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1 SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE ALTAMIRA PROJETO EXPANSÃO E REESTRUTURAÇÃO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ/ CAMPUS DE ALTAMIRA Altamira-PA, agosto de 2011

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SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ

CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE ALTAMIRA

PROJETO EXPANSÃO E REESTRUTURAÇÃO DA

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ/ CAMPUS DE ALTAMIRA

Altamira-PA, agosto de 2011

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Reitor

Carlos Edilson de Almeida Maneschy

Vice-Reitor

Horacio Schneider

Chefe de Gabinete

Maria Lúcia Uchoa Ohana

Pró-Reitor de Administração

Edson Ortiz de Matos

Pró-Reitor de Ensino de Graduação

Marlene Rodrigues Medeiros Freitas

Pró-Reitor de Desenvolvimento e Gestão de Pessoal

João Cauby de Almeida Júnior

Pró-Reitor de Pesquisa e Pós-Graduação

Emmanuel Zagury Tourinho

Pró-Reitor de Planejamento e Desenvolvimento Institucional

Erick Nelo Pedreira

Prefeito

Alemar Dias Rodrigues Júnior

Procuradora Geral

Maria Cristina Cesar de Oliveira

Diretor Executivo da FADESP

João Farias Guerreiro

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Campus Universitário de Altamira

Coordenador(a): Prof. Dr. Rainério Meireles da Silva

Início: 05/2008 Término: 05/2012

Faculdade de Ciências Biológicas

Diretor(a): Profª. Dra. Rosemar Luz

Início: 05/2011 Término: 05/2013

Faculdade de Educação

Diretor(a): Prof. MSc. Rozinaldo Ribeiro da Silva

Início: 11/2010 Término: 11/2012

Faculdade de Engenharia Agronômica

Diretor(a): Prof. Dr. Miguel Alves Júnior

Início: 02/2010 Término: 02/2012

Faculdade de Engenharia Florestal

Diretor(a): Prof. MSc. Marlon Costa de Menezes

Início: 11/2009 Término: 11/2011

Faculdade de Etnodesenvolvimento

Diretor(a): Profª. MSc. Francilene de Aguiar Parente

Início: 12/2009 Término: 12/2011

Faculdade de Geografia

Diretor(a): Prof. MSc. José Queiroz de Miranda Neto

Início: 10/2009 Término: 10/2011

Faculdade de Letras

Diretor(a): Prof. MSc. João Jesus Rosa

Início: 03/2009 Término: 03/2011

Elaboração técnica: Rhoberta Santana de Araújo (org.), Warlivan Salvador Leite, Rita Denize de

Oliveira, Marcel Ribeiro Padinha, Vilma Aparecida de Pinho, João Jesus Rosa, Ronilson de Souza

Santos, José Eduardo Martinelli Filho, Iselino Nogueira Jardim, Francilene Aguiar Parente, Eliane da

Silva Sousa, Miguel Alves Júnior.

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11 AAPPRREESSEENNTTAAÇÇÃÃOO

As Universidades Públicas Brasileiras são centros de produção científica, tanto em nível de

graduação, quanto de Pós-Graduação, constituindo-se em loco privilegiado de reflexão, do

pensamento crítico, do debate rigoroso e da busca de alternativas para a existência do indivíduo e

da sociedade.

O Processo de Interiorização da UFPA, iniciado em 1987, vem alicerçando atuação de

relevância para as microrregiões nas quais foi implantado. A atuação foi concentrada, inicialmente,

na área de formação de profissionais licenciados para atuarem no ensino fundamental e médio.

Além da atuação na área do ensino, o programa de interiorização realizou atividades de extensão e,

embora, um pouco mais timidamente, também esteve presente na área da pesquisa. A partir da

década de 90, as atividades vêm se diversificando, principalmente pelos novos desafios apontados

na realidade do país e da Região Amazônica.

Através da Resolução nº 1111/00 de 28 de fevereiro de 2000 do CONSAD (Conselho Superior

de Administração), os Campi do interior passaram a dispor de autonomia administrativa e

acadêmica que possibilitou liberdade no planejamento das atividades acadêmicas. O Campus

Universitário de Altamira tem procurado direcionar suas atividades a fim de tornar-se espaço de

produção científica e de formação humana e profissional, buscando superar o estádio de Unidade

de Ensino e direcionando-se para formação que garanta a indissociabilidade do tripé acadêmico:

ensino, pesquisa e extensão.

O Campus Universitário de Altamira tem o papel fundamental em contribuir para a formação e

crescimento profissional da região, como parte do Projeto de Interiorização da UFPA, configurado

nos onze Campi implantados no interior do Estado - muitas vezes penalizados pelo isolamento e por

inúmeras dificuldades e desafios que dia após dia colocam à prova sua permanência.

Apesar das condições adversas mencionadas, nos comprometermos a construir coletivamente

com a proposta Acadêmico-Científica visando o desenvolvimento do Campus que, além de estar

voltada para o atendimento da demanda dos profissionais, considera também as especificidades

regionais, o mercado de trabalho e a vontade política da população local. Não pensamos uma

Universidade asséptica, dissociada dos problemas sociais, mas Universidade que reflete sobre os

profissionais que está formando, sobre os princípios curriculares e éticos que regem a construção

do conhecimento e sobre a contradição existente nas relações institucionais e suas variadas formas

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de manifestação de poder, pois, mesmo diante de todo o desenvolvimento científico e tecnológico,

ainda convivemos com acentuados indicadores de desigualdades sociais.

2. HISTÓRICO DA UFPA, pioneirismo na Amazônia

A Universidade do Pará foi criada pela Lei n. 3.191, de 2 de julho de 1957, sancionada

pelo Presidente Juscelino Kubitschek de Oliveira após cinco anos de tramitação legislativa.

Congregou as sete faculdades federais, estaduais e privadas existentes em Belém: Medicina, Direito,

Farmácia, Engenharia, Odontologia, Filosofia, Ciências e Letras e Ciências Econômicas, Contábeis e

Atuariais.

Decorridos mais de 18 meses de sua criação, a Universidade do Pará foi solenemente

instalada em sessão presidida pelo Presidente Kubitschek, no Teatro da Paz, a 31 de janeiro de

1959. Sua instalação foi um ato meramente simbólico, isto porque já a 12 de outubro de 1957, o

Decreto n. 42.427 aprovara o primeiro Estatuto da Universidade que definia a orientação da política

educacional da Instituição e, desde 28 de novembro do mesmo ano, estava em exercício o primeiro

reitor, Mário Braga Henriques (nov. 1957 a dez. 1960).

A primeira reforma estatutária da Universidade aconteceu em 1963. O novo Estatuto foi

publicado no Diário Oficial da União em 9 de setembro do mesmo ano. Dois meses depois, a

Universidade foi reestruturada pela Lei n. 4.283, de 18 de novembro de 1963. Nesse período foram

implantados novos cursos e novas atividades básicas visando a promover o desenvolvimento regional

e, também, o aperfeiçoamento das atividades-fim da Instituição. Ainda nos anos 60, foi aprovado o

novo plano de reestruturação da Universidade Federal do Pará pelo Decreto n. 65.880, de 16

dezembro de 1969. Um dos elementos essenciais desse plano foi a criação dos Centros, com

extinção das Faculdades existentes e definição das funções dos Departamentos.

Atualmente, a Universidade Federal do Pará é uma instituição federal de ensino

superior, organizada sob a forma de autarquia, vinculada ao Ministério de Educação e Cultura (MEC)

através da Secretaria de Ensino Superior (SESu). O princípio fundamental da UFPA é a integração

das funções de ensino, pesquisa e extensão.

A missão da UFPA é gerar, difundir e aplicar o conhecimento nos diversos campos do

saber, visando à melhoria da qualidade de vida do ser humano em geral e, em particular, do

amazônida, aproveitando as potencialidades da região, mediante processos integrados de ensino,

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pesquisa e extensão, com princípios de responsabilidade, de respeito à ética, à diversidade biológica,

étnica e cultural, garantindo a todos o acesso ao conhecimento produzido e acumulado, de modo a

contribuir para o exercício pleno da cidadania mediante formação humanística, crítica, reflexiva e

investigativa, preparando profissionais competentes e atualizados para o mundo.

