conhecer alguma coisa; um

processo racional para o conhecimento seguindo um percurso fixado.

O trabalho em sala de aula deve se pautar pela relação que o ser humano tem

com a arte, desenvolver um trabalho artístico ou de sentir e perceber, experimentar e

explorar cada linguagem artística. No espaço escolar o objetivo de trabalho é o

conhecimento, dessa forma devemos contemplar na metodologia do ensino de arte, três

dimensões, devemos estabelecer como eixo o trabalho artístico, que é o fazer, o sentir e o

perceber, que são as formas de leitura e o conhecimento, que fundamenta e possibilita ao

aluno um sentir perceber e um trabalho mais sistematizado, superando o senso comum

do conhecimento empírico.

Faz se necessário nas aulas de arte possibilitar aos alunos o acesso a cada

linguagem artística para que possam familiarizar se com as diversas formas de produção

de arte. E envolve também a leitura dos objetos e da natureza e da cultura em uma

dimensão estética. Nosso trabalho é o de possibilitar o acesso e mediar esta leitura das

obras artísticas com o conhecimento sobre a arte, para que o aluno possa interpretar

essas obras e a realidade.

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Para tanto se faz necessário que o professor utilize de vários recursos para um

bom desenvolvimento dos conteúdos propostos, como apropriar se das tecnologias como

pesquisas em internet, uso da TV pendrive, vídeos e DVDs, laboratório de informática,

realização de trabalhos com diversos materiais e técnicas: revistas, jornais, panfletos e,

livros didáticos, filmes e jogos educativos, atividades lúdicas, dinâmicas de grupo,

debates, apresentações artísticas, etc.

5. CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO ESPECIFICOS DA DISCIPLINA:

A concepção de avaliação para a disciplina de arte é diagnóstica e processual.

É diagnóstica por ser a referência do professor para planejar as aulas e avaliar os alunos;

é processual por pertencer a todos os momentos da prática pedagógica. A avaliação

processual deve incluir formas de avaliação de aprendizagem, do ensino, bem como a

autoavaliação dos alunos.

De acordo com a LDB (n. 9.394/96, art. 24, inciso V) a avaliação é “ contínua e

cumulativa do desempenho do aluno, com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os

quantitativos e dos resultados ao longo do período sobre os de eventuais provas finais”.

Na Deliberação 07/99 do Conselho Estadual de educação (Capítulo I, art.8º), a avaliação

almeja “o desenvolvimento formativo e cultural do aluno” e deve “levar em consideração a

capacidade individual, o desempenho do aluno e sua participação nas atividades

realizadas”.

O método de avaliação inclui observação e registro do processo de

aprendizagem, com os avanços e dificuldades percebidos na apropriação do

conhecimento pelos alunos. O professor deve avaliar como o aluno soluciona os

problemas apresentados e como ele se relaciona com os colegas nas discussões em

grupo, nos trabalhos artísticos individuais e em grupo; em pesquisas bibliográfica e de

campo; debates em forma de seminários e simpósios; provas teóricas e práticas;registros

em forma de relatórios, gráficos, portifólio, audiovisual e outros.

Por meio desses instrumentos, o professor obterá o diagnóstico

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necessário para o planejamento e o acompanhamento da aprendizagem durante o

ano letivo.

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6. BIBLIOGRAFIA:

BRASIL. Leis, decretos, etc. Lei n. 93934/96: Lei de Diretrizes e Bases da

Educação Nacional, LDB. Brasília, 1996.

DIRETRIZES CURRICULARES DA EDUCAÇÃO BÁSICA ARTES, Curitiba,

2009.

LOWENFELD, v.: BRITTAIN, L. W Desenvolvimento da capacidade

criadora. São Paulo: Mestre Jou, 1997.

MARTIN-BARBERO, Jesus; REY, German, Os exercidos do ver: hegemonia

áudio visual e ficção televisiva. São Paulo: Editora Senac, 2001.

PARANÁ Secretaria do Estado da Educação. Departamento de Ensino de

Primeiro Grau. Currículo Básico para a escola Publica do Paraná. Curitiba:

SEEDIDEPEG, 1992.

PEIXOTO, Maria Inês Hamann. Arte e grande publico: a distância a ser

extinta. Campinas: Autores Associados, 2003. (Coleção polêmicas do nosso tempo, 84).

VYGOSTSKY, Leve Semenovitch. Psicologia da Arte. São Paulo: M. Fontes

1999.

V ÁSQUEZ, A. S. As ideias estéticas de Man:. 2 00. Rio de Janeiro: Paz e

Terra, 1978.

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DISCIPLINA DE BIOLOGIA

Apresentação Geral da Disciplina de Biologia

Segundo o DCE - de Biologia, os estudos sobre a história da produção do

conhecimento, seus métodos e determinantes políticos, econômicos, sociais e

ideológicos, relacionados à história das disciplinas escolares e as teorias da

aprendizagem, possibilitam uma maior fundamentação para o professor em discussões

curriculares, capazes de alterar a sua prática pedagógica.

Nessa práxis, os professores participam ativamente na construção e

reconstrução curricular, podendo organizar o trabalho pedagógico a partir dos conteúdos

estruturantes de sua disciplina.

Então, o conhecimento é identificado como ciência e disciplina escolar

histórica: não é estanque e nem está cristalizada, o que caracteriza a natureza dinâmica

processual de todo e qualquer currículo.

Assim, nessas diretrizes, reconhece-se que, além de seus conteúdos “mais

estáveis”, as disciplinas escolares incorporam e atualizam conteúdos decorrentes do

movimento das relações de produção e dominação que determinam relações sociais,

geram pesquisas científicas e trazem para o debate questões Políticas e

Filosóficas emergentes.

Tais conteúdos nas últimas décadas vinculam-se tanto à diversidade étnico-

cultural quanto aos problemas sociais contemporâneos e têm sido incorporados ao

currículo escolar como temas que transversa as disciplinas, impostos a todas elas de

forma artificial e arbitrária.

Em contraposição a essa perspectiva, nestas diretrizes, propõe-se que esses

temas sejam abordados pelas disciplinas que lhes são afins, de forma contextualizada,

articulados com os respectivos objetos de estudo dessas disciplinas e sob o rigor de seus

referenciais teórico-conceituais.

Nessa concepção de currículo, as disciplinas da Educação Básica terão, em

seus conteúdos estruturantes, os campos de estudo que as identificam como

conhecimento histórico. A partir dos conteúdos estruturantes organizam-se os conteúdos

básicos a ser trabalhados por série, compostos tanto pelos assuntos mais estáveis e

permanentes da disciplina quanto pelos que se apresentam em função do movimento

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histórico e das atuais relações sociais. Esses conteúdos, articulados entre si e

fundamentados nas respectivas orientações teórico-metodológicas farão parte da

proposta pedagógica curricular das escolas.

A partir da proposta pedagógica curricular, o professor elaborará seu plano

de trabalho docente, documento de autoria, vinculado à realidade e às necessidades de

suas diferentes turmas e escolas de atuação. No plano, se explicitarão os conteúdos

específicos a serem trabalhados nos bimestres, trimestres ou semestres letivos, bem

como as especificações metodológicas que fundamentam em relação ao estudo,

concretizando-se na articulação das disciplinas, conceitos, teorias e conteúdos

estruturantes

A disciplina de Biologia tem como objetivo, a descrição dos processos e

características do ambiente ou dos seres vivos observados em microscópio ou a olho nu;

a percepção e utilização dos códigos intrínsecos da Biologia; apresentação de suposições

(hipóteses acerca dos fenômenos biológicos); o conhecimento de diferentes formas de

obter informações; a expressividade de dúvidas, idéias e conclusões dos fenômenos

biológicos; o reconhecimento da Biologia como conjunção de fatos sociais, políticos,

econômicos, culturais, religiosos e tecnológicos, reconhecendo que o ser humano é

agente ativo de transformações intencionais por ele produzidas.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

− Organização dos seres vivos

− Mecanismos biológicos

− Biodiversidade

− Manipulação genética

CONTEÚDOS BÁSICOS

− Classificação dos seres vivos: critérios taxonômicos e biológicos

− Sistemas biológicos: anatomia, morfologia e fisiologia

− Teorias evolutivas

− Mecanismos de desenvolvimento embriológico

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− Mecanismos celulares biofísicos e bioquímicos

− Transmissão das características hereditárias

− Dinâmica dos ecossistemas: relações entre os seres vivos e

interdependência com o ambiente

− Organismos geneticamente modificados

A Lei nº 11.645 que contempla a História e Cultura Afro Brasileira e Indígena

os quais serão abordados de acordo com os conteúdos trabalhados.

ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO

A metodologia será de abordagem descritiva de modo a comparar as

características estruturais anatômicas e comportamentais dos seres com discussões entre

os critérios usados de Linné até a atualidade.

Introdução da análise genômica, que propicia compreender desde o conceito

de mundo imutável até o modelo de mundo em constante mudança.

Deve ser permeado por uma concepção metodológica que permita

abordar a classificação dos seres vivos como uma das tentativas de conhecer e

compreender a diversidade biológica, considerando inclusive a história biológica da VIDA.

Desse modo, fica evidente a impossibilidade de discutir Classificação sem considerar as

contribuições que decorrem do pensamento biológico evolutivo.

O ensino deve assumir características comunicativas, dando ênfase à

motivação de uma consciência crítica através de diálogo, da informação e da convivência

para que coexistam na prática educacional proporcionando o pleno exercício da

cidadania, direcionando a experimentação do conhecimento historicamente acumulado.

Por meio de atividades coletivas e individuais, práticas e teorias, a utilização de imagem

como recurso serve para observação e reflexão da realidade em que se vive, a fim de

desenvolver a consciência crítica e transformadora. Para isso se faz necessário a

exploração de vários recursos como aulas expositivas e dialogadas, trabalhos em grupos,

produção oral em forma de debates e seminários, recorrendo ao uso de materiais como

livro didático, dicionário de Biologia, vídeo, DVD, CD-ROM, internet, TV multimídia entre

outros.

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O desenvolvimento metodológico também se dará de acordo com as

necessidades das classes de alunos nas diferentes séries, respeitando a política de

inclusão, ocasionando mecanismos que levam a interação educacional e social dos

educandos.

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

A avaliação da aprendizagem segue a avaliação do Projeto Politico

Pedagógico da escola, cujos critérios se estabelecem priorizando a qualidade do ensino e

aprendizagem a qual deve ser contínua, diagnóstica e somativa. Assim, além de

averiguação, buscará redefinir ou dar continuidade ao processo ensino- aprendizagem,

apropriando conceitos e temas por intermédio das investigações histórico-sociais e da

capacidade de consultar diversas fontes bem como interpretá-las e contextualizá-las no

espaço e no tempo. Para isso, a avaliação deve ser diversificada através da leitura,

compreensão e análise dos conceitos e a partir destes, elaborar relatos e/ou conclusões

de observações das possíveis práticas realizadas, por exemplo, em aulas de

microscopia; ou mesmo realizar a prática de experimentos pesquisados em livros

didáticos ou no laboratório de informática sob a orientação do professor, que poderá

utilizar de instrumentos variados para verificar a aprendizagem: provas objetivas ou

subjetivas, debate, seminário, pesquisa, esquemas , relatórios , elaboração de

campanhas (vírus, por exemplo).

No entanto, qualquer que seja o instrumento avaliativo é necessário que leve

em consideração a capacidade do educando, incluindo-o no processo de

aprendizagem, considerando a potencialidade de cada turma e do aluno.

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BIBLIOGRAFIA

CÉSAR e Sezar. Biologia, 7ª ediçao, ed. Saraiva- 2006.

DIRETRIZES CURRICULARES DA EDUCAÇÃO BÁSICA - BIOLOGIA,

Curitiba, 2009.

FAVORETO, José Arnaldo & MERCADANTE, Clarinda, Biologia Vol. Único- 1ª

edição, ed. Moderna, 2005.

LDB – Lei Diretrizes e Bases da Educação, 9394/96.

LOPES, Sônia & ROSSO, Sérgio, Biologia Volume ùnico- 1ª edição, ed.

Saraiva, 2005.

FROTA-PESSOA, Oswaldo. Biologia: Volumes 1, 2 e 3. São Paulo: Scipione,

2005.

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DISCIPLINA DE CIÊNCIAS

1. APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA DE CIÊNCIAS

A disciplina de Ciências tem como objeto de estudo o conhecimento científico

que resulta da investigação da Natureza. Do ponto de vista cientifico, entende-se por

Natureza o conjunto de elemento integradores que constituem o Universo, em toda sua

complexidade. Ao homem cabe interpretar racionalmente os fenômenos observados na

Natureza resultande das relações entre elementos fundamentais como tempo, espaço,

matéria, movimento, força, campo, energia e vida.

Quanto mais nos aprofundamos no estudo das ciências, mais conseguimos

perceber a importância dos conhecimentos científicos, percebendo que todos os seres

dependem diretamente da manutenção de um equilíbrio na natureza e que as

consequências das interações do ser humano com o seu ambiente são de grande

importância para esse equilíbrio.

Contudo, a interferência do ser humano sobre a natureza possibilita incorporar

experiências, técnicas, conhecimentos e valores produzidos na coletividade e transmitidos

culturalmente. Sendo assim, a cultura, o trabalho eu processo educacional assegurando a

elaboração e a circulação do conhecimento, estabelecem novas formas de pensar, de

dominar a natureza, de compreendê-la e se apropriar dos seus recursos, proporcionando

ao ser humano uma cultura científica com repercussões sociais, econômicas, éticas e

políticas.

O estabelecimento de uma nova identidade para o ensino de ciências requer

repensar: os fundamentos teóricos metodológicos que sustentam o processo ensino-

aprendizagem; a reorganização dos conteúdos científicos escolares, aqueles originados

na pesquisa científica mediados para a escola (LOPES 1999), a partir da história da

ciência e da tradição escolar; os encaminhamentos metodológicos e a utilização de

abordagens e estrategias e recursos pedagógicos e tecnológicos, como também os

pressupostos e indicativos para a avaliação formativa.

Diante dessas reflexões o ponto de partida é o fato da ciência não utilizar um

único método para todas as suas especialidades proporcionando para o ensino de

ciências a necessidade de um pluralismo metodológico que considere a diversidade de

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abordagens com uma amplitude de conhecimentos científicos a serem abordados na

escola.

Para que essa proposta se efetive, um fator é imprescindível que a postura do

educador mude na forma de estar sempre informado sobre as novidades científicas,

tecnológicas, incentivando seus educandos diante desse processo educacional

assegurando um bom conhecimento e estabelecendo novas formas de pensar.

2. CONTEÚDOS DE CIÊNCIAS POR SÉRIE

ENSINO FUNDAMENTAL 5ª SÉRIE

CONTEÚDOS

ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS

ASTRONOMIA

Universo

Sistema solar

Movimentos terrestres

Movimentos celestes

Astros

MATÉRIA Constituição da Matéria

SISTEMAS BIOLÓGICOS Níveis de organização

ENERGIA

Formas de energia

Conservação de energia

Transmissão de energia

BIODIVERSIDADE

Organização dos seres vivos

Ecossistemas

Evolução dos seres vivos

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ENSINO FUNDAMENTAL 6ª SÉRIE

CONTEÚDOS

ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS

ASTRONOMIA

Astros

Movimentos terrestres

Movimentos celestes

MATÉRIA Constituição da Matéria

SISTEMAS BIOLÓGICOS

Célula

Morfologia e fisiologia dos

seres vivos

ENERGIA Formas de energia

Transmissão de energia

BIODIVERSIDADE

Origem da vida

Organização dos seres vivos

Sistemática

ENSINO FUNDAMENTAL 7ª SÉRIE

CONTEÚDOS

ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS

ASTRONOMIA Origem e evolução do

Universo

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MATÉRIA Constituição da Matéria

SISTEMAS BIOLÓGICOS

Célula

Morfologia e fisiologia dos

seres vivos

ENERGIA Formas de energia

BIODIVERSIDADE Evolução dos seres vivos

ENSINO FUNDAMENTAL 8ª SÉRIE

CONTEÚDOS

ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS

ASTRONOMIA Astros

Gravitação universal

MATÉRIA Propriedades da Matéria

SISTEMAS BIOLÓGICOS Morfologia e fisiologia dos

seres vivos

Mecanismos de herança

genética

ENERGIA Formas de energia

Conservação de energia

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BIODIVERSIDADE Interações ecológicas

A LEI Nº 11.645, de 10 de março de 2008, estabelece a inclusão, no

currículo oficial da rede de ensino, a obrigatoriedade da temática de história e da Cultura

Afro-brasileira e Indígena, os quais serão abordados de acordo com os conteúdos

trabalhados.

De acordo com o art.1º e 2º parágrafos, os conteúdos referentes à história e

cultura afro-brasileira e dos povos indígenas brasileiros serão ministrados no âmbito do de

todo o currículo escolar, em especial nas áreas de educação artística, de literatura e

história brasileira.

Neste sentido, o trabalho com estas culturas deverá ser contemplado na

Metodologia, no momento da exploração e interpretação dos textos, nas

contextualizações, intertextualidades, pesquisas: biográfico-culturais e etc.

Devido a proposta pedagógica curricular ser flexível, ela pode ser ampliada

pelo professor em função de interesses regionais ou do avanço na produção do

connhecimento científico.

3. METODOLOGIA DA DISCIPLINA DE CIÊNCIAS

Segundo as Diretrizes Curriculares para o ensino de Ciências propõem uma

prática pedagógica que leve à integração dos conceitos científicos e valorize o pluralismo

metodológico. Para tanto, quando se trata de metodologia, precisamos direcionar o

pensamento para o método a ser aplicado: para quem, como, por que e o quê. Podemos

definir método como um modo ou uma maneira planejada e determinada para conhecer

alguma coisa; um processo racional para o conhecimento seguindo um percurso fixado.

O trabalho em sala de aula deve-se pautar pela relação que o ser humano tem

com a ciência. No espaço escolar o objetivo de trabalho é o conhecimento, dessa forma

devemos contemplar na metodologia do ensino de Ciências aspectos importantes: a

historia da ciência, a divulgação cientifica e a atividade experimental e que não se

dissociam em campos isolados, mas sim, relacionam-se e complementam-se na prática

pedagógica.

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Sendo assim o trabalho realizado em sala de aula deve ser sistematizado,

superando o senso comum do conhecimento empírico.

Faz-se necessário nas aulas de Ciências possibilitar aos alunos o acesso ao

conhecimento cientifico para que possam compreender melhor as informações sobre os

avanços da produção cientifica.

Nosso trabalho é o de possibilitar o acesso e mediar as informações sobre os

avanços da produção cientifica para que os alunos possam interpretar esses avanços de

forma significativa assegurando a interatividade no processo ensino-aprendizagem e a

construção de conceitos.

Para tanto se faz necessário que o professor utilize de vários recursos para um

bom desenvolvimento dos conteúdos propostos, como se apropriar das tecnologias como

pesquisas em internet, uso da TV pendrive, vídeos e DVDs, laboratórios de ciências e

informática, realização de trabalhos com diversos materiais e técnicas: revistas, jornais,

panfletos e, livros didáticos, filmes e jogos educativos, dinâmicas de grupo, debates, entre

outros.

Com relação à inclusão escolar, entende-se que o conhecimento sistematizado

pela educação escolar deve proporcionar aos alunos inclusos idênticas possibilidades e

direitos, ainda que apresentem diferenças sociais, culturais e pessoais, efetivando-se a

igualdade, principalmente em condições semelhantes aos demais. Nesse sentido o ensino

de ciência deve buscar caminhos para instrumentalizar o aluno incluso de forma a

propiciar a este as mesmas condições e entendimento dos conceitos científicos escolares,

permitindo que o aluno internalize novos conceitos na sua estrutura cognitiva.

4. CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

A avaliação da aprendizagem encaminha o professor para a reflexão sobre a

eficacia de sua prática educativa e desse modo intervir pedagogicamente para que o

estudante aprenda coerentemente. Através da concepção de conteúdos e de objetivos

propostos, deve considerar o desenvolvimento das capacidades dos estudantes com

relação à aprendizagem não só de conceitos mas também de procedimentos e atitudes.

Para tanto, os critérios de avaliação necessitam estar explícitos e claros, ao professor e

também aos estudantes.

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Conforme a LEI Nº 9394/96, Projeto Político Pedagógico e as Diretrizes

Curriculares de Ciências do Estado do Paraná, a avaliação é atividade essencial do

processo ensino-aprendizagem dos conceitos científicos e deve ser contínua e cumulativa

em relação ao desempenho do estudante, com prevalência dos aspectos qualitativos

sobre os quantitativos, presente em todas as etapas do trabalho do professor sendo

consideradas além da aquisição de conhecimentos a capacidade de observação, reflexão,

criação, julgamento, comunicação, convívio, cooperação, decisão e ação que fazem parte

do processo educativo e da vida em sociedade, respeitando as diversidades culturais.

Nesse sentido os critérios de avaliação proposta na disciplina de ciências são

os seguintes: Avaliação Diagnóstica, Formativa, Somativa. De acordo com os critérios de

avaliação os instrumentos avaliativos utilizados na disciplina de ciências serão: testes,

trabalhos, pesquisas, participação em trabalhos coletivos ou individual, resolução de

problemas do dia a dia, resolução de exercícios como tarefa de classe e extraclasse,

seminários, atividades a partir de recursos audiovisuais, questões discursivas, orais,

dinâmicas de grupo, aulas práticas, entre outras.

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5. BIBLIOGRAFIA

Ciências Hoje das Crianças, SBPC. Rio de Janeiro: Rj.

CRUZ, Daniel, Ciências: Educação Ambiental. Ed. Ática, 1ª edição, 2004

DEMETRIO Gowdak - Eduardo Martins – Ciências Novo Pensar, Editora FTD,

São Paulo, 2006, 2ª Edição.

JENNER, Pedersoli, Moacir, Wellington - Ciências naturais no dia-a-dia.1ª

Ed. 2004.

LDB – Lei Diretrizes e Bases da Educação, 9394/96.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação do Paraná. Diretrizes

curriculares de ciências para o ensino fundamental. Curitiba, 2009.

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DISCIPLINA DE EDUCAÇÃO FÍSICA

1- APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

Muitos são os estudos realizados no âmbito da Educação Física com o

objetivo de conceituá-la e definir seu papel na escola, da sociedade e na vida do aluno.

Na evolução da Educação Física foram-lhe atribuídas inúmeras concepções de acordo

com o contexto histórico vigente.

A Educação Física teve seu berço na escola militar, servindo aos propósitos

militares de adestramento e preparação para a defesa da pátria, reforçando os

sentimentos relacionados à eugenia da raça, com o nome de Ginástica, esse modelo de

prática corporal pautava-se em prescrições de exercícios visando o aprimoramento de

capacidades e habilidades físicas, e houve tambem uma contribuição da medicina. Essa

Educação Física confundia-se com a prática da Ginástica, pois incluía exercícios físicos

baseadops nos moldes médicos-higiênicos.

A disciplina de Educação Física tornou-se obrigatória nas escolas a partir de

1929, nas instituições de ensino para crianças a partir de 6 anos de idade e para ambos

os sexos.

A Educação Física no final da década de 30 sofreu um processo de

desmilitarização e iniciou o processo de esportivização, onde o esporte e tido como

elemento hegemônico da cultura de movimento, o qual passa a ser o principal conteúdos

das aulas. Passando então as aulas a assumirem os códigos do esportivos de

rendimento, competição, comparação de recordes, regulamentação e racionalização de

meios e técnicas. Trata-se então do esporte na escola e não o esporte da escola.

Por volta dos anos 80, houve um movimento de abertura política e

consequentemente um processo de reformulação do sistema educacional brasileiro.

Neste contexto houve um movimento de renovação do pensamento pedagógico da

Educação Física. Entre as tendências progressistas, destacaram-se a seguintes

abordagens:

Desenvolvimentista: defende a(re)criação de jogos ideia de que o movimento

é o principal meio e fim da Educação Física.

Construtivista:defende a formação integral dos indivíduos a perspectiva

construtivista-interacionista.

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Neste período houve também o surgimento das teorias críticas da |Educação

Física, que são as seguintes:

Crítico-superadora: baseia-se nos pressupostos da pedagogia -hisŕorico

-crítica e estipula como objeto da Educação Física, a Cultura Corporal a partir de

conteúdos como: o esporte, a ginástica, os jogos, as lutas e a dança.

Crítico-emancipatória: na perspectiva o movimento humano em sua

expressão é considerado significativo no processo de ensino/aprendizagem, pois está

presente em todas as vivências e relações expressivas que constituem o se no mundo.

Após realizada uma analise de todas as tendências históricas da educação

física escolar no Brasil, optamos nesta proposta pedagógica pela teoria critico-

superadora, a qual garante o acesso ao conhecimento e à reflexão das inúmeras

manifestações ou práticas corporais historicamente produzidas pela humanidade, na

busca de contribuir com um ideal mais amplo de formação de um ser humano critico e

sujeito histórico, político, social e cultural.

Através dos estudos realizados e pautados nas DCEs a referida disciplina

elencou os seguintes objetivos: Propiciar ao educando uma visão crítica de mundo e de

sociedade através de sua corporalidade; Oportunizar práticas corporais tendo como

princípio básico o desenvolvimento do sujeito unilateral; Propiciar ao aluno a

potencialização das formas de expressão corporal e oportunizar aprofundamento teórico e

prático do conhecimento historicamente produzido pela Educação Física.

2. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS POR SÉRIE/ANO

Série: 5ª

GINÁSTICA

− Origem da ginástica e sua mudança no tempo;

− Diferentes tipos de ginástica;

− Práticas ginasticas.

ESPORTE

− Origem dos diferentes esportes e suas mudanças na história;

− Princípios básicos dos esportes;

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− Regras básicas;

− Elementos básicos constitutivos dos esportes: arremessos, deslocamentos,

passes e fintas;

− Práticas pré-desportivas: esportes com e sem materiais e equipamentos.

JOGOS E BRINQUEDOS

6. Porque brincamos;

7. Construção coletiva de jogos e brincadeiras;

8. Brinquedos e brincadeiras tradicionais;

9. Jogos educativos tradicionais;

10. Jogos e brincadeiras com e sem material;

11. Diferentes manifestações e tipos de jogos;

DANÇA

• Porque dançamos?

• A dança como possibilidade de manifestação corporal;

• Danças tradicionais e folclóricas;

• Expressão corporal com e sem materiais.

CONHECIMENTO DO CORPO

2. Interação corporal: reconhecimento dos limites e possibilidades da

corporalidade do outro;

3. Educação dos sentidos: cheiros, gostos, sons, imagens, senso tátil;

4. O corpo que não se vê: o que nosso corpo produz.

Série: 6ª

GINÁSTICA

• Origem da ginástica e sua mudança no tempo;

• Diferentes tipos de ginástica;

• Práticas ginásticas.

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ESPORTE

• Princípios básicos dos esportes;

• Regras básicas;

• Fundamentos dos esportes;

• Práticas pré-desportivas: esportes com e sem materiais e equipamentos.

• Jogo propriamente dito;

• Possibilidades dos esportes como atividade corporal.

JOGOS E BRINQUEDOS

• Construção coletiva de jogos e brincadeiras;

• Brinquedos e brincadeiras tradicionais;

• Jogos educativos tradicionais;

• Jogos e brincadeiras com e sem material;

• Diferentes manifestações e tipos de jogos;

• Diferença entre jogo esporte.

DANÇA

• A dança como possibilidade de manifestação corporal;

• Danças tradicionais e folclóricas;

• Expressão corporal com e sem materiais.

• Mímica, imitação e representação.

CONHECIMENTO DO CORPO

• Interação corporal: reconhecimento dos limites e possibilidades da

corporalidade do outro;

• Educação dos sentidos: cheiros, gostos, sons, imagens, senso tátil;

• O corpo que não se vê: o que nosso corpo produz.

O CORPO COMO CONSTRUÇÃO HISTÓRICO-SOCIAL

• Dimensões biológicas, cultural e social do corpo;

• Possibilidades de manifestações corporais;

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• Possibilidades expressivas/comunicativas do corpo;

• Saúde e doença: elementos básicos;

Série: 7ª

GINÁSTICA

• Diferentes tipos de ginástica;

• Práticas ginásticas;

• Princípios básicos de diferentes ginásticas.

ESPORTE

• Princípios básicos dos esportes: táticas e regras;

• Fundamentos dos esportes;

• Práticas esportivas: esportes com e sem materiais e equipamentos.

• Jogo propriamente dito;

• O sentido da competição esportiva;

• O esporte como fenômeno de massa;

JOGOS E BRINQUEDOS

• Diferentes manifestações e tipos de jogos;

• Diferença entre jogo esporte.

MANIFESTAÇÕES ESTÉTICAS – COPORAIS NA DANÇA E NO TEATRO

• A dança como possibilidade de manifestação corporal;

• Expressão corporal com e sem materiais.

• Mímica, imitação e representação.

• Diferentes tipos de danças;

• Desenvolvimento de formas corporais rítmico-expressivos.

CONHECIMENTO DO CORPO

• Auto conhecimento corporal;

• Somatização das emoções;

• Movimentar-se: o corpo que se desloca;

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• O corpo que não se vê: o que nosso corpo produz.

O CORPO COMO CONSTRUÇÃO HISTÓRICO-SOCIAL

• Dimensões biológicas, cultural e social do corpo;

• O corpo e sua manifestação sexual: a sexualidade como possibilidade de

prazer e sofrimento;

• O corpo como sujeito e vítima da violência;

• O corpo diferente;

• Saúde e doença: elementos básicos;

Série: 8ª

GINÁSTICA

• Diferentes tipos de ginástica;

• Práticas ginásticas;

• Princípios básicos de diferentes ginásticas.

