projeto executivo - br-304/rn - volume 1

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REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL MINISTÉRIO DOS TRANSPORTES DEPARTAMENTO NACIONAL DE INFRA-ESTRUTURA DE TRANSPORTES-DNIT SUPERINTENDÊNCIA REGIONAL NO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE ABRIL/2014 VOLUME 1 - RELATÓRIO DO PROJETO E DOCUMENTOS PARA A CONCORRÊNCIA PROJETO EXECUTIVO DE ENGENHARIA PARA RECUPERAÇÃO, REFORÇO E REABILITAÇÃO DA PONTE RODOVIÁRIA “FELIPE GUERRA” SOBRE O RIO ASSU/RN Rodovia Trecho Subtrecho Segmento Extensão da Ponte PNV : : Div. CE/RN – Entr. BR-101 (B)(Natal) : Ent. RN-016/233 (p/ Assu)-Ent. RN-118(A) : km 115,34 : 585,00m : 304BRN0150 BR-304/RN

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R E P Ú B L I C A F E D E R A T I V A D O B R A S I LM I N I S T É R I O D O S T R A N S P O R T E SDEPARTAMENTO NACIONAL DE INFRA-ESTRUTURA DE TRANSPORTES-DNITSUPERINTENDÊNCIA REGIONAL NO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE

ABRIL/2014

VOLUME 1 - RELATÓRIO DO PROJETO E DOCUMENTOS PARA A CONCORRÊNCIA

PROJETO EXECUTIVO DE ENGENHARIA PARA RECUPERAÇÃO, REFORÇO E REABILITAÇÃO DA PONTE RODOVIÁRIA

“FELIPE GUERRA” SOBRE O RIO ASSU/RN

RodoviaTrechoSubtrechoSegmentoExtensão da PontePNV

: : Div. CE/RN – Entr. BR-101 (B)(Natal): Ent. RN-016/233 (p/ Assu)-Ent. RN-118(A): km 115,34: 585,00m: 304BRN0150

BR-304/RN

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R E P Ú B L I C A F E D E R A T I V A D O B R A S I LM I N I S T É R I O D O S T R A N S P O R T E SDEPARTAMENTO NACIONAL DE INFRA-ESTRUTURA DE TRANSPORTES-DNITSUPERINTENDÊNCIA REGIONAL NO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE

: Coordenação Geral de Desenvolvimento e Projetos / DPP / DNIT: Coordenação Geral de Desenvolvimento e Projetos / DPP / DNIT: Superintendência Regional no Estado do Rio Grande do Norte: JBR Engenharia Ltda: 14.1.0.00.0431.2009: 50600.007.229/2008-40: 0767/2008-14

SupervisãoCoordenaçãoFiscalizaçãoElaboraçãoContrato ProcessoEdital

RodoviaTrechoSubtrechoSegmentoExtensão da PontePNV

: : Div. CE/RN – Entr. BR-101 (B)(Natal): Ent. RN-016/233 (p/ Assu)-Ent. RN-118(A): km 115,34: 585,00m: 304BRN0150

BR-304/RN

PROJETO EXECUTIVO DE ENGENHARIA PARA RECUPERAÇÃO, REFORÇO E REABILITAÇÃO DA PONTE RODOVIÁRIA

“FELIPE GUERRA” SOBRE O RIO ASSU/RN

VOLUME 1 - RELATÓRIO DO PROJETO E DOCUMENTOS PARA A CONCORRÊNCIA

ABRIL/2014

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SUMÁRIO

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Sumário

1. Apresentação

1.1 Dados do Projeto e do Instrumento Contratual 05 1.2 Volumes Integrantes do Projeto Executivo 07

2. Resumo do Projeto 10 3. Estudos

3.1 Estudos Hidrológicos 13 3.2 Estudos Geotécnicos 23 3.3 Componente Ambiental 37

4. Projetos

4.1 Projeto de Reforço Estrutural e Alargamento 101 4.2 Projeto de Sinalização 106 4.3 Projeto de Dispositivos de Proteção (Defensas) 109 4.4 Projeto de Iluminação 110 4.5 Projeto de Sinalização de Obras 115 4.6 Projeto de Canteiro de Obras 117

5. Documentos para Licitação da Obra

5.1 Quadros de Quantidades 124 5.2 Demonstrativo das Distâncias Médias de Transporte 142 6. Informações para Elaboração do Plano de Execução da Obra

6.1 Fatores Condicionantes 144

6.2 Aspectos Particulares 149

6.3 Plano de Ataque as Obras 154 7. Especificações dos Serviços

7.1 Especificações Gerais 158 7.2 Especificações Complementares 161

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8. Termos de Referência 188 9. Atestado de Responsabilidade Técnica da Empresa 201 10. Termo de Encerramento 211

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1. APRESENTAÇÃO

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OL

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1.1 Dados do Projeto e do Instrumento Contratual

A JBR ENGENHARIA LTDA., empresa de consultoria de engenharia com sede na Rua Gonçalves Dias nº 131, Campo Grande, Recife/PE, fone: (81) 3241-8911 e fax (81) 3241-7742, e-mail [email protected], inscrita no CNPJ MF no 070.074.448/0001-35, apresenta ao Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes – Superintendência Regional no Estado do Rio Grande do Norte, o Projeto Executivo de Engenharia para Recuperação, Reforço e Reabilitação da Ponte Rodoviária “Felipe Guerra”, sobre o Rio Assú, localizada na BR-304/RN,conforme discriminado a seguir:

Edital no : 0767/2008-14 Processo : 50600.007.229/2008-40 Contrato : 14.1.0.00.0431.2009 Data da Assinatura do Contrato: 14/09/2009 Rodovia : BR-304/RN Trecho : Div. CE/RN – Entr. BR-101 (B)(Natal) Subtrecho : Entr.RN-016/233 (p/ Assú) – Entr.RN-118(A) Segmento : km 115,34 Data da Ordem de Início dos Serviços :

06/10/2009

1º Aditivo de Paralisação : 2º Aditivo de Reinício : 3º Aditivo de Paralisação : 4º Aditivo de Reinício : Encerramento do contrato :

04/01/2010 01/04/2011 25/04/2011 17/03/2014 21/05/2014

Responsável Técnico da JBR :

______________________________________

Pedro Pereira Cavalcante Filho Diretor Presidente

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A seguir está sendo apresentado o Mapa de Situação do trecho objeto do

serviço.

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1.2 Volumes Integrantes do Projeto Executivo O Projeto Executivo é constituído pelos seguintes volumes: Volume 1 – Relatório do Projeto e Documentos para Concorrência Volume 2 – Projeto de Execução Volume 3 – Memória Justificativa Volume 3B – Memória de Cálculo das Estruturas Volume 4 – Orçamento das Obras O Volume 1 - Relatório do Projeto e Documentos para Concorrência

contém a descrição sucinta e resumida das soluções propostas para a execução dos serviços e obras necessárias à construção da ponte, dos estudos e itens de projetos executivos elaborados e os elementos necessários à licitação das obras tais como, especificações, plano de execução da obra, cronogramas, equipes, etc. É apresentado no formato A.4.

O Volume 2 - Projeto de Execução contém as plantas e quadros relativos

aos projetos estruturais e projetos tipos, desenhos esquemáticos, listagens e demais elementos necessários à execução da obra. É apresentado em três tomos (TOMO I, II e III) no formato A.3.

O Volume 3 - Memória Justificativa contém a memória descritiva e

justificativa do projeto elaborado, descrevendo de forma ampla e abrangente os estudos realizados e os itens dos projetos executivos elaborados, suas conclusões e recomendações. É apresentado no formato A.4.

O Volume 3B - Memória de Cálculo de Estruturas contém a memória de

cálculo estrutural do reforço, alargamento e passarelas, além da memória de cálculo das quantidades da obra de arte. É apresentado em formato A.4.

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O Volume 4 – Orçamento das Obras contém o resumo dos preços, o

demonstrativo do orçamento, a metodologia adotada, as composições de custos unitários dos serviços, o plano de execução da obra contendo: cronograma físico-financeiro, curva ABC, relação de equipamento mínimo, etc... e pesquisas de mercado. É apresentado no formato A.4.

Este documento é o Volume 1 – Relatório do Projeto e Documentos para

Concorrência.

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2. RESUMO DO PROJETO

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O referido projeto compreende a recuperação, reforço estrutural e alargamento da Ponte Felipe Guerra sobre o Rio Assú com a previsão de intervenções através da implantação de serviços que não somente garantam a estabilidade da estrutura, mas que também ampliem a sua capacidade, estrutural e de tráfego, bem como a vida útil em serviço e, ainda, proporcionem maior segurança ao tráfego, pela inclusão de maiores espaços além das pistas de rolamento, com a criação de faixas de acostamentos laterais e implantação de barreiras de concreto tipo New Jersey, passando dos atuais 8,30m para uma largura total de 12,80m, conforme padrões atuais das OAE do DNIT.

Além destas melhorias, foram previstos passeios laterais para pedestres /

ciclistas, em ambos os lados da obra existente, já alargada, com 2,0m cada. Com superestruturas independentes e desligadas da existente, Resultando uma largura total de 17,20m para todo o conjunto, incluindo-se a pequena distância entre tabuleiros laterais e o central de 20cm cada.

Com o acréscimo significativo não somente de maior peso próprio, mas

pela previsão de maiores espaços de tabuleiro para o tráfego de veículos, pedestre e ciclistas, foram necessários serviços de reforço da infra e ampliação da mesoestrutura.

Com relação a infraestrutura vale salientar e registrar que o DNIT

contratou em caráter emergencial a empresa Arteleste Construções Ltda no ano de 2010, para proceder serviços de reforço da infraestrutura e recuperação das vigas longarinas do vão entre os apoios P.15 e P.16. Assim sendo, a infraestrutura constante deste projeto refere-se a implantação dos encontros (estacas raiz, blocos e encontros) os quais apoiarão as passarelas que ali serão implantadas.

Neste projeto, estão também ainda previstos os serviços de recuperação

estrutural, como tratamentos de armaduras, seções de concreto desagregadas, aplicação de novos revestimentos e injeção de fissuras, objetivando a correção de todas as anomalias observadas e para uma total recuperação da capacidade portante e da vida útil daquelas estruturas.

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Pintura superficial protetora com tinta mineral e a execução de

pavimentação em concreto asfáltico são também partes dos serviços previstos para proporcionar uma maior durabilidade e qualidade, reduzindo a necessidade de constante manutenção da obra, pela sua total recuperação e acréscimo de capacidade.

Os serviços complementares ao reforço, alargamento e construção das

passarelas laterais, previstos compreendem a sinalização horizontal e vertical, a implantação de defensas metálicas semi-maleáveis, implantação de iluminação pública na ponte e a recuperação da mata ciliar.

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3. ESTUDOS

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3.1 Estudos Hidrológicos 3.1.1 Considerações Iniciais

O objetivo do estudo hidrológico foi caracterizar o regime de chuvas na região em estudo e fornecer os subsídios necessários para a verificação da capacidade hidráulica da ponte sobre o Rio Assú. 3.1.2 Coleta de Dados

O primeiro passo para a realização dos estudos foi a coleta de dados e informações disponíveis nos órgãos estaduais e federais, que pudessem ser utilizados de forma confiável. Foram conseguidos os seguintes documentos:

� Dados referentes à pluviometria mensal e máxima diária do município

de Assú, obtidos no site da ANA- Agência Nacional de Águas;

� Dados de vazão do Rio Assú, provenientes de posto fluviométrico localizado na área de interesse do projeto, obtidos no site da ANA – Agência Nacional de Águas.

3.1.3 Definição do Regime de Chuvas da Região

A Introdução

Para a definição do regime de chuvas da região de interesse para o projeto foram seguidos os seguintes passos:

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1. Escolha dos postos 2. Análise estatística

3. Definição das curvas de precipitação x duração x freqüência 4. Definição das curvas de intensidade x duração x frequência

B Escolha do Posto O posto escolhido para caracterizar o regime de chuvas do município

Assú, está apresentado na tabela a seguir:

MUNICÍPIO CÓDIGO LATITUDE LONGITUDE PERÍODO DE OBSERVAÇÃO

Assú 00536035 5º37’55”’ S 36º54’58” W 1989 à 2008 – 20 anos

Na planilha EH-01, constante no volume 3 – Memória Justificativa, está sendo apresentado o histograma de chuva do referido posto.

C Análise Estatística O período de recorrência (TR) é definido como sendo o intervalo médio de

anos dentro do qual ocorre ou é superada uma dada chuva de magnitude P. Se Pb é a probabilidade desse evento ocorrer ou ser superado em um ano qualquer, tem-se a relação TR = 1/Pb.

Como em geral não se pode conhecer a probabilidade teórica Pb, faz-se

uma estimativa a partir da frequência (F) das precipitações máximas diárias observadas. Tomando-se, por exemplo, N anos de observação de um determinado posto pluviométrico, seleciona-se a precipitação máxima diária ocorrida em cada ano, obtendo-se o que se chama de série anual de valores. Ordenando-se em ordem decrescente com um número de ordem M que varia de 1 a N, pode-se calcular a frequência com que o valor P de ordem M é igualado ou superado no rol de N anos como sendo F = M / N+1 (Critério de Kimball).

Quando N é muito grande, o valor de F é bastante próximo de Pb, mas

para poucas observações pode haver grandes afastamentos. De acordo com a lei dos extremos, a lei de distribuição estatística da série

de N termos constituída pelos maiores valores de cada amostra tende assintoticamente para uma lei simples de probabilidade, que é independente da que rege a variável aleatória das diferentes amostras e no próprio universo da população infinita.

Esta é a base do método de Gumbel, em que se calcula Pb pela relação:

sendo e - 1 P-y-e

b =

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Pb = probabilidade da precipitação máxima diária de um ano qualquer

ser maior ou igual a P

diáriasmáximasõesprecipitaçP =

diáriasmáximasõesprecipitaçNdasmédiaP =

σ = desvio padrão das N precipitações máximas diárias

A expressão de “y” mostra que existe uma relação linear entre ele e o valor de P. Pode-se grafar esta reta conhecendo-se:

O eixo onde estão marcados os valores de y pode ser graduado em

tempos de recorrência através da relação :

Dessa maneira, a cada precipitação corresponderá um período de retorno. A relação obtida por Gumbel supõe que existam infinitos elementos. Na

prática, pode-se levar em conta o número real de anos de observação utilizando-se a fórmula geral de Ven Te Chow P = P + kσ, onde:

P = é a precipitação máxima diária para um certo período de recorrência,

em milímetros; K = coeficiente que depende do número de amostras e do período de recorrência; σ = desvio padrão das N precipitações máximas diárias. Os valores de k foram tabelados por Weise e Reid para até 60 anos de

observação. Para o posto em estudo, valores de k para 20 anos de observação, conforme tabela apresentada abaixo:

TEMPO DE RECORRÊNCIA (TR) N/Tr 5 10 15 20 25 50 100 20 0,919 1,625 2,018 2,302 2,517 3,179 3,836

O processo estatístico utilizado neste projeto considerou o critério de

Kimball e a fórmula geral de Ven Te Chow,cujos resultados estão apresentados no volume 3 – Memória Justificativa.

e N

P

P

N

1

i∑=

( )

1 - N

P -P

N

1

2

i∑=σ

y-e-b

Re - 1

1

P

1 T ==

)45,0(7797,0

σ+−= PPY

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D. Definição das Curvas de Precipitação x Duração x Frequência

Para a definição das curvas de precipitação x duração x frequência,

lançou-se mão da metodologia proposta pelo engenheiro Jaime Taborga Torrico em sua publicação “Práticas Hidrológicas” de 1974.

As precipitações determinadas no item anterior para os tempos de recorrência de 5, 10, 15, 20, 25, 50 e 100 anos correspondem as chuvas diárias (1 dia).

A metodologia adotada permitiu que, através de correlações propostas

pelo método, fossem obtidas, a partir das chuvas diárias, as precipitações correspondentes a 1 dia, 1 hora e 6 minutos.

Os passos seguidos foram os seguintes:

D.1 Definição no mapa de isozonas de igual relação, apresentado no qual está apresentado no volume 3 – Memória Justificativa, da zona na qual o trecho está inserido e dos percentuais a serem utilizados para obtenção das chuvas de 1 hora e 6 minutos.

TEMPOS DE RECORRÊNCIA

ZONA 1 hora / 24 horas 6 min / 24 horas

5 10 15 20 25 50 100 5/50 100

E 44 43,6 43,3 43,2 43 42,5 42,2 12,6 11,2

D.2 Conversão da chuva de 1 dia em chuva de 24 horas, multiplicando-se a

primeira pelo fator 1,095.

POSTO: MENDUBIM DE BAIXO

TEMPOS DE RECORRÊNCIA (anos)

TR 5 10 15 20 25 50 100

P 1dia(mm) 92,0 104,7 111,8 116,9 120,8 132,7 144,5

P 24horas(mm) 100,7 114,6 122,4 128,0 132,3 145,3 158,2

D.3 Cálculo das alturas das precipitações para 6 minutos e 1 hora, utilizando

os percentuais definidos no item 1 e a chuva de 24 horas definida no item 2.

POSTO: MENDUBIM DE BAIXO

TR (anos) P 24horas PERCENTUAIS PRECIPITAÇÃO

1 hora 6 minutos 1 hora 6 minutos

5 100,7 44 12,6 44,33 12,69 10 114,6 43,6 12,6 49,99 14,45 15 122,4 43,3 12,6 53,01 15,43 20 128,0 43,2 12,6 55,30 16,13 25 132,3 43 12,6 56,88 16,67 50 145,3 42,5 12,6 61,76 18,31 100 158,2 42,2 11,2 66,77 17,72

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D.4 Alturas de precipitações a serem adotadas

POSTO: MENDUBIM DE BAIXO

TR (anos) PRECIPITAÇÕES (mm)

6 minutos 1 hora 24 horas

5 12,69 44,33 100,74 10 14,45 49,99 114,65

15 15,43 53,01 122,42 20 16,13 55,30 128,01 25 16,67 56,88 132,28 50 18,31 61,76 145,31

100 17,72 66,77 158,23

D.5 Determinação das Curvas de Precipitação x Duração x Frequência

Com base nas informações constantes do item anterior, foram definidas no quadro EH-05, apresentado no volume 3 – Memória Justificativa, as curvas de precipitação x duração x frequência. E. Determinação das curvas de Intensidade x Duração x Frequência

As curvas de Intensidade-Duração-Frequência foram obtidas através da correlação:

Intensidade (i) = Precipitação (P ) / Tempo (h)

Logo:

i (6 min.) = 1,0

P ou P x 10

i (1 hora) = P

i (24 horas) = 24

P

Na planilha, EH-06, constante no volume 3 – Memória Justificativa, estão apresentadas as curvas de intensidade-duração-frequência, para os tempos de recorrência comumente adotados em projetos desta natureza.

3.1.4 Tempos de Recorrência

O tempo de recorrência adotado no presente estudo é o seguinte:

• Ponte TR = 100 anos

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3.1.5 Determinação das Vazões de Contribuição

Para o cálculo da vazão na Bacia do Rio Assú foi utilizado o método estatístico de Gumbel utilizando dados de vazão de posto fluviométrico. A descrição do método adotado e os resultados obtidos estão apresentados a seguir.

3.1.5.1 Método estatístico de Gumbel

Para o cálculo da vazão na Bacia do Rio Assú foi utilizado o Método

Estatístico de Gumbel, conforme é preconizado pelo “Manual de Hidrologia Básica para Estruturas de Drenagem” quando se dispõe de informações de postos fluviométricos para o rio em estudo, neste caso, utilizando os dados de vazão do posto fluviométrico denominado Sítio Acaua II, de código 37710150, com 20 anos de observação, obtidos no site da ANA – Agência Nacional de Águas.

Baseado na teoria dos extremos de amostras ocasionais, Gumbel

demonstrou que, se o número de vazões máximas anuais tende ao infinito, a probabilidade “P” de uma dada descarga ser superada por um certo valor da variável aleatória é dada pela equação seguinte, para um número infinito de elementos:

� = ����� onde P = probabilidade de não ocorrerem descargas maiores; e = base dos logaritmos neperianos; y = variável reduzida. Para TR=25 anos, y=3,1985. Para TR=12,50

y=2,4843 Na prática, pode-se levar em conta o número real de anos de observação

utilizando-se a fórmula devida de Vem Te Chow, que demonstrou que a maioria das funções de freqüência, aplicáveis em Hidrologia, pode ser resolvida pela equação geral: ��=�+���

onde �� = probabilidade de não ocorrerem descargas maiores; Q = descarga média obtida na série disponível; � = desvio-padrão do universo; ��= fator de freqüência que depende do número de amostras e do

tempo de recorrência.

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A descarga média é obtida pela expressão: � = ∑�� Onde, Q = descarga média obtida na série disponível; ∑Q = somatório das descargas da série de máximas anuais; n= número de anos de observação. O desvio-padrão é obtido por:

� = �∑����²��� Onde: ∑(Q- Q)² = somatório dos quadrados dos desvios da média.

O fator de frequência �� pode ser determinado pela expressão: �� =� − ����

Onde, �= variável reduzida; ��= média aritmética da variável reduzida, pra uma amostra de n

elementos extremos; ��= desvio-padrão da variável reduzida. De acordo com a equação Gumbel e considerando que o tempo de

recorrência, TR, é o inverso da probabilidade P, a variável reduzida pode ser calculada pela expressão: � = −�����. �� −���� − 1�!

Onde: �� = base dos logaritmos neperianos; TR = tempo de recorrência. A média aritmética da variável reduzida é determinada pela expressão:

�� = ∑��

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e o desvio-padrão,

� = "∑y − yn�²�

A probabilidade, em percentagem, de não ser excedida uma dada descarga, e o tempo de recorrência correspondente em anos podem ser obtidos pelas expressões abaixo: % = 100 '1 − (���) e �� = �**�**�+

Onde:

m = número de ordem da série anual, organizada de forma decrescente.

O valor de vazão do Rio Seridó, obtido para um tempo de recorrência de 100 anos, pelo método descrito acima foi Q = 5.515 m³/s

Em anexo, estão apresentados os quadros com toda a sequencia da

aplicação desse método e a representação gráfica do mesmo. 3.1.6 Resultados Obtidos

Os resultados do cálculo das vazões do Rio Assú, para a verificação da capacidade hidráulica da ponte “Felipe Guerra”, estão apresentadas nos quadros EH-07 e EH-08, apresentados no volume 3 – Memória Justificativa.

3.1.7 Verificação da Capacidade Hidráulica A Introdução

Neste item está apresentado o estudo de capacidade hidráulica da ponte sobre o Rio Assú.

B Verificação da capacidade hidráulica

A metodologia utilizada para a verificação da capacidade hidráulica foi a

proposta pelo Manual de Drenagem de Rodovias, do DNIT – Edição de 2006. Foram seguidos os procedimentos indicados a seguir. B.1 Elementos necessários para cada verificação

� Descarga de projeto, em m³/s; � Declividade do leito do rio, em m/m;

� Seção longitudinal da ponte no local da travessia sob a rodovia;

� Fixação do coeficiente de Manning para o curso d’água.

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B.2 Verificação da Capacidade Hidráulica

A verificação da capacidade hidráulica foi realizada utilizando-se a fórmula

de Manning associada à equação da continuidade, que apresentam as seguintes configurações:

: sendo AV Q e n

Ix R V

1/2 2/3

==

V - velocidade de escoamento da água, em m/s; R - raio hidráulico, em m; I - declividade do leito do rio, em m/m; N - coeficiente de rugosidade de Manning; Q - vazão máxima permissível, em m³/s; A - área da seção molhada, em m². Para cada altura h do nível d’água, há uma área molhada (A), um

perímetro molhado (P) e, em consequência, um raio hidráulico (R) e uma velocidade (V). Para o nível N1 correspondente à altura h1, tem-se :

n

I x R x A Q e

n

I x R V

1/22/3

11

1/22/3

1 ==

Para N2, tem-se V2 e Q2, portanto tem-se sempre:

1/2

2/3

I

n x Q AR =

Sendo I e n constantes e independentes da altura do nível d’água,

verifica-se que V e Q são funções apenas de h. Com o valor da descarga de projeto Qp, fornecida pelo estudo hidrológico,

de n e da declividade de cada leito, determinou-se o valor de AR2/3máx., da seguinte forma:

1/2

p2/3

máxI

n x Q AR =

C Apresentação dos Resultados A planilha contendo a verificação da capacidade hidráulica da ponte sobre

o Rio Assú está apresentada nos quadros EH-09.1 e EH-09.2, no volume 3 – Memória Justificativa.

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D Conclusão

Os estudos de verificação da capacidade hidráulica da referida ponte,

mostraram que a obra é suficiente, tendo o nível de água máximo atingindo a altura de 3,50 m, 2,50 m abaixo da face inferior da viga.

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3.2 Estudos Geotécnicos 3.2.1 Considerações iniciais

Nas investigações geotécnicas da subsuperfície ao longo das fundações da Ponte Felipe Guerra sobre Rio Assú foi efetuado 24 sondagens pelo processo à percussão seguindo a metodologia da NBR 6484, assim simplificada.

As sondagens foram iniciadas com o avanço a trado, com diâmetro de 102mm.

Quando foi detectado o nível d’água ou quando a parede do furo apresentou problema de estabilidade, o furo foi revestido com um tubo de aço de 76,0mm de diâmetro interno, o qual foi cravado simultaneamente com o avanço do furo pelo trado em espiral. Quando o avanço pelo trado em espiral tornou-se inoperante adotou-se o método à percussão com circulação da água, ou seja avanço por lavagem. 3.2.2 Medida de Nível D’água A medida de nível d’água foi efetuada através de quatro leituras de nível do lençol de água livre.

Ao detectar-se este lençol, a sondagem foi interrompida durante 30 (trinta) minutos, tendo sido efetuadas neste intervalo 3 (Três) leituras, sendo a primeira aos 10 (dez) minutos da paralisação, a segunda aos 20 (vinte) minutos e a terceira aos 30 (trinta) minutos. A quarta e última leitura foi efetuada 24 horas após o encerramento da sondagem.

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O nível d’água adotado foi o da menor leitura obtida, correspondendo ao

mais próximo da superfície. 3.2.3 Ensaios de Penetração A cada metro perfurado, a contar da superfície, foi executado um ensaio de penetração de acordo com o método STANDARD PENETRATION TEST (SPT), expresso pelo “N“ - número de golpes de um peso de 65Kg, caindo de uma altura de 75cm, necessários para cravar os 30cm finais de um amostrador padrão com diâmetro interno e externo de 1 3/8” e 2”, respectivamente. 3.2.4 Coleta de Amostras A coleta de amostras foi efetuada através do amostrador RAYMAND (SPT). 3.2.5 Parâmetros geomecânicos Os resultados obtidos foram analisados com base nos parâmetros geomecânicos, apresentados no quadro a seguir. 3.2.6 Apresentação dos Perfis de Sondagem

Os Perfis de Sondagem e a Localização destes estão apresentados no volume 3 – Memória Justificativa. No Volume 3B – Memória de Cálculo das Estruturas estão apresentados os Perfis de Sondagem , numerados de SP- 01 a SP- 24.

