projeto famaz vai a praça

25
FACULDADE METROPOLITANA DA AMAZÔNIA CURSO DE ENFERMAGEM PROJETO FAMAZ VAI À PRAÇA HIGIENE PESSOAL NA MANIPULAÇÃO DE ALIMENTOS AUTORES: Adelaide Baia Almir Santos Almiro Monteiro Cleidiani Coelho Belém,Pará,Brasil 2009

Upload: adelaide-do-socorro-dias-baia

Post on 13-Jun-2015

196 views

Category:

Documents


1 download

DESCRIPTION

Informações sobre manipulação de alimentos

TRANSCRIPT

Page 1: Projeto famaz vai a praça

FACULDADE METROPOLITANA DA AMAZÔNIA

CURSO DE ENFERMAGEM

PROJETO FAMAZ VAI À PRAÇA

HIGIENE PESSOAL NA MANIPULAÇÃO DE ALIMENTOS

AUTORES: Adelaide Baia

Almir Santos

Almiro Monteiro

Cleidiani Coelho

Belém,Pará,Brasil

2009

Page 2: Projeto famaz vai a praça

Adelaide Baia

Almir Santos

Almiro Monteiro

Cleidiani Coelho

PROJETO FAMAZ VAI À PRAÇA

HIGIENE PESSOAL NA MANIPULAÇÃO DE ALIMENTOS

Trabalho apresentado como requisito parcial e avaliação à obtenção de nota no Programa de Graduação de Bacharel em Enfermagem da Faculdade Metropolitana da Amazônia-FAMAZ.

Orientadora: Profª Lauzelee Ferreira

Belém,Pará,Brasil

2009

Page 3: Projeto famaz vai a praça

AUTORES: Adelaide Baia

Almir Santos

Almiro Monteiro

Cleidiani Coelho

Famaz vai à praça

Higiene pessoal na manipulação de alimentos

Trabalho apresentado como requisito parcial e avaliação à obtenção de nota (__________) no Programa de Graduação de Bacharel em Enfermagem da Faculdade Metropolitana da Amazônia-FAMAZ, pela Banca Examinadora formada pelos seguintes Professores:

Ass. _______________________________________________________

1º Exam.: Lauze Lee Alves – Msc.– Faculdade Metropolitana da Amazônia

Belém,Pará,Brasil

2009

Page 4: Projeto famaz vai a praça

SUMÁRIO

1. Objetivo Geral..................................................................................................4

2. Lavagem das mãos..........................................................................................4

3. Pêlos e Cabelos...............................................................................................6

4. Luvas...............................................................................................................8

5. Avental.............................................................................................................9

6. Máscara.........................................................................................................10

7. Unhas.............................................................................................................12

8. Machucado, Corte, Ferida, Lesões................................................................13

9. Gripe..............................................................................................................15

10. Tosse: Mecanismo Fisiológico.....................................................................16

11. Manipulação do dinheiro..............................................................................17

Metodologia.......................................................................................................18

Resultados.........................................................................................................19

Discussão..........................................................................................................21

Conclusão..........................................................................................................23

Referência Bibliográfica.....................................................................................24

Page 5: Projeto famaz vai a praça

HIGIENE PESSOAL NA MANIPULAÇÃO DE ALIMENTOS

1. OBJETIVO GERAL

O objetivo geral do trabalho foi avaliar o perfil e condições higiênico-

sanitária dos ambulantes que atuam na manipulação de alimentos na área da

Praça da República na cidade de Belém – PÁ.

2. LAVAGEM DAS MÃOS

É a medida individual mais simples e menos dispendiosa para

prevenir a propagação das infecções relacionadas à manipulação alimentar

(ANVISA, 2002).

As mãos constituem a principal via de transmissão de

microrganismos durante a manipulação dos alimentos, pois a pele é um

possível reservatório de diversos microrganismos, que podem se transferir de

uma superfície para outra, por meio de contato direto (pele com pele), ou

indireto, através do contato com objetos e superfícies contaminados. A

higienização das mãos apresenta as seguintes finalidades: remoção de sujeira,

suor, oleosidade, pêlos, lesões de células descamativas causada pelo

patogeno dermatófitos e da microbiota da pele, interrompendo a transmissão

de infecções veiculadas ao contato, prevenção e redução das infecções

Page 6: Projeto famaz vai a praça

causadas pelas transmissões cruzadas e a lavagem das mãos pode ser

visualizada na figura 1 (ANVISA, 2002).

