projeto pedagÓgico de curso de pÓs...

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Rua Angélica, n° 100 – 06110-295 – Osasco – SP – Brasil Tel.: (11) 3099-0150 E-mail: [email protected] Ministério da Educação Universidade Federal de São Paulo Campus Osasco Escola Paulista de Política, Economia e Negócios PROJETO PEDAGÓGICO DE CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU CONFLITOS INTERNACIONAIS E GLOBALIZAÇÃO OSASCO AGOSTO DE 2016

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Campus Osasco Escola Paulista de Política, Economia e Negócios

PROJETO PEDAGÓGICO DE CURSO

DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU

CONFLITOS INTERNACIONAIS E

GLOBALIZAÇÃO

OSASCO

AGOSTO DE 2016

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1. JUSTIFICATIVA:

A crescente interdependência econômica, característica do atual ciclo

de acumulação capitalista, a complexização do sistema financeiro

internacional e a internacionalização das contradições capital/trabalho,

desde a consolidação do mundo industrial, vêm intensificando os processos

migratórios e, já a partir do final do século XX, é possível dizer dos

deslocamentos populacionais como “diásporas globalizadas”. Estas

reconfiguram identidades sociais por meio de hibridismos,

desterritorializações e desenraizamentos identitários, tendo como anverso,

em muitas realidades, a exclusão social dos “deslocados”, o

recrudescimento dos nacionalismos e da violência xenofóbica. Os

desdobramentos da revolução informacional dos anos 1980 produziram

miragens ainda hoje difundidas do mundo como “aldeia global”, no qual

fronteiras seriam não apenas encurtadas, mas movediças, e a cooperação

econômica e política, promotoras do avanço do capitalismo internacional,

levariam tanto ao distensionamento das contradições de classe quanto ao

fim da própria história. Da “globalização como fábula”, universo onírico da

propaganda e do consumo de massa, à “globalização como perversidade”,

em que a realidade periférica no sistema-mundo se sobrepõe à fantasia de

suas representações, os conflitos internacionais ganham novas dimensões e

passam, na luta hegemônica, a envolver gamas variadas de atores para

muito além da modalidade convencional da guerra interestatal e do conflito

interempresarial, na luta hegemônica. A ascensão de atores não-estatais,

das megacorporações como núcleos ao mesmo tempo concentrados e

difusos de poder político e econômico (o que inclui o complexo industrial

bélico-armamentista), a consolidação das organizações internacionais, de

movimentos sociais de caráter supranacional e mesmo de identidades

étnicas que se derramam para muito além das fronteiras políticas anunciam

conflitos que reapresentam ao mundo, sob nova roupagem, imagens já

conhecidas: dos deslocados da guerra na Síria e da tragédia humanitária no

Haiti; dos campos de prisioneiros na Bósnia e aqueles mantidos pelo Estado

Islâmico; e dos processos genocidários que seguem em curso no século XX

e no recém-parido século XXI. Frente a um novo fluxo de transformações,

antigos fenômenos ganham novas configurações e demandam movimentar

os disponíveis referenciais teóricos-conceituais com vistas a sua

compreensão e, muitas vezes, superação. É em função dessas demandas

que o curso pretende contribuir para a análise crítica do mundo

contemporâneo a partir de um sentido demarcado: os conflitos

internacionais neste mundo global demarcado e caracterizado intensamente

pelas tiranias do dinheiro, do consumo e da informação.

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2. OBJETIVOS (GERAL E ESPECÍFICO):

Como objetivo geral, pretende-se analisar criticamente os conflitos

internacionais no mundo contemporâneo, no decurso do atual ciclo

sistêmico de acumulação capitalista: o de intensificada mundialização do

capital.

Como objetivos específicos faz parte do escopo a compreensão de

processos como: as dinâmicas da globalização; o desenvolvimento do

capitalismo histórico; o processo de financeirização do capital; as

contradições da economia internacional; as guerras contemporâneas; os

massacres de populações civis; os processos genocidários; as disputas por

fontes de energia e questões de segurança energética; a diplomacia

internacional em situações de conflito; imperialismo e hegemonia no

sistema-mundo capitalista; os acordos internacionais; a geopolítica global;

os confrontos civilizacionais; os deslocamentos populacionais; os refugiados

de guerra; os direitos humanos; as organizações internacionais e os

acordos internacionais, dentre outros.

3. CONCEPÇÃO DO CURSO:

O curso foi concebido com a finalidade de promover um ambiente

para a análise crítica dos conflitos internacionais à luz dos elementos que

informam o processo de globalização: a interdependência econômico-

financeira, a reorganização do espaço geopolítico global, a nova divisão

internacional do trabalho, a revolução informacional, os deslocamentos

populacionais, a redefinição do sistema interestatal frente à ascensão das

megacorporações, de regimes e organizações internacionais. Sendo o mote

central a análise crítica desses processos, em termos inter e

multidisciplinares, as abordagens teórico-conceituais abordam teorias da

globalização, de sistema-mundo e economias-mundo, da guerra, do

imperialismo e o conceito de hegemonia aplicado às relações internacionais,

valendo-se ainda de elementos de Antropologia Cultural (os conceitos de

hibridismo, multiculturalismo, diáspora e desterritorialização), de História

Social (História Vista de Baixo, História dos Vencidos, História e Movimentos

Sociais etc.), de Sociologia (Sociologia do Trabalho, Sociologia Urbana) a

elementos de Cultura Política e Geografia. A abordagem é nova e tende a

compor cabedais teórico-conceituais provenientes de diversas áreas de

conhecimento a fim de lidar com a crescente complexização do mundo

contemporâneo e os multifacetados conflitos que ele encerra. O curso

mantém parceria com o Grupo de Pesquisa “Conflitos armados, massacres e

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genocídios na era contemporânea”, da Universidade Federal de São Paulo,

também sediado no Campus Osasco.