3.2.7 Ocorrências de Materiais 3.2.7.1 Considerações Gerais

Objetivando atender as necessidades da obra, foram estudadas ocorrências de materiais dos tipos: areal e pedreira. 3.2.7.2 Areal

As informações gerais inerentes ao areal estudado estão apresentadas no quadro EG-01 (croqui de localização), no EG-02 (resumo dos ensaios).

Os ensaios de laboratório realizados foram os seguintes: � Módulo de finura � teor de matéria orgânica

� peso específico real

� equivalente de areia

� Material pulverulento

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O areal indicado é no leito do rio Assú, a ser explorado com draga de

sucção.

3.2.7.3 Pedreiras

As informações gerais inerentes às pedreiras P-1 e P-2 estudadas estão apresentadas nos quadros EG-03 a EG-10.

As pedreiras indicadas são exploradas comercialmente.

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3.3 Componente Ambiental

O Componente Ambiental dos Melhoramentos na Ponte sobre o Rio Assú, está sendo realizado conforme metodologia comentada a seguir.

Os Estudos Ambientais seguem as orientações da IS-246 do DNIT, onde

se inclui o levantamento do Passivo Ambiental, conforme sistemática indicada no “Manual Rodoviário de Conservação, Monitoramento e Controle Ambientais” do DNIT; o cadastramento das áreas degradadas ocorrentes no interior da faixa de domínio e adjacências e um diagnóstico ambiental para determinação das prioridades nas intervenções e uma análise dos riscos de possibilidade de confrontos entre as intervenções previstas e a legislação ambiental.

Sequencialmente será apresentado o Projeto Ambiental que, em síntese,

consiste na explicitação e quantificação das medidas corretivas para solução dos problemas identificados nos Estudos Ambientais, apresentando-se os quantitativos pertinentes, as referências às Especificações, os croquis com as soluções-tipo, a escolha das espécies vegetais a serem introduzidas, dentre outros aspectos.

Esta metodologia adotada se torna vantajosa uma vez que permite a

incorporação, tanto dos Estudos Ambientais como do Projeto Ambiental, no elenco de estudos e projetos constantes do Projeto de Engenharia e, desta forma, as medidas recomendadas estarão, necessariamente, incorporadas ao Orçamento Geral da obra constante do Projeto de Engenharia. 3.3.1 Diagnóstico Ambiental

Especificamente, este capítulo tem como objetivo prover um conhecimento regional e localizado dos aspectos geoambientais e sócio-econômicos do entorno da rodovia e sua área de influência, para prover subsídios para a avaliação dos impactos ambientais do projeto com os seguintes objetivos específicos:

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. Dados climáticos: permitirá identifiar a possibilidades de ocorrência de eventuais problemas relacionados com: fontes de abastecimento d'água para o projeto; períodos de impedimentos à execução das obras; resistência à erosão dos solos (em função da intensidade pluviométrica), dentre outros; . Vegetação: sendo um bem ambiental dos mais importantes, sujeito à proteção legal em vários dispositivos da legislação federal, estadual e municipal, sua caracterização permitirá identificar possíveis restrições no que se refere aos desmatamentos necessários à implantação das obras (exploração de jazidas e empréstimos laterais, abertura de caminhos de serviço, etc) de modo a se evitar interferências em áreas de proteção ambientais legalmente instituídas, tais como: matas ciliares, Mata Atlântica (latu sensu), mangue, vegetação protetora de encostas e tipos de relevo, etc.; . Geologia/Geomorfologia/Relevo: facultará o conhecimento dos eventuais obstáculos de transposição topográfica que poderão envolver grande movimentação de terras; as áreas sujeitas a alagamentos; os pontos e/ou subtrechos cuja descaracterização topográfica poderá desencadear processos erosivos; os pontos notáveis de valorização da paisagem, riscos de atingimento de patrimônio espeleológico, arqueológico, etc.; . Hidrografia: permitirá identificar os recursos superficiais e subterrâneos passíveis de preservação em função do uso atual e potencial de abastecimento humano; as faixas de preservação ambiental dos cursos d'água em conformidade com a legislação pertinente; os dados preliminares para os estudos hidrológicos a serem desenvolvidos no projeto, dentre outros aspectos; . Solos: a caracterização pedológica fornecerá conhecimentos acerca da susceptibilidade erosiva dos solos; da estabilidade dos taludes em função da conjunção dos parâmetros textura, estrutura e permeabilidade; da fertilidade, o que norteará a reabilitação de áreas degradadas (Passivo Ambiental) e áreas a serem degradadas (exploração de jazidas, etc.);

O Diagnóstico tem como principais fontes:

. Meio Físico Diagnósticos IDEMA Mapa Geológico CPRM; Mapas do Projeto RADAMBRASIL (folha Jaguaribe-Natal); Geomorfologia, Vegetação e Solos; Mapas-Síntese dos Riscos de Erosão do Nordeste – SUDENE/DRN.

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. Meio Biótico

Mapa de Vegetação do Brasil, IBGE, 2005; Mapas do Projeto RADAMBRASIL - Vegetação; Diagnóstico IDEMA.

No Meio Biótico se dará importância especial a tipologia vegetacional,

visando a indicação de espécies vegetais a serem introduzidas na revegetação das margens da ponte e áreas de ocorrência de materiais a serem utilizados, definidas pelos estudos geotécnicos.

. Meio Antrópico

Estatísticas da Confederação Nacional dos Municípios que consolida,

sistematicamente, informações estatísticas básicas municipais de demografia, condições de vida, educação, saúde, etc., obtidas nas fontes oficiais (IBGE, PNUD, INEP, etc); Estatística do IDEMA. 3.3.1.1 Meio Físico 3.3.1.1.1 Clima

Em termos climatológicos o município de Assú acha-se inserido no denominado “Polígono das Secas”, constituindo um tipo semi-árido quente e seco, segundo a classificação de Koppen (1956).

a) Pluviometria e Temperatura

O Município de Assú, localizado numa região de Semi-Árido, apresenta dois períodos pluviométricos distintos ao longo do ano: um período úmido (de janeiro a maio) e outro seco (de junho a dezembro), com precipitação média anual entre 500 e 700mm.

No geral, caracteriza-se pela presença de apenas duas estações: a seca

que constitui o verão, cujo clímax é de Setembro a Dezembro e a chuvosa denominada pelo sertanejo de inverno, restrito a um período de 3 a 4 meses por ano.

As temperaturas são elevadas durante o dia, amenizando a noite, com

variações anuais dentro de um intervalo 29 a 30º C, com ocasionais picos mais elevados, principalmente durante a estação seca. As temperaturas mínimas oscilam ao longo do ano, atingindo valores próximos a 20ºC nos meses de junho e julho.

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Município de Assú: Temperatura e Precipitação

Mês Jan Fev Mar Abr Maio Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Ano

Temperatura máxima °C 31 31 31 31 29 31 31 32 31 31 31 31 30,9

Temperatura mínima °C 23 24 23 23 23 20 20 21 20 22 22 23 22

Precipitação média (mm)

33 66 137 170 102 36 30 8 5 0 3 10 600

Fonte: Canal do Tempo

Na figura a seguir, mostra-se o posicionamento de Assú (área do projeto) em relação às faixas de precipitação média anual, no contexto regional.

Faixa de precipitação média anual em Assu, no contexto regional, observando-se que se insere numa ampla faixa de 500 a 750 mm anuais.

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b) Ventos

Nas latitudes tropicais as variações climáticas estão associadas as mudanças sazonais da Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) e das monções de verão, que são responsáveis por grande parte das precipitações de verão nesta região. Este processo é mantido pelas características da circulação atmosférica e oceânica de forma que os anos chuvosos são associados ao fortalecimento do anticlone sobtropical do Atlântico Norte e o simultâneo enfraquecimento do anticlone do Atlântico Sul, associados às Anomalias positivas de temperatura da superfície marinha (TSM) no Atlântico Norte Tropical e negativas no Atlântico Sul tropical. Dessa forma, tais características podem ser consideradas as principais responsáveis pelo prolongamento da estação chuvosa, enquanto nos anos de estiagem prolongadas são atribuídos a padrões opostos. c) Insolação

Não diferente das demais regiões do estado do Rio Grande do Norte, as taxas de insolação no município de Assú são bastante expressivas, situando-se no patamar de aproximadamente 3.000 horas de incidência solar direta. Tal índice é o principal responsável pelas altas taxas de evaporação na região.

Em termos anuais, tem-se cerca de 2.600 horas de exposição solar, pelo

que se pode concluir, que em aproximadamente 60% dos dias do ano há incidência solar direta. Os maiores valores de insolação estão concentrados no trimestre setembro-outubro-novembro. Já o trimestre março-abril-maio, o qual corresponde ao período chuvoso, apresenta os menores valores de insolação.

d) Umidade Relativa do Ar

Na zona mais semi-árida da Região Nordeste, a umidade relativa é inferior às regiões tropicais, devido à baixa incidência de chuva ao longo do ano. Essa característica faz com que a umidade relativa do ar no município de Assú apresente valores inferiores a 60%.

e) Síntese dos Parâmetros Climáticos

Segundo o IBGE, o Balanço Hídrico representativo do Semi-Árido Equatorial Nordestino com 6 meses de duração do período seco tem as seguintes características:

. reposição de água no solo: mês de fevereiro

. excedente hídrico: início de março até final de maio

. retirada de água do solo: início de junho até final de outubro

. deficiência hídrica início de junho até final de dezembro

São os seguintes os parâmetros climáticos citados na área de influência direta do empreendimento (Radambrasil) – Município de Assú:

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Parâmetros Climáticos na Área de Influência Direta da Rodovia: Município de Assú Tipologia Climática

Semi-árido

Excedente hídrico anual Número de meses com excedente hídrico Deficiência hídrica anual Número de meses com deficiência hídrica Temperatura média anual Temperatura média em julho (inverno) Temperatura média em janeiro (verão) Índice de Umidade (Thornthwaite) do Solo

Não há Não há

350 a 900 mm 10 a 12 meses 22o a 24,5o C

22º C 26º C

-20 a -40

Localizada em pleno interior do Nordeste Semi-Árido, em área de solos de baixa fertilidade, a região de Assú está submetida a um regime de escassez e desigual distribuição de chuvas observadas no Nordeste. Ali, as chuvas falham com frequência, dando lugar à ocorrência de secas, totais (quando afetam toda a região) ou parciais, de duração anual (quando ocorrem em anos intercalados) ou plurianual (quando se estendem por períodos superiores a um ano.

Parciais ou totais, as secas provocam fortes impactos sobre a economia

(em particular sobre as atividades agropecuárias), a população (reduzindo e, no limite, eliminando renda e emprego) e o meio ambiente (diminuindo ou eliminando a cobertura vegetal de amplas áreas, contribuindo para o aumento da erosão do solo, por natureza raso e pedregoso, em quase todas as partes do município.

Nestas circunstâncias, o abastecimento de água para o projeto fica a

depender dos mananciais de água, em especial o Açude sobre o rio Piranhas ou Assú, localizado a montante do local da ponte (ver mapa de localização no Diagnóstico do item Recursos Hídricos). 3.3.1.1.2 Geologia

De acordo com o Mapa Geológico (Radambrasil) apresentado no final deste item, se apresenta praticamente como um divisor entre os terrenos cristalinos (na margem direita do Rio Assú) e os terrenos sedimentares dos Tabuleiros Costeiros (na margem esquerda) que se estendem por ampla região no entorno de Mossoró. No leito do rio, tem-se os Aluviões. As litologias são assim definidas:

. margem direita do Rio: substrato cristalino do PRÉ-CAMBRIANO INFERIOR – Complexo Caicó, com litologias que compreendem: biotita gnaisses, gnaisses facoidais, gnaisses quratzo-fedspáticos, gnaisses leptiníticos e migmatitos;

. margem esquerda do Rio: substrato sedimentar referido ao CRETÁCEO MÉDIO – Formação Açú cujas litologias são: arenitos brancos e cinza,

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conglomeráticos e caulínicos com intercalações de folhelhos e siltitos na base, gradando para folhelhos com intercalações de calcarenitos;

. no leito do Rio: Aluviões recentes referidos ao QUATERNÁRIO-HOLOCENO, compreendendo areias finas a grosseiras incluindo cascalhos inconsolidados e argilas com matéria orgânica em decomposição.

Ressalte-se a ausência de rochas calcáreas as quais são responsáveis

pela formação de patrimônio espeleológico (grutas e cavernas), através do fenômeno da dissolução, o que afasta a possibilidade do projeto atingir tais bens ambientais protegidos pela legislação ambiental.

O Mapa Geológico apresentado a seguir ilustra os comentários acima e

posiciona o local da ponte sobre o Rio Assú em relação às unidades geológicas referidas. Observa-se, ainda, que o subtrato geológico condicionou a gênese do

relevo (ver Mapa Geomorfológico adiante), cujas diferenciações entre as Unidades são praticamente coincidentes com as manchas da geologia local.

MAPA GEOLÓGICO: Observa-se na margem esquerda do local da ponte a presença de litologias cristalinas do Pré-Cambriano Inferior (Complexo Caicó); na várzea do Rio, Aluviões referidos ao Quaternário-Holoceno, e; na margem esquerda, litologias sedimentares do Cretáceo Médio (Formação Assu).

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3.3.1.1.3 Geomorfologia/Relevo

Todo o entorno do local da ponte sobre o Rio Assú tem um relevo esculpido por dissecação, variando, apenas no que se refere às formas. Tem-se, assim, de acordo com o Mapa Geomorfológico apresentado no final deste item:

. nas margens da pontes: formas dissecadas tabulares dos Tabuleiros Costeiros do Rio Grande do Norte que corresponde a um relevo de topo convexo, com rede de drenagem distanciada e fraco aprofundamento dos vales que têm vale em “U”; . nos terrenos contíguos a leste: formas erosivas dos Tabuleiros Costeiros que corresponde a uma superfície plana elaborada por processos de pediplanação.

O Rio Assú, no local da ponte tem suas duas margens com relevo

dissecado numa região dos Tabuleiros Costeiros, com baixo aprofundamento da drenagem. Em decorrência, as margens do rio não formam taludes significativos, haja vista tratar-se de um segmento do rio que começa a se espraiar a jusante, conforme se observa na ilustração a seguir.

Desta forma, tem-se uma topografia favorável para a implantação das

obras. Observa-se no Mapa Geomorfológico que a presença de escarpas e/ou ressaltos, na paisagem, surgem em locais distanciados da ponte a nordeste no limite entre uma mancha de formas erosivas e formas dissecadas.

De acordo com a legenda do Mapa de Solos apresentado no item correspondente adiante, verifica-se que o relevo, de forma geral, se apresenta como plano a suave ondulado em todo o entorno da ponte o que é compatível com o modelado de dissecação que caracteriza a Unidade Geomorfológica referida anteriormente.

Apresenta-se, a seguir, o Mapa Geomorfológico, observando-se a disposição do local da ponte e acessos em relação às manchas das Unidades Geomorfológicas bem como os “acidentes” geográficos dispersos na paisagem (escarpas).

As fotos 1 e 4, apresentadas no Anexo: Documentação Fotográfica, mostram, no local da ponte, um vale de fundo plano e taludes poucos significativos nos encontros da ponte, além de um relevo plano na superfície (foto 1).

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3.3.1.1.4 Solos

O local da ponte sobre o Rio Assú, apresenta duas tipologias de solos, a saber:

. no leito do rio: NEOSSOLOS Eutróficos (correspondendo a Solos Aluviais na antiga classificação da EMBRAPA), argila de atividade alta (Ta), Horizonte A moderado, textura arenosa/média e argilosa, relevo plano; . nas duas margens do rio: NEOSSOLOS Eutróficos (correspondendo aos Solos Litólicos na antiga classificação), A moderado, textura arenosa e média, fase pedregulhosa, relevo suave ondulado.

MAPA GEOMORFOLÓGICO, observando-se planície fluvial no vale do Rio Assu ou Piranhas (local da ponte) e margens dos Tabuleiros Costeiros com formas de dissecação, relevo de topo convexo com baixo aprofundamento da drenagem. Observa-se, ainda, a ausência de escarpas nas margens do rio.

Local da Ponte (Km 115,34)

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Os NEOSSOLOS caracterizam-se por se tratarem de solos jovens (pouco

intemperizados) daí sendo comum a presença de pedregulhos. São muito comuns nas áreas de pouca umidade, ou seja, nas regiões semi-áridas do sertão nordestino.

Os NEOSSOLOS (solos litólicos) são solos favoráveis para a construção

civil, uma vez que não possuem caráter expansivo (típico dos Vertissolos), nem tampouco são solos moles. São também solos que têm boa base para estruturas pelo fato de serem rasos, pouco consolidados, com ausência de horizonte B. Ressalte-se a ausência de solos de mangue nas margens do rio.

Nas faixas contíguas surgem os ARGISSOLOS VERMELHO-AMARELO

Eutrófico no lado esquerdo e, os LUVISSOLOS (Bruno não Cálcicos), no lado direito, conforme legenda constante da ilustração apresentada a seguir.

Observe-se que a legenda de solos fornece ainda, a informação acerca do

relevo que se apresenta como plano a suave ondulado na maior parte do trecho, o que é comprovado com a informações de campo e documentação fotográfica presente neste relatório.

De acordo com a nova classificação de solos da EMBRAPA, 1999, os

NEOSSOLOS são assim caracterizados:

NEOSSOLOS (grupamento de solos pouco evoluídos, com ausência de horizonte B diagnóstico)

Base: Solos em via de formação, seja pela reduzida atuação dos processos pedogenéticos ou por características inerentes ao material originário. Critério: Insuficiência de manifestação dos atributos diagnósticos que caracterizam os diversos processos de formação. Exígua diferenciação de horizontes, com individualização de horizonte A seguinte de C ou R. Predomínio de características herdados do material originário. Definição: Solos constituídos por material mineral ou por material orgânico com menos de 40 cm de espessura, não apresentando qualquer tipo de horizonte B diagnóstico e satisfazendo os seguintes requisitos: . ausência de horizonte glei; . ausência de horizonte vértico imediatamente abaixo do horizonte A; . ausência de horizonte plíntico dentro de 40cm; . ausência de horizonte A chernozêmico conjugado a horizonte cálcico ou C carbonático. Abrangência (classificação anterior): Litossolos e Solos Litólicos, Regossolos, Solos Aluviais e Areias Quartzosas (Distróficas, Marinhas e Hidromórficas); solos com horizonte A ou hísticos com menos de 40 cm de espessura, seguidos de camada com 90% ou mais de fragmentos de rocha ou do material de origem, independente de sua resistência ao intemperismo.

Fonte: Extraído do Sistema Brasileiro de Classificação de Solos – 1999, EMBRAPA

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Vale ressaltar a ausência de solos problemáticos para obras rodoviárias a

exemplo de:

. VERTISSOLOS, os quais, em virtude do caráter expansivo das suas argilas comprometem obras civis; . GLEYSSOLOS (solos de mangue); . Solos Hidromórficos de maneira geral, que se saturam com água; . ARGISSOLOS em relevo ondulado, muito susceptíveis à erosão em função da presença do horizonte B textural (argiloso) que os torna pouco permeáveis facultando o escoamento superficial e, consequentemente, a erosão.

A seguir apresenta-se o Mapa de Solos da área do Projeto, observando-se

o posicionamento do local da ponte em relação às manchas de solos referidas.

MAPA DE SOLOS: Observa-se, na faixa do leito do rio NEOSSOLOS (Solos Aluviais na antiga classificação EMBRAPA), argila de atividade alta (Ta), horizonte A moderado, textura arenosa/média e argilosa com relevo plano. (Fonte: Radambrasil)

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3.3.1.1.5 Riscos de Erosão

Sob o ponto de vista pedológico a erodibilidade de um solo depende de vários de seus atributos como: textura, teor de matéria orgânica, estrutura, permeabilidade, declividade, comprimento de rampa e forma da encosta, e, naturalmente, das precipitações pluviométricas.

Recorrendo-se aos mapas-síntese de relevo e declividades, erodibilidade

dos solos e erosividade das chuvas da SUDENE/DRN, os quais fornecem, através de parâmetros integrados, um risco de erosão hídrica para a área em estudo, tem-se os seguintes os resultados:

Parâmetros Determinantes do RISCO DE EROSÃO HÍDRICA no Entorno da Ponte

Erodibilidade dos Solos

Erosividade das Chuvas

Relevo e

Declividades

RISCO DE

EROSÃO HÍDRICA

Intensidade: Moderada

Intensidade: Fraca

Intensidade: plano e suave ondulado

Intensidade: FRACO A MÉDIO

Classe: 2

Classe: 1

Classe: 1

Classe: 4 e 5

Fator K: maior que 0,10 e menor que 0,30

Fator R: menor que 340

Declividades: 5 a 12% (na maior parte do traçado)

-

De acordo com Wischmeier & Smith (1965), citados por Bertoni &

Lombardi Neto (1990), o fator K (que mede a propensão à erodibilidade de um solo) significa vulnerabilidade ou suscetibilidade do solo à erosão, que é a recíproca da sua resistência à erosão.

Já o fator R (fator chuva), é um índice numérico que expressa a

capacidade da chuva de causar erosão em uma área sem proteção, sendo estimado através do mapa de isoerodentes. O mapa contém linhas que ligam pontos de iguais potenciais de erosão. Essas linhas representam os valores médios anuais de erosividade da chuva, e também, o fator chuva na equação de perdas de solo. Os valores entre as linhas são interpolados linearmente.

Dentre os fatores que influem no risco de erosão na área do projeto -

erosividade de chuva, relevo e erodibilidade do solo – este último se apresenta como o mais determinante para um risco de erosão hídrica mediana na área do projeto ou seja, o relevo e as declividades e as chuvas determinam apenas um risco de erosão hídrica classificada como “fraca”.

Face à erodibilidade dos solos, deve-se tomar cuidados nas áreas das

jazidas a serem exploradas, devendo-se, sempre, promover a revegetação e o re-encaminhamento adequado da drenagem, o que é objeto do Projeto Ambiental.

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3.3.1.1.6 Recursos Hídricos a) Recursos Superficiais

O município de Assú encontra-se com 95% de seu território inserido nos domínios da bacia hidrográfica Piranhas-Assú e os 5% restantes na bacia hidrográfica Apodí/Mossoró. A ponte em estudo localiza-se no baixo curso do Rio Assú ou Piranhas.

O Rio Piranhas ou Assú banha os estados da Paraíba e do Rio Grande do Norte. Conhecido simplesmente como Rio Piranhas na Paraíba, recebe o nome de Rio Assú após passar pela Barragem Armando Ribeiro Gonçalves no município de Assú no Rio Grande do Norte.

O Rio Piranhas-Assú nasce da junção das águas dos rios do Peixes e

Piancó na Paraíba e desemboca na cidade de Macau no litoral do Rio Grande do Norte. Outros afluentes do rio Piranhas são: rio Espinharas, Rio Picuí e Rio

Seridó, todos sertanejos e temporários. O rio Piranhas-Assú, no passado, estava sujeito a períodos de seca,

quando o seu fluxo chegava apartar-se e as populações recorriam a cacimbas cavadas no leito seco, de onde retiravam a água para o consumo doméstico. Contudo, tais períodos de seca sempre foram intercalados por anos de muita chuva, quando o rio transborda e leva destruição para as comunidades ribeirinhas. Uma dessas enchentes ocorreu em 1974. Nesse ano, a cidade de Carnaubais (a jusante do local da ponte) foi inundada e toda a população obrigada a mudar-se para um terreno mais elevado do município, onde se construiu uma nova cidade.

Hoje, o rio Piranhas-Assú está poluído, é o que dizem os estudos feitos

por órgãos de defesa ambiental. As causas são: a falta de um saneamento adequado nas cidades ribeirinhas (cujo esgoto acaba chegando ao rio) e a atuação de empresas agrícolas que, criminosamente, lançam produtos químicos nas águas. O rio ainda está num avançado processo de assoreamento, também em virtude de práticas agrícolas irresponsáveis e da retirada de areia para a construção civil.

O rio Assú/Piranhas é o responsável pela maior bacia hidrográfica do

estado ocupando uma superfície de 17.500 km², correspondendo a 32,8 % do território estadual, onde são encontrados 1.112 Açudes. Ele nasce na Serra do Bongá, município de Santa Fé no estado da Paraíba com o nome de Rio Piranhas. Adentra o estado do Rio Grande do Norte ainda nomeado de Piranhas pelo município de Jardim de Piranhas. Recebe o nome de Piranhas-Assú ao passar pela Barragem Engenheiro Armando Ribeiro Gonçalves, no município de Assú. O Rio Piranhas-Assú recebe águas com as cheias na região das lagoas do Piató, Ponta Grande e do Queimado, indo desembocar no litoral norte do estado do Rio Grande do Norte, em forma de estuário próximo a cidade de Macau.

O represamento do rio Piranhas-Assú através da Barragem de Coremas, a maior da Paraiba e Engenheiro Armando Ribeiro Gonçalves, a maior do estado do Rio Grande do Norte, permitiu a perenização do rio e a formação no baio curso de um grande lago para acumular dois bilhões e quatrocentos milhões de metros cúbicos de água, de onde parte uma rede de adutoras que abastecem de água potável a população de varias cidades do estado e canais que asseguram a irrigação de terras férteis com o cultivo de frutas.

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Os corpos d’água existentes nas proximidades do local da ponte, são,

então:

. a montante, o Açude do Rio Piranhas ou Assú (Armando Ribeiro

Gonçalves), no próprio rio;

. a montante, um Açude de menor capacidade no Rio Parati (afluente do Rio

Assú);

. no Rio Pataxós, o Assú de público Pataxós, a cerca de 9 km do local da

ponte, a jusante;

. bem distanciados do local da ponte, a jusante, a lagoa do Piató num

afluente do Rio Assú;

. a lagoa da Ponta Grande, a jusante, num afluente do Rio Pataxós.

Tais corpos d’água não correm o risco de serem afetados negativamente pelas obras de ampliação da ponte (risco de contaminação por derrame de substâncias tóxicas, óleos, assoreamentos, etc.), uma vez que os reservatórios no rio Assú, localizam-se a montante e os demais, bem como as lagoas, em outros cursos d’água, conforme se observa no Mapa de Localização dos Corpos d’água apresentado a seguir.

Localização dos Corpos d’Água e da ponte objeto de melhoramentos sobre o Rio Assu ou Piranhas na BR-304-RN, próximo à cidade de Assu no Estado do Rio Grande do Norte.

