projeto integrador 2014 4o semestre

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Relatório sobre Aparato de Proteção ao Ovo

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UNIVERSIDADE NOVE DE JULHOdepartamento DE CINCIAS EXATASprojeto integrador 2014/2 ec 4d sala 422

Matheus Alves Pereira dos SantosRafael Stuqui da Silva AmbrosioRenata Stuqui da Silva AmbrosioVinicius Ramos SilvaRafael Jos

APO Aparato de Proteo ao Ovo

SO PAULO2014

Matheus Alves Pereira dos Santos, RA: 913117444Rafael Jos, RA:Rafael Stuqui da Silva Ambrosio, RA: 913117252Renata Stuqui da Silva Ambrosio, RA: 913117253Vinicius Ramos Silva, RA: 313104653

APO Aparato de Proteo ao Ovo

Relatrio tcnico apresentado como requisito para obteno de aprovao na avaliao trs (AV3), no curso de Engenharia Civil na Universidade Nove de Julho.rea de Concentrao: Engenharia CivilOrientador: Prof. MS. Caio de Palumbo Abreu.

SO PAULO2014

SUMRIO

LISTA DE FIGURAS, TABELAS E SMBOLOSRESUMO..................................................................................................................... 51. INTRODUO........................................................................................................ 62. EMBASAMENTO TERICO....................................................................................7 2.1 Dilatao Linear.................................................................................................7 2.2 Dilatao Superficial..........................................................................................7 2.3 Dilatao Volumtrica........................................................................................8 2.4 Objetivos do exemplo de juntas de dilatao adotado pelo grupo....................8 2.5 Juntas de dilatao e suas aplicaes..............................................................8 2.5.1 Classificaes das juntas de dilatao...........................................................9 2.5.2 Tratamentos mais comuns das juntas de dilatao.......................................9 2.5.2.1 Junta de dilatao com perfil em neoprene................................................9 2.5.2.2 Mastique elstico.......................................................................................10 2.5.2.3 Juntas Abertas...........................................................................................11 2.6 Importncia da junta de dilatao na construo civil.....................................11 2.7 Exemplos da utilizao de juntas de dilatao................................................123. DEFINIO DO PROJETO....................................................................................14 3.1 Pisos executados em madeira........................................................................15 3.2 Tratamentos nas juntas de dilatao em pisos de madeira............................17 3.3 Patologias em madeira....................................................................................19 3.4 Precaues e medidas a serem tomadas.......................................................204. CRONOGRAMA.....................................................................................................205. DESCRIO DOS TESTES E CLCULOS REALIZADOS...................................21 5.1 Exemplo adotado.............................................................................................21 5.2 Condies do ambeinte da aplicao.............................................................21 5.3 Clculos..........................................................................................................21 5.4 Definies das localizaes das juntas..........................................................226. PROTTIPO..........................................................................................................23 6.1 Materiais utilizados.........................................................................................23 6.2 Oramento......................................................................................................24 6.3 Construo.....................................................................................................247. SUSTENTABILIDADE............................................................................................25 8. CONCLUSO.........................................................................................................269. REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS.......................................................................2710 ANEXOS................................................................................................................28

LISTA DE FIGURAS E TABELAS

Figura 1 - Junta de Dilatao com perfil em Neoprene................................................8Figura 2 - Junta preenchida com Mastique Elstico.....................................................8Figura 3 - Exemplo de uma junta de dilatao aberta..................................................9Figura 4 - Juntas de dilatao em pontes..................................................................10Figura 5 - Juntas de dilatao em pisos.....................................................................10Figura 6 - Juntas de dilatao em revestimentos.......................................................10Figura 7 - Juntas de dilatao em obras de concreto pr-moldado...........................10Figura 8 - Piso em madeira macia............................................................................12Figura 9 - Piso pronto em madeira.............................................................................12Figura 10 - Piso "engenheirado" em madeira.............................................................13Figura 11 - Carpete de Madeira.................................................................................13Figura 12 - Piso laminado em madeira.......................................................................13Figura 13 - Perfil Tipo Redutor ..................................................................................14Figura 14 - Perfil Tipo "T"...........................................................................................14Figura 15 - Perfil Tipo parede - piso ..........................................................................15Figura 16 - Construo do prottipo...........................................................................16

