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  • 7/25/2019 PROJETO: DIAGNSTICO AMBIENTAL DO RIO LENISSERVIO AUTNOMO DE GUA E ESGOTO DE LENIS PAULI

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    RELATRIO DE ATIVIDADES FINAL

    PROJETO: DIAGNSTICO AMBIENTAL DO RIO LENIS

    SERVIO AUTNOMO DE GUA E ESGOTO DE LENIS

    PAULISTA - SAAE

    MUNICPIO: LENIS PAULISTA

    BACIA HIDROGRFICA: Tiet Jacar

    SINFEHIDRO TJ-220

    NOVEMBRO/2012

    S.A.A.E. Lenis Paulista Cpia No Controlada Disponibilizado no site www.saaelp.sp.gov.br

    SERVIO AUTNOMO DE GUA E ESGOTOSDE LENIS PAULISTA - SAAELP

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    SUMRIO

    EQUIPE TCNICA................................................................................................ 1

    1 INTRODUO................................................................................................... 22. DIAGNSTICO AMBIENTAL E DOS RECURSOS HDRICOS.................... 3

    2.1 Embasamento Terico..................................................................................... 3

    3. MATERIAL E METODO.................................................................................... 6

    3.1 Material.......................................................................................................... 6

    3.1.1 Localizao Geogrfica.......................................................................... 6

    3.1.2 Relevo .................................................................................................... 8

    3.1.3 Geologia ................................................................................................ 8 3.1.4 Classes de Solo ...................................................................................... 9

    3.1.5 Clima ..................................................................................................... 10

    3.1.6 Cobertura Vegetal.................................................................................. 10

    3.1.7 Materiais Utilizados............................................................................... 11

    3.1.7.1 Cartas IGC.......................................................................................... 11

    3.1.7.2 Mapa de solos IAC............................................................................. 12

    3.1.7.3 Imagens do Satlite ALOS (Advanced Land Observing Satellite) 12

    3.1.7.4 Programas........................................................................................... 13

    3.2 METODOLOGIA.......................................................................................... 14

    3.2.1Base de dados............................................................................................. 14

    3.2.1.1Formao da base de dados no SIG................................................... 14

    3.2.1.2 Dados de Precipitao e Temperatura................................................. 15

    3.2.1.3 Dados de Vazo................................................................................. 15

    3.2.2Elaborao do Diagnstico Ambiental e dos recursos hdricos................ 16

    3.2.2.1 Balano Hdrico.................................................................................. 16

    3.2.2.2 Medio da Vazo............................................................................... 17

    3.2.2.3 Atualizao da rede de drenagem....................................................... 20

    3.2.2.4 Caracterizao da bacia....................................................................... 20

    3.2.2.4.1 Caracterizao Fisiogrficas da Sub-Bacia................................... 20

    3.2.2.5 Mapa de declividade e Mapa Hipsomtrico....................................... 23

    3.2.2.6 Mapa de uso e ocupao.................................................................... 23

    3.2.2.7 Gerao de APP................................................................................. 243.2.2.8 Metodologia de cruzamentos de mapas.............................................. 24

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    3.2.2.9 Mapa de Capacidade de uso............................................................... 24

    3.2.2.10 Mapa de conflitos de usos................................................................. 25

    4.RESULTADOS .................................................................................................... 26

    4.1 Diagnstico ambiental..................................................................................... 26

    4.1.1 Balano hdrico........................................................................................... 26

    4.1.2Vazo........................................................................................................... 33

    4.1.3 Caracterizao da Bacia.............................................................................. 36

    4.1.4 Solos........................................................................................................... 40

    4.1.5 Imagem ALOS............................................................................................ 41

    4.1.6 Atualizao da Rede de drenagem............................................................. 42

    4.1.7 APP............................................................................................................. 44

    4.1.8 Mapa de Uso e Ocupao........................................................................... 45

    4.1.9 Mapa de Capacidade de Uso...................................................................... 46

    4.1.10 Mapa de Conflitos de Usos e Conflito em APP....................................... 47

    5. CONCLUSO.................................................................................................... 49

    6. RECOMENDAES.......................................................................................... 50

    7. REFERNCIAS BIBLIOGRFICA.................................................................. 51

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    Fundao de Estudos e PesquisasAgrcolas e FlorestaisCNPJ. 50.786.714/0001-45

    Rua Dr. Jos Barbosa de Barros, 1780 - Cep. 18610-307 - BOTUCATU-SP

    Fone (14) 3811-7127 - Tel/Fax: (14) 3882-6300 e-mail: [email protected]

    DIAGNSTICO AMBIENTAL DO RIO LENIS

    PROJETO: DIAGNSTICO AMBIENTAL DO RIO LENIS

    INTERESSADO: Servio Autnomo de gua e Esgoto de Lenis Paulista - SAAE

    MUNICPIO: Lenis Paulista

    BACIA HIDROGRFICA: Tiet Jacar

    SINFEHIDRO TJ-220

    O Diagnstico Ambiental do Rio Lenis, representa o produto final do

    projeto FEHIDRO, onde so apresentadas as atividades realizadas at o momento conforme

    processo 19/2011, Dispensa de licitao 04/2011, Contrato n 24/11 firmado entre o

    SAAELP - Servio Autnomo de gua e Esgoto de Lenis Paulista e a FEPAF - Fundao

    de Estudos e Pesquisas Agrcolas e Florestais para o projeto com contrato FEHIDRO n

    055/2011, codigo do empreendimento 2010-TJ-220, Diagnstico Ambiental do Rio

    Lenis.

    EQUIPE TCNICA:

    Coordenao: Dr. Clia Regina Lopes Zimback Eng Agronoma

    Tcnico Responsavel:MSc. Leslie I. Serino Castro Tecnologa Fluvial

    Servios Tcnicos:

    MSc. Ana Paula Barbosa Eng Agronoma

    MSc. Anderson Antnio da Conceio Sartori Eng Agronomo

    MSc. Fabio vila Nossack Eng Florestal

    Estagirios:

    Paulo Fernando Azevedo Tecnlogo Ambiental

    Bruno Guimares Ubiali Eng Agronomo

    Mariana Hashimoto Possari Eng Agronoma

    Thatiana Seminotti Felski Eng Agronoma

    Rafael Brasilio Ferraregi Tecnlogo Ambiental Jonathas Armon Francisco Camargo Tecnlogo Ambiental

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    1.INTRODUO

    Para o planejamento e gerenciamento de uma sub-bacia fundamental a

    elaborao de estudos e pesquisas sobre as potencialidades e limitaes da mesma, gerando

    diagnsticos precisos de sua rea.

    Para garantir que o planejamento ambiental otimizado da gesto de conflitos

    de uso na rea da bacia seja implementado, necessrio o uso de tecnologias como, por

    exemplo, o Sistema de Informao Geogrfica (SIG) seja utilizado como ferramenta de

    apoio para a tomada de deciso. Os diagnsticos de sub-bacias disponveis so elaborados

    por rgos governamentais estaduais ou federais considerando bacias hidrogrficas mdias e

    grandes e, dessa forma, no se dispe de informaes precisas da rea da sub-bacia. Muitas

    informaes importantes so perdidas pela escala em que se realizam tais estudos.

    Com o objetivo de elaborar um diagnstico ambiental para o planejamento e

    gesto eficiente dos recursos naturais na bacia do Rio Lenis SP ser criado um banco de

    dados a partir de um estudo detalhado de suas caractersticas como: solo, dados

    hidrometeorolgicos, declividade, uso do solo e rede de drenagem, gerando informaes

    atualizadas e com melhor resoluo que as existentes.

    A bacia hidrogrfica, atravs da rede de drenagem fluvial, integra grande

    parte das relaes causa-efeito que devem ser tratadas na sua gesto e, portanto, um

    diagnstico preciso necessrio. A bacia do Rio Lenis, que uma bacia regional, pois

    atravessa sete municpios: Agudos, Borebi, Lenis Paulista, Areipolis, Macatuba, So

    Manoel e Igarau do Tiet, necessita conhecer todas essas relaes para que possaimplementar uma gesto dos conflitos de sua rea, sejam de uso do solo ou das guas.

    Por iniciativado diretor do SAAELP Servio de Abastecimento de gua e

    Esgoto de Lenis Paulista, o Sr. Jos Antnio Marise, foi realizada uma reunio inicial com

    a comunidade de Lenis Paulista, que ocorreu no dia 28 de junho, no Centro de

    Atendimento ao Cidado que fica localizado Rua Anita Garibaldi, 821, para apresentar as

    atividades que seriam desenvolvidas para a Elaborao do Diagnstico do Rio Lenis. Tal

    apresentao teve o objetivo de informar a populao, alm de fomentar sua participaoatravs de sugestes e orientaes sobre trabalhos de campo.

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    Participaram da reunio autoridades e representantes de organizaes no

    governamentais que atuam no municpio, alm de representantes das empresas parceiras do

    projeto e associaes de produtores rurais. A apresentao foi elaborada pela equipe

    responsvel pela execuo do projeto e disponibilizada para o SAAELP.

    Para dar incio s atividades desenvolvidas pelo projeto foi realizada uma

    reunio com o responsvel pelo projeto junto ao SAAE e a equipe executora do projeto pela

    FEPAF GEPAG Grupo de Estudos e Pesquisas Agrcolas Georreferenciadas. Nesta

    reunio foram definidas as especificaes dos equipamentos adquiridos pelo SAAE para o

    andamento dos trabalhos. A partir desta definio o SAAE ficou responsvel pelo

    andamento do processo de compra. Tambm foi realizada uma reunio com o Diretor da

    Casa da Agricultura de Lenis Paulista e com o Gerente Florestal da Lwarcel Celulose

    Ltda. para colher informaes acerca das reas da bacia.

