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ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO NÚCLEO REGIONAL DE EDUCAÇÃO DE IVAIPORÃ COLÉGIO ESTADUAL JOSÉ SIQUEIRA ROSAS – ENSINO FUND. E MÉDIO Rua Maringá, 350 – Centro – CEP 86850-000 Fone/Fax: (43) 3465-1169 Email: [email protected] PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO Rosário do Ivaí 2010

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Page 1: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · Pedro Viriato Parigot de Souza, sendo Secretário da Educação, Roberto Linhares da Costa. Decreto de criação n.º 1278 de 31/12/71. Posteriormente

ESTADO DO PARANÁSECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

NÚCLEO REGIONAL DE EDUCAÇÃO DE IVAIPORÃCOLÉGIO ESTADUAL JOSÉ SIQUEIRA ROSAS – ENSINO FUND. E MÉDIO

Rua Maringá, 350 – Centro – CEP 86850-000 Fone/Fax: (43) 3465-1169 Email: [email protected]

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

Rosário do Ivaí 2010

Page 2: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · Pedro Viriato Parigot de Souza, sendo Secretário da Educação, Roberto Linhares da Costa. Decreto de criação n.º 1278 de 31/12/71. Posteriormente

1. Apresentação

O Projeto Político Pedagógico é um instrumento fundamental na

organização pedagógica e administrativa da escola. Com ação intencional e

compromisso definido coletivamente, apresenta os seguintes objetivos:

- Possibilitar a atuação conjunta dos diversos seguimentos nas decisões e

ações da escola;

- Direcionar a organização do trabalho pedagógico e administrativo da

escola;

- Apresentar à comunidade escolar a diretriz curricular definida em

consonância com a SEED, a qual direcionará o trabalho em sala de aula.

O Projeto Político Pedagógico do Colégio Estadual José Siqueira Rosas –

Ensino Fundamental e Médio, expresso no presente documento, é fruto de

interação e reflexão dos diversos segmentos da comunidade escolar, bem como

análises constantes do NRE e posteriores reflexões.

Iniciou sua construção em 2005, por meio de reuniões periódicas com a

comunidade escolar. A partir de textos e orientações disponibilizadas pela SEED

(Secretaria de Estado da Educação) através da CGE, foram organizados grupos

de estudos de pais, alunos, professores, funcionários, equipe pedagógica e

direção, buscando a reflexão sobre a prática pedagógica naquele momento

histórico e possíveis ações para os avanços necessários, levando em

consideração para ponto de partida os seguintes questionamentos:

− Escola que temos?

− Escola que queremos?

− Sociedade que temos?

− Sociedade que queremos?

Na busca em obter respostas a essas questões, foram levantados os

problemas existentes na escola, a partir dos quais realizou estudos e debates,

propondo encaminhamentos necessários à reorganização da prática pedagógica,

com interesses voltados a real aprendizagem dos (as) alunos (as) que frequentam

a escola.

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Ao levantar dados com a comunidade escolar destacou-se como principal

interesse, a ascensão social e profissional do educando por meio dos estudos.

O presente documento não se encontra acabado, mas estará sempre em

(re) construção, conforme novas exigências e necessidades educacionais. O

texto divide em 05 eixos, sendo:

1. Identificação da escola (item 2) – este item apresenta o histórico do

estabelecimento de ensino, sua localização, a caracterização do

atendimento, a organização do espaço físico e o quadro atual de

profissionais e Instâncias Colegiadas.

2. Objetivos Gerais (item 3) – os objetivos gerais explicitam as intenções do

PPP e consequentemente do ensino da instituição.

3. Marco Situacional (item 4) – o marco situacional faz uma rápida exposição

da situação atual da escola, buscando focalizar o campo pedagógico.

4. Marco conceitual (item 5) – o marco conceitual apresenta o conceito e

intenções das atividades escolares.

5. Marco operacional (item 6) – a partir do marco conceitual, no marco

operacional encontra a sistematização das atividades que deverão ser

desenvolvidas no âmbito escolar, a quais deverão resultar em condições

favoráveis ao processo de ensino e aprendizagem.

6. Anexos (item 7) – aqui, encontram anexados os seguintes documentos:

Fichas de Pré Conselho e Conselho de Classe; Projeto de Suplemento de

Carga Horária; Plano de Ação Saúde e Prevenção na Escola; Plano de

Trabalho Equipe Pedagógica; Propostas Pedagógicas Curriculares; Projeto

datas comemorativas (dia dos pais, dia das mães, dia das crianças, dia

dos/as professores/as); Estrutura do Plano de Trabalho Docente;

Preenchimento Registro de Classe; Calendário Escolar Anual; Ficha de

Comunicação de Ocorrência em Sala de Aula, Foto de José Siqueira

Rosas, Foto de Tela (Óleo sobre tela: Estação de Ferro) José Siqueira

Rosas.

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2. IDENTIFICAÇÃO DA ESCOLA

Colégio Estadual José Siqueira Rosas – Ensino Fundamental e Médio,

situado na Rua Maringá, n.º 350, bairro Centro, CEP 86850-000, Fone/Fax (43)

3465-1169, e-mail [email protected], no Município de Rosário do Ivaí,

Estado do Paraná.

Terreno Ocupado: 10.995,00m².

Ato normativo de autorização de funcionamento da escola: Res.

1235/1992 de 10/05/1982 D.O.E.: 25/05/1982.

Código do Censo Escolar/INEP: 41039920

Código SERE: 228400262

CNPJ SEED: 76.416.965/0001-21

CNPJ APMF: 81.392.805/0001-20

E-mail: [email protected]

Site: http://www.rsojoserosas.seed.pr.gov.br

Histórico do Estabelecimento

O Colégio Estadual José Siqueira Rosas, funcionou até 1970, como

extensão do Colégio Geremias Lunardelli de Grandes Rios. Recebeu o nome do

Deputado João Mansur, sendo denominado Grupo Escolar João Mansur – Ensino

de 1ª a 4ª série. Até esta época, as salas de aula funcionavam em barracão em

condições pouco favorecidas e também em casa de propriedade particular.

Através do Decreto n.º 1278, de 31 de dezembro de 1971, publicado no

Diário Oficial n.º 210 de 31 de dezembro de 1971, é criado o Grupo Escolar “José

Siqueira Rosas”, ofertando o ensino de 1ª a 4ª série do 1º grau, chamado na

época de Ensino Primário, localizado na Av. São Paulo, Centro.

O nome “José Siqueira Rosas”, foi indicado pelo Deputado João Mansur.

Para o funcionamento do Grupo Escolar, foi construído um prédio em

madeira com 4 salas de aula e uma pequena sala de Direção e Secretaria. A

cozinha funcionava no mesmo pátio, porém desmembrada do prédio. Era uma

pequena casa em madeira, já existente no terreno na época da construção do

prédio. O pátio era pequeno, onde permitia as brincadeiras dos/as alunos/as.

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Atualmente é localizada neste terreno, a Prefeitura Municipal e a Câmara

Municipal de Vereadores.

A escola foi inaugurada em 31 de dezembro de 1971, no governo de

Pedro Viriato Parigot de Souza, sendo Secretário da Educação, Roberto Linhares

da Costa. Decreto de criação n.º 1278 de 31/12/71.

Posteriormente os alunos da localidade de Rosário, Município de Grandes

Rios, através de seus pais e responsáveis, reivindicam condições para

prosseguimento ao estudo, e é atendido pelo Ginásio Estadual “Comendador

Geremias Lunardelli” localizado na Sede do Município que em 1974 passa a

manter uma extensão em Rosário, a qual não teve existência legal anterior a

vigência da Lei 5692/71 e oferta o ensino de 5ª a 8ª série do 1º grau, então

chamado de Curso Ginasial.

No início de 1976 é inaugurado o prédio em alvenaria do Grupo Escolar

José Siqueira Rosas, situado na Rua Maringá, s/n. Atualmente Colégio Estadual

José Siqueira Rosas – Ensino Fundamental e Médio.

Na época, o prédio era constituído em nove salas de aula e a ala

administrativa, sendo que a área construída foi aumentando paulatinamente, até

os dias atuais.

A implantação do Ensino de 1º grau teve início em 1979 com a

implantação de 1ª a 4ª série, devendo complementar em 1982.

Em 1981 novamente a população reivindica o prosseguimento do estudo,

chamando pela criação de um curso de Ensino de 2º grau.

A Resolução Secretarial n.º 712/81 autoriza o funcionamento do Ensino de

2º Grau, nas instalações do Grupo Escolar José Siqueira Rosas, no distrito de

Rosário, Município de Grandes Rios, com a denominação de “Colégio José

Siqueira Rosas – Ensino de 1º e 2º graus, na habilitação Básica em Comércio, a

partir do ano letivo de 1981.

Em 1991, através da Resolução n.º 1317/91, foi autorizado o

Funcionamento da Habilitação Magistério, aprovado pelo parecer 371/91, sendo

encerrado gradativamente a partir do ano de 1996 por determinações legais da

SEED, com justificativa da implantação do novo Ensino Médio e Pós Médio

(PROEM).

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Nesta época foi liberada a construção da Biblioteca e do Laboratório de

Informática (Proem), sendo disponibilizados 11 computadores e também

mobiliários para Biblioteca e Sala de Informática.

Ainda em 1991, através da Resolução 2655/91, pelo programa de

municipalização do ensino, foi desmembrado o ensino de 1ª a 4ª série, passando

a funcionar como Escola Municipal Vereador José Rodrigues – Ensino

Fundamental, no mesmo prédio.

Em 1999 pela Lei 9394/96, foi implantado o novo Ensino Médio –

Educação Geral. O Estabelecimento passa a ser denominado Colégio Estadual

José Siqueira Rosas – Ensino Fundamental e Médio.

A entidade mantenedora do Colégio Estadual José Siqueira Rosas –

Ensino Fundamental e Médio é o Governo do Estado do Paraná. No decorrer de

sua história, estiveram frente à Direção os/as seguintes professores/as:

1º - Edite Tereza Stadler Justus (1ª a 4ª série): 1971-1979

2º - Donatilte Leme Gonçalves (1º e 2º graus): 1980-1982

3º - Miguel Orlando Soucek (1º e 2º graus): 1983-1985

4º - Edite Tereza Stadler Justus (1º e 2º graus): 1986-1987

5º - Miguel Orlando Soucek (1º e 2º graus): 1988-1993

6º - João Carlos Bernardo (1º e 2º graus): 1993-1997

7º - Sandra Mara Simighini de Araújo (1º e 2º graus): 1998-2001

8º - Meire de Fátima Vila (1º e 2º graus): 2002-2003

9º - Francisco Roberto Parra (1º e 2º graus): 2004-2005

10º - Aletheya Maltempe Fatobene (1º e 2º graus): 2006-2008

11º – Sandra Mara Simigni de Araújo (Ensino Fundamental e Médio): 2009...

Quem foi José Siqueira Rosas?

José Siqueira Rosas (Rosinha), nascido em Guarapuava (PR), no dia 18 de maio

de 1910.

Cursos: Professor normalista pela Escola Normal do Colégio Regente Feijó de

Ponta Grossa. Frequentou a Escola de Belas Artes do Rio de Janeiro.

Pintor em telas.

Professor da Escola Noturna para Operários de Ponta Grossa (1929).

Professor da Escola Noturna para Operários de Ponta Grossa (1929).

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Professor no Grupo Escolar Barão de Capanema de Prudentópolis 91931).

Professor no Grupo Escolar de Irati (1932).

Inspetor de Ensino em Irati, Teixeira Soares, Entre Rios e Rebouças (1936).

Professor da Escola Noturna para Operários de Irati (1937).

Inspetor Municipal de Ensino de Guarapuava (1947).

Inspetor Municipal de Ensino de Irati (1947).

Professor do Curso Primário Supletivo de Irati (1949).

Professor do Ginásio Estadual de Irati (1951).

Delegado Regional de Ensino (1960).

Vereador em 1951, 1955 e 1959.

Presidente da Câmara Municipal em 1958.

Prefeito Municipal em 1959.

Ministrou cursos de pintura e desenho durante sete anos.

Realizou diversas exposições de pinturas em várias cidades do Paraná.

Casado com Maria de Jesus Rosas.

Filhos: Elvira Aparecida Rosas Mosele, Rita de Cássia Rosas Gruber e José

Siqueira Rosas Jr.

Falecido em Curitiba em 05 de agosto de 1969.

A sua obra, entre telas e ensaios envolvem cerca de 3.000 quadros.