Tabela 1 - Matriz de deciso e comparao de perfil entre tipos de pisos................11Tabela 2 - Cronograma do Projeto.............................................................................17Tabela 3 - Oramentos...............................................................................................23

LISTA DE SMBOLOS

Variao do comprimento do corpo que sofreu a dilatao linear.o: Comprimento inicial da superfcie do corpo.: Coeficiente de dilatao linear do material que constitui o corpo.S: Variao do comprimento do corpo que sofreu a dilatao linear.So: Comprimento inicial da superfcie do corpo.T: Variao de temperatura sofrida pelo corpo.: coeficiente de dilatao superficial do material que constitui o corpo. importante salientar que = 2 x .V: variao do volume do corpo que sofreu a dilatao linear.Vo: volume inicial da superfcie do corpo.: coeficiente de dilatao volumtrico do material que constitui o corpo. importante salientar que = 3 x .C: graus Celsius

OBJETIVO

Pretende-se com este projeto, estudar e desenvolver um elemento estrutural que resista a uma carga esttica tirando o mximo proveito das propriedades do concreto armado. O trabalho consiste em projetar e construir um prtico em concreto armado, conforme normas e regras estabelecidas no regulamento que tenha capacidade de resistir a cargas durante o ensaio realizado no laboratrio de materiais de construo. O elemento estrutural chamado de Aparato de Proteo ao Ovo (APO), que tem como funo, proteger um ovo colocado embaixo do prtico durante o carregamento.

1. INTRODUO

Por meio de pesquisas possvel afirmar que com o decorrer do tempo, o ramo da Engenharia Civil est progredindo cada dia mais. A sociedade est crescendo e fazendo com que essa rea de atuao cresa consecutivamente, pois em todos os ambientes, tanto para moradias quanto para empresas, so necessrias construes, projetos, tornando o trabalho do engenheiro civil como algo muito importante para a sociedade.Em todo tipo de material, o fenmeno da dilatao estar presente. Em especial na construo civil, esse um assunto que dever ser levado em conta, desde a concepo, at a execuo de um projeto. A soluo para o equilbrio e absoro das dilataes dos diferentes tipos de materiais utilizao na construo civil, a utilizao de juntas de dilatao.Esta pesquisa sugere uma reflexo sobre o estudo de uma junta de dilatao em pisos de madeira. Esse tipo de piso muito utilizado em edifcios residenciais e comerciais, e de acordo com as condies climticas e solicitaes do projeto sero necessrias utilizao de juntas de dilatao, a fim de evitar que a dilatao e expanso da madeira gerem tenses entre si, ou at mesmo contra as paredes de vedao e diviso de uma construo, ocasionando no desplacamento do piso de madeira assentado.

2. EMBASAMENTO TERICO

Com o trabalho sendo baseado no estudo de dilatao trmica, realizaram-se algumas pesquisas em obras de referncias da rea para dar suporte ao projeto. O trabalho consiste em trs formas de dilatao: Dilatao Linear, Dilatao Superficial e Dilatao Volumtrica.

2.1 Dilatao Linear

Na dilatao linear (uma dimenso), considera-se uma das dimenses do slido, o comprimento. A dilatao linear apenas terica, sendo que para que algo exista ele deve ser tridimensional, numa dilatao a matria ira dilatar em trs dimenses. O coeficiente de dilatao linear () constante em apenas alguns intervalos de temperaturas, por isso seus valores tabelados so obtidos por mdias de temperaturas. O clculo da dilatao linear de um material dado pela frmula:

.

