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1 PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 2012

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PROJETO POLÍTICO

PEDAGÓGICO

2012

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SUMÁRIO

1. APRESENTAÇÃO ............................................................................................. 06

2. INTRODUÇÃO ................................................................................................... 07

2.1 Identificação da Escola ................................................................................ 08

2.2 Aspectos Históricos Importantes ................................................................. 09

3. FILOSOFIA DA ESCOLA ................................................................................. 11

4. JUSTIFICATIVA ................................................................................................. 12

5. FUNDAMENTAÇÃO LEGAL ............................................................................ 13

OBJETIVOS GERAIS ........................................................................................... 14

7. MARCO SITUACIONAL ................................................................................... 15

7.1 Resultados Educacionais........................................................................................ 17

7.2 Quadro de Pessoal ….................................................................................. 18

7.3 Oferta de Cursos e Modalidades …............................................................. 20

7.4 Organização Aspecto Físico ….................................................................... 21

7.5 Recursos Tecnológicos adequado a consecução da Proposta Pedagógica 22

8. MARCO CONCEITUAL ................................................................................. 23

8.1 Sociedade …................................................................................................ 23

8.2 Mundo........................................................................................................... 24

8.3 Homem …...................................................................................................... 24

8.4 Infância e Adolescência …............................................................................. 25

8.5 Educação/Escola …....................................................................................... 26

8.6 Conhecimento …............................................................................................ 27

8.7 Letramento …................................................................................................. 28

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8.8 Aprendizagem …............................................................................................. 29

8.9 Cidadania ….................................................................................................... 30

8.10 Cultura …....................................................................................................... 31

8.11 Trabalho …...................................................................................................... 32

8.12 Ciências …...................................................................................................... 33

8.13 Tecnologia …................................................................................................... 34

8.14 Gestão Democrática e os Instrumentos de Ação Colegiada …....................... 35

8.14.1 Formação Continuada de Professores …..................................................... 36

8.15 Currículo …...................................................................................................... 37

8.16 Avaliação …..................................................................................................... 38

8.17 Concepção de Inclusão ................................................................................. 39

8.18 Concepção dos sujeitos com necessidades educacionais especiais…......... 39

8.19 Concepção de aluno e altas habilidades/superdotação ….............................. 40

9. MARCO OPERACIONAL …..................................................................................... 41

9.1 Processo de Avaliação da Escola..................................................................... 44

9.2 Verificação do Rendimento Escolar ….............................................................. 45

9.3 Avaliação do Projeto Político Pedagógico …...................................................... 45

9.4 Hora Atividade..................................................................................................... 46

9.5 Papel das Instâncias Colegiadas …................................................................... 46

9.5.1 Direção …....................................................................................................... 46

9.5.2 Conselho Escolar …........................................................................................ 47

9.5.3 Conselho de Classe ….................................................................................... 48

9.6 Regimento Escolar …......................................................................................... 49

9.6.1 Do Processo de Classificação …..................................................................... 49

9.6.2 Do Processo de Reclassificação…................................................................. 50

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9.6.3 Da Progressão Parcial …............................................................................... 51

9.6.4 APMF ….......................................................................................................... 51

9.6.5 Agentes Educacionais I e II …......................................................................... 52

9.7 Cursos/Programas/Projetos…............................................................................ 52

9.7.1 Ofertados pela escola …................................................................................. 52

9.8 Diversidade ….................................................................................................... 53

9.8.1 Educação do Campo …................................................................................. 54

9.8.2 Educação Indígena …................................................................................... 55

9.8.3 Gênero e Diversidade Sexual …................................................................... 55

9.8.4 Paraná Alfabetizado ….................................................................................. 56

9.8.5 Relações Étnicos-Raciais ….......................................................................... 56

9.9 Desenvolvimento Sócioeducacional.........…...................................................... 57

9.9.1 Enfrentamento à Violência ….......................................................................... 57

9.9.2 Educação Ambiental …................................................................................... 58

9.9.3 Prevenção ao Uso Indevido de Drogas …...................................................... 58

9.10 Formação Continuada …................................................................................. 59

9.11 Equipe Multidisciplinar...................................................................................... 59

10. PLANO DE AÇÃO 2011 ….................................................................................... 60

11. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ….................................................................. 62

12. ANEXOS …............................................................................................................ 63

12.1 Matriz Curricular …........................................................................................... 63

12.1.1 Manhã …...................................................................................................... 63

12.1.2 Tarde …........................................................................................................ 64

12.1.3 Noite ............................................................................................................ 65

12.2 Proposta Pedagógica Curricular das Disciplinas ….......................................... 64

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12.2.1 Arte …........................................................................................................... 66

12.2.2 Ciências ........................................................................................................ 78

12.2.3 Educação Física ........................................................................................... 87

12.2.4 Ensino Religioso .......................................................................................... 97

12.2.5 Geografia ...................................................................................................... 104

12.2.6 História.......................................................................................................... 115

12.2.7 Língua Portuguesa …................................................................................... 133

12.2.8 Matemática ................................................................................................... 151

12.2.9 L.E.M. Inglês.................................................................................................. 161

12.3 Projetos elaborados pela Escola …................................................................ 190

12.3.1 Conhecendo Indústrias …........................................................................... 190

12.3.2 Educando para o Trânsito…........................................................................ 193

12.3.3 Eu Amanhã ............................................................................................... 194

12.3.4 Horta – Saúde em suas mãos................................................................................. 196

12.3.5 Biodiesel – O Combustível Ecológico.......................................................... 201

12.4 Preponentes do Projeto Político Pedagógico …............................................. 205

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1. APRESENTAÇÃO

“Se sonhamos com uma sociedade menos agressiva, menos

violenta, mais humana, nosso testemunho deve ser o de quem, dizendo

não a qualquer de possibilidade em face dos fatos, defende capacidade

de ser avaliar, de empreender, de escolher, de dividir e, finalmente de

intervir no mundo.” (FREIRE. 1987)

O presente projeto está alicerçado na Lei de Diretrizes e Bases Lei 9394/98, que

em seu artigo 12, § I, prevê que “os Estabelecimentos de Ensino, respeitadas as normas

comuns e as dos seus sistemas de ensino, terão a incumbência de elaborar e executar

sua proposta pedagógica”; na Constituição Brasileira; no estatuto da Criança e do

Adolescente;

É uma proposta pedagógica, construída pela comunidade educativa da Escola

Estadual Profª. Júlia Wanderley – Ensino Fundamental, e está associada a finalidade da

educação e a que tipo de alunos queremos formar. Identifica os problemas e as

necessidades presentes em nosso atual contexto social, em consequência os seus

reflexos sobre a prática educativa da escola.

Nesse projeto foram traçadas metas e ações a serem alcançadas, com o intuito de

transformar a prática pedagógica, promovendo a democratização do saber elaborado e o

desenvolvimento integral do educando, oferecendo-lhe meios de inserir-se na sociedade

de maneira crítica e participativa; capaz de transformar a sua realidade, construindo uma

sociedade mais justa, democrática e solidária.

É um processo de trabalho coletivo da escola, deve ser reconstruído e vivenciado

constantemente por todos os envolvidos com o processo educativo escolar. Ele se constitui

como um processo de permanente reflexão e discussão dos problemas, das propostas, da

organicidade, da intencionalidade da escola. Desse modo, subsidiará a organização do

trabalho pedagógico, que inclui o trabalho educativo na sala de aula.

Processo de mudança e de definição de um rumo, que estabelecerá princípios,

diretrizes e propostas de ação para melhor organizar, sistematizar e significar as atividades

desenvolvidas pela escola como um todo. Pressupõe uma construção participativa que

envolve ativamente os diversos segmentos escolares e a própria comunidade onde a

escola está inserida.

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2. INTRODUÇÃO

Os propósitos desse projeto é o de sustentar as ações empreendedoras da

escola, possibilitando alternativas, quando necessário, para o enfrentamento dos

problemas surgidos no dia dia.

Esse trabalho exige o comprometimento da comunidade educativa em geral,

estabelecendo pela coletividade, as metas e ações consideradas essenciais para atender

aos anseios da mesma na construção de uma nova realidade educacional.

O planejamento da prática educativa contribuirá para estabelecer uma prática

pedagógica que enfrente com sucesso esse desafio, fazendo da escola um espaço

democrático, que não se limita a reproduzir a realidade do contexto social, político e

econômico onde está inserida, mas viabilizando uma educação que eduque de fato, para o

exercício pleno da cidadania, na qual o cidadão será necessário à sociedade pela sua

capacidade de pensar, refletir e agir.

A educação para a Escola Estadual “Profª Júlia Wanderley” é um processo em que

a pessoa se descobre e se empenha para desenvolver seu potencial humano, convivendo,

pesquisando e trabalhando.

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2.1. Identificação da Escola

FORMA DE ORGANIZAÇÃO DA INSTITUIÇÃO

1- Denominação da Instituição

Escola Estadual Profª Júlia Wanderley – Ensino Fundamental

2- Endereço:

Rua Pombas, 1443

3- Bairro:

Centro

4- Município:

Arapongas

5- Cep:

86701- 410

6- Caixa Postal

não há

7- DDD

43

8- Telefone

3252-6229

9- Fax3252-6229

10- E-mail: [email protected]

11- Site: www.apsjuliawanderley.seed.pr.gov.br

12- Entidade Mantenedora

Governo do Estado do Paraná

13- CGC/MF

Não há

14- Código da Escola:

00155

15- Código do Município:

0150

16- Dependência Administrativa:

Estadual

17- Localização da Escola:

Urbana

18- Organização Curricular:

por disciplinas

2.2 Apéctos Históricos Importantes

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O Centro Estadual de Educação Básica para Jovens e Adultos Profª Júlia

Wanderley Ensino Fundamental, tem como finalidade atender os alunos de 5ª à 8ª Série.

O Governo do Estado do Paraná pessoa jurídica de direito público é proprietário e

mantenedor do Estabelecimento de acordo com o Registro de Imóveis, Fls 282, sob nº

1928 do livro 03, datado de 19/11/1965. Possui uma área de 5874m, dos quais 809m é

área construída.

O Estabelecimento de Ensino foi oficialmente criado pelo Decreto nº 14724 de

14/02/1958 publicado no Diário Oficial nº 01 de 01/03/1958 e foi instalado como Escola de

Aplicação no novo Prédio da Escola Normal Colegial Estadual Fernando Amaro em

04/03/1966.

Em 23/09/1976 realizou-se reunião presidida pela Diretora Liliana Longo de Araújo

para escolher patronesse da Escola . A partir dessa data o Estabelecimento passou a

chamar-se Escola Estadual “Profª Júlia Wanderley” - Ensino de 1º grau.

Com a aprovação do Plano de Implantação da Lei 5692/71, a Escola de Aplicação

foi autorizada a funcionar nos termos da Legislação em vigor como Escola Estadual “Profª

Júlia Wanderley” - Ensino de 1º grau, de conformidade com o Decreto 2435, de 26/10/1976

e reconhecimento conforme Resolução nº 2231/97, de 24/07/97.

Em 25/09/1994 de acordo com a Resolução 3758/94 do Secretário da Educação,

nos termos da legislação vigente, ficou autorizado o funcionamento do Curso Supletivo

Fase II em caráter gradativo pelo prazo de 02 (dois) anos, denominando-se assim Escola

Estadual “Profª Júlia Wanderley” - Ensino de 1º Grau Regular e Supletivo.

Conforme Resolução Secretarial nº 3120/98 – DOE, de 11/09/98, estabeleceu-se

como nomenclatura correta Centro Estadual de Educação Básica para Jovens e Adultos

Profª Júlia Wanderley – Ensino Fundamental.

Foi publicada no Diário Oficial nº 6050, em 15/08/2001, a Resolução nº 1779/2001

que autorizou o funcionamento da modalidade de Educação de Jovens e Adultos, de forma

gradativa a partir do 2º semestre de 2001, e consequentemente cessação gradativa do

Curso de Ensino Supletivo.

A Resolução nº 179/04, publicada no D.O.E. de 19/02/2004, autorizou o

funcionamento do Ensino Fundamental – 5ª a 8ª série Regular a partir do ano de 2004,

com implantação simultânea e alterou a denominação do Estabelecimento para escola

Estadual Profª Júlia Wanderley – Ensino Fundamental.

Em 2006 a Escola foi autorizada a ampliar o turno para ofertar 5ª a 8ª séries –

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Ensino Fundamental, no período noturno, de forma simultânea. E também neste ano letivo,

teve autorização para implantação do CELEM (Centro de Língua Estrangeira Moderna), na

modalidade de Espanhol, período vespertino.

Na atual realidade, ano letivo de 2011, a escola conta com 07 turmas de ensino

fundamental (5ª à 8ª série) no período da manhã, 0 turmas (5ª à 8ª série) no período da

tarde e 04 turmas (5ª à 8ª série) no período da noite.

Oferta também 02 turmas do Curso Básico do CELEM de Espanhol e 01 turma

do Curso de Aprimoramento do CELEM de Espanhol no turno vespertino.

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3. FILOSOFIA DA ESCOLA

É papel da escola propiciar aos alunos a capacidade de vivenciar as diferentes for-

mas de inserção sócio-político e cultural. Apresenta-se para a escola, hoje mais do que

nunca, a necessidade de assumir-se com espaço social de construção dos significados éti-

cos necessários e constitutivos a toda e qualquer ação de cidadania, considerando que na

sociedade atual a escola tem tornado-se principal instância de realização do fenômeno

educativo.

Por isso todos, alunos, professores, funcionários, pais e direção, são responsáveis

pela formação de uma verdadeira comunidade educativa, empenhada para que aconteça

aprendizagem e formação de atitudes, pois considera-se que a escola deve formar para a

cidadania ativa e para o desenvolvimento de uma sociedade caracterizada pela globaliza-

ção da economia, das comunicações, da educação e cultura, pelo pluralismo político. Nes-

sa sociedade, cresce a reivindicação pela participação e autonomia, contra toda forma de

uniformização. A multiculturalidade é a marca significativa do nosso tempo por isso deve-

se educar o ser humano para ser capaz de ouvir, de prestar atenção e intervir para respei-

tá-la.

Portanto, torna-se necessário ter em conta uma dinâmica de ensino que favoreça

não só o descobrimento do trabalho individual, mas também e, sobretudo, do trabalho cole-

tivo.

A escola, em cada momento histórico, constitui uma expressão e uma resposta à

sociedade na qual está inserida. Nesse sentido, ela nunca é neutra, mas sempre ideológi-

ca e politicamente comprometida.

Nessa perspectiva, segundo Freire 1996, reconhecemos que a educação tem um

valor inestimável como força motriz de mudanças e libertação, como instrumento de forma-

ção política e reflexão sobre os problemas do país e do mundo, e capaz de gerar uma

nova postura diante dos problemas que nos afetam.

Neste Estabelecimento de Ensino procura-se articular uma proposta pedagógica

cujo ponto de referência e compromisso é a transformação da sociedade e não sua manu-

tenção e perpetuação, que tem como horizonte a emancipação dos indivíduos, finalidade

definidora da função social da escola.

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4. JUSTIFICATIVA

“Todo projeto supõe rupturas com o presente e promessas para o

futuroProjetar significa quebrar um estado confortável para arriscar-se,

atravessar um período de instabilidade em função da promessa que cada

projeto contém de estado melhor que o presente. Um projeto educativo pode

ser tomado como promessa frente a determinadas rupturas. As promessas

tornam visíveis os campos de ação possível, comprometendo seus atores e

autores”. (MOACIR GADOTTI)

Partindo do princípio de que os seres humanos são seres criativos e ativos,

construtores de sua cultura e de sua história, urge empreender um esforço coletivo para

vencer as barreiras e entraves que inviabilizam a construção de uma educação que

proporcione ao indivíduo, condições de tornar-se um ser completo, em dimensões sociais,

afetivas e intelectuais.

Com esse projeto, objetivamos enfrentar esse desafio. Sabemos que o caminhar

tem que ser compromissado, ético, participativo e democrático. História é possibilidade,

não determinação. Trabalhamos na perspectiva de realização de nossos ideais.

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5. FUNDAMENTAÇÃO LEGAL

O Projeto Político Pedagógico da Escola Estadual Profª Júlia Wanderley,

fundamenta-se nos seguintes parâmetros legais:

• Constituição Brasileira

• Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional

• Lei 9394/96, de 20 de dezembro de 1996

• Lei 9475, de 22 de julho de 1997 CNE

• Lei 10172, de 09 de janeiro de 2001

• Lei 10287, de setembro de 2001

• Lei 10639, de 09 de janeiro de 2003

• Lei Complementar 123 de 09 de setembro de 2008

• Deliberação Nº 007/99 CEE

• Deliberação Nº 014/99 CEE

• Resolução Nº 3794/04

• Resolução nº 07/2010 - CNE/CEB

• Deliberação Nº016/99 CEE

• Deliberação Nº 03/2006 - CEE/CEB

• Processo Nº560/99-Indicação Nº004/99 CEE

• Parecer Nº05/97 CBE/CNE

• Parecer Nº015/98 CBE/CNE

• Parecer nº 407/2011 - CEE/CEB

• Decreto Federal Nº3298 que regulamenta a Lei Nº7853

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6. OBJETIVOS GERAIS

Em consonância com a LDB buscamos os seguintes objetivos:

• Promover a formação integral do educando, em função dos princípios éticos,

políticos, articulando as áreas do conhecimento, preparando-o efetivamente para o

cumprimento do seu papel sócio cultural.

• Intensificar a participação de todos os segmentos nas atividades realizadas pela

escola para que haja a articulação e integração da comunidade escolar.

• Incentivar o aprimoramento dos profissionais da escola visando a melhoria da

qualidade do trabalho pedagógico.

• Elaborar projetos tendo como ponto de partida a realidade escolar e dar

continuidade aos que já existem.

• Incentivar a participação da comunidade escolar através de programas, eventos e

campanhas.

• Estabelecer parcerias constantes com pais, comunidade e a sociedade.

• Melhorar os índices de frequência, permanência, aproveitamento escolar e

aprovação articuladas pelos segmentos colegiado e participativo.

• Desenvolver estratégias para reduzir as desigualdades, levando em conta a

diversidade, procurando garantir a equidade, a inclusão e a permanência de todos

os educandos.

• Trabalhar para contribuir de forma efetiva e construtiva para melhorar a situação da

prática educativa da escola.

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7. MARCO SITUACIONAL

A Escola Estadual Professora Júlia Wanderley – Ensino Fundamental está situada

na região central da cidade onde a maioria dos habitantes não tem mais filhos em idade

escolar, por isso o alunado atendido pela escola são oriundos dos diversos bairros que o

município de Arapongas dispõe.

A princípio as matrículas atendem ao georreferenciamento e o restante das vagas

ofertadas seguem critérios encaminhados pela SEED e Secretaria Municipal de Educação.

O nível socioeconômico da comunidade escolar é bem variado, onde a maioria

pertence a classe média baixa com os pais exercendo diversas profissões: operários,

comerciários, empresários e outros. Como consequência os níveis de escolaridade são

melhores, muitos tem o segundo grau completo e ou o terceiro grau.

A procura por matrícula é muito grande, em parte pelos bons resultados que a

escola vem apresentando, sendo comparada a rede particular de ensino.

Para atender os anseios desta comunidade, a escola tem realizado uma gestão

democrática e participativa, dando voz a todos os sujeitos envolvidos no processo,

incluindo os diferentes saberes e formas culturais, com isso contribuindo para a conquista

de um índice do IDEB (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) maior que o

projetado para a escola no ano de 2009. Também neste mesmo ano a escola foi agraciada

dentre os quatro classificados no município na OBMEP (Olimpíada Brasileira de

Matemática das Escolas Públicas) com os três primeiros lugares e em 2010 conquistando

sete premiações dentre as quatorze escolas premiadas com seus alunos.

Destacamos para estas conquistas a importância de um trabalho coletivo,

envolvendo pais, professores, Conselho Escolar, APMF, funcionários e a comunidade,

tanto na forma de organizar o processo de trabalho pedagógico, como na gestão que é

exercida pelos interessados, dando margem para a construção da hegemonia da vontade

comum.

Nessa conjuntura, a escola define sua proposta pedagógica curricular de acordo

com as orientações recebidas da Seed, adaptando os conteúdos às necessidades sócias e

culturais da escola, sem perder de vista a qualidade que a educação deve oferecer.

Procura assim, estar preparada para atender todos os alunos, com maior atenção, aos

alunos do 6º ano, utilizando o lúdico e linguagem acessível ao conhecimento dos

discentes, tanto que a nova edição dos livros que os alunos já estão utilizando estão

adequados ao ensino de nove anos. Outras adequações realizadas são horário de recreio

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diferenciado, materiais e equipamentos didáticos pedagógicos para trabalhar de forma

concreta os conteúdos.

Apesar dos méritos e êxitos alcançados, ainda há muito o que avançar. Uma das

dificuldades que os professores enfrentam é na utilização das tecnologias disponíveis na

escola. Essa dificuldade não se restringe apenas aos professores, mas na orientação aos

alunos, uma vez que não há uma pessoa capacitada e exclusiva, na escola, para dar o

suporte necessário.

A falta de profissionais capacitados na área de novas tecnologias é maior entrave

para o avanço nas práticas pedagógicas.

Contar com pelo menos um centro de atendimento com fonoaudiólogos,

psicólogos, psicopedagogos para o auxílio no atendimento dos alunos com dificuldades de

aprendizagem, aumentam muito as probabilidades de sucesso dos alunos.

Outras dificuldades detectadas:

• Falta de recursos financeiros e humanos.

• Pouco comprometimento dos pais ou responsáveis.

• Distribuição de aulas na semana pedagógica, impossibilitando a participação de

todos.

• Infraestrutura que não atende as necessidades da escola, ( falta biblioteca,

laboratório de Ciências, salas para Arte e Apoio à Aprendizagem).

• Falta de segurança para os profissionais que trabalham no período noturno, devido

a problemas relacionados a drogadição.

• Falta de respeito de alguns alunos com todos os profissionais.

• Espaço físico inadequado da sala dos professores e atendimento aos pais na

coordenação, visto que o número de alunos aumentou.

• Falta de depósito para armazenamento da merenda escolar.

• Espaço para reuniões com professores e ou pais, alunos, funcionários, uma vez que

quando acontece reuniões com um número maior de pessoas é necessário se

deslocar para um outro local distante das imediações da escola, o que ocasiona o

não comparecimento dos pais.

• Não há espaço adequado para hora-atividade.

• Sobrecarga de função atribuída aos pedagogos, impossibilitando -os de

acompanhar os docentes na hora-atividade.

Outra realidade adversa que a escola enfrenta é no período noturno,no qual os

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alunos são pertencentes à uma classe de baixa renda, na maioria, trabalhadores das

indústrias, pedreiros, serventes e empregadas domésticas, que procuram o referido

período para trabalharem e consequentemente ajudarem no sustento da família. Diante do

contexto familiar, social e econômico no qual convivem, esse alunado, fora da idade/série,

está mais propício à evasão escolar, requisito este que não permite à escola alcançar

melhores índices de frequência e aprovação.

Percebe-se que a falta de acompanhamento familiar, a baixa assiduidade e

defasagem idade/série são fatores colaboradores do baixo rendimento escolar e do alto

índice de evasão do aluno do referido período.

Quanto ao atendimento aos alunos portadores de necessidades especiais, a

escola não se encontra estruturalmente preparada para prestar atendimento a esses

alunos pois não conta com a acessibilidade requerida principalmente para cadeirantes.

Esse e outros aspectos quanto as condições físicas da escola tem sido motivo de luta de

toda comunidade escolar, inclusive com projeto arquitetônico feito pela SEOP, que há 02

anos espera aprovação da SEED.

Com essas limitações restritas para desenvolver o trabalho pedagógico, a escola

apresentou os seguintes resultados no ano de 2010:

7.1 Resultados Educacionais

ENSINO FUNDAMENTAL

Aprovados 401 alunos

Reprovados 57 alunos

Desistente 65 alunos

Transferidos 58 alunos

IDEB

Projetado para 2011 4,5

Observado em 2011 4,6

Projetado para 2011 4,7

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7.2 Quadro de Pessoal

NOME FUNÇÃO FORMAÇÃO

Adriana Denise Marquezin Professora Educação Física

Alessandra lourensato Professora Lingua Portuguesa

Aline Caroline de Lima da Silva Professora Geografia e História

Altair Luzia Borges Botelho Profesora história

Amanda Gomes Ferreira Professora Matemática

Carla Tatiane Domingos Professora Geografia

Cátia Jacinto Duarte Professora Língua Inglesa

Celiane Cristine Tirone Professora Ensino Religioso

Cleide Maria da Silva pedagoga Pedagogia/ Gestão Escolar

Daiane Cesario da Silva Professora Lingua Portuguesa

Elizabete Maria Rodrigues Professora Matemática

Eloisa Elena Weiss Faria Professora História da Arte, Ed. Artística

e Artes Plásticas

Eneida Mazuquim Ferrari Professora Língua Inglesa

Francelise Dziura Professora Ciências

Henriqueta Maria Elias da Costa Professora Ciências Biológicas

Hilário Bedento Pricinato Professor Geografia

Ilda Bassaco Professora Ciências/ Biologia

Jane Francisco Rodrigues Professora Português/ Inglês/ Literatura

João Henrique Rossi Professor Teologia

João Leme Batista Neto Professor Educação Física

Judith Muller da Silva Pedagoga Pedagogia e O. Educacional

Juliana Sieni de Oliveira Professora Geografia

Leila Aparecida Perdigão Professora Matemática

Louise Cristine Silva Gonçalves Professora Artes

Luceli Aparecida da Silva Professora Literatura e L. Portuguesa

Luci Grotti Pereira Pedagoga Pedagogia e Orientação Educacional

Luciano Rompato Professor História

Márcia Andreia Pinto Professora Língua Portuguesa

Marcos Cesar Beneli Professor Matemática

Maria Helena Milan Professora Ciências e Biologia

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19

Marilsa Staub Vendrametto Diretora Educação Física

Mônica Alves da Silva Professora Matemática

Nadir Aparecida Xavier Professora Educação Física

Roseli Suzuki Professora Matemática

Sandra Cristina de Oliveira Professora

Sandra Márcia da Silva Miquelato Professora Língua Inglesa

Selma dos Santos Silva Professora História

Shirley Calsavara Diretora Auxiliar Português, Inglês e Literatura

Sonia Maria Nonis Santos Professora História

Vivia Cristian Lopes Professora Ciências

Viviane Aparecida Nunes Yokomizo

Professora Letras Anglo Portuguesa e Inglês

Solange Apª Alves de Lima Secretária Administração Pública

Elizabeth Raia Spaziani Agente Educacional II

Pró Funcionário

Dejanira Antunes Staback Agente Educacional I

Ensino Médio

Jacira Pizan Alves Agente Educacional I

Ensino Médio

Nilda Santos de Carvalho Agente Educacional I

Ensino Médio

Maria Helena Frota Galo Agente Educacional I

Ensino Médio

Maria Helena Vendrametto Agente Educacional I

Ensino Médio

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20

7.3. Oferta de Cursos e Modalidades

A Escola Estadual Profª Júlia Wanderley – Ensino Fundamental, funciona no

período diurno e noturno, com turmas de 6º a 9º ano – Ensino Fundamental.Período

Matutino:

Ano Número de turmas Número de Alunos6º 2 797º 2 748º 1 399º 2 53

Período Vespertino:

Ano Número de turmas Número de Alunos6º 2 657º 1 378º 2 649º 2 50

Período Noturno:

Ano Número de turmas Número de Alunos8º 1 389º 1 36

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7.4. Organização do Espaço Físico

1- Número de ambientes pedagógicos

08

2- Área destinada a ambientes pedagógicos (m²)

376 m²

3- Número de ambientes Administrativos

03

04- Área destinada a ambientes Administrativos(m²)

52 m²

5- Relação dos ambientes Administrativos

Ambiente Área (m²)

Sala da Direção 13 m²

Secretaria 17 m²

Sala de Professor 19 m²

Sala da Coordenação 16 m²

6- Área destinada à Biblioteca (m²)Não há

7- Complexo higiênico-sanitário Número de bebedouros: 02

Banheiro Sexo ao qual se

destina

Nº Pias Nº Mictórios Nº Vasos

sanitários

Banheiro

01 Masculino

02 - 03

Banheiro

01 Feminino

02 - 4

Banheiro

01

Professores e

Funcionários

01 - 01

8- Relação das salas de aula

Ambiente Área (m²)

Sala de Aula 7 48 m²

Sala de Informática 1 48 m² 12 máquina

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7.5 Recursos tecnológicos adequados à consecução da proposta

pedagógica

a) Equipamentos de laboratório

• 02 kits de laboratório;

• 01 Microscópio binocular

• 01 Microscópio biológico Tri

• 01 Microscópio estereoscopio

• 01 Camera CCD color

• 01 Esqueleto humano

• 01 Célula Eucarionte

b) Recursos audio-visuais e tecnológicos

• 01 retroprojetor;

• 01 Vídeo Cassete;

• 02 DVDs;

• 02 Televisores

• 07 TV Pendrive.

• 01 Antena Analógica;

• 01 Aparelho de Som;

• 02 Rádios Microsistem

• 01 Caixa Amplificadora;

• 16 Computadores;

• 02 Impressoras

• 01 Impressora Jato de Tinta

• 01 Antena digital;

• 01 Máquina fotográfica digital

• 01 Notebook ACE

• 01 Tela tripé para data-show

• 01 projetor LG BS 254 (data-show)

• 02 Microfones auriculares sem fio

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8. MARCO CONCEITUAL

Esta instituição de Ensino alicerça suas práticas pedagógicas nas pedagogias

críticas e progressistas, embasadas nos seguintes paradigmas:

8.1 Sociedade

O homem se humaniza na relação com outros homens, ou seja, pela convivência

no meio social. Para se humanizar ele precisa aprender diversos costumes e atitudes que

só a convivência pode lhe dar e herdará costumes e atos do grupo em que vive.

Segundo Severino (1998), ao lado das relações técnicas de produção, os homens

vão implementar relações interindividuais, relações de troca e de intercâmbio entre si.

Firmam assim, a sociedade, entendida não mais como apenas o somatório dos indivíduos,

mas o seu agrupamento tecido por uma série de relações diferenciadas e diferenciadoras.

“A sociedade configura todas as experiências individuais do homem, transmite-

lhe resumidamente todos os conhecimentos adquiridos no passado do grupo e recolhe as

contribuições que o poder de cada indivíduo engendra o que oferece a sua comunidade.

Nesse sentido a sociedade cria o homem para si.” (PINTO, 1994).

Todas as diferenças existentes no comportamento moldado em sociedade,

resultam da maneira pela qual o homem organiza as relações entre si, que possibilitam o

estabelecimento de condutas e de saberes que nortearão a construção da vida social,

econômica e política. A sua individualidade, o homem, também adquire em sociedade e a

partir dela, esta o distingue dos demais.

Portanto, cabe ao homem conscientizar-se de que é um ser social, mas também

pessoa humana, capaz de agir e interagir em processos sociais que possibilitam maior

equidade a todos.

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8.2 Visão de mundo

O mundo transformou-se aceleradamente no final do século passado,

impulsionado por grandes avanços tecnológicos. Participar e conviver neste mundo exige

uma postura crítica e consciente.

A chegada da internet fez da tela do computador uma nova “janela para o mundo”,

tornando-se uma importante ferramenta de contato social. Isso tem causado um grande

impacto no comportamento humano, mudando progressivamente as rotinas de vida de

milhares de pessoas, permitindo uma efetiva integração ao redor do globo.

Essa nova sociedade que se estrutura para o século XXI, requer uma educação

que ajude o indivíduo a interpretar a realidade com autonomia e objetividade, sem

esquecer o “genuinamente humano”, ou seja, a cultura imprescindível para responder aos

desafios de uma educação que promova uma formação de indivíduos capazes de

localizarem-se nesta realidade, entendendo-a, sabendo explicá-la, para agirem de forma

consciente sobre ela, buscando garantir uma vida digna e atuando na superação da

exclusão social.

8.3 Homem

O homem é um ser histórico, natural e social. Suas ações e pensamentos mudam

de tempo, de acordo com sua realidade. Intervém no curso da história, transformando o

mundo e a si mesmo de forma racional e intencional.

O processo de produção da existência humana é um limite permanente para a

ação, o que permite caracterizar o homem como um ser de práxis, diferente dos animais.

No homem a ação é consciente, finalística, livre e responsável, atua na natureza por meio

do trabalho, da ciência e tecnologia modificando a realidade que o cerca.

Sua existência não se define a priori pela submissão à necessidade metafísica

nem a causalidade de leis naturais. O homem é aquele vai sendo construído pela sua

prática, que se efetiva no tempo histórico e no seu espaço social. O homem se faz pela

sua prática real, prática que se desdobra no tempo histórico e no espaço social.

Segundo Saviani (1992), o homem é um ser natural e social, ele age na natureza

transformadíssima segundo suas necessidades e para além delas. Nesse processo de

transformação, ela envolve múltiplas relações em determinado momento histórico, assim

acumula experiências e em decorrência destas, ele produz conhecimentos. Sua ação é

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intencional e planejada, mediada pelo trabalho, produzindo bens materiais e não materiais

que são apropriados de diferentes formas. Assim o homem constrói sua história e

transforma sua realidade.

“O homem está no mundo e com o mundo. Se apenas estivesse no mundo não

haveria transcendência nem objetivaria a si mesmo. Como o torna um ser capaz de

relacionar-se; de sair de si, de projetar-se nos outros, de transcender. Pode distinguir

órbitas existenciais distintas de si no mundo, com o mundo e pelo mundo”. (PAULO

FREIRE).

8.4 Infância e Adolescência

Somente na Idade Moderna as crianças passam a ser vistas como um ser social,

assumindo um papel nas relações familiares e na sociedade com características e

necessidades próprias

É durante o processo de aquisição do conhecimento que ela deve ser vista como

um ser pleno, cabendo a ação pedagógica reconhecer suas diferenças e construir sua

identidade pessoal. Para isso, as formas lúdicas e criativas ajudam a estimular a

criatividade e a imaginação das crianças. Por meio do lúdico a criança passa a conhecer a

si mesma e o mundo do qual faz parte, as brincadeiras ajudam na assimilação de regras

de convivência e comportamento.

Também é necessário considerar os estágios de desenvolvimento da criança:

• sensório-motor: a criança não tem a capacidade de representar mentalme

os objetos;

• pré-operacional: a criança não adquiriu ainda a capacidade de colocar-se

no lugar do outro, não possuindo o pensamento da irreversibilidade;

• operatório concreto: é um nível mental em que o indivíduo estiver nos

raciocínios privados e nas trocas cognitivas. A linguagem passa a ser fundamental nesse

processo;

• operatório formal: nesse estágio a criança já pensa em soluções através de

hipóteses e não apenas observando a realiadade. É nesse estágio que ela atinge o padrão

intelectual que terá na idade adulta.

O desenvolvimento e o processo de aprendizagem estão ligados ao meio social

em que a criança vive e tem acesso aos materiais culturais e é na escola que ela

vivenciará trocas de experiências e aprendizagem ricas em afetividade e descobertas.

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O período de desenvolvimento humano entre a infância e a idade adulta e que

engloba a puberdade ao completo desenvolvimento do organismo recebe o nome de

adolescência.

A adolescência é uma fase de alterações físicas e mentais destacando-se o

desenvolvimento do pensamento abstrato e formal, o estabelecimento da identidade

sexual e a solidificação de amizades com provável experimentação em grupo de bebidas

alcoólicas, tabaco e drogas. É um período onde os adolescentes lutam pela identificação

do EU e pela estrutura de sua existência baseada nessa identidade. Trata-se de um

processo de auto afirmação que costuma aparecer rodeado de conflitos e resistências, nos

quais o sujeito procura conquistar a independência.

Enfim, é um período da vida do ser humano onde se vai descobrindo a si mesma e

aos outros, construindo sua personalidade e os seus projetos de vida pessoal. Por esse

motivo é de fundamental importância a família, a escola e demais organismos sociais

lançarem aos jovens um olhar diferenciado, ouvindo-os é dando-lhes oportunidade de

atuarem como sujeitos nas diversas instâncias da sociedade.

8.5 Educação/Escola

A educação é um fenômeno próprio dos seres humanos e surgiu das relações de

trabalho e dos saberes que o homem produziu ao longo do tempo. É portanto uma

elaboração histórica dos homens e por isso tem um valor inestimável não só para a

formação do indivíduo como para toda a sociedade.

Segundo Vieira Pinto, a educação é um processo constitutivo do ser humano,

refere-se ao modo como o homem se faz homem. É também o procedimento pelo qual a

sociedade se reproduz a si mesma ao longo de sua atuação temporal. Esse processo de

auto reprodução contém uma contradição: a incorporação dos indivíduos ao estado

existente e progresso, isto é, a ruptura do equilíbrio presente para a criação do novo.

Assim, é pela educação que são criadas as condições para que cada educando

possa tornar-se um cidadão ativo e responsável na sociedade; pela educação, um país se

insere na economia do conhecimento, além de aliança e competitividade e condições para

seu desenvolvimento.

Neste contexto, o fim da educação é a formação de um indivíduo autônomo, que

pensa, fala e age com base no conhecimento adquirido ao longo de sua vida em

sociedade, como sujeito de sua própria história. É essa autonomia, adquirida no convívio

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com outras pessoas e nas diferentes instituições sociais, como é o caso da escola, que

promove o indivíduo a sua condição de cidadão. A escola, assim, torna-se uma instancia

educativa necessária, não só ao conhecimento sistematizado, mas um lugar onde o aluno

aprende coisas essenciais para sua vida. Constituir em um espaço de socialização do

conhecimento produzido indispensável na formação e inserção dos indivíduos nas relações

sociais. Há que considerar sua função social de formadora de sujeitos históricos, com

resultados que influenciam a vida dos cidadãos nela inseridas.

Nesse sentido, a escola deve incentivar uma prática pedagógica fundamentada em

diferentes metodologias, valorizando concepções de ensino, de aprendizagem e de

avaliação que permitam aos educandos concientizarem-se da necessidade de uma

transformação emancipadora.

Para Saviane (1992, p.7), o trabalho educativo é o ato de produzir, direta e

indiretamente em cada indivíduo singular, a humanidade que é produzida histórica e

coletivamente pelo conjunto dos homens.

Para nós, a escola com que sonhamos, é aquela que assegura a todos a formação

cultural e científica para a vida pessoal, profissional e cidadã. Essa formação implica

articular os objetivos convencionais da escola-transmissão-assimilação ativa dos

conteúdos escolares, desenvolvimento do pensamento autônomo, crítico e criativo,

formação de qualidades morais, atitudes e convicções. É preciso também a escola

contribuir para uma nova postura ético valorativa, de recolocar valores humanos

fundamentais como justiça, solidariedade, honestidade, o reconhecimento da diversidade

e da diferença, o respeito à vida e aos direitos humanos básicos, como suporte de

convicções democráticas.

8.6 Conhecimento

Das experiências e práticas mediadas pelo trabalho o homem constrói o

conhecimento.

Dessas relações e inter-relações, o conhecimento humano adquire diferentes

formas; senso comum, científico, teológico e estético, com conceitos diversos e às vezes

opostos de perceber a si mesmo e a realidade em que vive.

“O conhecimento pressupõe as concepções de homem, de mundo e das

condições sociais que o geram configurando as dinâmicas históricas que representam as

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necessidades de homem a cada momento, implicando necessariamente uma forma de ver

a realidade, um modo de atuação para a obtenção de conhecimento, mudando, portanto, a

forma de intervir na realidade. Essa interferência traz consequências para a escola,

cabendo a ela garantir a socialização do conhecimento que foi apropriado pelo trabalho

nas suas relações”. (Conforme VEIGA Lima Passos, Projeto Político da Escola uma

instrução coletiva – 1995 p.27).

A ação de construir o conhecimento na escola envolve o educando, o educador e o

conhecimento formalmente organizado. Envolve também a emoção e por ser uma ação

social, implica trocas afetivas. Assim, a experiência na escola, as situações de

aprendizagem influenciam nas pessoas na personalidade e sua forma de colocação no

meio.

Considerando o conhecimento como algo vivo; não deve acontecer na escola

apenas um repasse de conteúdos sem sentido e alheios a realidade e sim um saber “vivo”

que ofereça ao estudante instrumentos para a reflexão, ação e autonomia, ou seja, a

formação necessária para o enfrentamento com vistas à transformação da realidade social,

econômica e política do seu tempo.

8.7 Letramento

A entrada no mundo da escrita exige não apenas o domínio do processo de representação

do sistema alfabético e ortográfico e das técnicas para o seu uso, é necessário o desenvolvimento

de competências para o uso da leitura e da escrita nas práticas sociais que as envolvem.

