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SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO NÚCLEO REGIONAL DE EDUCAÇÃO DE GOIOERÊ ESCOLA ESTADUAL MOREIRA SALLES - ENSINO FUNDAMENTAL AVENIDA JOÃO ADAMO Nº 605 - CEP: 87370-000 PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO Moreira Sales, 01 Abril de 2.009.

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Page 1: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · aproximadamente 20 km do NRE. de Goioerê, foi criada em 29 de Fevereiro de 1964 pelo Decreto 14.197/64. Através do Decreto 18.020 de Maio de 1965

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO NÚCLEO REGIONAL DE EDUCAÇÃO DE GOIOERÊ

ESCOLA ESTADUAL MOREIRA SALLES - ENSINO FUNDAMENTAL AVENIDA JOÃO ADAMO Nº 605 - CEP: 87370-000

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

Moreira Sales, 01 Abril de 2.009.

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ESCOLA ESTADUAL MOREIRA SALLES-ENSINO FUNDAMENTAL OFÍCIO Nº 25/09 MOREIRA SALES, 01 DE ABRIL DE 2.009.

Prezada Senhora,

Servimo-nos do presente para encaminhar à Vossa Senhoria o Projeto Político Pedagógico da Escola Estadual Moreira Salles-Ensino Fundamental, construído e avaliado pelo corpo docente, funcionários, Equipe Pedagógica, APMF e Conselho Escolar em conformidade com as orientações e diretrizes da SEED, durante o presente ano letivo, para que o mesmo seja revisto pela equipe da Área de Ensino deste N.R.E, afim de nos orientar correções de falhas que por ventura vir o mesmo apresentar. Salientamos que já foram realizadas as reflexões a respeito da inclusão e integração dos alunos com necessidades especiais no cotidiano da sala de aula, e, incluídos os projetos do Programa Viva a Escola, a serem desenvolvidos durante o ano letivo corrente (2009). Outrossim, colocamo-nos à sua inteira disposição para qualquer esclarecimento. Sendo o que temos para o momento, aproveitamos a oportunidade para externarmos nossos votos de elevada estima e carinho. Atenciosamente,

_____________________ Derlania Costa Vieira Osanan

Diretora Ilma Srª NEIDE SANFELICE BROGIO SENA DD. Chefe do Núcleo Regional de Educação de Goioerê GOIOERÊ – PARANÁ/

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“Não se acredita que a escola possa transformar a

sociedade, mas sim que é possível instaurar práticas, que atuem no sentido da

transformação da escola como parte do processo de transformação social.

Estas mudanças precisam ser construídas cotidianamente. O diálogo tem que

estar enlaçado ao debate sobre a função social da escola e conhecimento.”

Estela,

Goioerê, 18/05/05

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SUMÁRIO

1 – APRESENTAÇÃO

2 – INTRODUÇÃO 2.1 – Identificação do Estabelecimento 2.2 – Aspectos Históricos da Escola 2.3 – Caracterização do Funcionamento e Organização do Espaço Físico 2.4 – Quadro Geral de Recursos Humanos

3 – OBJETIVOS GERAIS 3.1 – Princípios Legais 3.2 - Objetivos 4 – MARCO SITUACIONAL

4.1 – Descrição das realidades e análise crítica das contradições e conflitos presentes na realidade e suas relações com a prática educativa. 4.2 – O perfil da comunidade escolar. 4.3 – Análise crítica dos problemas e conflitos da escola. 5 – MARCO CONCEITUAL 5.1 – Concepções (sociedade/mundo/homem/educação/escola/ conhecimento/ensino/aprendizagem). 5.2 − Avaliação. 5.3 – Currículo – Conteúdos. 5.4 – Princípios de gestão democrática e instrumentos de ação colegiada. 6 – MARCO OPERACIONAL 6.1 – Metas 6.2 – Organização Interna da Escola 6.3 – Relações entre aspectos administrativos e pedagógicos. 6.4 – Avaliação, Recuperação, Pré-Conselho e Conselho de Classe. 6.5 – Intervenções Pedagógicas. 6.6 – Metas Conclusivas. 6.7 – Avaliação do Projeto Político Pedagógico

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7 – PROJETO OLIMPÍADA CULTURAL 8 – PROJETO AGENDA 21 9 – PLANO DE AÇÃO BIENAL DE GESTÃO ESCOLAR 2009/2011 10 – ANEXOS 10.1 – Regimento Escolar 10.2 – Propostas Curriculares 10.3 – Planos de Ação Docente 10.4 – Plano de Ação da Equipe Pedagógica 10.5 – Programa Viva a Escola

10.5.1 – Projeto Dança na Escola – Artes 10.5.2 – Projeto Esporte na Escola – Educação Física 10.5.3 – Projeto Teatroleitura – Artes 10.5.4 – Projeto Jogos de tabuleiro - Matemática

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1 – APRESENTAÇÃO O Projeto Político Pedagógico da Escola Estadual Moreira Salles-Ensino Fundamental é o documento resultante do trabalho e do debate em conjunto com todos os educadores, funcionários, equipe administrativa/pedagógica e Associação de Pais Mestres e Funcionários, e Grêmio Estudantil que traduz as expectativas do grupo e registra em suas propostas, possibilidades inovadoras no processo educativo. O presente Projeto Político Pedagógico, vem passando por reformulações e implementações com novas metas e projetos específicos em cada área do conhecimento, reexaminando e reavaliando atitudes, avanços, propostas, ações e perspectivas, sempre visando propiciar ao educando sua permanência na escola com sucesso. Assim, toda atividade proposta no Projeto Político Pedagógico estará aberta para a revisão e disponível ao exercício de uma gestão fortemente comprometida não só com a democratização do acesso à Educação, mas também com a qualidade da Educação, na busca da formação do verdadeiro cidadão. Para tanto, todas essas atividades propostas, concretizar-se-ão a partir de um amplo trabalho desenvolvido em parceria com a própria comunidade escolar e com entidades públicas (municipal, estadual, federal), especialmente com a SEED., que tem subsidiado as ações necessárias para a realização deste Projeto Político Pedagógico seja através de capacitações, reflexões e apontamentos necessários para o suporte da elaboração e execução do mesmo, de acordo com os interesses da nossa comunidade escolar e das necessidades contextuais da realidade educacional, como: - A retomada da discussão coletiva do currículo, valorizando e resgatando o conhecimento científico; - O compromisso com a redução das desigualdades sociais; - A articulação das propostas educacionais de acordo com nossa realidade econômica social, política e cultural; - A retomada da compreensão dos profissionais da educação como sujeitos epistêmicos que pensam, criam, produzem e trabalham com o conhecimento; - O atendimento às diferenças e à diversidade cultural; - A inserção dos excluídos historicamente; - A preparação para o exercício da cidadania. O presente Projeto Político Pedagógico se alicerça na Pedagogia da Autonomia do Mestre Paulo Freire que se constitui a partir dos seguintes pressupostos teóricos:

1 – Ensinar não é transferir conhecimento. Ensinar exige:

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1.1 - Consciência do inacabamento 1.2 - Reconhecimento do ser condicionado 1.3 - Respeito à autonomia do ser do educando 1.4 - Bom senso 1.5 - Humildade, tolerância e luta em defesa dos direitos dos Educadores 1.6 - Apreensão da realidade 1.7 - Alegria e esperança 1.8 - A convicção de que a mudança é possível 1.9 - Curiosidade.

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ATA DE REUNIÃO DO CONSELHO ESCOLAR PARA A APROVAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

Ao primeiro dia do mês de abril do ano de 2009, realizou-se nas dependências da Escola Estadual Moreira Salles-Ensino Fundamental uma reunião com os membros do Conselho Escolar. A reunião foi presidida pela diretora da escola, senhora Derlania Vieira Costa Ozanan que esclareceu a importância do Projeto Político Pedagógico para a prática cotidiana de todos que estão envolvidos no processo educativo, ressaltando que o mesmo deve ser o guia norteador de todas as atividades da escola. A diretora explicou que o texto do Projeto Político Pedagógico sintetiza o processo vivido pelo coletivo, relatando os passos realizados para sua construção, contemplando os valores, crenças e características da comunidade em que a escola está inserida, delineando seu processo de ensino e aprendizagem. O Projeto Político Pedagógico foi apresentando para que todos os membros o apreciassem, analisassem e questionassem dando sugestões para melhoria do referido documento que foi executado e avaliado por professores e funcionários durante o ano letivo de 2008. Após analisado, foi unânime a aprovação do mesmo. Nada mais havendo a constar, lavrou-se a presente ata que será assinada por todos os presentes. - Derlania Vieira Costa Osanan ________________________ - Teresa Sanches Benetti ________________________ - Douraci Agostini Duarte ________________________ - Izabel Aparecida Posso Sapateiro ________________________ - Marli Adriani Sercunvius ________________________ - Cláudia Rosa Pais ________________________ - Maria Conceição Monteiro de Carvalho ________________________ - Celina Maria Leite de Souza ________________________ - Zilda dos Santos Macedo ________________________ - Ana da Silva Souza ________________________ - João Aparecido Fortuoso ________________________ - Marcelo André Filgueiras ________________________ - Letícia Fortuoso ________________________ - Caroline Tainá Viotto ________________________

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ESCOLA ESTADUAL MOREIRA SALLES-ENSINO FUNDAMENTAL Código 00012 ENDEREÇO: Av. João Adamo, 605 – CEP: 87370-000 TELEFONE/FAX: (OXX) 44-3532-1518 MUNICÍPIO: Moreira Sales – Paraná Código:1620 NRE: Goioerê Código:013 OFERTA: Ensino Fundamental (5ª a 8ª Série) Nº de alunos: 971 TURNOS: Matutino - Horário: 7:40 às 12:00 h. e Vespertino - Horário: 12:50 às 17:10 h. Noturno – 19:00 às 23:05 h. NÚMERO DE TURMAS: Período Matutino: 14 turmas (Regular) 02 Salas de Apoio Período Vespertino: 13 turmas (Regular) 02 Salas de Apoio 01 Sala de Recursos Período Noturno: 04 turmas (Regular)

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DEPENDÊNCIA ADMINISTRATIVA: Secretaria de Estado da Educação 2.2 – ASPECTOS HISTÓRICOS DA ESCOLA A Escola Estadual Moreira Salles-Ensino Fundamental, está localizada à Av. João Adamo, nº 605 - Centro, Moreira Sales – Paraná, distante aproximadamente 20 km do NRE. de Goioerê, foi criada em 29 de Fevereiro de 1964 pelo Decreto 14.197/64. Através do Decreto 18.020 de Maio de 1965 recebeu a denominação de “Ginásio Estadual João Theotônio Moreira Salles Netto”, em homenagem a João Theotônio Moreira Salles, fundador da cidade. Em Agosto de 1971, o referido Estabelecimento passou a funcionar em novo prédio, localizado na Avenida Maceió, nº 408, prédio anteriormente ocupado pelo grupo Escolar João Theotônio Moreira Salles. Atendendo o que preconiza a Resolução nº 1969 que aprova a reorganização das Escolas de 1º e 2º graus, criou-se o Complexo escolar “João Theotônio Moreira Salles Netto para Escola Estadual Moreira Salles-Ensino de Primeiro Grau, de acordo com o Decreto nº 4.561 de 18/01/78 – DOE. nº 224 de 20/01/78. Com a Resolução nº 2.064/83 de 06 de junho de 1983, a Escola Moreira Salles – Ensino de Primeiro Grau passou a denominar-se Escola Estadual Moreira Salles-Ensino de Primeiro Grau. O Curso, bem como o Estabelecimento foram reconhecidos através da Resolução nº 2971 de 11/12/81 – DOE de 12/01/82. Considerando a Lei de Diretrizes e Bases nº 9394/96 a Deliberação nº 003/98 – CEE e a Resolução nº 3120/98 – que reformulam as normas relativas à nomenclatura dos estabelecimentos de ensino de educação Básica, publicada no DOE nº 5332 de 11/09/98, determina que a partir desta data, a escola passou a denominar-se “Escola Estadual Moreira Salles-Ensino Fundamental”. Teve seu reconhecimento renovado em 12/02/02, pela Resolução nº 4826/02 da Secretaria de Estado da Educação, com validade até o ano letivo de 2.007. Quarenta e dois anos depois de sua criação, a Escola Estadual Moreira Salles conta com 64 funcionários distribuídos conforme o quadro geral de recursos humanos.