• Influência da ginástica nos sistemas corporais;

ESPORTE

• Regras;

• Fundamentos dos esportes;

• Sistemas de jogo;

• O sentido da competição esportiva;

• O esporte como fenômeno de massa;

JOGOS E BRINQUEDOS

• Diferentes manifestações e tipos de jogos;

• Jogos educativos tradicionais.

DANÇA

• A dança como possibilidade de manifestação corporal;

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• Expressão corporal com e sem materiais.

• Mímica, imitação e representação.

• Diferentes tipos de danças;

• Desenvolvimento de formas corporais rítmico-expressivos.

CONHECIMENTO DO CORPO

• Auto conhecimento corporal;

• Somatização das emoções;

• O corpo que não se vê: o que nosso corpo produz.

O CORPO COMO CONSTRUÇÃO HISTÓRICO-SOCIAL

• Dimensões biológicas, histórica, cultural e social do corpo;

• O corpo como sujeito e vítima da violência;

• O corpo diferente;

• Saúde e doença: elementos básicos;

• O corpo no mundo do trabalho;

• O corpo e seus adereços;

• Relações do indivíduo com a industria do lazer e com a natureza.

Série: 1º ANO

ESPORTE

ESPORTE COLETIVO: VOLEIBOL

• Aperfeiçoamento das regras e dos fundamentos;

• O voleibol enquanto fenômeno social;

• Sistemas táticos e técnicos.

JOGOS

5. Diferenças entre jogos e esportes;

6. Jogos cooperativos;

7. O que é lúdico.

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ESPORTE

ESPORTE COLETIVO: FUTSAL

− Aperfeiçoamento das regras e fundamentos;

− A evolução do esporte até a profissionalização;

− Surgimento do esporte espetáculo;

− O esporte como forma de lazer passivo;

− Sistemas táticos e técnicos;

GINÁSTICA

12. O circo como componente da ginástica;

13. Os segredos do corpo;

14. O corpo e seu funcionamento;

15. Diversidade da cultura corporal.

• A influência da ginástica no contexto escolar;

• A influência da mídia na cultura corporal.

ESPORTE

ESPORTE COLETIVO: HANDEBOL

• Aperfeiçoamento dos fundamentos;

• Aperfeiçoamento das regras;

• Súmula e arbitragem;

• O poder do esporte.

ESPORTE INDIVIDUAL: XADREZ

− Sistema de jogo;

− Aberturas, meio jogo e finais;

DANÇA

• História da dança;

• A dança em diferentes contextos sociais;

• A dança e o modismo;

• A dança como produtora de significados;

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• Construção social do corpo.

ESPORTE

ESPORTE INDIVIDUAL: TÊNIS DE MESA

• Aperfeiçoamento dos fundamentos;

• Aperfeiçoamento das regras;

• A influência do esporte nas relações sociais.

• Súmulas e arbitragem.

ESPORTE COLETIVO: BASQUETEBOL

• Aperfeiçoamento dos fundamentos;

• Aperfeiçoamento das regras;

LUTAS: CAPOEIRA

− Histórico da capoeira;

− Capoeira: jogo, luta ou dança;

− Benefícios da capoeira;

− Principais golpes.

CULTURA CORPORAL E A FORMAÇÃO DO CIDADÃO AUTÔNOMO

• Autonomia; planejamento participativo;

• Cultura corporal.

SAÚDE, CORPOREIDADE E LAZER

• Qualidade de vida;

• Nutrição;

• Sedentarismo;

• Anatomia básica;

• Fisiologia básica;

• Sexualidade;

• Primeiros socorros;

• Consciência corporal;

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• Eventos de lazer.

Série: 2º ANO

OBJETIVOS: Oportunizar ao aluno um aprofundamento teórico e prático do

conhecimento historicamente produzido pela Educação Física, representando sua

corporalidade.

ESPORTE

ESPORTE COLETIVO: VOLEIBOL

• Aperfeiçoamento das regras e dos fundamentos;

• O voleibol enquanto fenômeno social;

• Sistemas táticos e técnicos.

JOGOS

8. Diferenças entre jogos e esportes;

9. Jogos cooperativos;

10. O que é lúdico.

ESPORTE

11. ESPORTE COLETIVO: FUTSAL

12. Aperfeiçoamento das regras e fundamentos;

13. A evolução do esporte até a profissionalização;

14. Surgimento do esporte espetáculo;

15. O esporte como forma de lazer passivo;

16. Sistemas táticos e técnicos;

GINÁSTICA

17. O circo como componente da ginástica;

18. Os segredos do corpo;

19. O corpo e seu funcionamento;

20. Diversidade da cultura corporal.

21. A influência da ginástica no contexto escolar;

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22. A influência da mídia na cultura corporal.

ESPORTE

23. ESPORTE COLETIVO: HANDEBOL

24. Aperfeiçoamento dos fundamentos;

25. Aperfeiçoamento das regras;

26. Súmula e arbitragem;

27. O poder do esporte.

28. ESPORTE INDIVIDUAL: XADREZ

29. Sistema de jogo;

30. Aberturas, meio jogo e finais;

31.

DANÇA

32. História da dança;

33. A dança em diferentes contextos sociais;

34. A dança e o modismo;

35. A dança como produtora de significados;

36. Construção social do corpo.

ESPORTE

37. ESPORTE INDIVIDUAL: TÊNIS DE MESA

38. Aperfeiçoamento dos fundamentos;

39. Aperfeiçoamento das regras;

40. A influência do esporte nas relações sociais.

41. Súmulas e arbitragem.

42. ESPORTE COLETIVO: BASQUETEBOL

43. Aperfeiçoamento dos fundamentos;

44. Aperfeiçoamento das regras;

LUTAS: CAPOEIRA

45. Histórico da capoeira;

46. Capoeira: jogo, luta ou dança;

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47. Benefícios da capoeira;

48. Principais golpes.

CULTURA CORPORAL E A FORMAÇÃO DO CIDADÃO AUTÔNOMO

• Autonomia; planejamento participativo;

• Cultura corporal.

SAÚDE, CORPOREIDADE E LAZER

• Qualidade de vida;

• Nutrição;

• Sedentarismo;

• Anatomia ;

• Fisiologia do esforço físico;

• Dependências químicas.

EDUCAÇÃO FÍSICA: INCLUSÃO E FORMAÇÃO PLENA

• Inclusão, diversidade e formação do aluno;

• Exclusão social;

• Deficiências físicas.

Série: 3º ANO

CONTEÚDOS

ESPORTE

ESPORTE COLETIVO: VOLEIBOL

• Aperfeiçoamento das regras e dos fundamentos;

• Sistemas táticos e técnicos.

• O voleibol enquanto fenômeno social;

• A reação entre a televisão e o voleibol no estabelecimento de suas regras;

• Transição: o papel da mídia;

• O voleibol sobre uma nova roupagem.

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JOGOS

49. Diferenças entre jogos e esportes;

50. Jogos cooperativos;

51. O que é lúdico.

• O jogo é jogado e a cidadania é negada

• Cidadania: inclusão excludente.

ESPORTE

ESPORTE COLETIVO: FUTSAL

− Aperfeiçoamento das regras e fundamentos;

− O futebol para alem das quatro linhas;

− Futebol ópio do povo;

− A evolução do esporte até a profissionalização;

− Surgimento do esporte espetáculo;

− O esporte como forma de lazer passivo;

− Sistemas táticos e técnicos;

GINÁSTICA

16. O circo como componente da ginástica;

17. Os segredos do corpo;

18. O corpo e seu funcionamento;

19. Diversidade da cultura corporal.

• A influência da ginástica no contexto escolar;

• A influência da mídia na cultura corporal;

• O ser saudável;

• Atividade física e saúde;

• Ginástica geral.

EDUCAÇÃO FISICA: INCLUSÃO E FORMAÇÃO PLENA

− Inclusão e exclusão social ;

− Respeito as diversidades.

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ESPORTE

ESPORTE COLETIVO: HANDEBOL

• Aperfeiçoamento dos fundamentos;

• Aperfeiçoamento das regras;

• Súmula e arbitragem;

• O poder do esporte;

• O esporte como forma de afirmação do sistema capitalista;

• O esporte na escola.

ESPORTE INDIVIDUAL: XADREZ

− Sistema de jogo;

− Aberturas, meio jogo e finais;

DANÇA

• História da dança;

• A dança em diferentes contextos sociais;

• A dança e o modismo;

• A dança como produtora de significados;

• Construção social do corpo;

• Oposição entre o corpo natural e o corpo social;

• Moda, mídia e juventude;

• Massacre do corpo;

• A dança como conteúdo escolar.

CULTURA CORPORAL E A FORMAÇÃO DO CIDADÃO AUTÔNOMO

• Autonomia; planejamento participativo;

• Cultura corporal.

ESPORTE INDIVIDUAL: TÊNIS DE MESA

• Aperfeiçoamento dos fundamentos;

• Aperfeiçoamento das regras;

• A influência do esporte nas relações sociais.

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• Súmulas e arbitragem.

ESPORTE COLETIVO: BASQUETEBOL

• Aperfeiçoamento dos fundamentos;

• Aperfeiçoamento das regras;

LUTAS: CAPOEIRA

− Histórico da capoeira;

− Capoeira: jogo, luta ou dança;

− Benefícios da capoeira;

− Principais golpes.

JUDÔ

• Como se originou?

• O judô no Brasil;

• O suave ato de lutar;

• O judô como manifestação na era Meiji;

• O judô e o esporte espetáculo;

• Fundamentos e técnicas básicas;

• Principais golpes.

EDUCAÇÃO FÍSICA: INCLUSÃO E FORMAÇÃO PLENA

• Inclusão, diversidade e formação do aluno;

• Exclusão social;

A Lei nº 11.645 que contempla a História e Cultura Afro Brasileira e Indígena

os quais serão abordados de acordo com os conteúdos trabalhados.

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4. METODOLOGIA DA DISCIPLINA

Ao propor o encaminhamento metodológico da Educação Física pretende-se

identificar as múltiplas possibilidades de intervenção sobre a corporalidade que surgem no

cotidiano da cultura escolar.

Assim a corporalidade como concepção orientadora da Educação Física no

ensino fundamental, pretende por meio das práticas corporais, seja do esporte, da dança,

da ginástica, dos jogos, das brincadeiras e brinquedos, ir além da dimensão motriz

levando em consideração a multiplicidade e experiências manifestadas pelo corpo as

quais perneiam essas práticas, que tem sentido amplo no corpo e são historicamente

produzidos.

Nesse âmbito, se reconhece dimensões fundamentais do trabalho docente:

o senso de investigação, a pesquisa e o diálogo com os educandos e professores de

outras áreas de conhecimento. Pautado nestes aspectos torna-se um desafio para o

professor procurar produzir uma cultura escolar de Educação Física que mobilize práticas

que afirmem valores e sentidos que ampliem as possibilidades formativas, evitando

formas de discriminação, segregação e competição exacerbada .

Neste sentido as aulas de Educação Física compõe-se de uma proposição

do que vai ser executado; execução do que foi proposto e reflexão sobre o que foi

executado. Os conteúdos específicos da disciplina terá tratamento diferenciado por série,

onde na sétima e oitava série terá maior amplitude, complexidade e aprofundamento de

acordo com as culturas e especificidades da escola .

5. CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO ESPECÍFICOS DA DISCIPLINA

A avaliação da aprendizagem da Educação Física, está de pautado no

Projeto Político Pedagógico da escola, onde os críterios estão bem estabelecidos onde

prioriza a qualidade do ensino e aprendizagem, sendo contínua, diagnóstica, somativa,

possibilitando assim que os alunos reflitam e se posicionem criticamente com o intuito de

construir uma suposta relação com o mundo e uma sociedade justa e mais humana.

Será um processo contínuo permanente e cumulativo, onde o professor

organizará e reorganizará o seu trabalho visando as diversas manifestações corporais.

Os instrumentos utilizados para realizar as avaliações serão pautados no

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Regimento Escolar e nas DCEs, sendo eles: debates, seminários, (re)criação de jogos,

trabalhos em equipe e individuais, testes orais e escritos, festivais, jogos escolares,

pesquisas, juri simulado entre outros que levem os alunos a expressar sua opinião e a de

seus colegas.

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6. BIBLIOGRAFIA

BRACHT, Valter. Educação Física: conhecimento e especificidade. In:

SOUZA, Eustáquia Salvadora de; VAGO, Tarcísio Mauro (Orgs), Trilhas e partilhas:

educação física na cultura escolar e nas práticas sociais. Belo Horizonte: Editora dos

autores, 1997.

CAMARGO,Marilena Jorge Guedes de. Coisas velhas: um percurso da

investigação sobre cultura escolar (1928-1958). São Paulo: editora da Unesp.

CARNAVAL, Paulo Eduardo. Cinesiologia aplicada aos esportes. Rio de

janeiro: 2ª edição: Sprint,2002.

COLETIVO DE AUTORES. Metodologia do ensino de Educação Física. São

Paulo: Cortez, 1992.

DIRETRIZES CURRICULARES DA EDUCAÇÃO BÁSICA EDUCAÇÃO

FÍSICA, Curitiba, 2009.

JULIA, Dominique. 2001. A cultura escolar como objeto histórico. Revista

Brasileira de História da Educação. Campinas, N.1, P. 9-32.

KAMEL, Dilson. Nutrição e exercício. Rio de janeiro: 3ª edição: Sprint, 2001.

LIMA, Dartel Ferrari de, Caminhada: teoria e prática. Rio de Janeiro: 2ª

edição: sprint, 2000.

MALTA, Paulo. Step Trainning, aeróbica e localizada. Rio de Janeiro: Sprint:

2ª edição, 1998.

MIRANDA, Edalton. Bases de Anatomia e cinesiologia. Rio de Janeiro: 3ª

edição: Sprint, 2001.

NANNI, Dionízia. Dança ,Educação, pré-escola á universidade. Rio de

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98

Janeiro: 4ª edição: Sprint, 2003.

SILVA JUNIOR, Lauro Ivo da. Manual de bandagens esportivas. Rio de

Janeiro, Sprint, 1999.

TIRADO, Augusto C.S.B. Meu primeiro livro de xadrez: curso para

escolares. Curitiba: expoente, 1995.

VAGO, Tarcísio Mauro. Intervenção e conhecimento na escola: por uma cultura

escolar de Educação física. In: GOELLNER, Silvana Vilodre (Org). Educação

Física/Ciências do esportes: Intervenção e conhecimento. Florianópolis: CBCE, 1999.

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99

DISCIPLINA DE FÍSICA

PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE FÍSICA

APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

O estudo da Física no Ensino Médio propõe levar ao aluno o conhecimento

da natureza como a compreensão dos fenômenos naturais e do próprio Universo, tendo

como referência modelos matemáticos, propiciando ao aluno as condições para que

contemplem as teorias físicas.

Na luta pela sobrevivência, o homem foi aprendendo a conhecer a natureza

e desenvolver seus segredos.

Desde a pré-história quando o homem usava força para realizar suas

funções, ele estava usando conhecimentos da Física.

Mais tarde, os primeiros povos civilizados sentiram a necessidade de criar

alguns instrumentos que proporcionaram maior conforto à população como: bombear

água para plantações, levantar blocos de pedra, a construir monumentos, entre outros.

Com o surgimento da Filosofia, os gregos tentaram explicar o mundo

unicamente através da razão. Valorizavam muito as idéias e pouquíssimo a

experimentação.

Na Idade Média poucos foram os avanços no campo cientifico devido o

domínio da religião e o uso restrito da escrita e de livros.

No século XVI, Galileu Galilei, mostrou com sua prática, que o cientista

precisa criar situações favoráveis de observação e a necessidade de testar todas as

teorias.

No século XVII, Isaac Newton, realizou a primeira grande síntese da história

da Física através da formulação de leis gerais.

A partir desses fundamentos, ocorreram importantes inovações cientificas e

técnicas.

Nos séculos XVIII e XIX, houve uma explosão de idéias e inovações em

todos os campos.

Em 1905, Albert Einstein, revolucionou o campo cientifico lançando a “Teoria

da Relatividade”.

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Várias teorias tiveram que ser revistas.

A partir da descoberta os avanços foram enormes: energia nuclear, bomba

atômica, estudo do movimento de partículas, viagens espaciais.

Portanto é importante compreendermos que essa evolução não é resultado

da ação individual de alguns homens e, sim, uma obra coletiva.

OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA

− Compreender as leis e teorias cientificas que levam ao conhecimento da

Física como ciência e aplicá-la na solução de problemas;

− Propiciar ao aluno a construção da idéia de cosmo, assim como a

compreensão do mundo onde vive, convive e se relaciona.

− Desenvolver o raciocínio, através da observação dos fenômenos naturais e

como manipulá-los através de experimentos;

− Introduzir metodologias práticas dos conteúdos para que todos os alunos

compreendam melhor a disciplina;

− Formar um cidadão capaz de compreender e conviver com as diversidades

culturais existentes na sociedade onde interage.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES DA DISCIPLINA DE FÍSICA

Conteúdos estruturantes:

Estudo dos Movimentos – 1º Ano

Conteúdos Básicos:

Quantidade de movimento e inércia, conservação da Quantidade de

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Movimento;

Tipos de movimento;

Variação da quantidade de movimento e impulso: 2ª Lei de Newton;

Tipos de Forças: Forças no movimento circular, Força de Atrito, Medida de uma

Força;

Energia e o princípio da conservação da energia;

Conceito de Equilíbrio e 3ª Lei de Newton;

Colisões de corpos;

Potência;

Surgimento do universo e Gravitação universal;

Estática;

Hidrostática: Fluidos, Propriedades físicas da matéria, Viscosidade dos fluidos,

Pressão, Teorema de Pascal, Empuxo.

Conteúdos estruturantes:

Termodinâmica – 2º Ano

Conteúdos Específicos:

Temperatura e calor;

Leis da Termodinâmica: Lei zero da Termodinâmica, equilíbrio térmico,

propriedades termométricas, medidas de temperatura;

1ª Lei da Termo: idéia de calor como energia, sistemas termodinâmicos que

realizam trabalho, a conservação da energia;

2ª Lei da Termo: máquinas térmicas, Entropia;

3ª Lei da Termo: as hipóteses da sua formulação, o comportamento da matéria

nas proximidades do zero absoluto;

As idéias da termodinâmica desenvolvidas no âmbito da Mecânica Quântica e

da Mecânica Estatística. A quantização da energia no contexto da Termodinâmica;

Estudo da Óptica Física e Geométrica;

Propriedades da luz como uma onda e como uma partícula;

Ondas;

Acústica.

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Conteúdos estruturantes:

Eletromagnetismo – 3º Ano

Entidades Fundamentais:

Carga, Campos e Pólos Magnéticos.

Conteúdos Específicos:

Conceitos de Carga e Pólos magnéticos;

As leis de Maxwell: Lei de Coulomb, Leis de Gauss, Lei de Faraday, Lei de

Ampere e Lei de Lenz;

Campo elétrico e magnético, linhas de campo;

Força elétrica e Magnética, Força de Lorentz;

Circuitos elétricos e magnéticos: elementos do circuito, fontes de energia num

circuito;

As interações eletromagnéticas, a estrutura da matéria;

Física moderna;

Astronomia;

Radioatividade;

Física nuclear;

Teoria da relatividade.

A Lei nº 11.645 que contempla a História e Cultura Afro Brasileira e Indígena

os quais serão abordados de acordo com os conteúdos trabalhados.

ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO

O processo de ensino-aprendizagem deve sempre partir do conhecimento

prévio que o aluno já possui sobre o conteúdo, valorizando sua história, respeitando suas

raízes, sua raça e suas diferenças, sejam essas física, religiosa, cultural etc. Dessa forma

é importante fazer com que o aluno exponha os seus conhecimentos, através de debates

e atividades individuais e em grupo onde ele possa compartilhar com o professor e com

os demais colegas aquilo que sabe sobre o tema a ser trabalhado.

Partindo da experiência do aluno, o professor passa a atuar como um

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“informante científico”, complementando esse saber com o conhecimento científico,

sistematizado e organizado. Através desse confronto de saberes, o aluno modifica e

enriquece o conhecimento já existente.

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

A avaliação dever ser utilizada como um instrumento para intervir no processo

de aprendizagem dos estudantes.

A avaliação deve levar em conta o progresso do estudante no processo de

apropriação dos conceitos e a evolução das ideias em Física, levando em consideração

aspectos como a compreensão dos conceitos físicos, a capacidade de análise e

interpretação de texto.

Dessa forma, o processo avaliativo será realizado através da participação dos

alunos nas atividades propostas em sala, apresentação de pesquisas abordando os

temas trabalhados, elaboração de relatórios sobre um experimento em laboratório;

Respeitando sempre as limitações e as diferenças físicas e culturais entre os alunos.

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BIBLIOGRAFIA

Bem-Dov, Joav. Convite á Física. Rio de Janeiro, Ed. Jorge Zahar, 1996

Bonjorno, Regina Azenha. Física Completa. Volume único. São Paulo,

F.T.D., 2002.

Bueno, Paulo. Física. Volume único. São Paulo, Ática, 2005.

DIRETRIZES CURRICULARES DA EDUCAÇÃO BÁSICA - FÍSICA,

Curitiba, 2009.Feynman, Richard P. Física em seis lições. 8ª edição. Rio de Janeiro,

Ediouro, 2004.

GASPAR, Alberto. Física. Volume único. São Paulo, Ática, 2009.

Identidades do Ensino Médio.

Júnior, Dorival Ronqui. Palavra em Ação – Física. Volume único.

Uberlândia, Claranto, 2003.

Máximo, Antonio; Alvarenga, Beatriz. Física. Volume único. São Paulo,

Scipione, 2005.

Menezes, Luis Carlos de. A matéria. São Paulo, Ed. Livraria da Física, 2005.

Paraná. Física. Volume único. São Paulo. Ática, 2003.

Rocha, José Fernando M. Origens e evolução das idéias da física.

Salvador, Edufba, 2002.

Tipler, Paul A.; Llewellyn, Ralph A.. Física Moderna. Rio de Janeiro, LTC,

2006.

Mosca, Gene. Física. Rio de Janeiro, LTC, 2006.

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DISCIPLINA DE GEOGRAFIA

1. APRESENTAÇÃO GERAL

As relações da natureza com o espaço geográfico sempre fizeram parte da

sobrevivência dos grupos humanos, observando as alternancia dos climas, as estações

do ano e todas as variações do tempo, com isso foi possível a construção do

conhecimento sobre a natureza, assim como modificá-la em benefícios da humanidade.

A ciência geográfica vem passando por intensa renovação nas ultimas

décadas, houve um avanço dos saberes geográficos, devido a ampliação dos

conhecimentos entre sociedade-natureza, características físicas e humana dos territórios

o que tornou-se possível as organizações políticas e econômicas.

A Geografia, não pode ser encarada apenas como uma ciência que serve para

dotar os indivíduos de conhecimentos sobre o mundo. Ela deve ir mais adiante,

questionado sobre os problemas da região, sobre as contradições existentes na vida

econômica, socioambiental e política, tentando buscar as soluções que beneficiam todos

os segmentos da sociedade, principal mente aqueles que estão a margem do processo.

A abordagem mais adequada dos conteúdos, no sentido da formação do

cidadão consciente, preparado para modificar positivamente o espaço de sua vivência,

adequando o espaço geográfico de acordo com sua realidade.

E importante ressaltar que os referenciais do conhecimento Geográfico, como

conceito, evolução, produção, métodos, utilidades e fontes de pesquisas são benefícios

para se chegar ao conhecimento cientifico, à Geografia, deve ser trabalhada a partir de

conhecimentos concretos para assegurar o entendimento.

− CONTEÚDOS DE GEOGRAFIA POR SÉRIE/ANO

ENSINO FUNDAMENTAL 5ª SÉRIE/6º ANO

Conteúdo Conteúdos Básicos

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s Estruturantes

Dimensã

o econômica do

espaço geográfico

Dimensã

o política do espaço

geográfico

Dimensã

o cultural

demográfica do

espaço geográfico

Dimensã

o socioambiental do

espaço geográfico.

1) Formação e transformação das paisagens

naturais e culturais.

2)Dinâmica da natureza e sua alteração pelo

emprego de tecnologias de exploração e produção.

3)A formação, localização e exploração dos

recursos naturais.

4)A distribuição espacial das atividades produtivas,

a transformação paisagem, a (re)organização do espaço

geográfico.

5)As relações entre campo e a cidade na sociedade

capitalista.

6)A mobilidade populacionais as manifestações

socioespaciais da diversidade cultural.

7)A transformação demográfica, a distribuição

espacial e os indicadores estatísticos da população.

8)As diversas regionalizações do espaço

geográfico.

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ENSINO FUNDAMENTAL 6ª SÉRIE/7º ANO

Conteúdo

s estruturantes

Conteúdos Básicos

Dimensã

o econômica do

espaço geográfico

Dimensã

o política do espaço

geográfico

Dimensã

o cultural

demográfica do

espaço geográfico

Dimensã

o socioambiental do

espaço geográfico.

1) A formação, mobilidade das fronteiras e a

reconfiguração do território brasileiro.

2) A dinâmica da natureza e sua alteração pelo

emprego de tecnologias de exploração e produção.

3) As diversas regionalizações do espaço brasileiro.

4) As manifestações sócio-espaciais da diversidade

cultural.

5) A transformação demográfica, a distribuição

espacial e os indicadores estatísticos da população.

6) Movimentos migratórios e suas motivações.

7) O espaço rural e a modernização da agricultura.

8) A formação, o crescimento das cidades, a

dinâmica dos espaços urbanos e a urbanização.

9) A distribuição espacial das atividades produtivas,

a (re) organização do espaço geográfico.

10) A circulação de mão-de-obra, das mercadorias

e das informações.

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ENSINO FUNDAMENTAL 7ª SÉRIE/8º ANO

Conteúdo

s estruturantes

Conteúdos Básicos

Dimensão

econômica do

espaço geográfico

Dimensão

política do espaço

geográfico

Dimensão

cultural demográfica

do espaço

geográfico

Dimensão

socioambiental do

espaço geográfico.

1) As diversas regionalizações do espaço

geográfico.

2) A formação, mobilidade das fronteiras e a

reconfiguração dos territórios do continente americano.

3) A nova ordem mundial, os territórios

supranacionais e o papel do Estado.

4) O comércio em suas implicações sócio-

espaciais.

5) A circulação de mão-de-obra, do capital, das

mercadorias e informações.

6) A distribuição espacial das atividades produtivas,

a (re) organização do espaço geográfico.

7) As relações entre o campo e a cidade na

sociedade capitalista.

8) O espaço rural e a modernização da agricultura.

9) A transformação demográfica, a distribuição

espacial e os indicadores estatísticos da população.

10) Os movimentos migratórios e suas motivações.

11) As manifestações sócio-espaciais da

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109

diversidade cultural.

12) A formação, a localização, exploração dos

recursos naturais.

ENSINO FUNDAMENTAL 8ª SÉRIE/9º ANO

Conteúdo

s estruturantes

Conteúdos Básicos

Dimensã

o econômica do

espaço geográfico

Dimensã

o política do espaço

geográfico

Dimensã

o cultural

demográfica do

espaço geográfico

1) As diversas regionalizações do espaço

geográfico.

2) A nova ordem mundial, os territórios

supranacionais e o papel do Estado.

3) A Revolução Técnico-científico-informacional e os

novos arranjos no espaço da produção.

4) O comércio mundial e as implicações

socioespaciais.

5) A formação, mobilidade das fronteiras e a

reconfiguração dos territórios.

6) A transformação demográfica, a distribuição

espacial e os indicadores estatísticos da população.

7) As manifestações socioespaciais da diversidade

cultural.

8)Os movimentos migratórios mundiais e suas

motivações.

9)A distribuição das atividades produtivas, a

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110

Dimensã

o socioambiental do

espaço geográfico.

transformação da paisagem e a (re)organização do espaço

geográfico.

10)A dinâmica da natureza e sua alteração pelo

emprego de tecnologias de exploração e produção.

11)O espaço em rede: produção, transporte e

comunicações na atual configuração territorial.

ENSINO MÉDIO 1º ANO

Conteúdos

Estruturantes

Conteúdos Básicos

Dimensão

econômica do espaço

geográfico

Dimensão

política do espaço

geográfico

Dimensão

cultural demográfica

do espaço geográfico

Dimensão

socioambiental do

espaço geográfico.

1)Formação e transformação das paisagens.

2) A formação, localização e exploração dos

recursos naturais.

3) Formação, mobilidade das fronteiras e a

reconfiguração dos territórios.

4) A transformação demográfica, a distribuição

espacial e os indicadores estatísticos da população.

5)Os movimentos migratórios e suas motivações.

6) As manifestações socioespaciais da

diversidade cultural.

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111

ENSINO MÉDIO 2º ANO

Conteúdos

Estruturantes

Conteúdos Básicos

Dimensão

econômica do espaço

geográfico

Dimensão

política do espaço

geográfico

Dimensão

cultural demográfica

do espaço geográfico

Dimensão

socioambiental do

espaço geográfico.

1) A dinâmica da natureza e sua alteração pelo

emprego de tecnologias de exploração e produção.

2) A distribuição espacial das atividades

produtivas, a transformação da paisagem, a (re)organização

do espaço geográfico.

3) A formação, localização e exploração dos

recursos naturais.

4) O espaço rural e a modernização da

agricultura.

5) O espaço em rede: produção, transporte e

comunicação na atual configuração territorial,

6)A circulação de mão-de-obra, do capital, das

mercadorias e das informações.

7)As relações entre o campo e a cidade na

sociedade capitalista.

8)A formação e o crescimento das cidades, a

dinâmica dos espaços urbanos e a urbanização recente.