Do ponto de vista social, o letramento é um fenômeno cultural relativo as atividades que

envolvem a língua escrita. A ênfase recai nos “usos, funções e propósitos da língua escrita no

contexto social”. ( Soares, 2006). É portanto abrir as portas e janelas do mundo por meio da leitura,

da oralidade e ser capaz de se relacionar bem nas diversas práticas sociais.

Um indivíduo alfabetizado não é necessariamente um indivíduo letrado. Alfabetizado é

aquele indivíduo que sabe ler e escrever, letrado é aquele que sabe ler e escrever mas responde

adequadamente as demandas sociais da leitura e da escrita. Alfabetizar letrando, é ensinar a ler e

escrever no contexto das práticas sociais da leitura e da escrita, assim o educando deve ser

alfabetizado e letrado. Não podemos separar os dois processos, pois a princípio o escudo do aluno

no universo da escrita se dá concomitantemente pela alfabetização e pelo desenvolvimento de

habilidades e capacidades para o uso competente da língua escrita nas situações em que esta é

necessária.

O letramento e a alfabetização devem ter tratamento metodológico diferenciados para

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alcançar o sucesso no ensino aprendizagem. É preciso conhecer a importância do letramento, ou

seja, apropriação das habilidades que possibilitam ler e escrever de forma adequada e eficiente

nas diversas situações, para diferentes objetivos, para informar ou se informar, para interagir, para

ampliar conhecimentos.

8.8 Aprendizagem

A aprendizagem é um processo interativo, ao mesmo tempo individualizado e

socializador.

Ao possibilitar aos indivíduos o domínio dos conhecimentos culturais e científicos a

educação escolar socializa o saber sistematizado e desenvolve as capacidades cognitivas

e operativas para se atuar no trabalho, na sociedade, pelos direitos e conquistas da

cidadania.

Para os teóricos sócio-interacionistas, como Vygotsky e Piaget, a aprendizagem

estimula e fomenta os processos de desenvolvimento, que uma vez realizados, criam

novas possibilidades de aprendizagem. Defendem que aprendizagem e desenvolvimento

não são processos separados, ao contrário, há entre eles relações dinâmicas e complexas

, um provendo e dando sustentação ao outro. Para que ocorram é necessário que o

indivíduo interaja com outras pessoas.

É por meio dessa troca de informações, de experiências que o indivíduo

reorganiza, reformula e amplia o próprio conhecimento.

Nessa perspectiva, é por meio da própria história de vida, do cotidiano, resolvendo

questões, descobrindo, fazendo interferências, pensando representando que o sujeito

aprende, pois aprender é descobrir com seus próprios pensamentos, conhecimentos

institucionalizados socialmente. Portanto, todos são capazes de aprender e é função da

escola garantir a aprendizagem de todos.

Segundo Pedro Demo (2004, p.14), aprendizagem é, pois, dinâmica, reconstrutiva,

de dentro para fora. Quer dizer que o aluno só aprende se reconstruir o conhecimento.

Ao lado da face reconstrutiva, cabe assinalar a “face política”, ou a politicidade da

aprendizagem, na concepção de Freire (1997). Por politicidade entende-se que são

características humanas (não exclusiva do ser humano, entretanto) de não se subordinar

ao destino biológico e social ou ao ambiente externo e principalmente aos dominadores e

poder, sabendo reagir, fundar a capacidade de história própria, individual e coletiva.

( Demo, 2002).

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A aprendizagem implica a forja de sujeitos capazes de história própria, seres

independentes que são capazes de reconstruir sua independência relativa. (Demo, 2004,

p.15)

8.9 Cidadania

A democracia necessita da educação para cidadania, exigência que se torna

ainda mais necessária nos tempos em que vivemos, de globalização neoliberal, guerra

preventiva, fundamentalismos e terrorismos que a debilitam ( JARES, 2005 ). Por isso, a

educação para a cidadania deveria ser considerada como uma questão de Estado, do

mesmo modo que a educação em geral e o direito à educação em particular como

enfatizam as recomendações em matéria de educação para a cidadania e os direitos

humanos propostos pelas Nações Unidas e por outros organismos internacionais.

Quando falamos da pertinência de introduzir no currículo a educação para a

cidadania, é preciso esclarecer sua definição e seus objetivos, tarefa que exige em

primeiro lugar, abordar a própria ideia de cidadania. Podemos caracterizável como uma

prática histórica e socialmente construída, fundamentada nos princípios de dignidade,

igualdade e liberdade, assim como nos de justiça, participação, solidariedade, respeito,

não-violência, direitos e obrigações. A cidadania pressupõe, além do estado de direitos, a

capacidade de decisão de todas as pessoas nos assuntos públicos, em um contexto de

democracia participativa, laica, multicultural e solidária. Para isso, é imprescindível que o

conjunto da população tenha acesso a uma educação democrática e de qualidade,

requisito que, infelizmente apesar dos enormes avanços nos últimos anos, ainda não é

garantido no Brasil.

A principal missão da educação para a cidadania consiste em formar pessoas

politicamente e moralmente ativas, conscientes de seus direitos e obrigações,

responsáveis e respeitosas, comprometidas com a defesa da democracia e dos direitos

humanos, sensíveis e solidárias com as circunstâncias dos demais e com o meio em que

vivemos (JARES, 2002).

Assim sendo, a educação para a cidadania deve servir, antes de tudo, para refletir

sobre a convivência e sobre o exercício da cidadania democrática na escola e no seu

meio, o que além de sensibilizar para esse tema, constitui um procedimento metodológico

fundamental. Portanto a análise das formas de convivência, o respeito, o enfrentamento

não-violento dos conflitos, a aceitação da diversidade, a recusa de discriminação,

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etc.,devem estar presentes em todas as salas de aulas e em todos os cursos. ( revista

Pátio, de. 36, 2006).

Diante dos direitos humanos não respeitados, é preciso que nós educadores

tomemos uma decisão. Esse é o papel do educador do futuro. Urge educar a criança e o

jovem para vir a ser cidadão, desenvolvido integralmente, capaz de realizar juízos

reflexivos, capaz de alcançar sua autorrealização e que saiba pensar por si mesmo para

que possa enfrentar novos desafios, resolvendo problemas concretos, exercer uma

cidadania responsável, com consciência de seus direitos e responsabilidades sociais e

mostrar boa disposição para melhorar o espaço onde vive.

8.10 Cultura

A cultura é a herança social que o indivíduo recebe do seu grupo visto que é

transmitida de geração para outra através da educação. A aquisição e a perpetuação da

cultura é um processo social, resultante da aprendizagem. Cada sociedade transmite às

gerações mais novas o patrimônio cultural que recebem dos seus antepassados.

Segundo Saviani, “para sobreviver, o homem necessita extrair da natureza, ativa e

intencionalmente, os meios de sua subsistência. Ao fazer isso, ele inicia o processo de

transformação da natureza, criando um mundo humano (O mundo da cultura, 1992, p.19)

SACRISTAN (2001, p. 105) por exemplo, afirma podermos considerar que “de um ponto de

vista antropológico, cultura é tudo o que elabora, e elaborou. O ser humano, desde a mais

sublime música ou obra literária até as formas de destruir-se a si mesmo e as técnicas de

torturas, a arte, as ciências, a linguagem, os costumes, os hábitos de vida, os sistemas

morais, as instituições sociais, as crenças, as religiões, as formas de trabalhar”.

De acordo com Tomas Tadeu (1999), todo conhecimento, na medida em que se

constitui num sistema de significação, é cultural. Além disso, como sistema de significação,

todo conhecimento vinculado com relação de poder.

Toda organização curricular, por sua natureza e especificidade precisa completar

várias dimensões da ação humana, entre elas, a concepção de cultura. Na escola, em sua

prática, há necessidade da consciência de tais necessidades culturais, especialmente da

sua função de trabalhar as culturas populares, de forma a levá-la à produção de uma

cultura erudita, como afirma Saviani “a mediação da escola, instituição especializada para

operar a passagem do saber espontâneo ao saber sistematizado, da cultura popular a

cultura erudita; assume um papel político fundamental”, (SAVIANI, apud, FRIGOTTO, 1994

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32

p.189).

A escola começa a justificar-se como instituição social na medida em que “for

capaz de preparar o aluno” para viver no meio de culturas diferentes, compreendendo as

variadas situações multiculturais, facilitando-lhe o domínio de outras culturas e formas de

pensamentos diferentes dos próprios.

8.11 Trabalho

A formação histórica da sociedade parece estar intimamente ligada com a relação

na qual os seres humanos vão estabelecendo com o seu meio e com seus semelhantes.

Ora, relacionar-se implica na prática concreta e material. No ser humano esta relação

parece não se dar de uma forma tão determinada como os animais. Podemos agir em vista

de fins exteriores a nossos desejos e instintos imediatos e em colaboração consciente com

nossos semelhantes. É nesta forma consciente de relação humana com o seu meio e seus

semelhantes que se gesta o conceito de trabalho.

É pois na forma de conceber e realizar o trabalho e os produtos deste, que as

sociedades se alicerçam. Além disto, a forma de concebê-lo depende de pressupostos

nos quais estão implicadas nossas visões de mundo, nossas utopias.

Segundo Andery (1998), o trabalho é uma atividade que está “na base de todas as

relações humanas condicionando e determinando a vida. É (...) uma atividade humana

intencional que envolve forma de organização, objetivando a produção de bens

necessários à vida”.

Nessa perspectiva, entender o trabalho como ação intencional, o homem em suas

relações sociais, dentro da sociedade capitalista produz bens. Porém, é preciso

compreender que o trabalho não acontece de forma tranquila, estando sobrecarregada

pelas relações de poder.

Felizmente chegamos ao ponto de não podermos omitir a situação da liberação do

homem do trabalho mecânico, uma vez que cada vez mais este é substituído pelas

máquinas.

O desafio colocado atualmente é o de buscar formas de convivência social e de

geração de princípios capazes de orientar uma nova ordem social onde o desenvolvimento

tecnológico possa também significar desenvolvimento humano-social. Ou seja, que se

superem as desigualdades entre os homens, a tal ponto, que todos possam social e

individualmente desfrutar e potencializar ainda mais as conquistas da humanidade.

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8.12 Ciências

Neste século, ninguém duvida do poder que a ciência possui em nossa sociedade.

No entanto, a ciência não é mais a redentora de todos os males, capaz de dar resposta

definitiva a todos os problemas que afligem a humanidade,desde a fome às doenças,

passando pelos problemas de transporte e habitação, bem como pela simples realização

de nossos sonhos cotidianos.

O comportamento dos seres humanos diante da natureza é característica. Eles

não apenas se esforçam pela manutenção de suas vidas, mas também por entender a

natureza, dominar a realidade e agir sobre ela com o objetivo de torná-la mais adequada

às suas necessidades.

Esse processo permanente de acúmulo de conhecimentos sobre a natureza e de

ações racionais de transformá-la compõe o universo das ideias que hoje denominamos de

“ciências”. Ciência é, pois, o conhecimento racional, sistemático, preciso e verificável da

realidade. Por meio da investigação científica o homem reconstitui artificialmente o

universo real em sua própria mente. (GALLIANO, 1984).

Portanto, a ciência, no decorrer da história está sempre presente para reproduzir

ou transformar. Desta forma, os conhecimentos científicos são continuamente revistos,

transformados e não se constituem verdades definitivas.

É um desafio para a educação brasileira apresentar uma ampla visão do mundo

científico, assim como prover o domínio das multas linguagens da ciência, desenvolvendo

competências para que, com os conhecimentos científicos enfrentem problemas reais.

Nereide Saviani afirma que “a ciência merece lugar destacado no ensino como meio de

cognição e enquanto objeto de conhecimento”, ou seja, ao mesmo tempo que estimula o

desenvolvimento cognitivo do aluno, proporciona-lhe o conhecimento da realidade, o que é

fundamental para atuar e buscar a transformação dessa realidade.

8.13 Tecnologia

Estamos na era da ciência e da tecnologia. A cada dia que passa somos

literalmente invadidos por novas descobertas e invenções. Um dos campos mais

desenvolvidos, sem dúvida é a informática. O acesso à informação e a abrangência das

comunicações têm facilitado a reunião de dados sobre os assuntos desejados, agilizando

as pesquisas. Entretanto, quantas crianças e jovens podem usufruir dessas condições?

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Sabemos que há um número imenso de crianças e adolescentes brasileiros que

precisam da escola, que não dispõem dos aparatos informacionais.

Em parte, a escola de hoje já necessita constitui-se nesse espaço de síntese. Em

muitos lugares, mesmo considerando a pobreza do interior da escola, já se vê uma

sociedade culturalizada pela informação das multimídias (no caso, basicamente a

televisão).

A escola brasileira, especialmente a escola pública, não poderá ainda desfazer-se

de um papel provedor de informação. Entretanto, aos poucos, pode ir se tornando cada

vez mais uma estrutura possibilitadora de atribuição de significados da informação,

possibilitando aos alunos meios de buscá-la, analisá-la, para dar a ela significado pessoal.

Junto a essa função reestruturante e organizadora das informações e esportes

culturais recebidos multivariadamente, fazendo a síntese entre cultura formal e a cultura

experienciada, é necessário que a escola propicie não só o domínio de linguagem para

busca de informações; ou seja, utilizando a linguagem comunicacional, à escola caberá

não só sintetizar reordenando e restruturando as diversas mensagens, como terá que

articular também suas capacidades receptivas, com suas possibilidades emissoras. Tais

tarefas em função de uma nova funcionalidade da escola requerem uma nova atitude dos

educadores perante as novas tecnologias da comunicação e informações.

Assim sendo, os objetivos pedagógicos do uso das novas tecnologias e dos meios

devem ser o de contribuir para a democratização dos saberes socialmente significativos e

desenvolvimento da capacidade intelectual e afetiva, tendo em vista a formação de

cidadãos contemporâneos. Mais precisamente, contribuir para o aprimoramento das

capacidades cognitivas e operativas dos alunos: favorecer domínio de estratégias de

aprendizagem, capacidade de transferências e comunicação do aprendido, análise e

solução de problemas, capacidade de pensar criticamente, etc.

Outro objetivo importante é o de possibilitar a todos a oportunidade de aprender

sobre mídias e multimídias e interagir com elas, desenvolvendo competências, habilidades

e atitudes para viver num mundo cada vez mais informatizado. Experiências demonstram

que o uso de tecnologias em sala de aula traz grande melhoria no rendimento escolar,

diminuição da evasão, integração com comunidades, etc. Tecnologia não é só

computadores. Podemos ter os mais diferentes tipos de tecnologia e elas dependerão do

público a ser atingido e da metodologia a ser utilizada.

Segundo Libâneo (2002), a escola continuará durante muito tempo dependendo da

sala de aula, do quadro negro, dos cadernos. Mas mudanças tecnológicas terão um

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impacto cada vez maior na educação escolar e na vida cotidiana. Os professores não

podem mais ignorar a televisão, o DVD, o cinema, o computador, o telefone celular, o fax,

que são veículos de comunicação, de informação, de aprendizagem, de lazer, porque há

tempos o professor e o livro didático deixou de ser as únicas fontes de conhecimento. (p.

38 e 40).

8.14 Gestão Democrática e os Instrumentos de Ação Colegiada

A Lei de Diretrizes e Base da Educação Nacional dispõe no seu artigo 14, inciso II,

os seguintes princípios para gestão democrática:

I- participação dos profissionais da educação na elaboração do projeto pedagógico

da escola.

II- participação da comunidade escolar e local a conselhos escolares ou

equivalentes.

De acordo com a Constituição (Art.205) e a LDB (Art.2º) a escola deve promover o

pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para a cidadania e sua qualificação para

o trabalho.

Para isso é necessário uma educação de qualidade, vinculada a um projeto

educativo de uma sociedade não excludente e segundo FREIRE (1995), defender uma

pedagogia progressista fundamentada, em processos de decisão coletiva,na socialização

do conhecimento, na construção da cidadania.

É importante, então, que o processo de organização dessa escola seja de

autonomia colegiada e participativa de todos os seus segmentos e também, que o

trabalho entre os membros da comunidade escolar – professores, funcionários, equipe

pedagógica, alunos, diretores, pais e comunidade escolar – desenvolva-se de forma

colaborativa e articulada, dentro das funções específicas de cada segmento, tendo em

vista atingir os objetivos propostos pelo Projeto Político Pedagógico da escola.

Como destaca Libâneo (2001), a participação é o principal meio de assegurar a

gestão democrática da escola, pois possibilita envolvimento de profissionais e usuários no

processo de tomada de decisões e no funcionamento da organização escolar. A

organização escolar democrática implica não só a participação na gestão, mas gestão da

participação em função dos objetivos da escola (2001, p.81).

Somente com os pais, alunos e professores participando nas tomadas, de

decisões na escola é que aprenderão exercer a democracia e esta é um processo que

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requer tempo, atenção e trabalho.

8.14.1 Formação Continuada de Professores/funcionários

A Formação Continuada é entendida com um processo constante de busca do

aprimoramento das práticas educativas.

Sendo o professor “elemento chave” do processo de ensino, é relevante que

mantenha-se atualizado quanto aos recursos tecnológicos disponíveis na escola,

fundamentação teórica que norteiam sua prática, recursos de ensino e metodologia

inovadoras, condizentes com as necessidades de seu contexto.

Essa capacitação é fundamental para a melhorar de qualidade de ensino que a

sociedade brasileira requer e superação do meio reprodutivismo do saber registrado em

livros didáticos e manuais.

A capacitação continuada do início de cada semestre letivo oportuniza uma

reflexão e debates sobre assuntos relevantes para toda a comunidade escolar.

A Formação Continuada dos Profissionais da Educação tornou-se uma meta de

políticas educacionais nos últimos 20 anos. Lei de Diretrizes e Bases da

Educação Nacional, Lei no 9394/96, ao tratar dos “Profissionais da Educação”,

estabelece no art. 67 que:

I- Os sistemas de ensino promoverão a valorização dos profissionais da educação,

assegurando-lhes, inclusive nos termos do estatuto e dos planos de carreira do magistério

público: (...)

II - Aperfeiçoamento profissional continuado, inclusive com licenciamento periódico

remunerado para este fim;

IV – progressão funcional baseada na titulação ou habilitação, e na avaliação do

desempenho;

V – período reservado a estudos, planejando e avaliação, incluído na carga de

trabalho.

A Formação Continuada dos Profissionais da Educação Pública deverá ser

garantida pelas Secretarias Estaduais da Educação, cuja atuação incluirá a Coordenação,

o financiamento e a manutenção dos programas como ação permanente.

8.15 Currículo

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O currículo está de acordo com as normas da LDB, as DCNs, a Base Nacional

Comum.

É o instrumento sistematizador e organizador do processo educativo escolar. Diz

respeito às questões da escola, mas acha-se mediado por problemas institucionais e em

consequência, reflete sempre as circunstâncias históricas e sociais sobre as quais foi

pensado.

Ele é um projeto cultural para as jovens gerações e ao mesmo tempo envolve

práticas colocadas em ação para tornar realidade as intenções nela contidas e contribui

para a construção de identidade do educando produzindo efeitos ampliados nos mais

diversos tipos: cognitivos, afetivos, social, moral, etc.

Entendemos que o currículo deve ser dinâmico, abrangente, construído

coletivamente a partir das experiências desenvolvidas pelo conjunto da escola, associadas

às necessidades do trabalho pedagógico, com vistas ao desenvolvimento de conteúdos

significativos para a formação dos cidadãos conscientes e especificidades dos alunos.

É importante salientar que por conteúdos significativos, entendemos aqueles que

contemplem e organizam os saberes acumulados e as diversas experiências dos diversos

grupos sociais que compõem a comunidade escolar; principalmente, os povos do campo

e os portadores de necessidades educativas especiais e com altas habilidades.

Cabe à escola organizar esses saberes, fazendo uma interpretação da realidade e

buscar a construção de conhecimentos que assegurem a identidade desses indivíduos.

O Currículo, também, deve possibilitar ao aluno estabelecer relações com o meio

ambiente; percebendo-se parte dele, entender as relações de trabalho estabelecidas entre

os homens, bem como sentir-se integrante de uma cultura, valorizando suas próprias

formas de pensar, de agir e de expressar, sem desconsiderar o intercâmbio entre as

diferentes culturas e oportunizar a apropriação das linguagens do tempo.

8.16 Avaliação

Avaliar é saber trabalhar os resultados obtidos de modo a construir instrumentos

de análise que permitam intervir no processo ensino e aprendizagem no momento em que

está ocorrendo. Para isso a avaliação deve-se fazer presente tanto como diagnóstico do

processo ensino aprendizagem quanto instrumento de investigação da prática pedagógica.

Para cumprir sua função, acompanhando todo o processo de ensino aprendizagem

como um contínuo e dinâmico instrumento didático pedagógico, a avaliação deve

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estabelecer seu verdadeiro sentido: acompanhar o desempenho no presente, orientar as

possibilidades de desempenho futuro e mudar as práticas insuficientes, apontando novos

caminhos para superar problemas e fazer emergir novas práticas educativas.

Nesta perspectiva, a principal finalidade da avaliação é o de fornecer informações

sobre o processo pedagógico, permitindo aos agentes escolares decidir sobre as

intervenções e ajustes que se fizerem necessários, face a um projeto educativo

comprometido com a aprendizagem do aluno.

O ato de avaliar, portanto deve servir de parâmetro para o professor pensar sua

prática e retornar a ela, com novas alternativas de trabalho buscando garantir a aquisição

de conhecimentos essenciais na formação do educando. Deve permitir ao professor

reconhecer se houve adequação em termos de suas opções metodológicas, bem como

evidenciar em que medida as relações pedagógicas estabelecidas contribuíram para

identificar se os resultados alcançados estão próximos ou distantes dos objetivos

propostos, permitindo que um novo planejamento a ser realizado propicie alternativas para

resolução dos problemas, com mais precisão.

Para concretizar esse objetivo, a avaliação escolar deve constituir um projeto de

futuro social, um esforço coletivo a serviço da ação pedagógica direcionada para a

aprendizagem do aluno, para a qualificação do professor e da escola.

Ao considerarmos a avaliação como parte do processo de ensino aprendizagem

ela se torna mais abrangente, torna-se instrumento de acompanhamento da função social

da escola, ganhando maior importância ao deixar de ser apenas avaliação do aluno e

passando a ser avaliação de todos os envolvidos no processo educativo.

8.17 Concepção de Inclusão

A escola constitui-se aos espaços fundamentais na produção de sujeitos, que se

definem e redefinem a partir das suas posições de gênero, etnia e classe social.

Neste sentido, como uma instituição histórica e cultural, a escola tem que

investigar, para compreender e combater, como se manisfesta, na especificidade de seu

espaço, a exclusão que se dá na globalidade da sociedade e vai se espalhando por todos

os espaços sociais.

Desvelar as causas da exclusão possibilita práticas inclusivas, tanto no que se

refere ao conhecimento trabalhado, quanto nas formas de participação no espaço escolar.

Práticas inclusivas não visam apenas o processo de inserção de alunos com

necessidades educacionais especiais nas salas de aulas, mas contribuir para recuperar a

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voz silenciada e negada da mulher, do negro, do índio, do camponês, das classes

excluídas, questionando o porquê do seu silêncio, da opressão e submissão vivenciadas.

Para a construção de uma prática educativa inclusiva, a escola precisa estar

comprometida com a transformação político-social, com a qualidade de ensino e de vida

dos educandos, compreendidos como seres históricos concretos.

Assumir uma proposta emancipadora de educação, democratizando as práticas e

os saberes escolares, passa pela valorização das diferentes formas culturais construídas

socialmente, pela inclusão dos diferentes saberes e pela construção de um processo

pedagógico participativo, construído a partir do diálogo, de troca de um mútuo ensinar e

aprender, de modo que educadores e educandos sejam sujeitos do processo educativo.

8.18 Concepção dos sujeitos com necessidades educacionais especiais

Considera-se hoje, sujeitos com necessidades especiais educacionais os

indivíduos que pertencem a grupos que sofrem ou sofreram exclusão física ou simbólica,

moradores do campo, regiões ribeirinhas, de pescadores e ilhéus, das populações

indígenas, adultos que não tiveram acesso à escolarização em idade própria, dos afro-

descendentes, aqueles que foram impedidos de frequentar a escola em virtude de

tratamento médico-hospitalar, às crianças e jovens que evadem da escola e todos os que

apresentam necessidades educacionais especiais ( nômades, circenses, com dificuldade

de aprendizagem …) inclusive os superdotados.

A Lei de Diretrizes e Bases, Lei 9394/96 e Diretrizes Curriculares ( Resolução nº

02/01), institui as bases para elaboração de normas para a educação especial, a fim de

reorganizar a proposta de educação escolar dos alunos com necessidades educacionais

especiais, no contexto da educação inclusiva – Diretrizes Nacionais para Educação

Especial na Educação Básica.

Essa reorganização pressupõe a implementação de currículos abertos, flexíveis

que estejam comprometidos com o atendimento às necessidades educacionais de todos

os alunos, sejam elas especiais ou não.

O conhecimento sistematizado pela educação escolar deve oportunizar idênticas

possibilidades e direitos, independentes das diferenças sociais, culturais e pessoais.

A implementação de currículos mais flexíveis e abertos contraria a prática

tradicional de que os alunos aprendam da mesma forma com as mesmas estratégias

metodológicas, abolindo a ideia de um currículo adaptado para aqueles alunos que se

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diferenciam do grupo homogêneo que constitui as salas de aula. Deve-se colocar em

prática o ponto mais sensível e problemático do currículo: o equilíbrio harmônico entre o

que é comum e o que é individual.

Para enfrentar esse desafio, o contexto escolar deve condicionar tanto a adoção

de currículos abertos e flexíveis, quanto ao efetivo funcionamento dos recursos e serviços

de apoio pedagógico especializado, necessários para o acesso ao currículo e a

aprendizagem e participação dos alunos com necessidades educacionais especiais.

A inclusão vem sendo desenvolvida pelos profissionais da educação que buscam

concretizar o sonho de uma escola plural, aberta e flexível que aceite a diferença e a

diversidade. Trata-se da realização de um trabalho compartilhado, em função das

necessidades individuais, cognitivas, emocionais e sociais de cada educando.

8.19 Concepções de aluno e / altas habilidades / Superdotação

São considerados indivíduos com altas habilidades ou superdotação, aqueles que

possuem elevada potencialidade ou apresentam um desempenho extraordinário, de forma

combinada ou violada nos seguintes aspectos: capacidade intelectual geral, pensamento

produtivo ou criador, capacidade de liderança, aptidão acadêmica específica, talento

especial para as artes e capacidade psicomotora.

Identificar esses indivíduos com altas habilidades ou superdotação, não é um

processo fácil, dentro do contexto escolar. Um aluno nota dez, nem sempre tem altas

habilidades ou superdotação. Seu desempenho em destaque pode ser resultado de maior

dedicação aos estudos, responsabilidade, compromisso e incentivo da família.

Outras vezes, um aluno irrequieto, desorganizado, com médias baixas na maioria

das disciplinas, pode apresentar um desempenho surpreendente em uma área de sua

vida, que o tornará notório. Esse aluno poderia ter esse potencial estimulado

precocemente, se o mesmo tivesse sido detectado desde criança proporcionando um

objetivo direcionando e a revelação do mesmo muito mais cedo.

Como diz Renzulli, 1998 "... a inteligência não é um conceito unitário, mas há

vários tipos de inteligência e, desta forma definições únicas não podem ser usadas para

explicar este complicado conceito."

A identificação de uma criança com altas habilidades ou superdotação requer a

realização de testes psicométricos, escalas de características, questionários, observação

de comportamento, análise de desempenho, entrevistas com a família, professores, entre

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outros, depoimentos, atividades políticas.

Segundo Renzulli & Reis, 1985 "... As pessoas que marcaram a história por suas

contribuições ao conhecimento e à cultura não são lembradas pelas notas que obtiveram

na escola ou pela quantidade de informações que conseguiam memorizar, mas sim, pela

quantidade de produções criativas, expressas em concertos, ensaios, filmes, descobertas

científicas, etc."

9. MARCO OPERACIONAL

“Se a educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela tampouco a

sociedade muda. Se a nossa opção é progressista, se estamos a favor da vida e não da

morte, da equidade e não da injustiça, do direito e não do arbítrio, da convivência com o

diferente e não de sua negação, não temos outro caminho senão o de vivermos

plenamente a nossa opção. Encarná-la, diminuindo a distância entre o que dizemos e

fazemos...” (PAULO FREIRE).

Propor atuações alicerçadas em educação é preciso considerar aspectos sociais,

políticos e culturais, fazendo-se necessário o aperfeiçoamento dos professores,

funcionários e oferta de melhorias nas condições físicas da escola, que concorrem para

formação dos alunos, passando esse processo a colaborar para a construção de uma

sociedade democrática.

Partindo da Declaração Mundial sobre Educação para Todos na qual destaca em

um dos seus artigos, que toda pessoa-criança, adolescente ou adulto, deve poder se

beneficiar de uma formação concebida para responder às suas necessidades educativas, é

que buscamos atingir metas, nas quais o coletivo da escola se propõe visar, através do

desenvolvimento das seguintes ações:

• Cumprir e fazer cumprir a legislação em vigor

• Melhorar os índices de frequência, permanência, e aproveitamento escolar;

• Realização de palestras com temas diversificados e de interesse dos alunos, tais

como: sexualidade, combate ao uso indevido de drogas, educação para o trânsito, meio

ambiente e cidadania;

• Participação em programas promovidos por entidades governamentais: Olimpíada

Brasileira das Escolas Públicas ( OBMEP);

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• Programa Agrinho: Biodisel: O Combustível Ecológico; Horta: Saúde em Nossas

Mãos; Jardins da Júlia;

• Participação em eventos culturais escolares e municipais visando a socialização;

• Promoção de gincanas, reuniões, jogos internos e externos, mostras científicas e

culturais, comemorações cívicas e sociais, ao longo do ano letivo;

• Estimular a participação dos docentes em cursos de aperfeiçoamento e atualização

promovidos pela SEED, NRE e outras entidades;

• Assessoria no desenvolvimento de propostas pedagógicas diferenciadas;

•Realização de palestras com temas diversificados e de interesse dos alunos; tais

como: sexualidade, combate ao uso indevido de drogas; educação para o trânsito, meio

ambiente e cidadania;

• Ampliação do acervo bibliográfico da escola;

• Pleitear junto a SEED, a construção de duas salas e uma biblioteca;

• Disponibilizar o Projeto Político Pedagógico, o Regimento Escolar e Atas de

reuniões para toda a comunidade;

• Tomar decisões conjuntas ao menos com a participação de um representante de

cada segmento da comunidade escolar;

• Dar continuidade a realização do Conselho de Classe com a participação de alunos

representantes de turma e convite aberto aos pais;

• Combater no ambiente escolar todo e qualquer tratamento discriminatório em

decorrência de diferenças físicas, étnicas, de gênero e orientação sexual, de credo,

ideologia, condição sócio cultural, entre outras.

• Realização de reuniões pedagógicas e encontros de formação para os pais;

• Reuniões com Conselho Escolar e APMF, para tomada de decisões quanto aos

recursos financeiros recebidos e arrecadados;

• Realização do planejamento, desenvolvimento e avaliação das ações escolares de

forma participativa, envolvendo órgãos, professores, funcionários, pais e alunos;

• Buscar parcerias com entidades, empresas, instituições diversas, visando a

melhoria da gestão escolar, ao enriquecimento do currículo e à aprendizagem dos alunos;

• Prática avaliativa quanto ao cumprimento de objetivos e metas educacionais nas

disciplinas curriculares envolvendo a comunidade escolar ;

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• Identificação das dificuldades de aprendizagem dos alunos para desenvolvimento

de ações pedagógicas, tendo por objetivo a recuperação do rendimento escolar e a sua

melhoria contínua;

• Identificação de alunos com altas habilidades, superdotação para procedimentos

específicos de enriquecimento da aprendizagem;

• Desenvolver as ações necessárias ao enfrentamento de problemas diagnosticados

no Estabelecimento de Ensino;

• Utilização apropriada das instalações e equipamentos escolares existentes em

benefício do projeto pedagógico e da criação de um ambiente de aprendizagem e

cidadania;

• Solicitação juntos aos órgãos competentes a adaptação do prédio escolar para a

inclusão de alunos portadores de necessidades especiais;

• Apresentação dos recursos financeiros recebidos e arrecadados à comunidade

escolar, para sugestões de aplicação, com prestação de contas fixadas em murais internos

e externos do Estabelecimento de Ensino;

• Assegurar a permanência do aluno até o término do ano letivo inserindo-o ao projeto

FICA, se ocorrer a evasão escolar;

• Respeitar a diversidade e a pluralidade cultural viabilizando a igualdade de

condições para permanência do aluno na escola.

9.1 Processo de Avaliação da Escola

A concepção de avaliação que fundamenta o nosso trabalho tem sua base no

materialismo histórico dialético, de modo que a concepção de homem é a de ser histórico,

produtor de sua existência, transcendência da natureza, é portanto, livre no sentido de agir

intencionalmente de modo a construir possibilidades não previstas, não naturais, optar por

uma coisa ou outra, decidir entre o que é bom e o que não é. Desse modo educa e educa-

se, avalia e avalia-se também e assim transforma e se transforma, faz-se humano.

Nesta perspectiva a escola está voltada para desenvolver todas as potencialidades

nos alunos com saberes que lhes possibilitarão exercer com dignidade seu papel social.

Para isso a avaliação exige rigor metodológico e compromisso social no trabalho

pedagógico desenvolvido, havendo maior zelo com o processo de ensinar.

No processo de avaliação, os docentes devem estabelecer parâmetros e utilizar

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instrumentos sintonizados com a realidade e o contexto escolar.

Entendemos que uma formação de qualidade precisa interagir com as grandes

questões sociais e comprometer-se com a transformação qualitativa das condições de vida

das pessoas. A avaliação por sua vez, deve colocar-se ao serviço dessa meta.

O sistema de avaliação adotado pelo Estabelecimento de Ensino é trimestral e

composto pela somatória da nota 5,0 (cinco vírgula zero) referente a atividades

diversificadas, mais a nota 5,0 (cinco vírgula zero) proveniente de provas escrita e/ou oral

totalizando nota final 10,0 (dez vírgula zero).

A avaliação do ensino de Educação Física e de Artes deverá adotar critérios

próprios, visando ao desenvolvimento formativo e cultural do aluno, conforme Art. 8º da

Deliberação nº 07/99 – CEE.

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9.2 Verificação do Rendimento Escolar

A sistemática da avaliação do desempenho do aluno e de seu rendimento escolar

será contínua, cumulativa e processual, com prevalência dos aspectos qualitativos sobre

os quantitativos, de acordo com o currículo e objetivos propostos pelo Estabelecimento de

Ensino e os resultados expressos em notas de 0,0 a 10,0 (zero a dez vírgula zero).

Composto pela somatória da nota 5,0 referente a atividades diversificadas, mais a nota 5,0

proveniente de uma prova escrita e / ou oral.

A nota do trimestre será resultante da somatória dos valores atribuídos em cada

instrumento de avaliação, sendo valores cumulativos em várias aferições, na sequência e

ordenação de conteúdos.

9.3 Avaliação do Projeto Político Pedagógico

O Projeto Político Pedagógico não delineia pontos de chegada absoluto, mas

rumos para a continuidade do projeto educativo, exige, portanto, um constante

acompanhamento para certificação das propostas e seu andamento, as dificuldades

enfrentadas para colocá-las em ação, o que deverá ser feito para agilizá-las e que está

dando certo. Nenhuma proposta deverá ser colocada de lado, mas sim, trabalhada, mesmo

que se tenha que buscar ajuda para alcançar as metas traçadas. Portanto é de suma

importância que esse projeto leve em conta a realidade e o contexto que o influenciaram e

seja acompanhado na prática diária do professor, da equipe pedagógica e do Conselho

Escolar, enfim, por todos que direta ou indiretamente estão inseridos em seu contexto de

metas e ações a serem realizados.

Portanto, este projeto será constantemente avaliado buscando alternativas ou

redirecionamentos para as dificuldades encontradas na sua concretização. Anualmente ao

nos reunirmos para uma reavaliação geral do Projeto Político Pedagógico estaremos

também reavaliando a nossa sistemática de avaliação, assim como nosso planejamento,

visando a melhoria e qualidade do processo ensino-aprendizagem; que direção tomar e, se

os saldos forem positivos, dar continuidade com mais dinamismo, buscando sempre os

objetivos finais.

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9.4 Hora Atividade

A Lei nº 13807, 30/09/2002, institui a hora atividade no Estado do Paraná como

período em que o professor desempenha funções de docência, reservado a estudos,

planejamento, reunião pedagógica, atendimento à comunidade escolar, preparação de

aulas, avaliação dos alunos e outras correlatas, devendo ser cumprida integralmente no

local e período de exercício.

Este Estabelecimento de Ensino procurará conforme preconiza o item 7 da

Instrução nº 02/04-SEED/SEED distribuir a hora atividade visando fornecer o trabalho

coletivo dos professores que atuam na mesma turma, série ou por área de conhecimento,

ou ainda a formação de grupos que favoreçam o trabalho interdisciplinar, que reflete na

possibilidade de mudar o cotidiano pedagógico, promovendo a aplicação da teoria à

prática.

Para o cumprimento da hora atividade, esta instituição oferece como espaço a sala

dos professores e o laboratório do Paraná Digital.

Abrange um percentual de 20% da carga contratual docente e cabe à Direção e

equipe pedagógica coordenar as atividades coletivas, bem como acompanhar as

atividades individuais a serem desenvolvidas na hora atividade.

9.5 Papel das Instâncias Colegiadas

9.5.1 Direção

O Diretor da Escola é o profissional do magistério, eleito na forma da Lei vigente,

que tem a função de dinamização, sistematização e avaliação do processo, tendo em vista

a socialização do saber elaborado e democratização das relações no interior da escola,

entendendo nesse processo a participação da comunidade vigente e as diretrizes da

política educacional da SEED.

Esta função tem uma natureza política, e como objeto de suas ações a gestão

escolar democrática.

Ao coordenar o trabalho geral da escola, lidar com os conflitos, encaminhando ou

solucionando os problemas do cotidiano, objetivando sempre o melhor para o

desenvolvimento da função pedagógica da escola, o diretor apresenta-se como o

responsável máximo no âmbito da unidade escolar.

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9.5.2 Conselho Escolar

A Constituição Federal, em seu artigo 205, expressa que a educação, direito de

todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da

sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da

cidadania e sua qualificação para o trabalho.

Ainda na Constituição Federal, no artigo 206, fica expresso que o ensino será

ministrado com base em alguns princípios, entre eles a gestão democrática do ensino

público, na forma de lei.

Um dos objetivos e prioridades expressos no Plano Nacional de Educação (PNE),

lei aprovada em 2001, foi a democratização da gestão de ensino público nos

estabelecimentos oficiais, sendo uma das metas a criação de Conselhos Escolares nas

escolas de educação infantil, ensino fundamental e médio.

Aos Conselhos Escolares desempenham função consultiva, normativa e

fiscalizadora em questões pedagógicas, administrativas e financeiras, cabendo ao mesmo

reforçar o projeto político da escola, bem como de organização educativa da unidade

escolar, que deverá orientar-se pelo princípio democrático de participação.

Segundo Antunes (2002), é de fundamental importância a compreensão do papel

político do Conselho como instância deliberativa e coletiva que, por um lado, não inclui ou

nega as responsabilidades legais e inerentes aos cargos existentes na escola, por outro

lado, conta com a contribuição daqueles que participam nas tomadas de decisões.

Assim faz-se necessário o empenho de esforços para induzir a criação e o

fortalecimento do Conselho Escolar, bem como capacitar os membros para que contribuam

para a melhoria de qualidade de ensino ofertado e para garantir efetiva participação da

comunidade escolar na gestão da escola.

Como um ato democrático, a eleição do Conselho Escolar acontece através de

carta-convite aos pais e membros da comunidade seguida de reunião para aprovação dos

membros do conselho.

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9.5.3 Conselho de Classe

O Conselho de Classe é um dos vários mecanismos que possibilitam a gestão

democrática na escola.

O Conselho de classe é um órgão colegiado de natureza deliberativa e consultiva

em assuntos pedagógicos, com atuação a cada turma ou classe da escola tendo como

objetivo acompanhar o processo ensino-aprendizagem, nos seus diversos aspectos.

Tem como foco principal, diagnosticar dificuldades dos alunos, determinando

áreas de estudo e através da proposta pedagógica e o sistema de recuperação implantado

pela escola, fazer um trabalho de mediação para sanar as dificuldades detectadas.