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2.3 - QUADRO GERAL DOS RECURSOS HUMANOS CORPO DOCENTE R.G. LF VINC ESCOLARIDADE

Andréia Cristina Tavares 5.769.588-9 - PSS Especialização Aparecida Marques dos Santos 1.408.082-1 QPM Especialização Claudete Apª Almeida Gaspari 4.192.797-6 02 QPM Especialização Claudia Milene Posso Moreno 6.132.096-2 01 QPM Especialização Conceição de Oliveira Ribeiro 3.286.674-9 02 QPM Especialização Dalva Apª Borges Martins 3.685.243-7 01 QPM Especialização Douraci Agostini Duarte 0.857.764-1 02 QPM Especialização Edileusa Silva Fagá 2.023.653-1 06 QPM Especialização Edileuza Leopoldina de Souza 3.827.632-8 - PSS Especialização Edivania Ap. Guilherme 5.763.720-0 01 QPM Especialização Eliana Lucia Vieira Monte 4.615.589-0 01 QPM Especialização Ercília de Fátima Carpiné Fodra 3.324.931-4 01 SC02 Especialização Ericsander Agostini Duarte 6.896.571-3 01 QPM Especialização Esther Aparecida Iranzo 2.010.465-1 01 QPM Especialização Everaldo Martins de Sousa 4.433.622-7 01 QPM Especialização Ivete de Souza Martins 6.122.930-2 - PSS Especialização Izabel Apª Posso Sapateiro 4.172.812-4 01 QPM Especialização Josiane Zabini 8.646.697-0 01 SC02 Especialização Kemelly Agostini Duarte 2.010.465-1 01 QPM Especialização Lourdes Milan Navarro 3.007.418-1 - PSS Especialização Luiza Maria das Neves Marques 3.258.322-9 - PSS Especialização Márcia Cristina Jacinto Agostinho 5.302.100-0 01 QPM Especialização Maria Apª Leite Papaite 3.892.255-6 01 SC02 Especialização Maria Aparecida Basso 3.918.313-7 01 QPM Especialização Maria de Fátima O. Martins 3.518.142-3 01 QPM Especialização Maria de Fátima Oliveira Martim 6.896.571-3 01 QPM Especialização Maria de Jesus Souza Posso 1.931.986-5 01 SC02 Especialização Maria José Bocalão 1.636.676-5 01 QPM Especialização Marlene Cirino Benhossi 0.958.123-5 02 SC02 Especialização Maximilian Borba 4.255.739-0 01 SC02 Especialização Neide Antonia Fusco Andreos 2.195.095-5 02 QPM Especialização Paulo César de Souza Pereira 6.787.546-0 01 QPM Especialização Rafael Maestá Bezerra 7.411.687-6 - PSS Especialização Renata Ap. Bocalão F. da Silva 4.994.733-0 01 QPM Especialização Rosangela Defendi 4.998.148-1 01 QPM Especialização Sandra Celerino Morozini 3.295.936-9 02 QPM Especialização Selma Regina da Silva Santos 3.683.066-2 01 SC02 Especialização Simoni Martins Vicente 4.433.078-4 Especialização Sônia Aparecida Parussolo 6.298.820-7 01 QPM Especialização Sonia Cristina Franzo Borba 4.777.340-7 02 QPM Especialização Sonia Maria Lorejan Melo 2.023.212-9 21 QPM Especialização Vânia Maria Barbosa Batistela 6.037.555-0 01 QPM Especialização Vera Caroline Lavagnini Gaspari 3.024.672-1 01 QPM Especialização Vera Lucia de Souza Garcia 3.890.218-0 01 QPM Especialização

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FUNCIONÁRIOS R.G. LF VINC FUNÇÃO Gedalva Maria da S. Ferrante 3.854.914-6 01 QF Agente Educacional I Zilda dos Santos Macedo 3.192.357-3 01 QFEB Agente Educacional I José Alves de Souza 5.042.448-0 02 QFEB Agente Educacional I Maria Conceição Monteiro 5.506.768-6 02 PEAD Agente Educacional I Elza Aleixo da Silva 5.225.526-0 01 CLALD Agente Educacional I Sueli Aparecida de Lima 5.777.335-0 01 QFEB Agente Educacional I Celina Maria Leite de Souza 5.042.322-0 02 PEAD Agente Educacional I

EQUIPE TÉCNICO ADMINISTRATIVA

R.G.

LF

VINC

FUNÇÃO

Derani Pizzico Ferreira 4.327.262-4 01 QFEB Secretaria Cleunice Rufino Scalabrini 3.330.440-9 01 QFEB Agente Educacional II Carlos Antonio Fuentes 4.069.126-0 01 QFEB Agente Educacional II Claudia Rosa Pais 6.896.642-6 01 QFEB Agente Educacional II Marli Adriani Sercunvius 4.994.706-2 01 QFEB Agente Educacional II Erodice Aleixo Lourenço 4.311.077-2 01 QFEB Agente Educacional II Fátima Apª de Jesus Santos 4.678.189-9 01 QFEB Agente Educacional II Jair Pedro dos Santos 8.764.560-6 01 QFEB Agente Educacional II

EQUIPE TÉCNICO PEDAGÓGICA

R.G.

LF

VINC

FUNÇÃO

Derlania Vieira Costa Osanan 0.912.443-8 01 QPM Diretor Dalva Ap. Borges Martins 2.010.465-1 03 QPM Diretor Auxiliar Claudenice Apª M. Iranzo 4.493.266-0 01 QPM Or. Educacional. Douraci Agostini Duarte 0.857.764-1 04 QPM Supervisora de Ensino Sineide Apª Vilas B. Sanches 3.937.147-2 01 QPM Or. Educacional Tereza Sanches Benette 2.260.974-2 01 QPM Or. Educacional Rosely Maria dos Santos 1.137.650-9 QPM Supervisora de Ensino

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2.4 – CARACTERIZAÇÃO DO FUNCIONAMENTO E ORGANIZAÇÃO DO ESPAÇO FÍSICO - GESTÃO DE TEMPO A Escola Moreira Salles conta, no ano letivo de 2009, conta com 971 alunos matriculados nos períodos da manhã, 7:40 às 12:00 h., período da tarde, 12:50 às 17:10 h. e período noturno, 19:00 às 23:05, distribuídos de 5ª à 8ª Série, sendo 14 turmas no período matutino, 13 turmas de ensino regular no período vespertino e 04 turmas no período noturno e, conta ainda com 02 salas de apoio no período da manhã, 02 salas de apoio no período da tarde e 01 sala de recursos no período da tarde. A forma de distribuição no que se refere a horário, turnos e séries vem atender indistintamente a comunidade escolar considerando que o período da manhã atende aos alunos da zona urbana, o da tarde, principalmente aos da zona rural, devido à condições de transporte e o da noite, o aluno trabalhador, maior de 14 anos. A fim de promover a aprendizagem significativa, são ofertados igualmente todos os recursos que a escola dispõe, mas a condição do processo é direcionada de acordo com o interesse de cada alunado, embora todos conduzam ao exercício da cidadania. O Calendário Escolar é o enviado pela Secretaria de Estado de Educação, com os ajustes (recessos, feriados e conselhos de classe) feitos pela escola e aprovados pelo N.R.E. de Goioerê. As compensações de Carga Horária, para os dias destinados à capacitação do professor e reuniões pedagógicas, são planejadas e organizadas pela Equipe Pedagógica juntamente com a Direção e os Professores e divulgadas previamente a toda comunidade escolar.

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CRONOGRAMA DAS COMPENSAÇÕES DE CARGA HORÁRIA

DATA REALIZAÇÃO

EVENTO

C.C.HOR/DIA

DIA/SEMANA

07/03 - Atividade Esportiva – Torneio Interclasses

04/02/09

4ª Feira

14/03

- Atividade Esportiva – Torneio Interclasses - Continuação

05/02/09

5ª Feira

21/03

- Atividade Esportiva – Torneio Interclasses – Encerramento.

06/02/09

6ª Feira

25/04 - Festival de Atletismo 31/03/09 2ª Feira

* 05/08 - Reunião de Pais, Filhos e Mestres em homenagem aos pais.

20/07/09

2ª Feira

08/08 - Gincana Esportiva em Homenagem ao Estudante

21/07/09

2ª Feira

* 01/09

- Abertura da Semana da Pátria – Evento Cívico no Período Noturno

22/07/09

3ª Feira

07/09 - Concentração Cívica 05/08/09 4ª Feira 21/11 - Noite Cultural e Esportiva 11/11/09 4ª Feira

Obs 1: Esse cronograma é flexível, podendo ocorrer mudanças em algumas datas e/ou eventos durante o ano letivo. * Obs 2: No período noturno será feita uma compensação com atividades esportivas em um sábado para compensar o dia 22/07/09.

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- GESTÃO DE ESPAÇO A escola é o espaço onde os educandos passam grande parte de seu tempo, logo, deve ser um lugar acolhedor que propicie o acréscimo de conhecimento e convivência prazerosa. A Escola Estadual Moreira Salles, funcionou até o final do 1º semestre de 2006 com o sistema de salas ambientes, para as quais dispunha de 14 espaços específicos para as determinadas disciplinas. Nestes, estavam os materiais que os professores utilizavam em suas aulas e que tem contribuído para o enriquecimento do aprendizado facilitando o uso do material didático. O número de alunos que freqüentam o período diurno é excedente ao espaço físico, e, com o funcionamento de salas de apoio e recursos, esse sistema teve que ser mudado e a escola teve que improvisar como sala aula, o espaço do laboratório e da sala de vídeo. Os equipamentos do laboratório ficam guardados em armários específicos para esse fim.

As salas de aula estão equipadas com televisores multimídias cedidas pela SEED, no refeitório foram instalados uma televisão, um vídeo e um aparelho de DVD, para melhor atendimento as aulas com recurso Audiovisuais. Conta ainda com um suporte de TV-DVD- Vídeo-ambulante, para melhor atendimento didático. Na sala dos professores há um televisor conectado aos canais digitais de interesse escolar (Tv Escola, Tv Paulo Freire e demais canais disponibilizados no satélite). Este Estabelecimento conta com um amplo refeitório que no momento está adaptado como sala de aula e sala de apoio, é também utilizado como local para palestras, reuniões e para projeção de vídeos. Conta com salas individuais para orientação, direção, mecanografia, secretaria e supervisão; um pátio coberto, dois sanitários masculinos e dois femininos; um sanitário para professores e duas quadras esportivas, sendo apenas uma coberta e uma sala de professores onde os mesmos realizam suas horas-atividades.

A escola conta com uma sala ambiente destinada por escolha do Técnico da SEED para instalação dos computadores do Programa Paraná Digital. A escola conta também com o Programa PROINFO do MEC que encontra-se instalado na mesma sala do Programa Paraná Digital. A escola possui uma biblioteca equipada com materiais para pesquisa, um acervo de mais de cinco mil livros, jornais, revistas, que são colocados à disposição da comunidade escolar, constituindo assim um espaço pedagógico bastante enriquecedor. Sob a responsabilidade de um assistente administrativo, a biblioteca funciona nos três períodos e tem seu regulamento próprio onde estão explicitados sua organização, funcionamento e atribuições do responsável.

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A biblioteca deste estabelecimento de Ensino, denominada como: Maria de Fátima Catarino Osanan é organizada para se integrar com as salas de aulas no desenvolvimento do currículo escolar. Tem como objetivo despertar a criança para a leitura desenvolvendo-lhe o prazer de ler, podendo servir, também, como suporte para a comunidade em suas necessidades de informações. A Escola ainda conta com: a) Equipamentos de Laboratório 01 - Luneta procuradora astronomer 01 – Microscópio esteroscópio 02 – microscópios binocular 01 – binóculo 01 – microscópio olímpus CBA micromunal 01 – microscópio esterocópio micromunal b) Mobiliário – Ainda do Laboratório: 05 – Pias fixas com torneiras, balcão imbutido com portas e gavetas 01 – Prateleira de madeira 01 – armário de aço 02 – Arquivos de aço 01 – Armário de madeira 02 – Escrivaninhas c ) Recursos Físicos: 01 – Diretoria 01 – Secretaria 01 – Sala de Professores 01 – Cozinha 01 – Depósito de Alimentos 01 – Sala de Laboratório de Ciências utilizado como sala ambiente 01 – Sala de Vídeo utilizada como sala de aula 02 - Quadra de Esportes (sendo 01 coberta) 02 – Pátio Coberto 01 – Refeitório 06 – Sanitários 01 – Sala de Supervisão 01 – Sala de Orientação 01 – Cantina 01 – Sala de Mecanografia 01 – Almoxarifado 12 – Salas de Aula Ambiente

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d) Recursos Materiais: 02 – Fogão Industrial 01 - Fogão à Lenha 02 – Geladeiras 02 – Freezer 01 – Filtro 09 – Vídeos Cassetes 11 – Televisores 01 – Aparelho DVD 02 – Retroprojetor 01 – Aparelho de Som 01 – Videokê 06 – Micro Computadores 06 – Impressoras 03 – Rádios 01 – Mesa Completa de Som Ambiente com 20 caixas acústicas pequenas e 03 caixas grandes 02 – Antenas Parabólicas 01 – Linha Telefônica 01 – Linha Telefônica (Internet) 01 - Amplificador 01 – Duplicador a álcool 01 – Duplicador a Tinta 10 – Armário de Aço 12 – Mesas de Professor 50 – Cadeiras Brancas Plásticas 09 – Mesas de Biblioteca 04 – Arquivo de Aço 01 – Máquina de Escrever Eletrônica 14 – Escrivaninhas 03 – Armários de Madeiras 01 – Máquina de Xérox Copiadora FACIT 11 – Cadeiras Estofadas 01 - Freezer de Água Adaptado como Bebedouro com 04 torneiras 08 - Balcões 02 – Mesas para Ping. Pong. d) Cantina – Móveis e Utensílios 01 – Geladeira 01 – Balcão 01 – Prateleira de Madeira

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01 – Mesa de Leitura 05 /2 Grades de Sodinha (Vasilhames) 01 – Fichário 01 - Baleiro 01- Lixeira de Plástico com Tampa 01 – Balcão de Pia 01 – Fogareiro As instalações físicas e o mobiliário dos quais a escola dispõe tornam-na acolhedora, são bem cuidados, para isso procura-se desenvolver em cada cidadão a conscientização para preservação do que foi adquirido com trabalho e participação e que o patrimônio é público, mas de uso individual. Tudo isso vem contribuir para o desenvolvimento do processo pedagógico. GESTÃO DE RECURSOS A instituição da administração colegiada, ao requerer a participação de toda a comunidade escolar nas decisões do processo educativo, democratiza as relações que se desenvolvem na escola, contribuindo para o aperfeiçoamento de sua ação administrativa e pedagógica. Logo, se o colegiado é entendido como instância de análise e decisão de questões relativas ao processo educacional, torna-se evidente que ao mesmo compete as deliberações a respeito da proposta educativa a ser conduzida pela escola. Democracia e transparência são palavras chaves na gestão de recursos da Escola estadual Moreira Salles-Ensino Fundamental. Os mecanismos institucionalizados como APMF. (Associação de Pais Mestres e Funcionários) e Conselho Escolar são formados por pessoas da comunidade, professores, pais e alunos e funcionários que participam e contribuem nas atividades propostas, coordenando e acompanhando o emprego dos recursos recebidos e adquiridos pela escola. A aplicação dos recursos é feita de acordo com as necessidades da escola que venham a contribuir para a promoção da aprendizagem sem desperdício. O trabalho transparente também tem propiciado uma maior integração entre escola, pais e comunidade, pois todos tomam conhecimento e participam do trabalho e das conquistas obtidas pela escola.