    2. DIAGNSTICO AMBIENTAL E DOS RECURSOS HDRICOS

    2.1. Embasamento Terico

    Para elaborao de um diagnstico ambiental dos recursos naturais em uma

    sub-bacia necessrio que seja criado um banco de dados a partir de um estudo detalhado de

    suas caractersticas como: solo, dados hidro meteorolgicos, declividade, uso do solo, rede

    de drenagem, que garanta a gerao de informaes confiveis e precisas.

    A gesto ambiental e dos recursos hdricos de uma bacia hidrogrfica visa

    garantir rentabilidade aos agricultores, gerar empregos e arrecadao aos municpios, barrara excluso social e o xodo rural, sempre preservando o meio ambiente, promovendo a

    recuperao das reas degradadas, bem como a qualidade e a quantidade das guas. Para

    garantir o planejamento e gesto eficientes minimizando os conflitos de uso na rea da bacia

    necessrio que tecnologias como, por exemplo, o Sistema de Informao Geogrfica (SIG)

    seja utilizado como ferramenta de apoio para a tomada de deciso (CASTRO, 2008).

    Os diagnsticos de sub-bacias disponveis so elaborados por rgos

    governamentais estaduais ou federais considerando bacias hidrogrficas mdias e grandes e,

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    dessa forma, no se dispe de informaes precisas da rea da sub-bacia. Muitas

    informaes importantes so perdidas pela escala em que se realizam tais estudos.

    Sheng (1990) prope 4 nveis para organizao de estudos e planejamentos

    em sub-bacias:

    1. Nvel Nacional onde ocorrem estudos mais abrangentes, de reas maiores, e por

    isso feito atravs de fotos areas e imagens de sensoriamento remoto, que podem

    identificar os usos da terra e da gua, que so as principais causas da degradao

    ambiental;

    2. Nvel Regional devem ocorrer estudos mais detalhados que no nvel nacional,

    porm no to especfico como no nvel seguinte. Tais estudos seriam dirigidos ao

    planejamento e desenvolvimento regional de longo prazo;

    3. Nvel da Sub-bacia estudos detalhados com coleta de dados pontuais, pois uma

    sub-bacia uma unidade funcional, onde as variveis existentes em sua rea se

    influenciam mutuamente;

    4. Nvel da Propriedade Rural ou Comunidade por estarem dentro da rea da sub-

    bacia, so necessrios estudos e planejamentos para o desenvolvimento de grupos de

    fazendeiros ou comunidades. O principal objetivo demonstrar que atravs do

    gerenciamento das propriedades e comunidades ser possvel o desenvolvimento e a

    conservao da rea da sub-bacia.

    O relatrio final do Plano de Bacias do Comit de Bacia Hidrogrfica Tiet-

    Jacar, Relatrio Zero, oferece um panorama da situao da UGRHI 13, unidade em que

    est localizada a sub-bacia do Rio Lenis no que se refere ao meio fsico, biodiversidade,

    socioeconmica, recursos hdricos, reas protegidas por lei e reas degradadas. Apresentadados gerais da bacia, adquiridos por levantamentos junto a prefeituras e rgos afins, bem

    como de vasta reviso bibliogrfica, compondo importante fonte de informaes sobre a

    bacia do Tiet Jacar, FEHIDRO (2000), enquadrando-se dessa forma ao nvel regional

    definido por Sheng. Esse relatrio atualizado anualmente pela Secretaria Estadual de

    Recursos Hdricos Saneamento e Obras atravs do Relatrio de Situao que obtm os dados

    da mesma forma citada.

    Para implantar um Sistema de Gesto Ambiental, necessrio diagnosticar osaspectos ambientais relevantes e tais diagnsticos devem ser feitos de forma sistemtica,

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    coordenada e integrada, buscando identificar as possveis fontes de alterao ambiental.

    Fazer o controle peridico dessas fontes importante para reduzir sua ao e prevenir

    acidentes, sempre segundo a legislao vigente, evitando ento passivos ambientais e

    contribuindo para a qualidade do meio ambiente, bem como para uma melhor administrao

    geral (PORTO; TEIXEIRA, 2002).

    As caractersticas fsicas de uma bacia hidrogrfica determinam seu

    comportamento, ou seja, a maior ou menor possibilidade de ocorrncia de danos ambientais.

    Para quantificar e qualificar esse comportamento so utilizados alguns parmetros como: o

    comprimento da vazo superficial, a densidade de drenagem, o ndice de circularidade, o

    ndice de forma, a declividade mdia da bacia e o coeficiente de rugosidade. A partir desses

    parmetros pode-se estabelecer critrios para o manejo da rea da sub-bacia (ROCHA,

    1991).

    Outro aspecto relevante na anlise de uma bacia hidrogrfica o regime

    hidrolgico que ocorre em sua rea, e que ir determinar o balano hdrico da subbacia. A

    precipitao pluviomtrica abastece a sub-bacia, e fenmenos bsicos como

    evapotranspirao, evaporao, infiltrao, escoamento superficial, retiram a gua do

    sistema (PISSARRA; POLITANO, 2003).

    Os parmetros fsicos de uma bacia so elementos de grande importncia em

    seu comportamento hidrolgico. De fato, existe uma estreita correspondncia entre o regime

    hidrolgico e esses parmetros sendo, portanto, de grande utilidade prtica o conhecimento

    dos mesmos, pois ao estabelecerem-se relaes e comparaes entre eles e dados

    hidrolgicos conhecidos em determinada regio, pode-se determinar indiretamente os

    valores hidrolgicos em sees ou locais de interesse nos quais faltem dados ou em regiesonde, por causa de fatores de ordem fsica ou econmica, no seja possvel a instalao de

    estaes hidromtricas (VILLELA; MATTOS, 1975).

    Martins et al. (2005) utilizaram os parmetros fisiogrficos

    juntamente com informaes do uso da terra e ocupao humana para determinar o grau de

    deteriorao de uma sub-bacia e propor um zoneamento ambiental. Os resultados obtidos

    permitiram avaliar a deteriorao ambiental da sub-bacia e abrir possibilidades para elaborar

    prognsticos para um maior equilbrio no futuro manejo da sub-bacia e de sua preservao

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    tendo, como pressuposto, o equilbrio possvel entre o desenvolvimento com a preservao

    ambiental.

    O manejo integrado de uma sub-bacia, segundo Rocha (1991), consiste na

    elaborao e aplicao dos sete diagnsticos bsicos: Fsico-conservacionista, Scio

    econmico, Ambiental, gua, Fauna, Vegetao, Solo, e dos sub diagnsticos, os quais

    levantam todos os problemas da bacia, e integram concluses e recomendaes para a

    recuperao da rea.

    O uso de um recurso ambiental raramente ocorre de forma isolada. A gesto

    dos recursos hdricos tem repercusses no uso do solo, e vice-versa. Desta forma, as guas

    no podem ser geridas de forma isolada, mas sua gesto deve ser articulada no quadro da

    gesto de todos os recursos ambientais, que deve ser realizada pelo ordenamento territorial.

    Alguns recursos ambientais, como o solo, podem ser geridos com razovel eficincia atravs

    da admisso da propriedade privada. Isto decorre de que a maioria das consequncias de

    uma boa ou m gesto como espacialmente limitado atingindo via de regra a prpria rea

    onde se verifica, ou seja, a propriedade agrcola. No caso dos recursos hdricos isto

    geralmente no ocorre pelo fato de ser um recurso fluido e mvel. A poluio de um rio

    pode ser causada a montante de um rio e as consequncias so sofridas nas propriedades a

    jusante deste mesmo rio (LANNA, 2004).

    3. MATERIAL E METODO

    3.1 Material

    3.1.1 Localizao Geogrfica

    O Estado de So Paulo est dividido em 22 Unidades de Gesto de Recursos

    Hdricos - UGRHI que correspondem s divises de bacias hidrogrficas. A bacia Tiet-

    Jacar, que a UGRHI 13, est localizada na poro centro oeste do Estado de So Paulo e

    abrange 34 municpios. A bacia do Rio Lenis faz parte da sub-bacia 4 na nova diviso da

    bacia Tiet-Jacar, e sua rea est compreendida entre as coordenadas UTM 699.037;7.477.195 e 753.726; 7.515.834, que formam seu retngulo envolvente, com 942,532 km!.

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    uma bacia regional, pois sua rede de drenagem abrange os municpios de Agudos, onde

    nasce e se estende pelos municpios de Borebi, Lenis Paulista, Areipolis, Macatuba, So

    Manoel e Igarau do Tiet, onde desagua no Rio Tiet.

    O rio Lenis cuja antiga denominao do rio eragua de Lenis uma

    unidade hdrica Estadual, localizada no interior do Estado de So Paulo, sendo uma sub-

    bacia hidrogrfica pertencente a grande Bacia do Tiet-Jacar. A bacia do rio Lenis uma

    bacia regional, pois sua rede de drenagem abrange os municpios de Agudos, onde nasce e se

    estende pelos municpios de Borebi, Lenis Paulista, Areipolis, Macatuba, So Manoel e

    Igarau do Tiet, onde desagua no Rio Tiet. Sua rea de aproximadamente 94.000

    hectares.