Partindo desse pressuposto, o Conselho de Classe deve ser um momento de

debate e discussões, que tenha como um dos objetivos o trabalho coletivo e democrático,

no qual todos os agentes envolvidos possam opinar objetivando uma melhor prática

pedagógica.

Em uma escola onde a gestão democrática é realidade, o Conselho de Classe

desempenha o papel de avaliação dos alunos e de autoavaliação das práticas escolares,

pois cabe ao mesmo verificar se os objetivos, conteúdos, procedimentos metodológicos,

avaliativos e relações estabelecidas na ação pedagógica educativa, estão sendo

cumpridas de maneira coerente com o Projeto Político Pedagógico.

Favorece a integração entre professores, a análise do currículo e a eficácia dos

métodos utilizados; facilita a compreensão dos fatos com a exposição de diversos pontos

de vista.

Nesse Estabelecimento de Ensino, o Conselho de Classe objetiva analisar

coletivamente o processo ensino aprendizagem dos alunos de cada turma. Neste aspecto,

haverá tantos Conselho de Classe quantas forem as turmas constituídas.

É um momento de reflexão e análise sobre os resultados do trabalho pedagógico

realizado e de elaboração conjunta de estratégias de ações visando a melhoria da

aprendizagem dos alunos com dificuldades, buscando superar o caráter

comportamentalista que, muitas vezes, norteia o seu direcionamento.

É realizado trimestralmente e ordinariamente em datas previstas no Calendário

Escolar e extraordinariamente quando se fizer necessário.

A convocação para as reuniões é feita com antecedência de no mínimo 48 horas,

por meio de editais, sendo obrigatória a participação de todos os professores em atividade

pedagógica na escola, sendo estendido o convite aos pais e segmentos dos órgãos

colegiados.

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9.6 Regimento Escolar

9.6.1 Do Processo de Classificação

A classificação no Ensino Fundamental é o procedimento que o Estabelecimento

de Ensino adota para posicionar o aluno na etapa de estudos compatível com a idade,

experiência e desenvolvimento adquiridos por meios formais ou informais, podendo ser

realizada:

• por promoção para alunos que cursaram, com aproveitamento, a série ou fase

anterior, na própria escola;

• por transferência, para os alunos procedentes de outras escolas, do país ou do

exterior, considerando a classificação da escola de origem;

• independentemente da escolarização anterior, mediante avaliação para posicionar o

aluno na série compatível ao seu grau de desenvolvimento e experiência, adquiridos

por meios formais ou informais.

A classificação tem caráter pedagógico centrado na aprendizagem, e exige as seguintes

ações para resguardar os direitos dos alunos, das escolas e dos profissionais:

• organizar comissão formada por docentes, pedagogos e direção da escola para

efetivar o processo;

• proceder avaliação diagnóstica, documentada pelo professor ou equipe pedagógica;

• comunicar o aluno e/ou responsável a respeito do processo a ser iniciado, para

obter o respectivo consentimento;

• arquivar Atas, provas, trabalhos ou outros instrumentos utilizados;

• registrar os resultados no Histórico Escolar do aluno.

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9.6.2 Do Processo de Reclassificação

A reclassificação é o processo pelo qual o Estabelecimento de Ensino avalia o

grau de experiência do aluno matriculado, preferencialmente no início do ano, levando em

conta as normas curriculares gerais, a fim de encaminhá-lo à etapa de estudos compatível

com sua experiência e desenvolvimento, independentemente do que registre o seu

Histórico Escolar.

Cabe aos professores, ao verificarem as possibilidades de avanço na

aprendizagem do aluno, devidamente matriculado e com freqüência na série/disciplina, dar

conhecimento à equipe pedagógica para que a mesma possa iniciar o processo de

reclassificação.

Os alunos quando maior, ou seus responsáveis, poderão solicitar aceleração de

estudos através do processo de reclassificação, facultando à escola aprová-lo ou não.

A equipe pedagógica comunicará, com a devida antecedência, ao aluno e/ou

seus responsáveis, os procedimentos próprios do processo a ser iniciado, a fim de obter o

devido consentimento.

A equipe pedagógica do Estabelecimento de Ensino, assessorada pela equipe do

Núcleo Regional de Educação, instituirá Comissão, conforme orientações emanadas da

SEED, a fim de discutir as evidências e documentos que comprovem a necessidade da

reclassificação.

Cabe à Comissão elaborar relatório dos assuntos tratados nas reuniões, anexando

os documentos que registrem os procedimentos avaliativos realizados, para que sejam

arquivados na Pasta Individual do aluno.

O aluno reclassificado deve ser acompanhado pela equipe pedagógica, durante

dois anos, quanto aos seus resultados de aprendizagem.

O resultado do processo de reclassificação será registrado em Ata e integrará a

Pasta Individual do aluno.

O resultado final do processo de reclassificação realizado pelo Estabelecimento de

Ensino será registrado no Relatório Final, a ser encaminhado à SEED.

A reclassificação é vedada para a etapa inferior à anteriormente cursada.

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9.6.3 Da Progressão Parcial

A matrícula com Progressão Parcial é aquela por meio da qual o aluno, não

obtendo aprovação final em até três disciplinas em regime seriado, poderá cursá-las

subseqüente e concomitantemente às séries seguintes.

O Estabelecimento de Ensino não oferta aos seus alunos matricula com

Progressão Parcial.

As transferências recebidas de alunos com dependência em até três disciplinas

serão aceitas e deverão ser cumpridas mediante plano especial de estudos.

9.6.4 APMF

Sendo um órgão de representação dos Pais, Mestres e Funcionários, não tem

caráter político partidário, religioso, racial e nem fins lucrativos.

O objetivo de todo o trabalho da APMF é a integração entre família, educadores e

escola.

A escola tem como preocupação maior buscar a participação de toda a

Comunidade Escolar, num exercício de administração compartilhada, onde todas as vozes

possam ser ouvidas e no qual todos desejam alcançar o mesmo objetivo: ensino de

qualidade.

A APMF deste Estabelecimento de Ensino contribuirá com a gestão discutindo e

atuando na elaboração da proposta pedagógica, participando nas ações escolares com o

envolvimento de todos os membros da comunidade educativa, conhecendo as reais

necessidades da mesma e contribuindo para sua superação.

Através de um gesto democrático, a eleição da APMF acontece por meio de carta-

convite aos pais e membros da comunidade seguida de reunião, com eleição para

preenchimento dos cargos por pais, mestres e funcionários paritariamente que ocorrerão

binualmente.

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9.6.5 Agentes Educacionais I e II

Partindo do ponto de que a educação vai além da sala de aula e de que todos os

espaços da escola são importantes (espaços educativos),os agentes educacionais I e II

são educadores. Consideramos, portanto, que do Projeto Político Pedagógico deve

acontecer a partir da ação empreendida pelo coletivo escolar e que todos são

responsáveis, devem estar comprometidos com a qualidade da educação. Como

educadores, cabe também aos agentes educacionais um envolvimento nas unidades de

ensino em que atuam, essa participação deve ser conjunta, atuante e de modo integrado.

Os agentes educacionais devem ter participação coletiva nos processos decisórios

da escola, para isso, devem compreender o contexto social em que estão inseridos. Essa

participação está bem definida nos órgãos que fazem parte da escola: APMF, Conselho

Escolar, etc.

O trabalho pedagógico escolar exige a participação de todos os sujeitos do

processo educativo: professores, funcionários, pais, alunos, direção, equipe pedagógica e

comunidade em geral, assim a construção do Projeto Político Pedagógico deve ser

compreendido numa perspectiva democrática, pautada no trabalho coletivo da comunidade

escolar, com observância dos dispositivos constitucionais.

9.7 Cursos / Programas / Projetos

9.7.1 Ofertados pela escola (Projetos)

a) Título: “CONHECENDO INDÚSTRIAS”

b) Título: “EDUCANDO PARA O TRÂNSITO”

c) Título: “EU AMANHÔ

d) Título: “HORTA SAÚDE EM TUAS MÃOS”

e) Título: “BIODIESEL – O COMBUSTÍVEL ECOLÓGICO”

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9.8 Diversidade

A Lei 10,639/03 de 09 de janeiro de 2003, estabelece que o currículo escolar, em

todas as disciplinas, em especial Arte, Língua Portuguesa e História, devem resgatar por

meio dos conteúdos a contribuição do povo negro nas áreas sociais, econômica, e política.

Com o objetivo de reconhecer e valorizar as raízes africanas na construção do

nosso país, os conteúdos devem retratar por meio de abordagens positivas a importância

da cultura africana na história do Brasil.

A África é denominada como berço da humanidade, tendo sido o lugar de

desenvolvimento de grande parte do conhecimento das populações humanas. As primeiras

culturas agrícolas, pastoris tiveram desenvolvimento importante em solo africano.

As culturas de manufaturas e das artes também foram intensamente procuradas

pelos diversos povos africanos.

No campo da filosofia, da matemática e da cultura letrada, a África precede outros

continentes, realiza um significativo e inesgotável acervo. A realização de cidades, reinos,

impérios e sistemas comerciais fazem parte do passado africano em todas as regiões do

continente. Essa enumeração de parte do processo civilizatório da humanidade é

necessária para ilustrar a bagagem que os cativos africanos trouxeram para o Brasil, em

todos os campos da agricultura, da mineração, da manufatura, da pesca e do comércio,

tornando nosso país, em grande escala, consequência do conhecimento e da experiência

histórica dos africanos.

Durante séculos, essa contribuição tem sido ignorada e cabe aos professores

recuperá-la, fazendo abordagens positivas, garantindo uma educação pautada pelo

respeito à diversidade étnica que compõe nosso alunado.

Combater barreiras estabelecidas por preconceitos, estereótipos e discriminações,

deve ser o propósito dos educadores visando proporcionar uma educação compatível com

uma sociedade democrática, onde o aluno afro-descendente possa assumir-se como

cidadão crítico, participativo, sentindo orgulho de suas origens e fortalecendo sua

identidade.

Fazem parte do Departamento da Diversidade:

• Relações Étnico-Raciais e Afro descendência – Lei no 10.639/03

• Educação Escolar Indígena – Lei no 11.645/08

• Educação do Campo

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• NGDS (Núcleo de Gênero e Diversidade Sexual) – Parecer CEE 01/09

• Paraná Alfabetizado

9.8.1 Educação do Campo

A Educação do Campo é uma política pública do Estado do Paraná e tem com

meta difundir e fortalecer a identidade do campo, valorizando a história e a cultura dos que

tiram da terra o seus sustento e possibilitando o acesso à educação, no próprio espaço

social, cultural e econômico por meio de uma organização escolar de acordo com a

realidade do campo.

A escola, como centro de formação humana e espaço de construção e

sistematização de conhecimentos deve contemplar a diversidade do campo em todos os

seus aspectos: sociais, culturais, políticos, econômicos, de gênero, geração e etnia.

Precisa possibilitar que os sujeitos do campo compreendam a realidade em que

estão inseridos no seu movimento histórico, nas suas contradições em relação a um

contexto mais amplo, tanto no que se refere à articulação campo-cidade quanto ao

processo de desenvolvimento, de globalização, de lutas sociais.

A perspectiva de uma Educação do Campo articula-se a um projeto político e

econômico de desenvolvimento local e sustentável, a partir da perspectiva dos interesses

dos povos em que nele vivem.

Em síntese, o campo retrata uma diversidade sociocultural, que se dá a partir dos

povos que nele habitam: assalariados rurais temporários, posseiros, meeiros,

arrendatários, acampados, assentados, reassentados atingidos por barragens, pequenos

proprietários, vileiros rurais, povos das florestas, etnias indígenas, comunidades negras

rurais, quilombos, pescadores, ribeirinhos, e outros mais. Entre estes, há os que estão

vinculados a alguma forma de organização popular, outros não. São diferentes gerações,

etnias, crenças e diferentes modos de trabalhar, de viver, de se organizar, de resolver os

problemas, de lutar, de ver o mundo e de resistir no campo.

Toda essa diversidade encontrada nas populações do campo paranaense sinaliza

um fato que não pode ser deixado de lado; as escolas de campo terão presente no seu

interior essa conflituosa, por isto rica, diversidade sociocultural e política.

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9.8.2 Educação Indígena

A Constituição de 1988 colocou sobre novas bases os direitos indígenas. São

direitos constitucionais dos povos indígenas: o reconhecimento e a garantia de seus

territórios, de suas formas de organização social e de sua produção sociocultural, o ensino

ministrado nas línguas indígenas e o reconhecimento dos processos próprios de

aprendizagem.

Para garantir esses direitos nosso sistema educacional deve se organizar para

uma educação que reconheça e valorize a diversidade sóciocultural indígena,

consolidando-a como patrimônio cultural da nação brasileira.

A escola indígena deve ser espaço intercultural onde se debatem e se constroem

conhecimentos e estratégias sociais sobre a situação de contato interético. Deve ser

voltado às necessidades e interesses das comunidades indígenas, dando respostas aos

objetivos pretendidos em relação à escola a partir de interesses e necessidades

particulares de cada sociedade indígena.

Professores indígenas, teorizam que a escola deve “contribuir para que efetive o

projeto de autonomia dos povos indígenas, a partir de projetos históricos, desenvolvendo

novas estratégias de sobrevivência física, linguística e cultural, no contato com a economia

de mercado” e desenvolver nos alunos e professores a capacidade de discussão de pontos

polêmicos da vida em sociedade, oferecendo possibilidades de crítica e conhecimento de

problemas.

Desse modo, as práticas pedagógicas e curriculares mantém uma relação estreita

com os sentidos e funções que a comunidade atribui à escola indígena.

9.8.3 Gênero e Diversidade Sexual

Nas sociedades ocidentais modernas, entre elas a brasileira, a sexualidade parece

ter uma evidente centralidade. Na escola e no cotidiano escolar, a sexualidade está

presente como em qualquer outro ambiente social.

Discutir a sexualidade na escola, não é uma escolha neutra e sim fundamentada

numa postura pedagógica que entende a sexualidade como uma construção histórica

social.

O tratamento pedagógico dos temas relativos à sexualidade deve considerar as

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reproduções de padrões sociais feita na escola, que muitas vezes fundamenta-se apenas

no senso comum e são influenciadas por fatores culturais relacionados a crenças e valores

pessoais.

A intenção é ampliar e sistematizar as discussões, incluindo elementos

fundamentais para o entendimento da sexualidade como um processo histórico e

priorizando uma abordagem pedagógica desprovida de preconceitos e discriminações.

Com isso, podemos considerar que a sexualidade de constitui-se em uma

categoria de análise mais ampla, que considera as relações de poder, os referenciais de

classe, as relações entre gêneros, a diversidade sexual, os aspectos sociais, históricos,

políticos, econômicos, éticos e religiosos.

Diante disso, as discussões sobre sexualidade precisam se dar nas várias

disciplinas escolares por meio de conteúdos elencados nas diretrizes curriculares em

detrimento de uma discussão insipiente e desarticulada do contexto escolar.

Nessa perspectiva é importante o compromisso dos professores e professoras das

diversas disciplinas escolares em assumir essa discussão de forma sistematizada, com

vistas a resgatar a função social da escola de tratar pedagogicamente essa demanda

educacional.

9.8.4 Paraná Alfabetizado

O programa Paraná Alfabetizado é uma ação do Governo do Paraná que busca

garantir a alfabetização ao maior número possível de jovens, adultos e idosos residentes

no Paraná, por entender a leitura e a escrita como direito elementar da cidadania.

Considera, também, a tarefa alfabetizadora não apenas como ensinar a ler, escrever e

interpretar o próprio nome, um texto simples e as operações matemáticas básicas, mas

busca sensibilizar a população não alfabetizada a ingressar no universo da escolarização.

9.8.5 Relações Étnicos-Raciais

A escola enquanto instituição social responsável por assegurar o direito da

educação a todo e qualquer cidadão, deverá se posicionar politicamente, como já vimos,

contra toda e qualquer forma de discriminação. A luta pela superação do racismo e da

discriminação racial, é pois, tarefa de todo e qualquer educador, independentemente do

seu pertencimento étnico-racial, crença religiosa ou posição política.

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Trabalhar com diversidades culturais explorando as diferenças etnico-raciais na

sala de aula e na sociedade possibilitando a reflexão crítica, o pensar do aluno a partir de

suas experiências de vida, do seu cotidiano pode ser o caminho para a construção de

relações raciais e sociais sadias em que todos cresçam e se realizem enquanto seres

humanos e cidadãos.

Combater o racismo, trabalhar pelo fim da desigualdade social e racial, impõe

aprendizagem que ofereçam conhecimentos e posturas que visam a emancipação dos

grupos discriminados, ao proporcionar acesso aos conhecimentos científicos, a registros

culturais diferenciados, à conquista de racionalidade que rege as relações sociais e raciais,

a conhecimentos avançados, indispensáveis para consolidação e concerto das nações

como espaços democráticos e igualitários.

9.9 Desenvolvimento Sócioeducacional

9.9.1 Enfrentamento à Violência

A violência encontra facilitadores na sociedade contemporânea como a

individualização, o consumo, a competição e a perda do sentido de solidariedade e

alteridade.

Pode ser definida como uso da força física, mas não se limita a isso, mas a

ameaça ou possibilidade de uso constitui dimensão fundamental de sua natureza. (Gilberto

Velho, 1996, p. 10).

A relação da escola com a questão da violência decorre da compreensão que se

tem da própria natureza, da violência em que se compreende que ela é um processo de

desorganização do espaço social, que também se efetiva na escola, no cotidiano do

trabalho docente e discente.

O papel pedagógico da escola deve ter como objetivo desenvolver e promover um

processo de humanização fundamentado no conhecimento científico, que é próprio do ser

humano.

A violência escolar deve ser pensada e enfrentada a partir do trabalho coletivo e o

exercício efetivo da gestão democrática.

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9.9.2 Educação Ambiental (Lei nº 9795 de 27 de abril de 1999)

Os problemas ambientais, marcados pela degradação socioambiental é fruto da

fragilidade de valores que orientam a relação ser humano e natureza.

Hoje, a relação do homem com a natureza baseada na dominação, não tem mais

sentido. É preciso desvencilhar desse modo de pensar e agir e buscar uma alternativa

pautada num processo reflexivo e crítico e deflagar ação consciente e transformadora no

modo de conceber o ambiente.

Problemas com o aquecimento global, as mudanças climáticas, o esgotamento dos

recursos hídricos, a racionalização do uso da energia vêm se tornando frequentes no

mundo contemporâneo, este marcado pela globalização e disseminação da sociedade de

consumo.

Promover a educação ambiental de forma integrada e abrangente busca criar

condições para transformar posturas e incentivar a participação individual e coletiva,

permanente e responsável na preservação do meio ambiente, estendendo-se na defesa da

qualidade ambiental como um valor inseparável no exercício da cidadania.

A educação ambiental deve permitir a compreensão da natureza complexa do

meio ambiente e interpretar a interdependência entre os diversos elementos que formam o

ambiente, numa abordagem interdisciplinar e sistemática de modo a consolidar a formação

de um cidadão consciente do ambiente total.

Ressalta-se que o processo formativo estabelecido pela educação ambiental, deve

contribuir para a formação de sujeitos políticos, capazes de pensar e agir criticamente na

sociedade, buscando nas vias de sustentabilidade, emancipação e transformação social.

9.9.3 Prevenção ao uso indevido de Drogas

Os adolescentes são mais suscetíveis ao uso indevido de drogas, em função da

fase de desenvolvimento psíquico em que se encontram.

A principal característica dessa faixa etária é estar mais suscetível a

comportamento de risco, de um modo geral. No entanto, essa característica se expressa

de formas diferentes, conforme o contexto em que os jovens vivem, o que os coloca em

diferentes graus de vulnerabilidade em relação às drogas.

Neste sentido, a escola precisa tratar as questões referentes à prevenção ao uso

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indevido de drogas, conforme à sua realidade e a necessidade, desenvolvendo ações a

partir do que está sendo vivido, pensado e realizado pela comunidade escolar.

Para tanto, precisa-se considerar uma prática escolar fundamentada numa relação

dialógica entre professores e alunos, onde ambos possam refletir sobre as implicações das

drogas para o indivíduo e para a sociedade. Esse diálogo aproxima a discussão sobre a

prevenção ao uso indevido de drogas à realidade local, considerando as necessidades e

dificuldades da própria escola.

9.10 Formação Continuada

• Cursos promovidos pela SEED/NRE, como: PDE, NRE Itinerante, Pró-Info,

Grupos de Estudos, Seminários e outros.

• Reuniões Pedagógicas.

• Palestras promovidas pela escola com diferentes temas.

• Cursos de aperfeiçoamento pessoal em outros Estabelecimentos de Ensino,

tomados por iniciativa do Profissional de Educação.

9.11 Equipe Multidisciplinar

Em consonância com as políticas públicas estabelecidas pela Secretaria de Estado

da Educação, constituiu-se neste Estabelecimento de Ensino uma Equipe Multidisciplinar,

coordenada pela equipe pedagógica e instituída por instrução da SUED/SEED, de acordo

com o disposto no art. 8º da Deliberação nº 04/06 – CEE/PR, com a finalidade de orientar e

auxiliar o desenvolvimento das ações relativas à Educação das Relações Étnico-Raciais e

ao Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira, Africana e Indígena, ao longo do período

letivo.

Cabe a Equipe Multidisciplinar subsidiar as ações da equipe pedagógica na

mediação com os professores na elaboração do Plano de Trabalho Docente, subsidiando

ações que efetivem a ERER e o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira, Africana e

Indígena, conforme orientações expedidas pelo DEDI/SUED. Dar suporte ao Conselho

Escolar na realização de ações de enfrentamento do preconceito, discriminação e racismo

no ambiente escolar, apoiando os professores, equipe pedagógica. Direção, funcionários,

pais e alunos.

Compete ainda promover ações voltadas aos grupos de estudos, reuniões,

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socialização de experiências realizadas pelos professores e incentivá-lo participar de

formação continuada.

Conforme a lei nº 11.645/08 que estabelece as diretrizes e bases da educação

nacional a inclusão no currículo da rede de ensino a obrigatoriedade da temática “ História

e Cultura Afro-Brasileira e Indígena”, é planejado anualmente neste Estabelecimento de

Ensino, através de um trabalho coletivo entre a Equipe Multidisciplinar, professores e

equipe pedagógica, ações e atividades com o propósito de combater as desigualdades

sociais, preconceitos étnico-raciais e discriminações que ainda permeiam a nossa

sociedade.

Instituiu-se através da construção e organização de uma agenda no qual o tema

referente à História e a Cultura Indígena será trabalhado no primeiro semestre nas

diversas disciplinas do currículo e no segundo semestre referente à Cultura Afro- Brasileira

e Africana por meio de pesquisas, visitas, filmes, teatro, danças e atividades diversas,

firmando o compromisso com as datas definidas para a efetivação das atividades

pedagógicas sobre as temáticas bem como das datas da culminância de todas as

atividades desenvolvidas.

10. PLANO DE AÇÃO 2012

AÇÕES COMO PREVISÃO PESSOAS ENVOLVIDAS

Retomada do P.P.P. Reflexão coletiva sobre as concepções teóricas

Semana de capacitação – fev. /2012.

Professores, Equipe Pedagógica, Conselho Escolar e APMF.

Conscientização dos direitos e deveres dentro do Regimento Escolar.

Reunião/palestra com o promotor de justiça para os pais dos alunos do período noturno

Dia 29/02/2012. Representante do Conselho Tutelar,Patrulha Escolar,

Direção, Equipe Pedagógica, Professores e Alunos.

Repasse do Regimento Escolar e do Sistema de Avaliação.

Reunião de pais. Dia 14/03/2012 Direção, Equipe Pedagógica e professores.

Campanha de combate a Dengue.

Palestra ministrada pela equipe de Controle a Edemias do Município

Julho/2012 Comunidade Escolar

Palestra preventiva Palestra com a Patrulha Escolar na sala de aula

Maio e Junho de 2012

Alunos, professores , equipe pedagógica e representantes da

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Patrulha escolar.Estímulo a qualidade de ensino

1. Dia Internacional da mulher2. Projeto de Leitura3. Manutençao da horta4. Conhecendo Indústrias5. Projeto Cem anos de Helena Kolody6. Projeto Óleo: A responsabilidade é sua.7. Projeto corrupção: o que você tem a ver com isso.8. Projeto construindo a paz

1. 08/03/20122. 1º semestre3. março a dezembro4. 1º semestre5. maio a novembro6. anual7. 2º semestre9. 2º semestre8. anual

1. Direção e Equipe Pedagógica2. Docente de Língua portuguesa e alunado 3. Docente e alunado4. Docente de Geografia e alunado do 8º ano.5. Porfessores e alunos6. comunidade escolar7. Direção, professores, alunos e equipe pedagógica8. Professores, alunos , equipe pedagógica.

Estímulo a convivência social e incentivo a qualidade de vida.

1. Interclasse2. Loto pé3. Eu, amanhã4. Festa Junina5. Festival de pipas6. Gincana da latinha7. Chá das mães.

1. Um por semestre2. 2º semestre3. 2º semestre4. 2º semestre5. 2º semestre6. anual7. maio de 2012

1. Docente de Educação Física e alunado2. Docente de Educação Física, alunado e pais3. Direção, equipe pedagógica, docentes, funcionários, avós e alunado4. Direção, Docentes de Arte, Educação Física, Equipe pedagógica e alunado5. Docente de Arte, Educação Física e alunado6. Docente, alunos e equipe pedagógica.7. Direção, equipe pedagógica, professores e mães de alunos.

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11. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Art Méd Editora S.A., p. 12 – 15, out. 2005.

CASTELLANO, Melissa. Paulo Freire. Um Legado sem Fim. Revista aprende Brasil.

Curitiba: Editora Positivo p.32-36, abr. 2005.

DEMO, Pedro. Ser professor é cuidar que o aluno aprenda. Porto Alegre – RS:

Mediação , 2004.

GADOTTI, Moacir. O paradigma do Oprimido. Pátio Revista Pedagógica. Porto Alegre:

GASPARIN, João Luiz, Uma Didática para a Pedagogia Histórico – Crítica: 5ª ed. rev. -

Campinas, SP: Autores Associados,2009.

GIMENO SACRISTAN, J. Currículo e diversidade cultural. In: SILVA, Toma Tadeu da &

MOREIRA, Antônio Flávio (orgs). Territórios Contestados: o currículo e os novos

mapas culturais. Petrópolis, RJ: VOZES, 1995.

JARES, Xesús R. A Cidadania no Currículo. Revista pátio, p 9,10, ano IX, nº 36, FNDE,

Artmed, novembro de 2005.

LIBÂNEO, José Carlos, Adeus professor, adeus professora: novas exigências

educacionais e profissão docente. São Paulo, Editora Cortez, 2002.

MIMI, Reiko. Pense em Estratégias para Reduzir as Desigualdades. Revista Gestão em

Rede. Curitiba: reprocet Ind Gráfica, p. 5-8, dez. 2003.

SAVIANI, Dermeval. A nova LDB ao novo plano nacional de educação: por uma

política educacional. 5ª ed. Campinas – SP: Autores Associados, 2004.

SAVIANI, Dermeval. Pedagogia Histórico-crítica. Campinas - SP: Autores

Associados , 2003.

STRECK, Danilo R. (org), Paulo Freire, Ética, Utopia e Educação. Petrópolis, RJ: Vozes

Ltda, 1999.

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12. ANEXOS

12.1 Matriz Curricular

GRADE CURRICULAR DO ENSINO FUNDAMENTAL - Matutino

Município: ARAPONGASEstabelecimento: ESCOLA ESTADUAL PROFª JÚLIA WANDERLEYPeríodo: 2012-1Curso: ENSINO FUNDAMENTAL de 6º / 9º ANOTurno: MANHÃCódigo Matriz: 86923

MATRIZ CURRICULAR ORGANIZAÇÃO DA MATRIZ

VISUALIZAÇÃO DA MATRIZ

Nº Nome da Disciplina (Código SAE)

Composição Curricular

Carga Horária Semanal das

Seriações

Grupo Disciplina

O(*)

6º 7º 8º 9º

1 ARTE (704) BNC 2 2 2 2 S

2 CIENCIAS (301) BCN 3 3 3 4 S

3 EDUCAÇÃO FISICA (601) BCN 3 3 3 2 S

4 ENSINO RELIGIOSO (7502)

BCN 1 1 0 0 S

5 GEOGRAFIA (401) BCN 3 3 4 3 S

6 HISTORIA (501) BNC 3 3 3 4 S

7 LINGUA PORTUGUESA (106)

BCN 4 4 4 4 S

8 MATEMATICA (201) BCN 4 4 4 4 S

9 L.E.M.-INGLES (1107) PD 2 2 2 2 S

Total C.H. Semanal

25 25 25 25

(*) Indicativo de Obrigatoriedade

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GRADE CURRICULAR DO ENSINO FUNDAMENTAL - Vespertino

Município: ARAPONGASEstabelecimento: ESCOLA ESTADUAL PROFª JÚLIA WANDERLEYPeríodo: 2012-1Curso: ENSINO FUNDAMENTALDE 6º / 9º ANOTurno: TARDECódigo Matriz: 86924

MATRIZ CURRICULAR ORGANIZAÇÃO DA MATRIZ VISUALIZAÇÃO DA MATRIZ

Nº Nome da Disciplina (Código SAE)

Composição Curricular

Carga Horária Semanal das

Seriações

Grupo Disciplina O(*)

6º 7º 8º 9º

1 ARTE (704) BNC 2 2 2 2 S

2 CIENCIAS (301) BCN 3 3 3 4 S

3 EDUCAÇÃO FISICA (601) BCN 3 3 3 2 S

4 ENSINO RELIGIOSO (7502)

BCN 1 1 0 0 S

5 GEOGRAFIA (401) BCN 3 3 4 3 S

6 HISTORIA (501) BNC 3 3 3 4 S

7 LINGUA PORTUGUESA (106)

BCN 4 4 4 4 S

8 MATEMATICA (201) BCN 4 4 4 4 S

9 L.E.M.-INGLES (1107) PD 2 2 2 2 S

Total C.H. Semanal

25 25 25 25

(*) Indicativo de Obrigatoriedade

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GRADE CURRICULAR DO ENSINO FUNDAMENTAL - Noturno

Município: ARAPONGASEstabelecimento: ESCOLA ESTADUAL PROFª JÚLIA WANDERLEYPeríodo: 2012-1Curso: ENSINO FUNDAMENTAL DE 8º/9º ANOTurno: NOITECódigo Matriz: 86925

MATRIZ CURRICULAR ORGANIZAÇÃO DA MATRIZ VISUALIZAÇÃO DA MATRIZ

Nº Nome da Disciplina (Código SAE)

Composição Curricular

Carga Horária Semanal das

Seriações

Grupo Disciplina O(*)

8º 9º

1 ARTE (704) BNC 2 2 S

2 CIENCIAS (301) BCN 3 4 S

3 EDUCAÇÃO FISICA (601) BCN 3 2 S

4 ENSINO RELIGIOSO (7502) BCN 0 0 S

5 GEOGRAFIA (401) BCN 4 3 S

6 HISTORIA (501) BNC 3 4 S

7 LINGUA PORTUGUESA (106)

BCN 4 4 S

8 MATEMATICA (201) BCN 4 4 S

9 L.E.M.-INGLES (1107) PD 2 2 S

Total C.H. Semanal

25 25

(*) Indicativo de Obrigatoriedade

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12.2. PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DAS DISCIPLINAS

12.2.1 ARTE

ESCOLA ESTADUAL PROFESSORA JÚLIA WANDERLEY

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR2012

PROFESSORAS:

Eloisa Elena Weiss Faria e

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Louise Cristine Silva Gonçalves de Araujo.

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1. Apresentação da Disciplina

A Arte na Escola brasileira passa por inúmeras mudanças, desde a célebre Missão Artística Francesa em 1816, trazida por Dom João VI, onde o ponto forte dessa escola era o desenho, com a valorização da cópia fiel e a utilização dos modelos europeus. A partir dessa época temos uma história do ensino da arte com ênfase no desenho, centrada na valorização do produto. O desenho deveria servir à ciência e à produção industrial, utilitária.

O ensino da música teve pouca projeção nas escolas até mais ou menos 1950, limitava-se a aulas de solfejo, canto orfeônico e memorização de hinos pátrios.

Entre as décadas de 50 e 60, começou-se a notar nas escolas a influência de um movimento denominado Escola Nova. O papel do professor era dar oportunidades para que o aluno se expressasse de forma espontânea, pessoal, o que vinha a ser a valorização da criatividade como máxima no ensino da arte. Como todo processo artístico deveria “brotar” do aluno o conteúdo dessas aulas era quase exclusivamente um “deixar-fazer” que muito pouco acrescentava ao aluno em termos de aprendizagem de arte.

Em 1971, com a Lei 5.692, foi criado o componente curricular Educação Artística. A lei, determinado que nessa disciplina fossem abordados conteúdos de música, teatro, dança e artes plásticas nos cursos de 1º e 2º graus, acabou criando a figura de um professor único que deveria dominar todas essas linguagens de forma competente.

Porém, ARTE É CONHECIMENTO, surge então a nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB nº9.394) aprovada em 20 de dezembro de 1996, estabelece em seu artigo 26, parágrafo 2º: “O ensino da arte constituirá componente curricular obrigatório, nos diversos níveis da educação básica, de forma a promover o desenvolvimento cultural dos alunos”.

Assim, a arte é importante na escola, principalmente porque é importante fora dela. Por ser um conhecimento construído pelo homem através dos tempos, a arte é um patrimônio cultural da humanidade e todo ser humano tem direito ao acesso a esse saber.

Nesse sentido o conhecimento teórico- prático dos fundamentos do teatro, dança, música e artes visuais como elementos essenciais para a formação dos sentidos humanos na familiarização dos bens culturais produzidos na história da humanidade. Enfoque da arte como área de conhecimento nas suas dimensões de criação, apreciação e comunicação como instrumento para a Educação Infantil e séries iniciais do Ensino Fundamental.

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6ºAno – ARTES VISUAIS

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ABORDAGEM PEDAGÓGICA

EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM

ELEMENTOS FORMAIS

COMPOSIÇÃOMOVIMENTOS E

PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

PontoLinhaFormaCorTexturaLuzVolume

BidimensionalTridimensionalFigurativaGeométricaTécnicas: Pintura,Desenho (memória, criação e observação) EsculturaHarmonia cromática: Primárias, Secundárias, Monocromia e PolicromiaHistórias em quadrinhosOrigami

Cultura Afro Brasileira e ParanaenseArte Popular (folclore)Arte IndígenaPré-História

Estudo dos elementos formais e sua articulação com os elementos de composição e movimentos e períodos das artes visuais.

Compreensão dos elementos que estruturam e organizam as artes visuais e sua relação com o movimento artístico no qual se originou.

6º Ano – MÚSICA

CONTEÚDOS ESTRUTURANTESABORDAGEM PEDAGÓGICA

EXPECTATIVAS DE

APRENDIZAGEM

ELEMENTOS FORMAIS

COMPOSIÇÃOMOVIMENTOS E

PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

AlturaDuraçãoTimbreIntensidade

RitmoMelodiaEntorno Sonoro

Popular (folclore)Afro brasileiroIndígenaClássicaHistória da música

Percepção dos elementos formais na paisagem sonora e na música. Audição de diferentes ritmos e escalas musicais.Teoria da música.Produção e execução de instrumentos rítmicos.

Compreensão dos elementos que estruturam e organizam a música e sua relação com o movimento artístico no qual se originou.

6ºAno – TEATRO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES ABORDAGEM EXPECTATIVAS

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PEDAGÓGICADE

APRENDIZAGEM

ELEMENTOS FORMAIS

COMPOSIÇÃOMOVIMENTOS E

PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

PersonagensExpressões: corporais, vocais, gestuais e faciais.AçãoEspaço

Técnicas: Improvisação, manipulação, fantoches.Espaço Cênico

Arte Popular (folclore)

Estudo da personagem, ação dramática e do espaço cênico e sua articulação com os elementos de composição, movimentos e períodos do teatro.

Compreensão dos elementos que estruturam e organizam o teatro e sua relação com o movimento artístico no qual se originou.

6º Ano– DANÇA

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ABORDAGEM PEDAGÓGICA

EXPECTATIVAS DE

APRENDIZAGEM

ELEMENTOS FORMAIS

COMPOSIÇÃOMOVIMENTOS E

PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

Movimento CorporalTempoEspaço

EixoDeslocamentoPonto de ApoioFormaçãoTécnica: coreografia

Popular

Estudo do movimento corporal, tempo, espaço e sua articulação com os elementos de composição e movimentos e períodos da dança.

Compreensão dos elementos que estruturam e organizam a dança e sua relação com o movimento artístico no qual se originou.

7º Ano – ARTES VISUAIS

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ABORDAGEM PEDAGÓGICA

EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM

ELEMENTOS FORMAIS

COMPOSIÇÃOMOVIMENTOS E

PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

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PontoLinhaFormaTexturaSuperfícieVolumeCorLuz

BidimensionalTridimensionalFigurativaAbstrataGeométricaSimetriaHarmonia Cromática: cores quentes e friasTécnicas: pintura, desenho, escultura,Gêneros: paisagem, retrato, natureza morta.

Arte EgípciaArte Grega e RomanaCultura Afro BrasileiraIndígenaParanaense

Percepção dos modos de estruturar e compor as artes visuais de acordo com os movimentos artísticos.Produção de trabalhos com artes visuais nas diversas técnicas.

Compreensão das diferentes formas artísticas, suas origens e práticas.Apropriação prática e teórica de técnicas e modos de composição visual.

7º Ano – MÚSICA

CONTEÚDOS ESTRUTURANTESABORDAGEM PEDAGÓGICA

EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM

ELEMENTOS FORMAIS

COMPOSIÇÃOMOVIMENTOS E

PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

AlturaDuraçãoTimbreIntensidade

RitmoMelodiaHarmonia

Música Brasileira: Samba/Bossa Nova.

Relação do conhecimento com formas artísticas populares e o cotidiano do aluno.Percepção dos modos de estruturar e fazer música nas diferentes formas musicais.Teoria da Música.

Compreensão dos estilos musicais brasileiros, suas origens e práticas.Apropriação prática e teórica de técnicas e modos de composição musical.

7º Ano –TEATRO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ABORDAGEM PEDAGÓGICA

EXPECTATIVAS DE

APRENDIZAGEM

ELEMENTOS FORMAIS

COMPOSIÇÃOMOVIMENTOS E

PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIEPersonagemExpressõesAçãoEspaço

RepresentaçãoEnredoCenografiaIluminação

Teatro Grego Relação do conhecimento com formas artísticas populares e o

Compreensão as manifestações teatrais dramatizadas.

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DireçãoProduçãoGêneros: tragédia, comédia.Técnica: mímica, ensaio.

cotidiano do aluno.Percepção da diversidade de expressão gestual através da mímica.Teoria do TeatroProdução coletiva de trabalhos do Teatro de Pantomima.

Apropriação prática e teórica da técnica e modo de composição teatral.

7º Ano – DANÇA

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ABORDAGEM PEDAGÓGICA

EXPECTATIVAS DE

APRENDIZAGEM

ELEMENTOS FORMAIS

COMPOSIÇÃOMOVIMENTOS E

PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

Movimento CorporalTempoEspaço

EixoCoreografiaDinâmicasAceleraçãoPonto de ApoioDeslocamento

Musicais

Relação do conhecimento com formas artísticas populares e o cotidiano do aluno.Percepção dos modos de fazer dança, como produto cultural e apreciação estética.Teoria da dança.

Compreensão das diferentes formas de dança no cinema e nas mídias.

Apropriação teórica e prática dos modos de composição da dança.

8º Ano – ARTES VISUAIS

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ABORDAGEM PEDAGÓGICA

EXPECTATIVAS DE

APRENDIZAGEM

ELEMENTOS FORMAIS

COMPOSIÇÃOMOVIMENTOS E

PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIEPontoLinhaFormaTexturaSuperfícieVolumeCorLuz

BidimensionalTridimensionalGeométricaSimetria e assimetriaCores: tons e matizes. Círculo cromáticoTécnicas: pintura, desenho,

Arte na Idade MédiaCultura Afro BrasileiraIndígenaIndustria CulturalOp ArtPop Art

Enfoque do significado da arte na sociedade contemporânea e em outras épocas. Teoria das Artes Visuais.Criação e construção de formas plásticas com técnicas, materiais e espaços

Compreensão da produção de obras em determinado contexto histórico.Apropriação prática e teórica dos modos de composição das artes visuais relacionadas à produção,

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escultura, colagem, fotografia.Gêneros: paisagem, retrato.

diversos.

divulgação e consumo.

