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MINISTRIO DA EDUCA˙ˆO Universidade Federal de Alfenas. UNIFAL-MG Rua Gabriel Monteiro da Silva, 700 . Alfenas/MG . CEP 37130-000 Fone: (35) 3299-1000 . Fax: (35) 3299-1063 PROJETO POL˝TICO PEDAGGICO DO CURSO DE FARM`CIA Alfenas - MG 2012

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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

Universidade Federal de Alfenas. UNIFAL-MG

Rua Gabriel Monteiro da Silva, 700 . Alfenas/MG . CEP 37130-000

Fone: (35) 3299-1000 . Fax: (35) 3299-1063

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO DO CURSO DE

FARMÁCIA

Alfenas - MG 2012

PROJETO POLITICO PEDAGÓGICO DO CURSO DE FARMÁCIA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE

ALFENAS - UNIFAL-MG -

Projeto Político Pedagógico do Curso de Farmácia apresentado ao Núcleo Docente Estruturante � NDE �como requisito necessário para atender as estratégias propostas pelo �Programa Nacional de Reorientação da Formação Profissional em Saúde� � Pró-Saúde - e pelas Diretrizes Curriculares Nacionais.

Coordenadora: Profa. Márcia Helena Miranda Cardoso Podestá

Alfenas - MG 2012

DIRIGENTES, COLEGIADOS E COMISSÕES.

Reitor

Paulo Márcio de Faria e Silva

Vice-Reitor

Edmêr Silvestre Pereira Júnior

Procuradora Geral

Soraya Helena Coelho Leite

Chefe de Gabinete

Paulo César de Oliveira

Secretária Geral

Adriana Teófilo Silva Vieira

Pró-Reitora de Graduação

Lana Ermelinda da Silva dos Santos

Pró-Reitor de Pesquisa e Pós-Graduação

Antônio Carlos Doriguetto

Pró-Reitora de Extensão

Maria de Fátima Sant'anna

Pró-Reitor de Recursos Humanos

Júlio Cesar Barbosa

Pró-Reitora de Administração

Vera Lúcia de Carvalho Rosa

Assessor de Planejamento

Tomás Dias Sant'Ana

Diretor do Instituto de Ciências Biomédicas

Adir Araújo

Diretora da Faculdade de Ciências Farmacêuticas

Magali Benjamim de Araújo Magali Benjamim de Araújo

Diretora do Instituto de Ciências Exatas

Lira Celeste Alves

Diretora do Instituto de Química

Alzira Maria Serpa Lucho

Coordenadora do Curso de Farmácia

Márcia Helena Miranda Cardoso Podestá

Diretora do DRGCA

Geórgia Valéria Andrade Loureiro Nunes

Presidente COPEVE

Eliza Maria Rezende Dázio

Coordenadora CEAD

Gabriel Gerber Hornink

Assessoria de Assuntos Interinstitucionais

Masaharu Ikegaki

Coordenação de Extensão do Curso de Farmácia

Sandra Maria Oliveira Morais Veiga

Diretora do Núcleo de Controle de Qualidade

Magali Benjamim de Araújo

Diretor da Farmácia Universitária

Ricardo Radighieri Rascado

Diretora do Laboratório de Análises Clínicas

Maria Rita Rodrigues

Colegiado do Curso de Farmácia

Márcia Helena Miranda Cardoso Podestá (Presidente)

Walnéia Aparecida de Souza

Stella Maris da Silveira Duarte

Renato Rizo Ventura

Acadêmico Rodrigo Luiz Dominiquini

1

NÚCLEO DOCENTE ESTRUTURANTE � NDE

Profa. Márcia Helena Miranda Cardoso Podestá � Presidente -

Profa. Ana Lúcia Leite Moraes

Profa. Antonella Sachsida Braga Vilela

Prof. Diogo Teixeira Carvalho

Profa. Elisangela Monteiro Pereira

Prof. Geraldo Alves da Silva

Prof. Marcello Garcia Trevisan

Profa. Marcia Cristina Livonesi

Profa. Maria Rita Rodrigues

Profa. Sandra Maria Oliveira Morais Veiga

Profa. Vanessa Bergamin Boralli Marques

Readequação do Projeto Político Pedagógico para atender as

estratégias propostas pelo �Programa Nacional de Reorientação da Formação

Profissional em Saúde� � (Pró-Saúde) - e as orientações das Diretrizes Curriculares

Nacionais.

Profa. Olinda Maria Gomes da Costa Vilas Boas (Coordenadora do

Curso de Farmácia no período de abril de 2010 a abril de 2012)

TAE: Marlene Alves dos Santos (Secretária da Coordenação do Curso

de Farmácia)

2

IDENTIFICAÇÃO DO CURSO

Curso Graduação em Farmácia

Modalidade de Grau Bacharelado

Habilitação Farmacêutico

Título acadêmico Bacharel em Farmácia

Modalidade de ensino Presencial

Regime de matrícula Semestral

Regime de progressão curricular Seriado

Tempo de integralização Mínimo 5,0 anos - Máximo 7,5 anos

Carga horária Total 4815 horas

Regime de Ingresso Semestral

Número de vagas para ingresso 50 (por período de oferta de vagas para ingresso)

Forma de ingresso Processo Seletivo

Turno de funcionamento Integral (Matutino e Vespertino)

Local de funcionamento Campus Sede: R: Gabriel Monteiro da Silva 700 Centro 37130 000 Alfenas/MG

3

SUMÁRIO

1 . APRESENTAÇÃO................................................................................................................... 4

2. CARACTERIZAÇÃO E CONCEPÇÃO DO CURSO................................................................ 5

2.1 Denominação e Identificação da Instituição...................................................................... 5

2.2 Situação Jurídica............................................................................................................... 5

3. IDENTIFICAÇÃO DO CURSO................................................................................................. 6

4. O CURSO DE FARMÁCIA NA UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALFENAS............................ 12

4.1 Diagnóstico da Situação Atual do Ensino do Curso de Farmácia..................................... 12

5. PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO..................................................................................... 26

5.1 Objetivo do Curso............................................................................................................. 26

5.2 Perfil do Egresso............................................................................................................... 26

5.3 Temas Abordados na Formação....................................................................................... 27

5.4 Ambientes de Atuação...................................................................................................... 27

5.5 Infraestrutura Recomendada............................................................................................ 28

5.6 Estágio Obrigatório e Estágio Não Obrigatório ................................................................ 28

5.7 Atividades Complementares............................................................................................. 30

5.8 Disciplinas Optativas ........................................................................................................ 30

5.9.Trabalho de Conclusão de Curso - TCC .......................................................................... 30

5.10. Conclusão do Curso ...................................................................................................... 31

6. PERFIL GRÁFICO DO CURSO DE FARMÁCIA..................................................................... 34

7. DISCIPLINAS OPTATIVAS...................................................................................................... 35

7.1 Disciplinas optativas curriculares...................................................................................... 35

7.2 Disciplinas optativas livres................................................................................................ 35

8. EMENTÁRIO............................................................................................................................ 41

9. AVALIAÇÃO DAS ATIVIDADES CURRICULARES................................................................. 60

10. ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO DO PROJETO P. PEDAGÓGICO............................ 60

11. CONSIDERAÇÕES FINAIS................................................................................................... 61

12. BIBLIOGRAFIA CONSULTADA............................................................................................. 62

4

1 . APRESENTAÇÃO

Ao apresentar o Projeto Político Pedagógico do Curso de Farmácia da

Universidade Federal de Alfenas (UNIFAL-MG), é importante esclarecer que não é

um texto pronto. A releitura e a participação dos docentes e discentes nas demais

etapas da construção do projeto, as orientações e os eventos promovidos pelo

Conselho Federal de Farmácia, Conselho Regional de Farmácia, Ministério da

Saúde e Ministério da Educação, contribuíram para adicionar novos elementos no

Projeto político pedagógico. Seus itens foram escritos e reescritos, resultando em

momentos de discussão e reflexão para reestruturá-lo e adequá-lo às Diretrizes

Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Farmácia.

Em novembro de 2010, com a criação do Núcleo Docente Estruturante

� (NDE) - (RESOLUÇÃO Nº 21/2010) muitos pontos de reflexão partiram de

sugestões apresentadas e, até mesmo, solicitadas pelos docentes em discussões

sobre reforma curricular, ou de estudos e assessorias de outras Instituições

Superiores de Ensino e constituíram um projeto inovador construído de forma

gradativa e reflexiva. A interação dialógica refletida no projeto foi resultante de um

processo de análise dos conteúdos curriculares para adequação, às Diretrizes

Curriculares, do Curso de Farmácia da Universidade Federal de Alfenas - UNIFAL-

MG.

As propostas para a elaboração do Projeto Político Pedagógico do

Curso de Farmácia da UNIFAL-MG frente às Diretrizes Curriculares Nacionais �

(CNE. Resolução CNE/CES 2/2002) - culminaram num planejamento básico para

estabelecer o que fazer, quando fazer, como fazer, quem fazer e em que sequência

fazer. Para tal o NDE e a coordenação promoveram, e continuam promovendo,

várias discussões durante todo seu trabalho, avaliando as dificuldades e acertos,

vivenciando uma construção compartilhada do conhecimento.

As ideias de ciclos de formação, núcleos de conhecimento por

complexidade crescente, interdisciplinaridade, estágios com caráter técnico-social

estão presentes em todo o projeto que traduz inovação e participação daqueles que

são os verdadeiros responsáveis pela efetivação de um bom ensino.

5

2. CARACTERIZAÇÃO E CONCEPÇÃO DO CURSO

2.1 Denominação e Identificação da Instituição

Nome: Universidade Federal de Alfenas

Sigla: UNIFAL- MG

Endereço: Rua Gabriel Monteiro da Silva, 700. Centro Alfenas - MG.

CEP: 37130-000

Caixa Postal: 221

Telefone: (35) 3299-1062

Fax: (35) 3299-1063

Homepage: http://www.unifal-mg.edu.br

E - mail: [email protected]

CGC/MF: 17.879.859/0001-15

2. 2 Situação Jurídica:

Instituição de Ensino, Pesquisa e Extensão, fundada em 03 de abril de

1914 com a implantação do Curso de Farmácia. Federalizada pela Lei nº 3.854 de

18 de dezembro de 1960, é Instituição Federal de Ensino, vinculada ao Ministério da

Educação, constituída sob a forma de Autarquia, em Regime Especial, através do

Decreto nº 70.686, de 07 de junho de 1972 e credenciada como Centro Universitário

Federal, conforme Portaria nº. 2. 101 de 1º de outubro de 2001, do Ministro da

Educação, com autonomia didático-científica, administrativa, disciplinar, de gestão

financeira e patrimonial, na forma da lei. Em 29 de julho de 2005, a lei n° 11.154

transforma a Efoa/Ceufe em Universidade Federal de Alfenas (UNIFAL-MG).

Reitor:

Prof. Dr. Paulo Márcio de Faria e Silva

Vice-Reitor:

Prof. Dr. Edmêr Silvestre Pereira Júnior

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3. IDENTIFICAÇÃO DO CURSO

UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALFENAS

A Universidade Federal de Alfenas (UNIFAL-MG), originalmente,

Escola de Farmácia e Odontologia de Alfenas (Efoa), foi fundada no dia 03 de abril

de 1914, por João Leão de Faria, com a implantação do curso de Farmácia e, no

ano seguinte, com a do curso de Odontologia.

A Efoa foi reconhecida pela Lei Estadual nº 657, de 11 de setembro de

1915, do Governo do Estado de Minas Gerais. Primeira Diretoria: João Leão de

Faria, Diretor; Amador de Almeida Magalhães, Vice-Diretor; Nicolau Coutinho,

Tesoureiro e José da Silveira Barroso, Secretário.

Em 11 de setembro de 1916, doações angariadas por uma comissão

de alunos possibilitaram a criação da biblioteca.

O reconhecimento nacional realizado pelo então Ministério da

Educação e Saúde Pública consta no Art. 26 do Decreto 19.851 e, em 23 de março

de 1932, quando foi aprovado o novo regulamento, enquadrando-a nas disposições

das leis federais. A Lei nº 3.854, de 18 de dezembro de 1960, determinou sua

federalização, estando sua direção a cargo do Prof. Paulo Passos da Silveira.

A transformação em Autarquia de Regime Especial efetivou-se por

meio do Decreto nº 70.686, de 07 de junho de 1972. Essa transformação favoreceu

a implantação do curso de Enfermagem e Obstetrícia, autorizado pelo Parecer nº

3.246, de 05 de outubro de 1976 e pelo Decreto nº 78.949, de 15 de dezembro de

1976 e reconhecido pelo Parecer do CFE nº 1.484/79, Portaria MEC nº 1.224, de 18

de dezembro de 1979. Sua criação atendia, nessa época, à política governamental

de suprimento das necessidades de trabalho especializado na área de saúde.

Em 1999, foram implantados os cursos de Nutrição, Ciências

Biológicas e a Modalidade Fármacos e Medicamentos, para o curso de Farmácia,

todos autorizados pela Portaria do MEC 1.202, de 03 de agosto de 1999, com início

em 2000.

A partir das ampliações dos cursos e da visão da Instituição, realizou-

se a mudança para Centro Universitário Federal (Efoa/Ceufe) um ano após início

dos novos cursos (Portaria do MEC nº 2.101, de 1º de outubro de 2001).

7

Visando atender às exigências legais das Diretrizes Curriculares, o curso de

Ciências Biológicas foi desmembrado em modalidades, originando os cursos de

Ciências Biológicas (Licenciatura), com início no segundo semestre de 2002,

aprovado pela Resolução 005/2002, do Conselho Superior, de 12 de abril de 2002 e

Ciências Biológicas (Bacharelado), com início no primeiro semestre de 2003,

baseado na Portaria do MEC 1.202, de 03 de agosto de 1999.

Dando continuidade à expansão da Efoa/Ceufe, em 2003, iniciou-se o

curso de Química (Bacharelado), aprovado pela Resolução 002/2003, de 13 de

março de 2003, do Conselho Superior.

A Efoa/Ceufe se preocupou não apenas com a expansão dos cursos

presenciais, mas também dos cursos a distância, criando, em fevereiro de 2004, o

Centro de Educação Aberta e a Distância � CEAD, o qual passou a construir novas

propostas de cursos de graduação e de especialização a distância.

Em 29 de julho de 2005, a Instituição foi transformada em Universidade

Federal de Alfenas (UNIFAL-MG), pela Lei 11.154. Atendendo às políticas nacionais

para a expansão do ensino superior, a UNIFAL-MG implantou em 2006 os cursos de

Matemática (Licenciatura), Física (Licenciatura), Ciência da Computação e

Pedagogia, além de ampliar o número de vagas para o curso de Química

(Bacharelado) de 20 para 40 alunos. Dando sequência ao processo de expansão

universitária, em 2007, foram implantados os cursos de Química (Licenciatura);

Geografia (Bacharelado); Geografia (Licenciatura); Biotecnologia, mais as Ênfases

Ciências Médicas e Ciências Ambientais no curso de Ciências Biológicas e ampliou-

se a oferta de vagas, para o curso de Nutrição. Destaca-se que, em 2006, criaram-

se 445 vagas e, em março de 2007, o número de alunos matriculados chegou a

1779, sendo que 293 (16,5%) dos matriculados estavam no período noturno. Em

2008, o curso de Ciências Biológicas com Ênfase em Ciências Médicas foi

transformado no de Biomedicina. No ano de 2009, foram inaugurados os cursos de

História (Licenciatura); Letras - Bacharelado em Português e Bacharelado em

Espanhol; Letras - Licenciatura em Português e Licenciatura em Espanhol; de

Ciências Sociais (Licenciatura/Bacharelado) e o curso de Fisioterapia, no primeiro

semestre, no campus de Alfenas.

Atendendo às tendências de expansão das Instituições Federais de

Ensino Superior, foi aprovada pelo Conselho Superior da UNIFAL-MG, a criação dos

campi nas cidades de Varginha e Poços de Caldas e, de outro, em Alfenas. Foram

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criados, para o campus de Varginha, os cursos de Bacharelado Interdisciplinar em

Ciência e Economia; Ciências Atuariais; Administração Pública e Ciências

Econômicas, e os cursos de Bacharelado Interdisciplinar em Ciência e Tecnologia;

Engenharia Urbana e Ambiental; Engenharia de Minas, e Engenharia Química, para

o campus de Poços de Caldas, com início no primeiro semestre de 2009.

No segundo semestre de 2009, passaram a ser oferecidas as

licenciaturas a distância em Química e Ciências Biológicas, com polos em Campos

Gerais e Boa Esperança, respectivamente.

O cenário político-social das regiões Sul e Sudeste de Minas Gerais

propiciou as discussões entre as universidades federais, resultando, em junho de

2011, na aprovação à participação da UNIFAL-MG no consórcio pelo Conselho

Universitário.

A Pós-graduação, iniciada na Instituição na década de 1980, oferece

vários cursos de Especialização presenciais, na área de saúde, no campus de

Alfenas: Gerontologia; Farmacologia Clínica; Análises Clínicas; Atenção

Farmacêutica; Endodontia; Implantodontia; Periodontia; Terapêutica Nutricional,

entre outros. O campus de Varginha oferece Controladoria e Finanças. Na área de

Educação, é oferecido o curso �Teorias e Práticas na Educação�, na modalidade a

distância, nos polos: Bambuí, Bragança Paulista, Franca, Santa Isabel e Serrana.

Atualmente, a UNIFAL-MG oferece onze programas de pós-graduação

stricto sensu, em nível de Mestrado e Doutorado, recomendados pela Capes:

Ciências Farmacêuticas; Química, Ecologia e Tecnologia Ambiental; Enfermagem;

Ciência e Engenharia dos Materiais; Biociências Aplicadas à Saúde; Ciências

Odontológicas; Física; Gestão Pública e Sociedade, Ciência e Engenharia Ambiental

e o Multicêntrico em Ciências Fisiológicas.