De certa forma, a camada córnea da epiderme apresenta-se

constituída por uma porção epitelial de origem ectodérmica e outra porção

tecido conjuntivo frouxo de origem mesodérmica, a derme . A função da pele é

revestimento em diversos órgãos do corpo humano, proteção contra o frio – a

gordura funciona como bom isolante térmico e aos tecidos subjacentes contra

abrasões e lesões, transporte transcelular de moléculas através das

camadas epiteliais, secreção de muco , hormônios, enzimas, e assim por

diante, por várias glândulas, absorção de material de uma luz (p. ex., trato

intestinal, ou alguns túbulos renais), controle do movimento de materiais entre

os compartimentos do corpo através de permeabilidade seletiva de junções

intercelulares entre células epiteliais, percepção de sensações através dos

corpúsculos gustativos, retina do olho e células pilosas especializadas do

ouvido (JUNQUEIRA & CARNEIRO, 2004).

A pele das mãos alberga, principalmente, duas populações de

microrganismos: os pertencentes à microbiota residente e à microbiota

transitória. A microbiota residente é constituída por microrganismo de baixa

virulência, como estafilococos, corinebactérias e micrococos, pouco associados

Fig. 1 – Lavagem das mãos

Page 7: Projeto famaz vai a praça

às infecções veiculadas pelas mãos. É mais difícil de ser removida pela

higienização das mãos com água e sabão, uma vez que coloniza as camadas

mais internas da pele (ANVISA, 2007).

A microbiota transitória coloniza a camada mais superficial da pele, o

que permite sua remoção mecânica pela higienização das mãos com água e

sabão, utilizada como uma solução anti-séptica. É representada, tipicamente,

pelas bactérias Gram-negativas, como enterobactérias (Ex: Escherichia Coli),

bactérias não fermentadas (Ex: Pseudomonas aeruginosa), além de fungos e

vírus (ANVISA, 2007).

3. PÊLOS E CABELOS

São estruturas delgadas e queratinizadas, que se desenvolvem a

partir de uma invaginação de epiderme. Sua cor, tamanho e disposição variam

de acordo com a raça e a região do corpo. Os pêlos são estruturas que

crescem descontinuamente, intercalando fases de repouso com fases de

crescimento. A duração das fases de repouso e crescimento é variável de

região para região. No couro cabeludo, por exemplo, a fase de crescimento é

muito longa, durando vários anos, enquanto a fase de repouso é da ordem de

três meses. As características dos pêlos de certas regiões do corpo (face e

região pubiana) são influenciadas por hormônios, principalmente os hormônios

sexuais (JUNQUEIRA & CARNEIRO, 2004).

Cada pêlo se origina de uma invaginação da epiderme, as células

que recobrem a papila dérmica formam a raiz do pêlo, de onde emerge o eixo

do pêlo. Sua cor depende dos melanócitos localizados entre a papila e o

epitélio da raiz do pêlo, que fornecem melanina ás células do córtex e da

Page 8: Projeto famaz vai a praça

medula do pêlo, por processo semelhante ao que ocorre na epiderme

(JUNQUEIRA & CARNEIRO, 2004).

No couro cabeludo, existe um número normal de fungos e bactérias

que convivem bem sem causar problemas; são chamados de flora normal e

podem ser encontrados em diversas regiões do corpo. Dentre estes está o

fungo pityrosporum ovale, que quando presente em grande quantidade causa

caspa e dermatite seborréica observado na figura 2 (SITEMEDICO, 2008).

O cabelo cai de uma forma natural e por este motivo constitui uma

potencial fonte de contaminação de produtos alimentares. Mas o risco de

contaminação de produtos alimentares associados a cabelos não se reduz a

perigos físicos. É possível encontrar no couro cabeludo microrganismos

patogênicos, tais como o Staphylococcus aureus(micose que infecta o cabelo

provocando queda). Por forma a prevenir a contaminação dos alimentos a

partir desta fonte, os cabelos devem ser lavados regularmente com shampoo e

devem ser utilizadas toucas/barretes de modo a cobrir todo o cabelo, não

deixando pontas de fora. Para segurar a touca não se devem usar ganchos ou

molas. A touca deve ser presa com a ajuda do elástico que deve fazer parte da

sua estrutura. Nunca devem ser utilizados ganchos para segurar os cabelos.