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b) Recursos Subterrâneos

De acordo com a CPRM, o município de Assú está inserido no Domínio Hidrogeológico Intersticial, Domínio Hidrogeológico Kárstico-fissural e no Domínio Hidrogeológico Fissural.

O Domínio Intersticial é composto de rochas sedimentares do Grupo

Barreiras, Formação Assú, Depósitos Colúvio-eluviais e dos Depósitos Aluvionares. O Domínio Kárstico-fissural é formado pelos calcários da Formação Jandaíra. O Domínio Fissural é composto de rochas do embasamento cristalino que englobam o subdomínio rochas metamórficas constituído do Complexo Caicó e da Formação Jucurutu e o sub-domínio rochas ígneas da Suíte Poço da Cruz e dos Granitóides.

De acordo com diagnóstico da CPRM (2005), os 228 pontos d’água

cadastrados (dos quais 87% são particulares) no Município de Assú apresentam a seguinte situação:

. 228 poços tubulares (100%), sendo que 130 encontram-se em operação e 16 foram descartados (abandonados) por estarem secos ou obstruídos; . Os 82 pontos restantes (36%) incluem os não instalados e os paralisados, por motivos os mais diversos. Estes poços representam uma reserva potencial substancial, que pode vir a reforçar o abastecimento no município se, após uma análise técnica apurada, forem considerados aptos à recuperação e/ou instalação. Cabe à administração municipal promover ou articular o processo de análise desses poços, podendo aumentar substancialmente a oferta hídrica no município. . Quanto à qualidade das águas, foram feitas análises em 175 (76,8%) poços, dos quais 107 apresentaram águas salobras ou salgadas (61%) evidenciando a necessidade de uma urgente intervenção do poder público, principalmente no que concerne aos poços comunitários, visando a instalação de dessalinizadores, para melhoria da qualidade da água oferecida à população e redução dos riscos à saúde existentes.

Nas imediações da ponte não se detectou a presença de poços, de sorte

que as obras não deverão interferir nestas estruturas. 3.3.1.2 Meio Biótico 3.3.1.2.1 Vegetação

Como se observa no Mapa de Vegetação e registro fotográfico adiante no entorno do local da ponte ocorre o Bioma Caatinga Arbórea Aberta sem palmeiras.

No geral a Caatinga é dominada por árvores e arbustos decíduos,

despidos de folhas durante o período de seca e armados de espinhos. Há boa quantidade de plantas suculentas, cactos e bromeliáceas terrícolas.

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Em trabalhos qualitativos e quantitativos sobre a flora e vegetação da

caatinga, foram registradas cerca de 596 espécies arbóreas e arbustivas, sendo 180 endêmicas. Esse número de espécies tende a aumentar se considerarmos as herbáceas. As famílias arbóreas e arbustivas mais frequentes são Caesalpinaceae, Mimosaceae, Euphorbiaceae, Fabaceae e Cactaceae, sendo os gêneros Senna, Mimosa e Pithecellobium com maior números de espécies. A catingueira (Caesalpinia pyramidalis Tul.), as juremas (Mimosa spp.) e os marmeleiros (Croton spp.) são as plantas mais abundantes na maioria dos trabalhos de levantamento realizados em área de caatinga.

Há que se considerar, ainda, a vegetação ciliar das margens dos cursos

d’água que são consideradas de preservação permanente, devendo-se prever compensação, quando da ampliação da ponte.

Para a região do Seridó norteriograndense, a fitofisionomia Caatinga pode

ser subdividida em quatro tipos:

a) Várzea

A Flora ou vegetação de várzea (Arboreto edáfico-fluvial) estende-se pelas planícies fluviais da bacia hidrográfica do sistema Piranhas-Assú, que cobre parte do sertão norte-riograndense, ocupando terrenos compostos por aluviões, que constituem os terraços fluviais e barrancos de suas margens. Há como espécies predominantes a carnaúba (Copernicia prunifera), acompanhada por um estrato arbustivo-arbóreo composto por mofumbo (Combretum leprosum), cajá (Spondias mombim), marmeleiro (Croton sonderianus), jurema branca (Piptadenia stipulacea) e umari (Geoffroea spinosa).

b) Arbustiva Caducifólia

A vegetação de caatinga arbustiva ocupa a maior parte da área enfocada, interessando às regiões naturais reconhecidas como sertões, sendo resultante das formas de uso e de ocupação tradicionais. Condições climáticas de semi-aridez impõem-se diretamente como fator limitante que se reflete no acentuado xeromorfismo da vegetação. Toda a cobertura vegetacional arbustiva, constituindo a caatinga baixa, desenvolve-se em terrenos colinosos ou planos da depressão sertaneja e nas serras baixas.

As espécies mais significativas da caatinga arbustiva no ambiente

sertanejo são: pereiro (Aspidosperma pirifolium), catingueira (Caésalpinia bracteosa), jucá (Caesalpinia ferrea), imburana-de-espinho (Commiphora leptophloeos), marmeleiro-preto (Croton sonderianus), jurema-preta (Mimosa hostílis), cumaru (Imburana cearensis), feijão bravo (Capparis cynophallophora), favela (Cnidoscolus phyllacanthus), pinhão-branco (Jatropha pohliana), croata (Bromelia laciniosá) e as cactáceas e mandacaru (Cereus jamacaru), xique-xique (Pilosocereus gounellei) e o facheiro (Pilosocereus squamosus) e coroa-de-frade (Melocactus bahiensis).

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c) Arbórea Caducifólia

O conjunto vegetacional, denominado caatinga arbórea (arboreto

climático-estacional caducifólio-xeromórfico), tem pouca expressão regional. Reveste, comumente, elevações a partir de 500 metros de altitude, mostrando severas degradações por ação antrópica na exploração madeireira para carvão, lenha, olaria, como formas mais freqüentes, além dos desmatamentos e queimadas para a prática agrícola. Como exemplos, podem ser citadas as seguintes espécies: aroeira (Myracrodruon urundeuva), pau-d'arco roxo (Tabebuia impetiginosa), juazeiro (Ziziphus joazeiro), favela (Cnidoscuius phyllacanthus), gonçalo alves (Astronium fraxinifolium) e catingueira (Caesalpinia bracteosa). d) Mata Ripária ou Ciliar

Apesar da existência de um elevado fator de stresse hídrico sobre a vegetação de caatinga existe ainda uma fisionomia que não se enquadra nas classificações anteriores, a Vegetação Ripária ou mata ciliar, apesar de sua limitada ocorrência, ainda é possível encontrar vestígios de sua existência as margens de corpos d’água existentes na região. São exemplos de vegetais que ocorrem nas.margens dos Açudes: ingazeira-brava (Lonchocarpus sericeus), canafístüla-boi (Albizia polyantha), jaramataia (Vitex gardneriana), ingazeira (Inga sp.), cipó-do-rio (Combretum lanceolatum), oiticica (Licania rigida), entre outras. Em Assú, a palmeira carnaúba é bastante presente nas áreas sujeitas a alagamentos nos rios.

A seguir apresenta-se a lista das espécies da Caatinga mais comuns na

Área de Influência Direta, algumas aptas para a revegetação das ocorrências de materiais a serem utilizadas no Projeto, agrupadas em vegetação arbórea, vegetação arbustiva e vegetação rasteira.

As fotos 1, 2 e 6 no Anexo: Documentação Fotográfica, mostram uma

vegetação ciliar rarefeita e pertencente ao Bioma Caatinga.

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LISTAGEM DAS ESPÉCIES DA CAATINGA MAIS COMUNS NA ÁREA DO PROJETO

1. Vegetação Arbórea

Família

Nome Vulgar

Nome Científico

Anacardiaceae Anacardiaceae Anacardiaceae Apocynaceae Apocynaceae Arecaceae Bignoniaceae Bignoniaceae Burseraceae Cactaceae Celastraceae Euphorbiaceae Euphorbiaceae Leg. Caesalpiniaceae Leg. Cesalpinioideae Leg. Cesalpinioideae Leg. Caesalpinioideae Leg. Caesalpinioideae Leg. Cesalpinioideae Leg. Mimosoideae Leg. Mimosoideae Leg. Papilio noideae Mimosaceae Mimosaceae Papilonoideae Papilonoideae Ranaceae Rhamnaceae Rosaceae Sapotaceae

Imbuzeiro ou Umbuzeiro Aroeira (*) Baraúna Pereiro Pereiro preto Licuri ou ouricuri (palmeira) Craibeira (*) Sete-cascas Umburana Mandacarú (*) Bom-nome (*) Favela (*) Maniçoba Catingueira-verdadeira Catinga de porco - catingueira São João Canafístula (*) Canafístula-preta Jacarandá Branco Angico (*) Calumbi Cumaru (*) Espinheiro Sabiá (**) Mulungu (*) Sucupira Juamirim Juazeiro(*) Oiticica (*) Quixaba (*)

Spondias tuberosa Arruda Astronuim urundeuva (Engl) Schinopsis brasiliensis Engl. Aspidosperma pyrifolium Mart. Aspidosperma sp. Syagrus coronata Tabebuia caraíba ( Mart.) Bureau Tabebuia spongiosa Rizzini Commiphora leptophlocos Mart. Cereus jamacaru P.DC. Maytenus rígida Mart. Cnidoscolus phyllacanthus Manihot pseudoglazioviti (Pax) Caesalpinia pyramidalis Tul. Caesalpinia pyramidalis Tul. Cassia bicapsularis (Linn) Cássia excelsa Schrad Senna acuruensis (Benth) H.S. Swartzia pickelli Killip ex Ducke Piptodenia maerocarpa (Benth) Caesalpinia pyramidalis Tul. Amburana cearensis A Smith Chloroleucon foliolosum (Benth) Mimosa caesalpiniifolia (Benth) Erythrina aurantiaca ( Ridl) Bowdichia pubescens (Benth) Zizyphus undulata (Reiss) Ziziphus joazeiro (Mart) Licania rígida (Benth) Sideroxylon obtusifolium

Fonte: Radambrasil (*) Plantas com propriedades medicinais (**) Muito adequada para revegetação de jazidas de materiais (ver descrição adiante)

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LISTAGEM DAS ESPÉCIES DA CAATINGA MAIS COMUNS NA ÁREA DO PROJETO

2. Vegetação Arbustiva

Família

Nome Vulgar

Nome Científico

Cactaceae Cactaceae Caesalpiniaceae Cesalpinioideae Combretaceae Euphorbiaceae Euphorbiaceae Euphorbiaceae Ethretiaceae Euphorbiaceae Euphorbiaceae Fabaceae Labiadeae Malvaceae Mimosaceae Mimosaceae Mimosaceae Solanaceae

Facheiro Xique-xique Mororó ou unha-de-vaca(*) Turco (*) Mofumbo Cansação Marmeleiro (**) Pinhão Moleque-duro (*) Quebra-faca Velame (**) Camaratuba Alfavaca-de-caboclo (*) Relógio (*) Carqueja Jurema Preta (**) Jurema Vermelha (**) Jurubeba (*)

Pilosocereus pachycladus (Rither) Pilocereus gounellet (Weber) Bauhinia cheilanthia (Bong) Steud Parkinsonia aculeata (Linn) Cobretum leprosum Jatropha urens (Linn) Croton sonderianus Muell.Arg Jatropha curcas (Linn) Cordia leucocephalla (Moricand( Cróton conduplicatus (Kunth) Cróton campestris St. Hil., Cratylia mollis Mart. Ex Benth Ocimum fluminense Sida rhombifolia (Linn) Calliandra depauperata (Benth) Mimosa teneuflora (Willd) Poiret Mimosa arenosa (Willd) Poiret Solanum paniculatum (Linn)

Fonte: Radambrasil (*) Plantas com propriedades medicinais (**) Adequadas para revegetação de jazidas de materiais, com destaque para as juremas e marmeleiro (ver descrição adiante)

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LISTAGEM DAS ESPÉCIES DA CAATINGA MAIS COMUNS NA ÁREA DO PROJETO

3. Vegetação Rasteira e/ou Sub-arbustiva

Família

Nome Vulgar

Nome Científico

Amarantaceae Amarantaceae Bromeliaceae Cactaceae Capparaceae Convolvulaceae Escrofulariaceae Labiadeae Lamiaceae Malvaceae Malvaceae Mimosoideae Papaveraceae Papilionoideae Portulacaceae Verbenaceae

Carrapichinho Macela (*) Macambira (**) Coroa-de-frade (*) Feijão brabo Batata-de-purga (*) Amargoso Cordão-de-frade (*) Bamburral (*) Malva branca Malva preta (*) Malícia Cardo-santo (*) Vassourinha Beldroega Alecrim-do-campo (*)

Alternanthera brasiliana Gomphrena jubata Moq. Bromelia laciniosa Mart. Ex Schult. Melocactus bahiens’s Werderm Capparis flexuosa (L.) L. Operculina macrocarpa (Linn) Tetraulacium veronicaeforme Turez Phlomis nepetae folinf (Linn) Hyptis umbrosa Salzm. Ex Benth. Sida cordifolia (Linn) Sida micrantha St. Hil... Mimosa sensitiva (Linn) Argemone mexicana (Linn) Stylosanthe angustifólia (Vog) Potulaca oleracea (Linn) Lantana microphylla (Mart)

Fonte: Radambrasil (*) Plantas com propriedades medicinais (**) Adequada para contenção de taludes em trabalhos de revegetação

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No Mapa de Vegetação apresentado a seguir, observa-se o posicionamento do

local da ponte em relação às manchas fitoecológicas.

MAPA DE VEGETAÇÃO: Observa-se que toda a área de influência direta do local da ponte insere-se no domínio fitoecológico da Caatinga, com diferenciação apenas, quanto à tipologia: Caatinga Arbórea Aberta sem palmeiras e Caatinga Parque com palmeiras (especialmente carnaúba) na várzea do Rio Assu. Observa-se, ainda, que as atividades agrícolas localizam-se exatamente nas áreas dos solos mais férteis (eutróficos) – Ver Mapa de Solos.

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3.3.1.2.2 Fauna

A distribuição de uma espécie animal pode ser limitada por vários fatores, tais como: incapacidade de dispersão para novas áreas; limitações comportamentais como seleção de habitat; limitações impostas por fatores físicos como temperatura ou químicos como umidade; e limitações impostas por fatores bióticos como predação, parasitismo, competição e doenças (Krebs, 1985). Os elementos que limitam a distribuição geográfica não operam de forma isolada e a distribuição de um animal pode estar determinada por uma combinação de fatores.

A composição da fauna da Caatinga está determinada por uma série de

fatores, como os citados acima. Entretanto, o principal deles certamente é o clima quente e seco da região que condiciona um ambiente semi-árido com vegetação xerófita aberta.

O elevado grau de ocupação humana na região é outro fator que influencia

a composição da fauna da área do projeto, já que algumas formas animais, como muitos mamíferos de maior porte, são intolerantes à proximidade de populações humanas.

Uma das características marcantes da fauna das caatingas é o número

muito pequeno de espécies endêmicas (Rodrigues, 1986). Na realidade, a fauna das caatingas é basicamente parte da fauna da grande diagonal de formações abertas sulamericanas, que inclui também o Chaco e os Cerrados do Brasil Central (Ab’Saber, 1977).

Outra característica marcante da fauna das caatingas é a ausência de

adaptações marcantes ao semi-árido. Uma análise da fauna de mamíferos das caatingas, por exemplo, concluiu que ela não apresenta características consideradas adaptativas em ambientes semi-áridos (Mares et al., 1985).

a) Herpetofauna

A herpetofauna possui um número restrito de espécies, sendo muito afetadas pela urbanização e destruição de habitats.

Os anfíbios que dependem de áreas alagadas são dependentes de

ambientes pouco poluídos e/ou com microclimas específicos. Dentre os anfíbios anuros que podem ser encontrados na área de

influência do Projeto, destacam-se: cururu pequeno (Bufo granulosus), cururu (Bufo paracnemis), rã-de-cera (Phyllomedusa hypocondrialis), perereca (Hyla pachychrus), rã (Pipa carvalhoi), rã-manteiga (Leptodactylus ocellatus), rã (Leptodactylus troglodytes) e sapo chifrudo (Proceratophrys cristiceps).

Por sua vez, entre os répteis que podem ser encontrados, destacam-se:

briba (Briba brasiliana), briba (Coleodactylus meridionalis), calango-de-cobra (Diploglossus lessonae), calango-verde (Ameiva ameiva), calanguinho (Cnemidophorus ocellifer), lagartixa (Tropidurus hispidus), lagarto (Gymnophthalmus multiscutatus), teiú (Tupinambis merianae), cascavel (Crotalus durissus), cobracega (Leptotyphlops sp.), cobra-cipó (Leptophis ahaetulla), cobra-coral (Micrurus ibiboboca), cobrade- duas-

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cabeças (Amphisbaena sp.), corredeira (Thamnodynastes sp.) e jararaca (Bothrops erythromelas).

b) Ornitofauna

A avifauna do ambiente das caatingas apresenta boa diversidade, apesar das limitações impostas pelo ambiente. De modo geral, a avifauna das caatingas é constituída por formas de ampla distribuição geográfica, ocorrendo também em outras regiões e em outros tipos de formações vegetais. Dentre as aves encontradas na região, destacam-se:

Avifauna

Nome Comum

Nome Cientifico

anu-branco asa-branca avoante ou arribaçã bacurauzinho bentevi bico-virado-da-caatinga cancão carcará casaca-de-couro coruja boraqueira galo-de-campina garça-vaqueira gavião carrapateiro joão-chique-chique lavadeira pardal periquito-da-caatinga rasga-mortalha rolinha-branca sabiá urubu

(Guira guira), (Patagioenas picazuro), (Zenaida auriculata), (Caprimulgus hirundinaceus) (Pitangus sulphuratus), (Megaxenops parnaguae), (Cyanocorax cyanopogon), (Caracara plancus), (Pseudoseisura cristata), (Speotyto cunicularia), (Paroaria dominicana), (Bubulcus íbis), (Milvago chimachima), (Gyalophlylax hellmayri), (Fluvicola nengeta), (Passer domesticus), (Aratinga cactorum), (Tyto alba), (Columbina picui), (Turdus rufiventris) (Coragyps atratus).

c) Mastofauna

Ao contrário do que acontece com os outros grupos de vertebrados, não há muitos mamíferos endêmicos da Caatinga (VIVO, 1998). As explicações para este fato estão associadas tanto ao pequeno número de estudos taxonômicos para a região, como ao fato da Caatinga ter um surgimento recente em termos de escala geológica (COIMBRA-FILHO & CÂMARA, 1996). Os mamíferos de ocorrência restrita a essa região, aparentemente, não possuem qualquer particularidade visível em relação a um aumento de capacidade fisiológica para a retenção de água em relação às espécies aparentadas de ocorrência em outros habitats.

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Possivelmente, ambientes mésicos (matas ciliares e florestas-de-

galeria) proporcionam refúgios para boa parte da mastofauna da Caatinga em épocas de condições climáticas adversas.

Dentre os mamíferos encontrados na área, destacam-se: os roedores,

o camudongo (Mus musculus), o mocó (Kerodon rupestris), o preá (Galea spixii) e a cutia (Dasyprocta sp.); os felídeos, o gato-do-mato (Leopardus tigrinus) e o gato vermelho (Herpailurus yagouaroundi); o primata, o sagüi ou soim (Callithrix jacchus).

Outros mamíferos são: a raposa (Cerdocyon thous), o gambá ou

tacaca (Conepatus semistriatus), o guaxinim (Procyon cancrivorus G.), o timbu (Didelphis albiventris), o tatu-peba (Euphractus sexcinctus), o tatu-galinha (Dasypus novemcinctus) e o morcego (Saccopteryx sp.).

3.3.1.2.3 Risco de Desertificação

O fenômeno da desertificação tem sido entendido, pela comunidade internacional, como um problema de dimensões globais que afeta as regiões de clima árido, semi-árido e sub-úmido seco da Terra.

Foi somente em 1992, quando da realização da Conferência sobre Meio

Ambiente e Desenvolvimento, a Rio 92, que a questão da desertificação passou a ter nova posição no contexto internacional. Pressionados pelos países em desenvolvimento, as Nações Unidas incluíram um capítulo especial sobre o tema na Agenda 21 (capítulo 12) e aprovaram a negociação de uma Convenção Internacional, instrumento juridicamente vinculante para os países que a ratificam.

A Convenção da Desertificação já está em vigor e o Brasil é um de seus

signatários, o que significa a adoção do compromisso para sua implementação. Este compromisso está consubstanciado no documento “Diretrizes para a Política Nacional de Controle da Desertificação”, já aprovado pelo CONAMA e marco jurídico a partir do qual as ações dos Governos estaduais vêm se pautando.

Além das áreas com níveis de degradação difusos no Piauí e no Nordeste,

podem ser citadas quatro áreas com intensa degradação, segundo a literatura especializada, os chamados Núcleos de Desertificação. São eles: Gilbués-PI, Irauçuba-CE, Seridó-RN e Cabrobó-PE, totalizando uma área de 18.743,5km².

A principal relação entre obras rodoviárias e desertificação refere-se ao

fato de que as obras, muitas vezes, requerem materiais de construção explorados em jazidas que se localizam em áreas com vegetação nativa, exigindo desmatamento, o que, em áreas de risco de desertificação viriam a contribuir no agravamento deste fenômeno, no caso de não se proceder à devida reposição da camada fértil e a subsequente revegetação das áreas com espécies nativas.

De acordo com a Convenção das Nações Unidas de Combate à

Desertificação, esse processo é entendido como "a degradação da terra nas zonas áridas, semi-áridas e sub-úmidas secas, resultantes de vários fatores, incluindo as variações climáticas e as atividades humanas".

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Observando-se o Mapa de Risco de Desertificação do Estado do Rio

Grande do Norte a seguir, extraído do relatório “Panorama da Desertificação no Estado do Rio Grande do Norte – IDEMA, outubro de 2005” apresentado a seguir, constata-se que os riscos de desertificação na região de Assú se apresentam como “grave”, o que reforça a necessidade de se promover a recomposição vegetal nas jazidas a serem exploradas em áreas com vegetação nativa, bem como as matas ciliares após as obras de ampliação da ponte.

Mapa de Risco de Desertificação no Estado do Rio Grande do Norte, IDEMA, 2005, observando-se que o município de Assu, insere-se numa região de risco “grave” de desertificação, incluindo os municípios vizinhos, inclusive Mossoró.

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3.3.1.3 Meio Antrópico 3.3.1.3.1 Importância da BR-304/RN

A BR-304/RN, no trecho em que percorre o Estado do Rio Grande do Norte tem uma importância que decorre de duas circunstâncias distintas, a saber:

. ao interligar diretamente 13 municípios potiguares e conectar-se com 21 rodovias, 4 delas federais, no interior do Estado do Rio Grande do Norte, praticamente seccionando-o ao meio, consubstancia-se como a principal rodovia de integração regional do Estado; . de outro lado, sendo uma extensão da BR-101, interliga as principais capitais do País localizadas na região costeira nordeste e sudeste do País – João Pessoa, Recife, Maceió, Aracaju, Salvador, Espírito Santo, Rio de Janeiro com Fortaleza e a região Norte do País e, assim, a exemplo da BR-101, materializa-se, também, como uma rodovia de integração nacional, uma vez que grande parcela dos fluxos na rodovia são originários de outros Estados.

A necessidade de se efetivar melhorias na BR-304, dentre elas a ponte

sobre o Rio Assú, decorre de estímulos de natureza governamental e de natureza técnica, combinados com outros de natureza privada, os quais se retroalimentam, destacando-se:

. estímulos governamentais emergentes: duplicação dos subtrechos Parnamirim-Macaiba e o Contorno de Mossoró além da pavimentação da BR-110 no subtrecho Mossoró-Campo Grande (em fase de projeto); . estímulo de natureza técnica: esgotamento da capacidade de tráfego ao longo do trecho, com tráfego médio em torno dos 6.000 veículos/dia, e índices de acidentes elevados; . estímulos privados e/ou induzidos pelo setor público: existência real e potencial de pólos sócio-econômicos no entorno da rodovia ou por ela acessados: expansão industrial recente do eixo Parnamirim-Macaíba, expansão comercial da região de Mossoró, expansão da agricultura irrigada na região de Assú-Mossoró, implantação do Pólo Sal-Gás na região de Macau-Guamaré, dentre outros.

Neste contexto, a BR-304/RN, emerge conceitualmente como um “eixo de

desenvolvimento” assim definido (conceito BNDES): “eixo de desenvolvimento: complexos econômicos e articulados através de logística de transporte e comunicação, devendo se identificar as potencialidades municipais e regionais, ressaltando-se vantagens locais e regionais ainda não exploradas”

A BR-304/RN, é uma das principais artérias viárias do Estado. Quaisquer melhoramentos no trecho Div. CE/RN - Parnamirim é estratégica para interiorização do

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desenvolvimento econômico a partir de Natal e de Mossoró, não somente por potencializar o transporte de mercadorias, mas também por aumentar a segurança e integrar complexos industriais da região de Natal/Parnamirim com a região salineira de Mossoró/Areia Branca e, sequencialmente, promover uma melhor integração com a Região Metropolitana de Fortaleza.

No espaço geográfico do Estado do Rio Grande do Norte, a BR-304,

atinge, direta ou indiretamente, os seguintes espaços produtivos:

. capital do Estado – Natal, - a 10 km da rodovia, acessada pela BR-101 - com especialização institucional, comercial, industrial e turística, esta última com demandas originárias de todo o território nacional; . eixo industrial no subtrecho Parnamirim-Macaíba, em franca expansão, com instalação de indústrias de ponta, a exemplo de indústrias ligadas ao setor de informática (projetos incentivados); . pólo intermediário de comércio varejista e atacadista de João Câmara (acessado pela RN-120), Angicos e Assú; . pólo de comércio varejista e preponderantemente atacadista de Mossoró, especializações de influência regional (revendedoras de veículos, insumos da produção agrícola, etc.); . pólo salineiro de Areia Branca/Mossoró, gerando fluxos de carga para outros Estados do País.

Na hierarquia dos centros urbanos, de acordo com o IBGE, Natal (cerca de

700 mil habitantes) é um “centro sub-metropolitano” e Mossoró (mais de 200 mil habitantes), um “centro regional”, ambos dividindo, quase que equitativamente, a influência sobre os demais centros urbanos de todo o Estado do Rio Grande do Norte, o que tem gerado um tráfego intenso ao longo da BR-304/RN. Tal fluxo, quando acrescido pelo tráfego de passagem, oriundo de outros Estados, principalmente o de cargas, gera um volume médio de tráfego da ordem de 6.000 veículos/dia, o que é incompatível com a classe da rodovia. Daí advém subtrechos onde os riscos de acidentes viários são bastante perceptíveis, como é o caso do subtrecho Assú-Mossoró, numa extensão de cerca de 80 km.

