projeto diocese uruguaiana 2011

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JUVENTUDE EM MARCHA RUMO AO FIM DA VIOLÊNCIA E EXTERMÍNIO DE JOVENS Projeto da Pastoral da Juventude - Diocese de Uruguaiana Uruguaiana 2011

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JUVENTUDE EM MARCHA RUMO AO FIM DA VIOLÊNCIA E EXTERMÍNIO

DE JOVENS

Projeto da Pastoral da Juventude - Diocese de Uruguaiana

Uruguaiana

2011

2

Articuladora da Campanha em Uruguaiana: Thaíse Deponti

Articulador da Campanha na Barra do Quaraí: Giovani Moreira

Equipe de Apoio: Camila Charão; Gabriel Moro; Jorge Lucimar; Juliano Colla.

JUVENTUDE EM MARCHA RUMO AO FIM DE VIOLÊNCIA E EXTERMÍNIO DE

JOVENS

Projeto apresentado ao colegiado e

representantes da diocese de Uruguaiana

como forma de atuação da Pastoral da

Juventude de Uruguaiana e Barra do

Quarai diante da violência e extermínio

de jovens, tendo como subsídio a

Campanha Nacional Contra Violência e

Extermínio de Jovens

Uruguaiana, 2011

3

SUMÁRIO

1-TEMA..................................................................................................................4

2- PROPLEMA DA PESQUISA

.................................................................................................................................4

3-INTRODUÇÃO....................................................................................................5

4-OBJETIVOS.........................................................................................................9

4.1-OBJETIVOS GERAIS......................................................................................9

4.2-OBJETIVOS ESPECÍFICOS...........................................................................9

5-JUSTIFICATIVA................................................................................................10

6-METODOLOGIA................................................................................................12

7-BIBLIOGRAFIA.................................................................................................15

8-CRONOGRAMA.................................................................................................18

9-ORÇAMENTO.....................................................................................................23

10-CONCLUSÃO....................................................................................................24

11-REFERÊNCIA....................................................................................................25

12-APENDICE..........................................................................................................26

4

1-TEMA

Campanha Nacional Contra violência e Extermínio de Jovens.

2-PROBLEMA DA PESQUISA

Falta de divulgação, atuação dos grupos de base e comunicação entre as pastorais da

juventude e comunidade sobre a Campanha Nacional Contra violência e Extermínio de

Jovens.

5

3-INTRODUÇÃO

Em maio de 2008 nasceu a Campanha Nacional Contra a Violência e Extermínio

de Jovens devido a reflexão da 15ª Assembléia Nacional das Pastorais da Juventude do

Brasil, em Samambaia / DF, em relação ao crescente número de mortes de jovens no

campo e na cidade, em todo o país. A campanha consiste em uma ação articulada de

diversas organizações para levar à sociedade inteira o debate sobre as formas de

violência contra a juventude, especialmente o extermínio de milhares de jovens no

Brasil e no mundo.

Em novembro de 2009, no VII Encontro Nacional do Movimento de Fé e

Política, em Ipatinga / MG, ocorreu o lançamento da Campanha Nacional contra a

violência e o extermínio de jovens, promovida pelas Pastorais da Juventude, com intuito

de promover uma cultura da paz em defesa da vida da juventude, denunciando o avanço

da violência e propondo saídas, com a valorização dos direitos humanos, e a ampliação

dos marcos da cidadania. Dessa forma, pretende-se conscientizar e desencadear ações

que possam mudar essa realidade de morte.

A campanha consiste em uma ação articulada por diversas organizações para

criar um debate junto á toda a sociedade sobre as formas de violência contra a

juventude, especialmente o extermínio de milhares de jovens que está acontecendo no

Brasil. A Campanha tem como símbolo a mão esquerda estendida em sinal de CHEGA.

É uma basta contra as ações que a cada dia vitimam mais e mais jovens. A cor

Vermelha, representa o sangue de toda a Juventude que está sendo derramado de forma

impiedosa. O Tema: “Chega de Violência e Extermínio de Jovens”, é uma frase

atribuída, ao querido Pe. Gisley, por e-mail no dia 14 de Junho de 2009, aonde ele

chamava toda a Juventude, a se juntar nessa causa tão importante (CADERNO DE

ESTUDOS PASTORAL, 2010).

6

As ações da campanha serão realizadas a partir dos três eixos:

Eixo I: “Formação política e trabalho de base”. Ações de conscientização e

sensibilização quanto aos debates de segurança pública, sistema carcerário, direitos

humanos e outros tipos de violência. Elaboração de texto-base. Subsídios preparatórios

às Atividades Permanentes das Pastorais da Juventude do Brasil alinhados com a

temática da Campanha (Semana da Cidadania, Semana do/a Estudante e Dia Nacional

da Juventude). Organização de Seminários Estaduais, de discussão e planejamento da

Campanha. Criação de um site da Campanha para disponibilizar subsídios, informações

e possibilitar a interação com todas as pessoas que aderirem à Campanha.