    A bacia do Rio Lenis tem incio no municpio de Agudos com o Crrego

    Tapero e somente aps receber as guas do Crrego do Serrinha, passa a ser denominado

    Rio Lenis, que d o nome bacia. Possui diversos afluentes de sua nascente at sua foz e

    esto descritos abaixo:

    Afluentes margem esquerda:

    Crrego dos Cochos, Crrego Monjolinho, Crrego do Bobiro, Crrego Corvo

    Branco, Crrego Cateto, Crrego Violeta ou Crrego do Boa Vista, Crrego da Iara e

    Crrego Santana ou Jurema.

    Afluentes margem direita:

    Crrego das Antas, Ribeiro So Mateus, Crrego da Estiva, Ribeiro Faxinal,

    Crrego do Marimbondo, Ribeiro da Prata, Crrego do Cachoeirinha, Ribeiro daBarra, Ribeiro da Fartura (Crrego do Corguinho), Crrego da Areia Branca,

    Crrego do Coqueiro, Crrego da Grama e Ribeiro Paraso.

    O Rio Lenis atravessa a rea urbana do municpio de Lenis e serve de

    manancial de abastecimento. Em 2010 entrou em operao a Estao de Tratamento de

    Esgoto de Lenis Paulista, obra coordenada pelo Servio Autonmo de gua e Esgoto de

    Lenis Paulista - SAAE que est tratando o esgoto da cidade de Lenis Paulista e

    permitir que o Rio Lenis inicie o processo de despoluio.

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    3.1.2 Relevo

    A bacia encontra-se na unidade morfoestrutural denominada Planalto

    Residual de Botucatu, onde predominam formas de relevo denudacionais, cujo modelado

    constitui-se por colinas com topos amplos convexos (vales com entalhamento de 20 a 40 m e

    dimenso interfluvial variando de 250 a 3750 m) e tabulares (os vales que chegam ao

    entalhamento de 20 m e a dimenso interfluvial de 750 a 1750 m). Predominam as

    altimetrias entre 600 a 900 m e as vertentes apresentam predominantemente declives entre

    10 e 20%.

    A litologia nesta rea basicamente constituda por arenitos e lminas de

    argilito e siltitos, onde se desenvolve preferencialmente Latossolos Vermelho-escuro. uma

    rea dispersora de drenagem por constituir terrenos elevados de borda da Bacia do Paran.

    As formas de dissecao mdia, com vales entalhados e densidade de

    drenagem mdia a alta, caracterizando-se, portanto, por uma rea suceptvel a atividades

    erosivas, sobretudo nos setores mais inclinados das vertentes. Descries segundo IPT

    (1981).

    3.1.3 Geologia

    Na regio de estudo, segundo o Instituto de Pesquisas Tecnolgicas do Estado

    de So Paulo - IPT (1981) afloram duas formaes geolgicas: na parte mais alta

    acompanhando o divisor de guas da bacia aparecem arenitos mais resistentes ao

    intemperismo, pertencentes ao Grupo Bauru (Formao Marlia e Formao Adamantina) eao Grupo So Bento (Formao Serra Geral).

    A Formao Marlia, segundo IPT (1981), apresenta-se composta por

    arenitos de grosseiros a conglomerticos, com gros angulosos, teor de matiz varivel,

    seleo pobre, ricos em feldspatos, minerais pesados e minerais instveis. Ocorrem em

    bancos macios de aproximadamente 180 m de espessura, raramente apresentando

    estratificao cruzada de mdio porte, com seixos concentrados nos estratos, algumas

    camadas de lamitos vermelhos e calcrios. So caractersticos da unidade, nduloscarbonticos, que aparecem dispersos nos sedimentos e cimento carbontico.

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    A formao Adamantina, sobreposta anterior encontrada

    predominantemente nas superfcies elevadas dos interfluvios. O contato superior da

    formao Santo Anastcio com a base da formao Adamantina se d predominantemente

    de forma transicional e interdigitada. As rochas so constitudas predominantemente por

    arenitos so em geral brandas, apresentando baixas resistncias mecnicas; porm, quando

    cimentadas esta condio alterada, passando a ter maiores coerncias e resistncias.

    Verifica-se que na localidade das nascentes a montante da Bacia do Rio

    Lenis h ocorrncia de basaltos da Formao Marlia e nas reas mais arenosas a

    Formao Adamantina.

    A formao Serra Geral (Jksg) composta por um conjunto de rochas

    baslticas toleticas, dispostas em camadas sub-horizontais, contendo intercalaes de

    arenitos elicos, entre os derrames (arenitos intertrapianos). Tambm podem ocorrer

    intruses, associadas a mesma atividades vulcnica, principalmente na forma de diques

    verticais de composio diabsica, cortando portanto os prprios derrames. Os basaltos so

    rochas predominantemente duras e compactas, com textura de granulao muito fina,

    enquanto que os diabsios muito semelhantes, so diferenciados principalmente pela

    granulao maior; ambas possuem colorao que varia de cinza escura a preta.

    3.1.4 Classes de Solo

    De acordo com Oliveira et al. (1999), a rea composta das seguintes classes

    de solos: Latossolo Vermelho, Argissolo Vermelho-Amarelo e Nitossolo Vermelho.

    Os Argissolos so constitudos por material mineral, apresentando horizonteB textural imediatamente abaixo do A ou E, com argila de atividade baixa ou com argila de

    atividade alta conjugada com saturao por bases baixa e/ou carter altico na maior parte do

    horizonte B (EMBRAPA, 2006).

    Os Latossolos so constitudos por material mineral, apresentando horizonte

    B latosslico imediatamente abaixo de qualquer tipo de horizonte A, dentro de 200 cm da

    superfcie do solo ou dentro de 300cm, se o horizonte A apresenta mais que 150cm de

    espessura (EMBRAPA, 2006).

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    Os Nitossolos so solos com 350 g/kg ou mais de argila, constitudos por

    material mineral que apresentam horizonte B ntico imediatamente abaixo do horizonte A ou

    dentro dos primeiros 50 cm do horizonte B, com argila de atividade baixa ou carter altico

    na maior parte do horizonte B, dentro de 150cm da superfcie do solo (EMBRAPA, 2006).

    3.1.5 Clima

    A classificao climtica objetiva caracterizar em uma grande rea ou regio

    zonas com caractersticas climticas homogneas. A classificao do clima tambm pode ser

    feita para localidades especficas, levando-se em conta tanto as caractersticas da paisagem

    natural (vegetao zonal), baseando-se no fato da vegetao ser um integrador dos estmulos

    do ambiente, como tambm os ndices climticos (baseados nas normais climatolgicas).

    Para definio do clima da regio da bacia do Rio Lenis foi utilizada a

    classificao climtica de Koeppen, que baseada no pressuposto de que a vegetao natural

    de cada grande regio da Terra essencialmente uma expresso do clima nela prevalecente.

    Cada grande tipo climtico denotado por um cdigo, constitudo por letras maisculas e

    minsculas, cuja combinao denota os tipos e subtipos considerados.

    Na bacia do Rio Leniso tipo dominante o Cwa , que caracterizado pelo

    clima tropical de altitude, com chuvas no vero e seca no inverno, com a temperatura mdia

    do ms mais quente superior a 22C.

    3.1.6 Cobertura Vegetal

    Na poro rural de sua rea de drenagem, a bacia possui em sua maioria o

    cultivo de cana de acar e eucalipito devido existncia de usinas de aucar e alcool e da

    empresa de papel e celulose Lwarcel.

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    3.1.7 Materiais Utilizados

    3.1.7.1 Cartas IGC

    Foram selecionadas 48 cartas planialtimtricas do IGC, escala 1: 10.000,

    formato digital, que compem a rea da bacia do Rio Lenis. Na Tabela 1 verifica-se sua

    identificao pelo Mapa ndice do IGC (ID), o nome da carta e a especificao da folha.

    Tabela 1. Identificao das cartas do Levantamento Planialtimetrico do IGC.

    N ID Nome Folha1 66-67 Crrego Tapero SF-22-Z-B-I-4-SE-F2 66-68 Agudos II SF-22-Z-B-III-3-SO-E3 66-69 Crrego do Pelintra SF-22-Z-B-II-3-SO-F4 66-73 Fazenda Tuncum SF-22-Z-B-II-4-SO-F5 67-67 Crrego Cabreva SF-22-Z-B-IV-2-NE-B6 67-68 Fazenda Serrinha SF-22-Z-B-V-1-NO-A7 67-69 Rio Lenis SF-22-Z-B-V-1-NO-B8 67-73 Bairro da Usina SF-22-Z-B-V-2-NO-B

    9 67-74 Igara do Tiet SF-22-Z-B-V-2-NE-A10 68-67 Crrego Campinho SF-22-Z-B-IV-2-NE-D11 68-68 Borebi SF-22-Z-B-V-1-NO-C12 68-69 Ribeiro So Mateus SF-22-Z-B-V-1-NO-D13 68-70 Lenis Paulista I SF-22-Z-B-V-1-NE-C14 68-71 Lenis Paulista II SF-22-Z-B-V-1-NE-D15 68-72 Fazenda Irara SF-22-Z-B-V-2-NO-C16 68-73 gua de Lenis SF-22-Z-B-V-2-NO-D17 69-68 Fazenda Noiva da Colina SF-22-Z-B-V-1-NO-E

