projeto de regulamento de venda ambulante, feiras e de ... · ... sorteio para atribuição do...

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1 ÍNDICE Preâmbulo Capítulo I Disposições gerais Secção I Âmbito de aplicação, definições e siglas Artigo 1º Objeto Artigo 2º Definições Artigo 3º Siglas Capítulo II Exercício da atividade de comércio a retalho não sedentário Artigo 4º Exercício da atividade de comércio a retalho não sedentário Artigo 5º Cartão de vendedor ambulante e feirante Artigo 6º Comercialização de bens Artigo 7º Afixação de preços Artigo 8º Produtos proibidos Capítulo III Venda ambulante Secção I Zona e locais autorizados à venda ambulante Artigo 9º Locais de venda Artigo 10º Alteração dos locais de venda Artigo 11º Locais proibidos Artigo 12º Zonas de proteção Artigo 13º Horário da venda ambulante Artigo 14º Condições de atribuição do direito de uso do espaço público Artigo 15º Sorteio para atribuição do direito de uso do espaço público Artigo 16º Ato público Artigo 17º Espaços vagos Secção II Dos direitos, deveres e das proibições Artigo 18º Direitos dos vendedores Artigo 19º Deveres dos vendedores Artigo 20º Práticas proibidas PROJETO DE REGULAMENTO DE VENDA AMBULANTE, FEIRAS E DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DE RESTAURAÇÃO OU DE BEBIDAS COM CARÁTER NÃO SEDENTÁRIO DO MUNICÍPIO DE ALENQUER

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ÍNDICE

Preâmbulo

Capítulo I – Disposições gerais

Secção I – Âmbito de aplicação, definições e siglas

Artigo 1º – Objeto

Artigo 2º – Definições

Artigo 3º – Siglas

Capítulo II – Exercício da atividade de comércio a retalho não sedentário

Artigo 4º – Exercício da atividade de comércio a retalho não sedentário

Artigo 5º – Cartão de vendedor ambulante e feirante

Artigo 6º – Comercialização de bens

Artigo 7º – Afixação de preços

Artigo 8º – Produtos proibidos

Capítulo III – Venda ambulante

Secção I – Zona e locais autorizados à venda ambulante

Artigo 9º – Locais de venda

Artigo 10º – Alteração dos locais de venda

Artigo 11º – Locais proibidos

Artigo 12º – Zonas de proteção

Artigo 13º – Horário da venda ambulante

Artigo 14º – Condições de atribuição do direito de uso do espaço público

Artigo 15º – Sorteio para atribuição do direito de uso do espaço público

Artigo 16º – Ato público

Artigo 17º – Espaços vagos

Secção II – Dos direitos, deveres e das proibições

Artigo 18º – Direitos dos vendedores

Artigo 19º – Deveres dos vendedores

Artigo 20º – Práticas proibidas

PROJETO DE REGULAMENTO DE VENDA AMBULANTE, FEIRAS E DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DE RESTAURAÇÃO OU DE BEBIDAS COM

CARÁTER NÃO SEDENTÁRIO DO MUNICÍPIO DE ALENQUER

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Capítulo IV – Dos equipamentos e dos produtos

Secção I – Condições de higiene no transporte e acondicionamento de géneros

alimentícios

Artigo 21º – Transporte e acondicionamento de géneros alimentícios

Artigo 22º – Exposição dos produtos

Artigo 23º – Venda de peixe, produtos láteos e seus derivados

Artigo 24º – Venda de carne e seus produtos

Artigo 25º – Venda de aves e animais vivos

Artigo 26º – Venda de pastelaria, pão e produtos afins.

Artigo 27º - Comprovativo de aptidão

Artigo 28º – Instrumentos de aferição

Capítulo V – Feiras

Secção I – Disposições gerais

Artigo 29º – Objeto

Artigo 30º – Competências

Secção II – Do exercício da atividade

Artigo 31º – Período de funcionamento, horário de abertura e suspensão

Artigo 32º – Recinto

Artigo 33º – Organização do espaço

Artigo 34º – Condições de admissão dos feirantes e atribuição dos espaços de venda

Artigo 35º – Atribuição do espaço de venda

Artigo 36º – Sorteio de espaços de venda

Artigo 37º – Ato público

Artigo 38º – Espaços vagos

Artigo 39º – Atribuição de lugares a participantes ocasionais

Secção III – Dos direitos, deveres e proibições dos feirantes

Artigo 40º – Direitos dos feirantes

Artigo 41º – Deveres dos feirantes

Artigo 42º – Proibições dos feirantes

Artigo 43º – Responsabilidade

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Capítulo VI - Serviços de restauração e bebidas com caráter não sedentário

Artigo 44º – Objeto

Artigo 45º – Do exercício da atividade

Artigo 46º – Requisitos da prestação de serviços de restauração ou de bebidas em

unidades móveis ou amovíveis em feiras

Artigo 47º – Elementos Instrutórios da comunicação prévia com prazo

Artigo 48º – Decisão

Artigo 49º- Ocupação do espaço público decorrente da prestação de serviços de

restauração e de bebidas com caráter não sedentário

Artigo 50º – Título

Capítulo VII – Fiscalização, regime sancionatório e sanções

Artigo 51º – Entidades fiscalizadoras e competência para a fiscalização

Artigo 52º – Contra ordenações

Artigo 53º – Sanções acessórias

Artigo 54º – Regime de apreensão

Artigo 55º – Depósito de bens

Capítulo VIII – Caducidade

Artigo 56º – Competência sancionatória

Artigo 57º - Caducidade do direito à ocupação

Capítulo IX – Disposições finais

Artigo 58º - Taxas

Artigo 59º – Dúvidas e omissões

Artigo 60º – Norma revogatória

Artigo 61º – Entrada em vigor

Anexo I – Produtos permitidos

Anexo II – Locais proibidos e zonas de proteção

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PREÂMBULO

O Decreto-Lei n.º 48/2011, de 1 de abril, diploma legal que regula o regime

denominado «Licenciamento Zero», constitui uma profunda alteração ao modelo de

controlo prévio em diversas áreas de intervenção por parte das Autarquias Locais;

Por força da publicação da Lei n.º 27/2013, de 12 de abril, que simplifica o regime

jurídico a que fica sujeita a atividade de comércio a retalho não sedentária exercida

por feirantes e vendedores ambulantes, bem como o regime aplicável às feiras e aos

recintos onde as mesmas se realizam, impõe-se ao Município diligenciar no sentido de

conformar os atuais regulamentos que regulam estas matérias com o consagrado

naquele diploma legal.

Nessa conformidade, foi criado um novo regime jurídico que resulta da necessidade de

conformar o regime anteriormente vigente com o constante no Decreto-Lei n.º 92/

2010, de 26 de julho, que transpôs para a ordem jurídica interna a Diretiva n.º

2006/123/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 12 de dezembro, relativa aos

serviços no mercado interno e que veio simplificar os procedimentos no sentido de

proporcionar aos agentes económicos um ambiente mais favorável à realização dos

negócios.

Neste sentido, reduzem-se custos de contexto através da simplificação dos

procedimentos administrativos, substituindo-se a obrigação de obtenção de vários

cartões de feirante e vendedores ambulantes com validade temporalmente limitada,

por um título de exercício de atividade sem custos, válido em todo o território nacional

para o exercício da atividade de feirante ou vendedor ambulante, apenas sujeito a

atualização quando ocorram alterações que o justifiquem, nomeadamente de natureza

jurídica ou relativas à atividade económica.

Prevê-se, igualmente, a possibilidade do feirante ou vendedor ambulante iniciar a sua

atividade após a regular submissão do pedido de registo, bem como a possibilidade de

exercício destas atividades por agentes económicos estabelecidos noutros estados

PROJETO DE REGULAMENTO DE VENDA AMBULANTE, FEIRAS E DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DE RESTAURAÇÃO OU DE BEBIDAS COM

CARÁTER NÃO SEDENTÁRIO DO MUNICÍPIO DE ALENQUER

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membros da EU/ ou do Espaço Económico Europeu de forma ocasional e esporádica,

sem necessidade de registo nacional.

Assim, no uso do poder regulamentar conferido às autarquias locais, pelo artigo 241º

da CRP e do estabelecido na alínea k) do n.º 1 do artigo 33º, conjugado com a alínea

g) do n.º 1 do artigo 25º da Lei n.º 75/2013, de 12 de setembro, a Câmara Municipal de

Alenquer e a Assembleia Municipal aprovam o presente Regulamento.

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Capítulo I

Disposições gerais

Secção I

Âmbito de aplicação, definições e siglas

Artigo 1º

Objeto

1. O presente regulamento estabelece as regras para o exercício da venda ambulante

na área do município de Alenquer, regulando as zonas, locais e horários autorizados à

venda ambulante, bem como as condições de ocupação do espaço, colocação dos

equipamentos e exposição dos produtos.

2. O presente regulamento estabelece ainda as regras de funcionamento das feiras do

município de Alenquer, fixando as condições de admissão dos feirantes, os critérios

para a atribuição dos espaços de venda, assim como as normas de funcionamento

das feiras e o horário de funcionamento das mesmas.

3. A ocupação do espaço público decorrente da prestação de serviços de restauração

e de bebidas com carater não sedentário, designadamente, em unidades móveis ou

amovíveis localizadas em feiras em espaços públicos autorizados para o exercício da

venda ambulante e em unidades móveis ou amovíveis localizadas em espaços

públicos ou privados de acesso público, regulada pelo Decreto-Lei n.º 48/2011, de 1

de abril, sem prejuízo do disposto no n.º 4 do artigo 20º da Lei n.º 27/2013, ou de 12

de abril.

4. Excetuam-se do âmbito do presente Regulamento:

a) Os eventos de exposição e de amostra, ainda que nos mesmos se realizem

vendas a título acessório;

b) Os eventos, exclusiva ou predominantemente destinados à participação de

agentes económicos titulares de estabelecimentos, que procedam a vendas

ocasionais e esporádicas fora dos seus estabelecimentos;

c) As mostras de artesanato, predominantemente destinadas à participação de

artesãos;

d) Os mercados municipais regulados pelo Decreto-Lei n.º 340/82, de 25 de

agosto;

e) A distribuição domiciliária efetuada por conta dos agentes económicos

titulares de estabelecimentos para fornecimento de géneros alimentícios,

bebidas ou outros bens de consumo doméstico corrente;

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f) A venda ambulante de lotarias reguladas pelo capítulo III do Decreto-Lei

n.º 310/2002, de 18 de dezembro, alterado pelos Decretos-Leis n.os 156/2004, de

30 de junho; 9/2007, de 17 de janeiro; 114/2008, de 1 de julho; 48/2011, de 1 de

abril e 204/2012, de 29 de agosto;

g) Sem prejuízo do disposto no n.º 2 do presente artigo, a prestação de serviços

de restauração e de bebidas com caráter não sedentário a qual é regulada pelo

Decreto-Lei n.º 48/2011, 1 de abril.