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112

ENSINO MÉDIO 3º ANO

Conteúdos

Estruturantes

Conteúdos Básicos

Dimensão

econômica do espaço

geográfico

Dimensão

política do espaço

geográfico

Dimensão

cultural demográfica

do espaço geográfico

Dimensão

socioambiental do

espaço geográfico.

1) A dinâmica da natureza e sua alteração pelo

emprego de tecnologias de exploração e produção.

2) A revolução técnico-científica- informacional e

os novos arranjos no espaço da produção.

3) O espaço em rede: produção, transporte e

comunicação na atual configuração territorial.

4) A circulação de mão-de-obra, do capital, das

mercadorias e das informações.

5) O comércio e as implicações socioespaciais.

6) As diversas regionalizações do espaço

geográfico.

7) As implicações socioespaciais do processo de

mundialização.

8) A nova ordem mundial, os territórios

supranacionais e o papel do Estado.

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4. METODOLOGIA DA GEOGRAFIA

A geografia tem atuação privilegiada dentro do elenco de disciplinas nas

escolas, pois favorece uma maior integração entre o ambiente mais restrito do aluno e o

mundo do qual faz parte, favorecendo-lhe uma visão mais completa social- o espaço

constituído pelo trabalho humano, ao longo do processo histórico.

Adquirindo conceitos que servem como pré-requisitos para a compreensão dos

elementos que caracterizam a organização espacial e que sejam fundamentais para a

formação de um raciocínio geográfico articulado, cumulativo e crítico.

Sendo assim todo trabalho realizado em sala de aula, deverá ser de uma forma

crítica e dinâmica, interligando a teoria prática e realidade. O encaminhamento dos

trabalhos serão realizados através da utilização de recursos didáticos, tais como: vídeos,

músicas, aparelho de som, retroprojetor, globo, mapas, jornais, revistas, livros, internet,

TV pen-drive.

Com relação à inclusão escolar, entende-se que o conhecimento sistematizado

pela educação escolar deve proporcionar aos alunos inclusos idênticas possibilidades e

direitos, ainda que apresentem diferenças sociais, culturais e pessoais, efetivando-se a

igualdade, principalmente em condições semelhantes aos demais. Nesse sentido, o

ensino de geografia deve buscar caminhos para instrumentalizar o aluno incluso de forma

a propiciar a este as mesmas condições de leitura do espaço e do mundo que os demais

alunos possuem.

A Lei nº 11.645 que contempla a História e Cultura Afro Brasileira e Indígena os

quais serão abordados de acordo com os conteúdos trabalhados.

− AVALIAÇÃO DA DISCIPLINA DE GEOGRAFIA

De acordo com as Diretrizes Curriculares de geografia do Estado do Paraná,

a avaliação deve estar a serviço da aprendizagem de todos os alunos, permeando o

conjunto das ações pedagógicas, e não como elemento externo a esse processo. Nesse

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sentido a avaliação proposta nessa proposta pedagógica curricular de geografia é a

seguinte:

•Avaliação Diagnóstica: Permite ao professor identificar o

desenvolvimento da aprendizagem dos alunos para pensar em atividades didáticas que

possibilitem a compreensão dos conteúdos a serem trabalhados.

•Avaliação Formativa: Ocorre durante o processo pedagógico e tem por

finalidade retomar os objetivos de ensino propostos para, a partir dos mesmos, identificar

a aprendizagem alcançada desde o início até o momento avaliado;

•Avaliação Somativa: Permite ao professor tomar uma amostra em

objetivos propostos no início do trabalho e identificar se eles estão em consonância com o

perfil dos alunos e como esses encaminhamentos metodológicos utilizados para

compreensão dos conteúdos. Está avaliação é aplicada em um período distante um do

outro, como por exemplo, o Bimestre, Trimestre e o Semestre.

No que concerne à avaliação do aluno incluso, não há que se perder de

vista a necessidade de um trabalho conjunto e interligando que se concretize

interdisciplinarmente na aprendizagem da criança inclusa, de modo que não se

caracterizem dois processos distintos e desvinculados, isto é, duas “educações” a regular

e a especial.

De acordo com essas formas de avaliação, os critérios e instrumentos

avaliativos utilizados na disciplina de geografia serão:

- Atividade de leitura - o aluno deverá compreender as ideias presentes no

texto e interagir com o texto por meio de questionamentos, concordâncias ou

discordâncias; ao falar sobre o texto, expressar suas ideias com clareza e sistematizar o

conhecimento de forma adequada; estabelecer relações entre o texto e o conteúdo

abordado em sala de aula.

− Projeto de Pesquisa Bibliográfica - o aluno compreende a contextualização,

identifica a situação e o contexto com clareza; ao problema, apresenta de forma clara,

objetiva o tema levantado, delimitando o foco da pesquisa na busca de solução; a

justificativa, aponta argumentos sobre a importância da pesquisa. O aluno, na escrita,

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115

remete-se aos textos lidos, por meio de citações ou paráfrases, referenciando-os

adequadamente.

− Produção de texto – o aluno usa linguagem adequada às exigências do

contexto de produção( gênero, interlocutor, finalidade ) ou de informalidade, atendendo

especificidades da disciplina em termos de léxico, de estrutura; expressa as ideias com

clareza(coerência e coesão); elabora argumentos consistentes; estabelece relações entre

as partes do texto; estabelece relação entre a tese e os argumentos elaborados para

sustentá-la.

− Palestra/Apresentação oral – O aluno deve demonstrar conhecimento do

conteúdo; apresentar argumentos elaborados consistentes; demonstrar sequência lógica

e clareza na apresentação; faz uso de recursos para ajudar na sua produção.

− Seminário – O aluno demonstra consistência nos argumentos, tanto na

apresentação quanto nas réplicas; apresenta compreensão do conteúdo abordado; faz

adequação da linguagem; demostra pertinência quanto as fontes de pesquisa; traz relatos

para enriquecer a apresentação; faz adequação e toma como relevante as intervenções

dos integrantes do grupo que assiste a apresentação.

− Debate – O aluno aceita a lógica da confrontação de posições, ou, seja,

respeita os pensamentos divergentes; ultrapassa os limites das suas posições pessoais;

explicita racionalmente os conceitos e valores que fundamentam a sua posição; faz uso

adequado da língua portuguesa em situações formais; busca, por meio de debate, da

persuasão e da superação de posições particulares, uma posição de unidade, ou uma

maior aproximação possível entre as posições dos participantes; registra, por escrito, as

ideias surgidas no debate; demonstra conhecimento sobre o conteúdo da disciplina

envolvido no debate; apresenta compreensão sobre o assunto específico debatido e sua

relação com o conteúdo da disciplina.

− Atividades com textos literários – O aluno compreende e interpreta a

linguagem utilizada no texto; faz a articulação do conceito/conteúdo/tema discutido nas

aulas com o texto literário lido; reconhece os recursos expressivos específicos do texto

literário.

− Trabalho em grupo – O aluno interage com o grupo; compartilha o

conhecimento; demonstra os conhecimentos formais da disciplina, estudados em sala de

aula, na produção coletiva de trabalhos; compreende a origem da construção histórica

dos conteúdos trabalhados e sua relação com a contemporaneidade e a seu cotidiano.

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116

− Questões discursivas – O aluno compreende o enunciado das questões;

planeja a solução, de forma adequada; comunica-se por escrito, com clareza, utilizando-

se da norma padrão da língua portuguesa; sistematiza o conhecimento de forma

adequada.

− Questões objetivas – O aluno realiza leitura compreensiva do enunciado;

demonstra apropriação de alguns aspectos definidos do conteúdo; utiliza-se de

conhecimentos adquiridos.

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117

− BIBLIOGRAFIA

CAVALCANTI, L. de S. Geografia Escola e Construção do Conhecimento.

Campinas: Papirus, 1998.

PARANA. Secretaria de Estado da Educação Superintendência da Educação .

Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares da Educação Básica.

Geografia. Curitiba, 2008.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação.

Livro Didático Público. Geografia. 2.ed. Curitiba: SEED – PR, 2006

LUCCI, Elian Alabi, Anselmo Lazaro Branco. Geografia: Homem e espaço – as

relações internacionais e a organização do espaço mundial 5ª a 8ª séries: ensino

fundamental – 18ª ed. – São Paulo: Saraiva, 2002.

MORAES, A.C.R. Geografia – Pequena História Crítica. São Paulo:

Hucitec,1987.

RIBEIRO, Maria Luisa s. História da Educação Brasileira: A Organização

Escolar. São Paulo: Moraes, 6ª ed., 1996, p.78.

RUA, J. Waszkiavicus, F.A., Tammuri, M.R.P., Póvoa Neto, H. Para Ensinar

Geografia: Contribuição para o trabalho com 1º e 2º graus. Rio de Janeiro: Access,

1993.

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118

DISCIPLINA DE HISTÓRIA

− APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA DE HISTÓRIA;

O homem é o único animal histórico e que vive historicamente, tendo

consciência da passagem do tempo. Tanto ele quanto a sociedade a que pertence

possuem passado, presente e futuro. Longe de reduzir-se a um estudo passivo e neutro

do passado, a historia deve ser um estudo ativo, participativo e critico do passado,

relacionado com o presente e com vistas a um futuro melhor, o ensino de historia tem por

objetivo formar cidadão consciente, o que só será possível quando compreender de forma

crítica a sociedade em que vive e os fatores que a produziram. Daí a importância

fundamental do estudo crítico da história, sem dúvida um dos elementos essenciais na

formação do cidadão capaz de participar conscientemente da transformação da

sociedade e do mundo em que vive.

O ensino de História, presta-se também do modo particular para dotar o aluno

de espírito participativo, qualidade que ele deve Ter tanto na vida escolar quanto na vida

familiar e mais tarde no trabalho, na administração de seu município, do estado e do país.

A visão crítica e espírito participativo são duas faces diferentes de uma mesma moeda.

Não existe uma sem a outra.

O ensino de História pode estimular a formação da visão crítica ao fornecer ao

aluno instrumental que o auxilie na interpretação da realidade de vivenciada por ele.

A História estuda as ações do homem, procurando explicar as relações entre

seu diferente grupo. Essas relações estão em permanente movimento, são dinâmicas e

contraditórias. Produzir História é recuperar essas relações que se estabelecem entre os

grupos humanos no desenvolvimento de suas atividades, nos mais diferentes tempos e

espaços. Há necessidade de conceber um tipo de procedimento adequado aos

fenômenos históricos que estão sempre em movimento e que evidenciam manifestações

contraditórias. A História ao estudar as transformações sociais, seu objeto de estudo é

sempre uma determinada sociedade, em determinado momento, sempre pensada como

um todo.

O conhecimento histórico procura ver as mudanças por que passam ou

passaram as diferentes sociedades humanas.

O ser humano elabora sempre novos conhecimentos e novas técnicas –

sobre a natureza, sobre si mesmo e sobre sua organização social – que são transmitidos

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119

às novas gerações por meio da educação informal e formal e que levam à uma crescente

ampliação do patrimônio cultural da humanidade.

É fundamental que o aluno tome consciência de que é parte do mundo e

agente transformador da realidade; incentivando a leitura, reflexão, análise e exposições

escritas e orais, pessoais e em grupo.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES ENSINO FUNDAMENTAL:

− RELAÇÕES DE TRABALHO;

− RELAÇÕES DE PODER;

− RELAÇÕES CULTURAIS;

CONTEÚDOS BÁSICOS ENSINO FUNDAMENTAL

5° SÉRIE

1 – A Experiência Humana no Tempo

2 – Os sujeitos e sua relação com o outro no tempo

3 – A Cultura Local e a Cultura Comum

6° SÉRIE

1 – As Relações de Propriedade;

2 – O Mundo do Campo e o Mundo da Cidade;

3 – As Relações entre o Campo e a Cidade;

4 – Conflitos, resistências e produção cultural campo/cidade;

5 – A Constituição histórica do mundo do campo e da cidade;

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120

7° SÉRIE

1 – História das Relações da Humanidade com o Trabalho;

2 – O Trabalho e a Vida em sociedade;

3 – O Mundo do Trabalho;

4 – As Resistências e as Conquistas de Direito;

5 – O trabalho e as contradições da modernidade;

8° SÉRIE

1 – A Constituição das Instituições Sociais

2 – A Formação do Estado

3 – Sujeitos Guerras e Revoluções

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES ENSINO MÉDIO:

− RELAÇÕES DE TRABALHO;

− RELAÇÕES DE PODER;

− RELAÇÕES CULTURAIS;

CONTEÚDOS BÁSICOS ENSINO MÉDIO

1o Ano

52. Trabalho Escravo,Servil,Assalariado eu Trabalho Livre

53. O Estado e as relações de poder

54. Os sujeitos ,as revoltas e as guerras

55. Cultura e Religiosidade

2o Ano

• Trabalho Escravo,Servil, Assalariado e o Trabalho Livre

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121

• Urbanização e industrialização

• O Estado e as relações de poder

• Os sujeitos,as revoltas e as guerras

• Movimentos sociais,políticos e culturais e as guerras e revoluções

• Cultura e religiosidade

3o Ano

• Urbanização e industrialização

• O Estado e as relações de poder

• Os sujeitos ,as revoltas e as guerras

• Movimentos sociais,políticos e culturais e as guerras e revoluções

• Cultura e religiosidade

2)METODOLOGIA DA DISCIPLINA;

Para a disciplina de História propõem-se uma metodologia que contribua para

que os alunos possam se apropriar dos fundamentos teóricos necessários para que

possam pensar historicamente, para isso faz-se necessário segundo Schimidt e Cainelli

(2006) a recuperação do método da história em sala de aula.

O método aplicado em sala de aula também deve considerar que as ideias

históricas dos alunos são marcadas pelas suas experiências de vida e pelos meios de

comunicação.

Nesse sentido e sob uma perspectiva de Inclusão Social, a disciplina de

História, considerará a diversidade cultural e a memória paranaense, de modo que

buscam contemplar demandas em que também se situam os movimentos sociais

organizados e destacam os seguintes aspectos em sua metodologia:

20. Cumprimento da Lei n. 13, 381/01, que torna obrigatório, no Ensino

Fundamental e Médio da Rede Pública Estadual, os conteúdos de História do Paraná;

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21. Cumprimento da Lei n. 10,639/03, que inclui no currículo oficial a

obrigatoriedade da História e da Cultura Afro-brasileira, seguidas das Diretrizes

Curriculares Nacionais para a Educação das relações étnico-raciais e para o ensino de

História e Cultura Afro-brasileira e Africana;

22. Cumprimento da Lei n. 11,645/08, que inclui no currículo oficial a

obrigatoriedade do ensino da história e cultura dos povos indígenas do Brasil.

A Lei nº 11.645 que contempla a História e Cultura Afro Brasileira e

Indígena os quais serão abordados de acordo com os conteúdos trabalhados.

Assim sendo os conteúdos de História do Paraná tem como finalidade a

ampliação das possibilidades de trabalho, ressaltando as relações culturais de trabalho e

de poder, estimulando a reflexão sobre os conteúdos proposto, os conceitos e as

concepções presentes em diferentes contextos, e por fim demonstrar como articular as

memórias e histórias locais e regionais, favorecendo a construção do conhecimento

histórico do Paraná.

Traçando também um paralelo entre as comemorações do centenário da

Emancipação Política do Paraná e dos 500 anos de descobrimento do Brasil, em ambos

os casos propondo a problemática com alunos tidos como excluídos, Isto é, indígenas,

negros, trabalhadores do campo e da cidade, entre outros. Possibilitando também uma

abordagem não como uma verdade pronta e definitiva mas como uma constante analise e

reconstrução em torno das ações e relações dos sujeitos no tempo e no espaço.

Com relação ao tema cultura afro-brasileira a disciplina de história tem como

finalidade, desmitificar a narrativa histórica produzida através da visão da Europa

Ocidental (etnocentrismo europeu), que propunha uma nacionalidade pautada na

ideologia do branqueamento.

Bem como analisar o modelo conservador de sociedade inserido no currículo

oficial de história que tinha como objetivo legitimar os valores aristocráticos, no qual o

processo histórico ora conduzido por líderes que excluíam a possibilidade das pessoas

comuns serem entendidas como sujeitos históricos.

Ainda dentro da metodologia a disciplina de história da ênfase a Educação do

campo, em que é essencial compreender a problematização dos conhecimentos que

levaram a educação do campo a estar historicamente nas políticas educacionais, não

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esquecendo a investigação como ponto de partida para a seleção e desenvolvimento dos

conteúdos escolares, podendo assim realizar uma interpretação da realidade que

considera as relações mediadas pelo trabalho no campo como produção material da

existência da humanidade.

Construindo assim um conhecimento que promova novas relações de trabalho

e de vida para a comunidade do campo.

Por fim a metodologia empregada nas aulas de história serão as seguintes:

- Aulas Expositivas;

- Explicação de mapas e imagens que aparecem no texto;

- Discussão das legendas que aparecem no texto;

- Pesquisa Bibliográfica;

- Leitura e discussão do texto em boxe;

- Leitura e discussão do livro-texto;

- Trilha da História (Jogos com questões de assuntos estudados);

- Apresentação de seminários e discussões:

- Discussões sobre filmes assistidos;

- Analises de gráficos de linha do tempo;

- Histórias em Quadrinho;

– Analise de fotos;

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124

RECURSOS DIDÁTICOS;

- Uso de Vídeo e DVD;

- Mapas e Imagens;

- Retroprojetor;

- Textos diversificados de jornais e revistas;

- Figuras ilustrativas da época;

- Quadro e Giz;

- Trilha da História (jogos com questões de assuntos estudados).

- Laboratório de Informática;

- Uso da TV – Pendrive;

− AVALIAÇÃO;

De acordo com as Diretrizes Curriculares de história do Estado do Paraná, a

avaliação deve estar a serviço da aprendizagem de todos os alunos, permeando o

conjunto das ações pedagógicas, e não como elemento externo a esse processo. Nesse

sentido a avaliação proposta nessa proposta pedagógica curricular de história é a

seguinte:

− Avaliação Diagnóstica: Permite ao professor identificar o desenvolvimento

da aprendizagem dos alunos para pensar em atividades didáticas que possibilitem a

compreensão dos conteúdos a serem trabalhados.

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− -Avaliação Formativa: Ocorre durante o processo pedagógico e tem por

finalidade retomar os objetivos de ensino propostos para, a partir dos mesmos, identificar

a aprendizagem alcançada desde o início até o momento avaliado;

− Avaliação Somativa: Permite ao professor tomar uma amostra em objetivos

propostos no início do trabalho e identificar se eles estão em consonância com o perfil dos

alunos e como esses encaminhamentos metodológicos utilizados para compreensão dos

conteúdos. Está avaliação é aplicada em um período distante um do outro, como por

exemplo, o Bimestre, Trimestre e o Semestre.

De acordo com essas formas de avaliação, os instrumentos avaliativos

utilizados na disciplina de história serão:

- Atividade de Leitura; Analisar se o aluno compreende as ideias presentes no

texto e interage com o texto por meio de questionamentos, concordâncias ou

discordâncias ao falar sobre o texto, expressa suas ideias com clareza e sistematiza o

conhecimento de forma adequada, estabelecendo relações entre o texto e o conteúdo

abordado em sala de aula, analisar a oralidade do educando bem como suas concepções

prévias e históricas sobre o conteúdo discutido.

- Projeto de Pesquisa Bibliográfica; o aluno, quanto: a contextualização, identifi-

ca a situação e o contexto com clareza, ao problema, apresenta de forma clara, objetiva o

tema levantado, delimitando o foco da pesquisa na busca de solução; na justificativa,

aponta argumentos sobre a importância da pesquisa;O aluno, na escrita, remetesse aos

textos lidos, por meio de citações ou paráfrases, referencidoos adequadamente,

verificar se o educando adquiriu conhecimentos acadêmicos sobre pesquisa

bibliográfica e se o mesmo consegue realizar comparações entre as diversas produções

históricas.

- Produção de Narrativas Históricas; adequa a linguagem às exigências do con-

texto de produção, dando-lhe diferentes graus de formalidade ou informalidade, atenden-

do especificidades da disciplina em termos de léxico, de estrutura; elabora argumentos

consistentes; estabelece relações entre as partes do texto; estabelece relação entre a

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tese e os argumentos elaborados para sustentá-lo,

analisa a construção do conhecimento histórico do aluno, dando ênfase aos

diversos documentos e temporalidades, e também se o educando consegue identificar as

ideias principais e secundárias da narrativa.

- Seminários e debates; demonstra consistência nos argumentos, tanto na

apresentação quanto nas réplicas; apresenta compreensão do conteúdo abordado (a lei -

tura compreensiva dos textos utilizados); faz adequação da linguagem; demonstra perti -

nência quanto as fontes de pesquisa; traz relatos para enriquecer a apresentação; faz

adequação e toma como relevante as intervenções dos integrantes do grupo que assiste

à apresentação

avaliação da oralidade, conhecimento prévio e adquirido pelo educando e o

respeito a organização hierarquizada das ideias principais e secundárias do texto utilizado

para a forma de avaliação proposta..

- Atividades a partir de Recursos Audiovisuais;compreende e interpreta a lin-

guagem utilizada; articula o conceito/conteúdo/tema discutido nas aulas com o conteúdo

apresentado pelo audiovisual; reconhece os recursos expressivos específicos daquele re-

curso

Interpretar a iconografia escrita ou não.

- Trabalho em grupo; compartilha o conhecimento; demonstra os conhecimen-

tos formais da disciplina, estudados em sala de aula, na produção coletiva de trabalhos;

compreende a origem da construção histórica dos conteúdos trabalhados e sua relação

com a contemporaneidade e o seu cotidiano interage com o grupo;

Percepção de socialização do conhecimento dentre os educandos.

-Questões Discursivas; Compreende o enunciado da questão. Planeja a solu-

ção, de forma adequada.Comunica-se por escrito, com clareza, utilizando-se da norma

padrão da língua portuguesa. Sistematiza o conhecimento de forma adequada.

Analisa o conhecimento historicamente construído ao longo da vida escolar e

também do seu conhecimento prévio sobre o assunto.

-Questões Objetivas; Realiza leitura compreensiva do enunciado; Demonstra

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apropriação de alguns aspectos definidos do conteúdo; Utiliza de conhecimentos adquiri-

dos.

Verificar realmente o conhecimento histórico dos educandos.

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− REFERÊNCIAS;

BRASIL. Lei nº. 9394/96. Diário Oficial da União. Brasília, 20 de dezembro de

1996.

PARANÀ, Secretaria do Estado de Educação. Diretrizes curriculares para o

Ensino de história nos Anos Finais do Ensino Fundamental e Médio. Curitiba: SEED,

2009.

BURKE, Peter. A Escrita da História: Novas Perspectivas. Magda Lopes (tr).

São Paulo: UNESP, 1992.

CERRI, Luís Fernando (org.) O Ensino de História e a Ditadura Militar.

Curitiba: Aos Quatro Ventos,2005.

FIGUEIRA, Divalte Garcia. História. São Paulo: Ática, 2002.

PINSKY, Jaime (org.) História da Cidadania. 3 ed. São Paulo: Contexto, 2005.

FREYRE, Gilberto. Casa Grande e Senzala. 47 ed. Global, 2003.

LE GOFF, Jacques. História e Memória. Campinas: UNICAMP, 1992.

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DISCIPLINA DE LÍNGUA PORTUGUESA

1.. APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

Sabe-se que a Língua Portuguesa, antes de mais nada, é uma prática social.

Assim é imprescindível privilegiar, no estudo da língua, o contato real do estudante com a

multiplicidade de gêneros discursivos que já é de uso e/ou circulam no cotidiano.

Considerando que é de suma importância a formação de um sujeito crítico com

múltipla visão de mundo, busca-se integrar a linguagem verbal (oral e escrita) com outros

tipos de linguagens (corporal, grafológica, etc.) pois dessa forma, pensa-se que será

possível extrapolar os limites formais da disciplina em questão, desenvolvendo assim, o

domínio da mesma em diferentes situações, sabendo adequá-la a cada contexto e

interlocutor, instrumentalizando-se a fim de posicionar-se e aproximar sua capacidade de

pensamento crítico numa constante interação entre oralidade, leitura e escrita consistindo

uma verdadeira apropriação da língua.

Segundo a visão interacionista ou sociointeracionista, a linguagem é um

processo histórico que se constitui numa relação dialógica entre os sujeitos. Permitindo

assim uma melhor compreensão da realidade em que o sujeito está inserido e um melhor

desempenho de seu papel social.

Ainda é interessante ressaltar que, a sociolinguística mostra que, no processo

comunicativo não há falas “certas” ou “erradas”, mas falares que atendem os diferentes

propósitos e como tal, precisam adequar-se a diferentes contextos. A partir dessa

constatação é imprescindível propiciar ao aluno não só o conhecimento da língua padrão

mas também, as diferentes construções de língua, inclusive quanto a argumentação

discursiva. Assim as atividades desenvolvidas em sala de aula devem favorecer o

desenvolvimento das habilidades de falar, ouvir, ler e produzir.

Embora a modalidade escrita e oral apresentem similaridades, é preciso refletir

sobre suas diferenças, pois a fala é, em geral, fragmentada, enquanto a escrita é mais

completa e planejada. Partindo dessa concepção é relevante trabalhar com o aluno as

produções de sentido, uma vez que o trabalho com a língua deve ser experienciado como

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um ato interativo numa relação dinâmica entre autor/leitor e aluno/professor.

Segundo o que consta nas DCEs sobre a dimensão histórica da disciplina de

Língua Materna, o qual também está disponível no portal da educação da SEED, onde se

consta as devidas referências bibliográficas presentes na mesma, de uma forma mais

resumida, historicamente o ensino de língua portuguesa se iniciou no Brasil com o

advento dos jesuítas, que aqui chegaram com o intuito de alfabetizar e catequizar os

índios, atitude essa que denotava o pensamento intelectual da época, de que a linguagem

reproduzia o modo de pensar, construída no interior da mente e sua manifestação fônica

revelava o pensamento. O discurso era hegemônico, no âmbito religioso (catolicismo) e

econômico (subsistência e extrativismo para exportação), favorecia o modelo de

sociedade escravocrata e de produção colonial destinadas ao país colonizador.

O acesso à educação letrada era determinante na estrutura social, fazendo

com que os colégios fossem destinados aos filhos da elite colonial. As primeiras práticas

pedagógicas moldavam-se ao ensino do latim, para os poucos que tinham acesso a uma

escolarização mais prolongada. Essas práticas visavam a construção de uma civilização

de aparências, tentando demonstrar que a elite era dominante e que era culta, assim,

priorizaram uma não-pedagogia, acionando no cotidiano o aparato repressivo para

inculcar a obediência a fé, ao rei e a lei.

Quanto ao ensino da Língua Materna limitava –se, às escolas jesuíticas, à

prática de ler e escrever e, nas secundárias, as aulas eram de gramática e de retórica. No

cotidiano, o povo se valia da língua geral baseada no tupi (que foi usada para a

dominação do território a ser colonizado), a língua portuguesa, a língua da burocracia,

começou a ser defendida pelo aparato repressor do estado português e esse bilinguismo

incomodava os propósitos colonialistas. A produção literária em tupi e o uso da mesma no

cotidiano foi severamente banida do Brasil. Esse colonialismo linguístico dá visibilidade ao

dominador e evidencia que o domínio da linguagem erudita do mesmo, supostamente

superior, segregava os dominados, silenciando-os e tornando-os submissos ao poder

hegemônico.

Com a reforma iluminista de Pombal em 1759, procurou levar Portugal à

modernidade, tornou obrigatório o ensino da Língua Portuguesa em Portugal e no Brasil,

essa reforma impôs a Língua Portuguesa como idioma base do ensino, entre outras

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medidas que visavam a modernização do sistema educacional que esteve a cargo dos

jesuítas por mais de dois séculos. Assim, o português começou a fazer parte dos

conteúdos curriculares, mesmo assim seguindo os moldes do ensino de latim. As escolas

jesuíticas elementares (ler e contar) para os indígenas, as escolas secundárias (letras e

filosofia) e o curso de Teologia foram substituídas por aulas régias ministradas por

profissionais de várias áreas (nomeados por indicação política ou religiosa).

Essas aulas atendiam a uma parcela reduzida da elite colonial que se

preparava para estudos posteriores na Europa. Ainda dentro dessas medidas, em 1772,

foi criado o subsídio literário, um imposto que insidia sobre a carne, o vinho e a cachaça,

e que era direcionado para a manutenção dos ensinos primário e secundário Dessa

forma, o ensino público (que atendia a alfabetização e catequese dos índios),

anteriormente sob a tutela dos jesuítas, passou a ser financiado pela Metrópole A

intenção, com essas medidas, era modernizar a educação, tornando o ensino laico e

colocando-o a serviço dos interesses da Coroa portuguesa. No entanto, a falta da

infraestrutura e de professores especializados acabou por gerar uma lacuna, que as aulas

régias tentaram preencher. Além disso, a escolarização sofria interferência da educação

clássica e europeizante. Tal situação permaneceu ate 1808, com a vinda da família real

ao Brasil.

Durante o período colonial não se sentia a necessidade de haver aqui

ensino superior, sendo que o sistema de ensino era europeizante e dirigido à classe

dominante e para manter esse status quo. As classes populares, que precisavam do

ensino primário para aprender a ler e escrever a língua portuguesa, continuaram

negligenciadas. Somente nas ultimas décadas do século XIX, a disciplina de Língua

Portuguesa passou a integrar os currículos escolares brasileiros.