Eixo II: “Ações de massa e divulgação”.

Organização de uma Marcha Nacional (2011), com o objetivo de denunciar a violência

e mobilizar a sociedade no que se refere ao extermínio de jovens. Organização de pré-

marchas locais. Ações com origem nas Atividades Permanentes da Pastoral da

Juventude do Brasil.

Eixo III: “Monitoramento da mídia e denúncia quanto à violação dos direitos

humanos”.

Acompanhar e denunciar as violações de direitos humanos praticados pela mídia.

Quem promove esta campanha são as Pastorais da Juventude do Brasil (Pastoral

da Juventude, Pastoral da Juventude Estudantil, Pastoral da Juventude do Meio Popular

e Pastoral da Juventude Rural). Com o objetivo de unir forças na defesa da vida da

juventude, várias outras organizações estão se juntando como parceiras da Campanha.

No seminário Nacional de preparação da Campanha, realizado em maio de 2009, várias

organizações estiveram presentes: Comissão Brasileira de Justiça e Paz, Conferência

dos/as Religiosos/as do Brasil, Conselho Nacional de Leigos e Leigas, Campanha reaja

ou será mort@!, Associação de Familiares e Amigos/as de Presos/as – Bahia, Jornal

Mundo Jovem, Via Campesina. Contamos ainda com o apoio de outras instituições e

organizações como: Setor Juventude da CNBB, Fundo Nacional de Solidariedade –

Cáritas Brasileira, Rede Brasileira de Centros e Institutos de Juventude importante

(CADERNO DE ESTUDOS PASTORAL, 2010).

7

Pe. Gisley (ANEXO 1) foi um dos grandes idealizadores dentro da Pastoral da

Juventude, da Campanha Nacional contra a Violência e o Extermínio dos Jovens, ele era

ligado a ordem dos Estigmatinos, foi ordenado em 2005, desenvolveu seus trabalhos

pastorais ligado a equipe do IPJ de Minas Gerais, e estava na Assessoria do Setor

Juventude dentro da CNBB. Comprometido com as causas da juventude. Defensor

ferrenho da vida da Juventude, foi assassinado pela mesma violência que tanto ansiava

combater, no ano de 2009.

“A Campanha representa uma grande colcha de retalhos com ações em todo o

país na defesa da vida, na luta pelos direitos da juventude, na luta contra a violência, na

luta contra o extermínio”. As Pastorais da Juventude podem aproveitar dessa campanha

para atuar em cada realidade local, a fim de conhecer e fazer mais ações conjuntas em

prol do fim da violência praticada contra o jovem (CADERNO DE ESTUDOS

PASTORAL, 2010).

É certo que atuar diante dessa campanha é participar de um jogo de

enfrentamento com um sistema de morte, simplesmente porque acreditamos num Deus

que é Vida e num Deus que quer, também para todas as juventudes, uma vida em

plenitude. Não podemos ser pequenos, inocentes, e covardes por não abraçar esta causa.

Assim para sermos jovens precisamos abraçar esta Campanha participando junto aos

elaboradores da mesma em novas propostas, novas ações, novas idéias e novos

resultados.

É importante lembrar o que traz o documento n°85 da CNBB de 2006,

“Evangelização da Juventude: Desafios e perspectivas pastorais”, o documento diz que

frente à situação de extrema vulnerabilidade a que está submetida à maioria dos jovens

brasileiros, é necessária uma firma atuação de todos os segmentos da Igreja no sentido

de garantir o direito dos jovens à vida e ao pleno desenvolvimento de suas

potencialidades. Isso se desdobra no direito a educação, ao trabalho e renda, à cultura e

ao lazer, à segurança, à assistência social; à saúde e à participação social. Apenas

através da efetivação dos direitos básicos é possível esperar que os jovens assumam os

seus deveres frente à sociedade, tornando-se cidadãos responsáveis pela condução de

suas vidas e da nação. Garantir aos jovens esses direitos é um grande desafio que deve

ser enfrentado não apenas pelos jovens, mas também por todos os segmentos da igreja.

Nesse aspecto o documento traz que deve-se buscar colaboração com organizações da

8

sociedade civil, movimentos juvenis, ONGs, órgãos governamentais, parlamentos,

universidades, outras igrejas e grupos religiosos.

Diante de tudo que foi exposto, acima pretendemos desenvolver esse projeto

com o intuito de conhecer e tentar mudar as situações de violência que os jovens estão

sofrendo, não se esquecendo de levar sempre em consideração as realidades locais,

nesse caso a dos municípios pertencentes a diocese de Uruguaiana.