A integração com outras rodovias e que mais contribuem com o acréscimo

de tráfego são:

. com a BR-226: acesso a Santa Cruz, Currais Novos e Estado da Paraíba;

. com a RN-064: acesso a Ceará Mirim;

. com a RN-120: acesso a João Câmara e, a partir daí, a cidades da orla marítima; . com a RN-118: acesso a Currais Novos, de um lado (pólo agropecuário), e Macau do outro; . com a RN-016: acesso a Carnaubais; . com a RN-233: acesso a Campo Grande, Patu e ao Estado da Paraíba; . com a RN-405: acesso a Upanema;

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. com a BR-110 (a ser pavimentada): acesso a Upanema e Campo Grande, de um lado e Areia Branca, de outro; . com a RN-117: acesso Gov. Dix. Sept. Rosado, Caraúbas, Patú e Estado da Paraíba; . com a BR-405: acesso a Apodi, Pau dos Ferros e Estado da Paraíba;

Como se depreende, a BR-304 é um eixo viário que fornece acessibilidade

a praticamente todas as regiões de desenvolvimento do Estado do Rio Grande do Norte e seus respectivos núcleos urbanos mais importantes.

A partir da Divisa com o Estado do Ceará, a BR-304 propicia acesso a

uma das metrópoles mais importantes do Nordeste, qual seja, a capital do Estado – Fortaleza. A cidade de Mossoró funciona como um entreposto comercial e de serviços, posicionando-se, equidistante entre as duas capitais – Natal e Fortaleza.

Ressalte-se, ainda, a parcela de fluxo de tráfego decorrente dos fluxos

turísticos internos para o Nordeste, que têm sido intensificados na última década. Natal, Fortaleza e toda a faixa costeira localizada entre as duas cidades, fazem parte do roteiro turístico tendo, na BR-304, a principal via de acesso rodoviário.

A melhoria das condições de acesso aos pólos econômicos e núcleos de

atração turística nordestinos está incluida na estratégia desenvolvimentista do Programa de Aceleração do Crescimento do Governo Federal estando, portanto, melhoramentos na BR-304/RN, perfeitamente coerente com as metas sócio-econômicas da atual administração federal.

No seu percurso, entre Natal, capital do Estado do Rio Grande do Norte e

Mossoró, a BR-304 secciona e/ou recebe fluxos das seguintes áreas de produção:

. Região poliindustrial de Natal e Parnamirim;

. Região agrestina tradicional de gado e policultura de Jardim de Angicos;

. Região agrestina de lavoura comercial sisaleira de São Bento do Norte e Serra Verde; . Região do sistema gado-algodão de Angicos; . Região salineira do Estado, representado pelos municípios praieiros, especialmente Macau e Areia Branca; . Pólo de Produtos Petroquímicos de Guamaré . Pólo frutícola de exportação de Assú/Mossoró.

A ilustração a seguir mostra o posicionamento das referidas Áreas

Produtoras em relação à BR-304.

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3.3.1.3.2 Área de Influência Indireta (AII)

Considerou-se a Área de Influência Indireta, a Mesorregião Oeste Potiguar que por sua vez abriga a Microrregião Homogênea Vale do Assú, uma sub-divisão com afinidades fisiográficas e sócio-econômicas.

A Microrregião Vale do Assú tem uma população de 134.236 hab. (IBGE,

estimativa 2006). O próprio município homônimo é o mais importante com mais de 50.000 habitantes.

A mesorregião do Oeste Potiguar é uma das quatro mesorregiões do

estado do Rio Grande do Norte e é a segunda mais importante e segunda mais populosa. É formada pela união de 62 municípios agrupados em sete microrregiões.

As cidades importantes dessa mesorregião são Mossoró, Assú, Areia

Branca, Apodi, Pau dos Ferros, São Rafael, Janduís, Tibau e Alexandria, sendo Mossoró, o núcleo urbano mais importante e polarizador das relações sócio-econômicas.

Na ilustração a seguir, posiciona-se o município de Assú na citada

Microrregião e Mesorregião citadas, tendo-se a cidade de Mossoró (cerca de 220 mil hab.), posicionada na mesma rodovia (BR-364), como o núcleo urbano polarizador da Mesorregião, a 69 km de distância de Assú.

Pólo Sal-Gás

Pecuária

Áreas agrestinas delavouras comerciais

Policultura

Gado epolicultura Natal

Fortaleza(centro metropolitano)

O c e a n o A t l â n t i c o

Mossoró(centro regional)

BR-304

Parnamirim

BR-101

(a ser duplicada)

Estado da Paraíba

Estado do Ceará

ÁREAS PRODUTORAS GERADORAS DE FLUXOS NA BR-304 - Estado do Rio Grande do NorteÁREAS PRODUTORAS GERADORAS DE FLUXOS NA BR-304 - Estado do Rio Grande do Norte

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3.3.1.3.3 Área de Influência Direta (AID)

Considerou-se como Área de Influência Direta (AID), o município de Assú, uma vez que as intervenções são localizadas nas proximidades da sede municipal, não extrapolando o âmbito do território da municipalidade. Tem as seguintes referências:

Municípios da Área de Influência Direta (AID) – Estado do Rio Grande do Norte

Municípios

Fundação

Microrregião

Área (km2)

Alt.Sede (m)

Mesorregião

Assú

1783

Vale do Assú

1.269

27

Oeste Potiguar

3.3.1.3.4 População

O município de Assú tem uma população expressiva na Mesorregião onde se insere, sendo um dos maiores núcleos urbanos, perdendo apenas para Mossoró. Observa-se pequena evolução da população no período 1991-2008. A população urbana é maior que o dobro da rural, conforme tabela a seguir.

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População: Evolução, Urbana e Rural

Municípios

População Total

População Urbana 2000 (%)

População Rural

2000 (%)

1991

2000

2008

Assú

43.591

47.904

52.824

34.645

13.259

Fonte: IBGE, 1991 (Contagem); 2000 (Censo); 2008 (Estimativa) 3.3.1.3.5 Indicadores Sociais

Os indicadores sociais indicam uma evolução na renda per capita no período 1991-2000 (comum na maioria dos municípios brasileiros), mas, ainda, um percentual expressivo de pobreza e indigência no município de Assú. Relativamente ao pólo regional – Mossoró – o IDH é inferior.

Os três Índices de Desenvolvimento Humano – IDH básicos (educação,

longevidade e renda) também demonstraram uma melhoria no período 1991-2000, conforme dados a seguir.

Indicadores Sociais: Renda, Pobreza e IDH

Municípios

Renda Per Capita (R$)

% de Indigentes

(2000) (*)

% de Pobres

(2000) (**)

IDH

1991

2000

Assú

51,16

102,47

36,32

60,84

0,634

Fonte: Atlas de Desenvolvimento Humano - PNUD Obs.: (**) % de pobres: Proporção dos indivíduos com renda domiciliar per capita inferior a R$75,50, equivalentes a 1/2 do salário mínimo vigente em agosto de 2000. O universo de indivíduos é limitado àqueles que vivem em domicílios particulares permanentes.

(*) % de indigentes: Proporção dos indivíduos com renda domiciliar per capita inferior a R$ 37,75, equivalentes a 1/4 do salário mínimo vigente em agosto de 2000. O universo de indivíduos é limitado àqueles que vivem em domicílios particulares permanentes.

A rede de saúde de Assú dispõe de 03 hospitais, 01 Unidade Mista, 02 Centros de Saúde e 02 Postos de Saúde, contando ainda com 122 leitos.

Dentre os hospitais destaca-se o hospital público estadual – Hospital

Regional Dr. Nelson Inácio. As demandas mais especializadas ainda contam com a proximidade com Mossoró que conta com ampla rede de infraestrutura de saúde de abrangência regional.

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Indicadores de Atenção à Saúde (2006)

Indicadores Gerais

Assú

Proporção da população coberta pelo Programa de Saúde (SUS)

20,72

Média anual de consultas médicas por habitante nas especialidades básicas

0,43

Média mensal de visitas domiciliares por Família

0,36

Fonte: Atlas de Desenvolvimento Humano - PNUD

IDH (Índices de Desenvolvimento Humano)

Indicadores

IDH Educação IDH Longevidade IDH Renda

1991 2000 1991 2000 1991 2000

Assú

0,604

0,754

0,542

0,678

0,542

0,599

Fonte: Atlas de Desenvolvimento Humano - PNUD 3.3.1.3.6 Educação

O ensino fundamental absorve a maioria do alunato no município de Assú. Por sua vez as taxas de analfabetismo melhoraram substancialmente no período 1991-2000, conforme tabela a seguir, porém ainda inferior à média estadual.

Educação: Número de Matrículas (2006) e Analfabetismo (1991 e 2000)

Municípios

Ensino Infantil

Ensino

Fundamental

Ensino Médio

Taxa de Analfabetismo (% 15 anos a mais)

1991

2000 Piancó

1.020

3.888

1.053

50,160

35,870

Fonte: INEP/MEC

As demandas por ensino universitário podem ser atendidas no próprio município que conta com a seguinte infraestrutura de ensino superior:

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. Universidade Estadual do Rio Grande do Norte (UERN); . Universidade para o Desenvolvimento do Pantanal e da Região do Mato Grosso (UNIDERP); . Faculdade Católica Nossa Senhora das Vitórias (FCNSV).

Face à proximidade com Mossoró e facilidade de acesso através da BR-

304, a população ainda dispõe da infraestrutura de nível superior daquele núcleo urbano.

3.3.1.3.7 Atividades Econômicas

Dentre os setores econômicos o setor serviços (incluindo os serviços públicos) seguido do setor industrial detém maior peso no que tange à contribuição econômica, no município de Assú, conforme a seguir.

PIB-Produto Interno Bruto / PIB Percapita (R$) - 2005

Municípios

Agropecuária

Indústria

Impostos

Serviços

PIB Percapita

Assú

11,221.13

80,275.91

14,292.15

139,604.88

4,802.99

Quando se compara com Assú com Mossoró, entretanto, o PIB total e per capita se mostram bastante inferiores.

Apesar da importância da agricultura (fruticultura voltada para a

exportação) e a pecuária, destacam-se a indústria (cerâmica e a petrolífera, dentre outras) e o setor de serviços, além do comércio e a pesca. a) Pecuária

A bovinocultura é o criatório de maior destaque no município. Há expressão, ainda, na caprino-ovicultura e galináceos.

Efetivo dos Rebanhos (cabeças) - 2007

Municípios

Asininos

Bovinos

Caprinos

Equinos

Galinhas

Galos

Ovinos

Suinos

Assú

626

12.569

8.912

388

9.108

12.623

9.398

1.231

Fonte: Pesquisa Pecuária Municipal – IBGE

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b) Lavouras Permanentes

O destaque fica por conta das culturas irrigadas (fruticultura para exportação) que é muito forte na região de Assú e Mossoró.

Banana, Castanha de Caju, Mamão e Manga são os principais produtos,

conforme tabela a seguir.

Agricultura: Lavouras Permanentes (2006)

Municípios

Banana

(mil cachos)

Castanha de caju

(t)

Mamão (mil frutos)

Manga

(mil frutos)

Assú

19.530

90

504

3.600

Fonte: Produção Agrícola Municipal, IBGE

c) Lavouras Temporárias

Estes cultivos têm pouca importância no município em razão da aridez do clima e poucas terras férteis.

Agricultura: Lavouras Temporárias (2006)

Municípios

Algodão Arbóreo (t)

Arroz (t)

Feijão (t)

Mandioca

(t)

Melancia (mil frutos)

Milho (t)

Assú

80

--

120

--

--

80

Fonte: Produção Agrícola Municipal, IBGE 3.3.1.3.8 Comércio e Telecomunicações

O comércio é compatível com a dimensão populacional do Município. Entretanto, face à proximidade com Mossoró, esta se impõe em várias setores, haja vista tratar-se de centro distribuidor regional.

Comércio e Telecomunicações (2001)

Municípios

Livraria

Lojas

Shopping

Locadora

Estação Rádio AM

Estação Rádio FM

Geradora de TV

Provedor Internet

Assú

Sim

Sim

Não

Sim

Sim

Não

Não

Não

Fonte: IBGE - Pesquisa de Informações Básicas Municipais - Gestão Pública 2001

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3.3.1.3.9 Infraestrutura

Assú dispõe de uma infraestrutura considerada básica considerável. Com efeito, 100% das residências são atendidas por energia eletrica. Encontra em fase de conclusão obras de saneamento com o objetivo de atender 100% da área urbana, e ainda está sendo finalizada a ampliação na rede de abastecimento d'água do município para atendimento a todos os bairros.

3.3.1.3.10 Cultura/Turismo/Patrimônio Histórico a) Cultura

O município de Assú é conhecido pela sua riqueza cultural e, graças à movimentos culturais locais, tornou-se conhecida como a “Atenas Norte-Rio-Grandense”.

b) Turismo

O turismo religioso é um dos pontos fortes de Assú. No mês de junho, recebe milhares de fiéis para os festejos dedicados ao Padroeiro São João Batista. O São João da cidade, já chegou a ser um dos maiores do Nordeste/Brasil, mas vem caindo nos últimos anos, e perdendo muitos turistas para o São João de Mossoró, município vizinho que tem criou fama de deter o terceiro melhor São João do país.

Dentre as atrações, destacam-se: . Chapada do Palheiro; . Trilhas pelas grutas e cavernas da Lagoa do Piató; . Delta do Rio Assú; . Carnaubais; . Monumentos históricos; . Artesanato (palha de carnaúba, bordados, macramé, pintura em tela, ponto de cruz, tapeçaria, cerâmica, vagonite, madeira, reciclagem de jornal); . Lagoa do Piató, que já foi o principal eixo da economia do vale do Assú, deixou de receber água do rio Piranhas/Assú com a conclusão da Barragem Engenheiro Armando Ribeiro Gonçalves, em 1983, no município de Assú; . Barragem Armando Ribeiro Gonçalves (a montante do local da ponte), foi construída pelo DNOCS, sendo o segundo maior reservatório de água construído pelo DNOCS, com capacidade de 2,4 bilhões de metros cúbicos. Está localizada no Rio Piranhas (também chamado Rio Assú), 6 km a montante da cidade de Assú; . Comunidade de Mendubim, ao redor do rio Mendubim; . Praça São João Batista, já foi considerada a mais bela praça do Rio Grande do Norte, e ponto de encontro dos jovens da cidade e palco das festividades juninas.

Importante ressaltar, que, face ao distanciamento do local da ponte objeto

deste estudo em relação ao núcleo urbano da cidade de Assú, não há risco de se atingir edificações tombadas como patrimônio histórico.

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3.3.1.3.11 Terras Indígenas/Quilombolas

De acordo com relação da FUNAI e do Conselho Indigenista, não existem terras indígenas no município de Assú. Da mesma forma não existem terras de quilombolas no município, de sorte que não há risco de se atingir tais comunidades. 3.3.1.3.12 Unidades de Conservação

No entorno da ponte não existem Unidades de Conservação legalmente instituídas. Vale ressaltar que o bioma Caatinga ainda não é considerado de preservação permanente - a exemplo da Mata Atlântica, latu sensu. - salvo em Unidades legalmente instituídas., o que não ocorre na área do projeto. Entretanto as matas ciliares, tanto no local da ponte quanto no entorno dos reservatórios e lagoas presentes na região são de preservação permanente, devendo-se evitar intervenções nestes locais, de acordo com a legislação ambiental vigente. 3.3.1.3.13 Patrimônio Espeleológico

A formação de grutas e cavernas (patrimônio espeleológico) depende de condições geológicas peculiares, ou seja, da existência de calcário (não metamórfico) o qual está sujeito à formação destes bens ambientais através do fenômeno da dissolução pelas águas.

Reportando-se ao Mapa Geológico do presente estudo, conclui-se pela

improbabilidade de existência tal patrimônio haja vista que litologias subjacentes no lado direito do Rio (no local da ponte) são pré-cambrianas, ou seja, cristalinas (metamórficas) gnáissicas e granulíticas. No lado esquerdo do rio, as litologias são da Formação Assú, referidas ao Cretáceo, onde se inclui arenitos com e intercalações de folhelhos. 3.3.2 Síntese e Avaliação Ambiental

Com base no Diagnóstico Ambiental dos Meios Físico e Biótico e Antrópico torna-se possível inferir a viabilidade ambiental das melhorias que se pretende implantar na ponte sobre o Rio Assú.

Para melhor visualização expositiva apresenta-se, a seguir, as

características ambientais e respectivos riscos nos meios Físico, Biótico e Antrópico, no formato de tabela, envolvendo os seguintes temas, comuns em projetos rodoviários: a) Meio Físico

. Alteração do relevo

. Risco de erosão

. Cursos d’água e nascentes

. Reservatórios

. Lagos e lagoas

. Patrimônio espeleológico (grutas e cavernas)

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b) Meio Antrópico

. Interferências em reservas/terras indígenas

. Interferências em comunidades quilombolas

. Interferências em aglomerados urbanos

. Interferências em patrimônio histórico

. Interferências em patrimônio arqueológico c) Meio Biótico

. Vegetação

. Interferências em Unidades de Conservação

. Desertificação

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AVALIAÇÃO DOS RISCOS/IMPACTOS AMBIENTAIS

Parâmetros

Características do Entorno do Traçado

Riscos Ambientais e Legais

A. Meio Físico 1. Relevo

O relevo no entorno da ponte varia de plano a suave ondulado com declividades variando entre 5 a 12 % e menor que 5%. O leito do rio é um vale de fundo plano (ver Mapa Geomorfológico), de sorte que não existem taludes de altura significativa nas margens.

Baixo risco de descaracterização do relevo (ver Mapa Geomorfológico).

2. Risco de Erosão

Risco de erosão hídrica baixo nas duas margens da ponte, face aos seguintes fatores (SUDENE/DRN): . Erodibilidade do solo: mediana; ; Erosividade das chuvas: fraca; . Relevo: plano a suave ondulado; . Risco de erosão hídrica: fraco a mediano

Risco mediano de erosão hídrica no trecho rodoviário, tendo como principal fator de erosão a erodibilidade intrínseca dos solos (mediana)

3. Cursos d’água e Nascentes

A ponte localiza-se no baixo curso do Rio Assú ou Piranhas, não havendo proximidade com nascentes de modo que não há riscos de conflitos com a legislação ambiental que prevê proteção de raio mínimo de 50 m no entorno das nascentes. Quanto às matas ciliares das margens do rio, haverá degradação para ampliação da ponte, o que deverá ser compensado com a recomposição das margens, o que será objeto do Projeto Ambiental

As margens dos cursos d’água são protegidas pelo Código Florestal e Resolução CONAMA n. 303 e 302 de 20/03/02, sendo de preservação permanente a faixa marginal dos cursos d’água nas seguintes larguras: . 30 m para curso d’água com menos de 10 m de largura; . 50 m para curso d’água com até 50 m de largura. ... Risco inexistente para as nascentes; Risco mediano para as matas ciliares no local da ponte a serem ampliada

4. Reservatórios

A ponte é próxima de uma grande barragem (Barragem Armando Ribeiro Gonçalves) que se localiza a montante (a cerca de 6 km) e de um Açude menor no Rio Paraú, também a montante, a cerca de 5 km. (ver Mapa de Localização dos Corpos d’Água no item Recursos Hídricos)

O distanciamento de reservatórios foi regulamentado pela Resolução CONAMA n. 302 de 20/03/02, estabelecendo Área de Preservação Permanente o entorno de reservatórios medido a partir do Nível Máximo Normal (cota máxima normal de operação do reservatório): . 30 m para reservatório em áreas urbanas, e 100 m para reservatórios em áreas rurais. Risco inexistente, pelo fato dos reservatórios localizarem-se a montante e com distanciamento bem superior ao legal.

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AVALIAÇÃO DOS RISCOS/IMPACTOS AMBIENTAIS

Parâmetros

Características do Entorno do Traçado

Riscos Ambientais e Legais

5. Lagos, lagoas

A resolução CONAMA n. 303 de 20/03/02 considera de preservação permanente a área de 100 m ao redor dos lagos e lagoas naturais e áreas rurais. A jusante da ponte existem: a lagoa do Piató num afluente do Rio Assú; Lagoa da Ponta Grande, também a jusante, num afluente do Rio Pataxós.

Risco inexistente, face ao distanciamento da ponte em relação às lagoas.

6. Patrimônio Espeleológico (grutas e cavernas)

A existência de grutas e cavernas está condicionada, naturalmente, a presença de calcáreo no substrato geológico (fenômeno da dissolução). De acordo com o diagnóstico da Geologia (ver Mapa Geológico) as litologias subjacentes são todas cristalinas (Pré-Cambriano) na margem direita e sedimentar com arenitos na margem esquerda (Formação Assú) inexistindo a presença do calcáreo.

Risco improvável.

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AVALIAÇÃO DOS RISCOS/IMPACTOS AMBIENTAIS

Parâmetros

Características do Entorno do Traçado

Riscos Ambientais e Legais

B. Meio Antrópico 1. Reservas/Terras Indígenas

De acordo com listagem da FUNAI, 2008, e CIMI (Conselho Indigenista) não existem terras indígenas no município de Assú.

Risco inexistente.

2. Comunidades Quilombolas

Não existem terras quilombolas no município de Assú.

Risco inexistente.

3. Aglomerados Urbanos

Impactos do tipo “intrusão visual”, “segregação urbana” e “incômodos decorrentes de tráfego” uma vez que o aglomerado urbano mais próximo é a cidade de Assú, localizada a cerca de 6 km do local da ponte com acesso próprio a partir da BR-304

Risco Inexistente, face ao distanciamento da cidade de Assú e ausência de edificações no entorno da ponte.

4. Patrimônio Histórico

Não existem edificações ou outros bens tombados como patrimônio histórico (nem tampouco quaisquer edificações) no entorno da ponte.

Risco inexistente.

5. Patrimônio Arqueológico

De acordo com a Lei Federal 3929, e Portaria 230 do IPHAN para que seja expedida a Licença Prévia (LP) é necessário que haja levantamento arqueológico de campo ao longo do traçado de rodovias a implantar para averiguação da existência e resgate de eventual acervo arqueológico. Levando-se em conta que a margem esquerda do rio Assú, no local da ponte assenta em terrenos do Cretáceo, poderia haver algum patrimônio arqueológico

Risco a ser averiguado.

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AVALIAÇÃO DOS RISCOS/IMPACTOS AMBIENTAIS

Parâmetros

Características do Entorno do Traçado

Riscos Ambientais e Legais

C. Meio Biótico 1. Vegetação

Todo o entorno da rodovia insere-se no Domínio Fitoecológico da Caatinga variando apenas no que se refere à densidade e presença de palmeiras ou não (ver Mapa de Vegetação). Há vegetação ciliar nas cabeceiras da ponte a serem alargada

. As matas ciliares presentes na margem do rio Assú, são de preservação permanente (APP – Áreas de Preservação Permanente), devendo haver recuperação destas matas quando da ampliação da ponte. Risco Mediano que será mitigado com a recomposição das matas ciliares de acordo com as faixas de proteção do Código Florestal e nas jazidas de materiais a serem utilizadas.

2. Unidades de Conservação (Áreas de Proteção Ambiental, Reservas Ecológica, Parques Nacionais, etc.)

No entorno da ponte não existem Unidades de Conservação legalmente instituídas. Ressalte-se que a Caatinga ainda não é vegetação de preservação permanente a exemplo da Mata Atlântica (latu sensu), excetuando-se quando forma “franjas” de vegetação ciliar ou Unidades de Conservação.

Risco Inexistente.

3. Desertificação

De acordo com o Mapa Risco de Desertificação o município de Assú está inserido em área de “grave” risco de desertificação, o que reforça a necessidade de recomposição das matas ciliares no pós-obras.

Risco mediano.

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3.3.3 Conclusões e Recomendações 3.3.3.1.1 Conclusões

O Diagnóstico Ambiental do Meio Antrópico leva a concluir que não existem restrições importantes do ponto de vista sócio-econômico relativamente às melhorias na ponte sobre o Rio Assú, uma vez que não existirão desapropriações importantes, nem tampouco risco de atingimento de terras indígenas, patrimônio histórico e espeleológico (grutas e cavernas).

O Diagnóstico do Meio Físico faz inferir que existe mediano risco de

erosão nas margens da ponte, o que deve ser mitigado com o plantio de matas ciliares. A geologia indica que não há risco de se atingir patrimônio espeleológico (grutas e cavernas) face ao substrato cristalino com ausência de rochas calcáreas, susceptíveis ao fenômeno da dissolução formador de tais bens e que os terrenos cristalinos se mostram bastante estáveis. Por sua vez não há risco de se atingir nascentes, lagos e lagoas protegidos pela legislação ambiental.

O Diagnóstico do Meio Biótico, indica que a vegetação de Caatinga

presente no trecho em que pese encontrar-se pouco degradada pelas atividades agrárias é pouco densa e não forma Unidades de Conservação legalmente instituídas.

Neste contexto, infere-se que os melhoramentos da ponte torna-se

ambientalmente viável, embora haja necessidade se prever recomposição das matas ciliares para minimizar a degradação decorrente das obras nas cabeceiras da ponte, o que será objeto do projeto ambiental. 3.3.3.1.2 Recomendações

. Nas margens da ponte (área de APP), correspondente às matas ciliares nas margens, revegetar a área das cabeceiras com vegetação ciliar (ingazeiras, gameleiras, carnaubeiras, dentre outras) após a construção numa área equivalente a largura da faixa de domínio x a faixa de proteção do Código Florestal que varia em função da largura do Rio Assú; . As densidades e espaçamentos de mudas de vegetação nativa deve ser: para áreas de APP (areais nas margens de rios e cabeceiras da ponte – 3m x 3m = 9m2/muda, ou 1.111 mudas por hectare; nas áreas fora de APP (jazidas e empréstimos), deve-se adotar o espaçamento de 5m x 5m = 25m2/muda, ou 400 mudas/hectare, em quincôncio; . Todas as áreas a serem degradadas deverão, também, ser protegidas por gramíneas associadas a leguminosas; . Deve-se utilizar, preferencialmente, jazidas de materiais de construção já parcialmente exploradas, comerciais, com caminhos de serviço já consolidados; as áreas já exploradas e ainda não recompostas deverão ser incorporadas à sua recuperação geral, no Projeto Ambiental.

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3.3.4 Projeto Ambiental

O Projeto Ambiental contempla a recuperação:

. das cabeceiras da ponte sobre o Rio Assú alargadas;

. o acesso ao areal;

. da área do acampamento.