4. PÚBLICO ALVO:

Alunos com nível superior concluído em cursos reconhecidos pelo

MEC, em áreas como: Economia, Relações Internacionais, Direito, História,

Geografia, Ciências Sociais, Filosofia, Jornalismo etc. Pretende-se que os

egressos tenham habilidades e competências para a análise crítica de

conflitos internacionais no mundo contemporâneo.

5. INTERDISCIPLINARIDADE:

Cada disciplina contará com dois a três docentes de áreas distintas de

conhecimento, que elaborarão conjuntamente os conteúdos a fim de

privilegiar abordagens interdisciplinares. Outrossim, os docentes atuarão na

mesma disciplina, revezando-se em aulas cujo enfoque buscará o contato

de uma determinada área de conhecimento com referenciais teórico-

conceituais comuns a outras disciplinas. Com isso, espera-se que o alunado

detenha ferramentais analíticos para muito além de um exclusivo campo

disciplinar, a fim de lidar com problemas/objetos que são, em essência,

multifacetados e cuja análise demanda ferramentas interdisciplinares.

6. ATIVIDADES COMPLEMENTARES:

Leitura especializada; análise crítica de bases informativas diversas

(papéis governamentais, registros fílmicos, sonoros e iconográficos,

oralidade e diversos outros suportes); atividades de pesquisa; visita a

centros de memória, museus e centros de pesquisa; participação em

eventos; organização de seminários e oficinas para análise de conflitos

internacionais em curso.

7. SISTEMAS DE AVALIAÇÃO:

A frequência mínima obrigatória é de 75% e será controlada pelos

docentes durante as aulas. A média para aprovação em cada disciplina é

7,0. O professor coordenador de cada disciplina poderá optar pela aplicação

de até 3 (três) instrumentos de avaliação, podendo consistir em trabalho de

pesquisa, resenha, seminário ou prova escrita.

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Ao término do curso o aluno deverá apresentar Trabalho de

Conclusão de Curso, em forma de monografia (cujas normas seguem

descritas adiante) e defendido em banca com um arguidor.

Por sua vez, os alunos avaliarão os professores, a coordenação do

curso, o atendimento administrativo e as instalações físicas do campus por

meio de questionário eletrônico não identificado.

8. CERTIFICAÇÃO:

Os certificados serão expedidos e registrados pela Pró-Reitoria de

Extensão da UNIFESP, mediante solicitação da Coordenação do Curso que

colocará no SIU (Sistema de Informações Universitárias) as

informações acadêmicas dos alunos (notas e frequências das

disciplinas, título e nota da monografia) comprovando a aprovação em

todas as disciplinas, sejam elas teóricas e/ou práticas e a realização de TCC

– Trabalho de Conclusão de Curso ou Monografia.

9. INFRAESTRUTURA PARA O OFERECIMENTO DO CURSO

Local de desenvolvimento das aulas teóricas:

Universidade Federal de São Paulo – Campus Osasco/ SP – Escola

Paulista de Política, Economia e Negócios – Rua Angélica, n. 100, Jardim

das Flores, Osasco, SP.

Demanda para consecução das aulas teóricas:

Uma sala de aula com 40 lugares, aos sábados, das 8h às 18h.

10. CARGA HORÁRIA TOTAL DO CURSO:

360h.

11. DIAS E HORÁRIOS DE OFERECIMENTO DO CURSO

Sábados, das 8h às 18h.

12. NÚMERO DE VAGAS

40 vagas.

13. PERÍODO DE INTEGRALIZAÇÃO DO CURSO

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2 anos.

14. CRITÉRIOS PARA A SELEÇÃO DOS ALUNOS

Análise de curriculum vitae e Entrevista individual.

15. GRADE CURRICULAR:

1º Semestre Disciplina Carga horária

Globalização: Agentes, Dinâmicas e Conceitos 30h

Conflitos Internacionais Contemporâneos 30h Economia Política Internacional 60h

2º Semestre Pensamento e Metodologia da Pesquisa 30h

Seminários de Pesquisa 30h Deslocamentos Populacionais e Diáspora Globalizada 30h

Cultura e Hegemonia no Mundo Global 30h

3º Semestre

Geopolítica: Relações entre Território e Poder no Concerto das

Nações

30h

Massacres e Genocídios na Era Contemporânea 60h

Teorias da Guerra 30h

4º Semestre

Trabalho de Conclusão de Curso

16. ESTRUTURA DISCIPLINAR

EMENTA:

Para uma compreensão de viés crítico sobre o que se convencionou chamar

de globalização, é necessário esclarecer que, por trás de fábulas construídas

para justificar o vertiginoso movimento de internacionalização do capital

após a queda do socialismo real, existe um processo histórico de luta por

poder e hegemonia em âmbito mundial. A partir desta perspectiva, o curso

1 – GLOBALIZAÇÃO: AGENTES, DINÂMICAS E CONCEITOS

Carga horária total: 30 horas

Professor responsável: Prof. Dr. Daniel Monteiro Huertas

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proporciona novas e amplas possibilidades de relacionar o fenômeno da

globalização com os conflitos internacionais contemporâneos.

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO:

1. Globalização em perspectiva histórica (i): da economia-mundo ao

imperialismo; 2. Globalização em perspectiva histórica (ii): do pós-guerra

ao neoliberalismo; 3. Globalização em perspectiva teórica (i): a

multiplicidade de interpretações, ou metáforas da globalização (Octávio

Ianni); 4. Globalização em perspectiva teórica (ii): desencantamento e

racionalização do mundo (Weber); 5. Globalização em perspectiva teórica

(iii): celebração tecnológica em “aldeia global” (Marshal McLuham) e

“sociedade em rede” (Manuel Castells); 6. Globalização em perspectiva

teórica (iv): variáveis do meio técnico-científico-informacional e a tirania

do dinheiro e da informação (Milton Santos); 7. O mundo não é plano:

redes, fluxos e fixos na dinâmica perversa da globalização.