9

4-OBJETIVOS

-GERAL: Divulgar e conhecer a Campanha Nacional Contra violência e Extermínio de

Jovens

-ESPECÍFICOS:

-Realizar encontros com os coordenadores dos grupos de base para divulgar a temática

da campanha e para que os mesmos a divulguem em sua comunidade e sociedade;

- Realizar roteiros de encontros para os grupos de base sobre a temática da campanha;

- Levar a temática da campanha para as escolas, e ao mesmo tempo identificar qual a

forma de violência predomina na mesma, agindo diante dessa;

- Realizar uma marcha para divulgação a comunidade sobre a Campanha Nacional

Contra violência e Extermínio de Jovens.

10

5-JUSTIFICATIVA

Há cinco ou seis décadas a principal causa de morte entre jovens eram as

epidemias e doenças infecciosas. Atualmente: “Causas externas” como acidentes de

trânsito e homicídios são os fatores que têm interrompido mais a vida da Juventude. Em

2004, dos 46.812 óbitos juvenis registrados, 33.770 tiveram sua origem em “causas

externas”. Quase ¾ dos jovens (72.1%) morreram por causas externas (CADERNO DE

ESTUDOS PASTORAL, 2010).

39,7% das mortes de jovens acontecidas em 2004 foram por homicídios;

Na faixa dos 14 aos 16 anos de idade que os homicídios mais têm crescido;

Nos finais de semana, os homicídios aumentam severamente;

50,8 homicídios de jovens por dia no Brasil;

93 % das vítimas são do sexo masculino.

“Os jovens latino-americanos entre 15 e 24 anos são os que mais correm riscos,

em todo o mundo, de serem assassinados”. O Brasil é o 3º país com mais assassinatos

de jovens no mundo, atrás da Colômbia e Venezuela. Isso se deve a uma taxa de 51,7

homicídios para cada 100 mil jovens. Taxa essa que entre 1994 e 2004 cresceu a um

ritmo maior que o número de assassinatos entre a população total (CADERNO DE

ESTUDOS PASTORAL, 2010).

No Brasil morrem por dia, em média, 54 jovens vítimas de homicídio. Ainda

vale lembrar que um estudo inédito divulgado pela Secretaria Especial de Direitos

11

Humanos estima que 33.504 adolescentes brasileiros sejam assassinados em um período

de sete anos, que vai de 2006 a 2013.

Segundo dados da Secretaria Municipal de Ação Social e Habitação e Centro de

Referência Especializada de Assistência Social (CREAS), do município de Uruguaiana,

referentes ao período de 2010/2011 teve-se 126 casos de abuso sexual, sendo que 17 são

de exploração, comprovados. Desses 126 casos, 81 são meninas e 45 meninos. Quanto a

casos de exploração são 14 meninas e 3 meninos.

Em 2011 já existe em Uruguaiana 75 casos de abusos sexual, sendo que 40 são

crianças com menos de 11 nos de idade e, desses 32 são meninos.

Vale ressaltar ainda, que falando de Exploração e Abuso conforme a lei n°

12.015, de 7de agosto de 2009, também são considerados como estupro.

De acordo com a Delegacia de Polícia da Criança e do Adolescente (DCPA) de

Uruguaiana no primeiro semestre de 2011 o município teve 28 casos de estupro

vulnerável, 12 casos de maus tratos e 17 casos de abandono de incapaz.

Em relação aos dados referentes a violência praticada contra a juventude de

Barra do Quaraí até o presente momento os pesquisadores de tal projeto ainda não

obtiveram respostas dos órgãos competentes por tal função no município. Dessa forma,

assim que obtivermos os dados acrescentaremos no projeto, mesmo assim todos sabem

através do noticiário, que o jovem de tal cidade também sofre violência e por tal motivo

também necessita da atuação da juventude católica para tentar reduzir tal questão.

São lamentáveis os altos índices de extermínio e violência praticados contra o

jovem na sociedade, a partir disso percebemos a necessidade de usar a temática da

campanha para combater a violência e o extermínio da juventude que reside nas cidades

pertencentes à diocese de Uruguaiana. Seja a partir de atividades práticas nas escolas,

ou através da conscientização de jovens das Pastorais da Juventude quanto à

necessidade de os mesmos atuarem em sua realidade local auxiliando outros jovens, na

defesa de seus direitos e no exercício da cidadania.

12

6-METODOLOGIA

As atividades que serão desenvolvidas no decorrer do projeto farão uso de

divulgação oral para os grupos de jovens e comunidade da diocese de Uruguaiana a

respeito da Campanha Nacional Contra violência e Extermínio de Jovens. Será realizado

marchas, missão nas escolas e encontros nos grupos de base.