8º Ano – MÚSICA

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ABORDAGEM PEDAGÓGICA

EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM

ELEMENTOS FORMAIS

COMPOSIÇÃOMOVIMENTOS E

PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

AlturaDuraçãoTimbreIntensidade

RitmoMelodiaHarmoniaTécnicas: vocal, instrumental, mista.

Música Brasileira.Estilos musicais.História do Rádio

Relação do conhecimento com formas artísticas populares e o cotidiano do aluno. Percepção dos modos de fazer música de diferentes movimentos.Teoria da Música.Apreciação significativa da música, envolvimento e compreensão da linguagem musical.

Compreensão da música em sua função social e ideológica, bem como produto cultural, histórico e de consumo.Apropriação prática e teórica dos modos de composição musical. Nas mídias, relacionadas a produção e consumo.

8º Ano – TEATRO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ABORDAGEM PEDAGÓGICA

EXPECTATIVAS DE

APRENDIZAGEM

ELEMENTOS FORMAIS

COMPOSIÇÃOMOVIMENTOS E

PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIEPersonagemExpressõesAçãoEspaço

RepresentaçãoEnredoCenografiaIluminaçãoDireçãoProduçãoGêneros: tragédia, comédia.Técnica: Jogos teatrais, Teatro de varetas.

Teatro Popular Enfoque do significado da arte na sociedade contemporânea e em outras épocas, abordando a mídia e os recursos tecnológicos na arte. Percepção dos modos de fazer teatro como expressão e comunicação.Teoria do TeatroProdução de trabalhos de representação nas

Compreensão das diferentes formas dramatizadas.Apropriação prática e teórica das propriedades comunicativas e expressivas.

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diferentes manifestações do teatro.

8º Ano – DANÇA

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ABORDAGEM PEDAGÓGICA

EXPECTATIVAS DE

APRENDIZAGEM

ELEMENTOS FORMAIS

COMPOSIÇÃOMOVIMENTOS E

PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

Movimento CorporalTempoEspaço

EixoCoreografiaDinâmicasAceleraçãoPonto de ApoioDeslocamento

Dança PopularCultura Afro-Brasileira

Enfoque do significado da arte na sociedade contemporânea e em outras épocas, abordando a mídia e os recursos tecnológicos na arte. Percepção dos modos de fazer dança suas origens e práticas.Teoria da dança.

Compreensão da dimensão da dança como expressão e comunicação humana.Apropriação teórica e prática dos modos de composição da dança.

9º Ano– ARTES VISUAIS

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ABORDAGEM PEDAGÓGICA

EXPECTATIVAS DE

APRENDIZAGEM

ELEMENTOS FORMAIS

COMPOSIÇÃOMOVIMENTOS E

PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

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LinhaFormaTexturaSuperfícieVolumeCorLuz

BidimensionalTridimensionalFigurativaGeométricaProgramação visual: Propaganda, Outdoor, Logotipo, Cartaz, Ilustração, Layout e Design.Técnicas: Pintura, Desenho de perpectiva, Escultura

RenascimentoBarrocoArte ContemporâneaArte ModernaSemana de arte moderna no BrasilCultura AfroArte Popular (Folclore)Indústria Cultural

Percepção dos modos de fazer trabalhos com artes visuais e sua função social.Teorias das Artes Visuais.Produção de trabalhos com os modos de organização e composição.

Compreensão da dimensão das artes visuais enquanto fator de transformação social.Produção de trabalhos, visando atuação do sujeito em sua realidade singular e social.

9º Ano – MÚSICA

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ABORDAGEM PEDAGÓGICA

EXPECTATIVAS DE

APRENDIZAGEM

ELEMENTOS FORMAIS

COMPOSIÇÃOMOVIMENTOS E

PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

AlturaDuraçãoTimbreIntensidade

RitmoMelodiaHarmoniaEstruturaTécnicas: Vocal, instrumental, Mista e Improvisação.Gêneros: Popular, étnico e folclórico.

Música Popular Brasileira.Música engajada.Jovem GuardaTropicália.História do Rádio

Percepção dos modos de fazer música e sua função social.Teorias da MúsicaProdução de trabalhos com os modos de organização e composição musical.

Compreensão da música como fator de transformação social.Produção de trabalhos musicais, visando atuação do sujeito em sua realidade singular e social.

9º Ano – TEATRO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ABORDAGEM PEDAGÓGICA

EXPECTATIVAS DE

APRENDIZAGEM

ELEMENTOS FORMAIS

COMPOSIÇÃOMOVIMENTOS E

PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIEPersonagemExpressões: corporais, faciais, gestuais e vocaisAçãoEspaço

RepresentaçãoRoteiroEnredoCenografiaSonoplastiaIluminaçãoFigurinosTécnicas: Monólogo, Jogos Teatrais.

Teatro do OprimidoTeatro do PobreRomantismo

Enfoque do caráter criativo da arte, a ênfase é na arte como ideologia e fator de transformação social. Percepção dos modos de fazer teatro e sua função social.Teorias do TeatroProdução de trabalhos

Compreensão da dimensão do teatro enquanto fator de transformação social.Produção de trabalhos teatrais, visando atuação do sujeito em sua realidade singular

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com os modos de organização teatral.

e social.

9º Ano – DANÇA

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ABORDAGEM PEDAGÓGICA

EXPECTATIVAS DE

APRENDIZAGEM

ELEMENTOS FORMAIS

COMPOSIÇÃOMOVIMENTOS E

PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

Movimento CorporalTempoEspaço

Ponto de ApoioRotaçãoDeslocamentoCoreografiaGêneros: Salão, Espetáculo, Moderna.

Danças folclóricas.Contemporânea.

Percepção dos modos de fazer dança e sua função social.Teorias da Dança.Produção de trabalhos com os modos de organização e composição da dança.

Compreensão da dimensão da dança enquanto fator de transformação social.Produção de trabalhos com dança, visando atuação do sujeito em sua realidade singular e social.

OBSERVAÇÃOOS DESENVOLVIMENTOS SÓCIO EDUCACIONAIS: DROGADIÇÃO,

SEXUALIDADE, VIOLÊNCIA, MEIO AMBIENTE (LEI FEDERAL Nº 9795/99 Dec nº 4201/02)E CULTURA AFRO-BRASILEIRA, AFRICANA(LEI Nº 10.639/03) E INDÍGENA (LEI Nº 11645/08)

SERÃO TRABALHADOS DURANTE O DECORRER DO ANO ATRAVÉS DE ANÁLISE DE OBRAS, TEATRO, VÍDEOS, TEXTOS E VISITAS.

ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO

A metodologia do Ensino de Arte não deve ser isolada em si própria, é educar,

é ensinar a ver, ouvir criticamente, a interpretar a realidade, a fim de ampliar a

possibilidade de relacionar e despertar o conhecimento estético, artístico e

contextualizado.

Do ponto de vista metodológico, o ensino da Arte priorizará a interação da

leitura da produção de arte com a familiarização cultural e com o exercício artístico.

Buscar formas originais e interdisciplinares de expressar ideias, promovendo

experimentações, criações, discussões e análises para que possa entrar em contato

com propostas de diferentes linguagens artísticas.

O fazer e conhecer arte, o aluno percorre os trajetos de aprendizagem que

proporcionam conhecimentos específicos sobre sua relação com o mundo.

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AVALIAÇÃO

A avaliação será continua, somativa, formativa, diagnóstica tendo em vista os

objetivos de cada assunto, considerando a participação e os conhecimentos adquiridos

pelos alunos estabelecendo relações com o trabalho produzido pelo seu grupo e por outros

sem discriminação artística.

O aluno deve participar da avaliação, esta poderá ser feita através de provas,

pesquisas, trabalhos individuais e em grupo, atividades práticas, atividade extraclasse,

assiduidade e pontualidade, pois ao promover situações de auto-avaliação, o professor

oportuniza a reflexão, e a um amadurecimento do individuo. Ocorrerá trimestralmente,

tendo flexilidade em seus valores.

Valorizar conhecimentos e desenvolvimento individual e em grupo tanto nas artes

visuais, como na dança, música e teatro.

A recuperação de estudos deverá ser paralela e concomitante.

INSTRUMENTO DE AVALIAÇÃO

Através de provas, pesquisas, trabalhos individuais e em grupos, atividades

práticas, atividades extraclasse,assiduidade e pontualidade, promovendo situações de

auto avaliação, oportunizando a reflexão e o amadurecimento do indivíduo.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BARBOSA, Ana Mae. História da Arte Educação – A Experiência de Brasília – l Simpósio Internacional de História da Arte Educação – ECA – USP, 1º ed., S.P. Editora Max Limonad, 1986;

BOSSI, Alfredo. Reflexões sobre a Arte;PORCHER, Luis. Educação Artística: Luxo ou necessidade, 2º ed.s.p. Summus, 1982;

MARCHESE, Isaias Júnior. Atividades de Educação Artística, Ed. Atica S.P.1991;

Parâmetros Curriculares Nacionais: arte / Secretaria de Educação Fundamental. – Brasília: MEC / SEF, 1998; Minidicionário Aurélio Buarque de Holanda Ferreira. 1º ed., Ed. Nova Fronteira R.J.1977;

GRALHA AZUL, Rosi & Marlise. Atividades de Educação Artística, Companhia Editora Nacional;

ARGAN, Giulio Carlo. Arte Moderna, Companhia das Letras, S.P. 1992.

FERRAZ, Maria Heloísa C. de Toledo. Metodologia do ensino da Arte / Maria Heloísa C. de T. Ferraz, Maria F, de Rezende e Fusari. – 2º ed., S.P. Cortez, 1999.

CORAGEM, Amarílis Coelho. SILVA, Sidmar Estevan Maia. Arte Ensino Médio. Belo Horizonte: Ed. Universidade, 2004.

PROENCA, Graça. Historia da Arte, Ed.Atica. São Paulo, 1995.DCE (Diretrizes Curriculares de Arte – Ensino Fundamental- 2007

CADERNOS TEMÁTICOS: Inserção dos conteúdos de história e cultura afro-brasileira nos currículos escolares / Paraná. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência de Educação. Departamento de Ensino Fundamental. Curitiba : SEED-Pr, 2007..PPP: Proposta Político Pedagógica / Escola Estadual Professora Júlia Wanderley, 2012.

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12.2.2 CIÊNCIAS

Proposta pedagógica

curricularEnsino Fundamental

CIÊNCIAS

Série: 6º ao 9º ano

Professores: Aparecida Martins

Henriqueta Maria Elias da Costa

Maria Helena Milan

2012

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1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A disciplina de Ciências, no Ensino Fundamental, se constitui historicamente pelo

conjunto de ciências que se somam numa mesma disciplina escolar para compreender os

fenômenos naturais. Para compreender e explicar os fenômenos da natureza e suas

interferências no mundo, a disciplina de Ciências tem como objeto de estudo o

conhecimento científico que resulta da investigação da Natureza. Do ponto de vista

científico, entende-se por Natureza o conjunto de elementos integradores que constitui o

Universo em toda sua complexidade. A disciplina possibilita a investigação da natureza e

a articulação entre os diferentes conhecimentos físicos, químicos e biológicos, dentre

outros, e o cotidiano, entendido aqui, como os problemas reais, socialmente importantes, enfim,

a prática social.

Diante do exposto, a retomada dos conteúdos que historicamente compõem o

currículo da disciplina é imprescindível no processo de escolarização. Assim, as Diretrizes

Curriculares para o ensino e a aprendizagem de Ciências, estão organizadas a partir da

concepção de ciência como processo de construção humana, provisória, falível e

intencional e, dos conteúdos estruturantes que se desdobram nos conteúdos básicos da

disciplina. Esses conteúdos serão abordados de forma consistente, crítica, histórica,

considerando as relações entre a ciência, a tecnologia e a sociedade. Por meio desta

abordagem pedagógica, o currículo de Ciências poderá propiciar condições para que os

sujeitos do processo educativo discutam, analisem, argumentem e avancem na

compreensão do seu papel frente às demandas sociais, uma vez que questões

relacionadas à saúde, sexualidade e meio ambiente, dentre outras, são tradicionalmente

incorporadas aos conteúdos específicos e, portanto, imprescindíveis à disciplina de

Ciências.

A leitura e análise crítica, dessa realidade social, possibilitam um novo

encaminhamento pedagógico à medida que propõem partir desta realidade como um todo

para a especificidade teórico-prática da sala de aula.

Como um meio de explicação da realidade, a ciência pressupõe um método que

não é único, nem permanece inalterado, pois reflete o momento histórico em que o

conhecimento foi produzido, as necessidades materiais da humanidade, a movimentação

social para atendê-las, o grau de desenvolvimento da tecnologia, as idéias e os saberes

previamente elaborados.

Refletir sobre a ciência implica em considerá-la como uma construção coletiva

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produzida por grupos de pesquisadores e instituições num determinado contexto histórico,

num cenário sócio-econômico, tecnológico, cultural, religioso, ético e político, evitando

creditar seus resultados a supostos “cientistas geniais”.

No ensino de Ciências, portanto, deve-se trabalhar com os conteúdos científicos

escolares e suas relações conceituais, interdisciplinares e contextuais, considerando-se a

zona de desenvolvimento proximal do estudante (VYGOTSKY, 1991b), descrita

anteriormente em um processo de interação social em que o professor de Ciências “é o

participante que já internalizou significados socialmente compartilhados para os materiais

educativos do currículo e procura fazer com que o aprendiz também venha a compartilhá-

los” (MOREIRA, 1999, p. 109).

2. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES / BÁSICOS DE CIÊNCIAS

Nas Diretrizes Curriculares são apresentados cinco conteúdos estruturantes fundamenta-

dos na história da ciência, base estrutural de integração conceitual para a disciplina de Ciências no

Ensino Fundamental. São eles:

Astronomia;

Matéria;

Sistemas Biológicos;

Energia;

Biodiversidade.

A partir dos conteúdos estruturantes temos os conteúdos básicos de 5ª a 8ª Séries.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS – 6º ANO

CONTEÚDOS

ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS

ASTRONOMIA Universo

Sistema solar

Movimentos terrestres

Movimentos celestes

AstrosMATERIA Constituição da matériaSISTEMAS BIOLÓGICOS Níveis de organização CelularENERGIA Formas de energia

Conversão de energia

Transmissão de energia

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BIODIVERSIDADE Organização dos seres vivos

Ecossistema

Evolução dos seres vivos

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS – 7º ANO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOSASTRONOMIA Astros

Movimentos terrestres

Movimentos celestesMATÉRIA Constituição da matériaSISTEMAS BIOLÓGICOS Célula

Morfologia e fisiologia dos seres vivosENERGIA Formas de energia

Transmissão de energiaBIODIVERSIDADE ABORDAGEM

Origem da vida

Organização dos seres vivos

Sistemática

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS – 8º ANO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOSASTRONOMIA Origem e evolução do Universo

MATÉRIA Constituição da matéria

SISTEMAS BIOLÓGICOS Célula

Morfologia e fisiologia dos seres vivos

ENERGIA Formas de energiaBIODIVERSIDADE Evolução dos seres vivos

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS – 9º ANO

CONTEÚDOS

ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS

ASTRONOMIA Astros

Gravitação universal

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MATÉRIA Propriedades da matéria

SISTEMAS BIOLÓGICOS Morfologia e fisiologia dos seres vivos

Mecanismos de herança genética

ENERGIA Formas de energia

Conservação de energia

BIODIVERSIDADE Interações ecológicas

3. METODOLOGIA DA DISCIPLINA

Os conteúdos específicos de Ciências passam a ser entendidos como uma

expressão complexa da realidade, deixando de ser compreendidos como elementos

fragmentados, neutros e históricos do currículo. A disciplina de ciência se constitui num

conjunto de conhecimentos científicos necessários para compreender e explicar os

fenômenos da natureza e suas interferências no mundo.

Para que esta perspectiva do currículo de Ciências se efetive na escola é preciso

que os partícipes do processo de ensino e de aprendizagem partilhem da concepção de

Ciências como construção humana, cujos conhecimentos científicos são passíveis de

alteração ao longo da história da humanidade e marcados pelas relações de poder. A partir

dessa compreensão da Ciência o tratamento dos conteúdos na escola, exige

conhecimento científico de outras ciências para explicar os inúmeros fenômenos naturais

que ocorrem no mundo. A Química, a Física, a Biologia, a Geociência, a Astronomia e

outras áreas contribuem significativamente para o estudo. A explicação e a compreensão

do conhecimento científico que resulta da investigação da Natureza é o objeto de estudo

da disciplina de Ciências.

O processo ensino-aprendizagem pode ser melhor articulado com o uso de:

• recursos pedagógicos/tecnológicos que enriquecem a prática docente, tais como:

livro didático, texto de jornal, revista científica, figuras, revista em quadrinhos, música, qua-

dro de giz, mapa (geográficos, sistemas biológicos, entre outros), globo, modelo didático

(torso, esqueleto, célula, olho, desenvolvimento embrionário, entre outros), microscópio,

lupa, jogo, telescópio, televisor, pendrive, DVDs, computador, retroprojetor, entre outros;

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• de recursos instrucionais como organogramas, mapas conceituais, mapas de re-

lações, diagramas , gráficos, tabelas, infográficos, entre outros;

• de alguns espaços de pertinência pedagógica, dentre eles, feiras, museus, labo-

ratórios, saídas a campo, exposições de ciência, seminários e debates.

Diante de todas essas considerações propõem-se alguns elementos da prática pe-

dagógica a serem valorizados no ensino de Ciências, tais como: a abordagem problemati-

zadora, a relação contextual, a relação interdisciplinar, a pesquisa, a leitura científica, a ati-

vidade em grupo, a observação, a atividade experimental, os recursos instrucionais e o lú-

dico, entre outros.

O professor interage com seus alunos, à medida que reflete , sobre: as

tecnologias utilizadas para o reaproveitamento da água, principalmente, em alguns países

desenvolvidos; os motivos pelos quais eles investem cada vez mais em pesquisas

científicas e tecnológicas com o objetivo de diminuir a exploração de recursos naturais não

renováveis e consequentemente, recuperar o meio ambiente; as razões pelas quais esse

país tem tanto interesse nos recursos naturais dos países em desenvolvimento.

O tratamento dos conteúdos específicos, pode ser efetivado por meio de uma

metodologia que problematize a prática social do sujeito. Depois do confronto entre as

informações que o aluno possuía e o conhecimento científico adquirido, ele demonstra

interesse em apresentar soluções alternativas para o problema. Esse interesse é

demonstrado por meio de propósitos e do comprometimento com a respectiva ação.

Os conteúdos específicos podem ser tratados, ainda, por meio de atividades e

aulas práticas, desde que se considere a coerência entre a teoria e a prática e, o conteúdo

e a forma. A experimentação formal em laboratório didático, por si só, não resulta na

apropriação dos conteúdos específicos e conhecimentos científicos pelos alunos. O

laboratório não é único cenário para o desenvolvimento dessa ação pedagógica, pois, o

processo de ensino e de aprendizagem em Ciências, não deve se limitar a uma única

metodologia ou ficar restrito a um único espaço físico. Sendo assim, é importante

lembrar que as aulas e atividades práticas podem acontecer em diversos ambientes, na

escola e fora dela.

A proposta do trabalho é ampliar as experiências do professor e dos alunos, para

que, na exploração das idéias, possam, além de desenvolver a capacidade de pensar e

inventar, fazer do processo de ensino algo dotado de significado e alegria.

Utlizando formas originais e interdisciplinares, serão trabalhados temas

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relacionados aos DESENVOLVIMENTO SOCIOEDUCACIONAL , através de conversa

informal sobre os textos encontrados no livro didático ou ainda em textos preparados

especialmente para esse fins, pesquisa para coleta de dados e demostração do assunto

através de trabalhos. São eles:

Cidadania e Direitos Humanos;

Educação Ambiental ( Lei nº9795/99, Dec. Nº 4201/02);

Enfrentamento à violência;

Prevenção ao Uso Indevido de Drogas.

DIVERSIDADE :

Educação do Campo;Gênero e Diversidade Sexual; História e Cultura

Afro-Brasileira e Africana ( Lei 10639/03); História e cultura dos Povos

Indígenas (Lei 11645/08)

4. AVALIAÇÃO

A avaliação se dará ao longo do processo de ensino e de aprendizagem

possibilitando ao professor, pela interação diária com os alunos, contribuições importantes

para verificar em que medida os alunos se apropriaram dos conteúdos específicos tratados

neste processo. É necessário que o processo avaliativo se dê de forma sistemática e a

partir de critérios estabelecidos pelo professor, que considerem aspectos como os

conhecimentos que os alunos possuem sobre determinados conteúdos, a prática social

desses alunos, o confronto entre esses conhecimentos e os conteúdos específicos, as

relações e interações estabelecidas por eles no seu progresso cognitivo, ao longo do

processo de ensino e de aprendizagem e, no seu cotidiano.

Entretanto, não serão estabelecidos critérios avaliativos específicos, pois isso

depende de uma série de fatores, dentre os quais pode-se destacar a série que será

avaliada, o nível cognitivo dos alunos, as diferentes formas de apropriação de conteúdos

específicos pelos dos alunos e, o planejamento das ações pedagógicas.

Nesse contexto, para estabelecer estes critérios avaliativos o professor precisa

considerar o seu planejamento, sua prática pedagógica e, as suas intenções ao tratar os

conteúdos específicos por meio da abordagem articulada dessas diretrizes.

Os alunos podem expressar os avanços na aprendizagem, à medida em que

interpretam, produzem, discutem, relacionam, refletem, analisam, justificam, se posicionam

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e argumentam, defendendo o próprio ponto de vista.

A avaliação do desempenho do aluno e do seu rendimento escolar será de forma

continuada e cumulativa, de acordo com o currículo e objetivos propostos pelo

Estabelecimento de Ensino, sendo os resultados expressos em notas de 0,0 a 10,0.

Para que esta proposta de avaliação possa atender ao que se propõe, é preciso

que conte com meios, recursos e instrumentos avaliativos diversificados . A coerência

entre os critérios propostos e a natureza dos instrumentos avaliativos, é fundamental para

propiciar uma avaliação real do progresso cognitivo dos alunos.

A nota do bimestre será da somatória dos valores atribuídos em cada recurso

avaliativo, sendo eles:.

Provas escritas ( 5,0) , sendo uma ou duas em cada bimestre e mais 5,0 pontos

que poderão ser divididos em: verificação de exercícios, tarefas e trabalhos diversos

individuais e/ou em grupos ( dramatização, jogos, músicas e produções coletivas),

relatórios de pesquisas e experiências, participações em mini-feiras de ciências, leitura e

interpretação de textos, produções de textos, painéis, murais, exposições, dinâmicas em

grupo, desenhos, análises de trechos de filmes pertinentes ao conteúdo, visitas de campo,

palestras e debates.

A recuperação paralela será processual, ou seja, ocorrerá durante o processo

de aprendizagem, quando se fizer necessária, baseada na revisão dos conteúdos que o

aluno não se apropriou e será através de teste escrito e/ou oral, demonstrações,

trabalhos ou pesquisas.

5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Canto, Eduardo Leite do – CIÊNCIA NATURAIS: aprendendo com o cotidiano - 3ª ed. - São

Paulo: Moderna, 2009.

BRASIL, Lei nº 10639.09 de janeiro de 2003. Parecer do Conselho Nacional de Educação.

Cadernos Temáticos. História da Cultura Afro-brasileira e Africana. Ministério da Educação –

Ministério Nacional de Educação 2004.

Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnicos-Raciais e para o Ensino

de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana. Brasília: Outubro, 2005.

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Diretrizes Curriculares de Educação Especial.

Diretrizes Curriculares de Educação do Campo.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Departamento de

Educação Básica. Diretrizes Curriculares da Educação Básica de Ciências. Curitiba, 2008.

Revista Ciência Hoje e Ciência Hoje das crianças 2008/2009.

www.youtube.com.br

www.diadiaeducacao.pr.gov.br

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12.2.3 EDUCAÇÃO FÍSICA

Apresentação da Disciplina 12.3 EDUCAÇÃO FÍSICA

1 CONTEÚDOS

1.1 - CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

• Esporte

• Jogos e brincadeiras

• Ginásticas

• Lutas

• Danças

1.2 – CONTEÚDOS BÁSICOS

• Manifestações esportivas

• Fundamentos técnicos;

• Regras;

• Origem dos diferentes esportes e sua mudança na história;

• Esporte como fenômeno de massa;

• Jogo;

• Análise crítica das regras;

• O sentido da competição esportiva;

• Modelo da sociedade que os produziram;

• Influência nos esportes dos diferentes modelos da sociedade;

• Possibilidades dos esportes como atividade corporal

• Práticas esportivas: esportes com e sem materiais e equipamentos.

• Táticas

• Para que e quem serve

• Incorporação pela sociedade brasileira

• O esporte na sociedade capitalista

• Profissionalização do esporte

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1.3 CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

ENSINO FUNDAMENTAL

5ª Série

Esporte:

Origem/histórico dos esportes.

Atividades pré desportivas com fundamentos e regras adaptadas.

Fundamentos básicos.

Jogos e brincadeiras:

Origem e histórico dos jogos, brinquedos e brincadeiras.

Brinquedos, jogos e brincadeiras com e sem materiais alternativos.

Construção dos Brinquedos.

Disposição e movimentação básica dos jogos de tabuleiro

Dança:

Origem e histórico das danças.

Contextualização da dança.

Atividades de criação e adaptadas

Movimentos de experimentação corporal (sequencia de movimentos)

Ginástica:

Origem e histórico da ginástica artística.

Movimentos Básicos (ex: rolamento, parada de mão, roda)

Construção e experimentação de materiais utilizados nas diferentes

modalidades

Ginásticas.

Cultura do Circo.

Consciência Corporal.

Lutas:

Origem e histórico das lutas

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Atividades que utilizem materiais alternativos

Jogos de oposição

Musicalização

Ginga esquiva e golpes

6ª Série

Esporte:

Origem dos diferentes esportes e mudanças no decorrer da história.

Noções das regras e elementos bás icos.

Prática dos fundamentos das diversas modalidades esportivas.

Sentido da competição esportiva.

Jogos e brincadeiras:

Recorte histórico delimitando tempos e espaços, nos jogos, brinquedos e

Brincadeiras.

Diferença entre brincadeira, jogo e esporte.

A construção coletiva dos jogos, brincadeiras e brinquedos.

Os Jogos, as brincadeiras e suas diferenças regionais.

Dança:

Recorte histórico delimitando tempos e espaços, na dança.

Desenvolvimento de formas corporais rítmico/expressivas.

Criação e adaptação de coreografias.

Construção de instrumentos musicais

Ginástica:

Aspectos históricos e culturais da ginástica.

Noções de posturas e elementos ginásticos.

Cultura do Circo.

Lutas:

Origem das lutas, mudanças no decorre da história

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Jogos de oposição

Ginga, esquiva e golpes

Rolamentos e quedas

7ª série

Esporte:

Recorte histórico delimitando tempos e espaços, no esporte.

Possibilidade do esporte como atividade corporal: lazer, esporte de

rendimento

Condicionamento físico.

Esporte e mídia.

Esporte: benefícios e malefícios à saúde

Prática dos fundamentos das diversas modalidades esportivas.

Discutir e refletir sobre noções de ética nas competições esportivas.

Jogos e brincadeiras:

Recorte histórico delimitando tempos e espaços, nos jogos, brincadeiras

e brinquedos.

Festivais

Estratégias de jogo

Danças:

Recorte histórico delimitando tempos e espaços, na dança.

Elementos e técnicas de dança

Esquetes (são pequenas sequências cômicas).

Ginástica:

Recorte histórico delimitando tempos e espaços, na ginástica.

Noções de postura e elementos ginásticos Origem da Ginástica com enfoque

específico nas diferentes modalidades,

Pensando suas mudanças ao longo dos anos.

Manuseio dos elementos da Ginástica Rítmica.

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Movimentos acrobáticos

Lutas:

Roda de capoeira

Projeção e imobilização

Jogos de oposição

8ª Série:

Esporte:

Recorte histórico delimitando tempos e espaços.

Organização de festivais esportivos

Analise dos diferentes esportes no contexto social e econômico.

Regras oficiais e sistemas táticos.

A prática dos fundamentos das diversas modalidades esportivas.

(Súmulas, noções e preenchimento)

Jogos e brincadeiras:

Organização e criação de gincanas, compreendendo que é um jogo de

estratégia e imaginação, em que os alunos interpretam diferentes personagens, vivendo

aventuras e superando desafios.

Diferenciação dos jogos cooperativos e Competitivos

Dança:

Recorte histórico delimitando tempos e espaços na dança.

Organização de festivais.

Elementos e técnicas de dança

Ginástica:

Origem da Ginástica: trajetória até o surgimento da Educação Física.

Construção de coreografias.

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Ginástica e a cultura de rua (circo, malabares e acrobacias).

Análise sobre o modismo.

Vivência das técnicas específicas das ginásticas desportivas.

Recursos ergogênicos (doping).

Lutas:

Origens e aspectos históricos

2– JUSTIFICATIVA DA DISCIPLINA

A Educação Física passou e passa por uma transformação, desde que foi

constituída (Rui Barbosa - l.882), até os dias atuais. As tendências da disciplina, conforme

seu momento histórico, foram, HIGIENICISTA - (formação de homens saudáveis),

MILITARISTA -(formação para servir a Pátria), PEDAGOGISTA - (Proj. Educativo),

COMPETITIVISTA - (formação de atletas), POPULAR-(trabalhadores passaram a

influenciar a prática de atividades lúdicas). Nestas mudanças, conferiu - se a Educação

Física características que a reconhecia a partir de uma proposta biológica e fisiológica,

onde o desenvolvimento físico e motor (aptidão física) eram entendidos como capazes de

promover uma educação integral do ser humano, sem dar, porém, significado as ações

culturalmente produzidas ao longo da história.

Por ser a Educação Física uma disciplina que tem como objeto de estudo a cultura

corporal de movimento, como tal, deve provocar nos educandos reflexões sobre o

significado do que é “seu corpo” no mundo moderno, através de suas manifestações

diferenciadas. Neste sentido, dá-se importância os signos sociais que se expressam por

meio do preconceito social, da sexualidade, da diferenciação entre gêneros, da violência,

da exacerbação, da vaidade, do excesso de consumo, etc.

Diante destas considerações a Educação Física, possibilita ao educando “um

pensar” crítico sobre suas experiências corporais, bem como os princípios e valores

inerentes ao ser humano.

2.1 – OBJETIVO GERAL

• Fazer do educando um cidadão crítico, sujeito às ações e movimentos,

consciente que o corpo age, brinca, aperfeiçoa, dança, segue modelos, adoece, socializa-se;

• Intensificar a compreensão do aluno (a), sobre a diversidade, cultural

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em termos corporais, onde possa respeitar as diferenças;

• Vivenciar e explorar sua corporalidade por meio de atividades e

experiências orientados pelo professor

• Superar na Educação Física o caráter de mera atividade de “prática

pela prática”;

• Adotar hábitos saudáveis de higiene, alimentação e atividades

corporais, refletindo sobre sua própria saúde e da comunidade;

• Conhecer e discutir o papel da “média”, na sua vida: saúde, beleza,

consumismo, preconceitos etc.

• Organizar e interferir no espaço, bem como reivindicar locais

adequados para atividades físicas e lazer, em busca de uma melhor qualidade de

vida;

• Conhecer, valorizar e respeitar pluralidade cultural de um povo;

• Proporcionar atividades ao educando, de modo que ele possa dar

continuidade a esta aprendizagem no seu dia a dia;

3- ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO

Tanto na aprendizagem quanto no ensino da Educação Física, o método é um

processo que associa a dinâmica da sala de aula à intenção prática do aluno para uma

maior compreensão da realidade, fazendo-o formular conceitos próprios a partir dos temas

apresentados.

Discutir, previamente, sobre o que, como, quando e por que tal ação é importante,

provocando no aluno (a), a reflexão, formulando sua opinião, interpretação e explicação

sobre o que está acontecendo, com base nos objetivos pautados.

A ação pedagógica da Educação Física, pode ser de variada, tornando os

conteúdos mais interessantes e significativos, utilizando recursos dos mais diversos, onde

o aluno passa a perceber a inter-relação entre o conhecimento crítico-teórico e volta

novamente para a prática social concreta.

Na metodologia crítico-superadora, o conhecimento é transmitido, levando-se em

conta o momento político, histórico, econômico e social em que está inserido, seguindo as

estratégias, práticas sociais, problematização, instrumentalização, cartasee retorno à

prática social.

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A Prática Social caracteriza-se como uma preparação (aluno) para a construção

do conhecimento escolar.

A PROBLEMATIZAÇÃO trata do desafio, é o momento em que a prática social é

colocada em questão, analisada e interrogada.

A INSTRUMENTALIZAÇÃO é o caminho por meio do qual o conteúdo

sistematizado é colocado à disposição dos alunos para que assimilem e o recriem, ao

incorporá-lo, transformá-lo em instrumentos de construção pessoal e profissional

(Gasparim, 2002 pg53).

A CARTASE é a fase em que o educando sistematiza e manifesta o que assimilou.

O RETORNO À PRÁTICA SOCIAL é o ponto de chegada do processo pedagógico

na perspectiva histórico-crítica.

4- CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO/ RECUPERAÇÃO

O processo de avaliação da disciplina da Educação Física, individual ou coletiva,

será contínua, incluindo o aluno(a) como participante e contribuindo para o

desenvolvimento da responsabilidade e compreensão na construção do conhecimento

teórico e prático. No decorrer das aulas, o conteúdo programado pode ser reavaliado e

alterado de acordo com as dificuldades encontradas nas avaliações que foram feitas, para

melhor aproveitamento do educando.

Será uma avaliação diagnóstica num processo contínuo e cumulativo que servirá

para requisitar o processo desenvolvido para identificar lacunas na aprendizagem, bem

como planejar e propor outros encaminhamentos que vise a superação das dificuldades

constatadas nas diversas manifestações corporais, evidenciadas nas brincadeiras, jogos e

brinquedos, manifestações ginásticas, manifestações esportivas, danças e teatro.

Critérios de avaliação:

• Expressar as ideias com clareza (coerência e coesão);

• Espera-se que o aluno conheça a origem dos diferentes esportes;

• Vivenciar e conhecer o contexto históricos dos jogos, brinquedos e

brincadeiras;

• Criação e adaptação de diferentes sequencias de movimentos;

• Reconhecer as possibilidades de vivenciar o lúdico através dos aspectos

históricos dos conteúdos estruturantes;

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Observação: A avaliação si dará da seguinte maneira, sendo assim distribuídos: 2,0(vinte

pontos) para os trabalhos individuais + 2,0(vinte pontos) para trabalhos em grupos +

3,0(trinta pontos) para avaliação teórica + 3,0(trinta pontos) para avaliação prática,

totalizando 10,0.

A recuperação é um direito do educando, caso este não atinja média trimestral

mínima (6,0) sessenta, será elaborado uma outra avaliação no valor 7,0(setenta pontos),

pois a nota da avaliação prática de valor 3,0(trinta pontos) permanecerá na qual será

adicionada a nota que o educando tirar, lembrando que possui valor substitutivo, valendo

sempre a maior nota.

5-RECURSOS DIDÁTICOS

• Utilização do laboratório de informática para trabalho de pesquisas;

• TV Multimídia para apresentação de filmes e vídeos sobre os

esportes;

• Biblioteca para pesquisa e Leitura;

• Data-show para apresentação de trabalhos;

• Rádio para apresentação de trabalhos com dança

• Livro de apoio

6–INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO

Essas avaliações si dará através dos seguintes instrumentos:

Atividades com recursos Audiovisuais

Trabalho em grupo

Trabalho individual

Debate

Seminário

Relatório

Pesquisa de campo

Avaliações teóricas

Avaliações práticas

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Observação: Os temas contemporâneos: educação ambiental; cidadania e direitos

humanos; educação fiscal; enfrentamento à violência nas escolas; prevenção ao uso

indevido de drogas; história e cultura afro brasileira e africana; história e cultura dos povos

indígenas, serão trabalhados durante o decorrer do ano em propostas diversificadas.

7– REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

-Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação Básica do Estado do Paraná.

-BRASIL. Lei- nº 10639.09 de janeiro de 2003. Parecer do Conselho Nacional de

Educação.Cadernos temáticos. História da Cultura Afro- brasileira e Africana. Ministério da

Educação- Ministério Nacional de Educação, 2004.

-Educação Física - Secretaria de Estado da Educação-SEED. Curitiba-2006.

BRACHT, Valter, A Constituição das Teorias Pedagógicas da Educação Física. Cadernos

CEDES, vol.19 n.º 48. Campinas-1999.

-Projeto Político Pedagógico

Orientações Curriculares

-Depart.de Ensino Médio julho. 2008

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12.2.4 ENSINO RELIGIOSO

Apresentação da Disciplina

ESCOLA ESTADUAL PROFª JULIA WANDERLEYENSINO FUNDAMENTAL

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULARENSINO RELIGIOSO

Professores: Celiane Cristine Tironi

João Henrique Rossi

ARAPONGAS

2012

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1 APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A disciplina de Ensino Religioso dentro do âmbito escolar tem um papel de suma

importância, pois deve estar comprometida em disponibilizar aos educandos a

oportunidade de conhecer as diversas manifestações religiosas existentes e também em

combater todas e quaisquer formas de preconceito.

O Ensino Religioso dentro da escola deve ser ministrado de maneira laica, não

podendo privilegiar qualquer manifestação religiosa em particular.

Há muito tempo a disciplina de Ensino Religioso participa dos currículos escolares no Brasil e, em cada período histórico, assumiu diferentes características pedagógicas e legais. Antes de iniciar as discussões teóricas e metodológicas a respeito da implementação desta disciplina no contexto educacional atual, serão apresentadas transcrições de documentos oficiais que explicitam os modos como o Ensino Religioso foi entendido e ministrado nos diversos momentos da história do Brasil. Com este breve histórico legal da disciplina, o documento que o leitor tem em mãos pretende apresentar, comparativamente, a extensão pedagógica da atual proposta de Ensino Cultural e Religioso no Estado do Paraná(DCE. Pág. 38).

O Ensino Religioso tem como objeto de estudo o Sagrado, em toda sua plenitude -

o local e o sentido do Sagrado, sendo compreendido racionalmente, como resultado de

representações construídas historicamente dentro de diversas culturas.

Etimologicamente, o termo Sagrado se origina do termo latino sacrátus e do ato de sagrar. Como adjetivo, refere-se ao atributo de algo venerável, sublime, inviolável e puro. Assim, o Sagrado remete sempre a algo que lhe sirva de suporte. Portanto, algo ou alguém que foi consagrado está ligado invariavelmente ao campo religioso (DCE. Pág.47).

O Ensino Religioso esteve presente há dentro da história Brasileira, apesar da

abordagem utilizada hoje ser laica diferente de outros períodos históricos e importante

conhecer o desenvolvimento da disciplina dentro da história.

* Período Jesuítico: No Brasil Colônia, visava a Evangelização dos Povos

indígenas.

* Período Republicano: 1889 Ideal Positivista Separação da Igreja do Estado.

1. Laicidade X Confessionalidade.

* Era Vargas: 1934 – Estado Novo.

1. Caráter Obrigatório e Caráter Facultativo;

2. Confessional

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* Período Ditatorial: 1964;

1. Supressão do caráter confessional /perspectiva aconfessional de ensino

* Redemocratização: LDB – Lei 9.465 1996– art. 33.

1. Caráter Obrigatório e Caráter Facultativo;

2. Aconfessional.

A Disciplina de Ensino Religioso da forma que é ministrada hoje (aconfessional1) é

de suma importância pois, apresenta ao educando a diversidade religiosa e combate o

preconceito e a intolerância religiosa dentro da sociedade. Contribuindo para a formação

moral e ética do educando.

2 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES / BÁSICOS DA DISCIPLINA

2.1 Conteúdos Estruturantes

Teoricamente, o currículo da disciplina de Ensino Religioso está vinculado ao

academicismo e ao cientificismo, bem como às subjetividades e experiências vividas pelo

aluno, produzindo uma ampla discussão fundamentada nas teorias críticas.

(...) [O] Ensino Religioso contribuirá para superar desigualdades étnico-religiosas, para garantir o direito Constitucional de liberdade de crença e de expressão e, por consequência, o direito à liberdade individual e política. Desta forma atenderá um dos objetivos da educação básica que, segundo a LDB 9394/96, é o desenvolvimento da cidadania (DCE. Pág.46).

