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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ – UFPR SETOR DE CIÊNCIAS HUMANAS, LETRAS E ARTES – SCHLA COORDENAÇÃO DO CURSO DE CIÊNCIAS SOCIAIS

PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE BACHARELADO EM CIÊNCIAS SOCIAIS

COORDENAÇÃO DO CURSO DE CIÊNCIAS SOCIAIS / UFPR

DEZEMBRO DE 2010

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COMISSÃO DA REFORMA CURRICULAR Representação Docente Prof. Dr. Alexandro Dantas Trindade (Coordenador do Curso) Profa. Dra. Liliana Mendonça Porto (Chefe do Depto. de Antropologia) Prof. Dr. Ricardo Costa de Oliveira (Chefe do Depto. de Ciências Sociais) Prof. Dr. Paulo Renato Guérios (DEAN) Profa. Dra. Ciméa Barbato Bevilaqua (DEAN) Profa. Dra. Rosângela Digiovanni (DEAN) Prof. Dr. Emerson Urizzi Cervi (DECISO) Profa. Dra. Marlene Tamanini (DECISO) Profa. Dra. Benilde Motim (DECISO) Representação Discente Célia Gouveia (Titular) Flavia Regina Marchiori (Titular) Ricardo Zortea Vieira (Suplente) Gustavo Godoy (Suplente)

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SUMÁRIO 1. APRESENTAÇÃO 4 2. AS BASES LEGAIS DO CURSO DE CIÊNCIAS SOCIAIS 6 3. DIAGNÓSTICO E AVALIAÇÃO DO CURRÍCULO ATUAL 8 4. O PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE CIÊNCIAS SOCIAIS 15

4.1. OBJETIVOS E JUSTIFICATIVA DO CURRÍCULO PROPOSTO 15 4.2. PERFIL DO PROFISSIONAL 19

5. CONTEÚDOS E ESTRUTURAS CURRICULARES 21 5.1. NÚCLEO COMUM 23

6. LINHA DE FORMAÇÃO EM ANTROPOLOGIA E ARQUEOLOGIA 25 6.1. OBJETIVOS DA LINHA DE FORMAÇÃO 25 6.2. JUSTIFICATIVA 26 6.3. HABILIDADES E COMPETÊNCIAS DO EGRESSO 27 6.4. DISCIPLINAS OBRIGATÓRIAS E SUA PERIODIZAÇÃO 27 6.5. DISCIPLINAS OPTATIVAS 29

7. LINHA DE FORMAÇÃO EM SOCIOLOGIA 32 7.1. OBJETIVOS DA LINHA DE FORMAÇÃO 32 7.2. JUSTIFICATIVA 34 7.3. HABILIDADES E COMPETÊNCIAS DO EGRESSO 35 7.4. DISCIPLINAS OBRIGATÓRIAS E SUA PERIODIZAÇÃO 35 7.5. DIVISÕES POR TEMAS E DISCIPLINAS OPTATIVAS 37

8. LINHA DE FORMAÇÃO EM CIÊNCIA POLÍTICA 40 8.1. OBJETIVOS DA LINHA DE FORMAÇÃO 40 8.2. JUSTIFICATIVA 41 8.3. HABILIDADES E COMPETÊNCIAS DO EGRESSO 42 8.4. DISCIPLINAS OBRIGATÓRIAS E SUA PERIODIZAÇÃO 43 8.5. DISCIPLINAS OPTATIVAS 46

9. FORMATO DO TCC E ORIENTAÇÃO ACADÊMICA 48 9.1. OBJETIVOS DO TCC 48 9.2. DISCIPLINAS OBRIGATÓRIAS PARA O TCC 49 9.3. ORIENTAÇÃO ACADÊMICA (VISÃO GERAL) 51 9.4. PROJETO DE ORIENTAÇÃO ACADÊMICA DO CURSO DE CIÊNCIAS SOCIAIS 52

10. ESTÁGIO E ATIVIDADES FORMATIVAS COMPLEMENTARES 56 10.1. FORMATO DO ESTÁGIO 56 10.2. CARACTERÍSTICA DAS ATIVIDADES FORMATIVAS COMPLEMENTARES 59

11. RECURSOS MATERIAIS E HUMANOS DO CURSO DE CIÊNCIAS SOCIAIS 62 11.1. INFRA‐ESTRUTURA ATUAL (ESPAÇO FÍSICO) 62 11.1.A. CONDIÇÕES DE ACESSO (PORT. NECESSIDADES ESPECIAIS) 63 11.2. INFRA‐ESTRUTURA ATUAL (EQUIPAMENTOS) 64 11.3. INFRA‐ESTRUTURA NECESSÁRIA (ESPAÇO FÍSICO) 65 11.4. RECURSOS HUMANOS ATUAIS (CORPO DOCENTE) 66 11.5. RECURSOS HUMANOS NECESSÁRIOS (CORPO DOCENTE) 67

12. FORMAS DE AVALIAÇÃO DO PROCESSO DE ENSINO‐APRENDIZAGEM 69 13. PROPOSTA DE ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO DO CURRÍCULO 71 14. PLANO DE ADAPTAÇÃO CURRICULAR 72 ANEXO I – EMENTAS DAS DISCIPLINAS (FICHA 1) ANEXO II – DOCUMENTAÇÃO

Projeto Pedagógico do Curso de Bacharelado em Ciências Sociais / UFPR 1. Apresentação

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1. APRESENTAÇÃO

A Coordenação do Curso de Ciências Sociais da Universidade Federal do

Paraná, através dos departamentos de Antropologia (DEAN) e de Ciências Sociais

(DECISO), bem como dos departamentos de História (DEHIS), Estatística (DEST) e

Economia (DE), vêm apresentar o Projeto Pedagógico do Curso de Bacharelado em

Ciências Sociais, concebido em função de um processo de Reforma Curricular.

Resultado de uma ampla discussão promovida no âmbito das várias instâncias

acadêmicas, departamentais e colegiadas do Curso e da Universidade, e

sistematizado por uma Comissão instituída em decisão de Colegiado de Curso em

novembro de 2008, tal processo de reforma contou com a participação da

Coordenação do Curso, das chefias dos departamentos (DECISO e DEAN), dos

professores representantes das áreas de concentração (Sociologia, Ciência Política e

Antropologia), e da representação discente, que paralelamente realizou fóruns e

debates entre os estudantes do curso.1

As reuniões da Comissão da Reforma ocorreram semanalmente, entre

fevereiro e dezembro de 2009, e retomadas de forma pontual ao longo do primeiro

semestre de 2010. Paralelamente, os professores das três áreas de concentração

participaram ativamente do processo de configuração das linhas de formação, criando

suas novas disciplinas obrigatórias e optativas e reescrevendo, de forma sistemática e

articulada, suas ementas (Ficha 1 – Vide Anexo I).

Além disso, contou-se com o apoio de um conjunto de alunos do Programa de

Pós-Graduação em Sociologia o qual, em virtude de sua entrada no REUNI, foi

contemplado com bolsas de pós-graduação. Esses estudantes ficaram encarregados

de obter informações sobre as grades curriculares e respectivos projetos pedagógicos

dos cursos de Ciências Sociais de outras universidades (como UFSC, USP, UFBA,

UFRJ, UFMG, UFRGS, UNB, UEL, UNESP e UNICAMP). Os diversos desenhos de

estruturas curriculares serviram de base para o avanço das discussões.

O curso de Ciências Sociais da UFPR foi criado em fevereiro de 1938, no

âmbito da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras do Paraná (FFCL), e reconhecido

pelo Governo Federal em 1940, através do Decreto 5.756, de 04/06/1940. Foi mantido

pela União Brasileira de Educação e Ensino (UBEE), órgão gerenciado pelos Irmãos

Maristas, e por intelectuais católicos ligados ao Círculo de Estudos Bandeirantes, até

1 As atas das reuniões de Colegiado e dos Departamentos encontram-se anexadas a este documento.

Projeto Pedagógico do Curso de Bacharelado em Ciências Sociais / UFPR 1. Apresentação

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1946, quando a Faculdade passou a integrar a restaurada Universidade do Paraná,

federalizada em 1950.2

Trata-se, portanto, de um dos mais antigos cursos de Ciências Sociais do

Brasil, e o mais antigo do Paraná. Contudo, desde sua origem até meados dos anos

80, manteve-se distante de uma matriz curricular que se orientasse pela consolidação

e profissionalização das áreas de concentração tais como sociologia, antropologia e

ciência política. De fato, como veremos, a divisão mais aproximada disto e refletida de

forma equilibrada na estrutura curricular só acontece em 1994 (Resolução 17/94 –

CEP), cujo desenho, ressalvadas algumas alterações em 2002, permanece até hoje.

A divisão apresentada a seguir procurou respeitar as normas de formatação de

Projetos Pedagógicos constantes da Resolução CNE/CES 17/2002 e Resoluções Nºs.

30/90, 53/01 e 95/06 – CEPE / UFPR. Além desta Apresentação, na qual se expôs a

estratégia de trabalho desenvolvida pela comunidade acadêmica para o processo de

reforma curricular, segue-se a apresentação das Bases Legais do Curso de Ciências

Sociais, a Avaliação do Currículo Atual, o Projeto Pedagógico do Curso (justificativa do

currículo proposto, perfil do profissional do bacharelado), os Conteúdos Curriculares e

as Estruturas do Bacharelado (o Núcleo Comum e as Linhas de formação, com seus

respectivos objetivos e justificativas, habilidades e competências dos egressos,

disciplinas obrigatórias e sua periodização, e as disciplinas optativas), o Quadro de

Integralização Curricular com a seqüência aconselhada, o Formato dos Trabalhos de

Conclusão de Curso, dos Estágios, das Atividades Formativas Complementares, o

Quadro dos recursos materiais e humanos do curso, o Plano de Adaptação Curricular

e a Proposta de Acompanhamento e Avaliação do Currículo.

2 WESTPHALEN, Cecília M. Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras do Paraná: 50 anos. Curitiba, SBPH-PR, 1988; BEGA, Maria T. S. “Gênese das Ciências Sociais no Paraná”, in. OLIVEIRA, M. (org.) As Ciências Sociais no Paraná. Curitiba: Protexto, 2006.; SZWAKO, J. Da Faculdade à Academia: mecanismos de reprodução e estruturação burocrática do Setor de Ciências Humanas, Letras e Artes da UFPR (1974-1986). Dissertação de Mestrado em Sociologia, Programa de Pós-Graduação em Sociologia da UFPR, 2005.

Projeto Pedagógico do Curso de Bacharelado em Ciências Sociais / UFPR 2. As Bases Legais

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2. AS BASES LEGAIS DO CURSO DE BACHARELADO EM CIÊNCIAS SOCIAIS

O Projeto Pedagógico e a Estrutura Curricular do Curso de Ciências Sociais, de

que são objeto a atual reforma curricular, foram concebidos em conformidade com os

seguintes documentos, agrupados por assunto:

a) Regulamentação profissional: Lei Nº 6888, de 10 de dezembro de 1980

(que dispõe sobre o exercício da profissão de Sociólogo e dá outras providências),

regulamentada pelo Decreto Nº 89.531, de 5 de abril de 1984;

b) Diretrizes curriculares: Parecer CNE/CES 491/2001, de 3 de abril de 2001

(que trata das diretrizes curriculares nacionais dos cursos de Ciências Sociais),

retificado pelo Parecer CNE/CES 1363/2001, de 12 de dezembro de 2001 e pela

Resolução CNE/CES 17/2002, de 13 de março de 2002 (os quais dispõem sobre a

orientação e formulação do projeto pedagógico de curso);

c) Carga horária dos cursos de bacharelado: Resolução 2/2007, de 18 de

junho de 2007 (que dispõe sobre a carga horária mínima e procedimentos relativos à

integralização dos cursos de graduação, bacharelados) e Resolução 3/2007, de 2 de

julho de 2007 (que dispõe sobre procedimentos a serem adotados quanto ao conceito

de hora-aula); Parecer CNE/CES 329/2004, de 11 de novembro de 2004 (que trata da

carga horária mínima dos cursos de graduação, bacharelados, na modalidade

presencial);

d) Estágios: Parecer CNE/CES 224/2004, de 4 de agosto de 2004 (que trata

da solicitação de parecer formal do CNE, por parte de conselheiro especialista, quanto

à obrigatoriedade de estágio para o bacharelado em Ciências Sociais); Lei Nº 11.788,

de 25 de setembro de 2008 (que dispõe sobre o estágio de estudantes; altera a

redação do art. 428 da CLT, aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.425, de 1º de maio de

1943, e a Lei nº 9.394 de 20 de dezembro de 1977, e 8.859, de 23 de março de 1994,

o parágrafo único do art. 82 da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, e o art. 6º da

Medida Provisória nº 2.164-41, de 24 de agosto de 2001; e dá outras providências);

e) Resoluções internas da UFPR: Regimento Geral da Universidade Federal

do Paraná; Resolução Nº 30/90 – CEPE (que estabelece normas básicas para a

implantação, reformulação ou ajuste curricular dos cursos de graduação, bem como

para aprovação de elencos de disciplinas dos departamentos, e alterada pelas

resoluções Nº 53/01, Nº 95/06 e 05/10 – CEPE); Resolução Nº 67/02 – CEPE (que fixa

o currículo pleno do curso de Ciências Sociais, do Setor de Ciências Humanas, Letras

e Artes); Resolução Nº 67/04 – CEPE (que aprova ajuste curricular do Curso de

Ciências Sociais, do Setor de Ciências Humanas, Letras e Artes, aplicável à

Resolução 67/02 – CEPE); Resolução Nº 19/90 – CEPE (que dispõe sobre os estágios

Projeto Pedagógico do Curso de Bacharelado em Ciências Sociais / UFPR 2. As Bases Legais

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na UFPR); Resolução Nº 46/10 – CEPE (que dispõe sobre os estágios na UFPR e

altera a resolução 19/90 - CEPE); Resolução Nº 70/04 – CEPE (que dispõe sobre as

Atividades Formativas na flexibilização dos currículos dos cursos de graduação e

ensino profissionalizante da UFPR); Resolução Nº 05/10 – CEPE (que altera o art. 2º

da Resolução 30/90 – CEPE); Resolução Nº 06/10 – CEPE (que altera a seção I da

Resolução 37/97 – CEPE que aprova normas básicas de controle e registro da

atividade acadêmica dos cursos de graduação da UFPR).

Projeto Pedagógico do Curso de Bacharelado em Ciências Sociais / UFPR 3. Diagnóstico e Avaliação do Currículo Atual

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3. DIAGNÓSTICO E AVALIAÇÃO DO CURRÍCULO ATUAL

As discussões que balizaram o esforço conjunto em torno da reforma curricular,

bem como da escrita deste Projeto Pedagógico, são fruto da constatação, por parte da

comunidade acadêmica, de uma série de fatores que nos têm chamado a atenção.

Em linhas gerais, pode-se afirmar que a atual estrutura curricular do curso não

vem atendendo de forma satisfatória a formação acadêmica dos seus alunos, bem

como a inserção profissional dos seus egressos no campo das ciências sociais.

Ademais, este currículo, cujo desenho remete às discussões feitas em 1994, já não

contempla em sua plenitude o amplo esforço de criação de linhas de pesquisa, grupos

de estudo e desenvolvimento de temáticas que o corpo docente elaborou, ao longo

destes 15 anos, nos Programas de Pós-graduação dos respectivos departamentos

responsáveis pelo curso. Assim, um ponto importante dos debates foi a necessidade

de se construir uma formação acadêmica que mantivesse tanto a identidade do curso

de Ciências Sociais, como trouxesse em seu currículo um conjunto de disciplinas

voltadas para o aprofundamento das reflexões teóricas e metodológicas próprias de

suas áreas de concentração (Sociologia, Ciência Política e Antropologia). O resultado

disso foi a instituição de linhas de frmação específicas, a partir destas respectivas

áreas.

Outro ponto de destaque durante as reuniões da Comissão de Reforma e do

Colegiado foi o de cumprir a atual legislação que determina a criação de um perfil

próprio para a Licenciatura, ao mesmo tempo articulando-a aos conteúdos do conjunto

de disciplinas das Ciências Sociais. Nesse sentido, instituiu-se um curso de

Licenciatura em Ciências Sociais, objeto de um projeto pedagógico específico a ser

encaminhado às instâncias responsáveis por sua validação. Até então, o Curso de

Ciências Sociais possuía duas modalidades: Bacharelado em Ciências Sociais e

Bacharelado com Licenciatura em Ciências Sociais. Doravante, haverá dois cursos

separados (Curso de Bacharelado em Ciências Sociais e Curso de Licenciatura em

Ciências Sociais), ambos funcionando no período matutino, com entrada única no

vestibular a partir de 2012.

Alguns dados quantitativos servem como ilustração deste processo de

esgotamento das potencialidades do curso de graduação em Ciências Sociais. O mais

preocupante destes dados é a relativamente alta taxa de evasão do curso, sobretudo

quando comparada com a dos demais cursos do Setor de Ciências Humanas, Letras e

Artes da UFPR. Segundo dados deste Setor, com base no censo de 2006 auditado

pelo MEC, o curso de Ciências Sociais apresenta um percentual de 38% de

concluintes, contra a média de 70% de conclusão da UFPR. A posição do curso no


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Setor de Humanas, de acordo com os dados fornecidos para 2006, estava em 9º lugar

no ranking de concluintes, de um total de 12 cursos avaliados (em primeiro lugar

estava o curso de Comunicação Social, que teve 95,5 % de concluintes, seguido de

Letras (88%), Turismo (83,7%), Psicologia (78%), História (75%), Letras – Inglês

noturno (65%), Letras – noturno (64%), Artes (53%), Ciências Sociais (38%), Música

(35%), Filosofia (29%) e Filosofia – noturno (16%).

Diante destes números, a Coordenação do Curso propôs uma pesquisa, feita

em conjunto com o Grupo de Educação Tutorial (PET) de Ciências Sociais e com a

presença de vários professores dos dois departamentos, iniciada em março de 2008 e

em andamento em 2009, com o objetivo de avaliar as causas da evasão e obter dados

a respeito do perfil sócio-econômico dos alunos do curso. Uma parte do levantamento

tomou como base os dados fornecidos pelo Sistema SIE / UFPR, para o período de

2000 a 2007. A aplicação de um questionário sócio-econômico para todos os alunos,

durante a Semana do Calouro, foi outro instrumento utilizado e que deverá ser

instituído em todos os anos pela Coordenação do Curso.

Analisando-se os dados atualmente disponíveis, constata-se que, ao longo do

período de 2000 a 2007, apenas 26,6% dos alunos de Ciências Sociais concluíram o

curso, enquanto 50,6% se enquadrava na categoria “não concluiu”, ou seja, para cada

aluno formado no curso no período, dois outros o abandonaram sem tê-lo concluído.

Dos demais casos, 14,4% não chegaram a se matricular efetivamente, e o restante

(8,3%), refere-se a casos ainda a serem devidamente interpretados (tais como alunos

que não seguiram a periodização normal, por exemplo).

Segundo os dados da Coordenação de Curso, pode-se ver abaixo (Tabela 1) a

evolução no número de formandos nas modalidades de Bacharelado, Licenciatura

(esta última somente até 2005) e Bacharelado com Licenciatura, entre 2004 e 2009.

Percebe-se também que, no conjunto do período, o percentual de alunos com linha de

formação em Licenciatura, e Bacharelado com Licenciatura, aproxima-se da metade

dos alunos concluintes, mantendo-se um relativo equilíbrio.

Tabela 1 – Evolução do número de formandos nas modalidades Bacharelado e Licenciatura entre 2004 e 2009

Ano Bacharelado Licenciatura Bach. + Licen.

Total Percentual formados

2004 16 9 10 35 44%

2005 18 2 22 42 53%

2006 10 3 13 16%

2007 22 18 40 50%

2008 15 21 36 45%

2009(*) 19 7 26 33%

Total 100 11 81 192

% 52% 6% 42%

(*) Em 2009, consta apenas a formatura do primeiro semestre.


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Se, por um lado, os dados da evasão revelam-se preocupantes, por outro, e

não menos importante, está a evolução do numero de inscritos no Curso. Segundo o

Ofício Circular 095/2009, do Núcleo de Concursos da UFPR, entre 2007 e 2009 houve

uma redução na procura pelo curso de Ciências Sociais: em 2007, inscreveram-se 404

candidatos para as 80 vagas disponíveis, perfazendo uma relação candidato-vaga da

ordem de 5,05. Em 2008, foram 322 os inscritos no curso, numa relação candidato-

vaga de 4,03. Já em 2009, o número de inscritos foi de 270, numa relação candidato-

vaga de 3,38. Ou seja, entre 2007 e 2009, houve uma redução na procura pelo curso

em mais de 40%. Este fenômeno, diga-se de passagem, torna-se tão ou mais

instigante quando confrontado com a potencial abertura de vagas para o ensino de

sociologia na Educação Básica que o recente Decreto Nº 11.684, de 13 de junho de

2008, e demais resoluções normativas dos Conselhos Nacional e Estadual de

Educação, criaram, incluindo Sociologia e Filosofia como disciplinas obrigatórias no

currículo da Educação Básica, com previsão de atendimento a todas as séries do

ensino médio até 2012.

Se somados os dados da evasão aos da decrescente procura pelo curso, por

mais que se admita serem suas causas as mais variadas possíveis, impossibilitando

uma leitura unidimensional do fenômeno, acreditamos que a atual estrutura curricular

do curso possa estar contribuindo, seja para o abandono no meio do curso, seja pela

pouca visibilidade e atração exercida nos vestibulandos.

Finalmente, os dados de um questionário sócio-econômico, elaborado pela

Coordenação do Curso e apresentado a calouros e veteranos em 2009, revelaram um

fator preocupante, e que foi levado em conta para a montagem de uma nova grade

curricular: a grande porcentagem de alunos que trabalham. Do total de 198 alunos que

responderam ao questionário, 94 deles (48,2%), responderam SIM, sendo que destes,

34% com carteira assinada, 17% sem carteira e 8% por conta própria (os demais não

explicitaram o tipo de vínculo de trabalho). Trata-se, portanto, de um conjunto

significativo de alunos.

Tendo em vista que a atual grade curricular não tem permitido que todas as

disciplinas optativas possam ser ofertadas pelas manhãs, como deveria ser o caso de

um curso matutino, muitos alunos têm sido prejudicados em suas opções de matrícula.

É que muitas disciplinas optativas, em função da saturação do tempo disponível na

grade horária, têm sido ofertadas à tarde, e algumas à noite. Tal situação é

decorrente, a nosso ver, da pouca flexibilidade do atual currículo, cujas disciplinas

obrigatórias das três áreas de concentração são ofertadas em cinco períodos letivos

contínuos (chegando a um total de 15 disciplinas), restando poucas alternativas para a

não coincidência entre disciplinas optativas nas atuais áreas de concentração. Nesse


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sentido, o mais prejudicado é justamente o aluno que, em razão de dedicar o período

vespertino para atividades profissionais como forma de sustento, não vê outra saída a

não ser postergar disciplinas que poderiam ser cursadas num determinado semestre,

resultando daí uma dupla penalização: além de conciliar trabalho e estudo, acaba se

desperiodizando.

Nossa avaliação é que a instituição de linhas de formação possa contribuir para

a minimização desta grave situação, ao permitir, primeiro, que as áreas possam

montar de forma autônoma suas respectivas grades curriculares, independentemente

da coincidência ou não entre optativas de outras linhas de formação, e segundo, que,

na medida em que o aluno opte por uma delas, tenha mais opções de disciplinas

optativas a seu dispor, no período matutino. Prevê-se para tanto que a Comissão de

Implementação do novo currículo atente para a necessidade de encaixar a totalidade

das disciplinas optativas numa grade horária dentro do período matutino.

Foi no sentido de oferecer, portanto, uma formação mais equilibrada aos

alunos, novas perspectivas de atuação acadêmica e profissional aos egressos –

incluindo-se aí o campo de trabalho aberto pela obrigatoriedade da disciplina de

Sociologia no Ensino Básico –, bem como a oferta de disciplinas optativas nas três

linhas de formação, condizente com o período matutino do curso, os principais fatores

que motivaram a participação dos professores em torno de um novo desenho e

estrutura curricular do curso.

3.1. EVOLUÇÃO DA GRADE CURRICULAR DO CURSO DE CIÊNCIAS SOCIAIS

Ao longo da década de 1980, o Curso de Ciências Sociais passou por diversos

ajustes curriculares (Resoluções 91/80, 40/86, 07/88, 25/89, 28/89, 28/90 e 80/92 –

CEP), mantendo, contudo, uma grade curricular que só se alteraria substancialmente

em 1994 (Resolução 17/94 – CEP), quando de uma reforma curricular que, salvo

alguns ajustes, se mantêm até os dias atuais (Resoluções 67/02 e 67/04 – CEPE).

Ou seja, em linhas gerais, o Curso de Ciências Sociais tem uma estrutura

curricular que se mantém praticamente inalterada há quinze anos.