Dos meses de agosto até novembro desse ano serão enviados via email, para os

coordenadores dos grupos de base da diocese, roteiros para elaboração de encontros da

Pastoral da Juventude sobre a Campanha Nacional Contra Violência e Extermínio de

Jovens. Os roteiros serão elaborados a partir de subsídios bibliográficos e o próprio site

da campanha. Também nos mesmos emails serão enviadas notícias e explicações sobre

a campanha para que os coordenadores repassem aos integrantes dos grupos de base e a

própria comunidade local.

Também será realizada uma marcha na cidade de Uruguaiana em conjunto com

escolares para divulgação da Campanha a população e também para mobilização da

mesma rumo ao fim da violência praticada contra o jovem. Nessa marcha será utilizado

cartazes, camisetas e músicas que caracterizem a campanha.

Ressaltando que em relação à missão nas escolas, terá um determinado período

de realização em que cada grupo de base, das cidades de Uruguaiana e Barra do Quarai,

irá atuar nas escolas próximas a sua localidade, divulgando a temática da campanha por

meio de rodas de conversas ou mesas redondas e ao mesmo tempo realizar um

levantamento junto com os alunos sobre qual tipo de violência eles mais convivem em

seu dia-a-dia. Após tal levantamento, realizaremos um gráfico de violência, para que

posteriormente possamos atuar diante da questão que mais necessita de atenção

respeitando as peculiaridades de cada comunidade. Ao final realizaremos um novo

levantamento nas escolas que receberam a visita dos grupos para verificarmos se o

projeto alcançou resultados.

Lembrando ainda, que o público alvo nas escolas será alunos com idade média e

superior a 12 anos, e nos casos em que o público é muito grande nesse momento

realizaremos as atividades com aqueles que segundo os professores são os que mais

necessitam. Nas escolas com menor número de alunos os reuniremos para realização

das atividades e naquelas em que o número for maior as atividades serão realizadas nas

salas de aula em etapas de 20 à 40 minutos com cada turma.

13

É válido ressaltar, que a missão nas escolas será realizada no ano de 2011

unicamente nas cidades de Uruguaiana e Barra do Quarai para que possamos realmente

realizar um trabalho efetivo em um curto período de tempo, lembrando que em 2012

quiçá possamos atuar nas demais cidades da diocese de Uruguaiana.

METODOLOGIA DAS ATIVIDADES NAS ESCOLAS:

1°ENCONTRO-> Pesquisar forma de violência predominante

DATA: No item Cronograma.

METODOLOGIA->

- Apresentação dos componentes da PJ e do trabalho que será realizado, incluindo o

projeto em questão, explicação sobre as diversas formas de violência que podem existir;

- Encenação sobre violência (essa parte ficou a cargo dos Jovens da escola Laura

Vicunhã);

- Um música com dança da PJ (ciranda da Campanha );

- Formação de um círculo com os jovens;

- Leitura do texto bíblico Lc 15, 1-7 (A Ovelha Perdida) com refexão;

- Dar voz aos alunos para que exponham a forma de violência vivenciada por eles na

escola;

- Anotar todos os dizeres;

- Já deixar marcado o próximo encontro e dizer que neste realizaremos uma atividade

para tentar reduzir a forma de violência vivenciada por eles;

- Expor sobre a realização da passeata dia 19 de agosto e já convidá-los para

participarem conosco;

- Finalizar com o pai nosso e sinal da cruz (para os que quiserem).

* música e animação na recepção e término

2°ENCONTRO->Desenvolver atividade relacionado a forma de violência

predominante

DATA: No item Cronograma.

METODOLOGIA->

- Recepção com música e animação;

- Formação de um círculo;

14

- Leitura do texto bíblico Jo 10, 11-18 (O Bom Pastor) com reflexão;

- Desenvolver atividade lúdico/educativa....(isso vai depender e ser planejado após a

realização do primeiro encontro depois de descobrir qual a forma de violência

predominante);

- Anotar como os alunos estão comportando-se durante a atividade;

- Fazer uma dinâmica da PJ (epoettatae....-ciranda indigena-)

- Já deixar marcado o próximo encontro;

- Finalizar com uma ave maria e glória ao pai.

* música e animação na recepção e término

3°ENCONTRO->Avaliar os resultados

DATA: em No item Cronograma.

METODOLOGIA->

- Animação com músicas da Pj;

- Formar um círculo;

- Pedir para que exponham suas opiniões a respeito de nossa atuação e se deu para

perceber alguma mudança após nossas visitas;

- Anotar todos os dizeres dos alunos;

- Agradeçer a colaboração de todos;

- Convidar quem quizer paraticipar da PJ explicando quais os grupos, os locais...

- Leitura de um texto bíblico ( 1 Tm 4,12.14) com reflexão;

- Finalizar com o pai nosso cantado.