O Programa de Pós-graduação em Ciências Farmacêuticas teve início

em agosto de 2005, dividido em duas áreas de concentração: �Desenvolvimento e

avaliação microbiológica e físico-química de fármacos, toxicantes e medicamentos�;

�Obtenção, identificação e avaliação de compostos bioativos�.

O Programa de Pós-graduação em Química teve início em março de

2008, dividido em quatro áreas de concentração: �Físico-Química�; �Química

Analítica�; �Química Inorgânica� e �Química Orgânica�.

9

Em 2009, iniciaram-se o Mestrado e o Doutorado em Ciências

Fisiológicas, integrando o Programa Multicêntrico de Pós-Graduação em Ciências

Fisiológicas da Sociedade Brasileira de Fisiologia (SBFis).

Em 2010, iniciou-se o Mestrado em Ecologia e Tecnologia Ambiental,

dividido em duas áreas de concentração: �Tecnologia Ambiental� e �Meio Ambiente:

Sociedade e Diversidade Biológica�.

Em 2011, os programas de Pós-graduação em Enfermagem,

Biociências Aplicadas à Saúde e Ciência e Engenharia dos Materiais iniciaram suas

atividades. O Programa de Pós-graduação em Enfermagem conta com três linhas de

pesquisa: o processo do cuidar em Enfermagem; Gestão em serviços de saúde e

Enfermagem e saúde materno-infantil. O Programa de Pós-graduação em

Biociências Aplicadas à Saúde conta com três áreas de concentração: Doenças

infecciosas e parasitárias; Fisiopatologia e Neurociências e Comportamento. O

Programa de Pós-graduação em Ciência e Engenharia dos Materiais apresenta uma

área de concentração intitulada �Desenvolvimento, Caracterização e Aplicação de

Materiais� e quatro linhas de pesquisa: Ligas Metálicas para Aplicações

Tecnológicas; Tecnologia de Materiais Aplicados à Saúde; Materiais Amorfos e

Semicristalinos; Materiais e Compósitos Cerâmicos.

Em 2012 os Programas de Pós-graduação em Gestão Pública e

Sociedade, Ciência e Engenharia Ambiental, Física e Ciência Odontológicas foram

recomendados pela CAPES e iniciaram suas atividades. O Programa de Pós-

graduação em Gestão Pública e Sociedade, instalado no Campus de Varginha � MG

está inserido na área de concentração denominada Gestão Pública e Sociedade e

conta com duas linhas de pesquisa: Estado, regulação e desenvolvimento

econômico e Gestão, instituições e políticas públicas. O Programa de Pós-

graduação em Ciência e Engenharia Ambiental, Campus de Poços de Caldas � MG,

conta com a área de Concentração em Ciência e Engenharia Ambiental. Esta área

aborda de forma inter e multidisciplinar os estudos de preservação e remediação de

ambientes naturais, envolvendo aspectos de ciências naturais (física, química e

biologia), ciências humanas (gestão, planejamento e educação) e/ou ciência

aplicada (Engenharia Ambiental). Busca formar recursos humanos capazes de

evidenciar, identificar, discutir e propor soluções em relação aos problemas

ambientais decorrentes de ambientes antropizados, bem como avaliar ecossistemas,

a fim de caracterizá-los e descrevê-los para preservação ou uso sustentável.

10

O Programa de Pós-graduação em Física, Campus Sede em Alfenas �

MG, em associação ampla com a Universidade Federal de Lavras e Universidade

Federal de São João Del Rei, está estruturado em duas áreas de concentração:

�Física da Matéria Condensada� e �Física de Partículas e Campos�, e visa preencher

a lacuna da ausência de cursos de pós-graduação Stricto sensu em Física na região

geográfica onde estão situadas as instituições participantes da associação. O

Programa de Pós-graduação em Ciências Odontológicas, Campus Sede em Alfenas

� MG, conta com uma área de concentração, Odontologia, e oferece 04 linhas de

pesquisa: Epidemiologia das doenças bucais, Biologia dos tecidos do complexo

bucomaxilofacial, Alterações patológicas do complexo bucomaxilofacial e

Bioengenharia de materiais odontológicos e reparação tecidual.

Os Programas de Pós-graduação contam com o apoio da Capes e da

FAPEMIG por meio de bolsas concedidas aos alunos, além do Programa

Institucional de Bolsas da UNIFAL-MG.

Também estão previstos novos cursos de pós-graduação strictu sensu:

mestrados em �Energia e Sustentabilidade� e �Ciências e Engenharia Ambiental� em

Poços de Caldas; mestrado em �Gestão Pública e Sociedade� em Varginha e, em

Alfenas, mestrados em �Educação�, �Estudos Culturais�, �Biometria e Matemática

Aplicada�, além do doutorado em �Química� em Alfenas.

As atividades de pesquisa dos discentes de graduação são viabilizadas

mediante os Programas Institucionais de Bolsas de Iniciação Científica, sendo eles:

PIBIC/CNPq (Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica/CNPq);

PIBITI/CNPq (Bolsas de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação);

PIBICT/FAPEMIG (Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica e

Tecnológica); PROBIC/UNIFAL-MG (Programa de Bolsas de Iniciação Científica);

PAIND (Programa de Apoio à Instalação de Novos Docentes); PAIRD (Programa de

Apoio à Instalação de Recém-Doutores). Para alunos procedentes do 2º Ano do

Ensino Médio das Escolas Públicas Municipais ou Estaduais ou Federais dos

municípios de Alfenas, de Poços de Caldas e de Varginha, estão disponíveis o

PIBICT-Júnior/FAPEMIG (Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica Jr)

e o PIBIC-EM (Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica para o

Ensino Médio).

As ações de extensão, hoje consolidadas e a criação da Universidade

da Terceira Idade (Unati), representam outra via de direcionamento dos trabalhos

11

acadêmicos, a qual possibilita o contato e o intercâmbio permanentes entre o meio

universitário e o social, intensificando as relações transformadoras entre ambas por

meio de processos educativos, culturais e científicos, visando à melhoria da

qualidade do ensino e da pesquisa, à integração com a comunidade e ao

fortalecimento do princípio da cidadania, bem como ao intercâmbio artístico-cultural.

Reconhecida nacionalmente pela qualidade do ensino aos 98 anos, a

UNIFAL-MG mais uma vez, se prepara para outras conquistas com a implantação de

novos cursos presenciais e polos para o ensino a distância. Dentre os cursos

presenciais foram aprovados pelo Conselho Superior: Medicina, Terapia

Ocupacional, Serviço Social e Filosofia, em trâmite pelo MEC.

Dessa maneira, como Instituição Pública de Ensino Superior, a

UNIFAL-MG acredita responder, efetivamente, às demandas educacionais da

sociedade e participar dos problemas e desafios impostos pelo desenvolvimento

local, regional e nacional.

A UNIFAL-MG, aos 98 anos, é reconhecida atualmente como

instituição de ensino superior de destacada qualidade, com bons resultados em seus

cursos de graduação e de pós-graduação e apresenta para os próximos anos

oportunidade de crescimento e de melhoria de suas atividades de ensino, de

pesquisa, de extensão e de inovação tecnológica.

12

4. O Curso de Farmácia na Universidade Federal de Alfenas

Os grandes desafios que a educação farmacêutica enfrenta estão

ligados às transformações ocorridas a partir de 2002, com a publicação das

Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Farmácia. Conforme

estabelecido nos Encontros Nacionais de Coordenadores de Curso de Farmácia,

promovidos pelo Conselho Federal de Farmácia, e os Fóruns Nacionais de

Educação Farmacêutica, promovidos pela Associação Brasileira de Ensino

Farmacêutico, sobre a educação farmacêutica e o exercício profissional, a estrutura

organizacional e o modelo de oferta têm que ser construídos de forma bastante

flexível para atender às diferentes situações no tempo e no espaço, considerando as

rápidas mudanças tecnológicas e as necessidades da vida cidadã, como as

tendências regionais e do mundo do trabalho, de forma que o egresso possa ter uma

formação que abranja todas as áreas de atuação da profissão farmacêutica.

Dentre os novos componentes da reforma proposta pelas Diretrizes

Curriculares, destacam-se a flexibilidade curricular e a interdisciplinaridade, como

norteadoras de uma nova atitude acadêmica de ensinar. Surge um novo paradigma

unificador, como um componente essencial para impulsionar uma reavaliação da

própria atitude de ensinar e aprender.

4.1 Diagnóstico da Situação Atual do Ensino do Curso de Farmácia

A escola não é estática nem intocável. Está sujeita às transformações,

como o estão outras instituições. Novas formações sociais surgem, e a escola muda,

assim como tem seu papel de agente de mudança, numa realidade essencialmente

dinâmica.

Como um reflexo conjuntural tais apontamentos foram determinantes

para se estabelecer o currículo mínimo de um curso de Farmácia. O currículo

mínimo para os Cursos de Farmácia no Brasil, com as respectivas Habilitações de

Farmacêutico, Farmacêutico Industrial e Farmacêutico Bioquímico, foi imposto

através do parecer do relator, Conselheiro Raymundo Moniz Aragão, do Conselho

Federal de Educação, de número 287/69, aprovado em 11 de abril de 1969, que se

incorporou à Resolução nº 4, da mesma data, a qual fixa os mínimos de conteúdos e

13

duração do Curso de Farmácia que perdurou até a implantação da Lei de Diretrizes

e Bases (LDB).

A diversificação da formação e a fragmentação do conhecimento

farmacêutico contidas nesta resolução apenas reforçam as determinadas pelo

primeiro currículo mínimo, estabelecido na resolução 268/62, que aprovou a inclusão

dos termos Farmacêuticos (profissional da farmácia de dispensação) e Farmacêutico

Bioquímico, com opção em quatro especialidades: Indústria Farmacêutica e de

Alimentos, Controle de Medicamentos e Análises de Alimentos, Química Terapêutica

e Laboratório de Saúde Pública (SANTOS 1993). Essa diversificação teria sido

decorrente da necessidade, que representantes da categoria farmacêutica sentiram,

de encontrar uma solução para a marcante evasão nas escolas.

Tanto o parecer 287/69 como a Resolução 04/69 trazem em seu bojo o

atendimento de prerrogativas estabelecidas no Acordo MEC-USAID de 23/06/65 e

na Lei 5.540 de 28/11/68 que implantou a reforma Universitária no Brasil, ou seja, o

desenvolvimento de um ensino tecnicista e formador de especialista que atendesse

uma demanda do atual estágio desenvolvimentista e dependente, implementado

pela ditadura militar no Brasil.

A implantação de um modelo fragmentado de ensino, priorizando a

estrutura departamental, sugestões da Faculdade de Farmácia e Bioquímica da

Universidade de São Paulo e da Faculdade de Farmácia da Universidade Federal do

Rio de Janeiro resultou para os Cursos de Farmácia na aceitação de uma formação

de profissionais distantes de seu objetivo de estudo: o medicamento enquanto

elemento essencial nas ações de saúde. (BRASIL, 1990).

Dessa forma, o parecer reafirmou a farmácia pública como sendo um

estabelecimento comercial, considerando, ainda, a manipulação de fórmulas

ultrapassadas (uma vez que os remédios eram industrializados) e, portanto, o

farmacêutico teria atuação restrita na farmácia. O ato de dispensar foi considerado

uma simples entrega de remédios e, subjetivamente, um incentivo a pratica da

responsabilidade técnica à distância. (RELATÓRIO, 1988).

Para a proposição da alternativa Farmácia Industrial, o relator

considerou que a indústria de transformação empregava tecnologia, na qual

predominavam os processos físicos, e a utilização deste argumento justificaria a

ausência de obrigatoriedade da disciplina de Química Farmacêutica no currículo,

instrumento essencial à pesquisa e tecnologia. Somente em 11/02/76 é resgatada

14

esta situação, pelo parecer 599/76 da Câmara de Ensino Superior, através da

mobilização da Associação Brasileira de Ensino de Farmácia e Bioquímica

(ABENFARBIO), entretanto, esta conjuntura perdurou por sete anos, desmobilizando

a formação de novos docentes e pesquisadores nesta área, bem como desativando

laboratórios universitários (RELATÓRIO, 1988).

Somando-se às deficiências instaladas o aval de governantes

brasileiros e de alguns setores da própria categoria farmacêutica, estimulou-se o

direcionamento do profissional farmacêutico para áreas não privativas,

principalmente as Análises Clínicas. Se a resolução 268/62 já se apresentava

inadequada, o equivocado 287/69 reforçava a fragmentação da profissão

farmacêutica, com divisão da categoria em torno dos títulos de Farmacêutico,

Farmacêutico Bioquímico e Farmacêutico Industrial e esta divisão, somada às outras

variáveis de títulos, nomes de disciplinas e conteúdo programático, descaracterizou

o profissional farmacêutico como o profissional do medicamento.

Apenas em 1981, com a realização do Seminário de Farmacologia

Clínica, pela Secretaria de Ensino Superior do Ministério da Educação e Cultura

(SESu/MEC), com apoio da secretaria de Vigilância Sanitária do Ministério da Saúde

e da Central de Medicamentos do Ministério da Previdência e Assistência Social,

configurou-se a preocupação governamental com as questões do medicamento, seu

orçamento e demandas públicas, bem como com a restituição da importância do

profissional farmacêutico para gerenciar suas relações (BRASIL, 1984).

Eram evidentes as preocupações dos órgãos públicos, pois

valorizavam a contenção do orçamento público para os medicamentos, explicitando

as devidas preocupações técnicas e financeiras com a administração de setores

conveniados com o INAMPS. Os objetivos a seguir, firmados no Seminário de

Farmácia Hospitalar, evento realizado em outubro de 1982 cujos anais foram

publicados em 1985 (BRASIL, 1985), retratam bem esta preocupação:

• Conhecer os custos atuais da assistência farmacêutica oficial no Brasil.

• Promover informações que visem à racionalização da terapêutica em nível

hospitalar.

• Avaliar a responsabilidade profissional do farmacêutico e o paciente.

• Dimensionar as condições atuais do ensino de Farmácia direcionado para os

aspectos gerenciais de produção, distribuição, dispensação e controle de

medicamentos.

15

• Estabelecer diretrizes capazes de implementar o ensino de farmácia

hospitalar, de biodisponibilidade, de análise de líquidos orgânicos, de

farmacocinética, de farmacovigilância e de interação de medicamentos.

• Eleger centros para atualização profissional de farmacêuticos vinculados às

atividades de farmácia hospitalar.

Para os farmacêuticos, o início da década de 80, também foi marcado

pela organização dos estudantes de farmácia, que contestavam o reconhecimento

da profissão do biomédico, conseguindo através da aprovação do âmbito desta

profissão. Em síntese, negavam a permissão do exercício e a assinatura de laudos

em exames de análises clínicas por estes profissionais.

Sem dúvida, este movimento representou a maior manifestação de

mobilização e de repercussão da categoria, graças especificamente à organização

dos estudantes de todo Brasil, já que as entidades dos farmacêuticos se

encontravam totalmente desarticuladas, desacreditadas e distantes dos problemas

que afetavam os profissionais e os setores nos quais deviam interceder. Ao mesmo

tempo, este movimento teve o mérito de explicitar a contradição que vivia a profissão

farmacêutica, provocando a constatação de que havia uma crise de identidade no

farmacêutico, afastado que estava do seu eixo principal de atuação: o medicamento.

O Projeto Político Pedagógico para o curso de Farmácia na UNIFAL-

MG desde o I Encontro Nacional de Avaliação do Ensino Farmacêutico ocorrido de

08 a 10 de outubro de 1991 em Anápolis e, dos Encontros Regionais de Avaliação

do Ensino Farmacêutico ocorrido em outubro de 1992 em Brasília (RELATÓRIO,

1991, RELATÓRIO, 1992) a Escola de Farmácia e Odontologia de Alfenas, hoje

Universidade Federal de Alfenas, sempre preocupada com os rumos da profissão

farmacêutica, procurou participar, acompanhar e relatar à comunidade as decisões

ocorridas em nível nacional.

Tendo como Coordenadora do Curso de Farmácia, em setembro de

1992, a Profa. Fátima de Souza, que demonstrando sua preocupação, junto ao

ensino de Farmácia da instituição, solicitou indicações de representantes dos

Departamentos de Ciências Biológicas, Ciências Exatas, Farmácia e Análises

Clínicas para constituição de Comissão de Ensino Farmacêutico da Efoa, que foi

composta pelo Prof. Antônio Martins de Siqueira, Profª Maísa Pereira de Lima

Brigagão, Profa. Maria Sinira Rocha de Oliveira, Profa. Maria Elisa Pereira Bastos de

Siqueira e contando com a participação dos acadêmicos Alan Kardec de Lima e

16

Sheila Maria Nogueira, de forma a darem início aos estudos sobre currículo mínimo

do Curso de Farmácia da instituição.

Na oportunidade, foram estabelecidas subcomissões de ensino e

realização no dia 19/11/1992 do 1º Encontro sobre Ensino Farmacêutico da Efoa,

envolvendo acadêmicos, professores da instituição e contando com a presença dos

professores José Augusto Alves Dupim e Maria de Lourdes Valladão da Faculdade

de Farmácia da UFMG.

Ainda, naquela ocasião, foi sugerida e aprovada a emissão de diploma

único para conclusão do Curso de Farmácia, com apostilamento da Habilitação em

Análises Clínicas quando concluída. Durante esses períodos de estudos algumas

melhorias para o Curso de Farmácia foram propostas e iniciadas:

• A Farmácia Escola do Departamento de Farmácia deveria ser campo de

estágio curricular para atuação do acadêmico junto à comunidade na

dispensação e manipulação de medicamentos, através de formas

farmacêuticas produzidas pela disciplina de Farmacotécnica e Tecnologia de

Cosméticos.