Artigo 2º

Definições

Para efeitos do presente Regulamento e de outras que possam ser definidas em

regulamentos próprios, entende-se e adotam-se como definições:

a) «Atividade de comércio a retalho não sedentária» a atividade de comércio

a retalho exercida em feiras ou de modo ambulante;

b) «Equipamento móvel» o equipamento de apoio à venda ambulante que

pressupõe a existência de rodas;

c) «Equipamento amovível» o equipamento de apoio à venda ambulante, sem

fixação ao solo;

d) «Espaço de venda» o espaço de terreno na área da feira atribuído ao

feirante para aí instalar o seu local de venda;

e) «Feira» o evento autorizado pela Câmara Municipal de Alenquer que

congrega periódica ou ocasionalmente, no mesmo recinto, vários agentes de

comércio a retalho que exercem a atividade de feirante e que não esteja

abrangido pelo artigo 29º do Decreto-Lei n.º 310/2002, de 18 de dezembro,

alterado pelos Decretos-Lei n.os 156/2004, de 30 de junho; 9/2007, de 17 de

janeiro; 114/2008, de 1 de julho; 48/2011, de 1 de abril e 204/2012, de 29 de

agosto;

f) «Feirante» a pessoa singular ou coletiva que exerce de forma habitual a

atividade de comércio a retalho não sedentária em feiras;

g) «Lugares destinados a participantes ocasionais» espaços de venda não

previamente atribuídos e cuja ocupação é permitida em função das

disponibilidades de espaço existentes em cada dia de feira;

h) «Lugares reservados» espaços de venda já atribuídos a feirantes à data da

entrada em vigor deste Regulamento ou posteriormente atribuídos;

i) «Participantes ocasionais» pequenos agricultores que não estejam

constituídos como agentes económicos, que pretendam participar na feira para

vender produtos da sua própria produção, por razões de subsistência

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devidamente comprovadas pela Junta de freguesia da área de residência,

vendedores ambulantes e artesãos;

j) «Recinto» o espaço público ou privado, ao ar livre ou no interior, destinado à

realização de feiras, devidamente delimitado e cuja localização possua, na

proximidade, parques ou zonas de estacionamento adequados à sua dimensão,

acautelando o livre acesso às residências e estabelecimentos envolventes,

lugares de venda devidamente demarcados, organizado por setores, de acordo

com a CAE para as atividades de feirante e onde existam infraestruturas de

conforto, nomeadamente instalações sanitárias, rede pública ou privada de

água, rede elétrica e pavimentação;

k) «Vendedor ambulante» a pessoa singular ou coletiva que exerce de forma

habitual, a atividade de comércio a retalho de forma itinerante, incluindo em

instalações móveis ou amovíveis:

i) Transportando as mercadorias do seu comércio, por si ou por qualquer

meio adequado, as vendam ao público consumidor pelos lugares onde

circulam;

ii) Fora dos mercados municipais e em lugares fixos demarcados pela

Câmara Municipal de Alenquer, vendam as mercadorias que transportem,

utilizando na venda os seus próprios meios ou outros que a Câmara Municipal

coloque à sua disposição;

iii) Transportando a sua mercadoria em veículos e neles efetuem a respetiva

venda, quer em locais fixos demarcados pela Câmara Municipal, quer nos

lugares onde circulem;

l) «Prestação de serviços de restauração ou de bebidas com caráter não

sedentário» a prestação, mediante remuneração, de serviços de alimentação ou

de bebidas em unidades móveis ou amovíveis (tais como tendas de mercado e

veículos para venda ambulante) ou em instalações fixas onde se realizem menos

de 10 eventos anuais;

m) «Estabelecimento» nos termos do disposto do Decreto-Lei n.º 92/2010, de

26 de julho, que estabelece os princípios e as regras para simplificar o livre

acesso e exercício das atividades de serviços realizadas em território nacional e

transpõe para a ordem jurídica interna a Diretiva n.º 2006/123/CE, do

Parlamento Europeu e do Conselho, de 12 de dezembro, relativa aos serviços do

mercado interno, entende-se pelo exercício efetivo pelo prestador de uma

atividade económica não assalariada, na aceção do artigo 49º do TFUE, assim

como a constituição e gestão de empresas e especialmente de sociedades

9

comerciais, por um período indeterminado e através de uma infra -estrutura

estável a partir da qual a prestação de serviços é efetivamente assegurada.

n) «Artesãos» pessoas que fabricam manualmente os seus próprios produtos e

os comercializam diretamente.

o) «Venda ambulante de comércio tradicional, com caráter de

permanência» a atividade de comércio a retalho de forma itinerante, em

instalações móveis ou amovíveis, por período igual ou superior a 5 horas diárias.

p) «Venda ambulante de comércio tradicional, sem caráter de

permanência» a atividade de comércio a retalho de forma itinerante, em

instalações móveis ou amovíveis, por período inferior a 5 horas diárias.

q) «Géneros Alimentícios» ou “Alimento para consumo humano”, qualquer

substância ou produto transformado, parcialmente transformado ou não

transformado, destinado a ser ingerido pelo ser humano ou com razoáveis

probabilidades de o ser.

Artigo 3º

Siglas

ASAE – Autoridade de Segurança Alimentar e Económica

AT – Autoridade Tributária e Aduaneira

CAE – Classificação da Atividade Económica

(CE) – Comunidade Europeia

DGAE – Direção Geral das Atividades Económicas

DGAV – Direção Geral De Alimentação e Veterinária

IPQ – Instituto Português da Qualidade

TFUE – Tratado sobre o Funcionamento da União Europeia

LZ – Licenciamento Zero

RJUE – Regime Jurídico da Urbanização e Edificação

UE – União Europeia

EEE - Espaço Económico Europeu

Capítulo II

Exercício da atividade de comércio a retalho não sedentário

Artigo 4º

Exercício da atividade de comércio a retalho não sedentário

1. O exercício da atividade de comércio a retalho não sedentário na área do Município

de Alenquer, só é permitido aos feirantes com espaço de venda atribuído em feiras

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previamente autorizadas e aos vendedores ambulantes nas zonas e locais autorizados

para o exercício de venda ambulante, nos termos do presente regulamento.

2. O exercício da atividade de comércio a retalho não sedentário, por feirantes,

vendedores ambulantes e seus colaboradores na área do Município de Alenquer, só é

permitido a pessoas titulares e portadoras de título de exercício da atividade ou cartão

de feirante ou de vendedor ambulante, emitido pela DGAE ou por entidade que esta

designe para o efeito, ou de documento de identificação, no caso de se tratar de

feirante ou vendedor ambulante legalmente estabelecido noutro Estado-membro da

UE ou do EEE a exercer atividade na área do Município de forma ocasional ou

esporádica.

3. Os feirantes e os vendedores devem afixar nos locais de venda, de forma bem

visível e facilmente legível pelo público, um letreiro no qual consta a identificação

individual ou firma e o número de registo na DGAE ou, no caso de se tratar de feirante

ou vendedor ambulante legalmente estabelecido noutro Estado-Membro da UE ou do

EEE a exercer atividade na área do Município, o número de registo ou respetivo

Estado– Membro de origem, caso exista.

4. Compete à DGAE, para o exercício da atividade de feirantes e de vendedores

ambulantes estabelecidos em território nacional, controlar o regime de mera

comunicação prévia, efetuado através do preenchimento de formulário eletrónico no

Balcão Único eletrónico dos serviços, a que se refere o artigo 6º do Decreto-Lei n.º

92/2010, de 26 de julho.

Artigo 5º

Cartão de vendedor ambulante e feirante

1. O exercício da atividade de vendedor ambulante e de feirante só pode ser realizado

por quem tenha efetuado previamente a submissão da respetiva mera comunicação

prévia na DGAE, através do preenchimento de formulário do Balcão Único Eletrónico

dos serviços.

2. Com a regular submissão da mera comunicação prévia referida no número anterior,

é emitido um título de exercício de atividade do qual consta:

a) Data de apresentação da comunicação;

b) Número de registo da DGAE;

c) Identificação ou firma do feirante ou vendedor ambulante;

d) CAE;

e) O endereço da sede ou domicílio fiscal do feirante ou vendedor ambulante;

f) Identificação dos colaboradores da empresa afetos ao exercício da atividade

de comércio a retalho não sedentário.

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3. O título referido no número anterior é documento bastante para o exercício da

atividade de feirante ou vendedor ambulante.

Artigo 6º

Comercialização de bens

A comercialização de artigos de fabrico ou produção próprios, géneros alimentícios,

animais, animais de companhia e venda de bens com defeito, regulam-se pelo

disposto em legislação específica aplicável.

Artigo 7º

Afixação de preços

Nos termos do disposto no Decreto-Lei n.º 138/90, de 26 de abril, alterado pelo

Decreto-Lei n.º 162/99, de 13 de maio, qualquer produto exposto para venda ao

consumidor deve exibir o respetivo preço de venda ao consumidor, sendo a sua

afixação regulada em legislação própria, estando os feirantes e vendedores

ambulantes obrigados a dar cumprimento ao seguinte:

a) O preço deve ser exibido em dígitos de modo visível, inequívoco, fácil e

perfeitamente legível, através da utilização de letreiros, etiquetas ou listas;

b) Os produtos pré-embalados devem conter o preço de venda e o preço por

unidade de medida;

c) Nos produtos vendidos a granel, deve ser indicado o preço por unidade de

medida;

d) Nos produtos comercializados à peça, deve ser indicado o preço de venda

por peça;

e) O preço de venda e o preço por unidade de medida devem referir-se ao preço

total, devendo incluir todos os impostos, taxas ou outros encargos.