* música e animação na recepção e término

-> “Na leitura dos textos bíblicos na reflexão ressaltaremos os verbos cuidar, conduzir,

conhecer, dar a vida, perder, buscar, pôr no ombro..” que estão nas leituras e que

reforçam a idéia de que Jesus estará ao lado de todos cuidando, dando a mão.....

-> As anotações são fundamentais nas três etapas para embasar a realização do relatório

final do projeto.

-> Essa metodologia pode variar conforma o comportamento dos jovens durante as

atividades e também de outros fatores.

15

7-BIBLIOGRAFIA

Segundo o Dicionário Houaiss, violência é a “ação ou efeito de violentar,

de empregar força física (contra alguém ou algo) ou intimidação moral contra alguém;

ato violento, crueldade, força”.No aspecto jurídico, o mesmo dicionário define o termo

como “constrangimento físico ou moral exercido sobre alguém, para obrigá-lo a

submeter-se à vontade de outrem; coação” (CADERNO DE ESTUDOS PASTORAL,

2010).

Já a Organização Mundial de Saúde (OMS) define violência como “a imposição

de um grau significativo de dor e sofrimento evitáveis”. Mas especialistas afirmam que

o conceito é muito mais amplo e ambíguo do que essa mera constatação de que a

violência é a imposição de dor, a agressão cometida por uma pessoa contra a outra;

mesmo porque a dor é um conceito muito subjetivo, difícil de ser definido (CADERNO

DE ESTUDOS PASTORAL, 2010).

Além disso, guerra, fome, tortura, assassinato, preconceito são algumas das

maneiras as quais a violência se manifesta. Na comunidade internacional de direitos

humanos, a violência é compreendida como todas as violações dos direitos civis;

políticos; sociais; econômicos e culturais. As formas de violência tipificadas como

violação da lei penal, como assassinato, seqüestros, roubos e outros tipos de crime

contra a pessoa ou contra o patrimônio, formam um conjunto que se convencionou

chamar de violência urbana, porque se manifesta principalmente no espaço das grandes

cidades. Não é possível deixar de lado, no entanto, as diferentes formas de violência

existentes no campo (CADERNO DE ESTUDOS PASTORAL, 2010).

Há diferenças na visão das causas e de como superar essas formas de violência,

mas a maioria dos especialistas no assunto afirma que a violência urbana é algo

evitável, desde que políticas de segurança pública e social sejam colocadas em ação.

Precisa-se atuar de maneira eficaz tanto em suas causas primárias quanto em seus

efeitos. É preciso aliar políticas sociais que reduzem a vulnerabilidade dos moradores

das periferias, sobretudo dos jovens, à repressão ao crime organizado. Uma tarefa do

Poder Público e de toda a sociedade civil (CADERNO DE ESTUDOS PASTORAL,

2010).

16

Segundo O Caderno de Estudos Pastoral de 2010 são muitos os desafios no

reconhecimento dos direitos dos jovens. A sociedade contemporânea é, paradoxalmente,

juventudocêntrica, ao mesmo tempo em que critica da juventude. Em outras palavras,

nos aspectos da vivência pessoal e da consciência coletiva, ser jovem é um estado de

espírito, uma dádiva, um dom de um momento passageiro da vida que não deveria

passar, por ser o mais interessante e vibrante. Desse modo, ser jovem é ser

empreendedor, expressar força, ter ânimo, se aventurar, ser espontâneo, ter uma boa

apresentação física, ser viril, se divertir acima de tudo, priorizando o bem viver em

detrimento das responsabilidades mesquinhas da vida. Contudo, no âmbito profissional,

no aspecto do compromisso cidadão ou no tocante à participação nos processos de

tomada de decisão, inclusive nas esferas políticas, ser jovem é residir em um incômodo

estado de devir, justificado socialmente como estágio de imaturidade, impulsividade e

rebeldia.

Assim, ser jovem é uma condição social que se manifesta de diferentes

maneiras, segundo características históricas e sociais. No aspecto da categoria etária, é

considerado jovem no Brasil o cidadão ou cidadã com idade compreendida entre os 15 e

29 anos. Porém, a classificação etária serve apenas como um parâmetro social para o

reconhecimento político da fase juvenil. Em um entendimento mais amplo, ser jovem

atualmente é estar imerso por opção ou por origem em uma multiplicidade de

identidades, posições e vivências. Daí a importância do reconhecimento da existência de

diversas juventudes no país, compondo um complexo de experiências que precisam ser

valorizadas no sentido de se promover os direitos dos/das jovens.