• O Laboratório Industrial Farmacêutico deveria produzir uma linha básica de

medicamentos com o objetivo de integrar-se ao Sistema Único de Saúde e

suprir as necessidades dos Centros de Atendimento Municipais, através de

convênios com Prefeituras de forma a produzir medicamentos para atender

as necessidades de instituições filantrópicas.

• A disciplina de Farmácia Hospitalar, ministrada como optativa, deveria

prestar assessoria aos hospitais da região na reestruturação de suas

farmácias hospitalares.

• No departamento de Análises Clínicas o Laboratório de Análises Clínicas,

destinado a campo de estágio curricular supervisionado, aos alunos do 9º

período da Habilitação Farmácia Bioquímica e prestaria, também, serviço de

exames laboratoriais à comunidade.

• Como atividade de extensão a operação saúde, atividade extramuro, foi

reforçada visando ao atendimento da população carente da região urbana e

rural, envolvendo estudantes dos Cursos de Farmácia e de Enfermagem

numa ação integrada de atenção primária à saúde.

17

• Comissão foi designada pela portaria nº 405 de 24/11/93 destinada a fixar

normas e condições de estágios do Curso de Farmácia e Habilitação

Análises Clínicas.

A partir março de 1994 a coordenação do Curso de Farmácia passa a

ser respondida pela Profa. Magali Benjamim de Araújo e, mediante portaria nº 372

de 11/11/94 é oficializada uma nova Comissão de Ensino Farmacêutico da Efoa, sob

a presidência da então Coordenadora do Curso com os membros: Profa. Maria

Sinira Rocha de Oliveira, Profa. Maria de Fátima Sant´Anna, Profa. Denise

Aparecida Correa Moreira, Profa. Cássia Carneiro Avelino e discentes Alexandre

Magnus de Oliveira e Geraldo Mangelo de Almeida, representações dos

Departamentos Acadêmicos e discentes.

Os trabalhos iniciados anteriormente pela Comissão de Ensino

Farmacêutico foram continuados e concluídos dentro do processo de

implementação, além do acompanhamento dos Encontros Curriculares em nível

nacional. Foram promovidas em datas previamente marcadas, reuniões, no período

março a outubro de 1995 com convocação dos docentes de disciplinas afins, para

avaliação de interdisciplinaridade, definição de cargas horárias e direcionamento de

conteúdos programáticos, visando atender melhor o perfil delineado nas proposições

de reforma curricular da instituição.

Em novembro de 1995 foi encaminhada à Egrégia Congregação para

apreciação e aprovação a proposta para alterações no currículo do Curso de

Farmácia da EFOA, onde foram definidas as estratégias para implementação das

alterações na grade curricular, as etapas a serem seguidas para o sucesso da

implantação, as normas a serem seguidas na fase de transição e os recursos

humanos necessários para atender as mudanças.

O ajuste do currículo, nessa oportunidade, foi realizado por se tornar

evidente que a instituição não poderia mais esperar pelas decisões dos estudos de

Reforma Curricular Nacional, o que também diminuiria o impacto das mudanças num

futuro próximo. Dessa forma, foram propostas as seguintes alterações:

• Reestruturação do estágio supervisionado em Farmácia, com conteúdos de

atividades, campos de atuação, carga horária e grupos de discussão em

Administração (gestão de estoque, métodos de aquisição de medicamentos

e de matéria prima, promoção de vendas), Assistência Farmacêutica

(manipulação, armazenamento, conservação, dispensação e educação

18

sanitária sobre medicamentos) e Garantia de Qualidade dos serviços e

produtos.

• Implantação da disciplina de Farmácia Hospitalar como obrigatória que já

havia sido aprovada na 583ª reunião da Egrégia Congregação o seu

funcionamento como optativa.

• Alterações com diminuição de cargas horárias para as disciplinas de

Parasitologia, Farmacognosia, Bioestatística e Botânica aplicada a Farmácia

que passou a ser designada Farmacobotânica.

As mudanças educacionais provocadas pelo estabelecimento da Lei de

Diretrizes e Bases da Educação Nacional em 1996 (LDB nº 9.394/96) indicavam

profundas alterações, inclusive de ordem conceitual, que deveriam ser introduzidas

na seleção dos Projetos que se candidataram dos currículos. Isto levou a instituição

a observar e repensar o modelo organizacional em que estava estruturado o atual

currículo de Farmácia, percebendo que as experiências de ensino estavam sendo

vivenciadas isoladamente, de forma particularizada, não se constituindo em

referências para o debate e a reflexão.

Em nível nacional, o processo de sistematização das propostas

encaminhadas pelas IES de Farmácia para subsidiar a elaboração das Diretrizes

Curriculares para os Cursos de Farmácia, onde se estabelecia a formação de

profissional farmacêutico especialista, foi consolidado através do encontro ocorrido

em Brasília no ano de 1998, e as Diretrizes Curriculares estabelecidas para os

Cursos de Farmácia, na versão de maio 1999, foram colocadas em consulta pública

para posterior aprovação pelo CNE.

A I Conferência Nacional de Educação Farmacêutica realizada em

agosto de 2000 em Brasília estabeleceu como proposta final dos grupos de trabalho

a construção do projeto político pedagógico, a ser implementado nas instituições de

ensino devendo ser considerados como ponto importante da avaliação institucional

na medida em que não se restringe somente ao aspecto tecnicista e sim reflita o

compromisso social dos indivíduos que compõem a instituição de ensino.

Tomando por base todo esse processo de formação do profissional

especialista, o que realmente vinha de encontro aos anseios da instituição, pois, na

tentativa de ampliar as opções acadêmicas foi iniciado em 13 de março de 2000 a

modalidade Fármacos e Medicamentos conforme autorização expressa na Portaria

1202 de 30/07/99, processo que já havia iniciado desde 1996.

19

O Curso de Farmácia da UNIFAL-MG, a partir daí inicia o processo de

reconstrução do projeto político pedagógico, baseado nas recomendações da

proposta de Diretrizes Curriculares, com reuniões ocorridas no período de quatro de

abril a 30 de agosto de 2000. Como metodologia de estudo primeiramente foi

apresentado aos docentes à versão da proposta de Diretrizes Curriculares para o

Ensino Farmacêutico e, para melhor entendimento, equipes foram organizadas para

entendimento frente a esta nova proposta de ensino. Estas reuniões tiveram por

objetivos:

• Estabelecimento do perfil comum para o Curso de Farmácia e dos perfis

específicos das Habilitações Análises Clínicas e Toxicológicas e Fármacos

e Medicamentos pretendido pela instituição.

• Identificação da situação atual do ensino universitário brasileiro.

• Discussão da nova forma de abordagem para análise dos conteúdos.

• Reestruturação e integração de conteúdos programáticos e disciplinares, a

partir de discussão dos planos de ensino dos períodos.

• Mobilização e incentivo de participação do corpo docente através de

apresentação e discussão de textos como �Ensino Universitário�,

�Qualidade em Educação�, �Professor defende direito à cola�, �Professores

para o próximo milênio�, �Avaliação Educacional: processo para verificar

aprendizagem e construir subjetividades�, �A Universidade e Mercado de

Trabalho� e apresentação do relatório sobre a conferência I Conferência

Nacional de Educação Farmacêutica realizada em agosto de 2000 em

Brasília, tendo como representante da instituição a Profa. Helenice

Aparecida de Carvalho.

• Mediante os estudos realizados foram gerados 17 relatórios, a partir de

reuniões diurnas e noturnas, entre a Pró-Diretoria de Graduação,

Coordenação do Curso e corpo docente da instituição.

A II Conferência Nacional de Educação Farmacêutica, ocorrida em

outubro de 2001 em Brasília, trouxe novas metas para o ensino farmacêutico com

vistas ao atendimento às necessidades da saúde individual e coletiva. A

representação da instituição nessa conferência foi feita pelo Prof. Amon Sério Vieira,

Coordenador do Curso de Farmácia nessa oportunidade.

20

Através destes instrumentos de estudos apresentados foi possível

iniciar a construção do Projeto político pedagógico para o Curso de Farmácia que

deveria ser implantado em 2002, mas, diante das novas Diretrizes Curriculares

Nacionais dos Cursos de Graduação em Farmácia � CNE/CES 1300/01 aprovada

em 06/11/2001 surge um novo paradigma unificador como componente essencial

para impulsionar uma reavaliação da própria atitude de ensinar e aprender.

Procurando adequar-se e posicionar-se em direção ao futuro, a Universidade

Federal de Alfenas através da comissão designada pela Portaria nº 081 de 20 de

fevereiro de 2002 e tendo como coordenadora do Curso de Farmácia a Profa. Magali

Benjamim de Araújo, designada pela Portaria nº 138 de 22 de março de 2002,

apresenta projeto político pedagógico para o Curso de Farmácia da UNIFAL-MG

diante dos novos paradigmas que deveriam nortear a formação do profissional

farmacêutico, engajado no processo de transformação social rumo à construção de

uma nova sociedade mais digna e fraterna.

As perspectivas para este novo momento estão em torno da

valorização do conhecimento, do saber e da facilidade de acesso às informações,

cada vez mais amplas e abrangentes. No entanto, já é notável que o domínio do

conhecimento sem uma integração das dimensões cognitivas, afetivas e

psicomotoras do profissional/cidadão, certamente, gerará uma sociedade desigual e

caótica.

É necessário, portanto, garantir a formação do profissional de Farmácia

capaz de adaptar-se, inclusive, às novas situações tão frequentes no mundo em

transformação. Diante disto, cumpre-nos formar um Farmacêutico ocupado com

questões humanas, éticas e científicas, voltados para a promoção de saúde,

interagindo com o meio social, e buscando integrar, na sua práxis profissional,

aspectos de ordem científica, técnica, político-social e humana.

Para atender ao perfil do egresso, o farmacêutico deverá ser um

profissional com conhecimentos científicos, capacitação técnica e habilidades para a

definição, promoção e aplicação de políticas de saúde, participação do avanço da

ciência e tecnologia, atuação em equipes multidisciplinares, em todos os níveis de

atenção sanitária. A capacitação profissional deve estar alicerçada no

desenvolvimento de competências para o exercício do pensamento crítico e juízo

profissional, Gerenciamento, Análise de Dados, Documentação, Tomada de

Decisões e Solução de Problemas; Comunicação oral e escrita; Construção do

21

Conhecimento e Desenvolvimento Profissional; Interação Social; Atuação Ética e

responsável, com compreensão da realidade social, cultural e econômica do seu

meio.

O profissional deverá compreender as diferentes concepções da saúde

e enfermidade; os princípios psicossociais e éticos das relações e os fundamentos

do método cientifico; distinguir âmbito e prática profissional, inserindo sua atuação

na transformação de realidades em benefício da sociedade.

DAVINI (1997) define currículo integrado como um plano pedagógico e

sua correspondente organização institucional, que articula dinamicamente trabalho e

ensino, prática e teoria, ensino e comunidade. As relações entre trabalho e ensino,

entre problemas, suas hipóteses e soluções devem ter sempre, como pano de

fundo, as características sociais e culturais do meio em que esse processo se

desenvolve.

O currículo, até então, adotado para o Curso de Farmácia na Escola de

Farmácia e Odontologia de Alfenas - Centro Universitário Federal se adequava as

novas proposições, uma vez que a análise precisa ser deslocada para os processos

de produção de conhecimento (como aprender) e de reconstrução crítica

(reelaboração crítica).

No entanto, as mudanças de paradigmas têm trazido dificuldades já

que o ensino estava centrado nos processos de instrução e transmissão (IMBERON,

2000). Parece que tais características não são próprias apenas da nossa instituição,

pois empecilhos ao avanço do ensinar já foram citados (BORDENAVE, 1977).

� Excessiva abrangência do conteúdo, ocasionando elevada carga

horária;

� Falta de integração entre os programas das diversas disciplinas,

ocasionando duplicação de conteúdos e erros de sequência;

� Sistemas curriculares rígido, impedindo a livre opção do aluno e o

tempo para a realização da pesquisa;

� Programas de curso mal planejados, com pouca preocupação com a

aprendizagem;

� Programas de curso com pouca aplicação no desempenho profissional.

Balizado no contexto social, existe a necessidade de mudança em

todas as estruturas curriculares até mesmo porque a Organização Mundial da

Saúde, desde 1993, já havia definido que a meta do profissional farmacêutico do

22

futuro seria a Atenção Farmacêutica, o que permitiria a aproximação do acadêmico

com a realidade social.

A fim de alcançar os objetivos explicitados pelo Conselho Nacional de

Educação/Câmara de Educação Superior, procurou estruturar e organizar o Curso

de Farmácia da UNIFAL-MG pretendendo sempre que possível como princípio

norteador.

• Abordar as áreas de conhecimento, habilidades, atitudes e valores

éticos, fundamentais à formação profissional e acadêmica.

• Contemplar a abordagem de temas observando o equilíbrio teórico-

prático, desvinculado da visão tecnicista, permitindo na prática e no

exercício das atividades a aprendizagem da arte de aprender.

• Buscar a abordagem precoce de temas inerentes às atividades

profissionais de forma integrada, evitando a separação entre ciclo básico e

profissional.

• Favorecer a flexibilização curricular de forma a atender interesses mais

específico-atualizados, sem perda dos conhecimentos essenciais ao

exercício da profissão.

• Comprometer o aluno com o desenvolvimento científico e a busca do

avanço técnico associado ao bem estar, à qualidade de vida e ao respeito

aos direitos humanos.

• Ser organizado de forma a permitir que haja disponibilidade de tempo

para a consolidação dos conhecimentos e para as atividades

complementares objetivando progressiva autonomia intelectual do aluno.

Através da Portaria n° 188 de 08 de junho de 2005 assume a

Coordenação do Curso de Farmácia o Prof. Geraldo Alves da Silva, tendo como

principal objetivo dar continuidade ao trabalho iniciado pela Profa. Magali Benjamim

de Araújo. Sob sua Coordenação além da participação do III, IV e V Encontro de

Coordenadores do Curso de Farmácia, promovido pelo Conselho Federal de

Farmácia, e do I Seminário dos Coordenadores de Cursos de Graduação das Áreas

de Saúde e Agrárias ENADE-SINAES, foram criadas as seguintes comissões:

- Comissão de Reestruturação Curricular do Curso de Farmácia de acordo com as

Diretrizes Curriculares aprovadas pelo Conselho Nacional de Educação, composta

por: Magali Benjamim de Araújo (Presidente); Masaharu Ikegaki; Maria de Fátima

23

Sant´Anna; Antônio Carlos da Silva; Olinda Maria Gomes da Costa Vilas Boas;

Denise Aparecida Correa Moreira; Acadêmico Alessandro Rezende Santos.

- Comissão Coordenadora do Trabalho de Conclusão de Curso, composta por: Ana

Lúcia Leite Moraes (Presidente); Maria Rita Rodrigues; José Maurício S. F. da Silva;

- Comissão de Acompanhamento e Avaliação do Processo de Implantação das

Diretrizes Nacionais, composta por: Geraldo Alves da Silva � Presidente; Fernanda

Borges de Araújo Paula; Lira Celeste Alves; Magali Benjamim de Araújo; Roseli

Soncini; Acadêmico Túlio Felipe Pereira;

- Comissão de Estagio, composta por: Luciene Alves Moreira Marques (Presidente)

e posteriormente substituída pela Profa. Walnéia Aparecida de Souza e por: Gislaine

Ribeiro Pereira; Rosângela Vieira Siqueira; Amon Sério Vieira; Antônio Luengo

Garcia; Acadêmico Paulo Henrique Borges;

- Comissão de Acompanhamento e Avaliação das Atividades Complementares,

composta por: Stella Maris da Silveira Duarte (Presidente); Denise Aparecida Correa

Moreira; Márcia Helena Miranda Cardoso Podestá; Valdemar Antonio Paffaro Junior;

Acadêmico Ronan Augusto Leite Coelho;

Ainda em 2005, os acadêmicos do curso de Farmácia, através do

Processo 23087.001837/2005-81, encaminham pauta de reivindicações tendo como

principal item à alteração do tempo do Curso de Farmácia. A solicitação é atendida

pela coordenação que altera a duração do curso de 4,5 anos para cinco anos e os

alunos passam a contar com mais tempo para desenvolverem projetos de pesquisa,

extensão, monitorias e atividades complementares. Aproveitando a mudança no

período de integralização do curso, foram promovidas alterações na dinâmica

curricular em relação à nomenclatura, cargas horárias e períodos para as disciplinas.

Devido a estas alterações o curso de farmácia apresentou duas dinâmicas

curriculares. A primeira para os acadêmicos com entrada a partir de 2004/2 e a

segunda para os acadêmicos com entrada a partir de 2007/1.

No mês de dezembro de 2007, a professora Olinda Maria Gomes da

Costa Vilas Boas participa do I Fórum Nacional de Educação Farmacêutica realizado

em Brasília, uma iniciativa do Ministério da Saúde, através da Secretaria de Ciência,

24

Tecnologia e Insumos Estratégicos e do Departamento de Assistência Farmacêutica

e Insumos Estratégicos em parceria com a Associação Brasileira de Ensino

Farmacêutico (ABENFAR). Seu objetivo foi debater, com entidades representativas

da classe farmacêutica, estudantes, professores de farmácia e representantes dos

serviços de saúde, as prioridades para a formação do profissional farmacêutico para

atender as necessidades do país e do SUS.

O tema central para o Fórum, "O farmacêutico que o Brasil necessita",

teve por objetivo instigar a categoria para a construção de propostas para a

educação diretamente relacionadas com a realidade social do país e as demandas

da sociedade, especialmente do SUS, para o farmacêutico. A programação do I

Fórum privilegiou a participação ativa dos presentes, por meio de "espaços de

diálogo" formados por quatro grupos de discussão.