Fig. 2-Staphylococcus aureus provoca inflamação no couro cabeludo e queda.

Page 9: Projeto famaz vai a praça

Os cabelos devem apresentar-se lavados e penteados. A colocação da touca

ou o rearranjo da sua posição deve ser exclusivamente efetuado nos vestiários

(SITEMEDICO, 2008).

Embora não seja aconselhável que os trabalhadores do sexo

masculino usem barba e/ou bigode, caso usem, o uniforme deve incluir

proteção adequada para a barba e bigode.

4. LUVAS

O objetivo da utilização de luvas durante a manipulação dos

alimentos é a proteção alimentar, servindo ainda para melhorar as condições

sanitárias do processamento dos alimentos, evitando a transmissão de

microrganismo oriundo das mãos dos manipuladores alimentares e ajudando a

reduzir a contaminação de patógenos visualizado na figura 3. Entretanto, elas

podem ter micro-furos e perderem sua integridade sem que o profissional

perceba, possibilitando contato direto das mãos nos alimentos. (ANVISA,

2007).

Fig. 3 – Alimentos contaminado com possiveis

microrganismo

Page 10: Projeto famaz vai a praça

O material obtido na produção das luvas é o látex de qualquer cor

produzido por algumas plantas como a papoula e a seringueira associada a

exploração descontrolada dos recursos gerando alto impacto ambiental e

social, uma vez, analisando o ciclo de vida do produto em relação a sua

decomposição num período indeterminado.

5. AVENTAL

O avental é um acessório importante na proteção dos alimentos,

contra as fontes externas de contaminação. Usar uniformes (roupas e aventais)

de cor clara que são mais perceptíveis para identificar manchas de resíduos

alimentares e trocá-las quando necessário (SESC, 2008)

Quanto ao tecido a ser usado, o resultado melhor que se chegou é

de uma mistura entre o algodão natural e fibras de poliéster. Para roupa

pessoal, 67% de poliéster e 33% de algodão. São mais leves, permitem

melhor ventilação e os 33% de algodão permitem boa absorção de suor.

Quanto mais elevada a porcentagem de fibras sintéticas na composição da

roupa, menos conforto apresenta pela não absorção do suor. Não se desgasta

com facilidade e não descora(PARAISO, 2008).

É este tecido o mais favorável para evitar a proliferação de agentes

patogeno e fixação da sujeira, pois o poliéster é liso e não permite a adesão de

bactérias. As fibras de poliéster têm uma resistência 100% superior às de

algodão puro, e durando mais, exigem menor capital de giro e poder ser

reciclável voltado para proteção e/ou diminuição do impacto ambiental

(MEZZOMO, 1992).

Page 11: Projeto famaz vai a praça

Os uniformes devem ser mantidos limpos, bem passados e trocados

diariamente, conservados em bom estado, sem rasgos, encontrado na figura 4,

quando o trabalho propiciar que o uniforme se suje rapidamente, recomenda-se

o uso de avental plástico para aumentar a proteção contra a contaminação do

produto, não utilizar panos ou sacos plásticos para proteção do uniforme, não é

permitido carregar no uniforme canetas, lápis, espelhos, pinças, presilhas etc.

especialmente da cintura para cima, impedir que os funcionários uniformizados

sentem-se ou deitem-se no chão, sacarias ou outros locais impróprios (SESC,

2008).

6. Máscara

A boca é um ecossistema de alta complexidade. Esse é o tema de

uma revisão publicada num dos últimos números da revista Science. A primeira

descrição de que na boca humana havia seres estranhos, foi feita no final do

Fig. 4 – Importância dos aventais limpos.

Page 12: Projeto famaz vai a praça

século 17, na Holanda, por Antony van Leeuwenhoek - um dono de armarinho,

hoje considerado o pai da bacteriologia - cuja distração principal era explorar os

recursos de uma engenhoca recém-descoberta: o microscópio. As novas

técnicas identificaram mais de 700 espécies diferentes de germes vivendo em

estilo comunitário na cavidade oral humana. Os microorganismos que

colonizam a boca mostram predileção clara por determinadas regiões: alguns

preferem à superfície da língua, outros, a das gengivas e dos dentes.