A UFPA, atualmente, é uma das maiores e mais importantes instituições do Trópico Úmido,

abrigando uma comunidade composta por mais de 50 mil pessoas, assim distribuídas até abril de

2008: 2.360 professores, incluindo efetivos do ensino superior, efetivos do ensino básico, substitutos

e visitantes; 2.337 servidores técnico-administrativos; 6.861 alunos de cursos de pós-graduação,

sendo 2.457 estudantes de cursos de pós-graduação stricto sensu; 31.174 alunos matriculados nos

cursos de graduação, 20.460 na capital e 10.714 no interior do Estado; 1.851 alunos do ensino

fundamental e médio, da Escola de Aplicação; 2.916 alunos dos Cursos Livres oferecidos pelo

Instituto de Letras e Comunicação Social (ILC), Instituto de Ciência da Arte (ICA), Escola de Teatro e

Dança, Escola de Música e Casa de estudos Germânicos, além de 664 alunos dos cursos técnico-

profissionalizantes do ICA. Oferece 338 cursos de graduação e 39 programas de pós-graduação, com

38 cursos de mestrado e 17 de doutorado.

O processo de interiorização das ações universitárias iniciou nos anos de 1970 e representou

momento importante na estruturação da UFPA. A situação dos professores que atuavam no então 1º

e 2º Graus era alarmante, apenas 150 dos 25 mil professores da rede pública tinham habilitação para

o magistério. Mudar esse panorama foi um dos principais objetivos dos cursos oferecidos pela UFPA,

a partir de 1986, em oito municípios sede, localizados em cada uma das seis mesorregiões do

Estado, sendo: no Baixo Amazonas, Campus de Santarém; no Marajó, Campus de Soure (e

posteriormente Breves); na Metropolitana de Belém, Campus de Castanhal; no Sudoeste do Pará,

Campus de Altamira; no Nordeste, os Campi de Abaetetuba, Bragança e Cametá; e no Sudeste, o

Campus de Marabá. As prefeituras locais se uniram ao projeto, doando prédios para a instalação da

sede do campus, cedendo servidores para o apoio administrativo, vigilantes e motoristas.

O Campus Universitário de Altamira

O Campus Universitário de Altamira - UFPA foi criado em 1987 e, desde então, vem

formando técnicos e docentes de nível superior em Altamira e nos municípios adjacentes. Nesses 21

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anos foram licenciados mais de 2.000 alunos nas áreas de Letras, Pedagogia, Ciências, História,

Geografia, Matemática, Ciências Sociais e Ciências Agrárias. Essa unidade acadêmica responde a

um dos principais desafios apresentados pela região: a carência de pessoal qualificado através da

formação de profissionais de nível superior para atender as demandas dos municípios, principalmente

na área da educação básica.

O Campus iniciou suas atividades com os cursos intervalares de: Letras, Pedagogia,

Ciências, História, e Geografia, ofertados nos períodos de recesso escolar, possibilitando o

atendimento da demanda específica composta, em sua maioria, por professores vindos de outros

municípios da região. Em outubro de 1992, iniciaram-se os cursos regulares de Licenciaturas em

Letras e Matemática, seguidos por Pedagogia em 1994, que pretendiam atender parte da sociedade

não contemplada pelos cursos intervalares.

Em 1996 se instala em Altamira, por intermédio do Centro Agropecuário, o Curso de

Licenciatura em Ciências Agrárias, atendendo a necessidade de melhor conhecer e trabalhar o

potencial agropecuário da região.

Mais recentemente, o Campus de Altamira é um dos beneficiados do Programa de

Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (REUNI), que o governo federal iniciou com

o Decreto 6096 de 24 de abril de 2007, com o propósito de expandir o acesso ao ensino de

graduação e otimizar as taxas de conclusão de graduação. Como estratégia para o alcance das

metas pactuadas no programa foram criados novos cursos, no ano de 2008, Engenharia Florestal, e

no ano seguinte foram instalados os cursos de Geografia, Letras (Língua inglesa) e

Etnodesenvolvimento. Para atender esse novo contexto, o MEC determinou abertura de concurso

público para contratação de 38 professores e 13 técnicos de nível médio e superior, além da liberação

de recursos financeiros para construção de laboratórios, salas de aulas e prédios administrativos em

Altamira.

O Campus de Altamira mantém núcleo em Uruará, e promoveu ações de educação no campo

por meio de seis projetos vinculados ao Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária

(PRONERA), iniciado em 1998 para atender a reivindicação dos movimentos sociais e dos sindicatos

dos trabalhadores rurais da Transamazônica pelo direito à educação.

A comunidade universitária é constituída por, 91 docentes efetivos, 16 técnico-administrativos

aproximadamente, 1.500 alunos, distribuídos nos cursos de Engenharia Florestal, Engenharia

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Agronômica, Pedagogia, Geografia, Ciências Biológicas, Letras-Língua Portuguesa, Letras-Língua

Inglesa e Etnodesenvolvimento, cursos presenciais e Química, modalidade à distância.

Os eixos que norteiam o funcionamento do Campus estão pautados nas demandas sociais

locais, assim centrados na melhoria do sistema educacional com a formação de professores para

atuar na educação básica e de agentes de desenvolvimento com o propósito de transformação social

e econômica, apoiando a agricultura familiar, e as populações tradicionais como o todo.

Apesar de evidente a importância dessa unidade da UFPA no sudoeste paraense, não são

poucos os problemas e os desafios a serem suplantados, principalmente no que diz respeito a

infraestrutura. Percebemos a necessidade urgente de salas de administração e pesquisa para as

faculdades recém-criadas, bem como aumento do número de salas de aula, laboratórios e outros

espaços para aproveitamento do processo educacional.

1. JUSTIFICATIVA

A Universidade Federal do Pará integra o conjunto das maiores instituições federais de

ensino superior (IFES) brasileiras em número de alunos de graduação, destaca-se, ainda, no cenário

nacional, por ser a maior rede de formação de pós-graduação de todo Norte do país – possui mais da

metade dos cursos de mestrado e doutorado e metade de todos os doutores existentes na região. Em

sua organização, configura-se como universidade multicampi, implantada nas principais mesorregiões

do Estado paraense, com alto grau de inserção nesses diversos contextos socioeconômicos e

progressivo processo de consolidação de sua interiorização, em todas as áreas de conhecimento

(UFPA, 2005).

A importância estratégica da Amazônia para o Brasil e para o mundo, sob todos os

aspectos (biodiversidade, energia, minérios, recursos hídricos, preservação ambiental, multiplicidade

cultural), impõe desafios no horizonte do novo século que não podem ser minimizados ou adiados

pelos principais atores políticos e institucionais em cena, sob pena do processo de transformação em

curso resultar em mais um ciclo de exploração econômica concentradora de riquezas e socialmente

excludente. Tais desafios, nessa perspectiva, precisam ser definidores de políticas públicas

adequadas para a região e não por menos balizam as principais diretrizes e metas consagradas no

Plano de Desenvolvimento da UFPA 2001-2010, cuja missão maior é contribuir – pela produção e

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difusão do conhecimento e formação de quadros – para tornar a Amazônia, sobretudo para as suas

populações, economicamente viável, ambientalmente segura e socialmente justa (UFPA, 2005).

Importante destacar o papel relevante ocupado por Altamira na mesorregião do Xingu,

enquanto cidade pólo. Nesse sentido, a UFPA inaugura uma importante fase na história do município,

enquanto primeira Instituição de Ensino Superior a desenvolver ações na região, que foram

direcionadas, inicialmente a formação de professores da educação básica. O início das atividades

dessa universidade representou um importante marco no campo educacional, diante da expressiva

demanda de professores sem a formação adequada para atuar na educação básica. Além da

formação de professores, a vocação econômica do município, baseada na agricultura, na pecuária e

na extração madeireira favoreceu a oferta dos cursos de Engenharia Agronômica e Engenharia

Florestal (ARAÙJO, 2010)

A mesorregião apresenta o número de menos de 2% das pessoas com nível superior, daí a

fundamental importância de um Campus Universitário bem estruturado, ainda mais que sua

abrangência contempla os municípios de Brasil Novo, Medicilândia, Uruará, Placas, Vitória do Xingu,

Senador José Porfírio, Porto de Moz, Anapu e Pacajá. No mapa apresentado a seguir, é possível

observar os municípios que integram o campo de abrangência do Campus de Altamira. As

expressivas dimensões territoriais da Mesorregião do Xingu, com imensas demandas no campo

educacional, indicam a relevância da atuação dessa unidade.

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A mesorregião do Xingu, notadamente os municípios diretamente afetados pela construção da

Hidrelétrica de Belo Monte, Altamira, Brasil Novo, Vitória do Xingu, Senador José Porfírio e

Anapu, apresentam uma importante demanda no campo educacional.