Quadro Geral de Pessoal 2010

NOME FORMAÇÃO FUNÇÃO

Adilson de Barros Terra Letras - Especialização em Leitura e Produção Textual / Profuncionário em Gestão Escolar

Agente Educacional II

Aletheya Maltempe Fatobene Biologia e Química – Especialização em Biologia

Professora Ensino Médio e Formação de Docentes

Aparecida Rosângela Parra Vieira

Matemática e Biologia – Especialização em Ciências Biológicas e Matemática

Documentadora Escolar

Catarina Mikiewski Matemática e Biologia – Especialização em Didática e Metodologia

Professora Ensino Médio

Celso Lopes Parra Letras – Especialização em Professor Ensino

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Didática Fundamental e Médio

Cláudio Luiz Tassi Geografia Professor Ensino Médio e Formação de Docentes

Cleonise Aparecida de Souza Santos

Pedagogia Professora Ensino Médio e Formação de Docentes

Francisco Roberto Parra Matemática e Biologia – Especialização em Didática em Metodologia de Matemática

Professor Ensino Fundamental e Médio

Ires Portela Bernardo História – Especialização em História

Professora Ensino Fundamental

Izabel Chabowski Matemática e Biologia Professora Ensino Fundamental

João Carlos Bernardo Contabilidade – Especialização em Gestão Escolar

Professor Disciplinas Técnicas / Apoio Técnico Administrativo

José Edineudes Batista Geografia e Letras – Especialização em Metodologia e Didática

Professor Ensino Médio

José Roberto Szlachta Matemática e Biologia – Especialização em Matemática

Professor Ensino Fundamental

Josué Melquíades Fernandes Ciências e Química Professor Ensino Médio

Leandro Bermudes de Oliveira

Secretariado Executivo / Profuncionário em Gestão Escolar

Secretário

Luciane Soares da Silva Costa

Letras Professora Ensino Fundamental e Médio

Luiz Antonio Vieira da Costa Ciências Professor Ensino Médio

Luiza Flausino da Costa Letras – Especialização em Metodologia e Didática

Professora Ensino Fundamental

Luiz Vieira da Silva Pedagogia – Especialização em Educação Especial / Profuncionário em Gestão Escolar

Agente Educacional II

Maria Nadir Glufka 2º Grau – Pedagogia (em curso)

Agente Educacional II

Marcia Maria Rodrigues dos Ciências Professora de Sala de

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Anjos Apoio

Marilza de Lima Letras – Especialização em Leitura e Produção Textual

Professora Ensino Médio e Formação de Docentes

Maristela Barbosa dos Santos

História Professora Ensino Médio / função em apoio técnico pedagógico pela Lei 15308/06

Meire de Fátima Vila Pedagogia – Especialização em Educação Especial DM; Psicopedagogia; Gestão Escolar; Educação Infantil; PDE 2007

Equipe Pedagógica

Nádia Watanabe Educação Física – Especialização em Treinamento Desportivo; Educação Inclusiva DM, DA, DV e DF

Professora Ensino Fundamental e Médio

Nelson Aparecido Ribeiro Ciências Professor Ensino Médio

Nilza Maria da Penha Ribeiro Letras e Pedagogia – Especialização em Educação Especial; Leitura e Produção Textual

Equipe Pedagógica e Professora Ensino Fundamental, Médio e Programa Viva a Escola

Osmiranou Alves Siqueira Pedagogia – Especialização em Pedagogia da Alternância e Desenvolvimento Sustentável

Professor Formação de Docentes

Paulo Mendes de Andrade Ciências Professor Programa Viva a Escola

Robson Júnior de Araújo Filosofia Professor Ensino Médio e Formação de Docentes

Rosana Schuistak Pedagogia Professora Educação Especial

Rosângela de Souza Matos Letras Professora Ensino Médio

Rosângela Jubainski Ruiz Ciências Biológicas e Matemática – Especialização em Biologia

Professora Ensino Médio

Roselei de Fátima Mikiewski Pedagogia – Especialização Equipe Pedagógica

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em Educação Especial

Rosemary dos Reis de Oliveira

Letras Professora Ensino Médio

Roselene de Fátima Jubainski

Matemática e Biologia – Especialização em Educação em Matemática

Professora Ensino Médio e Tutora Pós Médio a Distância

Roseli Schuistak Pedagogia e Letras Professora Educação Especial

Rosimeire Firmino Batista Educação Física – Especialização em Educação Especial - DM

Diretora -auxiliar e Professora Ensino Fundamental e Médio

Sandra Mara Simigni de Araújo

Geografia e Biologia – Especialização em Geografia e Meio Ambiente

Diretora

Silvana Regina Parra Educação Artística – Especialização em Educação Especial DM

Professora Ensino Fundamental, Médio e Formação de Docentes

Solange Toledo de Azevedo Oliveira

Geografia – Especialização em Gestão Ambiental

Professora Ensino Fundamental

Teodózia Koltun Letras – Especialização em Língua Portuguesa

Professora Ensino Fundamental e Médio

Valéria de Miranda Malicki Geografia Professora Ensino Fundamental

Valéria Cristina de Oliveira Educação Artística Professora Ensino Fundamental e Médio

Valquíria da Silva Barbosa História Professora Ensino Fundamental, Médio e Formação de Docentes

Vanessa Pereira da Silva Educação Física Professora Ensino Fundamental, Médio e Formação de Docentes

CONSELHO ESCOLAR

NOME FUNÇÃO

Sandra Mara S. De Araújo Diretora

Meire de Fátima Vila Representante da Equipe Pedagógica

Aletheya Maltempe Fatobene Representante do Corpo Docente

Maria Nadir Glufka Representante Agente Educacional II

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Catarina Pinheiro Ribeiro Representante Agente Educacional I

Lucia da Cruz Muschau Representante Pai/Mães

Anterildo da Rocha Representante dos Movimentos Sociais Organizados

Tiago Costa Mendonça Representante Corpo Discente

SUPLENTES:

Nilza Maria da Penha Ribeiro Equipe Pedagógica

Maristela Barbosa dos Santos Professora

Leandro Bermudes de Oliveira Agente Educacional II

Ires Benedita Luciano Agente Educacional I

Marco Aurélio dos Anjos Pai de Aluna

Jane Camila Pereira Mãe de Aluno

Ivan dias Ribeiro Aluno

APMF (Associação de Pais, Mestres e Funcionários)

NOME FUNÇÃO

José Luis Machado Presidente

José Edineudes Batista Vice Presidente

Teodózia Koltun Secretária

Roselei de Fátima Mikiewski 2ª Secretária

Solange Toledo de Oliveira Azevedo

Tesoureira

Eliane Ducati 2ª Tesoureira

Irene Schuistak Diretora Sociocultural e Esportivo

Neide Aparecida de Godoi 2ª Diretora Sociocultural e Esportivo

Izabel Chabowski Conselho Deliberativo

Izabel Rosa Teixeira Conselho Deliberativo

Maria Marta de Souza Santos Conselho Deliberativo

Paulo Sergio Ruiz Conselho Deliberativo

Laura Clarete Martins Conselho Fiscal

Lindaura de Souza Lalau Parra Conselho Fiscal

Roselene de Fátima Jubanski Conselho Fiscal

Simone Cristina Parra Conselho Fiscal

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Caracterização do Atendimento:

Período Matutino:

1ª aula: 7:30 às 8:202ª aula: 8:20 às 9:103ª aula: 9:10 às 10:00

4ª aula: 10:10 às 11:005ª aula: 11:00 às 11:50

Turmas:

Ensino Fundamental: 5ª séries A; 6ª série A e B; 7ª série A; 8ª série A. Ensino Médio: 1ª séries A e B; 2ª séries A e B; 3ª séries A e B.Centro de Atendimento Especializado em Surdez (CAES)Sala de RecursosSala de Apoio 5ª Série

Período Vespertino:

1ª aula: 13:00 às 13:502ª aula: 13:50 às 14:403ª aula: 14:40 às 15:30

4ª aula: 15:40 às 16:305ª aula: 16:30 às 17:20

Turmas:

Ensino Fundamental: 5ª série B e C; 6ª série C; 7ª série B; 8ª série B.Curso Formação de Docentes (1ª Série)Centro de Língua Estrangeira (CELEM) – EspanholViva a Escola:− Preparação para o Vestibular− Brincadeiras e Jogos Intelectivos

Período Noturno

1ª aula: 18:40 às 19:302ª aula: 19:30 às 20:203ª aula: 20:20 às 21:10

4ª aula: 21:20 às 22:055ª aula: 22:05 às 22:50

Turmas:

Ensino Médio: 1ª série C e D; 2ª série C e D e 3ª série C e DCELEM - Espanhol

Organização do Espaço Físico:

O espaço físico da escola é bastante amplo. Porém, funciona em

dualidade o Colégio Estadual José Siqueira Rosas – Ensino Fundamental e Médio

e a Escola Municipal Vereador José Rodrigues Ensino Fundamental. Possui:

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− 06 (seis) salas administrativas, sendo 1(uma) secretaria estadual, 1 (uma)

secretaria municipal, 1(uma) sala para a Equipe Pedagógica Estadual, 1(uma)

sala da Direção Estadual, 1(uma) sala adaptada ao CAES e 1(uma) sala

adaptada à biblioteca do professor.

− 01(uma) sala de espera na ala administrativa, a qual é adaptada ao

atendimento de alunos com atividades acompanhadas pela Direção e/ou

Equipe Pedagógica.

− 01(uma) biblioteca estadual.

− 01(uma) sala de informática PROEM.

− 01(um) laboratório de Ciências, Química, Física e Biologia.

− 04 almoxarifados, sendo 01(um) almoxarifado interno juntamente com as salas

administrativas; 01(um) almoxarifado externo, o qual é utilizado para material

de limpeza; 01(um) almoxarifado na sala de informática PROEM; 01(um)

almoxarifado na biblioteca dos alunos.

− 01(uma) sala de reunião, a qual é adaptada à biblioteca da Escola Municipal.

− 15(quinze) salas de aula, sendo que 01 sala é adaptada ao Laboratório de

Informática Paraná Digital; 01 sala é adaptada à sala de professores e

academia, sendo dividida por paredes de madeirite.

− 02(duas) salas com medidas aproximadas de 6m X 3m que são adaptadas à

sala de recursos de 5ª a 8ª série do Colégio Estadual José Siqueira Rosas –

Ensino Fundamental e Médio e Classe Especial de 1ª a 4ª Série, Escola

Municipal Vereador José Rodrigues.

− 02(dois) banheiros de professores, sendo 01 masculino e 01 feminino,

localizados na ala administrativa.

− 01(um) banheiro no Laboratório de Informática PROEM.

− 01(um) banheiro na biblioteca estadual.

− 03(três) banheiros masculinos para alunos, localizados no saguão.

− 03(três) banheiros femininos para alunos, localizados no saguão.

− 01(uma) cozinha.

− 01(um) pequeno refeitório.

− 01(um) saguão e 06 corredores amplos.

− 01 (uma) quadra desportiva coberta.

− 01 (uma) pequena praça com mesas e bancos de concreto.

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− 01 (uma) horta.

A disposição das salas de aula é desfavorável em relação à posição

do sol no período vespertino, pois os raios solares incidem diretamente nas

janelas causando muito calor e desconforto, que mesmo com uso de

ventiladores a temperatura permanece muito alta.

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3. OBJETIVOS GERAIS:

Fortalecer o trabalho coletivo, possibilitando a participação da comunidade

escolar nos processos decisórios no interior da escola, levando em

consideração os seguintes aspectos:

a) Finalidade social da educação – ensinar os conhecimentos culturais,

universais, científicos, artísticos e filosóficos, levando o educando a

compreender e (re) elaborar a sua prática pela via da realidade.

b) Formação continuada dos educadores – estimular a formação continuada

no interior da escola, de forma a refletir criticamente teoria e prática,

visando a melhoria do processo ensino e aprendizagem, incluindo a

educação básica (5ª a 8ª série do Ensino Fundamental e Ensino Médio); os

Programas CELEM – Espanhol, Sala de Apoio e Viva a Escola; o Ensino

Profissionalizante (Pós Médio e Formação de Docentes) e também

temáticas que envolvem a diversidade e os desafios educacionais

contemporâneos.

c) Políticas Públicas do Paraná – garantir os direitos constitucionais a

população que frequenta a escola pública, tendo como principal

embasamento a Constituição Federal de 1988 e a LDB 9496/96 que reza

em seus artigos:

A educação, direito de todos e dever da família e do estado, inspirada nos

princípios da liberdade e nos ideais de solidariedade humana, tem por

finalidade o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o

exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.

d) Garantir o princípio da igualdade e gratuidade a todos que frequentam a

escola, com respeito a diversidade existente.

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4. MARCO SITUACIONAL

Vivemos em um país rico, mas com uma grande diferença de distribuição

de renda, em uma sociedade exportadora de alimento e com uma parte de seu

povo passando fome. Não há o comprometimento com o bem estar geral da

população. Existe a corrupção que fere a todos. Falta moradia, saúde, educação,

enquanto a renda do país centraliza nas mãos de uma pequena parcela da

população. O consumismo está inserido fortemente nas crianças e jovens, o que

gera a competição e o individualismo. Os limites são extrapolados. O preconceito

ainda é enraizado. São elaboradas as leis, porém não há o cumprimento fiel de

forma justa e igualitária. A violência e o desrespeito à vida vêm aumentando a

cada dia.

Neste contexto, situa a escola, que surgiu com a chegada dos jesuítas

com o objetivo em catequizar os índios. Com o passar do tempo, esta entidade foi

sofrendo transformações gradativas e novas escolas foram surgindo, com

aplicação de critérios pré-definidos. O professor era então, a imagem central.

Somente prosseguia os estudos com os alunos que realmente tinham interesse

em aprender. Inicialmente atendia apenas os filhos da elite dominante. A partir da

revolução industrial, conforme a demanda de crescimento da produção de mão de

obra foi necessária a criação de novas escolas para o aperfeiçoamento ao

trabalho. Ao longo do tempo, a escola vem assumindo um papel “paternalista”. Há

uma preocupação em proteger e incluir a criança e adolescente ao meio escolar.

Passando a obrigatoriedade da presença da criança e adolescente na escola,

aumenta também o desinteresse à aprendizagem. Pois, muitos não encontram

objetivos na escola formal.

Buscando formar cidadãos conscientes e críticos de seu papel social, o

Colégio Estadual José Siqueira Rosas – Ensino Fundamental e Médio, situado na

cidade de Rosário do Ivaí, Paraná, desenvolve uma prática voltada à

disseminação do conhecimento por meio das disciplinas curriculares.

Deparamos com educandos de famílias bastante diversificadas. Os alunos

são oriundos da zona rural e urbana. A cultura familiar é muito diferenciada,

sendo que a minoria acompanha a vida escolar de seus filhos. Quando

convocados para reunião de Pais / Mães ou Responsáveis, no Ensino

Fundamental, temos um índice aproximado de 30% (trinta por cento) de

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ausências, enquanto que no Ensino Médio, esse índice se eleva para

aproximadamente 70% ( setenta por cento). Há alunos preocupados com o

futuro, apresentando projeto de vida e trabalho. São criativos, organizados,

responsáveis e participativos. Por outro lado, há outra parte que anseiam apenas

o “certificado” de conclusão de curso, não havendo, no entanto, a preocupação

com a verdadeira aprendizagem. Estão inclusos também nesse universo, crianças

e adolescentes que permanecem na escola por insistência dos pais ou poder

público (exigência do conselho tutelar, recebimento de bolsa escola, bolsa família,

etc.). Uma grande parte dos alunos é desmotivada em relação aos estudos, o que

colabora com a indisciplina em sala de aula. Dentre esses alunos, muitos são

educados por avós, tios, somente pai ou mãe, ou ainda adotados por outras

famílias. Apresentam grande carência afetiva, cultural e econômica. Apresentam

ainda, grande dificuldade em leitura e escrita, bem como dificuldades acentuadas

de relacionamento e baixas perspectivas aos estudos.