    18 69-69 Fazenda Santa Irene SF-22-Z-B-V-1-NO-F19 69-70 Lenis Paulista III SF-22-Z-B-V-1-NE-E20 69-71 Lenis Paulista IV SF-22-Z-B-V-1-NE-F21 69-72 Alfredo Guedes SF-22-Z-B-V-2-NO-E22 69-73 Paranhos SF-22-Z-B-V-2-NO-F23 69-74 Ribeiro Santo Antonio SF-22-Z-B-V-2-NE-E24 70-68 gua do Caboblo SF-22-Z-B-V-1-SO-A25 70-69 Ribeiro do Faxinal SF-22-Z-B-V-1-SO-B26 70-70 Fazenda Santa Tereza SF-22-Z-B-V-1-SE-A27 70-71 Ribeiro da Prata SF-22-Z-B-V-1-SE-B28 70-72 Bairro da Fartura SF-22-Z-B-V-2-SO-A29 70-73 Areipolis I SF-22-Z-B-V-2-SO-B

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    30 70-74 gua da Figueira SF-22-Z-B-V-2-SE-A31 71-69 Fazenda Graminha SF-22-Z-B-V-1-SO-D32 71-70 Boqueiro SF-22-Z-B-V-1-SE-C33 71-71 Crrego Pirapetinga SF-22-Z-B-V-1-SE-D34 71-72 Fazenda Santa Brbara SF-22-Z-B-V-2-SO-C35 71-73 Areipolis II SF-22-Z-B-V-2-SO-D36 71-74 Fazenda So Joo do Baracat SF-22-Z-B-V-2-SE-C37 71-75 Fazenda So Joo do Araqu SF-22-Z-B-V-2-SE-D38 72-70 Fazenda Rocleivan SF-22-Z-B-V-1-SE-E39 72-71 Vargem Limpa SF-22-Z-B-V-1-SE-F

    40 72-72 Fazenda So Joo da Bela Vista SF-22-Z-B-V-2-SO-E41 72-73 Fazenda Santa Emilia SF-22-Z-B-V-2-SO-F42 72-74 So Manuel I SF-22-Z-B-V-2-SE-E43 72-75 So Manuel II SF-22-Z-B-V-2-SE-F44 73-71 Fazenda Zilo SF-22-Z-B-V-3-NE-B45 73-72 Fazenda Palmeira da Serra SF-22-Z-B-V-4-NO-A46 73-73 Fazenda Quatis SF-22-Z-B-V-4-NO-B47 73-74 Fazenda Bonfim SF-22-Z-B-V-4-NE-A48 73-75 Bairro Igualdade SF-22-Z-B-V-4-NE-B

    3.1.7.2 Mapa de solos IAC

    Os dados sobre os tipos de solo existentes na rea da bacia do rio Lenis

    foram obtidos pelo Levantamento Pedolgico Semidetalhado do Estado de So Paulo.

    Convnio EMBRAPA Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Est. De So Paulo,

    Coordenadoria da Pesquisa Agropecuria, Instituto Agronmico Diviso de Solos, seo

    de Pedologia. Escala: 1:100.000 1982.

    3.1.7.3 Imagens do Satlite ALOS (Advanced Land Observing Satellite)

    O satlite ALOS foi lanado em 24 de janeiro de 2006 pela Japan Aerospace

    Exploration Agency JAXA, no centro espacial de Tanegashima (Japo). Desenvolvido

    para fomentar pesquisas cientficas e aplicadas na rea de sensoriamento remoto e prover o

    Japo e pases da sia do Pacfico com dados cartogrficos que pudessem oferecer subsdios

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    ao estudo de temas ligados ao desenvolvimento sustentvel, monitoramento de desastres

    naturais e recursos naturais.

    Trs sensores esto bordo do ALOS: o radimetro PRISM (Panchromatic

    Remote-Sensing Instrument for Stereo Mapping) capaz de adquirir imagens tridimensionais

    detalhadas da superfcie terrestre; o radimetro multiespectral AVNIR-2 (Advanced Visible

    and Near Infrared Radiometer-type 2) voltado aos mapeamentos de uso e cobertura das

    terras e o sensor de microondas PALSAR (Phased Array type L-band Synthetic Aperture

    Radar) capaz de obter imagens diurnas e noturnas sem a interferncia de nebulosidade.

    Originalmente a elaborao deste diagnstico foi prevista utilizando as

    Imagens ALOS PRISM, que eram fornecidas pelo IBGE Instituto Brasileiro de Geografia

    e Estatstica, aos rgos pblicos a um custo subsidiado. Porm com o trmino do prazo do

    convnio existente entre o IBGE e a empresa fornecedora das imagens, o IBGE no est

    mais disponibilizando tais imagens. Desta forma o custo inicial para aquisio previsto na

    planilha oramentria ficou defasado. Buscou-se ento uma parceria com a empresa Lwarcel

    Celulose Ltda. que disponibilizou o uso das imagens para este estudo, por possu-las em seu

    acervo.

    3.1.7.4 Programas

    Para a elaborao deste trabalho foram utilizados Sistemas de Informao

    Geogrfica por se tratar de uma ferramenta do geoprocessamento de grande aplicabilidade

    para a espacializao, caracterizao e representao de dados georreferenciados, o que

    permite realizar anlises complexas, ao integrar e realizar o cruzamento dos dados dediversas fontes para viabilizar a utilizao dos mesmos na elaborao de planos de

    informao para planejamentos ambientais e de recursos hdricos.

    Priorizou-se a utilizao de sistemas livres pelo fcil acesso, embora os

    programas ainda apresentem algumas dificuldades de operao, o que no interfere com a

    qualidade dos resultados.

    Foram utilizados os programas gvSIG e SPRING. O primeiro um projeto

    Open Source desenvolvido em java para a gesto integral da informao geogrfica. Temsua origem no contexto de migrao para softwarelivre detodos os sistemas informticos do

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    Departamento de Infraestrutura e Transportes da Generalitat Valenciana Espanha.

    Comeou a serdesenvolvido em 2004 e recebeu financiamento da UnioEuropeia atravs

    do Primeiro Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER). J o SPRING -

    Sistema de Processamento de Informaes Georreferenciadas umsoftwarebrasileiro para

    Sistemas de Informaes Geogrficas (SIG) que foi criado pelo Instituto Nacional de

    Pesquisas Espaciais (INPE) e faz parte de um projeto da Diviso de Processamento de

    Imagens (DPI) do INPE com a participao de outras entidades que contriburam para o

    desenvolvimento de seu cdigo tambm apoiando financeiramente.

    3.2 METODOLOGIA

    3.2.1Base de dados

    3.2.1.1Formao da base de dados no SIG

    Para o planejamento e gerenciamento de uma sub-bacia fundamental a

    elaborao de estudos e pesquisas sobre as potencialidades e limitaes da mesma, gerando

    diagnsticos precisos de sua rea.

    O projeto foi iniciado com a formao da base de dados que consistiu no

    tratamento e importao para o SIG, de mapas cartogrficos e imagens.

    Foram importadas para o gvSIG as cartas planialtimtricas do IGC, onde foi

    realizada a correo geomtrica e a vetorizao das feies presentes em cada carta (rede de

    drenagem e curvas em nvel). Esse procedimento possibilitou a realizao do traado dodivisor de guas da bacia e a elaborao do MNT Modelo Numrico do Terreno, que

    uma representao matemtica da distribuio espacial de uma determinada caracterstica

    vinculada a uma superfcie real. Tambm foi importado para o SIG o mapa de solos do IAC,

    da regio da bacia do rio Lenis.

    As imagens foram trabalhadas para a montagem do mosaico da bacia, para

    que fosse realizada a atualizao de toda rede de drenagem, bem como o mapeamento em

    tela do uso e ocupao na rea da bacia.

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    Tambm integra a base de dados a localizao dos pontos de coleta de dados

    de precipitao e temperatura e os pontos de medio das vazes de cheia e de estiagem.

    3.2.1.2 Dados de Precipitao e Temperatura

    A dificuldade na obteno de dados de precipitao e temperatura na rea da

    bacia do rio Lenis muito grande. As estaes administradas pela ANA Agncia

    Nacional das guas, que ficam dentro da rea da bacia do Rio Lenis e foram consideradas

    para coleta de dados no incio da pesquisa, possuem dados com muitas falhas e as estaes

    esto desativadas. Por esse motivo, as informaes referentes aos dados de volume

    pluviomtrico e temperaturas mdia, necessrios para o clculo do Balano Hdrico, foram

    coletadas em trs estaes: da empresa Lwarcel dentro da rea da bacia, IPMET UNESP

    Bauru, mais prximo cabeceira e da Usina de acar e lcool Raizen prximo foz da

    bacia. Foram utilizados os dados referentes ao ano de 2011.

    Para a espacializao dos volumes pluviomtricos foram utilizados os dados

    de pluvimetros espalhados pela rea da bacia que foram cedidos pela ASCANA

    Associao dos Plantadores de Cana.

    3.2.1.3 Dados de Vazo

    O uso de um recurso ambiental raramente ocorre de forma isolada. A gesto

    dos recursos hdricos tem repercusses no uso do solo, e vice-versa. Desta forma, as guas

    no podem ser geridas de forma isolada. Neste diagnstico foram realizadas mediesdiretas das vazes dos corpos de gua que compem a bacia do Rio Lenis no perodo de

    estiagem e de cheia. Embora essa medio direta no fornea muitas informaes relevantes

    do ponto de vista de uma anlise hidrolgica, ela ser de suma importncia, uma vez que a

    bacia no possui nenhum posto de controle fluviomtrico. Atravs dessas medies

    poderemos verificar qual a contribuio de cada afluente e a variao de nvel nas estaes

    de cheia e estiagem.

