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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA PROGRAMA DE PÓS GRADUAÇÃO EM SOCIOLOGIA POLÍTICA MESTRADO INTERINSTITUCIONAL – MINTER LINHA DE PESQUISA: MODERNIDADE, CIÊNCIA E TÉCNICA OS ALIMENTOS TRANSGÊNICOS NA PERCEPÇÃO DOS ALUNOS DE GRADUAÇÃO DO INSTITUTO FEDERAL DO NORTE DE MINAS GERAIS CARLOS ALEXANDRE DE OLIVEIRA

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Page 1: Projeto minter apresentação

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINAPROGRAMA DE PÓS GRADUAÇÃO EM SOCIOLOGIA POLÍTICA

MESTRADO INTERINSTITUCIONAL – MINTER

LINHA DE PESQUISA: MODERNIDADE, CIÊNCIA E TÉCNICA

OS ALIMENTOS TRANSGÊNICOS NA PERCEPÇÃO DOS ALUNOS DE GRADUAÇÃO DO INSTITUTO FEDERAL DO

NORTE DE MINAS GERAIS

CARLOS ALEXANDRE DE OLIVEIRA

2013

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INTRODUÇÃO

OGMs e Transgênicos?

Organismos geneticamente modificados (OGMs) são seres que sofreram, através de manipulação em laboratório, uma alteração em seu código genético, seja pela modificação de algum gene pertencente ao seu código, ou pela introdução de um gene externo, que pode ou não ser da mesma espécie. Neste último caso, quando o genoma é alterado pela introdução de um gene exógeno, o organismo que sofreu a alteração é chamado transgênico (BORÉM; SANTOS, 2003).

Todo transgênico é um OGM, mas nem todo OGM é um transgênico

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INTRODUÇÃO

Exemplos de OGMs

- Insulina humana; - Hormônios de crescimento humano; - Plantas resistentes a vírus; - Insetos e bactérias;- Herbicidas;- Milho e Soja e seus derivados; - Mamão Papaya; - Queijo; - Arroz; - Feijão;- Salmão, etc.

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INTRODUÇÃO/JUSTIFICATIVAS

Contextualização

- Os transgênicos, desde meados da década de 1990, estão sempre envoltos à discussões e debates sobre as possíveis vantagens e desvantagens da sua utilização.

- As discussões desencadeadas pelos Organismos Geneticamente Modificados (OGMs), em especial os alimentos transgênicos, vêm ganhando notada relevância na contemporaneidade, apresentando-se de forma muito intensa e com características de ordem controversa. Isso porque o tema divide opiniões entre cientistas, grupos sociais, organizações não governamentais, representantes dos governos e sociedade em geral.

- As discussões envolvendo os alimentos transgênicos giram, essencialmente, ao redor de questões de ordem ambiental e aspectos que envolvem a saúde. No campo econômico, as preocupações estão relacionadas, principalmente, com a possibilidade de constituição de monopólios, por parte de grande empresas.

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INTRODUÇÃO/JUSTIFICATIVAS

Contextualização

- As manifestações em torno das plantas, cultivos e alimentos transgênicos são ilustrativas de um debate cada vez mais corrente no mundo contemporâneo: o debate entre o público leigo e o público perito em torno de assuntos tecnológicos e científicos.

- O contexto social, político e histórico que propicia o debate sobre plantas, alimentos e cultivos transgênicos tem como pano de fundo o questionamento sobre a autoridade da ciência, sua imparcialidade e sua capacidade de produzir certezas.

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QUESTÕES DE PESQUISA

Nesse contexto, a pesquisa traz a discussão os alimentos transgênicos, essa escolha deve-se a grande importância destes na sociedade contemporânea, apresentando-se como um tema muito debatido e controverso.

Parte-se de algumas questões, sobre a ciência e a tecnologia e seus produtos biotecnológicos, que nortearão a pesquisa e o trabalho de campo:

I) Como os alunos de graduação encaram a ciência? II) Que visão de ciência possuem? III) Qual a visão que eles tem dos cientistas? IV) De que forma encaram as controvérsias advindas do desenvolvimento

tecnocientífico? V) Quais conhecimentos científicos possuem sobre alimentos

transgênicos? VI) Possuem restrições quanto ao consumo de alimentos transgênicos?

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PRESSUPOSTOS DA PESQUISA

Essa pesquisa parte de alguns pressupostos:

a) de que a formação tecnológica na graduação, nos moldes atuais, alinha-se a uma visão instrumental da tecnociência;

b) as instituições de ensino superior brasileiras nos moldes atuais reforçaria em seu espaço a ideia de que a tecnologia é neutra e humanamente controlada, simples ferramentas com as quais satisfazemos nossas necessidades;

c) essas instituições de ensino evocaria o triunfo econômico e competitivo da inovação, suprimindo reflexões acerca da sociedade e de suas reais demandas por conhecimento científico-tecnológico.

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OBJETIVOS

Objetivo geral:

Identificar e discutir as percepções dos alunos de graduação do Instituto Federal do Norte de Minas Gerais sobre a tecnociência e seus produtos biotecnológicos que envolvem incertezas, especificamente, os alimentos transgênicos. Objetivos específicos:

I) Identificar os posicionamentos dos alunos de graduação dos IFNMG frente aos temas: biotecnologia, transgenia e alimentos transgênicos;

II) Verificar como a apropriação dos conhecimentos científicos sobre alimentos transgênicos transparece no discurso que os alunos reproduzem a respeito;

III) Identificar o posicionamento dos alunos frente à tomada de decisão sobre a produção, consumo e comercialização de alimentos transgênicos.