É preciso que as pessoas conscientizem-se de que ser jovem não é apenas estar

na faixa etária tão cobiçada pelo mundo capitalista, ou na idade em que se tem

disposição física para muitas atividades ao mesmo tempo, ou então aquela velha

concepção de que o jovem só serve para rebelar-se contra aquilo que não condiz com

suas idéias. É importante também lembrar que o jovem contemporâneo sofre

discriminação, possui poucas oportunidades no meio trabalhista e estudantil, sofre

violência física e moral, e por que não também dizer, que nos últimos anos mais e mais

jovens estão perdendo suas vidas de formas cruéis e violentas.

Diante dessa questão entra a importância da Campanha Nacional Contra a

Violência e Extermínio de Jovens, lançada no ano de 2009, como forma de tentar conter

o avanço da violência praticada contra os jovens brasileiros. É lamentável saber que nos

últimos anos milhares de jovens foram mortos e violentados, causando com isso o

17

término dos sonhos de muitos deles ou então uma vida que sempre terá em seu passado

uma história de dor e tristeza. Felizmente essa campanha veio num momento certo tanto

para abrir os olhos da população quanto ao pedido de socorro que o jovem está pedindo,

quanto para impedir que mais milhares de outros jovens tenham seus sonhos

interrompidos.

Lembrando que a Pastoral da Juventude é peça fundamental nessa batalha, pois

tendo em seu nome a sua principal função que é a atividade pastoral, pode, ou melhor,

deve, ir para as comunidades buscando quais são as formas de violência que mais são

enfrentadas e diante disso atuar em benefício dos necessitados.

Não esquecendo que não são só os jovens violentados que necessitam de auxílio,

mas principalmente aqueles que praticam a violência, esses, que na maioria das vezes

possuem em seu passado uma vida de miséria, violência doméstica e discriminação,

talvez façam tais ações por ainda não terem alguém que o mostrasse o caminho de Jesus

e nessa questão entra os grupos de base nas escolas e nas comunidades mostrando que

existe alguém preocupado com eles e disposto a ajudá-los

18

8-CRONOGRAMA

ATUAÇÃO DO PROJETO EM 2011

JUNHO JULHO AGOSTO SETEMBRO OUTUBRO NOVEMBRO DEZEMBRO

Enviar via email

o projeto para o

colegiado e

assessores

diocesanos.

Dia 27 Dia 17-

Entrega do

projeto para

Bispo Dom

Aluízio e Padre

Arthur

Dia 30

Apresentação

das propostas do

projeto para os

coordenadores

dos grupos de

base da diocese.

E entrega do

ofício para os

coordenadores

enviarem as

escolas.

06 à 7-

durante o

CDPJ

Envio de

roteiros de

encontros sobre

a campanha para

os

coordenadores

dos grupos de

base da diocese.

Dia 15 Dia 15 Dia 15 Dia 15

Passeatas em

Uruguaiana para

divulgação da

Campanha

Nacional Contra

violência e

Extermínio de

Jovens.

Dia 19

Atuação dos

grupos de base

de Uruguaiana e

Barra do Quarai

nas escolas

municipais de

suas respectivas

cidades para

divulgação da

campanha e

x x

19

levantamento de

dados relativos a

violência e

extermínio de

jovens, com

realização de

gráfico de

violência da

diocese.

Encontro com

os

coordenadores

dos grupos de

base da diocese

para discussão

sobre a atuação

dos mesmos em

relação

atividades do

projeto.

Dia 03

Atuação dos

grupos de base

de Uruguaiana e

Barra do Quarai

nas escolas que

receberam suas

visitas a fim de

reduzir a forma

de violência

predominante na

mesma.

x X

Visita as escolas

que foram

realizadas as

atividades do

projeto para

avaliação dos

resultados

obtidos

x x

Elaboração do

relatório final do

projeto

Dia 09

Apresentação do

relatório final do

projeto para

colegiado,

assessores e

bispo diocesano.

Dia 17

x- data específica marcada com cada escola conforme a disponibilidade da mesma.

Dia 19 de novembro Celebração Espiritual com todos os participantes do projeto

na Igreja Nossa Senhora dos Navegantes.