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3 – OBJETIVOS GERAIS Este projeto fundamenta toda a concepção de educação que irá embasar as ações do Estabelecimento de Ensino, apontando o trabalho a ser desenvolvido no interior do mesmo e garantindo a todos o acesso ao saber, direcionados pelos seguintes princípios e objetivos: 3.1 – PRINCÍPIOS LEGAIS: - Lei LDB 9394/96

Art. 12. Os estabelecimentos de ensino, respeitadas as normas comuns e As do seu sistema de ensino, terão a incumbência de: I – elaborar e executar sua proposta pedagógica; II – administrar seu pessoal e seus recursos materiais e financeiros; III – assegurar o cumprimento dos dias letivos e horas-aula estabelecidas; IV – velar pelo cumprimento do plano de trabalho de cada docente; V – prover meios para a recuperação dos alunos de menor rendimento; VI – articular-se com as famílias e a comunidade, criando processos de Integração da sociedade com a escola: VII – informar os pais e responsáveis sobre a freqüência e o rendimento Dos alunos, bem como sobre a execução de sua proposta pedagógica. Art. 13. Os docentes incumbir-se-ão de: I – participar da elaboração da proposta pedagógica do estabelecimento de ensino; II – elaborar e cumprir plano de trabalho, segundo a proposta pedagógica do estabelecimento de ensino; III – zelar pela aprendizagem dos alunos; IV – estabelecer estratégias de recuperação para os alunos de menor rendimento; V – ministrar os dias letivos e horas-aula estabelecidos, além de participar integralmente dos períodos dedicados ao planejamento, à avaliação e ao desenvolvimento profissional; VI – colaborar com as atividades de articulação da escola com as famílias e a comunidade;

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Art. 14. Os sistemas de ensino definirão as normas da gestão democrática do ensino público na educação básica, de acordo com as suas peculiariedades e conforme os seguintes princípios: I – Participação dos profissionais da educação na elaboração do projeto pedagógico da escola; II – participação das comunidades escolar e local em conselhos escolares ou equivalente.

3.2 – OBJETIVOS - Propiciar a formação de cidadãos autônomos e críticos, cuja característica seja a capacidade de argumentação sólida; - Entender o aluno como o centro do processo ensino-aprendizagem; - Identificar a realidade da escola, da comunidade, da sociedade como um todo em que a escola está inserida; - Atender os compromissos postos pela educação e por sua função social; - Romper com os paradigmas, pensamentos e realidades do passado e encarar a realidade atual de forma contextualizada; - Promover a articulação escola-família-comunidade; - Criar mecanismos de avaliação diagnóstica. - Tornar a escola um lugar agradável onde o aluno sinta prazer em comparecer; - Diminuir a evasão escolar mantendo o aluno através da diversificação de atividade em sala de aula; - Obter o interesse do corpo docente, discente e comunidade, para juntos atuarem na execução deste Projeto; - Tornar esta escola, uma escola autônoma, organizada, criativa, democrática, viva onde os alunos se tornem cidadãos conscientes; - Envolver a comunidade escolar em discussão e elaboração de propostas para a melhoria das condições de ensino-aprendizagem;

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- Oportunizar aos pais, professores, alunos, diretor, orientador, supervisão, condições de participarem ativamente do processo educacional; - Conscientizar o corpo docente sobre a necessidade de uma ação educativa conjunta; - Incentivar alunos e professores a adquirirem gosto pela pesquisa e modernização de técnicas e aptidões às mudanças; - Conscientizar cada membro da escola sobre a necessidade de auto- reflexão, de atualização profissional e desejo de crescer intelectualmente; - Estimular a participação da comunidade escolar, para discussão aberta, livre e democrática, de forma a fazer com que todos participem da elaboração e desenvolvimento deste projeto; - Formar cidadãos capazes de agir e interagir dentro da sociedade, de forma consciente e produtiva;

- Resgatar a qualidade do ensino e a valorização do conhecimento científico; - Repensar a organização dos saberes escolares para que se efetive a valorização da cultura dos povos do campo e da escola.

4 – MARCO SITUACIONAL 4.1. – Descrição das realidades e análise crítica das contradições e conflitos presentes na realidade e suas relações com a prática educativa. Vivemos um momento em que está havendo o predomínio no ideário dos educadores, do pedagógico, do metodológico, em detrimento do filosófico-político. Vai-se colocando de forma clara novamente a necessidade de “transformar as estruturas, os corações e as mentes em favor de todos e não de um pouco” (Garden.1983:74). Cada vez mais temos de enfrentar o embate ideológico: O que queremos? O que defendemos? Quais os pressupostos de nossas práticas? Que visão de pessoa humana e de sociedade assumimos? As manifestações dos professores revelam uma crise de sentido em relação à escola: os novos professores ou os mais abertos estão desorientados,

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não vendo com clareza qual o papel da escola hoje na sociedade, os mais antigos ou fechados estão em crise, pois percebem que aquele sentido que tinham para a escola não está mais sendo reconhecido e valorizado pelas novas gerações de aluno (e de pais). Estamos vivendo sobretudo na última década, uma crise geral de projetos, de sentidos para as coisas tanto mundial quanto nacional, tanto institucional quanto pessoal, tanto ideológica como sóciopolítico-cultural. Na escola essa crise se manifesta de muitas formas, mas com certeza uma das mais difíceis de enfrentar é a absoluta falta de sentido para o estudo por parte dos alunos. A pergunta “estudar para quê”, nos parece, nunca esteve tão forte na cabeça dos alunos como agora. A resposta, dada por séculos. “Estudar para ser alguém na vida” chega a provocar risos nos alunos, diante da clara constatação de inúmeras pessoas formadas, porém desempregadas ou muito mal remuneradas. Está em processo a queda do mito da mobilidade social através da escola! Essa significação extrínseca – já que não estava ancorada na própria relação pedagógica – foi por muito tempo a tábua de salvação de muitos professores, pois encobria e tornava “suportável” o que la acontecia: os alunos não viam sentido no que estavam fazendo, mas tinham em mente a perspectiva de uma recompensa posterior (*Sofro agora, mas depois terei um bom emprego, serei alguém na vida*). Esse foi o “projeto educativo” de milhares de educadores. A escola ficou protegida das suas contradições internas por um longo período em função de sua relação de “parceria” com o mercado de trabalho. Hoje, os alunos, de um modo geral, continuam não vendo sentido nas práticas de sala de aula, porém não vislumbram mais um futuro promissor pela via do diploma. O professor que baseava sua autoridade nesse mito está perdido. E o que é pior, não tem conseguido articular um outro sentido para o conhecimento, para a escola, para o estudo. Estamos, portanto, diante do autêntico problema, que não é em absoluto novo, mas que agora – finalmente nos parece – tem de ser enfrentado... Embora a situação em sala de aula provavelmente nunca tenha estado tão difícil como agora, ao mesmo tempo que se vai dando: crise do paradigma tradicional da função da escola (ascensão social), hoje, chega-se a um ponto parece que quase extremo e paradoxal, em que se pede que a escola faça tudo aquilo que a família, a igreja e a sociedade não está conseguindo fazer, ou seja, que forme o homem integral. A “produção do homem” é algo que em tese, cabe à civilização como um todo fazer. O que tem ocorrido e que paulatinamente essa função tem sido transferida para uma instância particular, a escola. Há um movimento progressivo: Aprendizagem de condutas e de saberes passam das famílias e das comunidades à escola.

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Normalmente, há um descompasso entre aquilo que os professores registram nos seus planos (formação da cidadania etc) e o objetivo que de fato assumem na relação com os alunos. Todavia, há o perigo de diante da falta de sentido, se cair no jogo atual da super competição: já que o mercado esta cada vez mais restrito, caberia estudar para ser melhor, para passar na frente dos outros, para poder garantir o seu lugar. Em vez de se caminhar para a superação, reforça-se a lógica de exclusão. Essa pseudo superação é um engodo tanto no plano de vista ético-político (por reforçar e exclusão) quanto motivacional: os alunos têm cada vez mais clareza de que são pouquíssimos os lugares, de tal forma que esse apelo a super competição acaba tendo repercussão apenas para um pequeno grupo que se considera em condições de lutar pelos poucos postos disponíveis. Entendemos que a questão do sentido do trabalho pedagógico é a contradição nuclear hoje na educação. Se o professor não acredita, se não vê o sentido do que faz, se diante daquela pergunta do aluno; “Professor, estudar para quê?”não consegue dar uma resposta minimamente satisfatória, se o próprio professor não sabe o que esta fazendo ali, todo o resto, toda à elucubração sobre o ensino fica comprometida. Há, pois, necessidade de o próprio professor resgatar o sentido do trabalho, pensar seriamente sobre a sua prática – “O que é que estou fazendo aqui?” A serviço de que e de quem? Eu acredito no que faço? E ter coragem de tomar uma posição. Urge resgatar o sentido da escola. Que perspectiva apresentar aos alunos? Estudar para quê? “Ser alguém na vida”! “Garantir o seu”, ou ajudar a transformar a realidade? O mundo está para ser reinventado! Isso deve nos remeter a solicitar o melhor de cada um e de todos nós: usar o conhecimento, a imaginação, a intuição, a criatividade para encontrarmos alternativas. É um tremendo desafio colocado ao homem de nosso tempo. Se o educando consegue descobrir os novos prazeres da vida intelectual, se começa a adentrar a questão do conhecimento, no domínio que pode ter das coisas, na possibilidade de construir um outro universo, de fazer-se e não apenas deixar-se pelas forças da sociedade, passa a ser um sujeito mais realizado, que passa da heteronomia para a autonomia. O professor é, por excelência, o articulador do sentido através do trabalho com o conhecimento, ajuda as novas gerações a atribuírem sentido ao mundo em que vivem caso perca o sentido do seu próprio trabalho, perde o eixo de referência do ensino. Hoje, diante do clima de perplexidade do mundo, as pessoas estão procurando ansiosamente sentido para as coisas. O professor tem uma riqueza em mãos que é o conhecimento, pois é através dele que podemos ajudar as pessoas a se localizarem e a entenderem as relações que estabelecem e a que estão submetidas, atribuir sentido e abrir perspectivas de intervenção. É,

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portanto, o tempo por excelência do autêntico conhecimento do verdadeiro mestre e do estudo na sua perspectiva radical. Concluímos com relação à nossa realidade escolar que temos: Uma Sociedade: Injusta, excludente, alienada, opressora, com famílias desestruturadas e valores invertidos, porém com uma significativa parcela de pais conscientes, participativos e colaboradores da escola. Uma Escola: Muitas vezes Reprodutora da ordem social vigente, fragmentada, opressora, manipuladora, excludente, precária, assistencialista e de estrutura física inadequada. Entretanto, preocupada em educar sob a inspiração da ética, transmitindo valores, morais, criando condições para que as diferentes identidades se constituam pelo desenvolvimento da sensibilidade e pelo reconhecimento do direito a igualdade, para que haja a inclusão e a prática da cidadania, o direito a equidade, a educação de qualidade a todos. Alunos: Desmotivados, alienados, excluídos, heterogêneos, inclusive em seus valores e interesses, sem perspectivas (sonhos e esperanças). Entretanto temos também uma grande maioria confiante na educação como possibilidade de mobilidade e ascensão social, destacando-se inclusive em atividades propostas via projetos escolares estaduais e até federais. Professores: Às vezes, sobrecarregados, ansiosos, depressivos, desinformados, descomprometidos, mal preparados. Entretanto temos mestres que, embora mal remunerados, são competentes, esperançosos por educação de qualidade e acima de tudo, comprometidos com a educação, e com a luta em defesa dos seus direitos. Quanto aos funcionários temos: - Agente Educacional I: uma demanda em número defasado, preparados gradativos para a função através de formação continuada, alguns contratados sem concurso público e mal remunerado. Porém temos também funcionários comprometidos com a educação, que atuam como verdadeiros educadores no ambiente escolar. - Agente Educacional II: temos um número suficiente desde 2006, atendendo a demanda, contratados através de concurso público e que vem participando da Formação Continuada recebendo cursos de capacitação para as diversas funções que exercem. (secretaria, biblioteca, mecanografia, etc.)