2.2 Dilatao Superficial

Em uma dilatao superficial (superfcie = rea, logo, neste caso tm duas dimenses). A dilatao do comprimento e da largura de uma chapa de ao superficial. Se um disco ou chapa com um furo central dilatar, os tamanhos do furo e da chapa aumentam simultaneamente. Ou seja, aquela em que predomina a variao em duas dimenses, isto , a variao da rea.O clculo da dilatao superficial de um material dado pela frmula:

2.3 Dilatao Volumtrica

Na dilatao volumtrica calcula-se a variao do volume, logo avaliamos trs dimenses. A dilatao de um lquido ou de um gs volumtrica. O coeficiente de dilatao volumtrica dado da seguinte forma: Coeficiente de dilatao linear multiplicado por trs, tal procedimento explicado pelo fato de que quando calculamos um volume levamos em conta as trs dimenses (altura, largura e comprimento).

Clculo da dilatao volumtrica de um material dado pela frmula:

2.4 Objetivos do exemplo de juntas de dilatao adotado pelo grupo

A partir da definio do grupo em optar por pesquisar e estudar as juntas de dilatao em pisos de madeira, os objetivos deste projeto so:

Apresentar atravs de clculos, qual a dilatao total em mm do piso de madeira, aplicado em uma rea e condies climticas pr-determinadas; Apresentar atravs de clculos, a espessura em mm da junta necessria para atender as solicitaes do item anterior; Apresentar atravs de um prottipo, a expanso total em mm calculada e a reao da junta de dilatao a esta.

2.5 Juntas de dilatao e suas aplicaes

A junta de dilatao pode ser definida como sendo uma separao entre duas partes de uma estrutura, permitindo assim que ambos os elementos possam movimentar-se (retrao e contrao), sem que haja transmisso de esforo entre eles. As juntas de dilatao diferenciam-se pela amplitude do movimento e o tratamento que recebem para fech-las tem de ter em conta essa amplitude de movimento. As juntas de dilatao se aplicam em diversas reas das Engenharias (Mecnica, Aeronutica, Automobilstica, Civil, etc.) e o objetivo e a finalidade de sua utilizao sempre a mesma. A utilizao das juntas de dilatao permite que o conjunto onde ela esteja inserida, adquira tambm uma determinada flexibilidade, evitando assim esforos e sobrecargas no previstos e podem comprometer sua integridade.

2.5.1 Classificaes das Juntas de dilatao

Na Engenharia Civil, as juntas de dilatao esto presentes em praticamente todas as etapas da construo e podemos classific-las da seguinte maneira:

Juntas de dilatao para obras de grande porte Ex. Rodovias, Pontes, etc. Juntas de dilatao para obras de mdio porte Ex. Edifcios, Galpes comerciais, etc. Juntas de dilatao para obras de pequeno porte Ex. Execuo de Pisos internos, Revestimentos fachadas, etc.

2.5.2 Tratamentos mais comuns das Juntas de dilatao

2.5.2.1 Junta de dilatao com perfil em neoprene

Tem um perfil de elastmero policloropreno (neoprene) e adesivo epoxdico bi componente, utilizados para vedao de juntas visveis na superfcie, fixado por pressurizao, nucleao ou vcuo. Fabricados em diversos tamanhos e desenhos conforme o desempenho, com ranhuras nas abas para melhor fixao nas laterais da junta. Resistente ao de intempries, mantm a estanqueidade sob presses hidrostticas elevadas. aplicado em vedao de juntas de dilatao visveis na superfcie e sujeitas s grandes solicitaes, pisos, reas de pedestres ou obras com baixas presses hidrostticas e pequenas movimentaes estruturais, lajes de cobertura, reservatrios e obras com presses hidrostticas inferiores a 0,2 Mpa (2Kgf/cm).

Figura 1 - Junta de Dilatao com perfil em Neoprene, Fonte: Effectus Indstria e Comrcio Ltda

2.5.2.2 Mastique elstico

Massa base de poliuretano, alta elasticidade, monocomponente, resistente abraso, envelhecimento, gua e intempries, secando pela prpria umidade do ar. Material de enchimento para limitao de profundidade das juntas: poliestireno expandido.