Até a Reforma de 1994, o curso contava praticamente com duas grandes áreas

de concentração (Antropologia e Sociologia), sendo apenas três o número de

disciplinas de Ciência Política ofertadas obrigatoriamente. Isso era devido,

fundamentalmente, ao caráter pouco especializado do curso, bem como pela ausência

de professores da área de concentração em ciência política, fato que mudou

significativamente com a entrada de um conjunto de professores a partir do inicio da

década de 1990. O Projeto Pedagógico do Curso de 1994 – o qual, segundo o texto,

remontava a discussões iniciadas em 1989 e intensificadas em 1992 –, apontava o


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surgimento da área de Ciência Política, “praticamente inexistente até então, e

portanto, de um novo grupo de pesquisa, ao lado da Sociologia e da Antropologia”,

como indicativos da necessidade de se contemplar, de forma equitativa, a distribuição

de disciplinas entre as três áreas básicas de conhecimento. Além do mais, criticava a

“extrema rigidez, decorrente do excesso de pré-requisitos, que dificulta[vam] muito a

manutenção da periodização pelos alunos”, bem como o “pouco espaço reservado

para disciplinas optativas livres, o que impe[diria] o aprofundamento do conhecimento

em áreas específicas”. Já em relação ao conteúdo do currículo vigente até então,

afirmava que “as ciências sociais sofreram nas últimas duas décadas transformação

considerável nos seus métodos, objetos e abordagens. Ao lado disso, o mercado de

trabalho passou a exigir sociólogos, antropólogos e politólogos com uma sólida

formação geral aliada à rápida capacidade de especialização”. Por fim, vislumbrava a

necessidade de se incorporar as “novas propostas de trabalho e linhas de pesquisa

que vêm sendo desenvolvidas e que despontam nos Departamentos responsáveis

pelo curso” e, consequentemente, a “atualização dos conteúdos curriculares, através

da inclusão de questões e temas que vêm sendo objeto de reflexão da Antropologia,

Sociologia e Ciência Política”. Nesse sentido, o currículo proposto previa: 1)

flexibilidade curricular; 2) interdisciplinaridade e 3) instituição de áreas de

especialização.

Segue abaixo (Quadro 1) uma comparação entre as disciplinas do currículo da

década de 80 (Resolução 91/80 – CEP), o proposto em 1994 (Resolução 17/94 –

CEP) e o currículo vigente (Resolução 67/02 – CEPE), apenas no que tange ao

Bacharelado.

Quadro 1 – Comparativo do elenco de disciplinas obrigatórias para o Bacharelado em Ciências Sociais

Resolução 91/80 – CEP Resolução 17/94 – CEP Resolução 67/02 – CEPE (vigente)

Estudo dos Problemas Brasileiros I

Estudo dos Problemas Brasileiros II

Condicionamento físico

Iniciação esportiva

Desporto de livre escolha Educação física

Introdução a antropologia cultural Antropologia I – introdução a antropologia Antropologia I: Introdução à Antropologia

Teorias Antropológicas I Antropologia II – teorias antropológicas I Antropologia II: Teorias Antropológicas I

Teorias Antropológicas II Antropologia III – teorias antropológicas II Antropologia III: Teorias Antropológicas II

Antropologia Cultural Antropologia IV – teorias antropológicas III Antropologia IV: Teorias Antropológicas III

Metodologia da pesquisa antropológica Antropologia V – antropologia brasileira Antropologia V: Antropologia Brasileira

Antropologia brasileira

Antropologia economia

Minorias étnicas

Política I Política I – conceitos fundamentais de ciência política

Política I: Introdução à Teoria Política

Política II Política II – teoria política moderna Política II: Fundamentos da Teoria Política Contemporânea

Política II Política III – teoria do Estado I Política III: Teoria Política Contemporânea

Política IV – teoria do Estado II Política IV: Instituições Políticas

Política V – teoria dos partidos e sistemas Política V: Comportamento Político


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partidários

Sociologia geral III Sociologia I – introdução a sociologia Sociologia I: Introdução à Sociologia

Teorias sociologias I Sociologia II – teoria sociológica I Sociologia II: Teoria Sociológica I

Teorias sociológicas II Sociologia III – teoria sociológica II Sociologia III: Teoria Sociológica II

Sociologia urbana Sociologia IV – teoria sociológica contemporânea Sociologia IV: Teorias Sociológicas Contemporâneas I

Sociologia rural Sociologia V – sociologia brasileira Sociologia V: Teoria Sociológica Contemporânea

Sociologia brasileira

Sociologia latino‐americana

Métodos e técnicas de pesquisa em ciências sociais I

Métodos e técnicas de pesquisa em antropologia, ou

Métodos e técnicas de pesquisa em antropologia, ou

Métodos e técnicas de pesquisa em ciências sociais II

Métodos e técnicas de pesquisa em ciência política, ou

Métodos e técnicas de pesquisa em ciência política, ou

Métodos e técnicas de pesquisa em sociologia Métodos e técnicas de pesquisa em sociologia

Epistemologia das ciências sociais

Orientação Monográfica I – Sociologia ou Estágio Supervisionado em Antropologia, ou

Orientação Monográfica II – Política ou Estágio Supervisionado em C. Política, ou

Orientação Monográfica III – Antropologia Estágio Supervisionado em Sociologia

Estágio de Pesquisa em Sociologia ou Orientação Monográfica – Antropologia ou

Estágio de Pesquisa em Política ou Orientação Monográfica – C. Política ou

Estágio de Pesquisa em Antropologia Orientação Monográfica – Sociologia.

Orientação Monográfica II ‐ Sociologia ou

Orientação Monográfica II ‐ Política ou

Orientação Monográfica II – Antropologia

Disciplinas ofertadas por outros Departamentos

Introdução a economia I Introdução a Economia História do Pensamento Econômico

Introdução a economia II

Economia internacional I

Economia brasileira I

Estatística I Estatística I Estatística I

Estatística experimental

Elementos de geografia humana Geografia humana e econômica do Brasil

Historia econômica I Historia contemporânea I História Contemporânea IV

Historia econômica II Historia do Brasil IV

Historia contemporânea III

Filosofia do método cientifico

Filosofia social

Complementares obrigatórias para o bacharelado

285 horas de Disciplinas optativas ofertadas pelo SCHLA

720 horas de Disciplinas Optativas ofertadas pelo SCHLA

960 horas de Disciplinas Optativas ofertadas pelo SCHLA e/ou deptos de outros setores, sendo 720 horas de Disciplinas ofertadas pelo DECISO e DEAN

Antropologia urbana

Antropologia política

Sociologia do Trabalho

Sociologia do Planejamento

Filosofia da História

Economia brasileira II

Economia da América Latina

Carga horária total do bacharelado

2.505 horas 2.250 horas 2.280 horas

Como se pode observar, o atual currículo, comparado à estrutura vigente em

1980, avançou muito no que diz respeito às áreas de concentração do curso,

estabelecendo um equilíbrio na oferta de disciplinas obrigatórias e permitindo ao aluno

a escolha de um rol de optativas que complementavam sua formação específica.


14

Como reflexo do esforço pela maior visibilidade das áreas de concentração,

desapareceram do currículo as várias disciplinas dos Departamentos de Filosofia,

História e Economia que compunham a estrutura anterior (720 h/a em 1994 contra

apenas 180 h/a em 2002). Também na comparação entre o currículo de 1994 e o de

2002, este último resultou na redução da carga horária voltada para a elaboração da

monografia (180 h/a em 1994, 120 h/a em 2002).

Em linhas gerais, os currículo de 1994 e 2002 reforçaram a visibilidade e

integração entre as áreas de concentração, a interdisciplinaridade na formação do

cientista social, e a flexibilidade na escolha de optativas. Contudo, o elenco destas

últimas nas áreas de concentração ficou restrita a 12 disciplinas (720 h/a), cursadas

independentemente de um aprofundamento numa determinada área, embora a

escolha de Estágio Supervisionado, pré-requisito para a Monografia do Bacharelado,

resultasse, consequentemente, na escolha por uma área de concentração. Na prática,

ocorre uma especialização, embora esta não seja perseguida como elemento

formativo. Em suma, o grande número de disciplinas obrigatórias nas três áreas de

conhecimento (um total de 15 disciplinas, totalizando 900 horas/aula), não contempla

as especificidades de cada uma delas, tampouco os possíveis diálogos

interdisciplinares que possam resultar a partir do seu aprofundamento.

Outro aspecto negativo do atual currículo diz respeito à reduzida carga horária

de atividades práticas, necessárias para a plena incorporação da prática de pesquisa

(seja pesquisa de campo propriamente dita ou mesmo atividades extra-classe), e que

permitiria a produção de conhecimento numa determinada área.

Projeto Pedagógico do Curso de Bacharelado em Ciências Sociais / UFPR 4. O Projeto Pedagógico do Curso

15

4. O PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE BACHARELADO EM CIÊNCIAS SOCIAIS

Um currículo é sempre uma construção histórica. Mais do que uma ordenação

dedicada a atender imposições legais, um currículo é sempre uma resposta a certas

expectativas institucionais, políticas e intelectuais que refletem, de certa forma, a

instituição que o pratica. A decisão pela instituição de linhas de formação no curso de

Ciências Sociais, por exemplo, levou em conta as opções feitas ao longo do tempo e

não pode ser lida, portanto, como uma opção absolutamente inédita, uma inovação

sem qualquer referência temporal. Ao contrário, levamos em conta tradições

acumuladas, experiências vividas em outras instituições, e, sobretudo, nossos próprios

acertos e desacertos.

Por outro lado, a opção por permitir ao estudante o aprofundamento temático

numa determinada área de conhecimento e ao mesmo tempo manter a identidade do

curso de ciências sociais, foi pensada como uma estratégia alternativa a uma

tendência atual de separação, já no vestibular, destas áreas, evitando, portanto, a

especialização precoce. Embora os cursos denominados de Ciências Sociais sejam a

ampla maioria dentre os 215 cadastrados no sistema E-MEC – considerando também

Antropologia, Arqueologia, Ciência Política e Sociologia –, há que se destacar o fato

mais recente de algumas instituições, públicas e privadas, terem criado cursos

específicos numa das três áreas as quais, tradicionalmente, constituem as ciências

sociais.

No caso, essa proporção foi de 77% (166 cursos) de Ciências Sociais, contra

cerca de 22 % (42 cursos) organizados exclusivamente a partir de uma das três áreas

(ou quatro, se consideramos também a arqueologia).

Podemos ver abaixo um quadro com o total de cursos cadastrados no Sistema

E-MEC, que contemplam ciências sociais, antropologia, arqueologia, sociologia e

ciência política, dividido por estados e regiões (quadro 2).

Quadro 2 – Total de cursos da área de ciências sociais no Brasil

Cursos Regiões UF Ciências

Sociais Antropologia Arqueologia Sociologia Ciência

Política

RS 9 2 5 3

SC 6 1 2 1 SUL

PR 8 2 2

SP 21 4

RJ 13 2

ES 5 1 1 SUDESTE

MG 16 1

MS 5 1

MT 5 1

GO 4 1 1

CENTRO‐OESTE

DF 5 2


16

BA 7 1

SE 2 1

AL 3

PE 5 1 1

PB 4 1

RN 4

CE 8 1 1

PI 4 2

NORDESTE

MA 6 1

TO 2

PA 7 1

AP 3

RR 2 1

AM 3 1 1 1

RO 6 1

NORTE

AC 3

215 166 7 7 22 13 TOTAL % 100% 77% 3% 3% 10% 6%

(Fonte: Sistema E‐MEC. Acesso em 20 de setembro de 2010)

Uma questão bastante enfatizada pela Comissão da Reforma Curricular, e

reiterada em outras instâncias colegiadas e departamentais, foi a defesa de uma

formação sólida em Ciências Sociais – a qual pode ser vislumbrada a partir da

articulação do chamado Núcleo Comum do curso – que permitisse ao estudante trilhar

carreiras mais específicas ao longo de sua trajetória acadêmica e profissional. Mesmo

levando-se em conta a existência das linhas de formação específicas, a ampla oferta

de disciplinas obrigatórias e optativas em sociologia, antropologia/ arqueologia e

ciência política, garante ao estudante um enfoque interdisciplinar. Por outro lado,

entendemos que a própria opção por uma ou outra área, no que se refere à

formulação de uma agenda de pesquisas, de aprofundamento teórico e metodológico,

bem como de prática profissional, deve levar em conta o diálogo perene e a

proximidade temática entre estas áreas. O desenho curricular do Curso de

Bacharelado em Ciências Sociais que este projeto pedagógico contempla, portanto, foi

pensado visando garantir este equilíbrio.

Partindo da avaliação do atual currículo, e percebendo o quanto certas

dinâmicas do passado foram decisivas para sua concretização, voltamos nossa

reflexão para uma proposta curricular que pudesse contemplar, de forma mais nítida, o

processo de consolidação dos grupos de pesquisa, dos programas de pós-graduação,

das práticas investigativas, enfim, do conjunto do trabalho acadêmico que o corpo

docente foi capaz de construir ao longo destes últimos quinze anos.

4.1. OBJETIVOS E JUSTIFICATIVA DO CURRÍCULO PROPOSTO

O Curso de Ciências Sociais da Universidade Federal do Paraná apresenta aos

alunos ingressantes a possibilidade de formação no bacharelado, para cuja


17

integralização o aluno deverá optar por ao menos uma linha de formação em uma das

três áreas de concentração do curso (Antropologia e Arqueologia, Sociologia ou

Ciência Política). Caso o aluno queira complementar seus estudos numa segunda

linha de formação, a solicitação formal de permanência é uma exigência prevista pela

estrutura da Universidade Federal do Paraná. Para fins de diploma, constará tão

somente o grau de Bacharel em Ciências Sociais, uma vez vedada, segundo normas

internas da UFPR, a possibilidade de apostilamento do diploma.

Em qualquer das três linhas de formação, o objetivo é proporcionar uma sólida

formação acadêmica, uma consciência crítica da realidade social e uma capacidade

de refletir sobre os problemas presentes no cotidiano da sociedade brasileira.

Ademais, ao instituir as linhas de formação, o curso procura oferecer ao aluno

perspectivas baseadas em duas dimensões fundamentais: a) a trajetória acadêmica –

permitindo ao egresso a continuidade de estudos em nível de pós-graduação em

função da totalidade das disciplinas de caráter teórico, e b) a trajetória profissional –

garantindo ao aluno um conjunto de conhecimentos estruturados de forma a

instrumentalizar seu aprendizado para o mercado de trabalho.

Podemos resumir o sentido desta Reforma Curricular através dos seguintes

tópicos:

a) instituição das linhas de formação em Sociologia, Antropologia / Arqueologia

e Ciência Política para o Bacharelado, permitindo ao egresso contemplar as

especificidades de cada uma das áreas do curso;

b) instituição de um Núcleo Comum de Ciências Sociais nos três primeiros

semestres, articulando melhor as três áreas de formação;

c) reformulação e redistribuição das disciplinas de Licenciatura em Ciências

Sociais, adequando-se à legislação vigente e permitindo ao aluno uma reflexão que

articule sua formação específica ao exercício da atividade docente;

d) desmembramento das atuais modalidades do curso, a saber: Bacharelado

em Ciências Sociais e Bacharelado com Licenciatura em Ciências Sociais, em dois

cursos distintos, a saber: Curso de Bacharelado em Ciências Sociais e Curso de

Licenciatura em Ciências Sociais;

e) reformulação e criação de disciplinas obrigatórias e optativas, bem como

suas respectivas ementas em todas as linhas de formação;

f) melhor articulação entre a Graduação e a Pós-Graduação (considerando a

existência do Programa de Pós-Graduação em Sociologia – Mestrado e Doutorado –,

o Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social – Mestrado e o recém

instituído Programa de Pós-Graduação em Ciência Política – Mestrado, os três

vinculados aos departamentos que compõem o curso de Ciências Sociais da UFPR);


18

g) qualificação dos alunos das diferentes linhas de formação para outras

vertentes de atuação profissional, além das comuns a todos os egressos.

h) organização de uma grade horária, decorrente da autonomia de cada linha

de formação, que concentre a totalidade de disciplinas optativas no período matutino,

salvo justificativa expressa em contrário.

i) introdução de atividades práticas nas disciplinas obrigatórias do curso,

modificando a percentagem entre carga horária teórica e carga horária prática.

O Curso de Bacharelado em Ciências Sociais da UFPR procura atender à Lei

de Diretrizes e Bases da Educação (Lei 9.394/96), que estabelece para o Ensino

Superior, como um todo, a finalidade de:

estimular a criação cultural e o desenvolvimento do espírito científico e do pensamento

reflexivo;

formar diplomados nas diferentes áreas de conhecimento, aptos para a inserção em

setores profissionais e para a participação no desenvolvimento da sociedade brasileira,

e colaborar na sua formação contínua;

incentivar o trabalho de pesquisa e investigação científica, visando o desenvolvimento

da ciência e da tecnologia e da criação e difusão da cultura, e, desse modo,

desenvolver o entendimento do homem e do meio em que vive;

promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos que

constituem patrimônio da humanidade e comunicar o saber através do ensino, de

publicações ou de outras formas de comunicação;

suscitar o desejo permanente de aperfeiçoamento cultural e profissional e possibilitar a

correspondente concretização, integrando os conhecimentos que vão sendo adquiridos

numa estrutura intelectual sistematizadora do conhecimento de cada geração;

estimular o conhecimento dos problemas do mundo presente, em particular os

nacionais e regionais, prestar serviços especializados à comunidade e estabelecer com

esta uma relação de reciprocidade;

promover a extensão, aberta à participação da população, visando à difusão das

conquistas e benefícios resultantes da criação cultural e da pesquisa científica e

tecnológica geradas na instituição.

Além destes pressupostos, o Projeto Pedagógico proposto procurará atender

ao Parecer CNE/CES Nº 329/2004 (que trata da carga horária mínima dos cursos de

Graduação), que, dentre outros aspectos, estabelece a necessidade de:

assegurar, às instituições de ensino superior, ampla liberdade na composição da carga

horária a ser cumprida para a integralização dos currículos, assim como na

especificação das unidades de estudos a serem ministradas;

evitar o prolongamento desnecessário da duração dos cursos de graduação;


19

incentivar uma sólida formação geral, necessária para que o futuro graduado possa vir

a superar os desafios de renovadas condições de exercício profissional e de produção

do conhecimento, permitindo variados tipos de formação e habilitações diferenciadas

em um mesmo programa;

estimular práticas de estudo independente, visando uma progressiva autonomia

profissional e intelectual do aluno;

encorajar o reconhecimento de habilidades, competências e conhecimentos adquiridos

fora do ambiente escolar, inclusive os que se refiram à experiência profissional julgada

relevante para a área de formação considerada;

fortalecer a articulação da teoria com a prática, valorizando a pesquisa individual e

coletiva, assim como os estágios e a participação em atividades de extensão;

O Currículo proposto contempla, ainda, o que estabelece a Resolução CNE/ES

2/2007 (que dispõe sobre a carga horária mínima e procedimentos relativos à

integralização e duração dos cursos de graduação, bacharelados, na modalidade

presencial). Para os cursos de Ciências Sociais, esta resolução prevê uma carga

horária mínima de 2.400 horas/aulas. Pelo currículo vigente, o total de horas/aula no

Bacharelado é de 2.280, portanto, abaixo do que propõe a atual legislação.

4.2. PERFIL DO PROFISSIONAL

No que se refere ao perfil do profissional formado em Ciências Sociais, o curso

pretende oferecer ao egresso uma trajetória formativa de acordo com o que dispõe o

Decreto Nº 89.531, de 5 de abril de 1984 (que regulamenta a Lei n.º 6.888, de 10 de

dezembro de 1980, que dispõe sobre o exercício da profissão de sociólogo e dá outras

providências). Segundo este documento, o egresso deve ser capaz de:

elaborar, supervisionar, orientar, coordenar, planejar, programar, implantar, controlar,

dirigir, executar, analisar ou avaliar estudos, trabalhos, pesquisas, planos, programas e

projetos atinentes à realidade social;

ensinar Sociologia Geral ou Especial, nos estabelecimentos de ensino, desde que

cumpridas as exigências legais;

assessorar e prestar consultoria a empresas, órgãos da administração pública direta ou

indireta, entidades e associações, relativamente à realidade social;

participar da elaboração, supervisão, orientação, coordenação, planejamento,

programação, implantação, direção, controle, execução, análise ou avaliação de

qualquer estudo, trabalho, pesquisa, plano, programa ou projeto global, regional ou

setorial, atinente à realidade social e política.


20

Além deste documento, o Parecer CNE/CES 492/2001, ao estabelecer as

Diretrizes Curriculares para os cursos de Graduação em Ciências Sociais, procurou

sintetizar o perfil dos formandos em três grandes perspectivas, a saber:

professor de ensino fundamental, de ensino médio e de ensino superior.

pesquisador seja na área acadêmica ou não acadêmica.

profissional que atue em planejamento, consultoria, formação e assessoria junto a

empresas públicas, privadas, organizações não governamentais, governamentais,

partidos políticos, movimentos sociais e atividades similares.

Em termos mais específicos, o curso capacitará o aluno de forma a que ele

possa inserir-se no mercado de trabalho como profissional versátil e com

competências específicas variadas, valorizando os campos de conhecimento da linha

de formação cursada. Estas características serão garantidas a partir da própria

escolha da grade de disciplinas, a qual, no caso do presente projeto pedagógico, foi

estruturada de forma a articular diferentes temas de pesquisa e trajetórias

epistemológicas de acordo com a Linha de formação seguida. Na apresentação das

linhas de formação aprofundaremos os conteúdos curriculares respectivos.

Segue abaixo um quadro comparativo (Quadro 3) com os dados do curso,

atual e a partir da reformulação curricular:

Quadro 3 – Curso de Graduação em Ciências Sociais da UFPR (segundo a Resolução vigente e a proposta em função da Reforma Curricular)

Curso Atual (Resolução CEPE 67/02)

Reforma Curricular (Resolução CEPE __/__ )

Denominação Graduação em Ciências Sociais Bacharelado em Ciências Sociais

Modalidades I – Bacharelado II – Bacharelado com Licenciatura

Regime de Matrícula Semestral Semestral

Turno Matutino Matutino

Número de Vagas no Vestibular

80 (oitenta) vagas anuais 80 (oitenta) vagas anuais Com a seguinte distribuição interna (40 vagas para o Curso de Bacharelado e 40 vagas para o Curso de Licenciatura em Ciências Sociais)

Carga Horária Total

2280 (duas mil, duzentas e oitenta)

2400 (duas mil e quatrocentas)

Integralização Curricular Mínima

8 (oito) períodos semestrais 8 (oito) períodos semestrais

Integralização Curricular Máxima

13 (treze) períodos semestrais 12 (doze) períodos semestrais

Modalidades

Bacharelado em Ciências Sociais Bacharelado com Licenciatura em Ciências Sociais

Bacharelado em Ciências Sociais

Diploma a ser expedido Título de: a) Bacharel em Ciências Sociais b) Bacharel e Licenciado em Ciências

Sociais

Título de: a) Bacharel em Ciências Sociais

Projeto Pedagógico do Curso de Bacharelado em Ciências Sociais / UFPR 5. Conteúdos e Estruturas Curriculares / Bacharelado

21

5. CONTEÚDOS E ESTRUTURAS CURRICULARES

O Curso de Bacharelado em Ciências Sociais da UFPR está estruturado a

partir de três Linhas de Formação específicas, a saber:

a) bacharelado em Ciências Sociais – Linha de Formação em

Antropologia e Arqueologia;

b) bacharelado em Ciências Sociais – Linha de Formação em Sociologia;

c) bacharelado em Ciências Sociais – Linha de Formação em Ciência

Política.

O egresso do Curso de Ciências Sociais sairá com ao menos,

obrigatoriamente, uma Linha de Formação, podendo optar por mais de uma, todavia,

não de forma simultânea. Ou seja, após a integralização curricular em uma Linha de

Formação, exige-se que ele solicite formalmente junto ao Núcleo de Assuntos

Acadêmico da UFPR sua permanência para a integralização em outra Linha de

Formação, prevendo-se ainda a possibilidade de equivalências de disciplinas feitas em

outra área de concentração. Como veremos na Estrutura Curricular do Curso, a opção

por uma linha de formação não significa a impossibilidade de cursar disciplinas em

outra área. A ampla oferta de um elenco de disciplinas obrigatórias e optativas em

todas as linhas de formação mantém a flexibilidade necessária à integralização

curricular. Por exemplo, disciplinas obrigatórias para uma linha de formação podem

ser optativas para outra. Contudo, o que o novo currículo prevê é a oferta de um

conjunto de disciplinas obrigatórias e optativas cuja integralização confere ao

formando uma linha de formação específica.