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4.2 - PERFIL DA COMUNIDADE ESCOLAR Atendemos alunos de Ensino Fundamental tanto da faixa etária de idade escolar adequada, quanto alunos com a idade mais avançada que trabalham no período noturno. Possuímos também crianças com necessidades educacionais especiais, com deficiências auditivas mentais e físicas inclusas com as demais. Nossa escola funciona nos três períodos: manhã, tarde e noite, atendendo as faixas etárias que necessitam estudar e trabalhar. A grande maioria de nosso alunado, apresenta uma condição sócio econômica de baixo poder aquisitivo, sendo filhos de diaristas, trabalhadores do campo, empregadas domésticas, vendedoras autônomas, costureiras, enfim, são oriundos de famílias de baixa renda, sendo aproximadamente 30%, desse alunado advindo do campo, o que implica na necessidade de realização do assistencialismo escolar e problemas educacionais de origem familiar, cultural, sócio-econômico, e até de saúde, o que acaba interferindo no rendimento e no aproveitamento escolar. Alguns entretanto, vivenciam uma infância e uma adolescência repleta de amor, de cuidado, de atenção e de incentivo de suas famílias. Apesar de buscarmos preparar o aluno para a vida e para o trabalho, num processo educativo dialético, numa construção coletiva do conhecimento, na medida do possível, percebemos que muitos de nossos alunos trabalham (alguns vendem sorvete, engraxam, ajudam seus pais nos afazeres domésticos), outros estão matriculados nos programas assistenciais com: PET (Programa de Erradicação do Trabalho Infantil), Bolsa Escola, etc., porém não tem muita expectativa para conseguirem trabalho, uma vez que a escola localiza-se numa região agrícola, num município pequeno, desprovido de indústrias, e no Brasil, que apresenta um mercado de trabalho em colapso. Eles já sabem que muitos ao se tornarem adultos terão que ir para os centros maiores em busca de trabalho para a sobrevivência. Existe na escola um grande apoio, participação e incentivo da comunidade em geral, do Conselho escolar e da APMF. Entretanto a maioria de pais dos alunos que mais precisam do apoio, da participação dos pais em sua vida escolar, não participam, demonstrando um descompromisso com a educação de seus próprios filhos. Apesar desse paradoxo nossos alunos tem se destacado em Jogos Regionais e do Paraná, Concursos de Redações, Agrinho e Paródias na região, premiação nos simulados promovidos pelas escolas particulares regionais e em eventos similares. Acreditamos ainda que para garantir a educação aos alunos com eficiência em nossas escolas, é fundamental que os professores sintam-se apoiados e subsidiados tecnicamente na tarefa de integrar esses alunos no cotidiano da sala

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de aula, julgamos ainda ser fundamental que p professor reflita sobre seu papel de educador e sua prática pedagógica, além de obter informações sobre as deficiências. 4.3 – ANÁLISE CRÍTICA DOS PROBLEMAS E CONFLITOS DA ESCOLA - Com relação à formação inicial e continuada, no corrente ano já iniciaram-se os grupos de estudos por disciplina que têm sido muito bons. Mas, percebemos que nossa maior necessidade está no pequeno número de oferta de cursos de capacitação para os funcionários, o que têm sido inclusive reivindicação dos mesmos e para os professores de Ensino Religioso, por tratar-se de uma disciplina em implantação. - Com respeito aos equipamentos físicos, há a necessidade de no mínimo mais 02 salas de aula, do acabamento da quadra desportiva, com a qual acolhemos os alunos e inclusive a comunidade nos finais de semana,e da adequação das dependências escolares para os alunos portadores de necessidades especiais. - Possuímos equipamentos pedagógicos em quantidade apropriada, entretanto, temos dificuldades em efetuar a manutenção de alguns desses equipamentos como as TVs e Vídeos Cassetes, Computadores e Impressoras. - As relações de trabalho na escola, conforme constatamos em avaliação coletiva interna, geralmente são agradáveis e satisfatórias, entretanto, às vezes percebemos em pequena quantidade, formas de discriminação entre os profissionais da escola e críticas inertes à relação profissional. Entretanto, a ética, o respeito mútuo e o diálogo, sempre predominam. - As turmas são distribuídas e organizadas por turnos segundo a possibilidade de atendimento ao alunado. Os alunos da zona rural estudam no período vespertino que é o período em que os ônibus municipais realizam o transporte escolar, os alunos da zona urbana estudam no período matutino e os alunos maiores de 14 anos que trabalham estudam no período noturno.

- Os professores escolhem as turmas com as quais trabalharão de acordo com sua classificação em concurso, cabendo ao mesmo, a preferência de escolha, sempre que possível. - A hora atividade tem sido organizada de forma a ser cumprida pelo professor na escola em seu horário de trabalho. Entretanto, face a dificuldade de realização, é necessário mudanças constantes no horário. A escola ainda não

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conseguiu fazê-lo de forma em que possa haver na hora atividade, o encontro total dos professores da mesma disciplina. Essa tem sido uma questão de difícil resolução. - No ano de 2005, mesmo com a alteração da média de aprovação para 6,0, a média de reprovação das 24 turmas foi de 23,20%, sendo 28,7% na 5ª Série, 18,9% na 6ª Série, 7,5% na 7ª e 13,1% na 8ª Série. No ano de 2006 tivemos uma média de 88,0% de aprovação, índice superior ao do ano anterior.

- No ano de 2007, tivemos uma taxa de aprovação de 83,20%, sendo 80,20% na 5ª série, 84,80% na 6ª série, 86,20% na 7ª Série e 82,30% na 8ª série; Sendo a taxa de reprovação geral 5,60% e a de abandono 11,00%.

- No ano de 2008 tivemos uma taxa de aprovação geral de 86,00% sendo 90,40% na 5ª série, 8,40% na 6ª série, 86,00% na 7ª Série e 85,20% na 8ª série; Sendo a taxa de reprovação geral 9,80% e a de abandono 4,10%.

Nossa escola atingiu índice 3,4 no IDEB no ano de 2007. Atribuímos essa melhoria, ao apoio dado pela SEED., que manteve duas salas de apoio e uma de recurso, ao esforço da equipe pedagógica e administrativa que dinâmica e atualizada trabalha pela melhoria da qualidade de ensino; e, principalmente ao trabalho árduo dos professores que se empenham ao máximo pela permanência e êxito do aluno, realizando intervenções, refletindo e reavaliando continuamente sua prática pedagógica. 5 – MARCO CONCEITUAL 5.1 – CONCEPÇÕES GERAIS Nossos programas, projetos e ações têm o objetivo primeiro de despertar mentes e corações para o prazer do aprendizado da revelação, da epifania que caracterizam o fascinante processo da descoberta. Está sob nossa responsabilidade formar atores sociais, talentosos, com maturidade intelectual e emocional suficiente para alcançar não apenas o sucesso profissional, mas também contribuir para a sua realização pessoal, sempre em busca da felicidade. Todos os nossos alunos compõem um complexo contingente educacional, ao mesmo tempo em que formam um grupo, uma coletividade, são também seres únicos, dotados de histórias de vidas singulares, ricas e de natureza incomparável. São meninos e meninas, crianças e jovens provenientes das mais diversas realidades e origens. Como já exposto, alguns vivenciam uma infância e uma adolescência repleta de amor, de cuidado, de atenção e de incentivo de suas famílias. Outros, no entanto, sobrevivem a duras penas numa atmosfera

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densa, pesada, em nada parecida com o que deveria ser o aconchego e a proteção de um lar estruturado. São desprovidos dos referenciais mais básicos e tem por alimento da alma, apenas a esperança depositada em dias melhores. Felizes ou apenas esperançosos têm, como todos nós, carências, problemas, alegrias, vontades, medos, posturas e os mais heterogêneos sonhos. Soma-se a isso o fato de estarem atravessando uma fase de formação, de intenso aprendizado, de dúvidas, de questionamentos, de buscas incansáveis... Têm o privilégio, e também a grande responsabilidade, de ter todo um futuro pela frente. Assim, a escola deve adotar uma prática educativa crente de que a mesma é condicionada pelos aspectos sociais, políticos e culturais, mas que contraditoriamente, existe nela um espaço que aponta a possibilidade de transformação social, e que, a educação possibilita a compreensão da realidade histórico-social e explicita o papel do sujeito construtor, transformador dessa mesma realidade. Essa prática educativa pressupõe uma concepção de sociedade democrática, justa e igualitária; do homem/cidadão crítico, participativo, responsável, criativo, transformador; da educação/escola transformadora, autônoma, emancipadora; de mundo com igualdade para todos; do conhecimento aplicado à educação, que é sustentada por uma concepção dialética, em que o ensino-aprendizagem ocorre de forma em que professor e aluno aprendam juntos, numa relação dinâmica, na qual a prática orientada pela teoria, reorienta essa teoria, num processo de constante aperfeiçoamento. Num país com imensas desigualdades e contradições, a educação se apresenta como um fator de esperança e transformação para a sociedade, não apenas permitindo o acesso ao conhecimento, à participação, mas propiciando condições para que o indivíduo construa sua cidadania através da curiosidade que o levará à investigação. Falar de cidadania é falar de igualdade de oportunidade entre as pessoas, da consciência de que é possível transformar e conviver com as diferenças e que o bem-estar individual passa pelo bem-estar coletivo. A construção da cidadania exige transformações profundas na sociedade e mudanças de paradigmas a partir de uma visão ético-política. Essas mudanças ocorrem simultaneamente nas pessoas e no contexto em que estão inseridas. A instituição escolar deve exercer o importante papel político e social cumprindo com seu objetivo fundamental de instrumentalizar os educandos com os requisitos indispensáveis à participação na sociedade moderna. Assim se preenchem algumas das condições para que os educandos do Ensino Fundamental da Escola Estadual Moreira Salles possam usufruir dos bens produzidos pela sociedade, conquistar seus direitos sociais e políticos, e gerar as condições mínimas necessárias ao seu progresso material, intelectual e cultural.

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Sendo o homem sujeito de sua própria educação, toda ação educativa deve promover o próprio indivíduo e não ser instrumento de ajuste deste à sociedade. O homem é um ser que possui raízes espaço-temporais, é um ser situado no, e com o mundo, e é por isso, que o primeiro momento de um planejamento deve ser o diagnóstico. Se o educador ao planejar não buscar conhecer o contexto e as pessoas – alvo de seu trabalho; o que pensam, onde vivem, o que desejam e do que precisam; corre o risco de não atender os desejos e necessidades dos mesmos. É necessário que a escola tenha identidade como instituição de educação fundamental, e que essa entidade seja diversificada em função das características do alunado como cita Paulo Freire “Experimentar com intensidade a dialética entre a leitura do mundo e a leitura da palavra”. É importante reconhecer a contextualização para tornar a aprendizagem significativa ao associá-la com experiências da vida cotidiana. O Ensino Fundamental não inicia a aprendizagem escolar partindo do zero, mas com uma bagagem formada por conceitos adquiridos de modo espontâneo, em geral mais carregados de afetos e valores por resultarem de experiências pessoais, é uma parte relevante da experiência espontânea, é feita de interação com os outros, de influência dos meios de comunicação de convivência social. Além da contextualização, outro princípio pedagógico necessário para a prática educacional é a interdisciplinaridade que é entendida como diálogo entre conhecimentos, ou seja, analisar o mesmo objeto sobre diferentes perspectivas. O trabalho interdisciplinar pode vir a explicar, compreender, intervir, mudar, prever algo que desafia uma disciplina isolada. O professor tem o papel de facilitar a aprendizagem, construindo os sentidos e gerenciando as informações, sempre refletindo, avaliando e ressignificando a sua prática pedagógica através dos mais diversos recursos didáticos e para-didáticos. Queremos que nossos educandos enxerguem no mestre um exemplo a ser seguido, um amigo com quem possam contar e não uma autoridade acima do bem e do mal. Almeja-se formar cidadãos críticos, participativos responsáveis, ativos, sonhadores, esperançosos. Buscamos saberes que pressupõem a ruptura entre concepção e execução, pensar e fazer, teoria e prática, ciência e cultura, saberes estes, que objetivem a socialização do poder, a participação coletiva, que elimine o individualismo, a reciprocidade que exclui a exploração, a solidariedade que supera a opressão, a liberdade e a autonomia que anula a dependência, uma vez que ambas constituem a própria natureza do ato pedagógico. Saberes que não podem ser separados do contexto social, que busquem novas formas de organização,

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visando reduzir o isolamento e a fragmentação entre as diferentes disciplinas curriculares. Idealiza-se uma sociedade justa, realmente democrática e igualitária, que respeite os direitos humanos, em que haja realmente a justiça para todos, independentes da classe social. Uma escola transformadora, autônoma, emancipadora, libertária, inclusiva, cooperativa, com estrutura física e humana adequada e qualificada para atender suas reais necessidades de produzir uma educação de qualidade. Prioriza-se uma educação que privilegie o conhecimento, que forme o cidadão para atuar na vida, enfrentando os desafios, solucionando-os com competência. Que desenvolva o senso crítico para exercer a sua cidadania. 5.2 – AVALIAÇÃO Queremos uma avaliação da aprendizagem diagnóstica, mediadora, formativa, contínua, permanente e cumulativa, que sirva como ponto de partida para retomada do processo de ensino aprendizagem, a partir dos resultados aferidos em seus aspectos cognitivos, psicomotores e afetivos. Utilizando para esta avaliação instrumentos diversificados, valorizando a participação do aluno, avaliando o que realmente é importante para o aluno e tornando claro para o mesmo, o que está sendo cobrado e qual o seu objetivo, proporcionando ao educando a Recuperação Paralela. Pretende-se valorizar as diferentes culturas em prol da coletividade, pois vivemos em um país de grande diversidade cultural. A escola também será avaliada de forma diagnóstica e contínua, através de reuniões semestrais com APMF. Conselho Escolar, Grêmio Estudantil, nas quais serão aplicados questionamentos direcionados a aferição de resultados, reflexão sobre os mesmos, análise de possibilidades das intervenções necessárias no que tange as dimensões: a) dos órgãos colegiados de gestão; b) dos profissionais da educação; c) das condições físicas e materiais; d) das práticas pedagógicas; e) do ambiente educativo; f) do acompanhamento e avaliação dos índices educacionais. 5.3. – CURRÍCULO - CONTEÚDOS As diretrizes curriculares nacionais para a educação básica traçaram como princípios ordenadores do currículo a estética da sensibilidade, a política da igualdade e a ética da identidade.