Figura 2 - Junta preenchida com mastique elstico, Fonte: Sotecnisol Engenharia

Os mastiques de poliuretano so recomendveis para preencher juntas verticais e horizontais tanto internas como externas, vedao de juntas em pr-moldados com abertura at 5,0 cm e juntas de concreto na construo civil em geral. Pode tambm ser utilizado na vedao de juntas entre materiais diversos: vidro, concreto, ferro, alumnio, madeira, conforme orientao de projeto. Vedao de caixilhos e esquadrias. Calafetao em geral.

2.5.2.3 Juntas Abertas

As juntas abertas consistem no no preenchimento do espao de junta, procedendo-se apenas ao reforo dos bordos da estrutura. Uma variante a estas juntas consiste no preenchimento do espao de junta com um material compressvel, do tipo cortia, numa soluo antiga que foi utilizada durante bastante tempo.

Figura 3-Exemplo de uma junta de dilatao aberta, Fonte: Blog Pet Engenharia Civil - UFJF

2.6 Importncia da junta de dilatao na construo civil

Nesse estudo, podemos observar e analisar a importncia do dimensionamento e utilizao corretos das juntas de dilatao em diversas etapas da obra e em diversos segmentos.As juntas de dilatao servem para tornar independente um segmento estrutural do outro, a fim de garantir a estabilidade da construo em caso de: dilatao trmica dos materiais, abalos naturais ou oscilaes decorrentes da instabilidade do solo. Normalmente visualizamos como junta de dilatao, uma separao entre dois blocos de um prdio ou entre lances de uma ponte. Entretanto, so tambm juntas aquelas que separam placas de pavimentao, panos de revestimento de elementos pr-moldados, etc. As juntas diferenciam-se pela amplitude do movimento, e o tratamento que recebem para ved-las em funo da ordem de amplitude desses movimentos. um assunto importante que merece total ateno durante todo o processo de construo. A falta ou falha em uma junta de dilatao pode ocasionar srios danos construo.2.7 Exemplos da utilizao de juntas de dilatao

Embora tenhamos esses trs principais tipos de tratamentos de juntas de dilatao citados em um tpico acima, dentro de cada um deles, temos diversos tipos e formatos, podendo variar desde a dureza do material aplicado at o formato, segue abaixo alguns exemplos:

Figura 4 - Juntas de dilatao em pontes, Fonte: Google Imagens

Figura 6 - Juntas de dilatao em revestimentos, Fonte: Adonai EngenhariaFigura 5 - Juntas de dilatao em pisos, Fonte: Profilpas S.P.A

Figura 7 - Juntas de dilatao em obras de concreto pr-moldado, Fonte: Blog La Nostra Casa3. DEFINIO DO PROJETO

Com o projeto sendo baseado no estudo para a construo de uma junta de dilatao, utilizamos um projeto executivo de um pavimento comercial tipo, com especificao de utilizao de piso em madeira para avaliar e estudar a utilizao de juntas de dilatao no mesmo. Tambm foram feitas pesquisas em sites da rea para dar suporte ao projeto com relevncia em pisos executados em madeira.MATRIZ DE DECISO E COMPARAO DE PERFIL ENTRE TIPOS DE PISOS

Tipos de pisoMadeira (laminada.)Carpete (tecido)CermicoMadeira nobrePorcelanato

Fatores de DecisoPeso (%)Clas.Pont.Clas.Pont.Clas.Pont.Clas.Pont.Clas.Pont.