Contamos com profissionais comprometidos com o seu trabalho, sendo

conscientes da importância da formação do cidadão participante no meio em que

vive. Buscam sempre atualizar os seus conhecimentos e sua prática cotidiana.

Por outro lado, existem profissionais carentes de motivação, que esperam que

outros façam por si as mudanças necessárias ao ambiente de trabalho.

A cada início de ano letivo é feita reflexão conjunta entre os profissionais,

buscando destacar os aspectos positivos, negativos e sugestões para a (re)

tomada de decisões ao novo ano letivo. Porém, mesmo as ações sendo

planejadas em conjunto, ainda há muitas dificuldades na efetivação das mesmas,

devido à falta de comprometimento de alguns profissionais, que não contrapõem

a posição do grupo na tomada de decisões, mas atuam contraditoriamente. Isso

faz com que no dia-a-dia escolar as tarefas tomem formas indefinidas. Fato este,

que contribui ainda mais para a indisciplina escolar. O regulamento não é o

mesmo para todos. As regras pré estabelecidas, se tornam confusas aos

educandos, que extrapolam os próprios limites, não conseguindo distinguir o certo

e errado. Contribui ainda com a indisciplina, a diversidade existente em uma

mesma sala de aula, tais como: alunos com dificuldades acentuadas de

aprendizagem; a defasagem idade e série que embora pequena, ainda causa

grandes conflitos entre educandos de idades diferentes; a inclusão de alunos com

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necessidades educativas especiais na sala regular, sendo que os profissionais

ainda buscam o aperfeiçoamento para a integração desses educandos. Há ainda

pouco entendimento desse processo pelos profissionais que atuam diretamente

com o aluno em sala de aula.

Proporcionando um melhor entendimento às questões pedagógicas, a

escola realiza a formação continuada através de grupos de estudos disciplinares

e temáticos aos sábados, semanas pedagógicas, dentre outros cursos

determinados pela SEED, reuniões pedagógicas com reflexões relacionando

teoria e prática.

Conforme consta na identificação, no item caracterização do atendimento:

curso, turmas e horários, o Colégio Estadual José Siqueira Rosas – Ensino

Fundamental e Médio funciona em três turnos, sendo no período matutino Ensino

Fundamental (5ª a 8ª série), Ensino Médio por Blocos de Disciplinas Semestrais,

Sala de Apoio em Língua Portuguesa e Matemática, CAES (Centro de

Atendimento Especializado em Surdez) e Sala de Recursos; no período

vespertino Ensino Fundamental (5ª a 8ª série), Projeto de Complementação

Curricular (Viva a Escola), sendo uma turma em Brincadeiras e Jogos Intelectivos

e uma turma de Preparação para o Vestibular, CELEM (Centro de Língua

Estrangeira Moderna) Espanhol, o qual atende alunos(as) do Ensino Médio e

comunidade. Ainda neste turno, é oferecido também o Curso de Formação de

Docentes de forma descentralizada através do Colégio Estadual Barbosa Ferraz.

No período noturno Ensino Médio por Blocos de Disciplinas e CELEM - Espanhol.

As atividades escolares iniciam às sete horas e trinta minutos e encerram às vinte

e duas horas e cinquenta minutos, com pequenos intervalos entre um turno e

outro, de segunda a sexta-feira. A carga horária é dividida em horas aulas, com

cinquenta minutos cada, no período matutino e vespertino. No período noturno, as

três primeiras aulas são de 50 minutos e as duas últimas aulas de 45 minutos.

Devido aos pequenos intervalos entre os turnos, há dificuldades em

manter a chegada ou saída regular dos alunos oriundos da zona rural,

respeitando o início ou final das aulas. O tempo gasto com a ida e retorno de

algumas linhas de transporte escolar é maior do que o tempo disponibilizado.

Dentre a população atendida, 52% são da zona urbana e 48% são da

zona rural.

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O perfil da população atendida é bastante distinto em cada turno. No

período matutino, a maioria da população atendida é da zona urbana, enquanto,

uma pequena parcela, são residentes em zona rural. Dos alunos/as provenientes

da zona rural, a maior parte está no Ensino Médio, cujo, os responsáveis não

permitem a matrícula no período noturno. No período vespertino, a maior parte

dos/as educandos/as é proveniente da zona rural e alguns da zona urbana.

Dentre os/as alunos/as oriundos da zona rural grande parte é de localidades

muito distantes e de difícil acesso, sendo que muitos percorrem uma longa

distância até o ponto de ônibus mais próximo. O período noturno também conta

com a maior população proveniente da zona rural. A maioria, neste turno, estudou

o Ensino Fundamental no período vespertino. Atualmente, são trabalhadores,

havendo a necessidade em frequentar o ensino noturno. Também, neste turno, há

uma parcela menor, residentes na zona urbana, os quais desenvolvem algum

trabalho, formal ou informal no período diurno.

Devido ao trabalho durante o dia, muitas vezes, os estudantes do período

noturno, chegam à escola cansados e desmotivados para os estudos, dificultando

a realização das atividades em sala de aula.

O Colégio Estadual José Siqueira Rosas – Ensino Fundamental e Médio,

funciona em dualidade com a Escola Municipal Vereador José Rodrigues –

Ensino Fundamental (1ª a 4ª série). Por isso, não são supridas as necessidades

da escola com relação ao espaço físico. A incompatibilidade de horários entre as

escolas causam tumulto, como por exemplo, o recreio e a saída em horários

diferenciados. O trabalho do professor que permanece em sala de aula com seus

alunos é bastante árduo neste momento, tendo que alterar a voz para ser ouvido

e diversificar as atividades buscando prender a atenção que se volta para o

exterior da sala de aula. Existem também as contradições funcionais entre as

escolas, sendo muitas vezes causa de desmotivação com o ambiente de trabalho.

Soma a isso, a faixa etária dos educandos, que varia entre 05 a 17 anos. Há

intrigas constantes entre educandos menores e maiores, envolvendo as famílias

que sentem que o filho menor foi lesado, mesmo tendo sido causa de

desentendimento.

Temos ainda o “Bullying” que tem se tornado uma prática comum no

contexto educativo.

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Para dar suporte as atividades pedagógicas, a escola conta com

laboratório de ciências físicas e biológicas, 2 laboratórios de informática, sendo 1

Paraná digital e 1 PROINFO, o qual foi instalado em 23 de setembro de 2010,

biblioteca do professor, biblioteca do aluno, quadra de esportes com cobertura.

Dentre os recursos materiais podemos citar a TV multimídia em todas as salas de

aulas e kits pedagógicos por disciplinas (materiais encaminhados pela SEED).

Contamos também com DVD, aparelho de som, retroprojetor, data show,

notebook, os quais foram adquiridos com recursos pela APMF, dentre outros. No

pátio da escola há um pequeno jardim com bancos e mesas de jogos, sendo

ponto de lazer aos estudantes. Há também um pequeno refeitório que contribui

para as refeições dos alunos/as.

Para a organização e distribuição de turmas segue a ordem de

distribuição de aulas da SEED, dando ao professor o direito de escolha de acordo

com a sua classificação.

A hora-atividade é organizada dentro da possibilidade, de acordo com os

critérios estabelecidos pelo NRE, optando pela distribuição por área disciplinar.

Isso possibilita o encontro de professores de áreas afins, podendo formar grupos

de estudos e possibilitando o atendimento da equipe pedagógica ao

esclarecimento de dúvidas e informações necessárias.

A inclusão escolar vem ocorrendo ao longo do tempo através de um

processo lento e contínuo, conforme as necessidades que são apresentadas,

buscando evitar atropelos e distúrbios, que ao invés de acolher e desenvolver as

pessoas com deficiências intelectuais, auditivas, visuais, físicas, transtornos

globais do desenvolvimento, altas habilidades e super dotação, e surdo cegueira,

possa segregar ainda mais do convívio social devido à falta de estrutura física,

material e humana para atender esses educandos.

A escola conta atualmente com o C.A.E./DA (Centro de Atendimento

Especializado – Deficiência Auditiva) para surdos e também uma Sala de

Recursos, tendo em suas propostas os seguintes objetivos:

− Incluir no planejamento anual das diferentes disciplinas a adaptação curricular

aos alunos portadores de necessidades educativas especiais;

− Conscientizar os profissionais da educação, alunos e comunidade sobre a

inclusão, através de seminários, grupos de estudos, dinâmicas de grupos, etc.;

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− Incentivar a participação de todos os alunos em atividades extracurriculares,

objetivando a integração entre os ditos normais com os que apresentam

necessidades educacionais especiais;

− Proporcionar aos educadores, como agente de transformação social,

momentos de reflexão crítica a respeito de questões ético – político -

educacionais, que interferem na vida escolar e consequentemente aos

educandos com necessidades educacionais especiais;

− Impulsionar a capacitação de professores, buscando através da SEED, cursos

que ofereçam orientações para o atendimento aos alunos com necessidades

educacionais especiais;

− Realizar a avaliação pedagógica dos alunos com dificuldades de

aprendizagem, coordenada pelo/a pedagogo/a e acompanhada pela

professora de sala de recursos e professora do CAES para possíveis

encaminhamentos ao atendimento especializado, apoio ou adaptação

curricular.

Está sendo implantada para 2010, através do Ministério da Educação

(MEC) por intermédio da Secretaria de Educação Especial (SEESP) em

parceria com a Secretaria de Educação Estadual (SEED), a Sala de Recursos

Multifuncional, criada através do Plano de Desenvolvimento da Educação –

PDE, com objetivo de apoiar, a oferta do Atendimento Educacional

Especializado – AEE, para complementar e suplementar a escolarização de

alunos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas

habilidades/super dotação matriculados em sala regular.

Segue abaixo material recebido em 2009, para a implantação da Sala de

Recursos Multifuncional:

Nº DE ORDEM

QUANTIDADE ESPECIFICAÇÃO

1 2 Computadores

2 2 Estabilizadores

3 1 Impressora laser

4 1 Scanner

5 1 Teclado com colmeias

6 1 Mouse

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7 1 Acionador de pressão

8 1 Lap Top

9 1 Sofware para comunicação aumentativa e alternativa

10 1 Material Dourado

11 1 Tapete alfabético encaixado

12 1 Memória de numerais

13 1 Alfabeto de Braille

14 1 Quebra cabeças sobrepostos

15 1 Dominó de animais em Libras

16 1 Dominó de frutas em Libras

17 1 Dominó tátil

18 1 Memória tátil

19 1 Dominó de associações de idéias

20 1 Dominó de associação de frases

21 1 Bandinha rítmica

22 1 Sacolão criativo

23 1 Esquema corporal

24 1 Lupa eletrônica

25 1 Kit de lupas manuais

26 1 Plano inclinado – suporte leitura

27 1 Mesa redonda

28 4 Cadeiras

29 2 Mesas para computador

30 2 Cadeiras para computador

31 1 Armário

32 1 Mesa para impressora

33 1 Quadro branco Aos alunos/as matriculados/as na 5ª série, que apresentam defasagem na

aprendizagem, são oferecidas aulas de apoio em Língua Portuguesa e

Matemática em contra turno, sendo contemplado o turno com mais de uma turma.

A abertura de demanda para sala de apoio é autorizada pela SEED. Atualmente o

amparo legal está estabelecido na Resolução nº 371/2008 e a Instrução nº

022/2008 – SUED/SEED.

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Para suprir as necessidades de aprendizagem, as atividades de sala de

apoio deveriam ser ampliadas para as demais séries do Ensino Fundamental.

Pois, é alto o índice de defasagem de conteúdos também nas demais séries,

estendendo até o Ensino Médio. Essa defasagem dificulta o aprendizado e

acompanhamento na série específica, tornando muitas vezes desmotivador o

ensino e aprendizagem.

As temáticas, incluindo a diversidade e os desafios educacionais

contemporâneos são desenvolvidas no contexto das aulas, complementando os

conteúdos afins, ou ainda conforme a necessidade apresentada nas turmas.

Porém, muitas vezes, há dificuldades entre os docentes ao explorar assuntos

complexos a sua disciplina. É observável o debate de temas que vinculam

diretamente aos conteúdos disciplinares.

Para complementação curricular, é desenvolvido atualmente o programa

Viva a Escola em contra turno, sendo uma turma de Preparação para o Vestibular

– Ensino Médio e uma turma de Brincadeiras e Jogos Intelectivos – Ensino

Fundamental. Ambas as turmas funcionam no período vespertino.

Dados Estatísticos de Aprovação, Reprovação e Evasão de 2008 e 2009:

Ensino Fundamental

Ano Aprovação Reprovação Abandono Transferência

2008 88,00% 8,00% 0,00% 4,00%

2009 88,00% 6,00% 2,00% 4,00%

Ensino MédioAno Aprovação Reprovação Abandono Transferência

2008 87,00% 3,00% 4,00% 6,00%

2009 86,00% 3,00% 7,00% 4,00%

Conforme apresentam as tabelas acima, o Ensino Fundamental manteve

de um ano para o outro o índice de aprovação, diminuindo minimamente a taxa de

reprovação, porém contrapondo tal diferença em taxa de abandono. Isso se aplica

aos/as alunos/as em defasagem idade e série, os quais não esperam a conclusão

do ano letivo. Começam com faltas esporádicas, tornando em seguida

subsequente, até que não retornam mais a escola. Alguns retornam no ano

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subsequente, outros conseguem trabalho e não retornam mais. Às vezes, se

matriculam no EJA (educação de jovens e adultos), no período noturno.

No Ensino Médio, houve uma pequena defasagem da taxa de aprovação,

mantendo o mesmo índice de reprovação e aumentando a taxa de abandono.