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Como expressão do tempo contemporâneo, a estética da sensibilidade vem substituir a da repetição e padronização, hegemônica na era das revoluções industriais. Ela estimula a criatividade, o espírito inventivo, a curiosidade pelo inusitado, a afetividade, para facilitar a constituição de identidades capazes de suportar a inquietação, conviver com o incerto, o imprevisível e o diferente. A política da igualdade incorpora a igualdade formal, conquista do período de constituição dos grandes estados nacionais. Seu ponto de partida é o reconhecimento dos direitos humanos e o exercício dos direitos e deveres da cidadania, como fundamento da preparação do educando para a vida civil. Para essa sociedade, a política da igualdade vai se expressar também na busca da equidade no acesso à educação, ao emprego, à saúde, ao meio ambiente saudável e outros benefícios sociais e, no combate a toda a forma de preconceito e discriminação por motivo de raça, sexo, religião, cultura, condição econômica, aparência ou condição física. A ética da identidade se constitui a partir da estética e da política e não por negação delas. Seu ideal é o humanismo de um tempo de transição. A educação é um processo de construção de identidades. Educar sob a inspiração da ética não é transmitir valores morais, mas criar as condições para que as identidades se constituam pelo desenvolvimento da sensibilidade e pelo reconhecimento do direito à igualdade, a fim de que orientem suas condutas por valores que respondam às exigências do seu tempo. As referências concretas de valores devem, seguramente, conter elementos de ação social fundada nos princípios humanistas e constituir uma postura que combata todas as formas de exploração, opressão e discriminação. É também, importante organizar e sistematizar princípios formativos quanto à questão ambiental, às posturas sexuais, consumo, saúde, entre outros. O plano curricular, contém a filosofia e as diretrizes da proposta pedagógica definida pela Secretaria de Estado da Educação, de acordo com a oferta educacional. É flexível e poderá ser alterado sempre que se fizer necessário. O Currículo da Escola Estadual Moreira Salles está organizado por série anual, com base na idade, na competência e na valorização da diversidade cultural, ou por forma diversa de organização, sempre que o interesse do processo de aprendizagem assim o recomendar. O Currículo do ensino Fundamental, de 5ª a 8ª série tem uma base nacional comum que abrangerá obrigatoriamente o estudo da Língua Portuguesa, da Matemática, do Conhecimento do Mundo Físico, Natural e da Realidade Social e Política, especialmente a do Brasil e na parte diversificada será incluído para as quatro séries o Ensino de Inglês como Língua Estrangeira Moderna.

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O Ensino de Arte consistirá componente curricular obrigatório, de forma a promover o desenvolvimento cultural dos alunos. A Educação Física é componente curricular da Educação Básica – Base Nacional Comum. O Ensino Religioso é, de oferta obrigatória para o Estabelecimento, incluso no Núcleo Comum da 5ª e 6ª série, porém, facultativo para o aluno. Nesta estrutura curricular serão trabalhados conteúdos e conhecimentos que enfatizem essas diretrizes e que formem indivíduos aptos para a integração à sociedade, bem como para o mercado de trabalho, flexíveis e prontos a aprender e reaprender conforme exige o contexto de mundo atual. Dentre esses conteúdos destacamos a importância de se trabalhar a História e Geografia regional e local a Cultura Afro Brasileira, o Meio Ambiente, a Paz, o Controle e Prevenção ao Uso de Drogas de forma multidicisplinar, além daqueles específicos e temáticos de cada disciplina. 5.4 – PRINCÍPIOS DE GESTÃO DEMOCRÁTICA E INSTRUMENTOS DE AÇÃO COLEGIADA Quanto às relações de poder, concordamos que o ensino obedeça uma estrutura hierarquizada, a qual deve ser “democrática”, dando autonomia igualitária sem submeter ninguém ao autoritarismo e alienação, por isso queremos uma gestão democrática que abrange além do princípio constitucional, as dimensões administrativa, pedagógica e financeira, e, requer o enfrentamento de todas as questões que excluem e marginalizam o educando, para construir e executar um projeto comprometido com os interesse e anseios das camadas populares, bem como pressupõe a ruptura entre concepção e execução; pensar e fazer, teoria e prática; ciências e cultura. Tal superação pressupõe: - o controle do processo e do produto do trabalho pelos educadores; - articula a socialização do poder e seus pressupostos; - a prática da participação coletiva que elimina o individualismo; - a reciprocidade que exclui a exploração; - a solidariedade que supera a opressão; Tal superação, assegura a transparência das decisões e legitimidade da participação na construção de instrumentos da própria gestão democrática, através de: - Eleição de Diretores - Constituição de Conselho Escolar - APMF. - Grêmio Estudantil

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- Conselho de Classe que requer a participação coletiva dos professores, funcionários, pais e alunos na construção, execução e avaliação do Projeto Político Pedagógico, assegurando assim, a autonomia.

- Entendemos que “a Liberdade e a autonomia constituem a própria natureza do ato pedagógico”, a necessidade da discussão contínua e coletiva da prática pedagógica, da intervenção constante do professor no processo de ensino e aprendizagem e da execução da formação continuada dos profissionais da educação, em especial dos professores que subsidia a dinâmica de sua prática docente, através de capacitação descentralizada e de grupos de estudos. - CONSELHO ESCOLAR - O Conselho Escolar é um órgão colegiado de natureza deliberativa, consultiva e fiscal, não tendo caráter político partidário, religioso, racial e nem lucrativos, não sendo remunerados seus Dirigentes e/ou Conselheiros. Tem por finalidade efetivar a gestão escolar, promovendo a articulação entre os seguimentos da comunidade escolar e os setores da escola, constituindo-se como órgão auxiliar da direção do Estabelecimento de Ensino. Os objetivos do Conselho Escolar são: - democratizar as relações no âmbito da escola, visando à qualidade de ensino através de uma educação transformadora que prepare o indivíduo para o exercício da plena cidadania; - promover a articulação entre os segmentos as comunidade escolar e os setores da escola, a fim de garantir o cumprimento da sua função que é ensinar; - estabelecer, para o âmbito da escola, diretrizes e critérios gerais relativos a sua organização, funcionamento e articulação com a comunidade, de forma compatível com as orientações da política educacional da Secretaria de Estado da Educação, participando e responsabilizando-se social e coletivamente, pela implementação de suas deliberações.

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São atribuições do Conselho Escolar: - estabelecer e acompanhar o projeto político-pedagógico da escola; - analisar e aprovar o Plano Anual da Escola, com base no projeto político-pedagógico da mesma; - acompanhar e avaliar o desempenho da escola face às diretrizes, prioridades e metas estabelecidas no seu Plano Anual, redirecionando as ações quando necessário; - definir critérios para a cessão do prédio escolar para outras atividades que não as de ensino, observando os dispositivos legais emanados da mantenedora, garantindo um fluxo de comunicação permanente, de modo que as informações sejam divulgadas a todos em tempo hábil; - analisar projetos elaborados e/ou em execução por quaisquer dos segmentos que compõem a comunidade escolar, no sentido de avaliar a importância dos mesmos no processo ensino aprendizagem; - propor alternativas de solução dos problemas de natureza administrativa e/ou pedagógica, tanto daqueles detectados pelo próprio órgão, como dos que forem a ele encaminhados por escrito pelos diferentes participantes da comunidade escolar; - articular ações em segmentos da sociedade que possam contribuir para a melhoria da qualidade do processo ensino-aprendizagem; - elaborar e/ou reformular o Estatuto do Conselho Escolar sempre que se fizer necessário; - discutir, analisar, rejeitar ou aprovar propostas de alterações no Regimento Escolar encaminhadas pela equipe pedagógico- administrativa ou membros do Conselho; - promover, sempre que possível, círculos de estudos envolvendo os Conselheiros a partir de necessidades detectadas, visando proporcionar um melhor desenvolvimento do seu trabalho; - tomar ciência do Calendário Escolar observada a legislação vigente e diretrizes emanadas da Secretaria de Estado da Educação; - discutir sobre a proposta curricular da escola, visando ao aperfeiçoamento e enriquecimento desta, respeitadas as diretrizes emanadas da Secretaria de Estado da Educação; - estabelecer critérios de distribuição de material escolar e de outras espécies destinado a alunos, quando fornecido pela Mantenedora ou obtido junto a outras fontes; - assessorar apoiar e colaborar com o Diretor em matéria de sua competência e em todas as suas atribuições, com destaque especial para:

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a) o cumprimento das disposições legais; b) a preservação do prédio e dos equipamentos escolares; c) a aplicação de penalidades previstas no Regimento Escolar quando encaminhada pelo Diretor; d) adoção, e comunicação ao(s) órgãos competente(s) das medidas de emergência em casos de irregularidades graves na escola. e) deliberar sobre a aplicação das verbas existentes no Estabelecimento. APMF A APMF. é um órgão de representação dos Pais, Mestres e Funcionários do Estabelecimento de Ensino, não tendo caráter político partidário, religioso, cultural, não sendo remunerados os seus Dirigentes e Conselheiros. É um órgão colegiado que ajuda a manter a qualidade da educação através da integração dos seus membros que engajados em um único objetivo estabelecem meios para a melhoria na educação, acompanhando sempre em caráter decisório as resoluções dos problemas de ordem administrativa e pedagógica que possam interferir no bom funcionamento da escola. Compete à APMF: - acompanhar o desenvolvimento da Proposta Pedagógica, sugerindo as alterações que julgar necessárias ao Conselho Escolar do Estabelecimento de Ensino, para deferimento ou não; - observar as disposições legais e regulamentares vigentes, inclusive Resoluções emanadas da Secretaria de Estado da Educação, no que concerne à utilização das dependências da Unidade Escolar para a realização de eventos próprios do Estabelecimento de Ensino; - estimular a criação e o desenvolvimento de atividades para pais, alunos, professores, funcionários, assim como para a comunidade, após análise do Conselho Escolar; - promover palestras, conferência e grupos de estudos envolvendo pais, professores, alunos, funcionários e comunidade, a partir de - - necessidades apontadas por esses segmentos, podendo ou não ser emitido certificado, de acordo com os critérios da SEED; - colaborar, de acordo com as possibilidades financeiras da entidade, com as necessidades dos alunos comprovadamente carentes;

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- convocar, através de edital e envio de comunicado, a todos os integrantes da comunidade escolar, com no mínimo 2 (dois) dias úteis de antecedência, para a Assembléia Geral Ordinária, e com no mínimo 1 (um) dia útil para a Assembléia Geral Extraordinária, em horário compatível com o da maioria da comunidade escolar, com pauta claramente definida na convocatória; - reunir-se com o Conselho escolar para definir o destino dos recursos advindos de convênios públicos mediante a elaboração de planos de aplicação, bem como reunir-se para a prestação de contas desses recursos, com registro em ata; - apresentar balancete semestral aos integrantes da comunidade escolar, através de editais e em Assembléia Geral; - registrar em livro ata da APMF, com as assinaturas dos presentes, as reuniões de Diretoria, Conselho Deliberativo e Fiscal, preferencialmente com a participação do Conselho Escolar; - registrar as Assembléias Gerais Ordinárias e Extraordinárias, em livro ata próprio e com as assinaturas dos presentes, no livro de presença (ambos livros da APMF); - registrar em livro próprio a prestação de contas de valores e inventários de bens (patrimônio) da associação, sempre que uma nova Diretoria e Conselho Deliberativo e Fiscal tomarem posse, dando-se conhecimento à Direção do Estabelecimento de Ensino; - aplicar as receitas oriundas de qualquer contribuição voluntária ou doação, comunicando irregularidades, quando constatadas, à Diretoria da Associação e à Direção do Estabelecimento de Ensino; - receber doações e contribuições voluntárias, fornecendo o respectivo recibo preenchido em 02 vias; - promover a locação de serviços de terceiros para prestação de serviços temporários na forma prescrita no Código Civil ou na Consolidação das leis do Trabalho, mediante prévia informação à Secretaria de Estado da Educação; - mobilizar a comunidade escolar, na perspectiva de sua organização enquanto órgão representativo, para que esta comunidade expresse suas expectativas e necessidades; - enviar cópia da prestação de contas da Associação à Direção do Estabelecimento de Ensino, depois de aprovada pelo Conselho Deliberativo e Fiscal e, em seguida, torná-la pública; - apresentar, para aprovação, em Assembléia Geral Extraordinária, atividades com ônus para os pais, alunos, professores, funcionários e demais membros da APMF, ouvido o Conselho Escolar do Estabelecimento de Ensino;