1Aspecto esttico12448336224560560

2Atendimento ao projeto2051001201205100120

3Custo15460345230230230

4Durabilidade15345230230575575

5Manuteno10550330220220440

6Qualidade18354354472590590

7Produtividade 5420420315210315

8Sustentabilidade5525151521015

Peso total100----------

Pontuao total500-402-240-216-395-335

Desempenho (%)100-80,4-48-43,2-79-67

TABELA DE CLASSIFICAO

5Atende 100%4Atende 75%3Atende 50%2Atende 25%1No Atende

Aps a apresentao do tema e a definio dos integrantes do grupo para o incio do projeto integrador, realizou-se uma reunio a fim de selecionar um material especfico para servir de base para a construo e tratamento da junta de dilatao. A madeira foi o material escolhido, por apresentar mais vantagens do que outros materiais. A deciso pelo tipo de material a ser utilizado, foi baseado no seguinte estudo:Tabela Elaborada pelo grupo

3.1 Pisos executados em madeiraDe acordo com uma reportagem realizada pela jornalista Michelle Achkar no portal Terra na internet, no guia Vida e Estilo, segundo a Arquiteta Lucilene Leitte, os 5 principais tipos de pisos em madeira so: Pisos de madeira macia: so os j tradicionais assoalhos (tbuas-corridas) ou tacos, fabricados em madeira macia. So instalados in natura na obra, ou seja, aps a instalao feita a raspagem, calafetao das juntas e frestas e a aplicao do acabamento (cera ou verniz) j no local de uso final.

Figura 8 - Piso em madeira macia, Fonte: Design Assoalhos

Piso-pronto: so os pisos feitos com lminas de madeira, apresenta o mesmo aspecto que os antigos assoalhos e tacos, ideal para quem no abre mo da madeira de verdade. Suas vantagens so a instalao fcil e rpida. Por ser feito de madeira mesmo, tem aspecto natural e as suas desvantagens so o risco com facilidade e necessidade de novo tratamento (raspagem e nova proteo de verniz) aps alguns anos de uso. Indicado para reas ntimas, onde a circulao menor.

Figura 9 - Piso Pronto em Madeira, Fonte: Kapor Pisos em Madeira

Piso Engenheirado: No Brasil, seu nome foi traduzido do ingls engineered flooring. Trata-se de um piso de madeira macia nobre na parte superior (camada de uso 3 mm), mas com melhorias na engenharia interna do produto, atravs da construo de uma estrutura de camadas intermedirias de chapas de madeira compensada, dispostas transversalmente, tornando a rgua mais estvel, e proporcionando economia no uso de madeira nobre.

Figura10 - Piso engenheirado em madeira, Fonte: Aero Portas

Carpete de madeira: trata-se de uma folha de madeira natural, bastante fina, colada e prensada a uma base de madeira processada, como compensado, aglomerado, MDF ou similares. Geralmente, o carpete de madeira bem mais fino que os pisos de madeira macia, com algo em torno de cinco a sete milmetros. Foi muito utilizado at o piso laminado ganhar o mercado. Foi deixado um pouco de lado, j que os laminados oferecem maior resistncia e a mesma velocidade na instalao.

Figura 11 - Carpete de Madeira, Fonte: Site Dicas de Mulher

Piso laminados (MDF e PVC): apresenta uma base em MDF ou PVC e uma lmina resistente com estampas que imitam madeira. Fcil e rpida instalao. Mais resistente do que a madeira. No risca oumancha com facilidade. Limpeza atravs de pano mido e sabo neutro, alm dos produtos especficos para piso laminado disponveis no mercado. Indicado para reas ntimas, salas e espaos comerciais.

Figura 12 - Piso laminado em madeira, Fonte: Desconhecido

3.2 Tratamentos nas juntas de dilatao em piso de madeira

Conforme pesquisa realizada em empresas que executam e instalam piso de madeira, existe a necessidade da utilizao de juntas de dilatao a cada 10 metros, para permitir de maneira segura a expanso do material. De acordo com a mesma pesquisa, podemos observar que os tipos mais utilizados para esse tipo de piso so:

Perfil tipo redutor (MDF e PVC): Esse tipo de junta permite a transio entre pisos de materiais e espessuras diferentes, (ex. pisos cermicos, carpetes, etc.).

Figura 13 - Perfil tipo redutor, Fonte: laminadosbh.blogspot

Perfil tipo T (MDF e PVC): Esse tipo de junta permite a transio entre pisos de materiais diferentes ou iguais e mesma espessuras, geralmente executados na separao de ambientes (ex. pisos cermicos, carpetes, etc.).