A opção por uma Linha de formação não está dada no início do curso,

tampouco no Concurso Vestibular. Esta escolha somente ocorrerá após o aluno ter

cursado os três primeiros semestres do chamado Núcleo Comum (Formação

Profissional Geral). Neste, os alunos terão uma formação específica em Ciências

Sociais, com disciplinas ofertadas pelas três áreas de concentração do curso,

totalizando 540 horas/aula, assim distribuídas: 180 h/a de disciplinas da Antropologia e

Arqueologia; 180 h/a de disciplinas da Sociologia e 180 h/a de disciplinas da Ciência

Política. Também integra o elenco de formação especifica do Núcleo Comum a

disciplina Pensamento Social Brasileiro, de 60 h/a, e a disciplina Laboratório de Ensino

e Pesquisa em Ciências Sociais, de 60 h/a, das quais falaremos abaixo. Além destas

660 h/a, o Núcleo Comum prevê 240 h/a de disciplinas de formação complementar

(História Contemporânea, Historiografia Brasileira, História do Pensamento Econômico

e Estatística). O Núcleo Comum, portanto, prevê a oferta total de 900 h/a nos três

primeiros períodos.


22

A divisão do curso entre Núcleo Comum e Núcleo de Formação Profissional

Específica (isto é, a formação numa determinada Linha de formação), foi pensada

visando articular, de forma sistemática, a formação geral em ciências sociais a uma

formação mais específica que, contudo, não descaracteriza a identidade do curso.

Tampouco podemos cogitar a hipótese de uma especialização precoce, uma vez que

a própria escolha de uma linha de formação só poderá ser mantida mediante o contato

do aluno com uma pluralidade de perspectivas teóricas e epistemológicas, pluralidade

esta garantida tanto pelo Núcleo Comum como também pelo vasto elenco de

disciplinas optativas das diferentes áreas de concentração / linhas de formação.

Este formato, ainda, contempla o que prevê o Parecer CNE/CES 492/2001, que

trata das Diretrizes Curriculares Nacionais dos Cursos de Ciências Sociais. Segundo o

Parecer, os princípios norteadores da concepção das diretrizes curriculares consistem

em:

propiciar aos estudantes uma formação teórico-metodológica sólida em torno

dos eixos que formam a identidade do curso (Antropologia, Ciência Política e

Sociologia) e fornecer instrumentos para estabelecer relações com a pesquisa e

a prática social. [grifos nossos]

criar uma estrutura curricular que estimule a autonomia intelectual, a capacidade

analítica dos estudantes e uma ampla formação humanística.

partir da idéia de que o curso é um percurso que abre um campo de

possibilidades com alternativas de trajetórias e não apenas uma grade curricular.

[grifos nossos]

estimular a produção de um projeto pedagógico que explicite os objetivos do curso, a

articulação entre disciplinas, as linhas e núcleos de pesquisa, as especificidades de

formação, a tutoria e os projetos de extensão.

estimular avaliações institucionais no sentido do aperfeiçoamento constante do curso.

Ainda segundo o Parecer acima, o currículo deverá ser organizado de forma a

privilegiar a especificidade da formação no curso, “reforçando a integração entre as

áreas de Antropologia, Ciência Política e Sociologia, ao mesmo tempo em que

possibilita a abertura para o conhecimento em outras áreas. Recusando a

especialização precoce, o que se propõe é o estabelecimento de conjuntos de

atividades acadêmicas definidos a partir de temas, linhas de pesquisa, problemas

teóricos e sociais relevantes, bem como campos de atuação profissional”.

Para a integralização curricular numa determinada linha de formação, o aluno

deverá cursar, além das 900 h/a do Núcleo Comum, um mínimo de 1.320 h/a na linha

de formação de sua escolha, perfazendo um total de 2.400 h/a, somando-se 180 horas


23

de Atividades Científico-culturais, ou Atividades Formativas Complementares

(AFC), assim distribuídas:

Carga Horária AFC Total Linha de formação

Teórica Prática Estágio Total Horas‐aula

Núcleo Comum 840 60 900

Antropologia e Arqueologia 1080 240 1320 180 2400

Sociologia 1080 240 1320 180 2400

Ciência Política 1080 240 1320 180 2400

O curso mantém a atual estrutura de matrículas por disciplinas semestrais,

com sistema de pré-requisitos para as disciplinas do Núcleo Comum, isto é, nos três

primeiros semestres, de acordo com a sequência ideal.

5.1. NÚCLEO COMUM

No que diz respeito à reforma curricular do Curso, o Núcleo Comum foi

estruturado de forma a comportar conteúdos que suprissem certas lacunas da

formação dos atuais alunos, mediante a introdução das seguintes disciplinas:

Historiografia Brasileira (ofertada pelo Departamento de História), e Pensamento

Social Brasileiro, esta última concebida de forma inovadora através de módulos

ofertados pelas três áreas de concentração do curso. Estas disciplinas passam a

integrar o currículo do curso a partir das demandas dos alunos e de parte dos

professores, que se ressentiam da pouca presença de conteúdos relativos à

compreensão dos processos de transformação da sociedade brasileira, em diferentes

perspectivas.

No caso da disciplina Pensamento Social Brasileiro, seu objetivo é fornecer

ao aluno do 2º período do curso uma visão panorâmica de autores, correntes e

instituições existentes previamente ao processo de institucionalização do campo

científico no Brasil. A discussão no âmbito da Comissão da Reforma Curricular

destacou a necessidade de que tal disciplina venha a ser ministrada pelos professores

das três áreas de concentração, a ser ofertada ou pela Coordenação do Curso ou

pelos dois Departamentos (DECISO e DEAN), mediante três turmas de cerca de 40

alunos cada. Assim, cada área ficará responsável por uma parte do curso, sendo que

cada docente terá as mesmas 60 h/a de uma disciplina convencional. Evidentemente,

tal disciplina não substituiria, antes complementaria, disciplinas tais como Sociologia e

Modernidade no Brasil, Interpretações do Brasil, Instituições Políticas Brasileiras,

Política Brasileira I a V, Ideologias Política Brasileiras, Antropologia no Brasil, etc, as

quais serão ofertadas como obrigatórias ou optativas nas linhas de formação.


24

Em relação à disciplina Laboratório de Ensino e Pesquisa em Ciências

Sociais, esta foi pensada visando, primordialmente, permitir aos alunos ingressantes

conhecimentos sobre alguns princípios básicos de ensino e pesquisa em ciências

sociais, assim como suprir dificuldades quanto à leitura e produção de textos

acadêmicos. Nesse sentido, essa disciplina permitirá ao aluno familiarizar-se com o

universo da pesquisa acadêmica (sobretudo a partir da exposição das linhas de

pesquisa, grupos e projetos atualmente existentes nos departamentos de que compõe

o curso), inseri-lo numa rotina de análise e produção de textos acadêmicos de acordo

com as normas exigidas, bem como despertar-lhe o interesse inicial para a docência

na área de ciências sociais.

Segue abaixo (Quadro 4) a indicação das disciplinas do Núcleo Comum, com

suas respectivas cargas horárias e créditos, e a sequência ideal por período.

Quadro 4 – Estrutura Curricular do Núcleo Comum do Curso de Ciências Sociais

Código Disciplina AT AP EST Total Créditos 1º período

Antropologia e Dinâmicas da Cultura 60 60 4

Sociologia e Modernidade – Paradigma Marxista 60 60 4

Introdução à Política 60 60 4

HH 208 História Contemporânea IV 60 60 4

SE 056 História do Pensamento Econômico 60 60 4

2º período

Antropologia e Arqueologia 60 60 4

Sociologia e Modernidade – Paradigma Weberiano 60 60 4

Fundamentos da Teoria Política 60 60 4

HH 068 Historiografia Brasileira 60 60 4

Pensamento Social Brasileiro 60 60 4

3º período

Antropologia e Praticas Etnográficas 30 30 60 3

Sociologia e Modernidade – Paradigma Durkheimiano 60 60 4

Política Brasileira 60 60 4

Laboratório de Ensino e Pesquisa em Ciências Sociais 30 30 60 3

CE 003 Estatística II 60 60 4

Total 840 60 900 58

(Siglas utilizadas: AT = atividades teóricas; AP = atividades práticas; EST = atividades de estágio supervisionado).

Às páginas seguintes teremos uma apresentação das três linhas de formação

que compõem o Curso de Ciências Sociais da UFPR, com suas respectivas propostas

curriculares, objetivos, justificativas e perfil do egresso.

Projeto Pedagógico do Curso de Bacharelado em Ciências Sociais / UFPR 6. Linha de Formação em Antropologia e Arqueologia

25

6. LINHA DE FORMAÇÃO EM ANTROPOLOGIA E ARQUEOLOGIA

6.1. OBJETIVOS DA LINHA DE FORMAÇÃO

A linha de formação em Antropologia e Arqueologia, na modalidade

bacharelado, tem o propósito de oferecer uma sólida formação teórica e prática,

pautada por princípios de excelência acadêmica e responsabilidade social, que

assegure ao formando diferentes possibilidades de atuação profissional e/ou o

prosseguimento de estudos em nível de pós-graduação nas áreas de Antropologia e

Arqueologia.

Considerando que as novas formas de inserção profissional do antropólogo

acentuam a importância de uma formação multidisciplinar, a linha de formação visa – a

exemplo do que tem ocorrido em centros de referência no país – articular duas áreas

acadêmicas cuja expansão recente envolve reflexões teóricas e campos de atuação

comuns.

Ao conjugar temas e abordagens clássicas e debates contemporâneos em

ambas as áreas, o currículo da linha de formação foi concebido de forma a assegurar

a todos os alunos uma sólida formação teórica. Essa base comum, de cunho

obrigatório, é complementada por um amplo leque de disciplinas optativas que

possibilitam diversas trajetórias de formação sem, no entanto, limitar a visão geral do

campo disciplinar e, como resultado de uma especialização precoce, as possibilidades

de atuação profissional futura.

Numa área acadêmica que tem a pesquisa empírica como fundamento da

produção de conhecimento e da atuação profissional, a ênfase na formação teórica

não se dissocia de um forte investimento na preparação do aluno para a prática de

pesquisa de campo, conjugada à reflexão sobre suas implicações políticas e éticas.

Desse modo, o currículo da linha de formação prevê um conjunto de disciplinas

voltadas ao aprofundamento da reflexão metodológica e uma carga horária

significativa de atividades práticas e laboratoriais que encaminham para a elaboração

da monografia de conclusão de curso.

Para a implementação adequada da proposta, prevê-se como tamanho ideal

turmas de até quarenta alunos nas aulas teóricas e de quinze alunos nas aulas

práticas. As disciplinas diretamente relacionadas à elaboração da monografia de

conclusão de curso demandam orientação individual. Além desses parâmetros para a

relação professor/aluno, há necessidade de laboratórios de ensino e pesquisa com

espaço físico e equipamentos adequados às atividades curriculares e previsão de

financiamento regular das pesquisas de campo dos alunos.


26

6.2. JUSTIFICATIVA

Com um grande número de disciplinas obrigatórias de três áreas de

conhecimento distintas, pensadas a partir de um modelo único, o atual currículo do

curso de Ciências Sociais não contempla adequadamente as particularidades de cada

área e os diálogos interdisciplinares mais pertinentes a cada uma delas.

No que se refere à Antropologia, um dos aspectos mais negativos do currículo

vigente é a impossibilidade de incorporar à formação do aluno a prática da pesquisa

de campo, elemento definidor da produção de conhecimento na área.

O atual modelo também não permite a inclusão na grade curricular de

disciplinas obrigatórias de áreas afins, em particular a Arqueologia, essenciais para a

formação acadêmica e a atuação profissional do antropólogo no contexto

contemporâneo, mas que não têm a mesma relevância para as demais áreas do

curso.

A criação de linhas de formação no curso de Ciências Sociais, ao flexibilizar o

atual modelo de formação a partir de um núcleo comum obrigatório para todos os

estudantes, permite contemplar melhor as especificidades de cada uma das áreas do

curso e, consequentemente, qualificar os alunos das diferentes linhas de formação

para outras vertentes de atuação profissional, além daquelas que são comuns a todos

os egressos.

A antropologia brasileira tem experimentado um forte crescimento, que se

traduz no reconhecimento internacional da excelência de sua produção acadêmica e

no incremento de sua interlocução e influência em outras áreas do conhecimento.

O reconhecimento da diversidade sócio-cultural brasileira na Constituição de

1988, ao fundamentar a definição de novos direitos, instaurar novos parâmetros

jurídicos e mecanismos institucionais para o equacionamento de conflitos e

estabelecer novas diretrizes para a elaboração de políticas públicas, tem conferido

uma nova centralidade a temas tradicionais da pesquisa antropológica e,

consequentemente, ampliado o escopo de atuação dos profissionais da área.

A título de exemplo, cabe destacar a ampliação da noção de patrimônio

cultural, que passa a abranger bens materiais e imateriais, em particular aqueles

vinculados aos diversos grupos étnico-raciais formadores da sociedade brasileira; o

reconhecimento de novos direitos transindividuais e/ou que contemplam formas

específicas de participação na vida social (em termos de idade, gênero, orientação

sexual etc.); e a renovação dos princípios que fundamentam os direitos gerais da

cidadania e as formas de participação política.

Em grande medida, os novos campos de atuação do antropólogo, em particular

no que diz respeito à elaboração de estudos de impacto socioambiental, laudos e


27

perícias, tem suscitado uma reaproximação com a área de Arqueologia, cujo

crescimento exponencial no Brasil nos últimos quinze anos – tanto academicamente

quanto no mercado de trabalho – tem se beneficiado de políticas específicas por parte

das agências de fomento científico.

Desse modo, a criação de uma linha de formação em Antropologia e

Arqueologia, além de promover uma formação acadêmico-profissional compatível com

os desafios teóricos e políticos suscitados pelas dinâmicas sócio-culturais

contemporâneas, conferirá um caráter distintivo ao curso de Ciências Sociais da

Universidade Federal do Paraná. A forte tradição da UFPR na área de Arqueologia,

associada a uma infra-estrutura de pesquisa que só encontra equivalente em poucas

instituições do país, oferece condições particularmente favoráveis para a implantação

desse novo modelo de formação.

6.3. HABILIDADES E COMPETÊNCIAS DO EGRESSO

A Linha de formação em Antropologia e Arqueologia do curso de Ciências

Sociais prevê que o egresso possa:

a) Conhecer e dialogar com as diversas áreas das Ciências Sociais;

b) Conhecer e dialogar com as diferentes perspectivas teóricas da Antropologia e da

Arqueologia;

c) Articular o conhecimento teórico adquirido com a análise de contextos sociais concretos;

d) Dominar temas fundamentais da Antropologia que se relacionam com os parâmetros

curriculares do ensino fundamental e médio;

e) Elaborar projetos, relatórios de pesquisa, artigos e textos acadêmicos em geral;

f) Capacitação para o prosseguimento da formação acadêmica em nível de pós-graduação;

g) Elaborar, planejar, coordenar, assessorar e desenvolver projetos de pesquisa em órgãos

públicos, organizações não governamentais e iniciativa privada;

h) Realizar estudos técnicos tais como: laudos, diagnósticos sócio-culturais e estudos de

impacto socioambiental;

i) Assessorar movimentos sociais e organizações não governamentais.

6.4. DISCIPLINAS OBRIGATÓRIAS E SUA PERIODIZAÇÃO

A Estrutura Curricular e o elenco das disciplinas obrigatórias da Linha de

formação em Antropologia e Arqueologia está assim organizada (Quadro 5):


28

Quadro 5 – Estrutura Curricular do Curso de Bacharelado em Ciências Sociais (Linha de formação em Antropologia e Arqueologia)

Código Disciplina C. H. Semanal Créd Pré‐Req

C.H. AT AP EST TOT

1º período

HC635 Sociologia e modernidade – paradigma marxista 60 4 0 0 4 4

HC315 Introdução à Política 60 4 0 0 4 4

HS099 Antropologia e Dinâmicas da Cultura 60 4 0 0 4 4

HH208 História Contemporânea IV 60 4 0 0 4 4

SE056 História do Pensamento Econômico 60 4 0 0 4 4

Total 300 20 0 0 20 20

2º período

HC636 Sociologia e modernidade – paradigma weberiano 60 4 0 0 4 4

HC316 Fundamentos da Teoria Política 60 4 0 0 4 4

HS100 Antropologia e Arqueologia 60 4 0 0 4 4

HH068 Historiografia Brasileira 60 4 0 0 4 4

HCS004 Pensamento Social Brasileiro 60 4 0 0 4 4

Total 300 20 0 0 20 20

3º período

HC314 Sociologia e modernidade – paradigma durkheimiano 60 4 0 0 4 4

HC317 Política Brasileira 60 4 0 0 4 4

HS101 Antropologia e Práticas Etnográficas 60 2 2 0 4 3

HCS005 Laboratório de Ensino e Pesquisa em Ciências Sociais 60 2 2 0 4 3

CE003 Estatística II 60 4 0 0 4 4

Núcleo Comum

Total 300 16 4 0 20 18

4º período

HS105 Antropologia Social Britânica: perspectivas clássicas e contemporâneas 60 4 0 0 4 4

HS104 Antropologia Cultural Norte‐Americana: perspectivas clássicas e contemporâneas 60 4 0 0 4 4

HS106 Arqueologia I: pré‐história geral 60 4 0 0 4 4

Optativa 60 4 0 0 4 4

Total 240 16 0 0 16 16

5º período

HS103 Antropologia na França: perspectivas clássicas e contemporâneas 60 4 0 0 4 4

HS107 Arqueologia II: pré‐história brasileira 60 4 0 0 4 4

HS108 Métodos de Pesquisa em Antropologia I 60 4 0 0 4 4

Optativa 60 4 0 0 4 4

Total 240 16 0 0 16 16

6º período

HS109 Outras Antropologias: diferentes contextos e novas perspectivas 60 4 0 0 4 4

HS102 Laboratório Etnográfico I 60 0 4 0 4 2

HS110 Métodos de Pesquisa em Antropologia II 60 4 0 0 4 4

Optativa 60 4 0 0 4 4

Total 240 12 4 0 16 14

7º período

HS111 Laboratório Etnográfico II 60 0 4 0 4 2

HS112 TCC em Antropologia e Arqueologia I 120 4 4 0 8 6

Optativa 60 4 0 0 4 4

Optativa 60 4 0 0 4 4

Total 300 12 8 0 20 16

8º período

HS113 TCC em Antropologia e Arqueologia II 120 4 4 0 8 6

Optativa 60 4 0 0 4 4

Optativa 60 4 0 0 4 4

Optativa 60 4 0 0 4 4

Form

ação

Profissional Específica

Total 300 16 4 0 20 18


29

O conjunto da Carga Horária da Linha de formação em Antropologia e

Arqueologia segue o exposto abaixo:

Carga Horária

Disciplinas Teórica Prática Estágio AFC Total


Formação Profissional Específica (obrigatórias) 600 240 840

Estágio

Optativas (*) 480 480

Atividades Formativas Complementares 180 180

Total Geral 1920 300 180 2400(*) Observação: a proporção entre horas teóricas e práticas pode se alterar conforme o aluno curse disciplinas optativas com carga horária prática. Do total de 480 horas das optativas desta linha de formação, 240 horas devem ser cursadas obrigatoriamente na linha de formação em Antropologia e Arqueologia. As outras 240 horas poderão ser cursadas nas demais áreas do curso de Ciências Sociais.

6.5. DISCIPLINAS OPTATIVAS

O currículo da linha de formação em Antropologia/Arqueologia foi concebido de

forma a contemplar trajetórias formativas diferenciadas, porém sem a cristalização de

eixos temáticos que poderiam conduzir à especialização precoce e,

consequentemente, limitar as possibilidades de atuação profissional futura.

Quadro 6 – Relação das Disciplinas Optativas da Linha de formação em

Antropologia e Arqueologia

Código Disciplina Carga Horária

AT AP EST Total CR Pré‐Req

Disciplinas Optativas da linha de formação em Antropologia e Arqueologia HS114 Antropologia da Família 60 60 4

HS115 Antropologia e Gênero 60 60 4

HS116 Antropologia e Sexualidade 60 60 4

HS117 Antropologia da Saúde 60 60 4

HS118 Pessoa e Corporalidade 60 60 4

HS119 Antropologia das Emoções 60 60 4

HS120 Antropologia e Memória 60 60 4

HS121 Antropologia Urbana 60 60 4

HS122 Antropologia Rural 60 60 4

HS123 Antropologia e Mundo Rural Brasileiro 60 60 4

HS124 Rituais e Simbolismo 60 60 4

HS125 Antropologia da Religião 60 60 4

HS126 Religião, Magia e Ciência 60 60 4

HS127 Cultura Popular 60 60 4

HS128 Estudos sobre Folclore e Cultura Popular no Brasil 60 60 4

HS129 Estudos sobre Religião e Magia no Brasil 60 60 4

HS130 Antropologia e História 60 60 4

HS131 Antropologia e Literatura 60 60 4

HS132 Antropologia e Economia 60 60 4

HS133 Antropologia da Política 60 60 4

HS134 Antropologia do Estado 60 60 4

HS135 Antropologia do Direito 60 60 4

HS136 Antropologia do Trabalho 60 60 4

HS137 Organização Social e Parentesco 60 60 4

HS138 Etnologia Indígena 60 60 4

HS139 Sociocosmologias Indígenas 60 60 4

HS140 Estudos Antropológicos em Xamanismo 60 60 4

HS141 Antropologia e Meio Ambiente 60 60 4

HS142 Antropologia das Minorias 60 60 4

HS143 Dinâmicas culturais em sociedades complexas 60 60 4


30

HS144 Estudos Afro‐brasileiros 60 60 4

HS145 Antropologia Simbólica 60 60 4

HS146 Antropologia da Arte 60 60 4

HS147 Antropologia dos Objetos 60 60 4

HS148 Antropologia das Formas Expressivas 60 60 4

HS149 Antropologia e Patrimônio 60 60 4

HS150 Antropologia Visual 30 30 60 3

HS151 Práticas de Imagem em Antropologia – Fotografia 30 30 60 3

HS152 Práticas de Imagem em Antropologia: vídeo e cinema 30 30 60 3

HS153 Estudos em Antropologia Social Britânica 60 60 4

HS154 Estudos em Antropologia Cultural Norte‐Americana 60 60 4

HS155 Estudos em Antropologia na França 60 60 4

HS156 Antropologia Latino‐Americana 60 60 4

HS157 Arqueologia no Paraná 60 60 4

HS158 Teorias da Arqueologia: tempo, transformação e reprodução 60 60 4

HS159 Arqueologia Histórica 60 60 4

HS160 Metodologia da Pesquisa Arqueológica 60 60 4

HS161 Paisagem, Temporalidade e Cultura Material 60 60 4

HS162 Prática de Laboratório em Arqueologia 60 60 2

HS163 Prática de Campo em Arqueologia 60 60 2

HS164 Análise de material lítico 30 30 60 3

HS165 Análise de Material Cerâmico 30 30 60 3

HS166 Análise de material histórico 30 30 60 3

HS167 Leituras etnográficas I 60 60 4

HS168 Leituras etnográficas II 60 60 4

Tópicos Especiais em Antropologia e Arqueologia

Código Disciplina Ementa Carga horária e créditos

AP AT EST Tot Cred HS169 Tópicos Especiais sobre Pensamento

Social Brasileiro Os precursores das Ciências Sociais no Brasil e sua contribuição para a formação do campo de estudo da Antropologia. Reflexões contemporâneas sobre a sociedade brasileira

60 60 4

HS170 Tópicos Especiais em Cultura Imaterial Definição de cultura imaterial. Estudos monográficos sobre processos de registro de cultura imaterial. O lugar da Antropologia nas discussões sobre patrimônio imaterial

60 60 4

HS171 Tópicos Especiais em Museologia Bens culturais. Patrimônio e Memória. Acervo. Tombamento e exposições

60 60 4

HS063 Tópicos Especiais em Antropologia I Estudos teórico‐metodológicos em Antropologia 60 60 4 HS064 Tópicos Especiais em Antropologia II Estudos teórico‐metodológicos sobre temáticas

relevantes para a Antropologia contemporânea 60 60 4

HS065 Tópicos Especiais em Antropologia III Estudos teórico‐metodológicos a partir da obra de autores específicos

60 60 4

HS066 Tópicos Especiais em Antropologia IV Estudo(s) monográfico(s) e/ou comparativo de autores e/ou temas em Antropologia Brasileira

60 60 4

HS067 Tópicos Especiais em Antropologia V Estudo(s) monográfico(s) e/ou comparativo(s) de autores e/ou temas em Antropologia Urbana

60 60 4

HS068 Tópicos Especiais em Antropologia VI Estudo(s) monográfico(s) e/ou comparativo(s) de autores e/ou temas em Etnologia Indígena

60 60 4

HS069 Tópicos Especiais em Antropologia VII Estudo(s) monográfico(s) e/ou comparativo(s) de autores e/ou temas em Antropologia da Família e Parentesco

60 60 4

HS070 Tópicos Especiais em Antropologia VIII Estudo(s) monográfico(s) e/ou comparativo(s) de autores e/ou temas em Antropologia da Religião

60 60 4

HS071 Tópicos Especiais em Antropologia IX Estudo(s) monográfico(s) e/ou comparativo(s) de autores e/ou temas em Antropologia e Patrimônio Cultural

60 60 4

HS072 Tópicos Especiais em Antropologia X Estudo(s) monográfico(s) e/ou comparativo(s) de autores e/ou temas em Antropologia e Etnicidade

60 60 4

HS083 Tópicos Especiais em Antropologia XI Estudo(s) monográfico(s) e/ou comparativo(s) de autores e/ou temas em Antropologia e Etnicidade

60 60 4

HS172 Tópicos Especiais em Antropologia XII Estudos monográficos e/ou comparativos de autores e/ou temas em Antropologia da Política

60 60 4

HS096 Tópicos Especiais em Antropologia XIII Estudos monográficos e/ou comparativos de autores e/ou temas em Antropologia do Estado

60 60 4

HS173 Tópicos Especiais em Antropologia XIV Estudos monográficos e/ou comparativos de autores e/ou temas em Antropologia do Direito

60 60 4


31

HS174 Tópicos Especiais em Antropologia XV Estudos monográficos e/ou comparativos de autores e/ou temas em Antropologia, sexualidade e gênero

60 60 4

HS175 Tópicos Especiais em Arqueologia I As potencialidades e limitações da pesquisa arqueológica. A pesquisa arqueológica no Brasil. Diversidade do conhecimento arqueológico

60 60 4

HS176 Tópicos Especiais em Arqueologia II Leituras e discussões em abordagens teóricas contemporâneas da arqueologia

60 60 4

HS177 Tópicos Especiais em Arqueologia III Leituras e discussões em temáticas da Arqueologia contemporânea, envolvendo temas como simbolismo, poder, prática, agência, corporalidade, identidade e gênero

60 60 4

Projeto Pedagógico do Curso de Bacharelado em Ciências Sociais / UFPR 7. Linha de Formação em Sociologia

32

7. LINHA DE FORMAÇÃO EM SOCIOLOGIA


O Bacharelado com Linha de formação em Sociologia almeja possibilitar

solidez teórica, prática e metodológica, exigida para o profissional das Ciências

Sociais, pautada nos princípios da excelência acadêmica e da responsabilidade frente

a sociedade e a formação das novas gerações de cientistas sociais. Permite também

fomentar e balizar uma formação teórica e de pesquisa, capaz de fundamentar a

reflexão crítica sobre a sociedade contemporânea, ao mesmo tempo em que prepare o

egresso para a inserção no mercado de trabalho em diferentes espaços.