BIBLIOGRAFIA BÁSICA:

ARRIGHI, Giovanni. (1996) O longo século XX: dinheiro, poder e as origens

de nosso tempo. 1.ed. 7.reimp. São Paulo: Unesp, 2009.

BARBOSA, Wilson do Nascimento. Globalização, uma péssima parceria, in

São Paulo em Perspectiva (Fundação Seade), vol.12, n.3, jul-set 1998,

p.79-88.

CASTELLS, Manuel: A sociedade em rede – A era da informação: economia,

sociedade e cultura, v. 1. São Paulo: Paz e Terra, 1999.

IANNI, Octávio: Teorias da Globalização. Rio de Janeiro: Civilização

Brasileira, 2001.

McLUHAM, Marshall: Os meios de comunicação como extensões do homem

(Understanding media). São Paulo: Cultrix, 2002.

RODRÍGUEZ-POSE, Andrés e CRESCENZI, Riccardo. Montanhas em um

mundo plano – porque a proximidade ainda importa para a localização da

atividade econômica, in Revista Brasileira de Estudos Urbanos e Regionais

(Anpur), v.11, n.2, nov.2009, p.9-30.

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SANTOS, Milton. Por uma outra globalização: do pensamento único à

consciência universal. 11.ed. Rio de Janeiro: Record, 2004.

_______________. A natureza do espaço: 4.ed. 1.reimp. São Paulo: Edusp,

2004.

EMENTA:

Contribuir para a formação de quadros intelectuais bem informados e

sensíveis às novas formas de disputas entre nacionalidades, etnias,

burocracias estatais, classes e grupos sociais, capitais, conglomerados

econômicos e financeiros, para a compreensão do incessante devir das

conjunturas internacionais, logo capazes de ordenar a crescente e nem

sempre coerente massa de informações sobre as guerras, conflitos e

tensões globais, ou que assim podem ser classificadas por envolverem o

contato ou a disputa entre atores estatais, superestatais, paraestatais ou

infraestatais.

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO:

1. A corrida armamentista para a produção de armas de destruição em

massa; 2. A ascensão de novos atores e a disputa pela hegemonia regional

e mundial; 3. Permanências da Guerra-Fria; 4. Disputas no Cáucaso, na

região do báltico e na Ucrânia; 4. Tensões entre China, Rússia, União

Europeia e Estados Unidos; 5. A confluência entre os subsistemas do

Oriente Médio e da Ásia Central; 6. A guerra civil na Síria e a formação do

Estado Islâmico; 7. As instabilidades no Líbano e na Jordânia; 8. Os

tratados do P5+1 para a desativação de centrais atômicas iranianas; 9. A

radicalização das disputas entre Arábia Saudita e Irã; 10. A questão

israelo-palestina; 11. O debate teórico acerca da hegemonia dos Estados

2 – CONFLITOS INTERNACIONAIS CONTEMPORÂNEOS

Carga horária total: 30 horas

Professor responsável: Prof. Dr. Antonio Roberto Espinosa

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Unidos no sistema internacional pós-Guerra Fria; 12. O novo papel da

Europa; 13. Emergências de Estados do antigo Terceiro e Quarto mundos.

BIBLIOGRAFIA BÁSICA:

ALI, Tarik. Confronto de fundamentalismos – Cruzadas, jihads e

modernidade. Rio de Janeiro: Record, 2002.

ANDERSON, Perry. O fim da história – De Hegel a Fukuyama. Rio de

Janeiro: Zahar, 1992.

CECEÑA, Ana Esther (org.). Nova hegemonia mundial – Alternativas de

mudanças e movimentos sociais. São Paulo: Glacso (livros), 2005.

ESPINOSA: Antonio Roberto. O ônus da prova neoconservadora – Reflexões

sobre as teorias que levaram à Segunda Guerra do Golfo. São Paulo: FESP,

2005.

HOBSBAWN, Erik. Globalização, democracia e terrorismo. São Paulo:

Compasnhias das Letras, 2008.

HUNTINGTON, Samuel P. O choque de civilizações –E a recomposição da

ordem mundial. Rio de Janeiro, 1997.

JUDT, Tony; SNYDER, Timoth. Pensando o século XXI. Rio de Janeiro:

Objetiva, 2012.

SAID, Edward. Orientalismo – O Oriente Médio como criação do Ocidente.

São Paulo: Companhia das Letras, 2007.

WHITTAKER, David J. Terrorismo – Um retrato. Rio de Janeiro: Biblioteca do

Exército, 2005.

ZAGNI, Rodrigo; BORELLI, Andrea (orgs.). Conflitos armados, massacres e

genocídios: Constituições e violações ao direito de existência na era

contemporânea.Belo Horizonte: Fino Traço, 2013.

3 – ECONOMIA POLÍTICA INTERNACIONAL

Carga horária total: 60 horas

Professor responsável: Profa. Dra. Fabiana Rita Dessotti

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EMENTA:

O curso discutirá a definição de economia política, o processo de evolução

do capitalismo e os aspectos políticos das relações econômicas

internacionais. Serão estudadas as relações entre a formação do mercado

mundial e o moderno sistema de Estados, teorias da globalização e as

relações entre poder político, poder financeiro e as organizações

internacionais.

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO:

1. A natureza e a dinâmica da Economia Política; 2. O comércio

internacional: ganhos, padrões e políticas comerciais; 3. Comércio

internacional e crescimento econômico; 4. O Sistema Bretton Woods; 5.

Conceitos e teorias do movimento internacional de capital e do fenômeno de

globalização; 6. O processo de financeirização da economia.