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METODOLOGIA

Objeto de estudo:

Alunos do penúltimo e último ano dos cursos de Engenharia Agronômica, Engenharia química, Biologia e Medicina Veterinária (sétimo e oitavo período para cursos com duração de quatro anos ou nono e décimo período para cursos com duração de cinco anos).

A escolha dos cursos deve-se ao fato destes propiciar aos alunos contatos diretos ou indiretos, práticos ou teóricos com a temática principal dessa pesquisa – os transgênicos.

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METODOLOGIA

Sobre o método:

- O estudo caracteriza-se como descritivo – exploratório;- Caracteriza-se como uma pesquisa de levantamento;- Adota-se a abordagem quali-quantitativa;

Sobre a técnica de coleta e análise de dados:

- Questionário com questões fechadas/semiabertas;- Análise de conteúdo.

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Referencial teórico

- Essa pesquisa se insere no contexto das discussões que envolvem a ciência e a tecnologia na modernidade, tendo como principais teóricos sociais os autores: Ulrich Beck; Anthony Giddens; Robert Merton e Bruno Lautor.

- As discussões permearam temas como: Sociedade Risco, Autonomia da Ciência e Tecnologia, Controvérsias tecnocientíficas e Participação pública na ciência.

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ReferênciasBARDIN, I. Análise de conteúdo. Lisboa: Edições Setenta,1994. 226 p. Beck, Ulrich. Liberdade ou capitalismo: Ulrich Beck conversa com Johannes Willms. São Paulo: Editora Unesp, 2002a. ______. La sociedad del riesgo global. Madrid: Siglo Veintiuno de España Editores, 2002b. ______. La sociedad del riesgo – hacia una nueva modernidad. Barcelona: Paidós, 1998. BAZZO, W. A.; VON LINSINGEN, I.; PEREIRA, L. T. do V. Introdução aos estudos CTS (Ciência, Tecnologia e Sociedade). Madrid: OEI, 2003. BOREM, A; SANTOS, F. R. Biotecnologia simplificada. 2 ed. Viçosa, Ed. UFV, 2003. GIDDENS, Anthony. As consequências da modernidade. São Paulo: Editora UNESP, 1991. GIDDENS, Anthony. Modernidade e identidade. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed, 2002. GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. São Paulo: Atlas, 1991. GUIVANT, Julia S. A teoria da sociedade de risco de Ulrich Beck: entre o diagnóstico e a profecia. In: Estudos Sociedade e Agricultura. n. 16, 2001, pp. 95-112. _______________. A governança dos riscos e os desafios para a redefinição da arena pública no Brasil. In: Ciência, Tecnologia + Sociedade. Brasília: CGEE, 2005, pp. 47-85. HAYASHI, M. C. P. I; RIGOLIN, C. C. D; HAYASHI, C. R. M. Transgênicos e sociedade na agenda das pesquisas acadêmicas brasileiras. Política & Sociedade, Florianópolis, v. 11, n. 20, p.99-134, abr. 2012. Disponível em: <http://www.periodicos.ufsc.br/index.php/politica/issue/view/1874/showToc>. Acesso em: 15 jan. 2013. Irwin, Alan. Ciência Cidadã. Lisboa: Instituto Piaget, 1998. KUHN, T. S. A Estrutura das revoluções científicas. São Paulo: Perspectiva, 1989. LÓPEZ CEREZO, J. A. Ciencia, Tecnologia y Sociedad: el estado de la cuéstión en Europa y Estados Unidos. Revista Iberoamericana de Educación, OEI, n. 18, set./dez. 1998. Disponível em: <http://www.oei.es/oeivirt/rie18a02.htm> Acesso em: 28 dez. 2012. ______ Los estudios de ciencia, tecnologia y sociedad. Revista Iberoamericana de Educación, OEI, n. 20, maio/ago. 1999. Disponível em: <http://www.oei.es/salactsi/cerezorie20.htm>. Acesso em: 28 dez. 2012. MINAYO, Maria Cecilia de S.; SANCHES, Odécio. Quantitativo-qualitativo: oposição ou complementaridade?. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro , v. 9, n. 3, set. 1993 . Disponível em <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-311X1993000300002&lng=pt&nrm=iso>. acessos em 18 out. 2013. http://dx.doi.org/10.1590/S0102-311X1993000300002. RICHARDSON, R. J. Pesquisa social: métodos e técnicas. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2007. SANTOS, B. de S. Da sociologia da ciência à política científica. Revista Crítica de Ciências Sociais, n. 1, 1978, p. 11-56. SISMONDO, Sergio. Science and Technology Studies and an Engaged Program. In: Hackett,Edward; et al (orgs). Handbook of Science and Technology Studies. Cambridge: MIT press, 2008. 3 ed, pp. 13-32. TRIVIÑOS, A. N. Introdução à pesquisa em ciências sociais: a pesquisa qualitativa em educação. São Paulo: Atlas, 1987. ZARUR, G. de C. L. Unidades de análise no estudo sociológico da ciência: retrospectiva e crítica. In: ______. A arena científica. São Paulo: Ed. Autores Associados, 1994. Cap. 2, p. 15-44.