(DRÁUZIO VARELLA, 2005).

O uso de máscaras naso-bocais, que devem ser colocadas tapando

simultaneamente a boca e o nariz dos operadores, deverá ser igualmente

seguida sempre que estejam a serem realizadas tarefas que necessitem de um

nível superior de higiene, é recomendável para os casos de manipulação direta

dos alimentos sensíveis à contaminação. Não sendo, o uso de máscara,

recomendado como um mecanismo de prevenção de contaminação por via da

respiração do operador sobre o produto, Visto que após cerca de 20 minutos

de uso, a máscara se torna úmida, reunindo as fibras e permitindo a passagem

de uma quantidade grande de microorganismos (ver fig. 5).

Além de se tornar desconfortável e provocar prurido, gerando mais

possibilidade de contaminação pela coceira. No caso de adoção do uso de

máscaras, as mesmas devem ser descartáveis e devem ser trocadas, no

máximo, a cada 30 minutos. Sendo necessário um intensivo treinamento e

conscientização do funcionário quanto à utilidade e uso correto de máscaras,

por forma a minimizar a probabilidade de contaminação dos alimentos

(PARAISO, 2008).

Fig. 5 – Máscara de proteção alimentar

Page 13: Projeto famaz vai a praça

7. UNHAS

As unhas são placas de células queratinizadas localizada na

superfície dorsal das falanges terminais dos dedos. A unha é constituída

essencialmente por escamas córneas compactas, fortemente aderidas umas às

outras. Elas crescem deslizando sobre o leito ungueal, que tem estrutura típica

de pele são mostrada na figura 6. A transparência da unha e a pequena

espessura de epitélio do leito ungueal permitem observar a cor do sangue dos

vasos da derme, constituindo uma maneira de avaliar a oxigenação do sangue

(JUNQUEIRA & CARNEIRO, 2004).

As unhas raramente são examinadas com atenção durante os

exames fisicos. Entretanto é importante examiná-las cuidadosamente para

verificar presença de doenças multissistêsmica, como unheiro ou paroníquia

(POLICLIN, 2008).

Paroníquia é uma infecção da pele que fica ao redor das unhas dos

dedos das mãos ou dos pés. Há dois tipos diferentes de paroníquia, aguda e

crônica:

Paroníquia aguda — Normalmente aparece subitamente como uma

área muito dolorosa de inchaço, calor e vermelhidão ao redor da unha,

normalmente depois de uma lesão nesta área. Uma paroníquia aguda é

causada tipicamente por uma infecção por bactérias que invadem a pele onde

há um ferimento. O dano pode ser causado pelo mal cuidado de

manicure/podólogo (cortando a cutícula), pela mania de morder as

extremidades das unhas ou a pele ao redor das unhas, ou chupando a ponta

dos dedos (POLICLIN, 2008)

Paroníquia crônica — É uma infecção que normalmente se

desenvolve lentamente, causando inchaço progressivo, aumento da

sensibilidade e vermelhidão da pele ao redor das unhas. Normalmente é

causada por Candida ou outras espécies de fungo (micose). Afeta

Page 14: Projeto famaz vai a praça

freqüentemente vários dedos na mesma mão. As pessoas que tem maior

chance de adquirir esta infecção são as que têm diabetes ou aquelas cujo

trabalho constantemente expõe suas mãos à água ou a solventes químicos.

Tais trabalhos incluem lavadeiras de roupas, garçons, empregadas domésticas,

jardineiros, dentistas, babás, cozinheiras, lavadores de prato e cabeleireiros

(as) (POLICLIN, 2008).

8. MACHUCADO, CORTE, FERIDA E LACERAÇÃO

São lesões físicas causadas por abertura ou escoriações da pele,

causando a interrupção da continuidade de um tecido corpóreo, em maior ou

em menor extensão, causada por qualquer tipo de trauma físico, químico,

mecânico ou desencadeada por uma afecção clínica, que aciona as frentes de

defesa orgânica para o contra ataque (BAPTISTA, 2008).