BIBLIOGRAFIA BÁSICA:

CHESNAIS, François. A Mundialização do Capital. São Paulo: Xamã, 1996.

CHESNAIS, François. A finança Mundializada. São Paulo: Boitempo, 2005.

EICHENGREEN, Barry. A Globalização do Capital: Uma História do Sistema

Monetário Internacional. São Paulo: Editora 34, 2000.

GILPIN, Robert. A Economia Política das Relações Internacionais. Brasília:

Editora Universidade de Brasília, 2002.

HIRST, Paul e THOMPSON, Grahane. Globalização em questão. Rio de

Janeiro: Vozes, 1998.

IANNI, Octávio. A era do globalismo. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira,

2007.

4 – PENSAMENTO E METODOLOGIA DA PESQUISA

Carga horária total: 30 horas

Professor responsável: Prof. Dr. Fábio Cesar Venturini

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EMENTA:

Introduz o estudante aos protocolos típicos da pesquisa científica, desde os

primeiros passos de como realizar uma leitura voltada ao trabalho de

produção científica do conhecimento até a elaboração de projeto de

pesquisa e instrumentos para coletas de dados. Parte da reflexão filosófica e

histórica a respeito da própria ciência como hipertrofia dos sentidos para

qualificação do senso comum, como parte de um trabalho universal de

finalidade social. Problematiza os usos da ciência. Privilegia a busca de

problemas de pesquisa a partir de questões relevantes, de interesse social e

verificação exequível, com ênfase nas ciências pertinentes ao estudo dos

conflitos internacionais e da globalização (Política, História, Sociologia,

Economia etc.) em constante diálogo com áreas da filosofia: a estética, a

ética, a moral, a epistemologia, a dialética e a ontologia.

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO:

Introdução; 1. Dando os primeiros passos: como fazer a leitura para

pesquisa científica; 2. Análises de texto; 3) Como montar seminários;

UNIDADE I – Aspectos epistemológicos da pesquisa; 1) Conhecimento e

saber – a ciência como hipertrofia dos sentidos; 2) A ciência e sua

historicidade; 3) Matemática, a interface linguística entre a realidade

unívoca e o homem; 4) Características da ciência moderna; 5) Ciência

geral, ciências particulares e a pesquisa em conflitos internacionais; 6)

Ciência, técnica e tecnologia no mundo capitalista; UNIDADE II – O

método e o trabalho científico; 1) Os métodos de abordagem como

resultado da reflexão político-filosófica; 2) Etapas do trabalho científico –

das questões à busca por fontes; 3) Técnicas procedimentais; 4) Aspectos

éticos da pesquisa; 5) A redação científica; 6) Elaboração do projeto de

pesquisa; Encerramento: Início do trabalho prático; Seminário de

apresentação de projeto de pesquisa em conflitos internacionais e

globalização.

BIBLIOGRAFIA BÁSICA:

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ALVES, Rubem: Filosofia da Ciência – Introdução ao jogo e suas regras. São

Paulo: Brasiliense, 1981.

ANDREY, Maria Amália et. alii: Para compreender a ciência – Uma

perspectiva histórica. São Paulo: Educ, 2004.

ECO, Umberto: Como se faz uma tese. São Paulo: Perspectiva, 2005.

FREIRE, Paulo: Pedagogia do oprimido. Rio de Janeiro; Paz e Terra, 1987.

KUHN, Thomas S.: A estrutura das revoluções científicas. São Paulo:

Perspectiva, 1970.

OMNÈS, Roland: Filosofia da ciência contemporânea. São Paulo: Editora

Unesp, 1996.

POPPER, Karl: A lógica da pesquisa científica. São Paulo: Cultrix, 1993.

SANTOS, Boaventura de Souza: A crítica da razão indolente – Contra o

desperdício de experiência. São Paulo: Cortez, 2011.

SANTOS, Milton: Espaço e método. São Paulo: Edusp, 2014.

WEBER, Max: A ciência como vocação. Disponível em <

https://www.marxists.org/portugues/weber/1917/mes/ciencia.htm>.

EMENTA:

A disciplina tem o objetivo de acompanhar o desenvolvimento das pesquisas

desenvolvidas pelos alunos, enfatizando as técnicas e procedimentos de

coleta de dados, análises dos dados coletados e elaboração do Trabalho de

Conclusão de Curso. Privilegiará a organização de atividades didático-

acadêmicas com o escopo de discutir os temas de pesquisa desenvolvidos

pelos alunos, como seminários, palestras, conferências, encontros de

pesquisa etc.

5 – SEMINÁRIOS DE PESQUISA

Carga horária total: 30 horas

Professor responsável: Profa. Dra. Esther Solano

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CONTEÚDO PROGRAMÁTICO:

1. Aprofundamento de temas relacionados às pesquisas dos pós-

graduandos; 2. Atividades voltadas à discussão teórica metodológica e

técnica sobre o desenvolvimento das pesquisas em curso; 3. O projeto de

pesquisa; 4. Métodos de pesquisa em execução; 5. A organização do

trabalho científico; 6. Acompanhamento das atividades de pesquisa; 7.

Avaliação bibliográfica; 8. Palestras de professores e pesquisadores

convidados a fim de apresentarem suas pesquisas.

BIBLIOGRAFIA BÁSICA:

ALVEZ-MAZOTTI, A. J.; GEWANDSZNAJDER. O método nas ciências naturais

e sociais: pesquisa quantitativa e qualitativa. São Paulo: Pioneira, 1998.

ANDERY, Maria Amália. Para compreender a ciência: uma perspectiva

histórica. Rio de Janeiro: Espaço e tempo; São Paulo: EDUC, 1996.

CARDOSO, Onésimo. Hipótese na pesquisa científica: conjucturas

necessárias; Revista Unicsul, Ano 4, n° 5, abril 1999.