Figura 14 - Perfil tipo T, Fonte: laminadosbh.blogspot

Perfil piso - parede (MDF e PVC): Esse tipo de junta substitui o rodap, principalmente onde no possvel sua utilizao, (ex. portas de correr, armrios embutidos, etc.).

Figura 15 - Perfil tipo piso parede, Fonte: laminadosbh.blogspot

3.3 Patologias em Madeira

Segundo Fontenelle (2000) apud Vivarelli (2006) diversos efeitos de peas de madeira independentemente de seu uso aparecem cotidianamente. Suas consequncias mais naturais so o desplacamento das peas assentadas, comprometimento na segurana de trfego sobre o piso.

De acordo com o autor, as patologias em obras de madeira podem acontecer da seguinte forma:

Abaulamento deformaes da madeira causadas por esforos excessivos nas peas, retrao da madeira na secagem ou no desdobramento. Podem deformar a estrutura e introduzir tenses no previstas, alm de causar problemas estticos. Podem ser por escanoamento, empenamento e arqueadura; Defeitos de desdobramentos desbitolamento e quinas mortas; Ataques por animais xipfagos animais que atacam a madeira perfurando-a e causando enfraquecimento, podendo acarretar a sua destruio total. Como exemplo, podem-se citar os cupins, carunchos, limnrias, teredos e algumas espcies de vespas. Apodrecimento a decomposio da madeira pela ao de fungos (mofo ou bolor) ou pela ao de substncias qumica tais como cloro, soda e cidos.

Outros problemas podem ser encontrados, como afirma Fontenelle (2000):

Desempenho deficiente das emendas ou ligaes; Apodrecimento das pontas das tesouras onde se apiam nas paredes; Deficincia na execuo de telhados por ausncia de projetos; Mau funcionamento de esquadrias de madeira, e quebra de vidros; Retrao das tbuas aps a sua colocao em paredes, forros e pisos, devido secagem.

3.4 Precaues e medidas a serem tomadas

Para que os pisos madeiras tenham uma maior vida til torna-se necessrio a realizao de algumas medidas e cuidados em certas etapas da obra. Como em qualquer sistema construtivo, faz-se necessrio a correta utilizao e conhecimento das caractersticas do material a ser utilizado.

4. CRONOGRAMA

Para ter uma visualizao do progresso do trabalho e controle sobre a execuo das atividades, o grupo elaborou um cronograma. Segue abaixo o cronograma do trabalho:CRONOGRAMA DE ATIVIDADES PROJETO INTEGRADOR 3 SEMESTRE ENGENHARIA CIVIL - JUNTAS DE DILATAO - 2014

ETAPA / ATIVIDADEMAROABRILMAIOJUNHO

1 Quinzena2 Quinzena1 Quinzena2 Quinzena1 Quinzena2 Quinzena1 Quinzena2 Quinzena

Apresentao do Tema

Definies do Grupo (1 entrega)31-mar

Metodologia e estudo de caso

Definies dos materiais utilizados no prottipo

Levantamento (compra) dos materiais do prottipo

Estudo , pesquisa e levantamento das informaes para elaborao do relatrio

Entrega do relatrio preliminar (2 entrega)14-abr

Montagem e concluso do Relatrio + Prottipo

Entrega do relatrio final (3 entrega)12-mai

Apresentao geral do projeto2/jun

Legenda:Executado

No executado

Cronograma de atividades elaborado pelo grupo

5. DESCRIO DOS TESTES E CLCULOS REALIZADOS

Aps a realizao do estudo para a definio do tipo de material a ser utilizado na execuo do piso nas reas secas, foram realizados todos os clculos necessrios para a definio da quantidade de juntas necessrias para atender as solicitaes do projeto (Anexo1).