Considera aqui, a desistência pela busca de empregabilidade, sendo que no ano

de 2008 a saída com intenções em continuar os estudos foi maior, comprovado

por transferências.

Somando o índice de abandono e transferência do Ensino Médio nos dois

últimos anos, observa-se uma equivalência.

Sistema de Avaliação

O Sistema de Avaliação tem como base legal o Regimento Escolar do

Estabelecimento de Ensino. Porém, há ainda algumas distorções na prática

avaliativa, devido às mudanças ocorridas nos últimos anos. Passamos ainda, por

um processo de construção, conscientização e amadurecimento tanto pelos

profissionais ligados direta ou indiretamente com a avaliação, quanto por

alunos/as e seus responsáveis. O mesmo acontece com a recuperação, a qual é

concomitante ao processo ensino e aprendizagem. Porém, ainda é vista como

algo pontual, apenas para suprimento de notas.

Desempenho nas Avaliações Externas Institucionais

Os resultados das avaliações externas (Enem, Prova Brasil, Olimpíada de

Matemática e outras), são utilizados como parâmetros para revisão da prática

pedagógica no início de cada ano letivo.

A posição da escola com relação ao IDEB nos três últimos anos é a

seguinte:

IDEB Observado Metas Projetadas

2005 2007 2009 2007 2009 2011 2013 2015 2017 2019 2021

3,4 3,9 4 3,4 3,6 3,9 4,3 4,6 4,9 5,2 5,4

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Os resultados servem como estudos nas semanas pedagógicas e

posteriormente são afixados em edital para divulgação a toda a comunidade

escolar.

Para acessar os resultados e metas do IDEB, o MEC disponibilizou o

seguinte endereço: <http://portalideb.inep.gov.br>.

Gestão Democrática

- Eleição para diretor: segue resolução da SEED.

− Conselho Escolar: é eleito o representante pelos seus pares através

do voto secreto ou não, de acordo com o consenso de cada setor.

− APMF: são indicados os representantes em assembleia geral, sendo

formada chapa única. A eleição é realizada por aclamação.

A participação dessas instâncias na escola acontece, na maioria das

vezes, de forma extraordinária, quando convocados pela direção. Porém, quando

convocados, comparecem assiduamente e fazem parte das discussões e

decisões.

A dificuldade maior acontece com a formação desses órgãos. Há uma

forte resistência, até mesmo pelos profissionais, fazendo com que persista a

chapa única para a APMF, contrariando a vontade de seus integrantes e o

Conselho Escolar assumindo por indicação de seus pares, nunca por decisão

própria em concorrer ao cargo.

− Grêmio Estudantil: a formação do Grêmio Estudantil apresenta como

plano de ação, ainda não executado.

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4. MARCO CONCEITUAL

Ao pressupormos o ser humano como agente social transformador,

queremos formar o sujeito crítico, reflexivo, participativo e atuante. Que aprenda a

ser antes de tudo incorruptível, honesto e compromissado com o seu tempo.

Somente assim, a sociedade pode ter um pouco de esperança em ser mais justa

e igualitária. É necessário mobilizar no sentido que cada um faça a sua parte. Um

bom exemplo a ser trabalhado é o verdadeiro papel da família dentro da

sociedade. Sentimos a necessidade da participação da família no processo

educacional da criança, pois esta instituição é o ponto de referência do ser

humano. Queremos uma educação democrática e de qualidade onde possa haver

interação entre administração, professores, funcionários, alunos e seus

respectivos responsáveis, sendo respeitadas as hierarquias existentes. Que cada

um ocupe o seu espaço com responsabilidade, fazendo cumprir os deveres e

reclamando os direitos.

A partir deste embasamento, a escola deve estar engajada com a família,

que é a base da educação, podendo transformar o educando em um cidadão

capaz de pensar e agir conscientemente, buscando seus objetivos em ambas as

instituições. Para isso, a escola deve ter autonomia, para que os profissionais

possam repensar o ato pedagógico, podendo mudar critérios de acordo com a

realidade da escola e comunidade escolar, dentro de uma pedagogia que

contemple o conhecimento científico historicamente produzido, tendo como ponto

de partida o contexto social e ponto de chegada à construção do novo

conhecimento perpassado pelo campo teórico.

O funcionamento escolar deve ocorrer de forma organizada, garantindo a

dignidade de seu dever. O trabalho no seio da escola, dentro da sala de aula e no

cotidiano das atividades formativas deve levar os alunos a incorporar

conhecimentos e comportamentos que levem a uma transformação para uma

sociedade mais justa e humana, priorizando uma educação de qualidade, em que

o aluno seja o foco, podendo ser o autor de sua própria aprendizagem, partindo

do respeito pelo que cada um idealiza. Na sala de aula, professores/as e

alunos/as deverão ter sincronismo para que a educação seja um desenvolver de

habilidades para o crescimento de ambos.

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No processo ensino e aprendizagem, o/a professor/a é o/a articulador/a

por meio do conhecimento histórico científico. De forma reflexiva, atuará partindo

do conhecimento empírico para o campo teórico, com o objetivo de formação de

um novo conhecimento para mudança social do/a aluno/a.

Os profissionais da escola deverão conhecer e resolver os problemas

existentes, a partir de um processo coletivo de avaliação diagnóstica, propondo

alternativas de compromisso com os resultados da organização do próprio

trabalho, (re) tomando as decisões quando necessárias, em todos os ângulos da

escola.

É importante neste momento, que faça presente a autoavaliação, cada

qual, colocando no lugar do outro e detectando as próprias falhas.

Os/as alunos/as deverão ser comprometidos para o desenvolvimento da

capacidade intelectual, com objetivos de vida, sendo a escola realmente um local

de ensino e aprendizagem. Serem capazes de raciocinar, questionar, projetar e

descobrir formas para atingir objetivos exercendo sua autonomia com criatividade

e responsabilidade.

Os/as professores/as deverão exercer a autoridade competente à sua

função, de forma a não cair no autoritarismo, tendo autonomia e liberdade de

ação com comprometimento e estímulo ao desenvolvimento do processo ensino e

aprendizagem, sendo o/a mediador/a, com princípios centralizados na busca da

qualidade no ensino e comprometimento na tarefa de educador/a, visando à

formação de cidadãos críticos, reflexivos e responsáveis por suas ações.

Aos Agentes Educacionais I e II, devem ser possibilitadas as condições

dignas de trabalho, para que possam exercer suas respectivas funções

participando do processo educativo na escola. Que sejam comprometidos e

envolvidos com o conhecimento escolar, sendo preparados em sua função,

procurando sempre instaurar de forma organizada e participando efetivamente

nas discussões e decisões da escola.

O ambiente escolar e o sistema educacional deverá ofertar subsídios para

melhoria da prática pedagógica e administrativa, tais como: cursos de capacitação

continuada com carga horária condizente para elevação de nível do professor ou

funcionário, de acordo com a exigência de pontuação da SEED, valorização

salarial, condições de trabalho, recursos didáticos, físicos e materiais, dedicação

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integral às questões educacionais e a ampliação da hora – atividade para estudos

e produções, buscando o aperfeiçoamento profissional.

Na escola deverá prevalecer uma relação democrática, onde todos têm

autonomia no cotidiano pedagógico e participação conjunta nas decisões e ações

a serem desenvolvidas, tornando cúmplices no papel de ensinar e aprender.

A gestão democrática da escola está intimamente associada à qualidade

ético-política da educação que defende a formação do cidadão, na perspectiva de

sua emancipação intelectual e social.

A escola defende a gestão democrática como forma de organização

sócio-política, cuja opção fundamental é a garantia da qualidade educacional para

todos.

As relações com a comunidade escolar redimensionam os aparelhos de

gestão participativa (Conselho Escolar, Conselho de Classe, APMF, Eleição de

Diretor e outros), organizando coletivamente formas de enfrentamento aos

crescentes desafios próprios do exercício da cidadania.

Conselho Escolar:

É o órgão máximo de direção da escola pública, instituído em função do

princípio constitucional da democracia e colegialidade de acordo com a

deliberação 016/99 do Conselho Estadual de Educação. O Conselho Escolar é

um órgão colegiado de natureza consultiva, deliberativa e fiscal, e tem como

principal atribuição colaborar com a organização e realização das atividades

pedagógicas.

O funcionamento do Conselho Escolar é regido por estatuto próprio, no

qual são definidos seus objetivos, sua natureza e os mecanismos e

procedimentos que regulam seu funcionamento.

O Conselho Escolar deve atuar, de forma a contribuir com o trabalho do

gestor escolar, legitimando suas decisões, colaborando na execução de algumas

ações e monitorando os resultados alcançados.

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Conselho de Classe:

É um órgão colegiado de natureza consultiva e deliberativa em assuntos

didáticos pedagógicos, fundamentado no Regimento Escolar, com a

responsabilidade de analisar as ações educacionais, indicando alternativas que

busquem garantir a efetivação do processo ensino e aprendizagem.

APMF (Associações de Pais, Mestres e Funcionários):

A Associação de Pais, Mestres e Funcionários – APMF, pessoa jurídica

de direito privado, é um órgão de representação dos pais, mestres e funcionários

do estabelecimento de ensino, sem caráter político partidário, religioso racial e

nem fins lucrativos, não sendo remunerados os seus dirigentes e conselheiros,

sendo constituída por prazo determinado. É regida por estatuto próprio.

A APMF exerce a função da representatividade da comunidade que

estamos inseridos. É a instância privilegiada para fazer acontecer a participação

efetiva dos pais / mães e/ou responsáveis na vida da Escola. Assim a APMF pode

contribuir de maneira fundamental para a melhoria da qualidade de ensino através

da democratização das discussões e decisões e do apoio efetivo às ações

voltadas aos objetivos da Escola.

É através da APMF, por exemplo, que a gestão dos recursos financeiros

podem se tornar um processo efetivo de discussão e decisão democrática, uma

vez que a maior parte dos recursos destinados à escola é movimentada por este

órgão. A aplicação desses recursos só pode ser feita depois de aprovação em

Assembleia Geral.

Eleição de Diretor:

É o mecanismo no processo de gestão democrática, vivenciada pela

escola. O processo de consulta à comunidade escolar para a escolha de diretor e

diretor auxiliar é realizado através do voto direto e secreto, garantindo três anos

de mandato à chapa eleita, a qual tem o direito à re-eleição por três mandatos

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consecutivos. Esse processo é feito conforme instruções deliberadas pela

Assessoria Jurídica da Secretaria de Estado da Educação.

Uma vez eleito, o Diretor e Diretor auxiliar deverá manter uma relação

democrática com a comunidade escolar, voltado a uma administração

transparente e participativa com os pais / mães e/ou responsáveis, alunos/as,

professores/as, funcionários/as e comunidade. Caberá a ele, dirigir o Projeto

Político Pedagógico da Escola, cumprindo e fazendo cumprir as determinações

contidas nesse documento.

A universalização do acesso e da permanência do aluno com vistas à

aprendizagem e qualidade exige uma inclusão efetiva de todos os sujeitos no

processo educativo.

A opção pelo trabalho e decisões coletivas fundamentam político e

pedagogicamente a instituição educativa na construção da igualdade e da recusa

permanente à discriminação e à violência, ao mesmo tempo que enfatizam e

estimulam as experiências estudantis e profissionais dos diferentes segmentos da

comunidade escolar.

Desta forma, é preciso repensar as tarefas específicas no interior da

escola. Dentre elas: a natureza educativa e a valorização do trabalho dos Agentes

Educacionais I e II, seja na limpeza, na preparação dos alimentos, na digitação de

documentos, na organização de livros e documentos da biblioteca escolar, na

organização e digitação da documentação da secretaria escolar; o compromisso

ético-político de professores/as e pedagogas na realização de uma prática

pedagógica que assegure a apropriação dos conhecimentos articulados aos

interesses e necessidades da classe trabalhadora; a existência de uma estreita

relação ensino/aprendizagem, no sentido de que a aprendizagem exige

disposição em querer aprender, portanto é imprescindível a disciplina e esforço

pessoal, que pela intervenção do professor assegura as condições necessárias à

qualidade e autonomia dos processos e dos sujeitos.

Assim, discute criticamente, a participação dos pais / mães e/ou

responsáveis. A ideia de corresponsabilidade dos pais / mães e/ou responsáveis

no processo educativo de seus filhos/as define o caráter de sua participação

como fator indispensável na construção de um projeto de educação para a

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sociedade. Tal luta viabiliza a humanização de seus filhos/as. Esse processo de

humanização significa o direito à socialização do saber e apropriação dos

instrumentos necessários à formação de sua consciência profissional, social e

política para enfrentar e denunciar o caráter excludente das práticas políticas e

econômicas da sociedade contemporânea.

A participação dos pais / mães e/ou responsáveis constitui compromisso

em um projeto de emancipação social que instrumentaliza a população para o

exercício da cidadania, cuja dimensão fundamental é o direito à educação pública,

gratuita e de qualidade, para todos/as redefinindo o papel do Estado e o seu

financiamento.

Para isso, a tarefa educacional realizada na instituição escolar, deverá ser

direcionada a partir de um currículo, no qual possa estampar as intenções do

ensino, através de seus conteúdos, métodos e técnicas.

Assim, o currículo pode ser descrito como um projeto educacional

planejado e desenvolvido a partir de uma seleção da cultura e das experiências

das quais deseja que as novas gerações participem, a fim de socializar e

capacitar para serem cidadãos solidários, responsáveis e democráticos.

A instituição escolar estimula e ajuda os alunos a compreender e

comprometer com a experiência acumulada pela humanidade e, mais

concretamente, com a sociedade na qual vivem. A partir daí, o currículo está

pautado no planejamento, nas oportunidades, nas experiências e nas atividades

de amadurecimento e trabalho coletivo, envolvendo toda a comunidade escolar.