CHALMARS, A. F. O que é Ciência Social? São Paulo: Brasiliense, 1993.

DEMO, Pedro. Conhecimento moderno: sobre ética e intervenção do

conhecimento. Petrópolis: Vozes, 1997.

EMENTA:

Estudo da dinâmica e fundamentos dos deslocamentos populacionais no

século XXI. Análise histórica contemporânea das relações entre as

populações migrantes e as sociedades receptoras abrangendo as

transformações ocorridas nos países receptores. Analise dos problemas e

dilemas das populações migratórias originadas de desastres ambientais,

guerras, problemas econômicos e sociais entre outras causas. Identificação

6 – DESLOCAMENTOS POPULACIONAIS E DIÁSPORA GLOBALIZADA

Carga horária total: 30 horas

Professor responsável: Profa. Dra. Claudia Moraes de Souza

Rua Angélica, n° 100 – 06110-295 – Osasco – SP – Brasil Tel.: (11) 3099-0150

E-mail: [email protected]

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Campus Osasco Escola Paulista de Política, Economia e Negócios

e estudo das relações e efeitos entre as populações migrantes e as

sociedades dos países receptores. Estudo de caso de histórias de vida de

migrantes e imigrantes e mapeamento as redes sociais e lutas políticas

empreendidas pelos grupos nos territórios receptores. Identificar e analisar

politicas de acolhimento.

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO:

1. Dinâmica e fundamentos dos deslocamentos populacionais no século XXI;

2. As relações entre populações migrantes e sociedades receptoras; 3.

Problemas e dilemas das populações migratórias; 4. Deslocamentos

populacionais em situações de desastres ambientais, guerras, problemas

econômicos e sociais; 5. Histórias de vida de migrantes e imigrantes; 6.

Mapeamento de redes sociais e lutas políticas empreendidas pelos grupos

nos territórios receptores; 7. Políticas de acolhimento.

BIBLIOGRAFIA BÁSICA:

ACNUR. Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados. A

Situação dos Refugiados no Mundo. Cinquenta anos de ação humanitária.

Genebra: ACNUR, 2000.

CASTLES, M.A Era da Informação: O Poder da Identidade. São Paulo: Paz

e Terra, 2013.

PATARRA, N. L. Migrações Internacionais: teorias, políticas e movimentos

sociais. Estud. Av., São Paulo, v.20, n. 57, ago. 2006.

SASSEN, Saskia. Territory, Authority, Rigths. Princeton:

Princeton University, 2008

SAYAD, Abdelmalek. A Imigração ou os paradoxos da alteridade. São Paulo:

EDUSP, 1998.

EMENTA:

7 – TEORIAS DA GUERRA

Carga horária total: 30 horas

Professor responsável: Prof. Dr. Antonio Roberto Espinosa

Rua Angélica, n° 100 – 06110-295 – Osasco – SP – Brasil Tel.: (11) 3099-0150

E-mail: [email protected]

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Promover a compreensão das teorias necessárias à ordenação dos eventos

internacionais e das relações interestatais e externas, capacitando os alunos

a interpretar de forma autônoma as conjunturas internacionais pós-Guerra

Fria, a chamada Guerra Preventiva ao Terrorismo, a diplomacia

contemporânea, a atuação dos organismos superestatais, sobretudo o

Conselho de Segurança da ONU, e os reiterados conflitos bélicos que

marcam as duas primeiras décadas do século XXI.

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO:

1. Teorias Clássicas da guerra: Carl von Clausewitz; 2. Abordagens

anteriores: Tucídides, Sun-Tzu, Nicolau Maquiavel, Alberico Gentili,

Emerich Vattel e Antoine Henry-Jomini; 3. Aprofundamentos posteriores à

teoria clausewitziana: Alfred Mahan, Julian Corbett e Giuliu Douhet; 4. O

emprego racional da força: Liddel Hart, Raymond Aron, Vladimir Lênin,

Antonio Gramsci, Peter Parret, John Alexander, Hew Strachan, Robert Cox.

BIBLIOGRAFIA BÁSICA:

ARON, Raymond. Paz e guerra entre as nações. Brasília: Universidade de

Brasília, 1986.

CLAUSEWITZ, Carl von. Da guerra. São Paulo: Martins Fontes, 2003.

COX, Robert. Approachs to world order. Cambridge: Cambridge Studies in

International Relations/Paperbook, 1996.

GROTIUS, Hugo. O direito da guerra e da paz (De Juri Belli ac Pacis). (2ª

ed.) Ijuí: Unijuí, 2005.

KEEGAN, John. A batalha e a história. Rio de Janeiro: Biblioteca do Exército,

2006.

LIDDELL HART. As grandes guerras da história [Strategy, 1954]. (2ª ed.)

São Paulo: Ibrasa, 1967.

MAQUIAVEL, Nicolau. A arte da guerra (1520). São Paulo: LPM, 2007

(edição digital).

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Campus Osasco Escola Paulista de Política, Economia e Negócios

MORGENTHAU, Hans. A política entre as nações – A luta pelo poder e pela

paz. Brasília/São Paulo: UNB/IOESP, 2003.

TUCÍDIDES. História da Guerra do Peloponeso. Coleção IPRI. Brasília/SP:

UNB/IOESP, 1982. Disponível na Internet em www.funag.gov.br.

TZU, Sun. A arte da guerra. Rio de Janeiro: Biblioteca do Exército, 2003.

EMENTA:

A partir de uma compreensão básica de conceitos-chave em geopolítica,

interrelacionando-os com a conjuntura histórica no qual foram forjados, o

curso pretende estender e ajustar os referenciais teórico-metodológicos

para temas considerados imprescindíveis para a pauta geopolítica do mundo

contemporâneo e sua conexão com os conflitos internacionais no mundo

globalizado.