Até 1869, entretanto, o currículo privilegiava as disciplinas clássicas,

sobretudo o latim, restando ao Português um espaço sem relevância. Isso acontecia pois

havia aulas isoladas, avulsas, que tratavam do estudo das humanidades, eram aulas

criadas pelo rei que, com a concordância de bispos, nomeavam os professores que, na

sua maioria, eram despreparados e mal pagos. Seguindo os moldes do ensino de Latim,

o ensino de Língua Portuguesa fragmentava-se no ensino de Gramática, Retórica e

Poética. Os professores eram estudiosos, autodidatas da língua e da literatura, estes,

com sólida formação humanística, que, a par de suas atividades profissionais (eram

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médicos, advogados, engenheiros e outros profissionais liberais) e do exercício de cargos

públicos, que quase sempre detinham o saber e dedicavam-se também ao ensino.

Ainda no final do século XIX, a preocupação com a industrialização

influenciou a estrutura curricular: tendo em vista a formação profissional, as Humanidades

não eram consideradas prioritárias, fortalecendo-se o caráter utilitário da educação.

Houve, então, uma ampliação do acesso ao ensino, coincidindo com a exclusão da

disciplina de Retórica do currículo, trata-se, no momento em que a escola se abre a

camadas cada vez maiores da população, de prover uma determinada classe de uma

língua que seja a ‘boa língua’ – uma aprendizagem hierarquizada e seletiva concedera a

cada classe o nível linguístico que lhe é necessário.

A multiplicação das escolas públicas expulsou dos currículos o curso de

Retórica, a disciplina que, fornecia às classes dirigentes uma técnica privilegiada que lhe

permitia ‘assegurar-se da propriedade da linguagem’. O conteúdo gramatical ganhou a

denominação de Português em 1871, data em que foi gerado, no Brasil, por decreto

imperial, o cargo de Professor de Português. Essa a mudança de denominação (de

'Retórica' para 'Português') não significou mudança no objetivo dos estudos da língua: a

disciplina Português manteve, até os anos 40 do século XX, a tradição da gramática, da

retórica e da poética, isso se manteve até o final do século XIX. A função do ensino de

português era, assim, fundamentalmente, levar ao conhecimento talvez mesmo apenas o

reconhecimento das normas e regras de funcionamento desse dialeto de prestígio: ensino

da gramática, isto é, ensino a respeito da língua, e análise de textos literários, para

estudos de retórica e poética.

Nesse período, o Latim começou a perder prestígio com a valorização da

língua nacional que aconteceu no bojo do movimento romântico, que, no Brasil, coincide

com a proclamação da Independência, sendo que nessa época os ideais românticos eram

os ideais burgueses, de consolidação do poder, em uma nação recém constituída, sendo

esse poder integrado, em sua maioria por jovens burgueses que, entre outros princípios,

defendiam uma língua brasileira que garantisse a unidade nacional, estabelecida

conforme ideais de civilização e de ordem. Não se deve esquecer, porém, que o contexto

romântico, a literatura expressa na variedade brasileira da língua portuguesa foi retomada

pelos modernistas que, em 1922, defendiam a necessidade de romper com os modelos

tradicionais portugueses e privilegiar o falar brasileiro e, embora não tenha protagonizado

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uma revolução na linguagem, o Modernismo contribuiu para aproximar nossa língua

escrita do falar cotidiano do Brasil.

O ensino de Língua Portuguesa manteve a sua característica elitista até

meados do seculo XX, quando se iniciou, no Brasil, a partir da década 1960, um processo

de expansão do ensino primário público, que incluiu, entre outras ações, a ampliação de

vagas e eliminação dos chamados exames de admissão. Como consequência desse

processo, a multiplicação de alunos, as condições escolares e pedagógicas, as

necessidades e as exigências culturais passaram a ser outras bem diferentes, como

exemplo, com a expansão quantitativa da rede escolar, passaram a frequentar a escola,

em número significativo, falantes de variedades do português muito distantes do modelo

tradicionalmente cultivado pela escola. Com isso houve um profundo choque entre

modelos e valores escolares e a realidade dos falantes: distanciamento entre a língua da

maioria das crianças (e jovens) e o modelo artificial de língua cultuado pela educação da

linguística tradicional; distanciamento entre a fala do professor e a norma escolar; entre a

norma escolar e a norma real; entre a fala do professor e a fala dos alunos.

O ensino de Língua Portuguesa, no contexto da expansão da escolarização,

não poderia dispensar propostas pedagógicas que levassem em conta as novas

necessidades trazidas por esses alunos para o espaço escolar, dentre elas a presença de

registros linguísticos e padrões culturais diferentes dos, até então, admitidos na escola.

Nesse período, que foi também de consolidação da ditadura militar, uma concepção

tecnicista de educação gerou um ensino baseado em exercícios de memorização, no qual

“a visão de reforço” é acentuada, pois a aprendizagem era entendida como processada

pela internalização inconsciente de hábitos (teoria comportamentalista / behaviorista), que

visava a formação de hábitos, memorização e reforço era adequada ao contexto

autoritário que cerceava a reflexão e a critica no ambiente escolar, impondo uma

formação acrítica e passiva.

A Lei no 5692/71 ampliaria e aprofundaria esta vinculação ao dispor que o

ensino deveria estar voltado a qualificação para o trabalho. Desse vinculo decorreu a

instituição de uma nova apologia à pedagogia tecnicista que, na disciplina de Língua

Portuguesa, pautava-se na concepção de linguagem como meio de comunicação (cujo

objeto é a língua vista como código), com um viés mais pragmático e utilitário em

detrimento do aprimoramento das capacidades linguísticas do falante. Continua a valer a

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tese que privilegia, no aprendizado e acesso ao uso competente da língua, o aluno

oriundo das classes letradas. O viés utilitário e pragmático do trabalho pedagógico

afastava o aluno vindo das classes menos favorecidas da norma culta da língua

portuguesa.

Com essa lei, a disciplina de Português passou a denominar-se, no primeiro

grau, Comunicação e Expressão (nas quatro primeiras séries) e Comunicação em Língua

Portuguesa (nas quatro últimas séries), baseando-se, principalmente, nos estudos de

Jacobson, referentes a teoria da comunicação. Na década de 70, além disso, outras

teorias a respeito da linguagem passaram a ser debatidas, entre elas: a Sociolinguística,

que volta-se às questões da variação linguística; a Análise do Discurso, que reflete sobre

a relação sujeito-linguagem-história e a ideologia; a Sociolinguística, que preocupa-se

com a natureza das questões e uso dos significados; a Linguística Textual, que apresenta

como objeto o texto, considerando o sujeito e a situação de interação, estuda os

mecanismos de textualização.

Dessas teorias, resultou o questionamento sobre a autoridade e a eficácia

das aulas de gramática no ensino da língua materna. Apesar das discussões acadêmicas,

os livros didáticos continuavam porta-vozes da concepção tradicional de linguagem,

reforçando metodologias que não possibilitavam a todos os estudantes o aprimoramento

no uso da língua materna tanto no ensino da língua propriamente dito, quanto no trabalho

com a literatura. As únicas inovações eram o trabalho sistemático com a produção de

texto (compreendida como veículo de transmissão de mensagens) e a leitura entendida

como um ato mecânico. O ensino de Língua Portuguesa fundamentava-se, então, em

exercícios estruturais, técnicas de redação e treinamento de habilidades de leitura.

Referente ao ensino de Literatura, até meados do século XX, o principal instrumento do

trabalho pedagógico eram as antologias literárias, com base nos cânones. A leitura do

texto literário, no ensino primário e ginasial, visava transmitir a norma culta da língua, com

base em exercícios gramaticais e estratégias para incutir valores religiosos, morais e

cívicos. O objetivo era despertar o sentimento nacionalista e formar cidadãos

respeitadores da ordem estabelecida.

Nos anos 70, o ensino de Literatura restringiu-se ao então segundo grau,

com abordagens estruturalistas e/ou historiográficas do texto literário. Na análise do texto

poético, por exemplo, adotava-se o método francês, isto é, propunha-se a análise do texto

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conforme as estruturas formais: rimas, escansão de versos, ritmo, estrofes, etc. Cabia ao

professor a condução da análise literária, e aos alunos, a condição de meros ouvintes. A

historiografia literária, que ainda hoje resiste nas salas de aula, direcionava as leituras dos

alunos. Em muitos casos, eram interpretações dos professores e/ou dos livros didáticos,

desconsiderando o papel ativo do aluno no processo de leitura. Essa abordagem da

literatura pode ser compreendida quando se resgata o contexto da época: no vigor da

ditadura militar, não seria tolerada uma prática pedagógica que visasse despertar o

espírito crítico e criador dos alunos. Ainda na década de 1970, portanto, houve uma

tentativa de rompimento com essas práticas.

Entretanto, a abordagem do texto literário mudou apenas para uma

metodologia que se centrava numa análise literária simplificada, com ênfase em

questionários sobre personagens principais e secundários, tempo e espaço da narrativa.

A partir de 1979, com o movimento que levaria ao fim do regime militar, houve um

aumento de cursos de pós-graduação para a formação de uma elite de professores e

pesquisadores, possibilitando um pensamento crítico em relação à educação. Ganham

força as discussões sobre o currículo escolar e sobre o papel da educação na

transformação social, política e econômica da sociedade brasileira.

A consolidação da abertura política resultou em pesquisas que fortaleceram

a pedagogia histórico-crítica, propiciando uma rede de outras pesquisas, inserindo, no

pensamento pedagógico dos anos 80, uma vertente progressista. Os estudos linguísticos

centrados no texto e na interação social das práticas discursivas e as novas concepções

sobre a aquisição da Língua Materna chegaram ao Brasil no final da década de 1970 e

início dos anos 80, quando as primeiras obras do Círculo de Bakhtin passaram a ser lidas

nos meios acadêmicos. Essas primeiras leituras contribuíram para fazer frente a

pedagogia tecnicista. A dimensão tradicional de ensino da língua cedeu espaço, ao

menos na academia, a novos paradigmas, envolvendo questões de uso, contextuais,

valorizando o texto como unidade fundamental de análise. Deve-se aos teóricos do

Círculo, e principalmente a Bakhtin, o avanço dos estudos em torno da natureza

sociológica da linguagem. O Círculo criticava a reflexão linguística de caráter formal-

sistemático por considerar tal concepção incompatível com uma abordagem histórica e

viva da língua, uma vez que para esse referido autor, a língua constitui-se num processo

de evolução ininterrupto, que se realiza através da interação verbal social dos locutores.

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Essas produções teóricas influenciaram os programas de re-estruturação do

Ensino de 2º Grau, de 1988, e do Currículo Básico, de 1990, que já denunciavam o

ensino da língua, cristalizado em viciosas e repetitivas práticas que se centram no

repasse de conteúdos gramaticais e que valorizavam o direito a educação linguística. O

Currículo de Língua Portuguesa orientava os professores a um trabalho de sala de aula

focado na leitura e na produção, buscava romper com o ensino tradicionalista, em que se

optava por um ensino não mais voltado a teoria gramatical ou ao reconhecimento de

algumas formas de língua padrão, mas ao domínio efetivo de falar, ler e escrever.

Os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN), do final da década de 1990,

também fundamentaram a proposta para a disciplina de Língua Portuguesa nas

concepções interacionistas, levando a uma reflexão acerca dos usos da linguagem oral e

escrita, em suas discussões. Contudo, as indicações dos PCNs podem ser coerentes e

produtivas, e de fato o são em vários aspectos, mas, encerrando o trabalho com o texto

em modelos preestabelecidos, afastam-se da proposta do dialogismo bakhtiniano diante

do texto, dos discursos, da vida, do conhecimento. Essa restrição impede um trabalho

mais aberto e histórico com os textos e seus leitores. O trabalho com modelos

preestabelecidos aborda apenas os aspectos formais do texto, deixando de considerar

que todo texto e um elo na cadeia da interação social, sempre e uma resposta ativa a

outros textos e pressupõe outras respostas.

Uma consideração presente nas DCE de língua materna é que o percurso

histórico da disciplina de Língua Portuguesa na educação básica brasileira e confrontando

esse percurso com a situação de analfabetismo funcional, de dificuldade de leitura

compreensiva e produção de textos apresentada, hoje, pelos alunos da educação básica,

segundo os resultados de avaliações em larga escala e, mesmo, de pesquisas

acadêmicas, as Diretrizes Curriculares Estaduais de Língua Portuguesa requerem, neste

momento histórico, novos posicionamentos em relação às práticas de ensino, seja pela

discussão crítica dessas práticas, seja pelo envolvimento direto dos professores na

construção de alternativas. Essas considerações resultaram, nas DCE, numa proposta

que dá ênfase a língua viva, dialógica, em constante movimentação, permanentemente

reflexiva e produtiva.

Dentre os textos literários e não literários devem ser lidos e trabalhados os

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diferentes gêneros: poemas, histórias, contos, crônicas, novelas, propagandas, editoriais,

histórias em quadrinhos, entre outros, a fim de que o aluno construa seu conhecimento e

desenvolva sua capacidade de reflexão, análise leitura e produção dos diferentes gêneros

textuais, o que visa garantir a construção de autores de diversos textos e de leitores

sujeitos do fazer linguístico.

Assumindo-se a concepção de língua como um processo interativo que se

efetiva nas diferentes práticas sociais e pretendendo que o fundamento do ensino da

língua materna seja o letramento, tem-se como objetivos:

− Empregar a língua oral em diferentes situações de uso, sabendo adequá-la a

cada contexto e interlocutor, bem como descobrindo as intenções “por trás” dos discursos

do cotidiano e posicionando-se diante dos mesmos;

− Desenvolver as habilidades de uso da língua escrita em situações

discursivas realizadas por meio de práticas textuais, considerando os interlocutores, os

seus objetivos, o assunto tratado, os gêneros e suportes textuais e o contexto de

produção/leitura;

− Criar situações em que os alunos tenham oportunidade de refletir sobre os

textos que leem, escrevem ,falam ou ouvem, intuindo de forma contextualizada, as

características de cada gênero e tipo de texto, assim como os elementos gramaticais

empregados na organização do discurso ou texto. E importante ressaltar que tais

objetivos e as práticas deles decorrentes supõem um processo longitudinal de ensino e

aprendizagem que , por meio da inserção e participação dos alunos em processos

interativos com a língua oral e escrita, inicia na alfabetização e vai se consolidando no

decurso de todo o Ensino Fundamental.

2 . CONTEÚDO ESTRUTURANTE DA DISCIPLINA.

Discurso como prática social.

2.1 - CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS DA LÍNGUA

PORTUGUESA – EDUCAÇÃO BÁSICA

GÊNEROS DISCURSIVOS

Para o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e análise

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linguística, serão adotados como conteúdos básicos os gêneros discursivos conforme

suas esferas sociais de circulação.

GÊNEROS SUGERIDOS PARA TRABALHO EM SALA DE AULA:

ESFERAS SOCIAIS DE CIRCULAÇÃO - EXEMPLOS DE GÊNEROS

COTIDIANA:

6º ano: Adivinhas; Álbum de Família; Anedotas; Bilhetes; Cantigas de Roda;

7º ano: Carta Pessoal; Cartão; Cartão Postal; Causos;

8º ano: Comunicado; Convites; Curriculum Vitae; Diário; Exposição Oral; Fotos;

Músicas; Parlendas;

9º ano: Piadas; Provérbios; Quadrinhas; Receitas; Relatos de Experiências

Vividas; Trava-línguas;

LITERÁRIA / ARTÍSTICA

6º ano: Autobiografia; Biografias; Contos; Contos de Fadas; Contos de Fadas

Contemporâneos;

7º ano: Crônicas de Ficção; Fábulas; Fábulas Contemporâneas; Haicai;

Histórias em Quadrinhos; Lendas; Literatura de Cordel; Memórias; Letras de Músicas;

8º ano: Narrativas de Aventura; Narrativas de Enigma; Narrativas de Ficção

Científica; Narrativas de Humor; Narrativas de Terror; Narrativas Fantásticas; Narrativas

Míticas;

9º ano: Paródias; Poemas; Romances; Tankas; Textos Dramáticos;

CIENTÍFICA

8º ano: Artigos; Conferência; Debate; Palestra;

9º ano: Pesquisas; Relato Histórico; Relatório; Resumo; Verbetes

ESCOLAR:

6º ano: Diálogo/Discussão Argumentativa; Exposição Oral;

7º ano: Ata; Cartazes; Debate Regrado;

8º ano: Relato Histórico; Relatório; Relatos de Experiências Científicas;

Júri Simulado; Mapas; Palestra; Pesquisas; Texto Argumentativo;

9º ano: Resenha; Resumo; Seminário; Texto Argumentativo; Texto de Opinião;

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Verbetes de Enciclopédias

IMPRENSA

6º ano: Agenda Cultural; Anúncio de Emprego;

7º ano: Artigo de Opinião; Caricatura; Carta ao Leitor; Carta do Leitor;

8º ano: Cartum; Charge; Classificados; Crônica Jornalística; Editorial;

9º ano: Entrevista (oral e escrita); Fotos;Horóscopo; Infográfico; Manchete;

Mapas; Mesa Redonda; Notícia; Reportagens; Resenha Crítica; Sinopses de Filmes;Tiras;

PUBLICITÁRIA

6º ano: Anúncio; Caricatura; Cartazes;

7º ano: Comercial para TV; E-mail; Fôlder; Fotos; Slogan;

8º ano: Músicas; Outdoor; Paródia; Placas; Publicidade Comercial;

9º ano: Publicidade Institucional; Publicidade Oficial; Texto Político;

POLÍTICA

6º ano: Abaixo-assinado; Panfleto;

7º ano: Assembleia; Carta de Emprego;

8º ano: Carta de Reclamação; Carta de Solicitação;

Debate; Debate Regrado; Discurso Político “de Palanque”; Fórum; Manifesto;

Mesa Redonda;

JURÍDICA

8º ano: Boletim de Ocorrência; Constituição Brasileira; Contrato; Declaração de

Direitos; Depoimentos;

9º ano: Discurso de Acusação; Discurso de Defesa; Estatutos; Leis; Ofício;

Procuração; Regimentos; Regulamentos; Requerimentos;

PRODUÇÃO E CONSUMO

6º ano: Placas;

7º ano: Rótulos/Embalagens;

8º ano: Regras de Jogo;

9º ano: Bulas; Manual Técnico;

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MIDIÁTICA

6º ano: Torpedos;

7º ano: Telejornal; Telenovelas; Filmes;

8º ano: Desenho Animado; E-mail; Entrevista; Reality Show; Talk Show;

9º ano: Fotoblog; Home Page; Vídeo Clip; videoconferência, Blog; Chat;

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS PARA A 5ª SÉRIE NO

ENSINO FUNDAMENTAL (6º ANO):

ESFERAS SOCIAIS DE CIRCULAÇÃO - EXEMPLOS DE GÊNEROS

COTIDIANA:

6º ano: Adivinhas; Álbum de Família; Anedotas; Bilhetes; Cantigas de Roda;

LITERÁRIA / ARTÍSTICA

6º ano: Autobiografia; Biografias; Contos; Contos de Fadas; Contos de Fadas

Contemporâneos;

ESCOLAR:

6º ano: Diálogo/Discussão Argumentativa; Exposição Oral;

IMPRENSA

6º ano: Agenda Cultural; Anúncio de Emprego;

PUBLICITÁRIA

6º ano: Anúncio; Caricatura; Cartazes;

POLÍTICA

6º ano: Abaixo-assinado; Panfleto;

PRODUÇÃO E CONSUMO

6º ano: Placas;

MIDIÁTICA

6º ano: Torpedos;

LEITURA

Tema do texto; Interlocutor; Finalidade; Aceitabilidade do texto; Informatividade;

Discurso direto e indireto; Elementos composicionais do gênero; Léxico; Marcas

linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação,

recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem.

ESCRITA

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Tema do texto; Interlocutor; Finalidade do texto; Informatividade;

Argumentatividade; Discurso direto e indireto; Elementos composicionais do gênero;

Divisão do texto em parágrafos; Marcas linguísticas: coesão,

coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos

gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem; Processo de formação de

palavras; Acentuação gráfica; Ortografia; Concordância verbal/nominal.

ORALIDADE

Tema do texto; Finalidade; Argumentatividade; Papel do locutor e interlocutor;

Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos...; Adequação do discurso ao

gênero; Turnos de fala; Variações linguísticas; Marcas linguísticas: coesão, coerência,

gírias, repetição, recursos semânticos;

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS PARA A 6ª SÉRIE NO

ENSINO FUNDAMENTAL (7º ANO):

LEITURA

Tema do texto; Interlocutor; Finalidade do texto; Informatividade; Aceitabilidade;

Situacionalidade; Intertextualidade; Informações explícitas e implícitas; Discurso direto e

indireto; Elementos composicionais do gênero; Repetição proposital de palavras; Léxico;

Ambiguidade; Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no

texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de

linguagem.

ESCRITA

Tema do texto; Interlocutor; Finalidade do texto; Informatividade; Discurso

direto e indireto; Elementos composicionais do gênero; Marcas linguísticas: coesão,

coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como

aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem; Processo de formação de palavras;

Acentuação gráfica; Ortografia; Concordância verbal/nominal.

ORALIDADE

Tema do texto; Finalidade; Papel do locutor e interlocutor; Elementos

extralinguísticos: entonação, pausas, gestos, etc; Adequação do discurso ao gênero;

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142

Turnos de fala; Variações linguísticas; Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias,

repetição, semântica.

O trabalho com literatura levará em conta as especificidades de cada turma

e série, com base nos conteúdos previstos para cada série e ano, seguindo as

metodologias acima elencadas, priorizando a compreensão de textos, suas

intencionalidades e seus efeitos de sentido, inclusive por meio da entonação quando

houver leitura do mesmo, podendo também ocorrer a intertextualidade e a re-escrita de

determinados textos produzidos como atividade avaliativa.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS PARA A 7ª SÉRIE NO

ENSINO FUNDAMENTAL (8º ANO):

ESFERAS SOCIAIS DE CIRCULAÇÃO - EXEMPLOS DE GÊNEROS

COTIDIANA:

7º ano: Carta Pessoal; Cartão; Cartão Postal; Causos;

LITERÁRIA / ARTÍSTICA

7º ano: Crônicas de Ficção; Fábulas; Fábulas Contemporâneas; Haicai;

Histórias em Quadrinhos; Lendas; Literatura de Cordel; Memórias; Letras de Músicas;

ESCOLAR:

7º ano: Ata; Cartazes; Debate Regrado;

IMPRENSA

7º ano: Artigo de Opinião; Caricatura; Carta ao Leitor; Carta do Leitor;

PUBLICITÁRIA

7º ano: Comercial para TV; E-mail; Fôlder; Fotos; Slogan;

POLÍTICA

7º ano: Assembleia; Carta de Emprego;

PRODUÇÃO E CONSUMO

7º ano: Rótulos/Embalagens;

MIDIÁTICA

7º ano: Telejornal; Telenovelas; Filmes;

LEITURA

Conteúdo temático; Interlocutor; Finalidade do texto; Aceitabilidade do texto;

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143

Informatividade; Situacionalidade; Intertextualidade; Vozes sociais presentes no texto;

Elementos composicionais do gênero; Relação de causa e consequência entre as partes

e elementos do texto; Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes

gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos como: (aspas, travessão, negrito).

Semântica: operadores argumentativos; ambiguidade; sentido conotativo e denotativo das

palavras no texto; expressões que denotam ironia e humor no texto.

ESCRITA

Conteúdo temático; Interlocutor; Finalidade do texto; Informatividade;

Situacionalidade; Intertextualidade; Vozes sociais presentes no texto; Elementos

composicionais do gênero; Relação de causa e consequência entre as partes e elementos

do texto; Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,

pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito); Concordância verbal e

nominal; Papel sintático e estilístico dos pronomes na organização, retomadas e

sequenciação do texto; Semântica: operadores argumentativos; ambiguidade; significado

das palavras; sentido conotativo e denotativo; expressões que denotam ironia e humor no

texto.

ORALIDADE

Conteúdo temático; Finalidade; Aceitabilidade do texto; Informatividade; Papel

do locutor e interlocutor; Elementos extralinguísticos: entonação, expressões faciais,

corporais e gestuais, pausas ...; Adequação do discurso ao gênero; Turnos de fala;

Variações linguísticas (lexicais, semânticas, prosódicas, entre outras); Marcas linguísticas:

coesão, coerência, gírias, repetição; Elementos semânticos; Adequação da fala ao

contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc); Diferenças e semelhanças entre o

discurso oral e o escrito.

O trabalho com literatura levará em conta as especificidades de cada turma

e série, com base nos conteúdos previstos para cada série e ano, seguindo as

metodologias acima elencadas, priorizando a compreensão de textos, suas

intencionalidades e seus efeitos de sentido, inclusive por meio da entonação quando

houver leitura do mesmo, podendo também ocorrer a intertextualidade e a re-escrita de

determinados textos produzidos como atividade avaliativa.

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144

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS PARA A 8ª SÉRIE NO

ENSINO FUNDAMENTAL (9º ANO):

ESFERAS SOCIAIS DE CIRCULAÇÃO - EXEMPLOS DE GÊNEROS

COTIDIANA:

8º ano: Comunicado; Convites; Curriculum Vitae; Diário; Exposição Oral; Fotos;

Músicas; Parlendas;

LITERÁRIA / ARTÍSTICA

8º ano: Narrativas de Aventura; Narrativas de Enigma; Narrativas de Ficção

Científica; Narrativas de Humor; Narrativas de Terror; Narrativas Fantásticas; Narrativas

Míticas;

CIENTÍFICA

8º ano: Artigos; Conferência; Debate; Palestra;

ESCOLAR:

8º ano: Relato Histórico; Relatório; Relatos de Experiências Científicas;

Júri Simulado; Mapas; Palestra; Pesquisas; Texto Argumentativo;

IMPRENSA

8º ano: Cartum; Charge; Classificados; Crônica Jornalística; Editorial;

PUBLICITÁRIA

8º ano: Músicas; Outdoor; Paródia; Placas; Publicidade Comercial;

POLÍTICA

8º ano: Carta de Reclamação; Carta de Solicitação;

Debate; Debate Regrado; Discurso Político “de Palanque”; Fórum; Manifesto;

Mesa Redonda;

JURÍDICA

8º ano: Boletim de Ocorrência; Constituição Brasileira; Contrato; Declaração de

Direitos; Depoimentos;

PRODUÇÃO E CONSUMO

8º ano: Regras de Jogo;

MIDIÁTICA

8º ano: Desenho Animado; E-mail; Entrevista; Reality Show; Talk Show;

LEITURA

Conteúdo temático; Interlocutor; Finalidade do texto; Aceitabilidade do texto;

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145

Informatividade; Situacionalidade; Intertextualidade; Temporalidade; Discurso ideológico

presente no texto; Vozes sociais presentes no texto; Elementos composicionais do

Gênero; Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;

Partículas conectivas do texto; Progressão referencial no texto; Marcas linguísticas:

coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos

(como aspas, travessão, negrito); Semântica: operadores argumentativos; polissemia;

sentido conotativo e denotativo; expressões que denotam ironia e humor no texto;

ESCRITA

Conteúdo temático; Interlocutor; Finalidade do texto; Informatividade;

Situacionalidade; Intertextualidade; Temporalidade; Vozes sociais presentes no texto;

Elementos composicionais do gênero; Relação de causa e consequência entre as partes

e elementos do texto; Partículas conectivas do texto; Progressão referencial no texto;

Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,

pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito, etc.); Sintaxe de

concordância; Sintaxe de regência; Processo de formação de palavras; Vícios de

linguagem; Semântica: operadores argumentativos; modalizadores; polissemia.

ORALIDADE

Conteúdo temático; Finalidade; Aceitabilidade do texto; Informatividade; Papel

do locutor e interlocutor; Elementos extralinguísticos: entonação, expressões faciais,

corporais e gestuais, pausas ...; Adequação do discurso ao gênero; Turnos de fala;

Variações linguísticas (lexicais, semânticas, prosódicas entre outras); Marcas linguísticas:

coesão, coerência, gírias, repetição, conectivos; Semântica; Adequação da fala ao

contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc); Diferenças e semelhanças entre o

discurso oral e o escrito.

O trabalho com literatura levará em conta as especificidades de cada turma

e série, com base nos conteúdos previstos para cada série e ano, seguindo as

metodologias acima elencadas, priorizando a compreensão de textos, suas

intencionalidades e seus efeitos de sentido, inclusive por meio da entonação quando

houver leitura do mesmo, podendo também ocorrer a intertextualidade e a re-escrita de

determinados textos produzidos como atividade avaliativa.

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146

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS PARA O ENSINO MÉDIO:

LEITURA: Conteúdo temático; Interlocutor; Finalidade do texto; Aceitabilidade

do texto; Informatividade; Situacionalidade; Intertextualidade; Temporalidade; Vozes

sociais presentes no texto; Discurso ideológico presente no texto; Elementos

composicionais do gênero; Contexto de produção da obra literária; Marcas linguísticas:

coesão e coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos

gráficos(como aspas, travessão, negrito); Progressão referencial; Partículas conectivas do

texto; Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto; Semântica:

operadores argumentativos; modalizadores; figuras de linguagem; sentido conotativo e

denotativo.

ESCRITA: Conteúdo temático; Interlocutor; Finalidade do texto;

Informatividade; Situacionalidade; Intertextualidade; Temporalidade; Referência textual;

Vozes sociais presentes no texto; Ideologia presente no texto; Elementos composicionais

do gênero; Progressão referencial; Partículas conectivas; Relação de causa e

consequência entre as partes e elementos do texto; Semântica: operadores

argumentativos; modalizadores; sentido conotativo e denotativo; figuras de linguagem;

Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,

pontuação, recursos gráficos(como aspas, travessão, negrito, etc.); Vícios de linguagem;

Sintaxe de concordância; Sintaxe de regência.