Almejamos que o trabalho de sala de apoio seja ampliado para o

atendimento de alunos de 6a e 7a séries, sendo que os professores dessa

modalidade tenham cursos contínuos de capacitação para suprir a necessidade

de conhecimentos sobre alfabetização e defasagem de conteúdos. Também, o

mesmo professor dará continuidade neste trabalho em anos posteriores, devendo

assim evitar a rotatividade.

É necessário ainda, que as salas de 5ª série possam contar com a

presença de um professor permanente em sala de aula para auxiliar os demais

docentes e acompanhar o desenvolvimento dos alunos de forma mais próxima e

contínua.

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Concepção de Ensino e Aprendizagem

O ensino e aprendizagem na Pedagogia Histórico Crítica, a qual é

defendida pela SEED (Secretaria de Estado da Educação) no atual momento

histórico, é concebido a partir do saber sistematizado e historicamente acumulado

pela humanidade, tornando este, fonte para um novo conhecimento, produzido a

partir de problematizações e novas relações com o conhecimento já existente.

Portanto, acontece o ensino e aprendizagem, quando há a transformação para

um novo pensamento entre professor (que é o condutor do processo) e aluno. Há

o crescimento intelectual mútuo.

Organização Curricular

A organização curricular obedecerá aos critérios determinados pela SEED

(Secretaria de Estado da Educação), sendo atualmente realizada a divisão por

disciplinas vinculadas aos conteúdos estruturantes, básicos e específicos de cada

série, os quais são determinados pelas Diretrizes Curriculares Estaduais (DCEs) e

expressos na Proposta Pedagógica Curricular (PPC) de cada disciplina e Plano

de Trabalho Docente (PTD) de cada professor e sua respectiva turma.

Prática Avaliativa

A avaliação é uma prática pedagógica intrínseca ao processo ensino e

aprendizagem, com a função de diagnosticar o nível de apropriação do

conhecimento pelo aluno. Deverá ser contínua, cumulativa e processual,

refletindo o desenvolvimento global do aluno e considerar as características

individuais deste no conjunto dos componentes curriculares cursados, com

preponderância dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos.

SEED, 2009, p. 21-23, conceitua a avaliação no processo educativo da

seguinte forma:

No processo educativo, a avaliação deve se fazer presente, tanto como meio de diagnóstico do processo ensino-aprendizagem quanto como instrumento de investigação da prática pedagógica, sempre

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com uma dimensão formadora, uma vez que, o fim desse processo é a aprendizagem, ou a verificação dela, mas também permitir que haja uma reflexão sobre a ação da prática pedagógica. Para cumprir essa função, a avaliação deve possibilitar o trabalho com o novo, numa dimensão criadora e criativa que envolva o ensino e a aprendizagem. Desta forma, se estabelecerá o verdadeiro sentido da avaliação: acompanhar o desempenho no presente, orientar as possibilidades de desempenho futuro e mudar as práticas insuficientes, apontando novos caminhos para superar problemas e fazer emergir novas práticas educativas (LIMA, 2002/2003). No cotidiano escolar, a avaliação é parte do trabalho dos professores. Tem por objetivo proporcionar-lhes subsídios para as decisões a serem tomadas a respeito do processo educativo que envolve professor e aluno no acesso ao conhecimento. É importante ressaltar que a avaliação se concretiza de acordo com o que se estabelece nos documentos escolares como o Projeto Político Pedagógico e, mais especificamente, a Proposta Pedagógica Curricular e o Plano de Trabalho Docente, documentos necessariamente fundamentados nas Diretrizes Curriculares. Esse projeto e sua realização explicitam, assim, a concepção de escola e de sociedade com que se trabalha e indicam que sujeitos se quer formar para a sociedade que se quer construir. Nestas Diretrizes Curriculares para a Educação Básica, propõe-se formar sujeitos que construam sentidos para o mundo, que compreendam criticamente o contexto social e histórico de que são frutos e que, pelo acesso ao conhecimento, sejam capazes de uma inserção cidadã e transformadora na sociedade. A avaliação, nesta perspectiva, visa contribuir para a compreensão das dificuldades de aprendizagem dos alunos, com vistas às mudanças necessárias para que essa aprendizagem se concretize e a escola se faça mais próxima da comunidade, da sociedade como um todo, no atual contexto histórico e no espaço onde os alunos estão inseridos. Não há sentido em processos avaliativos que apenas constatam o que o aluno aprendeu ou não aprendeu e o fazem refém dessas constatações, tomadas como sentenças definitivas. Se a proposição curricular visa à formação de sujeitos que se apropriam do conhecimento para compreender as relações humanas em suas contradições e conflitos, então a ação pedagógica que se realiza em sala de aula precisa contribuir para essa formação. Para concretizar esse objetivo, a avaliação escolar deve constituir um projeto de futuro social, pela intervenção da experiência do passado e compreensão do presente, num esforço coletivo a serviço da ação pedagógica, em movimentos na direção da aprendizagem do aluno, da qualificação do professor e da escola. Nas salas de aula, o professor é quem compreende a avaliação e a executa como um projeto intencional e planejado, que deve contemplar a expressão de conhecimento do aluno como referência uma aprendizagem continuada. No cotidiano das aulas, isso significa que: • é importante a compreensão de que uma atividade de avaliação situa-se entre a intenção e o resultado e que não se diferencia da atividade de ensino, porque ambas têm a intenção de ensinar;

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• no Plano de Trabalho Docente, ao definir os conteúdos específicos trabalhados naquele período de tempo, já se definem os critérios, estratégias e instrumentos de avaliação, para que professor e alunos conheçam os avanços e as dificuldades, tendo em vista a reorganização do trabalho docente; • os critérios de avaliação devem ser definidos pela intenção que orienta o ensino e explicitar os propósitos e a dimensão do que se avalia. Assim, os critérios são um elemento de grande importância no processo avaliativo, pois articulam todas as etapas da ação pedagógica; • os enunciados de atividades avaliativas devem ser claros e objetivos. Uma resposta insatisfatória, em muitos casos, não revela, em princípio, que o estudante não aprendeu o conteúdo, mas simplesmente que ele não entendeu o que lhe foi perguntado. Nesta circunstância, o difícil não é desempenhar a tarefa solicitada, mas sim compreender o que se pede; • os instrumentos de avaliação devem ser pensados e definidos de acordo com as possibilidades teórico-metodológicas que oferecem para avaliar os critérios estabelecidos. Por exemplo, para avaliar a capacidade e a qualidade argumentativa, a realização de um debate ou a produção de um texto serão mais adequados do que uma prova objetiva; • a utilização repetida e exclusiva de um mesmo tipo de instrumento de avaliação reduz a possibilidade de observar os diversos processos cognitivos dos alunos, tais como: memorização, observação, percepção, descrição, argumentação, análise crítica, interpretação, criatividade, formulação de hipóteses, entre outros; • uma atividade avaliativa representa, tão somente, um determinado momento e não todo processo de ensino-aprendizagem; • a recuperação de estudos deve acontecer a partir de uma lógica simples: os conteúdos selecionados para o ensino são importantes para a formação do aluno, então, é preciso investir em todas as estratégias e recursos possíveis para que ele aprenda. A recuperação é justamente isso: o esforço de retomar, de voltar ao conteúdo, de modificar os encaminhamentos metodológicos, para assegurar a possibilidade de aprendizagem. Nesse sentido, a recuperação da nota é simples decorrência da recuperação de conteúdo. Assim, a avaliação do processo ensino-aprendizagem, entendida como questão metodológica, de responsabilidade do professor, é determinada pela perspectiva de investigar para intervir. A seleção de conteúdos, os encaminhamentos metodológicos e a clareza dos critérios de avaliação elucidam a intencionalidade do ensino, enquanto a diversidade de instrumentos e técnicas de avaliação possibilita aos estudantes variadas oportunidades e maneiras de expressar seu conhecimento. Ao professor, cabe acompanhar a aprendizagem dos seus alunos e o desenvolvimento dos processos cognitivos. Por fim, destaca-se que a concepção de avaliação que permeia o currículo não pode ser uma escolha solitária do professor. A discussão sobre a avaliação deve envolver o coletivo da escola, para que todos (direção, equipe pedagógica, pais, alunos) assumam seus papéis e se concretize um trabalho pedagógico relevante para a formação dos alunos.

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Avaliação Institucional

A Avaliação Institucional, sob a perspectiva democrática, é o processo

que busca avaliar a instituição de forma global, contemplando os vários elementos

que a constituem em função de seu Projeto Político Pedagógico, a partir da

participação e da reflexão coletiva, a fim de diagnosticar a realidade institucional e

orientar a tomada de decisões.

A avaliação institucional deverá ser realizada o mais abertamente

possível, com a divulgação dos resultados.

Recuperação

A recuperação implica na retomada de conteúdos trabalhados pelo

professor, dos quais não houve a apropriação pelo aluno. Este processo de

avaliação incide sobre a aprendizagem do aluno e também sobre o “Ensino”, a

Metodologia, os instrumentos, etc. Contudo, de forma mais pontual e objetiva é

preciso rever o processo, retomar o conteúdo selecionado e possivelmente não

apropriado pelo aluno. É o momento em que o aluno deverá apropriar do

conteúdo não apreendido.

A recuperação de estudos se dará de forma permanente e concomitante,

ou seja, prosseguirá o processo ensino e aprendizagem, partindo dos conteúdos

subsequentes com retomadas aos conteúdos não apreendidos, conforme a

possibilidade de relação. Para complementar o aprendizado, o aluno deverá

realizar sob a orientação do professor, estudos extraclasses, buscando o pleno

domínio dos conteúdos não dominados anteriormente, os quais servirão de base

ao encaminhamento dos conteúdos futuros.

Para fins de verificação e registro, serão obedecidos aos critérios

estabelecidos em Regimento Escolar.

Os responsáveis serão comunicados dos resultados através do boletim

escolar, bimestralmente, em reunião ordinária, para esse fim. E, de forma

extraordinária, se fará através de convocação escrita ou outras formas de

comunicação para o comparecimento do responsável na escola, onde tomará

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ciência dos resultados e possíveis formas de acompanhamento ao educando com

dificuldades de aprendizagem e/ou comportamento.

Inclusão

Inclusão é a possibilidade de condições necessárias de aprendizagem a

todos os educandos.

A perspectiva da inclusão está contemplada nos princípios das ações da

SEED, tendo como eixos norteadores, as Diretrizes Curriculares, as quais

apresentam como linha condutora a universalização do acesso à escola pública,

gratuita e com qualidade para todos.

Aos educandos com necessidades educacionais especiais, deverão ser

oferecidas oportunidades favoráveis, buscando promover a participação nas

atividades desenvolvidas pelos demais colegas da sala de aula. Por isso, é

necessário ajustar as condições de aprendizagem de maneira a contribuir ao

desenvolvimento global do aluno, através das adaptações curriculares e do

atendimento educacional especializado (AEE).

Adaptações Curriculares

Adaptações Curriculares são recursos organizativos e didáticos

pedagógicos que objetivam ajustar a programação curricular às condições do

aluno no processo de ensino-aprendizagem. Implicam flexibilidade curricular e

trabalho simultâneo, cooperativo e participativo. Não se trata, portanto, do

desenvolvimento de um currículo. As adaptações curriculares podem ser de

pequeno porte (não significativas) e de grande porte (significativas), tendo em

vista a menor ou maior alteração no currículo regular. A maior parte constitui em

pequenos ajustes na programação no contexto natural da sala de aula.

Segundo Manjon (1995), as adaptações podem se organizar como se

segue:

1. OrganizativasNão- significativas (pequeno porte):- Agrupamento de alunos para a realização das atividades;- Organização didática da aula: conteúdos e objetivos; disposição física e de mobiliário; material didático;

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- Organização dos períodos: diversificação do tempo disponível.2. Relativas aos objetivos e conteúdos

Não- significativas (pequeno porte)- Priorização de áreas ou unidades de conteúdos funcionais essenciais e instrumentais para aprendizagens posteriores;- Priorização de objetivos que enfatizem capacidades e habilidades básicas de atenção, participação e adaptabilidade do aluno;- Sequenciação de conteúdos: de menor a maior complexibilidade.

3. AvaliativasNão- significativas (pequeno porte)- Adaptação nas técnicas e instrumentos de avaliação.

4. Nos procedimentos didáticos e nas atividadesNão- significativas (pequeno porte)- Utilização de métodos mais acessíveis;- Introdução de atividades complementares que requeiram habilidades diferenciadas;- Retomada de conteúdos já ministados;- Introdução de atividades que preparam o aluno para novas aprendizagens;- Introdução de atividades alternativas, além das planejadas para a turma;- Sequenciação e simplificação de tarefas considerando sua complexidade;- Uso de recursos de apoio (visuais, auditivos, gráficos, materiais manipulativos) para a compreensão dos conteúdos;- Utilização de recursos materiais: máquina braile, calculadora comum ou científica, etc.

5. Na temporalidadeNão- significativas (pequeno porte)- Alteração no tempo previsto para a realização de atividades e desenvolvimento de conteúdos;- Alteração no período para alcançar determinados objetivos. As adaptações curriculares não devem ser entendidas como um processo exclusivamente individual ou uma decisão restrita ao professor e aluno.Realizam-se em três níveis:1. No âmbito do projeto pedagógico – organização escolar e serviços de apoio. Possibilita:- flexibilização de critérios e procedimentos pedagógicos, levando em conta a diversidade dos alunos;- diversificação de técnicas, procedimentos e estratégias de ensino.2. No âmbito da sala de aula – destinam-se à programação da classe. Visam à real participação do aluno e sua aprendizagem.3. No âmbito individual – focalizam a atuação do professor na avaliação e no atendimento do aluno. Consideram seu nível de competência curricular e os fatores que interferem no processo de ensino- aprendizagem.Alguns aspectos devem ser previamente considerados para se identificar a necessidade de utilização das adaptações curriculares, em qualquer nível:- A real necessidade;

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- A avaliação do nível de competência curricular do aluno, tendo como referência o currículo regular;− Seu caráter processual, permitindo alterações constantes e graduais nas tomadas de decisão.