5.1 Exemplo adotado

Aplicao de piso de madeira (laminado), em um pavimento tipo comercial, com rea de 300 m e estudo da utilizao de juntas de dilatao nesse tipo de piso, a fim de evitar esforos e sobrecargas no previstos e que podem afetar a integridade da aplicao.

5.2 Condies do ambiente da aplicao

Temperatura (C): Entre -10C e 60CUmidade Relativa do Ar (UR %): Entre 30% e 70%

5.3 Clculos

O clculo para a definio da espessura e a quantidade de juntas de dilatao a ser utilizada na execuo do exemplo adotado, foi baseada na frmula de dilatao superficial (rea).

S = . So. T Onde:S: Variao do comprimento do corpo que sofreu a dilatao linear.So: Comprimento inicial da superfcie do corpo.: Coeficiente de dilatao superficial do material que constitui o corpo.T: Variao de temperatura sofrida pelo corpo.OBS: importante salientar que = 2 x . (No caso do piso em madeira o coeficiente de dilatao ser de =0,4 x 10-5C-1).

A definio da utilizao pelo clculo da dilatao da rea se deu pelo fato de medida da espessura ser bem inferior s medidas de largura e comprimento da rea a ser aplicado o piso.Aplicando a frmula, com os dados obtidos do projeto exemplo adotado pelo grupo temos:

S = 2 x (0,4 x 10-5C-1) x 300 (60-(-10))S = 0,168 m

Portanto, a variao total da dilatao superficial da rea do piso ser de 0,168 m (expanso ou retrao).

5.4 Definies das localizaes das juntas

Embora tenhamos calculado a variao total da dilatao da rea do piso adotado como exemplo, em pesquisas realizadas em Empresas do segmento de fabricao e servios de aplicao desse tipo de piso, verificou-se que todas tem a mesma especificao tcnica na construo das juntas de dilatao. So elas:

Construo de juntas de dilatao com espessuras entre 1,5cm e 2,0 cm, a cada 10m linear de piso (Perfil tipo T). Construo de juntas de dilatao com espessuras entre 1,5cm e 2,0 cm, em todo encontro piso parede (Perfil tipo piso-parede). Construo de juntas de dilatao com espessuras entre 1,5cm e 2,0 cm, em divisas com outros pisos (Perfil tipo redutor).

No exemplo adotado pelo grupo, o maior lado da rea total do piso tem comprimento igual a 25m (vinte e cinco metros), logo, a disposio das juntas ficou da seguinte forma: Construo de 2 (duas) junta de dilatao com perfil tipo T e com espessura de 2,0cm na metade do comprimento total da planta. Construo de juntas de dilatao com perfil tipo piso parede e com espessura de 2,0cm em todos os encontros piso-parede. Construo de juntas de dilatao com perfil tipo redutora e com espessura de 2,0cm em divisas com outros tipos de piso.

6. PROTTIPO

Para a apresentao visual da movimentao e trabalho da junta de dilatao em piso de madeira do tipo laminado, foi definido a construo e um prottipo a fim de reproduzir a ao e a importncia de utilizao da mesma. A definio foi pela junta com perfil tipo T, como mostra o Detalhe 1 do projeto anexo.

6.1 Materiais utilizados

Os materiais utilizados para a construo do prottipo foram: Sobras de placa MDF; Sobras de Piso de madeira tipo laminado; Corredia de gaveta tipo telescpica (35cmx3,5cm); Sobra de junta de dilatao perfil tipo T; Parafusos tipo chipboard (4mmx30mm)

6.2 OramentoORAMENTO - PROTTIPO JUNTAS DE DILATAO EM PISOS DE MADEIRA

Descrio do itemQuantidadeUnidade de Medida Valor Unitrio (R$) Valor total (R$)

Carpete de madeira *2,1M- -

Corredia Telescpica (35cmx3, 5 cm)4,0UN7,50 30,00

Juntas de dilatao - Perfil T *0,3M- -

Parafusos tipo chipboard (4mmx30mm)8,0UN0,20 1,60

Placas MDF *3,05M - -

Valor total R$ 31,60

Tabela elaborada pelo grupo

OBS: Materiais reaproveitados de obras do mesmo segmento em andamento, e solicitados nas prestadoras de servio de aplicao do mesmo.