Ao abranger a linguagem do Sagrado, os símbolos são a base da comunicação e

constituem o veículo que aproxima o mundo vivido, cotidianamente, do mundo

extraordinário dos deuses e deusas. Os símbolos são elementos importantes porque

estão presentes em quase todas as manifestações religiosas e também no cotidiano das

pessoas.

No caso do Ensino religioso, o Sagrado é o objeto de estudo e o tratamento a ser

dado aos conteúdos estará sempre a ele relacionado.

1 Aconfessional: sinônimo de laico. Empregado de acordo com a terminologia adotada pela DCE 2008, pág.40.

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Paisagem Religiosa - à materialidade fenomênica do Sagrado, a qual é apreendida

através dos sentidos. É a exterioridade do Sagrado e sua concretude, os espaços

Sagrados.

Universo Simbólico Religioso - à apreensão conceitual através da razão, pela qual

concebe o Sagrado pelos seus predicados e se reconhece a sua lógica simbólica. É

entendido como sistema simbólico e projeção cultural.

Texto Sagrado - à tradição e à natureza do Sagrado enquanto fenômeno. Neste

sentido é reconhecido através das Escrituras Sagradas, das Tradições Orais Sagradas e

dos Mitos.

2.2 Conteúdos Básicos

5ª série

Organizações Religiosas;

Lugares Sagrados;

Textos Sagrados orais ou escritos;

Símbolos Religiosos.

6ª série

Temporalidade Sagrada

Festas Religiosas

Ritos

Vida e Morte

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3 METODOLOGIA DA DISCIPLINA

A metodologia utilizada será através de problematização, abordagem teórica do

conteúdo e a sua contextualização dentro.

Problematização – encaminhamento baseado na aula dialogada com o aluno.

Abordagem Teórica do Conteúdo – Respeito ao educando na sua crença.

Contextualização.

Para a realização disso será utilizada recursos multimídia, com o intuito de

aproximar o aluno com o objeto estudado, fazendo-o compreender o contexto histórico-

social em que se inserem cada uma das manifestações religiosas estudadas. Além de

aulas expositivas e a estimulação de debates promovendo uma participação ativa do aluno

na produção do conhecimento.

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4 AVALIAÇÃO

A avaliação tem como finalidade diagnosticar a apropriação do conhecimento por

parte dos alunos e diagnosticar os resultados das práticas pedagógicas propostas pelo

professor, por isso deve ser continua e diagnostica.

Os mecanismos de avaliação estão sempre em processo de aprimoramento, pois

devem se adequar a realidade de cada educando, pois o tempo de aprendizado pode ser

diferente para cada um e cabe ao professor encontrar o método avaliativo que consiga

avaliar efetivamente cada educado.

Ao fim do processo educativo, o aluno deve ter condições de:

Estabelecer discussões sobre o Sagrado numa perspectiva laica;

Desenvolver uma cultura de respeito à diversidade religiosa e cultural;

Reconhecer que o fenômeno religioso é um dado de cultura e de identidade de

cada grupo social.

Os instrumentos avaliativos utilizados serão debates, discussões e seminários.

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REFERÊNCIAS

LUCKESI, Cipriano. Avaliação da aprendizagem escolar. São Paulo. Cortez editora.2005.

PARANÁ. Diretrizes Curriculares da Educação Básica do Paraná: Ensino Religioso. 2008.

ELIADE, Mircea. O sagrado e o profano. São Paulo: Editora Moderna .1992.

MACEDO, Carmem Cinira. Imagem do eterno:religiões no Brasil. São Paulo:Editora Moderna Ltda, 1989.

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12.2.5 GEOGRAFIA

PROPOSTA 

PEDAGÓGICA CURRICULAR

GEOGRAFIA

PROFESSORAS:

Aline Caroline de Lima da Silva

Juliana Sieni de Oliveira

2012

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APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

O espaço em que vivemos resulta das inter-relações existentes entre a sociedade

e a natureza. É, portanto, resultado de interesses, objetivos e necessidades dos diversos

grupos sociais que o transformam e o reorganizam.

Com o desenvolvimento das diversas sociedades houve, também, o

desenvolvimento de outros conhecimentos como os relativos à elaboração de mapas;

discussões a respeito da forma e do tamanho da Terra, da distribuição de terras e águas; o

cálculo do diâmetro do planeta; cálculos sobre latitude e definições climáticas, entre outros.

Assim, a Geografia é uma área de conhecimento comprometida em tornar o mundo

compreensível para os alunos e passível de transformações.

A Geografia, como área de conhecimento, caracteriza-se por estudar a

organização do espaço geográfico. A paisagem, sempre passível de mudanças, vem a ser

referência concreta para chegar a explicação das relações estabelecidas “isto possibilita a

compreensão da dinâmica do espaço, que não pode ser estudada desvinculada da

sociedade”. Além disso, abrange as preocupações fundamentais apresentadas nos temas

transversais, identificando-se, com aquele corpo de conhecimentos considerados como

questões emergenciais para a conquista da cidadania.

Ressalta-se que o objeto de estudo desta disciplina é o espaço geográfico,

composto pela inter-relação entre sistemas de objetos – naturais, culturais e técnicos – e

sistemas de ações – relações sociais, culturais, políticas e econômicas (SANTOS, 1996

apud PARANÁ, 2008. p.51). Então, a relevância dessa disciplina está no fato de que todos

os acontecimentos do mundo têm uma dimensão espacial. O espaço é a materialização do

tempo e da vida social. Portanto, há que se empreender um ensino capaz de fornecer aos

alunos conhecimentos específicos da Geografia, com os quais ele possa acompanhar as

transformações, interpretar e entender esse o espaço, sem deixar de considerar a

diversidade das temáticas geográficas e suas diferentes formas de abordagem.

A Geografia se propõe a compreender a realidade social para permitir uma

reflexão a respeito de quem é sujeito agente de transformação dessa realidade, muito mais

do que uma ciência que somente se propõe a pensar o espaço geográfico. Ela tem reunido

instrumentos de análise e da prática social que colocam, no debate do exercício da

cidadania, as várias questões sociais, políticas e econômicas contemporâneas, pois

constrói a identidade enquanto ser social, sujeito de sua própria história.

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O papel da Geografia no sistema escolar atual é o de integrar o educando ao meio,

ou seja, ajudá-lo a conhecer o mundo em que vive. A integração supõe reflexão sobre a

realidade e aspirações de mudanças, com o intuito de alcançar uma situação melhor e um

enfoque crítico, que tem por objetivo auxiliar na formação de cidadãos conscientes, ativos

e dotados de opinião própria.

Trata-se do ensino voltado para o desenvolvimento da cidadania enfatizando o

desenvolvimento de habilidades como a observação, descrição, localização, noções

básicas de escala, de representação cartográfica, do espaço geográfico, constituindo os

fundamentos necessários a análise critica dos processos utilizados pela sociedade na

exploração da natureza, permitindo a identificação e a compreensão das sucessivas

relações de interação entre a sociedade e a natureza.

A análise do espaço geográfico deve focar as dinâmicas de suas transformações e

não simplesmente a descrição e os estudos de um mundo aparentemente estático. Isto

requer a compreensão da dinâmica entre os processos sociais, físicos e biológicos

inseridos em contextos particulares ou gerais. A preocupação básica é abranger os modos

de produzir, de existir e de perceber os diferentes lugares e territórios como os fenômenos

que constituem essas paisagens e interagem com a vida que os habitam.

É preciso buscar explicações para aquilo que, em determinado momento,

permaneceu ou foi transformado, isto é, os elementos do passado e do presente que neles

convivem, assim, o espaço na Geografia deve ser considerado uma totalidade dinâmica

em que interagem fatores naturais, sociais, econômicos e políticos.

O estudo da Geografia proporciona aos alunos a possibilidade de compreender

sua própria posição no conjunto de interações entre sociedade e natureza. Deverá estar

voltado aos processos formativos que se desenvolvem na vida familiar, na convivência

humana, no trabalho, nas instituições de ensino, movimentos sociais, organização da

sociedade civil, nas manifestações culturais e no cuidado com o planeta e suas espécies.

Portanto, o ensino de Geografia tem como preocupação fundamental oferecer

subsídios ao desenvolvimento da cidadania, fazendo o aluno compreender criticamente o

mundo em que vive desde a escala local até a global. Essa visão deverá fornecer

condições de uma leitura analítica e reflexiva das relações entre a sociedade e a natureza.

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CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS

6º ANO

Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos

Dimensão econômica do

espaço geográfico.

Dimensão socioambiental do

espaço geográfico.

Dimensão política do espaço

geográfico.

Dimensão cultural e

demográfica do espaço

geográfico

- Formação e transformação das paisagens

naturais e culturais.

- Dinâmica da natureza e sua alteração pelo

emprego de tecnologias de exploração e

produção.

- A formação, localização, exploração e

utilização dos recursos naturais.

- A distribuição espacial das atividades

produtivas e a (re)organização do espaço

geográfico.

- As relações entre campo e a cidade na

sociedade capitalista.

- A evolução demográfica, a distribuição

espacial da população e os indicadores

estatísticos.

- A mobilidade populacional e as manifestações

socioespaciais da diversidade cultural.

- As diversas regionalizações do espaço

geográfico.

7º ANO

Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos

Dimensão econômica do

espaço geográfico.

Dimensão socioambiental do

- A formação, mobilidade das fronteiras e a

reconfiguração do território brasileiro.

- A dinâmica da natureza e sua alteração pelo

emprego de tecnologias de exploração e

produção.

- As diversas regionalizações do espaço

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espaço geográfico.

Dimensão política do espaço

geográfico.

Dimensão cultural e

demográfica do espaço

geográfico

brasileiro.

- As manifestações socioespaciais da

diversidade cultural.

- A transformação demográfica, a distribuição

espacial e os indicadores estatísticos da

população.

- Movimentos migratórios e suas motivações.

- O espaço rural e a modernização da

agricultura.

- A formação, o crescimento das cidades, a

dinâmica dos espaços urbanos e a urbanização.

- A distribuição espacial das atividades

produtivas, a (re)organização do espaço

geográfico.

- A circulação de mão-de-obra, das mercadorias

e das informações.

8º ANO

Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos

Dimensão econômica do

espaço geográfico.

Dimensão socioambiental do

espaço geográfico.

Dimensão política do espaço

geográfico.

Dimensão cultural e

demográfica do espaço

geográfico

- As diversas regionalizações do espaço

geográfico.

- A formação, mobilidade das fronteiras e a

reconfiguração dos territórios do continente

americano.

- A nova ordem mundial, os territórios

supranacionais e o papel do Estado.

- O comércio em suas implicações

socioespaciais.

- A circulação da mão-de-obra, do capital, das

mercadorias e das informações.

- A distribuição espacial das atividades

produtivas, a (re)organização do espaço

geográfico.

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- As relações entre o campo e a cidade na

sociedade capitalista.

- O espaço rural e a modernização da

agricultura.

- A transformação demográfica, a distribuição

espacial e os indicadores estatísticos da

população.

- As manifestações socioespaciais da

diversidade cultural.

- Formação, localização, exploração e utilização

dos recursos naturais.

9º ANO

Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos

Dimensão econômica do

espaço geográfico.

Dimensão socioambiental do

espaço geográfico.

Dimensão política do espaço

geográfico.

Dimensão cultural e

demográfica do espaço

geográfico

- As diversas regionalizações do espaço

geográfico.

- A nova ordem mundial, os territórios

supranacionais e o papel do Estado.

- A revolução técnico-científico-informacional e

os novos arranjos no espaço da produção.

- O comércio mundial e as implicações

socioespaciais.

- A formação, mobilidade das fronteiras e a

reconfiguração dos territórios.

- A transformação, mobilidade das fronteiras e a

reconfiguração dos territórios.

- As manifestações socioespaciais da

diversidade cultural.

- Os movimentos migratórios mundiais e suas

motivações.

- A distribuição das atividades produtivas, a

transformação da paisagem e a (re)organização

do espaço geográfico.

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- A dinâmica da natureza e sua alteração pelo

emprego de tecnologias de exploração e

produção.

- O espaço em rede: produção, transporte e

comunicações na atual configuração territorial.

METODOLOGIA

Para o trabalho com a Geografia, bem como, sua renovação e reconstrução do

ensino, é fundamental a concepção de Geografia que entende o espaço geográfico como o

espaço social construído através de lutas e conflitos sociais.

Concebida como ciência social, a Geografia é colocada ao aluno como meio para

se estudar a natureza enquanto recurso apropriado pelo homem em sua dimensão

histórica e política.

A preocupação do professor, no ensino da geografia, deve estar voltada para o

desenvolvimento do senso crítico e não em apresentar fatos para que o aluno memorize. A

prática pedagógica com a geografia inspirada na compreensão transformadora de uma

realidade exige do professor criatividade e domínio de métodos, conceitos e sequência na

apresentação.

Como sujeito do conhecimento o professor não deve se preocupar somente em

ensinar, mas também contribuir para o desenvolvimento das potencialidades do aluno,

tornando-o co-autor do saber, através de estudos por meios participativos como:

pesquisas, debates, textos e construção de conteúdos adequados à realidade social e

educacional.

O ensino de Geografia propõe que os conteúdos sejam trabalhados de forma

crítica e dinâmica, interligando teoria, prática e realidade, mantendo uma coerência dos

fundamentos teóricos aqui propostos, utilizando o espaço geográfico como foco de

aprendizagem e a cartografia como ferramenta essencial, possibilitando, assim, transitar

em diferentes escalas espaciais, ou seja, do local ao global e vice-versa.

O encaminhamento metodológico que atenda às necessidades do ensino da

geografia objetiva estimular a construção e a reflexão do educando por meio das seguintes

práticas: Aula dialogada expositiva com questionamento constante; Leitura, interpretação e

discussão de textos diversos presentes em livro didático, jornais, revistas; confecção e

interpretação de mapas; produção de textos e paródias; realização de pesquisas em

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diferentes fontes; interpretação de músicas, poemas e filmes que abordem assuntos

referentes a temas propostos em sala, participação em projetos desenvolvidos pela escola

dentre outros que contribuam para a aprendizagem.

Para tanto, diferentes recursos didáticos serão utilizados: textos, mapas atualiza-

dos, globo terrestre, vídeos, filmes, documentários, debates sobre temas diferenciados,

matérias de jornais e revistas, aulas de campo, exposição oral, músicas, charges e outros

que se fizerem necessárias de acordo com o decorrer das aulas.

Contudo, alguns questionamentos devem orientar o trabalho do professor para que

possa conseguir espacializar os fatos, dinâmicas e processos geográficos, bem como a ex-

plicação das localizações relacionais dos eventos em estudo, para que possa, também, le-

var o aluno à compreensão:

• Onde?

• Como é este lugar?

• Por que este lugar é assim?

• Por que aqui e não em outro lugar?

• Por que as coisas estão dispostas desta maneira no espaço geográfico?

• Qual o significado deste ordenamento espacial?

• Quais as consequências deste ordenamento espacial?

• Por que e como esses ordenamentos se distinguem de outros?

De acordo com as Diretrizes Curriculares Estaduais (2008, p.75) o ensino deve

permitir que os alunos se apropriem dos conceitos fundamentais da Geografia e compreen-

dam o processo de produção e transformação do espaço geográfico. Para isso, os conteú-

dos da Geografia devem ser trabalhados de forma crítica e dinâmica, interligados com a

realidade próxima e distante dos alunos, em coerência com os fundamentos teóricos.

Além dos conteúdos básicos da disciplina serão trabalhados temas relacionados

ao desenvolvimento sócio-educacional, através de discussões sobre os textos encontrados

no livro didático adotado ou ainda em textos preparados especialmente para esse fim, pes-

quisa para coleta de dados e demonstração do assunto estudado através de trabalhos.

Dentre os temas destacam-se: a Cidadania e Direitos Humanos (Programa Bolsa Família,

Educação Fiscal, Programa de Erradicação do Trabalho Infantil – PETI, Programa Escola

Aberta, Programa Saúde na Escola); Educação Ambiental (Lei Federal nº 9795/99, Dec. nº

4201/02); Enfrentamento à violência (Programa de educação das Unidades Socioeducati-

vas – PROEDUSE); Prevenção ao Uso Indevido de Drogas; Educação do Campo; Gênero

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e Diversidade Sexual;História e Cultura Afro-Brasileira e Africana (Lei nº 10639/03) e a His-

tória e Cultura dos Povos Indígenas (Lei nº 11645/08).

AVALIAÇÃO

A avaliação, parte dos processos de ensino-aprendizagem, não é uma mera

classificação de alunos, mas um processo de verificação das dificuldades que permite ao

professor intervir de modo a fazer com que possam progredir, tendo como uma das

funções, permitir que o professor verifique o alcance do seu próprio trabalho e, se

necessário, reformulá-lo, mantendo um diálogo permanente entre professor e aluno.

De acordo com a DCE (2008, p.31),

No processo educativo, a avaliação deve se fazer presente, tanto como meio de diagnóstico do processo ensino-aprendizagem quanto como instrumento de investigação da prática pedagógica, sempre com uma dimen-são formadora, uma vez que, o fim desse processo é a aprendizagem, ou a verificação dela, mas também permitir que haja uma reflexão sobre a ação da prática pedagógica.

Alguns critérios devem nortear as formas de avaliação:

A formação dos conceitos geográficos e o entendimento das relações sócio-

espaciais, relação de poder, de espaço/tempo e de sociedade natureza visando

compreender o espaço nas diversas escalas geográficas.

Fazer com que o aluno compreenda a realidade local em que vivem sob a

perspectiva de transformá-la e atuar na mesmo de uma forma crítica e consciente.

Desenvolvimento cognitivo (aquisição do conhecimento), desenvolvimento e

suas habilidades de raciocínio, aplicação de conceitos, capacidade de observação e

de crítica, etc. Deverá também desenvolver atitudes, inteligência emocional, social

ausentes de preconceitos.

Como os alunos possuem ritmos e características diferentes os instrumentos de

avaliação devem ser diversificados, com acompanhamento diário dos alunos, permitindo

verificar se os alunos investigam, elaboram hipóteses, se expõem e debatem diferentes

opiniões, se comunicam oralmente ou por escrito os produtos dos trabalhos realizados e se

conseguem enfrentar desafios. Para tanto, o professor pode fazer uso de seminários,

produção de textos, charges, histórias em quadrinhos e paródias; leitura e interpretação

imagens, gráficos, tabelas, mapas letras de músicas; pesquisas bibliográficas; relatórios de

aulas de campo; exercícios de fixação; apresentação de seminários; construção e análise

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de maquetes, de tabelas e gráficos, além de provas objetivas, dissertativas e orais,

confecção de cartazes e participação dos alunos nas aulas.

De acordo com o currículo e objetivos propostos por este estabelecimento de

ensino, os resultados dos processos de avaliação, ao final de cada trimestre, serão

expressos em notas compreendidas de 0,0 a 10,0. Esta nota será composta pela

somatória dos valores atribuídos em cada recurso avaliativo, sendo 5,0 pontos destinados

às provas objetivas (uma ou duas em cada trimestre, de acordo com o desencadear dos

conteúdos trabalhados) e 5,0 pontos destinados aos diversos trabalhos citados

anteriormente.

Para os alunos que não atingires a média proposta (6,0) será proporcionada a

recuperação, de forma paralela, havendo revisão de conteúdos abordados e aplicação de

uma nova prova, prevalecendo a maior nota que deverá ser somada aos outros recursos

avaliativos já aplicados.

A avaliação diagnóstica e continuada, leva em consideração aspectos qualitativos

e quantitativos, e que o objetivo do professor não é prejudicar o aluno e sim orientá-lo, ou

seja, medir seu desenvolvimento e as suas deficiências para que se possa corrigi-las.

Portanto, a avaliação não deve ser uma mera reprodução do que foi dito ou lido em

classe, e sim o entendimento e a aplicação, a extrapolação, a crítica, a coordenação das

idéias, o estabelecimento de relações dos conteúdos trabalhados com a realidade, por

exemplo.

REFERÊNCIAS

BORGES, Edson; MEDEIROS, Carlos; D’ ADESJ. Racismo, Preconceito e Intolerância.

São Paulo: Atual, 2002.

ESCOLA ESTADUAL PROFESSORA JÚLIA WANDERLEY. Ensino Fundamental. Projeto

Político Pedagógico. 2011.

OLIVEIRA, Davi Eduardo. Cosmovisão Africana do Brasil. 1972.

PROJETO ARARIBÁ: Geografia/obra coletiva – 6º, 7º, 8º, 9º Ano – Ed. Moderna, 1 ed.,

São Paulo, 2006.

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO. Superintendência da Educação. Diretrizes

Curriculares da Educação Básica de Geografia. Paraná. 2008.

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO. Superintendência da Educação. Diretrizes

Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o

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Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana. Brasília. Outubro: 2005.

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO. Superintendência da Educação. Diretrizes

Curriculares da Educação do Campo. Curitiba. 2006.

12.2.6 HISTÓRIA

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ESCOLA ESTADUAL JÚLIA WANDERLEYDisciplina: HistóriaProfessoras:

Sílvia Cristina BettazzaSonia Maria Nonis SantosLuciano Rompato

1 APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A partir da primeira metade do século XIX houve a preocupação de criar uma

genealogia ou história da nação, porém, com base numa matriz curricular nitidamente

eurocêntrica, partindo da Antiguidade Clássica como berço do cristianismo, da formação

das nações europeias: desde as primeiras monarquias à história política e biográfica

moderna e contemporânea. O ensino enfatizava a história política de Portugal e sua

relação com o Brasil.

Em linhas gerais, o ensino de história ao longo da República Velha tendeu a se

voltar mais para o estudo da história política europeia e brasileira, desconsiderando os

movimentos de resistência popular. Refletindo assim a política da República das

Oligarquias, na qual a questão social foi tratada como caso de policia. Já nas décadas de

1930 e 1940, em pleno momento de forte intervenção do Estado varguista em todos os

setores da sociedade brasileira, difundiu-se a tese da “democracia racial” expressa

principalmente em programas e livros didáticos de ensino de História. Esta tese, proposta

por alguns interpretes da obra histórica de Gilberto Freire, defendia que na constituição

sócio-genética do povo brasileiro predominava a miscigenação e a ausência de

preconceitos raciais e étnicos.

No pós-guerra e no contexto da democratização do país (1945-1960), com o fim da

ditadura Vargas, a disciplina de história passou a ser novamente objeto de debates quanto

as suas finalidades e relevância na formação política dos alunos. Vale lembrar que foi

também um período muito rico na produção historiográfica, na esteira da década 30 e 40,

de se pensar o Brasil, presente nos estudos de Celso Furtado, que levantou a questão dos

ciclos econômicos.

Como vivíamos sob a política nacional-desenvolvimentista de Getúlio Vargas,

Juscelino Kubitschek e João Goulart, o ensino tende também aos estudos históricos da

economia brasileira, no entanto, transmitindo de forma reducionista e mecânica a análise

dos ciclos econômicos do açúcar, mineração e do café. No entanto, a história factual, linear

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e política herdada do século XIX ainda se mantinham presente nas escolas, pois estas

ficaram gradualmente mais acessíveis aos filhos dos trabalhadores a partir da década de

1960.

Neste momento discutido acima, podemos considerar, contudo, um avanço,

mesmo tímido, a entrada em cena do povo brasileiro no ensino da história. Pois o contexto

era de grande mobilização e de organização social através do sindicalismo, das ligas

camponesas, do movimento estudantil e das camadas médias urbanas, em torno das

reformas sociais propostas. Mesmo assim, em linhas gerais o ensino ainda continuava

tradicional, factual e linear.

Com a deflagração e institucionalização da ditadura militar a partir de 1964, houve

uma grande retração da organização social fruto da repressão e da censura. Neste

momento, o povo foi retirado da cena política brasileira , e o ensino de história, que tímida

e pontualmente, procurava contrapor-se ao tradicionalismo foi contido pela ideologia militar

da ordem, do civismo, e da segurança nacional no contexto maniqueísta da guerra fria. Em

decorrência disto várias reformas educacionais foram implementadas com um caráter

tecnicista, em conformidade com a inserção do Brasil na divisão internacional do trabalho

da década de 60 e 70 enquanto economia primário-exportadora. Nesse sentido, a partir da

década de 1970, o ensino de história e de geografia foi preterido em nome da

implementação da generalidade dos Estudos Sociais, bem como de uma formação

profissional superficial, que acabou causando fortes prejuízos na formação dos alunos. O

ensino de Estudos Sociais e de Educação Moral e Cívica (EMC) enfatizava o estudo via

círculos concêntricos (do local para o universal), a história patriótica, tradicional, excluindo

o aprofundamento dos conflitos de classes sociais, ao longo da História Geral e do Brasil,

principalmente mais recente.

A partir da década 80, com a derrubada política da ditadura militar e o início do

processo de redemocratização da sociedade brasileira, e ensino de Estudos Sociais, que

já era radicalmente contestado na década anterior, tanto pela academia, quanto pela

sociedade organizada, passa lentamente a ser substituído pela instituição da disciplina de

História. Esta procurando aproximar o ensino da investigação histórica com o universo da

sala de aula.

Posteriormente à segunda metade da década de 1980 e anos 1990 crescem os

debates em torno das reformas democráticas na área educacional, que acabam

estimulando propostas de revisões no ensino de História, contrárias às tendências

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eurocêntricas, factuais, cívicas e positivistas do tradicionalismo na área. Essa discussão

entre a academia de História e o ensino foi resultado da restauração das liberdades

individuais e coletivas no país, levando à produção diferenciada tanto de materiais

didáticos, para didáticos e principalmente de novas propostas curriculares na área.

Propostas estas, como o Currículo Básico do Ensino Fundamental e particularmente de

História para o Ensino Médio do Paraná, embasadas claramente na pedagogia histórica-

crítica dos conteúdos desenvolvida por Demerval Saviani entre outros, a partir da sua

interpretação do materialismo histórico e dialético.

Nesse contexto, a proposta curricular de História para o Ensino Médio apontava

para a organização dos conteúdos, a partir do estudo da formação do capitalismo no

mundo ocidental e a inserção do Brasil neste quadro, de forma integrada. A disposição

mantinha, contudo, a linearidade e a cronologia através de um recorde histórico voltado ao

aluno (a) que na sua grande maioria, entende-se, há estava incorporado ao mundo do

trabalho. Objetivando o aluno (a) compreender a formação social do capitalismo ocidental

e intervir na sua realidade, enfim tornando-se um sujeito histórico.

Em 1997, os Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Médio (PCNEM),

especificamente o de História, apesar de serem impostos ao sistema escolar nacional e

paranaense, por uma política educativa baseada no ideário neoliberal, tiveram o mérito de

incorporar na sua proposta curricular a abordagem referente à Nova História. E, mais

especificamente à Nova História Cultural, valorizando, assim, problemáticas referentes ao

cotidiano, à memória, à cultura voltada para as práticas culturais e identidades coletivas e

individuais. Contudo, ao tentar articular estes elementos históricos com as competências e

habilidades na Área de Ciências Humanas, os PCNEM entram em contradição, pois

apontam para que a disciplina seja somente um instrumento de uma interdisciplinaridade

sem uma história nem referenciais teóricos definidos, causando o esvaziamento de seus

conceitos e conteúdos. Além disso, os conceitos históricos estão desarticulados entre si

fazendo com que o ensino de História, nestes moldes, perca, em boa medida, o seu

caráter de produção do conhecimento histórico realizada por sujeitos sociais (alunos [as] e

professores [as]).

A partir de 2003 e 2004, propõe-se como uma crítica e uma busca da superação

em relação à proposta advinda dos PCNEM, pois ele entende que o conhecimento

histórico é selecionado e construído na relação entre as experiências sociais dos sujeitos

(acontecimentos, comportamento, apropriações) e as estruturas sócio-históricas, a partir

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da utilização rigorosa de conceitos historiográficos no processo de investigação que

permitiam compreender os espaços de atuação social destes agentes históricos. Entenda-

se que este rigor deve estimular a criação de novas significações ou sentidos no universo

da disciplina de História através da produção de narrativas históricas.

Através da formação continuada oferecida pela SEED, e por meio das Diretrizes

Curriculares da Rede Pública da Educação Básica para o Ensino de História que propõe

essa nova visão do contexto histórico buscando uma reflexão das dimensões políticas,

econômicas, culturais e sociais, bem como relações de trabalho, de poder e relações

culturais.

Essa reflexão nos levou a elaborar a presente proposta, incluindo as Leis

10.639/03, 13.381/01, 11.645/08 e 9.795/99, que tornam obrigatório o ensino de Cultura

Afro, História do Paraná, Educação Escolar Indígena e a Educação Ambiental,

respectivamente.

2 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

São assim definidos os saberes ou conhecimentos de grande amplitude, que

definem e organizam os diferentes campos de estudos da disciplina História, estipulados

como: relações de trabalho, relações de poder e relações culturais.

Relações de Trabalho: trata dos procedimentos, através do tempo, para a

produção de meios de subsistência ou de lucratividade através do trabalho e de seu

gerenciamento, de forma coletiva ou segmentada dentro de uma determinada sociedade,

abordando as consequentes imposições e resistências entre os diferentes grupos

relacionados por meio do trabalho.

Relações de Poder: vinculada à dimensão política, leva em conta a relação do

poder instituído com seus subordinados bem como as relações de micro poder, onde, em

um contexto potencialmente menor, existem relações de superioridade hierárquica

conflitantes.

Relações Culturais: compreende o conjunto de significados conferidos pelo homem

para dar explicações às questões referentes ao mundo que o cerca.

Valoriza as diversidades entre as sociedades e valoriza cada elemento cultural de

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forma sistêmica, dentro de um conjunto de elementos se complementam gerando a já

mencionada significação do mundo que nos cerca.

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ENSINO FUNDAMENTAL- 6º ANO – Os Diferentes Sujeitos Suas Culturas Suas Histórias

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

Relações de trabalho

Relações de poder

Relações culturais

A experiência humana no tempo.

Os sujeitos e suas relações com o outro no tempo.

As culturas locais e a cultura comum.

Produção do Conhecimento HistóricoFontes históricasSujeito da História

•O historiador e a produção do conhecimento

O tempo na HistóriaSurgimento do homemFormação das cidades Centralização PolíticaO homem na América e no BrasilA pré História no ParanáMesopotâmiaO Egito – o Faraó governaImpério ChinêsCivilização indiana

Áreas do conhecimento históricoColocando o tempo em ordemOs séculosPeríodos da Pré-históriaTrabalho e organizaçãoAs primeiras cidadesO comércioPovos caçadores, coletores e agricultoresA importância dos rios nas primeiras civilizações (Egito e Mesopotâmia)O trabalho servil e o trabalho escravo nas sociedades egípcia e mesopotâmicaAs revoltas escravas.Instrumentos de medição do tempo

CalendáriosEvolução do homem e mudanças na vida socialSurgimento da escrita

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A religião nas sociedades primitivas (Egito, Mesopotâmia, China, Índia, Fenícios e Hebreus).Sítios arqueológicos, sambaquis no ParanáAs antigas moradiasA importância do faraó no EgitoO cotidiano do povo egípcioPovos que formavam a Mesopotâmia.

Povo Fenícios, Hebreus e as Civilizações Gregas e Romanas.

Fenícios e HebreusA vida política na GréciaA aristocracia e a democraciaEsparta e AtenasPolis – cidades- estadosOrganização política e social de RomaRepública Romana Império RomanoA crise no império romano

A sociedade e a cultura da Grécia e RomaA vida cotidiana na Grécia e RomaA guerra do PeloponesoA ruralização da EuropaA educação do campo no ParanáA divisão do Império RomanoO império Romano do orienteCultura Afro-brasileiraFilosofia e Ciência grega

Filosofia e Ciência GregaMito e religião na GréciaA arte gregaA sociedade e cultura romanaCristianismo e as perseguições religiosasA pax romana.O alfabeto FenícioO monoteísmo hebraico

Conteúdos Sócio Cidadania e direitos humanos

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educacionais Educação FiscalPrograma de Saúde na EscolaEnfrentamento à violênciaPrevenção ao uso indevido de drogasEducação ambientalGênero e diversidadeEducação do campoHistória e cultura dos povos indígenas (Lei 11.645/08)História e cultura afro-brasileira e africana (Lei 10.639/03)

ENSINO FUNDAMENTAL: 7°ANO – A Constituição Histórica do Mundo Rural e Urbano e a Formação da Propriedade em Diferentes Tempos e Espaços

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

Relações de trabalho

Relações de poder

Relações culturais

As relações de propriedade.

A constituição histórica do mundo do campo e do mundo da cidade.

As relações entre o campo e a cidade.

Conflitos e resistências e produção cultural campo/cidade.

Dos povos germânicos ao Feudalismo

Germânicos no poderA dinastia merovíngiaImpério CarolíngioFeudalismo, origem e organizaçãoOs árabes e a ArábiaAlianças entre reis e PapasReinos africanosImpério chinêsMudanças na EuropaA formação das monarquias nacionaisO Poder da Igreja na Idade médiaA crise nas instituições feudaisO RenascimentoReforma protestante e a Contra-reforma

Enfraquecimento CarolíngioEconomia agráriaSurge o IslamismoA África das sociedades tribaisA importância do comércio e da agriculturaO crescimento do comercio e das cidades

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Peste Negra e as revoltas camponesasO crescimento comercialO Renascimento e suas características

A arte românicaA escultura e a pinturaAs escolas monásticas e eclesiásticasA religião MecaO Nascimento do islamismoA arte e seus materiaisOs avanços tecnológicosA saúde pública O saber e as universidadesA literaturaNovos meios de divulgaçãoDiversidade cultural

Brasil exploração colonial

A exploração dos impérios coloniaisA colonização portuguesa no BrasilAdministração e principais órgãos administrativosO controle da metrópole no BrasilA colonização no ParanáA união ibérica e a invasão holandesa no BrasilCrises e rebeliões na colônia A Europa se divide- surge as monarquiasA conquista do território na América LatinaAs CruzadasCivilizações, Asteca, Incas e MaiasA invasão holandesa no Brasil

As atividades econômicas na colôniaExploração do trabalho indígena e escravidão africana

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A vida nos engenhosHolanda e Portugal: parceiros nos negócios açucareirosGuerras de expulsãoA conquista do sertãoEuropa: nobre e mercantilA expansão marítima portuguesaAs feitorias na América PortuguesaA conquista espanhola das civilizaçõesPré-colombianaA economia açucareira.

Escravidão: captura, resistência e lutaA convivência entre senhores e escravosCultura afro Africana e afro brasileira.Uma sociedade miscigenadaSincretismo religiosoOs Jesuítas e as missões jesuíticasA educação indígenaCrise e rebeliões na colôniaEncontro e desencontro entre culturas ibéricas e ameríndiasDiversidade cultural.

Conteúdos Sócio educacionais

Cidadania e direitos humanos

Educação FiscalPrograma de Saúde na

EscolaEnfrentamento à violênciaPrevenção ao uso

indevido de drogasEducação ambientalGênero e diversidadeEducação do campoHistória e cultura dos

povos indígenas (Lei 11.645/08)História e cultura afro-

brasileira e africana (Lei 10.639/03)

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ENSINO FUNDAMENTAL 8ºANO – O Mundo do Trabalho e os Movimentos de Resistência.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

Relações de trabalho

Relações de poder

Relações culturais

História das relações da humanidade com o trabalho.

O trabalho e a vida em sociedade.

O trabalho e as contradições da modernidade.

Os trabalhadores e as conquistas de direito.

A indústria moderna e o trabalho fabrilTransição entre o sistema de manufaturas para o sistema industrialEnclosures (Lei dos Cercamentos) Racionalização da produção

Formação das classes operárias na EuropaLutas trabalhistas (luddismo, cartismo, socialismos utópicos, Manifesto Comunista)A Internacional Socialista e a constituição das associações de trabalhadoresO movimento anarquista

O Imperialismo europeuprocesso de colonização européia da África e da Ásia

As relações econômicas no Brasil ImperialO desenvolvimento da economia do café: industrialização, ferrovias, portos e bancosA economia de subsistência e a ascensão da economia do mate na Província do ParanáA transição do trabalho escravo para o trabalho assalariado: migrações de escravizados e libertos e imigrações de europeus no Brasil Produção familiar dos imigrantes

A construção do Estado nacional brasileiroA estruturação do parlamentarismo às avessas e do poder moderador no

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Brasil ImperialLei de Terras de 1850Movimentos abolicionistas e republicanosEstrutura patriarcal de poder e os conflitos entre o poder local e poder centralO processo de emancipação da Província do ParanáImigração e colonização agrícola no Paraná

A formação dos Estados Nacionais no século XIXA unificação de Itália e AlemanhaMovimentos republicanos liberais no BrasilA guerra civil dos Estados Unidos da AméricaA Doutrina MonroeA guerra do Paraguai

O conflito civilizacional no BrasilA legislação escravistaResistência e negociação dos escravizados: quilombos, alforrias, paralisaçõesMovimento e discursos abolicionistasA ideologia do branqueamento da sociedade brasileira

As transformações culturais na Europa OcidentalA hegemonia da família nuclear (pai, mãe e filhos)Delimitação das fronteiras entre o público e o privadoRomantismo em oposição ao Iluminismo O desenvolvimento da ciência experimental

Conteúdos Sócio educacionais

Cidadania e direitos humanosEducação FiscalPrograma de Saúde na EscolaEnfrentamento à violênciaPrevenção ao uso indevido de drogasEducação ambientalGênero e diversidade

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Educação do campoHistória e cultura dos povos indígenas (Lei 11.645/08)História e cultura afro-brasileira e africana (Lei 10.639/03)

ENSINO FUNDAMENTAL: 9º ANO - Relações de Dominação e Resistência: a Formação do Estado e das Instituições SociaisCONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

Relações de trabalho

Relações de poder

Relações culturais

A constituição das instituições sociais.

A formação do Estado.

Sujeitos, Guerras e revoluções.

A Era do Imperialismo e a República no Brasil

A era dos ImpériosProclamação da República: dos militares às oligarquiasCoronelismo: política de compadrio, voto de cabrestoA primeira guerra mundialA Revolução RussaA crise de 1929Os regimes TotalitáriosA II Guerra MundialA Guerra FriaMovimentos de contestação: revoltas militares, rurais messiânicas e urbanasO Paraná e a Guerra do ContestadoSegunda Revolução IndustrialNovas tecnologiasSurgimento da Sociedade de massaA questão escravista no Brasil imperialRevoltas urbanas e ruraisFatores da Primeira Guerra MundialO fim da servidão na Rússia ImperialViolações de direitos humanosA adoção do New Deal

Da cultura erudita para a cultura de massaA arte da vanguardaA arte e a cultura na Europa da década de 20

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A Guerra mundial e as revoluçõesA Grande GuerraA Revolução Mexicana: a questão agrária na América LatinaA Revolução Russa

O Mundo bipolar e a nova ordem Mundial

A Guerra FriaBrasil : Período Getulista.O Estado Novo.Brasil: Período Democrático.Descolonização Afro-asiática e conflitos Árabe-israelenses.Guerra do Vietnã.Revoluções e crise do socialismo.O militarismo no Brasil. Fim do regime militar.A globalização e suas conseqüências.

Nova constituição de 1934, e eleições.Trabalhismo e populismo.Nacionalismo.Desenvolvimento econômico e democracia.Ricos e pobres na globalização.Blocos econômico macrorregionais.Influência mundial dos Estados Unidos.Avanço tecnológico e problemas.Revolução de 1930Revolução ConstitucionalistaIntentona comunistaO Brasil na nova ordem mundial

Anos Dourados.A caminho da democracia plena.Surto racista.A pressão popular pela democracia.Cultura afro- brasileiraManifestações culturais no BrasilA revitalização do cinemaA questão da fome e a responsabilidade social

Conteúdos Sócio educacionais

Cidadania e direitos humanosEducação FiscalPrograma de Saúde na Escola

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Enfrentamento à violênciaPrevenção ao uso indevido de drogasEducação ambientalGênero e diversidadeEducação do campoHistória e cultura dos povos indígenas (Lei 11.645/08)História e cultura afro-brasileira e africana (Lei 10.639/03)

3 Conteúdos Sócio-educacionais• Educação Ambiental (Lei Federal nº 9795/99, Dec. Nº 4201/02)

• Cidadania e Direitos Humanos;

• Educação Fiscal;

• Enfrentamento à Violência nas Escolas;

• Prevenção ao uso indevido de Drogas;

• História e Cultura Afro-Brasileira e africana (Lei nº 10.639/03);

• História e Cultura dos povos indígenas (Lei nº 11645/08)

• Educação Tributária Dec. Nº 1143/99, Portaria nº 413/02.

4 ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO

Na disciplina de História propõe-se uma metodologia que contribua para que os

alunos possam se apropriar dos fundamentos teóricos necessários para pensar

historicamente. Para que o pensamento histórico seja investigado nas aulas de História.