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    3.2.2Elaborao do Diagnstico Ambiental e dos recursos hdricos

    O diagnstico ambiental foi realizado para compor os indicadores de Estado,

    pois forneceu a situao atual de toda bacia do rio Lenis. Foram utilizadas tcnicas de

    geoprocessamento e um SIG garantindo a quantificao e mapeamento da rea.

    3.2.2.1 Balano Hdrico

    O balano hdrico, a partir de dados de precipitao e temperatura fornece

    estimativas da evapotranspirao real (ETR), da deficincia hdrica (DEF), do excedente

    hdrico (EXC) e do armazenamento de gua no solo (ARM), podendo ser elaborado desde a

    escala diria at a mensal.

    Para a obteno do balano hdrico da bacia do Rio Lenis foi utilizado um

    programa desenvolvido por Rolim et al. (2008). Os programas foram desenvolvidos no

    ambiente Excel onde o usurio poder entrar com os dados, modificar/criar grficos e inserir

    equaes. Os programas possuem a capacidade de realizar clculos em qualquer quantidade

    e passo de tempo desejado.

    Para o clculo do ndice de Umidade foi necessrio obter-se os ndices

    Hdrico e de Aridez, sendo que o ndice Hdrico associa o excedente e a evapotranspirao

    potencial e o ndice de Aridez associa a deficincia e a evapotranspirao potencial.

    Pelos resultados do balano hdrico na bacia do Rio Lenis foi possvel

    extrair os ndices de aridez, hdrico e de umidade. Para o ndice Hdrico foi utilizada a

    equao:

    Ih=(EXC/ETP)*100

    onde:

    Ih = ndice Hdrico;

    EXC = Excedente Hdrico (obtido pelo balano hdrico);

    ETP = Evapotranspirao Potencial ( obtida pelo balano hdrico);

    e o resultado dado em porcentagem.O ndice de aridez obtido pela equao:

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    Ia= (DEF/ETP)*100

    onde:

    Ia = ndice de Aridez;

    DEF = Dficit hdrico (obtido pelo balano hdrico);

    ETP = Evapotranspirao Potencial ( obtida pelo balano hdrico);

    e o resultado tambm dado em porcentagem. O ndice de Umidade ser calculado a partir

    dos ndices Hdricos e de Aridez dado por:

    Im=Ih-Ia

    onde:

    Im = ndice de Umidade;

    Ih = ndice Hdrico;

    Ia = ndice de Aridez.

    3.2.2.2 Medio da Vazo

    Aps a definio dos pontos para realizao das medies das vazes em tela

    foi realizada uma expedio de reconhecimento em campo no dia sete de outubro de 2011 e

    a equipe contou com o apoio logstico do Sr. Jos Aloisio Portes, tcnico jnior da Lwarcel

    Celulose Ltda.. As medies foram realizadas em 14 pontos e alguns precisaram ser

    realocados por motivos de acessibilidade.

    O mtodo utilizado para a medio direta da vazo, conforme denominado

    em hidrometria, foi o da integrao do diagrama de velocidades. Esse mtodo baseia-se na

    igualdade da cinemtica dos fluidos, e o mtodo usado na hidrometria de rios naturais. O

    emprego desse mtodo envolve a determinao da velocidade mdia, determinando-se a

    velocidade em diversos pontos verticais de uma seo transversal, multiplicando-a pela rea

    de influncia, que fornecer as vazes parciais que, somadas resultaro na vazo total

    (BARTH et al. ,1987).

    As velocidades foram medidas com o uso do molinete que um equipamento

    que contm uma hlice que gira quando colocada no sentido do fluxo da gua. O princpio

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    mais utilizado que a rotao da hlice em torno do eixo abre e fecha um circuito eltrico,

    contando o nmero de voltas durante um intervalo de tempo fixo, obtendo-se assim uma

    relao entre a velocidade do fluxo e a rotao da hlice (PEREIRA et al.,2006).

    O mtodo para determinao da vazo consiste nos seguintes passos, segundo

    Studart (2008):

    1. Diviso da seo do rio em certo nmero de posies para levantamento do perfil de

    velocidades;

    2. Levantamento do perfil de velocidades;

    3. Clculo da velocidade mdia de cada perfil;

    4. Determinao da vazo pelo somatrio do produto de cada velocidade mdia por sua

    rea de influncia (Figura 1).

    Figura 1.Traado do perfil da seo transversal para medio da vazo com molinete.

    Para estimar o nmero de pontos verticais e horizontais para serem efetuadas

    as medies das velocidades, sero utilizadas tabelas de Dnaee (1977) e Parigot (1948),

    citados por Barth et al (1987), que determinam os pontos de acordo com a profundidade e

    largura do curso de gua, Tabelas 2, 3 e 4.

    Tabela 2. Nmero de posies verticais de acordo com a profundidade.PROFUNDIDADE (M) POSIO NA VERTICAL EM

    RELAO hN PONTOS

    0,15 - 0,60 0,6h 10,6 1,20 0,2 e 0,8h 21,20 2,0 0,2; 0,6 e 0,8h 32,0 4,0 0,2; 0,4; 0,6 e 0,8h 4

    > 4,0 S; 0,2; 0,4; 0,6; 0,8h e F 5

    S = superfcie; F = fundo; h = profundidade

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    Tabela 3. Formula para clculo das velocidades mdias nas verticais.N PONTOS Velocidade mdia na vertical

    1 V= V0,62 V= (V0,2+V0,8)/23 V=(V0,2+2V0,6+V0,8)/44 V=(V0,2+2V0,4+2V0,6+V0,8)/65 V=(VS+2(V0,2+V0,4+V0,6+V0,8)+Vf/10

    Tabela 4. Distncias entre as verticais de acordo com a largura do rio.

    Largura do rio m Distncias entre verticais m

    3,00 0,303,00 6,00 0,506,00 15,00 1,0015,00 50,00 2,0050,00 80,00 4,00

    80,00 150,00 6,00150,00 250,00 8,00

    250,00 12,00

    O equipamento utilizado para as medies das vazes foi um micro molinete

    modelo FP 101-201 Flow Probes, marca Global Water de propriedade da Faculdade de

    Cincias Agronmicas UNESP de Botucatu (Figura 2).

    Figura 2. Equipamento utilizado para medio das vazes.

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    No perodo de estiagem foram realizadas medies nos dias 27/10/2011, nos

    pontos onde no seria necessrio o uso de embarcao e no dia 07/11/2011, nos pontos onde

    foi necessria a utilizao de embarcao. Para a medio do dia 07/11/2011 houve a

    colaborao de funcionrios do SAAE que acompanharam a equipe e emprestaram o barco e

    da FATEC JAHU que cedeu as roupas e equipamentos complementares para a realizao

    das medies. As medies do perodo de cheia foram realizadas nos dias 14 e 15 de maro

    nos mesmos pontos realizados anteriormente.

    3.2.2.3 Atualizao da rede de drenagem

    A atualizao da rede de drenagem foi executada sobrepondo-se a vetorizao

    dos rios realizada pelas cartas do IGC 1980, sobre as imagens de 2010. Pela edio

    vetorial pode-se traar a nova configurao dos rios da bacia do rio Lenis.

    3.2.2.4 Caracterizao da bacia

    3.2.2.4.1 Caracterizao Fisiogrficas da Sub-Bacia

    As caractersticas fsicas de uma sub-bacia o que a diferencia ou aproxima

    de outras, e dessa forma possibilita a definio de padres de comportamentos de drenagem,

    que podero ser utilizados para a gesto de sua rea (ROCHA, 1997).

    As caractersticas que foram estimadas nesse trabalho so: rea de drenagem,

    forma da bacia determinada pelos: coeficientes de compacidade e de forma, densidade dedrenagem, declividade mdia e sinuosidade do curso de gua e perfil longitudinal do rio.

    a) rea de Drenagem

    A rea de drenagem da bacia do rio Lenis foi determinada atravs da

    delimitao do divisor de guas, conforme descrito acima, e servir como elemento bsico

    para o clculo das outras caractersticas fsicas.

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    b) Coeficiente de Compacidade

    A forma de uma sub-bacia pode ser definida pelo Coeficiente de

    Compacidade que a relao entre o permetro da bacia e a circunferncia de um crculo de

    rea igual ao da bacia, e dado pela equao:

    onde: P permetro, e A rea da bacia.

    c) Fator de Forma

    O fator de forma relaciona a largura mdia e o comprimento axial da bacia e

    tambm ir indicar sua propenso enchente. Desta forma temos:

    Kf = A/L!

    onde: A= rea da bacia

    L= comprimento da bacia

    d) Padres e Densidade de Drenagem

    O padro de drenagem um indicador das caractersticas do escoamento de

    uma precipitao. Alguns parmetros foram desenvolvidos para representar os padres de

    drenagem, como o caso da ordem dos cursos de gua que definem o grau de ramificao.

    A densidade de drenagem define se uma bacia bem drenada e relaciona a

    soma dos comprimentos dos cursos de gua e a reada bacia hidrogrfica. Assim densidadede drenagem dada por:

    Onde: D = densidade de drenagem, em km/ha

    A = rea da sub-bacia, em ha

    bacia, em Km.