As lesões influenciam na aderência, multiplicação, crescimento

bacteriano e possível transmissão de microorganismo através da pele

Fig. 6 - camadas da unha: ungueal, cutícula, matriz e outras.

Page 15: Projeto famaz vai a praça

provocando intoxicação alimentar estafilocócica é uma das mais frequentes. É

decorrente da ingestão de enterotoxinas pré-formadas no alimento

contaminado pela bactéria, a qual pode continuar viável ou não (BAPTISTA,

2008).

Os alimentos que são contaminados com maior frequência são as

carnes processadas, cremes de leite, saladas de batata e sorvetes. Uma vez

contaminado, se o alimento permanecer sem refrigeração (à temperatura

ambiente ou estufa), ocorrerá o crescimento da bactéria (LUIS TRABULSI &

FLAVIO ALTERHUM, 2005).

As amostras de S. Aureus (ver fig. 7) que contaminam os alimentos

são geralmente provenientes de indivíduos que manuseiam esses alimentos

podendo ser portadores assintomáticos ou indivíduos que apresentam algum

tipo de infecção. Os sintomas da intoxicacão alimentar estafilocócica consistem

de náuseas, vômitos diarréia e dores abdominais. Geralmente, têm início em

torno de quatro horas após a ingestão do alimento e duram em média 12 horas.

Como as enterotoxinas são termoestáveis, a cocção dos alimentos não as

destrói (LUIS TRABULSI & FLAVIO ALTERHUM, 2005).

O diagnóstico da intoxicação alimentar é realizado pela pesquisa das

enterotoxinas nos alimentos ingeridos e no material oriundo do vômito do

paciente. De modo geral, o Staphylococcus aureus pode ser encontrado em

grande quantidade no alimento que contém a enterotoxina responsável pelas

manifestações clínicas (LUIS TRABULSI & FLAVIO ALTERHUM, 2005).

Fig. 7 – Colônias beta-hemolíticas de Staphylococcus aureus em Agar sangue.

Page 16: Projeto famaz vai a praça

Portanto, uma infecção de pele deve ser mantida limpa e seca com

proteção, ou se a ferida for agrave e a pessoa trabalhar diretamente com

manipulação alimentar deverá afastar-se da atividade para que não ocorram

intoxicações alimentares nos consumidores (Fig. 8).

9. GRIPE

As partículas virais podem ser inaladas após transmissão aérea de

gotículas de saliva contaminadas expelidas a alta velocidade, como no espirro

ou na tosse, ou por contato direto, como no beijo, ou pelas mãos ou objetos e

alimentos contaminados. Alguns vírus, como os rinovírus, ocasionam quadros

de resfriado comum, nos quais a infecção é localizada nos primeiros

segmentos da árvore respiratória (LUIS TRABULSI & FLAVIO ALTERHUM,

2005).

Fig. 8 - lesão

Page 17: Projeto famaz vai a praça

O consumidor, por sua vez, não consegue avaliar visualmente todos

os atributos de segurança no momento da compra. Os níveis de contaminação

microbiológica são invisíveis e só podem ser determinados por meio de testes

laboratoriais. Dessa forma, ações preventivas devem ser adotadas para

minimizar a contaminação dos produtos em toda a cadeia produtiva

10. TOSSE: MECANISMO FISIOLÓGICO

Através dos brônquios e traquéia são tão sensíveis ao mais leve

toque que uma quantidade excessiva de qualquer material estranho ou outra

causa de irritação desencadeia o reflexo da tosse. A laringe e a carina (local

onde a traquéia se divide em brônquios) são especialmente sensíveis.

Impulsos aferentes passam das vias respiratórias para o bulbo, principalmente

pelos nervos vagos. Em seguida, uma sequência automática de eventos é

desencadeada pelos circuitos neuronais do bulbo (GUYTON, 2004).

Na produção alimentar algumas bactérias que estão no pulmão

podem vim a superficie com a tosse, por exemplo a bactéria chamada

Pneumococo conhecida também como pneumonia, contaminando o alimento

implicando em riscos à saúde humana, tornando um problema de saúde

pública atingindo camadas menos favorecidas da população são as mais

afetadas pela contaminação alimentar, pelos hábitos culturais da alimentação e

necessidade de optar por produtos com menor preço, geralmente de pior

qualidade e maior contaminação.