Artigo 8º

Produtos proibidos

É proibido o comércio a retalho não sedentário dos seguintes produtos:

a) Produtos fitofarmacêuticos abrangidos pela Lei n.º 26/2013, de 11 de abril;

b) Medicamentos e especialidades farmacêuticas;

c) Aditivos para alimentos para animais, pré-misturas preparadas com aditivos

para alimentos para animais e alimentos compostos para animais que

contenham aditivos a que se refere o n.º 1 do artigo 10º do Regulamento (CE)

n.º 183/2005 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 12 de janeiro;

12

d) Armas e munições, pólvora e quaisquer outros materiais explosivos ou

detonantes;

e) Combustíveis líquidos, sólidos ou gasosos, com exceção do álcool

desnaturado;

f) Moedas e notas de banco, exceto quando o ramo da atividade do lugar de

venda corresponda à venda desse produto estritamente direcionado ao

colecionismo;

g) Veículos automóveis e motociclos, em modo ambulante;

h) Carnes verdes;

i) Bebidas alcoólicas a menos de 100 metros de estabelecimentos escolares do

ensino básico e secundário.

Capítulo III

Venda ambulante

Secção I

Zonas e locais autorizados à venda ambulante

Artigo 9º

Locais de venda

1. Sem prejuízo do disposto no número seguinte, a atividade de venda ambulante

efetua-se em toda a área do município de Alenquer, quando se realize em unidades

móveis relativamente aos produtos elencados no Anexo I do presente Regulamento, e,

desde que sejam respeitadas as condições da instalação de equipamento e as zonas

de proteção estabelecidas na Secção I do Capítulo IV e no artigo 12º do presente

Regulamento.

2. A atividade de venda ambulante, encontra-se vedada nos locais proibidos e nas

zonas de proteção, previstas no Anexo II do presente Regulamento.

3. A venda ambulante efetuada, designadamente, em veículos, roulottes, reboques,

atrelados, triciclos motorizados, velocípedes com ou sem motor, carros de mão ou

unidades similares, quando exerçam a atividade de venda ambulante com caráter de

permanência, está sujeita ao estipulado no artigo 13º (horário de venda ambulante).

4. Todos os locais de venda ambulante com lugar fixo são devidamente assinalados

por placas sinalizadoras, sendo proibido o exercício desta atividade fora dos limites

estipulados e do horário fixado.

13

Artigo 10º

Alteração dos locais de venda

Em dias de festas, feiras, romarias, ou quaisquer outros eventos em que se preveja

aglomeração de público, pode a Câmara Municipal, através de Edital publicado e

publicitado com pelo menos oito dias de antecedência, alterar os locais e horários de

venda ambulante, bem como os seus condicionamentos.

Artigo 11º

Locais proibidos

Sem prejuízo do disposto no Anexo II e do previsto no artigo 9º, é proibido aos

vendedores ambulantes:

a) Impedir ou dificultar o trânsito nos locais destinados à circulação de peões ou

de veículos;

b) Impedir ou dificultar o acesso aos meios de transporte e às paragens dos

respetivos veículos;

c) Impedir ou dificultar o acesso a monumentos e a edifícios ou instalações,

públicos ou privados, bem como o acesso ou a exposição dos estabelecimentos

comerciais.

Artigo 12º

Zonas de proteção

1. É proibida a venda ambulante em locais situados a menos de 30 metros dos Paços

do Município, Palácio da Justiça, Igrejas, Estabelecimentos de Ensino e Imóveis de

Interesse Público.

2. É proibida a venda ambulante em locais situados a menos de 30 metros dos

mercados municipais, durante o seu horário de funcionamento.

3. É ainda proibida a venda ambulante na frente de estabelecimentos comerciais ou a

uma distância inferior a 30 metros de estabelecimentos que comercializem a mesma

categoria de produtos.

4. As zonas de proteção existentes no Município encontram-se previstas no Anexo II.

Artigo 13º

Horário da venda ambulante

1. O período de exercício da atividade da venda ambulante de comércio tradicional,

com ou sem caráter de permanência, decorre das 8:00 às 20:00 horas.

14

2. O período de exercício da atividade, com ocupação do espaço público ou privado,

decorrente da prestação de serviços de restauração e de bebidas com carater não

sedentário, com ou sem caráter de permanência, decorre das 6:00 às 24:00h.

3. Em casos devidamente justificados, e a requerimento do interessado, a Câmara

Municipal poderá autorizar o alargamento do horário referido nos números anteriores.

4. Quando a atividade da venda ambulante se realize no decurso de espetáculos

desportivos, recreativos e culturais, festas e arraiais, o seu exercício poderá decorrer

fora do horário previsto no n.º 1 do presente artigo.

5. Os locais autorizados à venda ambulante referidos no artigo 9.º do presente

Regulamento, sem caráter de permanência, não podem ser ocupados com quaisquer

artigos, produtos, embalagens, meios de transporte, de exposição ou de

acondicionamento de mercadorias para além do horário em que a venda é autorizada.

Artigo 14º

Condições de atribuição do direito de uso do espaço público

1. A atribuição dos espaços de uso do espaço público para o exercício da venda

ambulante na área do município é efetuada pela câmara municipal, através de sorteio

por ato público, caso haja mais que um interessado para o mesmo lugar.

2. O direito atribuído é pessoal e intransmissível.

3. A atribuição do direito de uso do espaço público é efetuada pelo prazo de um ano, a

contar da realização do sorteio, e mantém-se na titularidade do vendedor ambulante

enquanto este der cumprimento às obrigações decorrentes dessa titularidade.

4. Caberá à câmara municipal a organização de um registo dos espaços públicos

atribuídos.

Artigo 15º

Sorteio para atribuição do direito de uso do espaço público

1. O procedimento de sorteio por ato público, é anunciado por Edital, em sítio da

câmara municipal, num dos jornais com maior circulação no município e ainda no

Balcão Único Eletrónico dos serviços.

2. Do anúncio que publicita o procedimento constará, designadamente os seguintes

elementos:

a) Identificação da câmara municipal, endereço, números de telefone, correio

eletrónico, fax e horário de funcionamento;

b) Dia, hora e local da realização do sorteio;

c) Prazo para a apresentação de candidaturas, no mínimo de 20 dias;

d) Identificação dos espaços de venda a atribuir;

15

e) Prazo de atribuição dos espaços de venda;

f) Garantias a apresentar;

g) Documentação exigível aos candidatos;

h) Outras informações consideradas úteis.

3. O pedido de atribuição do direito de uso do espaço público é dirigido ao presidente

da câmara municipal, devendo o mesmo ser acompanhado dos seguintes elementos:

a) Identificação do vendedor ambulante;

b) Número de identificação fiscal (NIF) ou número de identificação de pessoa

coletiva (NIPC) do feirante, consoante se trate de pessoa singular ou coletiva;

c) Título de exercício de atividade ou cartão de vendedor ambulante;

d) Identificação da atividade, ou atividades, de comércio não sedentário a

exercer;

e) Identificação do meio de venda a utilizar pelo vendedor ambulante.

4. O ato público de sorteio, bem como o esclarecimento de dúvidas e a resolução de

eventuais reclamações surgidas, será da responsabilidade de uma comissão nomeada

pela câmara municipal, composta por um presidente e dois vogais.

5. A câmara municipal aprovará os termos em que se efetuará o sorteio, definindo,

designadamente, o número de espaços públicos que poderão ser atribuídos a cada

candidato.

6. Findo o ato público de sorteio, de tudo quanto nele tenha ocorrido será lavrada ata,

que será assinada pelos membros da comissão.

7. As candidaturas selecionadas serão anunciadas no sítio da câmara municipal e no

Balcão Eletrónico dos serviços.

8. De cada atribuição será lavrado o respetivo auto que será entregue ao candidato

selecionado ou seu representante nos 20 dias subsequentes, do qual deverá constar:

a) Identificação completa do seu titular;

b) Identificação do auxiliar e ou familiares que coadjuvam o titular;

c) A referência ao modo como lhe foi atribuído o lugar;

d) O local que ocupa, a sua dimensão e localização;

e) O ramo de atividade que está autorizado a exercer;

f) O horário de funcionamento do local.

9. O pagamento da taxa pelo direito de uso do espaço público é efetuado no dia do

ato público do sorteio, quando a esta houver lugar, salvo nas ocasiões em que a

venda ambulante se realize de forma ocasional em feiras, sendo aplicável neste caso,

o previsto no n.º2 do artigo 39º, em que o pagamento é feito no ato.

10. Caso o candidato contemplado não proceda ao pagamento do referido valor, a

atribuição fica sem efeito.

16

11. A atribuição fica ainda sem efeito, quando o candidato a que o espaço é

atribuído não cumpra quaisquer outras obrigações constantes deste Regulamento.

Artigo 16º

Ato público

1. No ato público do sorteio, para cada espaço público a atribuir, a comissão nomeada

pela câmara municipal introduzirá num recipiente adequado, papéis devidamente

dobrados com numeração sequencial, em igual número à quantidade de candidatos ou

seus representantes que se apresentem no ato público.

2. Cada candidato ou seu representante é chamado a retirar um papel do recipiente

acima referido, pela ordem de apresentação das candidaturas, conservando-o em seu

poder até à retirada do último papel.

3. O direito de uso do espaço público é atribuído ao candidato ao candidato que ficar

com o n.º 1 dos papéis introduzidos no recipiente, sendo elaborada pela comissão

uma lista com a sequência dos lugares do primeiro ao último candidato, para cada um

dos espaços a atribuir.

Artigo 17º

Espaços vagos

1. No caso de não ser apresentada qualquer candidatura para um espaço público,

havendo algum interessado a câmara municipal pode proceder à atribuição direta do

direito de uso do mesmo, até à realização do novo sorteio.

2. Na circunstância do espaço público vago resultar de desistência, o mesmo é

atribuído pela câmara municipal até à realização de novo sorteio, ao candidato

posicionado em segundo lugar e assim sucessivamente, caso este não esteja

interessado.

Secção II

Dos direitos, deveres e das proibições

Artigo 18º

Direitos dos vendedores

A todos os vendedores ambulantes assiste, designadamente, o direito a:

a) Serem tratados com respeito;

b) Usar o local de venda ambulante autorizado, nos termos e condições

previstas no presente regulamento,

17

c) Utilizar de forma mais conveniente à sua atividade o espaço que lhes seja

concedido, sem outros limites que não sejam os impostos pelo presente

Regulamento ou por outros diplomas legais;

d) Exercer a sua atividade no horário estabelecido no artigo 13º do presente

Regulamento.