ORALIDADE: Conteúdo temático; Finalidade; Aceitabilidade do texto;

Informatividade; Papel do locutor e interlocutor; Elementos extralinguísticos: entonação,

expressão facial, corporal e gestual, pausas...; Adequação do discurso ao gênero; Turnos

de fala; Variações linguísticas(lexicais, semânticas, prosódicas, entre outras); Marcas

linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição; Elementos semânticos; Adequação da

fala ao contexto(uso de conectivos, gírias, repetições, etc.); Diferenças e semelhanças

entre o discurso oral e o escrito.

O trabalho com literatura levará em conta as especificidades de cada turma e

série, com base nos conteúdos previstos para cada série e ano, seguindo as

metodologias acima elencadas, priorizando a compreensão de textos, suas

intencionalidades e seus efeitos de sentido, inclusive por meio da entonação quando

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147

houver leitura do mesmo, podendo também ocorrer a intertextualidade e a re-escrita de

determinados textos produzidos como atividade avaliativa.

ESFERAS SOCIAIS DE CIRCULAÇÃO - EXEMPLOS DE GÊNEROS -

ENSINO MÉDIO

1º ANO

COTIDIANA: Adivinhas; Álbum de Família; Anedotas; Bilhetes; Cantigas de

Roda; Carta Pessoal; Cartão; Cartão Postal; Causos; Comunicação; Convites; Curriculum

Vitae; Diário; Exposição Oral; Fotos; Músicas; Parlendas; Piadas; Provérbios; Quadrinhas;

Receita; Relatos de Experiências Vividas; Trava-línguas

LITERÁRIA/ARTÍSTICA

Autobiografia; Biografias; Contos; Contos de Fadas; Contos de Fadas

Contemporâneos; Crônica de Ficção; Escultura; Fábulas: Fábulas Contemporâneas;

Haicai; Histórias em Quadrinhos; Lendas; Literatura de Cordel; Memórias; Letras de

Música; Narrativas de Aventura; Narrativas de Enigma; Narrativas de Ficção Científica;

Narrativas de Humor; Narrativas de Terror; Narrativas Fantásticas; Narrativas Míticas;

Paródias; Pinturas; Poemas; Romances; Tankas; Textos Dramáticos.

CIENTÍFICA:

Artigos; Conferência; Debate; Palestra; Pesquisas; Relato Histórico; Relatório;

Resumo; Verbetes.

O trabalho com literatura levará em conta as especificidades de cada turma e

série, com base nos conteúdos previstos para cada série e ano, seguindo as

metodologias acima elencadas, priorizando a compreensão de textos, suas

intencionalidades e seus efeitos de sentido, inclusive por meio da entonação quando

houver leitura do mesmo, podendo também ocorrer a intertextualidade e a re-escrita de

determinados textos produzidos como atividade avaliativa.

2º ANO

ESCOLAR:

Ata; Cartazes; Debate Regrado; Relato Histórico; Relatório; Relatos de

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148

Experiências Científicas.

Diálogo/Discussão Argumentativa; Exposição Oral; Júri Simulado; Mapas;

Palestra; Pesquisas;

Resenha; Resumo; Seminário; Texto Argumentativo; Texto de Opinião;

Verbetes de Enciclopédias.

IMPRENSA:

Agenda Cultural; Anúncio de Emprego; Artigo de Opinião; Caricatura; Carta ao

Leitor; Carta do Leitor; Cartum; Charge; Classificados; Crônica Jornalística; Editorial;

Entrevista(oral e escrita); Fotos; Horóscopo; Infográfico; Manchete; Mapas; Mesa

Redonda; Notícia; Reportagens; Resenha Crítica; Sinopses de Filmes; Tiras.

PUBLICITÁRIA:

Anúncios; Caricatura; Cartazes; Comercial para TV; E-mail; Fôlder; Fotos;

Fotos; Slogan; Músicas; Outdoor; Paródia; Placas; Publicidade Comercial; Publicidade

Institucional; Publicidade Oficial; Texto Político.

O trabalho com literatura levará em conta as especificidades de cada turma e

série, com base nos conteúdos previstos para cada série e ano, seguindo as

metodologias acima elencadas, priorizando a compreensão de textos, suas

intencionalidades e seus efeitos de sentido, inclusive por meio da entonação quando

houver leitura do mesmo, podendo também ocorrer a intertextualidade e a re-escrita de

determinados textos produzidos como atividade avaliativa.

3º ANO

POLÍTICA:

Abaixo-assinado; Assembleia; Carta de Emprego; Carta de Reclamação; Carta

de Solicitação; Debate; Debate Regrado; Discurso Político “de Palanque”; Fórum;

Manifesto; Mesa Redonda; Panfleto.

JURÍDICA:

Boletim de Ocorrência; Constituição Brasileira; Contrato; Declaração de

Direitos; Depoimentos. Discurso de Acusação; Discurso de Defesa; Estatutos; Leis;

Ofício; Procuração; Regimentos. Regulamentos; Requerimentos.

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PRODUÇÃO E CONSUMO:

Bulas; Manual Técnico; Placas; Regras do Jogo; Rótulos/Embalagens.

MIDIÁTICA:

Blog; Chat; Desenho Animado; E-mail; Entrevista; Filmes; Fotoblog; Home

Page; Reality Show; Talk Show; Telejornal; Telenovelas; Torpedos; Vídeo Clip; Vídeo

Conferência.

O trabalho com literatura levará em conta as especificidades de cada turma

e série, com base nos conteúdos previstos para cada série e ano, seguindo as

metodologias acima elencadas, priorizando a compreensão de textos, suas

intencionalidades e seus efeitos de sentido, inclusive por meio da entonação quando

houver leitura do mesmo, podendo também ocorrer a intertextualidade e a re-escrita de

determinados textos produzidos como atividade avaliativa.

A Lei nº 11.645 que contempla a História e Cultura Afro Brasileira e Indígena

os quais serão abordados de acordo com os conteúdos trabalhados.

4. METODOLOGIA DA DISCIPLINA DE LÍNGUA PORTUGUESA

O melhor método é aquele que educa, que estabelece um diálogo aberto

entre professor e aluno, que garante ao educando o domínio necessário da língua para

posicionar-se como cidadão ativo em uma sociedade progressiva.

Afinal, diante de uma nova re-estruturação do Ensino Fundamental e antes

de qualquer reflexão, sabemos que a proposta de ensino de Língua Portuguesa só se

tornará corpo quando houver reciprocidade entre corpo docente, discente, administrativo,

sociedade e SEED.

Dentro desta metodologia sócio interacionista, devemos Ter como base a

análise e reflexão de nossa realidade e experiências cotidianas.

Temos que nos portar como eternos aprendizes pois estamos no momento

de inovar e estabelecer um trabalho multicultural na educação. Considerando que as

pessoas são singulares, não se pode homogeneizar os alunos em séries, em avaliações,

deve-se então, fortalecer a autonomia do educando numa constante interação e diálogo

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com pontos de vista diferentes. Assim cabe ao professor orientar suas intervenções,

incluindo em suas estratégias atividades que propiciem trocas enriquecedoras a fim de

que os alunos possam interferir no contexto em que estão inseridos expondo seu próprio

ponto de vista e interagindo com outras vozes,.compreendendo assim, a multiplicidade e

o valor de cada prática discursiva.

O domínio da oralidade, da leitura e da escrita possibilitará ao aluno a

leitura, a compreensão, a interpretação e a interação com os mais variados discursos que

o circunda, assumindo seu papel de sujeito histórico e agente de transformação social.

Essas considerações levam a crer que, não é julgado completo o trabalho com a

linguagem que priorize uma única modalidade, mas sim priorizando a interação entre as

modalidades discursivas.

Quanto à prática da modalidade oral, as DCEs de Língua Portuguesa

ressaltam que “a língua não é uniforme”, portanto, o estudo com a linguagem deve

considerar que a mesma varia de acordo com o contexto, dessa forma, instrumentalizar o

aluno, para que o mesmo tenha condições de falar com fluência em situações formais de

uso da língua, deve ser preocupação no trabalho linguístico.

Como a norma padrão é a variante prestigiada nacionalmente, convém

oferecer ao estudante o acesso a essa norma, a fim de que possa exercer seu papel de

cidadão crítico e interativo.

Traçar os objetivos, a postura, as marcas linguísticas e de enunciado

presentes numa determinada sequência de uso a oralidade, é imprescindível para que o

estudante reflita sobre os variados usos da linguagem nessa modalidade, uma vez que a

mesma não pode ser vista como mera conversa, mas como uma ação significativa,

carregada de subjetividade.

Assim, observar a argumentatividade, a adequação de linguagem, a

interação, a ideologia dos discursos, a formalidade discursiva, entre outros, são aspectos

que devem ser considerados quando se analisa a prática oral.

As possibilidades de trabalho com gêneros orais, segundo as DCEs, são

diversas e apontam diferentes caminhos como: apresentação de temas variados (histórias

de família, da comunidade, filmes, livros, etc); depoimentos sobre situações vivenciadas

pelo aluno, dramatização; recado; explicação; contação de história; declamação de

poemas; troca de opiniões; debates; seminários; júris simulados; entre outros.

As DCEs de Língua Portuguesa observam que, nas atividades orais, o aluno

deverá refletir sobre: o tema abordado, os diferentes gêneros que circulam na esfera

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151

social, a unidade de sentido do texto oral, a argumentatividade, a interatividade,

adequação e marcas discursivas da modalidade em questão.

Com relação ao exercício da escrita, é importante considerar que essa

modalidade não deve ser tomada como privilégio de alguns, pois isso pode afetar o real

aprendizado dessa modalidade discursiva.

As atividades pedagógicas deverão propiciar aos alunos momentos de

produção e interação com textos que possa direcionar os mesmo à percepção das

marcas discursivas próprias da escrita.

É afirmado pelas DCEs de Língua Portuguesa que “as atividades com a

escrita devem estar relacionadas com as circunstâncias de produção”, dessa forma, o

aluno deve assumir-se como autor do discurso e responsabilizando-se pelas implicaturas

que isso supõe, além disso, o estudante precisa posicionar-se como interlocutor dos

textos de outros.

A ampliação de leituras, o conhecimento estrutural e a compreensão do

contexto em que o gênero circula, a previsão de possíveis interlocutores, entre outros,

todas são questões que devem ser previamente analisadas antes da produção do texto

escrito propriamente dito.

O planejamento, a escrita e a revisão do texto são partes do processo da

escrita. E as atividade que envolvam essa modalidade discursiva deverão ser retomadas,

revisadas, a fim de que o aluno perceba que escrita e re-escrita são fundamentais, para o

avanço e aprimoração do texto como um todo, e não castigo por erros ou fracassos

específicos da estrutura da escrita padrão.

Socializar textos escritos é a forma mais significativa de promover a

percepção do caráter interlocutivo da linguagem e propiciar que o aluno se veja como

sujeito do discurso.

As atividades com leituras deverão propiciar a familiarização com variados

tipos de textos assumindo um papel ativo diante do discurso, de modo que realize uma

leitura significativa posicionando-se diante do texto e dialogando com o mesmo numa

constante interação. Convém considerar toda a situação de produção e os elementos

não-verbais que predominam ou complementam determinada informação.

No trabalho com o texto, as DCEs abordam o Método Recepcional, o qual

considera o leitor como um sujeito ativo no processo de leitura, dessa forma, no estudo

literário é preciso considerar o que se espera do texto, a confirmação ou ruptura do que

se espera, o questionamento das ideias contidas no texto lido e a ampliação do

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conhecimento, a partir das leituras feitas. Nesse tipo de estudo, é importante ressaltar que

é o texto que direciona as interpretações.

O texto poético deve ser direcionado à série ou ao nível do aluno e convém

observar os recursos de construção nesse tipo de texto, pois as marcas textuais podem

interferir na interpretação e compreensão do poema.

É importante contextualizar as obras literárias, não ficando preso somente à

historiografia, mas à historicidade (momento de produção e recepção).

No trabalho com a leitura é preciso considerar o texto a ser estudado e

depois planejar as atividades conforme variam os gêneros: reportagem, propaganda,

poemas, crônicas, história em quadrinhos, entrevistas, blogs, romances, novelas, contos,

etc. Convém analisar também, na elaboração de atividades a finalidade pretendida com o

estudo do texto e o meio utilizado para acessar o texto de estudo.

Assim, propõe-se trabalhar a Língua Portuguesa em forma de:

− Preparação de cartazes ou transparências para ilustrar a exposição dos

conteúdos;

− Elaboração de roteiro para realização de entrevistas, jogos educativos;

− Preparação prévia de leitura expressiva de textos dramáticos ou poéticos;

− Trabalho com novos recursos audiovisuais (rádio, TV, vídeo, computador e

outros);

− Promover debates em que se confrontam posições diferentes em relação a

determinado tema;

− Produzir textos nos mais variados tipologias, atentando para a especificidade

de cada suporte textual, partindo de situações reais e culminando na divulgação dos

mesmos;

− Re-estruturação de textos, possibilitando a análise linguística de tópicos

gramaticais relevantes ao processo educativo.

A LEI Nº 11.645, DE 10 MARÇO DE 2008 estabelece a inclusão, no

currículo oficial da rede de ensino, a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-

Brasileira e Indígena”. De acordo com o art.1 § 2o, os conteúdos referentes à história e

cultura afro-brasileira e dos povos indígenas brasileiros serão ministrados no âmbito de

todo o currículo escolar, em especial nas áreas de educação artística e de literatura e

história brasileiras.”

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Neste sentido, o trabalho com estas culturas deverá ser contemplado na

Metodologia, no momento da exploração e interpretação dos textos, nas

contextualizações, intertextualidades, pesquisas: biográfico-culturais e etc.

5. CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO ESPECÍFICOS DA DISCIPLINA

Deve-se entender a avaliação como um meio de se obter informações e

subsídios para favorecer o desenvolvimento integral do aluno. Com isso é possível adotar

procedimento para correções e melhorias no processo, planejando e redirecionando o

trabalho pedagógico.

Assim, a avaliação deverá ser feita pela observação constante do aluno em

diferentes experiências de aprendizagem, tais como: debates, experiências vivenciadas,

testes orais e escritos, tarefas específicas, trabalhos práticos, pesquisas, participação em

trabalhos coletivos ou individuais, criáveis e de aplicação possível, cumprindo a sua

finalidade educativa de ser diagnóstico, contínua, permanente e cumulativa.

Dentre os critérios para avaliar a aprendizagem em Língua Portuguesa,

espera-se que o aluno seja capaz de sintetizar, após demonstrar compreensão de textos

orais ou escritos, identificando a possível existência de intertextos. Além disso, ao ler

pressupõe-se que o educando tenha habilidades de selecionar e adequar estratégias de

leitura que lhe possibilitarão redigir textos nas diferentes tipologias.

Segundo Jussara Hoffmann, referenciada no final desse documento, o ato

avaliativo é um movimento, uma transformação, e cabe ao avaliador tornar o processo de

aprendizagem cada vez melhor. Isso, segundo a autora, implica numa constante interação

educador/educando. De acordo com a afirmação da mesma autora, é imprescindível

considerar que os alunos possuem ritmos e processos de aprendizagem diferente.

Quando a avaliação é continua e diagnóstica, é possível apontar

dificuldades, possibilitando a intervenção pedagógica a fim de abrir caminho para o real

envolvimento do educando e do educador no processo de ensino e aprendizagem.

Quando se reconhece o aspecto interativo e dialógico da linguagem, a

avaliação precisa ter característica diagnóstica. Nessa perspectiva, a oralidade será

avaliada progressivamente, considerando a participação dos educandos nos relatos,

discussões, na clareza das exposições de ideias, argumentação e principalmente a

adequação discursiva.

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O trabalho de leitura tem por objetivo levar o aluno a análise e a

compreensão de ideias, buscando no texto elementos básicos e efeito de sentido. Assim

é importante enfocar a reflexão que o aluno faz a partir do texto lido, alem da entonação,

postura e outros elementos que são necessários a promoção de um bom leitor.

Partindo de um texto literário, pode-se também, propor questões mais

abertas, promover debates, relatos espontâneos e exposição de julgamentos, pois o

compartilhamento das experiências de leitura é muito mais relevante que a quantidade de

livros lidos.

É importante ressaltar que, a partir da leitura dos textos informativos ou

científicos, é possível diagnosticar a capacidade do aluno em sintetizar ideias na

modalidade oral ou escrita.

Quanto ao estudo de gramática é importante redirecionar o processo

avaliativo, pois se o texto é a base para o ensino da língua, torna-se incoerente a

avaliação fragmentada dos conteúdos gramaticais. Os elementos linguísticos utilizados na

produção dos alunos precisam ser avaliados de forma reflexiva, contextualizada, de modo

que possibilite a eles a compreensão desses elementos no interior do texto, trabalho este

que precisa estar sendo amparado pela análise linguística, tais como a intencionalidade e

a formação do efeito de sentido.

Assim, é preciso ver o texto do aluno como uma parte do processo e não

como produto acabado, pois é na constante superação dos esquemas de assimilação que

o conhecimento se constrói, que a escrita “toma forma”, que o sujeito se transforma e

modifica o outro. Então é preciso haver preocupação com as ideias, com os elementos

característicos do tipo de texto, com a organização, com a escolha de informações

especificas, com a adequação vocabular, gramatical e ortográfica

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155

6. BIBLIOGRAFIA

Currículo Básico para a escola pública do Estado do Paraná – Curitiba –

1990;

DIRETRIZES CURRICULARES DA EDUCAÇÃO BÁSICA - PORTUGUÊS,

Curitiba, 2009.

WIDDOWSON, H. G. O ensino de línguas para a comunicação. Campinas:

Pontes, 2005. 2ª ed.

LEFFA, Vilson J. A interação na aprendizagem das línguas. – Pelotas:

Educat, 2006.

___________ Leitura Perspectiva Interdisciplinares. São Paulo: Ática. 5ª

ed.

NEVES, Maria H. M. Guia de uso do português: confrontando regras e

usos. São Paulo: Unesp, 2003.

HOFFMANN, Jussara. Avaliação: mito & desafio. Porto Alegre: Educação &

Realidade, 1994.

REFERÊNCIAS SUGERIDAS:

ANTUNES, Irandé. Aula de português: encontro & interação. São Paulo:

Parábola Editorial, 2003.

____________ Muito além da Gramática: por um ensino de línguas sem

pedras no caminho. São Paulo: Parábola, 2007.

BARBOSA, Jaqueline Peixoto. Trabalhando com os gêneros do discurso:

uma perspectiva enunciativa para o ensino da Língua Portuguesa. Tese (Doutorado

em Linguística Aplicada ao Ensino de Línguas), Pontifícia Universidade Católica de São

Paulo, São Paulo, 2001.

BAKHTIN, Michail (Volochinov). Marxismo e filosofia da linguagem. Trad. de

Michel Lahud e Yara Frateschi. 9 ed. São Paulo: Hucitec, 1999.

_____________ Estética da Criação Verbal. São Paulo: Martins Fontes, 1992.

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156

DISCIPLINA DE MATEMÁTICA

1. APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

Sabe-se que é importante entender a história da matemática no contexto

escolar como componente necessário de um dos objetivos primordiais da disciplina, que

os alunos compreendam a natureza desta disciplina e sua relevância na vida da

humanidade.

Assim é imprescindível privilegiar a abordagem histórica desta disciplina, pois a

mesma deve vincular as descobertas matemáticas aos fatos sociais e políticos, ás

circunstâncias históricas e ás correntes influenciaram o avanço científico de cada época.

Neste sentido, a educação é entendida numa perspectiva de “construção histórica”,

insuperável das relações sociais, sendo de suma importância para a formação de um

sujeito crítico com múltipla visão de mundo.

Os fatos históricos mostram sucessivamente períodos nos quais o fazer

matemático tem base nos problemas da vida social, ou seja, a matemática foi produzida

pela humanidade para entender e conviver com a realidade sensível, imaginando dentro

de um contexto natural e cultural, competente e compromissado politicamente, em busca

de uma sociedade mais justa.

A história da Matemática é um elemento orientador na elaboração de

atividades, na criação das situações-problema, na busca de referências para

compreender melhor os conceitos matemáticos. Possibilita ao aluno analisar e discutir

razões para a aceitação de determinados fatos, raciocínios e procedimentos.

A história deve ser o fio condutor que direciona as explicações dadas aos

porquês da Matemática. Assim, pode promover uma aprendizagem significativa, pois

propicia ao estudante entender quer o conhecimento matemático é construído

historicamente a partir de situações concretas e necessidades reais (MIGUEL & MIORIM,

2004).

Em nosso país a matemática sofreu a modernização com a industrialização, e

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157

nesta época surgiram várias tendências metodológicas, como:

Empírica-ativista, na qual o estudante era considerado o centro do processo e o

professor o orientador da aprendizagem, concomitantemente a ela, surgiram outras

tendências que continuam fundamentando a matemática até hoje sendo: A Formalista

Clássica, na qual, a aprendizagem era centrada no professor que era o transmissor e

expositor do conhecimento; a Formalista Moderna, onde o ensino era centrado no

professor e uso preciso da linguagem matemática. Com a chegada do regime militar,

aplica-se a pedagogia Tecnicista, não se centrava no professor e nem no estudante, mas

sim nos objetivos instrucionais, nos recursos e nas técnicas de ensino; A Tendência

Construtivista dava maiores ênfase ao processo e não ao produto do conhecimento; A

Socioetnocultural, privilegiava a troca de conhecimentos entre professor e estudante. E

pôr fim a Histórico-Crítico, que considerava a Matemática um saber vivo e dinâmico,

construído historicamente para atender as necessidades sociais e teóricas, onde a ação

do professor é articular o processo de ensino aprendizagem.

Todas essas tendências contribuíram para o desenvolvimento do ensino

aprendizagem da matemática, sendo esta não considerada hoje como manipulação de

fórmulas, mas um instrumento para resolver problemas, estimular o raciocínio lógico, a

capacidade de projetar, interpretar e criar significado, construir ferramentas para resolver

e perceber problemas, desenvolver a capacidade de conceber, projetar e transcender o

imediatamente possível.

Dessa forma a matemática deve ser vista como uma ciência que permite a

resolução de situações-problema, para que o educando participe da construção e

resolução de tais situações, dessa forma, a matemática lhe possibilite leitura de mundo,

contribuindo na formação do seu pensamento matemático crítico, o qual influi nas

tomadas de decisões em diversas ações do cotidiano. Podendo utilizar a matemática de

forma que possibilite vivenciá-la e explorá-la, e intervir na mudança do espaço onde

vivemos, percebendo a importância da mesma para atingir uma vida mais digna e de

certa forma reduzir as diferenças sociais, através dos conhecimentos adquiridos.

Portanto é fundamental que o ensino da matemática seja atualizado,

oferecendo curiosidades e desafios, mas que, sobretudo se proponha a desenvolver com

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158

seriedade o conteúdo de acordo com as condições apresentadas pelos alunos para a

construção desses conhecimentos, e que os mesmos ao se apropriarem dos

conhecimentos matemáticos possam descrever e interpretar fenômenos matemáticos

utilizando linguagem adequada, possibilitando assim, o desenvolvimento de um cidadão

crítico e preparado para a vida em sociedade.

Para tanto os conteúdos Básicos de Matemática poderão ser abordados de

forma articulada, permitindo uma intercomunicação a complementação dos conceitos

pertinentes a disciplina.

As tendências metodológicas apontadas nas Diretrizes Curriculares de

Matemática sugerem encaminhamentos metodológicos e de aporte teórico para os

conteúdos propostos nesse nível de ensino, e também ressalta-se a relevância na

utilização dos recursos didáticos-pedagógicos e tecnológicos como instrumentos de

aprendizagem.

Numa perspectiva de valorizar os conhecimentos de cada aluno, quer seja

adquiridos em séries anteriores ou de forma intuitiva. Esses conhecimentos e

experiências provenientes das vivências dos alunos, poderão ser aproveitados,

aprofundados e sistematizados, com objetivo de validar cientificamente, ampliando e

generalizando-os.

Nesse sentido objetivamos com esta proposta que o aluno seja capaz de

resolver situações matemáticas utilizando-se dos conhecimentos historicamente

acumulados, oportunizando outras formas de ver e compreender o mundo, abrindo

possibilidades de mudanças na ação continuada. Desenvolver o espírito crítico dos

alunos, onde ele identifique os conhecimentos matemáticos como meios para

compreender e transformar o mundo à sua volta e perceber o caráter de jogo intelectual,

característico da matemática, como aspecto que estimula o interesse, a curiosidade, o

espírito de investigação e o desenvolvimento da capacidade para resolver problemas,

possibilitando comunicar-se matematicamente, ou seja, descrever, representar e

apresentar resultados com precisão e argumentar sobre suas conjecturas, fazendo uso da

linguagem oral e estabelecendo relações entre ela e diferentes representações

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159

matemáticas, estabelecendo conexões entre temas matemáticos de diferentes campos e

entre esses temas e conhecimentos de outras áreas curriculares.

Contudo o educando deve sentir-se seguro da própria capacidade de construir

conhecimentos matemáticos, desenvolvendo a auto-estima e a perseverança na busca de

soluções, interagindo com seus pares de forma cooperativa, trabalhando coletivamente na

busca de soluções para problemas propostos.

2. CONTEÚDOS

Série: 5ª

Conteú

dos Estruturantes

Conteúdos

Básicos

Avaliação

NÚMER

OS E ÁLGEBRA

Sistemas de

Numeração;

Números

Naturais;

Múltiplos e

Divisores;

Potenciação e

Radiciação;

Números

Fracionários;

Números

Decimais.

Conheça os diferentes

sistemas de numeração;

Identifique o conjunto dos

naturais, comparando e reconhecendo

seus elementos;

Realize operações com

números naturais;

Expresse matematicamente,

oral ou por escrito, situações-problema

que envolvam (as) operações com

números naturais;

Estabeleça relação de

igualdade e transformação entre: fração e

número decimal; fração e número misto;

Reconheça o MMC e MDC

entre dois ou mais números naturais;

Reconheça as potências

como multiplicação de mesmo fator e a

radiciação como sua operação inversa;

Relacione as potências e as

raízes quadradas e cúbicas com padrões

numéricos e geométricos.

Medidas de

Comprimento;

Identifique o metro como

unidade-padrão de medida de

comprimento;

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160

GRAND

EZAS E MEDIDAS

Medidas de

Massa;

Medidas de

Área;

Medidas de

Volume;

Medidas de

Tempo;

Medidas de

Ângulos;

Sistema

Monetário.

Reconheça e compreenda os

diversos sistemas de medidas;

Opere com múltiplos e

submúltiplos do quilograma;

Calcule o perímetro usando

unidades de medida padronizadas;

Compreenda e utilize o metro

cúbico como padrão de medida de

volume;

Realize transformações de

unidades de medida de tempo envolvendo

seus múltiplos e submúltiplos;

reconheça e classifique

ângulos (retos, agudos e obtusos);

Relacione a evolução do

Sistema Monetário Brasileiro com os

demais sistemas mundiais;

Calcule a área de uma

superfície usando unidades de medida de

superfície padronizada;

GEOME

TRIAS

Geometria

Plana;

Geometria

Espacial.

Reconheça e represente

ponto, reta, plano, semi-reta e segmento

de reta;

Conceitue e classifique

polígonos;

Identifique corpos redondos;

Identifique e relacione os

elementos geométricos que envolvem o

cálculo de área e perímetro de diferentes

figuras planas;

Diferencie círculo e

circunferência, identificando seus

elementos;

Reconheça os sólidos

geométricos em sua forma planificada e

seus elementos.

TRATA

MENTO DA

INFORMAÇÃO

Dados, Tabelas

e Gráficos;

Porcentagem.

Interprete e identifique os

diferentes tipos de gráficos e compilação

de dados, sendo capaz de fazer a leitura

desses recursos nas diversas formas em

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161

que se apresentam;

Resolva situações-problema

que envolvam porcentagem e relacione-as

com os números na forma decimal e

fracionária.

Série: 6ª

Conteú

dos Estruturantes

Conteúdos

Básicos

Avaliação

NÚMER

OS E ÁLGEBRA

Números

Inteiros;

Números

Racionais;

Equação e

Inequação do 1º grau;

Razão e

Proporção;

Regra de Três.

Reconheça números inteiros

em diferentes contextos;

Realize operações com

números inteiros;

Reconheça números

racionais em diferentes contextos;

Realize operações com

números racionais;

Compreenda o princípio de

equivalência da igualdade e

desigualdade;

Compreenda o conceito de

incógnita;

Utilize e interprete a

linguagem algébrica para expressar

valores numéricos através de incógnitas;

Compreenda a razão como

uma comparação entre duas grandezas

numa ordem determinada e a proporção

como uma igualdade entre duas razões;

Reconheça sucessões de

grandezas direta e inversamente

proporcionais;

Resolva situações-problema

aplicando regra de três simples.

GRAND

EZAS E MEDIDAS

Medidas de

Temperatura;

Medida de

Ângulos.

Compreenda as medidas de

temperatura em diferentes contextos;

Compreenda o conceito de

ângulo;

Classifique ângulos e faça

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162

uso do transferidor e esquadros para

medi-los;

GEOME

TRIAS

Geometria

Plana;

Geometria

Espacial;

Geometrias

Não-euclidianas.

Classifique e construa, a

partir de figuras planas, sólidos

geométricos;

Compreenda noções

topológicas através do conceito de interior,

exterior, fronteira, vizinhança, conexidade,

curvas e conjuntos abertos e fechados.

TRATA

MENTO DA

INFORMAÇÃO

Pesquisa

Estatística;

Média

Aritmética;

Moda e

Mediana;

Juros Simples.

Analise e interprete

informações de pesquisas estatísticas;

Leia, interprete, construa e

analise gráficos;

Calcule a média aritmética e

a moda de dados estatísticos;

Resolva problemas

envolvendo cálculo de juros simples.

Série: 7ª

Conteú

dos Estruturantes

Conteúdos

Básicos

Avaliação

NÚMER

OS E ÁLGEBRA

Números

Irracionais;

Sistemas de

Equações de 1º grau;

Potências;

Monômios e

Polinômios;

Produtos

Notáveis.