2. OBJETIVOS GERAIS

Expandir e consolidar a oferta do ensino superior as populações atingidas pelo Aproveitamento

Hidrelétrico de Belo Monte, enquanto estratégia para formação de quadros profissionais

qualificados, comprometidos com processos, economicamente viáveis, ambientalmente seguros

e socialmente justos, de desenvolvimento regional.

3. OBJETIVOS ESPECIFICOS

Promover a oferta de cursos nas áreas das engenharias, do direito e da saúde, visando a

redução das assimetrias na formação desses profissionais no Estado do Pará, cuja oferta se

concentra em poucos pólos. Essa medida atenderá uma demanda antiga da população local

que anseia pela ampliação das possibilidades de ingresso em cursos de distintas áreas do

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conhecimento, alicerçados no desenvolvimento técnico – cientifico e no desenvolvimento

socioeconômico;

Aperfeiçoar as condições de oferta dos cursos existentes no Campus Universitário de Altamira,

no que se relaciona à infraestrutura física das salas de aula, dos laboratórios e de

equipamentos;

Consolidar a infraestrutura administrativa do Campus Universitário de Altamira, como suporte

técnico indispensável para o gerenciamento, a supervisão e a execução de processos e

serviços de interesse da comunidade universitária e da sociedade de modo geral;

Consolidar as ações de assistência estudantil, por meio da ampliação da casa do estudante, da

construção do centro estudantil e da construção do ginásio de esportes. Esse conjunto de ações

se constitui como importante instrumento de integração e promoção da permanência e do

sucesso dos alunos da graduação, especialmente àqueles em condições de vulnerabilidade

socioeconômica;

Construir Centro de Estudos Socioambiental do Xingu, unidade de referência na pesquisa

cientifica dos fenômenos com implicações no campo social e ambiental;

Construir o espaço integrado do Museu da Transamazônica e Xingu, do Centro de Conservação

da Natureza e do Xingu e do Herbário, cujo objetivo é o estabelecimento do diálogo entre o

saber científico e a sociedade, para estimular, fomentar e assegurar ações sócio-educativas,

cujo fulcro esteja na valorização do patrimônio cultural e natural, considerando as

potencialidades, especificidades e diversidades da mesorregião da Transamazônica e Xingu

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4. ORÇAMENTO RESUMIDO

EIXOS PROJETO EXECUTIVO CAPITAL CUSTEIO TOTAL

FACULDADE DE EDUCAÇÃO 39.895,08 1.400.000,00 1.100.000,00 2.539.895,08

FACULDADE DE LETRAS 55.588,00 1.950.000,00 100.000,00 2.105.588,00

FACULDADE DE ENGENHARIA AGRONÔMICA 39.937,84 1.400.000,00 200.000,00 1.639.937,84

OFERTA CURSOS NOVOS: DIREITO, MEDICINA,

ENGENHARIAS

82.697,84 5.900.000,00 4.600.000,00

10.582.697,84

FACULDADE DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS 40.664,76 1.226.000,00 0,00 1.266.664,76

FACULDADE DE GEOGRAFIA 42.760,00 2.700.000,00 0,00 2.742.760,00

FACULDADE DE ENGENHARIA FLORESTAL 22.791,08 1.300.000,00 0,00 1.322.791,08

FACULDADE DE ETNODESENVOLVIMENTO 0,00 0,00 450.000,00 450.000,00

ADMINISTRAÇÃO 206.159,74 5.700.000,00 850.000,00 6.756.159,74

REPRESENTAÇÃO ESTUDANTIL 59.377,58 1.300.000,00 0,00 1.359.377,58

SUBTOTAL 589.871,92 22.876.000,00 7.300.000,00 30.765.871,92

CUSTOS ADMINISTRATIVOS E OPERACIONAIS* 0,00 0,00 1.653.849,50 1.653.849,50

TOTAL 589.871,92 22.876.000,00 8.953.849,50 32.419.721,42

*Custos operacionais da FADESP

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5. CRONOGRAMA EXECUÇÃO FINANCEIRA

EIXOS 2011

2012

2013 2014 TOTAL

FACULDADE DE EDUCAÇÃO

625.000,00 625.000,00 625.000,00 625.000,00 2.500.000,00

FACULDADE DE LETRAS 512.500,00 512.500,00 512.500,00 512.500,00 2.050.000,00

FACULDADE DE ENGENHARIA AGRONÔMICA

400.000,00 400.000,00 400.000,00 400.000,00 1.600.000,00

OFERTA CURSOS NOVOS: DIREITO, MEDICINA, ENGENHARIAS

2.625.000,00 2.625.000,00 2.625.000,00 2.625.000,00 10.500.000,00

FACULDADE DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS

356.500,00 356.500,00 356.500,00 356.500,00 1.426.000,00

FACULDADE DE GEOGRAFIA

675.000,00 675.000,00 675.000,00 675.000,00 2.700.000,00

FACULDADE DE ENGENHARIA FLORESTAL

325.000,00 325.000,00 325.000,00 325.000,00 1.300.000,00

FACULDADE DE ETNODESENVOLVIMENTO

112.500,00 112.500,00 112.500,00 112.500,00 450.000,00

ADMINISTRAÇÃO 1.637.500,00 1.637.500,00 1.637.500,00 1.637.500,00 6.550.000,00

REPRESENTAÇÃO ESTUDANTIL

325.000,00 325.000,00 325.000,00 325.000,00 1.300.000,00

CUSTOS ADMINISTRATIVOS E OPERACIONAIS

413.462,38 413.462,38 413.462,38 413.462,38 1.653.849,50

TOTAL 8.007.462,38 8.007.462,38 8.007.462,38 8.007.462,38 32.029.849,50

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6. EIXOS DAS AÇÕES PROPOSTAS

EIXO : OFERTA CURSOS NOVOS: DIREITO, MEDICINA, ENGENHARIAS,)

Eixo Ação Valor

Oferta de cursos novos:

direito, medicina e

engenharias

Construção do Pavilhão das

Ciências Jurídicas

700.000,00

Construção do Pavilhão das

Engenharias

700.000,00

Construção do Pavilhão da

Medicina

1 500.000,00

Equipamentos para os prédios

cursos novos (engenharias, direito

e medicina)

3 000.000,00

Implantação do Curso de Medicina

(custeio)

1.600.000,00

Implantação do Curso de Direito

(custeio)

1.600.000,00

Implantação do Curso de

Engenharia Civil (custeio)

700.000,00

Implantação do Curso de

Engenharia Elétrica (custeio)

700.000,00

Total 10.500.000,00

Objetivo: Promover a oferta de cursos nas áreas das engenharias, do direito e da saúde,

visando a redução das assimetrias na formação desses profissionais no Estado do Pará, cuja

oferta se concentra em poucos pólos. Essa medida atenderá uma demanda antiga da

população local que anseia pela ampliação das possibilidades de ingresso em cursos de

distintas áreas do conhecimento, alicerçados no desenvolvimento técnico – cientifico e no

desenvolvimento socioeconômico;

Justificativa: Dentre as finalidades estatutárias da Universidade Federal do Pará está previsto “

cooperar para o desenvolvimento regional, nacional e internacional, firmando-se como suporte

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técnico e científico de excelência no atendimento aos serviços de interesse comunitário e às

demandas sociopolítico-culturais para uma Amazônia economicamente viável, ambientalmente

segura e socialmente justa” (UFPA, 2009, Estatuto, Art. 3º, Inciso III). Nesse sentido fica

evidente que as ações da Universidade estão correlacionadas com as demandas e os

interesses da comunidade. E uma das demandas historicamente atribuídas a essa organização

social é a formação de profissionais nos distintos campos do saber, zelando por uma formação

humanística e ética. A definição da oferta dos cursos está condicionada a vocação sociopolítico-

cultural da região, de modo a contribuir com a promoção do bem público e a melhoria da

qualidade de vida, particularmente do Amazônida.

Nesse contexto, o Campus de Altamira, atua com pioneirismo na Mesoregião do

Xingu na formação de profissionais da área da educação, das engenharias agronômica e

florestal, demandas históricas de Altamira e municípios circunvizinhos. Entretanto, a dinâmica

da sociedade estabelece novos processos de desenvolvimento, o que implica em novas

demandas à Universidade, que por tradição histórica define de forma autônoma o seu campo de

atuação, com primazia na defesa dos seus princípios e finalidades.