Conforme referido nos Estudos Ambientais, não existem ocorrências de Passivo Ambiental nas margens da ponte não gerando, portanto, quantitativos neste Projeto Ambiental. De outro lado, o areal e a pedreira (ver fotos em anexo) são comerciais, de sorte que a recuperação dessas áreas de uso não são contempladas neste projeto. 3.3.4.1 Recuperação das Ocorrências de Materiais

A reabilitação ambiental das áreas deverá se pautar pelas seguintes especificações gerais do DNIT e particulares e croquis de projetos-tipo apresentados adiante:

DNIT 102/2009 ES - Proteção do Corpo Estradal - Proteção Vegetal; DNIT 073/2006-ES - Plantio de Árvores e Arbustos

O diagnóstico do item Vegetação dos Estudos Ambientais, bem como as

inspeções em campo, indica a presença de vegetação nativa, com predomínio de vegetação do Bioma Caatinga, razão porque se optou pelo replantio da vegetação nativa típica daquele Domínio (ver Escolha das Espécies Vegetais e Anexo à EP-01).

Apresenta-se, a seguir o quadro “Detalhamento dos Serviços de Recuperação Ambiental”, contemplando cada ocorrência de per si. O resumo dos quantitativos foi incorporado ao Quadro de Quantitativos do Projeto de Engenharia.

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Detalhamento dos Serviços de Recuperação Ambiental

Discriminação

Localização

Vegetação Atual

Serviços a Realizar

Mudas (ud)

Hidrossemeadura

(m2)

Est.

Lado

Dist. Eixo (m)

a) Mata Ciliar (cabe- ceiras da ponte – ver memória adiante)

-

LD/LE

margens

Caatinga ciliar – caatinga esparsa

2.666

-

b) Areal (Leito Rio Assú)

-

-

-

Ciliar nas margens

136

-

c) Pedreira P.1 (comercial)

-

-

-

-

-

d) Canteiro

-

-

-

-

5.000

TOTAIS

2.802

5.000

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3.3.4.2 Resumo das Quantidades

RESUMO DAS QUANTIDADES

Itens de Serviço

Unid.

Quant.

Especificação

. Plantio de Mudas . Hidrossemeadura

ud. m2

2.802 5.000

EP-01 DNIT 102/2009 ES

3.3.4.3 Memória de Cálculo

Esta Memória de Cálculo, encontra-se compatibilizada com as recomendações do DNIT em análises de projetos similares, a exemplo: cálculo de densidade de mudas para APP e fora de APP; distanciamento de mudas; aplicação de hidrossemeadura; área de recuperação de matas ciliares nas cabeceiras de pontes, etc. a. Cálculo do Plantio por Mudas :

Levando-se em conta que previu-se apenas o plantio de mudas nas margens do Rio Assú (Área de Preservação Permanente – APP), considerou-se a densidade de 1.111 mudas/hectare, ou espaçamento de 3m x 3m = 9m2 por muda. O tamanho das mudas a serem utilizadas deverá ser de, no mínimo, 30cm, do coleto até o último broto apical. b. Cálculo da Área do Canteiro

Considerou-se uma área total do canteiro de 5.000 m2. A área do Canteiro deverá se localizar, fora da área de APP do Rio Assú, ou seja, com distanciamento mínimo de 200 m do leito do rio. c. Cálculo de Recuperação de Matas Ciliares das Cabeceiras da Ponte

Levando-se em conta que as intervenções de construção e alargamento de pontes necessariamente implicam na erradicação de parcelas da vegetação ciliar, tanto em razão da própria implantação das cabeceiras das pontes (erradicação definitiva), bem como da movimentação de máquinas, equipamentos e deposição de materiais de construção no entorno das cabeceiras, impacto que pode ser reversível, torna-se imperioso, para que não se incorra em confronto legal, que se proceda a uma revegetação compensatória da faixa de APP suprimida.

O próprio DNIT, em análise de projetos viários anteriores, tem sugerido um modelo espacial de compensação destas intervenções, através de um croqui ilustrativo, o que será tomado como base neste projeto.

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Na ilustração a seguir (originário do novo Código Florestal) tem-se o

enquadramento da ponte sobre o Rio Assú nas respectivas faixas de proteção legal, o que será tomado como base para o cálculo do número de mudas a ser implantado (memória de cálculo subsequente).

Nas cabeceiras da ponte (OAE), tratando-se de área de APP, considerou-se o plantio por mudas conforme indicado no item a: 1.111 mudas/ha, levando-se em conta a faixa de proteção do curso d’água conforme Código Florestal (acima) x área da faixa de domínio de 30 m em cada cabeceira.

Na tabela a seguir apresenta-se os quantitativos dos serviços de revegetação no entorno da ponte considerando-se:

. a faixa de proteção transversal do Código Florestal para cada uma das quatro cabeceiras da ponte a ser construída;

. uma faixa longitudinal de 30 m que corresponde a faixa de domínio

cujas matas ciliares serão degradadas em razão das obras de implantação das cabeceiras das pontes, movimentação de máquinas e veículos, deposição de materiais de construção, etc.,

. a indicação do Projeto-Tipo concebido a partir da recomendação do

DNIT já referida anteriormente.

Determinação das Faixas de Proteção: Ponte a Faixa Largura Faixa de Construir do Rio Proteção Ponte R.Assú 200 a 600 m 200 m

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Memória de Cálculo da Área e Número de Mudas para Recuperação de Matas Ciliares –

Cabeceiras da Ponte sobre o Rio Assú Ponte a Ampliar

Locali-zação

Vão da

Ponte (m)

Faixa de Largura do Recurso Hídrico (Código Florestal)

Faixa de Proteção do Código Florestal (m)

“A”

Faixa Domínio

(m)

“B”

Área a

Recuperar em cada uma das 04 cabeceiras

“AxB” (m2)

Área a

Recuperar em cada

Cabeceira x 4 lados

“AxB” x 4

Mudas

(1.111/ha) ou 01 muda a cada 9m2

(espaçamento de 3x3m=9m2)

(ud.)

Ponte sobre o Rio Assú

Km 115,34

580,00

200 a 600 m

200

30

6.000

24.000

2.666

Total (ver esquema no croqui do Projeto-Tipo 1)

2.666

3.3.4.4 Projetos-Tipo

A seguir apresenta-se o projeto-tipo para recuperação das áreas a serem degradadas nas cabeceiras da ponte:

Projeto-Tipo 1: Recuperação de Matas Ciliares – Pontes; Projeto-Tipo 2: Recuperação Acesso ao Areal

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3.3.4.5 Escolha das Espécies Vegetais

As espécies vegetais a serem introduzidas na revegetação das áreas degradadas, após o tratamento dado conforme procedimentos constantes do item anterior, inclui:

. gramíneas associadas a leguminosas por hidrossemeadura visando fornecer uma proteção imediata contra a erosão e prover o estrato graminoso e sub-arbustivo nas áreas;

. arbustos e árvores nativos por mudas, conforme Especificação EP-01 anexa.

a) Gramíneas/Leguminosas a ser Utilizadas na Hidrossemeadura para

Recuperação da Área do Canteiro

A Especificação DNIT 102/2009 – ES deverá nortear os procedimentos de plantio, ali constando, inclusive, uma listagem de gramíneas e leguminosas que têm maior capacidade de consorciação e atributos desejáveis como agressividade e rusticidade, rápido desenvolvimento, fácil propagação, baixo custo de implantação, pouca exigência nas condições dos solos e nos cuidados de manutenção, fácil aquisição comercial, consorciabilidade. São as seguintes as espécies vegetais constantes da especificação:

Gramíneas Leguminosas

Braquiaria Humidícola, Decumbens ou Brizantha Pueraria Phaseoloides (kudzu tropical) Paspalum notatum (grama Batatais) Calopogonium Muconoides (calopo) Axonopus Obtuzifolius Cajanus Cajan (feijão guandu) Eragrostis Curvula (capim chorão) Centrosema Pubescens (centrosema)

Milinis Minitiflora (capim gordura ou meloso) Estizolobium anterrinum (mucuna) Lolium Multiflorum (azevêm) Setária anceps (capim sectária)

Pesquisa efetuada pelo IRI – Internacional Research Institute para o DNIT, à época DNER, foi conclusiva quanto às seguintes consorciações:

. Brachiaria Humidicola com Pueraria Phaseoleides: melhor comportamento e vantagens sobre todos os aspectos constantes dos atributos básicos desejáveis (já referido);

. Brachiarias com Centrosema Pubescens ou Calopogonium Muconoides: resultados satisfatórios, ficando em segundo plano.

Por sua vez, conforme Alcântara, Pedro Jr. Donzelli, 1993, as gramíneas

capim gordura e as braquiárias são os mais resistentes a condições adversas de solos, além de deterem maior poder de proteção contra a erosão.

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A equipe encarregada da supervisão ambiental, na fase de obras deverá promover a análise dos solos de cada ocorrência, no sentido aferir a consorciação mais produtiva para cada área a ser tratada.

A recuperação da bio-estrutura do solo, devida ao sistema radicular bastante expansivo das gramíneas e leguminosas, produzindo e depositando no solo grande quantidade de matéria orgânica, faz aumentar a capacidade de retenção do oxigênio e da água das precipitações pluviométricas, vitais para o desenvolvimento e manutenção da vida vegetal.

O revestimento vegetal do solo funciona como anteparo natural da

incidência solar e a quebra do impacto das gotículas das chuvas, bem como, diminui a velocidade dos fluxos d’água devido as mesmas, protegendo, portanto, o solo, do processo erosivo e conseqüentemente o carreamento do mesmo para formação de assoreamento das regiões baixas da topografia local. b) Espécies Arbustivas e Arbóreas para Plantio por Mudas nas Cabeceiras da Ponte e no Acesso ao Areal A seguir apresenta-se uma relação de espécies vegetais do Bioma Caatinga, cujo hábito de ocorrência se dá nas margens de cursos d’água, de acordo com bibliografia consultada, fornecendo um leque de opções de plantas de famílias diversas a serem introduzidas na margens do Rio Assú. Vale ressaltar que as plantas na família Leguminosae têm a propriedade de fixar nitrogênio no solo o que concorre para o melhor desenvolvimento das demais.

Espécies Vegetais da Caatinga com ocorrência frequente nas Margens de Rios (para utilização nas margens do rio Jequitinhonha)

Família

Espécie

(nome científico)

Espécie

(nome comum

Porte

ACANTHACEAE BIGNONACEAE CAPARACEAE EUPHORBIACEAE EUPHORBIACEAE EUPHORBIACEAE LEGUMINOSAE LEGUMINOSAE RAMNACEAE SAPINDACEAE SOLANACEAE

Ruellia panicula L. Tabebuia aurea Capparu flexuosa

Cnidoscolus lorfgrenii Cnidoscolus quercifolius Jatropha malíssima Erythrina velutina

Lonchocarpus sericeus Zizipus joazeiro

Sapindus saponária Nicotiana glauca

Mato-fedorento Craibeira

Feijão-brabo Cansanção Faveleira

Pinhão-grande Mulungu Ingazeira Juazeiro

Saboneteira Salgueiro

sub-arbustivo arbóreo arbustivo

sub-arbustivo arbóreo arbustivo arbóreo arbóreo arbóreo arbóreo

sub-arbustivo

Fonte: RADAMBRASIL e JUSSARA, Adriana Novaes Souza. Levantamento florístico vegetação ripária de caatinga. Universidade Federal Rural do Semi-Árido. In Revista Caatinga. Dez. de 2010

Nas partes mais altas das margens do rio, especificamente, na área do Canteiro de Obras, além destas opções, podem ser acrescentadas, plantas que ocupam o relevo tabular, e comuns na região de Itaobim, destacando-se conforme citado em “Problemas de Reflorestamento do Nordeste Brasileiro - Romildo F. de Carvalho em As Regiões Naturais do Nordeste e o Meio e a Civilização, J. Vasconcelos Sobrinho, Recife, 1971”:

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Jurema (Mimosa sp)

“Graças à sua abundante sementação, regenera-se admiravelmente por semente, embora brote pelo tronco depois de cortada. Tem a vantagem de adaptar-se a qualquer condição de solo, propagando-se por isso em terras de aterros ou mineralizados, rochosas e solos pedregosos, secos e úmidos (não encharcados)”

Marmeleiro (Croton sp) “Regenera-se abundantemente por semente, cuja produção é imensa, nas

caatingas do Sertão, Seridó, Agreste, Caatinga Verdadeira e Cariris Velhos. Perpetua-se violentamente por brotação de tronco depois de cortada. Invade grandes áreas abertas depredadas, bem assim, nas áreas de lavouras abandonadas, margens de estradas, caminhos, veredas e aceiros.”

. Sabiá (Mimosa caesalpiniaefolia) - Família Leguminosas Mimosóideas “Árvore de até 7 m de altura... comum em todo o Semi-Árido. Pelo seu

rápido desenvolvimento, recomenda-se como essência indispensável a qualquer trabalho de reflorestamento do Nordeste seco. Multiplica-se por sementes e estacas. Três anos depois, já fornece madeira pesada, de cerne roxo-escuro. Um sabiazal praticamente não se acaba”.

Pode-se, ainda, incluir a palmeira Carnaubeira (abundante na região e

propícia para as áreas úmidas de margens de rios) e Cajarana. 3.3.4.6 Recomendações para Preservação do Curso d’Água

Estas recomendações, diante da natureza das obras devem ser consideradas principalmente nas margens da ponte sobre o Rio Assú, devendo-se adotar os seguintes procedimentos:

. evitar o lançamento de materiais resultantes das atividades e terraplenagem e/ou pavimentação nos cursos d’água;

. evitar a lavagem de veículos e equipamentos nas margens dos cursos

d’água; . construir instalações sanitárias adequadas nos canteiros de obras,

evitando o lançamento “in natura” nos cursos d’água.

A adoção das medidas acima relacionadas deverá contribuir para a contenção da erosão e do consequente assoreamento dos cursos d’água, além de proteger a qualidade dos mananciais da área.

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3.3.4.7 Implantação, Operação e Remoção de Acampamentos e Áreas Industriais a) Condições Gerais

A Implantação dos acampamentos e áreas industriais deverá se pautar pelas seguintes condições a seguir descritas.

A camada vegetal (solo de topo), oriunda das operações de

desmatamento, limpeza e preparo do terreno, será removida para estocagem em áreas previamente escolhidas. Este material (estocado e protegido de modo a evitar o carreamento) será utilizado, futuramente, na recuperação ambiental das áreas afetadas pelas obras que deverá ser através do plantio de gramíneas a lanço manual.

Os locais próximos a áreas de interesse ambiental serão evitados, ou seja,

deve-se evitar a instalação do acampamento na área de APP da margem do Rio Assú (faixa de proteção do Código Florestal) que é de 200 m para cada margem .

A distribuição das instalações deve ser projetada de modo a reduzir ao

mínimo necessário a supressão de vegetação e o movimento de terra, mantendo-se, sempre que possível, as formações vegetais nativas nos espaços não utilizados e no seu entorno.

b) Infraestrutura

Infraestrutura de Abastecimento de Água: Todos os sistemas de abastecimento, inclusive as áreas de captação, serão implantados com dispositivos de proteção contra contaminações, sendo protegidos por cercas, fechamentos, coberturas e outras intervenções que se fizerem necessárias.

Infraestrutura de Esgotamento Sanitário, Doméstico e Industrial: Os

efluentes líquidos, normalmente gerados nos acampamentos e áreas industriais, compreendem:

Efluentes Sanitários – de escritórios, alojamentos e demais instalações de apoio; Efluentes Domésticos – das cozinhas e refeitórios; Efluentes Industriais – das oficinas, das instalações de manutenção, das instalações industriais de apoio e dos pátios de estocagem de materiais.

Deverão ser obedecidas as seguintes condições básicas para sua

implantação:

. As redes de coleta de efluentes líquidos serão implantadas distintamente, uma para os efluentes domésticos e sanitários e outra para os industriais. Em nenhuma hipótese deverão ser interligados os sistemas de drenagem de águas pluviais e sistemas de esgotamento sanitário;

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. Para óleos, graxas, etc. serão implantadas caixas de separação, acumulação e adotados procedimentos de remoção especiais. Os locais de disposição final serão aprovados pela fiscalização, já na fase de implantação do acampamento;

. Para o tratamento de efluentes domésticos serão implantadas fossas

sépticas; . Não será permitido o uso / implantação de valas a céu aberto para

esgotamento de efluentes.

A disposição final de resíduos sólidos será realizada em locais pré-definidos, de acordo com a fiscalização. As áreas de descarte serão implantadas nas seguintes condições:

. Distância de pelo menos 200m de corpos hídricos; . Em função das características do material de descarte, o terreno

destinado a execução de bota-foras será objeto de compactação prévia e / ou outro tipo de preparo que se fizer necessário (concretagem, revestimento plástico, outros);

. Caso necessário, implantar sistema de drenagem no maciço; . Evitar áreas com vegetação, talvegues, nascentes ou outras áreas de

interesse antrópico e biótico.

O sistema de drenagem das águas superficiais tem por objetivo evitar a formação de processos erosivos e assoreamentos. Para sua implantação deverão ser obedecidas as seguintes condições:

. Serão adotadas soluções específicas aos deságües, por dispositivos

de proteção dos terrenos e terraplenos, assegurando a interface da drenagem superficial com o terreno natural;

. Não serão interligados sistemas de águas servidas ao de drenagem; . Em pontos pré-definidos, a montante dos deságües, serão dispostas

caixas coletoras distintas para óleos e graxas de forma a permitir seu correto manejo;

. Por se tratarem de instalações temporárias, deve-se adotar a

implantação sistemas de drenagem simplificados (drenagem de serviço), dispensando-se obras padronizadas em concreto, por serem onerosas e de difícil remoção.

c) Higiene e Saúde e Contratação de Pessoal

Para implantação de estrutura voltada à higiene e saúde dos acampamentos e funcionários, serão adotadas as seguintes diretrizes básicas:

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. As cozinhas serão projetadas e construídas de forma a permitir total higiene e dispor de todos os equipamentos e recursos necessários, privilegiando a limpeza do local;

. As instalações dos refeitórios serão protegidas pelo uso de telas e

equipadas por sistema de ventilação; . A contratada disporá de ambulatório para tratamento de doenças,

endemias e acidentes, sendo capaz de oferecer socorro emergencial. . No processo admissional de funcionários haverá total interação com

os programas do meio sócio - econômico e cultural, em especial com o Programa de Treinamento e Capacitação da Mão de Obra, sendo repassado aos colaboradores, população residente na área de influência direta da rodovia e ao contingente contratado para as obras, incluindo suas famílias, informações relativas às características, necessidades e mudanças decorrentes das obras e também em relação aos Programas Ambientais a serem implantados;

. Todo o pessoal contratado será submetido aos exames médicos

previstos no Programa de Segurança e Saúde dos Trabalhadores; . O início dos trabalhos se fará após treinamento admissional de

prevenção de acidentes do trabalho e preservação ambiental, conforme o Programa específico de Treinamento e Capacitação da Mão – de – Obra e o Programa de Educação Ambiental.

Operação dos Acampamentos e Áreas Industriais

a) Abastecimento d’Água:

. A água destinada ao uso humano terá a qualidade atestada periodicamente, por instituição idônea;

. No caso de tratamento pela utilização de produto(s) químico(s), os

armazenamento e manipulação serão efetuados de acordo com as normas vigentes;

. Serão adotados equipamentos especiais, definidos de acordo com as

condições locais, para proteção ao sistema de abastecimento e depósito de água, impedindo contaminações;

. Efetuar monitoramento e manutenção do sistema implantado.

b) Esgotamento Sanitário, Doméstico e Industrial:

. As atividades operacionais para o tratamento de efluentes envolverão

o monitoramento e manutenção sistemática do sistema implantado; . Não será permitida lavagem de veículos, peças e equipamentos em

corpos d'água.

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c) Coleta e Disposição de Resíduos Sólidos:

. Será procedida a seleção / separação do lixo orgânico do inorgânico, com freqüências de coleta, tratamento e destino final realizado de modo a não permitir a criação de odores ou proliferação de vetores nocivos à saúde;

. Os resíduos que não oferecerem riscos de contaminação dos solos

poderão ser dispostos em aterros apropriados; . O lixo hospitalar será obrigatoriamente coletado diariamente, disposto

e posteriormente incinerado em instalação apropriada e exclusiva; . Os resíduos sólidos industriais compostos de peças de reposição

inutilizadas, filtros e embalagens de papel, plástico e outros derivados de petróleo, pneus e peças de madeira, panos utilizados em limpezas, etc., serão objeto de coleta seletiva, para posterior destinação de acordo com sua categoria;

. Entulhos de obras (alvenarias, concretos, madeiras) restos de

materiais dos pátios de estocagem (pedras, areias, solos) e restos das usinas de solos e concretos, serão lançados em bota-foras especiais. A recuperação ambiental destas áreas compreenderá, obrigatoriamente, cobertura por solo orgânico, (estocado por ocasião das operações de limpeza do terreno) previamente a implantação de cobertura vegetal.

d) Higiene e Saúde

. A estocagem de alimentos será em local permanentemente limpo, arejado e, quando necessário, refrigerado;

. Serão implantados sistemas de proteção que garantam a

inacessibilidade a animais e insetos; . O transporte das refeições para as frentes de serviço deverá ser feito

em embalagens hermeticamente fechadas; . Todo o lixo será recolhido e transportado ao acampamento.

e) Segurança

. Quando necessário, será implantado sistema de sinalização,

complementar as medidas de segurança usuais, com a utilização de placas / faixas / cartazes;

. As áreas consideradas de risco serão objeto de sinalização ostensiva

e controle restrito; . Todos os estabelecimentos terão Planos de Prevenção contra

incêndio;

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. Os veículos leves e equipamentos pesados serão equipados com extintores de incêndio adequados à seus portes.

Remoção dos Acampamentos e Áreas Industriais

Na fase de Desmobilização, os Acampamentos e Áreas Industriais serão

removidos, salvo por determinação contrária da fiscalização e/ou órgãos ambientais (em função de estabelecimento de convênios/compensações) para repasse destas instalações, ou parte delas, para as comunidades.

Ao se proceder as remoções serão adotadas, obrigatoriamente, as seguintes

providências:

. Remoção total de todas as edificações, incluindo pisos e superfícies em concreto;

. Remover todas as cercas, muros e outros equipamentos

delimitadores de áreas; . Executar desmonte seletivo, agrupando por lotes: fiação,

encanamentos, madeiras, alvenarias, coberturas, louças e ferragens; . Verificar junto às comunidades, interesse pelo material descartado; . Transportar o entulho restante para áreas de bota-foras pré-

selecionadas; . As fossas sépticas serão lacradas ou preenchidas em camadas,

paulatinamente, evitando o transbordamento; . Só proceder a remoção das redes de efluentes líquidos após sua

limpeza; . Não será permitida, a permanência de quaisquer vestígios das

construções, tais como: alicerces, pisos, bases e muros de concreto para britagens e usinas de solos e concreto, cimentados para estocagem de agregados, tubulações enterradas ou aéreas, etc.;

. Erradicar áreas potenciais para acúmulo de águas pluviais; . Remoção de dispositivos que possam causar o bloqueio das águas

superficiais; . Remoção de dispositivos para transposição de linhas de drenagem

natural; . Quanto aos sistemas de drenagem superficial implantados, deve-se

proceder a avaliação para decidir pela sua permanência, adequação ou erradicação;

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. Executar a recuperação ambiental das áreas conforme o tratamento recomendado para as jazidas: áreas consideradas planas ou de pouca declividade por vegetação herbácea.

Desmobilização de Mão de Obra

Os contingentes de funcionários demitidos em função de paralisações ou

conclusão das obras, serão devidamente orientados em relação a oportunidades de empregos locais, se assim o desejarem, ou serem encaminhados seus locais de origem.

A orientação aos funcionários desmobilizados será realizada por assistente

social em contato com o governo, para que possam ser disponibilizados programas de emprego e apoio em várias áreas.

O objetivo destes procedimentos e evitar que, nas paralisações / término das

obras os operários demitidos se reúnam em aglomerações carentes e/ou ocupem áreas de maneira irregular, formando núcleos desordenados nos estornos dos antigos acampamentos conduzindo a processos de marginalização / aumento da criminalidade.

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ANEXO

DOCUMENTAÇÃO FOTOGRÁFICA

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LOCAIS DAS ÁREAS DE USO

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Local do Canteiro de Obras

Local próximo a ponte de Açu-RN, em torno de 3 km da rodovia BR-304. O local está cedido a Construtora CLC para as atividades do Crema. Ponto GPS n° 24M 731236.00 m E - 9379438.00 m S – P2

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Local do Bota-Fora

Local próximo a ponte de Açu-RN. Na 2ª entra da Cidade de Assu em torno de 4,5km Área pertencente a Prefeitura de Assu. – Contato Sec. De Obras – Sr. Sergio – 84 9419.4596 – [email protected]

Ponto GPS n° 24M 730626.00 m E- 9381383.00 m S - P20

Bota fora Bota fora

Bota fora Acesso ao bota fora

Acesso ao bota fora 2ª. entrada da cidade de Assu

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Local da Pedreira (comercial)

Local próximo a ponte de Açu-RN. Em torno de 11km e denominada como Pedreira Itajá(Norte Mineração). Com o contato. 84 – 9957.7953(Fabio) –(81) 9700.9108(Samuel) e (84)9853.4014(Thiago)

Ponto GPS n° 24M 741482.00 m E- 9373785.00 m S – P4

Acesso Licença

Britadores Local de extração

Entrada na rodovia BR-304

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4. PROJETOS

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4.1 Projeto de Reforço Estrutural e Alargamento 4.1.1 Geometria Existente

Extensão = 585,62m Largura = 8,30m

4.1.2 Características Geométricas e Estruturais

Trata-se de uma ponte rodoviária existente, em concreto armado, que foi

implantada pelo DNOCS no ano de 1952. O sistema estrutural longitudinal pode ser descrito como dividida em 02

segmentos extremos, com 02 vãos contínuos cada, com 01 balanço voltado para o trecho interno e 05 segmentos intermediários com 02 vãos contínuos cada e 02 balanços, iguais, e intercalados por 03 vãos isostáticos tipo gerber.

São 05 trechos de vigas contínuas sobre os apoios intermediários sempre

com 02 vãos contínuos sobre os apoios de 30,00m cada, com balanços de 7,50m cada, nos segmentos intermediários e com 22,50 nos vãos das extremidades, onde, nos balanços, apóiam-se 06 vãos isostáticos do tipo gerber de 15,00m. Todas as medidas acima são teóricas, sendo que nos levantamentos foram demonstradas as variações construtivas, com suas dimensões reais.

Com isto, a ponte é constituída por 18 vãos de 30,00m cada e mais 02

vãos extremos com 22,50m cada. Totalizando a extensão teórica de 585,00m. Mas que, pelos levantamentos realizados, indicaram comprimento total de 585,62m.

A obra situa-se em uma região tangente da rodovia e foi construída,

originalmente com seu tabuleiro em nível.