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- indicar entre os seus membros, em reunião de Diretoria, Conselho Deliberativo e Fiscal, o (os) representantes para compor o Conselho Escolar; - celebrar convênios com o Poder Público para o desenvolvimento de atividades curriculares, implantação e implementação de projetos e programas nos Estabelecimentos de Ensino da Rede Pública Estadual, apresentando plano de aplicação dos recursos públicos eventualmente repassados e prestação de contas ao Tribunal de Contas do estado do Paraná dos recursos utilizados; - celebrar contratos administrativos com o Poder Público, nos termos da Lei Federal nº 8.666/93, prestando-se contas ao Tribunal de Contas do Estado do Paraná dos recursos utilizados, com o acompanhamento do Conselho Escolar; - celebrar contratos com pessoas jurídicas de direito privado ou com pessoas físicas para a consecução dos seus fins, nos termos da legislação civil pertinente, mediante prévia informação à Secretaria de Estado da Educação; - manter atualizada, organizada e com arquivo correto toda a documentação referente à APMF, obedecendo a dispositivos legais e normas do Tribunal de Contas; - informar aos órgãos competentes, quando do afastamento do presidente por 30 dias consecutivos anualmente, dando-se ciência ao Diretor do Estabelecimento de Ensino. Parágrafo Único – Manter atualizado o Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ) junto à Receita Federal, a RAIS junto ao Ministério do Trabalho, a Certidão Negativa de Débitos do INSS, o cadastro da Associação junto ao Tribunal de Contas do Estado do Paraná, para solicitação da Certidão Negativa, e outros documentos da legislação vigente, para os fins necessários. GRÊMIO ESTUDANTIL O Grêmio Estudantil Monteiro Lobato é o órgão máximo de representação dos estudantes da Escola Estadual Moreira Salles-Ensino Fundamental, regido por Estatuto próprio aprovado em Assembléia Geral. O Grêmio Estudantil Monteiro Lobato encontra-se em fase de implantação e tem por objetivo representar o corpo discente defendendo os interesses individuais e coletivos do mesmo, incentivar a cultura literária, artística e desportiva de seus membros, promovendo a cooperação entre administradores, funcionários, professores e alunos no trabalho escolar, buscando seu aprimoramento. Tem,

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ainda, a função de realizar intercâmbio e colaboração de caráter cultural e educacional com outras instituições de caráter educacional, assim como a filiação às entidades gerais UMES, UPES e UBES. O Grêmio Estudantil na escola, é importante porque leva os alunos ao conhecimento da problemática que envolve o meio escolar, fazendo com que os mesmos interajam e dêem a sua parcela de contribuição para o enriquecimento educacional, podendo exercer papel importante nas tomadas de decisão, possibilitando que os mesmos dêem os primeiros passos no exercício da cidadania. 6.0 – MARCO OPERACIONAL 6.1. – METAS Nossos alunos precisam de conhecimentos e comportamentos que levem a uma transformação para uma sociedade mais justa e humana. Isso só será possível através da elaboração e execução coletiva de um projeto educacional autêntico, articulado, em que as partes funcionem integralmente e comprometidos em função de objetivos intencionalizados, a fim de reverter a alienação e promover a educação verdadeiramente formadora do cidadão crítico e participativo. Tal projeto só terá êxito se o Projeto Político Pedagógico conseguir articular o projeto político da sociedade envolvente, e o projeto pessoal dos sujeitos envolvidos na educação numa unidade de ação integrada e integrante. É nessa tentativa que formulamos o presente Projeto Político Pedagógico, que contém um marco operacional que contempla e objetiva para a nossa escola, nesse momento histórico, as seguintes metas:

- ser espaço de criação da identidade do educando, atendendo ao princípio do respeito à autonomia do ser do educando e valorizando a diversidade cultural, promovendo atividades culturais diversas; - ser espaço de socialização e de criação de laços comunitários, atendendo aos princípios da consciência do inacabamento e do reconhecimento do ser condicionado, oportunizando momentos de convivência e troca de experiências, através de eventos culturais e esportivos;

- favorecer o acesso à cultura despertando o gosto pelo conhecimento através de palestras e atividades pedagógicas que ajudem o educando a resgatar o gosto de viver, o sentido da vida;

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- combater a evasão e exclusão escolar através da reflexão de todos os envolvidos no processo educacional, sobre as circunstâncias de cada caso; buscando soluções para os problemas constatados; - criar condições para o desenvolvimento de um auto conceito positivo nos educandos, de auto estima, através da valorização de sua produção contínua em sala de aula, do bom relacionamento entre aluno/professor, do incentivo constante; - levar o aluno a adquirir método de pensamento, conhecimento, pesquisa, investigação, através de metodologia de trabalho docente que priorize o raciocínio e o interesse pelo conhecimento; - favorecer o desenvolvimento de instrumentos de participação na sociedade, através da construção do conhecimento, de forma significativa, crítica, criativa e duradoura, e, do trabalho com conceitos fundamentais para a leitura e intervenção no mundo, através da participação em simulados, olimpíadas, gincanas culturais, desportivas, concursos de redação, projetos extra-escolares, e extra escolares como os promovidos pelo Rotary Club dentre outros; - ajudar a desenvolver no aluno um sentido de transcendência, de compromisso com uma causa maior, ser capaz de pensar e de vivenciar algo além de seus interesses imediatos – além do dinheiro, do poder e do prazer (Gandin. 1995:20): isso supõe um embasamento em valores como justiça, verdade, solidariedade, respeito. E dessa forma, ser espaço que abre possibilidades para a recriação do mundo que o cerca e, para tanto, trabalhar na prática docente o significado e a importância da prática dos valores supra-citados, de forma inter e multidisciplinar. - deseja-se, pois, ajudar a formar um aluno com capacidade de refletir, compreender o mundo que o cerca, tomar decisões, desenvolver valores, ser solidário, crítico, comprometido com a transformação, julgar e intervir na realidade. A libertação e a aprendizagem são atos eminentemente coletivos. Para tanto, o trabalho docente deve ter tais comprometimentos em sua prática e articular-se inter e multidisciplinarmente.

- Promover aos alunos oriundos e trabalhadores do campo, uma educação articuladora de forma que organizem-se assumam a condição de sujeitos da direção do seu destino através da reflexão das lutas camponesas da luta pela terra e pela Reforma Agrária, aprendendo a pensar-se o trabalho, seu país e sua educação.

A contribuição específica encontrada nesse processo de

formar o sujeito, ocorre pela mediação dos conteúdos (conhecimentos, habilidades, atitudes) num contexto comunitário. E para tanto, temos que nos

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preocupar com o acesso a permanência e o crescimento da consciência das classes dominadas através da escola, articulada e a outras frentes de luta, através dos trabalhos com conteúdos, enfoques e metodologias voltadas para essa mediação, inseridos nesse contexto crítico. Analisando e refletindo sobre nossas metas, entendemos que para o educando, apropriar-se efetivamente de conhecimentos e de práticas humanas sintetizadas nesses conhecimentos, significa pois, um processo de humanização. A questão da construção do conhecimento, por sua vez, não esgota a tarefa da escola. Não basta conhecer, tem de transferir, criar, fazer, enfim, há que transformar. Conhecer então, para quê? Para poder compreender o mundo em que se vive, para poder usufruir dele, mas sobretudo para poder transformá-lo! Isso implica tanto o professor se compreender como sujeito de transformação, como ter clareza de que está participando da formação dos novos sujeitos de transformação. Acredita-se na viabilidade da transformação da realidade, pois quem não acredita nessa viabilidade, não deveria exercer o magistério, pois ser professor é essencialmente acreditar na possibilidade desse vir-a-ser. - Outra meta é a prática cotidiana em nossa escola, dos princípios da: Autonomia Administrativa – para elaborar e gerir seus planos, programas, projetos-constituição de Conselhos Escolares.

Jurídica - para elaborar suas próprias normas e orientações escolares: matrículas, transferências, admissão de professores, concessão de graus, mesmo ligada à legislação de órgãos centrais.

Financeira – para administrar recursos a ela destinadas pelo Poder Público, atendendo as orientações da mantenedora e administrar outras fontes de receitas com fins específicos –APMF. Pedagógica – que abrange os seguintes aspectos: poder decisório referente à melhoria do ensino-aprendizagem, adoção de critérios próprios de organização da vida escolar e de pessoal docente.

- Flexibilidade - avaliação contínua e constante do Processo Ensino Aprendizagem

- Gestão Democrática

- Do Comprometimento com:

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• a competência primordial da escola: educar, ensinar e aprender;

• a dinamização dos conteúdos curriculares de maneira a provocar a

participação do aluno;

• a luta pela valorização dos profissionais da educação e melhores

condições de trabalho;

• a valorização das experiências e dos diferentes saberes dos

educandos;

• a plena atuação das instâncias colegiadas na escola: Grêmio

Estudantil, Conselho Escolar, APMF., e Conselho de Classe;

• a definição da política global da escola, elaborada com a participação

de todos os segmentos da mesma;

• a participação da escola na definição das políticas públicas, da

educação;

6.2 – ORGANIZAÇÃO INTERNA DA ESCOLA

Nosso tempo escolar está organizado em séries de 5ª à 8ª, funcionando nos três períodos: matutino, vespertino e noturno, sendo que esse último, voltou a funcionar no início do ano letivo de 2.006. Após análise realizada pela direção, equipe pedagógica e pelo corpo docente, dos três modelos de Matrizes Curriculares enviadas pela SEED, a maioria optou pela Grade Curricular anexada no final deste tópico. - Temos ainda como meta, a realização dos projetos multidisciplinares e interdisciplinares em anexo. - O presente Projeto Político Pedagógico será acompanhado e avaliado pela APMF. (Associação de Pais, Mestres e Funcionários) da escola, Conselho Escolar, Grêmio Estudantil, conforme explicitação no item 6.7. - A avaliação da aprendizagem que já é realizada continuamente e aferida bimestralmente, é registrada em notas e são analisados os resultados obtidos para a realização das intervenções pedagógicas necessárias, tais como a Recuperação Paralela, encaminhamento às Salas de Apoio e de Recursos, se preciso. Quando o professor regente detecta distúrbios de aprendizagem, em determinados alunos, os mesmos passam por um processo de avaliação realizado

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pela professora da Sala de Recursos e equipe pedagógica, e, confirmada a necessidade, passam a freqüentar a sala de Recursos, que funciona somente no período da tarde, onde são atendidos conforme cronograma a seguir. Até o final do ano letivo de 2007, nossa escola contava ainda com o sistema de progressão parcial, porém com a reformulação do regimento escolar, esse sistema deixou de existir por opção da maioria, todavia, os alunos recebidos pela escola (transferências recebidas) com dependência em até três disciplinas serão atendidos mediante plano especial de estudos. Os resultados obtidos pelos alunos a cada bimestre são trabalhados pela escola em reuniões bimestrais de acompanhamento com os pais, promovendo assim, a articulação escola-família-comunidade, a qual também ocorre através da realização de palestras, com profissionais especializados como psicólogos, nutricionistas, médicos e advogados, festividades e atividades lúdicas e desportivas. Esses procedimentos que já utilizados se constituirão como metas.

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ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

ESCOLA ESTADUAL MOREIRA SALLES-ENSINO FUNDAMENTAL AVENIDA JOÃO ADAMO, 605 – MOREIRA SALES – PARANÁ

TEL/FAX: (0XX) 44 – 532 1518

NRE: 13 – GOIO-ERE MUNICÍPIO: 1620 – MOREIRA SALES

ESTABELECIMENTO: 00012 – MOREIRA S ESC EST – ENS FUND ENTIDADE MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ CURSO: 4000 – ENS.GR.5/8 SER TURNO: DIURNO ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2006 – SIMULTÂNEA MÓDULO: 40 SEMANAS

ÁREAS

DISCIPLINAS / SÉRIE

5

6

7

8

LINGUAGENS

CÓDIGOS E SUAS

TECNOLOGIAS

LINGUA PORTUGUESA EDUCAÇÃO ARTÍSTICA EDUCAÇÃO FÍSICA

4 2 3

4 2 3

4 2 3

4 2 3

CIÊNCIAS DA NATUREZA,

MATEMÁTICA E SUAS

TECNOLOGIAS

MATEMÁTICA CIENCIAS

4

3

4

3

4

4

4

3

CIÊNCIAS HUMANAS

E SUAS TECNOLOGIAS

HISTÓRIA GEOGRAFIA ENSINO RELIGIOSO *

3 3 1

3 3 1

3 3 0

4 3 0

B A S E

N A C I O N A L

C O M U M

SUB-TOTAL

22

22

23

23

L.E.M. INGLÊS

2

2

2

2

SUB- TOTAL

2

2

2

2

TOTAL GERAL

24

25

25

25

P D

NOTA: MATRIZ CURRICULAR DE ACORDO COM A LDB N. 9394/96 NÃO COMPUTADA NA CARGA HORARIA DA MATRIZ POR SER FACULT ATIVA PARA O ALUNO.