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO:

1. Geopolítica: bases teóricas e conceituais; 2. A configuração do Terceiro

Mundo no seio da Guerra Fria e sua inserção no mundo globalizado; 3.

Rumo a uma convergência do Terceiro Mundo? Brics, quem são e o que

pretendem? 4. China: crescimento econômico e questões geopolíticas; 5.

Pautas geopolíticas estratégicas do século XXI (i): segurança energética; 6.

Pautas geopolíticas estratégicas do século XXI (ii): segurança alimentar e

meio ambiente; 7. Panorama geopolítico contemporâneo.

BIBLIOGRAFIA BÁSICA:

COSTA, Wanderley Messias da. Geografia política e geopolítica. 2.ed. São

Paulo: Edusp, 2008.

8 – GEOPOLÍTICA: RELAÇÕES ENTRE TERRITÓRIO E PODER

NO CONCERTO DAS NAÇÕES

Carga horária total: 30 horas

Professor responsável: Prof. Dr. Daniel Monteiro Huertas

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DOWBOR, Ladislau. A formação do terceiro Mundo. São Paulo: Brasiliense,

1989.

GUIMARÃES, Samuel Pinheiro. Quinhentos anos de periferia: uma

contribuição ao estudo da política internacional. 5.ed. Rio de Janeiro:

Contraponto, 2007.

HAESBAERT, Rogério e PORTO-GONÇALVES, Carlos Walter. A nova des-

ordem mundial. 2.reimp. Campinas: Unesp, 2006 (Coleção Paradidáticos).

HURRELL, Andrew. Hegemonia, liberalismo e ordem global: qual é o espaço

para potências emergentes?, in HURRELL, LIMA , HIRST et al. Os Brics e a

ordem global. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2009, p.9-41.

JABBOUR, Elias. China hoje: projeto nacional, desenvolvimento e socialismo

de mercado. São Paulo/Campina Grande: Anita Garibaldi/Eduepb, 2012.

MSIa. A fraude do aquecimento global. Movimento de Solidariedade Ibero-

Americana (MSla), 2007, mimeo.

OLIVEIRA, Henrique Altemani de. Brasil e China: Cooperação Sul-Sul e

parceria estratégica. Belo Horizonte: Fino Traço, 2012.

RAFFESTIN, Claude. Por uma geografia do poder. São Paulo: Ática, 1993.

TOLMASQUIM, Mauricio e GUERREIRO, Amilcar. O Brasil como potência

energética, in IPEA. Traçando novos rumos: o Brasil em um mundo

multipolar. Brasília: IPEA/Foresight, 2011, p.29-32.

EMENTA:

Compreender o lugar histórico dos massacres e genocídios na conformação do mundo contemporâneo a partir de seus vetores econômico, político e

social. Análise dos massacres e genocídios na era contemporânea a partir de casos paradigmáticos como a Genocídio Armênio, o Holocausto Judeu, o

Genocídio em Ruanda, o Genocídio em Srebrenica, o Genocídio em Darfur e processos morticidas para os quais a aplicação do conceito jurídico-formal de genocídio é objeto ainda de intensa controvérsia.

9 – MASSACRES E GENOCÍDIOS NA ERA CONTEMPORÂNEA

Carga horária total: 60 horas

Professor responsável: Prof. Dr. Rodrigo Medina Zagni

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CONTEÚDO PROGRAMÁTICO:

1. Guerra e exterminismo na era contemporânea; 2. A figura legal do

genocídio e a luta pelo direito à existência na história recente; 3. O

Genocídio Armênio: especificidades e regularidades no primeiro genocídio

da era contemporânea; 4. O Holocausto Judeu: perseguição, guetoização e

a industrialização do morticínio; 5. Exterminismo e Guerra Fria: a era

nuclear e as possibilidades de destruição civilizacional; 6. O terrorismo de

Estado: as ditaduras militares e as violações de direitos no Cone Sul; 7. O

conflito nos Bálcãs, a Guerra na Bósnia e o Genocídio de Srebrenica; 8. Os

conflitos étnico-nacionalistas na África e o Genocídio de Ruanda; 9. A

questão palestina 10. O conflito na Síria e os refugiados de guerra.

BIBLIOGRAFIA BÁSICA:

CHALK, Frank; JONASSOHN, Kurt. Historia y sociologia del genocídio:

análisis y estúdio de casos. Buenos Aires: Eduntref; Prometeo, 2010.

JONES, Adam. Genocide: a comprehensive introduction. Londres, Nova

Iorque: Routledge, 2011.

KIERNAN, Bem. Blood and soil: A World History of Genocide and Extermination from Sparta to Darfur. New Haven, Londres: Yale University

Press, 2007. KUPER, Leo. Genocide: Its political use in the Twentieth Century. Nova

Iorque: Penguin Books, 1981.

LEMKIN, Raphael. El domínio del Eje en la Europa ocupada: Leyes de

ocupación – Análisis de la administración gubernamental – Propuestas de

reparaciones. Buenos Aires: Prometeo Libros; Caseros: Univ. Nacional de

Tres de Febrero, 2009.

MALESEVIC, Sinisa. The sociology of war and violence. Cambridge:

Cambridge University Press, 2010.

SÉMELIN, Jacques. Purificar e destruir: usos políticos dos massacres e dos

genocídios. Rio de Janeiro: Difel, 2009.

ZAGNI, Rodrigo Medina; BORELLI, Andrea (Org.). Conflitos armados,

massacres e genocídios: constituição e violações do direito à existência na

era contemporânea. Belo Horizonte: Fino Traço, 2013.

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EMENTA:

Estudo crítico dos processos de globalização econômico-financeira sob o

enfoque das hegemonias mundiais e de seu desenvolvimento sistêmico,

com ênfase na disputa teórica sobre o conceito de hegemonia, quando

aplicado às relações internacionais, e às teorias de sistema-mundo, para a

compreensão das dinâmicas de mundialização do capital.