: O início das obras de construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte representa um

importante marco na história da região, dada o expressivo volume dos recursos financeiros,

humanos e materiais envolvidos no empreendimento e nos desafios impostos aos órgãos

governamentais, consórcio de empresas e à comunidade em geral nos aspectos relacionados

aos impactos socioambientais decorrentes da obra.

Diante dessa conjuntura a formação de profissionais na área da Medicina, do

Direito e das Engenharias (Civil e Elétrica) atenderá uma demanda latente da sociedade local,

que diante da ausência da oferta desses cursos por Instituições de Ensino Superior da região,

fica na dependência de profissionais oriundos de outras localidades. Fato este que encarece

significativamente a remuneração desses profissionais, onerando especialmente o orçamento

das prefeituras.

A Universidade Federal do Pará/Campus de Altamira propõe com a oferta

desses cursos colaborar com a equalização das demandas socioeconômicas, particularmente

dos municípios diretamente impactados pela construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte,

reduzindo as assimetrias regionais no atendimento dos serviços médicos, de assistência jurídica,

bem como de engenheiros para atuar nos empreendimentos.

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FACULDADE DE EDUCAÇÃO

Eixo Ação Valor

Faculdade de educação

Reforma e Ampliação das salas de aula

Faculdade de Educação.

Laboratório de educação

950.000,00

Reforma e Ampliação do prédio da

Faculdade de Educação

450.000,00

Curso de Mestrado em Educação (MINTER)

ver orçamento

600.000,00

Curso de graduação de Educação no campo 500.000,00

Total 2.500.000,00

AÇÃO : IMPLEMENTAÇÃO DE UM CURSO DE GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO DO CAMPO

Objetivo: Constituir o curso de formação de professores para atuar nas escolas do ensino

fundamental e nos demais ambientes escolares e não escolares nos quais estejam previstos

conhecimentos pedagógicos, visando ao desenvolvimento dos espaços que compõem o campesinato

da Transamazônica e Xingu, a saber, os espaços da agricultura familiar, os espaços da floresta, os

espaços pesqueiros, ribeirinhos e extrativistas.

Justificativa:

A Região da Transamazônica e Xingu, em especial a partir da década de 1970, vem

transformando-se por um conjunto de dinâmicas sociais e ambientais que se evidenciam local e

nacionalmente a partir dos processos migratórios e das formas de ocupação da região, seja a

ocupação induzida/ planejada pelo estado brasileiro ou espontânea. Fundada na lógica de mercado

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que em muito tem repercussões na estruturação do território, a abertura da Transamazônica, por

exemplo, contribuiu sobremaneira para o aumento da população rural, com evidentes conflitos

agrários e ambientais, bem como com evidentes (e não plenamente atendidas) demandas por

serviços de infra-estrutura e de direitos básicos como educação e saúde. Esta conjuntura no campo

se complexifica atualmente seja pela implementação do projeto hidroelétrico Belo Monte pelo governo

federal, seja pela visibilidade das populações ribeirinhas, extrativistas e indígenas a partir da recente

constituição das três Reservas Extrativistas na Região da Terra do Meio e os constantes desafios de

se garantir uma agricultura econômica e ambientalmente sustentável.

Obstante ao direito fundamental de escolarização destas populações assiste-se nos diversos

municípios da Transamazônica e nas áreas ribeirinhas e extrativistas, a ausência de escolas ou a

insuficiente oferta de educação formal manifestada seja na carência de professores em termos de

quantidade e com formação acadêmica específica para atuar junto a crianças, jovens e adultos com

identidades e práticas sócio-econômicas diversas. Este quadro certamente contribui para a

reprodução de um dos alarmantes dados do Ministério da Educação: “40% da população brasileira

não possui ensino fundamental e deste percentual, a maior parte encontra-se no campo”.

As três Reservas Extrativistas (Riozinho do Anfrísio, Iriri e Xingu) que compõem a área de

proteção ambiental denominada Terra do Meio, contam atualmente com apenas onze (11)

professores/as com formação no ensino médio, atuando em onze localidades. Este dado acerca do

nível de escolaridade dos professores/as e a irrisória quantidade de profissionais contrastam com as

características da população local: 54% da população destas RESEXs é composta por jovens entre

15 a 49 anos; outras características marcantes desta população é a alta taxa de natalidade e o nível

de analfabetismo que chega perto de 80% entre crianças, jovens e adultos.

Diante desse quadro à Universidade Federal do Pará, enquanto instituição pública, se

impõem o desafio e o necessário compromisso político de construir canais de mediação, de

interlocução com estes seguimentos e atores sociais regionais (agricultores familiares, ribeirinhos,

pescadores, indígenas, extrativistas) historicamente ameaçados pelos processos de desenvolvimento

orientados pela geração de capital, por vezes tornados invisíveis ao poder público, quando não se

pensa políticas públicas específicas para a população constitutiva do campesinato, e negligenciados

nos currículos escolares, seja na academia, seja nas escolas de educação básica, dadas as

referências teórico-metodológicas que pouco dialogam com os princípios e fundamentos da educação

diferenciada. O curso de formação de educadores do campo, desta forma, atenderá além dos

desafios e compromissos políticos, as exigências legais seja da Constituição Federal que prevê a

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garantia de uma educação capaz de atender às necessidades econômicas e culturais da população

brasileira, seja da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei nº 9394/96 – LDB) cujo artigo

28 estabelece medidas de adequação da escola ao modo de vida do campo.

Diante desta conjuntura, a Faculdade de Educação da UFPA-Campus de Altamira, propõe a

criação de um curso para formação de professores do campo que possa atender às necessidades da

população do campo dupla e diretamente impactada pelos projetos governamentais da década de

1970 e pelos projetos governamentais contemporâneos como a Hidrelétrica Belo Monte. O público

alvo deste curso serão os professores/as que já atuam nas escolas do campo sem formação em nível

superior nos seguintes territórios:

a) no território Xingu, a exemplo das Reservas Extrativistas da Terra do Meio e do município

de Porto de Móz (RESEX Verde Para Sempre);

(b) nos Projetos de Desenvolvimento Sustentável de Anapu;

c) nos seguintes municípios do território Transamazônica: Pacajá, Anapu, Belo Monte, Vitória

do Xingu, Senador José Porfírio, Altamira, Brasil Novo, Medicilândia, Uruará, Itaituba, Placas;

Além desses professores/as, o público alvo da proposta em tela também agrega os egressos

das experiências de educação do campo em nível médio protagonizadas pelo Campus Universitário

de Altamira em parceria com demais instituições e atores locais:

d) os egressos do curso de Ensino Médio Magistério da Terra e Agrotécnico formados pelos

projetos do programa PRONERA frutos da parceria UFPA, INCRA e organizações sociais do

campo. Estes cursos tiveram como público agricultores/as familiares e filhos de

agricultores/as que vivem em áreas de colonização e nos Projetos de Assentamento dos

municípios: Pacajá, Anapu, Belo Monte, Vitória do Xingu, Senador José Porfírio, Altamira,

Brasil Novo, Medicilândia, Uruará, Itaituba, Placas. Somam-se a este público os filhos de

agricultores familiares colonos que estão sendo formados no Ensino Médio nas Casas

Familiares Rurais ao longo da Transamazônica. Estas escolas são coordenadas pela

Fundação Viver, Produzir e Preservar e tem a UFPA como parceira desde 1995;

e) este curso de formação de professores também tem a finalidade de ampliar o quadro de

docentes no município identificados com o referencial teórico-metodológico da educação

específica no âmbito da educação do campo.

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Será implementado no campus um curso de mestrado em Educação, que visa formar, em uma

perspectiva interdisciplinar, profissionais das diversas áreas do conhecimento que apresentam

proposta de pesquisa relacionada a Educação.