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    f) Sinuosidade do Curso de gua

    Este ndice dado pela relao entre o comprimento do rio principal (Lp) e o

    comprimento, em linha reta, da foz nascente (Lr). Essa informao possibilita anlises com

    relao ao arraste de partculas slidas e possveis reas de assoreamento

    Sin = Lp / Lr

    g) Perfil Longitudinal do Rio

    Ao analisar o perfil longitudinal, possvel constatar sua declividade ou

    gradiente altimtrico, pois se trata de uma relao visual entre a altitude e o comprimento de

    um determinado curso dgua. O perfil longitudinal de um rio est intimamente ligado ao

    relevo, pois corresponde diferena de altitude entre a nascente e a confluncia com um

    outro rio. A velocidade do escoamento de um rio depende da declividade da calha fluvial ou

    lveo: quanto maior a declividade, maior a velocidade do escoamento e mais pronunciados e

    estreitos sero os hidrogramas das enchentes. Foi considerada a declividade mdia, obtida

    dividindo-se o desnvel entre a nascente e a foz pela extenso total do curso d'gua principal.

    S =HL

    , onde:

    S declividade mdia, em m/km;

    H diferena entre cotas do ponto mais afastado e o considerado, em m;

    L comprimento axial da bacia, ou, comprimento total do curso dgua principal, em m.

    h) Declividade Mdia da Sub-Bacia

    A declividade mdia de uma sub-bacia tambm determina maior ou menor

    velocidade de escoamento superficial. Para o clculo da declividade mdia utilizou a

    equao abaixo:

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    Onde: H = declividade mdia (%);

    = somatrio dos comprimentos de todas as curvas de nvel, na sub-bacia (hm);

    A = rea da sub-bacia (ha).

    Um valor alto para H indica uma declividade mdia alta e uma resposta

    rpida da bacia a uma precipitao.

    3.2.2.5 Mapa de declividade e Mapa Hipsomtrico

    A gerao de grades de Declividade ou TIN Triangular Irregular Network

    depende tambm da existncia de uma categoria do modelo numrico no banco de dados, a

    partir do qual foram gerados os mapas de declividade e hipsomtrico. Tanto a declividadequanto a exposio so calculadas a partir de derivadas parciais de primeira e segunda

    ordem obtidas de uma grade (retangular ou triangular) resultante dos valores de altitude da

    superfcie. Os produtos obtidos a partir de grades (triangulares ou retangulares) esto

    distribudos por funes, disponveis a partir do menu principal do SIG SPRING, e

    requerem que o plano de informao contenha a representao Grade ou Tin, disponvel no

    Painel de Controle.

    3.2.2.6 Mapa de uso e ocupao

    O mapa de uso e ocupao do solo foi obtido pela classificao em tela, a

    partir das imagens ALOS de 2010. Os usos foram definidos da seguinte forma: cana de

    acar, pastagem, silvicultura, vegetao nativa, cultura perene, cultura anual, municpios,

    edificao, mata ciliar e gua.

    A partir dessa classificao foi gerado o mapa de usos da rea da bacia do rioLenis.

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    3.2.2.7 Gerao de APP

    Foram geradas as reas de Preservao Permanente - APP na rede de

    drenagem atualizada, nos cursos de gua, bem como nas nascentes que devem apresentar

    APP diferenciada, segundo o Cdigo Florestal de 2012. Utilizou-se para tanto a ferramenta

    Buffer, do SEXTANTE no gvSIG.

    3.2.2.8 Metodologia de cruzamentos de mapas

    Um Sistema de Informao Geogrfica, alm de permitir a criao de um

    banco de dados georreferenciado, possibilitando a obteno de vrias informaes

    importantes, tambm permite que essas informaes sejam cruzadas gerando resultados

    essenciais ao planejamento de forma rpida e precisa.

    Para realizar esse cruzamento de mapas no gvSIG foram utilizadas as ferramentas do

    SEXTATE,

    3.2.2.9 Mapa de Capacidade de uso

    Para auxiliar na formao do diagnstico ambiental foi gerado pelo SIG um

    mapa de capacidade do uso da terra tendo como base o sistema de classificao de terras em

    capacidade de uso desenvolvido por Lepsch et al. (1991), para atender planejamentos de

    prticas de conservao do solo atravs de correlaes passveis de compreenso eelaborao de solues no que diz respeito ao manejo do uso de reas de ocupao humana

    baseando-se no uso dos solos. O princpio deste sistema de classificao a seleo de reas

    e tcnicas de uso da terra mais recomendadas e adaptadas para o meio fsico, preservando o

    melhor possvel os recursos ambientais e buscando a estabilidade estrutural dos solos, sem

    perder sua capacidade produtiva. Lepsch et al. (1991) hierarquizaram as categorias do

    sistema de classificao em capacidade de uso da seguinte forma:

    Grupos de capacidade de uso (A, B e C). So estabelecidos com base nos tipos deintensidade de uso das terras.

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    Classes de capacidade de uso (I a VIII). So baseadas no grau de limitao de uso;

    Subclasses de capacidade de uso (IIe, IIIe, IIIa, etc.). So baseadas na natureza da

    limitao de uso que podem ser referentes a solos (s), eroso (e), gua (a) e

    climticas (c).

    Unidades de capacidade de uso (IIe-1, IIe-2, etc.). So baseadas em condies

    especficas que afetam o uso ou manejo da terra.

    Sero consideradas as seguintes classes de uso do solo para classificao de

    terras no sistema de capacidade de uso:

    GRUPO A terras passveis de utilizao com culturas anuais, perenes, pastagens

    e/ou reflorestamento e vida silvestre, comportando as classes de capacidade de uso I,

    II, III e IV.

    GRUPO B terras imprprias para cultivos intensivos, mas ainda adaptadas para

    pastagens ou reflorestamento e/ou vida silvestre, compreendendo as classes de

    capacidade de uso V, VI e VII.

    GRUPO C terras no adequadas para cultivos anuais, perenes, pastagens e/ou

    reflorestamento, porm, apropriadas para proteo da flora e fauna silvestre,

    recreao ou armazenamento de gua, comportando apenas a classe VIII.

    3.2.2.10 Mapa de conflitos de usos

    O mapa de conflitos de usos foi gerado com o cruzamento do mapa de usos e

    o mapa de capacidade de uso. Tambm foi gerado um mapa especfico de conflito em APP.

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    4.RESULTADOS

    4.1 Diagnstico ambiental

    Neste item sero apresentados os resultados que compem o Diagnstico

    Ambiental da Bacia do Rio Lenis conforme segue.

    4.1.1 Balano hdrico

    A Figura 3 mostra a localizao das estaes cujos dados foram utilizados e a

    Tabela 5 demonstra os dados de precipitao e temperatura referentes aos trs postos de

    coleta no perodo de janeiro a dezembro de 2011 e a mdia das estaes.

    Figura 3. Estaes com dados de Precipitao e Temperatura, IPMET, Lwarcel e Razen.

    Pode-se perceber, pela Figura 3 que apenas uma estao encontra-se dentro

    do limite da bacia. Este fato deve-se a dificuldade de obteno de dados suficientes para

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    elaborao do balano hdrico na bacia. Estas estaes: IPMET, Lwarcel e Razen so as

    nicas nas proximidades da rea que possuem dados de precipitao e temperatura e mesmo

    assim no contam com series histricas, o que prejudica os estudos e pesquisas que precisam

    ser desenvolvidos para gerar informaes.

    Tabela 5. Dados de P e Tm no perodo de janeiro a dezembro de 2011.

    IPMET Lwarcel Razen Mdias

    P Tm P Tm P Tm Pm Tm_m

    493 25,40 465 25,26 461,40 25,00 473,13 25,22172 25,60 146 26,43 160,20 24,90 159,40 25,64

    144 23,30 233 22,71 200,00 22,70 192,33 22,90

    89 23,10 128 24,05 108,40 22,20 108,47 23,12

    23 19,40 5 20,00 24,40 18,40 17,47 19,27

    45 17,80 70 17,67 48,80 16,50 54,60 17,32

    8 20,10 5 19,85 7,20 19,30 6,73 19,75

    40 21,20 38 21,68 40,60 20,10 39,53 20,99

    3 22,40 2 23,07 3,00 20,80 2,67 22,09

    209 23,20 332 24,32 179,20 22,40 240,07 23,31

    110 22,80 208 24,43 135,80 22,20 151,27 23,14181 24,60 165 25,59 124,40 24,20 156,80 24,80

    Observa-se, pelos dados da Tabela 5, que os valores de P e Tm nos trs postos

    de coleta apresentaram comportamento semelhante. Desta forma foi considerada a mdia

    dos postos para definir o Balano Hdrico - BH na bacia. Foram elaborados os clculos do

    BH para cada posto e, posteriormente, calculado o BH da mdia, onde foi verificada a

    semelhana de comportamento.

    As Figuras de 4 a 7 mostram os grficos obtidos a partir do BH nos trs

    postos de coleta e com a mdia.

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    Figura 5.BH normal mensal no ano de 2011 na bacia do Rio Lenis, SP.

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    Figura 6.Deficincia, Excedente, Retirada e Reposio hdrica ao longo do ano de 2011 na bacia do Rio Lenis, SP.

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    O balano hdrico em toda a bacia apresenta-se de forma semelhante, e

    confirma o clima predominante, pois de outubro a maro h ocorrncia de chuvas e de abril

    a setembro o periodo de estiagem. Em outubro inicia-se a reposio de gua no solo e

    dependendo da quantidade de precipitao, ainda em outubro h um excedente hdrico que

    perdura at maro ou abril, quando comea a retirada desse excedente e por volta do ms de

    julho at setembro ir ocorrer a deficincia hidrica.