Artigo 19º

Deveres dos vendedores

1. Os vendedores ambulantes, no exercício da sua atividade na área do Município de

Alenquer, devem:

a) Comportar-se com civismo e urbanidade nas suas relações com os demais

vendedores, com entidades fiscalizadoras e com consumidores;

b) Manter os utensílios e veículos, quando estes sejam utilizados nas vendas,

bem como os tabuleiros e todo o material de arrumação, exposição e venda, em

rigoroso estado de asseio e higiene;

c) Conservar os produtos postos à venda nas condições higiénicas impostas ao

seu comércio pelas leis e regulamentos aplicáveis;

d) Deixar o local de venda completamente limpo, sem qualquer tipo de resíduos,

nomeadamente detritos ou restos, papéis, plásticos, caixas ou outros artigos

semelhantes;

e) Apresentar o cartão de vendedor ambulante bem como as faturas

comprovativas da aquisição de produtos para venda ao público, nos termos

previstos no Código do Imposto sobre o Valor Acrescentado, sempre que

solicitado pelas entidades fiscalizadoras;

f) Declarar e fornecer, sempre que exigido, às entidades competentes, todos os

elementos necessários respeitantes ao lugar onde armazena e deposita os seus

produtos/mercadoria, facultando ainda o acesso aos mesmos.

2. Excetuam-se do previsto na alínea e) do número anterior, quanto à apresentação

de faturas de compra, os pequenos agricultores que não estejam constituídos como

agentes económicos e outros participantes ocasionais, nomeadamente artesãos.

3. A venda ambulante de artigos de artesanato, frutas, produtos hortícolas ou

quaisquer outros de fabrico ou produção próprios, fica sujeita às disposições do

presente Regulamento, com exceção da apresentação dos documentos comprovativos

de venda ao público.

4. A venda de bens com defeito deve estar devidamente identificada e separada dos

restantes bens, de modo a serem facilmente reconhecidos pelos consumidores.

18

5. É ainda dever do vendedor ambulante manter atualizados no registo de vendedor

ambulante, através de comunicação no Balcão Único Eletrónico, nos termos da Lei, os

seguintes factos:

a) A alteração do endereço da sede ou domicílio fiscal do vendedor ambulante;

b) A alteração do ramo de atividade, da natureza jurídica ou firma;

c) As alterações derivadas da admissão e ou afastamento de colaboradores

para o exercício da atividade ambulante;

d) A cessação da atividade.

Artigo 20º

Práticas proibidas

É proibido aos vendedores ambulantes, designadamente:

a) Infringir as regras constantes do artigo 11º do presente Regulamento;

b) Lançar no solo quaisquer desperdícios, restos, lixos, resíduos ou outros

materiais suscetíveis de ocupar ou sujar a via pública;

c) Estacionar na via pública, fora dos locais em que a venda ambulante é

permitida, para expor e vender os seus produtos;

d) Fazer publicidade sonora em condições que possam perturbar a vida normal

das populações;

e) Expor os produtos que tenham de ser pesados ou medidos sem estarem

munidos das respetivas balanças, pesos e medidas;

f) Vender os artigos a preço superior ao tabelado;

g) A venda de produtos suscetíveis de violar direitos de propriedade industrial,

bem como a prática de atos de concorrência desleal, nos termos da legislação

em vigor;

h) Práticas comerciais desleais, enganosas ou agressivas, nos termos da

legislação em vigor, como meio de sugestionar aquisições pelo público, falsas

descrições sobre a identidade, origem, natureza, composição, qualidade,

propriedades ou utilidades dos produtos expostos à venda.

CAPITULO IV

Dos equipamentos e dos produtos

Secção I

Condições de higiene no transporte e acondicionamento de géneros

alimentícios

19

Artigo 21º

Transporte e acondicionamento de géneros alimentícios

1. O transporte, acondicionamento e exposição de géneros alimentícios devem

cumprir as regras de higiene constantes do Regulamento (CE) n.º 852/2004, do

Parlamento Europeu e do Conselho, de 29 de abril, e demais legislação comunitária e

nacional aplicável, com particular relevância, o disposto nos Capítulos III, IV, V, VI, VII,

VIII, IX, X e XII do Anexo II do Regulamento supra citado.

2. No acondicionamento e embalagem dos géneros alimentícios, só poderão ser

utilizados materiais, equipamentos e objetos conforme o Regulamento (CE) n.º

1935/2004, de 27 de outubro, que identifica estes materiais com símbolo constante no

seu Anexo II.

Artigo 22º

Exposição dos produtos

1. Os tabuleiros, bancadas, pavilhões, veículos, reboques ou quaisquer outros meios

utilizados na venda, deverão ter afixado em local bem visível ao público, a

identificação do vendedor e número do respetivo cartão.

2. Na exposição e venda do seu comércio, devem os vendedores ambulantes colocar

os tabuleiros individuais, com dimensão não superior a 1mX1,20m, a uma altura

mínima de 0,40m do solo.

3. O disposto no número anterior não é aplicável quando a Câmara Municipal de

Alenquer coloque à disposição dos vendedores ambulantes outros meios de venda e

exposição ou quando a unidade móvel utilizada, pelas suas caraterísticas, o dispense.

4. Está ainda dispensada do cumprimento do disposto no n.º 2 do presente artigo, a

venda de roupa, artesanato e outros produtos não alimentares que, pela sua natureza,

não careçam de tabuleiros.

5. Os tabuleiros, balcões, bancadas e demais equipamentos utilizados para a

exposição, venda ou arrumação de géneros alimentícios, devem em materiais

resistentes, lisos e facilmente laváveis, conforme Regulamento (CE) N.º 852/2004, de

29 de abril e Regulamento (CE) n.º 1935/2004, de 27 de outubro.

6. O material de exposição venda e arrumação deve ser removido do espaço público

sempre que o vendedor ambulante não se encontre a exercer efetivamente a sua

atividade.

20

Artigo 23º

Venda de peixe, produtos láteos e seus derivados

1. A venda ambulante de peixe, produtos láteos e seus derivados só é permitida desde

que estejam asseguradas todas as condições de transporte, conservação, exposição e

embalagem, de acordo com Regulamento (CE) n.º 852/2004, de 29 de abril e da

portaria n.º 559/76, de 7 de setembro, nas alíneas aplicáveis, podendo ser certificados

a título voluntário, pelas Autoridades de Saúde e Veterinárias Concelhias, se

solicitado.

2. O transporte de pescado e seus produtos e consequente comercialização em

unidades móveis exotérmicas, só poderá efetuar desde que sejam dotados dos meios

técnicos e equipamentos que permitam manter o pescado fresco e seus produtos à

temperatura do gelo fundente, ou seja, entre 0º e 1ºC, conforme o disposto no 5º do

Capítulo IX do Anexo II do Regulamento (CE) nº 852/2004, de 29 de abril e Capítulo

VII da Secção VIII do Anexo III do Regulamento (CE) n.º 853/2004, de 29 de abril.

3. Cumpridos os requisitos do n.º 1 e n.º 2 deste artigo, só poderá haver venda

ambulante a uma distância igual ou superior a 100 metros dos estabelecimentos

comerciais congéneres.

4. As embalagens para transporte, acondicionamento e venda de peixe fresco,

deverão estar conforme os n.s 1, 2 , 3 e 4 do Capítulo X do Anexo II do Regulamento

(CE) n.º 852/2004, de 29 de abril, podendo ser reutilizáveis e que permitam a

escorrência das águas de fusão do gelo.

5. Poderá haver lugar à venda de peixe congelado e seus derivados, desde que

disponha de meios e equipamentos que permitam a manutenção de temperatura em

valores igual ou inferior a menos 18ºC (+/- 3ºC no transporte e +/- 6ºC na venda) de

acordo com o disposto no Capítulo VII, Secção VIII do Regulamento (CE) 853/2004,

de 29 de abril e Decreto-Lei n.º 251/91, de 16 de julho, nos artigos 5º (temperatura) e

6º (acondicionamento).

6. Os veículos e unidades móveis utilizadas para a venda de peixe devem apresentar,

nos painéis laterais exteriores da viatura, a inscrição «transporte e venda de peixe».

Artigo 24º

Venda de carne e seus produtos

1. É expressamente interdita a venda de carne fresca e seus derivados.

2. É permitida a venda ambulante de produtos à base de carne, nomeadamente os

tradicionais, desde que estabilizados por salga, fumagem ou esterilização, estando

21

sujeitos às normas de higiene e segurança alimentar contidas no Decreto-Lei n.º

147/ 2006, de 31 de julho e Regulamento (CE) n.º 852/2004, de 29 de abril.

3. A venda de carnes verdes é permitida desde que a mesma se apresente pré-

embalada, constituindo as embalagens unidades de venda (invioláveis),

respeitando o disposto no Decreto-Lei n.º 147/2006, de 31 de julho, em particular, o

Anexo I respeitante a temperaturas de distribuição, conservação e exposição das

carnes e seus produtos, conforme o n.º 1 do artigo 20º do mesmo Decreto-Lei e

Anexo II referente a requisitos gerais de distribuição.

Artigo 25º

Venda de aves e animais vivos

1. As aves e coelhos poderão ser comercializados nas feiras e mercados municipais,

desde que:

a) Venham munidos de documentos referentes à exploração de origem, registo de

exploração (alínea a) e c) do artigo 2ºdo Decreto-Lei n.º 142/2006, de 27 de

julho;

b) Sejam detentores de registo de centros de agrupamento que inclui o n.º de

autorização de funcionamento, as espécies comercializadas e a localização

geográfica;

c) Sejam transportados de acordo com o disposto no Regulamento (CE) n.º

1/2005, de 5 de janeiro (da proteção dos animais durante o transporte e

operações relacionadas) e Decreto-Lei n.º 265/2007, de 24 de julho tendo em

particular atenção:

C1) Os transportadores têm de estar registados na DGAV;

C2) Os condutores que efetuem transporte de animais têm de possuir

certificado de aptição profissional;

C3) As condições de transporte de animais e das caixas de transporte, devem

cumprir os requisitos do Anexo XI do Regulamento (CE) n.º 1/2005, de 5 de

janeiro já supracitado.