11. MANIPULAÇÃO DE DINHEIRO

Page 18: Projeto famaz vai a praça

As cédulas monetárias podem ser vistas como um grande veículo-

disseminador de agentes pertencentes à microbiota normal das mãos e do

ambiente, que podem ser patogênicos para os indivíduos, principalmente

porque ainda não existe dinheiro isento da possibilidade de contaminação por

germes durante a sua manipulação e circulação. Os cuidados higiênicos,

portanto, são necessários, particularmente no convívio com profissionais na

área da manipulação alimentar (PARANA-ONLINE, 2008).

Mesmo que imundo, o dinheiro não seria um perigo tão grande à

saúde pública se os vendedores realmente se preocupassem em lavar as mãos

corretamente depois de manuseá-lo, particularmente quando estão vendendo

alimentos, evitaria a disseminação dos microrganismos que podem ser

veiculados para os alimentos contaminando-os e assim desencadeando

diarréias, náuseas ou vômitos, doenças respiratórias e de pele em decorrência

de infecções bacterianas (PARANA-ONLINE, 2008).

Portanto, verifica-se a necessidade de uma boa higiene das mãos

após a manipulação de dinheiro, principalmente em áreas que trabalham com

praças alimentares e implantação de investimentos em educação higiênico-

sanitária para os vendedores.

Page 19: Projeto famaz vai a praça

METODOLOGIA

Trata-se de estudo de coorte, descritivo, uma vez que se pretendeu

com essa investigação foi descrever o perfil e condições higiênico-sanitária na

produção alimentar e os hábitos relacionado à manipulação do alimento, e as

conseqüências desse hábito dos ambulantes da área da Praça da República no

município de Belém.

Para identificar e estratificar o perfil dos trabalhadores foi aplicado

um questionário. Esse questionário foi elaborado por Lauze Lee, docente e

orientadora deste estudo, e foi baseado de acordo com a realidade dos

ambulantes, instrumento de auto-relato desenvolvido para identificar vários

padrões de higiênico-sanitária, de fácil aplicação e correção com validação

transcultural.

As respostas dadas ao questionário foram analisadas e as

informações obtidas foram submetidas à análise do conteúdo temático. Os

resultados aqui descritos estão apresentados em forma de gráfico e são

discutidos posteriormente, permitindo a compreensão dos mesmos.

Page 20: Projeto famaz vai a praça

RESULTADOS

Constatou-se que a freqüência com que os sujeitos fazem uso da

lavagem das mãos é bem alta, conforme ilustrado no gráfico 1. Cem por cento

utilizam os cabelos presos durante atividade de produção e venda do alimento,

sendo este resultado de significado positivo, quanto à freqüência de unhas

cortadas 89,47% dos sujeitos, entrevistados afirmaram ter o hábito constituindo

um fator primordial no bloqueio da transmissão de agentes patogenos.

O gráfico 2 resume a preocupação dos sujeitos quanto ao

acometimento de alguma doença relacionada a falta da higienização adequada

das mãos, após a manipulação do dinheiro e devido a falta de lavatório

destinado a está finalidade provocando a disseminação cruzada de alimento e

superfície contaminada.

Gráfico 1 – Cuidados: lavagem das mãos, cabelos presos, uso de máscara, luvas, avental, unhas cortadas

Page 21: Projeto famaz vai a praça

Gráfico 2 – Cuidados: gripe, machucado, tosse, lavagem das mãos após a manipulação de dinheiro, local, local destinado à lavagem das mãos.

Page 22: Projeto famaz vai a praça

DISCUSSÃO

Entre os entrevistados, 78,95% garantem lavar as mãos, mas será

que lavam adequadamente? Sabendo-se que a mão é uma das maiores vias

de transmissão de microorganismos, a importância da lavagem das mesmas é

muito grande, previnindo assim, a propagação de infecções relacionadas a

manipulação alimentar; 100% mencionam usar cabelos presos, sendo um bom

sinal, pois, como já foi citado no trabalho, o couro cabeludo possui uma flora

normal, com bactérias e fungos ali viventes. A queda de cabelos nos alimentos

os contamina, sendo o principal causador da mesma o Staphylococcus aureus

- micose que infecta o cabelo provocando queda (LUIS TRABULSI & FLAVIO

ALTERHUM, 2005).