    Pelos valores de dfcit e excedente hdricos e evapotranspirao potencial

    foram calculados os ndices: hdrico, de aridez e de umidade. A Tabela 6 demonstra os

    valores encontrados e esto plotados no grfico da Figura 8.

    Tabela 6. Valores para os ndices: Hdrico, Aridez e Umidade durante o ano de 2011 nabacia do rio Lenis SP.

    Ms Ih Ia Iu

    Jan 254,2868 0 254,2868

    Fev 25,61677 0 25,61677

    Mar 91,30694 0 91,30694

    Abr 15,05513 0 15,05513

    Mai 0 12,32425 -12,3242

    Jun 0 0 0

    Jul 0 32,66632 -32,6663

    Ago 0 24,83299 -24,833

    Set 0 72,76051 -72,7605

    Out 51,7526 0 51,7526

    Nov 47,03596 0 47,03596

    Dez 19,24686 0 19,24686

    TOTAL 54,99859 9,35276 45,64583

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    Figura 8. Grfico com os ndices: Hdrico, Aridez e Umidade durante o ano de 2011 na baciado rio Lenis SP.

    Os resultados para os ndices anuais so:

    Ih = 55 %

    Ia = 9 %

    Iu = 46 %

    4.1.2Vazo

    As medies realizadas foram prejudicadas pelo acesso aos locais de medio

    e tambm pelas datas das coletas. Alguns pontos no foram obtidas medidas e outros foram

    realocados.

    A Figura 9 demonstra os pontos onde foram efetuadas as medies e a Tabela

    7 evidencia os resultados obtidos nas medies e as variaes do perodo de estiagem e

    chuva.

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    Figura 9. Rede de drenagem da Bacia do Rio Lenis SP. Com os pontos onde foramrealizadas as medies das vazes.

    Tabela 7. Relao dos pontos onde foram realizadas as medies das vazes na bacia do

    Rio Lenis - SP.

    Ponto Crrego/rio DATAQ mdiam"/s

    DATAQ mdiam"/s

    Variao%

    1 Crrego do Tapero out/11 0,010 mar/12 0,000

    2 Crrego do Tapero out/11 0,910 mar/12 0,150

    3 Crrego das Antas out/11 0,470 mar/12 0,296

    4 Crrego Faxinal out/11 0,290 mar/12 0,940 3,241

    5 Rio Lenis out/11 0,000 mar/12 2,680

    6 Crrego da Prata out/11 0,000 mar/12 1,460

    7 Crrego Barra Grande out/11 0,000 mar/12 0,660

    8 Ribeiro Fartura out/11 1,400 mar/12 2,530 1,807

    9 Rio Lenis out/11 1,560 mar/12 7,783 4,989

    10 Crrego Areia Branca out/11 1,410 mar/12 8,060 5,716

    11 Rio Lenis out/11 0,000 mar/12 0,000

    12 Ribeiro Paraso out/11 2,390 mar/12 0,000

    13 Foz do Rio Lenis out/11 8,720 mar/12 19,490 2,235

    14 Crrego Boa Vista out/11 0,070 mar/12 0,000

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    Pela Tabela 7 observa-se que alguns pontos ficaram sem resultado, pois no

    perodo de estiagem houve a ocorrncia de chuvas logo aps as primeiras medies e desta

    forma optou-se pela no realizao das medidas seguintes que alterariam os resultados. No

    perodo de chuva, alguns locais apresentaram difcil acesso e outros, como o caso do ponto

    1, no foi possvel a realizao de medida. Isso se deveu ao fato do local apresentar muitas

    nascentes prximas e desta forma o molinete no conseguiu fazer a leitura do fluxo, pela

    interferncia das correntes. A opo para o preenchimento dessas leituras seria a verificao

    do percentual de variao da vazo nos corpos de gua que compem a bacia. No foi

    possvel esse preenchimento, pois fica demonstrado pelos resultados que existe uma grande

    variao de vazo em cada crrego que compem a bacia do rio Lenis.

    O ponto 3 foi medido mais de uma vez em datas diferentes e o resultado

    inconsistente permaneceu, com uma medida maior na estao de estiagem (0,470m"/s) em

    comparao com a estao chuvosa (0,296m"/s). Este ponto merece um estudo mais

    detalhado, pois o crrego das Antas corta o municpio de Borebi e recebe toda carga de

    efluente domstico do municpio. Talvez isso tenha alterado o resultado deixando-o

    contraditrio ou na ocasio da segunda medio, na estao chuvosa estivesse ocorrendo a

    retirada de gua. O mesmo ocorreu no ponto dois, que apresentou 0,91m"/s na medio de

    outubro e 0,15m"/s na medio de maro que tambm foi repetida por mais duas vezes e a

    inconsistncia permaneceu.

    Vale ressaltar a variao ocorrida no ponto 10 que foi quase seis vezes maior

    que a medio da estiagem. Por ocasio da medio, no dia 15 de maro, ocorreu uma chuva

    de 92 mm a montante, medida no pluvimetro da ASCANA denominado Boa Esperana. A

    mesma variao foi verificada no ponto 9 no rio Lenis, porm quando foi efetuada amedio no havia a ocorrncia de chuva, o que demonstra uma grande variao naquele

    ponto. J em sua foz o volume medido foi mais que o dobro de uma estao para outra indo

    de 8,72m"/s em outubro na estiagem para 19,49m"/s em maro.

    Em anexo encontra-se um relatrio fotogrfico das medies das vazes.

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    4.1.3 Caracterizao da Bacia

    Para a extrao dos parmetros para caracterizao da bacia foi gerado o

    MNT, Figura 10. A Tabela 8 demonstra a quantificao das faixas hipsomtricas.

    Figura 10. Modelo Numrico do Terreno da rea da Bacia do Rio Lenis SP.

    Tabela 8. Hipsometria da rea da bacia do Rio Lenis SP.

    FAIXA ALTIMTRICA REA km! %430-470 4,945 0,53470-510 22,755 2,42510-550 79,434 8,46550-590 125,493 13,36

    590-630 263,458 27,69630-670 240,339 25,59670-710 130,632 13,92710-750 50,269 5,35750-790 19,585 2,08790-830 5,585 0,59830-870 0,037 0,01TOTAL 942,532 100

    Pela quantificao das reas verifica-se que h a ocorrncia maior das faixas

    de altitude de 590 a 760m, que correspondem a 53,3% da rea da bacia. A segunda maior

    ocorrncia fica com as faixas de altitude de 550 a 590 (13,4%) e 670 a 710 (13,9%).

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    Tambm foi gerado o mapa de declividade da bacia demonstrado pela Figura

    11 e a Tabela 9, que demonstra as quantificaes das ocorrncias.

    Figura 11. Mapa de declividade da rea da Bacia do Rio Lenis SP.

    Tabela 9. Faixas de declividade encontradas na rea da bacia do Rio Lenis SP.FAIXA DECLIVIDADE-% REA km! %

    0 3 239,176 25,38

    3 6 276,820 29,37

    6-12 305,498 32,4112-20 94,862 10,06

    20-40 23,761 2,52

    >40 2,414 0,26

    TOTAL 942,532 100

    A faixa de declividade com maior incidncia a que est entre 6-12% com

    32,4% e as faixas com porcentagens de declividades menores (0-3 e 3-6%) somam 54,75%

    da rea da bacia.

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    A Tabela 10 evidencia as caractersticas da bacia do Rio Lenis em seus

    aspectos morfometricos.

    Tabela 10. Caractersticas fsicas da bacia do Rio Lenis - SP.

    Caractersticas Morfomtricas Valores /Unidadesrea de drenagem (A) 942,532 km!Permetro (P) 184,585 kmComprimento do canal principal (Lp) 78,078 kmComprimento Axial (L) 40,117 km

    Altitude mnima 428,37 mAltitude mxima 828,85 mCoeficiente de compacidade (Kc) 1,683Fator de Forma (Kf) 0,585Sinuosidade 1,946Declividade mdia 7,175 %Declividade mdia do rio Lenis 0,0027 m/kmOrdem da bacia 5Densidade de drenagem (Dd) 1,091 km/km!

    Densidade de drenagem atual (Dd_at) 0,985 km/km!

    O fator de forma e o coeficiente de compacidade demonstram qual a

    tendncia de enchente aps a precipitao em uma sub-bacia. Uma bacia com um fator de

    forma baixo menos sujeita a enchentes que outra de mesmo tamanho, porm com maior

    fator de forma. Portanto pelo resultado obtido para o fator de forma de 0,585 na bacia do Rio

    Lenis, pode-se dizer que a rea pouco sujeita a enchentes. O coeficiente de compacidade

    um nmero adimensional, assim como o fator de forma, e que varia com a forma da bacia,

    independentemente do seu tamanho. Um coeficiente mnimo igual unidade corresponderia

    a uma bacia circular. No caso da sub-bacia estudada, o coeficiente de compacidade foi

    definido pelo valor 1,683, que define tambm a baixa probabilidade de ocorrncia de

    enchentes.

    O valor obtido para a densidade de drenagem na sub-bacia (1,091 km/km!),

    atravs das medidas extradas das cartas do IGC, a coloca como uma bacia de drenagem

    mdia/baixa para pouco drenada, uma vez que os limites para pouco e muito drenadas esto

    entre 0,5 e 3,5 km/km!, respectivamente. O resultado da densidade de drenagem atualizada

    (0,985 km/km!) pelas imagens de satlite de 2010 classifica a bacia mais para baixa

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    densidade de drenagem. Em ambas as situaes confirmam-se mais uma vez a pequena

    predisposio para ocorrncia de enchentes. Pela atualizao da drenagem tambm se

    verifica que a mesma encolheu aproximadamente 20% no perodo de 1980 (IGC) a 2010

    (imagens ALOS).