20

RELAÇÃO DOS GRUPOS DE BASE COM AS ESCOLAS QUE

RECEBERAM A ATUAÇÃO DO PROJETO

CIDADE: URUGUAINA URUGUAINA URUGUAINA URUGUAINA BARRA DO

QUARAI

RESONSÁVEIS GABRIEL THAÍSE JORGE DIONATAN GIOVANE

GRUPOS DE

BASE: PASTORAL

DA

JUVENTUDE

NOSSA

SENHORA DO

ROSÁRIO-

PARÓQUIA

SÃO JOÃO

PASTORAL DA

JUVENTUDE

NOSSA

SENHORA DOS

NAVEGANTES-

PARÓQUIA

SÃO MIGUEL

ARCANJO

PASTORAL DA

JUVENTUDE

SEMEANDO

HORIZONTES-

PARÓQUIA

CATEDARL

DE SANT’ANA

PASTORAL DA

JUVENTUDE

SÃO

FRANCISCO-

PARÓQUIA

NOSSA

SENHORA DO

CARMO

PASTORAL

DA

JUVENTUDE

SÃO JOSÉ

OPERÁRIO

ESCOLAS: -ESCOLA

ESTADUAL

LILIAN

GUIMARÃES

-ESCOLA

MUNICIPAL

DOM BOSCO

-ESCOLA

MUNICIPAL

MARÍLIA

SANCHOTENE

-ESCOLA

ESTADUAL DO

URUGUAI

-ESCOLA

ESTADUAL

ROMAGUERA

CORRÊA

-ESCOLA

ESTADUAL

MARECHAL

CANDIDO

RONDOM

-ESCOLA

MUNICIPAL

GENERAL

OZÓRIO

-ESCOLA

ESTADUAL

URGUAINA

- ESCOLA

MUNICIPAL

UNILSA

PEREIRA

- ESCOLA

MUNICIPAL

22 DE

OUTUBRO

21

- Datas específicas para cada escola

-ESCOLA ESTADUAL LILIAN GUIMARÃES 1°encontro- 12/08

2°encontro- 21/10

3°encontro- 25/11

Horário- Manhã: 8:00 horas

Tarde: 14 horas

-ESCOLA MUNICIPAL DOM BOSCO

1°encontro- 23/08

2°encontro- 28/10

3°encontro- 28/11

Horário- 9:00 hs

-ESCOLA MUNICIPAL MARÍLIA SANCHOTENE 1°encontro- 10/08

2°encontro- 19/10

3°encontro- 18/11

Horário: 08:30 hs

-ESCOLA ESTADUAL DO URUGUAI-

1°encontro- 12/08

2°encontro- 07/10

3°encontro- 04/11

Horário:

Manhã: 08:30 hs ( 5° à 8° série)

Tarde: 14 hs ( 5° e 6° série)

-ESCOLA ESTADUAL ROMAGUERA CORRÊA 1°encontro- 11/08

2°encontro- 27/10

3°encontro- 23/11

Horário: 14:00 horas às 17:00hs

ESCOLA ESTADUAL MARECHAL CANDIDO RONDOM

1°encontro- 18/08

2°encontro- 13/10

3°encontro- 24/11

Horário: Manhã: 8 horas.

Tarde às 14 horas

-ESCOLA MUNICIPAL GENERAL OZÓRIO 1°encontro- 25/08

2°encontro- 27/10

3°encontro- 24/11

Horário: 8:30hs

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-ESCOLA ESTADUAL URGUAINA

Aguardando e-mail da diretora da escola com as datas para os encontros.

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9-ORÇAMENTO

Material Valor Unitário Quantidade Valor Total

Folhas A4 R$ 15,00 2 Resmas R$ 30,00

Caneta preta R$ 15,00 01 caixa R$ 30,00

Pastas R$ 3,00 10 un R$ 30,00

Camisetas R$ 8,00 120 R$ 960,00

Tinta vermelha e branca

R$ 3,50 40 R$140,00

Total R$ 1.190

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10- CONCLUSÃO

Com isso, almejamos realizar nossa missão baseado no que Marcionei Miguel da

Silva diz na música Latino-americanos (Anexo 2): nunca é tarde pra recomeçar,

acreditar no dom da vida, no abraço, na partilha, levando o sorriso do outro como nossa

esperança, o olhar nossa alegria, a fala nossa comunhão, a pergunta a nossa pesquisa, a

resposta a nossa pergunta e o nosso orgulho, vencendo a dor com coragem, ousadia, fé e

determinação, sem esquecer de construir sonhos pra frente agarrado à história e firmes

na decisão.

Assim, pretendemos desenvolver a função missionária da Pastoral da Juventude,

que infelizmente encontra-se um tão quanto que apagada nos grupos de base da

fronteira oeste, mostrando as comunidades e a própria igreja católica da região, que a

Pastoral da Juventude está presente e ativa.

Certamente jovens auxiliando outros jovens promoverá grande aprendizado para

ambos os grupos, para os participantes dos grupos de base conhecimento da realidade

da juventude sob outra visão e experiência em atividades pastorais, enquanto que para

os jovens das escolas submetidas a atuação do projeto um espaço para escuta, auxílio,

reflexão, além de conhecer a pastoral da juventude e quiçá começar a participar dos

grupos.

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11-REFERÊNCIA

Como organizar a campanha? Dicas para o planejamento estratégico local. Campanha

Nacional Contra Violência e Extermínio de Jovens. Coordenação Nacional da

Campanha.

www.juventudeemmarcha.