Neste fórum a Profa. Olinda Maria Gomes da Costa Vilas Boas foi

informada que o programa Pró-Saúde seria aberto para as demais graduações da

área saúde, além dos cursos de Medicina, de Enfermagem e de Odontologia,

através de edital dos Ministérios da Saúde e da Educação. A Coordenação do Curso

de Farmácia, ciente da proposta do Pró-Saúde e da importância para reorientação

profissional, orienta a Profa. Olinda para que elabore e coordene um projeto Pró-

Saúde para o Curso de Farmácia.

O Edital de Convocação Nº 13/2007 da Secretaria de Gestão do

Trabalho e da Educação na Saúde de 11 de dezembro de 2007, para a seleção para

o Programa Nacional de Reorientação da Formação Profissional em Saúde - Pró-

Saúde. A professora Olinda, juntamente com a Comissão nomeada para

implantação do Pró-Saúde, encaminhou o projeto com a participação dos Cursos de

Farmácia, de Enfermagem e de Nutrição. O resultado com a aprovação foi publicado

pela Portaria Nº -7, de 27 de março de 2008, da Secretaria de Gestão do Trabalho e

da Educação na Saúde, que homologou o resultado da seleção dos Projetos que se

candidataram ao Pró-Saúde e dentre estes, o apresentado pela Universidade

Federal de Alfenas.

Por meio da Portaria n° 1.026 de 06 de agosto de 2 009 assume a

Coordenação do Curso de Farmácia o Prof. Dr. Ricardo Radighieri Rascado, tendo

como principal objetivo dar continuidade ao trabalho iniciado pelo Prof. Dr. Geraldo

Alves da Silva que, visando atender o �Modelo Referencial de Ensino para uma

Formação Farmacêutica com Qualidade�, proposto pelo Conselho Federal de

25

Farmácia. Foi então elaborada uma nova dinâmica curricular que vinha sendo

discutida entre os departamentos envolvidos no curso de farmácia, bem como

professores e acadêmicos.

A partir de abril de 2010, assume a Coordenação do Curso a Profa.

Olinda Maria Gomes da Costa Vilas Boas com o firme propósito de discutir e aprovar

a nova dinâmica curricular juntamente com o Projeto Político Pedagógico em

questão. Através da Resolução Nº 21/2010 de 09 de Novembro de 2010, do

Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão � CEPE da UNIFAL-MG, foi aprovado o

Núcleo Docente Estruturante � NDE � dos Cursos de Licenciatura e Bacharelado da

Instituição, tendo em vista as recomendações da Comissão Nacional de Avaliação

da Educação Superior � CONAES, em sua Resolução nº 01/2010 e do Parecer nº

04/2010. Com a formação do NDE, as discussões foram amplas e proveitosas

resultando em momentos de reflexão e intervenção, envolvendo os diversos

seguimentos representativos do curso de Farmácia, resultando neste Projeto Político

Pedagógico do Curso de Farmácia.

Em 14/05/2012 foi publicada a Portaria 673 de 10/05/2012 designando

a Profa. Márcia Helena Miranda Cardoso Podestá, como Coordenadora do Curso,

tendo como vice-coordenadora a Profa. Walnéia Aparecida de Souza designada

através da Portaria 779 de 30/05/2012 dando sequência ao trabalho de adequação e

aprovação deste Projeto Político Pedagógico.

26

5. PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

A construção do projeto político pedagógico buscou atender às

Diretrizes Curriculares aprovadas para os Cursos de Graduação em Farmácia, pelo

Conselho Nacional de Educação e Câmara de Educação Superior (BRASIL, 2002).

As proposições de mudanças do ensino farmacêutico objetivam resgatar a função

social do farmacêutico, na perspectiva da formação de um profissional capaz de

contribuir e promover uma mudança do quadro atual da Assistência Farmacêutica.

Para atender as recomendações das Diretrizes Curriculares (DCN) os

cursos de graduação em saúde devem atentar para as orientações da UNESCO:

aprender a ser, aprender a fazer, aprender a conhecer e aprender a conviver,

garantindo a capacitação de profissionais com autonomia e discernimento para

assegurar a integralidade da atenção e a qualidade e humanização do atendimento

prestado aos indivíduos, famílias e comunidades.

Consideram ainda, as DCN que os currículos propostos possam

construir perfil acadêmico e profissional com competências, habilidades e

conteúdos, dentro de perspectivas e abordagens contemporâneas de formação

pertinentes e compatíveis com referencias nacionais e internacionais, capazes de

atuar com qualidade, eficiência e resolutividade, no Sistema Único de Saúde (SUS).

5.1 Objetivo do Curso

Formar o profissional generalista, humanista, ético, crítico e reflexivo,

para desenvolver atividades relacionadas aos fármacos, medicamentos, às análises

clínicas e toxicológicas, à produção, controle e análise de alimentos.

5.2 Perfil do Egresso

O Bacharel em Farmácia ou Farmacêutico atua na pesquisa,

desenvolvimento, produção, gestão, manipulação e controle de qualidade de

insumos, fármacos e medicamentos. Realiza a assistência farmacêutica em todos os

níveis de atenção individual e coletiva à saúde; atua na vigilância de medicamentos

e alimentos, de farmácias e de indústrias farmacêuticas. Pode realizar pesquisa,

desenvolvimento, produção, manipulação, controle de qualidade de cosméticos,

27

saneantes, domissaneantes e correlatos. Emite laudos e pareceres e coleta material

biológico para análises clínicolaboratoriais, toxicológicas, de hemoderivados,

alimentos e do meio ambiente. Em sua atividade gerencia o trabalho e os recursos

materiais de modo compatível com as políticas públicas de saúde. Atua na

promoção, prevenção, recuperação e reabilitação da saúde do indivíduo e da

comunidade, primando pelos princípios éticos e de segurança. (REFERENCIAIS,

2010)

5.3 Temas Abordados na Formação

Anatomia; Biossegurança; Botânica; Citologia; Embriologia; Fisiologia;

Genética; Histologia; Química; Métodos e Processos Analíticos Instrumentais;

Bioquímica; Deontologia e Legislação Farmacêutica; Epidemiologia; Farmacologia;

Imunologia; Microbiologia; Parasitologia; Patologia; Toxicologia; Química

Farmacêutica; Gestão de Empresas Farmacêuticas; Atenção Farmacêutica; Biologia

Molecular; Qualidade de Produtos Farmacêuticos; Hematologia Clínica;

Cosmetologia; Farmacotécnica; Fitoterapia; Tecnologia Farmacêutica; Bioquímica e

Biotecnologia de Alimentos; Bromatologia; Farmácia Hospitalar e Assistência

Farmacêutica. (REFERENCIAIS 2010).

5.4 Ambientes de Atuação

O Farmacêutico atua nas áreas de gestão e serviços de saúde

públicos ou privados em todos os níveis de atenção; em farmácias, dispensários,

distribuidoras e importadoras de medicamentos; em ervanários; em indústrias

farmacêuticas; em instituições de pesquisa. Pode atuar em indústrias de alimentos,

de cosméticos, de insumos e correlatos; em bancos de leite e de sangue; em

laboratórios de análises clínicas, toxicológicas, ambientais e de alimentos; em

hemocentros e outros serviços de insumos biológicos para a saúde. Também pode

atuar de forma autônoma, em empresa própria ou prestando consultoria.

28

5.5 Infraestrutura Recomendada

Laboratórios de: Anatomia; Biologia e Microbiologia; Histologia;

Assistência Farmacêutica; Imunologia; Parasitologia; Química Analítica; Química

Farmacêutica; Química Inorgânica e Orgânica; Físico-Química; Hematologia;

Citologia; Toxicologia; Controle de Qualidade; Bioquímica; Análise de Alimentos;

Farmacognosia; Tecnologia Farmacêutica; Síntese de Fármacos; Informática com

programas especializados. Farmácia Universitária, Laboratório Central de Análises

Clínicas e Núcleo de Controle de Qualidade. Laboratório de Epidemiologia e Gestão

(LEGS), Salas de aula com multimídia, Ambientes de prática conveniados com a

rede pública de saúde. Biblioteca com acervo específico e atualizado.

5.6 Estágio Obrigatório e Estágio Não Obrigatório

Os estágios supervisionados a serem desenvolvidos durante o curso

terão por objetivos:

• Integrar a teoria e prática da vivência de experiência o mais próximo

possível das situações reais para prestar uma efetiva Assistência

Farmacêutica à comunidade.

• Viabilizar a realimentação do ensino, proporcionando ao discente

oportunidade de rever posições teóricas quanto à prática profissional em

sua relação com a sociedade.

• Capacitar o aluno no setor político, teórico, administrativo e científico.

• Possibilitar ao estagiário a aplicação dos conhecimentos adquiridos no

Curso para o bem da coletividade, tendo como diretriz o desenvolvimento de

um modelo de atendimento voltado à saúde pública, buscando integração

com o Sistema Único de Saúde.

• Vivenciar a prática, entendendo assim o seu papel como integrante de

uma equipe de saúde multiprofissional e em contato com a realidade,

estimulando o conhecimento dos problemas presentes e atuais, em particular

os regionais, prestando serviços especializados à comunidade e

estabelecendo com esta uma relação de reciprocidade.

• Desenvolver o espírito empreendedor, projetando novos negócios, novas

estruturas e estratégias.

29

• Promover uma visão globalizada e, simultaneamente, específica e com

formação qualificada da área de atuação.

• Rever práticas e conteúdos programáticos que porventura estejam

distantes da realidade, bem como oferecer a sociedade eventuais

contribuições e melhorias.

• Permitir um canal de articulação contínuo entre a instituição e a

comunidade e instituição/empresa como forma de retroalimentação de

informações e universalização das práticas da instituição comprometida

com o desenvolvimento social.

• Proporcionar ao acadêmico oportunidade de exercitar os conhecimentos

teóricos sobre fármacos e doenças em situações práticas e reais.

• Exercitar os conhecimentos teóricos sobre administração e gerenciamento

de empresas de dispensação de medicamentos.

• Desenvolver o senso crítico-analítico do acadêmico nas questões ligadas

aos medicamentos, tanto sobre os aspectos econômicos como nos

socioculturais e de saúde.

Distribuição dos Estágios Obrigatórios:

Estágio em Atenção Farmacêutica (Farmácia Universitária)

Estágio em Dispensação (Farmácia Universitária)

Estágio no SUS (Unidades de Atenção à Saúde)

Estágio em Manipulação (Farmácia Universitária)

Estágio em Farmácia, e/ou em Indústria de Medicamentos e de

Cosméticos e/ou em Indústria de Alimentos e/ou em Laboratório de Análises

Clínicas e Toxicológicas.

Os Estágios não Obrigatórios são realizados por interesse acadêmico,

sob orientação docente, em Farmácia, Laboratório de Análises

Clínicas/Toxicológicas, Indústria de Medicamentos/Alimentos ou Farmácia

Hospitalar.

Os estágios possuem regulamentação específica que se encontra de

forma impressa na Coordenação do Curso de Farmácia e de forma eletrônica na

página da UNIFAL-MG.

30

5.7 Atividades Complementares

As atividades complementares correspondem a 5%, no mínimo, (245

horas), da carga horária total do curso. São de eleição do aluno, segundo suas

necessidades e interesses e sugerem caminhos diferentes para atingir a formação

generalista.

As atividades complementares constituem-se por disciplinas optativas,

monitoria, programas de iniciação cientifica, programas de extensão, congressos,

cursos realizados em áreas afins e visitas técnicas. Tendo em vista a importância de

preparar o profissional com capacidade crítica e reflexiva, que encontre soluções

para um mundo em processo de constante mudanças, as atividades

complementares serão desenvolvidas ao longo da vida acadêmica e passam a ter

um papel importante na formação que se quer oportunizar no Curso.

As Atividades Complementares possuem regulamentação específica

que se encontra de forma impressa na Coordenação do Curso de Farmácia e de

forma eletrônica na página da UNIFAL-MG.

5.8 Disciplinas Optativas

O Projeto político pedagógico do Curso de Farmácia prevê em sua

dinâmica curricular a oferta de disciplinas optativas como possibilidade de

complementação pedagógica.

Torna-se obrigatório o acadêmico cursar uma disciplina optativa

curricular, com carga horária mínima de 30 horas, à sua escolha, a ser cumprida até

o 9º período, sendo computada para a integralização do Curso.

Os acadêmicos poderão ainda eleger disciplinas optativas livres, assim

entendidas as de livre escolha do discente, cursadas para ampliação de

conhecimentos.

5.9.Trabalho de Conclusão de Curso - TCC

O Trabalho de Conclusão de Curso - TCC � será o resultado do

desenvolvimento de projeto de extensão, projeto de pesquisa bibliográfica, descritiva

e/ou experimental.

31

O projeto deverá apresentar um questionamento ou problema, que

direcionará a geração e/ou discussão de resultados próprios ou fundamentados na

literatura.

O TCC é regido por regulamentação específica que se encontra de

forma impressa na Coordenação do Curso de Farmácia e de forma eletrônica na

página da UNIFAL-MG.

5.10. Conclusão do Curso

O acadêmico só poderá realizar o estágio curricular do 10º período

após a conclusão com aprovação de todas as disciplinas anteriores, inclusive a

optativa curricular escolhida, bem como após a validação das Atividades

Complementares e aprovação do Trabalho de Conclusão de Curso � TCC.

32

6. DINÂMICA CURRICULAR

DINÂMICA CURRICULAR PARA O CURSO DE FARMÁCIA

UNIDADES CURRICULARES Teórica Prática Estágio Total1° PERÍODOAnatomia I 60 30 90

Biologia Celular 45 15 60 Biossegurança e Primeiros Socorros 30 30

Ciências Sociais 30 30 Filosofia e Metodologia da Ciência 30 30

Introdução às Ciências Farmacêuticas 15 15 Introdução à Epidemiologia 30 15 45

Química Geral 60 60 Química Geral Experimental 30 30

Total 300 90 3902° PERÍOD O Bioquímica I 45 30 75

Embriologia Básica 30 30 Práticas Farmacêuticas 30 30

Estatística Básica 60 60 Físico-Química 45 30 75

Histologia Básica 30 30 60 Políticas e Práticas em Saúde Coletiva 30 15 45

Química Orgânica 60 60 Química Orgânica Experimental 30 30

Total 300 165 4653° PERÍODO

Biologia Molecular 45 15 60 Bioquímica II 45 45

Fisiologia 75 15 90 Microbiologia Geral 45 30 75

Parasitologia Humana 30 30 60 Química Analítica 60 60

Química Analítica Experimental 45 45 Saúde Coletiva Aplicada à Farmácia 30 30

Total 330 135 4654° PERÍODO

Assistência Farmacêutica I 15 15 Farmacobotânica 30 30 60

Farmacologia 60 60 Genética 30 30

Imunologia 45 15 60 Patologia Geral 30 30 60

Química Analítica Instrumental 60 60 Química Analítica Instrumental Experimental 45 45

Trabalho de Conclusão de Curso - TCC I 30 30Total 300 120 420

5° PERÍODO Assistência Farmacêutica II 15 15

Atenção Farmacêutica 30 30 Farmacognosia 30 30 60

Farmacologia Aplicada a Farmácia 60 30 90 Farmacotécnica I 30 30 60

Métodos de Identificação de Compostos Orgânicos 45 45 Química Farmacêutica Medicinal I 30 30 60

Toxicologia 45 45 Bromatologia 30 30 60

Total 300 165 4656° PERÍODO

Deontologia e Legislação Farmacêutica 30 30 Estágio no SUS 135 135

Farmácia Hospitalar 45 45 Farmacotécnica II 30 30 60

Química Farmacêutica Medicinal II 45 45 Análise Farmacêutica 45 45

Microbiologia de Alimentos 30 30 60Total 180 105 135 420

33

DINÂMICA CURRICULAR PARA O CURSO DE FARMÁCIA

UNIDADES CURRICULARES Teórica Prática Estágio Total7° PERÍODO

Tecnologia de Alimentos 30 30 60 Estágio em Farmácia de Manipulação 60 60

Operações Unitárias 45 15 60 Gestão de Empresas Farmacêuticas 30 30 Microbiologia e Enzimologia Industrial 30 15 45

Tecnologia de Cosméticos 30 30 60 Estágio em Atenção Farmacêutica 30 30

Farmacotécnica Homeopática 30 30 60Total 195 120 90 405

8° PERÍODO Controle de Qualidade Físico-Químico

30 60 90 de Fármacos, Medicamentos e Cosméticos

Controle de Qualidade Microbiológico 30 30 60

de Fármacos, Medicamentos e Cosméticos Análises Toxicológicas 15 60 75

Tecnologia Farmacêutica 45 45 90 Trabalho de Conclusão de Curso II - TCC II 15 15

Fitoterapia I 30 30 Estágio em Farmácia de Dispensação 60 60

Total 150 210 60 4209° PERÍODO

Bacteriologia Clínica 30 60 90 Bioquímica Clínica 30 60 90

Hematologia Clínica 30 60 90 Imunologia Clínica 15 15 30

Parasitologia Clínica 30 60 90 Optativa Curricular * 30 30

Total 165 255 42010° PERÍODO

Estágio Obrigatório � em Farmácias ou 700 700 Laboratórios de Análises Clínicas ou Toxicológicas ou

Indústrias de Medicamentos ou Alimentos 4570 2220 1365 985

* Carga Horária Mínima 30 horas - Teórica e/ou Prática, cursada até o 9º período.

Carga horária Total do Curso: 4815 horas

Carga horária mínima de Estágio Curricular: 20% ( 985 horas)

Carga horária mínima de atividades complementares: 5% (245 horas)

Dinâmica Curricular com tempo mínimo de integralização do curso de 5

(cinco) anos, a ser implantada aos alunos matriculados no Curso de Farmácia a

partir do semestre letivo subsequente à aprovação deste Projeto Político Pedagógico

pelos órgãos colegiados.