Particularmente hoje, no ensino de Ciências Sociais, onde o bacharel e licenciado em

Ciências Sociais e/ou habilitado em sociologia pode encontrar um importante campo

de inserção.

Nos seus objetivos específicos visa: integrar o ensino, a pesquisa e a extensão

como momentos de um mesmo processo de construção do conhecimento; promover

discussões interdisciplinares através de atividades acadêmicas, seminários e estágios;

elevar a qualidade da formação em direção a prática profissional no que tange ao

bacharelado e a licenciatura, preparando os bacharéis e/ou licenciados para enfrentar

os desafios presentes na educação escolar; empreender esforços conjuntos para

produzir e implantar alternativas teórico-metodológicas que efetivamente articulem

graduação, pós-graduação e mercado de trabalho, que transformem a formação, o

conteúdo das disciplinas e o olhar sociológico em direção as muitas demandas,

próprias das dinâmicas que estão presentes na sociedade contemporânea. Assim

compreendendo, busca-se articular teoria, prática formativa e acadêmica em

diferentes níveis, desde a graduação à pós-graduação e ao mercado de trabalho.

Combina-se deste modo, embasamento teórico com possibilidades de

intervenção profissional em direções temáticas e sob demandas diversas. A linha de

formação em sociologia permitirá desenvolver parâmetros para diversas atividades

profissionais, com capacidade de interpretar e problematizar com competência,

habilidade e responsabilidade a produção de estratégias de intervenção e de

mudanças frente às demandas sociais.

Em se tratando do ensino de Ciências Sociais, avaliza a compreensão

sistemática da complexidade, não apenas da vida social, mas de si e do processo

fundante das relações sociais ou do que se ensina dentro do próprio processo

pedagógico. Em se tratando da linha de formação como um todo, será na medida em

que prática e teoria, bem como conteúdos específicos das ciências sociais e

conteúdos pedagógicos, forem sendo articulados, que melhor se formarão as


33

competências e as habilidades visando a produção do conhecimento que fundamenta

a meta dessa linha de formação, esteja ela sendo desenvolvida em sala de aula, em

estágios em diferentes instituições, ou em práticas de ensino, pesquisa e extensão.

Ainda que por vezes ela seja desenvolvida em atividades consideradas práticas,

objetiva-se capacitar o aluno a refletir sobre sua experiência a partir de um campo

teórico, de onde ele se construa como capaz de formular interpretações, análises e a

compreensão da sua prática com fundamentação analítica e com produção de novas

percepções e formas de ensino aprendizagem, bem como desnaturalizando as

concepções ou as explicações demasiado estreitas dos conteúdos que fazem as

relações sociais. Desse ponto de vista, teoria e prática não se dissociam do processo

epistemológico que fundamenta os conhecimentos e o investimento em formação e

preparação para o exercício do olhar sociológico, conjugado à prática de pesquisa

com suas implicações políticas, valorativas e éticas.

Para este fim, o currículo da linha de formação em sociologia prevê um

conjunto de disciplinas voltadas para o aprofundamento da reflexão metodológica,

uma carga horária significativa de atividades práticas nas próprias disciplinas, bem

como em estágios.

Além disso, o currículo prevê 180 horas de Atividades Formativas

Complementares (AFC), as quais poderão ser vivenciadas das mais diversas formas,

tais como representação estudantil, assessoria a movimentos sociais, culturais,

sindicatos e outros de natureza afim, participação em campanhas públicas

relacionadas a programas sociais e culturais durante o período de integralização do

curso, participação em curso de extensão oferecido à comunidade em geral como

palestrante ou monitor, participação em mostras, apresentações, projeções

comentadas, de vídeos técnicos à comunidade, etc. Estas atividades deverão ser

aprovadas pelo Colegiado do Curso para serem registradas no histórico escolar

dos(as) alunos(as), para fins de integralização curricular. As horas excedentes à carga

mínima exigida não poderão ser validadas como disciplinas optativas.

Quanto aos estágios, estes estarão apoiados em metodologias de pesquisa, de

gerenciamentos e de técnicas (quali-quantitativas) que busquem atender a demandas

mais diversas, tais como surveys, enquetes, análises institucionais, gestão pública,

pesquisa acadêmica, bem como pesquisa e preparo de materiais didático-pedagógicos

para ensino.

Para a implementação adequada da proposta, prevê-se turmas de até quarenta

alunos nas aulas teóricas, e até quinze alunos nas aulas práticas. As disciplinas

diretamente relacionadas à elaboração da monografia de conclusão de curso, ou do

relatório balizado pela produção acadêmica e igualmente avaliado, demandam


34

acompanhamento e orientação individual. Além desses parâmetros para a relação

professor/aluno, há necessidade de laboratórios de ensino e pesquisa com espaço

físico e equipamentos adequados às atividades curriculares, previsão de

financiamento regular das pesquisas de campo dos alunos e estabelecimento de

sistemas claros de acompanhamento dos processos de estágios e avaliações.

7.2. JUSTIFICATIVA

O curso de Ciências Sociais atualmente vê-se demandado a revisar seus

processos de inserção no campo dos conhecimentos correspondentes as suas áreas,

mas sobretudo, sua inserção na relação com o mercado de trabalho, bem como em

processos de avaliação de suas dinâmicas de formação, evasão, capacidade de se

flexibilizar e de se renovar. Portanto, esse fazer sociológico, não ocorre em uma

configuração de perfil único, nem da parte dos professores, nem da parte dos alunos,

e nem se estabelece fora de uma linguagem sobre desafios dirigidos aos processos

pedagógicos e as expectativas sobre diversas demandas e escolhas. Sejam elas

relativas a grade curricular, a didática das aulas, a transmissão de conteúdos, a inter-

relação entre as áreas, ao compromisso dos professores e dos alunos com o curso e

com as formas de ensino-aprendizagem ou aquelas demandas trazidas pela

sociedade e pelo mercado.

É comum encontrarmos entre as falas dos alunos expressões sobre

dificuldades em acompanhar o curso, sobre a enorme carga de leitura, sobre o que

fazer com todo esse conhecimento, sobre o descolamento entre teoria e prática.

Acreditamos que esses e outros aspectos, possam, nesse momento da reforma, trazer

elementos para fundamentar nosso processo de escolhas. Para tentar acertar diante

da diversidade de expectativas e da necessidade de articular a teoria à realidade

social, a pesquisa e a expansão de metodologias de ensino aprendizagem que sejam

compatíveis com as necessidades de formação dessa nova geração de sociólogos e

com a fundamentação das escolhas que estamos fazendo. Desse modo, propomos

um rol de mudanças ao longo da grade curricular as quais envolvem a possibilidade de

que em várias disciplinas sejam contempladas experiências práticas, bem como a

diversificação de conteúdos nos diferentes eixos que compõem as disciplinas

obrigatórias e optativas da linha de formação em sociologia. Além de uma carga

teórica-prática importante nas disciplinas de metodologia, nas atividades relativas aos

estágios em outras instituições, que não somente as acadêmicas, e o

acompanhamento dos processos dos alunos por grupos de professores – tutores, cuja

função é acompanhar os alunos durante o curso todo, em especial no momento de

matrícula, nos processos de escolhas de disciplinas nas áreas e linhas de formação e


35

nos processos de escolhas sobre modalidades de estágios e TCC. Esses professores

irão orientar os alunos em suas demandas, suas escolhas e no modo como eles farão

a costura das disciplinas entre as linhas de formação, uma vez que podem fazer as

disciplinas obrigatórias da linha de formação em sociologia e ao menos 3 optativas nas

outras áreas. Assim pensamos que os professores assumem atividades que

deliberadamente são objetivadas no processo, e que são da ordem da produção do

conhecimento, mas também, o são de cunho didático, pedagógico e de orientação. No

mais, as linhas de formação em 3 áreas permitem flexibilizar o atual modelo de

formação a partir de um núcleo comum obrigatório para todos os estudantes e

contemplar as especificidades de cada uma das áreas do curso. Consequentemente,

permite-se qualificar os alunos das diferentes linhas de formação para outras vertentes

de atuação profissional, além daquelas que são comuns a todos os egressos.


A Linha de formação em Sociologia do curso de Ciências Sociais prevê que o

egresso possa:

a) Conhecer e dialogar com as diversas áreas das Ciências Sociais;

b) Conhecer e dialogar com as diferentes perspectivas teóricas da Sociologia;

c) Articular o conhecimento teórico adquirido com a análise de contextos sociais e práticas;

d) Dominar temas fundamentais da Sociologia e transversais as demais áreas do

conhecimento que se relacionam com os parâmetros curriculares do ensino fundamental

e médio;

e) Elaborar projetos, relatórios de pesquisa, artigos e textos acadêmicos em geral;

f) Capacitação para o prosseguimento da formação acadêmica em nível de pós-graduação;

g) Elaborar, planejar, coordenar, assessorar e desenvolver projetos de pesquisa em órgãos

públicos, organizações não governamentais e iniciativa privada;

h) Realizar estudos técnicos tais como: experiência de gerenciamento, organização

estratégica, avaliação institucional, acompanhamento de processos de implantação de

desenvolvimento de cooperativas, empreendimentos comunitários, programas de

governo, diagnósticos sócio-culturais e estudos de impacto socioambiental;

i) Assessorar movimentos sociais e organizações não governamentais.



formação em Sociologia está assim organizada, considerando tanto as disciplinas

ofertadas no Núcleo Comum quanto as do Núcleo de Formação Profissional

Específica:


36

Quadro 7 – Estrutura Curricular do Curso de Bacharelado em Ciências Sociais (Linha de formação em Sociologia)


C.H. AT AP EST TOT

1º período





SE056 História do Pensamento Econômico 60 4 0 0 4 4

Total 300 20 0 0 20 20

2º período






Total 300 20 0 0 20 20

3º período






Núcleo Comum

Total 300 16 4 0 20 18

4º período

HC318 Sociologia e Modernidade no Brasil 60 4 0 0 4 4

HC319 Políticas Publicas e Controle Social 60 4 0 0 4 4

HC320 Corpo, Sexualidade e Saúde 60 4 0 0 4 4

Optativa 60 4 0 0 4 4

Total 240 16 0 0 16 16

5º período

HC321 Cultura, Comunicação e Sociedade 60 4 0 0 4 4

HC322 Métodos e Técnicas de Pesquisa em Sociologia I 120 4 4 0 8 6

Optativa 60 4 0 0 4 4

Total 240 12 4 0 16 14

6º período

HC323 Métodos e Técnicas de Pesquisa em Sociologia II 120 4 4 0 8 6

HC324 Atores, identidades e sujeitos nas sociedades contemporâneas 60 4 0 0 4 4

Optativa 60 4 0 0 4 4

Total 240 12 4 0 16 14

7º período

HC325 Trabalho e Desigualdade Social 60 4 0 0 4 4

HC326 Sociedade, Espaço e Natureza 60 4 0 0 4 4

HC327 TCC em Sociologia I 120 4 4 0 8 6

Optativa 60 4 0 0 4 4

Total 300 16 4 0 20 18

8º período

HC328 TCC em Sociologia II 120 4 4 0 8 6

Optativa 60 4 0 0 4 4

Optativa 60 4 0 0 4 4

Optativa 60 4 0 0 4 4

Form

ação


Total 300 16 4 0 20 18


37

O conjunto da Carga Horária da Linha de formação em Sociologia segue o

exposto abaixo:

Carga Horária

Disciplinas Teórica Pratica Estágio AFC Total



Estágio



Total Geral 1920 300 180 2400(*) Observação: a proporção entre horas teóricas e práticas pode se alterar conforme o aluno curse disciplinas optativas com carga horária prática. Do total das 420 horas de disciplinas optativas desta linha de formação, 240 horas devem ser cursadas obrigatoriamente na linha de formação em Sociologia. As outras 180 poderão ser cursadas nas demais áreas do curso de Ciências Sociais.

7.5. DIVISÃO POR TEMAS E DISCIPLINAS OPTATIVAS

O currículo da linha de formação em sociologia foi concebido de forma a

contemplar trajetórias formativas dos alunos da graduação e a articulação com as

linhas da pós-graduação, com ementas gerais que possam ser ministradas por

diferentes professores do curso, em diferentes temporalidades. Assim apresentam-se

sete disciplinas obrigatórias e para cada uma delas (com exceção da disciplina

“Atores, identidades e sujeitos nas sociedades contemporâneas”), encontra-se

elencado um rol de disciplinas optativas a partir de consenso assumido em reuniões

de área. As disciplinas optativas não exigirão pré-requisitos e os alunos serão

orientados no sentido de que existirá um rol de afinidades entre as disciplinas

obrigatórias e optativas de uma mesma linha. As disciplinas foram pensadas na

interface entre os estudos clássicos, contemporâneos e com a sociologia brasileira.

Segue abaixo o quadro com sua visualização.

Quadro 8 – Disciplinas Optativas da Linha de formação em Sociologia e sua divisão temática

Disciplinas Optativas da linha de formação em Sociologia

Disciplina Obrigatória Código Disciplina Optativa AT AP EST Tot Créd HC338 Sociologia e modernidade na América Latina:

Questões contemporâneas I 60 60 4

HC339 Sociologia e modernidade na América Latina: Questões contemporâneas II

60 60 4

HC340 Sociedade, instituições e poder no Paraná I 60 60 4

HC341 Sociedade, instituições e poder no Paraná II 60 60 4

HC342 Interpretações do Brasil 60 60 4

Sociologia e Modernidade no Brasil

HC343 Ensino da sociologia no Brasil 60 60 4

HC344 Sociologia e controle social 60 60 4

HC345 Estudos sociológicos de políticas públicas 60 60 4

HC346 Sociologia da violência 60 60 4

HC347 Sociologia da juventude 60 60 4

HC348 Sociologia dos Direitos Humanos 60 60 4

Políticas Públicas e Controle Social

HC349 Políticas Públicas e Instituições Culturais 60 60 4

Corpo, Sexualidade e Saúde HC350 Sociologia da família 60 60 4


38

HC351 Sociologia da sexualidade 60 60 4

HC352 Sociologia das práticas corporais e esportivas 60 60 4

HC353 Sociologia da saúde 60 60 4

HC354 Sociologia da medicina 60 60 4

HC355 Sociologia da cultura 60 60 4

HC356 Sociologia da imagem 60 60 4

HC357 Sociologia da fotografia 60 60 4

HC358 Sociologia da comunicação 60 60 4

HC359 Sociologia e imaginário 60 60 4

HC360 Sociologia da música 60 60 4

HC361 Sociologia da arte 60 60 4

HC362 Sociologia do esporte 60 60 4

Cultura, Comunicação e Sociedade

HC363 Sociologia da educação 60 60 4

HC364 Sociologia rural 60 60 4

HC365 Sociologia urbana I 60 60 4

HC366 Sociologia urbana II 60 60 4

Sociedade, Espaço e Natureza

HC367 Meio ambiente e sociedade 60 60 4

HC368 Sociologia do trabalho 60 60 4

HC369 Organização de trabalhadores e sindicalismo 60 60 4

HC370 Sociologia da imigração 60 60 4

Trabalho e Desigualdade Social

HC371 Sociologia demográfica 60 60 4

HC372 Feminismo, teoria queer e pós‐colonialidade 60 60 4

HC373 Movimentos sociais e novos atores 60 60 4

HC374 Questão étnico‐racial e estratificação social no Brasil

60 60 4

Atores, identidades e sujeitos nas sociedades contemporâneas

HC375 Sociologia das relações de gênero 60 60 4

HC376 Epistemologia e Teoria Social 60 60 4

HC377 Sociologia histórica 60 60 4

HC378 Sociologia e representações sociais 60 60 4

HC379 Sociologia do conhecimento 60 60 4

HC380 Métodos quantitativos em Sociologia 60 60 4

HC381 Métodos qualitativos em Sociologia 60 60 4

HC382 A Sociologia Sistêmica 60 60 4

Optativas Teórico‐Metodológicas

HC383 O Interacionismo Simbólico 60 60 4

Tópicos Especiais da linha de formação em Sociologia

Código Disciplina Ementa Carga horária e créditos

AP AT EST Tot Cred HC140 Tópicos Especiais em Sociologia I Estudos Monográficos em Sociologia e

Modernidade I 60 60 4

HC141 Tópicos Especiais em Sociologia II Estudos Monográficos em Sociologia e Modernidade II

60 60 4

HC142 Tópicos Especiais em Sociologia III Estudos Monográficos em Sociologia e Modernidade III

60 60 4

HC143 Tópicos Especiais em Sociologia IV Estudos Monográficos em Política Públicas e Controle Social I

60 60 4

HC144 Tópicos Especiais em Sociologia V Estudos Monográficos em Política Públicas e Controle Social II

60 60 4

HC145 Tópicos Especiais em Sociologia VI Estudos Monográficos em Política Públicas e Controle Social III

60 60 4

HC146 Tópicos Especiais em Sociologia VII Estudos Monográficos em Corpo, Sexualidade e Saúde

60 60 4

HC147 Tópicos Especiais em Sociologia VIII Estudos Monográficos em Família, trabalho, profissões e reprodução

60 60 4

HC148 Tópicos Especiais em Sociologia IX Estudos Monográficos em Relações de gênero, tecnologia, ciência e produção do conhecimento

60 60 4

HC149 Tópicos Especiais em Sociologia X Estudos monográficos: a produção do texto sociológico, pensamento, escrita e imaginação

60 60 4

HC258 Tópicos Especiais em Sociologia XI Estudos Monográficos em Cultura, Comunicação e Sociedade I

60 60 4

HC384 Tópicos Especiais em Sociologia XII Estudos Monográficos em Cultura, Comunicação e Sociedade II

60 60 4

HC385 Tópicos Especiais em Sociologia XIII Estudos Monográficos em Cultura, Comunicação e 60 60 4


39

Sociedade III

HC386 Tópicos Especiais em Sociologia XIV Estudos Monográficos em Sociedade, Espaço e Natureza I

60 60 4

HC387 Tópicos Especiais em Sociologia XV Estudos Monográficos em Sociedade, Espaço e Natureza II

60 60 4

HC388 Tópicos Especiais em Sociologia XVI Estudos Monográficos em Sociedade, Espaço e Natureza III

60 60 4

HC389 Tópicos Especiais em Sociologia XVII

Estudos Monográficos em Trabalho e Desigualdade Social I

60 60 4

HC390 Tópicos Especiais em Sociologia XVIII

Estudos Monográficos em Trabalho e Desigualdade Social II

60 60 4

HC391 Tópicos Especiais em Sociologia XIX Estudos Monográficos em Trabalho e Desigualdade Social III

Projeto Pedagógico do Curso de Bacharelado em Ciências Sociais / UFPR 8. Linha de Formação em Ciência Política

40

8. LINHA DE FORMAÇÃO EM CIÊNCIA POLÍTICA

Inserido no conceito de graduação por linhas de formação, a ciência política é

uma área específica da formação em ciências sociais que possui características

próprias, o que justifica a existência de um projeto pedagógico de graduação superior

dividido em linhas de formação. Sendo assim, espera-se de cada linha de formação

determinados requisitos, tais como disciplinas, estágios, trabalhos de conclusão de

curso que contemplem as especificidades de cada linha de formação. A concepção

permite habilitar o aluno a exercer atividades específicas na área de conhecimento de

seu curso de graduação. Apesar disso, considera-se que diferentes linhas de

formação em uma mesma graduação devem compartilhar um núcleo comum de

disciplinas e atividades. Trata-se de equilibrar as necessidades de formação específica

com uma formação básica comum.

Seguindo os princípios norteadores das diretrizes curriculares para a

graduação em Ciências Sociais (Parecer CNE/CES 492/2001), a linha de formação em

Ciência Política pretende propiciar aos graduandos uma formação teórica e

metodológica que permita gerar uma identidade de curso e, ao mesmo tempo,

fornecer instrumentos que garantam o estabelecimento de relações entre pesquisa

acadêmica e prática social com autonomia intelectual a partir de uma ampla formação

humanística e metodológica.

Tendo em vista estes princípios básicos, a área de Ciência Política apresenta a

seguir os objetivos, justificativas, habilidades e competências esperadas dos egressos

e a formação específica a partir da linha de formação em ciência política.


O bacharelado com linha de formação em Ciência Política pretende garantir

uma formação acadêmica de nível superior que reúna excelência acadêmica com

capacidade de inserção social, como profissional qualificado para o mercado de

trabalho acadêmico e não-acadêmico. Para tanto, considera-se como objetivo geral da

linha de formação a formação de graduandos com amplos conhecimentos

humanísticos aliados à formação técnico/metodológica demandada pelas áreas de

atuação do profissional em ciência política. Com isso, se pretende como objetivos

específicos:

possibilitar a entrada no mercado de trabalho como graduado em nível superior ou dar

condições para o prosseguimento da formação acadêmica em pós-graduações na área

de Ciência Política.


41

garantir uma formação multidisciplinar através da conjunção de diferentes saberes,

vinculados diretamente à linha de formação.

equilibrar a concepção de forte formação teórico/conceitual do cientista político com

uma inserção de conhecimentos técnico/metodológicos demandados pelo mercado de

trabalho não-acadêmico.

permitir a formação de profissionais éticos para a prática de pesquisas acadêmicas e

para ação social no mercado de trabalho do cientista político.

8.2. JUSTIFICATIVA

A proposta de um currículo construído a partir de linhas de formação para a

formação em Ciências Sociais justifica-se, inicialmente, por flexibilizar um modelo de

formação a partir do núcleo comum obrigatório complementado pela formação

específica em cada área (ciência política, sociologia e antropologia/arqueologia). Com

isso, de maneira geral, permite uma qualificação mais atualizada dos alunos da

graduação em todas as linhas de formação.

Por estar ancorado em uma concepção de curso que privilegia as

especificidades na formação de cada área que compõe as ciências sociais, justifica-se

uma estrutura curricular composta por um núcleo comum e conteúdos específicos de

cada linha de formação. Assim, reforça-se a integração entre as três áreas sem deixar

de possibilitar um espaço para obtenção de conhecimentos específicos, sem abrir mão

dos conteúdos de outras áreas do saber humanístico. Sem incorrer no erro da precoce

especialização, com conseqüente distanciamento nocivo de um saber mais amplo, a

linha de formação em ciência política articula-se em um conjunto de atividades

acadêmico-pedagógicas ligadas a temas de pesquisa, linhas de atuação, questões

teóricas e sociais que compõem o campo de trabalho do cientista político.

Sendo assim, a linha de formação em ciência política constitui-se um eixo de

formação específica para a área de atuação do cientista político. Para tanto, o

graduando deverá passar por atividades obrigatórias de formação acadêmica, de

formação de instrumental técnico, além de disciplinas optativas que garantirão uma

pluralidade de saberes na formação intelectual do aluno. A concepção de curso

apresentada aqui justifica-se também por corrigir uma das características negativas do

currículo vigente que é tardia opção pela área de especialização. Além disso, a linha

de formação em ciência política também garante ao graduando uma formação em

práticas de pesquisa empírica – cada vez mais demandadas pela sociedade ao

cientista político – e que não tem o devido espaço no currículo vigente.