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As 12 juntas transversais, nos 06 vãos tipo gerber, não possuem qualquer

vedação, estando todas com acentuadas dimensões em suas aberturas, preenchidas ou não, somente com a pavimentação asfáltica, proporcionando total infiltração das águas pluviais e, conseqüentemente, a deterioração avançada dos elementos de concreto nestas regiões, que são as transversinas e apoios das longarinas dos vãos tipo gerber.

A seção transversal, composta por 02 vigas longarinas de alturas variáveis

parabólica, tabuleiro em laje superior efetiva, isto é, para as 02 faixas de rolamento e para as regiões dos guarda rodas, possui a largura total de apenas 8,30m. Os balanços laterais da laje sob os guarda rodas e passeios de pedestres, elevados, são apoiados sobre a laje estrutural efetiva e com larguras, em ambos os lados da pista, de 132,5cm cada. Havendo os tradicionais guarda corpos de concreto, semelhante ao velho padrão do DNER à época, em ambos os bordos.

As longarinas, além de ligadas pela laje superior do tabuleiro, em concreto

armado, ainda o são por transversinas, também de concreto armado, posicionadas nos apoios e nos 1/12 dos vãos e ligadas à laje do tabuleiro.

A mesoestrutura é totalmente composta por pilares tipo parede maciços de

concreto com seção transversal retangular variável. Quanto ao tipo de infraestrutura, são todas as originai, em estacas pré-

moldadas de concreto, coroadas por blocos de concreto armado. Exceto as fundações dos apoios P.17 e P.18 que já sofreram alguma intervenção de reforço com a implantação de tubulões de concreto.

4.1.3 Observações e Comentários

A obra apresenta-se com grave e elevado índice de incidências de

deteriorações e anomalias. Verifica-se que a implantação de reforços localizados, com a implantação de tubulões adicionais na região dos apoios P.17 e P.18. Porém não foram encontrados documentos relativos à construção destes reforços.

Nas inspeções no local foram observadas muitas fissuras localizadas no

blocos originais, indicativas de recalques diferenciais. Além de graves deteriorações e anomalias causadas por ações de origem

superficial, tal como as infiltrações das águas pluviais vindas do tabuleiro, devido à falta de revestimentos e vedações para a adequada estanqueidade das juntas transversais do tabuleiro, em todos os vãos do tipo gerber, muitas outras e mais graves, foram observadas.

Elevado abatimento, não somente nos vãos gerber, foi observado no vão

entre os apoios P.15 e P.16. Onde a viga longarina, de forma mais acentuada, a de montante, apresenta grande deterioração do concreto em sua face lateral inferior e junto à região central do vão com fissuras de flexão, indicando grave situação já pela falta de capacidade estrutural e pelas deformações observadas.

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4.1.4 Características do Projeto de Recuperação, Reforço e Alargamento do

Tabuleiro

O projeto de recuperação, reforço e de alargamento do tabuleiro é justificado pelos fatos acima descritos e pelo Termo de Referência de contratação do projeto, visando a implantação de intervenções e serviços para não somente garantir a estabilidade das estruturas como também, ampliar a sua capacidade portante, bem como a vida útil em serviço e ainda, proporcionar maior segurança ao tráfego pela inclusão de maiores espaços além das pistas de rolamento para criação de faixas de acostamentos laterais, passeios laterais para pedestres / ciclistas e implantação de barreiras de concreto tipo New Jersey, conforme padrões atuais das OAE do DNIT, garantindo, assim, maior capacidade, durabilidade e reduzidas necessidades de intervenções de manutenção ao longo do tempo de utilização em serviço. Isto é, ampliando ou renovando a vida útil daquelas estruturas, inclusive com a previsão de reforços das estruturas para o tráfego do novo veículo TB-45 previsto pela Norma NBR-7188/1985.

A filosofia do projeto de reforço é a implantação de protensão aplicada externamente às estruturas e posteriormente, pelos seus envolvimentos, torná-las aderente ao concreto existente.

As unidades de protensão serão constituídas de instalação em monocordoalhas de diâm. 12,7mm em aços CP-190RB, em traçados poligonais e laterais às vigas longarinas, que se darão através de dispositivos metálicos particularmente projetados e previstos de serem instalados para servirem de ancoragens e desviadores. Estes serão os reforços propriamente ditos para as vigas longarinas.

Para o alargamento do tabuleiro, passando dos atuais 8,30m para uma largura total de 12,80m, a fim de se prever espaços ideais para 02 pistas de 3,50m cada e acostamentos laterais de 2,50m cada e, ainda, barreiras de concreto tipo New Jersey de 0,40m cada. Com tais dimensões, ou seja, acréscimos efetivos de 2,25m para cada lado, serão previstos além de reforços nas lajes do tabuleiro, como também nas transversinas. Estas serão prolongadas para ambos os lados, em concreto armado protendido. O mesmo tratamento será dado às lajes do tabuleiro, onde, além de um prolongamento da região em balanço, será previsto uma sobrelaje estrutural em concreto armado e protendido transversalmente ao tabuleiro.

Na análise do sistema de reforço e para sua implantação é prevista a total

eliminação das juntas, tornando a obra contínua e sem juntas estruturais em toda a extensão original em 18 vãos contínuos de 30m cada e mais 02 de 22,50m cada, nas extremidades.

Com o acréscimo significativo não somente de maior peso próprio, mas

pela previsão de maiores espaços de tabuleiro para o tráfego de veículos e passeios de pedestres / ciclistas, se farão necessários os serviços de reforço da infra e, além disto, a ampliação da mesoestrutura. Bem como, as indicações de falhas na capacidade das fundações existentes.

Para os apoios das longarinas serão previstas as implantações de novos

aparelhos de apoio do tipo metálicos móveis unidirecionais e fixos no topo dos pilares, pela ampliação das travessas de apoio, para escoramento provisório e transferência de cargas, durante os serviços de corte e de demolição das seções de concreto nas regiões dos apoios hoje existentes sobre os pilares parede.

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Com relação a infraestrutura vale salientar e registrar que o DNIT

contratou em caráter emergencial a empresa Arteleste Construções Ltda no ano de 2010, para proceder serviços de reforço da infraestrutura e recuperação das vigas longarinas do vão entre os apoios P.15 e P.16. Assim sendo, a infraestrutura constante deste projeto refere-se a implantação dos encontros (estacas raiz, blocos e encontros) os quais apoiarão as passarelas que ali serão implantadas.

Estes novos elementos de reforço das fundações foram implantados ao

lado do tabuleiro existente e sem a interferência com o tráfego sobre a obra. Demais serviços de recuperação estrutural, tais como tratamentos de

armaduras, seções de concreto desagregadas, aplicação de novos revestimentos e injeção de fissuras deverão ser previstos de serem implantados para a mais perfeita correção de todas as anomalias observadas e para uma total recuperação da capacidade portante e da vida útil daquelas estruturas.

Para as novas superestruturas independentes e laterais, para os novos

passeios de pedestres / ciclistas, foi projetada uma viga em seção caixão unicelular em concreto armado protendido. Cuja geometria longitudinal e alturas de longarinas, foi idealizada conforme a geometria existente, isto é, com altura variável de forma parabólica ao longo dos vãos. Objetivando total harmonia com a obra existente.

Para a construção destas novas superestruturas, contínua, em 20 vãos,

com 18 vãos intermediários de 30m e 02 extremos com 22,50m, idealizou-se a construção por escoramentos diretos e parciais. Projetando-se protensões de trechos parciais e com a previsão de ancoragens de emendas intermediárias.

Em ambas as extremidades foram previstos novos encontros de concreto

armado para, além do reforço sob a obra existente, a ampliação devido ao grande acréscimo de largura do tabuleiro modificado e ampliado.

Pintura superficial protetora com tinta mineral e a execução de uma

pavimentação em concreto asfáltico são também parte dos serviços previstos para proporcionar uma maior durabilidade e qualidade, reduzindo a necessidade de constante manutenção da obra, pela sua total recuperação e acréscimo de capacidade.

A solução, assim descrita, conforme projetada, pode-se considerar, como

a mais adequada à total recuperação, reforço e alargamento daquelas estruturas. Sendo a que menor acréscimo de cargas permanentes poderia gerar e maior capacidade e durabilidade poderá proporcionar. Garantindo-se para a capacidade e para a durabilidade, tal qual uma nova obra, sem quaisquer restrições de carga ou de vida útil em serviço.

Concretos Utilizados: . Blocos e travessas - fck>35MPa(CML) a/c<0,50 fck>35MPa - a/c<0,50 . Encamisamento pilares - fck>35MPa (CML) a/c<0,5 . Envolvimentos reforços - fck>35MPa (CML) a/c<0,5

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. Prolongamento transversinas - fck>35MPa (CML) a/c<0,5 . Cortinas - fck>35MPa (CML) a/c<0,5 . Alargamento da laje e sobrelaje - fck>35MPa (CML) a/c<0,5 . Superestrutura dos passeios de pedestres / ciclistas - fck>40MPa - a/c<0,45 Nota :

Todos os concretos a serem utilizados, quando em contato com concretos existentes, foram especificados concretos modificados com látex tipo CML, com adição de produto a base de látex tipo SBR na água de amassamento na proporção 1:4(SBR:água);

Estaca tipo raiz :

. Em solo ∅410mm com camisas recuperáveis;

. Especificações gerais e de materiais conforme NBR-6122/1996;

4.1.5 Apresentação do Projeto de Iluminação

O projeto de Reforço Estrutural e Alargamento, bem como dos acessos as

passarelas está apresentado no capítulo 2 do Volume 2 – Projeto de Execução TOMOS I, II e III.

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4.2 Projeto de Sinalização 4.2.1 Considerações Iniciais

O projeto de sinalização foi elaborado de acordo com os requisitos da IS-

215 do DNIT. Obedeceu as instruções contidas no Manual Brasileiro de Sinalização de Trânsito – Versão 2007 – CONTRAN inerentes a sinalização horizontal e as do Manual de Sinalização Rodoviária Versão 1999 - DNIT referentes à sinalização vertical de indicação e dispositivos auxiliares.

É composta pela sinalização vertical, sinalização horizontal e dispositivos

auxiliares. 4.2.2 Sinalização Vertical 4.2.2.1 Tipos e materiais

A sinalização vertical é realizada através dos sinais de trânsito, cuja finalidade essencial é transmitir na via pública, normas específicas, mediante símbolos e legendas padronizadas, com o objetivo de advertir (sinais de advertência), regulamentar (sinais de regulamentação) e indicar (sinais de indicação) a forma correta e segura para a movimentação de veículos e pedestres.

As placas de sinalização vertical serão confeccionadas em chapas planas

de aço zincado no 16 , na espessura de 1,25mm, com o mínimo de 270g/m² de zinco, que deverão atender a Norma ABNT NBR 11904/92. As chapas serão revestidas com película refletiva constituída por microesferas de vidro aderidas em resina sintética (flat top com garantia mínima de 7 anos), O verso das chapas será revestido com tinta esmalte sem brilho na cor preta, de secagem a 140o. Serão fincadas em suportes de madeira duplos (placas indicativas).

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4.2.2.2 Sinalização de indicação

4.2.3 Sinalização Horizontal

A sinalização horizontal é realizada através de marcações no pavimento, cuja função é regulamentar, advertir ou indicar aos usuários da via, quer sejam condutores de veículos ou pedestres, de forma a tornar mais eficiente e segura a operação da mesma. Entende-se por marcações no pavimento, o conjunto de sinais constituídos de linhas, marcações, símbolos ou legendas, em tipos e cores diversos, opostos ao pavimento da via.

Com relação à sinalização horizontal projetada para a rodovia, foram adotados os seguintes padrões:

• Linhas de Bordo : serão contínuas, na cor branca, com largura de 0,15m, afastadas do bordo da pista de 0,15m.

• Linhas de Divisão de Fluxos

: Serão contínuas, na cor amarela de proibida ultrapassagem, com largura de 0,15m, em segmentos de 4,00m de comprimento, espaçados de 12m;

A sinalização horizontal deverá ser executada com tinta a base de resina acrílica emulsionada em água, retrorefletorizada com micro esferas tipo “ Drop On” , com espessura úmida de 0,4 milímetros.

CORES Fundo: Verde retrorrefletivo para mensagens de localidades Azul retrorrefletivo para mensagens de rodovias Orla: Branco retrorrefletivo Verso: Poroso fosco

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4.2.4 Dispositivos Auxiliares

• Tachas bidirecionais brancas nos bordos, com elementos refletivos

brancos, a cada 16 metros nos trechos.

• Tachas bidirecionais amarelas no eixo da rodovia, com elementos refletivos amarelos, espaçadas a cada 4,0.

4.2.5 Apresentação do projeto de sinalização

O projeto de sinalização está apresentado no capítulo 3 item 3.1 – Sinalização de Viária do Volume 2 – Projeto de Execução TOMO III.

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4.3 Projeto de Dispositivos de Proteção (Defensas) 4.3.1 Considerações Iniciais

O projeto Executivo de dispositivos de proteção compreende as defensas metálicas semi maleáveis a serem utilizadas ao longo dos aterros de acesso da ponte sobre o Rio Assú.

4.3.2 Apresentação do Projeto de Dispositivos de Proteção

O projeto de dispositivos de proteção está apresentado no capítulo 4 do Volume 2 – Projeto de Execução TOMO III.

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4.4 Projeto de Iluminação 4.3.2 Considerações Iniciais

Este projeto define o sistema de iluminação a ser utilizado na reforma da Ponte sobre o rio Assú na BR-304. A ponte possui um comprimento de 585 metros e uma largura de 17,2 metros. Serão especificando os tipos e disposição das luminárias, circuitos de alimentação e materiais utilizados. Como premissa serão utilizados os valores máximos de iluminação definidos na NBR 5101 (Iluminação Pública) por tratar-se de uma ponte com tráfego misto pedestre e veículos em mão dupla. 4.4.2 Definição do Tipo e Disposição das Luminárias

As lâmpadas utilizadas serão a Vapor de Sódio, tubular, com potência de 400W, instaladas em luminárias em alumínio fundido, de facho aberto e com vidros planos para minimizar o ofuscamento.

As luminárias serão montadas em postes telecônicos, curvos, em tubos

de aço galvanizado com 12 metros de altura com dimensões e detalhes de fixação conforme PI-02, apresentado do Volume 2 – Projeto de Execução.

Foi escolhido o POSICIONAMENTO BILATERAL ALTERNADO. Esta

configuração é recomendada para vias com largura entre 15 e 25 metros e adéqua-se perfeitamente para as dimensões da ponte sobre o rio Assú.

Os postes terão um espaçamento de 45 metros garantindo uniformidade

na iluminação e aproveitando a simetria da estrutura da ponte. Nesta configuração serão instalados 26 postes sendo 13 em cada lado da ponte, localizados na extremidades da passarela de pedestres.

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4.4.3 Resultados Luminotécnicos

Pista de Rolamento

Valores Projetados Requisitos da NBR 5101 E(med) 26,5 20,0 U0 0,6 0,5

Passarela de Pedestres

Valores Projetados Requisitos da NBR 5101 E(med) 18,5 10,0 U0 0,621 0,2

Nos diagramas a seguir estão apresentadas a distribuição da iluminação na

pista de rolamento e na passarela de pedestres.

45 m

45 m

22,5 m

22,5 m

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4.4.4 Distribuição dos Circuitos

Em função das distâncias envolvidas e quedas de tensão resultantes, são necessários dois pontos de alimentação monofásicos, instalados nas extremidades da ponte, onde serão instalados postes de concreto duplo T e os quadros de medição monofásico e os quadros de comando da iluminação.

As medição será feita em baixa tensão, através de medidor monofásico,

fixado do quadro de medição em policarbonato e Noryl padrão COSERN.

As luminárias foram numeradas de 01 a 13, para cada lado das

alimentações, em cada uma das extremidades. A distribuição das cargas entre os circuitos das duas medições está representada na figura abaixo.

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QUADRO DE CARGAS ITAJÁ

CIRCUITO MEDIÇÃO ALIMENTAÇÃO LUMINÁRIAS POTÊNCIA

(W) CORRENTE

(A) 1 ITAJÁ CHAVE DE IP. 7 3080 22,4 2 ITAJÁ 2x60A 6 2640 19,2

TOTAL ITAJÁ DISJ. 63A 13 5720 41,6

QUADRO DE CARGAS ASSÚ

CIRCUITO MEDIÇÃO ALIMENTAÇÃO LUMINÁRIAS POTÊNCIA

(W) CORRENTE

(A) 1 ASSÚ CHAVE DE IP. 7 3080 22,4 2 ASSÚ 2x60A 6 2640 19,2

TOTAL ASSÚ DISJ. 63A 13 5720 41,6

4.4.5 Dimensionamento dos Condutores

O dimensionamento dos condutores foi baseado no critério de queda de tensão, pois as correntes nominais dos condutores dimensionados sob este critério, em função das distâncias envolvidas superam em muito as correntes de carga projetadas.

Para garantir uma queda de tensão de no máximo 4% os condutores

especificados são de 10 mm².

S = 2.ρ. [1/(e%.V²)].∑(P1.L1+P2.L2+...) Onde: S=Seção do condutor em mm² P = Potência em W L = Distância em metros ρ = Resistividade do cobre (1/58) e% = queda de tensão percentual (0,04) V = Tensão do circuito (220)

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4.4.6 Dimensionamento dos Eletrodutos

Para garantir uma ocupação de no máximo 30% os eletrodutos especificados para os ramais principais e cruzamentos da ponte são na bitola 1.1/2“. Os eletrodutos de derivação para os postes são na bitola 3/4. 4.4.8 Proteção Contra Sobrecorrente

Os circuitos serão protegidos por disjuntores termomagnéticos

monofásica de 63A e pelos dispositivos existentes nas chaves de comando da iluminação. 4.4.9 Apresentação do Projeto de Iluminação

O projeto de iluminação está apresentado no capítulo 6 do Volume 2 –

Projeto de Execução TOMO III.

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4.5 Projeto de Sinalização de Obras 4.5.1 Considerações Iniciais

A sinalização de obras tem por finalidade assegurar aos usuários e operadores de obras as devidas seguranças para a circulação do tráfego ao longo do trecho a ser executado.

Para tal, foi realizado um planejamento para a execução dos serviços e

deste planejamento, foi desenvolvido o projeto de desvios de trânsito, mantendo-se o cuidado na sinalização, para obter um controle seguro do fluxo de tráfego.

De acordo com o Manual de Sinalização de Obras (DNIT, 2010), a

sinalização de obras em rodovias deve:

• advertir, com a necessária antecedência, a existência de obras ou situações de emergência e a situação que se verificará na pista de rolamento;

• regulamentar a velocidade e outras condições para a circulação segura;

• canalizar e ordenar o fluxo de veículos junto à obra, de modo a evitar movimentos conflitantes, evitar acidentes e minimizar congestionamento;

• fornecer informações corretas, claras e padronizadas aos usuários da via.

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4.5.2 Apresentação do Projeto de Sinalização de Obras

O projeto de sinalização de Obras está apresentado no capítulo 3 item 3.2

– Sinalização de Obras do Volume 2 – Projeto de Execução TOMO III.

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4.6 Projeto de canteiros de obras 4.6.1 Considerações Iniciais

Para a obra de Recuperação, Reforço e Construção de Passarela da

Ponte Felipe Guerra sobre o Rio Assú, optou-se pela implantação dos seguintes tipos de canteiros, a saber:

• Canteiro Fixo e

• Canteiro de Apoio.

A seguir são apresentadas as descrições dos canteiros acima propostos.

4.6.2 Canteiro Fixo

O canteiro fixo permanecerá em funcionamento durante toda a obra, dando total apoio em execução dessa. 4.6.3 Canteiro de Apoio

O canteiro de Apoio é indicado para dar suporte direto a obra no que diz

respeito à proteção em caso de chuva, necessidades fisiológicas dos operários, guarda de materiais e ferramentas para uso diário, etc.

Para essa obra estão previstos 2 canteiros de Apoio, sendo um em cada

cabeceira da ponte.

Esses canteiros serão compostos por um barracão de 30 m² e 3 banheiros químicos instalados ao lado desse.

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4.6.4 Alojamento de Pessoal

Existem duas maneiras de alojar o pessoal que trabalha na obra, uma é

no próprio canteiro e a outra é em casas nas cidades localizadas na área de influência dessa. No caso deste projeto optou-se pelo alojamento do pessoal na cidade de Assú.

4.6.5 Manutenção de Canteiro

Está previsto neste projeto o item de Manutenção de Canteiro, o qual será medido e remunerado a partir do segundo mês de obra.

Para o canteiro fixo foi prevista a relação de pessoal abaixo descrita:

• Equipe de pessoal formada por: pedreiro(80h/mês), eletricista(80h/m),

e servente(2 em tempo integral) para fazer manutenção e conservação de todas as edificações e limpeza das áreas externas.

Para aquisição de materiais a serem utilizados na manutenção foi

considerado o custo de 01 (um) metro quadrado de construção por mês (tabela SINAPI/RN).

4.6.6 Demolições Após o termino das obras a construtora deverá fazer a demolição de

todas as estruturas dos canteiros. 4.6.7 Mobilização e Desmobilização

Este item se aplica ao traslado de pessoal especializado e máquinas a

serem alocadas na obra no sentido: Natal – Canteiro – Natal. Para a mobilização/ desmobilização de pessoal deverá ser adotada o

preço da passagem intermunicipal entre Natal e Assú. Para o pessoal a ser mobilizado foi considerado as seguintes categorias:

Encarregados em geral e profissional qualificado, conforme relação apresentada a seguir:

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CODIGO DESCRIÇÃO QUANTIDADE T312 Operador de equipamento leve 2:

Operador de compressor de ar

02

T501 Encarregados de turma: Encarregado de OAE

02

T6 - T602 T605 T608

Pessoal qualificado: Montador Armador Soldador Serralheiro Carpinteiro Técnico em Enfermagem Técnico em Segurança do Trabalho

04 08 04 05 06 01 02

Pessoal Administrativo: Chefe de Escritório Chefe de Almoxarifado Laboratorista Chefe Cadista

01 01 01 01

TOTAL 38 As demais categorias tais como: pedreiros, serventes, eletricistas,

mecânicos, ajudantes em geral, etc serão contratadas na região. Para a mobilização de equipamento o memorial descritivo está

apresentado a seguir:

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4.5.8 Apresentação do Projeto de Canteiro de Obras

O projeto de canteiro de obras está apresentado no Capítulo 7, Volume 2

– Projeto de Execução TOMO III.

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5. DOCUMENTOS PARA LICITAÇÃO DA OBRA

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5.1 QUADRO DE QUANTIDADES

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5.2 DEMONSTRATIVO DAS DISTANCIAS MÉDIAS DE TRANSPORTE

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6. INFORMAÇÕES PARA ELABORAÇÃO DO PLANO DE EXECUÇÃO DA OBRA

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6.1 Fatores Condicionantes 6.1.1 Localização

A ponte Rodoviária Felipe Guerra está localizada no município de Assú distante 205 Km da cidade de Natal (Ver mapa de situação constante da apresentação). A referida ponte está localizada na BR-304 e possui uma extensão total de 585m.

6.1.2 Clima, pluviometria e outros dados A Clima

Em termos climatológicos o município de Assú acha-se inserido no denominado “Polígono das Secas”, constituindo um tipo semi-árido quente e seco, segundo a classificação de Koppen (1956).

B Pluviometria e Temperatura

O Município de Assú, localizado numa região de Semi-Árido, apresenta dois períodos pluviométricos distintos ao longo do ano: um período úmido (de janeiro a maio) e outro seco (de junho a dezembro), com precipitação média anual entre 500 e 700mm.

No geral, caracteriza-se pela presença de apenas duas estações: a seca

que constitui o verão, cujo clímax é de Setembro a Dezembro e a chuvosa denominada pelo sertanejo de inverno, restrito a um período de 3 a 4 meses por ano.

As temperaturas são elevadas durante o dia, amenizando a noite, com

variações anuais dentro de um intervalo 29 a 30º C, com ocasionais picos mais elevados, principalmente durante a estação seca. As temperaturas mínimas oscilam ao longo do ano, atingindo valores próximos a 20ºC nos meses de junho e julho.

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Município de Assú: Temperatura e Precipitação

Mês Jan Fev Mar Abr Maio Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Ano

Temperatura máxima °C 31 31 31 31 29 31 31 32 31 31 31 31 30,9

Temperatura mínima °C 23 24 23 23 23 20 20 21 20 22 22 23 22

Precipitação média (mm)

33 66 137 170 102 36 30 8 5 0 3 10 600

Fonte: Canal do Tempo

Na figura a seguir, mostra-se o posicionamento de Assú (área do projeto) em relação às faixas de precipitação média anual, no contexto regional.

Faixa de precipitação média anual em Assu, no contexto regional, observando-se que se insere numa ampla faixa de 500 a 750 mm anuais.

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C Ventos

Nas latitudes tropicais as variações climáticas estão associadas as mudanças sazonais da Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) e das monções de verão, que são responsáveis por grande parte das precipitações de verão nesta região. Este processo é mantido pelas características da circulação atmosférica e oceânica de forma que os anos chuvosos são associados ao fortalecimento do anticlone sobtropical do Atlântico Norte e o simultâneo enfraquecimento do anticlone do Atlântico Sul, associados às Anomalias positivas de temperatura da superfície marinha (TSM) no Atlântico Norte Tropical e negativas no Atlântico Sul tropical. Dessa forma, tais características podem ser consideradas as principais responsáveis pelo prolongamento da estação chuvosa, enquanto nos anos de estiagem prolongadas são atribuídos a padrões opostos. D Insolação

Não diferente das demais regiões do estado do Rio Grande do Norte, as taxas de insolação no município de Assú são bastante expressivas, situando-se no patamar de aproximadamente 3.000 horas de incidência solar direta. Tal índice é o principal responsável pelas altas taxas de evaporação na região.

Em termos anuais, tem-se cerca de 2.600 horas de exposição solar, pelo

que se pode concluir, que em aproximadamente 60% dos dias do ano há incidência solar direta. Os maiores valores de insolação estão concentrados no trimestre setembro-outubro-novembro. Já o trimestre março-abril-maio, o qual corresponde ao período chuvoso, apresenta os menores valores de insolação.