34

6. 1 PERFIL GRÁFICO DO CURSO DE FARMÁCIA

0

100

200

300

400

500

600

700

800

Ati

vid

ades

(H

ora

s)

Estágio

Pratica

Teórica

Figura 1. Distribuição das aulas teóricas e práticas e atividades de estágio do Curso de

Farmácia

2220

1365

245

985

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Figura 2. Representação da Dinâmica Curricular do Curso de Farmácia da UNIFAL-MG

35

7. DISCIPLINAS OPTATIVAS

7.1 DISCIPLINAS sugeridas como OPTATIVAS CURRICULARES

Atenção Farmacêutica e Farmacoterapia 45 h Teórica

Biologia Molecular Aplicada ao Diagnóstico 30h Teórica

Gestão e Garantia da Qualidade em Laboratório de Análises Clínicas 30h Teórica

Introdução à Síntese de Fármacos 45h (15Teórica /30Prática)

Nutrição 30h Teórica

Micologia Clínica 30h (15 Teórica/15 Prática)

Citologia Clínica 45h (15 Teórica /30Prática)

Fitoterapia II 30h Teórica

Controle de Qualidade Microbiológico de Alimentos - 30 h - Prática

7.2 DISCIPLINAS sugeridas como OPTATIVAS LIVRES

Toxicologia de Alimentos 30h Teórica

Virologia Clinica 30h Teórica

Organização e Supervisão de Produção 30h Teórica

Língua Brasileira de Sinais - LIBRAS 30h Teórica

Psicologia aplicada à Saúde 30h Teórica

1º Período

Período composto por 09 Disciplinas: Anatomia I; Biologia Celular;

Biossegurança e Primeiros Socorros; Ciências Sociais, Filosofia e Metodologia da

Ciência, Introdução às Ciências Farmacêuticas; Introdução à Epidemiologia;

Química Geral; Química Geral Experimental.

36

Figura 13: Carga horária total de aulas teóricas e práticas

do 1° período do Curso de Farmácia, em porcentagem.

2º Período

Período composto por 09 Disciplinas: Bioquímica I; Embriologia Básica;

Práticas Farmacêuticas; Estatística Básica; Físico-Química; Histologia Básica;

Políticas e Práticas em Saúde Coletiva; Química Orgânica; Química Orgânica

Experimental.

Figura 14: Carga horária total de aulas teóricas e práticas do

2° período do Curso de Farmácia, em porcentagem.

3º Período

Período composto por 08 Disciplinas: Biologia Molecular; Bioquímica II;

Fisiologia; Microbiologia Geral; Parasitologia Humana; Química Analítica; Química

Analítica Experimental; Saúde Coletiva Aplicada à Farmácia.

37

Figura 15: Carga horária total de aulas teóricas e práticas do

3° período do Curso de Farmácia, em porcentagem.

4º Período

Período composto por 09 disciplinas: Assistência Farmacêutica I;

Farmacobotânica; Farmacologia; Genética; Imunologia; Patologia Geral; Química

Analítica Instrumental; Química Analítica Instrumental Experimental; TCC I.

Figura 16: Carga horária total de aulas teóricas e práticas do 4°

período do Curso de Farmácia, em porcentagem.

5º Período

Período composto por 09 Disciplinas: Assistência Farmacêutica II;

Atenção Farmacêutica; Farmacognosia; Farmacologia Aplicada a Farmácia;

Farmacotécnica I; Métodos de Identificação de Compostos Orgânicos; Química

Farmacêutica Medicinal I; Toxicologia; Bromatologia.

38

Figura 17: Carga horária total de aulas teóricas e práticas do 5°

período do Curso de Farmácia, em porcentagem.

6º Período

Período composto por 07 Disciplinas: Deontologia e Legislação

Farmacêutica; Estágio no SUS; Farmácia Hospitalar; Farmacotécnica II; Química

Farmacêutica Medicinal II; Análise Farmacêutica; Microbiologia de Alimentos.

43%

25%

32%

Teórica Pratica Estágio

Figura 18: Carga horária total de aulas teóricas e práticas do

6° período do Curso de Farmácia, em porcentagem.

7º Período

Período composto por 08 Disciplinas: Tecnologia de Alimentos; Estágio

em Farmácia de Manipulação; Operações Unitárias; Gestão de Empresas

Farmacêuticas; Microbiologia e Enzimologia Industrial; Tecnologia de Cosméticos;

Estágio em Atenção Farmacêutica; Farmacotécnica Homeopática.

39

48%

30%

22%

Teórica Pratica Estágio

Figura 19: Carga horária total de aulas teóricas e práticas do

7° período do Curso de Farmácia, em porcentagem.

8o Período

Período composto por 07 disciplinas: Controle de Qualidade Físico-

Químico de Fármacos Medicamentos e Cosméticos; Controle de Qualidade

Microbiológico de Fármacos, Medicamentos e Cosméticos; Análises Toxicológicas;

Tecnologia Farmacêutica; Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) II; Fitoterapia I;

Estágio em Farmácia de Dispensação.

36%

50%

14%

Teórica Pratica Estágio

Figura 20: Carga horária total de aulas teóricas e práticas do 8°

período do Curso de Farmácia, em porcentagem.

9o Período

Período composto por 06 Disciplinas: Bacteriologia Clínica; Bioquímica

Clínica; Hematologia Clínica; Imunologia Clínica; Parasitologia Clínica; Optativa

Curricular.

40

39%61%

Teórica Pratica

Figura 21: Carga horária total de aulas teóricas e práticas do 9°

período do Curso de Farmácia, em porcentagem.

10º Período

Período composto por 01 Disciplina: Estágio Obrigatório em Farmácia

ou Laboratório de Análises Clínicas ou Toxicológicas e/ou Indústrias de Alimentos ou

Medicamentos.

100%

Estágio

Figura 22: Carga horária total de aulas práticas (estágio) do 10°

período do Curso de Farmácia, em porcentagem.

41

8. EMENTÁRIO

1° PERÍODO

Anatomia I Carga Horária: 90 (Teórica 60/Prática 30)

Ementa: Estudo dos fundamentos da Anatomia Geral e dos Sistemas Orgânicos

Humanos (locomotor, respiratório, circulatório, digestório, urinário, genital, nervoso,

endócrino e tegumento comum).

Biologia Celular

Carga Horária: 60 (Teórica 45/Prática 15)

Ementa: Introdução a Biologia Celular, métodos de estudo da célula, organização

molecular da célula, membranas biológicas, citoesqueleto; matriz extracelular,

organelas citoplasmáticas; núcleo e nucléolo; síntese, transporte e destino de

proteínas na célula, divisão celular (mitose e meiose), controle do ciclo celular e

sinalização celular.

Biossegurança e Primeiros Socorros

Carga horária: 30 (Teórica)

Ementa: Estudo das normas de segurança em laboratório de análise química e

análises clínicas e das medidas preventivas e de primeiros socorros a serem

aplicados às vítimas de traumatismo ou de mal-estar súbito.

Ciências Sociais

Carga horária: 30 (Teórica)

Ementa: Bases sócio-culturais do comportamento humano. O processo de

comunicação. Modelos explicativos do processo saúde-doença. Sociedade brasileira

e as desigualdades sociais.

Filosofia e Metodologia da Ciência

Carga horária: 30 (Teórica)

Ementa: Conhecimento científico. Método científico. Pesquisa bibliográfica.

Pesquisa descritiva. Pesquisa experimental. Técnicas de coleta de dados. Projeto de

pesquisa. Redação técnica

42

Introdução às Ciências Farmacêuticas

Carga horária: 15 (Teórica)

Ementa: Estuda a evolução da prática farmacêutica e do curso de Farmácia, o curso

de Farmácia na UNIFAL-MG e o campo de atuação do profissional farmacêutico.

Introdução à Epidemiologia

Carga horária: 45 (Teórica 30/Prática 15)

Ementa: Introdução à Epidemiologia. Processo saúde-doença. Epidemiologia

descritiva. Sistema de Informação em Saúde. Perfil demográfico e epidemiológico.

Química Geral

Carga horária: 60 (Teórica)

Ementa: Modelos atômicos, propriedades periódicas dos elementos, ligações

eletrovantes, ligação covalente (teoria eletrostática), geometria molecular, forças

intermoleculares, teoria cinética dos gases, 1º lei da termodinâmica, 2º lei da

termodinâmica e equilíbrio dinâmico, reatividade, equações químicas e

estequiometria, reações ácido-base, cálculos de equilíbrio em soluções aquosas e

reações de oxiredução.

Química Geral Experimental

Carga horária: 30 (Prática)

Ementa: Noções básicas sobre segurança no laboratório. Apresentação de

equipamentos, materiais e vidrarias. Discussão das medidas, unidades, condições e

erros. Tratamento estatístico dos dados. Realização de experimentos sobre temas

que reforcem o aprendizado de conceitos fundamentais, tais como: modelos

atômicos, propriedades periódicas dos elementos, ligações eletrovantes, ligação

covalente (teoria eletrostática), geometria molecular, forças intermoleculares, teoria

cinética dos gases, 1º lei da termodinâmica, 2º lei da termodinâmica e equilíbrio

dinâmico, reatividade, equações químicas e estequiometria, reações ácido-base,

cálculos de equilíbrio em soluções aquosas e ações de oxirredução.

2° PERÍODO

Bioquímica I

Carga horária: 75 (Teórica 45/Prática 30)

43

Ementa: Aminoácidos, peptídios, proteínas, carboidratos, lipídios, enzimas.

Embriologia Básica

Carga horária: 30 (Teórica)

Ementa: Aspectos gerais da reprodução e desenvolvimento: gametogênese,

fecundação, segmentação, gastrulação, organogênese, regulação do padrão de

desenvolvimento, período fetal e interação materno fetal.

Práticas Farmacêuticas

Carga horária: 30 (Prática)

Ementa: Desenvolvimento de habilidade técnica tanto no atendimento de

emergências clínicas súbitas ou emergências traumáticas, como na aferição de

sinais diagnósticos ou na aplicação de medicamentos injetáveis.

Estatística Básica

Carga horária: 60 (Teórica)

Ementa: Descrição e exploração de dados; população e amostra, níveis de

mensuração de variáveis, tabelas de distribuição de frequências, gráficos;

estatísticas descritivas. Cálculo de média e variância. Técnicas de amostragem,

probabilidades. Conceitos básicos, a distribuição normal, aplicação de modelo

normal na análise de dados, distribuição binomial e Poisson, distribuição de

amostragem (t, X2 e F), inferência estatística, construção e interpretação de intervalo

de confiança para média: proporção, variância, desvio padrão e para diferença de

médias. Teste de hipóteses para média: proporção, variância e para Diferença de

Médias: teste Qui-quadrado, correlação e regressão linear, testes não-paramétricos.

Físico-Química

Carga horária: 75 (Teórica 45/Prática 30)

Ementa: Fundamentos de Termodinâmica. Equilíbrio químico. Cinética química.

Colóides. Soluções. Construção de gráficos.

Histologia Básica

Carga horária: 60 (Teórica 30/Prática 30)

44

Ementa: Estudo morfofuncional e microscopia dos tecidos animais básicos:

epiteliais, conjuntivos e células sanguíneas; cartilaginoso, ósseo, muscular e

nervoso.

Políticas e Práticas em Saúde Coletiva

Carga horária: 45 (Teórica 30/Prática 15)

Ementa: Evolução da Saúde Coletiva no Brasil. Sistemas de Saúde e modelos de

atenção. O Sistema Único de Saúde no Brasil. O Programa Saúde da Família. As

Redes de Atenção.

Química Orgânica

Carga horária: 60 (Teórica)

Ementa: Os compostos de carbono. Fundamentos: estrutura, ligações, ácidos e

bases, análise conformacional e isomeria e estereoqímica de compostos orgânicos.

Alcanos- nomenclatura e reações radicalares. Reações de substituição nucleofílica e

eliminação- haletos de alquila, álcoois e éteres. Alcenos, alcinos e sistemas

insaturados conjugados.

Química Orgânica Experimental

Carga horária: 30 (Prática)

Ementa: Segurança em laboratório, utilização e manipulação de sistemas e vidrarias

comuns ao trabalho em quimica orgânica, técnicas de separação e purificação de

compostos orgânicos (destilação, extração, recristalização), medida de ponto de

fusão, cromatografia em camada delgada, preparação de extratos a partir de

matrizes vegetais, síntese orgânica.

3° PERÍODO

Biologia Molecular

Carga horária: 60 (Teórica 45/Prática 15)

Ementa: Introdução à Biologia Molecular. Fluxo da informação genética na célula.

Composição, estrutura e propriedades dos ácidos nucléicos. Estrutura da cromatina,

cromossomos e organização gênica. Biossíntese dos ácidos nucléicos: replicação e

transcrição. Mutação, reparo e recombinação no material genético. Bases da

45

regulação de expressão gênica em procariotos e eucariotos. Noções básicas de

engenharia genética e tecnologia do DNA recombinante. Tópicos modernos de

Biologia Molecular aplicados à Farmácia.

Bioquimica II

Carga horária: 45 (Teórica)

Ementa: Metabolismo de carboidratos. Ciclo de Krebs. Cadeia respiratória.

Metabolismo de lipídios. Digestão das proteínas. Degradação de aminoácidos.

Integração e regulação metabólica. Erros metabólicos.

Fisiologia

Carga horária: 90 (Teórica 75/Prática 15)

Ementa: Estudo dos processos fisiológicos que ocorrem no corpo humano, da sua

inter-relação, bem como os mecanismos regulatórios.

Microbiologia Geral

Carga horária: 75 (Teórica 45/Prática 30)

Ementa: Bacteriologia geral, morfologia bacteriana, fisiologia bacteriana. Controle

de microrganismos por agentes químicos e físicos. Drogas antibacterianas.

Micologia geral. Virologia geral.

Parasitologia Humana

Carga horária: 60 (Teórica 30/Prática 30)

Ementa: Parasitologia humana; definição e termos técnicos em Parasitologia;

classificação dos seres vivos; estudo dos principais helmintos, protozoários e insetos

transmissores de doenças.

Química-Analítica

Carga horária: 60 (Teórica)

Ementa: Introdução a Química Analítica. Equilíbrio Químico em solução aquosa.

Atividade e força iônica. Solução tampão monoprótico e poliprótico. Erros e

Estatística em química. Fundamentos e aplicações de titulações de neutralização,

precipitação, oxi-redução e complexação.

46

Química Analítica Experimental

Carga horária: 45 (Prática)

Ementa: Cálculos e preparo de soluções; Avaliação de resultados experimentais;

Separação e ensaios de identificação de cátions e ânions; Titulometria em sistemas

de ácido-base, precipitação, oxi-redução, complexação e gravimétrico. Técnicas de

preparo de amostra.

Saúde Coletiva Aplicada à Farmácia

Carga horária: 30 (Teórica)

Ementa: Estudo da vigilância em saúde (epidemiológica, ambiental e sanitária) e

das políticas e ações prioritárias em saúde da mulher, da criança e do idoso;

principais programas nacionais de prevenção e controle de doenças e análise da

atuação do farmacêutico em saúde coletiva e vigilância.

4° PERÍODO

Assistência Farmacêutica I

Carga horária: 15 (Teórica)

Ementa: Política Nacional de Medicamentos (PNM); Financiamento da assistência

farmacêutica; Ciclo da Assistência Farmacêutica - seleção, programação, aquisição,

armazenamento e dispensação.

Farmacobotânica

Carga horária: 60 (Teórica 30/Prática 30)

Ementa: Estudo de plantas medicinais e drogas vegetais constituídas de raiz, caule,

folha, flor, fruto e semente, sob o ponto de vista morfológico e anatômico, para fins

de diagnose da matéria prima vegetal utilizada na medicina popular e na produção

de fitoterápicos.

Farmacologia

Carga horária: 60 (Teórica)

Ementa: Farmacocinética. Farmacodinâmica. Farmacologia do sistema nervoso

autônomo. Farmacologia cardiovascular. Farmacologia do diabetes. Farmacologia

do sistema digestório. Farmacologia do sistema respiratório.

47

Genética

Carga horária: 30 (Teórica)

Ementa: Bases moleculares da hereditariedade. Citogenética humana. Aberrações

cromossômicas e síndromes genéticas. Padrões de herança genética e análise de

heredogramas. Genética de grupos sanguíneos. Genética de hemoglobinas e

talassemias. Genética Bioquímica.

Imunologia

Carga horária: 60 (Teórica 45/Prática 15)

Ementa: Imunidade Natural e adaptativa. Resposta imune celular e humoral,

Imunopatologia.

Patologia Geral

Carga horária: 60 (Teórica 30/Prática 30)

Ementa: Estudos dos processos patológicos básicos comuns às diferentes doenças

dos organismos vivos, no que se refere às suas causas, mecanismos, lesões e

alterações funcionais.

Química Analítica Instrumental

Carga horária: 60 (Teórica)

Ementa: Parâmetros analíticos relacionados às técnicas instrumentais: figuras de

mérito e métodos de calibração. Fundamentos e aplicações em Espectroanalítica

(espectrofotometria no UV e visível, fluorimetria, absorção e emissão atômica);

Eletroanalítica (potenciometria e voltametria); e Técnicas de separação:

cromatografia em camada delgada, em fase gasosa e fase líquida. Técnicas de

Análise Térmica (TG, DTA e DSC).

Química Analítica Instrumental Experimental

Carga horária: 45 (Prática)

Ementa: Utilização de planilhas de análise de dados experimentais. Instrumentação

e operação das técnicas instrumentais como espectrofotometria no UV e visível,

absorção atômica, fotometria de chama, potenciometria, condutometria,

cromatografia em fase gasosa e fase líquida, termogravimetria e calorimetria.

48

TCC I

Carga horária: 30 (Teórica)

Ementa: Estudo das diferentes partes da monografia e do projeto de pesquisa.