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO:

1. A aplicação do conceito de hegemonia em Gramsci à compreensão do

mundo contemporâneo; 2. Hegemonia e cultura nas relações internacionais;

3. O papel da cultura no processo de mundialização do capital; 4. Cultura de

massa e culturas tradicionais; 5. A cultura do dinheiro; 6. A cultura da

guerra; 7. Choque de civilizações?

BIBLIOGRAFIA BÁSICA:

ARRIGHI, Giovanni. O longo séc. XX. Rio de Janeiro: São Paulo,

Contraponto, UNESP, 1996.

ARRIGHI, Giovanni; SILVER, Beverly J. Caos e governabilidade no moderno

sistema mundial, Rio de Janeiro: Contraponto, UFRJ, 2005.

CHESNAIS, François. A mundialização do capital. São Paulo: Xamã, 1996.

GRAMSCI, Antonio. Maquiavel, a política e o Estado Moderno, Rio de

Janeiro, Civilização Brasileira, 1976.

__________. Concepção dialética de história, Rio de Janeiro, Civilização

Brasileira, 1995.

INNOCENTINI, Mário. O conceito de hegemonia em Gramsci, São Paulo,

Tecnos, 1979.

10 – CULTURA E HEGEMONIA NO MUNDO GLOBAL

Carga horária total: 60 horas

Professor responsável: Prof. Dr. Rodrigo Medina Zagni

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JAMESON, Fredric. A cultura do dinheiro. Petrópolis: Vozes, 2001.

MARX, Karl; ENGELS, Friedrich. A ideologia alemã, São Paulo, Boitempo,

2007.

SANTOS, Milton. Por uma outra globalização: do pensamento único à

consciência universal. Rio de Janeiro, São Paulo: Record, 2000.

WALLERSTEIN, Immanuel. El moderno sistema mundial: la agricultura

capitalista y los orígenes de la economía – mundo europea en el siglo XVI,

México, Siglo Veinteuno, 1979.

17. DO TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO:

Deverá ser apresentado ao cabo do quarto semestre do curso, na forma de

monografia, conforme as normas da ABNT (NBR 14724 de 2011) e seguindo

os seguintes critérios:

Estrutura do trabalho O trabalho deverá ser apresentado impresso e encadernado em 3 vias,

sendo mais uma via no formato digital, em CD, para a biblioteca do

campus; seguindo a seguinte estrutura:

Capa: devendo conter o nome da instituição, curso, autor, título do

trabalho, cidade e ano.

Lombada: deverá conter sigla da instituição, nome completo do autor na

ordem direta (impresso longitudinalmente e legível de cima para baixo da

lombada) e o ano da entrega.

Folha de rosto: apresenta o nome do autor, título do trabalho, cidade e

ano e uma breve nota descritiva, que deve conter o objetivo do trabalho e o

nome do orientador.

Ficha catalográfica: Deve ser impressa no verso da folha de rosto,

informando, dentro de uma caixa de texto: nome do autor, título do

trabalho, local, ano, número de páginas, nome e titulação do orientador,

natureza (Trabalho de Conclusão de Curso), instituição, palavras-chave.

Folha de aprovação: Deve conter autor, título, subtítulo (se houver),

natureza (trabalho de conclusão de curso); nome da instituição à qual o

trabalho é apresentado, indicando o título pretendido (especialista), nome,

titulação e assinaturas dos componentes da banca examinadora e

instituições a que pertencem, local e data de aprovação. Incluir esta folha

devidamente assinada pela banca na versão final do trabalho.

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Dedicatória/agradecimentos: espaço no qual o autor presta as

homenagens e agradecimentos que considerar adequados.

Epígrafe: citação literal que de certa forma embasou a construção do

trabalho, seguida da indicação da fonte, devendo, inclusive, constar das

referências listadas ao final do trabalho.

Resumo: Texto de 150 a 500 palavras que sintetiza, em um único

parágrafo, as ideias do trabalho.

Palavras-chave: de três de cinco palavras ou expressões que sintetizem o

escopo do trabalho.

Resumo em língua estrangeira: poderá ser elaborada em inglês, francês

ou espanhol.

Palavras-chave em língua estrangeira: poderá ser elaborada em inglês,

francês ou espanhol.

Lista de ilustrações: opcional.

Lista de tabelas: opcional.

Lista de abreviaturas e siglas: opcional.

Lista de símbolos: opcional.

Sumário: apresenta as enumerações das páginas e as respectivas seções

do trabalho.

Introdução: deve conter os temas / problemas que serão tratados no

trabalho, além da justificativa, objetivos, indicação das fontes de pesquisa,

procedimentos teórico-metodológicos e estrutura do TCC.

Desenvolvimento: Deve conter a análise do tema-problema abordado, de

forma detalhada e completa, contemplando sua divisão em capítulos.

Considerações finais: é a finalização do trabalho, onde o autor recapitula

o tema-problema e apresenta, em forma de síntese conclusiva, os

resultados da pesquisa.

Referências:

Livro: sobrenome do autor em caixa alta, nome do autor, título em negrito,

cidade, editora e ano de publicação.

Exemplo: SHAKESPEARE, William. A tempestade: peça em 5 atos. Rio de

Janeiro: Brasiliense, 1965.

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Capítulos de livros: sobrenome do autor, nome do autor, título do texto,

“in:”, sobrenome do organizador, nome do organizador, nome do livro,

local, editora, ano da publicação.

Exemplo: JOSEPH, Gilbert M. "Encuentros cercanos: Hacia una nueva

historia cultural de las relaciones entre Estados Unidos y América Latina".

in: SALVATORE, Ricardo (org.). Culturas imperiales: Experiencia y

representación en América, Asia y Africa. Rosario: Beatriz Viterbo, 2005.