E Umidade Relativa do Ar

Na zona mais semi-árida da Região Nordeste, a umidade relativa é inferior às regiões tropicais, devido à baixa incidência de chuva ao longo do ano. Essa característica faz com que a umidade relativa do ar no município de Assú apresente valores inferiores a 60%. F Síntese dos Parâmetros Climáticos

Segundo o IBGE, o Balanço Hídrico representativo do Semi-Árido Equatorial Nordestino com 6 meses de duração do período seco tem as seguintes características:

. reposição de água no solo: mês de fevereiro

. excedente hídrico: início de março até final de maio

. retirada de água do solo: início de junho até final de outubro

. deficiência hídrica início de junho até final de dezembro

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São os seguintes os parâmetros climáticos citados na área de influência

direta do empreendimento (Radambrasil) – Município de Assú:

Parâmetros Climáticos na Área de Influência Direta da Rodovia: Município de Assú Tipologia Climática

Semi-árido

Excedente hídrico anual Número de meses com excedente hídrico Deficiência hídrica anual Número de meses com deficiência hídrica Temperatura média anual Temperatura média em julho (inverno) Temperatura média em janeiro (verão) Índice de Umidade (Thornthwaite) do Solo

Não há Não há

350 a 900 mm 10 a 12 meses 22o a 24,5o C

22º C 26º C

-20 a -40

Localizada em pleno interior do Nordeste Semi-Árido, em área de solos de baixa fertilidade, a região de Assú está submetida a um regime de escassez e desigual distribuição de chuvas observadas no Nordeste. Ali, as chuvas falham com frequência, dando lugar à ocorrência de secas, totais (quando afetam toda a região) ou parciais, de duração anual (quando ocorrem em anos intercalados) ou plurianual (quando se estendem por períodos superiores a um ano.

Parciais ou totais, as secas provocam fortes impactos sobre a economia

(em particular sobre as atividades agropecuárias), a população (reduzindo e, no limite, eliminando renda e emprego) e o meio ambiente (diminuindo ou eliminando a cobertura vegetal de amplas áreas, contribuindo para o aumento da erosão do solo, por natureza raso e pedregoso, em quase todas as partes do município.

Nestas circunstâncias, o abastecimento de água para o projeto fica a

depender dos mananciais de água, em especial o Açude sobre o rio Piranhas ou Assú, localizado a montante do local da ponte (ver mapa de localização no Diagnóstico do item Recursos Hídricos). 6.1.3 Apoio logístico

O apoio logístico para moradia do pessoal vinculado à obra deverá ser feito na cidade de Assú.

Para aquisição de cimento, madeiras, aços e defensas está sendo

indicada a praça de Natal. A distância entre esta e o canteiro é de 209,1km. Os materiais asfálticos (RR-1C e CAP-50/70) deverão ser adquiridos na

praça de Maracanaú/CE.

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6.1.4 Condições de acesso

Para alcançar a ponte Felipe Guerra, objeto do presente projeto, a melhor opção é a seguinte:

Partindo de Natal BR-304 até Assú

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6.2 Aspectos Particulares 6.2.1 Acampamento e instalações industriais

O projeto localizou o acampamento principal a 2200 metros antes da ponte (sentido Assú - Natal) no lado direito, a 600m da rodovia BR-304.

A pedreira P.1 é comercial e o areal A.1 não é comercial

6.2.2 Cronograma de Execução das Obras

O cronograma de execução da obra está apresentado na página seguinte e prevê a realização da obra num prazo de 900 (novecentos) dias consecutivos.

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6.2.3 Tráfego Durante a Construção

Será de inteira e exclusiva responsabilidade do executante, os serviços de manutenção do tráfego contínuo e em perfeita segurança, os quais deverão ser convenientemente sinalizados.

Esta sinalização deverá ser intensa e eficiente, tanto no período diurno

quanto noturno, de modo a causar o mínimo de transtorno ao tráfego.

6.2.4 Pessoal Técnico Necessário a Execução da Obra

Tendo em vista os diversos itens de serviços, seus quantitativos e prazo de execução, considera-se como essencial ao desenvolvimento da obra, a seguinte equipe básica:

Pessoal de nível Superior 01 Engenheiro sênior (gerente de contrato) 02 Engenheiro de estruturas 01 Engenheiro auxiliar Pessoal de Nível Médio 01 Laboratorista chefe 02 Encarregados de obras de artes especiais 01 Chefe de Oficina 02 Apropriadores 01 Técnico de segurança 01 Cadista

6.2.5 Pessoal Técnico Necessário à Supervisão da Obra

Para o acompanhamento dos serviços a serem desenvolvidos pela Construtora considera-se como essencial a seguinte equipe básica de fiscalização:

01 Engenheiro Residente 01 Engenheiro de Estruturas 01 Engenheiro Auxiliar 01 Chefe de Escritório

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01 Laboratorista Chefe 02 Auxiliares de Laboratório 02 Fiscais de Obras de Arte Especiais 01 Cadista 01 Motorista 02 Operários 01 Vigia

6.2.6 Escritório e Laboratório para a Fiscalização

A empresa contratada para executar os serviços, deverá construir em seu acampamento, as seguintes instalações:

Escritório para Fiscalização Deverá ser construído em local a ser previamente combinado com a Fiscalização e iniciado antes ou simultaneamente com a construção do acampamento da obra.

Laboratório para a Fiscalização

A empresa contratada para execução dos serviços deverá instalar um laboratório de concreto para o controle de qualidade dos serviços em local a ser previamente combinado com a Fiscalização. Esse laboratório deverá ser dotado de todo o instrumental necessário para a realização de ensaios de controle dos serviços de concreto.

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6.2.7 Equipamento Mínimo

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6.3 Plano de Ataque as Obras

6.3.1 Considerações Iniciais

A seguir está descrito o plano de ataque as obras de reforço (meso e superestrutura), alargamento do tabuleiro da ponte rodoviária Felipe Guerra sobre o rio Assú, bem como a construção de duas passarelas para pedestres nas laterais a esta.

6.3.2 Prazo da Obra

O prazo previsto para a execução da obra, inclusive os serviços complementares, ou seja sinalização viária, iluminação pública e recuperação ambiental é de 30 (trinta) meses, conforme pode ser visualizado no cronograma físico apresentado no item 6. deste capítulo.

6.3.3 Cuidados Indispensáveis

A construtora que vir a executar as obras na ponte Felipe Guerra, deverá estabelecer critérios rígidos quanto a segurança viária durante a fase de implantação do alargamento do tabuleiro, principalmente quanto aos pedestres e ciclistas que ali circulam diariamente. Faz-se necessário que a empresa possua em seu quadro de colaboradores pessoal específico e especializado para cuidar da segurança viária. É importante e indispensável que o DNIT e a PRF sejam informados todas as vezes queo tráfego na ponte for paralizado por tempo superior ao normal de um “PARE E SIGA”. Tal fato, eventualmente, poderá ocorrer quando da troca de aparelhos de apoio, bem como de se optar por algum desembarque de peças metálicas para o reforço da superestrutura, pelo seu descarregamento direto. Independentemente da situação a construtora só deverá proceder a paralisação do tráfego na ponte com a anuência prévia dos órgãos

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6.3.4 Ataque as Obras

Inicialmente deverá ser implantada toda a estrutura do canteiro de obras, bem como a do canteiro no local da ponte. Tais estruturas deverão estar prontas e em pleno funcionamento ao final do primeiro mês do cronograma.

Ainda no primeiro mês de obra a construtora poderá contratar firma

especializada para proceder os serviços gerais, bem como implantar a plataforma de trabalho (andaime suspenso) para acesso a todos os locais da ponte.

Ainda sobre os “Serviços Gerais” do projeto, o item relativo a sinalização

luminosa, só será motivo de execução na fase do alargamento do tabuleiro. Os serviços descritos acima deverão ser todos concluídos até o final do

segundo mês do cronograma. Já no segundo mês de obra, e levando-se em conta que no mês anterior

foi iniciada a construção da plataforma de trabalho, e daí já tendo pelo menos três vãos concluídos, poder-se-á iniciar os serviços de recuperação e reforço da superestrutura. Estes serviços deverão ser executados num prazo estimado de 450 dias, ou seja com previsão de término no mês 16 do cronograma da obra.

Ainda no segundo mês de obra poderão ser iniciados os serviços de

recuperação e reforço da mesoestrutura, os quais serão executados em duas etapas. A primeira refere-se aos pilares, estes em um prazo estimado de 180 dias. Com a conclusão de pelo menos 30%, ou seja algo em torno de 60 dias, pode-se iniciar a implantação das novas travessas para assentamento dos alargamentos (superestruturas das passarelas). Estes deverão ser executados também de 180 dias. Somados os tempos, ter-se-á um prazo de 240 dias, ou seja término das atividades na mesoestrutura no mês 9 do cronograma.

No terceiro mês de obra, deverão ser iniciados os serviços na

infraestrutura, ou seja construção dos encontros para as passarelas. Estes serviços compreendem implantação das estacas raiz, construção dos blocos e paredes. O prazo estimado para a conclusão dos serviços é de150 dias. Considerando o prazo estabelecido, estes serviços serão concluídos no mês 7 do cronograma.

Concluída a infraestrutura de um dos encontros, algo que deverá

acontecer por volta do dia 75 do prazo total, poderão ser iniciados os trabalhos de construção das passarelas.

Estas obras podem ser implantadas com uma defasagem máxima de 30

dias entre si. Assim sendo o prazo estimado para tais construções é de 660 dias. Daí tem-se a previsão da conclusão das passarelas no mês 26 do cronograma.

Com relação ao alargamento do tabuleiro, este deverá ser iniciado no

mês 12 do cronograma da obra. Nesta ocasião deverá estar concluída grande parte dos serviços de reforço da superestrutura e a meso já concluída.

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Como serviço inicial, deverá ser implantada a sinalização luminosa, a qual

funcionará durante 24 horas. Nesta fase ainda a construtora deverá implantar um sistema de mobilidade para os pedestres e ciclistas que trafegam de um lado ao outro da ponte. Sugere-se pois que seja colocada uma van e um utilitário pick-up, sendo o primeiro para o transporte de pedestres e o segundo para transporte de bicicletas e carrinhos de mão.

O prazo estimado para as obras de alargamento do tabuleiro é de 450

dias. Daí as referidas obras deverão ser concluídas no mês 26 do cronograma. Os meses 27 e 28 do cronograma deverão ser destinados aos arremates

e acabamento da ponte e passarelas. Ao final deste a obra poderá ser entregue ao tráfego, ficando os meses 29 e 30 para a implantação da iluminação e recuperação ambiental.

6.3.5 Conclusão

O plano de ataque ora exposto servirá de referencia para a construtora que for executar os serviços. Faz-se necessário que essa quando da elaboração do seu plano de ataque as obras leve em consideração além do exposto neste capítulo o regime hidrológico da região atentando em particular para possíveis riscos inerentes a inundações e dificuldades relacionadas com trabalhos em áreas caracterizadas como planícies de inundação.

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7. ESPECIFICAÇÕES DOS SERVIÇOS

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7.1 Especificações Gerais

As Especificações Gerais para Obras Rodoviárias, oficialmente adotadas

pelo DNIT, são aplicáveis aos serviços. Deverão ser utilizadas as seguintes especificações de serviço:

a) Terraplenagem

Serviços preliminares - DNIT 104/2009-ES Caminhos de serviço - DNIT 105/2009-ES

b) Pavimentação

Pintura de ligação com ligante asfáltico convencional - DNIT 145/2010-ES Concreto asfáltico - DNIT 031/2006-ES

c) Obras Complementares e Sinalização Defensas metálicas - DNER-ES 144/85

Cercas de arame farpado - DNIT 099/2009-ES Sinalização horizontal - DNIT 100/2009-ES Sinalização vertical - DNIT 101/2009-ES Proteção vegetal - DNIT 102/2009-ES

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d) Obras de Arte Especiais

Serviços preliminares - DNIT 116/2009-ES Concretos, argamassas e calda de cimento para injeção - DNIT 117/2009-ES Armaduras para concreto armado - DNIT 118/2009-ES Armaduras para concreto protendido - DNIT 119/2009-ES Formas - DNIT 120/2009-ES Fundações - DNIT 121/2009-ES Estruturas de concreto armado - DNIT 122/2009-ES Estruturas de concreto protendido - DNIT 123/2009-ES Escoramentos - DNIT 124/2009-ES Plataforma de trabalho - DNIT 079/2006-ES Preparação de Superficies de concreto: apicoamento e jateamento - DNIT 080/2006-ES Remoções no concreto - DNIT 081/2006-ES Furos de concreto para ancoragem de armaduras - DNIT 082/2006-ES Tratamento de trincas e fissuras - DNIT 083/2006-ES Demolição e remoção de pavimentos: asfáltico ou concreto - DNIT 085/2006-ES Dispositivos de segurança lateral: guarda- rodas, guarda-corpos e barreiras - DNIT 088/2006-ES

e) Edificações

Serviços preliminares - DNER-ES 344/97 Fundações - DNER-ES 345/97 Estruturas - DNER-ES 346/97 Alvenarias e painéis - DNER-ES 347/97 Coberturas - DNER-ES 348/97 Impermeabilização - DNER-ES 349/97 Revestimento de pisos - DNER-ES 350/97 Revestimento de paredes - DNER-ES 351/97 Forros - DNER-ES 352/97 Esquadrias - DNER-ES 353/97 Ferragens - DNER-ES 354/97 Vidraçaria - DNER-ES 355/97 Pintura - DNER-ES 356/97 Instalações elétricas, mecânicas e de telecomunicações - DNER-ES 357/97 Instalações de água - DNER-ES 358/97 Instalações de esgoto e águas pluviais - DNER-ES 359/97

f) Materiais

Água para concreto - DNER-EM 34/97 Cimento Portland - recebimento e aceitação - DNER-EM 36/95 Agregado graúdo para concreto de cimento - DNER-EM 37/97 Agregado miúdo para concreto de cimento - DNER-EM 38/97 Mourões de concreto armado para cercas de

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arame farpado - DNER-EM 174/94 Tinta para sinalização rodoviária horizontal, a base de resina acrílica emulsionada em água - DNER-EM 276/00 Arame farpado de aço zincado - DNER-EM 366/97 Material de enchimento para misturas Betuminosas - DNER-EM 367/97 Emulsões asfálticas catiônicas - DNER-EM 369/97 Defensas metálicas de perfis zincados - DNER-EM 370/97 Microesferas de vidro retrorrefletivas para sinalização horizontal rodoviária - DNER-EM 373/00 Fios e barras de aço para concreto armado - DNER-EM 374/97 Fios de aço para concreto protendido - DNER-EM 375/97 Cordoalhas de aço para concreto protendido - DNER-EM 376/97 Cimentos asfálticos de petróleo: Especificação de material - DNIT 095/2006-EM

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7.2 Especificações Complementares

A seguir, estão sendo apresentadas as Especificações Complementares,

com o objetivo de normatizar os serviços que não se enquadram nas Especificações Gerais.

a) Obras de Arte Especiais

EC-OAE-01 - Fornecimento e Aplicação de Adesivo Tipo SIKADUR-32 ou similar

EC-OAE-02 - Fornecimento e Aplicação de Adesivo Tipo NITBOND AR ..ou similar para Pintura de Ponto de Aderência

EC-OAE-03 - Aplicação de Pintura Protetora em Armaduras Tipo Armatec – 108 ou similar

EC-OAE-04 - Aplicação de Argamassa Tipo Sikatop-122 ou similar EC-OAE-05 - Fornecimento e Aplicação de SIKAGROUT ou similar

...c/30% de Pedrisco EC-OAE-06 - Fornecimento e Aplicação de Adesivo Tipo SIKADUR-31

ou similar EC-OAE-07 - Fornecimento, Fabricação e Colocação de Peças em

Aço SAC A-588 - Tubos Schedule e Mecânicos EC-OAE-08 - Jateamento com Granalha Metálica em Superfície

Metálica EC-OAE-09 - Fornecimento e Aplicação de Lâminas de Teflon

#1mm EC-OAE-10 - Abertura de Ranhuras em Concreto c/ 15x15mm

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EC-OAE-11 - Serviços de Posicionamento e Colagem de

Armaduras em Ranhuras EC-OAE-12 - Fornecimento de equipamentos e operação de

...macaqueamento p/ troca de aparelhos de apoio

b) Sinalização

EC-SI-01 - Tachas e Tachões

c) Meio Ambiente

EC-PA-01 - Recuperação de Áreas Degradadas na Região de Caatinga.

d) Sinalização em fase de Obras

EC-SO-01 - Sinalização de Obra -

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EC-OAE-01– Fornecimento e Aplicação de Adesivo Tipo SIKADUR-32 ou similar

1. Generalidades

Com a finalidade de se fixar armaduras de aço CA-50A em furos

previamente abertos no concreto e, ainda, para enchimento de cavidades em superfície horizontal, isto é, na laje do tabuleiro, sob o pavimento asfáltico, onde houver pequenas regiões com material desagregado, afim de restabelecer a integridade, especificou-se no projeto a utilização de aplicação de adesivo tipo SIKADUR-32 ou similar.

2. Execução

Quanto à execução dos serviços de fornecimento e aplicação de adesivo

tipo SIKADUR-32, todas as especificações do fornecedor deverão ser observadas, quanto à mistura, tempo de aplicação e cura. Após a mistura e em tempo hábil para utilização, o produto deverá ser aplicado manualmente às superfícies a serem preenchidas através de ferramenta manual e nas barras de armaduras a serem coladas recomenda-se a imersão das mesmas na mistura, ligeiramente antes da introdução das mesmas nos furos previamente abertos no concreto.. Devendo as superfícies, furos e cavidades estarem devidamente tratadas e aptas a receberem a aplicação do adesivo antecipadamente, isto conforme as especificações do fornecedor e, ainda, as de projeto.

3. Medição

Os serviços de fornecimento e aplicação de adesivo tipo SIKADUR-32

deverão ser medidos por quilograma de produto efetivamente aplicado.

4. Pagamentos

Quanto ao pagamento dos serviços de fornecimento e aplicação de

adesivo tipo SIKADUR-32, este será pago após a execução do serviço a partir do preço unitário apresentado para esse serviço, incluindo todas as operações necessárias à sua completa execução, bem como o fornecimento e transporte dos materiais e equipamentos necessários.

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EC-OAE-02 – Fornecimento e Aplicação de Adesivo Tipo NITOBOND AR ou similar

para Pintura de Ponte de Aderência 1. Generalidades

Trata-se do fornecimento e aplicação de adesivo tipo nitobond AR ou

similar para pintura de ponte de aderência, conforme descrição e especificações do fabricante abaixo reproduzida:

Descrição:

O Nitobond AR é uma emulsão de polímero acrílico e aditivos especiais,

resistente à hidrólise e fornecida como produto monocomponente, desenvolvida para o uso como adesivo para aplicações internas ou externas e como aditivo promotor de aderência e redutor de retração para argamassas e concretos.

Usos:

� Ponte de aderência para argamassas e concretos aplicados sobre

superfícies verticais e horizontais, como paredes e tetos � Aditivo desenvolvido para aumentar a aderência e reduzir a retração

de argamassas e concretos

� Comumente utilizado em reparos superficiais de estruturas de concreto armado como ponte de aderência para argamassa Renderoc S2

Vantagens:

� Resistente à umidade � Não reemulsiona � Apresenta ótima aderência ao concreto � Reduz a permeabilidade de concretos e argamassas � Aumenta a coesão das argamassas � Melhora a resistência mecânica e a capacidade de deformação de

concretos e argamassas � Reduz a fissuração de argamassas de revestimento � Monocomponente, pré-formulado e pronto para uso

2. Execução

Quanto à execução dos serviços de fornecimento e aplicação de adesivo

tipo nitobond AR ou similar para pintura de ponte de aderência, todas as especificações do fornecedor deverão ser observadas, quanto à mistura, tempo de aplicação e cura, conforme especificações do fabricante abaixo reproduzidas:

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Critérios de projeto:

Como aditivo para argamassas e concretos, o Nitobond AR deve ser adicionado à água de amassamento em proporções que variam de acordo com o traço utilizado e a finalidade de sua aplicação.Os traços e as proporções sugeridos a seguir estão especificados em volume de acordo com cada tipo de composição, porém, a confirmação das proporções de Nitobond AR deverá ser realizada previamente na obra ou em laboratório em função das especificações de projeto e do tipo e classe do cimento Portland utilizado. Como ponte de aderência, Nitobond AR pode ser utilizado sem diluição diretamente sobre o substrato ou como aditivo compondo uma pasta de cimento Portland. É possível utilizar o produto como membrana de cura em reparos estruturais, sendo Nitobond AR aspergido sobre a argamassa, graute ou microconcreto de reparo logo após a desfôrma.

Preparo do substrato:

Para a aplicação como ponte de aderência em situações de reparo estrutural ou compondo argamassa de estucamento e de revestimento, deve-se saturar a superfície até a condição de “saturada e seca”, ou seja, úmida, mas sem o empoçamento de água.

Aplicações:

Para aplicações em que o Nitobond AR é utilizado como aditivo, é importante observar que o produto é uma emulsão de polímero acrílico, aditivos e água. Desta forma, a quantidade de água de amassamento deve ser reduzida de forma proporcional à adição do Nitobond AR com o objetivo de manter a relação água/cimento da mistura, sempre lembrando que quanto menor esta relação, melhores as propriedades mecânicas e físicas das argamassas e concretos. Esta redução está indicada em cada traço descrito abaixo, sendo separadas as proporções da água de amassamento e do adesivo Nitobond AR que, juntos, compõem a relação liquido/cimento indicada. Ponte de aderência:

Em situações de reparo superficial de estruturas de concreto, pode-se optar pela aplicação da ponte de aderência utilizando o Nitobond AR de duas formas: aplicado puro diretamente sobre a superfície previamente preparada ou compondo uma pasta de cimento com uma relação liquido/cimento igual a 0,67 e proporção de 3 partes de cimento Portland: 1 parte de água: 1 parte de Nitobond AR* também aplicado sobre o substrato previamente saturado com água. Nos dois casos, a saturação prévia da superfície deve atingir a condição de “saturada e seca”, sem empoçamentos. Em situações em que há elevada temperatura, presença de ventos fortes,baixa umidade relativa do ar e para obras cujas áreas a serem reparadas são consideradas grandes, recomenda-se o uso da pasta de cimento aditivada, pois o tempo em aberto da superfície preparada é maior com a pasta em comparação com Nitobond AR puro. Argamassas de baixa permeabilidade – Relação líquido/cimento < 0,45: . 1 parte de cimento*: 3 partes de areia: 0,22 partes de água : 0,23 partes de Nitobond AR*.

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Argamassas de estucamento:

O traço da argamassa de estucamento deve ser determinado em função da tonalidade de cor do acabamento e da consistência ideal para a aplicação. Após definido o traço, utilizar 1 parte de Nitobond AR para 1 parte de água, em volume.

Concretos de baixa permeabilidade:

. Concretos podem receber a proporção de 1 a 4% de Nitobond AR sobre a massa de cimento.

* Observar que as proporções acima já contemplam a dedução da quantidade de água proporcional à quantidade adicionada de Nitobond AR.

Propriedades e características Nitobond AR

Aspecto Liquido branco leitoso

Massa específica (ASTMD – 1475) 1.015kg/m³

ph: Alcalino

O produto similar a ser utilizado deverá atender as mesmas especificações acima descrita, quanto as propriedades e modo de execução.

3. Medição

Os serviços de fornecimento e aplicação de adesivo tipo nitobond AR para

pintura de ponte de aderência deverão ser medidos por metro quadrado de superfície aplicada considerando o consumo de 1/2 quilograma de produto efetivamente aplicado por metro quadrado.

4. Pagamentos

Quanto ao pagamento dos serviços de fornecimento e aplicação de

adesivo tipo nitobond AR para pintura de ponte de aderência, este será pago após a execução dos serviços considerando-se o preço unitário apresentado proposto para esse serviço, incluindo mão de obra e todas as operações necessárias à sua completa execução, bem como o fornecimento e transporte dos materiais e equipamentos necessários.

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EC-OAE-03 – Aplicação de Pintura Protetora em Armaduras Tipo Armatec – 108 ou similar 1. Generalidades

Com a finalidade de se recuperar e proteger regiões com armaduras

expostas e oxidadas são previstos os serviços de aplicação de pintura protetora em armaduras tipo Armatec-108 ou similar e conforme as especificações do fabricante.

Descrição:

SIKATOP 108 ARMATEC é um revestimento pré-dosado, cimentício, polimérico, inibidor de corrosão e bicomponente. É fornecido pronto para uso, bastando misturar os componentes A e B.

Pasta cinza Esverdeada (A+B)

Densidade à 25º C: 90kg/l (A+B)

Propriedades:

• Alta aderência sobre as armaduras

• Alta compatibilidade com as argamassas cimentícias de reparo

• Protege as armaduras por passivação, inibição catódica e por formação de barreira impermeável

• Totalmente compatível com os inibidores de corrosão multifuncionais da linha SIKA FERROGARD

Campos de Aplicação:

• Em obras não concluídas, para proteção de ferragens de espera

• Em armaduras em processo de corrosão de estruturas de concreto, que estão sendo recuperadas. Tratam-se de concreto normalmente sujeitos a ataques de carbonação, cloretos, águas agressivas e outros agentes externos.

2. Execução

A execução dos serviços deverão ser de acordo com as especificações

dos fornecedores a seguir reproduzidas.

Preparo da superfície:

As armaduras devem estar limpas, isentas de ferrugem, óleos, graxas, nata de cimento e outras incrustações. A limpeza pode ser feita com escova de aço ou jateamento com granalha.

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Aplicação de produto:

Garantida a perfeita mistura aplicar SIKATOP*108 ARMATEC com trinchas de cerdas médias, até atingir a espessura aproximada de 0,5 mm. A segunda demão será feita 2 ou 3 horas após a primeira demão. A espessura de película, estimada para duas demãos é de 1mm. As armaduras deverão ser revestidas em todas as superfície de SIKATOP*108 ARMATEC. Antes de aplicar a argamassa de reparo, propriamente dita, aguardar no mínimo 24 horas e no máximo 72 horas. Limpeza:

As ferramentas e os materiais utilizados devem ser limpos com água antes da cura do produto. Após o endurecimento, o produto só poderá ser removido mecanicamente. Dados técnicos: Dosagem A:B (em peso) = 1:4 Vida útil da mistura (Pot-life):30-60 minutos (25°C) Consumo: 1,90kg/m² para cada 1mm de espessura. Ecologia: E1,E2,E3,E4 e E5.

O produto similar a ser utilizado deverá atender as mesmas especificações acima descrita, quanto as propriedades e modo de execução. 3. Medição

Os serviços de aplicação de pintura protetora em armaduras tipo Armatec-

108 deverão ser medidos por metro quadrado de superfície aplicada.

4. Pagamentos

Os serviços de aplicação de pintura protetora em armaduras tipo

Armatec-108 serão pagos após a execução dos mesmos, conforme preço unitário fornecido para o serviço, incluindo todas as operações necessárias à sua completa execução, bem como o fornecimento e transporte dos materiais e equipamentos necessários.

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EC-OAE-04 – Aplicação de Argamassa Tipo Sikatop-122 ou similar 1. Generalidades

Com a finalidade de se recuperar e proteger regiões em que haviam

ninhos de concretagem, armaduras expostas após tratamento superficial e para reparos nos cobrimentos deficientes de concreto, são previstos os serviços de aplicação de argamassa tipo Sikatop-122 ou similar e conforme as especificações do fabricante.