Escolha do tema, delimitação do tema, formulação do problema, formulação de

hipóteses, formulação de objetivos. Elaboração da metodologia. Elaboração do

cronograma e do orçamento. Normatização de referências bibliográficas e redação.

Formatação geral do projeto de pesquisa.

5° PERÍODO

Assistência Farmacêutica II

Carga horária: 15 (Teórica)

Ementa: Conjunto de ações voltadas à promoção, proteção e recuperação da saúde

individual e coletiva, tendo os medicamentos como insumos essenciais e visando à

viabilização do acesso aos mesmos, assim como de seu uso racional.

Atenção Farmacêutica

Carga horária: 30 (Teórica)

Ementa: Conceitos em Atenção Farmacêutica, Metodologia de Seguimento de

pacientes, Atenção farmacêutica em distúrbios menores, Fontes de Informação em

Atenção Farmacêutica.

Farmacognosia

Carga horária: 60 (Teórica 30/Prática 30)

Ementa: Estudo das drogas de origem vegetal utilizadas na terapêutica, dividindo-as

de acordo com grupos de metabólitos que as caracterizam. São estudadas nos

seguintes aspectos: origem, obtenção, preparação, conservação, extração,

composição química, pesquisa de falsificações e usos medicinais.

Farmacologia Aplicada a Farmácia

Carga horária: 90 (Teórica 60/Prática 30)

Ementa: Farmacoterapia da dor e inflamação, do Sistema Nervoso Central, dos

Antimicrobianos.

49

Farmacotécnica I

Carga horária: 60 (Teórica 30/Prática 30)

Ementa: Conceitos, constituição, planejamento, formulação, preparação,

acondicionamento, conservação e correção de sabor, odor e cor das formas

farmacêuticas magistrais líquidas.

Métodos de Identificação de Compostos Orgânicos

Carga horária: 45 (Teórica)

Ementa: Estudo dos principais métodos espectrométricos de determinação

estrutural de compostos orgânicos: espectroscopia na região do infravermelho,

espectrometria de massa, espectrometria de ressonância magnética nuclear.

Química Farmacêutica Medicinal I

Carga horária: 60 (Teórica 30/Prática 30)

Ementa: Aspectos teóricos da ação de fármacos aplicados ao estudo dos métodos

de planejamento, desenvolvimento e obtenção de fármacos e produtos bioativos.

Toxicologia

Carga horária: 45 (Teórica)

Ementa: Estudo dos efeitos nocivos causados pelas substâncias químicas-

contaminantes dos ambientes de trabalho, da água, do ar, de alimentos e drogas no

organismo.

Bromatologia

Carga horária: 60 (Teórica 30/Prática 30)

Ementa: Estudo dos alimentos através de análises físicas, químicas e físico-

químicas, permitindo conhecer a composição centesimal, o valor nutritivo e

energético, as propriedades funcionais e os fatores antinutricionais. Interações

nutrientes e medicamentos, nutrientes e nutrientes e nutrientes e análises clínicas.

6° PERÍODO

Deontologia e Legislação Farmacêutica

Carga horária: 30 (Teórica)

50

Ementa: Conceitos, Código de Ética, Responsabilidade Civil do Farmacêutico,

Portaria nº. 344/98, Resoluções do CFF que regulamentam a profissão farmacêutica.

Estágio no SUS

Carga horária: 135 horas

Ementa: Atividades de aprendizagem social, profissional e cultural proporcionadas

ao aluno pela participação em situações reais de vida e trabalho sendo realizada na

comunidade, sob responsabilidade e coordenação da Instituição de ensino.

Farmácia Hospitalar

Carga horária: 45 (Teórica)

Ementa: Estudos da estrutura organizacional da farmácia hospitalar, integração

entre farmácia e hospital, gerenciamento de uma farmácia, unidades produtivas, o

papel do farmacêutico no controle da infecção hospitalar e funções clínicas do

farmacêutico.

Farmacotécnica II

Carga horária: 60 (Teórica 30/Prática 30)

Ementa: Conceitos, constituição, planejamento, formulação, preparação,

acondicionamento, conservação e correção de sabor, odor e cor das formas

farmacêuticas magistrais sólidas, semi-sólidas e sistemas dispersos.

Química Farmacêutica Medicinal II

Carga horária: 45 (Teórica)

Ementa: Estudo das relações entre a estrutura química com a atividade biológica de

agentes farmacodinâmicos e quimioterápicos, objetivando a compreensão dos

mecanismos de ação em nível molecular e o desenvolvimento de novos fármacos e

produtos bioativos.

Análise Farmacêutica

Carga horária: 45 (Prática)

Ementa: Aplicação dos métodos clássicos e instrumentais de análise química,

inclusive farmacopéicos, na avaliação da qualidade de insumos farmacêuticos.

Pesquisa da identidade de insumos farmacêuticos por reações químicas e métodos

51

instrumentais. Estudo dos principais ensaios de pesquisa de impurezas em fármacos

e outros insumos farmacêuticos. Emprego dos métodos clássicos de doseamento

por titrimetria na avaliação do teor de fármacos.

Microbiologia de Alimentos

Carga horária: 60 (Teórica 30/Prática 30)

Ementa: Introdução à microbiologia de alimentos; fatores intrínsecos e extrínsecos

dos alimentos que favorecem a multiplicação de microrganismos; conservação de

alimentos; microbiologia de água e alimentos; microrganismos indicadores da

qualidade; técnicas de amostragem; ensaios para a pesquisa, identificação e

contagem de microrganismos em água e alimentos; higienização na indústria de

alimentos, controle de biofilmes; toxinfecções alimentares � prevenção e controle.

7° PERÍODO

Tecnologia de Alimentos

Carga horária: 60 (Teórica 30/Prática 30)

Ementa: Princípios de conservação de alimentos. Fundamentos da tecnologia de

alimentos: leite; carne; frutas e hortaliças; cereais; óleos. Aditivos. Embalagem de

alimentos.

Estágio em Farmácia de Manipulação

Carga horária: 60 horas

Ementa: Atividades de aprendizagem social, profissional e cultural proporcionadas

ao aluno pela participação em situações reais de vida e trabalho sendo realizada na

comunidade e na farmácia universitária, sob responsabilidade e coordenação da

Instituição de ensino.

Operações Unitárias

Carga horária: 60 (Teórica 45/Prática 15)

Ementa: Noções de mecânica dos fluidos. Propriedades dos sólidos particulados.

Princípios de transferência de calor e de massa. Principais operações unitárias:

mecânicas, com transferência de calor, com transferência de massa e com

transferência de calor e massa simultaneamente.

52

Gestão de Empresas Farmacêuticas

Carga horária: 30 (Teórica)

Ementa: Estudar a gestão de empresas farmacêuticas: gestão geral, de produção,

de compras, de vendas, de materiais e de recursos humanos. Noções de Economia

e Farmacoeconomia. Metodologia para auto-inspeção de normas de Boas Práticas

de Fabricação (BPF). Estudo do Relacionamento Interpessoal: Trabalho em equipe.

Resolução de conflitos. Liderança. Criatividade. Relações interpessoais. Avaliação

de desempenho. Gestão do tempo.

Microbiologia e Enzimologia Industrial

Carga horária: 45 (Teórica 30/Prática 15)

Ementa: Introdução à Microbiologia Industrial, introdução aos processos

fermentativos, fermentação contínua e descontínua, tipos de fermentadores,

recuperação de produtos de fermentação, produção de etanol, aminoácidos, ácidos

orgânicos, antibióticos, tratamento biológico de resíduos, enzimas, conceito de

enzima, caracterizações gerais das reações enzimáticas, produção e utilização

comercial de enzimas, imobilização de microorganismos e enzimas.

Tecnologia de Cosméticos

Carga horária: 60 (Teórica 30/Prática 30)

Ementa: Estudo da pele e seus anexos; das formas cosméticas, matérias-primas,

formulação e preparação.

Estágio em Atenção Farmacêutica

Carga horária: 30 horas

Ementa: Conhecer a metodologia do seguimento farmacoterapêutico mais utilizada

na prática da atenção farmacêutica; aplicar os conhecimentos obtidos na disciplina

de atenção farmacêutica de forma prática com os pacientes.

Farmacotécnica Homeopática

Carga horária: 60 (Teórica 30/Prática 30)

Ementa: Estudo dos princípios da homeopatia, comparação com a alopatia e as

terapias alternativas; cuidados, insumos, nomenclatura e preparação dos

medicamentos homeopáticos.

53

8° PERÍODO

Controle de Qualidade Físico-Químico de Fármacos, Medicamentos e

Cosméticos.

Carga horária: 90 (Teórica 30/Prática 60)

Ementa: Estudo da qualidade das substâncias que se obtém como resultado da

consideração de todos os fatores que, de uma maneira ou de outra, entram na

concepção da molécula, no desenvolvimento, produção, distribuição e uso do

medicamento assegurando desta forma administração de medicamentos com

qualidade analítica e eficácia clínica.

Controle de Qualidade Microbiológico de Fármacos, Medicamentos e

Cosméticos

Carga horária: 60 (Teórica 30/Prática 30)

Ementa: Análise microbiológica qualitativa e quantitativa dos indicadores de

contaminação em produtos farmacêuticos e cosméticos; conservantes; produção e

avaliação de estéreis; determinação da presença de pirogênio em amostras

farmacêuticas; determinação da potência de antibióticos; controle de qualidade no

laboratório.

Análises Toxicológicas

Carga horária: 75 (Teórica 15/Prática 60)

Ementa: Estudo de critérios de validação de metodologia analítica em análises

toxicológicas e detecção de xenobióticos ou de seus metabólitos em materiais

diversos visando à prevenção, diagnóstico e tratamento das intoxicações agudas e

crônicas.

Tecnologia Farmacêutica

Carga horária: 90 (Teórica 45/Prática 45)

Ementa: Estudos dos conteúdos teóricos e práticos necessário para o

desenvolvimento de medicamentos e sua produção industrial, considerando-se a

qualidade total dos produtos fabricados.

54

TCC II

Carga horária: 15 (Prática)

Ementa: Apresentação do objeto de estudo pertinente ao curso de graduação em

Farmácia.

Fitoterapia I

Carga horária: 30 (Teórica)

Ementa: Introdução à fitoterapia. Legislação ANVISA/CFF, políticas e programas

aplicados à fitoterapia. Farmácias vivas. Horto de plantas medicinais. Fitoterapia no

Sistema Único de Saúde (SUS). Pesquisa, desenvolvimento e produção de

fitoterápicos. Fundamentos de controle de qualidade de fitoterápicos. Plantas

tóxicas.

Estágio em Farmácia de Dispensação

Carga horária: 60 horas

Ementa: Atividades de aprendizagem social, profissional e cultural proporcionadas

ao aluno pela participação em situações reais de vida e trabalho sendo realizada na

comunidade e na farmácia universitária, sob responsabilidade e coordenação da

Instituição de ensino.

9° PERÍODO

Bacteriologia Clínica

Carga horária: 90 (Teórica 30/Prática 60)

Ementa: Execução de técnicas laboratoriais e interpretação dos resultados de

exames para o diagnóstico das principais doenças humanas causadas por bactérias.

Bioquímica Clínica

Carga horária: 90 (Teórica 30/Prática 60)

Ementa: Estudo e realização de análises bioquímicas qualitativas e quantitativas

nos líquidos biológicos com a finalidade de auxiliar no diagnóstico, monitoramento

da evolução e resposta ao tratamento de doenças humanas, relacionadas aos

distúrbios das funções hepática, renal, cardíaca e pancreática, bem como do

metabolismo das proteínas, lipídeos, carboidratos, elementos nitrogenados não

protéicos e elementos inorgânicos.

55

Hematologia Clínica

Carga horária: 90 (Teórica 30/Prática 60)

Ementa: Estudo e execução de técnicas hematológicas e interpretação dos

resultados para auxiliar no diagnóstico de doenças (do sangue e órgãos

hematopoéticos) que apresentam alterações hematológicas.

Imunologia Clínica

Carga horária: 30 (Teórica 15/Prática 15)

Ementa: Introdução à Imunologia Clínica. Fundamentos do imunodiagnóstico.

Diagnóstico imunológico das principais doenças bacterianas, fúngicas, virais e

parasitárias que acometem o homem. Vacinas e adjuvantes. Diagnóstico

imunológico das doenças atópicas, auto-imunes e imunodeficiências. Utilização de

marcadores tumorais no diagnóstico, prognóstico e seguimento de caso de diversos

tipos de câncer. Exames utilizados em transplantes.

Parasitologia Clínica

Carga horária: 90 (Teórica 30/Prática 60)

Ementa: Estudo do diagnóstico laboratorial parasitológico em humanos, mediante o

conhecimento de diferentes aspectos biológicos de helmintos, protozoários e

artrópodes (parasitos ou hospedeiros intermediários) e das técnicas laboratoriais

adequadas à pesquisa desses agentes etiológicos.

Optativa Curricular � qualquer disciplina optativa curricular sugerida - de livre

escolha do discente, cursada até o 9º Período do Curso.

Carga horária mínima: 30h

10° PERÍODO

Estágio Obrigatório em Farmácia ou Laboratório de Análises Clínicas ou

Toxicológicas e/ou Indústrias de Alimentos ou Medicamentos.

Carga horária: 700 horas

Ementa: Desenvolvimento de atividades comuns à farmácia (manipulação,

dispensação, homeopatia e hospitalar). Execução de técnicas laboratoriais e

interpretação de resultados de exames de rotina laboratorial para auxiliar na

prevenção e diagnóstico de doenças. Desenvolvimento de atividades comuns as

56

indústrias de medicamentos na realização de análises físicas, físico-químicas,

químicas e microbiológicas de água, matérias-primas e medicamentos,

comercializados em Farmácias com Manipulação. Realização de funções

determinadas pelo supervisor. Prestação de serviço com qualidade a cada empresa

e ao usuário. Participação positiva na política farmacêutica referente à informação

de medicamentos, procedimentos para armazenamento, conservação e aquisição de

matéria-prima e medicamentos.

8.1 DISCIPLINAS SUGERIDAS COMO OPTATIVAS CURRICULARES

Atenção Farmacêutica e Farmacoterapia

Carga horária: 45 (Teórica)

Ementa: Atenção Farmacêutica ao diabético: fisiopatologia, tratamento

medicamentoso e não medicamentoso, seguimento farmacoterapêutico; Atenção

Farmacêutica ao portador de HIV: fisiopatologia, tratamento medicamentoso, efeitos

indesejados e manejo, estratégias de incentivo à adesão, seguimento

farmacoterapêutico; Atenção Farmacêutica em transtornos mentais: fisiopatologia

dos diversos transtornos mentais, tratamento medicamentoso e estratégias de

controle, seguimento farmacoterapêutico; Atenção Farmacêutica na oncologia:

fisiopatologia, tratamento medicamentoso, principais efeitos indesejados e seu

manejo, seguimento farmacoterapêutico.

Biologia Molecular Aplicada ao Diagnóstico

Carga horária: 30 (Teórica)

Ementa: Fundamentos de Biologia Molecular. Principais aplicações da PCR e suas

variantes no diagnostico laboratorial. Biologia molecular no diagnostico de doenças

infecciosas, parasitarias e genéticas. Recentes avanços das técnicas de biologia

molecular no diagnostico de doenças humanas.

Gestão e Garantia da Qualidade no Laboratório de Análises Clínicas

Carga horária: 30 (Teórica)

Ementa: Conhecimento das técnicas e atividades operacionais sistemáticas para a

monitoração de processos e aplicações de ações corretivas, preventivas e de

melhoria contínua, implementadas no sistema da qualidade para garantir o

57

atendimento aos requisitos da qualidade nas etapas pré, intra e pós-analítica.

Noções de Gestão de Qualidade.

Micologia Clínica

Carga horária: 30 (Teórica 15/Prática 15)

Ementa: Características gerais dos fungos, das micoses e seu tratamento. Teste de

avaliação da sensibilidade aos antifúngicos. Métodos para isolamento e identificação

dos principais fungos causadores de infecções. Aspectos clínicos, epidemiológicos e

laboratoriais das micoses que acometem o homem.

Citologia Clínica

Carga horária: 45 (Teórica 15/Prática 30)

Ementa: Aspectos anátomo-funcionais e histológicos do aparelho genital feminino.

Aspectos técnicos em citologia esfoliativa do colo uterino: coleta, fixação, transporte,

coloração, interpretação, laudo. Elementos normais do esfregaço citológico cervical.

Citologia nas diversas fases da vida hormonal. Citologia dos processos inflamatórios

e seus agentes específicos. Citologia dos processos oncológicos do epitélio

escamoso do colo uterino. Aspectos anátomo-funcionais do aparelho genital

masculino. Espermatogênese. Espermograma.

Nutrição

Carga horária: 30 (Teórica)

Ementa: Estudo dos nutrientes e valor nutricional dos alimentos. Grupos de

alimentos. Necessidades nutricionais. Hipovitaminoses e hipervitaminoses.

Avaliação bioquímica e antropométrica do estado nutricional. Nutracêuticos. Nutrição

enteral e parenteral. Alimentos funcionais. Segurança nutricional de produtos

comercializados. Avaliação nutricional e interpretação de tabelas. Efeitos do

armazenamento e do processamento sobre os nutrientes. Medidas antropométricas.

Introdução à Síntese de Fármacos

Carga horária: 45 (Teórica 15/Prática 30)

Ementa: Planejamento e discussão de rotas de síntese orgânica visando

manipulações químicas rotineiras de grupos funcionais e cadeias carbônicas.

58

Emprego de métodos de análise estrutural na elucidação da natureza dos produtos.

Discussão de condições experimentais com a síntese de fármacos representativos.

Fitoterapia II

Carga horária: 45 (Teórica 15/Prática 30)

Ementa: Plantas medicinais e fitoterápicos aplicados às principais doenças dos sistemas que compõem o corpo humano.