C4) As caixas ou jaulas de transporte devem obedecer aos requisitos previstos

no Decreto-Lei n.º142/2006, de 27 de julho;

C5) Apenas podem ser transportados animais em bom estado de saúde aptos

para transporte;

2. É expressamente proibido o abate de animais e sua preparação nos locais de

venda.

22

Artigo 26º

Venda de pastelaria, pão e produtos afins

1. A venda de pão e produtos afins (bolos, bolachas, biscoitos, croissants, etc) deverá

ser fornecida por um estabelecimento industrial devidamente licenciado.

2. O transporte desde o fornecedor até ao consumidor deverá ser efetuado de acordo

com os requisitos mínimos e as normas higio - sanitárias vigentes.

3. Sempre que necessitar, o consumidor poderá exigir um documento comprovativo

de que o fornecedor e o transporte estão devidamente licenciados para o efeito,

verificando se o transporte foi efetuado nas devidas condições.

4. A venda ambulante de pastelaria, pão e produtos afins, deve dispor de uma área

exclusiva, higiénica, segura, ergonomicamente confortável e com zonas

demarcadas sequencialmente, tais como:

a) Bancada para depósito e embalamento;

b) Bancada que impeça o acesso do público ao interior daquela área;

c) Todas as superfícies devem ser limpas e regularmente desinfetadas;

d) Manipulador exclusivamente afeto às tarefas daquela atividade, devendo os

mesmos apresentarem-se com cuidados de higiene adequados.

Artigo 27º

Comprovativo de aptidão

O vendedor ambulante de produtos alimentares que tenha contraído doença

contagiosa ou revele que sofre de doença de pele, de doenças do aparelho digestivo,

inflamação da garganta e do nariz, deve sujeitar-se a observação clinica efetuada por

um centro de saúde que ateste o seu estado de saúde para venda ambulante de

produtos alimentares, que deverá ser presente às autoridades fiscalizadoras, sempre

que solicitado, sem o que fica interdito de exercer este tipo de atividade.

Artigo 28º

Instrumentos de aferição

Os instrumentos de aferição de medidas utilizadas na venda ambulante serão alvos de

verificação obrigatória anual por parte dos competentes serviços do IPQ, de acordo

com o disposto no Decreto-Lei n.º 291/90, de 20 de setembro e Portaria de

regulamentação.

23

CAPITULO V

Feiras

Secção I

Disposições gerais

Artigo 29º

Objeto

O presente regulamento estabelece as regras de funcionamento das feiras do

concelho de Alenquer, fixando as condições de admissão dos feirantes, os critérios

para atribuição dos espaços de venda, assim como as normas de funcionamento das

feiras e o horário de funcionamento das mesmas.

Artigo 30º

Competências

1. A autorização para a realização de feiras no Município de Alenquer é da

competência da Câmara Municipal, bem como para determinar a periodicidade e os

locais onde as mesmas se realizam, depois de recolhidos os pareceres das entidades

representativas dos interesses em causa, nomeadamente de associações

representativas dos feirantes e dos consumidores, os quais dispõem de um prazo de

15 dias.

2. Compete à Câmara autorizar feiras promovidas por entidades privadas previstas no

artigo 21º da Lei n.º 27/2013, de 12 de abril, as quais devem obedecer às condições

técnicas das demais feiras, devendo o seu regulamento específico ser objeto de

aprovação municipal.

3. No caso previsto no número anterior, compete às entidades privadas:

a) Submeter à aprovação da Câmara Municipal o regulamento, horário,

periodicidade, localização e o plano de feiras que pretendam realizar;

4.O pedido de autorização de feira é requerido por via eletrónica no balcão único

eletrónico dos serviços, com uma antecedência mínima de 25 dias sobre a data da sua

instalação ou realização, devendo conter, designadamente:

a) A identificação completa do requerente;

b) A identificação do local onde se pretende que a feira se realize;

c) A indicação da periodicidade, horário e tipo de bens a comercializar;

d) A indicação do código da CAE 82300 «Organização de feiras, congressos e

outros eventos similares», quando o pedido seja efetuado por uma entidade

gestora privada estabelecida em território nacional.

24

5.A decisão da Câmara Municipal será notificada ao requerente no prazo de 5 dias a

contar da data da receção das observações das entidades consultadas ou do termo do

prazo referido no n.º 1, considerando-se o pedido tacitamente deferido decorridos 25

dias contados da data da sua receção.

6.Ocorrendo o deferimento tácito do pedido de autorização, o comprovativo eletrónico

da entrega no balcão único eletrónico dos serviços, acompanhado do comprovativo do

pagamento das taxas devidas, previstas no Regulamento da tabela de taxas do

Município de Alenquer, constitui titulo suficiente para a realização da feira.

7. A entidade privada, singular ou coletiva, a quem seja autorizada a realização de

feira deve elaborar proposta de Regulamento, nos termos e condições estabelecidos

nos n.ºs 2 a 4 e 7 do artigo 20º da Lei n.º 27/2013, de 12 de abril, e submetê-lo à

aprovação da Câmara Municipal, no prazo de 10 dias, contado da data da sua

receção.

8.A atribuição de espaços de venda em feiras realizadas por entidades privadas em

recintos públicos deverá obedecer ao disposto no artigo 22º da Lei n.º 27/2013, de 12

de abril.

Secção II

Do exercício da atividade

Artigo 31º

Período de funcionamento, horário de abertura e suspensão

1. Mercados mensais – O período de funcionamento das feiras, deverá compreender-

se entre as 7:00 e as 20:00 horas.

a) O mercado mensal da vila de Alenquer realiza-se mensalmente, às segundas-

feiras subsequentes ao 2º domingo do mês;

b) A instalação do equipamento de apoio aos feirantes deve fazer-se com a

antecedência necessária para que a feira esteja em condições de funcionar à

hora de abertura.

c) Os feirantes poderão começar a instalação duas horas antes da abertura. A

descarga dos artigos deve ser feita obrigatoriamente durante os 120 minutos

anteriores à abertura da feira ou, em casos excecionais, durante os 60 minutos

posteriores à hora de abertura da feira;

d) O levantamento da feira deve iniciar-se de imediato após o encerramento do

recinto e deve estar concluído até duas horas após o horário de funcionamento.

2. Projeto “Tesouros no Rio” – O período de funcionamento desta feira deverá

compreender-se entre as 9:00 e as 19:00 horas.

25

Único) A feira incluída no projeto “Tesouros no Rio” realiza-se

mensalmente, ao terceiro sábado, exceto nos meses de julho e agosto.

3. Feiras inseridas em festividades e outros divertimentos, designadamente, festas

tradicionais, arraiais, romarias - O seu período de funcionamento poderá acompanhar

o horário autorizado à festividade associada.

4. A câmara municipal pode suspender a realização de qualquer feira em casos

devidamente fundamentados, facto que será enunciado por edital no sítio na Internet

da câmara municipal, num dos jornais com maior circulação no Município e ainda no

balcão único eletrónico dos serviços, com uma semana de antecedência.

5. A suspensão temporária da realização da feira não afeta a atribuição dos espaços

de venda nas feiras subsequentes.

6. A suspensão temporária da realização da feira não confere aos feirantes o direito a

qualquer indemnização por prejuízos decorrentes do não exercício da sua atividade.

Artigo 32º

Recinto

1. As feiras podem realizar-se em recintos públicos ou privados, ao ar livre ou no

interior, desde que:

a) O recinto esteja devidamente delimitado, acautelando o livre acesso às

residências e estabelecimentos envolventes;

b) O recinto esteja organizado por setores, de acordo com as CAE’s para as

atividades de feirante, de forma a haver perfeita distinção das diversas

atividades e espécies comercializadas;

c) Os lugares de venda se encontrem devidamente demarcados, nos termos do

artigo seguinte

d) As regras de funcionamento da feira estejam devidamente afixadas;

e) Existam infraestruturas de conforto, nomeadamente instalações sanitárias,

rede pública ou privada de água potável, rede elétrica e pavimentação do

espaço adequadas ao evento;

f) Existam na proximidade, parques ou zonas de estacionamento adequados à

sua dimensão.

2. Os recintos com espaços de venda destinados à comercialização de géneros

alimentícios ou de animais devem igualmente cumprir os requisitos impostos pela

legislação específica aplicável a cada uma das destas categorias de produtos, no que

diz respeito às infraestruturas.

26

Artigo 33º

Organização do espaço

1. O espaço da feira é organizado por setores de venda, de acordo com as

caraterísticas próprias do local.

2. Compete à Câmara Municipal estabelecer o número de espaços de venda para

cada feira, bem como a respetiva disposição no espaço, diferenciando os lugares

reservados dos lugares destinados aos participantes ocasionais.

3. Sempre que motivos de interesse público ou de ordem pública relativos ao

funcionamento da feira o justifiquem, a Câmara Municipal pode proceder à

redistribuição dos espaços de venda.

4. Na situação prevista no número anterior ficam salvaguardados os direitos de

ocupação dos espaços de venda desde que já tenham sido atribuídos aos feirantes,

designadamente no que se refere à respetiva área.

Artigo 34º

Condições de admissão dos feirantes e de atribuição dos espaços de venda

1. A atribuição dos espaços de venda é da competência da Câmara Municipal de

Alenquer ou das entidades gestoras.

2. Cada espaço de venda numa determinada feira é atribuído mediante sorteio, por

ato público, após manifestação de interesse do feirante por esse espaço de venda.

Artigo 35º

Atribuição do espaço de venda

1. A atribuição do espaço de venda em feiras realizadas em recintos públicos, deve

ser imparcial, transparente e efetuada através de sorteio por ato público, o qual deve

ser anunciado em Edital, em sitio na internet da câmara municipal de Alenquer ou da

entidade gestora do recinto, num dos jornais com maior circulação no município e

ainda no Balcão Único eletrónico dos serviços, prevendo um período mínimo de 20

dias para aceitação de candidaturas, caso haja mais que um interessado para o

mesmo lugar.

2. O direito atribuído é pessoal e intransmissível.

3. A atribuição do direito de uso do espaço público é efetuada pelo prazo de um ano, a

contar da realização do sorteio e mantém-se na titularidade do vendedor ambulante

enquanto este der cumprimento às obrigações decorrentes dessa titularidade.