Extraia a raiz quadrada exata

e aproximada de números racionais;

Reconheça números

irracionais em diferentes contextos;

Realize operações com

números irracionais;

Compreenda, identifique e

reconheça o número π (pi) como um

número irracional especial;

Compreenda o objetivo da

notação científica e sua aplicação;

Opere com sistema de

equações do 1o grau;

Identifique monômios e

polinômios e efetue suas operações;

Utilize as regras de Produtos

Notáveis para resolver problemas que

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163

envolvam expressões algébricas.

GRAND

EZAS E MEDIDAS

Medidas de

Comprimento;

Medidas de

Área;

Medidas de

Volume;

Medidas de

Ângulos.

Calcule o comprimento da

circunferência;

Calcule o comprimento e área

de polígonos e círculo;

Identifique ângulos formados

entre retas paralelas interceptadas por

transversal;

Realize cálculo de área e

volume de poliedros.

GEOME

TRIAS

Geometria

Plana;

Geometria

Espacial;

Geometria

Analítica;

Geometria Não-

euclidianas.

Reconheça triângulos

semelhantes;

Identifique e some os ângulos

internos de um triângulo e de polígonos

regulares;

Desenvolva a noção de

paralelismo, trace e reconheça retas

paralelas num plano;

Compreenda o Sistema de

Coordenadas

Cartesianas, marque pontos,

identifique os pares ordenados (abscissa e

ordenada) e analise seus elementos sob

diversos contextos;

Conheça os fractais através

da visualização e manipulação de

materiais e discuta suas propriedades.

TRATA

MENTO DA

INFORMAÇÃO

Gráfico e

Informação;

População e

Amostra

Interprete e represente dados

em diferentes gráficos;

Utilize o conceito de amostra

para levantamento de dados.

Série: 8ª

Conteú

dos Estruturantes

Conteúdos

Básicos

Avaliação

Números Reais;

Propriedades

Opere com expoentes

fracionários;

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164

NÚMER

OS E ÁLGEBRA

dos Radicais;

Equação do 2º

grau;

Teorema de

Pitágoras;

Equações

Irracionais;

Equações

Biquadradas;

Regra de Três

Composta.

Identifique a potência de

expoente fracionário como um radical e

aplique as propriedades para a sua

simplificação;

Extraia uma raiz usando

fatoração;

Identifique uma equação do

2o grau na forma completa e incompleta,

reconhecendo seus elementos;

Determine as raízes de uma

equação do 2o grau utilizando diferentes

processos;

Interprete problemas em

linguagem gráfica e algébrica;

Identifique e resolva

equações irracionais;

Resolva equações

biquadradas através das equações do

2ograu;

Utilize a regra de três

composta em situações-problema.

GRAND

EZAS E MEDIDAS

Relações

Métricas no Triângulo

Retângulo;

Trigonometria

no Triângulo Retângulo.

Conheça e aplique as

relações métricas e

trigonométricas no triângulo

retângulo;

Utilize o Teorema de

Pitágoras na determinação das medidas

dos lados de um triângulo retângulo;

FUNÇÕ

ES

Noção Intuitiva

de Função Afim;

Noção Intuitiva

de Função Quadrática.

Expresse a dependência de

uma variável em relação à outra;

Reconheça uma função afim

e sua representação gráfica, inclusive sua

declividade em relação ao sinal da função;

Relacione gráficos com

tabelas que descrevem uma função;

Reconheça a função

quadrática e sua representação gráfica e

associe a concavidade da parábola em

relação ao sinal da função;

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165

Analise graficamente as

funções afins;

Analise graficamente as

funções quadráticas.

GEOME

TRIAS

Geometria

Plana;

Geometria

Espacial;

Geometria

Analítica;

Geometria Não-

euclidianas.

Verifique se dois polígonos

são semelhantes, estabelecendo relações

entre eles;

Compreenda e utilize o

conceito de semelhança de triângulos

para resolver situações-problemas;

Conheça e aplique os

critérios de semelhança dos triângulos;

Aplique o Teorema de Tales

em situações-problemas;

Noções básicas de geometria

projetiva;

Realize Cálculo da superfície

e volume de poliedros.

TRATA

MENTO DA

INFORMAÇÃO

Noções de

Análise Combinatória;

Noções de

Probabilidade;

Estatística;

Juros

Compostos.

Desenvolva o raciocínio

combinatório por meio de situações-

problema que envolvam contagens,

aplicando o princípio multiplicativo;

Descreva o espaço amostral

em um experimento aleatório;

Calcule as chances de

ocorrência de um determinado evento;

Resolva situações-problema

que envolvam cálculos de juros

compostos.

Série: 1ª

Conteú

dos

Estruturantes

Conteúdos

Básicos

Avaliação

NÚMER

OS

E

ÁLGEB

RA

Conjunto dos

Números Reais;

Equações e

Inequações

Exponenciais;

Amplie os conhecimentos

sobre conjuntos numéricos e aplique em

diferentes contextos;

Identifique e resolva

equações, sistemas de equações e

inequações, inclusive as exponenciais,

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166

Logarítmicas e

Modulares.

logarítmicas e modulares.

GRAND

EZAS

E

MEDID

AS

Medidas de

grandezas vetoriais;

Medidas de

energia.

Perceba que as unidades de

medidas são utilizadas para a

determinação de diferentes grandezas e

compreenda as relações matemáticas

existentes nas suas unidades;

Aplique a lei dos senos e a

lei dos cossenos de um triângulo para

determinar elementos desconhecidos.

FUNÇÕ

ES

Função Afim;

Função

Quadrática;

Função

Exponencial;

Função

Logarítmica;

Função

Modular;

Progressão

Aritmética;

Progressão

Geométrica.

Identifique diferentes funções

e realize cálculos envolvendo-as;

Aplique os conhecimentos

sobre funções para resolver situações-

problema;

Realize análise gráfica de

diferentes funções;

Reconheça, nas sequências

numéricas, particularidades que remetam

ao conceito das progressões aritméticas e

geométricas;

Generalize cálculos para a

determinação de termos de uma

sequência numérica.

GEOME

TRIAS Geometria

Plana.

Amplie e aprofunde os

conhecimentos de geometria Plana;

Determine posições e

medidas de elementos geométricos

através da Geometria Plana.

TRATA

MENTO

DA

INFOR

MAÇÃO

Estatística;

Matemática

Financeira.

Realize estimativas,

conjecturas a respeito de dados e

informações estatísticas;

Compreenda a Matemática

Financeira aplicada ao diversos ramos da

atividade humana;

Perceba, através da leitura, a

construção e interpretação de gráficos, a

transição da álgebra para a

representação gráfica e vice-versa.

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167

Serie: 2ª

Conteú

dos

Estruturantes

Conteúdos

Básicos

Avaliação

NÚMER

OS

E

ÁLGEB

RA

Sistemas

Lineares;

Matrizes e

Determinantes

Amplie os conhecimentos

sobre conjuntos numéricos e aplique em

diferentes contextos;

Conceitue e interprete

matrizes e suas operações, por meio de

sistemas lineares;

Conheça e domine o

conceito e as soluções de problemas que

se realizam por meio de determinante.GRAND

EZAS

E

MEDID

AS

Trigonometria.

Aplique a lei dos senos e a

lei dos cossenos de um triângulo para

determinar elementos desconhecidos.

FUNÇÕ

ES

Função

Trigonométrica.

Identifique diferentes funções

e realize cálculos envolvendo-as;

Aplique os conhecimentos

sobre funções para resolver situações-

problema;

Realize análise gráfica de

diferentes funções;

Reconheça, nas sequências

numéricas,

particularidades que

remetam ao conceito das progressões

aritméticas e geométricas;

Generalize cálculos para a

determinação de termos de uma

sequência numérica.GEOME

TRIAS Geometria

Espacial.

Amplie e aprofunde os

conhecimentos de

geometria Espacial;

Determine posições e

medidas de elementos geométricos

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168

através da Geometria Espacial;

TRATA

MENTO

DA

INFOR

MAÇÃO

Análise

Combinatória;

Estudos das

Probabilidades;

Estatística;

Matemática

Financeira.

Recolha, interprete e analise

dados através de cálculos, permitindo-lhe

uma leitura crítica dos mesmos;

Compreenda a ideia de

probabilidade;

Realize estimativas,

conjecturas a respeito de dados e

informações estatísticas;

Compreenda a Matemática

Financeira aplicada ao diversos ramos da

atividade humana;

Perceba, através da leitura, a

construção e interpretação de gráficos, a

transição da álgebra para a

representação gráfica e vice-versa.

Serie: 3ª

Conteú

dos

Estruturantes

Conteúdos

Básicos

Avaliação

NÚMER

OS

E

ÁLGEB

RA

Noções de

Números Complexos;

Polinômios.

Compreenda os números

complexos e suas operações;

Identifique e realize

operações com polinômios.

GRAND

EZAS

E

MEDID

AS

Medidas de

Área;

Medidas de

Volume;

Medidas de

Informática.

Perceba que as unidades de

medidas são utilizadas para a

determinação de diferentes grandezas e

compreenda as relações matemáticas

existentes nas suas unidades;

Aplique a lei dos senos e a

lei dos cossenos de um triângulo para

determinar elementos desconhecidos.

FUNÇÕ

ES Função

Identifique uma função

polinomial e realize cálculos envolvendo-

a;

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169

Polinomial. Aplique os conhecimentos

sobre função polinomial para resolver

situações-problema;

Realize análise gráfica da

função polinomial;GEOME

TRIAS Geometria

Analítica;

Geometria

Espacial;

Geometria

Não-euclidianas.

Amplie e aprofunde os

conhecimentos de

geometria Espacial;

Determine posições e

medidas de elementos geométricos

através da Geometria Analítica;

Perceba a necessidade das

geometrias não-euclidianas para a

compreensão de conceitos geométricos,

quando analisados em planos diferentes

do plano de Euclides;

Compreenda a necessidade

das geometrias não-euclidianas para o

avanço das teorias científicas;

Articule idéias geométricas

em planos de curvatura nula, positiva e

negativa;

Conheça os conceitos

básicos da Geometria Elíptica,

Hiperbólica e Fractal (Geometria da

superfície esférica).

TRATA

MENTO

DA

INFOR

MAÇÃO

Binômio de

Newton.

Recolha, interprete e analise

dados através de cálculos, permitindo-lhe

uma leitura crítica sobre o binômio de

Newton;

Realize cálculos utilizando

Binômio de Newton;

Compreenda a ideia de

probabilidade;

Perceba, através da leitura, a

construção e interpretação de gráficos, a

transição da álgebra para a

representação gráfica e vice-versa.

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170

A Lei nº 11.645 que contempla a História e Cultura Afro Brasileira e Indígena

os quais serão abordados de acordo com os conteúdos trabalhados.

3. METODOLOGIA

Ao se ensinar Matemática é necessário fazer com que o estudante compreenda

e se aproprie dela, para que construa a partir do conhecimento, valores, atitudes, visando

a integral formação do ser humano, do homem público, sendo este capaz de ser crítico,

agir com autonomia nas suas relações sociais.

Assim a prática docente não deve ser de forma autoritária, mas através de

trabalhos coletivos, contextualizado não se perdendo com isso o caráter científico da

Matemática, mas de certa forma valorizando o conhecimento que o aluno já detém.

Os procedimentos metodológicos devem propiciar a articulação entre os vários

conteúdos estruturantes e entre os estruturantes e específicos.

Deve-se desenvolver metodologias que enfatizem a construção de estratégias,

comprovação e justificativas de resultados, estimule a criatividade, a iniciativa pessoal, o

trabalho coletivo e a confiança na própria capacidade para que estes alunos estejam

preparados para enfrentarem desafios, serem flexíveis à mudanças ocorridas na

sociedade, que além do conhecimento científico, saibam fazer uma leitura do mundo

relacionando a teoria e a prática, afim de se tornar um cidadão crítico tanto em questões

sociais, políticas econômicas e históricas.

Para isso, cabe ao professor utilizar as várias tendências metodológicas da

Educação Matemática como: Resoluções de Problemas, Modelagem Matemática, Uso de

Mídias Tecnológicas, Etnomatemática, História da Matemática e Investigação Matemática,

podendo dessa forma explorar trabalhos práticos de pesquisa de campo e laboratoriais ,

atividades coletivas e individuais como seminários, buscando dessa forma relacionar a

matemática a realidades valorizando o conhecimento prévio do educando privilegiando

assim o desenvolvimento do ensino aprendizagem.

Concebendo assim, uma educação para todos, por meio de um currículo aberto

e flexível que atenda as necessidades de todos os alunos, sejam eles especiais ou não,

oportunizando possibilidades e direitos iguais, mesmo que apresentem diferenças sociais,

culturais e pessoais, efetivando com isso, uma igualdade de oportunidades.

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De acordo com as Diretrizes Curriculares de Matemática, propõe-se articular os

conteúdos estruturantes com os conteúdos específicos em relações de interdependências

que enriqueçam o processo pedagógico de forma a abandonar abordagens fragmentadas

como seus conteúdos de ensino existissem em patamares distintos e sem vínculos, afinal,

“ [ ... ] o significado curricular de cada disciplina não pode resultar de apreciação isolada

de seus conteúdos, mas sim do modo como se articulam “ ( MACHADO, 1993, p. 28).

No Ensino Fundamental, ao trabalhar os conteúdos de geometria plana,

vinculado ao Conteúdo Estruturante Geometrias, o professor pode buscar em Números e

Álgebra mais precisamente no conteúdo específico Equações, elementos para abordá-

los.

De outra forma, para explorar os conceitos de escalas, do conteúdo específico

proporcionalidade, pode-se articulá-lo a outro conteúdo específico, geometria plana

introduzir a ideia de razão e proporção ao realizar atividades de ampliação e redução de

figuras geométricas.

Para o conteúdo específico Estatística os conceitos de álgebra também são

básicos e possibilitam explorar os números decimais e fracionários presente nas

informações das pesquisas estatísticas. Ressaltamos que para trabalhar esses

conteúdos utilizaremos recursos audiovisuais sendo: TV Pendrive, Computadores,

Retroprojetor, Calculadora, entre outros.

4. AVALIAÇÃO

A avaliação deve ser parte integrante do processo ensino aprendizagem, sendo

esta de maneiras diversas, ou seja, trabalhos, provas, seminários, exposição oral, uso da

calculadora, computador e de materiais manipuláveis (tangram, geoplano, cuisinaire,

entre outros), esta avaliação deve servir como um instrumento de diagnóstico do processo

de aprendizagem, oferecendo elementos para uma revisão de postura de todos os

componentes desse processo (aluno – professor – conteúdo – metodologia –

instrumentos de avaliação). Em vez de ser um instrumento de penalidade, a avaliação

será, nessa perspectiva, de grande valia para a continuidade e revisão do trabalho do

professor, indicando os pontos que não estão bem claros para os alunos, e que , por isso,

deverão ser trabalhados com mais intensidade; e para o aluno será o momento de grande

significação, situando-o em relação a seus progressos.

Esta flexibilidade na prática avaliativa permite que todos os alunos tenham as

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mesmas oportunidade e direitos iguais, sejam eles especiais ou não, mesmo

apresentando diferenças sociais, culturais e pessoais, ele estará atuante no processo

ensino aprendizagem, podendo com isso ser percebida sua evolução em todos os

aspectos.

Conforme a Lei 9394/96, Projeto Político Pedagógico e as Diretrizes

Curriculares de matemática do Estado do Paraná, a avaliação é atividade essencial do

processo ensino-aprendizagem dos conceitos científicos, e deve ser diagnóstica contínua

e cumulativa em relação ao desempenho do estudante, com prevalência dos aspectos

qualitativos sobre os quantitativos.

Nesse sentido os critérios de avaliação proposta na disciplina de matemática

são os seguintes: Avaliação Diagnóstica, Formativa, Somativa. De acordo com os critérios

de avaliação os instrumentos avaliativos utilizados na disciplina de matemática serão:

testes, trabalhos, pesquisas, participação em trabalhos coletivos ou individual, resolução

de problemas do dia a dia, resolução de exercícios como tarefa de classe e extraclasse,

seminários, atividades a partir de recursos audiovisuais, questões discursivas, orais, entre

outras.

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5. BIBLIOGRAFIA

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formação. Bolema: Boletim de Educação Matemática, Rio Claro, n.15, p.5-23, 2001.

D’AMBRÓSIO, U. Etnomatemática – Arte ou técnica de explicar e

conhecer. São Paulo: Ática, 1998.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da

Educação. Departamento de Educação Básica. Diretrizes curriculares da educação

básica. Matemática. Curitiba, 2008.

DUARTE, N. O compromisso político do educador no ensino da

matemática: In: DUARTE, N.; OLIVEIRA, B. Socialização do saber escolar. São Paulo:

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LDB – Lei Diretrizes e Bases da Educação, 9394/96.

MACHADO, N. J. Medindo Comprimentos. São Paulo; Scipione,2000.

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In: BICUDO, M. A. V. Educação matemática. São Paulo: Cortez, 1987 . p.13-44.

MIGUEL, A.; MIORIM, M. A. História da Educação Matemática: propostas

e desafios. Belo Horizonte: Autêntica, 2004.

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DISCIPLINA DE QUÍMICA

1-APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA DE QUÍMICA

A química está presente desde o inicio do desenvolvimento das civilizações,

desde as primeiras necessidades humanas, com a descoberta do fogo e a sua utilização

para cozer, tingir etc.

As ideias de átomo e elemento, centrais em todo o desevolvimento da química,

surgiram na antiguidade, propostas com os filosófos gregos Leucipo e Demócrito(400a.C),

a revolução científica surgiu no Ocidente, na Europa, e se deve a produção capitalista e

interesses econômicos da classe dirigente.

Do século III da era cristã até o final da Idade Média, a alquimia, um misto de

ciência, religião e magia, desenvolveu-se simultaneamente entre os árabes, egípcios,

gregos e chineses. A busca pelo elixir da vida eterna e a pedra filosofal movimentava as

experimentações à procura de melhorar a qualidade de vida e até prolongá-la, nestas

experiências os alquimistas descobriram a extração, produção e tratamento de diversos

metais, além de vidrarias que foram sendo aperfeiçoados e compõem os laboratórios nos

dias de hoje.

No século XIV e inicio do século XV, ao final do feudalismo na Europa,

representado pelas aglomerações urbanas, pelas péssimas condições sanitárias, pela

fome, pelas pestes, como a peste negra, geraram um desequilibrio demográfico e

problemas relacionados ao trabalho, a burguesia a classe social emergente na época

passou a ocupar o espaço e o processo produtivo, neste contexto cresceu a preocupação

com a mão-de-obra produtiva e os estudos das substâncias minerais para a cura de

doenças, então logo surgiram estudos desenvolvidos pelos pesquisadores da época.

O suiço Phillipus Auredus Theophrastus Bombastus Von Hohenheim,

possibilitou no século XV-XVI, o nascimento da Iatroquimica, antecessora da química, ele

fazia estudos relacionados a leitura cosmológica dos fenômenos, relacionadas com a

religião; No mesmo contexto, Baptiste Van Helmont, médico nos séculos XVI- XVII, era

acusado pela igreja católica de realizar práticas satânicas, por fazer em seus estudos um

misto de ciência e religião.

Com o passar dos anos ainda no século XVII, ocorreu a revolução química ,

onde a magia cedeu lugar ao científico, este avanço estava vinculado às investigações

sobre a composição e estrutura da matéria, com o desenvolvimento das máquinas

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também desenvolveu-se a indústria química.

No século XVIII Antonie Laurent Lavoisier, elaborou o Tratado Elementar de

Química, publicado em 1789, ele propôs uma nomenclatura universal para os compostos

químicos, aceita internacionalmente, Lavoisier demonstrou em seus estudos que a

queima é uma reação química com o oxigênio e trouxe novos direcionamentos para as

investigações sobre a natureza das substâncias.

Então no século XIX, foi o periodo no qual a ciência moderna se consolidou e

passou a deixar marcas , onde John Dalton apresentou sua teoria atômica em uma série

de conferências realizadas na Royal Instituição de londres, para ele a matéria era

constituida de pequenas partículas esféricas maciças e indivisíveis, denominadas átomos.

Seguindo-se em 1828 com Friedrich Wöhler a síntese da uréia o marco dos

estudos das substâncias orgânicas a partir de compostos inorgânicos. Em 1860 foi

estabelecida a classificação periódica dos elementos, por Dmitri Ivanovitch Mendeleev.

Com o surgimento dos laboratórios de pesquisa, a química então se consolidou

como a principal disciplina associada aos efetivos resultados na industria.

Haja visto todo o contexto histórico percorrido pela química durante os séculos

cabe definir que a química é uma das ciências naturais, que estuda a natureza, as

propriedades, a composição e as transformações da matéria, cobrindo praticamente todos

os aspectos do comportamento de átomos e moléculas, desde à criação dos elementos

nas estrelas até as moléculas complexas da vida, entretanto, é muito mais do que apenas

investigar o universo no nível molecular, seu objetivo central é a síntese novas formas de

matéria. O campo de interesse e aplicação da química é tão amplo que envolve quase

todas as outras ciências, por isso, muitas disciplinas estão interligadas com a química.

Tendo em vista a sua presença no dia-a-dia das pessoas, isto já é suficiente para justificar

a necessidade do cidadão ser informado sobre esta ciência. Pois antes que aparecesse

uma palavra para designá-la, a “Química” já existia.

Cabe destacar que o conhecimento químico, assim como todo

conhecimento, não é algo pronto, acabado e inquestionável, mas em constante

transformação. Esse processo ocorre a partir das necessidades humanas, uma vez que a

Ciências é construída pelos homens, sendo assim, falível e inseparável dos processos

sociais, políticos e econômicos, passando assim a sociedade no contexto capitalista a

exigir das ciências respostas precisas e específicas para suas demandas.

A química deve ser tratada de maneira a possibilitar a interação e entendimento

do mundo, tendo por objetivos situar o educando a realidade tecnológica, proporcionando-

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lhe condições de reconhecer a química como ciência capaz de fornecer materiais,

métodos e processos de transformação, a fim de atender às necessidades da sociedade.

Situar o educando como um agente da História, proporcionando-lhe um

suporte para a construção de sua profissão no futuro e, na interação com as demais

disciplinas, tornar-se capaz de desenvolver seu espírito crítico, compreender suas

relações com o ambiente natural e social e, desta forma, interagir construtivamente com

ele.

Propiciar ao educando o estudo das substâncias enquanto conteúdo

específico da matéria, no que tange às suas transformações, propriedades,

características, composição e estrutura. No entanto, devendo sempre que possível, estar

inserido no seu contexto histórico, cultural, social e político, tendo em vista as aplicações

no seu cotidiano e também na participação da resolução das grandes questões da

sociedade.

Partir sempre que possível, de fatos do cotidiano, de experimentos

intrigantes ou de questionamentos de falsos conceitos oriundos do senso comum,

construir a conceituação fundamentada na ciência com o enfoque tecnológico e político e

destacar o papel da Química como modificadora da realidade, seja pelo histórico de sua

evolução, seja pela análise e compreensão do impacto de suas ações sobre a sociedade.

2-CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS

CONTEÚDOS

ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS

Matéria e sua

natureza

1ª SÉRIE ENSINO MÉDIO

MATÉRIA

− Constituição da matéria;

− Estados de agregação;

− Natureza elétrica da máteria;

− Modelos atômicos;

− Estudo dos metais;

− Tabela Periódica;

SOLUÇÃO

− Substâncias;

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Biogeoquímica

Química sintética

− Misturas;

− Métodos de separação;

− Solubilidade;

− Concentração;

− Forças intermoleculares;

− Temperatura e pressão;

− Densidade;

− Dispersão e suspensão;

− Tabela periódica;

LIGAÇÃO QUÍMICA

− Tabela periódica;

− Propriedade dos materiais;

− Tipos de ligações químicas;

− Solubilidade e as ligações químicas;

− Interações intermoleculares e as

propriedades das substâncias moleculares;

− Ligações de Hidrogênio;

− Ligação metálica;

− Ligações sigma e pi;

− Ligações polares e apolares;

− Alotropia;

FUNÇÕES QUÍMICAS

− Tabela periódica;

− Funções Inorgânicas.

CONTEÚDOS

ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS

2ª SÉRIE ENSINO MÉDIO

MATÉRIA

23. Massa atômica;

24. Quantidade de Matéria/Mol;

25. Tabela periódica;

SOLUÇÕES

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Matéria e sua

natureza

Biogeoquímica

Química sintética

26. Substâncias;

27. Misturas;

28. Concentração;

29. Solubilidade;

30. Forças intermoleculares;

31. Densidade;

32. Dispersão e suspensão;

33. Tabela periódica;

34. Propriedades Coligativas;

REAÇÕES QUÍMICAS

• Tabela periódica;

56. Reações de Oxi-redução;

57. Reações exotérmicas e

endotérmicas;

58. Diagramas das reações

exotérmicas e endotérmicas;

59. Variação de entalpia;

60. Calorias;

EQUILIBRIO QUÍMICO

• Reações químicas reversíveis;

• Concentração;

• Relações matemáticas e o equilibiro

químico;

• Deslocamento de equilibrio;

• Equilibrio químico em meio aquoso;

• Tabela periódica.

CONTEÚDOS

ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS

3º ANO ENSINO MÉDIO

RADIOATIVIDADE

• Modelos atômicos;

• Elementos químicos;

• Reações químicas;

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Matéria e sua

natureza

Biogeoquímica

Química sintética

• Tabela periódica;

• Velocidade das reações;

• Emissões radioativas;

• Leis da radioatividade;

• Cinética das reações químicas;

• Fenômenos radioativos;

GASES

• Estados Físicos da matéria;

• Tabela periódica;

• Propriedades dos gases;

• Modelo de partículas para os

materiais gasosos;

• Misturas gasosas;

• Diferença entre gás e vapor;

• Leis dos gases;

FUNÇÕES QUÍMICAS

• Funções Orgânicas

• O carbono;

• Estrutura dos compostos;

• Tipos de ligações;

• Polimêros;

• Isômeros;

• Tabela periódica.

3-METODOLOGIA DA DISCIPLINA DE QUÍMICA

É importante que o processo pedagógico parta do conhecimento prévio dos

estudantes, no qual se incluem as idéias preconcebidas sobre o conhecimento da

química, ou as concepções espontâneas, a partir das quais será elaborado um conceito

cientifico.

Observa-se que o aluno muitas vezes memoriza os conceitos e fórmulas, sem

compreende-lôs, é necessário uma abordagem voltada para à construção e reconstrução

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de significados dos conceitos científicos nas salas de aula.

Propõem-se que a compreensão e apropriação do conhecimento químico

ocorra por meio do contato do aluno com o objeto de estudo da Química, que é o estudo

da matéria e suas transformações.

Na abordagem conceitual do conteúdo de Química é fundamental buscar dar

sentido aos conceitos químicos, para tanto torna-se de sua importância as atividades

práticas em laboratório ou até mesmo dentro da sala de aula, pois o objetivo é auxiliar a

compreensão dos conceitos estudados na teoria, não sendo necessário materiais

laboratoriais de precisão, por não visar resultados quantitativos.

Cabe ao professor criar situações de aprendizagem de modo que o aluno

pense criticamente sobre o mundo, relacionando objetos comuns ao dia a dia com os

elementos da tabela periódica, ultrapassando a memorização de nomes, símbolos,

números de massas números atômicos, e assim possibilitar o estabelecimento de

relações entre os elementos da tabela periódica e os objetos analisados, proporcionando-

lhe uma visão da relação existente entre os elementos químicos como por exemplo com o

meio ambiente, uma vez que este está inteiramente ligado à Química, e que estamos num

momento em que somos atingidos por vários problemas, como aumento da temperatura

da terra , efeito estufa, enchentes, secas, derretimento de geleiras, o aumento do burraco

na camada de ozônio etc.; todos esses efeitos decorrentes da ação humana.

Abordar os conteúdos proporciondo sempre a interdisciplinariedade sempre

que possível no estudo dos elementos quimicos, matéria e suas transformações, através

do uso das tecnologias , como internet, multimidia, revistas, Leituras de textos

disponíveis on-line bem como de vários trabalhos publicados que dão suporte ao

processo pedagógico e uso de livros da biblioteca do professor e do aluno.

Propiciar também aulas práticas com materiais que os alunos possuem na

própria residência, como exemplo no estudo das substâncias ácidas e básicas, utilizando

extrato de repolho roxo e substâncias comuns de casa, assim os alunos eram

compreender que a Química faz parte do seu cotidiano e facilitará a aprendizagem e

absorção de conhecimentos, antes incompreendíveis.

Também a utilização e aplicação da Lei nº 11.645 que contempla a História e

Cultura Afro Brasileira e Indígena os quais serão abordados de acordo com os conteúdos

trabalhados, resgatando as contribuições destas na disciplina de Química.

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4-CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO ESPECÍFICOS DA DISCIPLINA

A avaliação deve ser concebida de forma processual e formativa, sob os

condicionais do diagnóstico e da continuidade. Esse processo ocorre em interações

recíprocas, no dia-a-dia, no transcorrer da própria aula e não apenas de modo pontual,

portanto está sujeita a alterações no seu desenvolvimento.

Em química, o principal critério de avaliação é a formação de conceitos

científicos. Além de provas, o professor deve usar instrumentos que possibilitem várias

formas de expressão dos alunos, como: leitura e interpretação de textos, produção de

textos, leitura e interpretação da tabela periódica, pesquisas bibliográficas, relatório de

aulas em laboratório, apresentação de seminários, entre outros. Esses instrumentos

devem ser selecionados de acordo com cada conteúdo e objetivo de ensino.