A proposta de MESTRADO EM EDUCAÇÃO, cumprirá os requisitos dos cursos conforme

orientações da CAPES:

a) Apresentaremos uma estrutura curricular objetiva, coerente com as finalidades do curso e

consistentemente vinculada à sua especificidade, enfatizando a articulação entre acontecimentos e

domínio da metodologia.

b) A estrutura curricular do curso de Mestrado em Educação se fundamentará em uma perspectiva

interdisciplinar, possibilitando a inclusão de diversas áreas do conhecimento tendo como eixo

principal as Ciências Sociais com áreas correlatas nas Ciências Sócio-Ambientais e Agroecológica

em correlação com legislação, ciência política e ética.

d) Apresentaremos de forma equilibrada, um corpo docente integrado por doutores altamamente

qualificado e familiarizado com pesquisa e o desenvolvimento sustentável. Será também critério de

avaliação do corpo docente a experiência com pesquisas Afro-brasileiras e Indígenas; Cultura e Meio

ambiente; Sociedade e Paisagem; Diversidade Linguistica e Cultura em respeito aos cenários

populacionais, culturais e políticos da Amazônia.

e) O quadro de docentes orientadores, será qualificado pela demonstração da produção intelectual

que deverá ser constituída por publicações específicas, produção artística ou produção técnico-

científica.

f) Comprovaremos que a carga horária docente e as condições de trabalho estarão compatíveis com

as necessidades do curso.

g) O curso de Mestrado em Educação terá seu inicio por meio de uma proposta MINTER, com oferta,

inicialmente, a cada dois anos.

h) Proporemos um regimento de curso com previsão de qualificação de dissertação com pesquisa de

campo finalizada; bem como será regimentado o processo de Defesa de dissertação na etapa de

conclusão do curso. Temos clareza que a Defesa deve possibilitar ao aluno demonstrar domínio do

objeto de estudo com plena capacidade de expressar-se sobre o tema; bem como que as sugestões

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da banca devem ser consideradas na escrita final do documento para o aprimoramento do trabalho.

i) O formato do trabalho de conclusão final do curso será na forma de dissertação e de artigo, dando

relevância para a construção do objeto, problemática, metodologia e escrita densa.

j) Regimentaremos a respeito dos prazos de Defesa, bem como sobre a banca examinadora do

trabalho de conclusão final do curso, a qual será constituída por no mínimo três membros com nível

de doutorado.

EIXO : FACULDADE DE LETRAS

Eixo Ação Valor

Faculdade de letras

1. Reforma e Ampliação do prédio da

Faculdade de Letras

350.000,00

2. Reforma e Ampliação do pavilhão das

salas de aulas da Faculdade de Letras

800.000,00

3. Reforma e Ampliação do pavilhão do

alojamento para salas de aulas e

Administração da Faculdade de Letras

– Inglês

800.000,00

4. Equipamento laboratório de linguagem 100.000,00

Total 2.050.000,00

Objetivo:

Reformar e ampliar o prédio da faculdade de Letras, bem como o pavilhão das salas de aula

e o prédio administrativo do curso de Língua Inglesa.

Justificativa:

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O curso de Letras em Altamira desde sua implantação veio, ao longo destes mais de vinte

anos de existência, desenvolvendo atividades de ensino, pesquisa e extensão. Estas atividades têm

contribuído muito significativamente para o desenvolvimento da região, carente de profissionais

qualificados para exercer atividades docentes no ensino básico. Hoje há ainda muitos desafios, pois o

mercado de trabalho da região não conta com todo o seu efetivo qualificado.

O ensino de língua materna, antes abordado, nas escolas da região, numa perspectiva

tradicional normativa, vem sofrendo um grande processo de mudança, que embora seja lento, devido

ao fato de as ações propostas construídas na universidade não serem postas em prática na mesma

velocidade em que são articuladas, dá mostras de que tal processo, embora seja lento, é irreversível.

A implantação dos cursos de licenciaturas pela Universidade Federal do Pará na Mesorregião do

Xingu cumpriu uma função social de extrema relevância, considerando o expressivo déficit na

formação de professores da educação básica. A educação em todos os níveis e as modalidades se

configura como um inexorável pilar de desenvolvimento socioeconômico, cultural e ambiental. Desse

modo, fortalecer cursos de graduação, oferecidos por instituições referenciadas como a UFPA é uma

estratégia importante para fortalecimentos dos espaços sociais e qualificação dos sujeitos para uma

atuação profícua nos encaminhamentos das ações demandadas no processo de desenvolvimento

social.

EIXO : FACULDADE DE ENGENHARIA AGRONÔMICA

Eixo Ação Valor

Faculdade de

engenharia agronômica

Estruturação do Campo Experimental

(campus)

Laboratório de Produção Vegetal

1.000.000,00

Reforma e ampliação do Laboratório de

solos

300.000,00

Reforma e ampliação do prédio de salas

de aula de Agronomia

300.000,00

Total 1.600.000,000

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Objetivo: Consolidar as condições de oferta do Curso de Engenharia Agronômica por meio da

estruturação do Campo Experimental e Laboratório de Produção Vegetal, bem como a reforma e

ampliação do Laboratório de Solos e dos prédios de sala de aula da Faculdade de Engenharia

Agronômica.

Justificativa: O curso de Engenharia Agronômica é pioneiro da Mesorregião do Xingu, criado em

2001 após profícuos debates com órgãos governamentais e movimentos sociais. O curso coaduna

com a vocação econômica regional, com enfoque para agricultura familiar. Apesar da relevante

atuação na formação de profissionais das ciências agrárias, as condições de oferta do curso precisam

de otimização, diante das exigências do Ministério da Educação, nas avaliações periódicas

realizadas. A estruturação do Campo Experimental e Laboratório de Produção Vegetal, bem como a

reforma e ampliação do Laboratório de Solos e dos prédios de sala de aula da Faculdade de

Engenharia Agronômica são ações que irão corroborar com a consolidação do curso, com a formação

de profissionais referenciada na excelência acadêmica, sujeitos atuantes na organização social e

ambientalmente sustentada das ações de desenvolvimento regional.

EIXO : FACULDADE DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS

Eixo 1. Ação Valor

Faculdade de ciências biológicas

2. Biotério, para criação de animais de pequeno porte

400.000,00

3. Laboratório de Limnologia e Ecologia Aquática

400.000,00

4. Trapiche com estrutura para docar diversas embarcações – campus

126.000,00

5. Laboratório de produção vegetal 300.000,00

6. Adequação espaço laboratórios

200.000,00

Total 1.426.000,00

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Objetivo:

- Favorecer uma boa qualificação do futuro profissional, por meio das atividades aplicadas

referentes aos aspectos básicos da iniciação científica;

- Ampliar o treinamento de alunos de iniciação científica como mecanismo indireto de ensino;

- Favorecer que o aluno tenha uma crítica científica e exercite através do método científico o

aprendizado dos conceitos fundamentais de cada disciplina constantes nos diversos cursos.

- Contribuir com a manutenção de espécies, visando sua reprodução e produção, por meio do

manejo adequado.

Justificativa: O biotério na maioria das Instituições de ensino e grandes centros de pesquisa

foi implantado com intuito de desenvolver e aplicar testes experimentais em animais de pequeno

porte ou laboratoriais mantidos e produzidos em cativeiro, para fins de pesquisas científicas e ensino.

Grande parte dos cursos da área da Saúde (Medicina, Odontologia, Farmácia, Enfermagem,

Biomedicina, Nutrição), Biologia (Zoologia, Fisiologia Comparada, Anatomia Comparada, Genética

Animal, Embriologia, Biotecnologia Animal, Reprodução Animal, Toxicologia, Farmacologia) e

Agrárias (Melhoramento Genético Animal, Produção Animal, Sanidade Animal, Manejo e Criação de

Animais), estão aprimorando seus conhecimentos científicos em decorrência das observações

realizadas com experimentações em animais de laboratório. Em vista disso, a implantação de um

biotério no Campus de Altamira, localizado em uma região bastante promissora e que possui um

curso de biologia, engenharia agronômica e possivelmente um de zootecnia serão contemplados na

aplicabilidade de atividades de pesquisa com inovações tecnológicas e ensino, para o melhor

aprendizado dos alunos em curso. Além disso, poderá ser utilizado futuramente caso seja ampliado,

como um centro promissor de criação de animais silvestres ou de recuperação de animais capturados

e doados para ser posteriormente devolvidos a natureza. Assim, a construção de um biotério

viabilizará aulas práticas e pesquisas que poderão ser desenvolvidas tanto na graduação como na

pós-graduação.

Objetivos do laboratório:

Estrutura, dinâmica e parâmetros ecológicos de comunidades planctônicas e bentônicas

Monitoramento da qualidade da água no trecho urbano dos municípios de Altamira e Vitória

do Xingu e da água de consumo

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Detecção de contaminantes e efeitos da poluição em ecossistemas aquáticos.

Gestão da qualidade da água e biomanipulação de lagos e reservatórios

Taxonomia de microcrustáceos e diversos táxons de microalgas planctônicas

Análise físico-química da água

Nutrientes

Clorofila a e feopigmentos

Análises microbiológicas

Biondicadores

Justificativa: O monitoramento ambiental é a ferramenta que nos permite acessar o atual

estado da qualidade da água, assim como uma série temporal, permitindo estudos de curto a longo

prazo de ambientes aquáticos. Através do monitoramento, podemos detectar eventos severos de

poluição como acidentes de vazamento em indústrias e propor ações adequadas para recuperação

dos níveis adequados para utilização da água (Campbell & Wildberger, 2001).