O método aplicado em sala de aula também deve considerar que as ideias

históricas dos alunos são marcadas pelas suas experiências de vida e pelos meios de

comunicação. Estas ideias costumam ter um caráter de pertencimento, porque é por meio

delas que os sujeitos estabelecem comunicação com o grupo ao qual pertence. Nas

narrativas históricas produzidas pelos educandos estão necessariamente presentes as

concepções históricas da comunidade em que eles pertencem, seja na forma de adesão e

essas ideias, seja na sua crítica.

As ideias históricas são conhecimentos que estão em processo de constante

transformação. O professor, ao considerar estas ideias, pode definir os conteúdos

específicos e temas a serem trabalhados em sala de aula, bem como problematizá-los. Ao

lançar da problematização, aliada à historiografia e ao trabalho com documentos, permite-

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se ao aluno a compreensão da construção do conhecimento histórico.

O professor deve estar esclarecido de que a produção do conhecimento histórico e

sua apropriação, pelos alunos, é processual e, deste modo, é necessário que a construção

do conhecimento histórico em questão seja constantemente retomado.

As imagens, livros, jornais, histórias em quadrinhos, fotografias, pinturas, gravuras,

museus, filmes e músicas são documentos que podem ser transformados em materiais

didáticos de grande valia na construção do conhecimento histórico; podem ser

aproveitados de diferentes maneiras em aula.

A proposta da seleção de temas é também pautada em relações interdisciplinares

considerando que é na disciplina de História que ocorre a articulação dos conceitos e

metodologias entre as diversas áreas do conhecimento. Assim, narrativas, imagens e sons,

pertinentes também a outras disciplinas, devem ser tratados como documentos a ser

abordados historiograficamente.

A metodologia aplicada na disciplina de História é objeto de estudo acrescido de

temáticas contemporâneas. Ela é destacada por um conjunto de princípios que precisam

ser observados pelo professor no tratamento desses conteúdos.

É necessário enfatizar e selecionar alguns temas gerais:

• Discussão da historicidade dos conteúdos, do contexto de sua criação, fontes e

métodos utilizados;

• Pluralidade cultural e respeito a culturas distintas;

• Postura investigativa do professor e do aluno, preferindo a busca de informações,

discussão e síntese à simples exposição dos conteúdos; explicação simples dos

conceitos fundamentais, que devem explicar o objeto, sem pretensão de esgotar toda a

discussão teórica sobre os assuntos tralhados, de modo que estes possam ser

contemplados nas séries e estudos subsequentes; explicação do passado em função dos

problemas postos pelo presente.

É importante destacar a obrigatoriedade da cultura afro-brasileira e africana,

conforme Lei 10.639/03; e da história e cultura dos povos indígenas, conforme Lei

11.645/08, nos currículos da Educação Básica, valorizando a história e cultura de seus

povos, conforme estudo da herança de genes, cor da pele, tipos sanguíneos e uso de

plantas, culinária, entre outros.Lei nº 11.274/06 do desenvolvimeto sócioeducacional e a

Lei Caó 7.437/85 (lei da diversidade)

A Lei 9.795/99 afirma que “a educação ambiental é um componente essencial e

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permanente da educação nacional, devendo estar presente de forma articulada em todos

os níveis e modalidade do processo educativo, em caráter formal e não formal”.

A educação ambiental se manifesta na seleção dos conteúdos, na forma do

tratamento dos conteúdos, na relação dos conteúdos com a prática social dos conteúdos,

deve ser entendida como um processo histórico, que faz parte da caminhada dos homens,

na construção de sua humanidade.

Para o desenvolvimento do trabalho o professor deverá se valer da exposição dos

temas, debates, pesquisas bibliográficas, relatórios, análises de textos, jornais, filmes,

histórias em quadrinhos, músicas, paródias, charges, acrósticos e maquetes.

5 AVALIAÇÃO

A avaliação da aprendizagem deve ocorrer de forma coerente, dentro da

concepção da Diretriz Curricular, para que a avaliação seja colocada a serviço da

aprendizagem, isto é, que venha a subsidiá-la e não constituí-la como um elemento

externo. Em outras palavras, refutam-se aqui avaliações de caráter classificatório,

autoritário e desvinculado dos conteúdos e concepções pedagógicas, em que a mesma

venha retratar e consolidar um modelo excludente de escola e de sociedade, que se quer

superar.

Para que a avaliação tenha realmente um caráter diagnóstico, seguiremos os

seguintes critérios:

Verificar se os alunos reconhecem as relações entre a sociedade, a cultura

e a natureza, no presente e no passado;

Constatar e reconhecer as diferenças e semelhanças entre as relações de

trabalho construídas no presente e no passado;

Reconhecer a diversidade de documentos históricos. Segundo os critérios

mencionados, a avaliação não só envolverá provas escritas e orais, mas também,

pesquisas, atividades individuais ou em grupo, relatórios, sínteses, seminários, num

processo contínuo e permanente, somativo, cumulativo e diagnóstico, para que

possa retratar o desenvolvimento da aprendizagem do aluno.

A avaliação deve ser realizada com sensibilidade e discernimento, sendo ela

processual, reflexiva, formativa e cumulativa, acontecendo de forma contínua, interativa,

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participativa e diagnóstica, permitindo a construção da aprendizagem, sendo considerado o

histórico de cada aluno e sua relação com as atividades desenvolvidas na escola.

A recuperação de estudos ocorrerá de forma paralela, com a retomada de

conteúdos a partir do diagnóstico oferecido pelos instrumentos de avaliação, visando,

também, a reavaliação do conteúdo já reexplicados em sala de aula.

6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

COTRIM, Gilberto. História Geral e do Brasil. Editora Saraiva, 1999.

DCE – diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação Básica do Estado do Paraná. Curitiba, 2006.

FONSECA, Thais Nivia de Lima e. História e Ensino de História. Belo Horizonte: Autentica, 2003.

HAAG, Carlos. Nossa História. São Paulo, ano 3, n.29, mar/2006.

BRASIL. Lei – nº 10639, 09 de Janeiro de 2003. Parecer do Conselho Nacional de Educação. Cadernos Temáticos História da Cultura Afro- Brasileira e Africana. Ministério da Educação – Ministério Nacional de Educação, 2004.

LEI nº 13.381/2001. História do Paraná.

PROJETO ARARIBÁ. História Obra Coletiva. Editora Moderna, 2006.

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134

12.2.7 LÍNGUA PORTUGUESA

ESCOLA ESTADUAL PROFESSORA JÚLIA WANDERLEY

ENSINO FUNDAMENTAL

PROPOSTA CURRICULAR DA

DISCIPLINA DE LÍNGUA PORTUGUESA DO

ENSINO FUNDAMENTAL

PROFESSORAS: Jane Francisco Rodrigues

Luceli Aparecida da Silva Raimundo

Shirley Calsavara

Viviane Aparecida Nunes Vieira Yokomizo

ARAPONGAS - 2012

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135

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR

1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

Como disciplina escolar, a Língua Portuguesa passou a integrar os currículos

escolares brasileiros somente nas últimas décadas do século XIX,depois de já há muito

organizado o sistema de ensino. Contudo,a preocupação com a formação do professor

dessa disciplina teve início apenas nos anos 30 do século XX.

Depois de institucionalizada como disciplina, as primeiras práticas de ensino

moldavam-se ao ensino do latim para os poucos que tinham acesso a uma escolarização

mais prolongada.

Em meados do século XVIII, o Marquês de Pombal tornava obrigatório o ensino da

Língua Portuguesa em Portugal e no Brasil. Em 1837, o estudo da Língua Portuguesa foi

incluído no currículo sob as formas das disciplinas Gramática, retórica e Poética,

abrangendo, esta última, a Literatura. Somente no século XIX, o conteúdo gramatical

ganhou a denominação de Português. A partir de 1967, iniciou-se, no Brasil, “um processo

de 'democratização' do ensino, com a ampliação de vagas, eliminação dos chamados

exames de admissão, entre outros fatores.”

A Lei no 5692/71 ampliaria e aprofundaria a vinculação da educação com a

industrialização, ao dispor que o ensino deveria estar voltado à qualificação para o

trabalho.

Com a Lei no 5692/71, a disciplina de Português passou a denominar-se, no

primeiro grau, Comunicação e Expressão, passou a pautar, então, em exercícios

estruturais, técnicas de redação e treinamento de habilidades de leitura.

A partir de 1970, o ensino de Literatura restringiu-se ao então segundo grau, com

abordagens estruturalistas ou historiográficas do texto literário.

A partir da década de 1980, os estudos linguísticos mobilizaram os professores

para a discussão e o repensar sobre o ensino da língua materna e para a reflexão a

respeito do trabalho realizado nas salas de aula.

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A proposta do Currículo Básico do Paraná, da década de 1990, fundamentou-se

em pressupostos coerentes com a concepção dialógica e social da linguagem,delineada a

partir de Bakhtin e dos integrantes do Círculo de Bakhtin, para fazer frente ao ensino

tradicional.

No caso do Currículo do Paraná, pretendia-se uma prática pedagógica que

enfrentasse o normativismo e o estruturalismo e, na literatura, uma perspectiva de análise

mais aprofundada dos textos, bem como a proposição de textos significativos e com

menos ênfase no conotação moralista.

Os Parâmetros Curriculares Nacionais, do final da década de 1990, também

fundamentaram a proposta para a disciplina de Língua Portuguesa nas concepções

interacionistas ou discursivas, propondo uma reflexão acerca dos usos da linguagem oral e

escrita. No entanto, até hoje, tendem a diluir a abordagem dessa concepção com a

introdução de conceitos pouco reconhecidos pelos professores, como por exemplo,

habilidades e competências, termos que desvalem a vinculação do currículo ao mercado

de trabalho.

Durante muito tempo, o ensino da Língua Portuguesa foi ministrado por meio de

conteúdos legitimados no âmbito de uma classe social influente e pela tradição

acadêmica/escolar.

As Diretrizes propõem que o Conteúdo Estruturante em Língua Portuguesa esteja

sob o pilar dos processos discursivos, numa dimensão histórica e social. Por Conteúdo

Estruturante entende-se o conjunto de saberes e conhecimentos de grande dimensão, os

quais identificam e organizam uma disciplina escolar, a partir deles,advém os conteúdos

específicos, a serem trabalhados no cotidiano escolar.

A língua, sistema de representação do mundo, está presente em todas as áreas de

conhecimento. A tarefa de formar leitores e usuários competentes da escrita não se

restringe, portanto, à área de Língua Portuguesa, já que todo professor depende da

linguagem para desenvolver os aspectos conceituais de sua disciplina.

O trabalho com a língua no Ensino Fundamental focaliza a necessidade de dar ao

aluno condições de ampliar o domínio da língua e da linguagem, aprendizagem

fundamental para o exercício da cidadania.

Considerando que as práticas da linguagem são uma totalidade e que o sujeito

expande sua capacidade de uso da linguagem e de reflexo sobre ela em situações

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significativas de interlocução, as propostas didáticas de ensino da língua portuguesa

devem organizar-se tomando o texto (oral ou escrito) como unidade básica de trabalho,

considerando a diversidade de textos que circulam socialmente.

A prática reflexiva constante a partir de leituras variadas, associada a atividade que

permitam a compreensão e utilização de recursos da oralidade, libra e identificando

aspectos relevantes e analisando- os criticamente.

O ensino da Língua Portuguesa, numa visão contemporânea, precisa estar

compreendido, tanto na oralidade quanto na escrita, com o processo da enunciação e do

discurso, e sua pratica deve estar relacionada a situação reais de comunicação.

Não é possível esperar que todos os textos que subsidiam o trabalho nas diversas

disciplinas sejam auto-explicativos. Sua compreensão depende necessariamente

do conhecimento prévio que o leitor tiver sobre o tema e da familiaridade que tiver

construído com a leitura de textos do gênero.

É tarefa de todo professor, ensinar, também, os procedimentos de que o aluno

precisa dispor para acessar os conteúdos da disciplina que estuda.

Produzir esquemas, resumos que orientem o processo de compreensão dos

textos, bem como apresentar roteiros que indiquem os objetivos e expectativas que cercam

o texto que se espera ver analisado ou produzido não pode ser tarefa delegada a outro

professor que não o da própria área.

O trabalho desenvolvido demanda participação efetiva e responsável tanto na

capacidade de análise crítica e reflexão sobre os valores e concepções veiculadas tanto na

possibilidade de participação e da transformação das questões envolvidas.

A sala de aula deve ser lugar de interação, de encontro entre sujeitos; as

atividades de leitura e produção devem ser significativas, respondendo às questões:

Para quê? Importa ensinar o aluno a usar a língua e não a gramática? A

aprendizagem desses aspectos, está inserida em situações reais de intervenção no âmbito

da escola.

Assim, o objeto de estudo da disciplina á a Língua e o conteúdo estruturante é o

discurso enquanto prática social concretizando-se na oralidade, leitura e escrita. O ensino-

aprendizagem da língua portuguesa deve ter como objetivos:

• empregar a língua oral em diferentes situações de uso, saber adequá-la a cada

contexto e interlocutor, reconhecer as intenções implícitas nos discursos do cotidiano e

propiciar a possibilidade de um posicionamento diante deles;

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• desenvolver o uso da língua escrita em situações discursivas por meio de

práticas sociais que considerem os interlocutores, seus objetivos, o assunto tratado, além

do contexto de produção;

• analisar os textos produzidos, lidos e/ou ouvidos, possibilitando que o aluno

amplie seus conhecimentos linguistico – discursivos;

• aprofundar, por meio da leitura de textos literários, a capacidade de pensamento

crítico e a sensibilidade estética, permitindo a expansão lúdica da oralidade, da leitura e da

escrita;

• aprimorar os conhecimentos linguísticos, de maneira a propiciar acesso às

ferramentas de expressão e compreensão de processos discursivos, proporcionando ao

aluno condições para adequar a linguagem aos diferentes contextos sociais, apropriando-

se, também, da norma padrão.

2.CONTEÚDO ESTRUTURANTE / Discurso como prática social

6º ano do Ensino Fundamental

LEITURA

Interpretação textual, observando:conteúdo temático e interlocutores

• fonte

• ideologia

• papéis sociais representados

• intertextualidade

• intencionalidade

• informatividade

• marcas linguísticas

• identificação do argumento principal e dos argumentos secundários

• as particularidades ( lexicais, sintáticas e textuais ) do texto em registro formal e

informal

• texto verbal e não-verbal

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ORALIDADE

• adequação ao gênero

• conteúdo temático

• elementos composicionais

• marcas linguísticas procedimentos e marcas linguísticas típicas da conversação

(entonação,repetições,pausas...)

• variedades linguísticas

• intencionalidade do texto

• papel do locutor e do interlocutor: participação e cooperação

• particularidades de pronúncia de algumas palavras

ESCRITA

• adequação ao gênero

• conteúdo temático

• elementos composicionais

• marcas linguísticas

• linguagem formal/informal

• argumentação

• coerência e coesão textual

• organização das ideias/parágrafos

• finalidade do texto

• refacção textual

ANÁLISE LINGUÍSTICA

Perpassando as práticas de leitura,escrita e oralidade:

• discurso direto, indireto e indireto livre na manifestação das vozes que falam no

texto

• função do adjetivo, advérbio, pronome, artigo e de outras categorias como

elementos do texto

• a pontuação e seus efeitos de sentido no texto

• recursos gráficos: aspas, travessão, negrito, itálico, parênteses, hífen

• acentuação gráfica

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• valor sintático e estilístico dos modos e tempos verbais

• a representação do sujeito no texto(expressivo/elíptico; determinado/

indeterminado/ativo/passivo);

• figuras de pensamento (hipérbole,ironia, eufemismo, antítese )

• alguns procedimentos de concordância verbal e nominal

• linguagem digital

• semântica

• particularidades de grafia de algumas palavras

GÊNEROS DISCURSIVOS:

História em quadrinho, piadas, adivinhas,lendas, fábulas, contos de fadas,

poemas, narrativa de enigma, narrativa de aventura, dramatização exposição oral,

comercial para tv, causos, carta pessoal, carta de solicitação, e-mail, receita, convite,

autobiografia, cartaz, carta do leitor, classificados, verbetes, quadrinhas, cantigas de roda,

bilhetes, fotos, mapas, aviso, regras de jogo, anedotas, horóscopo, entre outros.

7º Ano

LEITURA

Interpretação textual, observando o conteúdo temático

• conteúdo temático

• interlocutores

• fonte

• intertextualidade

• informatividade

• intencionalidade

• marcas linguísticas

• identificação do argumento principal e dos argumentos secundários

• inferências

ORALIDADE

• adequação ao gênero

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• conteúdo temático

• elementos composicionais

• marcas linguísticas

• variedades linguísticas

• intencionalidade do texto

• papel do locutor e do interlocutor: participação e cooperação

• particularidades de pronúncia de algumas palavras

• elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos...

• neologismo

ESCRITA

• adequação ao gênero

• conteúdo temático

• elementos composicionais

• marcas linguísticas

• argumentação

• paragrafação

• clareza de ideias

• refacção textual

ANÁLISE LINGUÍSTICA – perpassando as práticas de leitura, escrita e

oralidade

• coesão e coerência do texto lido ou produzido pelo aluno

• expressividade dos substantivos e sua função referencial no texto

• função do adjetivo, advérbio, pronome, artigo e de outras categorias como

elementos do texto

• a pontuação e seus efeitos de sentido no texto

• recursos gráficos: aspas, travessão, negrito, hífen, itálico, acentuação gráfica

• processo de formação de palavras

• gírias

• algumas figuras de pensamento ( prosopopeia, ironia... )

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• alguns procedimentos de concordância verbal e nominal

• particularidades de grafia de algumas palavras

GÊNEROS DISCURSIVOS

Entrevista (oral e escrita), crônica de ficção, música, notícia, estatutos,

narrativa mítica, tiras, propaganda, exposição oral, mapas, paródia, chat, provérbios,

torpedos, álbum de família, literatura de cordel, carta de reclamação, diário, carta ao leitor,

instruções de uso,cartum, história em quadrinhos, placas,pinturas, provérbios, entre outros.

8º ano

LEITURA

• interpretação textual, observando o conteúdo temático e interlocutores

• fonte

• ideologia

• intencionalidade

• informatividade

• marcas linguísticas

• identificação do argumento principal e dos argumentos secundários

• as diferentes vozes sociais representadas no texto;

• linguagem verbal, não-verbal,midiático, infográficos, etc.

• relações dialógicas entre textos

ORALIDADE

• adequação ao gênero

• conteúdo temático

• elementos composicionais

• marcas linguísticas

• coerência global do discurso oral

• variedades linguísticas

• papel do locutor e do interlocutor: participação e cooperação

• turnos de fala

• particularidades dos textos orais

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• elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos...

• finalidade do texto oral

ESCRITA

• adequação ao gênero:

• conteúdo temático

• elementos composicionais

• marcas linguísticas

• argumentação

• coerência e coesão textual

• paráfrase de textos

• paragrafação

• refacção textual

ANÁLISE LINGUÍSTICA :Perpassando as práticas de leitura, escrita e

oralidade:

• semelhanças e diferenças entre o discurso escrito e oral

• conotação e denotação

• a função das conjunções na conexão de sentido do texto

• progressão referencial (locuções adjetivas, pronomes, substantivos)

• função do adjetivo, advérbio, pronome, artigo e de outras categorias como

elementos do texto

• a pontuação e seus efeitos de sentido no texto recursos gráficos: aspas,

travessão, negrito, hífen, itálico;

• acentuação gráfica

• figuras de linguagem

• procedimentos de concordância verbal e nominal

• a elipse na sequência do texto

• estrangeirismos

• as irregularidades e regularidades da conjugação verbal

• a função do advérbio: modificador e circunstanciador

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• complementação do verbo e de outras palavras

GÊNEROS DISCURSIVOS

Regimento, slogan, telejornal, telenovela, reportagem (oral e escrita),

pesquisa, conto fantástico, narrativa de terror, charge, narrativa de humor, crônica

jornalística, paródia , resumo, anúncio publicitário, sinopse de filme, poema,

biografia, narrativa de ficção científica, relato pessoal, outdoor, blog, haicai, júri

simulado, discurso de defesa e acusação, mesa redonda, dissertação escolar,

regulamentos,caricatura,escultura, entre outros.

9º ano

LEITURA

• Interpretação textual, observando o conteúdo temático e interlocutores;

• fonte

• intencionalidade

• intertextualidade

• ideologia

• informatividade

• marcas linguísticas

• identificação do argumento principal

• informações implícitas em textos

• as vozes sociais presentes no texto

• estética do texto literário

ORALIDADE

• adequação ao gênero

• conteúdo temático

• elementos composicionais

• marcas linguísticas

• variedades linguísticas

• intencionalidade do texto oral

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• argumentação

• papel do locutor e do interlocutor:

• turnos de fala

• elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos...

ESCRITA

• adequação ao gênero;

• conteúdo temático;

• elementos composicionais;

• marcas linguísticas;

• argumentação;

• resumo de textos;

• paragrafação;

• paráfrase;

• intertextualidade;

• refacção textual.

ANÁLISE LINGÜÍSTICA: Perpassando as práticas de leitura, escrita e

oralidade

• conotação e denotação;

• coesão e coerência textual;

• vícios de linguagem;

• operadores argumentativos e os efeitos de sentido;

• expressões modalizadoras (que revelam a posição do falante em relação ao que

diz, como: felizmente,comovedoramente...)

• semântica

• expressividade dos substantivos e sua função referencial no texto

• função do adjetivo, advérbio,pronome, artigo e de outras categorias como

elementos do texto;

• a pontuação e seus efeitos de sentido no texto;

• recursos gráficos: aspas, travessão, negrito, hífen, itálico;

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• acentuação gráfica;

• estrangeirismos, neologismos, gírias;

• procedimentos de concordância verbal e nominal;

• valor sintático e estilístico dos modos e tempos verbais;

• a função das conjunções e preposições na conexão das partes do texto;

• coordenação e subordinação nas orações do texto

GÊNEROS DISCURSIVOS

Artigo de opinião, debate, reportagem oral e escrita, manifesto, seminário,

relatório científico,resenha crítica, narrativa fantástica, romance, histórias de humor,contos,

música, charges, editorial, curriculum vitae, entrevista oral e escrita, assembleia, agenda

cultural, reality show, novela fantástica, conferência, palestra, fotoblog,depoimento,

imagens, instruções, entre outros.

Obs.: O desenvolvimento sócio-educacional será observado nos diferentes

gêneros textuais. Os conteúdos básicos desse tema são:

• Educação Ambiental (Lei Federal nº 9795/99, Dec. Nº 4201/02)

• Cidadania e Direitos Humanos;

• Educação Fiscal;

• Enfrentamento à Violência nas Escolas;

• Prevenção ao uso indevido de Drogas;

• História e Cultura Afro-Brasileira e africana (Lei nº 10.639/03);

• História e Cultura dos povos indígenas (Lei nº 11645/08)

• Educação Tributária Dec. Nº 1143/99, Portaria nº 413/02.

3.METODOLOGIA

As aulas serão trabalhadas de forma variada, procurando despertar o interesse

dos alunos pelos assuntos abordados, garantindo a participação dos mesmos no processo

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de construção do conhecimento.

O ensino da Língua Portuguesa hoje deve abordar a leitura, a produção de textos e

a gramática em uma mesma perspectiva da língua como instrumento de comunicação e

interação social, buscando atingir os seguintes objetivos:

• desenvolver outras formas de expressão e ampliar de forma sistematizado e

gradual suas práticas orais de leitura e escrita;

• aprender a ouvir a voz dos colegas, ouvir críticas e delas tirar o melhor

proveito, a reconsiderar seus pontos de vista, a pensar da melhor maneira e obter sucesso

no conjunto;

• diferenciar diferentes tipos de texto;

• ampliar seus referenciais e suas leituras de mundo;

• inferir informações a partir do contexto e do conhecimento prévio;

• observar e captar as informações das entrelinhas.

As práticas discursivas subdividem-se em:

Prática da oralidade

Considerando-se a língua em sua perspectiva histórica e social, esse trabalho

precisa pautar-se em situações reais de uso de fala, valorizando-se a produção de

discursos nos quais o aluno realmente se constitua como sujeito do processo interativo.

Compete à escola, no processo de ensino e aprendizagem da língua, tomar como

ponto de partida os conhecimentos linguísticos dos alunos, promovendo situações que os

incentivem a falar, ainda do “seu jeito”, ou seja, fazendo uso da variedade de linguagem

que eles empregam suas interações familiares, no cotidiano.

Prática da leitura

A leitura deve ser entendida como um processo de produção de sentido que se dá

a partir de interações sociais ou relações dialógicas que acontecem entre o texto/autor/

leitor, levando em consideração as experiências e os conhecimentos prévios do indivíduo.

O trabalho com literatura/leitura será desenvolvido através do Método Recepcional,

cuja proposta tem os seguintes objetivos:

• efetuar leituras compreensivas e críticas;

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• tornar-se receptivo a novos textos e a leitura de outrem;

• questionar as leituras efetuadas em relação ao seu próprio horizonte cultural;

• transformar os próprios horizontes de expectativas, bem como os do professor,

da escola , da comunidade familiar e social.

Serão observadas no processo ensino-aprendizagem as estruturas de apelo

aliadas às marcas linguísticas, visando despertar no aluno a percepção quanto à

interpretação que o texto exige.

Prática da escrita

Em relação à escrita, resulta-se que as condições em que a produção acontece

(quem escreve, o que, para quem, para quem, por que, quando, onde e como se escreve)

é que determinam o texto. Cada gênero textual tem suas peculiaridades: a composição, a

estrutura e o estilo do texto variam conforme se produza uma história, um poema, um

bilhete, uma receita, um texto de opinião, ou outro tipo de texto.

O envolvimento do aluno e do professor com a escrita é um processo que

acontece em vários momentos: o da motivação para produção do texto; o da reflexão,

reestruturação e reescrita do texto, que acaba se constituindo, também, em um produtivo

momento de reflexão.

Nas atividades com textos serão explicitadas a forma e conteúdo dos mesmos em

função das características do gênero e do autor, fazendo uma seleção de procedimentos

de leitura de acordo com os diferentes objetivos. Far-se-á o levantamento e análise de

indicadores discursivos presentes no texto para indicar as várias vozes do discurso e o

ponto de vista que determinam o tratamento dado ao conteúdo, com a finalidade de

confrontá-lo com outros textos, com outras opiniões e para que se possa posicionar

criticamente diante dele.

4. AVALIAÇÃO

É imprescindível que a avaliação em Língua Portuguesa seja um processo de

aprendizagem contínuo e dê prioridade à qualidade e ao desempenho do aluno ao longo

do ano letivo.

A Lei 9394/96, de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN), destaca a

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chamada avaliação formativa (capítulo II, artigo 24, inciso V, item a: “avaliação contínua e

cumulativa do desempenho do aluno, com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os

quantitativos e dos resultados ao longo do período sobre os de eventuais provas finais;”),

vista como mais adequada ao dia-a-dia da sala de aula e como grande avanço em relação

à avaliação tradicional, que se restringe tão somente ao somativo ou classificatório.

As formas de avaliação são: somativa e formativa.

Por isso, em lugar de apenas avaliar por meio de provas, o professor deve usar a

observação diária e instrumentos variados, selecionados de acordo com cada conteúdo

e/ou objetivo.

A avaliação formativa considera que os alunos possuem ritmos e processos de

aprendizagem diferentes e, por ser contínua e diagnóstica, aponta dificuldades,

possibilitando que a intervenção pedagógica aconteça a todo tempo. Informa ao professor

e ao aluno acerca do ponto em que se encontram e contribui com a busca de estratégias

para que os alunos aprendam e participem mais das aulas.

Com o uso da língua oral e escrita em práticas sociais, os alunos são avaliados

continuamente em termos desse uso, pois efetuam operações com a linguagem e refletem

sobre as diferentes possibilidades de uso da língua, o que lhes permite o aperfeiçoamento

linguístico constante, o letramento.

O trabalho com a língua oral e escrita supõe uma formação inicial e continuada

que possibilite ao professor estabelecer as devidas articulações entre teoria e prática,na

condição de sujeito que usa o estudo e a reflexão como alicerces para sua ação

pedagógica e que, simultaneamente, parte dessa ação para o sempre necessário

aprofundamento teórico. Portanto, a avaliação é diagnóstica, contínua, cumulativa e

formativa.

Através da avaliação formativa, o professor pode perceber que os alunos possuem

ritmos e processos de aprendizagem diferentes e, por ser contínua e diagnóstica, aponta

dificuldades, possibilitando que a intervenção pedagógica aconteça a todo tempo.

Informando o professor e o aluno acerca do ponto em que se encontram, ajudando-os a

refletir. Faz, ainda, com que o professor procure caminhos para que todos os alunos

aprendam e participem mais das aulas.

Todas as atividades podem e devem ser permanentemente avaliadas,

considerando que o caráter da avaliação consiste em verificar se as atividades propostas

atingem o objetivo proposto.

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O aluno é avaliado por meio de debates, apresentação oral, atividades diárias,

apresentação de trabalhos individuais e em equipe, exposição de painéis, provas,

produção e interpretação oral e escrita, leitura com fluência, entonação, postura e

expressividade.

A recuperação é feita da seguinte forma: são ministradas aulas de retomada de

conteúdo para os alunos que não atingiram a média 6,0. Após , realizam um trabalho no

valor 5,0 e uma avaliação no mesmo valor. A recuperação é oferecida a todos os alunos

que tenham interesse em melhorar a nota.

5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BAKHTIN, Mikhail. Gêneros do Discurso. In: Estética da Criação Verbal.São Paulo:Martins

Fontes, 1997.

BRASIL. Lei nº10639.09 de janeiro de 2003. Parecer do Conselho Nacional de Educação.

Cadernos Temáticos – História da Cultura Afro-Brasileira e Africana. Ministério da

Educação – Ministério Nacional de Educação, 2004.

Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o

Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana. Brasília: Outubro, 2005.

KOCH, Ingedore. A coesão textual. 3. ed. São Paulo: Contexto, 1991.

PARANÁ- SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO. Superintendência da Educação.

Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares de Língua Portuguesa para a

Educação Básica. Curitiba, 2008.

SOLÉ,Isabel. Estratégias de Leitura. Porto Alegre:Artes Médicas,1998.

TRAVAGLIA,Luiz Carlos.Gramática e Interação:Uma proposta para o ensino de

gramática.São Paulo:Cortez,2005.

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151

12.2.8 MATEMÁTICA

Proposta pedagógica

curricularEnsino Fundamental

MATEMÁTICA

Série: 6º ao 9º ano

Professores:

Aparecida Martins

Elizabete Maria Rodrigues

Leila Aparecida Perdigão

Marcos Cesar Beneli

Roseli Suzuki

Sandra Cristina Vogel

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152

2 012

01. Apresentação da Disciplina

A Ciência Matemática veio se desenvolvendo desde os tempos antigos juntamente

com os processos econômicos e culturais, buscando acompanhar as necessidades de

cada época. Assim também a própria disciplina sofreu transformações para atender às

exigências sociais.

Hoje a Matemática é uma das mais importantes ferramentas da sociedade

moderna, apropriar-se dos conceitos e procedimentos matemáticos básicos contribui para

a formação do futuro cidadão, que se engajará no mundo do trabalho, das relações sociais,

culturais e políticas.

Para exercer plenamente a cidadania, é preciso saber contar, comparar, medir,

calcular, resolver problemas, construir estratégias, comprovar e justificar resultados,

argumentar logicamente, conhecer formas geométricas, organizar, analisar e interpretar

criticamente as informações, localizar, representar, etc.

Perceber isso é compreender o mundo à nossa volta e poder atuar nele. É preciso

que o saber informal, cultural, se incorpore ao trabalho matemático escolar, diminuindo a

distância entre a Matemática da escola e a Matemática da vida.

O objetivo geral do ensino da Matemática no ensino fundamental deve levar o

aluno a comunicar-se em várias linguagens; investigar, resolver e elaborar problemas;

tomar decisões, fazer conjecturas, hipóteses e inferências; criar estratégias e

procedimentos; adquirir e aperfeiçoar conhecimentos e valores; trabalhar solidária e

cooperativamente. E estar sempre aprendendo. Ampliar e aprofundar conhecimentos,

estudar outros temas, desenvolver ainda mais a capacidade de raciocinar, generalizar,

abstrair e de analisar e interpretar a realidade que nos cerca, usando para isso o

instrumento matemático. Auxiliar a estruturação do pensamento e do raciocínio lógico,

quanto instrumental, utilitário, de aplicação no dia a dia, em outras áreas do conhecimento

e nas atividades profissionais.

Aprende-se Matemática não somente por sua beleza ou pela consistência de suas

teorias, mas, para que, a partir dela, o homem amplie seu conhecimento e, por

conseguinte, contribua para o desenvolvimento da sociedade.

Como educadores devemos saber que o objeto de estudo da disciplina não é

totalmente conhecido, encontra-se em processo de construção e aponta para uma prática

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153

pedagógica que engloba as relações entre o ensino, a aprendizagem e o conhecimento

matemático.

2. Conteúdos

a) Conteúdos Estruturantes

Entende-se por Conteúdos Estruturantes os conhecimentos de grande amplitude,

os conceitos e as práticas que identificam e organizam os campos de estudos de uma

disciplina escolar, considerados fundamentais para a sua compreensão.

Constituem-se historicamente e são legitimados nas relações sociais. Os Conteúdos

Estruturantes propostos nas Diretrizes Curriculares, para a Educação Básica da Rede

Pública Estadual, são:

Números e Álgebra

Grandezas e Medidas

Geometrias

Funções

Tratamento da informação

Para o Ensino Fundamental, os conteúdos estruturantes se desdobram nos

seguintes conteúdos:

NÚMEROS E ÁLGEBRA:

• conjuntos numéricos e operações

• equações e inequações

• polinômios

• proporcionalidade

GRANDEZAS E MEDIDAS:

• sistema monetário

• medidas de comprimento

• medidas de massa

• medidas de tempo

• medidas derivadas: áreas e volumes

• medidas de ângulos

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• medidas de temperatura

• medidas de velocidade

• trigonometria: relações métricas no triângulo retângulo e relações

• trigonométricas nos triângulos

GEOMETRIAS:

• geometria plana

• geometria espacial

• geometria analítica

• noções básicas de geometrias não-euclidianas

FUNÇÕES:

• função afim

• função quadrática

TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO:

• noções de probabilidade

• estatística

• matemática financeira

• noções de análise combinatória

Conteúdos Estruturantes e Básicos – 6º ANO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS

NÚMEROS EÁLGEBRA

• Sistemas de numeração;• Números Naturais;• Múltiplos e divisores;• Potenciação eradiciação;• Números fracionários;• Números decimais.

• Medidas decomprimento;• Medidas de massa;

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GRANDEZAS E MEDIDAS• Medidas de área;• Medidas de volume;• Medidas de tempo;• Medidas de ângulos;• Sistema monetário.• Sistema monetário.

GEOMETRIAS• Geometria Plana;• Geometria Espacial.

TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO • Dados, tabelas e gráficos;• Porcentagem.

Conteúdos Estruturantes e Básicos – 7º ANO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS

NÚMEROS EÁLGEBRA

• Números Inteiros;• Números Racionais;• Equação e Inequação do 1ºgrau;• Razão e proporção;• Regra de três simples.

GRANDEZAS E MEDIDAS• Medidas de temperatura;• Medidas de ângulos.

GEOMETRIAS• Geometria Plana;• Geometria Espacial;• Geometrias não-euclidianas.

TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO

• Pesquisa Estatística;• Média Aritmética;• Moda e mediana;• Juros simples.

Conteúdos Estruturantes e Básicos – 8º ANO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS

NÚMEROS EÁLGEBRA

• Números Racionais eIrracionais;• Sistemas de Equações do1º grau;• Potências;• Monômios e Polinômios;

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156

• Produtos Notáveis.

GRANDEZAS E MEDIDAS• Medidas de comprimento;• Medidas de área;• Medidas de volume;• Medidas de ângulos.

GEOMETRIAS

• Geometria Plana;• Geometria Espacial;• Geometria Analítica;• Geometrias não-euclidianas.

TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO• Gráfico e Informação;• População e amostra.

Conteúdos Estruturantes e Básicos – 9º ANO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS

NÚMEROS EÁLGEBRA

• Números Reais;• Propriedades dos radicais;• Equação do 2º grau;• Teorema de Pitágoras;• Equações Irracionais;• Equações Biquadradas;• Regra de Três Composta.

GRANDEZAS E MEDIDAS

• Relações Métricas noTriângulo Retângulo;• Trigonometria noTriângulo Retângulo.

FUNÇÕES

• Noção intuitiva de FunçãoAfim.• Noção intuitiva de FunçãoQuadrática.

GEOMETRIAS

• Geometria Plana;• Geometria Espacial;• Geometria Analítica;• Geometrias não-euclidianas.

TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO

• Noções de AnáliseCombinatória;• Noções de Probabilidade;• Estatística;• Juros Compostos.

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157

03. Metodologia da Disciplina

Para que o ensino da Matemática contribua na formação global do aluno, a qual

tem como objetivo maior a conquista da cidadania, é fundamental explorar temas que de

fato encontre na disciplina uma ferramenta indispensável para serem compreendidos.

Assim, o aluno percebe a real necessidade dessa ciência para sua vida.

Os conteúdos que serão explorados juntamente com as atividades propostas

permitirão que o professor aborde aspectos da vida do aluno ligados a outras áreas de

conhecimento, dando uma atenção especial aos alunos que ingressam no 6º ano, pois se

deparam com várias novidades: aumento do número de disciplinas, maior número de

professores, organização de horário através de hora aula,entre outros.

Os temas serão abordados, sempre que possível, por meio de situações reais que

valorizem o conhecimento prévio do aluno, estimulando-o a agir reflexivamente e

privilegiando a criatividade e a autonomia na busca de soluções para os mais diversos

problemas.

O mundo está em constante mudança, dado o grande e rápido desenvolvimento da

tecnologia. Máquinas de calcular, computadores, internet, etc., são assuntos do dia-a-dia.

A tecnologia da sociedade contemporânea deve ser utilizada na escola como recurso

didático. A calculadora, por exemplo, utilizada no momento certo e com objetivos bem

definidos, pode ser uma excelente ferramenta. É bom lembrar que tão importante quanto

realizar cálculos corretamente é saber elaborar estratégias de resolução para os problemas

propostos. As pesquisas liberam os alunos dos cálculos, conseguindo se concentrar

melhor nos dados. Mesmo com o uso de tecnologias ainda faz-se necessário o uso do

quadro de giz, da TV pendrive, do desenvolvimento de projetos disciplinares e

interdisciplinares, de jogos, de textos, jornais e revistas para análise e o uso do livro

didático.

Os conteúdos propostos deverão ser abordados por meio de tendências

metodológicas da Educação Matemática que fundamentam a prática docente:

• Resolução de problemas (Trata-se de uma metodologia pela qual o estudante tem

oportunidade de aplicar conhecimentos matemáticos adquiridos em novas situações, de

modo a resolver a questão proposta (DANTE, 2003);

• Modelagem matemática (tem como pressuposto a problematização

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de situações do cotidiano. Ao mesmo tempo em que propõe a valori-

zação do aluno no contexto social, procura levantar problemas que

sugerem questionamentos sobre situações de vida);

• Mídias tecnológicas (os ambientes gerados por aplicativos informáti-

cos dinamizam os conteúdos curriculares e potencializam o processo

pedagógico. Os recursos tecnológicos, como o software, a televisão,

as calculadoras, os aplicativos da Internet, entre outros, têm favoreci-

do as experimentações matemáticas e potencializado formas de reso-

lução de problemas);

• Etnomatemática (O papel da etnomatemática é reconhecer e registrar

questões de relevância social que produzem o conhecimento mate-

mático);

• História da Matemática (A história da Matemática é um elemento ori-

entador na elaboração de atividades, na criação das situações-prob-

lema, na busca de referências para compreender melhor os conceitos

matemáticos. Possibilita ao aluno analisar e discutir razões para acei-

tação de determinados fatos, raciocínios e procedimentos);

• Investigações matemáticas (Na investigação matemática, o aluno é

chamado a agir como um matemático, não apenas porque é solicita-

do a propor questões, mas, principalmente, porque formula conjectu-

ras a respeito do que está investigando).

A construção do conhecimento matemático perpassa pelo estabelecimento de um

processo dialógico entre professor e aluno, ou seja, ocorre a troca de diferentes situações

de aprendizagem, possibilitando o surgimento de debates e produções coletivas que

estimulam a troca de idéias, o respeito pelos colegas contato com a pluralidade de

soluções e opiniões estimulando o espírito de equipe.