Espera-se que o aluno, entenda e questione os mais variados conteúdos

estudados; Que construa e reconstrua os conceitos químicos possibilitando a resolução

de problemas; Compreenda os conhecimentos cientifícos e os reconheça na vivência

diária; Compreenda a constituição química e as transformações da matéria; Formule

novos conceitos a partir dos já existentes dentro dos conteúdos específicos .

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5-REFERÊNCIAS

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Moderna, 1996.

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FELTRE, Ricardo. Química: Volumes 1, 2 e 3 - 6ª ed. - São Paulo: Moderna,

2004

GOLDFARB, Ana Maria Afonso. Das Alquimias à Química. São Paulo: Landy,

2005.

HALL, Nina. Neoquímica a Química Moderna e suas Aplicações. Vol.Único.

Porto Alegre: Bookman. 2004.

MALDANER, O. A. A Formação inicial e Continuada de Professores de

Química: professor/pesquisador. 2 Ed. Ijuí: Editora Unijuí, 2003. p. 120.

POLITI, Elie. Química:Curso completo. 2°ed..São Paulo:Moderna, 1992.

RUSSEL, John Blair. Química Geral. 2° ed. São Paulo:Pearson Makron Book,

1994.

SANTOS, Widson L. P. E Mól, Gerson de S. Química e sociedade. 1°ed.Vol.

Único. São Paulo: Nova Geração, 2005.

SANTOS, Wilson Luiz Pereira dos e SCHNETZLER, Roselo Pacheco.

Educação em Química. 3°ed. Ijuí-RG:Unijuí, 2003.

SEED, Secretária de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares de

Química para a Educação Básica. 2008. Curitiba-Pr.

UTIMARA, Teruko Y.e LINGUANATO, Maria. Química Fundamental. Vol.

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Único. São Paulo:FTD, 1998.

SEED, Secretária de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares de

Química para a Educação Básica. 2010. Curitiba-Pr.

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DISCIPLINA DE LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA - INGLÊS

1 – APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

A Construção das Diretrizes Curriculares, coordenada pela Superintendência

da Educação da Secretaria de Estado da Educação, assim como os estudos e as

discussões realizados nas semanas pedagógicas apontaram os referenciais teóricos e

metodológicos para construção desta Proposta Pedagógica Curricular.

Com relação ao ensino de línguas estrangeiras, uma nova perspectiva

chegou ao Paraná em 1990 com a publicação do Currículo Básico que trazia uma

concepção de língua entendida como prática social e historicamente construída. No

entanto, este documento direcionava o trabalho com língua estrangeira para a prática de

leitura, limitando assim as possibilidades de interação do aluno com a língua. A SEED

estabeleceu parcerias para a formação e aprimoramento pedagógico e adquiriu livros de

fundamentação teórica em língua estrangeira para escolas de Ensino Médio (EM) de toda

a rede estadual e elaborou o livro didático do EM.

O conjunto de ações desenvolvido pela SEED, a partir de 2004, teve como

foco principal promover a construção de novas Diretrizes Curriculares que favorecessem

a formação continuada de professores na perspectiva de efetivarem-se como sujeitos

epistêmicos, capazes de refletir, analisar e propor as indicações mais apropriadas para o

processo de ensino aprendizagem.

No ano de 2008 foram realizados encontros organizados também pela SEED

como DEB Itinerante, encontros por disciplinas realizados pelo Núcleo Regional de

Educação de Campo Mourão e semanas pedagógicas descentralizadas visando a

disseminação das políticas curriculares do Estado, refletindo sobre a função social da

escola pública e os processos de secundarização de seu papel. Esses encontros

contemplaram a participação de toda a comunidade escolar na perspectiva de uma

gestão democrática e na construção de uma proposta pedagógica curricular que

superassem os descaminhos de uma política educacional fortemente marcada pela

concepção neoliberal que permeou a educação na década de 90.

Como resultado dessas ações e visando a superação do contexto anterior, a

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SEED fez opção pelo currículo disciplinar, que toma o conteúdo como via de acesso ao

conhecimento, considerando as dimensões científica, filosófica e artística dos mesmos,

visto que a opção pelos conteúdos curriculares, em sua totalidade:

[...] significa compreendê-los como síntese de múltiplos fatos e

determinações, como um todo estruturado, marcado pela disciplinaridade didática. Tratar

os conteúdos em sua dimensão práxica é compreender que a atividade educativa é uma

ação verdadeiramente humana e que requer consciência de uma finalidade em face à

realidade, por meio dos conteúdos, impossibilitando o tratamento evasivo e fenomênico

destes. (PARANÁ, SEED, SUED, 2008, p.9).

Evidenciou-se igualmente, uma organização do processo de aprendizagem

que possibilitaria a flexibilização/adaptação de conteúdos, metodologias e avaliações de

modo a contemplar a participação e aprendizagem de todos os alunos, considerando seus

conhecimentos prévios, suas necessidades linguísticas diferenciadas e o contexto social,

vislumbrando a construção de uma sociedade justa, fraterna e igualitária.

Nesse contexto, o ensino de língua estrangeira configura-se como um

espaço para que o aluno reconheça e compreenda a diversidade linguística e cultural,

oportunizando-lhe engajar-se discursivamente e compreender que a língua e a cultura são

práticas sociais historicamente construídas e, portanto, passíveis de transformação. A

língua é realizada num contexto concreto e preciso, levando o aluno à prática significativa

com acesso a gêneros textuais orais, escritos e imagéticos. O aluno passa a sentir-se

inserido em determinada realidade, sendo capaz de interagir com ela, ampliando seu

conhecimento de mundo e desenvolvendo seu espírito crítico com relação ao outro e a si

mesmo.

O objetivo da inclusão da Língua Inglesa no currículo parte da afirmação de

que os estudantes têm o direito de acessar outras possibilidades culturais, ampliando e

alargando sua visão de mundo, em um processo de afirmação de sua própria identidade e

de possibilidades de aprendizagem. Para isso tem na língua materna a mais importante

referência como ser coletivo.

O aprendizado de uma língua estrangeira não pode ser identificado apenas

com a submissão econômica. Ao apropriar-se de outra língua, o ser particular apropria-se

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da herança cultural de toda a sociedade. Sendo assim, os professores precisam buscar

alternativas que coloquem o ensino-aprendizagem da Língua Inglesa, seus métodos e

suas metodologias nas relações entre as línguas e a formação de identidades no mundo

globalizado, como preconizam as DCE:

“ensinar e aprender percepções de mundo e maneiras de atribuir sentido,

formar subjetividades, permitir que se reconheça no uso da língua os diferentes

propósitos comunicativos independentemente do grau de proficiência atingido [...] analisar

as questões sociais-político-econômicas da nova ordem mundial, suas implicações e

desenvolver uma consciência crítica a respeito do papel das línguas na sociedade”

(PARANÁ, 2008, p.55)

2 – CONTEÚDO ESTRUTURANTE

O Conteúdo Estruturante é o discurso como prática social materializado nas

práticas discursivas de leitura, oralidade e escrita, as quais efetivarão o desenvolvimento

do trabalho em sala de aula e a construção do significado por meio do engajamento

discursivo.

3 - CONTEÚDO BÁSICOS

Os conteúdos básicos serão trabalhados sempre a partir de um texto

significativo, atendendo as especificidades de cada uma das séries.

Gêneros Textuais

* Marcas do Gênero

* Conteúdo Temático

* Estilo

* Elementos Composicionais

* Esfera social de circulação

* Suporte

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SÉRIE: 5ª SÉRIE

LEITURA

−Tema do texto;

−Interlocutor;

−Finalidade;

−Aceitabilidade do texto;

−Informatividade;

−Elementos composicionais do gênero;

−Léxico;

−Repetição proposital de palavras;

−Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no

texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de

linguagem.

ESCRITA

− Tema do texto ;

− Interlocutor;

− Finalidade do texto;

− Informatividade;

− Elementos composicionais do gênero;

− Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no

texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de

linguagem;

− Ortografia;

− Concordância verbal/nominal.

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ORALIDADE

− Tema do texto;

− Finalidade;

− Papel do locutor e interlocutor;

− Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos...;

− Adequação do discurso ao gênero;

− Turnos de fala;

− Variações linguísticas;

− Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, recursos

semânticos.

SÉRIE: 6ª SÉRIE

Gêneros Textuais

* Marcas do Gênero

* Conteúdo Temático

* Estilo

* Elementos Composicionais

* Esfera social de circulação

* Suporte

LEITURA

35. Tema do texto;

36. Interlocutor;

37. Finalidade do texto;

38. Informatividade;

39. Situacionalidade;

40. Informações explícitas

41. Discurso direto e indireto;

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189

42. Elementos composicionais do gênero;

43. Repetição proposital de palavras;

44. Léxico;

45. Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais

no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de

linguagem.

ESCRITA

61. Tema do texto;

62. Interlocutor;

63. Finalidade do texto;

64. Discurso direto e indireto;

65. Elementos composicionais do gênero;

66. Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes

gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito),

figuras de linguagem;

67. Ortografia;

68. Concordância verbal/nominal.

ORALIDADE

• Tema do texto;

• Finalidade;

• Papel do locutor e interlocutor;

• Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos, etc;

• Adequação do discurso ao gênero;

• Turnos de fala;

• Variações linguísticas;

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, semântica.

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190

SÉRIE: 7ª SÉRIE

Gêneros Textuais

* Marcas do Gênero

* Conteúdo Temático

* Estilo

* Elementos Composicionais

* Esfera social de circulação

* Suporte

LEITURA

• Conteúdo temático;

• Interlocutor;

• Finalidade do texto;

• Aceitabilidade do texto;

• Informatividade;

• Situacionalidade;

• Intertextualidade;

• Vozes sociais presentes no texto;

• Elementos composicionais do gênero;

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no

texto, pontuação, recursos gráficos como: (aspas, travessão, negrito), figuras de

linguagem.

• Semântica:

- operadores argumentativos;

- ambiguidade;

- sentido conotativo e denotativo das palavras no texto;

-expressões que denotam ironia e humor no texto.

• Léxico.

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191

ESCRITA

• Conteúdo temático;

• Interlocutor;

• Finalidade do texto;

• Informatividade;

• Situacionalidade;

• Intertextualidade;

• Vozes sociais presentes no texto;

• Elementos composicionais do gênero;

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no

texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito);

• Concordância verbal e nominal;

• Semântica:

- operadores argumentativos;

- ambiguidade;

- significado das palavras;

- figuras de linguagem;

- sentido conotativo e denotativo;

- expressões que denotam ironia e humor no texto.

ORALIDADE

• Conteúdo temático;

• Finalidade;

• Aceitabilidade do texto;

• Informatividade;

• Papel do locutor e interlocutor;

• Elementos extralinguísticos: entonação, expressões faciais, corporais e

gestuais, pausas ...;

• Adequação do discurso ao gênero;

• Turnos de fala;

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192

• Variações linguísticas

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;

• Elementos semânticos;

• Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc);

• Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito.

SÉRIE: 8ª SÉRIE

Gêneros Textuais

* Marcas do Gênero

* Conteúdo Temático

* Estilo

* Elementos Composicionais

* Esfera social de circulação

* Suporte

LEITURA

• Tema do texto

• Interlocutor

• Finalidade do texto

• Aceitabilidade do texto

• Informatividade

• Situacionalidade

• Intertextualidade

• Temporalidade

• Discurso direto e indireto

• Elementos composicionais do gênero;

• Emprego do sentido conotativo e denotativo no texto;

• Palavras e/ou expressões que denotam ironia e humor no texto;

• Polissemia

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no

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193

texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão,negrito), figuras de linguagem

)

• Léxico.

ESCRITA

• Tema do texto

• Interlocutor

• Finalidade do texto

• Aceitabilidade do texto

• Informatividade

• Situacionalidade

• Intertextualidade

• Temporalidade

• Discurso direto e indireto

• Elementos composicionais do gênero

• Emprego do sentido conotativo e denotativo no texto;

• Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;

• Palavras e/ou expressões que denotam ironia e humor no texto;

• Polissemia

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no

texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de

linguagem

• Processo de formação de palavras

• Ortografia

• Concordância verbal/nominal

ORALIDADE

• Conteúdo temático

• Finalidade

• Aceitabilidade do texto

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194

• Informatividade

• Papel do locutor e interlocutor

• Elementos extralinguísticos: entonação, expressões faciais, corporais e

gestuais, pausas ...

• Adequação do discurso ao gênero

• Turnos de fala

• Variações linguísticas

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição. Semântica

• Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc).

• Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e escrito.

ENSINO MÉDIO

SÉRIE: 1º ANO

Gêneros Textuais

* Marcas do Gênero

* Conteúdo Temático

* Estilo

* Elementos Composicionais

* Esfera social de circulação

* Suporte

LEITURA

• Tema do texto

• Interlocutor

• Finalidade do texto

• Aceitabilidade do texto

• Informatividade

• Situacionalidade

• Intertextualidade

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195

• Temporalidade

• Referência textual

• Partículas conectivas do texto

• Discurso direto e indireto

• Elementos composicionais do gênero;

• Emprego do sentido conotativo e denotativo no texto;

• Palavras e/ou expressões que detonam ironia e humor no texto;

• Polissemia

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no

texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de

linguagem.

• Léxico.

ESCRITA

• Tema do texto

• Interlocutor

• Finalidade do texto

• Aceitabilidade do texto

• Informatividade

• Situacionalidade

• Intertextualidade

• Temporalidade

• Referência textual

• Partículas conectivas do texto

• Discurso direto e indireto

• Elementos composicionais do gênero

• Emprego do sentido conotativo e denotativo no texto;

• Palavras e/ou expressões que detonam ironia e humor no texto;

• Polissemia;

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no

texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de

linguagem

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196

• Ortografia

• Concordância verbal/nominal

ORALIDADE

• Conteúdo temático

• Finalidade

• Aceitabilidade do texto

• Informatividade

• Papel do locutor e interlocutor

• Elementos extralinguísticos: entonação, expressões faciais, corporais e

gestuais, pausas ...

• Adequação do discurso ao gênero

• Turnos de fala

• Variações linguísticas

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, semântica

• Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc).

• Diferenças e semelhanças entre o discurso oral ou escrito.

SÉRIE: 2º ANO

Gêneros Textuais

* Marcas do Gênero

* Conteúdo Temático

* Estilo

* Elementos Composicionais

* Esfera social de circulação

* Suporte

LEITURA

• Tema do texto

• Interlocutor

• Finalidade do texto

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197

• Aceitabilidade do texto

• Informatividade

• Situacionalidade

• Intertextualidade

• Temporalidade

• Referência textual

• Partículas conectivas do texto

• Discurso direto e indireto

• Elementos composicionais do gênero;

• Emprego do sentido conotativo e denotativo no texto;

• Palavras e/ou expressões que detonam ironia e humor no texto;

• Polissemia

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no

texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de

linguagem.

• Léxico.

ESCRITA

• Tema do texto

• Interlocutor

• Finalidade do texto

• Aceitabilidade do texto

• Informatividade

• Situacionalidade

• Intertextualidade

• Temporalidade

• Referência textual

• Partículas conectivas do texto

• Discurso direto e indireto

• Elementos composicionais do gênero

• Emprego do sentido conotativo e denotativo no texto;

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198

• Palavras e/ou expressões que detonam ironia e humor no texto;

• Polissemia;

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no

texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de

linguagem

• Ortografia

• Concordância verbal/nominal

ORALIDADE

• Conteúdo temático

• Finalidade

• Aceitabilidade do texto

• Informatividade

• Papel do locutor e interlocutor

• Elementos extralinguísticos: entonação, expressões faciais, corporais e

gestuais, pausas ...

• Adequação do discurso ao gênero

• Turnos de fala

• Variações linguísticas

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, semântica

• Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc).

• Diferenças e semelhanças entre o discurso oral ou escrito.

SÉRIE: 3º ANO

Gêneros Textuais

− * Marcas do Gênero

− * Conteúdo Temático

− * Estilo

− * Elementos Composicionais

− * Esfera social de circulação

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199

− * Suporte

LEITURA

• Tema do texto

• Interlocutor

• Finalidade do texto

• Aceitabilidade do texto

• Informatividade

• Situacionalidade

• Intertextualidade

• Temporalidade

• Referência textual

• Partículas conectivas do texto

• Discurso direto e indireto

• Elementos composicionais do gênero;

• Emprego do sentido conotativo e denotativo no texto;

• Palavras e/ou expressões que detonam ironia e humor no texto;

• Polissemia

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no

texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de

linguagem.

• Léxico.

ESCRITA

Tema do texto

Interlocutor

Finalidade do texto

Aceitabilidade do texto

Informatividade

Situacionalidade

Intertextualidade

Temporalidade

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200

Referência textual

Partículas conectivas do texto

Discurso direto e indireto

Elementos composicionais do gênero

Emprego do sentido conotativo e denotativo no texto;

Palavras e/ou expressões que detonam ironia e humor no texto;

Polissemia;

Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no

texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de

linguagem

Ortografia

Concordância verbal/nominal

ORALIDADE

Conteúdo temático

Finalidade

Aceitabilidade do texto

Informatividade

Papel do locutor e interlocutor

Elementos extralinguísticos: entonação, expressões faciais, corporais e

gestuais, pausas ...

Adequação do discurso ao gênero

Turnos de fala

Variações linguísticas

Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, semântica

Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc).

Diferenças e semelhanças entre o discurso oral ou escrito.

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201

A Lei nº 11.645 que contempla a História e Cultura Afro Brasileira e Indígena

os quais serão abordados de acordo com os conteúdos trabalhados.

4 – METODOLOGIA DA DISCIPLINA

Considerando as diversidades culturais, o número de alunos em sala, e as

diferenças de qualquer aluno que apresente dificuldades de aprendizagem, seja por

causas endógenas, exógenas, temporárias ou permanentes, além de tempo, materiais

disponíveis e ambiente físico, os educandos serão envolvidos em tarefas diversificadas

que exijam negociação de significados. Poderá ser privilegiada uma ou mais práticas

discursivas (leitura, oralidade e escrita) estando todas integradas à concepção que norteia

as DCE de L.E.M., levando em conta que o aluno é parte integrante do processo e que

deve ser considerado como agente ativo da aprendizagem.

O desenvolvimento do estudo de L.E.M. se dará por meio de estudos de

textos diversos, trabalhos individuais e em grupo, uso de dicionários e pesquisas em

diversas fontes, inclusive Internet. Serão trabalhadas atividades com músicas para

melhorar a audição e memorização possibilitando interação com a L.E.M. no que se refere

às diversas maneiras de se expressar e de ver o mundo, explorando as marcas

linguísticas típicas da oralidade em seus diferentes usos.

Na leitura espera-se que o professor: propicie práticas de leitura de textos de

diferentes gêneros; considere os conhecimentos prévios dos alunos; formule

questionamentos que possibilitem inferências sobre o texto; encaminhe discussões sobre:

tema, intenções, intertextualidade; contextualize a produção: suporte/fonte, interlocutores,

finalidade, época; utilize textos não-verbais diversos que dialoguem com não-verbais,

como: gráficos, fotos, imagens, mapas, e outros; relacione o tema com o contexto atual;

oportunize a socialização das ideias dos alunos sobre o texto; instigue a identificação e

reflexão das diferenças decorridas do uso de palavras e/ou expressões no sentido

conotativo e denotativo, bem como de expressões que denotam ironia e humor; estimule

leituras que suscitem no reconhecimento do estilo, próprio de diferentes gêneros;

incentive a percepção dos recursos utilizados para determinar causa e consequência

entre as partes e elementos do texto.

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202

Na escrita pretende-se planejar e produzir textos a partir da delimitação do

tema, do interlocutor, do gênero, da finalidade; estimular a ampliação de leituras sobre o

tema e o gênero proposto; acompanhar a produção do texto; encaminhar e acompanhar a

re-escrita textual: revisão dos argumentos/das ideias, dos elementos que compõe o

gênero; analisar se a produção textual está coerente e coesa, se há continuidade

temática, se atende à finalidade, se a linguagem está adequada ao contexto; conduzir a

uma reflexão dos elementos discursivos, textuais, estruturais e normativos.

Na oralidade espera-se que o professor: organize apresentações de textos

produzidos pelos alunos levando em consideração a: aceitabilidade, informatividade,

situacionalidade e finalidade do texto; oriente sobre o contexto social de uso do gênero

oral selecionado; prepare apresentações que explorem as marcas linguísticas típicas da

oralidade em seu uso formal e informal; selecione discursos de outros para análise dos

recursos da oralidade, como: cenas de desenhos, etc. E proponha reflexões sobre os

argumentos utilizados nas exposições orais dos alunos;

A presente proposta também contempla a inclusão da temática “História e

Cultura Afro-Brasileira e Indígena” nos conteúdos a serem trabalhados, dada a

importância que a mesma traz para a construção de um Estado Democrático de Direito,

de acordo com o que dispõe a Constituição da República Federativa do Brasil e a

obrigatoriedade de seu ensino, segundo as Diretrizes Curriculares Nacionais, bem como a

Deliberação Estadual 04/06.

Os recursos didáticos e tecnológicos para a realização das atividades da

prática da leitura, da oralidade, da escrita serão: livros e revistas, fitas de vídeo, DVDs,

CDs, TV Multimídia, cartazes, desenhos, recortes, letras de músicas, e cópias de

atividades diversas.

5 – AVALIAÇÃO

As avaliações ocorrerão nas modalidades formal e não-formal, subdivididas em

pelo menos três aferições durante cada bimestre. Mediante o uso de diferentes

instrumentos e critérios de avaliação, interação entre alunos e entre o professor em

diferentes experiências e suficientemente flexíveis para contemplar as diferenças

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203

temporárias ou permanentes de cada aluno. Considerando a diversidade da sala de aula

o processo avaliativo visa não somente medir o conhecimento, mas também a reflexão

sobre o próprio trabalho pedagógico de modo a encaminhar tanto educando quanto

docente a um estágio de superação e enriquecimento do saber, cumprindo assim a

função reflexiva da avaliação.

O esforço do aluno precisa ser reconhecido através do seu desempenho e

aplicação do que aprendeu. Os conteúdos e notas serão recuperados durante o processo

pedagógico, de acordo com as necessidades percebidas pelo professor.

A nota será a somatória dos valores atribuídos em cada instrumento de

avaliação sendo aplicadas, no mínimo três avaliações bimestrais além de atividades de

recuperação, conforme regimento interno da escola, cujo conteúdo explicita que deverão

ser ofertadas aos alunos diferentes modalidades de avaliação, sendo uma nota 6,0

resultante de duas avaliações de valor 30 cada uma e outra de valor 4,0 referente a

atividades diversificadas, totalizando nota final de 10,0( dez).

No regimento consta em parágrafo único que a avaliação escolar deverá ser

feita por instrumentos diversificados tais como: provas, debates, testes orais e escritos,

tarefas específicas (oralidade, leitura, auditivas e escritas), trabalhos práticos, pesquisas,

participação em trabalhos coletivos e individuais, apresentação de trabalho.

A recuperação será bimestral e proporcionada a todos alunos que não

atingirem a nota integral, sendo por revisão dos conteúdos sobre os quais serão

oportunizadas atividades de recuperação no valor de 4,0(quatro) pontos, somada com

avaliação de recuperação no valor de 6,0 (seis) pontos, totalizando uma soma de 10,0

(dez) pontos. A nota bimestral deverá ser substituída quando o resultado obtido na

recuperação for superior àquele atribuído no bimestre.

Sendo a avaliação um dos aspectos fundamentais de um plano pedagógico,

é preciso que a forma de avaliar seja dinâmica, justa, criativa e coerente com a Proposta

Pedagógica, tendo envolvimento dos professores, alunos, equipe pedagógica, e os

responsáveis legais pelos alunos, todos com o objetivo, inclusive o próprio aluno, da

qualidade no ensino.

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204

Para que se efetive essa proposta avaliativa lançar-se-á mão, como já foi

mencionado, de diferentes instrumentos e critérios de avaliação, conforme segue:

Atividades de leitura compreensiva de

textos: Ao fazer uso deste instrumento, os professores deverão considerar se o aluno:

compreende as ideias presentes no texto; interage com o texto por meio de

questionamentos, concordância ou discordâncias; fala sobre o texto, expressa suas ideais

com clareza e sistematiza o conhecimento de forma adequada; estabelece relações entre

o texto e o conteúdo abordado em sala.

Projeto de pesquisa Bibliográfica: Ao

fazer uso deste instrumento, os professores deverão considerar se o aluno: apresenta em

seu texto os seguintes passos: 1. Contextualização – introdução ao tema; 2. Problema -

questões levantadas sobre o tema; 3. Justificativa argumentando sobre a importância da

pesquisa 4. Consulta bibliográfica - texto produzido pelo aluno a partir das leituras que

fez, através de paráfrases, citações referenciando adequadamente. 5. Referência – cita

as fontes pesquisadas.

Produção de textos: Ao fazer uso deste

instrumento, os professores deverão considerar se o aluno: atende as três etapas

articuladas da prática escrita como: planeja o que será produzido, faz a escrita da primeira

versão sobre a proposta apresentada a partir daí, revisa, reestrutura e reescreve o texto

na perspectiva da intencionalidade definida. A partir disso, o professor observará se o

aluno: produz o texto atendendo as circunstâncias de produção (gênero, interlocutor,

finalidades, etc.); expressa as idéias com clareza (coerência e coesão); adequa a

linguagem às exigências do contexto de produção, dando diferentes graus de formalidade

ou informalidade, atende os termos de léxico, de estrutura; elabora argumentos

consistentes; respeita o tema; estabelece relações entre as partes do texto e estabelece

relação entre a tese e os argumentos elaborados para sustentá-la.

Palestra/apresentação Oral: Ao fazer

uso deste instrumento, os professores deverão considerar se o aluno: demonstra

conhecimento do conteúdo; apresenta argumentos selecionados; adequa a linguagem;

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205

apresenta sequência lógica e clareza na exposição oral e se usa os recursos

adequadamente.

Relatório: Ao fazer uso deste instrumento, os professores deverão considerar

se o aluno atende aos seguintes tópicos:

1. Introdução: fornece informações iniciais apresentando o trabalho (atividade)

que deu origem ao relatório, apontando quais são (foram) os objetivos desta atividade,

bem como a relevância do conteúdo abordado, dos conceitos construídos.

2. Metodologia e materiais: descreve, objetiva e claramente, como realmente

se deu o trabalho ou atividade desenvolvida. Embora seja uma descrição suscinta, não

pode omitir informações que sejam relevantes para que o leitor compreenda a respeito do

que se está falando, ou para que o leitor faça uma reflexão que permita o aprimoramento

da atividade.

3. Análise:. consta os elementos e situações interessantes que tenham

acontecido. É importante, na análise, que se estabeleçam as relações entre a atividade,

os procedimentos realizados e o objeto de estudo que deram origem à atividade em

questão.

4. Considerações Finais: apresenta os resultados obtidos de forma crítica,

confrontando-os com os objetivos da atividade realizada. Este é um item importante, pois

vai possibilitar que o aluno faça a apreciação sobre o trabalho(atividade) realizado, seus

objetivos, a aprendizagem alcançada.

Seminário: Ao fazer uso deste

instrumento, os professores deverão considerar se o aluno: apresenta os argumentos com

consistência; compreende o conteúdo abordado, faz adequação da linguagem, faz uso e

referencia as fontes de pesquisa com pertinência, traz relatos para o enriquecimento da

apresentação, adequação e relevância das intervenções dos integrantes do grupo que

assiste a apresentação.

Debate: Ao fazer uso deste

instrumento, os professores deverão considerar se o aluno: aceita a lógica da

confrontação de posições; está disposto e aberto a ultrapassar os limites das suas

posições pessoais; explicita racionalmente os conceitos e valores que fundamentam a

posição e admite o caráter, por vezes contraditório, da sua argumentação; faz uso

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206

adequado da língua portuguesa em situações formais; apresenta o conhecimento sobre o

conteúdo da disciplina envolvido no debate, demonstra compreensão do assunto

específico debatido e sua relação com o conteúdo da disciplina.

Atividades com textos literários: Ao

fazer uso deste instrumento, os professores deverão considerar se o aluno: compreende e

interpreta a linguagem utilizada no texto; articula o conceito/conteúdo/tema discutido nas

aulas com o texto literário lido; reconhece os recursos expressivos específicos do texto

literário.

Atividades a partir de recursos

Audiovisuais: Ao fazer uso deste instrumento, os professores deverão considerar se o

aluno: compreende e interpreta a linguagem utilizada; articula o conceito/conteúdo/tema

discutido nas aulas com o conteúdo apresentado pelo audiovisual; reconhece os recursos

expressivos específicos daquele recurso.

Trabalho de grupo: Ao fazer uso deste

instrumento, os professores deverão considerar se o aluno: demonstra conhecimentos

formais da disciplina, estudados em sala de aula, na produção coletiva de trabalhos na

sala de aula ou em espaços diferenciados; compreende a origem da construção histórica

dos conteúdos trabalhados e sua relação com a contemporaneidade.

Questões discursivas: Ao fazer uso

deste instrumento, os professores deverão considerar se o aluno: demonstra

compreensão do enunciado da questão; comunica por escrito, com clareza utilizando-se

da norma padrão da Língua Portuguesa, sistematiza o conhecimento de forma adequada.

Questões objetivas: Ao fazer uso deste

instrumento, os professores deverão considerar se o aluno: realiza leitura compreensiva

do enunciado; demonstra apropriação de alguns aspectos definidos do conteúdo; é capaz

de utilizar os conhecimentos adquiridos e principalmente a fixação do conteúdo.

Será oportunizada ao estudante a recuperação de estudos de forma perma-

nente e concomitante ao processo de ensino e aprendizagem. Esta será organizada com

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207

atividades significativas, por meio de procedimentos didático-metodológicos diversificados

e os resultados da recuperação serão incorporados às avaliações efetuadas durante o

processo, constituindo-se em mais um componente do aproveitamento.