Controle de Qualidade Microbiológico de Alimentos

Carga horária: 30 (Teórica)

Ementa: Técnicas para o controle de qualidade no laboratório de microbiologia de

alimentos; avaliação microbiológica do ambiente, artigos e superfícies; normas para

a coleta, transporte e preparo de amostras; ensaios microbiológicos qualitativos e

quantitativos para produtos alimentícios de origem animal e vegetal; prova de

esterilidade comercial; análise de alimentos para fins especiais; segurança

alimentar, controle de qualidade e boas práticas na indústria alimentícia e legislação

pertinente.

8.2 DISCIPLINAS SUGERIDAS COMO OPTATIVAS LIVRES

Toxicologia de Alimentos

Carga horária: 30 (Teórica)

Ementa: Estudo de efeitos nocivos para a saúde humana de contaminantes

químicos de importância toxicológica em alimentos, presentes naturalmente ou

oriundos de fontes antropogênicas.

Virologia Clínica

Carga horária: 30 (Teórica)

Ementa: Estudo das Propriedades Gerais dos Vírus. Patogenia das Infecções Virais.

Diagnóstico Laboratorial das Viroses. Viroses Entéricas. Viroses Dermotrópicas.

Viroses Congênitas. Viroses Respiratórias. Viroses Multissistêmicas. Hepatites

Virais. Viroses do Sistema Nervoso Central. Febre Amarela e Dengue. Vírus da

Imunodeficiência Humana. Viroses Oncogênicas.

59

Organização e Supervisão de Produção

Carga horária: 30 (Teórica)

Ementa: Boas práticas de fabricação na indústria farmacêutica e em indústrias de

alimentos, tendo como base a legislação vigente. Análise de perigos e pontos

críticos de controle (APPCC). Garantia de qualidade. Normas ISO.

Língua Brasileira de Sinais � LIBRAS

Carga Horária: 30 (Teórica)

Ementa: Bases Linguísticas de LIBRAS - Analisa as bases da LIBRAS do ponto de

vista linguístico: fonética e fonologia, morfologia, sintaxe, semântica e pragmática.

Enfoca a questão da Língua Natural. Apresenta o sistema de transcrição e tradução

de sinais. Propõe vivências práticas para a aprendizagem da LIBRAS. Aspectos

históricos e conceituais da cultura surda e filosofia do Bilinguismo.

Psicologia aplicada à Saúde

Carga Horária: 30 (Teórica)

Ementa: Psicologia do desenvolvimento: infância, adolescência, vida adulta, velhice.

Relações interpessoais. Personalidade: tipos e mecanismos de defesa e

ajustamento. Psicossomática.

60

9. AVALIAÇÃO DAS ATIVIDADES CURRICULARES

A avaliação dos acadêmicos nas atividades curriculares deve atender aos

objetivos propostos nos programas de ensino das disciplinas aprovados pelo

Colegiado de Curso em acordo com a Regulamentação Geral dos Cursos de

Graduação da UNIFAL � MG.

A avaliação deve ser diagnóstica, processual e contínua para identificação de

dificuldades de aprendizagem e posterior orientação visando melhor aproveitamento

das atividades pedagógicas.

10. ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO

PEDAGÓGICO

O acompanhamento e a avaliação são umas das etapas mais

importantes para o projeto político pedagógico. Com caráter reflexivo, permitem a

avaliação da dinâmica curricular não somente pelos professores, mas também pelos

acadêmicos. O instrumento utilizado é o Questionário de Avaliação respondido pelos

professores e alunos do 1° ao 9° período. Neste que stionário são avaliados os

seguintes indicadores: 1) Tempo estipulado para aulas teóricas e práticas, 2)

Sequência e conteúdo ministrado, 3) Conteúdos e necessidades de conhecimentos

prévios, 4) Bibliografia, 5) Objetivos educacionais propostos, 6) Capacidade do

professor em estimular o interesse, o raciocínio e de como atingir os objetivos

educacionais, 7) Objetividade e interdisciplinaridade, 8) Metodologia de ensino,

qualidade do material didático, 9) Pontualidade, assiduidade e didática do professor,

10) Sistema de avaliação e relacionamento professor aluno.

Para análise deste questionário foi criada pela Portaria n° 354 de 16 de

agosto de 2005 a Comissão de Acompanhamento e Avaliação do Processo de

Implantação das Diretrizes Nacionais que também analisa as solicitações e

processos de professores e alunos sobre o projeto político pedagógico.

61

11. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Com os subsídios propostos pelos Referenciais Curriculares Nacionais

dos Cursos de Bacharelado e Licenciatura, publicados pela Secretaria de Educação

Superior do Ministério da Educação, em 2010, o Núcleo Docente Estruturante

adequou a matriz curricular que ora se apresenta.

Mesmo diante das alterações conceituais e estruturantes, deve-se

considerar que o Projeto Político Pedagógico do Curso de Farmácia permanece em

aprimoramento, na medida em que novas disciplinas são demandadas, novos

conteúdos são elaborados ou revisados e novas abordagens metodológicas são

constituídas. Esse processo dinâmico, articulado com as áreas de abrangência da

profissão farmacêutica, deverá ser mantido por meio do acompanhamento do

Núcleo Docente Estruturante. Para tanto, os professores, os técnicos em educação

e os acadêmicos têm papel fundamental para tornar o Projeto político pedagógico

obra em contínuo aperfeiçoamento.

62

12. BIBLIOGRAFIA CONSULTADA

Atenção Primária em Saúde: Vivências Interdisciplinares na formação Profissional.

PUCRS. / Organizadores: Valéria Lamb Corbellini...[et al.]. Brasília: ABEn, 2011.

BORDENAVE, J. D.; PEREIRA, A. M. Estratégias de ensino-aprendizagem.

Petrópolis: Vozes, 1977.

BRANDÃO, M. L. C. B.; VALADÃO, M. L. F. Farmácia, Farmacêuticos e Ensino,

Riscos e Advertências, Infarma, v.7, p. 20, 1998.

BRASIL. CONSELHO NACIONAL DE EDUCAÇÃO. MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

Diretrizes curriculares nacionais dos cursos de graduação em Farmácia.

(Resolução CNE/CES 2/2002 de 19/02/2002).

BRASIL. SESu/MEC. Grade curricular dos cursos de farmácia. Brasília: Ministério

da Educação e Cultura, 1990.

BRASIL. SESu/MEC. Seminários sobre farmácia hospitalar 1982. Brasília:

Ministério da Educação e Cultura /Série Cadernos de Ciências da Saúde, nº 8, 1985.

BRASIL. SESu/MEC. Seminários sobre farmacologia clínica 1981. Brasília:

Ministério da Educação e Cultura /Série Cadernos de Ciências da Saúde, nº 5, 1984.

CNE. Resolução CNE/CES 2/2002 Diário Oficial da União. Brasília, 4 de março de

2002. Seção 1, p.9.- Institui Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de

Graduação em Farmácia.

CONFERÊNCIA NACIONAL DE EDUCACÃO FARMACÊUTICA. Proposta finais

dos grupos de trabalho. CFF. Brasília, 2000.

DAVINI, M. C. Currículo integrado. Desenvolvimento gerencial de unidades básicas

do sistema único de saúde (SUS). OPAS/OMS. Brasília, 1997.

FREITAS, F. O. et al. O farmacêutico a farmácia: uma análise retrospectiva e

prospectiva. Infarma, Brasília, v. 14, n.1/2, p.85-87, 2002.

IMBERON, F (org). A educação no século XXI. Os desafios do futuro imediato.

Artmed. Porto Alegre, 2000.

ORGANIZACIÓN MUNDIAL DE LA SALUD. El papel del farmacéutico en el

sistema de atención de salud. Informe de la reunion de la OMS. Ginebra, 1990.

63

ORGANIZACIÓN MUNDIAL DE LA SALUD. Plano básico de educación

farmacêutica, Lima, 1999.

ORGANIZACIÓN MUNDIAL DE LA SALUD. Segunda reunion de la OMS sobre la

funcion del farmacéutico: servicios farmacéuticos de calidad: ventajas para los

gobiemos y el publico,Tokio, 1993.

PERETTA, M. D., CICCIA, G. N. Reingeniería de la práctica farmacéutica. Bueno

Aires: Editorial Medica Panamericana S.A, 1998, 266p.

REFERENCIAIS CURRICULARES NACIONAIS DOS CURSOS DE

BACHARELADO E LICENCIATURA/SECRETARIA DE EDUCAÇÃO SUPERIOR. �

Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Superior, 2010. 99 p.

1. Referenciais Nacionais de Graduação. 2. Políticas públicas em educação. 3.

Regulação da Educação Superior. 4. Supervisão da Educação Superior. Ministério

da Educação Esplanada dos Ministérios � Bloco L 70.047-900 � Brasília � DF

Portal: www.mec.gov.br

RELATÓRIO III Seminário Nacional sobre Currículo, Campinas, 1988.

RELATÓRIO DOS ENCONTROS REGIONAIS DE AVALIAÇÃO DO ENSINO

FARMACÊUTICO, Outubro, Brasília, 1992.

RELATÓRIO I ENCONTRO NACIONAL DO ENSINO FARMACÊUTICO, de 08 a 10

de outubro, Anápolis, GO, 1991.

RESOLUÇÃO Nº 21/2010 de 09 de Novembro de 2010 Conselho de Ensino,

Pesquisa e Extensão (Cepe) da Universidade Federal de Alfenas � UNIFAL-MG

SANTOS, M. R. Do boticário ao bioquímico: as transformações ocorridas com a

profissão farmacêutica no Brasil. Dispensação (Dissertação de Mestrado)

Fiocruz/ENSP, 1993.

SANTOS, J. S. Além do Medicamento. Pharm. Bras., n.33, ago/set., 2002.

SILVA, M. A. F. Realidade e Perspectiva do Mercado de Trabalho. Pharm. Bras.

n.20, p.22, 2000.

64

APÊNDICE I

Diretrizes Curriculares Nacionais para os Cursos de Farmácia

As instituições de ensino superior têm por finalidade a promoção da

educação, cultura, crítica e social, a produção e disseminação do conhecimento.

Devem atuar como agente de mudança através do aprofundamento do seu papel no

processo de transformação da sociedade.

Diante do cenário atual, tendo como conjuntura à globalização, a

evolução tecnológica, as tendências atuais e a visão do mundo contemporâneo, as

instituições de ensino superior devem permitir que a graduação não se restringisse à

perspectiva de uma profissionalização restrita e especializada. Há de se propiciar a

aquisição de competências em longo prazo, o domínio de métodos analíticos de

múltiplos códigos e linguagens, uma qualificação intelectual de natureza ampla, de

forma a permitir uma base sólida para que o egresso continue buscando novos

conhecimentos.

Tendo por base os documentos, Constituição Federal de 1988; Lei

Orgânica do Sistema Único de Saúde 8.080 de 19/9/1990; Lei de Diretrizes e Bases

da Educação Nacional (LDB nº 9.394/96); Lei que aprova o Plano Nacional de

Educação 10.172 de 9/1/2001, Parecer do CNE/CES 776/97 de 3/12/1997; Edital da

SESu/MEC 4/97 de 10/12/1997; Parecer CNE/CES 583/2001 de 4/4/2001;

Declaração Mundial sobre Educação Superior no século XXI da Conferência Mundial

sobre Ensino Superior, UNESCO: Paris, 1998; Relatório Final da 11ª Conferência

Nacional de Saúde realizada de 15 a 19/12/2000; Plano Nacional de Graduação do

ForGRAD de maio/1999, Documento da OPAS, OMS, e Rede UNIDA, através de

instrumentos legais que regulam o exercício da profissões da saúde e do Parecer

CNE/CES 1300/01 de 06/11/2001 foram instituídas as Diretrizes Curriculares dos

Cursos de Graduação em Saúde em 19/02/2002. Estas contêm as orientações para

elaboração dos currículos devendo as mesmas assegurarem a flexibilidade, a

diversidade e a qualidade da formação oferecida aos acadêmicos.

Segundo o documento de orientação da Organização Mundial da

Saúde (ORGANIZACIÓN, 1990) no que se refere às atividades acadêmicas, através

do Conselho Nacional de Educação estabeleceu-se as novas Diretrizes Curriculares

Nacionais para os Cursos de Farmácia (BRASIL, 2001) as quais devem contemplar

65

elementos de fundamentação essencial em cada área do conhecimento, campo do

saber ou profissão, visando promover no estudante a competência do

desenvolvimento intelectual e profissional autônomo e permanente. Esta

competência permite a continuidade do processo de formação

acadêmica/profissional, que não termina com a concessão do diploma de

graduação.

As Diretrizes Curriculares dos Cursos de Graduação em Saúde,

considerando o processo de reforma Sanitária Brasileira, devem permitir currículos

propostos que possam construir o perfil acadêmico e profissional com competências,

habilidades e conteúdos, dentro das perspectivas e abordagens contemporâneas de

formação pertinentes e compatíveis com referências nacionais e internacionais,

capaz de atuar com qualidade, eficiência e resolutividade, no Sistema Único de

Saúde.

Como objetivos, devem promover a articulação entre ensino superior e

a saúde, preservar a cidadania, a ética, manter o profissional no Sistema Único de

Saúde no processo saúde-doença, garantindo uma formação básica, preparando o

futuro graduado para enfrentar os desafios das rápidas transformações da

sociedade, do mercado de trabalho e das condições de exercício profissional.

As Diretrizes Curriculares dos Cursos de Graduação em Saúde

propiciam ao acadêmico dos Cursos de graduação os princípios norteadores da

UNESCO: aprender a aprender compreendendo o aprender a aprender, aprender a

ser, aprender a fazer, aprender a conhecer, aprender a viver juntos e, garantindo a

capacitação de profissionais com autonomia e discernimento para assegurar a

integralidade da atenção e a qualidade e humanização do atendimento prestado aos

indivíduos, famílias e comunidades.

Áreas de conhecimento que integram as diretrizes:

• Perfil do Formando Egresso/Profissional

• Competências e Habilidades

• Conteúdos curriculares

• Estágios e atividades complementares

• Organização do Curso

• Acompanhamento e Avaliação

66

APÊNDICE II

Diretrizes Curriculares para a Área da Saúde

• Para Corbellini e colaboradores, estabeleceu-se entre Saúde e Educação

Superior como elemento central das Diretrizes Curriculares Nacionais (DCNs),

no sentido de garantir a relação contínua e indissociável entre a formação e o

Sistema Público de Saúde, por meio da integração do ensino e da

assistência. Tal posição incluiu a defesa da melhoria da qualidade de vida da

população como orientação na definição do perfil desses profissionais.

• Embora cada Área profissional tenha suas próprias diretrizes, há um eixo

comum que permeia as DCNs das diferentes profissões da saúde, que é o

atendimento às necessidades sociais da saúde, com ênfase no SUS,

assegurando a integralidade da atenção, a qualidade e a humanização do

atendimento, de modo que ofereça uma formação generalista, humanista,

crítica e reflexiva. As DCNs destacam, sobretudo, a importância de que o

profissional atue com senso de responsabilidade social e compromisso com a

cidadania, como promotor da saúde integral do ser humano, fundamentados

nos mais altos padrões de qualidade e dos princípios éticos e bioéticos.

• Para o efetivo alcance desse perfil profissional, as diretrizes na Área da

Saúde apontam para matizes curriculares que contemplem elementos do

campo do saber numa concepção de educação continuada e da necessidade

de aprender a aprender. As DCNs expressam proposições de aprendizagem

ativa, em que o aluno seja percebido como o centro do ensino e da

aprendizagem, com o professor, como facilitador e mediador.

• Enfocam a pesquisa como elemento formador de competências para a

solução de problemas, com o propósito de produção de conhecimentos que

contribuam para a melhoria da qualidade de vida da população, em nível

individual e coletivo.

• A diversificação de cenários e a ampliação da sala de aula para o

desenvolvimento de conteúdos teóricos e práticos são prerrogativas para a

inserção do estudante no mundo do trabalho, nesse caso, o SUS.

67

• O trabalho de forma cooperativa, em equipes multidisciplinares, também é

enfatizado, incentivando a articulação entre os cursos da Área da Saúde e a

atuação conjunta desde o início da formação.

APÊNDICE III

Programa Nacional de Reorientação da Formação Profissional em Saúde

Pró-Saúde

O Programa Nacional de Reorientação da Formação Profissional em

Saúde - Pró-Saúde tem a perspectiva de que os processos de reorientação da

formação ocorram simultaneamente em distintos eixos, em direção à situação

desejada apontada pela Instituição de Ensino Superior (IES), que antevê uma escola

integrada ao serviço público de saúde e que dê respostas às necessidades

concretas da população brasileira na formação de recursos humanos, na produção

do conhecimento e na prestação de serviços, em todos estes casos direcionados a

construir o fortalecimento do Sistema Único de Saúde (SUS).

Esta iniciativa visa à aproximação entre a formação de graduação no

País e as necessidades da atenção básica, que se traduzem no Brasil pela

estratégia de saúde da família. O distanciamento entre os mundos acadêmicos e o

da prestação real dos serviços de saúde vem sendo apontada em todo mundo um

dos responsáveis pela crise do setor da Saúde. No momento em que a comunidade

global toma consciência da importância dos trabalhadores de saúde e se prepara

para uma década em que os recursos humanos serão valorizados, a formação de

profissionais mais capazes de desenvolverem uma assistência humanizada e de alta

qualidade e resolutividade será impactante até mesmo para os custos do SUS, na

medida em que a experiência internacional aponta que profissionais gerais são

capazes de resolver custos relacionados a quatro quintos dos casos sem recorrer à

propedêutica complementar.