A proposta do trabalho é ampliar as experiências do professor e dos alunos, para

que, na exploração das idéias, possam, além de desenvolver a capacidade de pensar e

inventar, fazer do processo de ensino algo dotado de significado e alegria.

Utlizando formas originais e interdisciplinares, serão trabalhados temas

relacionados aos DESENVOLVIMENTO SOCIOEDUCACIONAL , através de conversa

informal sobre os textos encontrados no livro didático ou ainda em textos preparados

especialmente para esse fins, pesquisa para coleta de dados e demostração do assunto

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através de trabalhos.

São eles: Cidadania e Direitos Humanos ( Programa Bolsa Família, Educação

Fiscal, Programa de Erradicação do T Infantil- PETI, Programa Escola Aberta, Programa

saúde na Escola);

Educação Ambiental ( Lei nº9795/99, Dec. Nº 4201/02)

Enfrentamento à violência ( Programa de educação das Unidades Socioeducativas

– PROEDUSE);

Prevenção ao Uso Indevido de Drogas

DIVERSIDADE :

Educação do Campo;Gênero e Diversidade Sexual; História e Cultura Afro-

Brasileira e Africana ( Lei 10639/03); História e cultura dos Povos Indígenas (Lei 11645/08)

04. Avaliação

A avaliação é um instrumento para fornecer informações sobre como está sendo

realizado o processo ensino-aprendizagem como um todo, tanto para o professor e a

equipe pedagógica conhecerem e analisarem os resultados de seu trabalho, como para o

aluno verificar seu desempenho.

A avaliação deve ser vista como um diagnóstico contínuo e dinâmico tornando-se

um instrumento fundamental para repensar e reformular os métodos, que realmente o

aluno aprenda.

Ela deve ser entendida pelo professor como processo de acompanhamento e

compreensão dos avanços dos limites e das dificuldades dos alunos para atingirem os

objetivos das atividades propostas se os resultados não forem satisfatórios, é preciso

buscar as causas e determinar os fatores do insucesso, visando o sucesso escolar.

Alguns critérios devem orientar as atividades avaliativas propostas pelo

professor. Essas práticas devem possibilitar ao professor verificar se o aluno:

• comunica-se matematicamente, oral ou por escrito (BURIASCO, 2004);

• compreende, por meio da leitura, o problema matemático;

• elabora um plano que possibilite a solução do problema;

• encontra meios diversos para a resolução de um problema matemático;

• realiza o retrospecto da solução de um problema.

Portanto, é preciso avaliar o poder matemático, ou seja, sua capacidade de usar a

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informação para raciocinar, pensar criativamente e para formular problemas, resolvê-los e

refletir corretamente sobre eles.

Sendo assim, a avaliação deve analisar até que ponto os alunos integraram e

deram sentido à informação, se conseguem aplicá-los em situações que requeiram

raciocínio e pensamento criativo e que são capazes de utilizar a Matemática para

comunicar idéias em suas tomadas de decisões.

A avaliação do desempenho do aluno e do seu rendimento escolar será de forma

continuada e cumulativa, de acordo com o currículo e objetivos propostos pelo

Estabelecimento de Ensino, sendo os resultados expressos em notas de 0,0 a 10,0.

A nota do trimestre será da somatória dos valores atribuídos em cada recurso

(instrumento) avaliativo, sendo eles:

• prova escrita ( 5,0 pontos) , sendo uma ou duas em cada trimestre.

• e mais 5,0 pontos divididos em: verificação de exercícios e tarefas diversas, jogos

matemáticos, torneios de xadrez, dinâmicas em grupo, pesquisas e trabalhos

individuais e/ou em grupo, desenhos, análises de tabelas e construção de gráficos,

analisando as manifestações escritas, orais e de demonstração.

A recuperação paralela será processual, ou seja, ocorrerá durante o processo de

aprendizagem, quando se fizer necessária, baseada na revisão dos conteúdos que o aluno

não se apropriou e será através de teste escrito e/ou oral, demonstrações, trabalhos ou

pesquisas.

5. Referências Bibliográficas

GIOVANI, José Ruy; Benedito Castrucci, Jose Rui Giovanni Júnior. A Conquista da

Matemática: A mais nova; São Paulo: FTD,2002

ANDRINI, Álvaro; VASCONCELOS, Maria José. Novo Praticando Matemática– 1ª Edição

– São Paulo: Editora do Brasil, 2006.

Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnicos-Raciais e

para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana. Brasília: Outubro, 2005.

BRASIL, Lei nº 10639.09 de janeirode 2003. Parecer do Conselho Nacional de Educação.

Cadernos Temáticos. História da Cultura Afro-brasileira e Africana. Ministério da

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161

Educação – Ministério Nacional de Educação 2004.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação.

Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares de Matemática para a

Educação Básica. Curitiba, 2008.

12.2.9 LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA - INGLÊS

ESCOLA ESTADUAL “JÚLIA WANDERLEY”.

ENSINO FUNDAMENTAL .

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR

ENSINO FUNDAMENTAL

ANOS: 6º, 7º, 8º e 9º

DOCENTES:

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CÁTIA JACINTO DUARTE.

ENEIDA MAZUQUIM FERRARI.

ALESSANDRA LOURENSATTO.

SANDRA MARCIA DA SILVA MIQUELATO

2012

1. APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA DE LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA.

O ensino das línguas estrangeiras modernas começa a ser valorizado depois da

chegada da família real portuguesa ao Brasil, em 1808.

Em 1837, o Colégio Pedro II, primeiro em nível secundário no Brasil, apresentava

em seu currículo sete anos de francês, cinco de inglês e três de alemão. Em 1916, com a

publicação de Cours de Lingüistic Générale por Ferdinand Saussure, inauguram-se os

estudos da linguagem em caráter científico, sendo a língua objeto de estudo para a

Lingüística.

Em 1942, a Reforma Capanema atribui ao ensino secundário um caráter patriótico

e as línguas privilegiadas são o francês, o inglês e o espanhol, que é introduzido no lugar

do alemão.

Após a Segunda Guerra Mundial, a dependência econômica e cultural do Brasil,

em relação aos Estados Unidos, intensificou-se e, com isso, a necessidade de aprender

inglês tornou-se cada vez maior.

Como tentativa de rompimento com a hegemonia de um único idioma ensinado

nas escolas, criou-se, em 1982, o Centro de Línguas Estrangeiras, no Colégio Estadual do

Paraná que, posteriormente, expandiu-se em todo o Estado.

Em 1996, a Lei das Diretrizes e Bases (LDB) da Educação Nacional, nº 9394,

determinou no Ensino Fundamental a oferta obrigatória de pelo menos de uma Língua

Estrangeira Moderna, escolhida pela comunidade escolar. Em relação ao Ensino Médio, a

Lei determina que seja incluída uma Língua estrangeira moderna como disciplina

obrigatória, e uma segunda, em caráter optativo, dependendo das disponibilidades da

instituição.

Uma das argumentações utilizadas para justificar a pluralidade da oferta de

Línguas Estrangeiras é que sua aprendizagem propicia um espaço de reflexão sobre a

língua como “discurso e prática social”, de forma a refletir os sentidos oferecidos pelas

múltiplas culturas inseridas em cada sociedade. E levar em conta o objeto de estudo da

Língua estrangeira que segundo DCEs.

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163

O Objeto de estudo da Língua estrangeira contempla as relações com a cultura, o sujeito

e a identidade. Torna-se fundamental que os professores compreendam o que se pretende

com o ensino da Língua Estrangeira na Educação Básica, ou seja:ensinar e aprender línguas

é também ensinar e aprender percepções de mundo e maneiras de atribuir sentidos, é formar

subjetividades, é permitir que se reconheça no uso da língua os diferentes propósitos

comunicativos, independentemente do grau de proficiência atingido (DCE: 2008, p.55)

Por outro lado, se considerarmos que a expansão de uma Língua Estrangeira é

também a expansão de um conjunto de discursos ideológicos, é fundamental observar se o

ensino dessa segunda língua corrobora para a perpetuação de idéias, de dominação ou

emancipação. O ensino de língua estrangeira deve garantir que os alunos não se tornem

consumidores passíveis de cultura e de conhecimento, e sim, criadores ativos. Assim

sendo, a aprendizagem de uma língua estrangeira adquire um caráter político como forma

de ação para transformar o mundo.

Nessa perspectiva, a responsabilidade do ensino da língua estrangeira amplia-se e

exige uma reflexão ampla do educador sobre o modo como se ensina e para que se está

ensinando. Somente assim haverá uma apropriação crítica e histórica do conhecimento

para uma maior compreensão da realidade sócio-cultural do aluno, tornando-o um agente

transformador e democrático do seu ambiente de convívio.

2. JUSTIFICATIVA

A disciplina de Língua Inglesa se justifica ao possibilitar que o aluno realize leitura

compreensiva dos textos, identificando as ideias principais, as informações explícitas e

implícitas, identificando as características de cada gênero. Sendo capaz, a partir desses

estudos, de produzir textos escritos e orais articulando as informações acerca dos

conhecimentos linguísticos presentes em cada texto, a fim de interagir com o mundo que o

cerca, sendo capaz de entendê-lo e modificá-lo quando necessário.

As diretrizes curriculares da disciplina de tradição curricular apresentam os funda-

mentos teórico-metodológico a partir dos quais definem-se os rumos da disciplina, seja no

que se refere ao tratamento a ser dado aos conteúdos por meio dos procedimentos meto-

dológicos e avaliativos.

O ensino da Língua Estrangeira está embasado nos conteúdos estruturantes que

são fundamentais para a compreensão do objeto do estudo da Língua, que estão divididos

em Leitura, Oralidade, Escrita e Análise Linguística. Levando-se em conta a unidade teóri-

co-metodológica fundamentada nas Diretrizes Curriculares de Língua Estrangeira.

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164

Dessa forma, os conteúdos básicos, a abordagem teórico-metodológica e a avalia-

ção precisam ser contínuos e integrados. Assim como a diversidade de gêneros discursi-

vos precisa estar presente ao longo de todas as séries do Ensino Fundamental, não se li-

mitando apenas aos gêneros indicados aqui. Ressalta-se que a diferença significativa entre

as séries está no grau de complexidade dos textos e de sua abordagem, tendo em vista a

realidade do aluno e o seu processo de aprendizagem.

3. OBJETIVOS GERAIS.

O Ensino Fundamental de Língua Inglesa deve ser voltado para a formação bá-

sica de cidadão, além de fornecer subsídios para se progredir no trabalho e estudos poste-

riores, possibilitando a apropriação de conhecimento da “Língua Estrangeira” com uma

compreensão crítica da sociedade, tornando-os mais conscientes, críticos.

Ensinar e aprender línguas são, também, ensinar e aprender percepções de

mundo e maneiras de construir sentidos; é formar subjetividades, independentemente do

grau de proficiência atingido. O ensino de língua estrangeira amplia as perspectivas de ver

o mundo, de avaliar os paradigmas já existentes e cria novas possibilidades de construir

sentidos do e no mundo.

A língua estrangeira será trabalhada de maneira a proporcionar a inclusão social, o

desenvolvimento da consciência do papel das línguas na sociedade; o reconhecimento da

diversidade cultural e o processo de construção das identidades transformadoras.

O contato com os múltiplos gêneros textuais, manifestados em forma de diferentes

linguagens inseridas no mundo globalizado, busca ampliar a compreensão de várias

culturas; ativar procedimentos interpretativos, tornando possível a construção de

significados, aumentando as possibilidades de entendimento de mundo do aluno como um

instrumento de comunicação universal para contribuir na transformação e crescimento do

cidadão.

Assim, ao final do Ensino Fundamental, espera-se que o aluno seja capaz de:

• Usar a língua estrangeira em situações de comunicação oral e escrita;

• Vivenciar formas de participação que possibilitem estabelecer relações entre

ações individuais e coletivas;

• Compreender que os significados são sociais e historicamente construídos e

passíveis de transformação na prática social;

• Conscientizar sobre o papel das línguas na sociedade, possibilitando o

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165

acesso à informação, ao conhecimento e o entendimento do mundo;

• Ativar procedimentos interpretativos proporcionando a construção de

significados e possibilidades para que o aluno entenda o mundo e contribua

para a transformação da sociedade.

• Reconheça e compreenda a diversidade lingüística e cultural, bem como

seus benefícios para o desenvolvimento do país.

4. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E ESPECÍFICOS.

O conteúdo estruturante de Língua Estrangeira Moderna é o discurso como prática

social, a partir de diferentes gêneros discursivos manifestados nas práticas sociais de

leitura, escrita e oralidade, permeado pela análise linguística.

O trabalho com diferentes gêneros textuais deve levar o aluno a perceber a gama

de discursos existentes nos mais variados contextos, bem como, as vozes que permeiam

as relações sociais e as relações de poder. É preciso que os níveis de organização

lingüística sirvam para a compreensão da linguagem, na produção escrita, oral, verbal e

não verbal.

Entretanto, os conteúdos específicos para o Ensino Fundamental, por série, serão

desdobrados a partir de textos (verbais e não-verbais), considerando seus elementos

lingüístico-discursivos (fonético-fonológicos, léxico-semânticos e sintáticos), manifestados

nas práticas discursivas (leitura, escrita e oralidade), pois esses serão consequentes e

inerentes aos textos trabalhados.

6º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL

Conteúdo Estruturante: Discurso Como Pratica Social.

Conteúdo Básico: GÊNEROS DISCURSIVOS.

Quadro de informações on-line

Apresentações

História em quadrinhos

Charada

Cartaz de sala de aula

Sequência de fatos

Cartaz

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166

Informações em murais

Horário Escolar

Organizações de arquivos em Tela de computador

Painel de exposição

Álbum de retrato

Entrevista

Conversa Informal

Caça palavras

Informações nutricionais em alimentos

Pôster

Informações sobre pessoas em revistas

Reportagem de revistas de celebridades

Panfleto de promoção turística

Texto informativo

Texto promocional

E-mail

Imagem

Cartão Postal

Letra de música

LEITURA

Identificação do tema;

Intertextualidade;

Intencionalidade;

Léxico;

Coesão e coerência;

Funções das classes gramaticais no texto;

Elementos semânticos;

Recursos estilísticos (figuras de linguagem);

Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação; recursos gráficos (como

aspas, travessão, negrito);

Variedade lingüística;

Acentuação gráfica;

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167

Ortografia;

ESCRITA

Tema do texto;

Interlocutor;

Finalidade do texto;

Intencionalidade do texto;

Intertextualidade;

Condições de produção;

Informatividade (informações necessárias para a coerência do texto);

Léxico;

Coesão e coerência;

Funções das classes gramaticais no texto;

Elementos semânticos;

Recursos estilísticos (figuras de linguagem);

Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação; recursos gráficos (como

aspas, travessão, negrito);

Variedade lingüística;

Ortografia;

Acentuação gráfica;

ORALIDADE

Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos, etc ...;

Adequação do discurso ao gênero;

Turnos de fala;

Variações linguísticas;

Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;

Pronúncia.

ABORDAGEM TEÓRICO- METODOLÓGICA

LEITURA

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168

É importante que o professor:

Propicie práticas de leitura de textos e diferentes gêneros;

Considere os conhecimentos prévios dos alunos;

Formule questionamentos que possibilitem inferências sobre o texto;

Encaminhe discussões sobre: tema, intenções, intertextualidade;

Contextualize a produção: suporte/ fonte, interlocutores, finalidade, época;

Relacione o tema com o contexto atual;

Oportunize a socialização das ideias dos alunos sobre o texto;

ESCRITA

É importante que o professor:

Planeje a produção textual a partir da delimitação tema, do interlocutor, do gênero,

da finalidade;

Estimule a ampliação de leituras sobre o tema e o gênero proposto;

Acompanhe a produção do texto;

Encaminhe e acompanhe e a reescrita textual: revisão dos argumentos das ideias,

dos elementos que compõem o gênero;

Analise se a produção textual está coerente e coesa, se há continuidade temática,

se atende à finalidade, se a linguagem está adequada ao contexto;

Conduza a uma reflexão dos elementos discursivos, textuais, estruturais e

normativos.

ORALIDADE

É importante que o professor:

Organize apresentações de textos produzidos pelos alunos;

Oriente sobre o contexto social de uso do gênero oral selecionado;

Prepare apresentações que explorem as marcas linguísticas típicas da oralidade em seu

uso formal e informal;

Selecione discursos de outros para análise dos recursos da oralidade, como:

cenas de desenhos, etc..

7º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL

Conteúdo Estruturante: Discurso Como Pratica Social.

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169

Conteúdo Básico: GÊNEROS DISCURSIVOS.

Páginas principais de Website

História em quadrinhos

Descrição pessoal

Blog – Estratégias de leituras

Conversa informal

Pôster

Newsletter eletrônico

Diálogo.

Diário sobre consumo de legumes

Classificação de vídeos game

Entrevista

Cartaz com preferências pessoais

Questionário de revistas

Cartaz informativo sobre celebração

Carta formal

Games

Desenho de moda

Carta Informal (descritiva)

Rotina diária

Descrição de rotina

Recomendações de segurança

Conversa informal

Lista de estratégias de escritas

Comentários de fotos

Tabela

Pôster informativo

Questionários

Quiz

LEITURA

Identificação do tema;

Intertextualidade;

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170

Intencionalidade;

Léxico;

Coesão e coerência;

Funções das classes gramaticais no texto;

Elementos semânticos;

Recursos estilísticos (figuras de linguagem);

Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação; recursos gráficos (como

aspas, travessão, negrito);

Variedade lingüística;

Acentuação gráfica;

Ortografia;

ESCRITA

Tema do texto;

Interlocutor;

Finalidade do texto;

Intencionalidade do texto;

Intertextualidade;

Condições de produção;

Informatividade (informações necessárias para a coerência do texto);

Léxico;

Coesão e coerência;

Funções das classes gramaticais no texto;

Elementos semânticos;

Recursos estilísticos (figuras de linguagem);

Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação; recursos gráficos (como

aspas, travessão, negrito);

Variedade lingüística;

Ortografia;

Acentuação gráfica;

ORALIDADE

Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos, etc ...;

Page 171: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO - ESCOLA … · FUNDAMENTAÇÃO LEGAL ... 12.1 Matriz Curricular … ... 1443 3- Bairro: Centro 4- Município: Arapongas 5- Cep: 86701- 410 6- Caixa

171

Adequação do discurso ao gênero;

Turnos de fala;

Variações linguísticas;

Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;

Pronúncia.

ABORDAGEM TEÓRICO- METODOLÓGICA

LEITURA

É importante que o professor:

Propicie práticas de leitura de textos de diferentes gêneros, ampliando também o

léxico;

Considere os conhecimentos prévios dos alunos;

Formule questionamentos que possibilitem inferências sobre o texto;

Encaminhe discussões sobre tema e intenções;

Contextualize a produção: suporte/ fonte, interlocutores, finalidade, época;

Utilize textos verbais diversos que dialoguem com não-verbais, como: gráficos,

fotos, imagens, mapas e outros;

Oportunize a socialização das ideias dos alunos sobre o texto.

ESCRITA

É importante que o professor:

Planeje a produção textual a partir: da delimitação do tema, do interlocutor, do

gênero, da finalidade;

Estimule a ampliação de leituras sobre o tema e os gêneros propostos;

Acompanhe a produção do texto;

Acompanhe e encaminhe a reescrita textual: revisão dos argumentos das ideias,

dos elementos que compõe o gênero;

Analise se a produção textual está coerente e coesa, se há continuidade temática,

se atende à finalidade, se a linguagem está adequada ao contexto;

Conduza a uma reflexão dos elementos discursivos, textuais, estruturais e

normativos.

ORALIDADE

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172

É importante que o professor:

Organize apresentações de textos produzidos pelos alunos;

Proponha reflexões sobre os argumentos utilizados nas exposições orais dos

alunos;

Oriente sobre o contexto social de uso do gênero oral selecionado;

Prepare apresentações que explorem as Marcas linguísticas típicas da oralidade

em seu uso formal e informal;

Selecione discursos de outros para análise dos recursos da oralidade, como:

cenas de desenhos, etc

8º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL

Conteúdo Estruturante: Discurso Como Pratica Social.

Conteúdo Básico: GÊNEROS DISCURSIVOS.

Notícia de jornal

Reportagens

Textos informativos

Blog

Pôster

MSN

História descrevendo ações

Planos

Legendas de fatos

Diálogo

Diálogo com imagens

Discrição de hábitos relativos a TV

Material de referência online

História em quadrinhos

Mensagem em código

Receitas

Menu

Narrativa com imagens

Entrevista

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173

Texto de referência

Censo

Narrativa histórica

Pôster informativo com resultado de pesquisa

Jogo de computador

Jogo projeto virtual

Diário

Narrativa de acontecimentos passados

Linha do tempo

Resenha

Propaganda

Cartas descrevendo problemas

Entrevista de radio

LEITURA

Identificação do tema;

Intertextualidade;

Intencionalidade;

Vozes sociais presentes no texto;

Léxico;

Coesão e coerência;

Funções das classes gramaticais no texto;

Elementos semânticos;

Recursos estilísticos ( figuras de linguagem);

Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação; recursos gráficos (como

aspas, travessão, negrito);

Variedade linguística;

Acentuação gráfica;

Ortografia.

ESCRITA

Tema do texto;

Interlocutor;

Finalidade do texto;

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174

Intencionalidade do texto;

Intertextualidade;

Condições de produção;

Informatividade (informações necessárias para a coerência do texto);

Vozes sociais presentes no texto;

Léxico;

Coesão e coerência;

Funções das classes gramaticais no texto;

Elementos semânticos;

Recursos estilísticos (figuras de linguagem);

Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação; recursos gráficos (como

aspas, travessão, negrito);

Variedade linguística;

Ortografia;

Acentuação gráfica.

ORALIDADE

Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos, etc;

Adequação do discurso ao gênero;

Turnos de fala;

Vozes sociais presentes no texto;

Variações linguísticas;

Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;

Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito;

Adequação da fala ao contexto;

Pronúncia.

ABORDAGEM TEÓRICO- METODOLÓGICA

LEITURA

É importante que o professor:

Propicie práticas de leitura de textos de diferentes gêneros;

Considere os conhecimentos prévios dos alunos;

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175

Formule questionamentos que possibilitem inferências sobre o texto;

Encaminhe discussões e reflexões sobre tema, intenções, intertextualidade,

aceitabilidade, informatividade, situacionalidade;

Contextualize a produção: suporte/ fonte, interlocutores, finalidade, época;

Utilize textos não-verbais diversos que dialoguem com não-verbais, como: gráficos,

fotos, imagens, mapas e outros;

Relacione o tema com o contexto atual;

Oportunize a socialização das ideias dos alunos sobre o texto;

Instigue a identificação e reflexão das diferenças decorridas do uso de palavras

e/ou expressões no sentido conotativo e denotativo, bem como de expressões que

denotam ironia e humor.

ESCRITA

É importante que o professor:

Planeje a produção textual a partir da delimitação do tema, do interlocutor, do

gênero, da finalidade;

Estimule a ampliação de leituras sobre o tema e o gênero propostos;

Acompanhe a produção do texto;

Acompanhe e encaminhe a reescrita textual: revisão dos argumentos das ideias,

dos elementos que compõem o gênero (por exemplo: se for uma narrativa de aventura,

observar se há o narrador, quem são os personagens, tempo, espaço, se o texto remete a

uma aventura, etc.);

Analise se a produção textual está coerente e coesa, se há continuidade temática,

se atende à finalidade, se a linguagem está adequada ao contexto;

Estimule o uso de palavras e/ou expressões no sentido conotativo e denotativo,

bem como de expressões que denotam ironia e humor;

Conduza a uma reflexão dos elementos discursivos, textuais, estruturais e

normativos.

ORALIDADE

É importante que o professor:

Organize apresentações de textos produzidos pelos alunos levando em

consideração a: aceitabilidade, informatividade, situacionalidade e finalidade do texto;

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176

Oriente sobre o contexto social de uso do gênero oral selecionado;

Prepare apresentações que explorem as marcas linguísticas típicas da oralidade

em seu uso formal e informal;

Estimule contação de histórias de diferentes gêneros, utilizando-se dos recursos

extralinguísticos, como: entonação, expressões facial, corporal e gestual, pausas e outros;

Selecione discursos de outros para análise dos recursos da oralidade, como:

cenas de desenhos, programas infanto-juvenis, entrevistas, reportagem, entre outros.

Utilize conscientemente expressões faciais corporais e gestuais, pausas e

entonação nas exposições orais, entre outros elementos extralinguísticos;

Analise recursos da oralidade em cenas de desenhos, programas infanto-juvenis,

entrevistas, reportagem, entre outros.

9º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL

Conteúdo Estruturante: Discurso Como Pratica Social.

Conteúdo Básico: GÊNEROS DISCURSIVOS.

Entrevista online

Apresentação – Palestra

Blog

Ficha

Linha do tempo

Filmes e fotos

Diário

Texto em Camiseta

Fact File

Texto informativo

Discussão online

Artigos de Jornal

Entrevista

Poema

Cartum

Textos informativos para referência

Sites

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177

Quiz

Texto contendo diferentes pontos de vista.

História em quadrinhos

Diálogo

Placa informativa

Faixa – Banner

Carta (e respostas) sobre problemas pessoais

Cartão

Roteiro de Teatro

Peça de Teatro

Resenha

LEITURA

Identificação do tema;

Intertextualidade;

Intencionalidade;

Vozes sociais presentes no texto;

Léxico;

Coesão e coerência;

Funções das classes gramaticais no texto;

Elementos semânticos;

Discurso direto e indireto;

Emprego do sentido denotativo e conotativo no texto;

Recursos estilísticos (figuras de linguagem);

Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação; recursos gráficos (como

aspas, travessão, negrito);

Variedade linguística.

Acentuação gráfica;

Ortografia.

ESCRITA

Tema do texto;

Interlocutor;

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178

Finalidade do texto;

Intencionalidade do texto;

Intertextualidade;

Condições de produção;

Informatividade (informações necessárias para a coerência do texto);

Vozes sociais presentes no texto;

Discurso direto e indireto;

Emprego do sentido denotativo e conotativo no texto;

Léxico;

Coesão e coerência;

Funções das classes gramaticais no texto;

Elementos semânticos;

Recursos estilísticos (figuras de linguagem);

Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação; recursos gráficos (como

aspas, travessão, negrito);

Variedade linguística;

Ortografia;

Acentuação gráfica.

ORALIDADE

Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos, etc;

Adequação do discurso ao gênero;

Turnos de fala;

Vozes sociais presentes no texto;

Variações linguísticas;

Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;

Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito;

Adequação da fala ao contexto;

Pronúncia.

ABORDAGEM TEÓRICO- METODOLÓGICA

LEITURA

É importante que o professor:

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179

Propicie práticas de leitura de textos de diferentes gêneros;

Considere os conhecimentos prévios dos alunos;

Formule questionamentos que possibilitem inferências sobre o texto;

Encaminhe discussões e reflexões sobre: tema, intenções, intertextualidade,

aceitabilidade, informatividade, situacionalidade, temporalidade, vozes sociais e ideologia;

Contextualize a produção: suporte/fonte, interlocutores, finalidade, época;

Utilize textos não-verbais diversos: gráficos, fotos, imagens, mapas e outros;

Relacione o tema com o contexto atual;

Oportunize a socialização das ideias dos alunos sobre o texto;

Instigue o entendimento/reflexão das diferenças decorridas do uso de palavras

e/ou expressões no sentido conotativo e denotativo, bem como de expressões que

denotam ironia e humor;

Estimule leituras que suscitem no reconhecimento do estilo, próprio de diferentes

gêneros;

Incentive a percepção dos recursos utilizados para determinar causa e

consequência entre as partes e elementos do texto.

ESCRITA

É importante que o professor:

Planeje a produção textual a partir da delimitação tema, do interlocutor, intenções,

intertextualidade, aceitabilidade, informatividade, situacionalidade, temporalidade e

ideologia;

Estimule a ampliação de leituras sobre o tema e os gêneros propostos;

Acompanhe a produção do texto;

Acompanhe e encaminhe a reescrita textual: revisão dos argumentos das ideias,

dos elementos que compõem o gênero;

Instigue o uso de palavras e/ou expressões no sentido conotativo e denotativo,

bem como de expressões que denotam ironia e humor.

Conduza a uma reflexão dos elementos discursivos, textuais, estruturais e normativos.

ORALIDADE

É importante que o professor:

Organize apresentações de textos produzidos pelos alunos levando em consideração a

aceitabilidade, informatividade, situacionalidade e finalidade do texto;

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180

Oriente sobre o contexto social de uso do gênero oral selecionado;

Prepare apresentações que explorem as marcas linguísticas típicas da oralidade em seu

uso formal e informal;

Estimule contação de histórias de diferentes gêneros, utilizando-se dos recursos extralin-

guísticos, como: entonação, expressões facial, corporal e gestual, pausas e outros;

Selecione discursos de outros para análise dos recursos da oralidade, como:

cenas de desenhos, programas infanto-juvenis, entrevistas, reportagem entre outros.

5. METODOLOGIA DA DISCIPLINA .

O que sustenta este documento é uma abordagem que valoriza a escola como um

espaço social, responsável pela apropriação crítica e histórica do conhecimento enquanto

instrumento de compreensão da realidade social e da atuação crítica e democrática para a

transformação da realidade. A escolarização tem o compromisso de prover aos alunos

meios necessários para que não apenas assimilem o saber enquanto resultado, mas

apreendam o processo de sua produção, bem como as tendências de sua transformação.

Conforme DCEs.

Partindo desses princípios, a pedagogia crítica é o referencial teórico que sustenta este

documento de Diretrizes Curriculares, por ser esta a tônica de uma abordagem que valoriza a

escola como espaço social democrático, responsável pela apropriação crítica e histórica do

conhecimento como instrumento de compreensão das relações sociais e para a transformação da

realidade.

Ancorada nos pressupostos da pedagogia crítica, entende-se que a escolarização tem o

compromisso de prover aos alunos meios necessários para que não apenas assimilem o saber

como resultado, mas apreendam o processo de sua produção, bem como as tendências de sua

transformação. A escola tem o papel de informar, mostrar, desnudar, ensinar regras, não apenas

para que sejam seguidas, mas principalmente para que possam ser modificadas. Inspirando-se

nas palavras de Simon (apud JORDÃO, 2004a, p. 164), (DCE: 2008, p.52).

O estudo da Língua Estrangeira será realizado através da Abordagem

Comunicativa “que favorece o uso da língua pelos alunos, mesmo de forma limitada, e

evidencia uma perspectiva utilitarista de ensino, na qual a língua e concebida como uma

sistema para a expressão do significado, num contexto interativo.” (DCE 2008).

A proposta metodológica a ser trabalhada, possibilita a análise e reflexão sobre os

fenômenos Lingüísticos e culturais como realizações discursivas, as quais se revelam

na/pela história dos sujeitos que fazem parte deste processo.

As reflexões discursivas e ideológicas dependem de uma interação primeira com o

texto. Isto não representa privilegiar a prática da leitura em detrimento às demais no

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181

trabalho em sala de aula, visto que na interação com o texto, há uma simultânea utilização

de todas as práticas discursivas: leitura, escrita, oralidade e compreensão auditiva. É nesta

abordagem que leitura, escrita e oralidade se interagem. Texto e leitura são indissociáveis.

Referem-se às estratégias de compreensão, discussão, organização e produção de textos,

bem como ao contexto social, aos papéis que leitores e escritores exercem em seus

grupos sociais e seus propósitos.

A proposta do Ensino de L.E.M. considera a leitura como interação entre os

múltiplos textos e ocorrem na relação entre o leitor, texto, autor e outros leitores. A leitura

ancorada numa perspectiva crítica promove a construção e a percepção de mundo do

sujeito leitor, tornando-o capaz de criar significados e sentidos que contribuam para uma

maior compreensão diante do texto. Esse processo de construção de sentido, apoiado na

bagagem cultural e com acesso permanente a língua inglesa, são fundamentais para a

prática social do cidadão e interpretação dos discursos de sua comunidade.

Os conhecimentos lingüísticos serão trabalhados dependendo do grau de

conhecimento dos alunos e estarão voltados para a interação que tenha por finalidade o

uso efetivo da linguagem e não a memorização de conceitos. Serão selecionados a partir

das necessidades de cada gênero textual.

Ao trabalhar com as diferentes culturas, é importante que o aluno, ao contrastar a

sua cultura com a do outro, perceba-se como sujeito histórico-crítico e socialmente

constituído e, assim, elabore a consciência da própria identidade. Em relação à escrita,

não podemos esquecer que ela deve ser vista como uma atividade sóciointeracional, ou

seja, significativa.

Os Gêneros do discurso organizam nossa fala da mesma maneira que dispõem as

formas gramaticais. Aprendemos a moldar nossa fala às formas do gênero. "Se não

existissem gêneros e se não os dominássemos, tendo que criá-los pela primeira vez no

processo da fala, a comunicação verbal seria quase impossível". (Bakhtin, 1998). Portanto,

é fundamental que se apresente ao aluno textos em diferentes gêneros textuais, mas sem

categorizá-los.

O objetivo da língua será o de proporcionar ao aluno a possibilidade de interagir

com a infinita variedade discursiva presente nas diversas práticas sociais. Apresentar ao

aluno textos pertencentes a vários gêneros: publicitários, jornalísticos, literários,

informativos, de opinião, etc., ressaltando as suas diferenças estruturais e funcionais, a

sua autoria, bem como o caráter do público a que se destina e, sobretudo, aproveitar o

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182

conhecimento que ele já tem das suas experiências com a língua materna, é

imprescindível.

Os textos literários serão apresentados aos alunos de modo que provoquem

reflexão e façam com que os percebam como uma prática social de um determinado

contexto sócio-cultural particular.

O ensino de língua estrangeira estará articulado com as demais disciplinas do

currículo, objetivando relacionar os vários conhecimentos. Isso não significa

obrigatoriamente, desenvolver projetos envolvendo inúmeras disciplinas, mas fazer com

que o aluno perceba que conteúdos com disciplinas distintas podem, muitas vezes, estar

relacionados entre si.

Serão promovidas reflexões, juntamente com o aluno, de forma a desvendar os

valores subjacentes, abordando criticamente uma leitura do mundo e, ao mesmo tempo,

levá-lo a contemplar a diversidade regional e cultural.

A Lei nº 10.639/03, que trata das Relações Étnico-Raciais e História e Cultura

Afro-Brasileira e Africana na escola, será trabalhado através de ações que propiciem o

contato com a cultura africana e afro-descendente, dentro da Língua Inglesa, culminando

em exposições de obras literárias de escritores negros, documentários, filmes com

temáticas sobre o racismo e preconceito, costumes e hábitos, procurando destacar a

contribuição da cultura dos povos negros, falantes da língua inglesa.

A Lei nº 9795/99, que afirma “Que a educação Ambiental é um componente

essencial e permanente da educação nacional, devendo estar presente, de forma

articulada, em todos os níveis e modalidades do processo educativo, em caráter formal e

não formal.” Sendo assim serão trabalhas nas

Diferentes disciplinas através da interdisciplinaridade onde deverá ser uma prática

integrada, contínua e permanente no desenvolvimento dos conteúdos específicos. Sendo

assim serão adotadas metodologias diversificadas, para despertar em todos à consciência

de que o ser humano faz parte do meio ambiente, lembrando que os problemas ambientais

refletem com a consciência que atinge a todos nós.

A Lei nº 11645/0o8, que trata da História e Cultura dos Povos Indígenas por fazer

parte da nossa história e da cultura de outros países. Além desses temas serão

trabalhados o Desenvolvimento Sócio-educacional: Cidadania e direitos Humanos;

Enfrentamento à Violência; Prevenção ao uso indevido de Drogas; Gênero e Diversidade

Sexual; Educação do campo e outros temas contemporâneos de acordo com a

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necessidade dos alunos, escola e comunidade.

A princípio, é preciso levar em conta o processo de continuidade, ou seja, a

“manutenção de uma progressão entre as séries, considerando as especificidades da

língua estrangeira ofertadas, as condições de trabalho existentes na escola, o projeto

político-pedagógico, a articulação com as demais disciplinas do currículo e o perfil dos

alunos” (DCE: 2008, p. 62).

Ao se trabalhar os textos, propõe-se uma análise lingüístico-discursivos dos

elementos não só de natureza lingüística, mas, principalmente, os de fins educativos,

visando a abordagem de assuntos polêmicos, adequados à faixa etária, conforme os

interesses dos alunos. Vale ressaltar a importância de se trabalhar os diversos tipos de

texto, com diferentes graus de complexidade da estrutura lingüística.

Propõe-se a participação do aluno na escolha temática dos textos, visto que um

dos objetivos é possibilitar a participação do mesmo, permitindo, assim, a construção de

relações entre ações individuais e coletivas. A prática de tal experiência permite que os

alunos compreendam os interesses do grupo e escolham conteúdos mais significativos

promovendo a participação de todos os alunos.

Vale atentar para a escolha de textos que não priorizem uma “visão monolítica e

estereotipada de cultura” (DCE: 2008, p. 51). Assim, os conteúdos poderão dar ao aluno

indicativos para perceber os avanços nos estudos, na medida em que forem baseados no

planejamento estabelecidos entre professores ao longo do ano.

É importante destacar que os conteúdos gramaticais serão definidos a partir das

escolhas textuais, enfatizando o conteúdo e não a forma. O uso do texto é fundamental

para o desenvolvimento da compreensão da leitura, da escrita e da oralidade.

Serão observados os diferentes níveis de aprendizagem e bagagem de conteúdos

diagnosticados no início do ano de acordo com cada série.

6. RECURSOS DIDÁTICOS

Os recursos didáticos apóiam-se no uso de livros didáticos escolhidos pelo corpo

docente de Língua Inglesa tais como: Links, Let's Speak English, Steps, Read, Read Pra-

ctical English, Take your time, Insights Into English e outros. Além desse material, serão uti-

lizados dicionários, textos variados (de revistas e jornais, visuais e não visuais) vídeos,

DVDs, fitas de áudio, CD-ROM, Internet, TV pendrive, multimídia e outros materiais peda-

gógicos.

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7. AVALIAÇÃO

A avaliação está profundamente relacionada com o processo de ensino e,

portanto, deve ser entendida como mais um momento em que o aluno aprende. É um

elemento de reflexão continua do professor sobre sua prática educativa e revela aos

alunos suas dificuldades, progressos e possibilidades.

A avaliação deve fornecer dados sobre o desenvolvimento das capacidades do

educando e o grau de desenvolvimento intelectual, aplicabilidade dos objetivos de

conhecimentos ensinados que orientarão os ajustes e intervenções pedagógicas visando à

aprendizagem da forma mais adequada para o aluno.

A relevância e a adequação dos conteúdos está atrelada, ainda, às características

psicossociais dos alunos, capacidade para estabelecer relações entre os conteúdos, às

necessidades de seu dia-a-dia e com o contexto cultural.

Além disso, é importante nesse processo o feedback das avaliações aos alunos

com os devidos comentários, para que eles possam entender o processo de aprendizagem

e, assim, buscar a superação das suas dificuldades.

As informações obtidas através da avaliação devem revelar os resultados da

aprendizagem para que essa possa fluir em bases consistentes, apoiando-se em

conhecimentos teóricos que necessitam ser solidificados.

O papel da avaliação é diagnosticar o avanço do conhecimento, caracterizando-se

como um processo contínuo de comprometimento com o saber científico, cultural e social.

Nesse sentido, é necessário que o professor tenha uma visão de conjunto no

processo de avaliação levando em conta que:

Para que um processo de aprendizagem seja efetivo, ele deve contemplar a avalia-

ção diagnóstica, contínua, formativa e reflexiva;

O processo de ensino-aprendizagem do conteúdo deve contemplar o acompanha-

mento metodológico e avaliativo;

Na avaliação contínua, é necessário que o professor e os alunos analisem quanto

e como conseguiram aproximar-se dos objetivos propostos;

O registro e a observação do desempenho do aluno devem ser feitos pelo profes-

sor de forma contínua e reflexiva;

A avaliação pressupõe um clima de cooperação e confiança entre professor e alu-

no, o que favorece a prática de auto-avaliação entre ambos;

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As aprendizagens dos alunos devem ser consideradas como parâmetros para rea-

limentação dos encaminhamentos adotados.

Nessa proposta avaliativa, a língua é concebida como prática social e discursiva. A

avaliação formativa, na sua condição contínua e diagnóstica deve ser privilegiada, a fim de

promover a análise e reflexão no encaminhamento das intervenções pedagógicas.