A qualidade da água ainda é importante para a saúde humana e da biota aquática.

Quantidades excessivas de alguns constituintes como microalgas, nutrientes, matéria orgânica

particulada ou a insuficiência de outros como o Oxigênio Dissolvido resultarão em alterações nas

variáveis químicas e biológicas da água. As alterações episódicas ou prolongadas podem degradar o

ambiente aquático a níveis alarmantes, causando a morte de peixes de importância econômica

(Skrodenyte-Arbaciauskiene et al, 2010; Lena Sá, et al., 2010) e a até a qualidade do ar nas regiões

adjacentes (Fearnside, 2009).

O grande aporte de matéria orgânica em águas continentais é amplamente conhecido e suas

conseqüências podem ser irreversíveis. O esgoto, principal fonte de poluição orgânica, causa uma

explosão de produtores primários (microalgas) e secundários (bactérias, fungos e zooplâncton),

levando a um elevado consumo de Oxigênio e posterior mortalidade dos organismos heterotróficos.

Para monitorar a eutrofização e tomar medidas preventivas para evitar desastres ecológicos,

um parâmetro foi gerado, chamado de Índice de Estado Trófico (Carlson, 1966; CETESB, 2006), o

qual pretendemos calcular rotineiramente no Laboratório de Ecologia Aquática. Ressaltamos ainda,

que o sistema de saneamento básico de Altamira e municípios adjacentes é precário ou inexistente,

havendo elevadas possibilidades de eutrofização de corpos de água com rápido crescimento

populacional que será promovido durante a construção da usina hidrelétrica de Belo Monte.

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Entre as condicionantes do projeto da hidrelétrica de Belo Monte, o tratamento da água para

consumo e esgoto estão contemplados. Com o aumento populacional e consequentemente do esgoto

não tratado, a poluição das águas será inevitável, assim como a proliferação de patógenos. Enquanto

nenhuma medida é tomada em relação a esse sério problema ecológico e de saúde pública, será

necessário ao menos a infra-estrutura para a detecção dos níveis de poluição e dos principais

patógenos aquáticos (Escherichia coli, Vibrio cholerae, Criptosporidium sp, Enterococus fecalis).

O Laboratório de Ecologia Aquática (LEA) será vinculado à Faculdade de Ciências Biológicas

da UFPA, no campus universitário de Altamira e será destinado a estudos dos processos ecológicos

ocorrentes na bacia hidrográfica do rio Xingu, análise e monitoramento da qualidade da água e

contaminantes para a região urbana do município de Altamira. O desenvolvimento da ecologia

experimental e testes de teorias ecológicas para a compreensão da dinâmica dos sistemas aquáticos

do rio Xingu e afluentes serão linhas de pesquisas a serem implementadas, assim como métodos de

restauração de sistemas degradados. Lembramos ainda que o laboratório atenderá docentes de

outras faculdades, que desenvolvem temas correlatos à água (Faculdade de Engenharia Florestal e

Faculdade de Geografia).

Para que a comunidade do Campus possa atender a demanda em pesquisa e extensão da

região, é fundamental a implementação de uma estrutura que viabilize o deslocamento por meio

fluvial. Devido à localização privilegiada do Campus, às margens do rio. É necessário não apenas a

disponibilidade de embarcações, mas também de uma estrutura de apoio, que permita a acomodação

das embarcações, assim como facilite os trabalhos de embarque e desembarque de equipamentos,

mantimentos, combustível, pessoas e amostras.

A estrutura necessária inclui: 1) área de acesso às embarcações, ou trapiche; 2) Sala para

armazenamento de material em geral (motores, remos, redes, lonas, etc...); 3) Sala para os

recipientes utilizados para acondicionar combustíveis, planejada de acordo com os princípios de

segurança específicos; 4) Sala para trabalho em geral, com bancada longa, pias grandes, tomadas e

boa iluminação.

O orçamento apresentado prevê que esta estrutura esteja acoplada ao Laboratório de

Limnologia e Ecologia Aquática, de forma a otimizar os recursos, com a utilização conjunta dos

espaços de armazenamento e a sala de trabalho. Caso este acoplamento não seja possível,

provavelmente será necessário alocar mais recursos para que se consiga uma estrutura efetiva de

apoio ao transporte fluvial.

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EIXO : FACULDADE DE GEOGRAFIA

Eixo Ação Valor

Faculdade de geografia Construção do Centro de Estudos

Socioambientais do Xingu e

Construção do Museu da Transamazônica e

Xingu, CCNX e Herbário (espaço integrado) (02

andares)

1.500.000,00

Equipamentos para estruturação do Centro de

Estudos Socioambientais do Xingu

1.160.503,11

Total 2.660.503,11

Objetivo:

Criar um Centro de Estudos Socioambientais do Xingu coordenado pela Faculdade de

Geografia com o objetivo de desenvolver estudos e monitoramento de questões

socioambientais emergentes na região.

Criar bases para criação do Curso de bacharelado em Geografia no Campus de Altamira.

Justificativa:

A Faculdade de geografia propõe a criação de um Centro de Estudos Socioambientais,

gerenciado pela própria FACGEO, visando atender a urgentes demandas do Campus de Altamira,

dentre as quais a estruturação de um laboratório de Geoprocessamento e Sensoriamento Remoto e

implementação de estudos de monitoramento dos recursos naturais (solo, água e clima) e dos

fenômenos sociais associados à violência urbana, ao turismo, aos conflitos agrários, entre outros. A

estruturação deste Centro, na perspectiva da FACGEO, desempenha função estratégica em âmbito

regional, pudendo funcionar também como um observatório Belo Monte, monitorando processos

naturais e sociais desencadeados por esse projeto.

Na proposta de ampliação do Campus, a FACGEO também sugere a aquisição de

equipamentos que não são previstos no planejamento do campus, tais como plotters, GPS, estação

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total, equipamentos para Laboratórios de sedimentologia e Recursos Hídricos e a construção de um

prédio com 500m2. Este prédio, base do Centro de Estudos Socioambientais do Xingu, teria em sua

estrutura uma sala de reuniões, um Laboratório integrado de planejamento urbano, estudos

populacionais e desenvolvimento regional, um Laboratório integrado de climatologia, recursos

hídricos e análise de riscos ambientais, Laboratório de estudos agrários e gestão do território,

recepção, banheiros e copa.

Vale lembrar que a FACGEO (Faculdade de Geografia) não dispõe, atualmente, de nenhum

equipamento de laboratório, tendo apenas a perspectiva de gerenciar quatro laboratórios

(Climatologia, sedimentologia, Sensoriamento Remoto e Geoprocessamento e das ciências

Humanas) e o centro de pesquisas avançadas (Centro de Estudos Socioambientais do Xingu-CESA)

aqui proposto. Dessa forma, sugerimos que sejam destinados recursos para os laboratórios que já

existem e para aqueles que estão em vias de ser estruturados, como é o caso do Centro

Socioambiental do Xingu que é uma necessidade local e regional (ver quadro 1).

Pretendemos ampliar o espaço sugerido pela Faculdade de Geografia para acomodar quatro

docentes das disciplinas de licenciatura de nossa faculdade.

Os concursos ocorreram no mês de maio e estes quatro docentes não contam com um

espaço físico exclusivo, como um laboratório de Didática ou Pedagogia. Levando em consideração

que a Educação Ambiental é uma das linhas de pesquisa dominantes em licenciatura em Biologia,

pretendemos inserir duas salas, cada uma abrigando dois docentes. Também é óbvia a adequação

da inserção da Educação Ambiental dentre de um centro de estudos sócio-ambientais, uma vez que a

temática principal é a interação entre o homem e o meio-ambiente.