6.3 Construo

A construo do prottipo foi executada em uma oficina localizada na residncia de um dos integrantes do grupo e pode ser observada nas imagens abaixo:

Figura 16 - Construes do prottipo pelo grupo, Fonte: Imagens elaboradas pelo grupo7. SUSTENTABILIDADE

A sustentabilidade est totalmente ligada s construes na engenharia civil, j que nas ltimas dcadas tem crescido muito a preocupao com o meio ambiente. No caso particular da madeira, h que se fazerem algumas consideraes sobre o seu processo de formao para melhor entendimento de sua importncia ecolgica e a razo pela qual esse material incomparvel em termos de benefcios ambientais.A madeira um dos mais importantes e versteis materiais de construo. Com ela se fazem estruturas, vedaes, telhados, esquadrias, mveis etc. o nico material que participa de todos os sistemas e etapas da construo de edifcios ou outros tipos de obra. o nico material natural renovvel. Com essas caractersticas, a madeira foi o material escolhido para a construo do projeto, j que atende as necessidades com relao ao questionamento da sustentabilidade.Como material renovvel, favorece a sua incluso nos conceitos de desenvolvimento sustentvel, j que as melhores madeiras tm um tempo de crescimento muito longo at a idade de abate. So utilizadas mais na fabricao de papel e de madeira reconstituda (MDF, MDP etc.) cujo uso vem crescendo muito nas ltimas dcadas, tanto na indstria de mveis quanto na construo civil.

8. CONCLUSO

Por meio da realizao deste projeto fora possvel organizar um oramento, selecionar materiais, compreender clculos e a necessidade de cumprimento das aes para atingir o objetivo do trabalho. Mediante ao objetivo proposto, aps serem realizadas vrias pesquisas e anlises, o projeto obteve como resultado esperado o ponto principal e mais importante do trabalho, que a construo de uma junta de dilatao. O objetivo foi proporcionado pela compreenso da dilatao trmica, sendo elas, dilatao linear e dilatao superficial e o estudo da madeira no qual foi o material escolhido para a construo do prottipo, sendo assim, uma junta de dilatao em pisos de madeira. O principal fator que contribuiu para atingir o objetivo do projeto foi a escolha da madeira como material para a construo. Apresentou mais vantagens do que outros materiais, alm de ser facilmente adquirida sem custos. As ferramentas que foram utilizadas facilitaram bastante construo do projeto, j que foram ferramentas especficas para uso na madeira. Os principais obstculos do projeto foram a produo do desenho tcnico com a representao do projeto e o desenvolvimento dos clculos. Diante de um estudo aprofundado, e com a orientao do professor, obteve-se xito na realizao do desenho tcnico com os detalhes da junta no piso de madeira. Os clculos desenvolvidos inicialmente tiveram que passar por alteraes a fim de apresentar um nmero condizente com a realidade do projeto. Durante a execuo do projeto, no foi necessrio fazer algum tipo de modificao no prottipo e o cronograma realizado foi seguido corretamente sem atrasos em relao ao cronograma proposto. O presente projeto tem condies de contribuir significativamente para a comprovao experimental da importante utilizao da junta de dilatao na engenharia civil. Alm disso, contribui ainda mais para uma preparaono aproveitamento de outros projetos que sero avaliados no futuro.

9. REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS

HALLIDAY, D.; RESNICK, R.; WALKER, J. Fundamentos da Fsica: Gravitao, Ondas e Termodinmica. 8 ed. Rio de Janeiro: LTC. vol. 2. Captulo 07, item 18-6ACHKAR, MICHELLE. Arquiteta lista diferenas entre pisos de madeira e imitaes. In: Terra. Disponvel em: Acessado em Abr. 2014Fontenelle (2000) apud Vivarelli (2006) UFM -Estudo sobre construes em madeira (Universidade Federal de Maring).