Atendimento Educacional Especializado (AEE)

O Decreto nº 6.571/2008 dispõe sobre o atendimento educacional

especializado, definido no parágrafo primeiro, artigo 1º, como o conjunto de

atividades, recursos de acessibilidade e pedagógicos organizados

institucionalmente e prestados de forma complementar ou suplementar à

formação dos alunos no ensino regular. No parágrafo 2º do mesmo artigo,

determina que o atendimento educacional especializado (AEE) integra a proposta

pedagógica da escola, envolvendo a participação da família e a articulação com

as demais políticas públicas.

Dentre as ações de apoio técnico e financeiro do Ministério da Educação

(MEC) previstas nesse Decreto, destaca, no artigo 3º, a implantação de salas de

recursos multifuncionais, definidas como “ambientes dotados de equipamentos,

mobiliários e materiais didáticos para a oferta do atendimento educacional

especializado”.

Para a implementação do Decreto nº 6.571/2008, a Resolução CNE/CEB

nº 4/2009, no art. 1º, estabelece que os sistemas de ensino devem matricular os

alunos público-alvo da educação especial nas classes comuns do ensino regular

e no atendimento educacional especializado, ofertados em salas de recursos

multifuncionais ou centros de atendimento educacional especializado da rede

pública ou de instituições comunitárias, confessionais ou filantrópicas sem fins

lucrativos; e no seu art. 4º define o público-alvo do AEE como:

I – Alunos com deficiência: aqueles que têm impedimentos de longo prazo de natureza física, intelectual, mental ou sensorial; II – Alunos com transtornos globais do desenvolvimento: aqueles que apresentam um quadro de alterações no desenvolvimento neuropsicomotor, comprometimento nas relações sociais, na comunicação ou estereotipias motoras. Incluem-se nessa definição alunos com autismo clássico, síndrome de Asperger, síndrome de Ret, transtorno desintegrativo da infância (psicoses) e transtornos invasivos sem outra especificação; III – Alunos com altas habilidades/superdotação: aqueles que apresentam um potencial elevado e grande envolvimento com as áreas de

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conhecimento humano, isoladas ou combinadas: intelectual, liderança, psicomotora, artes e criatividade.

A elaboração e execução do Plano de AEE são de competência dos

professores que atuam na Sala de Recursos Multifuncional em articulação com os

demais professores do ensino comum, com a participação da família e em

interface com os demais serviços setoriais.

Organização:

I – sala de recursos multifuncionais: espaço físico, mobiliário, materiais didáticos, recursos pedagógicos e de acessibilidade e equipamentos específicos; II – matrícula no AEE de alunos matriculados no ensino regular da própria escola ou de outra escola; III – cronograma de atendimento dos alunos; IV – plano do AEE: identificação das necessidades educacionais específicas dos alunos, definição dos recursos necessários e das atividades a serem desenvolvidas; V – professores para o exercício da docência do AEE; VI – profissionais da educação: tradutores e intérprete de Língua Brasileira de Sinais, guia intérprete e outros que atuem no apoio, principalmente às atividades de alimentação, higiene e locomoção; VII – redes de apoio no âmbito da atuação profissional, da formação, do desenvolvimento da pesquisa, do acesso a recursos, serviços e equipamentos, entre outros que maximizem o AEE.

Atribuições do Professor do Atendimento Educacional Especializado:

1. Elaborar, executar e avaliar o Plano de AEE do aluno,

contemplando: a identificação das habilidades e necessidades educacionais

específicas dos alunos; a definição e a organização das estratégias, serviços e

recursos pedagógicos e de acessibilidade; o tipo de atendimento conforme as

necessidades educacionais específicas dos alunos; o cronograma de atendimento

e a carga horária, individual ou em pequenos grupos;

2. Programar, acompanhar e avaliar a funcionalidade e a aplicabilidade

dos recursos pedagógicos e de acessibilidade no AEE, na sala de aula comum e

nos demais ambientes da escola;

3. Produzir materiais didáticos e pedagógicos acessíveis, considerando

as necessidades educacionais específicas dos alunos e os desafios que estes

vivenciam no ensino comum, a partir dos objetivos e das atividades propostas no

currículo;

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4. Estabelecer a articulação com os professores da sala de aula

comum e com os demais profissionais da escola, visando a disponibilização dos

serviços e recursos e o desenvolvimento de atividades para a participação e

aprendizagem dos alunos nas atividades escolares; bem como as parcerias com

as áreas intersetoriais;

5. Orientar os demais professores e as famílias sobre os recursos

pedagógicos e de acessibilidade utilizados pelo aluno de forma a ampliar suas

habilidades, promovendo sua autonomia e participação;

6. Desenvolver atividades próprias do AEE, de acordo com as

necessidades educacionais específicas dos alunos: ensino de Língua Brasileira

de Sinais – Libras para alunos com surdez; ensino de Língua Portuguesa escrita

para alunos com surdez; ensino da Comunicação Aumentativa e Alternativa –

CAA; ensino do sistema Braille, do uso do soroban e das técnicas para a

orientação e mobilidade para alunos cegos; ensino da informática acessível e do

uso dos recursos de Tecnologia Assistiva – TA; ensino de atividades de vida

autônoma e social; orientação de atividades de enriquecimento curricular para as

altas habilidades/super dotação; e promoção de atividades para o

desenvolvimento das funções mentais superiores.

Plano de AEE: identificação das habilidades e necessidades educacionais

específicas do aluno; planejamento das atividades a serem realizada avaliação do

desenvolvimento e acompanhamento dos alunos; oferta de forma individual ou

em pequenos grupos; periodicidade e carga horária; e outras informações da

organização do atendimento conforme as necessidades de cada aluno.

Diversidade

Tomando como princípio as políticas educacionais da SEED –

Departamento da Diversidade e considerando a diversidade cultural existente na

escola no meio discente, docente e, demais educadores, se torna importante o

debate para o atendimento a todos que se encontram excluídos da pauta de

políticas educacionais. Dentre a população atendida por este Estabelecimento de

Ensino, podemos destacar a população do campo (pequenos agricultores),

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trabalhadores rurais, negras e negros, pessoas lésbicas, gays e moradores na

favela.

Inclui aqui também, as discussões etnicorraciais.

Apesar do desafio, é compromisso político e social da escola, “garantir a

todas e todos o direito ao acesso à escolarização e ao saber sistematizado

historicamente” (SEED, 2010).

Portanto, os educadores deverão estar sempre atentos a tais questões,

retomando sempre que necessário as discussões tanto entre educadores quanto

com educandos na sala de aula.

Conforme SEED, 2010, na

“análise dos dados das pesquisas educacionais, observaremos que são (ou continuam sendo) esses os sujeitos historicamente excluídos do processo educacional. Identificaremos que são, em sua maioria, populações e segmentos sociais ora mencionados, sejam eles pertencentes ao campo ou ao meio urbano, tal como a população negra que, embora tenha uma história de luta e resistência nos movimentos sociais, ainda apresenta significativas desigualdades em relação à população branca, entre outros casos”.

Formação Continuada

A Formação Continuada é estendida a todos os profissionais que atuam

na escola. Abrange também os integrantes das instâncias colegiadas

(representantes de pais, mães e/ou responsáveis; representantes dos/as

alunos/as; representantes da comunidade civil organizada).

O processo de Formação Continuada segue organização e critérios

estabelecidos pela SEED, através da Coordenação de Formação Continuada

(CFC).

A Formação Continuada tem como base legal a atual LDB 9394/96, em

seus artigos 67, 80 e 87 e a Lei Nacional nº 10172/2001 – Plano Nacional de

Educação (PNE) e Plano Estadual de Educação (PEE).

A Lei Complementar 102/04 de 15 de março de 2004, na qual foi

aprovado o Plano de Carreira do Professor da Rede Estadual de Educação

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Básica do Paraná, estabelece em seu artigo 3º, inciso III, a formação continuada

dos/as professores/as, objetivando o aperfeiçoamento e em consequência a

melhoria do desempenho da qualidade dos serviços prestados à população do

estado.

Dentre os cursos oferecidos pela SEED podemos destacar os seguintes:

− Semana Pedagógica de fevereiro e julho (participação obrigatória aos

profissionais, devido a realização em período letivo);

− DEB/NRE Itinerante;

− Grupo de Estudos aos sábados;

− Jornada Pedagógica (Direção e Equipe Pedagógica);

− PDE;

− Produções (Pesquisa) Folhas e OAC (objeto de aprendizagem

colaborativos);

− Grupo de Trabalho em Rede (GTR).

Para fins de progressão, a Resolução 2328/08, dispõe sobre a pontuação

dos eventos de formação e/ou qualificação profissional e produção do/a

professor/a da Rede Estadual de Educação Básica do Estado do Paraná.

Hora-atividade

A hora-atividade, é o momento de reflexão e organização da prática

pedagógica pelo professor, podendo acontecer de forma individual ou em

conjunto.

A hora-atividade, é o período em que o professor desempenha funções da

docência, reservado a estudos, planejamento, reunião pedagógica, atendimento à

comunidade escolar, preparação de aulas, avaliação dos alunos e outras

correlatas, devendo ser cumprida integralmente no local de exercício.

A hora-atividade foi instituída no Estado do Paraná pela Lei nº 13807 –

30/09/2002. A organização da hora-atividade está expressa na Instrução nº

02/2004 – SUED/SEED.

Organização da hora-atividade

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A organização da hora-atividade deverá favorecer o trabalho coletivo dos

professores, priorizando:

− O coletivo de professores que atuam na mesma área de conhecimento, tendo

em vista a implementação do processo de elaboração das diretrizes

curriculares para a rede pública estadual de educação básica;

− A formação de grupos de professores para o planejamento e para o

desenvolvimento de ações necessárias ao enfrentamento de problemáticas

específicas diagnosticadas no interior do estabelecimento;

− A correção de atividades discentes, estudos e reflexões a respeito de

atividades que envolvam a elaboração e implementação de projetos e ações

que visem a melhoria da qualidade de ensino, propostas por professores,

direção, equipe pedagógica e/ou NRE/SEED, bem como o atendimento de

alunos, pais e outros assuntos de interesse da comunidade escolar.

Da mesma forma que o horário de aulas, a hora-atividade deverá ser

organizada em um quadro horário, permanecendo à disposição de toda a

comunidade escolar.

Será de responsabilidade da Direção, a organização e o controle da hora-

atividade.

Reunião Pedagógica

Este momento deverá ser destinado aos estudos e discussões entre os

profissionais, sobre temas relacionados à prática pedagógica, sendo obrigatória a

participação. As instâncias colegiadas, também poderão integrar a esses estudos

e discussões, sendo opcional a participação.

Reunião de Conselho de Classe

Este momento é destinado para discussão e análise da prática

pedagógica, a partir dos resultados de cada educando/a e respectivas turmas,

oportunizando através da reflexão conjunta, uma redefinição aos processos de

ensino e aprendizagem.

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Conforme SEED, 2009, o Conselho de Classe se estrutura a partir de três

dimensões:

- Pré Conselho de Classe: É um espaço de diagnóstico do processo de

ensino e aprendizagem, mediado pela equipe pedagógica, junto com os/as

alunos/as e professores/as. É o momento de levantamento de dados, para

posterior análise e tomada de decisões do colegiado. Integra também neste

momento a auto avaliação dos docentes e discentes.

- Conselho de Classe: É o momento em que os/as professores/as se

reúnem em grupo, sendo discutidos os diagnósticos e proposições levantadas no

Pré Conselho, para a tomada de decisões cabíveis.

A tomada de decisões envolve a compreensão de qual metodologia

devem ser revistas e que ações devem ser empreendidas, levando em

consideração as necessidades dos/as alunos/as.

A reunião de Conselho de Classe é prevista em calendário escolar.

- Pós Conselho de Classe: São os encaminhamentos das ações

previstas no Conselho de Classe. Podemos destacar as seguintes ações:

a) Retorno aos alunos/as sobre sua situação escolar e acordos

necessários;

b) Retomada do plano de trabalho docente (encaminhamentos

metodológicos, instrumentos e critérios de avaliação);

c) Retorno aos responsáveis sobre o aproveitamento escolar e o

acompanhamento necessário.

Plano de Trabalho Docente

O plano de trabalho docente:

- Implica no registro escrito e sistematizado do planejamento do professor

(Planejamento enquanto processo teórico que antecipa a ação de

sistematização);

- Antecipa a ação do professor, organizando o tempo e o material de

forma adequada;

- É um instrumento político e pedagógico que permite a dimensão

transformadora do conteúdo;

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- Permite uma avaliação do processo de ensino e aprendizagem;

- Possibilita compreender a concepção de ensino e aprendizagem e

avaliação do professor;

- Orienta / direciona o trabalho do professor;

- Requer conhecimento prévio da Proposta Pedagógica Curricular;

- Pressupõe a reflexão sistemática da prática educativa.

Dimensão Legal:

Aparece no Artigo 13, II e IV da LDB como Plano de Trabalho que deve

ser feito pelo professor, isso justifica o termo Plano de Trabalho Docente.

Edital de concurso para o magistério – Descrição das atividades genéricas

dos professores de 5ª a 8ª série do Ensino Fundamental e séries do Ensino Médio

da Rede Estadual do Paraná:

- Contribuir para o desenvolvimento da proposta pedagógica curricular dos

estabelecimentos de ensino em que atuar;

− Elaborar Plano de Trabalho Docente e trabalhar pelo seu

cumprimento em consonância com a proposta pedagógica do estabelecimento de

ensino, com os princípios norteadores das políticas educacionais da SEED e com

a legislação vigente para a Educação Nacional.

Para auxiliar o/a professor/a em sua elaboração, segue em anexo a

estrutura do Plano de Trabalho Docente.

Livro Registro de Classe

O Livro Registro de Classe é um documento oficial da escola que legitima

a vida legal do educando e explicita entre o pretendido e o feito, deve estar

estreitamente articulado ao Plano de Trabalho Docente, levando em consideração

questões concernentes à Matriz Curricular, Calendário Escolar, Proposta

Pedagógica Curricular, Plano de Ação da Escola e, por fim ao Projeto Político

Pedagógico.