Cadernos de estudos Pastoral. Elaborado pela equipe da Sub Região Sorocaba de PJ; Equipe

de Assessores Arquidiocesanos da PJ de Sorocaba. Organização: Tiago Motta/Wellington dos

Santos França. Abril.2010 -Ano 1-n°01.

Delegacia de Polícia da Criança e do Adolescente (DCPA) de Uruguaiana.

Secretaria Municipal de Ação Social e Habitação de Uruguaiana.

Centro de Referência Especializada de Assistência Social (CREAS) de Uruguaiana.

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12-APENDICE

APENDICE 1:

Nasceu em 17 de novembro de 1977, em

Morrinhos/GO. Foi Ordenado padre em 29

de maio de 2005, pela Congregação dos

Sagrados Estigmas de Nosso Senhor

Jesus Cristo (Estigmatinos).

Padre Gisley esteve na equipe do IPJ Leste 2 (Belo Horizonte/MG) e na

assessoria do Setor Juventude da CBNN há pouco mais de dois anos.

Comprometido com a vida da juventude, organizava, juntamente com as

Pastorais da Juventude do Brasil, a Campanha Nacional contra o

Extermínio da Juventude que tem como lema “Juventude em marcha

contra a violência”. Lamentavelmente ele foi vítima da violência que

ansiava combater.

Pe. Gisley foi assassinado em 15 de junho de 2009, em Brasília/DF.

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APENDICE 2:

As mãos

Autor desconhecido

Há mãos que sustentam e mãos que

abalam.

Mãos que limitam e mãos que ampliam.

Mãos que denunciam e mãos que

escondem os denunciados.

Mãos que se abrem e mãos que se fecham.

Há mãos que afagam e mãos que agridem.

Mãos que ferem e mãos que cuidam das

feridas.

Mãos que destroem e mãos que edificam.

Mãos que batem e mãos que recebem as

pancadas por outros.

Há mãos que apontam e guiam e mãos que

desciam.

Mãos que são temidas e mãos que são

desejadas e queridas.

Mãos que dão arrogância e mãos que se

escondem aos dar.

Mãos que escandalizam e mãos que

apagam os escândalos.

Mãos puras e mãos que carregam

censuras.

Há mãos que escrevem para promover e

mãos que escrevem para ferir.

Mãos que pesam e mãos que aliviam.

Mãos que operam e que curam e mãos que

“amarguram”.

Há mãos que se apertam por amizade e

mãos que se empurram por ódio.

Mãos furtivas que traficam destruição e

mãos amigas que desviam da ruína.

Mãos finas que provam dor e mãos rudes

que espalham amor.

Há mãos que se levantam pela verdade e

mãos que encarnam a falsidade.

Mãos que oram e imploram e mãos que

“devoram” .

Onde está a diferença?

Não está nas mãos, mas no coração

É na mente transformada que dirige a mão

santificada, delicada.

É a mente agradecida que transforma as

mãos em instrumentos de graça.

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Mãos que se levantam para abençoar,

Mãos que baixam para levantar o caído,

Mãos que se estendem para amparar o

cansado.

Que ajudam; que nunca faltam.

Existem mãos … e mãos …

As tuas, quais são ?

De quem são ?

Para que são ?

(Autor Desconhecido)

APENDICE 3:

Música: Latino-americanos

Autor: Marcionei Miguel da Silva

Nunca é tarde pra dizer quanto é lindo amar de novo

Acreditar no dom da vida, no abraço, na partilha

Rompemos o cordel, quebramos as regras

O que importa é a marcha, pouco importa como cantam.

Teu canto é a tua vida, tua voz o nosso hino, teu rosto nossa bandeira

Teu sorriso nossa esperança, teu olhar nossa alegria, tua fala nossa comunhão

Teu querer nosso desafio, tua luta nossa teimosia e teus versos nossa poesia

Tua pergunta a nossa pesquisa, tua resposta a nossa pergunta e o nosso orgulho

Assim se faz a vida: com perguntas, respostas, poemas, marchas e canções

Assim se vence a dor: com coragem, ousadia, fé e determinação

Assim se faz a marcha: em grupo, em sintonia, num só canto de emoção

Assim se faz os sonhos: olhando pra frente, agarrado à história e firmes na decisão.

APENDICE 4:

Música: Ciranda pela vida

Ciranda contra o extermínio de jovens

Vamos juntos gritar

Girar o mundo

Chega de violência

E extermínio de jovens

1. São milhares de jovens mortos

Proibidos de sonhar

Sem direitos nem respeito

Sem ter paz para cantar

Vamos juntos gritar

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Girar o mundo

Chega de violência

E extermínio de jovens

2. Nossa gente que tá chorando

Nosso povo que tá sangrando

Com Jesus a nos guiar

Pela juventude nós vamos lutar

Vamos juntos gritar

Girar o mundo

Chega de violência

E extermínio de jovens