42

A linha de formação em Ciência Política garantirá uma formação profissional e

acadêmica atualizada aos desafios teóricos, políticos e sociais apresentados aos

alunos de graduação neste início de século.


Neste projeto pedagógico consideramos como habilidades o conjunto de

potenciais ações que consistem na expressão de respostas a problemas pertinentes à

área de ciência política. Trata-se de saber lidar de maneira típica com informações que

podem ser aplicadas padronizadamente a determinados problemas a partir da

mobilização de experiências de aprendizagem. Sendo assim, as habilidades são

sucedâneas das competências desejadas. Entende-se competências como

modalidades de inteligência que permitem ações e operações que relacionam

objetivos, fenômenos, pessoas e situações que se deseja conhecer. Assim,

competências são adquiridas imediatamente ao saber e delas decorrem as

habilidades. Para a linha de formação em Ciência Política, esperam-se as seguintes:

Habilidades:

formação geral em ciências humanas

domínio básico da bibliografia teórica e metodológica da área;

formação técnica nas áreas de análise de cenários políticos, relações internacionais,

teoria política, representação, processos eleitorais e instituições políticas;

dialogar com diferentes áreas das ciências sociais e das humanidades em geral;

conhecimento dos processos de mudança político-social;

autonomia intelectual do graduando;

capacidade analítica do futuro cientista político;

Competências:

na articulação entre teoria, pesquisa e prática social em contextos concretos;

para ação pautada em compromisso social;

na utilização de instrumentos metodológicos informatizados;

para elaborar projetos de pesquisa acadêmicos e não-acadêmicos, vinculados à área

da ciência política;

para dar prosseguimento à formação acadêmica em pós-graduações;

para planejar, atuar e analisar projetos de trabalho em órgãos do Estado, organizações

políticas e da sociedade organizada;

para assessorar representantes políticos, organizações não-governamentais e da

sociedade civil;


43


Para garantir a obtenção dos objetivos, competências e habilidades relatadas

acima, a linha de formação em Ciência Política prevê uma distribuição das disciplinas

em dois eixos de formação. O primeiro, de formação acadêmica, que contempla

discussões conceituais e teóricas, passando pelos principais autores e teorias políticas

indispensáveis para a formação na área. O segundo, de formação técnica, oferece um

conjunto de disciplinas cujos conteúdos são focados em metodologias de pesquisa

para atuação profissional e para o desenvolvimento de pesquisas acadêmicas.

Outro ponto relevante da estrutura curricular da linha de formação em ciência

política é a divisão de disciplinas em obrigatórias e optativas. O graduando deverá

cumprir uma carga horária em sala de aula que é formada por 50% de disciplinas

obrigatórias e 50% de optativas durante os cinco semestres da linha de formação.

Dentro do corpo de disciplinas obrigatórias, os alunos cumprirão quatro disciplinas de

formação teórica e quatro de formação técnico/metodológica obrigatórias. Além disso,

terá que fazer uma disciplina de Trabalho de Conclusão de Curso, no último semestre,

como obrigatória, que deverá resultar na produção de um trabalho de conclusão

monográfico acadêmico ou relatório técnico (A discussão detalhada do TCC em

Ciência Política, que contempla monografia acadêmica e relatório monográfico técnico

será feita em regulamento específico).

Além das disciplinas obrigatórias, os graduandos deverão cumprir outras dez

disciplinas optativas. Destas, 50% serão ofertadas pela área de ciência política, a

partir do elenco de disciplinas optativas da linha de formação. Os outros 50% deverão

ser cumpridos em disciplinas obrigatórias ou optativas das outras duas linhas de

formação do curso de Ciências Sociais (sociologia e Antropologia/Arqueologia) ou de

outros cursos de graduação da Universidade Federal do Paraná (UFPR). Com isso,

procura-se garantir que a especialização gerada na escolha por uma linha de

formação não seja prejudicial à necessária formação humanística geral do graduando.

Para completar a formação equilibrada a partir de conteúdos aplicados à

realidade social, o graduando em ciências sociais, com linha de formação em Ciência

Política, cumprirá uma carga horária de disciplinas práticas, além da formação teórica.

Ao todo, serão 150 horas curriculares de aulas praticas obrigatórias durante a

graduação. Estas estão divididas em 30 horas durante a formação do núcleo comum e

outras 120 horas em disciplinas obrigatórias da linha de formação.

Os graduandos na linha de formação em Ciência Política deverão ainda, de

forma complementar, realizar diferentes atividades extracurriculares formativas,

totalizando 180 horas ao longo da graduação. Estas atividades podem ser agrupadas

em três grandes conjuntos: a) atividades de pesquisa acadêmica em grupos e núcleos


44

de pesquisa da área de Ciência Política e outras áreas do curso de Ciências Sociais;

b) estágio profissional em atividades diretamente vinculadas à prática do cientista

político em assessorias governamentais, partidários, parlamentares e em

organizações não-governamentais; c) atividades de extensão universitária

regulamentadas pela Universidade Federal do Paraná.

Em resumo, com a estrutura curricular específica da linha de formação

montada a partir dos eixos de formação acadêmica e técnica, com carga horária de

aulas práticas e trabalho de conclusão de curso que permita a explicitação de maneira

sintetizada dos conhecimentos adquiridos ao longo do curso, em qualquer dos eixos

ofertados, será possível cumprir os objetivos apresentados neste Projeto Político

Pedagógico.


formação em Ciência Política está assim organizada (Quadro 9), considerando tanto

as disciplinas ofertadas no Núcleo Comum quanto as do Núcleo de Formação

Profissional Específica (linha de formação):


45

Quadro 9 – Estrutura Curricular do Curso de Bacharelado em Ciências Sociais (Linha de formação em Ciência Política)


C.H. AT AP EST TOT

1º período





SE 056 História do Pensamento Econômico 60 4 0 0 4 4

Total 300 20 0 0 20 20

2º período






Total 300 20 0 0 20 20

3º período






Núcleo Comum

Total 300 16 4 0 20 18

4º período

HC329 Relações Internacionais 60 4 0 0 4 4

HC330 Métodos Quantitativos em Ciência Política 90 4 2 0 6 5

Optativa 60 4 0 0 4 4

Optativa 60 4 0 0 4 4

Total 270 16 2 0 18 17

5º período

HC331 Instituições Políticas 60 4 0 0 4 4

HC332 Métodos Qualitativos em Ciência Política 90 4 2 0 6 5

Optativa 60 4 0 0 4 4

Optativa 60 4 0 0 4 4

Total 270 16 2 0 18 17

6º período

HC333 Comportamento e Cultura Política 60 4 0 0 4 4

HC334 Métodos de Pesquisa Científica em Ciência Política 90 4 2 0 6 5

Optativa 60 4 0 0 4 4

Optativa 60 4 0 0 4 4

Total 270 16 2 0 18 17

7º período

HC335 Análise de Conjuntura 60 4 0 0 4 4

HC336 Seminários de Pesquisa 90 4 2 0 6 5

Optativa 60 4 0 0 4 4

Optativa 60 4 0 0 4 4

Total 270 16 2 0 18 17

8º período

HC337 TCC em Ciência Política 120 0 8 0 8 4

Optativa 60 4 0 0 4 4

Optativa 60 4 0 0 4 4

Form

ação


Total 240 8 8 0 16 12


46

O conjunto da Carga Horária da Linha de formação em Ciência Política segue o

exposto abaixo:

Carga Horária

Disciplinas Teórica Pratica Estágio AFC Total



Estágio



Total Geral 1920 300 180 2400(*) Observação: a proporção entre horas teóricas e práticas pode se alterar conforme o aluno curse disciplinas optativas com carga horária prática. Do total das 600 horas de disciplinas optativas desta linha de formação, 360 horas devem ser cursadas obrigatoriamente na linha de formação em Ciência Política. As outras 240 horas poderão ser cursadas nas demais áreas do curso de Ciências Sociais.

8.5. DISCIPLINAS OPTATIVAS

O currículo da linha de formação em Ciência Política foi concebido de forma a

contemplar trajetórias formativas dos alunos da graduação e a articulação com as

linhas da pós-graduação, com ementas gerais que possam ser ministradas por

diferentes professores do curso, em diferentes temporalidades. Segue abaixo o quadro

com sua visualização.

Quadro 10 – Disciplinas Optativas da Linha de formação em Ciência Política

Código Disciplina Carga Horária

AT AP EST Total CR Pré‐Req

Disciplinas Optativas da linha de formação em Ciência Política HC392 Estado e classes sociais no capitalismo contemporâneo 60 60 4

HC393 Estado e Economia no Capitalismo Contemporâneo 60 60 4

HC394 Regimes Políticos Contemporâneos 60 60 4

HC395 Estado e Mercado na América Latina 60 60 4

HC396 Análise de Política Regional 60 60 4

HC397 Distribuição Espacial do Voto 60 60 4

HC398 Análises sobre Opinião Pública 60 60 4

HC399 Ciências Sociais, História e Comparação 60 60 4

HC600 Estado e Direito no Capitalismo 60 60 4

HC601 Formação do Estado Burguês 60 60 4

HC602 Instituições Políticas Brasileiras 60 60 4

HC603 Teoria Política Liberal 60 60 4

HC604 Política Brasileira I 60 60 4

HC605 Política Brasileira II 60 60 4

HC606 Política Brasileira III 60 60 4

HC607 Política Brasileira IV 60 60 4

HC609 Política Brasileira V 60 60 4

HC610 Política Internacional 60 60 4

HC611 Teoria das Relações Internacionais 60 60 4

HC612 Política Externa Brasileira 60 60 4

HC613 Integração Regional 60 60 4

HC614 Organizações internacionais 60 60 4

HC615 Políticas Governamentais Comparadas 60 60 4

HC616 Política Comparada 60 60 4

HC617 Ideologias políticas brasileiras 60 60 4

HC618 Teoria Política Contemporânea 60 60 4

HC619 Teoria Contemporânea da Democracia 60 60 4

HC620 Teoria da Ideologia 60 60 4

HC621 Teoria da organização sindical 60 60 4


47

HC622 Teoria das Elites e da Classe Política 60 60 4

HC623 Teoria Política Marxista 60 60 4

HC624 Teoria Sistêmica da Política 60 60 4

HC625 Teoria da Escolha Racional 60 60 4

HC626 Realidade sócio‐econômica e política 60 60 4

HC627 Análise de processos decisórios I 60 60 4

HC628 Análise de processos decisórios II 60 60 4

HC629 Representação Política e Novas Tecnologias I 60 60 4

HC630 Representação Política e Novas Tecnologias II 60 60 4

HC631 Mídia e Democracia 60 60 4

HC637 Política de Comunicação e das tecnologias de informação 60 60 4

Tópicos Especiais da linha de formação em Ciência Política

Código Disciplina Ementa Carga horária e créditos HC172 Tópicos Especiais em Ciência Política I Estudos monográficos sobre política

internacional 60 60 4

HC173 Tópicos Especiais em Ciência Política II Estudos monográficos sobre políticas públicas 60 60 4 HC174 Tópicos Especiais em Ciência Política III Estudos monográficos sobre política regional 60 60 4 HC175 Tópicos Especiais em Ciência Política IV Estudos monográficos sobre política sindical e

das organizações 60 60 4

HC176 Tópicos Especiais em Ciência Política V Estudos monográficos sobre política partidária e eleitoral

60 60 4

HC177 Tópicos Especiais em Ciência Política VI Estudos monográficos sobre política moderna 60 60 4 HC178 Tópicos Especiais em Ciência Política VII Estudos monográficos sobre política

contemporânea 60 60 4

HC632 Tópicos Especiais em Metodologia I Métodos para estudos monográficos com aplicação de técnicas de metodologia quantitativa.

60 60 4

HC633 Tópicos Especiais em Metodologia II Métodos para estudos monográficos com aplicação de técnicas de metodologia comparada.

60 60 4

HC634 Tópicos Especiais em Metodologia III Métodos para estudos monográficos com aplicação de técnicas de metodologia qualitativa.

60 60 4

Projeto Pedagógico do Curso de Bacharelado em Ciências Sociais / UFPR 9. Formato do TCC e Orientação Acadêmica

48

9. FORMATO DOS TRABALHOS DE CONCLUSÃO DE CURSO E ORIENTAÇÃO ACADÊMICA

A monografia de graduação é um exercício de sistematização do conhecimento

sobre a realidade social realizado pelo aluno de Graduação em Ciências Sociais. No

currículo anterior, tal exercício se dava entre os 6º e 8º períodos. A proposta deste

novo currículo é que haja uma substantiva mudança de concepção do formato dos

trabalhos finais, na medida em que, em todas as linhas de formação, há um empenho

na familiarização do aluno com a escrita e a atividade de pesquisa de forma mais

sistemática. A nova estrutura curricular prevê a ampliação do número de disciplinas

que contemplem métodos e técnicas de pesquisa, as quais, integradas às respectivas

disciplinas obrigatórias e optativas, permitirão ao aluno uma formação melhor

integrada às diversas possibilidades de investigação nas áreas das Ciências Sociais.

Continua prevalecendo a idéia de que a Monografia representa a consolidação

das experiências e dos estudos desenvolvidos durante a graduação, resultando em

um trabalho acadêmico sobre tema escolhido pelo aluno. Através da monografia de

graduação, o aluno tem sua primeira experiência como autor, ao desenvolver sua

capacidade de discutir temas através da formulação de um problema de pesquisa, da

construção de um objeto e da sua apresentação de maneira clara e sistematizada.

Todavia, além desta orientação geral, as linhas de formação, mediante as específicas

formas de construção dos problemas de pesquisa (metodologias, objetos, conceitos,

epistemologias) que lhes são pertinentes, trarão ao aluno outras possibilidades de

artesania intelectual. O que o novo currículo prevê é, portanto, uma maior autonomia

às antigas áreas de concentração no que tange à formação acadêmica do aluno, e o

momento da escrita do trabalho final de curso é o ponto culminante desta trajetória na

graduação.

A elaboração do trabalho individual de conclusão de curso poderá seguir tanto

o modelo de uma monografia de natureza teórica ou baseada em pesquisas

empíricas, como também o de um relatório teórico-metodológico sobre uma

experiência de prática profissional de estágio. Em ambos, exige-se que o texto final

tenha como ponto de partida uma experiência que seja substantivamente concebida,

formulada, balizada e interpretada a partir do conhecimento das Ciências Sociais, com

aproximações interdisciplinares, sempre que se faça necessário.

9.1. OBJETIVOS DO TCC

Além de iniciar o aluno no processo de produção de um texto científico e

capacitá-lo para o trabalho de pesquisa em Ciências Sociais, a monografia de

graduação o auxilia na preparação para o ingresso em programas de pós-graduação,


49

tanto os da UFPR como de outras instituições. No caso da UFPR e no âmbito das

Ciências Sociais, os dois principais departamentos responsáveis pelo bacharelado

(DEAN e DECISO) possuem programas de pós-graduação, reconhecidos pela

CAPES, a saber: Programa de Pós-Graduação em Sociologia (Mestrado e Doutorado);

Programa de Pós-Graduação em Ciência Política (Mestrado) e o Programa de Pós-

Graduação em Antropologia (Mestrado).

O conjunto de atividades relativas à monografia de graduação se dá sob a

orientação de um professor pertencente a uma das três linhas de formação que

compõem o curso de Ciências Sociais – Antropologia e Arqueologia, Ciência Política

ou Sociologia. A escolha do orientador é feita pelo aluno, em função da opção por uma

das linhas de formação, da afinidade entre o tema da monografia e a área e/ou linha

de pesquisa do docente. Ao orientador cabe acompanhar o processo de definição do

tema, elaboração do projeto, execução da pesquisa e redação e apresentação do

texto final da monografia de graduação. O papel do orientador é dar suporte ao

desenvolvimento da capacidade de pesquisa do estudante, o qual, além de possuir

ampla liberdade de escolha da temática da monografia, é também o responsável pelo

conteúdo final do trabalho. Na Coordenação do Curso de Ciências Sociais, na

Plataforma Lattes do CNPq, nos departamentos e nos programas de pós-graduação, o

aluno pode encontrar informações mais detalhadas sobre as áreas e linhas de

pesquisa e formação dos docentes.

9.2. DISCIPLINAS A SEREM CURSADAS PARA A ELABORAÇÃO DO TCC

No currículo anterior, havia um conjunto de três disciplinas obrigatórias que o

preparavam para a elaboração da monografia: as disciplinas de Métodos e Técnicas

de Pesquisa, ofertadas no 6º período, o Estágio Supervisionado no 7º período, e a

Orientação Monográfica no 8º, cada uma delas vinculada às áreas de Antropologia,

Ciência Política ou Sociologia.

O presente Projeto Pedagógico do Curso prevê um novo desenho para esta

trajetória acadêmica, relacionada de forma sistemática aos horizontes teórico-

metodológicos das linhas de formação.

Na linha de formação em Antropologia e Arqueologia, a disciplina Métodos de

Pesquisa em Antropologia I, ofertada no 5º período, prevê a construção do

conhecimento em Antropologia e os diferentes contextos da pesquisa e da experiência

etnográfica, abarcando tanto as técnicas de pesquisa como o trabalho de campo, a

escrita etnográfica e suas implicações teóricas, políticas e éticas. No 6º período, a

disciplina Laboratório Etnográfico I, prevê a leitura e discussão de etnografias

clássicas e contemporâneas, e reflexões teórico-metodológicas orientadas para a


50

elaboração de projeto de monografia. No mesmo período, o aluno cursará a disciplina

de Métodos de Pesquisa em Antropologia II, na qual prevê-se a elaboração de um

projeto de pesquisa para o desenvolvimento da monografia de conclusão de curso,

sob a supervisão de um professor orientador. A disciplina Laboratório Etnográfico II,

ofertada no 7º período, destina-se à apresentação e discussão de pesquisas em

andamento, realizadas pelos alunos da disciplina, complementada pela disciplina TCC

I, cujo objetivo é capacitar o aluno em direção a um trabalho de pesquisa

supervisionado por um professor orientador para a realização de monografia de

conclusão de curso. Por fim, no 8º período, a disciplina TCC II prevê a realização de

um trabalho monográfico de caráter teórico ou resultante de pesquisa empírica,

sempre sob a orientação de um professor orientador. No caso das disciplinas TCC I e

TCC II, o novo currículo ampliou suas respectivas cargas horárias para 120 horas

cada, divididas em 60 horas de atividades teóricas e 60 horas de atividades práticas,

contemplando assim as possibilidades de desenvolvimento de pesquisas de campo,

etnografias, etc.

Na linha de formação em Sociologia, a disciplina Métodos e Técnicas de

Pesquisa I, ofertada no 5º período, visa capacitar o aluno para a plena compreensão

do processo de conhecimento, apresentando as metodologias e a construção do

objeto científico, a pesquisa e suas especificidades, os tipos de pesquisa e técnicas de

coleta, análise e interpretação dos dados, a estruturação do projeto de pesquisa e

demais aspectos técnicos e gráficos da redação de trabalhos científicos. No 6º

período, a disciplina Métodos e Técnicas de Pesquisa II, tem como objetivo a

elaboração de um projeto de pesquisa ou de relatórios de estágios, a partir da

formulação do problema, hipóteses, objetivos, revisão bibliográfica, fontes, processos

e técnicas de coleta de análise e interpretação dos dados (quantitativos e qualitativos).

A disciplina TCC I, ofertada no 7º período, prevê a elaboração de um projeto de

monografia, ou a elaboração de um plano de estágio em uma instituição/organização

que desenvolva atividades de competência do sociólogo. Por fim, no 8º período, o

aluno realizará sua monografia sob a disciplina TCC II consistindo, segundo a ementa,

na elaboração de uma produção monográfica ou elaboração de um relatório de estágio

supervisionado em uma instituição / organização que desenvolva atividades de

competência do sociólogo, segundo normas da ABNT. Deve-se levar em conta que

estas duas últimas disciplinas tiveram suas respectivas cargas horárias ampliadas

para 120 horas, divididas em 60 horas de atividades teóricas e 60 horas de atividades

práticas, contemplando com isso uma disposição em permitir ao aluno o nexo teórico-

prático necessário ao desenvolvimento de um problema sociológico, bem como

pesquisas empíricas e demais trabalhos de campo.


51

Na linha de formação em Ciência Política, no 4º período prevê-se a oferta da

disciplina Métodos Quantitativos, cujo escopo abrange a apresentação tópicos tais

como população e amostragem, a definição de variáveis, elementos de estatística

descritiva, escalas, dados agregados, média, variância, desvio e erro padrão, teste de

hipótese, poder estatístico, dentre outros aspectos. A disciplina Métodos

Qualitativos, no 5º período, visa apresentar ao aluno a relação entre método e teoria,

as principais técnicas utilizadas na Ciência Política, tais como a etnografia, a entrevista

em profundidade e o grupo focal, o trabalho de campo, análise de conteúdo (mídia,

documentos, depoimentos) e a análise de discurso. No 6º período, a disciplina

Métodos de Pesquisa Científica tem como objetivo apresentar os principais

processos de construção do conhecimento científico, a relação sujeito/objeto do

conhecimento, a problematização do mito da neutralidade / objetividade científica, o

campo da ciência política e as contribuições interdisciplinares. No 7º período, os

Seminários de Pesquisa têm como objetivo a análise e discussão dos projetos de

pesquisa dos alunos, a avaliação do objeto, problema, hipótese e metodologia de

pesquisa, e o acompanhamento e análise do estágio técnico-científico. Por fim, o TCC,

no 8º período, prevê tanto um trabalho de conclusão de curso acadêmico, ou seja, a

produção de uma monografia sobre um tema da área de Ciência Política, como

também um trabalho de conclusão de curso técnico: produção de relatório técnico

sobre tema da área de Ciência Política. Também aqui o novo currículo ampliou a

carga horária das disciplinas Seminários de Pesquisa e TCC, as quais passaram a

contar, respectivamente, com 90 (60 teóricas e 30 práticas) e 120 horas de atividades

práticas, permitindo ao aluno o desenvolvimento de trabalho de campo, pesquisas

empíricas, etc.

9.3. ORIENTAÇÃO ACADÊMICA (VISÃO GERAL)

Tratando-se de elaboração de pesquisas de caráter teórico e/ou empírico no

curso de Ciências Sociais, com a obrigatoriedade de apresentação final do Trabalho

de Conclusão de Curso, a orientação será direta e individual, sob a responsabilidade

de um docente da linha de formação de opção do aluno (Antropologia e Arqueologia,

Sociologia e Ciência Política).

Além da orientação monográfica, o curso prevê outras formas de orientação

acadêmica, sob as mais diversas formas. O Curso de Ciências Sociais vem

promovendo, sob a coordenação dos departamentos responsáveis pelo curso (DEAN

e DECISO), uma série de eventos, seminários, palestras, etc., com convidados

nacionais e estrangeiros de destacada atuação nas áreas que compõe o curso. Tais


52

eventos visam despertar no aluno o interesse pela pesquisa, docência e extensão, e

pela integração nos diversos grupos de pesquisa que reúnem pesquisadores das

respectivas áreas.

Outra forma de orientação acadêmica é exemplificada pelo PET (Programa de

Educação Tutorial), o qual está diretamente vinculado à Coordenação do Curso.

Fazem parte das atribuições do PET da UFPR, dentre outras, o compromisso com a

formação acadêmica de qualidade, ética e cidadã; a indissociabilidade ensino,

pesquisa e extensão; a preparação dos alunos para atuar no seu futuro campo

profissional e a melhoria do curso de graduação ao qual o grupo está vinculado. Visa

também a participação dos integrantes do grupo em atividades que visem à interação

entre bolsistas e não bolsistas e com o curso de graduação ao qual está vinculado, de

modo a viabilizar o efeito multiplicador do PET sobre a comunidade acadêmica e a

interação do grupo com o projeto pedagógico do curso; o desenvolvimento de

competências básicas pelos integrantes do grupo no uso da linguagem escrita e oral,

em idioma estrangeiro e na área de tecnologias de informação e comunicação e,

finalmente, o caráter multi e interdisciplinar das atividades.

As atividades promovidas pelo PET de Ciências Sócias têm sido organizadas

pelos estudantes de graduação sob orientação e coordenação do professor-tutor,

dentre as quais se destacam os Ciclos de Debates temáticos (Literatura e Cinema,

Elaboração de Projetos e Prática Profissional, os Diálogos Temáticos com os PET´s

de História, Filosofia e Direito, Itinerários de Profissionais em Ciências Sociais,

Exercícios de Leitura, etc.), as pesquisas individuais dos alunos, e projetos coletivos,

como o que teve como foco a pesquisa sobre o perfil sócio-econômico e

desempenho acadêmico dos alunos do Curso de Ciências Sociais da UFPR, em

parceria com a Coordenação do Curso, e que foi incorporado nas discussões da

Comissão da Reforma Curricular.