A Instrução 14/08 – SEED, que estabelece as normas para preenchimento

do Livro Registro de Classe na Rede Estadual de Ensino instrui o seguinte:

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− Os registros a serem efetuados pelos Estabelecimentos de Ensino devem ser padronizados de forma que constituem a perfeita escrituração da vida escolar do aluno e garantam a qualquer tempo a integridade das informações.

− O livro Registro de Classe deve permanecer na Secretaria Escolar, de forma a garantir sua consulta, quando necessária, para comprovação de atividades escolares realizadas e resguardar direitos de docentes e discentes.

− Os livros Registro de Classe devem permanecer disponíveis para consulta, separados por turma e por turno, não sendo permitido seu encadernamento ou agrupamento pelo professor.

− Caberá ao NRE exercer o controle da distribuição dos livros Registros de Classe, proceder o recolhimento dos exemplares excedentes e impedir a utilização dos modelos desatualizados (antigos) como borrão ou como versão oficial.

− O professor deverá receber apenas 1(um) livro Registro de Classe por disciplina e turma, não sendo permitida a formação de reserva.

− Compete à Secretaria Escolar preencher as capas dos livros Registro de Classe, encapá-los com papel plástico transparente antes de entregá-los aos professores.

− Compete à Equipe Pedagógica vistar os livros Registro de Classe ao final de cada período.

A referida Instrução orienta quanto à forma de preenchimento dos campos

do Registro de Classe, na ocorrência de falta de aluno, nas atividades

pedagógicas, nos eventos escolares, na ocorrência de falta de professores, no

registro da movimentação de aluno, bem como outras instruções pertinentes.

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4. MARCO OPERACIONAL

Entendemos que a escola, é um espaço em que todos têm o direito de

participar, opinar e vivenciar a cidadania e a ética.

Para que isso aconteça é necessário estar a todo o tempo com a

preocupação em realizar o trabalho pedagógico voltado ao bom desenvolvimento

de todos os setores do Estabelecimento de Ensino. Assistir a todos os/as

educandos/as igualmente, com respeito às diferenças e aproveitamento da

diversidade para enriquecimento do trabalho pedagógico. Desta forma, o Colégio

Estadual José Siqueira Rosas – Ensino Fundamental e Médio funcionará

buscando fortalecer a gestão democrática através das instâncias colegiadas

(Conselho Escolar, APMF, e representantes de turmas).

Dentre os representantes de turma, teremos o Líder de Sala e Monitor de

Sala, conforme abaixo:

1. Líder de Sala – será eleito pelos colegas de sala, através do voto

secreto dos colegas, sendo o primeiro mais votado o Líder e o segundo mais

votado, o Líder Auxiliar, o qual substituirá o Líder em sua ausência. O Líder é o

porta-voz da turma recolhendo e repassando informações, sugestões e

reclamações. É a ponte de ligação entre a turma, o professor conselheiro, a

Equipe Pedagógica e demais setores da escola.

Ao realizar a eleição, os (as) alunos (as) serão conscientizados pela

pedagoga e professores (as) sobre o papel do Líder na sala de aula e escola.

Após eleitos, o Líder e o Líder Auxiliar passarão por análise do Conselho

de Classe para aprovação ou não. Havendo rejeição a um dos membros, será

feito nova eleição para preencher a vaga ao cargo específico.

2. Professor/a Conselheiro/a - para dar suporte aos representantes

de turma, contaremos com o Professor Conselheiro que será eleito pelo voto

secreto dos alunos. A eleição será realizada em cada turma, de forma crescente,

sendo que não poderá ser eleito um mesmo professor em mais de uma turma.

O/a Professor/a Conselheiro/a terá como função acompanhar o Líder de

Sala no desenvolvimento de suas funções, bem como o monitoramento em

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relação à turma de sua representatividade, em reuniões pedagógicas, reuniões de

Conselhos de Classes, reuniões de pais, dentre outras atividades, tais como: Dia

da Criança, Dia do Estudante, etc.

No Ensino Fundamental, a representatividade do/a professor/a

conselheiro/a será anual, enquanto que no Ensino Médio será semestral,

conforme cada bloco.

Os aspectos administrativos e financeiros da escola caminharão voltados

aos aspectos pedagógicos. Dessa forma, serão analisadas as prioridades, junto

ao coletivo de profissionais e as instâncias colegiadas (APMF e Conselho

Escolar), buscando nas relações e reorganização dos aspectos administrativos,

pedagógicos e financeiros da escola o suprimento das condições físicas,

materiais e didáticas que contemplarão o trabalho pedagógico.

Neste processo, incluirá também a qualificação dos esquipamentos

pedagógicos existentes nas salas de aula, na biblioteca, nos laboratórios, no

pátio, entre outros, os quais serão contemplados de acordo com a necessidade e

a distribuição de recursos financeiros da mantenedora (SEED) e órgãos afins.

Organização Curricular

A organização curricular se expressará no Regimento Escolar, sendo que

os conteúdos e componentes curriculares estarão organizados no Plano de

Trabalho Docente de cada professor/disciplina e respectiva série, em

conformidade com as Diretrizes Curriculares Estaduais.

No Ensino Fundamental, a organização será em série anual, conforme

tabela abaixo:

DISCIPLINAS 5ª SÉRIE 6ª SÉRIE 7ª SÉRIE 8ª SÉRIE

Artes 02 02 02 02

Ciências 03 03 04 03

Educação Física 03 03 03 03

Ensino Religioso 01 01 -- --

Geografia 03 03 03 03

História 03 03 03 04

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Líng. Portuguesa 04 04 04 04

Matemática 04 04 04 04

LEM - Inglês 02 02 02 02

TOTAL C.H. SEMANAL 25 25 25 25

No Ensino Fundamental a organização do período será bimestral, sendo

dividido em quatro bimestres, conforme calendário escolar.

No Ensino Médio, a organização será em série anual dividida em dois

blocos de disciplinas semestrais conforme tabela abaixo:

1ª SÉRIE

BLOCO 1 HORA/AULA BLOCO 2 HORA/AULA

BIOLOGIA 04 ARTE 04

EDUCAÇÃO FÍSICA 04 FÍSICA 04

FILOSOFIA 03 GEOGRAFIA 04

HISTÓRIA 04 MATEMÁTICA 06

LEM 04 SOCIOLOGIA 03

LÍNGUA PORTUGUESA 06 QUÍMICA 04

Total Semanal 25 Total Semanal 25

2ª SÉRIE

BLOCO 1 HORA/AULA BLOCO 2 HORA/AULA

BIOLOGIA 04 ARTE 04

EDUCAÇÃO FÍSICA 04 FÍSICA 04

FILOSOFIA 03 GEOGRAFIA 04

HISTÓRIA 04 MATEMÁTICA 06

LEM 04 SOCIOLOGIA 03

LÍNGUA PORTUGUESA 06 QUÍMICA 04

Total Semanal 25 Total Semanal 25

3ª SÉRIE

BLOCO 1 HORA/AULA BLOCO 2 HORA/AULA

BIOLOGIA 04 ARTE 04

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EDUCAÇÃO FÍSICA 04 FÍSICA 04

FILOSOFIA 03 GEOGRAFIA 04

HISTÓRIA 04 MATEMÁTICA 06

LEM 04 SOCIOLOGIA 03

LÍNGUA PORTUGUESA 06 QUÍMICA 04

Total Semanal 25 Total Semanal 25 No Ensino Médio, a organização do período será de forma semestral.

Porém, ao término de 50% (cinquenta por cento) das aulas dadas, deverão estar

avaliados em 50% (cinquenta por cento) do total de aferições distribuídas de 0,0

(zero, vírgula zero) a 10,0 (cem).

Os desafios educacionais contemporâneos e a diversidade, serão

contemplados como temática ao longo do ano letivo, em todas as disciplinas em

coerência com os conteúdos a serem trabalhados e/ou a necessidade

apresentada pela turma. Ao contemplar esses temas em sala de aula, o(a)

professor(a) deverá registrar em livro de Registro de Classe, juntamente com o

conteúdo e atividade desenvolvida.

Os conteúdos de História do Paraná serão contemplados na disciplina de

História, devendo ser explicitados no Plano de Trabalho Docente e no livro de

Registro de Classe.

A Agenda 21, será contemplada no Projeto de Suprimento de Carga

Horária, conforme anexo.

Prática Avaliativa

O processo de avaliação deverá assumir duas funções fundamentais:

1. Função diagnóstica para o professor, que deverá tomar decisões sobre o

que e como deverá ser ensinado, estabelecendo hierarquias de

desenvolvimento conceitual a partir das informações obtidas na prática

avaliativa. Os resultados servirão também como reflexão do/a professor/a

sobre a sua prática pedagógica e a construção contínua do conhecimento

professor e aluno;

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2. Função diagnóstica para o aluno, possibilitando uma auto-análise de seu

progresso, informando assim, o que ainda não domina e motivando para a

aprendizagem.

Desse modo, pais/mães/responsáveis, professores/as poderão verificar

regularmente o progresso individual dos/as alunos/as e identificar áreas

que necessitam de maior atenção.

A prática avaliativa se dará a partir do Regimento Escolar, sendo para o

aluno, realizada através de vários, os quais serão expressos no Plano de

Trabalho Docente.

Seguindo esta linha de ação, serão avaliados os alunos para dar

continuidade ou retomada ao aprendizado ainda não atingido.

Compete ao professor/a de cada disciplina registrar em Livro de Registro

de Classe as avaliações realizadas no decorrer do período, sendo bimestral o

Ensino Fundamental e Semestral o Ensino Médio.

Livro de Registro de Classe

O livro de Registro de Classe deverá permanecer na Secretaria Escolar,

garantindo a sua consulta quando necessário. A organização será por turma e

turno, sendo feita toda a movimentação de alunos/as pelo Secretário e/ou Agente

Educacional II responsável pelo turno.

Compete à Secretaria Escolar no início do ano letivo, após a formação e

confirmação das turmas, preencher as capas dos Livros de Registro de Classe,

encapar com papel plástico transparente e entregar aos professores/as.

Compete ao professor/a fazer o registro diário das aulas trabalhadas,

devolvendo o livro de Registro de Classe na Secretaria Escolar ao término das

aulas.

Compete à equipe pedagógica fazer acompanhamento periódico dos

Registros de Classe, observando a coerência entre o Plano de Trabalho Docente

e a prática em sala de aula, bem como a forma de registro dos conteúdos,

atividades e avaliações, não sendo permitida emendas ou rasuras.

Para auxiliar o(a) professor(a) no preenchimento do livro de Registro de

Classe, segue modelo em anexo.

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Avaliação Institucional

A avaliação institucional ocorrerá a cada início de ano, buscando analisar

aspectos positivos, negativos e sugestões para o novo ano letivo.

Serão utilizados para análise os resultados do IDEB, Prova Brasil e

ENEM, bem como os índices de evasão e aprovação do Estabelecimento de

Ensino, nos três últimos anos, os quais contribuirão para as reflexões e (re)

tomada de decisões no interior da escola.

Participarão desta avaliação, os profissionais da escola e instâncias

colegiadas.

Os resultados serão publicados em edital, de forma a ser amplamente

divulgados a toda comunidade escolar. Serão integrantes nesse processo de

divulgação a APMF e o Conselho Escolar.

Os cadernos de orientações e provas da Prova Brasil e ENEM, serão

aproveitados pelos/as professores/as como comparativo aos conteúdos listados

no Plano de Trabalho Docente e com retomadas em sala de aula, dos aspectos

ainda não superados pelos educandos.

Evasão Escolar / FICA

Serão convocados a comparecer na escola, os responsáveis dos/as

alunos/as faltosos/as, buscando a resolução do problema. Caso o/a aluno/a não

retorne à escola, em seguida, será encaminhado o caso ao Conselho Tutelar

através da FICA (Ficha de Comunicação de Aluno Ausente).

Conforme SEED, 2009, cabe a escola o seguinte procedimento:

1 – Professor/a – ao constatar a ausência do/a aluno/a por cinco dias

consecutivos ou sete alternados, no período de um mês, comunicará o fato à

equipe pedagógica, por meio do preenchimento da ficha “Controle Interno de

Frequência” (em anexo).

2 – Equipe Pedagógica e Direção – Recebendo o anexo I (Controle

Interno de Frequência) preenchida pelo/a professor/a, cabe à equipe pedagógica

preencher a FICA e investigar o motivo da ausência do educando, convocando

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então, o responsável na escola. Deverá comunicar o fato à direção da escola, a

qual deverá encaminhar a FICA ao Conselho Tutelar, caso não obtenha êxito.

Não obtendo resposta, no prazo de 10 dias após o encaminhamento da FICA,

deverá comunicar o fato através de ofício ao Ministério Público.

Obtendo êxito com o retorno do/a aluno/a, à escola, arquiva a ficha FICA

em pasta própria.

Ocorrência Disciplinar em Sala de Aula

Os casos de ocorrência disciplinar, praticadas pelos/as alunos/as em sala

de aula serão resolvidos na seguinte ordem:

1) Professor/a:

1ª – Advertência oral em sala de aula;

2ª – Advertência escrita em livro de Registro de Classe;

3ª – Advertência escrita em ficha de ocorrência (modelo em anexo), a

qual será encaminhada à Equipe Pedagógica.

2) Equipe Pedagógica e Direção:

1ª – Advertência oral reservada;

2ª – Advertência escrita;

3ª – Comunicado por escrito ao responsável;

4ª – Convocação do responsável na escola.

Recuperação

A recuperação de estudos se dará de forma permanente e concomitante

ao processo ensino-aprendizagem, sendo que o aluno deverá realizar sob a

orientação do/a professor/a, estudos extraclasses, buscando o pleno domínio dos

conteúdos não dominados anteriormente, os quais servirão de base ao

encaminhamento dos conteúdos futuros.

Havendo necessidade, o professor poderá fazer retomada de conteúdo

com a turma, utilizando metodologias diferenciadas para garantir uma real

aprendizagem.