4. Caberá à Câmara Municipal a organização e atualização de um registo dos

espaços públicos atribuídos.

27

Artigo 36º

Sorteio de espaços de venda

1. O procedimento de sorteio por ato público, é anunciado por Edital, em sítio na

internet da câmara municipal ou da entidade gestora do recinto, num dos jornais com

maior circulação no município e ainda no balcão único eletrónico dos serviços.

2. Do anúncio que publicita o procedimento constará, designadamente os seguintes

elementos:

a) Identificação da câmara municipal, endereço, números de telefone, correio

eletrónico, fax e horário de funcionamento;

b) Dia, hora e local da realização do sorteio;

c) Prazo para a apresentação de candidaturas, no mínimo de 20 dias;

d) Identificação dos espaços de venda a atribuir;

e) Prazo de atribuição dos espaços de venda;

f) Garantias a apresentar;

g) Documentação exigível aos candidatos;

h) Outras informações consideradas úteis.

3. O pedido de atribuição do espaço de venda é dirigido ao presidente da câmara

municipal, devendo o mesmo ser acompanhado dos seguintes elementos:

a) Identificação ou firma do feirante;

b) Número de identificação fiscal (NIF) ou número de identificação de pessoa

coletiva (NIPC) do feirante, consoante se trate de pessoa singular ou coletiva;

c) Título de exercício de atividade ou cartão de feirante;

d) Identificação da atividade, ou atividades, de comércio não sedentário a

exercer;

e) Identificação do meio de venda a utilizar pelo feirante.

4. O ato público de sorteio, bem como o esclarecimento de dúvidas e a resolução de

eventuais reclamações surgidas, será da responsabilidade de uma comissão nomeada

pela câmara municipal, composta por um presidente e dois vogais.

5. A câmara municipal aprovará os termos em que se efetuará o sorteio, definindo,

designadamente, o número de espaços de venda que poderão ser atribuídos a cada

candidato.

6. Findo a ato público de sorteio, de tudo quanto nele tenha ocorrido será lavrada ata,

que será assinada pelos membros da comissão.

7. De cada atribuição será lavrado o respetivo auto que será entregue ao candidato

selecionado ou seu representante nos 20 dias subsequentes, do qual deverá constar:

a) Identificação completa do seu titular;

b) Identificação do auxiliar e ou familiares que coadjuvam o titular;

28

c) A referência ao modo como lhe foi atribuído o lugar;

d) O local que ocupa, a sua dimensão e localização;

e) O ramo de atividade que está autorizado a exercer;

f) O horário de funcionamento do local.

8. A utilização do espaço de venda fica sujeita ao pagamento de uma taxa, prevista no

regulamento de taxas do município de Alenquer, e determinada em função de:

d) Preço atribuído ao metro quadrado;

e) Tipo de estacionamento coberto ou não coberto;

f) Localização e acessibilidades;

g) Infraestruturas de conforto;

h) Proximidade de serviço público de transportes, de parques ou zonas de

estacionamento;

i) Duração de atribuição.

9. À atribuição de espaços de venda a participantes ocasionais aplica-se, com as

devidas adaptações, o disposto neste artigo.

10. As taxas são pagas anual, semestral ou mensalmente nos seguintes prazos:

a) O pagamento anual será feito de 1 de novembro a 31 de dezembro;

b) O pagamento semestral será efetuado até ao dia anterior àquele que

antecede o início da sua vigência;

c) O pagamento mensal será efetuado até ao dia 8 do mês anterior a que se

refere a sua atividade.

11. O não pagamento da taxa no prazo legal implicará a interdição da utilização do

espaço, até prova do cumprimento destas obrigações.

Artigo 37º

Ato público

1. No ato público do sorteio, para cada espaço de venda a atribuir, a comissão

nomeada pela câmara municipal introduzirá num recipiente adequado, papéis

devidamente dobrados com numeração sequencial, em igual número à quantidade de

candidatos ou seus representantes que se apresentem no ato público.

2. Cada candidato, ou seu representante, é chamado a retirar um papel do recipiente

acima referido, pela ordem de apresentação das candidaturas, conservando-o em seu

poder até à retirada do último papel.

3. O espaço de venda é atribuído ao candidato ao candidato que ficar com o n.º 1 dos

papéis introduzidos no recipiente, sendo elaborada pela comissão uma lista com a

sequência dos lugares do primeiro ao último candidato, para cada um dos espaços de

venda a atribuir.

29

4. No caso de se apresentar um único candidato a um espaço de venda, o mesmo é-

lhe atribuído diretamente.

Artigo 38º

Espaços vagos

1. No caso de não ser apresentada qualquer candidatura para um espaço de venda

em feira, havendo algum interessado a câmara municipal pode proceder à atribuição

direta do mesmo, até à realização do novo sorteio.

2. Na circunstância do espaço vago resultar de desistência, o mesmo é atribuído pela

câmara municipal até à realização de novo sorteio, ao candidato posicionado em

segundo lugar e assim sucessivamente, caso este não esteja interessado.

Artigo 39º

Atribuição de lugares a participantes ocasionais

1. Podem ser previstos, por despacho fundamentado do presidente da câmara

municipal, lugares de venda destinados a participantes ocasionais, nomeadamente:

a) Pequenos agricultores que não estejam constituídos como agentes

económicos, que pretendam participar na feira para vender produtos da sua

própria produção, por razões de subsistência devidamente comprovadas pela

junta de freguesia da área de residência.

b) Vendedores ambulantes;

c) Outros participantes ocasionais, nomeadamente artesãos.

2. A atribuição de lugares destinados a participantes ocasionais é efetuada após

manifestação de vontade do interessado no espaço de venda, mediante o pagamento

da taxa devida pela ocupação do espaço nos termos do regulamento de taxas do

município de Alenquer.

3. A atribuição de lugares referida no número anterior, no que respeita aos pequenos

agricultores, é efetuada mediante a exibição de documento emitido pela junta de

freguesia da área de residência que comprove que, por razões de subsistência, o

participante ocasional necessita de vender produtos da sua própria produção.

Secção III

Dos direitos, deveres e proibições dos feirantes

Artigo 40º

Direitos dos feirantes

30

Os feirantes, no exercício da sua atividade na área do município de Alenquer, têm

direito a:

a) Serem tratados com urbanidade.

b) Terem acesso a ocupar o espaço de venda atribuído, nos termos e condições

previstas no presente regulamento.

c) Ao usufruto das infraestruturas proporcionadas no local.

d) Exercer a sua atividade no horário estabelecido no artigo 31º do presente

regulamento.

e) Não comparecer à feira por motivos de força maior, desde que devidamente

justificados, perante a câmara municipal.

Artigo 41º

Deveres dos feirantes

1. É dever dos feirantes que a sua instalação no lugar de terrado que lhe esteja afeto

seja concluída até 60 minutos depois da hora estabelecida para a abertura da feira

2. Na instalação referida no número anterior, cada feirante só pode ocupar o espaço

correspondente ao lugar de terrado cujo direito de ocupação lhe tenha sido atribuído

sem ultrapassar os seus limites e sem ocupar as ruas e espaços destinados à

circulação de veículos e pessoas.

3. Constituem ainda deveres dos feirantes:

a) Serem responsáveis pela higiene e conservação dos locais de venda, não

podendo danificar o pavimento, muros e vedações públicas ou privadas,

designadamente pela aplicação de estacas, impedir ou bloquear acessos e

entradas a habitações comércio ou garagens;

b) Serem responsáveis pela higiene e conservação das estruturas destinadas ao

suporte das mercadorias;

c) Serem assíduos e pontuais;

d) Usarem de urbanidade e respeito com os demais, não exibindo

comportamentos que possam ser tidos como lesivos dos direitos e legítimos

interesses dos consumidores;

e) Estarem devidamente identificados;

f) Manterem os preços das mercadorias devidamente afixados;

g) Manterem a mercadoria devidamente documentada;

h) Efetuarem o pagamento das taxas devidas;

i) Possuírem obrigatoriamente seguro de responsabilidade civil para cobertura

de eventuais danos causados a terceiros.

31

4. Findo o período da feira e no prazo máximo de 1hora e 30 minutos, é dever dos

feirantes remover todos os produtos e artigos utilizados no seu comércio bem como os

seus sobrantes e a abandonarem os respetivos locais de venda.

5. Antes de abandonarem o recinto da feira é ainda dever dos feirantes promover a

limpeza dos espaços correspondentes aos espaços de venda que lhe tenham sido

atribuídos.

6. É considerado abandono do lugar, a não comparência injustificada a mais de três

feiras consecutivas ou cinco interpoladas, por ano civil.

7. O abandono do lugar determina a extinção do direito de ocupação, mediante

despacho do Presidente da Câmara Municipal ou de quem detenha a competência

delegada, salvo casos de doença devidamente comprovadas por certificado de

incapacidade temporária o qual deve ser entregue no Balcão de Atendimento deste

Município, no prazo máximo de cinco dias úteis a contar da primeira falta.

8. Consideram-se justificadas as seguintes faltas, após despacho favorável do

Presidente da Câmara Municipal ou de quem detenha a competência delegada, para o

efeito:

a) A não comparência à feira, nomeadamente para a realização de uma feira por

mês em outro município, mediante prévio requerimento dirigido ao Presidente da

Câmara Municipal;

b) Por doença do feirante devidamente comprovadas por certificado de

incapacidade temporária o qual deve ser entregue no Balcão de Atendimento

deste Município, no prazo máximo de cinco dias úteis nos termos do disposto no

n.º 7 do presente artigo;

c) Por férias do feirante, no máximo de 30 dias consecutivos e por ano, devendo

para o efeito o interessado apresentar comunicação nesse sentido ao Presidente

da Câmara Municipal com a antecedência de 30 dias.

9. As faltas justificadas previstas no número anterior só implicam a isenção do

pagamento de taxas quando as mesmas se prolonguem por mais de trinta dias.