A avaliação de determinado dado de produção em língua estrangeira considera o

erro como efeito da própria prática, ou seja, o vê como resultado do processo de aquisição

de uma nova língua. Portanto, na avaliação o erro precisa ser visto como um passo para

que a aprendizagem se efetive e não como um entrave no processo. É preciso lembrar que

o processo de aprendizagem não é linear, não acontece da mesma forma e, ao mesmo

tempo, para diferentes pessoas. Cabe ao professor, avaliar, priorizar o processo de

crescimento do aluno e não apenas mensurar o conhecimento por ele alcançado.

A avaliação servirá, além de aferir a aprendizagem do aluno, fazer com que o

professor repense a sua metodologia e planeje as suas aulas de acordo com as

necessidades de seus alunos. E, através dela, é possível perceber quais são os

conhecimentos lingüísticos, discursivos, sócio-pragmáticos ou culturais – e as práticas –

leitura, escrita e oralidade – que ainda não foram suficientemente trabalhadas e que

precisam ser abordadas mais exaustivamente para garantir a efetiva interação do aluno

com os discursos em língua estrangeira.

Para que essa avaliação aconteça com êxito, faz-se necessário que a mesma

deixe de ser utilizada, segundo Luckesi (2005, p. 166) como “recurso de autoridade e

assuma papel de auxiliadora (grifo nosso) do crescimento”.

O sistema de avaliação da Escola Estadual “Júlia Wanderley será contínua,

cumulativa e formativa devendo refletir o desenvolvimento global do aluno e considerar as

características individuais desse conjunto dos componentes curriculares, com

preponderância em qualitativos sobre os quantitativos.

Segundo o professor Cipriano Carlos Luckesi, citado por LIBÂNEO (1991; p196) “a

avaliação é uma apreciação qualitativa sobre dados relevantes do processo de ensino e

aprendizagem que auxilia o professor a tomar decisões sobre o seu trabalho”.

Para isto deve-se utilizar múltiplos instrumentos na avaliação escolar, que vão

garantir maior confiança nos resultados. O uso de instrumentos variados auxiliará o

professor a analisar facetas diferenciadas do desempenho do aluno, favorecerá

orientações para a tomada de decisão.

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Provas orais e escritas;

Pesquisa bibliografica;

Pesquisa em grupo;

Pesquisa em dupla;

Produção de textos;

Análise de textos, mapas e documentos;

Seminários;

Leitura e interpretação de texto;

Dinâmicas em grupo;

Leitura, escrita, desenho;

Elaboração de painéis;

Elaboração de murais;

Debates;

Discussão em grupo;

Resolução de exercícios propostos;

Produção de resenhas, relatórios, resumos;

Teatro e outros.

A avaliação será feita com 50% da nota em trabalhos e 50% da nota em prova,sendo

que o professor terá que fazer no mínimo dois trabalho e uma prova através de diversos

instrumentos como: seminários,produções de texto,trabalhos individual, em dupla ou em

grupo, prova oral e escrita, entre outros.

A recuperação será de 50% de trabalhos e 50% da prova totalizando 100% de todo

processo avaliativo. Antes de aplicar a recuperação o professor deve analisar a nota e

verificar onde o aluno não obteve êxito e recuperá-lo, se no caso for o trabalho recuperar o

trabalho e se for à prova recuperar a prova.

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CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

LEITURA

Espera-se do aluno:

Identifique o tema;

Realize leitura compreensiva do texto;

Amplie seu horizonte de expectativas;

Amplie seu léxico;

Identifique a ideia principal do texto.

Deduza os sentidos das palavras e/ou expressões a partir do contexto.

Localize informações explícitas e implícitas no texto;

Posicione-se argumentativamente;

Perceba o ambiente no qual circula o gênero;

Analise as intenções do autor;

Reconheça palavras e/ou expressões que denotem ironia e humor no texto;

Compreenda as diferenças decorridas do uso de palavras e/ ou expressões no

sentido conotativo e denotativo.

ESCRITA

Espera-se que o aluno:

Expresse as ideias com clareza;

Elabore/reelabore textos de acordo com o encaminhamento do professor, atenden-

do:

às situações de produção propostas (gênero, interlocutor, finalidade...);

à continuidade temática;

Diferencie o contexto de uso da linguagem formal e informal;

Utilize adequadamente recursos linguísticos como pontuação, uso e função do arti-

go, pronome, numeral, substantivo, etc.

Empregue palavras e/ ou expressões no sentido conotativo e denotativo, bem

como de expressões que indicam ironia e humor, em conformidade com o gênero

proposto.

Use de recursos textuais como: coesão e coerência, informatividade,

intertextualidade, etc.;

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Utilize o discurso de acordo com a situação de produção (formal/ informal);

Apresente suas ideias com clareza, coerência, mesmo que na língua materna.

Utilize adequadamente entonação, pausas, gestos, etc.;

Respeite os turnos de fala.

Oralidade

Espera-se que o aluno:

Utilize o discurso de acordo com a situação de produção (formal/ informal);

Apresente suas ideias com clareza;

Compreenda os argumentos no discurso do outro;

Respeite os turnos de fala;

Analise os argumentos apresentados pelos colegas de classe em suas

apresentações e/ou nos gêneros orais trabalhados;

Explore a oralidade, em adequação ao gênero proposto;

Exponha seus argumentos;

Organize a sequência da fala;

Participe ativamente de diálogos, relatos, discussões, etc., mesmo que em língua

materna;

Exposição objetiva de argumentos;

Análise de recursos da oralidade em cenas de desenhos, programas infanto-

juvenis, filmes, etc.

8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ACKERT, Patrícia; LEE, Linda; BUSHBY, Bárbara. Thoughts and Notions. Boston: Heinle & Heinle,

2000.

ACKERT, Patrícia; NAVARRO, Nicki Giroux de; BERNARD, Jean. Facts & figures. 3. ed. Boston:

Heinle & Heinle, 1999.

ALMEIDA FILHO, José Carlos P. de (Org.). O Professor de Língua Estrangeira em Formação. 2ª

Edição. Campinas: Pontes, 2005.

Língua Estrangeira em Formação. 2. ed. Campinas: Pontes, 2005.

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Língua Estrangeira Moderna – Espanhol e Inglês / Vários autores. Curitiba: SEED – Paraná, 2006.

BRASIL. Lei – n° 10639, 09 de Janeiro de 2003. Parecer do Conselho Nacional de Educação.

Cadernos Temáticos História da Cultura Afro-brasileira e Africana. Ministério da Educação –

Ministério Nacional de Educação, 2004.

DONATO, Hernani. Coleção Povos do Passado. São Paulo: Melhoramentos, 1998.

LEFA, Vilson J. O Ensino das Línguas Estrangeiras no Contexto Nacional. Universidade Católica

de Pelotas – 2004.

______. A Interação na Aprendizagem das Línguas. Pelotas: Educat, 2006.

______. Professor de Línguas Estrangeiras: construindo a profissão. Pelotas: Educat, 2006.

MÜLLER, Simone Sargento Vera (Orgs.). O Ensino do Inglês como Língua Estrangeira: estudos e

reflexões. Porto Alegre: Editora Apirs, 2004.

PAIVA, Vera Lúcia Menezes de Oliveira e. Ensino de Língua Inglês: reflexões e experiências. 3ª ed.

Campinas: Pontes, 2005.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Departamento de

Educação Básica. Diretrizes Curriculares de Língua Estrangeira Moderna para a Educação Básica.

Curitiba, 2008.

SANTOS, Denise MARQUES, Amadeu. Links – English for teens. 1 ed. São Paulo: Ática, 2009.

SARMENTO, S. MULLER, V. (Orgs.) O Ensino de Inglês como Língua Estrangeira: Estudos

Reflexões. Porto Alegre: APIRS, 2004.

WIDDOWSON, H.G. O Ensino de Línguas para a Comunicação. 2. ed. Campinas: Pontes, 2005.

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12.3 PROJETOS ELABORADOS PELA ESCOLA

12.3.1 Título: “CONHECENDO INDÚSTRIAS”

Justificativa

Todo educando se mostra naturalmente interessado, formulando mil perguntas em

relação ao mundo que o rodeia.

Conforme mencionadas anteriormente, Arapongas é considerada a cidade onde

está inserida o “Maior Pólo Moveleiro do sul do país”, e justamente por causa da realidade

da nossa cidade é que desejo responder todas as perguntas formuladas pelos educandos

em relação a este mundo.

Para tanto, surgiu o tema do projeto “CONHECENDO INDÚSTRIAS”, para que

este venha sanar as dúvidas dos educandos e ao mesmo tempo trazer-lhes a

oportunidade de conhecer duas indústrias do nosso Parque Industrial, oferendo-lhes o

conhecimento “in loco”.

Ao estudar, conhecer e explorar o tema “Indústria” na qual contém nos conteúdos

curriculares dos educandos, estes estarão construindo o suporte dos valores humanos,

sociais e históricos dos quais fazem parte muitos dos pais dos alunos da nossa escola que

tiram seu sustento através do trabalho nas indústrias e futuramente, estes o poderão estar

no mesmo lugar.

“O segredo da vida consiste em fazer com que o sonho se transforme em

trabalho e dar ao trabalho o encantamento do sonho”. (Maria Emília Gomes Pereira,

1986).

Objetivo Geral

Conhecer a organização geral e funcionamento de indústrias de modo que

compreendam toda hierarquia contida na mesma e a importância que as mesmas

apresentam na sociedade.

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Objetivos Específicos

• Saber o verdadeiro conceito de indústria;

• Conhecer os diferentes tipos de indústrias;

• Classificar por categorias as indústrias existentes em nossa cidade;

• Conhecer os tipos, conceito, e importância de matéria-prima;

• Ampliar o conhecimento sobre a Revolução Industrial e todo o processo de

industrialização;

• Perceber o desenvolvimento tecnológico que passa numa indústria;

• Saber se as indústrias colaboram com o meio ambiente, despejando ou não lixo

industrial em local apropriado;

• Colaborar com o andamento do projeto, fazendo as atividades solicitadas.

Metodologia

Tendo como pressuposto a ‘‘compreensão do desenvolvimento de indústrias’’, a

metodologia empregada deverá privilegiar o conhecimento que os educandos já possuem

sobre o tema proposto.

Primeiro momento:

• Aula expositiva sobre o capítulo seis (6) do livro didático adotado: ‘‘O processo

industrial e o trabalho’’.

• Conversa informal sobre as indústrias da nossa cidade: conceito, tipo e

exemplos moveleira: (MADETEC, alimentícia, inseticida, metalúrgica, gráfica, de calçados,

vestuários, têxtil, química, pedras e minérios).

• Falar da importância, fonte de renda (proprietário e funcionário), progresso para

o município e relação indústria X meio ambiente.

• Selecionar juntamente com os alunos, algumas perguntas para fazerem ao

encarregado das indústrias.

Segundo momento:

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• Visita nas indústria MADETEC.

• Desde já está conversado com pessoas encarregada pela indústria, o qual

permitiram a visita e selecionaram um funcionário para nos receber e mostrar todo o

processo de produção das mesmas.

• É necessário confirmar a data uma semana antes da visita para que se

programem.

• Será encaminhado para a Prefeitura do município um ofício solicitando um

ônibus para o passeio.

Terceiro momento:

Conversar sobre o passeio (se gostaram, o que aprenderam, pontos positivos ou

negativos e o que mais os alunos indagarem).

Atividades para os alunos:

• Confecção de painel: com fotos e figuras sobre os diferentes tipos de indústrias

e exemplos existentes na nossa cidade (selecionados por categoria: alimentícia, moveleira,

têxtil ...) , e um segundo painel com fotos do nosso passeio para expor aos demais alunos

da escola e até os pais se desejarem.

• Exposição: expondo com cartazes, maquetes, slides para data-show e o que

mais desejarem. Para melhor resultado da exposição, a turma será dividida em grupos e

cada grupo terá alguns temas impostos para expor: localização da indústria,

desenvolvimento, quadro físico e humano, exportação, preocupação com o meio ambiente,

etc.

• As outras séries poderão visitar a sala de exposição.

• Relatório do passeio; (se necessário).

• Atividades escritas para fixar o conteúdo do livro didático.

Avaliação A avaliação se dará durante todo o andamento do projeto, desde o estudo em sala,

atuação e disciplina dos alunos durante o passeio, desempenho na realização das

atividades propostas e socialização dos mesmos.

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Será atribuída nota no relatório que os alunos farão, nos painéis, e na exposição, o

fechamento da nota será de uma avaliação escrita.

12.3.2 Título: “EDUCANDO PARA O TRÂNSITO”

Justificativa

O comportamento humano solidifica-se na prática de valores, habilidades,

autoestima e autocorreção.

Historicamente vemos a preocupação com a educação para o trânsito baseado na

trilogia: veículo, via e vida. Essa harmonia, contudo, mostrou-se incapaz, no decorrer do

processo, de cumprir o seu papel na diminuição de acidentes.

Condições excelentes das vias e dos veículos não impedirão que os acidentes de

trânsito ocorram se o homem não estiver capacitado para uma prática social diferenciada,

onde o respeito à vida seja o ápice de sua formação educacional.

Pensando na abrangência da educação para o trânsito não somente como uma

mera aprendizagem de normas, regras e sinalização, mas na constituição de uma

aprendizagem de hábitos e atitudes capazes de modificar comportamentos e

procedimentos diante da complexidade do trânsito, é que se faz necessário a criação do

projeto “Educando para o Trânsito”, neste Estabelecimento de Ensino.

Objetivo Geral:

• Propôr uma formação humana, que supera o conhecimento de normas e regras

preestabelecidas, investindo na mudança de atitudes.

Objetivos Específicos:

• Valorizar o conhecimento da realidade do trânsito em que o aluno está inserido;

• Considerar suas experiências, como o início para sistematização do

conhecimento que ele necessita para refletir na sociedade e no sistema de trânsito as

expectativas dos educadores na formação do homem e do cidadão.

• Capacitá-los para uma prática social diferenciada, onde o respeito à vida seja o

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ápice de sua formação educacional.

• Zelar pelo maior patrimônio, que é a vida.

Metodologia

Na semana que antecede a Semana Nacional do Trânsito os alunos já começam

receber informações com relação ao tema através de palestras com diversos segmentos

da sociedade (Polícia Rodoviária, Patrulha Escolar, Bombeiros, instrutores da autoescolae

Assessoria de Comunicação da Viapar), utilizando vídeos, demonstrações, folders,

livrinhos com historinhas e atividade de trânsito. A escola realiza com os alunos pit stop

com distribuição de canetas e panfletos educativos aos motoristas que trafegam próximo à

escola, com o apoio da Patrulha Escolar que proporciona a segurança das crianças

durante a respectiva atividade. No desfile cívico de 7 de setembro, os alunos participam

com o pelotão exclusivo do Projeto Educando para o Trânsito, trajando camiseta (brinde)

com a logomarca do mesmo, a qual também utilizam para o pit stop.

Os professores também enfatizam o assunto dentro dos conteúdos disciplinares.

Resultado

A experiência vivenciada pelos alunos e educadores solidifica muito nesta prática

de troca maravilhosa de valores, autoestima e autoconceito, demonstrando aos nossos

alunos o quanto eles são úteis para a sociedade. Este gesto engrandece o ego de nossas

crianças com ação de gente grande.

12.3.3 Título: “EU AMANHÔ

Justificativa

Vivemos em uma sociedade onde as oportunidades, seja para o trabalho, o estudo

ou o lazer, são apresentadas na maioria das vezes para a faixa etária economicamente

produtiva (25 aos 50 anos), excluindo assim o idoso de toda a perspectiva de futuro,

achando que o seu lugar é ficar de lado, à margem de tudo. Mas, podemos sentir que

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neste final de século a humanidade despertou para a realidade de que os idosos merecem

uma atenção especial não somente por aquilo que realizaram. É diante deste despertar

que a Escola Estadual Profª Júlia Wanderley – Ensino Fundamental realiza o Projeto “ Eu,

amanhã”, o qual envolve alunos do Estabelecimento de Ensino e seus queridos avós, com

o objetivo de despertar nas crianças a percepção que eles serão como seus avós

amanhã, mas com uma grande diferença, com a oportunidade de adentrar na Terceira

Idade com qualidade de vida diante do grande número de informações e prevenções que

hoje são oferecidas, oportunidade esta que nossos avós não tiveram, além de

conscientizar idosos participantes que eles têm papel muito importante em nossa

sociedade, pois histórias e experiências de vida demonstram grandes gestos de luta e

perseverança.

Também no intuito de resgatar os valores e autoestima, num encontro de ambas

as gerações, este Estabelecimento de Ensino propõe neste projeto o envolvimento de

profissionais de diversas áreas, pautados no sentimento de “Amor” e “Respeito”, que vai

além da capacidade de cada um, independente da sua faixa etária.

Metodologia

O projeto é desenvolvido por meio de oficinas com profissionais de diversas

áreas. Nos intervalos das palestras são realizadas dinâmicas pela equipe organizadora

que visa descontrair e oportunizar a interação dos grupos participantes.

O início do projeto é sempre marcado com uma mensagem religiosa e o final

com apresentação cultural, café coletivo e sorteio de muitos brindes, através do apoio do

comércio da cidade.

Há sete anos o projeto é realizado, tornando-se tradição os patrocinadores

( padrinhos fiéis) com a doação para cada participante ( médicos, equipe organizadora,

alunos e avós) de camiseta com a logomarga do evento, no qual todos tem que usar no dia

do projeto.

O convite é estendido antecipadamente através de uma carta/convite a todos

os alunos da E.E. Profª Júlia Wanderley, mas com um único critério, ele só pode realizar

sua inscrição mediante à de uma pessoa da terceira idade.

E os nossos motivadores, para estar repetindo a cada ano o evento, são os

próprios avós, pois na despedida deixando antecipadamente sua presença confirmada

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para o próximo, afirmando muitos, que cada ano está sendo melhor.

A TV local da cidade de Arapongas também é parceria neste projeto, pois

registra o evento divulgando-o na mídia para a população da cidade e região.

Resultado

A satisfação de ver a alegria na face de cada pessoa idosa é gratificante, pois é

um momento em que tudo é voltado a eles, onde a autoestima de cada um se exaltasse,

onde crianças, adolescentes, jovens, adultos e idosos voltam a ser crianças novamente e

ainda felizes e realizadas, afinal a importância da pessoa idosa realmente é resgatado.

12.3.4 Título: “HORTA – SAÚDE EM SUAS MÃOS”

Justificativa

A alimentação desempenha um papel primordial durante todo o ciclo de vida dos

seres humanos. Entre as distintas fases de vida pode-se destacar a idade escolar.

Adotar estratégias de educação ambiental é promover hábitos saudáveis pelo

consumo dos produtos cultivados, permitindo trabalhos práticos que tem como objetivo a

busca pela descoberta de novos conhecimentos ou a criação de novas realidades.

No âmbito escolar incentivar os alunos e a comunidade escolar a terem uma visão

crítica sobre a importância do alimento saudável cultivado em um ambiente natural foi um

dos propósitos da formação da horta e criação de composteiras orgânicas na Escola

Estadual Profª Júlia Wanderley – EF, através de experiência pedagógica “ Horta: saúde em

nossas mãos! “, cuja a proposta foi muito além da mera produção de alimentos para

enriquecer a merenda, como também de levar os alunos e os envolvidos no processo, a

conhecerem técnicas de cultura orgânica, identificando processos de semeadura,

adubação, colheita e reconhecendo que o lixo orgânico pode ser o responsável pela

produção de alimentos totalmente descartados de impurezas tóxicas.

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Objetivos

• Reduzir o custo para a escola e poder acrescentar itens de merenda para o

incremento da mesma;

• permitir a relação entre a teoria da sala de aula com a prática sobre a

importância do relacionamento entre o homem e a natureza;

• incentivar os alunos e a comunidade escolar a terem uma visão crítica sobre

a importância do alimento saudável cultivado em um ambiente natural;

• conhecer, divulgar a cultura de produção orgânica;

• extrair da horta um complemento para alimentação da escola como um todo;

• buscar, pesquisar e realizar experiências de teoria/prática dentro dos

procedimentos da formação de composteiras;

• reconhecer o benefício e economia do adubo orgânico, considerando o

aproveitamento dos restos dos alimentos que são descartados no lixo, gerando poluição

pela não separação do lixo seco e do orgânico;

• proporcionar aos alunos e a comunidade a formação de bons hábitos

alimentares e estímulo ao consumo de hortaliças e vegetais;

• propor metodologia de aprendizagem colaborativa;

• valorizar a liberdade e autonomia.

Metodologia

Este projeto foi e terá desenvolvimento contínuo sob a coordenação dos alunos da

7ª série, turma “A”, do período matutino e da professora, responsável por esta experiência

pedagógica.

Para uma boa organização no decorrer deste processo algumas etapas foram

priorizadas como:

1ª etapa: os alunos tiveram primeiramente junto a direção e a professora, o

esclarecimento sobre o Programa Agrinho e suas etapas de participação, o motivo pelo

qual a referida turma foi escolhida para participar desta experiência pedagógica e do

valioso resultado que toda a comunidade escolar terá como benefício, partindo deles após

uma sondagem, a criação da horta;

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2ª etapa: a partir de um diálogo coletivo com os alunos, pais ( alguns agricultores )

e o Sr. Eugênio Ferreira ( responsável pelas hortas comunitárias da cidade ), constatou-se

viável e muito importante a formação de uma horta na escola, sendo que a mesma dispõe

de espaço para a ação planejada;

3ª etapa: o espaço foi bastante analisado e planejado por todos os envolvidos,

dando oportunidade a todas as vozes, bem como respeitando a especificidade de cada

um;

4ª etapa: para que os alunos, professores, pais, membros da APMF Associação de

Pais, Mestres e Funcionários ) e do Conselho Escolar pudessem apreciar in loco os

procedimentos de uma horta, bem como seus benefícios, a referida turma juntamente com

a imprensa local ( jornal ), realizaram uma visita na Fazenda Bimini, na cidade de Rolândia,

no qual sob a orientação do proprietário e ambientalista Daniel Steidle, obtiveram

informações desde o surgimento, formação, conservação e os resultados que uma horta

pode proporcionar ao ser humano quando recebe o adubo orgânico, adentrando então, na

formação da composteira orgânica. Além do rico aprendizado, os visitantes puderam

apreciar o belíssimo cenário de uma fazenda ecológica que mais uma vez nos declara que,

amar e cuidar da natureza é dever de todos;

5ª etapa: depois de escolhida a área para a formação da horta , o Sr. Eugênio

Ferreira através de sua equipe, deu suporte à turma em se tratando da mão-de-obra com

as instalações dos postes, tela de proteção, bem como com a preparação da terra e dos

canteiros com a devida adubação;

6ª etapa: no decorrer de quinze dias os alunos trabalharam em forma de

revezamento, assumindo o compromisso de ligar e desligar por duas horas, no período

matutino e vespertino, os aperssores para molhar os canteiros, preparando-os para o

plantio;

7ª etapa: eis que o grande dia chegou, o dia da semeadura. A TV local esteve

presente para registrar através de matéria ( em anexo ) a existência de uma horta na E.E.

Profª Júlia Wanderley – EF, formada pelos alunos, professora Cátia Jacinto Duarte, pais e

um grande colaborador, o Sr. Eugênio Ferreira. Das mãos dos alunos a terra recebeu

sementes de vegetais e hortaliças. No decorrer do processo, os alunos tiveram a

incumbência dos cuidados quanto a retirada do mato, bem como acompanhar o

desenvolvimento das plantas sobre o solo, sendo nossos mediadores no caso de

aparecimento de pragas e pulgões. Aqui cabe comentar um fato muito interessante do

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aluno Micahel Ulian que devido suas preocupações com pragas, pesquisou e descobriu

que a “ joaninha “ é um benéfico inseto para o combate às pragas, sendo lembrado por seu

amigo Matheus Martins Canesin que devido ao inverno, seria impossível providenciá-las,

restando portanto como recurso, observação diária da equipe;

8ª etapa: agora foi o momento de se preocupar com as composteiras, partindo do

aprendizado obtido durante a visitação na Fazenda Bimini. Coletivamente, foi analisado o

espaço apropriado, visto que o local no qual recebe muito sol não é recomendado.

Prefiriram um espaço próximo a horta, por facilitar o transporte do adubo orgânico

produzido pelas mesmas. A referida turma divulgou às demais turmas a elaboração das

composteiras, bem como seus objetivos e realizaram uma campanha para que os alunos

trouxessem restos de cascas de frutas e legumes para que a formação das mesmas

pudessem ser concretizadas. Após dois dias, munidos dos resíduos orgânicos, foi a vez

dos meninos colocarem a mão na massa, instalando as barras de ferro no solo, revestidos

com tela de arame para a formação das composteiras. Depois de prontas, as meninas

colaboraram com a colocação das folhas, gramas e resíduos orgânicos para assim concluir

a confecção das mesmas.

9ª etapa: outro compromisso da referida turma, foi e é de estarem diariamente,

através de revezamento, observando se o processo da compostagem está ocorrendo. Para

isso, é utilizada uma barra de ferro que desempenha o papel de um termômetro, no qual

permanece constantemente introduzido no centro da composteira. Ao ser retirado

diariamente, a resposta positiva do processo, se faz através de uma fumaça exalada pelo

ferro, caso contrário, se faz necessário estar revendo e reformulando a mesma. Quanto a

chuva, cabe a eles estarem cuidando também, pois as composteiras não podem receber

volume grande de água, portanto, neste caso é recomendado a cobertura das mesmas,

protengendo-as deste fator;

10ª etapa: com a formação da hortaliça ( alface ), mais uma ação de aprendizado

para os alunos, o replantio das mesmas para os canteiros que desde o início os canteiros

reservas, estavam aguardando as lindas folhinhas;

11ª etapa: grande momento a colheita. Os alunos tiveram a belíssima oportunidade

de colherem as primeiras hortaliças, a alface;

12ª etapa: os alunos e todos os envolvidos no processo tiveram palestra com a

nutricionista Cintia Martinatto Romeiro, sobre a importância de uma alimentação saudável

e os prejuízos dos desperdícios dos alimentos, bem como o seu aproveitamento;

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13º etapa: tivemos também como grande colaborador, Adriano Fagundes do

Sindicato Rural de Arapongas e mobilizador do SENAR, que proferiu palestra a respeito da

entidade.

Como afirma KOURGANOFF, 1990: “Pesquisa é o conjunto de investigações,

operações e trabalhos intelectuais ou práticos que tem como objetivo a descoberta de

novas técnicas e a exploração ou a criação de novas realidades.” Propor metodologia de

aprendizagem colaborativa foi uma situação criada para todos os envolvidos neste

processo, pois houve muitas buscas no aprender conjuntamente.

Diante da afirmação acima cabe relatar que durante o processo da formação das

composteiras houve muitas buscas, envolvendo principalmente os pais. A primeira

tentativa foi decorrente do aprendizado na Fazenda Bimini, no qual utilizou-se as

folhagens, gramas e resíduos orgânicos. A segunda tentativa foi através de pesquisa dos

alunos, acrescentando além dos compostos da primeira tentativa, minhocas, pelo fato de

produzirem húmus e consequentemente proporcionar melhoria da oxigenação no interior

da composteira. A terceira tentativa, sugestão de pais, com a utilização de um cano de

PVC, com diversas perfurações no mesmo, colocando-o no meio da composteira, em

posição horizontal, facilitaria a ventilação da compostagem.

Isso demonstra que houve uma movimentação muito grande em buscar a

descoberta e resultados para cada situação presente no processo.

Conclusão

Todos os envolvidos no projeto da horta tornaram-se com certeza grandes

pesquisadores, pois buscar respostas e alternativas foi um constante desafio que

procederam no decorrer de situações novas e conflitantes.

Os alunos, em especial, tiveram aprendizado quanto a planejamento,

desenvolvimento e avaliação das atividades propostas, no qual lhes foram concedida total

autonomia durante o processo de ensino-aprendizagem, sentindo que souberam valorizar

com responsabilidade a liberdade para as implementações do projeto.

Reconstruir, dividir tarefas, discutir ideias coletivamente, questionar, buscar, avaliar

e querer produzir foi um cenário criado onde todos os personagens atuaram com

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eficiência.

A horta já iniciou sua produção no qual seus alimentos estão abastecendo a

merenda escolar com garantia de qualidade, sem adição de agrotóxico e gerando em

questão de custos, economia para a escola, que pode atender outras necessidades ou

contribuir para a implementação quanto à diversidade dos alimentos.

Cabe considerar como parte do grande resultado, o relato do aluno Michael Ulian

no qual menciona dentro de suas expectativas para o seu futuro, a previsão de

desenvolver o referido projeto ao ingressar na AMAN ( Academia Militar das Agulhas

Negras ), que é o seu grande sonho.

Portanto além de pesquisadores, o projeto também conseguiu formar

multiplicadores.

14.5 Título: “BIODIESEL – O COMBUSTÍVEL ECOLÓGICO”

Justificativa

O mundo todo tem sido alertado pelos cientistas sobre o assustador ritmo de

aceleração do aquecimento global e torna-se cada vez mais urgente a adoção de ações

que objetivem a preservação ambiental. O ser humano, responsável pela poluição do meio

ambiente arcará com o maior prejuízo, a ameaça da própria extinção.

Ações aparentemente simples, quando tomadas por grande número de pessoas,

tornarão a sustentabilidade uma realidade palpável em qualquer parte onde haja a

presença humana e garantirá a sobrevivência de nossa espécie por muito mais tempo. Isto

é a capacidade de um indivíduo manter-se inserido em determinado ambiente sem

impactá-lo violentamente, utilizando os recursos naturais e devolvendo-os ao planeta por

meio de práticas desenvolvidas para a continuidade da disponibilidade dos recursos

naturais.

O óleo vegetal e gordura animal quando lançados na natureza sem nenhum

cuidado vem trazer malefícios para o meio ambiente: polui rios e solo, retarda o

crescimento vegetal, interfere no fluxo da água, impede a transferência do oxigênio para a

água, impermeabiliza o solo piorando o problema das enchentes, onera o tratamento do

esgoto e de água potável que servem as cidades, entope a galeria de esgotos. Segundo

trabalho realizado pela SABESP (Companhia de saneamento básico do Estado de São

Paulo) sabe-se que 1 litro de óleo polui aproximadamente 1 milhão de litros de água,

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quantidade de água que uma pessoa consumiria em 18 anos, se utilizasse 150 litros por

dia.

Um dos melhores caminhos diante de tais fatos é alicerçar nos educandos a

consciência e a sensibilização quanto à realidade de que todos são responsáveis pelo

meio ambiente e que isto não é obrigação apenas de governos e sim, de cada um, pois

serão adultos em futuro próximo e determinarão os rumos de nosso planeta.

A professora de Língua Inglesa, Shirley Calsavara, considerou, diante de tais fatos,

o desenvolvimento de um projeto voltado ao meio ambiente a ser realizado como

experiência pedagógica para o Programa Agrinho, envolvendo toda a escola e a

comunidade.

Este óleo poderia ser recolhido pela empresa BF Ambiental e transformado em

biodiesel, que é um combustível renovável e alternativo ao diesel derivado do petróleo,

cujo maior ganho é a redução de emissão de gases poluentes produzidos pelos veículos,

de fuligem e de dióxido de carbono (CO2) que é responsável pelo efeito estufa.

Objetivos

Reforçar a educação ambiental nas salas de aula e transformar os alunos em

multiplicadores da cultura da preservação do meio ambiente.

Promover a conscientização e sensibilização das famílias e da comunidade,

tornando-os aliados na construção de uma nova realidade ambiental.

Destinar adequadamente os resíduos do óleo de cozinha e estabelecer um novo

ciclo de vida para esse produto.

Difundir a importância da preservação da natureza para o futuro do planeta e

instigar todos à promoção de atitudes ambientais afirmativas que devem começar dentro

de casa.

Descrição das atividades realizadas

Conhecendo a importância da preservação do meio ambiente e sabendo do

trabalho realizado pela empresa BF Ambiental, do Grupo Big Frango, que transforma o

óleo de cozinha saturado em biodiesel, o qual é misturado ao diesel fóssil, trazendo assim

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melhoria para o meio ambiente, encaminha os resíduos deste processo para uma usina de

compostagem e recicla as garrafas pet sujas de óleo, o primeiro passo foi solicitar aos

alunos da 5ª série, turma “C”, que pesquisassem antes de qualquer comentário: o que é

biodiesel; a partir do que é feito e por que é produzido. Assim, descobriram por si o que é,

sua origem e quais suas finalidades.

A seguir os representantes da empresa BF Ambiental, do Grupo Big Frango, Sr.

Rodrigo Zagotto Xavier, Tecnólogo Ambiental e Sr. Anderson Buss Cardoso, Biólogo e

Gerente Ambiental, proferiram palestras de sala em sala a todos os alunos da escola sobre

as consequências para o meio ambiente quando ocorre o descarte incorreto do óleo

saturado, especialmente sobre as águas, onde o impacto é maior.

A professora Shirley Calsavara, sugeriu à turma da 5ª série “C” a realização de um

trabalho tendo em vista que agora os alunos sabiam quais os problemas ocasionados pelo

descarte incorreto do óleo de cozinha saturado e pediram que fizessem sugestões a

respeito das ações a serem realizadas.

Os alunos propuseram trabalho em campo, nas casas da comunidade,

conscientizando, sensibilizando e propondo que recolhessem o óleo na escola, uma vez

que a escola teria como dar encaminhamento correto para a quantia de óleo que poderia

resultar desta coleta, direcionando-a para a empresa BF Ambiental, conforme foram

informados durante a palestra.

Na seqüência, em reunião especial para este fim, foram repassadas aos pais as

informações sobre os problemas trazidos pelo óleo de cozinha saturado e quais as ações

propostas pelos alunos com o apoio da escola para busca de soluções, os quais ficaram

totalmente cientes do projeto que seria desenvolvido na escola, dispondo-se a participar.

Iniciou-se assim todo o trabalho de divulgação nas salas de aula da própria escola, nas

casas no entorno, até que o movimento acabou por tomar maiores proporções e atingir

todo o município.

Constatou-se que um grande número de pessoas não sabiam o que fazer, alguns

jogavam nos encanamentos, outros, na terra, alguns tinham dezenas de litros guardados e

não sabiam onde descartá-lo. Como fator de estímulo, por meio de um sistema de cupons

a serem distribuídos a todos os participantes, o projeto ofereceu a princípio uma cesta da

Natura (cosméticos), a qual foi doada por um dos pais dos alunos, para sorteio no mês de

Dezembro.

O trabalho foi além e passou a ser divulgado pelos alunos da turma piloto

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juntamente com a professora Shirley nas salas de aula das escolas municipais.

Recebemos como retorno litros e litros de óleo de fritura, os quais estavam guardados e as

donas de casa não sabiam onde poderiam se desfazer dele, inclusive as próprias

professoras contribuíram entregando o óleo que tinham guardado.

Os alunos da Escola Júlia Wanderley continuaram a trazer o óleo de suas casas,

alguns em pouca quantidade, outros, vinte a trinta litros de uma vez. Foram depositados

nas bombas, recipientes próprios para disposição do óleo e quando estavam cheias foram

transportadas pela logística da empresa BF Ambiental.

Passamos a divulgar mais amplamente o projeto, concedemos entrevista na TV

Antares, que tem grande audiência no município, e percebemos que houve grande alcance

de divulgação.

Participamos do programa matutino na Rádio Antares, que está sempre

interagindo com seus ouvintes e novamente a propagação foi além do que esperávamos,

ganhamos mais patrocínio para os sorteios durante o programa, os quais serão realizados

no final do ano, totalizando dez participantes e retornamos em outras manhãs para falar na

rádio sobre o projeto.

Na Rádio Arapongas também fomos ao ar em entrevista no programa matutino, às

7:30 horas e no programa das 12:30 horas, novamente com boa propagação. Passamos a

receber maiores quantias de óleo que os pais nos trouxeram, haviam aqueles que além de

suas casas, sabiam de locais que o guardavam e não tinham destinação, assim,

providenciaram a entrega na Escola, os pais são bastante participativos.

Paralelamente, publicamos no Jornal O Povo, matéria sobre o projeto e o

Supermercado Verona colaborou inserindo em seu jornal de ofertas a indicação da escola

como ponto de coleta.

O Sr. Pedro Paulo Bazana, presidente do Lions Club e diretor da APAE local

propôs outros pontos de coleta: na APAE, localizada no centro; na Casa do Bom Menino,

no Jardim Cultura e na Escola Municipal Maria Hercília Horácio Stawinski, no Conjunto

Padre Bernardes, zona sul do município, portanto, em locais distantes uns dos outros e foi

entregue o recipiente próprio para acondicionamento do óleo a ser arrecadado e depois

levado pela empresa BF Ambiental.

As escolas municipais visitadas pelos alunos da Escola Júlia Wanderley, em

campanha pela divulgação estão localizadas em pontos opostos da cidade, tendo

disseminado-se o projeto pelo município todo.

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Recebemos na Escola Júlia Wanderley algumas entregas de óleo em grande

quantia, de pessoas desconhecidas, moradoras em locais bastante afastados da escola,

que nos chamaram atenção. Ao questionarmos, responderam que souberam do local pelo

rádio, ao ler o Jornal O Povo, ao passar e ver a faixa de divulgação em frente à escola.

Uma moradora do Edifício Ibisa, localizado na Rua Perdizes, nº 180, procurou-nos

na tentativa de obter uma bomba para coleta em seu edifício, que tem 60 apartamentos e

estamos iniciando contato com a empresa BF Ambiental objetivando mediar seu pedido.

Providenciamos a distribuição de panfletos à população divulgando ainda mais o

projeto e os locais de coleta. Continuamos recebendo óleo, inclusive daqueles que

tomaram conhecimento pelos meios divulgados, independente de vínculo com a escola.

O Sr. Adriano Ricardo Fagundes, Mobilizador do SENAR neste Município, visitou a

sala de aula da turma piloto neste projeto, 5ª série “C”, e fez esclarecimentos sobre o que é

o SENAR, os cursos que oferece no município e sobre o Programa Agrinho, as

modalidades do concurso proposto, finalidades e premiações.

O presidente da Câmara Municipal de Vereadores de Arapongas, Sr. Sérgio

Onofre da Silva, levou para a Câmara a proposta de Projeto de Lei Municipal para o

correto descarte do óleo saturado, engajando-se ao projeto lançado pela Escola Júlia

Wanderley.

A escola continua em campanha até o final deste ano e continuará no

próximo, incluindo novas ações, já com vistas à visitação na empresa BF Ambiental,

pleiteada junto aos seus representantes, objetivando ampliar o conhecimento de

nossos educandos.

12.4 Preponentes do Projeto Político Pedagógico:

Adriana Denise Marquezin Professora

Alessandra lourensato Professora

Aline Caroline de Lima da Silva Professora

Altair Luzia Borges Botelho Profesora

Amanda Gomes Ferreira Professora

Carla Tatiane Domingos Professora

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Cátia Jacinto Duarte Professora

Celiane Cristine Tirone Professora

Cleide Maria da Silva pedagoga

Daiane Cesario da Silva Professora

Elizabete Maria Rodrigues Professora

Eloisa Elena Weiss Faria Professora

Eneida Mazuquim Ferrari Professora

Francelise Dziura Professora

Henriqueta Maria Elias da Costa Professora

Hilário Bedento Pricinato Professor

Ilda Bassaco Professora

Jane Francisco Rodrigues Professora

João Henrique Rossi Professor

João Leme Batista Neto Professor

Judith Muller da Silva Pedagoga

Juliana Sieni de Oliveira Professora

Leila Aparecida Perdigão Professora

Louise Cristine Silva Gonçalves Professora

Luceli Aparecida da Silva Professora

Luci Grotti Pereira Pedagoga

Luciano Rompato Professor

Márcia Andreia Pinto Professora

Marcos Cesar Beneli Professor

Maria Helena Milan Professora

Marilsa Staub Vendrametto Diretora

Mônica Alves da Silva Professora

Nadir Aparecida Xavier Professora

Roseli Suzuki Professora

Sandra Cristina de Oliveira Professora

Sandra Márcia da Silva Miquelato Professora

Selma dos Santos Silva Professora

Shirley Calsavara Diretora Auxiliar

Sonia Maria Nonis Santos Professora

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Vivia Cristian Lopes Professora

Viviane Aparecida NunesYokomizo Professora

Solange Apª Alves de Lima Secretária

Elizabeth Raia Spaziani Agente Educacional II

Dejanira Antunes Staback Agente Educacional I

Jacira Pizan Alves Agente Educacional I

Nilda Santos de Carvalho Agente Educacional I

Maria Helena Frota Galo Agente Educacional I

Maria Helena Vendrametto Agente Educacional I

ARAPONGAS, 12 DE JULHO DE 2012.