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Para fins de verificação e registro, serão obedecidos aos critérios

estabelecidos em Regimento Escolar, sendo que os instrumentos utilizados para

reavaliação estarão definidos no Plano de Trabalho Docente.

Intervenções Pedagógicas

Buscando garantir melhores resultados ao aproveitamento escolar dos

alunos serão realizadas as seguintes intervenções pedagógicas para recuperação

de conteúdos:

− Atendimento individualizado com orientações pedagógicas ao aluno/a;

− Encaminhamento dos/as alunos/as de 5ª série para Sala de Apoio em Língua

Portuguesa e Matemática;

− Orientações pedagógicas em grupo/série/turma;

− Avaliação no contexto escolar, para identificar alunos/as com necessidades de

acompanhamento em Sala de Recursos;

− Realização de acuidade visual e auditiva com alunos/as ingressos na 5ª Série

do Ensino fundamental com comunicação ao responsável para

encaminhamento ao serviço especializado, quando necessário;

− Reunião extraordinária com alunos (as), professores (as), Direção e Equipe

Pedagógica;

− Reunião ordinária (bimestral) e extraordinária (quando necessário) com pais,

professores (as), Direção e Equipe Pedagógica.

Articulação Escola – Família – Comunidade

A articulação Escola – Família – Comunidade acontecerá através de

reuniões bimestrais, grupos de estudos com a participação de pais, professores e

funcionários, palestras e festividades, bem como reuniões ordinárias e

extraordinárias com as instâncias colegiadas e sociedade civil organizada.

O acompanhamento pedagógico se dará através de entrevistas e

orientações à família de forma individual e/ou em grupo, conforme a necessidade

apresentada.

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Inclusão

Os alunos que apresentam necessidades educativas especiais serão

acompanhados periodicamente por um/a pedagogo/a, que intervirá no processo

de encaminhamento e adaptação, juntamente com Professores/as do Ensino

Comum e Professores /as da Educação Especial.

A Educação Especial neste Estabelecimento de Ensino conta com uma

Sala de Recursos no período matutino e o CAES (Centro de Atendimento

Especializado para Surdos), que funciona também no período matutino.

No momento aguardamos a instalação da Sala de Recursos

Multifuncional, conforme citada no Marco Situacional.

A Sala de Recursos multifuncional, conta com materiais pedagógicos

específicos, conforme relação constante no marco situacional.

As modalidades citadas acima têm a função de acompanhar em contra

turno o/a educando/a do Ensino Regular que apresenta necessidades educativas

especiais específicas, bem como dar suporte pedagógico aos professores/as da

Sala Regular em que se encontra esse educando/a. A matrícula do/a aluno/a é

realizada após diagnóstico através de avaliação clínica/psicológica e pedagógica.

A organização das salas que estão inseridos/as os/as educandos/as com

necessidades educativas especiais deverão conter um número de no máximo 25

alunos/as, sendo levado em consideração na formação da turma o nível de

comprometimento do educando/a com necessidades educativas especiais.

Para o atendimento ao aluno/a com necessidades educativas especiais

deverão ser disponibilizados recursos materiais e de apoio suficiente ao

desenvolvimento das atividades propostas.

O/a aluno/a surdo/a terá direito a um intérprete permanente em sala de

aula.

O intérprete é um profissional com formação específica, o qual deverá ser

contratado pela SEED.

Quando necessário, o professor do Ensino Comum, terá que incluir em

suas atividades de sala de aula, a adaptação curricular.

Adaptação Curricular

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As adaptações curriculares serão registradas no plano de trabalho

docente, de forma a organizar os recursos didáticos pedagógicos que objetivam

ajustar a programação curricular às condições do aluno com necessidades

educacionais especiais. Para isso, os/as professores/as de Sala de Recursos,

C.A.E.S., e salas de apoio, deverão disponibilizar atendimento aos professores/as

da sala regular, orientando tanto no planejamento das ações, quanto no

desenvolvimento das atividades em sala de aula, bem como o acompanhamento

aluno e família, buscando a inter-relação família e escola, de forma, a

responsabilizar também a instituição familiar no desenvolvimento do/a aluno/a.

Participação JOCOPs, FERA COM CIÊNCIA, Turismo Escolar

Além dos critérios pré-definidos pela SEED/NRE, a participação do aluno

nos JOCOPs, FERA, COM CIÊNCIA, Turismo Escolar e outros eventos extra-

escolares serão obedecidos aos critérios estabelecidos em estatuto próprio com

aprovação do Conselho Escolar.

Organização da Hora-atividade

A hora-atividade, na medida do possível, será organizada por área de

conhecimento, promovendo desta forma o encontro semanal de disciplinas afins.

O dia específico a cada área seguirá critérios pré-determinados pelo NRE

(Núcleo Regional de Ensino), no início do ano letivo, sendo que atualmente está

distribuído conforme quadro abaixo:

SEGUNDA-feira TERÇA-feira QUARTA-feira QUINTA-feira SEXTA-feira

Artes Biologia LEM Matemática História

Ed. Física Física Português Ciências Filosofia

Geografia Química - E. Religioso Sociologia

Sugere, no entanto, que a cada ano, seja feito revezamento das

disciplinas nos diferentes dias da semana.

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Os Profissionais atuantes na Equipe Pedagógica terão um período por

semana para estudos e organização das atividades pedagógicas em conjunto,

sendo definido o turno no Plano de Trabalho do setor.

Reunião Pedagógica

As reuniões pedagógicas serão realizadas bimestralmente, conforme

agendamento em calendário escolar.

Deverão participar nas reuniões pedagógicas todos os profissionais da

escola. Poderão participar, de forma facultativa, representantes de pais, alunos e

sociedade civil organizada, inclusos no Conselho Escolar, APMF e

Representantes de Turmas.

Conselho de Classe

As reuniões de Conselho de Classe seguirão a seguinte organização:

Pré Conselho

1. Na quinzena ou semana que antecede a reunião de Conselho de Classe,

cada professor fará uma retomada com os alunos de suas respectivas

turmas para avaliação dos aspectos positivos, negativos e tomada de

decisões, levando professor e aluno a uma autoavaliação. O (a) professor

(a) poderá utilizar as fichas modelos em anexo ou criar uma ficha própria a

esse fim. Caso o (a) professor (a) não realizar a retomada, poderá a

Pedagoga juntamente com o Professor (a) Conselheiro (a) fazer a análise

da disciplina junto aos alunos.

Conselho de Classe

1. A reunião de Conselho de Classe ocorrerá nos turnos de funcionamento da

escola, de acordo com os horários e respectivas turmas. Será obedecido o

calendário escolar.

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2. Será feito inicialmente o levantamento dos dados, sendo preenchidas as

fichas Conselho de Classe/Turma (em anexo) pelos/as professores/as de

cada disciplina e turmas.

A reunião será realizada, sob a coordenação do(a) professor(a)

conselheiro(a), com acompanhamento da pedagoga, a partir dos

problemas apresentados, para tomada de decisões em conjunto.

Pós Conselho

1. As ações serão realizadas de acordo com as decisões tomadas na reunião

de Conselho de Classe, incluindo reunião de pais no Ensino Fundamental

e reunião com turmas de Ensino Médio.

Formação Continuada

Para um melhor desenvolvimento das ações deste Estabelecimento de

Ensino, esta Escola contará com a formação continuada, de forma a atender as

instâncias colegiadas, professores e funcionários.

A formação continuada ocorrerá através de reuniões pedagógicas

previamente agendadas em calendário escolar, grupos de estudos e capacitação

centralizada e descentralizada, estabelecido pelo NRE e SEED, podendo ser

utilizada a hora-atividade. Constará também o curso de capacitação a ser

realizado na 1a semana de início do 1o e 2o semestres, conforme determinação da

SEED, apresentado em calendário escolar, seminários e outros eventos

organizados pela SEED e/ou NRE, grupos de estudos aos sábados, participação

no GTR, produções individuais como OAC e Folhas.

O profissional atuante no Estabelecimento de Ensino terá também a

liberdade para a participação em cursos ofertados por instituições de ensino

particular ou por outras entidades governamentais e não governamentais, desde

que seja com recursos próprios e sem causar prejuízos ao horário e

desenvolvimento das atividades da escola.

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Suprimento de Carga Horária

O Suprimento de Carga Horária é realizado em cumprimento a resolução

5342/2006, que trata do desenvolvimento de atividades pedagógicas, incluídas no

Projeto Político Pedagógico e Planejamentos, com frequência e participação dos

alunos sob efetiva orientação dos professores. A atividade será desenvolvida com

a participação dos alunos, a partir do projeto: Pesquisa e Leitura, referenciando

temas específicos de cada disciplina, conforme anexo, devendo ao final ser

relatado de forma escrita ou demonstração através de imagens fotográficas, de

acordo com os critérios estabelecidos por cada disciplina/professor. Os relatórios

dos alunos, após análise dos professores, serão utilizados para a organização de

um portfólio no final do 3º bimestre, o qual será de responsabilidade da Equipe

Pedagógica, que após a montagem do mesmo, deverá encaminhar ao NRE.

Progressão Parcial

O Regime de Progressão Parcial não contempla os alunos matriculados

neste Estabelecimento de Ensino, atende somente no que se refere a matricula

de alunos oriundos de outros Estabelecimentos de Ensino com transferência em

“Regime de Progressão Parcial”, conforme art. 103, parágrafo único e art. 104 do

Regimento Escolar.

Projetos Especiais 2010

− Viva a Escola: Preparação para o Vestibular – Professora Nilza Maria da

Penha.

− Viva a Escola: Jogos Matemáticos – Professor José Roberto Szlachta, sendo

executado pelo Professor Paulo Mendes de Andrade.

Solicita aqui que os Projetos Especiais como Viva a Escola, seja

desenvolvido pelo professor autor, salvo em caso de desistência por livre arbítrio

do mesmo.

Avaliação Institucional do P.P.P.

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O acompanhamento e avaliação do Projeto Político Pedagógico se

realizarão semestralmente, tendo a participação do Conselho Escolar, APMF,

Representantes de Turmas, Professores e Funcionários. Ocorrerá através de

análise conjunta do trabalho administrativo e pedagógico, detectando os aspectos

positivos, negativos e avanços obtidos, com apresentação de sugestões e

soluções. Através da análise, será avaliado também, o desempenho dos

docentes, dos pedagogos, dos funcionários e da direção, bem como a

participação, dedicação e contribuição das instâncias colegiadas, dos pais e dos

alunos.

Anexos do P.P.P.

Fichas de Pré Conselho e Conselho de Classe;

Projeto de Suplemento de Carga Horária;

Plano de Ação: Saúde e Prevenção na Escola;

Plano de Trabalho Equipe Pedagógica;

Propostas Pedagógicas Curriculares;

Estrutura do Plano de trabalho Docente;

Modelo para preenchimento do Livro de Registro de Classe;

Projeto datas comemorativas: Dia dos Pais, Dia das Mães, Dia das Crianças, Dia

dos (as) Professores (as);

Calendário Escolar Anual;

Ficha de Comunicação de Ocorrência em Sala de Aula;

Foto de José Siqueira Rosas;

Foto de Tela (Óleo sobre tela: Estação de Ferro) José Siqueira Rosas.

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REFERÊNCIAS

BATISTA, Angela. O que são Critérios de Avaliação? In: SECRETARIA DO ESTADO DE EDUCAÇÃO DO PARANÁ. COORDENAÇÃO DE GESTÃO ESCOLAR CGE/CADEP: Curitiba, 2008.

BRASIL, Constituição da República Federativa do Brasil: promulgada em 05 de outubro de 1988 / obra coletiva de autoria da Editora Saraiva com a colaboração de Antonio Luiz de Toledo Pinto, Márcia Cristina Vaz dos Santos e Livia Céspedes. 31. ed. Saraiva: São Paulo, 2003.

______. Lei n.º 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Legislação Básica da Educação: Brasília, 1996.

______, Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos. Lei nº 10.172, de 9 de Janeiro de 2001. Aprova o Plano Nacional de Educação e dá outras providências. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/leis_2001/l1072.htm>. Acesso em 26 out 2010.

COLÉGIO ESTADUAL JOSÉ SIQUEIRA ROSAS – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO. Regimento Escolar. Núcleo Regional de Ensino: Ivaiporã, 2008.

PARANÁ. Lei Complementar 103/2004. Dispõe sobre o Plano de Carreira do Professor da Rede Estadual de Educação Básica do Paraná, altera a redação da Lei Complementar nº 7, de 22 de dezembro de 1976, e dá outras providências. Diário Oficial: Curitiba, 2004. Disponível em: <http://www.app.com.br/portalapp/legislação_estadual.php?id1=13>. Acesso em: 26 out 2010.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Plano Estadual de Educação – PEE PR. Superintendência da Educação: Curitiba, 2005. Disponível em: <http://www.seed.pr.gov.br/portals/pee/construção_coletiva.pdf>. Acesso em: 26 out 2010.

PARANÁ, Secretaria de Estado da educação. Programa FICA Comigo: enfrentamento à evasão escolar. SEED: Curitiba, 2009.

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO. Educação Básica e a Opção pelo Currículo Disciplinar. Paraná, 2008. Disponível em: <www.diaadia.pr.gov.br/deb/arquivos/File/texto.pdf.>. Acesso em: 01 dez 2009.

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO. Eu acompanho a avaliação escolar de meu filho. E você?. Diretoria de Políticas e Programas Educacionais: Curitiba, 2009.

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SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO. Instrução 02/2004 que regulamenta a distribuição de aulas nos estabelecimentos de ensino na rede estadual de Educação Básica e estabelece normas para atribuição da hora-atividade. Superintendência da Educação: Curitiba, 2004.

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO. Instrução 14/08 que estabelece as normas para preenchimento do Livro Registro de Classe na Rede Estadual de Ensino. Superintendência de Desenvolvimento Educacional: Curitiba, 2008.

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO. Semana Pedagógica - Agosto 2010: Quando as Políticas Educacionais voltam-se para a legitimação do tempo, do espaço e da autonomia da escola na definição de seu Projeto Político Pedagógico. CGE: Curitiba, 2010.