Uma pequena minoria dos manipuladores usam máscara, apenas

21,05%, o uso de máscaras é importante para proteger os alimentos da

contaminação pela flora bucal; Luvas e aventais respectivamente 42,10% e

47,36%, a importância da luva, proteção alimentar, e melhorar as condições

sanitárias do processamento dos alimentos.

O avental é importante para proteger o alimento de possiveis

microorganismos presentes na roupa dos manipuladores; 89,47% disseram

manter as unhas cortadas, como nem sempre o manipulador usam luvas, o

corte das unhas é importante porque embaixo delas fica um acumulo de

sujeira, além de alguns fungos que podem vir ocasionar lesões na unhas, e

posteriormente podem contaminar os alimentos; 84,21% afastam-se do

trabalho quando gripados, na gripe há um risco inerente de contaminação dos

alimentos pelo ar, mesmo pessoas que usam máscaras, têm que saber usá-

las; 73,68% se afastam do trabalho quando machucados,como foi dito

anteriormente, as feridas, corte e machucados devem ser mantidos longe de

alimentos, pelo perigo de contaminação que oferecem; 78,95% se afastam

quando apresentam tosse, como vimos a contaminação pela boca é muito

grande. Outros tipos de doenças podem ser tranmitidas pelo ar (GUYTON,

2004).

Page 23: Projeto famaz vai a praça

Lavagem das mão após manipular dinheiro é indispensável, porém,

somente 36,84% dos vendedores têm essa preocupação, nas cédulas há

muitas bactérias, fungos e etc.; Apenas 15,78% têm acesso a lavagem das

mãos em lugares com esta finalidade, com isso propriciando um meio de

veiculação de microorganismo entre o ambulante e seu produto de consumo

alimentar que esta sendo exposto a venda.

Page 24: Projeto famaz vai a praça

CONCLUSÃO

A pesquisa teoricamente demonstrou resultado satisfatório, porém,

na prática observa-se que não é esta a realidade, por não haver uma boa

condição de higiene no local de trabalho desses vendedores.

Devido ao fato de a inocuidade dos alimentos serem relevantes para

a saúde pública, sugere então, implementação de ações de educação em

higiene alimentar para os vendedores da praça da República, como, palestras,

cursos e outros, com finalidade de conscientizá-los do uso de materiais de

proteção, para a não contaminação dos alimentos.

O grupo sugere a realização de outros estudos e ações

governamentais que possam colaborar na prevenção de doenças por

transmissão alimentar. Faz-se necessário a atuação conjunta com órgãos de

fiscalização, promovendo constantemente a promoção de educação em higiene

de alimentos para os manipuladores e proprietários. na busca constante de

educação em segurança alimentar.

Page 25: Projeto famaz vai a praça

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

GUYTON & HALL, Fisiologia Humana e Mecanismos das Doenças 10ª ed. Rio de Janeiro, 1996, 284 p.

JUNQUEIRA, L. C. U.; CARNEIRO, J. Histologia Básica . 10ª ed. Rio Janeiro, 2004, p. 361- 370.

TRABULSI, Luis Rachid. ALTERHUM, Flavio. Microbiologia 4ª ed. São Paulo. 2005, 539 p.

<http://www.anvisa.gov.br> acesso em: 24/08/2005.

<http://www.baptista.com/feridas_leila.pdf> acesso em: 05/09/2008

<http:www.adam.sertaoggi.com.br> acesso em: 05/09/2008

<http://www.sitemedico.com.br> acesso em: 05/09/2008

<http://www.lincx.com.br> acesso em: 04/09/2008

<http://www.livronline.com.br> acesso em: 04/09/2008

<http://www.parana-online.com.br> acesso em: 02/09/2008

<http://clipping.planejamento.gov.br> acesso em: 02/09/2008

<http://www.newslab.com.br> acesso em: 02/09/2008

<http://www.policlin.com.br/drpoli/129/> acesso em: 11/09/2008

<http://pt.wikipedia.org/wiki/látex > acesso em 24/04/2009

<http://www.ambientebrasil.com.br> acesso em 24/04/2009

<www.mesabrasil.sesc.com.br> acesso em 24/04/2009

<http://paraiso.etfto.gov.br/docente/admin/upload/docs_upload/material_f3c35bea82.pdf