A Lei nº 11.645 que contempla a História e Cultura Afro Brasileira e Indígena

os quais serão abordados de acordo com os conteúdos trabalhados.

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208

6 – REFERÊNCIAS:

ALMEIDA FILHO, José Carlos Paes de. O Professor de Língua Estrangeira

em Formação. Campinas: Pontes Editores, 2005.

BAKHTIN, M. (Volochinov). “Os gêneros do discurso”. in: Estética da criação

verbal. São Paulo: Martins Fontes, p.279-326, 2000.

BRASIL, Lei Nº 11.645, de 10 Março de 2008 .

_________. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. In: BRASIL/MEC. Lei

de

________. Lei n. 10.639, de 9 de janeiro de 2003.

Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Brasília: MEC, 1996.

LUCKESI, C.C. Avaliação da aprendizagem escolar. São Paulo: Cortez,

1995.

OLIVEIRA E PAIVA, Vera Lúcia Menezes de (org.). Ensino de Língua Inglesa

– reflexões e experiências . Campinas: Pontes Editores, 2005.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação – Seed. Diretrizes curriculares

de Língua Estrangeira Moderna para a educação básica. Curitiba: SEED, 2008.

________. Grupo de Estudo de 2008. Disponível em

http://www.seed.pr.gov.br/portals/bancoquestaoavaliativa/OrientacoesGeraisGE

2008.pdf?PHPSESSID=2010080411160589 acesso em 04/08/2010.

PROPOSTA POLÍTICO-PEDAGÓGICA DO COLÉGIO ESTADUAL ADAUCTO

DA SILVA ROCHA – EFM, 2010.

REGIMENTO ESCOLAR DO COLÉGIO ESTADUAL ADAUCTO DA SILVA

ROCHA – EFM, 2009.

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DISCIPLINA DE FILOSOFIA

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA DE FILOSOFIA

A disciplina de Filosofia no ensino médio esteve oficialmente fora dos currículos

escolares de educação básica desde 1971 quando em plena ditadura militar, no governo

do general Emílio Garrastazu Médici, a Lei 5692/71 substituiu essa disciplina por outras

que interessavam o sistema vigente; nesta substituição se pretendia a formação de

cidadãos não questionadores, ou seja, cidadãos meramente repetidores da ideologia

oficial.

O fim do regime de ditadura no Brasil e o clima de abertura política e

redemocratização que embalou o povo brasileiro na década de 1980 não conseguiu

reconduzir a disciplina de Filosofia à grade curricular de nível básico, apesar da

compreensão por parte da maioria dos intelectuais, de que na reconstrução da

democracia era necessária uma reforma educacional. Segundo Maria Lúcia de Arruda

Aranha e Maria Helena Pires Martins, “(A Filosofia)”. É importante para a formação

integral de todos os alunos. Porque, ao estimular a elaboração do pensamento abstrato, a

filosofia ajuda a promover a passagem do mundo infantil ao mundo adulto. Se a condição

do amadurecimento esta na conquista da autonomia no pensar e no agir, muitos adultos

permanecem infantilizados quando não exercitam desde cedo o olhar crítico sobre si

mesmo e sobre o mundo. (ARANHA,2002, pg 01)

A discussão sobre a contribuição que a Filosofia podia dar à construção do

Brasil do século XXI começa oficialmente em 1997 quando o deputado federal Roque

Zimmerman propôs pela primeira vez um projeto de lei no sentido da sua obrigatoriedade,

proposta que estranhamente foi vetada em 2001, pelo então presidente Fernando

Henrique Cardoso. Aos governantes parecia cômodo “silenciar a crítica dos pensadores,

a fim de garantir a obediência passiva dos cidadãos”. Em 2003 o senador Ribamar Alves

reapresentou o projeto, com algumas alterações, ao Congresso nacional, como medida

paliativa, o CNE publicou em 2006 resoluções orientando as redes estaduais de educação

a oferecer Filosofia no ensino médio, enquanto a LDB, no art. 36, determina que, no final

do Ensino Médio, o estudante deverá “dominar os conhecimentos de filosofia (...)

necessários ao exercício da cidadania”, na pratica, no entanto, a filosofia é tratada como

tema transversal retirando-lhe o caráter de disciplina.

Uma luz no fim do túnel parece reconduzir a filosofia ao espaço que nunca

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deveria ter perdido, e hoje vemos a falência dos valores éticos que o ensino tecnicista não

conseguiu garantir, a sociedade clama por uma reestruturação educacional que dê conta

de resgatar tais valores e eis que surge de um ostracismo de 37 anos, a Filosofia como

disciplina obrigatória para todas as séries do Ensino Médio; no dia 02 de Junho de 2008 o

presidente em exercício, José Alencar, sancionou a lei 11684, que alterou o inciso III do

parágrafo 1º do artigo 36 da LDB, e inseriu a construção da diretriz que propõe o ensino

baseado nos conteúdos estruturantes. Onde se lia antes que, ao final do ensino médio, o

aluno deveria demonstrar “domínio dos conhecimentos de filosofia (...) necessários ao

exercício da cidadania”, agora se lê “IV – serão incluídas a Filosofia e a (...) como

disciplinas obrigatórias em todas as séries do ensino médio.” Conferindo obrigatoriedade

legal àquilo que o CNE apenas regulamentava em caráter de parecer. Entendemos ser

esta uma grande conquista para a educação brasileira que precisa urgentemente ser

repensada para atender as lacunas que se verifica na formação humana. A Filosofia

contribuirá decisivamente neste resgate, pois qualquer que seja a atividade profissional

futura ou projeto de vida, enquanto pessoa e cidadão, o aluno precisa da reflexão

filosófica para o alargamento da consciência crítica, para o exercício da capacidade

humana de se interrogar e para a participação mais ativa na comunidade em que vive,

além de um posicionamento fundamentado, diante dos novos problemas que o mundo

tecnológico apresenta. É necessário dar a reflexão ética a mesma velocidade que as

transformações cientificas impuseram a humanidade, também considerar os problemas

da convivência e tolerância imposta por um mundo globalizado que aproxima diferenças e

integra diversidades.

O grande desafio da disciplina de Filosofia é superar as eventuais

dificuldades deste momento de transição, como carência de material didático e

dificuldades na formação acadêmica e recuperar 37 anos de descaso e abandono

oferecendo ao sistema educacional um filosofar de qualidade, pois, “Quando uma

civilização atinge seu auge sem coordená-la com uma filosofia, difunde-se por toda a

comunidade períodos de decadência e monotonia, seguidos pela estagnação de todos os

esforços”. O caráter de uma civilização é enormemente influenciado por sua concepção

geral da vida e da realidade.

O ensino de filosofia em nível médio deve oportunizar ao educando

fundamentação teórica para reflexão critica sobre os grandes temas que inquietam a

humanidade e proporcionando a apropriação de conceitos que fundamentam a sua leitura

de mundo como sujeito e agente de transformação.

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CONTEÚDOS EDUCAÇÃO BÁSICA

1º série

Conteúdos Estruturantes:

- Mito e Filosofia

- Teoria do Conhecimento

Conteúdos básicos:

- Saber Mítico

- Saber Filosófico

- A Mitologia e o aparecimento da Filosofia

- Nascimento da Filosofia

- Atualidade do Mito

- O que é Filosofia

Conteúdos básicos:

- Possibilidade do conhecimento

- As formas do conhecimento

- O problema da verdade

− A questão do método

− Conhecimento e Lógica

2º Série

Conteúdos Estruturantes:

- Mito e Filosofia

- Teoria do Conhecimento

- Ética

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Conteúdos Básicos:

- Saber Mítico

- Saber Filosófico

- A Mitologia e o aparecimento da Filosofia

- Nascimento da filosofia

- atualidade do mito

- O que é Filosofia

Possibilidade do Conhecimento

- As formas de conhecer o mundo

- O problema do Conhecimento no período moderno

- A questão do Método

- Conhecimento e lógica

− Pluralidade e ética

− Senso Moral e consciência moral

- Ética e violência

- Razão desejo e vontade

- Liberdade autonomia do sujeito e a necessidades de normas.

3ºsérie

Conteúdos Estruturantes:

- Mito e Filosofia

- Teoria do Conhecimento

- Ética

- Filosofia Política

- Filosofia da Ciência

- Estética

Conteúdos básicos:

- Saber Mítico

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- Saber Filosófico

- Nascimento da filosofia

- Atualidade do Mito

- O que é Filosofia.

- Possibilidades de Conhecimento

- As formas de Conhecer o mundo

- A questão do Método

- Conhecimento e Lógica

− Pluralidade e Ética

− Senso Moral e Consciência Moral

- Ética e violência

- Relação entre comunidade e poder

- Liberdade e igualdade Política

- Política e Ideologia

- Cidadania formal e participativa

A questão do Método Científico

- Contribuição e limites da ciência

- Ciência e Ética.

- Natureza da Arte

- Categorias Estéticas

- Estética e Sociedade

METODOLOGIA

Diante do desafio de regatar uma proposta de ensino de filosofia para o

Ensino Médio propomos uma abordagem metodológica que proporcione ao educando, ao

mesmo tempo domínio do saber filosófico acumulado na história da humanidade e uma

reflexão sobre os problemas que perpassam sua própria existência. Para tanto

entendemos que se faz necessário abordar a lei 11.645/2008 que contempla a história da

cultura Afro-brasileira e indígena os grandes temas da filosofia numa perspectiva

histórica, primeiro compreendendo os temas em seu tempo para posteriormente

contextualiza-lo; é necessário ir ao texto filosófico ou à história da filosofia sem, contudo

tratar os conteúdos como a única preocupação do ensino de filosofia.

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Buscaremos através de atividades de pesquisa, debates e aulas expositiva

com a utilização de variados instrumentos tecnológicos, para, garantir o domínio

conceitual e criar um espaço de experiência filosófica, espaço de provocação do

pensamento original, da busca, da compreensão, da imaginação, da investigação, da

analise e da re-interpretação dos conceitos bem como elaboração de novos conceitos.

Entendemos que o trabalho do professor é o de propor problematizações, leituras

filosóficas e analise de textos, tomando o cuidado de não interferir na construção de

autonomia de pensamento ao educando. Ao educador é necessário compreender que ele

não esta criando discípulos, mas sim livres pensadores com capacidade argumentativa e

domínio dos pressupostos metodológicos e lógicos.

AVALIAÇÃO

Entendemos a avaliação como um instrumento didático pedagógico com

funções diferenciadas dentro do processo de ensino aprendizagem; ela é diagnóstica

quando fornece subsídio para redirecionar o curso da ação no processo de ensino

aprendizagem e também classificatória quando em função da legislação vigente o

educador necessita quantificar o resultado obtido pelo educando.

Os instrumentos avaliativos devem contemplar a pluralidade de indivíduos.

Para tanto não se deve prender a um único instrumento de avaliação e perceber as

mudanças quantitativas e qualitativas verificadas no educando. Esta diversidade de

instrumentos é representada por seminários, debates, painéis, entre outro, e, conforme

estabelecido no projeto político pedagógico da escola, corresponderá a um percentual de

avaliação formal, avaliação escrita bimestral e outro percentual através de trabalhos de

pesquisa, seminários, debates, relatórios, murais etc. sendo que todos os critérios

avaliativos devem estar claros ao educando no inicio de cada período bimestral.

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BIBLIOGRAFIA

ARANHA, Maria Lúcia de Arruda. Filosofando, introdução a Filosofia. 2ª

Edição SP. ed Moderna, 1993.

CHAUÍ, M. 2000. Convite à filosofia. São Paulo, Ática.

CERLETTI, Alejandro; Kohan, Walter Omar. A filosofia no ensino médio.

Brasília: UnB, 1999.

COTRIM, Gilberto. Fundamentos da Filosofia. Editora Saraiva, 1996.

DIRETRIZES CURRICULARES DA EDUCAÇÃO BÁSICA - Filosofia,

Curitiba, 2009.

FILOSOFIA Ed. SEED PR, vários autores, 2006.

HORN Geraldo Balduino (org). Textos filosóficos em dicussão(I): Platão,

Maquiavel, Descartes e Sartre Editora Elenco, Curitiba, 2006.

MODIM, Battista, Introdução à Filosofia, 2ª Edição Edições Paulinas São

Paulo, 1980.

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DISCIPLINA DE SOCIOLOGIA

1. APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA DE SOCIOLOGIA

“A sociologia é uma forma de saber

científico. Como qualquer ciência, ela não é fruto do mero acaso, mas responde às

necessidades do seu tempo. Compreender o contexto no qual a sociologia nasceu é fator

fundamental para se entender as suas características atuais”.

(Carlos Eduardo Sell)

Desde a sua constituição como conhecimento sistematizado, a sociologia

tem contribuído para ampliar o conhecimento dos homens sobre sua própria condição de

vida e, fundamentalmente, para análise das sociedades, ao compor, consolidar e alargar

um saber especializado, pautado em teorias e pesquisas que esclarecem muitos

problemas da vida social.

A Sociologia e as demais ciências sociais têm sido consideradas produto da

Revolução Industrial e intelectual. Surgiram e se desenvolveram em situações históricas

das mais complexas e nas modernas sociedades industriais e de classe.

Essa realidade social que se estabelecia impôs à nova ciência a explicação

dos fenômenos que envolvem o homem como um ser de relações.

Desde seu surgimento, a Sociologia debate-se entre tendências teóricas,

entre perspectivas produzidas e por diferentes visões de sociedade e do mundo.

Estas abordagens do mundo são a leitura da diferenciação interna, das

tenções e contradições que determinam a formação capitalista.

A sociedade contemporânea vive uma profunda restruturação que exige de

todos, cidadãos, governantes e nações, uma revisão completa dos conceitos e

mecanismos de funcionamentos da sociedade.

Nesta sociedade globalizada e competitiva, é necessário desenvolver a

capacidade de entender e projetar o rumo dos acontecimentos. A sociologia como ciência,

procura então, estudar os fatos através da análise dos fenômenos sociais dentro de uma

visão histórica dos acontecimentos.

O tratamento dos conteúdos pertinentes à Sociologia se fundamenta e

sustenta-se em teorias originárias de diferentes tradições sociológicas, cada uma com seu

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potencial explicativo. A ciência, dessa forma, pode ser mobilizada para a conservação ou

para a transformação da sociedade, para a melhoria ou para a degradação humana.

Como disciplina escolar, a Sociologia deve acolher essa particularidade - das diferentes

tradições – e, ao mesmo tempo, recusar qualquer espécie de síntese teórica, assim como

encaminhamentos pedagógicos de ocasião, carentes de método e rigor.

Com o conhecimento desta ciência, é possível repensar os padrões as

regularidades que ordenam a vida social, procurando entender os paradoxos deste

mundo atual.

Ressaltasse que, como disciplina acadêmica escolar, a história da

Sociologia não está desvinculada dos fundamentos teóricos e metodológicos que a

constituem como campo científico mais abrangente. É preciso destacar nos teóricos

clássicos suas concepções de sociedade e, também, suas concepções de educação, já

que uma está relacionada à outra e orientam mutuamente campos de ação política e, por

efeito, de ação educacional.

É necessário reconstruir dialeticamente com o aluno do Ensino Médio os

conhecimentos de que ele já dispõe, de maneira que alcance um nível de compreensão

mais elaborado em relação às determinações históricas nas quais se situa e, mais que

isso, na capacidade de intervir e transformar as práticas sociais cristalizadas.

Espera-se que através de conhecimentos sobre a Sociologia o educando

seja levado a construção da cidadania, através de uma postura mais reflexiva e crítica

diante da complexidade do mundo contemporâneo, compreendendo melhor a dinâmica da

sociedade em que vive, assumindo-se como elemento ativo, dotado de força política e

capacidade para transformar o espaço social em que está inserido em um espaço mais

justo e humano.

2. CONTEÚDOS

Serie 1ª

Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos

O Surgimento da Sociologia e

as Teorias Sociológicas

Formação e consolidação da

sociedade capitalista e o

desenvolvimento do pensamento social;

Teorias sociológicas

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(clássicas);

Pensamento social brasileiro;

Processo de socialização;

Instituições familiares.

Processo de Socialização e as

Instituições Sociais

Instituições escolares;

Instituições religiosas;

Instituições familiares;

Instituições de reinserção.

Trabalho, Produção e Classes

Sociais

Formação e consolidação da

sociedade capitalista e o

desenvolvimento do pensamento social;

Teorias sociológicas;

O conceito de trabalho e o

trabalho nas diferentes sociedades;

Desigualdades sociais:

estamento, castas e classes sociais;

Organização do trabalho nas

sociedades capitalistas e suas

contradições;

Globalização e o

Neoliberalismo;

Trabalho no Brasil;

Relação de trabalho.

Serie 2ª

Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos

O Surgimento da Sociologia e

as Teorias Sociológicas

Formação e consolidação da

sociedade capitalista e o

desenvolvimento do pensamento social;

Teorias sociológicas

(clássicas);

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Pensamento social brasileiro;

Processo de socialização;

Instituições familiares.

Poder, política e ideologia

Formação e desenvolvimento

do Estado Moderno;

Conceitos de poder;

Conceitos de ideologia;

Conceitos de dominação e

legitimidade;

Estado no Brasil;

Democracia, Autoritarismo,

Totalitarismo;

As expressões da violência

nas sociedades contemporâneas.

Direitos, Cidadania e

Movimentos Sociais

Direitos civis, políticos e

sociais;

Direitos humanos;

Conceitos de cidadania;

Movimentos sociais;

Movimentos sociais no Brasil;

Questões ambientais e os

movimentos ambientalistas;

Questão as ONG's.

Serie 3ª

Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos

O Surgimento da Sociologia e

as Teorias Sociológicas

Formação e consolidação da

sociedade capitalista e o

desenvolvimento do pensamento social;

Teorias sociológicas

(clássicas);

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Pensamento social brasileiro;

Processo de socialização;

Instituições familiares.

Cultura e Indústria Cultural

O desenvolvimento

antropológico do conceito de cultura e

sua contribuição da análise das

diferentes sociedades;

Diversidade cultural;

Relações de gênero;

Cultura afro-brasileira e

culturas indígenas.

Identidade;

Indústria cultural;

Meios de comunicação de

massa;

Sociedade de consumo;

Indústria cultural no Brasil.

3. METODOLOGIA DA DISCIPLINA

O conhecimento sociológico deve ir além da definição, classificação,

descrição e estabelecimento de correlações dos fenômenos da realidade social. É tarefa

primordial do conhecimento sociológico explicitar e explicar problemáticas sociais

concretas e contextualizadas, de modo a evitar pré-noções e preconceitos que quase

sempre dificultam o desenvolvimento da autonomia intelectual e de ações políticas

direcionadas à transformação social. E para que aconteça esta transformação de forma

efetiva a Sociologia respalda seus estudos e discussões referentes à diversidade étnico-

racial, na Lei nº. 11.645 no que diz a Cultura Afro Brasileira e Indígena. Assim a

Sociologia contribuirá para que a educação aborde a diversidade da nação brasileira e

sua origem, subsidiando a formação para a cidadania por uma sociedade justa e

democrática.

A partir do exposto, trabalharemos com temáticas atuais relacionando-as

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com o conhecimento científico produzido pela disciplina, através de conteúdos

estruturantes e os conteúdos específicos deles desdobrados que não serão pensados e

trabalhados de maneira autônoma e não, necessariamente, seguindo uma ordem

sequencial.

A disciplina de Sociologia no ensino Médio Integrado propõe a adoção de

múltiplos instrumentos metodológicos, os quais devem adequar-se aos objetivos

pretendidos, seja a exposição, a leitura e esclarecimento do significado dos conceitos e

da lógica dos textos ( teóricos, temáticos, literários ) a análise, a discussão, a pesquisa de

campo e bibliográfica, a utilização de recursos audiovisuais e também como recurso o

livro didático público.

O ensino de Sociologia pressupõe metodologias que coloquem o aluno

como sujeito de seu aprendizado; não importa que o encaminhamento seja a leitura, o

debate, a pesquisa de campo ou a análise de filmes, mas importa que o aluno seja

constantemente provocado a relacionar a teoria com o vivido, a rever conhecimentos e a

reconstruir coletivamente novos saberes.

4. CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

As formas de avaliação em sociologia, devem acompanhar as próprias práticas

de ensino e aprendizagem, ou seja, a reflexão crítica dos debates acompanhados de

textos ou filmes, participação em pesquisas de campo, produção de textos que

demonstrem sua capacidade de articulação entre teoria e prática. Assim sendo, a

avaliação devera ocorrer no dia a dia, pela observação constante do aluno em diferentes

experiências de aprendizagem com atividades de exercícios práticos no caderno, livro,

texto, cruzadinhas, pesquisa escrita, apresentação dos temas elaborados por grupos,

debates e estudo em grupos, entrevistas com profissionais e na comunidade.

Para tanto espera-se que os educandos compreendam o processo histórico de

constituição da Sociologia como ciência bem como as teorias clássicas relacionam-se

com o mundo contemporâneo e que o pensamento sociológico constrói diferentes

conceitos para a compreensão da sociedade e dos indivíduos. Que os conceitos

formulados pelo pensamento sociológico contribui para capacidade de análise e crítica da

realidade social que os cercam. Sendo que as múltiplas formas de se analisar a mesma

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questão ou fato social refletem a diversidade de interesses existentes na sociedade, e que

os educandos compreendam a organização e a influência das instituições e grupos

sociais em seu processo de socialização e as contradições deste processo, refletindo

sobre suas ações individuais e percebendo que as ações em sociedade são

interdependentes.

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223

5. BIBLIOGRAFIA

COMTE, A. Sociologia. São Paulo: Ática, 1978.

DIRETRIZES CURRICULARES DA EDUCAÇÃO BÁSICA - SOCIOLOGIA,

Curitiba, 2009.

DURKHEIM, E Sociologia. São Paulo: Ática, 1978.

Da divisão social do trabalho. São Paulo: Martins Fontes,

1995.

MARX, K. O capital: crítica da economia política. Rio de Janeiro: Bertrand

Brasil, 1994.

Os pensadores. São Paulo: Abril Cultural, 1978.

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DISCIPLINA DE ENSINO RELIGIOSO

1-APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA DE ENSINO RELIGIOSO

O Ensino Religioso se encontra na história mundial dentro da história do

catolicismo que representava a proximidade do Império com a Igreja Católica assim

tínhamos uma educação de caráter religioso.

No Brasil colônia a história da disciplina se fundamente na “catequese” que se

manteve até a Constituição da Republica em 1891, e são vista pelas atividades

evangelizadoras promovidas pela Companhia de Jesus que tinha como objetivo educar o

povo nativo. Enquanto eram catequizados com a doutrina cristã poderiam abandonar suas

próprias crenças assim tornando-se submissos.

Com a Republica houve a separação da Igreja e Estado, teríamos uma

educação religiosa com os princípios de um Estado Laico, um ensino religioso com

neutralidade das informações contida no currículo da disciplina.

Na Era Vargas foi dado um artigo da Constituição para que a disciplina de

Ensino Religioso estivessem no currículo das escolas públicas mas em um caráter

facultativo para os aluno que não fossem da doutrina católica. Mas como essa era uma

incoerência por estar no currículo da formação básica e ser facultativo.

Então a discussão foi longa e sempre na mesma esfera, até o ensino religioso

se tornar aconfessional e público na redação da Lei de diretrizes e Base da Educação

Nacional de 1996 e com a correção de 1997, no artigo 33 que propõe uma prática de

ensino laico e pluralista, impedindo o modelo catequético.

No estado do Paraná sempre disponibilizou recursos de aperfeicionamento dos

profissionais em educação, caderno temático e as leis que regem a disciplina no estado.

Partimos do pressuposto de que a escola, por sua natureza histórica, tem uma

dupla ação: trabalhar com os conhecimentos humanos sistematizados, historicamente

produzidos e acumulados e criar novos conhecimentos.

Os conhecimentos humanos são produtos da experiência individual (senso

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comum), da ciência, filosofia e teologia.

Todo conhecimento humano, independente da forma como foi produzido, uma

vez elaborado, torna-se patrimônio da humanidade. Como todo conhecimento humano é

sempre patrimônio da humanidade e está disponível à escola. O conhecimento religioso,

por ser um conhecimento humano, deve também estar disponível a todos os que a ele

queiram ter acesso. Contudo, por questões éticas e religiosas, e pela própria natureza da

escola, não é função de sua responsabilidade propor aos alunos a adesão e vivência

desses conhecimentos enquanto princípios de conduta religiosa e confessional, já que

esses conhecimentos são sempre propriedades de uma determinada religião.

A escola é o espaço de construção de conhecimentos, mas principalmente de

socialização dos conhecimentos historicamente Portanto neste contexto, o ensino

religioso, entendido como disciplina da Base Nacional Comum, tem como objetivo de

estudo o fenômeno religioso, e o conhecimento veiculado é o entendimento dos

fundamentos desse fenômeno que o educando constata a partir do convívio social.

No contexto atual as DCEs abordam a necessária discussão em torno dos

modelos de ensino-aprendizagem e do processo de escolarização em frente as

demandas sociais contemporâneas que exigem a compreensão das diversidades culturais

e religiosas de cada povo. E também de forma mais restrita no interior de algumas

comunidades. Enquanto o homem conhece o seu meio, ele terá um um a interação

consciente e respeitará seus pares.

Assim os objetivos são :

- Conhecer a formação da ideia do transcendente na evolução da estrutura

religiosa, percebendo-a como ideia orientadora e referente para a vida;

- Conhecer o sentido da vida sustentado pelas crenças, doutrinas, normas e

métodos de relacionamento com os outros, com o mundo o consigo mesmo;

- Construir seu conhecimento sobre o fenômeno religioso, na relação culturas e

tradições religiosas;

- Respeitar as diferenças regionais, estabelecer a unidade do trabalho na

diversidade de experiências;

- Compreender o conhecimento da evolução da estrutura religiosa no decorrer

dos tempos, assim como das ideologias religiosas que perpassam as redações dos textos

sagrados e dos textos orais e aquilo que determina a verdade sobre o transcendente para

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um grupo.

2-CONTEÚDOS DE ENSINO RELIGIOSO POR SÉRIE/ANO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Paisagem Religiosa, Universo Simbólico Religioso, Texto sagrado.

CONTEÚDOS BÁSICOS:

5ª SÉRIE

-Organizações Religiosas;

- Lugares Sagrados;

- Textos Sagrados Orais ou Escritos;

- Símbolos Religiosos.

6ª SÉRIE

-Temporalidade Sagrada;

-Ritos;

-Festas Religiosas;

- Vida e Morte.

3-METODOLOGIA DA DISCIPLINA DE ENSINO RELIGIOSO

A metodologia aplicada será através de aulas expositivas, partindo da prática

social dos alunos através de conversação didática, leituras de textos, debates, pesquisas;

Considerações dos conhecimentos prévios dos alunos;

Relatos de experiências significativas, relacionadas ao assunto lido; Leitura e

análise de textos variados sobre o tema proposto; Formulação de questionamentos;

Socialização de ideias entre os alunos mantendo a participação ativa deles.

A Lei nº 11.645 que contempla a História e Cultura Afro Brasileira e Indígena os

quais serão abordados de acordo com os conteúdos trabalhados.

4-CRITÉRIO DE AVALIAÇÃO DA DISCIPLINA DE ENSINO RELIGIOSO

A avaliação será feita em todos os empreendimentos humanos passando por

todas as dimensões: sociais, políticas, econômicas, religiosas, ideológicas, dentre outras.

Portanto a avaliação deve ser diagnóstica, contínua, sistemática e cumulativa, parte

integrante e intrínseca ao processo educativo, com a função de alimentar, sustentar e

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orientar a intervenção pedagógica. Buscando identificar em que medida os conteúdos

contribuíram para a compreensão das manifestações do sagrado. Sempre analisando e

debatendo “o Sagrado” na perspectiva Laica , desenvolvendo a cultura do respeito à

diversidade religiosa e cultural, sabendo que a religião é uma parte da identidade de cada

povo.

Segundo as Diretrizes Curriculares para a Educação Básica, o aluno pode se

formar sujeito que constroem sentido para o mundo, analisando criticamente o contexto

social e histórico, isso os tornam cidadãos capazes de interagir com o meio.

Ainda na LDB e no PPP a disciplina de ensino religioso não é objeto de

retenção por isso ela é facultativa e não deve haver registro de nota.

Page 228: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO - EFM · lançar para, a ação intencional e sistemática, onde estio presentes: a utopia concreta/confiança, a ruptura/continuidade e o instituinte/instituído

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5-REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Currículo Básico para a escola pública do Estado do Paraná – Curitiba –

1990;

ELAIDE, Mircea, O Sagrado e o Profano. São Paulo: Martins Fontes, 1992.

SEED- Diretrizes Curriculares de Ensino Religioso. Curitiba, 2009.

FIGUEIREDO, Anísia de Paulo. Ensino Religioso: Perspectivas Pedagógicas.

Petrópolis, RJ: Vozes, 1994.

LDB – Lei Diretrizes e Bases da Educação, 9394/96.

MARTELLI, Stefano. A religião na sociedade pós-moderna: entre

secularização e dessecularizaçao. São Paulo: Paulinas, 1995.

OLENIKI, Marilac Loraine R. Encantar: uma prática no ensino religioso /

Marilac Loraine R. Olenniki, Viviane Mayer Daldegan. - Petrópolis, RJ: Vozes, 2003.

REVISTA DE EDUCAÇÃO – AEC. Ano 22 – nº 88 – Julho/Setembro de 1993.

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO – CADERNO PEDAGÓGICO DE

ENSINO RELIGIOSO, O Sagrado no Ensino Religioso, Curitiba, 2008.