9.4. PROJETO DE ORIENTAÇÃO ACADÊMICA DO CURSO DE CIÊNCIAS SOCIAIS

Apresentação

O Projeto de Orientação Acadêmica do Curso de Ciências Sociais segue as

normas vigentes na UFPR, em especial a Resolução CEPE 37/97, que estabelece, em

seu capítulo XIV, Artigo 127, o seguinte: “As coordenações de cursos deverão

apresentar aos respectivos colegiados projeto de orientação acadêmica que

contemple a forma de acompanhamento da vida acadêmica de seus alunos”.


53

Justificativa

O projeto de Orientação Acadêmica é um instrumento importante para a

melhoria da qualidade de ensino, ao fornecer subsídios que asseguram ao corpo

docente o compromisso com o processo de ensino-aprendizagem.

Objetivo Geral

O Projeto de Orientação Acadêmica visa auxiliar na integração do aluno

ingressante à dinâmica da instituição e às características da vida universitária. Prevê-

se que, ao oferecer ao aluno orientação no encaminhamento de suas atividades

acadêmicas e também, na medida do possível, colaborar para a busca de soluções de

quaisquer questões que possam afetar o seu desempenho acadêmico, a orientação

acadêmica reflita também no seu desenvolvimento profissional.

A orientação acadêmica visa também promover a melhoria do desempenho

acadêmico do aluno através de um processo de acompanhamento e orientação

exercido por professores selecionados, denominados orientadores acadêmicos.

Objetivos Específicos

1. Proporcionar melhor integração do aluno iniciante ao curso e ao ambiente

universitário;

2. Conscientizar o aluno da importância das disciplinas básicas para sua formação e

para compreensão dos conteúdos das disciplinas profissionalizantes;

3. Orientar o aluno na escolha de disciplinas e na maneira de estudá-las;

4. Detectar eventuais deficiências do aluno e procurar corrigi-las;

5. Acompanhar o desempenho do aluno em todas as disciplinas cursadas durante o

período da orientação acadêmica;

6. Colaborar para a melhoria de desempenho no processo de aprendizado, visando à

redução dos índices de reprovação e de evasão.

Disposições Gerais

Tratando-se de elaboração de pesquisas de caráter teórico e/ou empírico no

curso de Ciências Sociais, com a obrigatoriedade de apresentação final do Trabalho

de Conclusão de Curso, a orientação será direta e individual, sob a responsabilidade

de um docente da linha de formação de opção do aluno (Antropologia e Arqueologia,

Sociologia ou Ciência Política).

Em cada linha de formação, há um conjunto de disciplinas obrigatórias através

das quais dar-se-á a orientação acadêmica individual, efetivadas conforme a

periodização alhures mencionada. Linha de formação em Antropologia e Arqueologia:


54

TCC em Antropologia e Arqueologia I e II; Linha de formação em Sociologia: TCC em

Sociologia I e II; Linha de formação em Ciência Política: Seminários de Pesquisa e

TCC em Ciência Política.

A relação entre o número de alunos por professor orientador dependerá das

possibilidades deste em assumir as orientações, razão pela qual não se prevê um

número a priori.

Atribuições do Professor Orientador

1. Familiarizar o aluno sobre as características e peculiaridades do curso;

2. Auxiliar na seleção das disciplinas a serem cursadas em cada semestre,

principalmente nas matérias optativas, conforme o interesse acadêmico no campo

de atuação profissional desejado, organizando conteúdos e atividades;

3. Informar sobre a coordenação geral de estágios, bem como a Resolução que

normatiza os procedimentos necessários para a realização de estágios

obrigatórios ou não, na área de interesse do aluno e a importância da realização

do mesmo na formação profissional.

4. Alertar os orientandos sobre a importância do melhor aproveitamento escolar nas

disciplinas cursadas, informando que as escolhas de turmas, horários, bem como a

seleção de bolsistas e estagiários, são feitas tendo por base o IRA- Índice de

Rendimento Acadêmico;

5. Informar o funcionamento da estrutura da Instituição (Conselhos, Pró-Reitorias,

Coordenações, Departamentos, Bibliotecas, entre outros);

6. Acompanhar o desempenho acadêmico do aluno;

7. Conhecer a Resolução que fixa o currículo do curso, o Projeto Pedagógico do

curso e as Resoluções que estiverem em vigor e que normatizam todo o percurso

do aluno na instituição, desde seu ingresso até sua colação.

Atribuições do Aluno

1. Comparecer aos encontros marcados em comum acordo com o orientador

acadêmico;

2. Procurar o professor orientador acadêmico em caso de dúvidas e sempre que

necessário;

3. Solicitar, mediante justificativa formal, a substituição do professor orientador

acadêmico e aguardar determinação formal do Colegiado de Curso;

4. Solicitar formalmente, à Coordenação do Curso, a liberação da orientação

acadêmica;


55

5. Conhecer a Resolução que fixa o currículo do curso, o Projeto Pedagógico do

curso e as Resoluções que estiverem em vigor;

6. Fornecer os elementos necessários ao professor orientador acadêmico para o

preenchimento do relatório de orientação acadêmica.

Atribuições do Colegiado do Curso

1. Acompanhar, orientar e verificar se os trabalhos de orientação acadêmica estão

sendo cumpridos;

2. Aprovar a relação dos professores orientadores acadêmicos e substituições que se

fizerem necessárias;

3. Deliberar sobre solicitações de alunos ou professores;

4. Analisar os dados obtidos através da orientação acadêmica para promover

melhoria na qualidade do curso;

5. Fornecer subsídios aos professores orientadores para melhorar o desempenho da

orientação acadêmica.

Atividades de Orientação Acadêmica

1. Organizar atividades para incentivar a participação em palestras, visitas, grupos de

estudos, estágios não obrigatórios, sempre que possível dentro da grade horária,

não causando prejuízo ao desempenho das atividades do aluno (especialmente do

primeiro ano);

2. Conhecer o currículo integralmente e planejar a vida acadêmica;

3. Levantar dados relevantes quanto aos índices de aproveitamento escolar e propor

discussões;

4. Avaliar o desempenho dos alunos durante o percurso acadêmico.

Projeto Pedagógico do Curso de Bacharelado em Ciências Sociais / UFPR 10. Estágios e Atividades Formativas Complementares

56

10. ESTÁGIO E ATIVIDADES FORMATIVAS COMPLEMENTARES

10.1. FORMATO DO ESTÁGIO

O Curso de Bacharelado em Ciências Sociais da UFPR não possui Estágio

como prática profissional obrigatória.

De acordo com o Art. 2º, da Resolução CEPE Nº 19/90, os cursos de

graduação da UFPR deverão oferecer, como parte de suas estruturas curriculares,

“ao menos um estágio supervisionado, de caráter obrigatório, com duração mínima de

um período letivo, com carga horária determinada pelo colegiado do curso”.

Entretanto, a mesma Resolução, em seu § 2º, prevê que o colegiado de curso possa

apresentar justificativa para o não cumprimento do disposto acima. Por sua vez, o

Parecer CNE/CES 224/2004, considera que, uma vez que as diretrizes curriculares

para os cursos de Ciências Sociais não contemplam expressamente o caráter de

obrigatoriedade do estágio para o bacharelado, o parecer se manifesta “no sentido de

que deve ficar a critério de cada instituição a sua inclusão no respectivo projeto

pedagógico do curso de Ciências Sociais, bacharelado”, registrando, contudo, a

obrigatoriedade do estágio para a licenciatura.

Tendo como base os documentos acima, e diante da especificidade das

Ciências Sociais, cuja formação acadêmica não contempla, necessariamente, a

passagem do aluno por um estágio profissional, é que o Curso de Ciências Sociais da

UFPR se manifesta no sentido de manter apenas o Estágio não obrigatório. Assim, a

Comissão da Reforma Curricular tem iniciado um debate sobre a viabilidade de se

incorporar no currículo, de forma opcional, esta modalidade de estágio. Por outro lado,

o estágio curricular supervisionado, voltado para a prática do ensino de Ciências

Sociais e/ou de Sociologia na Educação Básica, é parte integrante do Currículo do

Curso de Licenciatura em Ciências Sociais, cujo tratamento está especificado no

Projeto Pedagógico do referido curso.

No tocante ao Estágio não obrigatório, o Curso de Ciências Sociais atenderá

ao disposto em Ofício Circular 005/CGE/PROGRAD, documento que ressalta a

necessidade de regulamentação do estágio, seu cadastramento junto a Comissão

Geral de Estágio / PROGRAD, e a formalização dos convênios como parte do

processo de regulamentação (em respeito à Portaria nº 847 / 2001).

A Coordenação do Curso de Ciências Sociais, através de Colegiado de Curso,

regulamentará a Comissão Orientadora de Estágio, e designará um professor

orientador, que assinará o Termo de Compromisso, juntamente com o Coordenador do

Curso. Caberá ao professor orientador, conforme Resolução Nº 46/10 - CEPE, cobrar


57

relatórios semestrais do(s) aluno(s) em atividade de estágio não obrigatório, relatórios

estes que estarão disponíveis para eventuais auditorias do Ministério Público do

Trabalho. Segue abaixo um projeto de regulamentação do Estagio.

I - DA CONCEPÇÃO DE ESTÁGIO

O estágio visa oportunizar situações de aprendizagem em campo para a preparação profissional do aluno, atendendo ao critério de compatibilidade com a natureza e os objetivos do Curso de Ciências Sociais, considerando a natureza dos estágios conforme Resolução 46/10 - CEPE e Instrução Normativa nº 01/92-CEP, 01/93-CEP e 02/93-CEP. II- DA ORGANIZAÇÃO ESTAGIO NÃO OBRIGATÓRIO a) Da inscrição 1. Poderão inscrever-se em estágio alunos regularmente matriculados no Curso de Ciências Sociais - UFPR a partir do segundo período letivo. 2. O aluno deverá apresentar plano de estágio, de acordo com modelos específicos da CGE. 3. O aluno deverá apresentar documento complementar em que justifique a escolha do campo de estágio em função da natureza do Curso de Ciências Sociais. b) Da carga horária 1. O número de horas previsto no plano de estágio deverá ser compatível com a grade horária do curso, evitando prejuízo à integralização do mesmo. 2. É vedada atividade de estágio prevista em horário de disciplinas em que o aluno estiver matriculado. 3. Em período letivo, o número máximo de horas de estágio por semana não pode exceder a 20 (vinte) horas. c) Da duração do estágio 1. A solicitação de estágio deverá ser para um período máximo de um ano, podendo ser renovado mediante solicitação e aprovação da COE. ESTAGIO CURRICULAR (prática docente) a) Da inscrição 1. Poderão inscrever-se em estágio alunos regularmente matriculados no Curso de Ciências Sociais - UFPR que tenham sido aprovados em pelo menos 80% (oitenta por cento) das disciplinas obrigatórias do Curso. 2. O aluno deverá apresentar plano de estágio, de acordo com modelos específicos da CGE. 3. O aluno deverá apresentar documento complementar em que justifique a escolha do campo de estágio em função da natureza do Curso de Licenciatura em Ciências Sociais. 4. É vedada a realização de estágios simultâneos. b) Da carga horária 1. O número de horas previsto no plano de estágio deverá ser compatível com a carga horária das disciplinas do curso de Licenciatura em Ciências Sociais. 2. É vedada atividade de estágio prevista em horário de outras disciplinas em que o aluno estiver matriculado. A responsabilidade da organização didática das disciplinas de Estágio cabe aos docentes responsáveis.


58

III - DO ATO DE INSCRIÇÃO

1. O ato de inscrição se dará na Coordenação do Curso de Ciências Sociais, mediante apresentação de documentação completa indicada no item II (a). Caso a COE julgue necessário, poderá solicitar documentação adicional. IV - DA CONCESSÃO DO ESTÁGIO

1. A Coordenação do Curso de Ciências Sociais encaminhará as inscrições para estágio à COE, que fará análise e emitirá parecer. 2. Verificar-se-á as condições dos campos de estágio, conforme a exigência dos Arts. 4º e 5º da Resolução 46/10 - CEPE. 3. É vedado início de Estágio sem o parecer da COE. V - DOS DEVERES DO ALUNO ESTAGIÁRIO

1. Respeitar as disposições expressas na Instrução Normativa Nº 02/93-CEP, Resolução Nº 46/10 - CEPE e as expressas neste Documento. 2. Apresentar relatórios parciais e final, por escrito, nos prazos estabelecidos no plano de estágio. 3. O aluno deverá anexar ao relatório final documento comprobatório de aproveitamento nas disciplinas relacionadas com o estágio, nas quais estava matriculado, no ato de sua inscrição no estágio. VI - DA COMISSÃO ORIENTADORA DE ESTÁGIO (COE):

Compete à COE do Curso de Ciências Sociais: 1. Analisar a documentação apresentada pelo aluno pretendente ao Estágio; 2. Analisar a pertinência da solicitação do estágio frente à natureza do Curso de Ciências Sociais; 3. Compatibilizar as ações dos supervisores do campo de estágio e da UFPR; 4. Emitir e encaminhar os pareceres à Coordenação do Curso de Ciências Sociais; 5. Acompanhar as partes envolvidas no estágio quanto à observância das normas estipuladas. VII - DA SUPERVISÃO DO ESTÁGIO

1. A Supervisão do estágio se dará nas modalidades semidireta e indireta, conforme o art. 8º da Resolução Nº 46/10 - CEPE. 2. O professor orientador deverá apresentar à COE plano de estágio, de acordo com o modelo elaborado pela COE, em que conste a modalidade a ser executada com o respectivo procedimento para sua efetivação e a especificidade das ações pretendidas, conforme art. 8º da Resolução Nº 46/10 - CEPE. 3. O professor orientador deverá apresentar relatório parcial (conforme relatório anual de convênios da PROPLAN) e final (conforme ficha nº 02 da Instrução Normativa Nº 01/92-CEP). VIII - DA AVALIAÇÃO DO ALUNO ESTAGIÁRIO

1. A avaliação será processual devendo ocorrer sistemática e continuamente. 2. Serão agentes avaliadores o supervisor de estágio e o professor orientador do Curso de Ciências Sociais. 3. São procedimentos de avaliação os definidos na Resolução Nº 46/10 - CEPE para cada tipo de supervisão. 4. Compete ao supervisor do campo de estágio e ao professor orientador a elaboração de parecer conclusivo sobre o aproveitamento do aluno estagiário. 5. A avaliação final se dará através de parecer da COE, a qual será homologada pelo Colegiado do Curso de Ciências Sociais. IX - DA INTERRUPÇÃO DO ESTÁGIO

1. Terá seu estágio não reconhecido o aluno que não atender ao expresso neste documento, em qualquer de seus itens.


59

2. O professor orientador de estágio do Curso de Ciências Sociais ou o supervisor do campo de estágio, desde que constatada negligência no desempenho das atividades previstas no plano de estágio, haja falta injustificada, ou outra questão considerada relevante, deve solicitar interrupção de Estágio à COE, através de documento escrito com as devidas justificativas. X - DA ADMINISTRAÇÃO

1. A organização administrativa será responsabilidade do Colegiado do Curso de Ciências Sociais, contando com ações diretivas dos departamentos envolvidos, em nível de setor, e contando com o apoio da Coordenação Geral do Estágios, em nível institucional. As ações que competem à COE do Curso de Ciências Sociais deverão atender as diretrizes elencadas no art. 17 da Resolução Nº 46/10 - CEPE. Considerando o art. 16 da mesma resolução, as atividades dos membros da COE devem constar tanto dos planos departamentais como dos planos individuais dos professores, sem que configure dispensa das atividades regulares de ensino dos Departamentos que compõe o curso de Ciências Sociais, no caso DECISO e DEAN. A COE será composta por professores de ambos os departamentos do Curso de Ciências Sociais, do Departamento de Teoria e Prática de Ensino, responsáveis pelas disciplinas especificas do Curso de Ciências Sociais, com mandato de um ano, e escolhidos pelo Colegiado do Curso de Ciências Sociais.

XI - DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS

1. Os alunos que iniciaram o estágio antes da homologação desta Disposição Geral serão atendidos por disposições transitórias a serem estabelecidas pela COE. XII - DISPOSIÇÕES GERAIS

1. Os casos omissos serão resolvidos pelo Colegiado do Curso de Ciências Sociais. 2. Os estágios curriculares seguem as disposições específicas, e o aluno deve estar matriculado na disciplina como estabelece a Res. 37/97-CEP.

10.2. CARACTERÍSTICAS DAS ATIVIDADES FORMATIVAS COMPLEMENTARES

Para a integralização curricular do Curso de Ciências Sociais, prevê-se ainda

que o aluno cumpra um conjunto de atividades de natureza “acadêmico-científico-

cultural”, assim definidas pelo Parecer CNE/CP 28/2001 e Resolução CNE/CP 2/2002,

bem como pela Resolução CEPE 70/04, e que serão doravante denominadas

Atividades Formativas Complementares (AFC).

Do conjunto de Atividades Formativas Complementares realizadas pelo aluno

ao longo do curso, e comprovadas através de documentos a serem especificados pelo

Colegiado de Curso, serão computados, para fins de integralização, o máximo de 180

horas.

De acordo com a Resolução CEPE 70/04, as atividades formativas visam:

complementar o eixo fundamental do currículo, objetivando sua flexibilização;

enriquecer a formação acadêmico-profissional do aluno; contemplar a articulação entre

ensino, pesquisa e extensão, assegurando seu caráter interdisciplinar. Segundo o

documento podem ser constituídas, “dentre outras aprovadas pelos Colegiados de

Cursos”, as seguintes atividades:

I - disciplinas eletivas;


60

II - estágios não obrigatórios;

III - atividades de monitoria;

IV - atividades de pesquisa;

V - atividades de extensão;

VI - atividades em educação a distância (EAD);

VII - atividades de representação acadêmica;

VIII - atividades culturais;

IX - participação em seminários, jornadas, congressos, eventos, simpósios,

cursos e atividades afins;

X - participação no Programa Especial de Treinamento (PET);

XI - participação em projetos ligados à licenciatura;

XII - participação em Oficinas Didáticas;

XIII - participação em programas de voluntariado;

XIV- participação em programas e projetos institucionais; e

XV – participação em Empresa Júnior reconhecida formalmente como tal pela

UFPR.

Ainda segundo a Resolução, caberá a uma Comissão Permanente de

Acompanhamento de Atividades Formativas – cujos membros deverão ser indicados

pelo Colegiado de Curso com mandato de dois anos – a validação destas atividades,

cujo registro no Histórico Escolar do aluno ficará a cargo do Núcleo de Assuntos

Acadêmicos (NAA). Por fim, o documento estabelece que as AFC´s deverão estar em

consonância com as diretrizes curriculares de cada curso, em função da

especificidade das áreas.

Considerando a especificidade do curso de Ciências Sociais, bem como das

linhas de formação que o integram, o Colegiado de Curso entende que as AFC´s

possam ser definidas a partir de ao menos cinco eixos, a saber: a) Pesquisa (Iniciação

Científica, mediante bolsa ou de forma voluntária; participação no PET; apresentação

de trabalhos em eventos; publicações, presença em bancas de monografia de

graduação e dissertações e teses); b) Extensão (participação em eventos de extensão;

organização de eventos; participação em projetos de extensão; participação e/ou

organização de cursos de extensão); c) Estágio (monitoria, estágio não obrigatório,

estágio voluntário, recebimento de bolsa permanência, bolsa do programa Licenciar;

atividade docente regular ou em cursos pontuais); d) Atividades culturais (produção

áudio-visual, produção artístico-cultural, oferta e/ou matrícula em cursos com emissão

de certificado) e e) Produção de Material Didático (exceto os produzidos nas

disciplinas de “Seminários Integrados”; concebidos a partir da participação no projeto

Licenciar).


61

Visando garantir uma gama diversificada de atuação, serão válidas, para fins

de integralização curricular, atividades que estejam contempladas em ao menos 2

(dois) dos cinco eixos acima.

Segue abaixo (Quadro 11) as diversas modalidades de Atividades Formativas

Complementares, bem como sua carga horária respectiva. Caso o aluno realize

atividades que não constem da relação abaixo, deverá solicitar ao Colegiado um

parecer para validação.

Quadro 11 – Modalidades das Atividades Formativas Complementares

Eixos Atividades Formativas Complementares

Comprovação Necessária Limite Validável

Iniciação Científica (bolsista ou voluntário)

Apresentação de documento comprobatório 120h

Participação no PET Declaração do professor responsável pelo programa

120h

Apresentação de Trabalhos em Eventos Apresentação de documento comprobatório 90h

Publicações (impressas ou on‐line, cujo veículo possua ISSN/ISBN)

Cópia da Publicação 120h

Pesquisa

Presença em bancas de monografia de graduação, dissertações e teses

Certificado, a ser emitido pelas coordenações (Graduação e programas de pós‐graduação)

1h (por evento)

Participação em eventos de extensão Apresentação de documento comprobatório 80h

Participação em projetos de extensão Apresentação de documento comprobatório 80h

Representação Estudantil Apresentação de documento comprobatório 60h

Extensão

Assessoria a movimentos sociais Apresentação de documento comprobatório 60h

Monitoria Declaração do professor responsável pela Disciplina

120h

Estágio não obrigatório Apresentação de documento comprobatório 80h

Recebimento de bolsa permanência Apresentação de documento comprobatório 60h

Recebimento de bolsa do Programa Licenciar Apresentação de documento comprobatório 60h

Estágio

Atividade docente regular ou em cursos pontuais Apresentação de documento comprobatório 80h

Produção áudio‐visual Cópia do material áudio‐visual e/ou exibição pública nas dependências da UFPR

60h

Produção artístico‐cultural Exibição pública nas dependências da UFPR 60h

Atividades culturais

Oferta e/ou matrícula em cursos com emissão de certificado

Apresentação de documento comprobatório 30h

Produção de Material Didático

Elaboração e publicação de material didático, exceto os produzidos nas disciplinas de “Seminários Integrados”, e/ou concebidos via participação no Programa Licenciar

Cópia da Publicação 120h

Projeto Pedagógico do Curso de Bacharelado em Ciências Sociais / UFPR 11. Recursos Materiais e Humanos

62

11. RECURSOS MATERIAIS E HUMANOS DO CURSO DE BACHARELADO EM CIÊNCIAS SOCIAIS

11.1. INFRA‐ESTRUTURA ATUAL – ESPAÇO FÍSICO

O Curso de Bacharelado em Ciências Sociais se constitui a partir da oferta de

disciplinas de dois departamentos principais: o Departamento de Ciências Sociais

(DECISO) e o Departamento de Antropologia (DEAN). Ambos estão situados nas

dependências do Setor de Ciências Humanas, Letras e Artes (SCHLA). Este Setor

ocupa parte do campus da Reitoria da UFPR, e dispõe de um total de 8.760 m2 (sendo

6.960 no D. Pedro I e 1.800 no D. Pedro II).

A) DECISO (Departamento de Ciências Sociais)

Situado à Rua General Carneiro, 460 – Curitiba / PR, Edifício Dom Pedro I

(Campus da Reitoria), o Departamento de Ciências Sociais dispõe, para seu

funcionamento mínimo, de uma área total de aproximadamente 900 m2,

correspondente à metade do 9º e algumas salas do 7º andar. No 9º andar, são 10

gabinetes de professores, com cerca de 15m2 cada, 2 salas de 20m2 cada que

abrigam, respectivamente, o NUSP (Núcleo de Sociologia e Política) e o Núcleo de

Pesquisa em Comunicação Política e Opinião Pública, 5 salas de cerca de 20m2 cada,

de secretarias (Coordenação do Curso, Departamento, Coordenação da Pós-

Graduação em Sociologia, Coordenação da Pós-Graduação em Ciência Política e

Especialização em Sociologia e Política e Comunicação e Política), 1 sala de reuniões

com cerca de 50 m2, 1 sala que abriga o PET de Ciências Sociais, de

aproximadamente 20m2, e 1 sala destinada ao Centro Acadêmico de Ciências Sociais

(CACS), de cerca de 10m2. Possui ainda 2 banheiros, masculino e feminino, de

aproximadamente 20m2, e uma área de circulação de aproximadamente 100 m2. No 7º

andar, o Departamento dispõe de outras 2 salas de cerca de 15m2. Destas, uma

abriga grupos de pesquisa da área de Ciência Política, e a outra abrigará o Laboratório

de Informática, Ensino e Pesquisa do Curso de Ciências Sociais, de uso compartilhado

entre alunos de graduação e de pós-graduação. Há ainda o Centro de Cultura e

Imagem da América Latina (CECIAL), cuja sede está alojada no 2º andar do Edifício

Dom Pedro II, com cerca de 25m2.

Das salas de aula, o DECISO compartilha o Anfiteatro do 9º andar, com cerca

de 150m2, com o Departamento de Letras e Lingüística (DELEM). As demais salas de

aula são compartilhadas com o Setor de Ciências Humanas, Letras e Artes (SCHLA),

no Edifício Dom Pedro II, num total de 8 salas à disposição do curso de Ciências

Sociais.