EIXO : FACULDADE DE ENGENHARIA FLORESTAL

Eixo Ação Valor

Faculdade de engenharia

florestal

Implantação do herbário Engenharia

Florestal

500.000,00

Construção do Laboratório de

Tecnologia de Sementes e produção de

mudas

800.000,00

Total 1.300.000,00

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Objetivo: Consolidar as condições de oferta do curso de Engenharia Florestal, por meio da

Implantação do Herbário da Engenharia Florestal e do Laboratório de Tecnologia de Sementes e

produção de mudas

Justificativa:

A presença da UFPA no interior, em um Estado cujo desenvolvimento rural na última década

tem apontado significativamente para a importância sócio-econômica da agricultura familiar e para

políticas públicas que objetivam diminuir os impactos sócio-ambientais na Amazônia, a exemplo de

um número crescente de reservas florestais, gerando assim, uma forte demanda por parte da

sociedade rural (sobretudo das comunidades rurais) e da sociedade em geral preocupada com a

questão do aproveitamento racional dos recursos naturais. Essa demanda desencadeou uma série de

iniciativas da Universidade no sentido de desenvolver atividades no campo das Ciências florestais,

baseadas no fato de que não se deve ignorar e, muito menos, omitir-se a essa demanda social

existente.

O curso de Engenharia Florestal insere-se como uma demanda importante em uma área

rural. Acredita-se que a formação de Engenheiros florestais, e a formação superior em geral, é peça-

chave na implementação do processo de apropriação do conhecimento e, pela função que tem de

acumulação, síntese e sistematização, tanto de resultados como de metodologias, e permite a

apropriação do conhecimento para diversos setores da sociedade (agricultores, docentes-

pesquisadores, técnicos, entre outros), garantindo a reprodutibilidade das experiências e

concretização destas por profissionais formados neste Campus. O referido curso se propõe formar

profissionais para a administração dos recursos florestais, atuando com produtores familiares, áreas

comunitárias e/ou manejo florestal de empresas, visando sua utilização sustentável de modo a

atender às diversas demandas de todos os segmentos sociais, a partir dos conhecimentos teóricos e

práticos nas áreas de silvicultura, manejo e economia florestal, conservação da natureza e tecnologia

e utilização de produtos florestais.

Diante desse contexto, a consolidação das condições de oferta do curso é uma ação

indispensável para formação de profissionais qualificados, atuantes nas ações de desenvolvimento

regional.

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EIXO : FACULDADE DE ETNODESENVOLVIMENTO

Eixo Ação Valor

Faculdade de

Etnodesenvolvimento

Curso de especialização em

Etnodesenvolvimento (custeio)

50.000,00

Curso técnico em Arqueologia 400.000,00

Total 450.000,00

Objetivo:

Garantir a criação do Curso de Especialização em Etnodesenvolvimento para realizar

formação continuada dos formados na graduação em Etnodesenvolvimento e possibilitar o ingresso

de profissionais formados em outras áreas universitárias que sejam oriundos de povos indígenas e

outros povos e comunidades tradicionais.

Justificativa:

A região do rio Xingu é marcada por vasta zona rural dividida em áreas de colonização

agrícola, áreas de conservação ambiental, áreas indígenas e terras devolutas. Dentre as principais

áreas de colonização, encontram-se aquelas formadas durante implantação do Projeto Integrado de

Colonização (PIC/Altamira/Transamazônica) impulsionado pela construção da rodovia

Transamazônica, no período da década de 1970, e os assentamentos mais recentes que datam das

décadas de 1980 e 1990, a exemplo dos Projetos de Assentamentos (PA) Assuriní e Morro das

Araras. Além disso, há presença de uma comunidade quilombola localizada no município de Porto de

Moz, com outras três em processo de titulação, e diversas comunidades ribeirinhas localizadas,

principalmente, ao longo dos rios Xingu, Iriri e Bacajá. Com relação aos povos indígenas, a região

reúne etnias pertencentes a todos os quatro macro-troncos lingüísticos existentes no Brasil – Tupi, Jê,

Karib e Aruak, ainda que o último tronco somente seja encontrado na cidade de Altamira – que

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ocupam 11 terras indígenas, totalizando 12.309.547 hectares que cobrem mais de 50% da área

altamirense. Existe, ainda, uma comunidade quilombola reconhecida institucionalmente e localizada

próxima da fronteira com o município de Porto de Moz. A diversidade cultural da região foi o principal

motivo para a criação do Curso de Etnodesenvolvimento, pois a qualificação dos membros oriundos

de grupos diferenciados culturalmente possibilitaria não apenas o acesso a recursos tecnológicos e

de informação, mas a conquista da autonomia da gestão do desenvolvimento local com base nos

interesses dos agentes sociais inseridos em cada contexto. Ainda assim, nos últimos anos a região

do rio Xingu também tem sido alvo de intensa disputa política em torno do projeto de construção da

UHE Belo Monte. A obra, que está na fase de instalação do canteiro de obra e da emissão da Licença

de Instalação (LI) pelo IBAMA, trará impactos socioambientais para diversos povos indígenas e

populações tradicionais, o que tem conduzido a criação de recursos financeiros, públicos ou privados,

para garantir a compensação e/ou minimização dos danos que serão gerados, cujos recursos

precisam ser utilizados pelos povos indígenas e populações tradicionais com projeção estratégica

para saber melhorar as condições de vida de suas coletividades, é dizer, com capacidade de

desenvolver, com base em parâmetros e interesses étnicos (ou seja, locais). Desse modo, vislumbra-

se que a graduação em Etnodesenvolvimento é um passo importante para suprir a demanda histórica

em torno da qualificação dos quadros estudantis oriundos de povos indígenas e populações

tradicionais da região do rio Xingu, mas a possibilidade de complementação com a criação de curso

de especialização em Etnodesenvolvimento garante formação continuada, em nível de Pós-

Graduação, com impactos progressivos na tarefa de empoderamento dos grupos diferenciados

culturalmente.

Além disso, o curso técnico em Antropologia visa proporcionar formação teórica e prática em

Arqueologia e Museologia, dando o suporte necessário para atuar em atividades relacionadas às

questões referentes à memórias e patrimônios, somado a esses objetivos, se apresentam os

seguintes:

Despertar o interesse da comunidade local para o potencial arqueológico da região.

Estimular a participação e o envolvimento principalmente de pessoas que estão ligadas aos

órgãos responsáveis direta ou indiretamente com o patrimônio cultural.

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Oferecer formação específica para pessoas interessadas nos patrimônios existentes na

região do Xingu e Transamazônica.

Apoiar as escolas de ensino básico e superior no que tange a ações que envolvam o

patrimônio local.

Estimular a processo de sensibilização da comunidade local para a preservação do

patrimônio histórico-cultural.

Reforçar junto à comunidade a importância da preservação dos bens culturais.

Justificativa:

O município de Altamira, criado pela lei estadual nº. 1.234/1911, constitui espaço diverso

de populações, que aqui habitavam ou que foram sendo atraídas pelos constantes projetos de

desenvolvimento trazidos para a região.

Hoje, a região conhecida como Vale do Xingu, tendo Altamira como município-pólo,

abarca as seguintes localidades: Anapu, Brasil Novo, Medicilândia, Novo Repartimento, Pacajá, Porto

de Moz, Senador José Porfírio, Uruará e Vitória do Xingu, onde vivem mais de 10 etnias indígenas

(Miléo, 2007); comunidades quilombolas, na fronteira com o município de Porto de Moz; assentados

de Reforma Agrária; comunidades ribeirinhas, além da população urbana que muito se assemelha às

existentes na zona rural. Nesta região, foram identificados 33 sítios e 15 ocorrências arqueológicas,

ao longo das rodovias BR-230 e BR-422, conforme dados do relatório parcial do Programa de

Arqueologia e Educação Patrimonial (fevereiro de 2010)1

Afora estes números, a região ainda conta com as Resex do Riozinho do Anfrísio, Xingu,

Iriri e Verde para Sempre, com mais de 250 famílias, com conhecimentos os mais diversos a serem

catalogados nessa região. Uma infinidade de populações e de culturas, tangíveis e intangíveis, que

precisam de profissionais capacitados para identificar e desenvolver atividades em suas comunidades

locais.

1 Cf. SCHAAN, Denise P. 1º Relatório Parcial: Programa de Prospecções BR-230. Universidade Federal do Pará:

Belém, fevereiro de 2010. (mimeo)

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Logo, a Região do Xingu e Transamazônica conta com grande diversidade cultural e que

atualmente vem passando por vários conflitos. A região tem aparecido constantemente em noticiários

por causa da construção da hidrelétrica de Belo Monte e pelos questionamentos decorrentes dos

impactos sócio-ambientais. No entanto, o patrimônio cultural já se encontra comprometido por outros

empreendimentos, como na época da abertura da rodovia Transamazônica.

Para que o patrimônio cultural seja preservado e cuidado principalmente pela

comunidade local, existe a preocupação em uma formação acadêmica específica voltada para

questões como as do patrimônio, como é o caso do curso Etnodesenvolvimento no Campus da

Universidade Federal do Pará (UFPA), em Altamira.