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6.3 – RELAÇÕES ENTRE ASPECTOS ADMINISTRATIVOS E PEDAGÓGICOS A fim de compreender melhor a estrutura da escola, apresentamos o Organograma do Estabelecimento:

APM

DIREÇÃO

CONSELHO ESCOLAR

EQUIPE ADMINISTRATIVA

EQUIPE PEDAGÓGICA

SECRE TARIA

AUX. ADMINIS- TRATIVOS

SERVIÇOS

GERAIS

SUPERVISÃO DE

ENSINO

OR. EDUCA CIONAL

CORPO

DOCENTE

BIBLIO-

TECÁRIA

O sucesso do processo ensino aprendizagem depende do convívio produtivo e cooperativo de seus membros. Dessa forma em nossas relações cotidianas consideramos fundamentais as práticas, pedagógicas e administrativas que se possa dialogar, pedir ajuda, aproveitar criticar, explicar um ponto de vista, coordenar ações para obter sucesso em uma tarefa conjunta. Somos sabedores de que trabalhar em grupo de maneira cooperativa é sempre uma tarefa difícil, por isso procuramos criar um clima favorável que favoreça o aprendizado, o respeito por parte do grupo, assegurando a participação de todos. A comunicação propiciada nas atividades em grupo leva nossos alunos a perceber a necessidade de dialogar, resolver mal entendidos, ressaltar diferenças e semelhanças, explicar e exemplificar apropriando-se de conhecimentos e da prática da arte de dialogar e da união que se faz necessária também entre os aspectos pedagógicos e administrativos como um todo, para o sucesso do processo ensino-aprendizagem.

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6.4 – AVALIAÇÃO/RECUPERAÇÃO/PRÉ-CONSELHO/CONSELHO DE CLASSE

AVALIAÇÃO

A avaliação do aproveitamento escolar promovida e realizada pelo corpo docente da Escola Estadual Moreira Salles-Ensino Fundamental, constitui-se de forma que auxilie o aluno no processo de aprendizagem significativa e não de forma somente voltada para a promoção. A LDB. Lei nº 9394/96, determina em seu art. 24, inciso V, alínea a que, a verificação do rendimento escolar observará os seguintes critérios: avaliação contínua e cumulativa do desempenho do aluno, com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos e dos resultados ao longo do período sobre os de eventuais provas finais. Corroborando com esse mandamento legal a Deliberação nº 007/99 do Conselho Estadual de Educação assim dispõe: Art. 1º A avaliação deve ser entendida como um dos aspectos do ensino pelo qual o professor estuda e interpreta os dados da aprendizagem e de seu próprio trabalho, com finalidades de acompanhar e aperfeiçoar o processo de aprendizagem dos alunos, bem como diagnosticar seus resultados e atribuir-lhes valor. § 1º - A avaliação deve dar condições para que seja possível ao professor tomar decisões quanto ao aperfeiçoamento das situações de aprendizagem. § 2º - A avaliação deve proporcionar dados que permitam ao estabelecimento de ensino promover a reformulação do currículo com adequação dos conteúdos e métodos de ensino. § 3º - A avaliação deve possibilitar novas alternativas para o planejamento do estabelecimento de ensino e do sistema de ensino como um todo. Assim, seguindo a legislação nacional vigente, bem como as normas gerais para Avaliação do Aproveitamento Escolar do Sistema Estadual de Ensino, a avaliação da Escola Estadual Moreira Salles: - incidirá sobre o desempenho do aluno em diferentes situações de aprendizagem;

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- utilizará técnicas e instrumentos diversificados como provas escritas, objetivas e subjetivas, debates, seminários, trabalhos de pesquisa, desde que orientados e ou acompanhados pelo professor, participação do aluno na realização de atividades propostas com a correção do professor, trabalhos individuais e coletivos;

- considerará o desempenho do aluno de acordo com suas habilidades, aptidões, diferenças individuais, sócio econômico-culturais, sua capacidade individual, e participação efetiva nas atividades propostas;

- preponderará os aspectos qualitativos da aprendizagem; - considerará a interdisciplinariedade e a multidisciplinariedade dos conteúdos; - será contínua, pois obedecerá a ordenação e à seqüência do ensino e da aprendizagem, bem como à orientação do currículo; - será permanente, pois, serão considerados os resultados obtidos durante o período letivo, num processo contínuo cujo resultado final venha a incorporá-lo, expressando a totalidade do aproveitamento escolar, tornando na sua melhor forma. - será cumulativa, pois os resultados obtidos durante todo o período letivo é que serão preponderantes para a promoção; - serão registradas na caderneta do professor para assegurar a regularidade e a autenticidade da vida escolar do aluno; - servirá para o professor rever criticamente e reorientar sua atuação, repensar sua metodologia, a qualidade das relações inter pessoais e afetivas entre professor e aluno, que devem presidir a ação educativa; - ofertará aos alunos no mínimo duas oportunidades de aferição por bimestre, podendo ser as mesmas de (zero) a 10,0 (dez vírgula zero) pontos, (média aritmética), ou somatória, ficando tal opção a critério de cada professor, o qual deverá especificar no planejamento a opção utilizada, e no livro Registro de Classe, o valor a identificação de cada avaliação.

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O resultado parcial da avaliação será apresentado bimestralmente e ao término do período letivo será calculada somando-se os resultados bimestrais utilizando a seguinte fórmula:

1º bim. + 2º bim. + 3º bim. + 4º bim. = 6,0

4 Para promoção do aluno, o mínimo exigido por disciplina será 6,0 (seis vírgula zero). As notas serão expressas numa graduação numa escala de 0 (zero) a 10,0 (dez vírgula zero). Também é exigida a freqüência mínima de 75% do total de horas letivas para a aprovação. A avaliação é entendida como um dos aspectos do ensino pelo qual o professor estuda e interpreta os dados de aprendizagem dos alunos, bem como diagnostica seus resultados. A avaliação deve dar condições para que seja possível ao professor tomar decisões quanto ao aperfeiçoamento das situações de aprendizagem, proporcionando dados que permitam ao Estabelecimento promover a reformulação de Currículo com adequação dos conteúdos e métodos de ensino, deve também, possibilitar novas alternativas para o planejamento deste Estabelecimento de Ensino e do Sistema Educacional, ou seja, servirá para subsidiar a tomada de decisões em relação à continuidade do trabalho pedagógico e não para decidir quem será excluído do processo.

RECUPERAÇÃO PARALELA A Deliberação nº 007/99 do Conselho Estadual de Educação, as normas gerais para a Recuperação de estudos, entre outros, estabelecem em seu art. 10 que o aluno cujo aproveitamento escolar for insuficiente poderá obter a aprovação mediante a recuperação de estudos, proporcionados obrigatoriamente pelo estabelecimento. A recuperação deve ser entendida como um dos aspectos da própria aprendizagem no seu desenvolvimento contínuo, no qual o aluno, com aproveitamento insuficiente, dispõe de condições próprias que lhe possibilitem a apreensão dos conteúdos básicos retomados pelo professor, com novas e deferentes estratégias metodológicas para a superação das dificuldades detectadas na avaliação.

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Desta forma, a recuperação será realizada através da retomada dos conteúdos necessários, propiciando novamente aos alunos, a construção do conhecimento não ocorrido anteriormente. Os procedimentos utilizados na recuperação paralela, serão previstos em planejamento e deverão ser anotados no livro registro do professor, para a comprovação das intervenções realizadas, sendo assim asseguradas as condições pedagógicas possíveis, de acordo com a supra citada Deliberação, e o Regimento Escolar.

“O processo de recuperação do aluno será desenvolvido de forma concomitante, através de aulas com retomadas de conteúdos, atividades extra classe, tarefas orientadas pelo professor e realizadas em contra turno. Aos alunos que não atingirem 60% o rendimento escolar, será oportunizado uma nova avaliação; sendo considerado melhor resultado obtido”.

No que tange à forma de comunicação dos resultados, estes serão entregues à secretaria do estabelecimento bimestralmente, a fim de assegurar a regularidade da vida escolar do aluno, onde serão elaborados os boletins. Esses resultados serão divulgados pelos professores na sala e nas reuniões de pais, que acontecerão bimestralmente com a entrega dos mesmos aos pais ou responsáveis.

PRÉ CONSELHO

Antes do Conselho de Classe propriamente dito, propõe-se um Pré Conselho utilizando um tempo maior, para a investigação e análise dos problemas que interferem no processo pedagógico, com maior possibilidade de análise dos resultados de aprendizagem. O Pré Conselho possibilita um levantamento antecipado de problemas a serem solucionados, maior interferência dos pedagogos e direção, maior espontaneidade do professor nos relatos, além de uma coleta antecipada de sugestões para o alcance de resultados. Propicia o tempo necessário para os pedagogos relatarem as causas sociais dos problemas evidenciados; a obtenção de informações antecipadas aos pedagogos, e a preparação antecipada dos alunos para se prepararem para o Conselho de Classe. O Pré Conselho realizado nas horas atividades com um ou mais professores tem como finalidade:

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- estudar e interpretar os dados da aprendizagem na sua relação com o trabalho do professor na direção do processo ensino-aprendizagem, proposto pelo plano curricular; - acompanhar e aperfeiçoar o processo de aprendizagem dos alunos, bem como diagnosticar seus resultados e atribuir-lhes valor; - analisar os resultados da aprendizagem na relação com o desempenho da turma, com a organização dos conteúdos e o encaminhamento metodológico; - O Pré-Conselho analisará em um primeiro momento: - O perfil da turma; - As dificuldades individuais e coletivas dos alunos – questões sociais; - sucessos e insucessos percebidos no processo pedagógico; - metodologia utilizada e seus resultados; - instrumentos utilizados na avaliação; - dificuldades encontradas pelo professor; - atividades realizadas para solucionar os problemas; - coleta de informações a serem analisadas e refletidas coletivamente no Conselho de Classe; - coleta de sugestões para resolução dos problemas ou melhoria da aprendizagem; Num segundo momento, pedagogos e diretor farão a tabulação e análise dos dados obtidos – sucessos e insucessos e confecção do material de apoio para o Conselho de Classe (gráficos, transparências, cartazes, etc.) Num terceiro momento será o trabalho das pedagogas com os alunos em sala de aula que consistirá em análise e debate sobre os problemas e necessidades de Conselho de Classe: questão conceitual e função do Conselho de Classe; avaliação do processo pedagógico: dificuldades encontradas pelos alunos, reclamações, sucessos, insucessos, sugestões, depoimentos, elogios, solicitações.

CONSELHO DE CLASSE

O Conselho de Classe é o momento e o espaço de uma avaliação diagnóstica da ação-pedagógica-educativa, não devendo se ater a notas ou problemas de determinados alunos. É uma forma de avaliação de controle da realização da proposta pedagógica. É um espaço de avaliação do professor e dos serviços pedagógicos sobre seu próprio trabalho e busca conjunta de alternativas de ação que levem a consecução dos objetivos propostos. É um órgão colegiado de natureza consultiva em assuntos didático pedagógico, com atuação restrita a cada classe

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do Estabelecimento de Ensino, tendo por objetivo avaliar o processo ensino aprendizagem na relação professor-aluno e os procedimentos adequados a cada caso.

- O Conselho de Classe será constituído pelo Diretor, pelo Professor Pedagogo e por todos os professores que atuam numa mesma classe.

- A presidência do Conselho de Classe está a cargo do diretor que, em sua falta ou impedimento, será substituído pelo Professor Pedagogo. - Conselho de Classe reunir-se-á ordinariamente em cada bimestre, em datas previstas no Calendário Escolar, e extraordinariamente, sempre que um fato relevante assim o exigir. - A convocação para as reuniões será feita através de edital, com antecedência de 48 horas, sendo obrigatório o comparecimento de todos os membros convocados, ficando os faltosos passíveis de desconto nos vencimentos. Podendo ser realizado a qualquer momento, dependendo da necessidade, o Conselho de Classe tem por atribuições: - A auto avaliação dos professores sobre o processo pedagógico; - A apresentação do relato constituído pelas pedagogas, com os dados colhidos no Pré-Conselho; - A reflexão coletiva sobre o relato-problemas evidenciados no Pré Conselho ou fora dele; - A reflexão sobre o aluno, sua totalidade questões sociais; - Apresentação das sugestões de soluções, para os problemas evidenciados no Pré-Conselho; - A combinação coletiva das ações a serem colocadas em prática; - Emitir parecer sobre assuntos referentes ao processo ensino aprendizagem, respondendo a consultas feitas pelo Diretor e pela Equipe Pedagógica; - Analisar as informações sobre os conteúdos curriculares, encaminhamento metodológico e processo de avaliação que afetem o rendimento escolar; - Propor medidas para melhoria do aproveitamento escolar, integração e relacionamento dos alunos na classe; - Estabelecer planos viáveis de recuperação dos alunos, em consonância com o plano curricular do estabelecimento de ensino;

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- Colaborar com a Equipe Pedagógica na elaboração e execução dos planos de adaptação de alunos transferidos, quando se fizer necessário. - Será efetuado o registro (ata) do Conselho de Classe e assinado por todos, com os propósitos de mudanças. 6.5 – INTERVENÇÕES PEDAGÓGICAS As intervenções pedagógicas que asseguram a aprendizagem e a apropriação dos conteúdos trabalhados, como a Sala de Recursos e as Sala de Apoio, mantidas pela SEED., dentre outras, se constituirão em mais instrumentos no processo ensino-aprendizagem. O trabalho educativo deve incorporar novas metodologias aos comportamentos culturalmente cristalizados e assim promover mudanças significativas no processo educacional, tais alternativas podem ser muito criativas, pouco dispendiosas e na escola são discutidas, implementadas a fim de complemento para as aulas, mas por outro lado as mudanças exigem espaço para o diálogo, e conseqüentemente novas práticas. A LDB. deixa claro que é necessário trabalhar com diferentes áreas do conhecimento contemplando a formação plena dos educandos. A educação deve ser entendida como meio que possibilita transformar o homem anônimo, naquele que sabe e que quer escolher, que é sujeito participante de sua reflexão, da reflexão do mundo e da sua própria história, assumindo a responsabilidade dos seus atos e das mudanças que fizer acontecer. O processo educativo deve permitir a modificação da realidade alterando o seu rumo, provocando as rupturas necessárias e aglutinando as forças que garantem a sustentação do espaço onde o novo seja buscado, construído e refletido. Para que este processo se efetive, faremos quando adequado e necessário intervenções pedagógicas que venham assegurar a aprendizagem e a apropriação dos conteúdos trabalhados, como: - Reuniões com pais, APMF., professores e funcionários, Conselho Escolar e Conselho Tutelar; - Participação da comunidade nas diversidades escolares; - Discussão sobre as dificuldades encontradas no processo ensino- aprendizagem a fim de buscar soluções; - Elaboração e execução de projetos; diversos, especificados à frente; - Promoção da participação dos alunos em projetos escolares e regionais Como:

• Campeonato de Xadrez • Olimpíadas Regionais de Matemática

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• Maratona Cultural • Festivais de Folclore (Regional) • Simulados • Gincana recreativas Culturais e Desportivas • Jogos Escolares • Eventos Festivos e Culturais como: Festa Junina, Concurso de Paródias etc.