63

B) DEAN (Departamento de Antropologia)

Situado à Rua General Carneiro, 460, Curitiba / PR, Edifício Dom Pedro I

(Campus da Reitoria), o Departamento de Antropologia dispõe, para seu

funcionamento mínimo, de uma área total de aproximadamente 450 m²,

correspondente à ala de menores dimensões do 6º andar e duas salas no 2º andar do

Edifício Dom Pedro II, destinadas a reuniões e seminários de Núcleos de Pesquisa e

aos alunos do Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social. No 6º andar do

Edifício Dom Pedro I estão localizados 13 gabinetes individuais de professores, com

cerca de 6m² cada, três salas com cerca de 25 m² (uma sala para reuniões, uma sala

compartilhada pelas secretarias do DEAN e PPGAS e uma sala de aulas destinada à

pós-graduação), um banheiro de uso misto e uma área de circulação de

aproximadamente 80 m². Contígua às dependências do DEAN se encontra uma sala

de aulas com cerca de 75m2, cujo uso é compartilhado com outras unidades do

SCHLA. As demais salas de aula utilizadas pelo DEAN são também compartilhadas,

tanto no Edifício Dom Pedro I (Anfiteatro do 9º andar, com cerca de 150 m²) como no

Edifício Dom Pedro II.

O DEAN conta ainda com dois laboratórios de ensino e pesquisa:

a) o Centro de Estudos e Pesquisas Arqueológicas (CEPA),

administrativamente ligado à direção do SCHLA, que ocupa uma área aproximada de

600 m² no 12º andar do Edifício Dom Pedro I. Embora amplas e bem equipadas, as

instalações do CEPA não dispõem de espaço adequado para as atividades de ensino

de graduação previstas na atual proposta de reforma curricular do curso de Ciências

Sociais.

b) o Museu de Arqueologia e Etnologia (MAE), administrativamente ligado à

Pró-Reitoria de Extensão e Cultura, cuja reserva técnica está localizada no Campus

Juvevê, ocupando uma área de cerca de 250m². A despeito de sua importância para o

desenvolvimento de atividades de ensino e pesquisa, as instalações do MAE também

não oferecem condições adequadas para receber alunos de graduação.

11.1.A. CONDIÇÕES DE ACESSO (PORTADORES DE NECESSIDADES ESPECIAIS)

Conforme o Decreto 5296 / 2004, que regulamenta dispositivos anteriores no

que concerne à promoção da acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência ou

com mobilidade reduzida, o conjunto arquitetônico do Campus Reitoria (Edifícios Dom

Pedro I e Dom Pedro II) possui rampas de acesso, elevadores com indicações em

braile, e banheiros reservados a portadores de necessidades especiais.


64

11.2. INFRA‐ESTRUTURA ATUAL – EQUIPAMENTOS

Segue abaixo a relação de equipamentos dos dois departamentos que

compõem o curso de graduação em Ciências Sociais (quadro 12).

Quadro 12 – Infra‐estrutura física atual (Curso e Departamentos)

CURSO DE CIÊNCIAS SOCIAIS

Dependências Equipamentos Quant. Computador 2

Impressora 1

Projetor Multimídia 2

Aparelho FAX 1

Coordenação do Curso de Ciências Sociais (sala compartilhada)

Notebook 1

Computador 4 Programa Ensino Tutorial (PET Ciências Sociais) (1 sala) Impressora 1

DEAN


Impressora 2

Aparelho FAX 1

Secretaria do Departamento e Coordenação Programa Pós‐Graduação em Antropologia (sala compartilhada)

Notebook 2

Computador 3 Sala de reuniões (compartilhada)

Impressora 3

Computador 1

Notebook 3

Núcleos de pesquisa – Núcleo de Estudos Ameríndios (NEA), Núcleo de Antropologia da Política, do Estado e da Economia (NAPER), Núcleo de Estudos de Arte, Ritual e Performance (NUARP) – 1 sala compartilhada Máquina fotográfica filme 5

Computador 2 Sala de alunos do PPGAS

Impressora 1

Sala de aulas do PPGAS Televisor com vídeo VHS 1

Máquina fotográfica digital 3

Gravador 4

Projetor multimídia 1

Notebook 1

Retroprojetor 3

Projetor de slides 2

Equipamentos de uso comum em sala de aula e atividades de pesquisa – DEAN/PPGAS (almoxarifado)

Televisor com vídeo VHS e DVD 1

Computador 8 Gabinetes de professores (13 gabinetes)

Impressoras 3

DECISO


Impressora 2


Aparelho FAX 1

Secretaria do Departamento (sala compartilhada)

Notebook 1

Computador 2

Impressora 1


Aparelho FAX 1

Coordenação Programa Pós‐Graduação em Sociologia (1 sala)

Notebook 1

Computador 1

Impressora 1


Aparelho FAX 1

Coordenação Programa Mestrado em Ciência Política (1 sala)

Notebook 1

Computador 2

Impressora 2


Aparelho FAX 1

Coordenação Cursos de Especialização (Sociologia Política / Comunicação e Política) (1 sala)

Notebook 1

Computador 2

Impressora 1


Aparelho FAX 1

Centro de Cultura e Imagem da América Latina (CECIAL) (1 sala)

Notebook 1


65

Computador 2 Núcleo de Pesquisa em Comunicação Política & Opinião Pública (1 sala) Impressora 2

Computador 12 Gabinetes de professores (10 salas) Impressora 3

11.3. INFRA‐ESTRUTURA NECESSÁRIA – ESPAÇO FÍSICO E EQUIPAMENTOS

O número de salas de aulas existentes tanto no 9º andar como as

compartilhadas pelo Setor de Ciências Humanas, Letras e Artes, é claramente

insuficiente para o funcionamento do curso, sobretudo se quisermos, como esta

proposta de Reforma Curricular aponta, diminuirmos a taxa de evasão do curso e,

eventualmente, expandir a oferta de vagas. Neste caso, embora seja uma

necessidade, a oferta de vagas no período noturno, dentro das atuais condições

físicas existentes e do quadro docente, do qual falaremos a seguir, se mostra inviável.

No tocante aos gabinetes de professores, os atuais de que dispomos atendem

precariamente aos objetivos de garantir plena alocação de todos os professores

existentes, mesmo quando compartilhados, como é o caso presente. Nesse sentido,

os dois departamentos fizeram uma projeção de espaço físico e de equipamentos

necessários para o pleno funcionamento do curso, tal como exposto abaixo (quadro

13):

Quadro 13 – Infra‐Estrutura Necessária

ESPAÇO FÍSICO NECESSÁRIO CURSO DE CIÊNCIAS SOCIAIS

Salas de Aula (60 alunos) 13 (manhã) / 2 (tarde) / 5 (noite) (*)





Sala de Vídeo Conferencia (50 lugares) 1 (manhã) / 1 (tarde) / 1 (noite)

Auditório (300 lugares) 1



Laboratório de informática 1 sala (40 alunos) 40 computadores 40 mesas 40 cadeiras

Salas de estudo 2 salas

Espaço para o Centro Acadêmico de Ciências Sociais 1 sala

Espaço para as atividades do Programa Especial de Treinamento – PET

1 sala

Secretaria do Curso 1 sala independente

Internet Acesso Wireless a todas as dependências do campus da Reitoria

Departamento de Antropologia (DEAN) Laboratórios de Etnografia 2 laboratórios para 20 alunos (com equipamentos de

informática e audiovisuais, mesa grande de trabalho e espaço para armazenamento de material de pesquisa e demais equipamentos necessários)

Laboratório de Arqueologia 1 laboratório para 20 alunos (com bancadas e banquetas, pia, estantes para armazenamento de material conforme requisitos técnicos da área, equipamentos de laboratório – lupas binoculares, paquímetros, material de consumo, etc. –, arquivo)

Laboratórios de informática 2 salas para 15 alunos cada 30 computadores


66

30 mesas 30 cadeiras

Sala de defesa (monografias, dissertações e teses) 1 sala

Salas para projetos de pesquisa e extensão 3 salas

Sala para secretaria do Departamento (separação da pós‐graduação)

1 sala

Gabinetes de professores 200 m2 de área para gabinetes

Departamento de Ciências Sociais (DECISO) Laboratório de Sociologia 01 laboratório para 20 alunos com mesa grande de trabalho e

espaço para armazenamento de material de pesquisa cf. requisitos técnicos da área

Laboratório de Ciências Políticas 01 laboratório para 20 alunos com mesa grande de trabalho e espaço para armazenamento de material de pesquisa cf. requisitos técnicos da área

Laboratórios de informática 5 salas (20 alunos cada) – DECISO (graduação e pós)

Sala de defesa (monografia, dissertações e teses) 1 sala

Salas para projetos de pesquisa e extensão 5 salas

Sala para secretaria do Departamento (separação da Coordenação do Curso de Ciências Sociais)

1 sala

Gabinetes de professores 400 m2 de área para gabinetes

11.4. RECURSOS HUMANOS ATUAIS (CORPO DOCENTE)

O corpo docente responsável pela implementação do curso é extremamente

qualificado, composto em sua quase totalidade por doutores, sendo que alguns

contam ainda com pós-doutorado. Outro ponto de destaque é a virtual integralidade de

professores em Regime de Dedicação Exclusiva (DE / 40 horas), demonstrando o

compromisso com a docência, pesquisa e extensão. Dizemos virtual na medida em

que os atuais professores em regime de 40 horas tendem a obter a Dedicação

Exclusiva em breve. O conjunto de professores de ambos os departamentos (DEAN e

DECISO) que compõe o Curso de Ciências Sociais está apresentado no quadro a

seguir:

Quadro 14 – Corpo Docente

Departamento de Antropologia (DEAN) Linha de formação em Antropologia e Arqueologia

Nome Titulação Classe Cargo atual Reg. Trab. Andréa C. M. de Oliveira Castro Mestrado Assistente I Prof. Assistente I DE / 40 h

Ciméa Barbato Bevilaqua Doutorado Adjunto III Chefia departamento DE / 40 h

Edilene Coffaci de Lima Doutorado Adjunto II Prof. Adjunto II DE / 40 h

Laura Pérez Gil Doutorado Adjunto I Prof. Adjunto I DE / 40 h

Liliana de Mendonça Porto Doutorado Adjunto II Prof. Adjunto II DE / 40 h

Lorenzo Gustavo Macagno Doutorado Adjunto I Coord. Programa Pós‐Graduação DE / 40 h

Luis Claudio Pereira Symanski Doutorado Adjunto I Prof. Adjunto I DE / 40 h

Marcos Silva da Silveira Doutorado Adjunto I Prof. Adjunto I DE / 40 h

Maria Inês Smiljanic Borges Doutorado Adjunto III Prof. Adjunto III DE / 40 h

Miguel Alfredo Carid Naveira Doutorado Adjunto I Prof. Adjunto I DE / 40 h

Paulo Renato Guerios Doutorado Adjunto I Prof. Adjunto I DE / 40 h

Ricardo Cid Fernandes Doutorado Adjunto I Prof. Adjunto I DE / 40 h

Rosângela Digiovanni Doutorado Adjunto III Prof. Adjunto III DE / 40 h

Sandra Jacqueline Stoll Doutorado Adjunto IV Prof. Adjunto IV DE / 40 h

Selma Baptista Doutorado Adjunto IV Prof.Adjunto IV DE / 40 h

Simone Frigo Mestrado Substituta Prof. Substituta 20 h

Departamento de Ciências Sociais (DECISO) Linha de formação em Sociologia

Alexandro Dantas Trindade Doutorado Adjunto I Coordenador do Curso DE / 40 h

Alfio Brandenburg Doutorado Associado II Prof. Adjunto II DE / 40 h


67

Ana Luisa Fayet Sallas Doutorado Associado I Prof.Adjunto I DE / 40 h

Ângelo José da Silva Doutorado Adjunto IV Prof. Adjunto IV DE / 40 h

Benilde Maria Lenzi Motin Doutorado Associado I Prof. Associado I DE / 40 h

Dimas Floriani Doutorado Titular Prof. Titular DE / 40 h

José Miguel Rasia Doutorado Titular Coord. Programa Pós‐Graduação DE / 40 h

José Luiz Fernandes C. Filho Doutorado Adjunto I Prof. Adjunto I DE / 40 h

Marcio S. Batista S. Oliveira Doutorado Associado III Prof. Associado III DE / 40 h

Maria Tarcisa Silva Bega Doutorado Adjunto III Diretora Setor C. Humanas, Letras e Artes (SCHLA / UFPR)

DE / 40 h

Marlene Tamanini Doutorado Adjunto II Prof. Adjunto II DE / 40 h

Meryl Adelman Doutorado Adjunto III Prof. Adjunto III DE / 40 h

Osvaldo Heller da Silva Doutorado Adjunto IV Prof. Adjunto IV DE / 40 h

Pedro Rodolfo Bodê de Moraes Doutorado Adjunto II Prof. Adjunto II DE / 40 h

Ricardo Costa de Oliveira Doutorado Adjunto IV Chefia Departamento DE / 40 h

Simone Meucci Doutorado Adjunto I Prof. Adjunto I DE / 40 h

Joaquim Jorge Monteiro Morais Mestrado Substituto Prof. Substituto 20 h

Departamento de Ciências Sociais (DECISO) Linha de formação em Ciência Política

Adriano Nervo Codato Doutorado Adjunto I Prof. Adjunto I DE / 40 h

Alexsandro Eugênio Pereira Doutorado Adjunto I Prof. Adjunto I DE / 40 h

Emerson Urizzi Cervi Doutorado Adjunto I Prof. Adjunto I 40 h

Luciana Fernandes Veiga Doutorado Adjunto I Prof. Adjunto I DE / 40 h

Nelson Rosário de Souza Doutorado Adjunto IV Prof. Adjunto IV DE / 40 h

Paulo Roberto Neves Costa Doutorado Adjunto III Prof. Adjunto III DE / 40 h

Renato Monseff Perissinotto Doutorado Adjunto IV Coord. Programa Pós‐Graduação DE / 40 h

Sergio Soares Braga Doutorado Adjunto I Prof. Adjunto I DE / 40 h

11.5. RECURSOS HUMANOS NECESSÁRIOS (CORPO DOCENTE)

Segundo avaliação da Comissão de Reforma Curricular – posteriormente

referendada em reuniões departamentais e de colegiado de curso –, para o pleno

funcionamento do curso de graduação em Ciências Sociais com a grade proposta, o

corpo docente efetivo deveria ser composto por um total de 56 professores, frente aos

atuais 38. Ou seja, estima-se que a contratação de 18 professores, ao longo dos

próximos anos, possa contemplar as necessidades de expansão do curso, sobretudo

em virtude da incorporação da arqueologia à formação obrigatória dos alunos (no caso

da linha de formação em Antropologia e Arqueologia), da necessidade de estabelecer

uma equidade na linha de formação em Ciência Política (atualmente bastante

defasada em relação às demais áreas), e da consolidação da área de Sociologia.

Para chegar a este número, o cálculo baseou-se na divisão da carga horária,

necessária para o cumprimento das disciplinas obrigatórias e optativas das linhas de

formação do curso, pelo corpo docente efetivo. Assim, tomou-se como base a carga

horária individual de 8 horas semanais, em média, para cada professor. Não se trata

de admitir o mínimo exigido, mas de considerar o fato de que alguns docentes, por

conta de atividades administrativas, licenças e afastamentos para pós-doutorado no

exterior, estarão efetivamente com carga horária reduzida, enquanto outros terão um

aumento expressivo dela, extrapolando as 8 horas.


68

Considerando que cada professor, de ambos os departamentos, dedica metade

de sua carga horária para ministrar aulas na graduação em Ciências Sociais, e outra

metade divididas entre disciplinas externas, isto é, em outros cursos de Graduação,

(no caso, Administração, Psicologia, Comunicação Social, Nutrição, História, Terapia

Ocupacional, Economia, Zootecnia, Agronomia, Engenharia Química, Engenharia

Elétrica, Engenharia Mecânica, Ciências Contábeis, Arquitetura), e nos três programas

de Pós-Graduação atualmente existentes (Programa de Pós Graduação em

Antropologia Social; Programa de Pós-Graduação em Sociologia e Programa de

Mestrado em Ciência Política), teremos uma média de 4 horas semanais por professor

dos departamentos para a dedicação à graduação no curso de Ciências Sociais.

Considerando que cada turma tenha 20 horas semanais de aulas, e que nos

semestres pares (2º, 4º, 6º e 8º), haverá duas turmas no 2º e três turmas nos demais

semestres, totalizaremos 11 turmas e 220 horas semanais de aulas no curso, as

quais, divididas por 4 horas semanais por professor, alcança uma demanda

aproximada de 56 professores.

Considerando que no novo currículo as atividades estão divididas em terços

iguais entre as três linhas de formação, temos uma demanda de aproximadamente

18 professores, por área / linha de formação. No entanto, é preciso ponderar a

distribuição desigual de professores nas atuais áreas de concentração (15 professores

atuais na área de antropologia; 15 na área de sociologia e 8 na área de ciência

política), importando, portanto, na necessidade de contratação de mais 3 docentes

para a linha de formação em sociologia, 5 docentes para a linha de formação em

antropologia e arqueologia, e 10 docentes para a linha de formação em ciência

política. Na ausência destas contratações, o curso de graduação em Ciências Sociais

ver-se-á em condições precárias de funcionamento. Será preciso, todavia, estabelecer

um cronograma para a contratação das 18 vagas a mais ao longo dos quatro anos e

meio de implementação da nova grade curricular.

Com um corpo docente composto de 56 professores, mediante uma entrada de

80 alunos por ano, chegaremos a uma média de 6,66 alunos por professor. No

entanto, para isso está sendo destinada apenas a metade da carga horária, por

professor, em sala. Se considerarmos que a outra metade (disciplinas externas e

programas de pós-graduação) apresentará a mesma média de alunos, dobramos para

13,12 alunos por professor, nas atuais condições de curso em um único turno.

Projeto Pedagógico do Curso de Bacharelado em Ciências Sociais / UFPR 12. Formas de Avaliação

69

12. FORMAS DE AVALIAÇÃO DO PROCESSO DE ENSINO‐APRENDIZAGEM (PRINCÍPIOS GERAIS)

Entende-se que a avaliação seja um processo em que o professor priorize o

desenvolvimento do aluno quanto ao domínio teórico, temático e metodológico da

disciplina. Nesse sentido, ela focará as transformações e o desenvolvimento na

abordagem e análise feitos pelo aluno, de modo a transcender o aspecto meramente

quantitativo, ou a simples aferição do acúmulo de informações.

A avaliação pretende valorizar as modificações na abordagem e reflexão do

aluno, empreendendo avaliações que permitam perceber em que medida o

conhecimento proposto pela disciplina resultou na transformação de percepção,

análise e compreensão do aluno, tanto sobre os conteúdos curriculares da disciplina,

quanto à própria realidade social.

A avaliação prioriza ainda as relações e sínteses feitos pelo aluno, levando-se

em conta seu grau de domínio de temas, objetos e aspectos teórico-metodológicos

abordados em sala de aula e em atividades práticas (tais como pesquisa de campo,

entrevistas, pesquisas em bibliotecas, arquivos, museus, visitas monitoradas, etc.).

Espera-se do aluno a capacidade de relacionar os conhecimentos adquiridos

no conjunto das disciplinas cursadas antes e no momento em que ocorre a avaliação,

daí sua formulação em termos de um processo contínuo, diversificado e distribuído ao

longo de todo o semestre.

Além de avaliações formais, como provas e trabalhos finais, prevê-se o

desenvolvimento de exercícios tais como fichamentos, resenhas, seminários,

participação e discussão em sala de aula, produção de textos-síntese das unidades

programáticas realizadas ao longo do semestre letivo.

Na medida do possível, e conforme a disponibilidade do corpo docente, prevê-

se a realização de grupos de estudos focados em temas, perspectivas teóricas e

epistemológicas, objetos, etc., que possam enriquecer o debate e contribuir para uma

formação que estimule a crítica e reflexão constantes. A finalidade de tais atividades

está em permitir ao aluno formas de domínio de conhecimento e de expressão que

possam ser úteis em seminários expositivos, aprimorando práticas docentes,

independentemente de o aluno estar matriculado ou não no curso de Licenciatura em

Ciências Sociais.

De forma geral, prevê-se que tais exercícios desempenham uma dupla função:

de um lado, possibilitam ao aluno a construção, individual e coletiva de uma visão e

avaliação das questões suscitadas pela disciplina; por outro, permitem ao professor

acompanhar o desenvolvimento do aluno. Nesse sentido, espera-se que o processo

Projeto Pedagógico do Curso de Bacharelado em Ciências Sociais / UFPR 12. Formas de Avaliação

70

de avaliação constitua uma discussão contínua e conjunta de exercícios realizados

durante a disciplina, transformando-a num ato compartilhado entre alunos e professor,

retirando-lhe o caráter arbitrário na medida em que dá ao aluno o acesso à

compreensão dos parâmetros de avaliação do professor.

Pensando o aluno como agente do seu próprio aprendizado, as avaliações

devem considerar a postura do aluno diante da disciplina, o que se traduz em seu

interesse pela disciplina como um todo, em uma participação informada e crítica nas

discussões em sala e exercícios, bem como na busca de informações para além do

conteúdo programático.

Reitera-se, finalmente, a necessidade de que a avaliação final sobre um aluno

expresse seu desenvolvimento ao longo da disciplina, ou seja, que o professor tenha e

valorize uma visão global do desenvolvimento do aluno, do seu desenvolvimento

dentro do esperado e dos objetivos da disciplina. Deve-se, portanto, evitar, como

sugerido nos itens anteriores, avaliações únicas, visto serem ineficazes quanto o

objetivo é conhecer o aprendizado realizado pelo aluno, seu percurso em relação às

temáticas e questões próprias de cada disciplina.

Projeto Pedagógico do Curso de Bacharelado em Ciências Sociais / UFPR 13. Proposta de Avaliação do Currículo

71

13. PROPOSTA DE ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO DO CURRÍCULO

O Projeto Pedagógico do Curso deverá ser avaliado de forma contínua e

sistemática. Espera-se com isso que se possa realizar os ajustes, sempre esperáveis

e necessários. Para tal se faz necessário constituir uma comissão permanente de

implementação, acompanhamento e avaliação do Projeto Político Pedagógico, o que

estará em consonância com os propósitos mais amplos da avaliação institucional. O

curso deverá, assim, elaborar o seu instrumento de avaliação, assim como o

documento de registro e divulgação dos resultados obtidos. A Comissão de

Implementação, Acompanhamento e Avaliação do PPC será composta por

representantes docentes e discentes. Em relação à representação docente, será

integrada pelo coordenador do curso de Ciências Sociais, pelas chefias dos dois

departamentos do curso (DEAN e DECISO), e por mais três professores e seus

respectivos suplentes, na razão de um representante por linha de formação, num total

de 6 professores efetivos e 3 suplentes. Em relação à representação discente, será

composta de 3 alunos e seus respectivos suplentes, na razão de 1 aluno

representante de cada linha de formação.

A Comissão de Implementação, Acompanhamento e Avaliação do Curso de

Ciências Sociais será instituída em reunião de Colegiado do Curso convocada

exclusivamente para tal finalidade, respeitando as delegações tiradas previamente em

reuniões departamentais e assembléia estudantil, a partir de ampla divulgação e

mobilização da comunidade acadêmica.

A avaliação será semestral, ao final de cada período letivo, e seus resultados

serão apresentados em relatório e discutidos nas reuniões departamentais, em

colegiado de curso e em assembléias estudantis.

Projeto Pedagógico do Curso de Bacharelado em Ciências Sociais / UFPR 14. Plano de Adaptação Curricular

72

14. PLANO DE ADAPTAÇÃO CURRICULAR

PLANO DE ADAPTAÇÃO CURRICULAR Bacharelado em Ciências Sociais – válido para todas as linhas de formação

Cód. Resolução CEPE 67/02 C.H. Cód. Resolução CEPE nº /2009 C.H.