    O padro de drenagem um indicador das caractersticas do escoamento de

    uma precipitao. Alguns parmetros foram desenvolvidos para representar os padres de

    drenagem, como o caso da ordem dos cursos de gua, que pelas leis de Horton determinam

    que a ordem do curso de gua uma medida da ramificao dentro de uma bacia. A bacia do

    Rio Lenis pela classificao citada se apresenta como de 5 ordem.

    O ndice de sinuosidade de um curso de gua dado pela relao entre o

    comprimento do rio principal (Lp) e o comprimento, em linha reta, da foz nascente -

    Talvegue. Desta forma quanto mais aproximar-se de 1 o valor obtido, menor ser a

    sinuosidade do rio, e portanto maior a velocidade de escoamento das guas no leito do rio. O

    Rio Lenis apresenta um ndice de sinuosidade de 1,946 confirmando a baixa propenso

    enchentes, porm essa informao tambm possibilita anlises com relao ao arraste de

    partculas slidas e possveis reas de assoreamento e pelo ndice obtido pode-se dizer que o

    rio propenso possuir tais reas que configuram os seus meandros.

    A declividade mdia de uma sub-bacia determina maior ou menor velocidade

    de escoamento superficial. Portanto ela determinar o maior ou menor grau de eroso,

    associada a cobertura vegetal, tipo de solo e tipo de uso da terra (ROCHA, 1991). A

    declividade mdia na bacia de 7,175 % considerado moderado. Um valor alto para H

    indicaria uma declividade mdia alta e uma resposta rpida da bacia a uma precipitao.

    Ao analisar o perfil longitudinal, possvel constatar sua declividade ougradiente altimtrico, pois se trata de uma relao visual entre a altitude e o comprimento de

    um determinado curso dgua. O perfil longitudinal de um rio est intimamente ligado ao

    relevo, pois corresponde diferena de altitude entre a nascente e a confluncia com um

    outro rio. A velocidade do escoamento de um rio depende da declividade da calha fluvial ou

    lveo: quanto maior a declividade, maior a velocidade do escoamento e mais pronunciados e

    estreitos sero os hidrogramas das enchentes. Foi considerada a declividade mdia, obtida

    dividindo-se o desnvel entre a nascente e a foz pela extenso total do curso d'gua principal,

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    que neste caso obteve-se uma declividade de 0,00279 m/m ou 2,79 m/km indicando uma

    declividade mdia do rio principal tambm moderada.

    4.1.4 Solos

    O mapa de solos foi gerado a partir do Levantamento Pedolgico do Estado

    de So Paulo IAC, pois o projeto no previu um levantamento detalhado da rea da bacia.

    Este mapa alm de compor uma base com o recorte da bacia serviu para a elaborao do

    mapa de classes de usos segundo a classificao de Lepsch et al. (1991).

    A Figura 12 e Tabela 11 demonstram os tipos de solos encontrados na rea da

    bacia.

    Figura 12. Mapa de solos da rea da Bacia do Rio Lenis SP.

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    Tabela 11. Quantificao das ocorrncias dos tipos de solo na rea da bacia do Rio Lenis-SP.

    TIPO DESCRIOREAKm!

    %

    LV1Latossolos Vermelhos eutrofrricos e distrofrricos A moderado textura

    argilosa relevo plano e suave ondulado.307,565 32,75

    LV6Latossolos Vermelhos eutrofrricos e distrofrricos relevo plano e suaveondulado + Nitossolos Vermelhos eutrofrricos relevo suave ondulado e

    ondulado ambos A moderado e A chernozmico textura argilosa.0,291 0,03

    LV45Latossolos Vermelhos distrficos A moderado textura mdia relevo

    plano e suave ondulado.53,712 5,72

    LV52

    Latossolos Vermelhos-Amarelos distrficos + Latossolos Vermelhos

    distrficos ambos textura mdia relevo suave ondulado + ArgissolosVermelhos-Amarelos distrficos textura arenosa/mdia e mdia relevo

    suave ondulado e ondulado todos A moderado.

    79,666 8,48

    LV56Latossolos Vermelhos distrficos + Latossolos Vermelhos-Amarelos

    distrficos ambos A moderado textura mdia relevo plano e suaveondulado.

    428,310 45,61

    NV1Nitossolos Vermelhos eutrofrricos + Latossolos Vermelhos

    eutrofrricos ambos A moderado textura argilosa relevo suave onduladoe ondulado.

    6,097 0,65

    PVA2Argissolos Vermelhos-Amarelos eutrficos abrpticos ou no A

    moderado textura arenosa/mdia e mdia relevo suave ondulado eondulado.

    66,891 7,12

    TOTAL 942,532 100

    Observando a Figura e Tabela 11 se percebe a predominncia do Latossolo

    Vermelho e suas subclasses em 90% da rea da bacia e do restante, 7% Argissolo e menos

    de 1% Nitossolo que ocorre na rea bem prxima da foz.

    4.1.5 Imagem ALOS

    Para o mapeamento do uso e cobertura da Bacia do Rio Lenis, bem como

    da atualizao de sua rede de drenagem foi utilizado um mosaico composto de trs cenas do

    sensor AVNIR-2, referentes s seguintes datas conforme Tabela 12:

    Tabela 12. Datas de passagem do satlite ALOS/AVNIR-2Cena Data

    ALAV2A225294050 14/04/2010ALAV2A225294060 19/03/2010

    ALAV2A202684060 16/03/2011

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    O sensor AVNIR-2 um radimetro que opera nas regies do visvel e

    infravermelho, desenvolvido para mapeamentos temticos, com nfase em uso e cobertura

    radiomtrica de 8 bits.

    As imagens foram trabalhadas para a montagem do mosaico da bacia, Figura

    13, para que fosse realizada a atualizao de toda rede de drenagem, bem como o uso e

    ocupao da rea.

    Figura 13. Recorte da Bacia do Rio Lenis SP a partir das Imagens ALOS 2010.

    4.1.6 Atualizao da Rede de Drenagem

    A rede de drenagem da rea da bacia do Rio Lenis foi vetorizada a partir

    das cartas do IGC, conforme dito anteriormente e foram atualizadas pelas imagens de

    satlite ALOS AVNIR-2 de 2010. Primeiramente foi feita a atualizao em tela e

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    posteriormente os dados foram confirmados a campo e atravs de informaes das pessoas

    que possuem conhecimento da rea.

    As nascentes foram localizadas pela imagem ALOS e onde persistiu duvida

    foram eliminadas com pesquisa de campo e relatos dos proprietrios das reas.

    A Figura 14 e Tabela 13 demonstram os corpos de gua que encolheram ou

    sumiram durante o perodo de 1980 (IGC) e 2010 (ALOS).

    Figura 14. Atualizao da Rede de Drenagem da Bacia do Rio Lenis SP.

    Pela atualizao da rede de drenagem pode-se constatar a perda de 20% do

    comprimento total da rede de drenagem, que correspondem a 174,821 km.

    Tabela 13. Atualizao do comprimento da rede de drenagem na bacia do Rio Lenis SP.Comprimento total dos canais IGC 1980 (Lt) 1.028,479 kmComprimento total dos canais atualizada - 2010 (Lt_at) 853,658 kmPerda de comprimento dos canais 174,821 kmPerda de comprimento dos canais em porcentagem 20 %

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    Rua Dr. Jos Barbosa de Barros, 1780 - Cep. 18610-307 - BOTUCATU-SP

    Fone (14) 3811-7127 - Tel/Fax: (14) 3882-6300 e-mail: [email protected]

    4.1.7 APP

    A partir da rede de drenagem atualizada foi gerada a APP, de acordo com a

    legislao vigente. A Figura 15 demonstra a APP na rea da bacia do Rio Lenis.

    Figura 15. APP da rea da bacia do Rio Lenis SP.

    Pela APP gerada foi constatada uma rea total, incluindo nascentes (50m) emargens (30m) de 56, 466 km!.

    44S.A.A.E. Lenis Paulista Cpia No Controlada Disponibilizado no site www.saaelp.sp.gov.br

  • 7/25/2019 PROJETO: DIAGNSTICO AMBIENTAL DO RIO LENISSERVIO AUTNOMO DE GUA E ESGOTO DE LENIS PAULI

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    4.1.8 Mapa de Uso e Ocupao

    A Figura 16 e Tabela 14 trazem os usos identificados pela classificao em

    tela da imagem ALOS de 2010.

    Figura 16. Mapa de uso e ocupao da rea da bacia do Rio Lenis SP.

    Tabela 14. Quantificao dos usos encontrados na rea da bacia do Rio Lenis SP.

    USO REA km! %rea Urbana Consolidada 27,216 2,888

    Edificaes Rurais 10,659 1,131Silvicultura 81,157 8,611Cana de Acar 609,661 64,683

    Vegetao Nativa 36,839 3,909Mata em recomposio 73,380 7,785

    Cultura Anual 6,431 0,682Cultura Perene 5,095 0,541

    Pastagem 90,903 9,645Agua 1,190 0,126

    TOTAL 942,532 100

    Pode-se constatar a grande predominncia da cultura da cana de acar na

    rea da bacia (64,68%) e apenas 10% da rea com mata nativa e em recomposio.

    45S.A.A.E. Lenis Paulista Cpia No Controlada Disponibilizado no site www.saaelp.sp.gov.br

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