Desde a implantação do Sistema Único de Saúde em Alfenas - MG,

os cursos de Farmácia e Enfermagem têm progressivamente estabelecido parcerias

com a Secretaria Municipal de Saúde de Alfenas (SMSA) no aprimoramento dessa

política nos âmbitos local e regional. A partir da VI Conferência Municipal de Saúde

de Alfenas, realizada em 2005, estudos têm sido desenvolvidos pela UNIFAL-MG

68

em parceria com a SMSA, com o objetivo de conhecer a realidade social e

assistencial do SUS.

A SMSA e a UNIFAL-MG têm como proposta tornar a atenção básica

mais resolutiva, melhorando a qualidade do atendimento com mecanismos de

educação permanente, que reflitam no processo de trabalho das equipes de saúde;

dar continuidade às pesquisas integradas entre as duas instituições na busca de

soluções dos problemas assistenciais vinculados ao SUS; montar um Laboratório de

Epidemiologia e Gestão em Saúde como cenário de prática de ensino de

epidemiologia, oferecendo suporte científico e tecnológico interinstitucional; realizar

atividades de planejamento e programação local de forma ascendente e

participativa, com mecanismos de referência e contra referência; ampliar os serviços

estratégicos para o fortalecimento do SUS no município com a Central de

Medicamentos e o Centro de Atenção às Doenças Crônicas Não-Transmissíveis;

promover mudanças nos projetos pedagógicos, fortalecendo os cenários de práticas

de ensino-aprendizagem, com a ampliação dos campos de estágio para os cursos

propostos.

Em relação à Universidade, os Cursos de Enfermagem, Farmácia e

Nutrição têm identificado problemas, tais como: dicotomia entre teoria e prática;

ensino voltado para ações curativas centradas no indivíduo em detrimento das

ações preventivas e de promoção à saúde; predominância de metodologia

tradicional, desarticulação entre ciclo básico e profissionalizante. Tais problemas têm

sido amplamente discutidos em busca de soluções a serem concretizados nos

projetos pedagógicos.

A implantação do Projeto Pró-Saúde vem ao encontro das expectativas

institucionais de reorientação da formação profissional nos cursos propostos em

consonância com as diretrizes da SMSA. Ao ser implantado, é acompanhado pela

comissão gestora local, representada por docentes e acadêmicos da UNIFAL-MG,

pelo gestor municipal, pelos profissionais de saúde e por integrantes do Conselho

Municipal de Saúde.

Estratégica proposta pelo Pró-Saúde prevê três vertentes:

1. Orientação teórica

Mudança na dinâmica curricular do Curso de Farmácia e nas práticas

de ensino e aprendizagem, inserindo quatro disciplinas: a) Introdução à

Epidemiologia, oferecida no 1º período, que visa introduzir precocemente o

69

referencial teórico dos determinantes do processo saúde doença, com adequada

articulação biológico social nos cenários das práticas assistenciais; b) Políticas e

Práticas em Saúde Coletiva, que aborda os aspectos históricos da constituição do

SUS, seus princípios e diretrizes, promovendo uma interface com os modelos

assistenciais, ministrada aos acadêmicos do 2º período; c) Assistência Farmacêutica

I e II a ser oferecidas nos 4º e 5º períodos do Curso para a formação teórica e

prática na atenção à saúde do SUS e na gestão e desenvolvimento da assistência

farmacêutica.

Montagem de um laboratório de informática para fins de ensino-

aprendizagem na graduação, pesquisa e capacitação profissional, denominado

�Laboratório de Epidemiologia e de Gestão em Saúde - LEGS�. Esse laboratório vem

suprir as necessidades de investigações e de capacitação na graduação desde os

primeiros períodos dos cursos propostos, sendo que os acadêmicos fazem pesquisa

bibliográfica, digitação e análise de dados de estudos de natureza epidemiológica e

gerencial. Além disso, esse laboratório atende às demandas dos grupos de pesquisa

e de capacitação dos profissionais da rede municipal de saúde.

2. Cenários de prática

O fortalecimento do planejamento interinstitucional das atividades de

ensino e de atenção à saúde feita com base numa agenda comum, em que os

objetivos e os projetos próprios de formação profissional e as prioridades do sistema

local de saúde sejam considerados. Adequação e ampliação de área física de uma

Unidade Básica pertencente à Prefeitura Municipal de Alfenas, onde atuam duas

equipes da Estratégia de Saúde da Família (PSF) e a adequação de área física de

outro local que presta atendimento ao SUS, para o melhor atendimento ao usuário

pela equipe. Essas unidades contam com uma farmácia de dispensação de

medicamentos da atenção básica para orientação e acompanhamento do usuário,

voltados para o uso racional dos medicamentos.

Foi realizada a adequação de área física de prédio próprio da

Prefeitura Municipal de Alfenas, incorporado ao SUS, em Central de Medicamentos

(CM), para a realização das etapas de Assistência Farmacêutica, mas são ainda

necessários os ambientes adequados às discussões clínicas que permeiam as

atividades de acompanhamento e avaliação do Pró-Saúde além da necessária

70

adequação da área física para a implantação de um Centro de Atenção às

Condições Crônicas.

3. Orientação pedagógica

Foi criado um local para discussão dos problemas clínicos,

organizacionais e de gestão em pequenos grupos, nos diferentes cenários de

prática, com prioridade da atenção básica e da prática baseada em evidências

científicas, utilizando a problematização realizada na sala D-308 da Faculdade de

Ciências Farmacêuticas da UNIFAL-MG.

Isto se traduz pela implementação do processo de integração do ciclo

básico e profissional, visando mudanças na dinâmica curricular e no projeto político

pedagógico do Curso de Farmácia.

Decorrentes deste Programa de Reorientação da Formação

Profissional observa-se a criação do PET-Saúde e a Residência Multiprofissional em

Saúde, envolvem os cursos de Enfermagem, Odontologia, Farmácia, Nutrição,

Fisioterapia. Aspectos como a integração ensino-pesquisa-assistência, a

interdisciplinaridade, a integração ensino-serviço e a participação doa profissionais

do serviço nas estratégias pedagógicas desenvolvidas nos cenários de prática,

estão entre os avanços identificados a partir da implementação desses programas,

capazes de concretizar a efetiva implementação das Diretrizes Nacionais.

A continuidade, a sustentabilidade e os novos desafios a serem

enfrentados, a partir dos resultados já alcançados, dependem, em grande parte, da

percepção dos atores envolvidos, com relação aos benefícios advindos e da

manutenção do arcabouço de articulações político-institucionais conquistadas.

(Haddad, Ana Estela)

APÊNDICE IV

Modelo Proposto pelo Conselho Federal de Farmácia

Este modelo referencial é um instrumento do Conselho Federal de

Farmácia para nortear o ensino farmacêutico no Brasil com o objetivo de formar um

profissional apto para atuar num mundo tão dinâmico e atender às necessidades da

sociedade, com excelência na formação. Desta forma, o colegiado do curso de

farmácia apresenta este projeto político pedagógico mantendo uma formação

atualizada, com qualidade e que favoreça a inserção do farmacêutico no mercado,

71

em consonância com as reais necessidades de saúde e bem-estar da sociedade

brasileira.

APÊNDICE V

Características Necessárias ao Profissional Farmacêutico

Atenção à saúde: O farmacêutico, dentro de seu âmbito profissional,

deve estar apto a desenvolver ações de prevenção, proteção e reabilitação da saúde

tanto em nível individual e coletivo. Cada profissional deve assegurar que sua

prática seja realizada de forma integrada e contínua com as demais instâncias do

sistema de saúde, sendo capaz de pensar criticamente, de analisar os problemas da

sociedade e de procurar soluções para os mesmos.

Os profissionais devem realizar seus serviços dentro dos mais altos

padrões de qualidade e dos princípios da ética/bioética, tendo em conta que a

responsabilidade da atenção à saúde não se encerra com o ato técnico, mas sim,

com a resolução do problema de saúde, tanto a nível individual como coletivo.

Tomada de decisões: o trabalho dos profissionais farmacêuticos deve

estar fundamentado na capacidade de tomar decisões visando o uso apropriado,

eficácia e custo-efetividade, da força de trabalho, de medicamentos, de

equipamentos, de procedimentos e de práticas. Para este fim, os mesmos devem

possuir habilidades para avaliar, sistematizar e decidir as condutas mais adequadas,

baseadas em evidencias científicas.

Comunicação: os farmacêuticos devem ser acessíveis e devem

manter a confidencialidade das informações a eles confiadas, na interação com

outros profissionais de saúde e o público em geral. A comunicação envolve

comunicação verbal, não verbal e habilidades de escrita e leitura; o domínio de, pelo

menos, uma língua estrangeira e de tecnologias de comunicação e informação.

Liderança: no trabalho em equipe multiprofissional, os profissionais de

saúde deverão estar aptos a assumirem posições de liderança, sempre tendo em

vista o bem estar da comunidade. A liderança envolve compromisso,

responsabilidade, empatia, habilidade para tomada de decisões, comunicação e

gerenciamento de forma efetiva e eficaz.

Administração e gerenciamento: os farmacêuticos devem estar aptos

a tomar iniciativas, fazer o gerenciamento e administração tanto da força de

72

trabalho, dos recursos físicos e materiais e de informação, da mesma forma que

devem estar aptos a serem empreendedores, gestores, empregadores ou lideranças

na equipe de saúde.

Educação permanente: os farmacêuticos devem ser capazes de

aprender continuamente, tanto na sua formação, quanto na sua prática. Desta

forma, os profissionais de saúde devem aprender a aprender e ter responsabilidade

e compromisso com a educação e o treinamento/estágios das futuras gerações de

profissionais, não apenas transmitindo conhecimentos, mas proporcionando

condições para que haja benefício mútuo entre os futuros profissionais e os

profissionais dos serviços, inclusive, estimulando e desenvolvendo a mobilidade

acadêmica profissional, a formação e a cooperação através de redes nacionais e

internacionais.

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃOUniversidade Federal de Alfenas - UNIFAL-MG

Rua Gabriel Monteiro da Silva, 700 37130-000 – Alfenas - MG

RESOLUÇÃO Nº 003/2013, DE 1º DE FEVEREIRO DE 2013

CONSELHO DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO (CEPE)

UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALFENAS - UNIFAL-MG

O Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (CEPE) da Universidade Federal de

Alfenas – UNIFAL-MG, no uso de suas atribuições estatutárias e regimentais, o que consta no

Processo no 23087.006766/2011-51 e o que ficou decidido em sua 178ª reunião, de 1º de fevereiro de

2013,

R E S O L V E:

Art. 1º APROVAR o Projeto Político-Pedagógico do Curso de Farmácia, para os

ingressantes a partir do ano letivo de 2013, da Universidade Federal de Alfenas - UNIFAL-MG.

Art. 2º Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação no quadro de avisos

da Secretaria Geral e será, também, publicada no Boletim Interno desta Universidade.

Prof. Edmêr Silvestre Pereira Júnior Presidente do CEPE

DATA DA PUBLICAÇÃO UNIFAL-MG

04-02-2013

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO Universidade Federal de Alfenas - UNIFAL-MG

Rua Gabriel Monteiro da Silva, 700 37130-000 – Alfenas - MG

1

RESOLUÇÃO Nº 031/2014, DE 12 DE NOVEMBRO DE 2014 CONSELHO DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO (CEPE)

UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALFENAS - UNIFAL- MG

O Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (CEPE) da Universidade Federal de Alfenas – UNIFAL-MG, no uso de suas atribuições estatutárias e regimentais, o que consta no Processo no 23087.009662/2014-41 e o que ficou decidido em sua 213ª reunião, de 12 de novembro de 2014,

resolve:

Art. 1º APROVAR a retificação do Projeto Político-Pedagógico do Curso de Farmácia

para fazer constar a alteração da dinâmica curricular para os alunos ingressantes no 1º semestre letivo de 2013, conforme Anexo I.

Art. 2º DETERMINAR que a retificação seja consolidada na Resolução nº 003/2013,

do referido Projeto Político-Pedagógico.

Art. 3º REVOGAM –SE as disposições em contrário. Art. 4º Esta Resolução entra em vigor em 1º de janeiro de 2015 e sua publicação dar-

se-á no quadro de avisos da Secretaria Geral e no Boletim Interno desta Universidade.

Profa. Magali Benjamim de Araújo Presidente do CEPE

DATA DA PUBLICAÇÃO UNIFAL- MG

13-11-2014

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO Universidade Federal de Alfenas - UNIFAL-MG

Rua Gabriel Monteiro da Silva, 700 37130-000 – Alfenas - MG

2

Anexo I

ALTERAÇÕES DO PPP DO CURSO DE FARMÁCIA A SER IMPLANTADO AOS ALUNOS INGRESSANTES EM 2013/1, PARA VIGORAR A PARTIR DE 2015/1:

5º Período Bromatologia (30/30-60 h) reposicionada no 6º período, mantendo a mesma ementa e carga horária. Farmacognosia (30/30-60 h) alterada para (30/45-75 h), mantendo a mesma ementa.

6º Período Microbiologia de Alimentos (30/30-60 h) reposicionada no 5º período, mantendo a mesma ementa e carga horária. Análise Farmacêutica (45 h - prática), alterada para 30 horas - prática, mantendo a mesma

ementa.

8º Período

TCC II (15 h – prática) alterada para (30 h - prática) mantendo a mesma ementa, para atender ao disposto no parágrafo 2º, do Artigo 119, Seção VII, do Capítulo V do Regulamento Geral dos

Cursos de Graduação da UNIFAL-MG.

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Rua Gabriel Monteiro da Silva, 700 37130-000 – Alfenas - MG

3

DINÂMICA CURRICULAR

DINÂMICA CURRICULAR PARA O CURSO DE FARMÁCIA

UNIDADES CURRICULARES Teórica Prática Estágio Total 1° PERÍODO

Anatomia I 60 30 90 Biologia Celular 45 15 60

Biossegurança e Primeiros Socorros 30 30 Ciências Sociais 30 30

Filosofia e Metodologia da Ciência 30 30 Introdução às Ciências Farmacêuticas 15 15

Introdução à Epidemiologia 30 15 45 Química Geral 60 60

Química Geral Experimental 30 30 Total 300 90 390

2° PERÍODO Bioquímica I 45 30 75

Embriologia Básica 30 30 Práticas Farmacêuticas 30 30

Estatística Básica 60 60 Físico-Química 45 30 75

Histologia Básica 30 30 60 Políticas e Práticas em Saúde Coletiva 30 15 45

Química Orgânica 60 60 Química Orgânica Experimental 30 30

Total 300 165 465 3° PERÍODO

Biologia Molecular 45 15 60 Bioquímica II 45 45

Fisiologia 75 15 90 Microbiologia Geral 45 30 75

Parasitologia Humana 30 30 60 Química Analítica 60 60

Química Analítica Experimental 45 45 Saúde Coletiva Aplicada à Farmácia 30 30

Total 330 135 465 4° PERÍODO

Assistência Farmacêutica I 15 15 Farmacobotânica 30 30 60

Farmacologia 60 60 Genética 30 30

Imunologia 45 15 60 Patologia Geral 30 30 60

Química Analítica Instrumental 60 60 Química Analítica Instrumental Experimental 45 45

Trabalho de Conclusão de Curso - TCC I 30 30 Total 300 120 420

5° PERÍODO Assistência Farmacêutica II 15 15

Atenção Farmacêutica 30 30 Farmacognosia 30 45 75

Farmacologia Aplicada a Farmácia 60 30 90 Farmacotécnica I 30 30 60

Métodos de Identificação de Compostos Orgânicos 45 45 Química Farmacêutica Medicinal I 30 30 60

Toxicologia 45 45 Microbiologia de Alimentos 30 30 60

Total 300 180 480

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Rua Gabriel Monteiro da Silva, 700 37130-000 – Alfenas - MG

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DINÂMICA CURRICULAR PARA O CURSO DE

UNIDADES CURRICULARES Teórica Prática Estágio Total 6° PERÍODO

Deontologia e Legislação Farmacêutica 30 30 Estágio no SUS 135 135

Farmácia Hospitalar 45 45 Farmacotécnica II 30 30 60

Química Farmacêutica Medicinal II 45 45 Análise Farmacêutica 30 30

Bromatologia 30 30 60 Total 180 90 135 405

7° PERÍODO Tecnologia de Alimentos 30 30 60

Estágio em Farmácia de Manipulação 60 60 Operações Unitárias 45 15 60

Gestão de Empresas Farmacêuticas 30 30 Microbiologia e Enzimologia Industrial 30 15 45

Tecnologia de Cosméticos 30 30 60 Estágio em Atenção Farmacêutica 30 30

Farmacotécnica Homeopática 30 30 60 Total 195 120 90 405

8° PERÍODO Controle de Qualidade Físico-Químico 30 60 90

de Fármacos, Medicamentos e Cosméticos Controle de Qualidade Microbiológico 30 30 60

de Fármacos, Medicamentos e Cosméticos Análises Toxicológicas 15 60 75

Tecnologia Farmacêutica 45 45 90 Trabalho de Conclusão de Curso II - TCC II 30 30

Fitoterapia I 30 30 Estágio em Farmácia de Dispensação 60 60

Total 150 225 60 435 9° PERÍODO

Bacteriologia Clínica 30 60 90 Bioquímica Clínica 30 60 90 Hematologia Clínica 30 60 90 Imunologia Clínica 15 15 30

Parasitologia Clínica 30 60 90 Optativa Curricular * 30 30

Total 165 255 420 10° PERÍODO

Estágio Obrigatório – em Farmácias ou 700 700 Laboratórios de Análises Clínicas ou Toxicológicas ou

Indústrias de Medicamentos ou Alimentos TOTAL 2220 1380 985 4585

* Carga Horária Mínima 30 horas - Teórica e/ou Prática, cursada até o 9º período. Carga horária Total do Curso: 4830 horas (incluindo Atividades Complementares) Carga horária mínima de Estágio Curricular: 20% (985 horas) Carga horária mínima de atividades complementares: 5% (245 horas)