Disciplinas Obrigatórias (núcleo comum) HS081 Antropologia I: Introdução à Antropologia 60 HS099 Antropologia e Dinâmicas da Cultura 60 Sem equivalência HS100 Antropologia e Arqueologia 60

Sem equivalência HS101 Antropologia e Práticas Etnográficas 60 HC308 Sociologia II: Teoria Sociológica II 60 HC635 Sociologia e Modernidade – Paradigma Marxista 60

HC309 Sociologia III: Teoria Sociológica III 60 HC636 Sociologia e Modernidade – Paradigma Weberiano 60

HC307 Sociologia I: Introdução à Sociologia 60 HC314 Sociologia e Modernidade – Paradigma Durkheimiano 60

HC191 Política I: Introdução à Teoria Política 60 HC315 Introdução à Política 60

HC192 Política II: Fundamentos da Teoria Política Contemporânea

60 HC316 Fundamentos da Teoria Política 60

HC193 Política III: Teoria Política Contemporânea 60 HC317 Política Brasileira 60 Sem equivalência HCS004 Pensamento Social Brasileiro 60 Sem equivalência HCS005 Laboratório de Ensino e Pesquisa em C. Sociais 60 HH208 História Contemporânea IV 60 HH208 História Contemporânea IV 60 Sem equivalência HH068 Historiografia Brasileira 60 SE056 História do Pensamento Econômico 60 SE056 História do Pensamento Econômico

CE002 Estatística I 60 CE003 Estatística II 60 Disciplinas Obrigatórias da Formação Profissional Específica – Linha de Formação em Antropologia e Arqueologia

HS082 Antropologia II: Teorias Antropológicas I 60 HS105 Antropologia Social Britânica: perspectivas clássicas e contemporâneas

60

HS046 Antropologia IV: Teorias Antropológicas III 60 HS104 Antropologia Cultural Norte‐Americana: perspectivas clássicas e contemporâneas

60

Sem equivalência HS106 Arqueologia I: pré‐história geral 60 HS045 Antropologia III: Teorias Antropológicas II 60 HS103 Antropologia na França: perspectivas clássicas e

contemporâneas 60

Sem equivalência HS107 Arqueologia II: pré‐história brasileira 60

HS076 Métodos e Técnicas de Pesquisa em Antropologia

60 HS108 Métodos de Pesquisa em Antropologia I 60

HS047 Antropologia V: Antropologia Brasileira 60 HS109

Outras Antropologias: Diferentes Contextos 60

HS097 Técnicas de Pesquisa em Antropologia 60 HS102 Laboratório Etnográfico I 60 Sem equivalência HS110 Métodos de Pesquisa em Antropologia II 60

Sem equivalência HS111 Laboratório Etnográfico II 60

Sem equivalência HS112 TCC em Antropologia e Arqueologia I 120 Sem equivalência HS113 TCC em Antropologia e Arqueologia II 120

HS079 Estágio Supervisionado em Antropologia 60 Sem equivalência

HS080 Orientação Monográfica – Antropologia 60 Sem equivalência

Disciplinas Obrigatórias da Formação Profissional Específica – Linha de Formação em Sociologia

HC268 Sociologia Brasileira 60 HC318 Sociologia e Modernidade no Brasil 60

Sem equivalência HC319 Políticas públicas e Controle Social 60

Sem equivalência HC320 Corpo, Sexualidade e Saúde 60

Sem equivalência HC321 Cultura, Comunicação e Sociedade 60

Sem equivalência HC322 Métodos e Técnicas de Pesquisa em Sociologia I 120

Sem equivalência HC323 Métodos e Técnicas de Pesquisa em Sociologia II 120

HC196 Sociologia IV: Teorias Sociológicas Contemporâneas I

60 HC324 Atores, identidades e sujeitos nas sociedades contemporâneas

60

Sem equivalência HC325 Trabalho e Desigualdade Social 60

Sem equivalência HC326 Sociedade, Espaço e Natureza 60

Sem equivalência HC327 TCC em Sociologia I 120

Sem equivalência HC328 TCC em Sociologia II 120

HC197 Sociologia V: Teoria Sociológica Contemporânea

60 Sem equivalência

HC107 Métodos e Técnicas de Pesquisa em Sociologia


HC198 Estágio Supervisionado em Sociologia ou 60 Sem equivalência

HC200 Orientação Monográfica – Sociologia 60 Sem equivalência

Disciplinas Obrigatórias da Formação Profissional Específica – Linha de Formação em Ciência Política

HC303 Relações Internacionais 60 HC329 Relações Internacionais 60

Sem equivalência HC330 Métodos Quantitativos em Ciência Política 90

HC194 Política IV: Instituições Políticas 60 HC331 Instituições Políticas 60


73

Sem equivalência HC332 Métodos Qualitativos em Ciência Política 90

HC195 Política V: Comportamento Político 60 HC333 Comportamento e Cultura Política 60 Sem equivalência HC334 Métodos de Pesquisa Cientifica em Ciência Política 90

Sem equivalência HC335 Análise de Conjuntura 60

Sem equivalência HC336 Seminários de Pesquisa 90

Sem equivalência HC337 TCC em Ciência Política 120

Disciplinas Optativas – Linha de Formação em Antropologia e Arqueologia

Código Disciplina C.H. Código Disciplina C.H.HS039 Antropologia da Família 60 HS114 Antropologia da Família 60 Sem equivalência HS115 Antropologia e Gênero 60 Sem equivalência HS116 Antropologia e Sexualidade 60 HS040 Antropologia do Corpo e da Saúde 60 HS117 Antropologia da Saúde 60 HS093 Indivíduo, Cultura e Sociedade 60 HS118 Pessoa e Corporalidade 60 Sem equivalência HS119 Antropologia das Emoções 60 Sem equivalência HS120 Antropologia e Memória 60 HS048 Antropologia Urbana 60 HS121 Antropologia Urbana 60 HS052 Antropologia Rural 60 HS122 Antropologia Rural 60 Sem equivalência HS123 Antropologia e Mundo Rural Brasileiro 60 HS050 Rituais e Simbolismo 60 HS124 Rituais e Simbolismo 60 HS059 Antropologia da Religião 60 HS125 Antropologia da Religião 60 Sem equivalência HS126 Religião, Magia e Ciência 60 Sem equivalência HS127 Cultura Popular 60 Sem equivalência HS128 Estudos sobre Folclore e Cultura Popular no Brasil 60 Sem equivalência HS129 Estudos sobre Religião e Magia no Brasil 60 HS051 Antropologia e História 60 HS130 Antropologia e História 60 HS061 Antropologia e Literatura 60 HS131 Antropologia e Literatura 60 HS086 Antropologia e Economia 60 HS132 Antropologia e Economia 60 HS088 Antropologia da Política 60 HS133 Antropologia da Política 60 Sem equivalência HS134 Antropologia do Estado 60 HS089 Antropologia Jurídica 60 HS135 Antropologia do Direito 60 Sem equivalência HS136 Antropologia do Trabalho 60 HS055 Organização Social e Parentesco 60 HS137 Organização Social e Parentesco 60 HS056 Etnologia Indígena 60 HS138 Etnologia Indígena 60 Sem equivalência HS139 Sociocosmologias indígenas 60 Sem equivalência HS140 Estudos Antropológicos em Xamanismo 60 HS058 Antropologia e Meio Ambiente 60 HS141 Antropologia e Meio Ambiente 60 HS057 Antropologia das Minorias 60 HS142 Antropologia das Minorias 60 HS084 Antropologia das Sociedades Complexas 60 HS143 Dinâmicas Culturais em Sociedades Complexas 60 HS092 Estudos Afro‐Brasileiros 60 HS144 Estudos Afro‐Brasileiros 60 HS095 Simbolismo e Cultura 60 HS145 Antropologia Simbólica 60 Sem equivalência HS146 Antropologia da Arte 60 Sem equivalência HS147 Antropologia dos Objetos 60 Sem equivalência HS148 Antropologia das Formas Expressivas 60 HS087 Antropologia e Patrimônio 60 HS149 Antropologia e Patrimônio 60 Sem equivalência HS150 Antropologia Visual 60 Sem equivalência HS151 Práticas de Imagem em Antropologia – Fotografia 60 Sem equivalência HS152 Práticas de Imagem em Antropologia – Vídeo e Cinema 60 HS090 Antropologia Social 60 HS153 Estudos em Antropologia Social Britânica 60 Sem equivalência HS154 Estudos em Antropologia Cultural Norte‐Americana 60 Sem equivalência HS155 Estudos em Antropologia na França 60 Sem equivalência HS156 Antropologia Latino‐Americana 60 HS085 Arqueologia do Paraná 60 HS157 Arqueologia no Paraná 60 Sem equivalência HS158 Teorias da Arqueologia: tempo, transformação e

reprodução 60

Sem equivalência HS159 Arqueologia Histórica 60 Sem equivalência HS160 Metodologia da Pesquisa Arqueológica 60 Sem equivalência HS161 Paisagem, Temporalidade e Cultura Material 60 Sem equivalência HS162 Prática de Laboratório em Arqueologia 60 Sem equivalência HS163 Prática de Campo em Arqueologia 60 Sem equivalência HS164 Análise de Material Lítico 60 Sem equivalência HS165 Análise de Material Cerâmico 60 Sem equivalência HS166 Análise de Material Histórico 60 Sem equivalência HS167 Leituras Etnográficas I 60 Sem equivalência HS168 Leituras Etnográficas II 60 HS094 Pensamento Social Brasileiro 60 HS169 Tópicos Especiais sobre Pensamento Social Brasileiro 60 Sem equivalência HS170 Tópicos Especiais em Cultura Imaterial 60 HS042 Tópicos Especiais em Museologia 60 HS171 Tópicos Especiais em Museologia 60


74

HS063 Tópicos Especiais em Antropologia I 60 HS063 Tópicos Especiais em Antropologia I 60 Sem equivalência HS064 Tópicos Especiais em Antropologia II 60 Sem equivalência HS065 Tópicos Especiais em Antropologia III 60 HS064 Tópicos Especiais em Antropologia II 60 HS066 Tópicos Especiais em Antropologia IV 60 HS065 Tópicos Especiais em Antropologia III 60 HS067 Tópicos Especiais em Antropologia V 60 HS066 Tópicos Especiais em Antropologia IV 60 HS068 Tópicos Especiais em Antropologia VI 60 HS067 Tópicos Especiais em Antropologia V 60 HS069 Tópicos Especiais em Antropologia VII 60 HS068 Tópicos Especiais em Antropologia VI 60 HS070 Tópicos Especiais em Antropologia VIII 60 HS070 Tópicos Especiais em Antropologia VIII 60 HS071 Tópicos Especiais em Antropologia IX 60 HS071 Tópicos Especiais em Antropologia IX 60 HS072 Tópicos Especiais em Antropologia X 60 HS072 Tópicos Especiais em Antropologia X 60 HS083 Tópicos Especiais em Antropologia XI 60 HS083 Tópicos Especiais em Antropologia XI 60 HS172 Tópicos Especiais em Antropologia XII 60 Sem equivalência HS096 Tópicos Especiais em Antropologia XIII 60

Sem equivalência HS173 Tópicos Especiais em Antropologia XIV 60 Sem equivalência HS174 Tópicos Especiais em Antropologia XV 60 Sem equivalência HS175 Tópicos Especiais em Arqueologia I 60 HS041 Tópicos Especiais em Arqueologia 60 HS176 Tópicos Especiais em Arqueologia II 60 Sem equivalência HS177 Tópicos Especiais em Arqueologia III 60 HS091 Antropologias Periféricas 60 Sem equivalência

Disciplinas Optativas – Linha de Formação em Sociologia

Código Disciplina C.H. Código Disciplina C.H.HC131 Sociologia Latino Americana Contemporânea I 60 HC338 Sociologia e Modernidade na América Latina: Questões

contemporâneas I 60

HC132 Sociologia Latino Americana Contemporânea II

60 HC339 Sociologia e Modernidade na América Latina: Questões contemporâneas II

60

Sem equivalência HC340 Sociedade, Instituições e Poder no Paraná I 60

Sem equivalência HC341 Sociedade, Instituições e Poder no Paraná II 60

Sem equivalência HC342 Interpretações do Brasil 60

Sem equivalência HC343 Ensino da Sociologia no Brasil 60

Sem equivalência HC344 Sociologia e Controle Social 60

HC259 Estudos Sociológicos de Políticas Públicas 60 HC345 Estudos sociológicos de políticas públicas 60

HC274 Sociologia da Violência 60 HC346 Sociologia da violência 60

Sem equivalência HC347 Sociologia da Juventude 60

Sem equivalência HC348 Sociologia dos Direitos Humanos 60

Sem equivalência HC349 Políticas Públicas e Instituições Culturais 60

HC271 Sociologia da Família 60 HC350 Sociologia da família 60

HC273 Sociologia da Sexualidade 60 HC351 Sociologia da sexualidade 60

Sem equivalência HC352 Sociologia das Práticas Corporais e Esportivas 60

HC272 Sociologia da Medicina e da Saúde 60 HC353 Sociologia da saúde 60

HC272 Sociologia da Medicina e da Saúde 60 HC354 Sociologia da medicina 60

HC120 Sociologia da Cultura 60 HC355 Sociologia da cultura 60

Sem equivalência HC356 Sociologia da Imagem 60

Sem equivalência HC357 Sociologia da Fotografia 60

HC251 Sociologia da Comunicação 60 HC358 Sociologia da comunicação 60

HC277 Sociologia e imaginário 60 HC359 Sociologia e Imaginário 60

Sem equivalência HC360 Sociologia da Música 60

HC255 Sociologia da Arte 60 HC361 Sociologia da arte 60

Sem equivalência HC362 Sociologia do Esporte 60

HC306 Educação e Sociedade 60 HC363 Sociologia da educação 60

HC257 Sociologia rural 60 HC364 Sociologia rural 60

HC133 Sociologia Urbana 60 HC365 Sociologia urbana I 60

Sem equivalência HC366 Sociologia Urbana II 60

HC253 Sociologia e Ecologia 60 HC367 Meio ambiente e sociedade 60

HC252 Sociologia do Trabalho 60 HC368 Sociologia do trabalho 60

HC115 Sindicalismo e Movimento Operário 60 HC369 Organização de trabalhadores e sindicalismo 60

Sem equivalência HC370 Sociologia da Imigração 60

HC124 Sociologia Demográfica 60 HC371 Sociologia demográfica 60

Sem equivalência HC372 Feminismo, Teoria queer e pós‐colonialidade 60

HC114 Movimento Sociais 60 HC373 Movimentos sociais e novos atores 60

Sem equivalência HC374 Questão étnico‐racial e estratificação social no Brasil 60

HC265 Relações de Gênero 60 HC375 Sociologia das Relações de Gênero 60

HC106 Epistemologia das Ciências Sociais 60 HC376 Epistemologia e Teoria Social 60

Sem equivalência HC377 Sociologia Histórica 60

HC254 Sociologia e Representação 60 HC378 Sociologia e Representações Sociais 60

HC125 Sociologia do Conhecimento 60 HC379 Sociologia do Conhecimento 60

HC260 Métodos e Técnicas de Pesquisa em Sociologia II

60 HC380 Métodos quantitativos em Sociologia 60

HC261 Métodos e Técnicas de Pesquisa em 60 HC381 Métodos qualitativos em Sociologia 60


75

Sociologia III

Sem equivalência HC382 A Sociologia Sistêmica 60

Sem equivalência HC383 O Interacionismo Simbólico 60

Sem equivalência HC140 Tópicos Especiais em Sociologia I 60

Sem equivalência HC141 Tópicos Especiais em Sociologia II 60

Sem equivalência HC142 Tópicos Especiais em Sociologia III 60

Sem equivalência HC143 Tópicos Especiais em Sociologia IV 60

Sem equivalência HC144 Tópicos Especiais em Sociologia V 60

Sem equivalência HC145 Tópicos Especiais em Sociologia VI 60

Sem equivalência HC146 Tópicos Especiais em Sociologia VII 60

Sem equivalência HC147 Tópicos Especiais em Sociologia VIII 60

Sem equivalência HC148 Tópicos Especiais em Sociologia IX 60

Sem equivalência HC149 Tópicos Especiais em Sociologia X 60

Sem equivalência HC258 Tópicos Especiais em Sociologia XI 60

Sem equivalência HC384 Tópicos Especiais em Sociologia XII 60

Sem equivalência HC385 Tópicos Especiais em Sociologia XIII 60

Sem equivalência HC386 Tópicos Especiais em Sociologia XIV 60

Sem equivalência HC387 Tópicos Especiais em Sociologia XV 60

Sem equivalência HC388 Tópicos Especiais em Sociologia XVI 60

Sem equivalência HC389 Tópicos Especiais em Sociologia XVII 60

Sem equivalência HC390 Tópicos Especiais em Sociologia XVIII 60

Sem equivalência HC391 Tópicos Especiais em Sociologia XIX 60

HC140 Tópicos Especiais em Sociologia I 60 Sem equivalência

HC141 Tópicos Especiais em Sociologia II 60 Sem equivalência

HC142 Tópicos Especiais em Sociologia III 60 Sem equivalência

HC143 Tópicos Especiais em Sociologia IV 60 Sem equivalência

HC144 Tópicos Especiais em Sociologia V 60 Sem equivalência

HC145 Tópicos Especiais em Sociologia VI 60 Sem equivalência

HC146 Tópicos Especiais em Sociologia VII 60 Sem equivalência

HC147 Tópicos Especiais em Sociologia VIII 60 Sem equivalência

HC148 Tópicos Especiais em Sociologia IX 60 Sem equivalência

HC149 Tópicos Especiais em Sociologia X 60 Sem equivalência

HC256 Sociologia da Religião 60 Sem equivalência

HC258 Tópicos Especiais em Sociologia XI 60 Sem equivalência

HC262 Mídia e Violência 60 Sem equivalência

HC263 Oficina de Estudo e Pesquisa em Sociologia I 60 Sem equivalência

HC264 Oficina de Estudo e Pesquisa em Sociologia II 60 Sem equivalência

HC266 Seminários de Pesquisa em Sociologia I 60 Sem equivalência

HC267 Seminários de Pesquisa em Sociologia II 60 Sem equivalência

HC269 Sociologia da Burocracia e das Organizações 60 Sem equivalência

HC275 Sociologia do Consumo 60 Sem equivalência

HC276 Sociologia do Desenvolvimento 60 Sem equivalência

HC278 Sociologia e Literatura 60 Sem equivalência

HC279 Teoria Sociológica Contemporânea III 60 Sem equivalência

HC280 Teoria Sociológica Contemporânea IV 60 Sem equivalência

HC305 Sociologia e Psicanálise 60 Sem equivalência

HC134 Teoria Crítica da Sociedade 60 Sem equivalência

HC138 Sociologia do Planejamento 60 Sem equivalência

HC253 Sociologia e Ecologia 60 Sem equivalência

HC270 Sociologia da Ciência e do Conhecimento 60 Sem equivalência

Disciplinas Optativas – Linha de Formação em Ciência Política

Código Disciplina C.H. Código Disciplina C.H.HC295 Estado e Classes Sociais no Capitalismo

Contemporâneo 60 HC392 Estado e Classes Sociais no Capitalismo Contemporâneo 60

HC153 Estado no Capitalismo Contemporâneo 60 HC393 Estado e Economia no Capitalismo Contemporâneo 60 HC167 Regimes políticos Contemporâneos 60 HC394 Regimes Políticos Contemporâneos 60 HC154 Estado na América Latina 60 HC395 Estado e Mercado na América Latina 60 HC160 Política e Região 60 HC396 Analise de Política Regional 60 Sem equivalência HC397 Distribuição Espacial do Voto 60

Sem equivalência HC398 Análises sobre Opinião Pública 60

Sem equivalência HC399 Ciências Sociais, História e Comparação 60

Sem equivalência HC600 Estado e Direito no Capitalismo 60

Sem equivalência HC601 Formação do Estado Burguês 60

HC156 Instituições Políticas Brasileiras 60 HC602 Instituições Políticas Brasileiras 60 HC159 Pensamento Político Liberal 60 HC603 Teoria Política Liberal 60 HC161 Política Brasileira I 60 HC604 Política Brasileira I 60 HC162 Política Brasileira II 60 HC605 Política Brasileira II 60


76

HC163 Política Brasileira III 60 HC606 Política Brasileira III 60 HC164 Política Brasileira IV 60 HC607 Política Brasileira IV 60 HC299 Política Brasileira V 60 HC609 Política Brasileira V 60

HC165 Política Internacional 60 HC610 Política Internacional 60 Sem equivalência HC611 Teoria das Relações Internacionais 60 Sem equivalência HC612 Política Externa Brasileira 60 Sem equivalência HC613 Integração Regional 60 HC298 Organizações Internacionais 60 HC614 Organizações Internacionais 60

HC166 Políticas Governamentais Comparadas 60 HC615 Políticas Governamentais Comparadas 60 Sem equivalência HC616 Política Comparada 60 HC157 Pensamento Político Brasileiro 60 HC617 Ideologias Políticas Brasileiras 60 Sem equivalência HC618 Teoria Política Contemporânea 60 HC304 Teoria Contemporânea da Democracia 60 HC619 Teoria Contemporânea da Democracia 60

HC168 Teoria da Ideologia 60 HC620 Teoria da Ideologia 60 HC169 Teoria da Organização Sindical 60 HC621 Teoria da Organização Sindical 60 HC170 Teoria das Elites 60 HC622 Teoria das Elites e da Classe Política 60 Sem equivalência HC623 Teoria Política Marxista 60 Sem equivalência HC624 Teoria Sistêmica da Política 60 Sem equivalência HC625 Teoria da Escolha Racional 60 Sem equivalência HC626 Realidade Sócio‐Econômica e Política 60 Sem equivalência HC627 Análise dos Processos Decisórios I 60 Sem equivalência HC628 Análise dos Processos Decisórios II 60 Sem equivalência HC629 Representação Política e Novas Tecnologias I 60 Sem equivalência HC630 Representação Política e Novas Tecnologias II 60 Sem equivalência HC631 Mídia e Democracia 60 Sem equivalência HC637 Política de Comunicação e das Tecnologias de

Informação 60

HC172 Tópicos Especiais e Ciência Política I 60 HC172 Tópicos Especiais e Ciência Política I 60 HC173 Tópicos Especiais e Ciência Política II 60 HC173 Tópicos Especiais e Ciência Política II 60 HC174 Tópicos Especiais e Ciência Política III 60 HC174 Tópicos Especiais e Ciência Política III 60 HC175 Tópicos Especiais e Ciência Política IV 60 HC175 Tópicos Especiais e Ciência Política IV 60 HC176 Tópicos Especiais e Ciência Política V 60 HC176 Tópicos Especiais e Ciência Política V 60 HC177 Tópicos Especiais e Ciência Política VI 60 HC177 Tópicos Especiais e Ciência Política VI 60 HC178 Tópicos Especiais e Ciência Política VII 60 HC178 Tópicos Especiais e Ciência Política VII 60 Sem equivalência HC632 Tópicos Especiais em Metodologia I 60 Sem equivalência HC633 Tópicos Especiais em Metodologia II 60 Sem equivalência HC634 Tópicos Especiais em Metodologia III 60 HC179 Tópicos Especiais e Ciência Política VIII 60 Sem equivalência

HC180 Tópicos Especiais e Ciência Política IX 60 Sem equivalência

HC181 Tópicos Especiais e Ciência Política X 60 Sem equivalência

HC281 Tópicos Especiais e Ciência Política XII 60 Sem equivalência

HC282 Tópicos Especiais e Ciência Política XIII 60 Sem equivalência

HC283 Tópicos Especiais e Ciência Política XIV 60 Sem equivalência

HC284 Tópicos Especiais e Ciência Política XV 60 Sem equivalência

HC285 Tópicos Especiais e Ciência Política XVI 60 Sem equivalência

HC286 Tópicos Especiais e Ciência Política XVII 60 Sem equivalência

HC287 Tópicos Especiais e Ciência Política XVIII 60 Sem equivalência

HC288 Tópicos Especiais e Ciência Política XIX 60 Sem equivalência

HC289 Tópicos Especiais e Ciência Política XX 60 Sem equivalência

HC290 Tópicos Especiais e Ciência Política XXI 60 Sem equivalência

HC291 Política e Cidadania 60 Sem equivalência

HC292 Cidade e Governabilidade 60 Sem equivalência

HC293 Comunicação Política 60 Sem equivalência

HC294 Cultura e Política 60 Sem equivalência

HC296 Formação do Estado Moderno 60 Sem equivalência

HC297 Instituições Políticas e Direito Constitucional 60 Sem equivalência

HC300 Política Paranaense I 60 Sem equivalência

HC301 Políticas Paranaense II 60 Sem equivalência

HC302 Processos Emergentes na Política Internacional


Projeto Pedagógico do Curso de Bacharelado em Ciências Sociais / UFPR 77

ANEXO I

EMENTAS DAS DISCIPLINAS

FICHA Nº 1 (PERMANENTE)

Projeto Pedagógico do Curso de Bacharelado em Ciências Sociais / UFPR

FORMAÇÃO GERAL DISCIPLINAS DO NÚCLEO COMUM

DISCIPLINAS OBRIGATÓRIAS FICHAS 1


FORMAÇÃO PROFISSIONAL ESPECÍFICA BACHARELADO EM CIÊNCIAS SOCIAIS – LINHA DE FORMAÇÃO EM

ANTROPOLOGIA E ARQUEOLOGIA



FORMAÇÃO PROFISSIONAL ESPECÍFICA BACHARELADO EM CIÊNCIAS SOCIAIS – LINHA DE FORMAÇÃO EM CIÊNCIA POLÍTICA




SOCIOLOGIA




ANTROPOLOGIA E ARQUEOLOGIA

DISCIPLINAS OPTATIVAS FICHAS 1



SOCIOLOGIA



FORMAÇÃO PROFISSIONAL ESPECÍFICA BACHARELADO EM CIÊNCIAS SOCIAIS – LINHA DE FORMAÇÃO EM CIÊNCIA POLÍTICA



ANEXO II

DOCUMENTAÇÃO

projeto pedagÓgico do curso de acharelado em ciÊncias sociais final bacharelado.pdf · o curso de...

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