Artigo 42º

Proibições dos feirantes

É proibido aos feirantes:

a) Comercializar produtos ou exercer atividade diferente da autorizada;

b) Efetuar qualquer venda fora do espaço que lhe tenha sido atribuído e ocupar

área superior à concedida;

32

c) Impedir ou dificultar o trânsito nos locais destinados à circulação de peões ou

de veículos, bem como dificultar o acesso a meios de transporte e às paragens

dos respetivos veículos;

d) A permanência, no recinto da feira, de veículos automóveis não autorizados;

e) Ter os produtos desarrumados e as áreas de circulação ocupadas;

f) Usar balanças pesos e medidas que não se encontrem devidamente aferidos;

g) Acender lume queimar géneros ou cozinha-los salvo quando devidamente

autorizado;

h) Lançar, manter ou deixar no solo resíduos, lixos, águas residuais ou

quaisquer desperdícios de outra natureza;

i) Permanecer no recinto da feira em estado de embriaguez ou sob o efeito de

estupefacientes;

j) Provocar ou molestar por qualquer forma os funcionários ou agentes de

fiscalização, bem como os outros feirantes ou demais pessoas que se encontrem

dentro do recinto da feira.

Artigo 43º

Responsabilidade

O titular do direito de ocupação do espaço de venda em feira é responsável pela

atividade exercida e por quaisquer ações ou omissões praticadas pelos seus

colaboradores.

CAPÍTULO VI

Serviços de restauração e bebidas com caráter não sedentário

Artigo 44º

Objeto

1. A atividade de prestação de serviços de restauração ou de bebidas com caráter não

sedentário no Município de Alenquer fica sujeita ao regime de comunicação prévia

com prazo, no âmbito do n.º1 do artigo 6º do Decreto-Lei n.º 48/2011, de 1 de abril,

também denominado por LZ, nomeadamente, quando se realizar:

a) Em unidades móveis ou amovíveis localizadas em feiras ou em espaços

públicos autorizados para o exercício da venda ambulante;

b) Em unidades móveis ou amovíveis localizadas em espaços públicos ou

privado de acesso público;

c) Em instalações fixas, nas quais ocorram menos de 10 eventos anuais.

33

2. Para efeito do disposto no número anterior, deverá distinguir-se entre as atividades

de comércio ambulante de alimentos CAE 47010 e prestação de serviços de

restauração ocasional CAE 56107.

3. A atividade de comércio a retalho de forma não sedentária, exercida por feirantes e

vendedores ambulantes é feita nos termos da Lei n.º 27/2013, de 13 de abril, lei

habilitante deste Regulamento, e exclui a sua aplicação aos serviços de restauração.

4. Por sua vez, o exercício da restauração ocasional é feito nos termos do artigo 6º do

LZ, de 1 de abril e artigo 3º da Portaria n.º 239/2011, de 21 de junho;

5. As farturas, churros, filhoses, bem como as castanhas assadas e os sorvetes, não

são produtos que se comercializem pois o prazo de validade é de horas, pelo que só é

possível terem o seu enquadramento em prestação de serviços de restauração, uma

vez que se confecionam imediatamente antes de serem servidos/vendidos.

6. São ainda enquadráveis na definição de prestação de serviços de restauração ou

de bebidas em unidades móveis ou amovíveis, sem prejuízo do disposto no número

anterior, nomeadamente:

a) Pão com chouriço;

b) Pipocas (exceto quando previamente embaladas de modo que a água contida

no ar não seja absorvida pelas pipocas);

c) Algodão-doce;

d) Bifanas;

e) Cachorros quentes.

7. As atividades previstas nos n.os 5 e 6 do presente artigo pressupõem a existência,

no local de venda, de máquinas, fornos, grelhadores ou outros equipamentos

necessários para a sua confeção.

8. O disposto nos n.os 5 e 6 do presente artigo regem-se pelas normas da restauração

ocasional.

9. São enquadráveis na atividade de venda ambulante, nomeadamente:

a) A venda de tremoços e azeitonas;

b) Bolos embalados;

c) Pipocas embaladas.

10. O disposto no número anterior rege-se pelo presente Regulamento e pelas

normas de venda ambulante de produtos alimentares.

34

Artigo 45º

Do exercício da atividade

1. A atividade de prestação de serviços de restauração ou de bebidas com caráter não

sedentário no Município de Alenquer fica sujeita ao regime de comunicação prévia

com prazo, no âmbito do LZ.

2. A comunicação prévia com prazo prevista no número anterior consiste numa

declaração efetuada no «Balcão do empreendedor» que permite ao interessado

proceder à prestação de serviços de restauração ou de bebidas com caráter não

sedentário, quando o Presidente da Câmara Municipal emita despacho de deferimento

ou quando este não se pronuncie após o decurso do prazo de 20 dias ou, no caso da

alínea b) do n.º1 do artigo anterior, de 5 dias, contados a partir do momento do

pagamento das taxas devidas.

3. A apreciação da comunicação prévia com prazo é da competência do Presidente da

Câmara Municipal, podendo ser delegada nos vereadores, com faculdade de

subdelegação ou nos dirigentes dos serviços municipais.

Artigo 46º

Requisitos da prestação de serviços de restauração ou de bebidas em unidades

móveis ou amovíveis em feiras

1. A prestação de serviços de restauração ou de bebidas em unidades móveis ou

amovíveis, localizadas nas feiras, deverá obedecer às regras de higiene dos géneros

alimentícios previstos nos Regulamentos (CE) n.º 852/2004 e 853/2004, do

Parlamento Europeu e do Conselho, de 29 de abril, devendo, designadamente:

a) Existir instalações adequadas que permitam a manutenção da higiene

pessoal;

b) As superfícies em contato com os alimentos devem ser mantidas em boas

condições e devem poder ser facilmente limpas e, sempre que necessário,

desinfetadas;

c) Ser utilizados materiais lisos, laváveis, resistentes à corrosão e não tóxicos, a

menos que os operadores das empresas do setor alimentar possam provar à

autoridade competente que os outros materiais utilizados são adequados;

d) Existir meios adequados para a lavagem e, sempre que necessário,

desinfeção dos utensílios e equipamentos de trabalho;

e) Existir abastecimento adequado de água potável quente e ou fria;

f) Existir equipamentos e ou instalações que permitam a manutenção dos

alimentos a temperatura adequada, bem como o controlo dessa temperatura;

35

g) Os géneros alimentícios devem ser colocados em locais que impeçam,

sempre que possível, o risco de contaminação.

2. É interdita, nas instalações móveis ou amovíveis, localizadas nas feiras, a venda de

bebidas espirituosas ou equiparadas, a menores de 18 anos de idade, bebidas

alcoólicas, espirituosas e não espirituosas, a menores de 16 anos de idade, e a quem

se apresente notoriamente embriagado ou aparente possuir anomalia psíquica.

Artigo 47º

Elementos instrutórios da comunicação prévia com prazo

A comunicação prévia com prazo deve ser acompanhada de todos os elementos

considerados obrigatórios, identificados na Portaria n.º 239/2011, de 21 de junho, ou

seja:

a) A identificação do titular da exploração do estabelecimento ou do prestador

de serviços com menção do nome ou firma e do número de identificação fiscal;

b) O endereço da sede da pessoa coletiva ou do empresário em nome

individual;

c) O endereço do estabelecimento e o respetivo nome ou insígnia, quando

aplicável;

d) O código de acesso à certidão permanente do registo comercial, caso se trate

de pessoa coletiva sujeita a registo comercial;

e) Consentimento de consulta da declaração de início de alteração de atividade,

caso se trate de pessoa singular;

f) A CAE das atividades que são desenvolvidas, bem como outra informação

relevante para a caraterização dessas atividades, designadamente caraterísticas

da unidade ou da instalação e da prestação de serviços;

g) A declaração do interessado de que cumpre as obrigações legais e

regulamentares relativas às instalações e equipamentos, bem como as regras de

segurança, saúde pública e os requisitos de higiene dos géneros alimentícios;

h) Termo de responsabilidade subscrito por pessoa habilitada a ser autor do

projeto, segundo o regime da qualificação profissional dos técnicos responsáveis

pela elaboração e subscrição de projetos, quanto ao cumprimento de todos os

requisitos legais e regulamentares relativos à instalação e à segurança contra

incêndios, nas situações identificadas no «Balcão do Empreendedor».

36

Artigo 48º

Decisão

O Presidente da Câmara Municipal (ou o vereador ou dirigente com competência

delegada para o efeito) analisa a comunicação prévia com prazo e a sua conformidade

com as disposições legais e regulamentares em vigor, comunicando ao requerente,

através do «Balcão do empreendedor»:

a) O despacho de deferimento;

b) O despacho de indeferimento, o qual contém a identificação das

desconformidades do pedido com as disposições legais e regulamentares

aplicáveis e cujo cumprimento não é dispensado.

Artigo 49º

Ocupação do espaço público decorrente da prestação de serviços de

restauração e de bebidas com caráter não sedentário

As unidades móveis ou amovíveis localizadas em feiras, em espaços públicos

autorizados para o exercício da venda ambulante e em unidades móveis ou amovíveis

localizadas em espaços públicos, ficam sujeitas ao pagamento das taxas devidas pela

ocupação do espaço público, após a aprovação da comunicação prévia com prazo,

nos termos do n.º 1 do LZ.

Artigo 50º

Título

1. O comprovativo eletrónico de entrega no «Balcão do empreendedor» da

comunicação prévia com prazo, acompanhada do comprovativo do pagamento das

taxas eventualmente devidas, é prova suficiente do cumprimento dessas obrigações

para todos os efeitos.

2. Sem prejuízo do disposto no número anterior, quando a atividade seja exercida em

recintos de feiras promovidas pelo Município ou por entidades privadas, deverá ainda

dar-se cumprimento ao disposto nos Regulamentos específicos para os referidos

eventos.

CAPÍTULO VII

Fiscalização, regime sancionatório e sanções

Artigo 51º

Entidades fiscalizadoras e competência para a fiscalização

37

A fiscalização do cumprimento do disposto no presente regulamento incumbe ao

Município, sem prejuízo das competências atribuídas por lei a outras entidades.

Artigo 52º

Contraordenações

1. Constitui contraordenação o desrespeito das normas abaixo enunciadas e

constantes deste Regulamento:

a) A atividade de comércio a retalho não sedentário exercida por feirante na

área do Município, em desrespeito das normas de funcionamento estipuladas no

presente Regulamento, ou em incumprimento do horário de funcionamento da

feira;

b) A realização de feira por entidade, singular ou coletiva, sem prévia

autorização da Câmara Municipal;

c) A realização de feira em recinto que não cumpra os requisitos exigidos por lei

e pelo presente regulamento;

d) A realização de feira por entidade privada, singular ou coletiva, sem a prévia

aprovação do respetivo regulamento por parte da Câmara Municipal;

e) A atividade de comércio a retalho não sedentário exercida por vendedor

ambulante na área do Município, em zona ou local não autorizado;

f) A atividade de comércio a retalho não sedentário exercida por vendedor

ambulante na área do Municipio, em desrespeito das regras de ocupação do

espaço público ou em incumprimento do horário autorizado.