O curso de Etnodesenvolvimento tem como objetivo formar grupos específicos, como

populações quilombolas, ribeirinhas, agricultoras e povos indígenas em nível de graduação, com a

preocupação de que essas pessoas tenham uma formação acadêmica com suporte teórico e prático,

a fim que mais tarde possam colocar em prática o conhecimento adquirido em suas comunidades,

buscando a divulgação e preservação da cultura local.

Entretanto, é importante frisar a necessidade de profissionais qualificados para atuar em

questões de Arqueologia, o que o curso não consegue abranger neste momento. Para isso,

acreditamos que um curso técnico específico nessa área possa suprir as necessidades constituídas

em decorrência dos impactos causados pelos grandes projetos nessas regiões e, acima de tudo,

capacite as pessoas a manusear e preservar o patrimônio existente.

É com essa preocupação que se propõe um curso técnico de Arqueologia em parceria

com a Faculdade de Etnodesenvolvimento em Altamira, com o objetivo de dar formar pessoas que

possam atuar em suas próprias comunidades e nas sedes urbanas dos municípios, ajudando na

preservação da cultura local.

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EIXO : ADMINISTRAÇÃO

Eixo Ação Valor

Administração do campus

Construção do Prédio Administrativo 1.500.000,00

Móveis e Equipamentos 350.000,00

Móveis e Equipamentos 200.000,00

Aquisição de acervo bibliográfico 300.000,00

Acessibilidade para o Campus I e II 500.000,00

Aquisição de veículos (02 caminhonetes

traçadas e )

200.000,00

Construção da Garagem

Laboratório de Mecanização Agrícola e

agricultura de precisão

700.000,00

Construção do Muro do Campus e guarita

do campus I e II

800.000,00

Pavilhão com 16 salas de aula 2.000.000,00

Total 6.550.000,00

Objetivo: Agrupar todas as Coordenadorias e divisões administrativas em um único espaço físico.

Justificativa: O prédio administrativo necessita de ampliação do espaço físico para contemplar a

estrutura aprovada pelo CONSUN, através da resolução nº. 642, de 07 de fevereiro de 2008. De

acordo com o regimento do Campus, no Capítulo II, que trata da estrutura e organização, temos: A

Coordenação, Secretaria Executiva, 02 Coordenadorias e 13 divisões administrativas.

Objetivo: Ampliar a Biblioteca do Campus para atender a comunidade em geral.

Justificativa: Em virtude do crescimento populacional do município e o mesmo não possuir uma

biblioteca municipal e devido ao programas do REUNI e PARFOR aumentou, consideravelmente, o

número de usuários e a biblioteca não possui uma estrutura adequada para atender essa demanda.

Além da ampliação do espaço físico precisamos informatizar a biblioteca em busca de melhorias e

agilidade no atendimento da Comunidade.

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Objetivo: Permitir ao PNE aceso aos espaços de pesquisa, ensino, extensão e administração.

Justificativa: O Campus possui hoje servidores e discentes PNE, além da comunidade em geral que

freqüenta este espaço e necessita de adequações e adaptações para sua locomoção. Com base nas

leis 10.048/00 e 10.098/00, decreto 5.296,94 e instrução normativa 1/03 e normas brasileiras,

precisamos adequar o Campus para garantir o direito de ir e vir das pessoas, conforme prevê a

Constituição Federal desde 05 de outubro de 1988. O acesso aos espaços de ensino deve ser

assegurado, tanto quanto possível, sem discriminações ou exclusões, para todas as categorias de

usuários, sendo necessário considerar as características e exigências próprias segundo a lei ABNT

NBR 9050/2004. As adequações irão facilitar o acesso a todos os espaços de ensino, pesquisa e

extensão como salas de aula sem desníveis, auditórios com rampas, banheiros adaptados com

barras, lanchonetes e outros serviços. Isto facilitará a vida cotidiana de pessoas com qualquer

dificuldade de locomoção e permitirá sua integração na vida acadêmica.

Objetivo:

Promover maior autonomia às Faculdades através da aquisição de novos veículos, visando

execução de seus trabalhos de campo e visitas técnicas em Altamira e circunvizinhança, além de

viabilizar viagens interestaduais de docentes e discentes do Campus.

Justificativa:

A aquisição de novos veículos para o campus de Altamira se justifica pela necessidade emergencial

das Faculdades de realizarem seus trabalhos de campo e visitas técnicas, haja visto, que atualmente

o campus dispõem apenas de um motorista para atender demanda de todas as Faculdades, esse fato

acaba dificultando o cumprimento de seus cronogramas e inviabilizando a execução de pesquisas.

Nessa proposta, as faculdades teriam autonomia para gerenciar as caminhonetes sendo que os

gastos com combustíveis e reparos mecânicos seriam financiados pelas faculdades através da

captação de recursos externos. A compra de um ônibus de viagem também será importante para

auxiliar as Faculdades em viagens interestaduais proporcionando maior conforto e segurança aos

passageiros, garantindo assim maior participação das Faculdades em eventos como simpósios,

congressos, encontros indispensáveis nesse processo de fortalecimento e expansão do campus.

Objetivo:

Construir espaço para guarda de veículos do Campus de Altamira.

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Justificativa:

A preservação do patrimônio público é ato imperativo à comunidade e diante da ausência de

espaço apropriado para guarda dos veículos utilizados pelo Campus essa ação fica comprometida. A

construção da garagem para guarda dos veículos institucionais se apresenta como medida

indispensável para o cuidado necessário com o patrimônio desta Universidade.

Ressalte-se que os dois veículos atualmente disponíveis atendem a comunidade universitária,

em atividades práticas e de estágio de campo, além de outras atividades da rotina administrativa da

unidade. A perspectiva de aquisição de novos veículos reforça a necessidade de espaço adequado

para guarda dos transportes.

Objetivo:

Construir muro no entorno da área do Campus I e II

Justificativa:

A expansão significativa da área física do campus, observada nos últimos anos, notadamente sob

o marco de investimentos advindos do REUNI demanda ações que assegurem a proteção do

patrimônio público, bem como a segurança da comunidade universitária. A ação não visa limitar o

acesso da comunidade externa às dependências do Campus, mas tão somente facilitar a atuação do

serviço de vigilância, diante de episódios registrados de furtos e depredação de espaços, a exemplo

da quadra de esportes.

Objetivo:

Propor a criação de um museu na cidade de Altamira com o objetivo de estabelecer um

diálogo entre o saber científico e a sociedade, para estimular, fomentar e assegurar ações sócio-

educativas que ampliem o conceito e a prática da educação vigente e valorizem o patrimônio cultural

e natural, considerando as potencialidades, especificidades e diversidades da região da

Transamazônica e Xingu.

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EIXO : REPRESENTAÇÃO ESTUDANTIL

Eixo Ação Valor

Representação estudantil

Construção do Ginásio de

Esportes e Centro Estudantil

1.200.000,00

Adequação Casa do

Estudante Universitário

100.000,00

Total 1.300.000,00

Objetivo:

Construir o Centro Estudantil e o Ginásio de Esportes, espaço de integração e desenvolvimento

de atividades artísticas, culturais e esportivas;

Justificativa:

A integração e a assistência estudantil vêm se consolidando como ações estratégicas para

favorecer a permanência e o sucesso dos alunos da graduação e estão previstas no Plano Nacional

de Assistência Estudantil. A Universidade Federal do Pará, por meio da Divisão de Apoio e Integração

Estudantil/PROEX e Divisão de Extensão, desenvolve um conjunto de atividades que visam favorecer

a integração dos estudantes, com a promoção de atividades culturais, artísticas e esportivas. Neste

sentido a construção do Centro Estudantil e do Ginásio de Esportes se configura como importante

medida de fortalecimento dessas atividades.

REFERÊNCIAS

ARAÚJO, Rhoberta Santana de. A IMPLANTAÇÃO DO REUNI NA UNIVERSIDADE FEDERAL DO

PARÁ: UM ESTUDO DE CASO DO CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE ALTAMIRA. 2011. 278f.

Dissertação (Mestrado em Educação)─Instituto de Ciências da Educação. Universidade Federal do

Pará. Belém (PA), 2011.

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ. Estatuto e Regimento Geral da UFPA / Universidade Federal do Pará. Belém: EDUFPA, 2009.

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______. Regulamento do Ensino da Graduação. Belém: EdUFPA, 2008a.

______. Plano de reestruturação e expansão 2008-2012. Belém: UFPA, 2007a.