Descrição

SIKATOP 122 é uma argamassa cimentícia, polimérica, com fibras sintéticas, pré-dosadas e bicomponente. É fornecido pronto para uso bastando misturar os componentes A e B.

Pasta cinza (A+B) Densidade a 25ºC: 2,10kg/l (A+B),

Propriedades:

• SIKATOP 122 é tixotropico, podendo ser aplicado em superfícies verticais

• Não retrátil • Apresenta baixo módulo de elasticidade • Alta impermeabilidade • Ótima aderência ao substrato

Campos de Aplicação:

• Reparação de estruturas • Reparos de arestas,cavidades horizontais e verticais

2. Execução

A execução dos serviços deverão ser de acordo com as especificações

dos fornecedores a seguir reproduzidas. Preparo da superfície:

A superfície deve estar isenta de poeira, óleo, graxa, nata de cimento, partículas soltas, agentes de cura química ou desmoldantes e quaisquer outros elementos que possam prejudicar a aderência do produto. A superfície deve ser umedecida antes da aplicação do SIKATOP 122 porém não saturado. Preparo do Produto:

Adicionar o conteúdo do componente B (pó) ao componente A (liquido), misturando com agitador mecânico até o produto apresentar – se homogênio e sem grumos.

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Aplicação do Produto:

Com desempenadeira metálica, colher de pedreiro ou manualmente com luvas em camadas de espessura máxima de 10mm. Limpeza:

As ferramentas e materiais utilizados devem ser limpos antes da cura do produto. Após o endurecimento, o produto só poderá ser retirado mecanicamente. Dados Técnicos:

Dosagem, em peso, A:B = 1:6,7

Vida útil da mistura (Pot-life): 40-60 (25ºc)

Resistência Mecânica (MPa) a 25ºC:

Dias 1 3 7 28

Compressão 12,00 30,00 38,00 50,00

Flexo-tração 2,50 5,30 7,50 12,00

Consumo:

2,1kg/m² para cada 1mm de espessura.

Ecologia:

E1, E2, E3, E4 e E5.

O produto similar a ser utilizado deverá atender as mesmas especificações acima descrita, quanto as propriedades e modo de execução.

3. Medição

Os serviços de aplicação de argamassa tipo Sikatop-122 deverão ser

medidos por metro cúbico de argamassa aplicada.

4. Pagamentos

Os serviços de aplicação de argamassa tipo Sikatop-122 serão pagos

após a execução dos mesmos, conforme preço unitário fornecido para o serviço, incluindo todas as operações necessárias à sua completa execução, bem como o fornecimento e transporte dos materiais e equipamentos necessários.

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EC-OAE-05 – Fornecimento e Aplicação de SIKAGROUT c/30% de Pedrisco ou similar.

1. Generalidades

Para possibilitar o envolvimento das ancoragens e extremidades com

cavidades de peças metálicas, após a fixação e ou protensão, deverá ser utilizada uma mistura de SIKAGROUT ou similar e 30% de pedrisco na proporção em peso.

2. Execução

Para a perfeita execução dos serviços de fornecimento e aplicação de

SIKAGROUT com 30% de pedrisco, deverão ser observadas todas as especificações do fornecedor, quanto à mistura, tempo de aplicação e lançamento. O material, após a mistura, deverá ser lançado nas cavidades e em formas previamente executadas e estanques, devendo, ainda, ser observado o tempo e tratamento de cura necessários para a perfeita execução do serviço.

3. Medição

Os serviços de fornecimento e aplicação de SIKAGROUT com 30% de

pedrisco deverá ser medido por metro cúbico de mistura aplicada.

4. Pagamentos

Os serviços de fornecimento e aplicação de SIKAGROUT com 30% de

pedrisco será pago após a execução do serviço a partir do preço unitário apresentado para esse serviço, incluindo todas as operações necessárias à sua completa execução, bem como o fornecimento e transporte dos materiais e equipamentos necessários.

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EC-OAE-06 – Fornecimento e Aplicação de Adesivo Tipo SIKADUR-31 ou similar 1. Generalidades

Afim de se fixar elementos metálicos ao concreto e, ainda, reconstituir

superfície de concreto cortada, com pequenas espessuras, até 50mm, para nivelamento e acabamento da superfície, deverá ser utilizado adesivo a base de epóxi, tipo SIKADUR-31 ou similar, que deverá cumprir a finalidade de fixar tais elementos e ainda ter a capacidade de resistir a esforços transmitidos após a protensão dos reforços em feixes de cordoalhas.

2. Execução

Quanto à execução dos serviços de fornecimento e aplicação de adesivo

tipo SIKADUR-31, todas as especificações do fornecedor deverão ser observadas, quanto à mistura, tempo de aplicação e cura. Após a mistura e em tempo hábil para utilização, o produto deverá ser aplicado manualmente às superfícies a serem coladas através de ferramenta manual e com camada não inferior a 2mm. Devendo as superfícies estarem devidamente tratadas e aptas a receberem a colagem antecipadamente, isto conforme as especificações do fornecedor e, ainda, as de projeto.

3. Medição

Os serviços de fornecimento e aplicação de adesivo tipo SIKADUR-31

deverão ser medidos por quilograma de produto efetivamente aplicado.

4. Pagamentos

Quanto ao pagamento dos serviços de fornecimento e aplicação de

adesivo tipo SIKADUR-31, este será pago após a execução do serviço a partir do preço unitário apresentado para esse serviço, incluindo todas as operações necessárias à sua completa execução, bem como o fornecimento e transporte dos materiais e equipamentos necessários.

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EC-OAE-07 - Fornecimento, Fabricação e Colocação de Peças em Aço SAC A-588 - Tubos Schedule e Mecânicos 1. Generalidades

Para fixação, posicionamento e ancoragem de elementos de protensão,

serão necessárias a fabricação e colocação de peças metálicas de aço SAC- ou A588. Estes elementos deverão ser auxiliares para a introdução dos esforços de protensão na estrutura de concreto a ser reforçada.

2. Execução

Quanto à execução desses serviços, atenção especial deve ser dada à

fabricação das peças, que deverão ter suas medidas rigorosamente obedientes ao indicado em projeto, bem como medidas tomadas no local de suas fixações, isto devido às imperfeições prováveis das superfícies do concreto onde as mesmas serão locadas e fixadas. Nas ligações por solda, quando da fabricação, deverão ser observadas medidas rigorosas de controle, bem como a utilização de eletrodos especificados para o aço utilizado e espessura das chapas a serem soldadas, e, ainda, a devida preparação das quinas das chapas a serem unidas que deverão ser chanfradas antecipadamente. Nenhuma solda deverá ser executada no campo. Deve-se, ainda, obter-se um perfeito acabamento das superfícies das peças e ligações soldadas, sem que haja irregularidades que venham a criar pontos de atrito ou saliências não previstas no projeto e que prejudiquem a sua utilização. Quanto ao manuseio das peças, este deverá ser de maneira a preservar a integridade do material e do conjunto geometricamente. Devido ao peso de algumas, ser relativamente elevado, deverá ser previsto a utilização de equipamento mecânico adequado para içamento, transporte e manuseio das mesmas até a sua fixação definitiva.

3. Medição

Os serviços de fornecimento, fabricação e colocação de peças metálicas

em aço SAC-50 ou A588, deverão ser medidos por quilo de aço fornecido, fabricado e colocado na obra.

4. Pagamentos

O fornecimento, fabricação e colocação de peças metálicas em aço SAC-

50 – ou A588, deverão ser pagos após a execução dos serviços, tomando-se por base o preço unitário apresentado para esse serviço, incluindo todo o material necessário à sua completa execução, bem como o fornecimento e transporte dos materiais e equipamentos necessários.

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EC-OAE-08 - Jateamento com Granalha Metálica em Superfície Metálica 1. Generalidades

Com a finalidade de se preparar as superfícies das peças metálicas a

serem coladas, deve-se prever, somente nestas superfícies, na fabricação das peças metálicas um jateamento com granalha metálica para remover qualquer incrustação e obter uma superfície adequada para aplicação de adesivo para colagem.

2. Execução

Os serviços de jateamento com granalha metálica nas superfícies a

serem coladas, das peças metálicas, deverão ser executados após a fabricação das peças antes de se executar a colagem das mesmas. As superfícies deverão ficar totalmente limpas e isentas de qualquer material aderente às mesmas, ficando o metal totalmente exposto, limpo e isento de qualquer impureza, isto para a aplicação do adesivo. Imediatamente após o jateamento, as superfícies que serão coladas, deverão receber, como proteção, um envolvimento com película de polietileno, que somente deverá ser removida na ocasião da aplicação de cola, pouco antes da operação de colagem.

3. Medição

Os serviços de jateamento com granalha metálica em superfícies

metálicas deverão ser medidos por metro quadrado de superfície jateada.

4. Pagamentos

Os serviços de jateamento com granalha metálica em superfície metálica

serão pagos após a execução dos mesmos, conforme preço unitário fornecido para o serviço, incluindo todas as operações necessárias à sua completa execução, bem como o fornecimento e transporte dos materiais e equipamentos necessários.

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EC-OAE-09 – Fornecimento e Aplicação de Lâminas de Teflon #1mm 1. Generalidades

Devido às irregularidades das superfícies de concreto e, ainda, a fim de

evitar os atritos das cordoalhas nuas junto às celas dos desviadores metálicos, é previsto a colocação de lâminas de teflon nestas regiões.

2. Execução

Nas regiões, aleatoriamente irregulares das superfícies de concreto, onde

forem observadas interferências com a passagem das cordoalhas, antes da protensão, deverão ser fixadas entre a superfícies de concreto e as cordoalhas tiras de lâminas de teflon e em todas as celas dos desviadores metálicos, sempre entre as superfícies de contato e as cordoalhas. Estas fixações poderão ser através de colagem, prensagem ou por amarração provisória das tiras. Lembrando que são somente necessárias durante a protensão. Podendo, estes elementos serem deixados definitivamente ou retirados, desde que sem esforços que danifiquem as cordoalhas já sob tensões da protensão, ficando no interior dos envolvimentos de concreto dos dispositivos metálicos e faixas de envolvimento das cordoalhas.

3. Medição

Os serviços de fornecimento e aplicação de tiras de lâminas de teflon

deverão ser medidos por metro quadrado de produto efetivamente aplicado.

4. Pagamentos

Quanto ao pagamento dos serviços de fornecimento e aplicação de tiras

de lâminas de teflon, este será pago após a execução do serviço a partir do preço unitário apresentado para esse serviço, incluindo todas as operações necessárias à sua completa execução, bem como o fornecimento e transporte dos materiais e equipamentos necessários.

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EC-OAE-10 – Abertura de Ranhuras em Concreto com 15x15 mm

1. Generalidades

Com a finalidade de se colar armaduras de reforço em lajes de concreto e

em elementos verticais para ancoragem de armaduras laterais de continuidade e prolongamento destes elementos, serão necessárias abertura de ranhuras na superfície com 15x15 mm, para posterior acomodação e colagem das armaduras de reforço.

2. Execução

Os serviços de abertura de ranhuras em concreto com 15 x 15 mm,

deverão ser executados com ferramentas de corte elétricas com regulagem das profundidades a serem cortadas na superfície do concreto. O posicionamento e dimensões das ranhuras a serem executadas deverão seguir rigorosamente as indicações do projeto estrutural.

3. Medição

Os serviços de abertura de ranhuras em concreto com 15x15mm deverão

ser medidos por metro linear de ranhuras efetivamente executadas.

4. Pagamentos

Os serviços deverão ser pagos após a execução a partir do preço unitário

apresentado para esse serviço, incluindo todas as operações necessárias à sua completa execução, bem como o fornecimento e transporte dos materiais e equipamentos necessários.

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EC-OAE-11 – Serviços de Posicionamento e Colagem de Armaduras em Ranhuras 1. Generalidades

Para o reforços de lajes de concreto, onde foram especificados os serviços

de abertura de ranhuras, serão necessários os serviços de posicionamento e colagem de armaduras em ranhuras no concreto.

2. Execução

Os serviços de posicionamento e colagem de armaduras em ranhuras

deverão ser executados com ferramentas manuais, posicionando as armaduras especificadas com a geometria das ranhuras já abertas e limpas, preparadas para a aplicação de adesivo tipo SIKADUR-31. As ranhuras deverão receber o adesivo colocado com espátulas manuais e posteriormente posicionadas as barras de armaduras, logo após a aplicação do adesivo. Em seguida as superfícies serão acabadas com espátulas manuais, dando-se acabamento com aplicação de mais adesivo sobre as armaduras já posicionadas. Todo o processo deverá ser executado durante o tempo de vida útil do adesivo utilizado.

3. Medição

Os serviços de posicionamento e colagem de armaduras em ranhuras

deverão ser medidos por metro linear de ranhuras efetivamente executadas com posicionamento e colagem das barras de armadura.

4. Pagamentos

Os serviços deverão ser pagos após a execução a partir do preço unitário

apresentado para esse serviço, incluindo todas as operações necessárias à sua completa execução, bem como o fornecimento e transporte dos materiais e equipamentos necessários.

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EC-OAE-12 – Fornecimento de Equipamentos e Operação de Macaqueamento p/ Troca de Aparelhos de Apoio

1. Generalidades

A fim de possibilitar a troca ou colocação de novos aparelhos de apoio em

vigas de pontes existentes, serão necessárias operações de macaqueamento a fim de garantir o perfeito posicionamento geométrico e de cargas sobre os apoios colocados.

2. Execução

Quando da execução das operações de macaqueamento para troca ou

colocação de novos aparelhos de apoio sob vigas de ponte existentes, os serviços deverão ser executados de acordo com as recomendações do projeto e, ainda, utilizando-se equipamentos adequados às cargas que deverão ser atingidas. As aplicações de carga deverão ser simultâneas nos apoios contínuos, isto é, em ambas as faces inferiores da viga adjacentes aos apoios, afim de não ocorrerem esforços diferenciais. Os equipamentos deverão ser apoiados sobre os blocos de fundação, travessas ou em consoles de concreto devidamente dimensionados para os esforços atuantes durante os serviços. Não aplicando cargas superiores ao próprio peso das estruturas a fim de evitar qualquer deslocamento vertical, apenas aliviando-se ou transferindo-se as cargas para as novas posições de apoio (consoles).

3. Medição

Os serviços de macaqueamento para colocação ou troca de aparelhos de

apoio deverão ser medidos por unidade de aparelhos colocados ou pares de dispositivos utilizados para a operação.

4. Pagamento

Os serviços de macaqueamento para colocação ou troca de aparelhos de

apoio deverão ser pagos por unidade de aparelhos colocados ou pares de dispositivos utilizados para a operação e após a execução dos serviços a partir do preço unitário apresentado para o mesmo, incluindo todas as operações necessárias à sua completa execução, bem como o fornecimento e transporte de materiais e equipamentos necessários, inclusive a mão de obra.

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EC-SI-01 – Tachas e Tachões

1. Generalidades

As tachas ou tachões são delimitadores constituídos de superfícies

refletoras, aplicados a suportes de pequenas dimensões principalmente quanto à altura, de forma circular ou quadrada, fixados no pavimento por meio de pinos, ou por colas especiais.

2. Materiais

Serão empregados materiais de alta resistência a compressão e tração,

revestidos com películas refletorizantes.

3. Execução

A fixação das tachas ou tachões compreenderá as seguintes operações: • Determinação pela fiscalização dos locais onde serão cravadas as

tachas ou tachões; • Limpeza da área; • Abertura de furos onde serão colocados os pinos de fixação; • Aplicação de cola especial à base de poliéster; • Fixação das tachas ou tachões.

4. Medição

O serviço de implantação das tachas ou tachões será medido por unidade.

5. Pagamento

O pagamento será feito com base nas quantidades medidas pelo preço

unitário proposto, que deverá incluir todas as operações de fixação, materiais, ferramentas, mão-de-obra, encargos e incidências inerentes à realização do serviço.

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EC-PA-01 Plantio de Árvores e Arbustos Nativos da Caatinga 1. Generalidades

Esta especificação complementa e explicita a especificação DNER ES-341/97 e se aplicará a revegetação das margens do Rio Assú, cuja vegetação nativa circundante se caracteriza pela presença de espécies arbustivas e arbóreas do ecossistema da Caatinga.

Da mesma forma que a revegetação herbácea, o plantio de árvores e

arbustos nativos da Caatinga é processo natural de combate às erosões. Embora mais lento, é, entretanto, mais duradouro e eficaz ao longo do tempo, tendo seus custos reduzidos em função dos seguintes fatores:

• facilidade de obtenção de mudas no entorno e bancos genéticos; • possibilidade de se reduzir custos com calagem e adubação tendo

em vista a grande adaptabilidade das espécies aos terrenos inférteis; • baixo custo de manutenção, em virtude da tendência à perpetuação demonstrado por várias espécies; • extraordinária resistência às secas; • ampla distribuição geográfica atingindo todo o Polígono das Secas. No bojo desta especificação está, ainda, o conceito de recuperação

(Martos et al., 1992), qual seja, o de reestabelecer as condições ambientais de uma área, tornando-as semelhantes às condições anteriores o que difere do conceito de reabilitação que está relacionado à idéia do uso e ocupação do solo, de forma compatível com as condições estéticas circunvizinhas. Adota-se aqui o conceito de recuperação. 2. Materiais

Os materiais necessários à execução da revegetação com arbustos e árvores da Caatinga nas áreas planas ou pouco inclinadas são:

• Adubo orgânico constituído da mistura do solo orgânico natural (top soil) com esterco bovino ou avícola, curtindo na proporção de 50% cada parte.

• Adubo químico NPK (nitrogênio, fósforo e potássio) na proporção

necessária e suficiente ao solo, em função da análise edáfica e pedológica do mesmo, bem como os nutrientes que completam a adubação necessária. (enxofre, boro, etc)

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• Calcáreo dolomítico para correção da acidez do solo, na proporção

necessária a elevação do pH do mesmo ao índice de 5,5, com aplicação máxima de 1,5 t/ha devido ao custo elevado além deste teto.

• mudas de espécies da Caatinga, coletadas no entorno de cada jazida

e/ou bancos genéticos com, no mínimo 30 cm, do coleto até o eixo apical.

2. Equipamentos

• Trator de pneus agrícola, potência da ordem de 70 a 90 cv para

arrastar as carretas agrícolas, equipamento de aração, calagem, adubação, mistura ou incorporação ao solo dos materiais aplicados, arados e grades.

• Equipamentos agrícola constituído de arado para sulcar o solo, com láminas de 15 a 20 polegadas de diâmetro e no mínimo 12 discos.

• Equipamento agrícola de distribuição de calcáreo dolomítico, adubo químico, orgânico e sementes coletadas nas imediações.

• Equipamento para escavação de covas. 4. Calagem e Adubação

No caso da vegetação de Caatinga, poderá ser utilizado um padrão mínimo de calagem e adubação, constituindo-se, apenas, de adubação orgânica. A calagem poderá ser feita diretamente na pilha estocada da camada fértil estocada. 5. Semeadura

O plantio de árvores e arbustos deverá ser executada na modalidade mudas em covas. É um procedimento que exige cuidados, cuidados com acondicionamento e transporte de mudas. As mudas deverão ter no mínimo 30 cm do coleto até o ápice. 6. Espécies Vegetais

Das espécies vegetais nativas da Caatinga, dá-se prioridade àquelas que reunem as seguintes características:

• elevado poder germinativo; • rapidez no crescimento; • boa cobertura;

Dentre as espécies da Caatinga as que mais atendem a estes requisitos

são as que estão indicadas na ilustração em anexo a esta Especificação. Entretanto, é necessário conhecer o padrão florístico circundante à cada jazida, onde nem sempre são encontradas as espécies aqui relacionadas.

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7. Controle

Os controles geométrico e de acabamento serão apreciados pela fiscalização do DNER com base na apresentação visual, enquanto, o controle de cobertura da área, vigor de crescimento, persistência serão apreciados pelos processos usuais do plantio agrícola, liberados à fiscalização do DNIT para aprovação pelo agrônomo responsável pelo plantio. 8. Medição

A medição dos serviços será efetuada por área efetivamente plantada e comprovadamente estabelecida, a critério da FISCALIZAÇÃO.

A medição será feita em três etapas:

a) após o término do plantio de cada área liberada e aprovada pela FISCALIZAÇÃO;

b) após a germinação de 70% (setenta por cento) das espécies vegetais nas referidas áreas;

c) após a germinação de 100% (cem por cento) das espécies vegetais

nas referidas áreas. 9. Pagamento

O pagamento será efetuado em parcelas de acordo com as medições referidas acima das seguinte forma:

• 30% (trinta por cento) das áreas aprovadas, logo que atendida a exigência da alínea “a” do item acima.

• 50% (cinquenta por cento) da área correspondente, logo que atendida a exigência da alínea “b” do item acima;

• 20% (vinte por cento) da área correspondente, logo que atendida a exigência da alínea “c” do item acima.

O pagamento será efetuado pelo preço unitário contratual que remunera a utilização de equipamentos e ferramentas, fornecimento e transporte das espécies, plantio e replantio quando necessário materiais utilizados, todas as operações necessárias para sua execução, utilização de defensivos, herbicidas, seguros, equipamentos de proteção individual, uniformes e refeições, transporte de pessoal, mão-de-obra e encargos e tudo mais necessário à perfeita execução dos serviços.

Na ilustração a seguir, indica-se a disposição das espécies vegetais a serem introduzidas, além de outras informações.

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EC-SO-01 Sinalização de Obra

1 - Generalidades

A sinalização de obra tem por finalidade alertar os usuários da via que a mesma esta em obras, e, portanto, existem obstáculos e perigos ao trafego.

2 - Dispositivos a Serem Utilizados

Os dispositivos a serem utilizados são os seguintes: • Placas de sinalização; • Barreiras; • Cones; • Bandeiras; • Gambiarra para sinalização luminosa (período noturno);

A seguir apresentamos as principais características de cada dispositivo.

2.1 - Placas de Sinalização

As placas são basicamente de advertência, regulamentação e indicativas e deverão obedecer, quanto a dimensões, cores e refletorização, as orientações advindas do Manual de Sinalização de Obras Emergências do DNER, 1996 ou dos projetos tipos apresentados.

2.2 - Barreiras

São dispositivos de madeira, pintados nas cores laranja e branca, alternadamente e refetivas ao menos na cor laranja. Podem ser fixas ou móveis: as fixas são utilizadas em obras de maior porte e as móveis quando da execução de serviços em etapas ao longo da rodovia e serão executadas conforme orientações advindas do Manual de Sinalização de Obras e Emergências - DNER, 1996 ou dos projetos tipos apresentados.

2.3 - Cones

São dispositivos de borracha ou de material plástico, eficientes na canalização de trânsito, quando relacionados a serviços moveis ou temporários. Os cones devem ser refletorizados para seu uso a noite.

2.4 Bandeiras

São dispositivos confeccionados em tecido ou plástico flexível, preso a

suporte rígido a ser transportado por um sinalizador, devendo ter a forma de um quadrado com 0,60 m de lado e cor vermelha.

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O sinalizador deverá seguir os procedimentos básicos para auxiliar na

operação do tráfego, constantes do Manual de Sinalização de Obras e Emergências do DNER – 1996.

2.5 Gambiarra para Sinalização Luminosa (período noturno).

É um dispositivo de sinalização luminosa a ser utilizado ao longo do desvio, delimitando o local da obra em relação a faixa em uso.

3 - Execução

Ao início do prazo contratual, o Contratado deverá propor e submeter ao

DNIT:

a) Um plano de execução da obra onde estejam previstos os procedimentos que serão seguidos na instalação e deslocamento de canteiros de obras e na execução de serviços que venham a interferir diretamente com os percursos desenvolvidos pelos usuários;

b) As rotinas de trabalho e de abertura de frentes de trabalho que minimizem o grau ao usuário, acompanhadas dos respectivos projetos de sinalização das obras;

c) Um responsável específico para este Assúnto, cuidando da implantação, operação, manutenção e aperfeiçoamento das rotinas previstas e dos dispositivos de sinalização;

d) Sinalização na fase de obras consistirá de um conjunto de providências objetivando orientar e alertar o motorista, com a devida antecedência, sobre as eventuais alterações e instruções em relação ao padrão operacional anterior e aos procedimentos a serem então seguidos mediante dispositivo, mensagem e estímulos visuais padronizados, facilmente inteligíveis e visíveis e sem incorreções, com tradições ou desatualizações.

Este conjunto de providências tomará por base as especificações e

recomendações constantes do Manual de Sinalização Rodoviário do DNER, bem como das diretrizes posteriores constantes do Manual de Sinalização de Obras e Emergências do DNER. Essas prevêem o emprego de elementos físicos verticais, como placas fixas e móveis; dispositivos canalizadores como barreiras/cavaletes e cones em quantidade suficiente e com as informações adequadas para orientar os motoristas particularmente a noite quanto ao desvio de trajetória.

e) Os cavaletes devem ser colocados de maneira a formar uma barreira, a uma distancia mínima do obstáculo que permita o usuário que mesmo numa eventualidade venha bater no cavalete, não atinja o obstáculo, principalmente a noite.

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f) Os cones serão utilizados para direcionar o trafego de veículos. As lâmpadas serão utilizadas como sinalização noturna, alertando os usuários do perigo com antecedência.

g) As placas complementam a sinalização e devem obedecer projeto tipo do DNIT.

Após cada alteração do esquema operacional, deverão ser

rearranjados os dispositivos de sinalização, os quais serão completamente removidos, ao final das obras que originaram sua implantação.

Não obstante a fiel obediência a esta especificação, a responsabilidade

final pela segurança e controle do transito é inteiramente do “executante”, o qual deverá tomar todas as providências adicionais porventura necessárias e compatíveis com essa responsabilidade, inclusive nos eventuais períodos de paralisação contratual.

4. Medição

As placas de sinalização vertical serão medidas por metro quadrado de placas implantadas.

As barreiras classes 1 a 3 serão medidas por metro linear de barreira

implantada. Os cones e as bandeiras serão medidos por unidade correspondente

utilizado. Os dispositivos de sinalização luminosa serão medidos por mês.

5. Pagamento

O pagamento será feito com base nas quantidades medidas pelos preços unitários propostos, que deverão incluir todas as operações de fixação, materiais, ferramentas, mão-de-obra, energia elétrica (para sinalização luminosa), encargos e incidências inerentes à realização do serviço.

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8. TERMO DE REFERÊNCIA

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9. ATESTADO DE RESPONDABILIDADE TÉCNICA DA EMPRESA

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10. TERMO DE ENCERRAMENTO

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Este documento contém o Volume 1 – Relatório do Projeto e Documentos para Concorrência, com folhas numeradas eletronicamente, do nº 01 ao nº 211.