- Elaboração e execução de projetos, sejam eles dos docentes, da escola, da SEED., ou de âmbito federal. Sobre essa última, consideramos de grande importância todos os projetos desenvolvidos pelos professores em suas disciplinas, incluídos e ou citados em suas metodologias ou escrito separadamente e anexados a esse documento, como os da escola, tanto da área administrativa e pedagógica como os interdisciplinares que seguem abaixo relacionados e ou anexados. PROJETOS EXECUTADOS NO ÂMBITO - FEDERAL - Programa Segundo Tempo – Educação Física - Programa Nestlé – Português - OBMEP. Olimpíada Brasileira de Matemática - Matemática - OBA . Olimpíada Brasileira de Astronomia - Ciências - Conferência Nacional Infanto Juvenil pelo Meio Ambiente – Ciências e Geografia - TV Escola - Cultura Afro Brasileira – Principalmente em História, Literatura e Artes, porém trabalhados em todas as demais disciplinas. - Programa Nacional Educação Fiscal – Equipe Pedagógica e todas as disciplinas. - ESTADUAL - FERA – Artes entre outras - Com Ciência – Disciplinas Diversas - Agenda 21 – Todas as disciplinas (Anexo) - Segurança e Paz na Escola – Disciplinas diversas - Educação Fiscal – Disciplinas diversas - Agrinho – Português e disciplinas diversas, conforme o tema. - Meio Ambiente – Geografia e Ciências

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- Controle e Prevenção ao uso de Drogas – Em todas as disciplinas, porém com maior ênfase as disciplinas de Ciências e Ed. Física. - Programa de Mobilização para a Inclusão Escolar e a Valorização da Vida – toda comunidade escolar (Professor, Pedagogo, Direção, Conselho Tutelar, Promotor de Justiça, Juiz da Infância e da Juventude). - Educação do Campo – Equipe Pedagógica e todas as disciplinas. - Programa Estadual Educação Fiscal do Paraná – Equipe Pedagógica e todas as disciplinas. – Programa Via a Escola

– Projeto Dança na Escola – Artes – Projeto Esporte na Escola – Educação Física – Projeto Teatroleitura – Artes – Projeto Jogos de tabuleiro - Matemática

- ESCOLAR - Olimpíada Cultural O Projeto Olimpíada Cultural foi criado com objetivo de estimular a revisão dos conteúdos fundamentais à participação em um processo avaliativo diferenciado onde o educando manuseia gabaritos e observa seus próprios resultados. Esse projeto é desenvolvido com o apoio do Rotary Club de Moreira Sales, que se responsabiliza pela solenidade de premiação. Tem auxiliado muito na ampliação do universo cultural dos alunos, proporcionando aprofundamento aos estudos através de revisão e despertando o interesse e a iniciativa à pesquisa individual e coletiva, familiarizando-os com o sistema de testes com questões de múltipla escolha. Esse projeto é desenvolvido com base no regulamento, organizado pelos professores, equipe pedagógica e administrativa, representantes do Conselho Escolar e alunos representantes das turmas. 6.6 – METAS CONCLUSIVAS Temos ainda como metas conclusivas a busca da compreensão de que é preciso apontar para a possibilidade da escola como elemento de mudança das reações sociais. De tal forma que se possa voltar a ter esperança de um futuro melhor; ou será que a escola nada pode, diante de um destino previamente traçados para o aluno e para a humanidade? É óbvio que não, da forma ingênua como no passado, quando se acreditava numa escola redentora da humanidade, desvinculada do resto da sociedade.

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Em todos os processos pedagógicos precisamos levar em conta a dialética de continuidade-ruptura, qual seja lembrada, que o novo se faz a partir do velho, e que durante algum tempo, os dois vão conviver, só que tensamente, visto o compromisso com a superação. Assim, de imediato, não podemos abrir mão das tarefas que estão colocadas (ex. Vestibular, o mercado de trabalho, etc.) trata-se do apoio à continuidade. Todavia não podemos também deixar de lutar para que o novo possa emergir a partir da forma de novas relações entre os homens, o que vai nos levar a realizar as tarefas postas de forma única e inovadora, esse é o pólo da ruptura. Administrar essa tensão não é absolutamente fácil, embora imprescindível. Precisamos ter a coragem e a ousadia necessária no sentido de nos abrirmos a todas as possíveis mudanças (não só do ponto de vista epistemológico, mas sobretudo sócio-político-econômico-social), apontando para o novo e assumindo um caminhar ainda que inicialmente com passos pequenos, em sua direção. Temos a esperança de que as nossas palavras, corroboradas e impregnadas pela verdade impressa em nossas ações, possam colaborar para a discussão, para o debate e para a reflexão em torno dessa educação efetiva e eficaz. Uma educação que privilegia a criação de gerações mais capacitadas, tanto para contribuir para o desenvolvimento e o progresso da ciência, quanto para desfrutar todos os seus benefícios. Uma educação que oriente e funcione como a bússola que desvenda as infinitas maneiras de navegar com sucesso pelos mares da vida. 6.7 - Avaliação do Projeto Político Pedagógico Construir um Projeto Político Pedagógico significa repensar, refletir e incorporar novas idéias e formas democráticas à prática educativa numa perspectiva emancipatória e transformadora da educação, exigindo compromisso político pedagógico de todos os profissionais envolvidos no processo educativo. Para a construção do Projeto Político Pedagógico da Escola Estadual Moreira Salles-Ensino Fundamental, os professores e funcionários deste estabelecimento, utilizando os espaços proporcionados pela Secretaria de Estado da Educação, pelo Núcleo Regional de Educação e pela própria escola, tais como: semana pedagógica, cursos específicos de elaboração das Diretrizes Curriculares Estaduais, reuniões pedagógicas, grupos de estudos, jornadas pedagógicas, horas atividades, pesquisas e consultas junto à comunidade, aprofundaram seus estudos, debateram e refletiram criticamente. Esse processo configurou-se em um texto que representa os limites e as possibilidades de nossa escola, constituindo a referência para a organização do trabalho pedagógico escolar, expressando a sua intencionalidade político pedagógica de educação e

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de sociedade, uma educação emancipatória que assegure uma aprendizagem de qualidade para todos. O Projeto Político Pedagógico, será avaliado pelo Conselho Escolar. Para que o mesmo possa ser aprovado, será exposto, lido e estudado pelos membros do Conselho, em reunião convocada para esse fim e, após a aprovação, assinarão a ata específica será avaliado semestralmente, pela equipe pedagógica e administrativa e corpo docente, por ocasião das capacitações e planejamentos e, continuamente por toda a comunidade escolar, podendo ser realimentado sempre que se fizer necessário. 7 – PROJETO: 1 – IDENTIFICAÇÃO DOS PROFISSIONAIS: Equipe Administrativa e Pedagógica da Escola 2 – IDENTIFICAÇÃO DA ESCOLA: Escola Estadual Moreira Salles-Ensino Fundamental 3 – PROJETO: 3.1 – TÍTULO: “OLIMPÍADA CULTURAL” 3.2 – BENEFICIADOS: Alunos de 7ª e 8ª Séries 4 - JUSTIFICATIVA No advento do Terceiro Milênio, observa-se que um dos mecanismos de avaliação para o ingresso no mercado de trabalho e no Ensino Superior, prende-se na avaliação objetiva, com a utilização de gabaritos. E esta avaliação embasa-se na averiguação de conteúdos fundamentais, considerados pré-requisitos para um desempenho satisfatório do seu papel de cidadão conscientes e atuante no processo de desenvolvimento pessoal e social. Diante desse quadro, os docentes da Escola Estadual Moreira Salles-Ensino Fundamental, procurando proporcionar aos alunos de 7ª e 8ª séries um contato com o universo que o aguarda e, diferenciado daquele do seu dia-a-dia,estimulando-os à uma revisão de conteúdos e a participar de momentos e da expectativa em uma experiência num processo avaliativo diferenciado,

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manuseando gabaritos e logo após observando os seus próprios resultados, criar a “Olimpíada Cultural”. Os alunos que atingirem maior número de acertos nesta avaliação serão premiados de acordo com o regulamento. Este projeto será desenvolvido em parceria com o Rotary Club de Moreira Sales, que se responsabilizará pela solenidade de premiação. 5 – OBJETIVO GERAL - Ampliar o universo cultural dos alunos, proporcionando aprofundamento ao estudo, através da revisão de conteúdos, despertando o interesse e a iniciativa à pesquisa individual e coletiva; familiarizando-os com o sistema de testes com questões de múltipla escolha, empregados nos mais diversos setores sociais. 6 – OBJETIVOS ESPECÍFICOS - Perceber que a Olimpíada amplia conhecimentos necessários ao indivíduo. - Propiciar uma familiarização com testes de múltipla escolha. - Incentivar a revisão de conteúdos. - Integrar a comunidade escolar. - Oportunizar avaliação interdisciplinar. - Sair da rotina e recuperar a motivação. 7 – METODOLOGIA Este projeto será desenvolvido com base no regulamento, que será organizado pelos professores, equipe pedagógica e administrativa, alunos, representantes de turma e representante do Conselho Escolar. Após organização do regulamento e seleção de conteúdos pelos professores de cada disciplina, o mesmo será divulgado com antecedência dando oportunidade ao aluno e professor de revisar os conteúdos, que se fizerem necessários. As turmas serão organizadas em ordem alfabética, divididos em número de 35 alunos por turmas e por série (7ª e 8ª séries). Os aplicadores desta avaliação serão professores, funcionários e pais de alunos da Escola, antecipadamente escalados para cada turma, pela comissão organizadora.

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No momento da avaliação, os alunos receberão as instruções necessárias para realização da prova, pelos aplicadores em cada turma. Os aplicadores serão assessorados pelos organizadores. Após a conclusão da prova, será divulgado em edital, o resultado da avaliação. 8 – RECURSOS: a) Humanos - Alunos - Professores - Funcionários - Equipe Administrativa/Pedagógica - Pais - Membros do Rotary Club - Membros do Conselho Escolar e APMF. b) Financeiros - Material de Expediente - R$ 400,00 - Papel Contínuo - Cartucho de tinta - Canetas - Fitas para impressora - Cartolinas - Pincel atômico - Fita crepe - Premiação - R$ 100,00 - TOTAL - R$ 500,00 C) Recursos Físicos Dependências da Escola Estadual Moreira Salles-Ensino Fundamental

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EQUIPE PEDAGÓGICA E ADMINISTRATIVA – 2009

Diretora: Derlania Vieira Costa Osanan

Diretora Auxiliar: Dalva Aparecida Borges Martins

Secretária: Derani Pizzico Ferreira

Equipe Pedagógica: Douraci Agostini Duarte

Tereza Sanches

Claudenice Apª Maronezi Iranzo

Sineide Apª Vilas Boas Sanches

Rosely Maria dos Santos

PROFª COLABORADORA E AUXILIAR DE REDAÇÃO: Kêmelly

Agostini Duarte

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O Projeto Político Pedagógico não acaba aqui. O mesmo constará

de anexos tais como: Regimento Escolar, Proposta Curricular, Projetos

Interdisciplinares, Projetos Especiais, Planejamento dos Docentes, da Direção e

da Equipe Pedagógica, que durante o ano de 2.009, serão revistos, reconstruídos

ou reformulados, pois a Educação deve ser um processo flexível , dinâmico e

contínuo, nunca acabado.

Moreira Sales, 01 de Abril de 2.009.

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10 - ANEXOS

10.1 – Regimento Escolar

10.2 – Proposta Curricular

10.3 – Planos de Ação Docente

10.4 – Plano de Ação da Equipe Pedagógica

10.5 – Programa Viva a Escola 10.5.1 – Projeto Dança na Escola – Artes 10.5.2 – Projeto Esporte na Escola – Educação Física 10.5.3 – Projeto Teatroleitura – Artes 10.5.4 – Projeto Jogos de tabuleiro – Matemática