Artigos em jornais e revistas acadêmicas: sobrenome do autor, nome do

autor, título do texto, nome do periódico, número do volume e/ou edição,

local, data de publicação.

Exemplo: JERVIS, Robert. “Cooperation under the security dilemma”. World

Politics, Vol. 30, No. 2, Nova Iorque, jan. 1978.

Site: sobrenome do autor, nome do autor, título do texto, ano, link e data

de acesso.

Exemplo: MORETTI, Isabella. “Regras da ABNT para TCC: conheça as

principais normas”. 2014. Disponível em: <http://viacarreira.com/regras-

da-abnt-para-tcc-conheca-principais-normas>. Acesso em: 02/02/2015.

Glossário: relação, em ordem alfabética, de palavras ou expressões de uso

restrito ou de sentido obscuro, acompanhadas das respectivas definições,

com o objetivo de esclarecer o leitor sobre o significado dos termos

empregados no trabalho.

Apêndices: textos ou documentos elaborados pelo autor (questionários de

pesquisas, tabulação de dados, ilustrações e outros documentos) a fim de

complementar sua argumentação. São identificados por letras maiúsculas

consecutivas, travessão e os respectivos títulos, devendo estar

centralizados na folha.

Anexos: documentos não elaborados pelo autor e que servem de

fundamentação, comprovação ou ilustração à parte nuclear do trabalho. São

identificados por letras maiúsculas e consecutivas, travessão e os

respectivos títulos, devendo estar centralizados na folha.

Formatação do trabalho: O texto deverá ter de 50 a 80 páginas, formato A4 (21 cm x 29,7 cm), tipo

“Times New Roman”, fonte 12 (incluindo títulos), espaçamento 1,5,

justificado, margem superior e a esquerda de 3cm de distância da borda, e

inferior e a direita de 2cm. Outros recursos tipográficos (negrito, itálico,

maiúsculas e versal, versalete no “Word for Windows”) poderão ser

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utilizados nos títulos para diferenciar as diferentes seções do trabalho. O

recurso de itálico deve ser utilizado para indicar palavras em outros

idiomas.

Numeração da página: a contagem começa na folha de rosto, mas só

aparece a partir da introdução. Os algoritmos devem aparecer sempre no

canto superior direito, a 2 cm da borda.

Notas de rodapé: tipo “Times New Roman”, fonte 10 e espaçamento

simples.

Citações: Devem obedecer fielmente as normativas: NBR 6023 de 2002

e NBR 10522 de 1988.

Direta: entre parênteses e separada por vírgulas, traz o sobrenome do

autor em caixa alta, o ano de publicação e a página da citação. Se a citação

tem menos de três linhas, ela é feita no corpo do texto e contando com

aspas duplas. Quando tem mais de três linhas, deve ter um recuo de 4 cm à

esquerda, sem destaque de aspas, tipo 10 e espaçamento simples.

Indireta: citação feita dentro do próprio texto, só deve conter sobrenome

do autor e ano de publicação entre parênteses.

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18. DOS PROCEDIMENTOS PARA DISTRIBUIÇÃO E

OPERACIONALIZAÇÃO DAS ORIENTAÇÕES

No ato de sua inscrição, os alunos deverão optar uma primeira linha

temática e, nela, um orientador; bem como apontar para uma segunda

opção tanto de linha temática quanto, nela, um orientador (conforme tabela

abaixo). Desta forma, serão distribuídas as orientações de acordo com a

proporcionalidade de, em média, 3 orientandos por docente.

Área temática Orientador:

Conflitos internacionais contemporâneos

Antonio Roberto Espinosa Fábio Luis Barbosa dos Santos Heitor de Andrade Carvalho Loureiro

Rodrigo Medina Zagni

Cultura e hegemonia no mundo

global

Antonio Roberto Espinosa

Cláudia Moraes de Souza Fábio Cesar Venturini

Fábio Luis Barbosa dos Santos Rodrigo Medina Zagni

Deslocamentos populacionais e diáspora globalizada

Cláudia Moraes de Souza Esther Solano Heitor de Andrade Carvalho Loureiro

Economia Política Internacional Alberto Handfas Edmilson Silva Costa

Fabiana Rita Dessotti Marcelo Soares de Carvalho

Geopolítica, território e poder no concerto das nações

Antonio Roberto Espinosa Daniel Monteiro Huertas

Globalização: conflitos, agentes

e dinâmicas

Cláudia Moraes de Souza

Daniel Monteiro Huertas Edmilson Silva Costa Fábio Cesar Venturini

Rodrigo Medina Zagni

Massacres e genocídios na era

contemporânea

Heitor de Andrade Carvalho Loureiro

Flávio de Leão Bastos Pereira Rodrigo Medina Zagni

Teorias da guerra Antonio Roberto Espinosa Rodrigo Medina Zagni

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19. DOS PROCEDIMENTOS PARA A DEFESA

Os Trabalhos de Conclusão de Curso serão submetidos a banca para defesa

pública de seu conteúdo. A defesa deverá ocorrer durante o 4º semestre do

curso, em sessão agendada pelo orientador. A banca será presidida pelo

professor-orientador e um arguidor, portador da titulação mínima de

Mestre, não sendo necessário pertencer ao quadro de docente do curso ou

de servidores da UNIFESP.

O aluno terá 30 minutos para exposição de seu trabalho, seguido da

arguição por mais 30 minutos, ao cabo dos quais a banca conferenciará

reservadamente a fim de auferir a nota final, que poderá ser: reprovado,

aprovado, aprovado com recomendação para publicação; e que será

proclamado logo em seguida.

Após a aprovação, o aluno terá 30 dias para depósito da versão final, em

formato digital, na biblioteca do campus.

* * * * *