2. A contra ordenação prevista na alínea a), e) e f) do número anterior é punível com

coima graduada de 30€ a 3.000€, no caso de pessoa singular e de 60€ a 6.000€, no

caso de pessoa coletiva.

3. A contra ordenação prevista na alínea b), c) e d) do n.º 1 é punível com coima

graduada de 500€ a 3000€, no caso de pessoa singular e de 1750€ a 20.000€ no caso

de pessoa coletiva.

4. A negligência é punível, sendo os limites mínimos e máximos das coimas reduzidos

para metade.

5. A tentativa é punível com a coima aplicável à contra ordenação consumada

especialmente atenuada.

Artigo 53º

Sanções acessórias

1. Em função da gravidade das infrações e da culpa do agente podem ser aplicadas

as seguintes sanções acessórias:

38

a) Perda dos bens pertencentes ao agente;

b) Interdição do exercício da atividade por um período até dois anos;

2. Da aplicação das sanções acessórias pode dar-se publicidade a expensas do

infrator num jornal de expansão local ou nacional.

Artigo 54º

Regime de apreensão

1. Podem ser provisoriamente apreendidos os objetos que serviram ou estavam

destinados a servir à prática de uma contraordenação, bem como quaisquer outros

que forem suscetíveis de servir de prova.

2. Será lavrado auto de apreensão com discriminação pormenorizada dos bens

apreendidos, data e local da apreensão, identificação do agente que a efetuou,

entregando-se cópia ao infrator.

3. Os bens apreendidos poderão ser levantados pelo infrator, desde que proceda ao

pagamento voluntário da coima, pelo seu valor mínimo, até à fase da decisão do

processo de contra ordenação.

4. No caso previsto no número anterior, os bens devem ser levantados no prazo

máximo de dez dias.

5. Decorrido o prazo referido no número anterior, os bens só poderão ser levantados

após a fase de decisão do processo de contra ordenação.

6. Proferida a decisão final, o infrator dispõe de um prazo de dois dias para proceder

ao levantamento dos bens apreendidos.

7. Decorrido o prazo do número anterior sem que os bens tenham sido levantados, a

câmara municipal dar-lhes-á o destino mais conveniente.

8. Se da decisão final resultar que os bens apreendidos revertem a favor do município,

a câmara procederá de acordo com o disposto no número anterior.

9. Quando os bens apreendidos sejam perecíveis, observar-se-á o seguinte:

a) Encontrando-se os bens em boas condições higio-sanitárias, ser-lhes-á dado

o destino mais conveniente;

b) Encontrando-se os bens em estado de deterioração, serão destruídos.

Artigo 55º

Depósito de bens

Os bens apreendidos serão depositados sob a ordem e responsabilidade da Câmara

Municipal, constituindo-se esta como fiel depositária.

39

Artigo 56º

Competência sancionatória

1. O presidente da câmara municipal é competente para determinar a instrução dos

processos de contraordenação e aplicar as coimas e as sanções acessórias a que

haja lugar relativamente às contraordenações, com faculdade de delegação em

qualquer dos vereadores.

2. À Entidade competente para a aplicação da coima e das sanções acessórias nos

termos do número anterior, incumbe ordenar a apreensão provisória de objetos bem

como determinar o destino a dar aos objetos declarados perdidos a título de sanção

acessória.

3. As receitas provenientes da aplicação de coimas previstas no presente

Regulamento revertem integralmente para a câmara municipal de Alenquer.

CAPÍTULO VIII

Caducidade

Artigo 57º

Caducidade do direito à ocupação

1. O direito de ocupação dos espaços de venda caduca nos seguintes casos:

a) Se o titular não iniciar a atividade após a atribuição do espaço de venda nos

dois meses seguintes à atribuição do mesmo;

b) Se o titular não acatar ordem legitima emanada pelos funcionários municipais,

ou interferir indevidamente na sua ação, insultando-os ou ofendendo a sua honra

e dignidade;

c) Se o titular ceder a sua posição a terceiros, sem a devida autorização da

câmara municipal;

d) No caso de não exercício da atividade por três feiras consecutivas e/ou cinco

interpoladas no ano civil, ressalvados os eventuais períodos de ausência

devidamente autorizados e justificados;

e) Por utilização do espaço de venda para atividade diversa daquela para a qual

foi autorizada;

f) Por morte do titular;

g) Por renúncia voluntária do seu titular;

h) No caso de não pagamento das taxas devidas, sem prejuízo do respetivo

processo de execução fiscal;

i) A título de sanção acessória, no âmbito do disposto nos artigos 53º e 56º do

presente Regulamento;

40

j) Por extinção da feira.

2. Em caso de cessação do título e incumprimento por parte do titular do dever de

remover os seus bens do local, a Câmara Municipal procede à remoção e

armazenamento dos bens que a ele pertençam, a expensas do mesmo, efetuando-se

a restituição do mobiliário ou outro equipamento removido, mediante o pagamento das

taxas devidas ou outros encargos eventualmente em débito.

3. Quando tendo sido notificado para o efeito na morada constante do seu processo

individual, o titular não der satisfação à remoção dentro do prazo fixado, os bens

removidos reverterão para o erário municipal.

CAPÍTULO IX

Disposições finais

Artigo 58º

Taxas

As taxas referidas no presente regulamento são as previstas no Regulamento da

Tabela de Taxas e Outras Receitas Municipais em vigor no município de Alenquer.

Artigo 59º

Dúvidas e omissões

1. Em tudo o que não estiver disposto no presente Regulamento, aplicar-se-á a Lei n.º

27/2013, de 12 de abril, bem como, no que se refere aos serviços de restauração e de

bebidas de caráter não sedentário, o Decreto-Lei n.º 48/2011, de 1 de abril.

2. Para a resolução de conflitos e ou dúvidas na aplicação das disposições do

presente Regulamento, é competente a Câmara Municipal.

Artigo 60º

Norma revogatória

A partir da entrada em vigor do presente Regulamento, consideram-se revogadas

todas as disposições regulamentares sobre a atividade de venda ambulante no

Município de Alenquer.

Artigo 61º

Entrada em vigor

O presente Regulamento entra em vigor no dia imediato à sua publicação na 2ª Série

do Diário da República.

41

Anexo I

Produtos permitidos a que se refere o n.º1 do artigo 9º do presente regulamento

Comércio a retalho de produtos alimentares em venda ambulante

(os alimentos não são transformados)

- Tremoços;

- Azeitonas e demais oleaginosos;

- Fruta e frutos secos;

- Pipocas (quando embaladas de modo a que a água contida no ar não seja absorvida

pelas pipocas);

- Chocolates;

- Bolos embalados;

- Outros produtos, que excecionalmente possam ser autorizados pelo Presidente ou

Vereador com competência.

Restauração temporária em unidades móveis ou amovíveis

- Castanhas assadas;

- Pipocas (exceto quando embaladas de modo a que a água contida no ar não seja

absorvida pelas pipocas);

- Algodão doce;

- Farturas, churros e filhoses;

- Bifanas;

- Cachorros quentes;

- Pão com chouriço;

- Doces diversos (ex. chocolates, bolos secos, etc.);

- Gelados;

42

Anexo II

Locais proibidos e zonas de proteção

Locais proibidos

a) – Locais cujas distâncias sejam inferiores a 100 metros de

estabelecimentos escolares do ensino básico e secundário, quando se

destine à venda de bebidas alcoólicas;

b) - Locais cujas distâncias sejam inferiores a 100 metros dos

estabelecimentos comerciais congéneres, quando se destine à venda de

peixe, produtos láteos e seus derivados;

c) - Locais que impeçam ou dificultem o trânsito nos locais destinados à

circulação de peões ou de veículos;

d) - Locais que Impeçam ou dificultem o acesso aos meios de transporte e às

paragens dos respetivos veículos;

e) - Locais que impeçam ou dificultem o acesso a monumentos e a edifícios

ou instalações, públicos ou privados, bem como o acesso ou a exposição

dos estabelecimentos comerciais.

Zonas de proteção

- Locais situados a menos de 30 metros dos mercados municipais, durante o seu

horário de funcionamento.

- Zonas defronte de estabelecimentos comerciais ou a uma distância inferior a

30 metros de estabelecimentos que comercializem a mesma categoria de

produtos.

- Locais situados a menos de 30 metros de Equipamentos de educação e

Equipamentos desportivos;

- Locais situados a menos de 30 metros dos Paços do Município, Palácio da Justiça,

Igrejas, Estabelecimentos de Ensino e Imóveis de Interesse Público, designadamente:

- Edifício dos Paços do Município localizado na praça Luís de Camões, vila de

Alenquer;

- Portal manuelino do Convento de S. Francisco, na vila de Alenquer;

- Castelo de Alenquer;

- Capela de Igreja de S. Pedro (túmulo de Damião de Goes), na vila de Alenquer;

- Igreja da Misericórdia de Alenquer, na vila de Alenquer;

- Igreja de Nossa Senhora da Assunção de Triana, na vila de Alenquer;

- Igreja de Espirito Santo, na vila de Alenquer;

- Capela de Santa Catarina, na vila de Alenquer;

43

- Palácio da justiça, na vila de Alenquer;

- Muralhas de castelo – Porta da conceição, na vila de Alenquer;

- Portal do vinho, na vila de Alenquer;

- Fórum Romeira, na vila de Alenquer;

- Recinto da feira de merceana;

- Largo de igreja de Nossa Senhora da Piedade da Merceana, em Merceana;

- Igreja de Nossa Senhora dos Prazeres, em Aldeia Galega da Merceana;

- Pelourinho de Aldeia Galega da Merceana, em Aldeia Galega da Merceana;

- Capela de Espirito Santo, em Arneiro

- Basílica de Santa Quitéria de Meca, em Meca;

- Igreja de Espiçandeira;

- Igreja de Olhalvo;

- Igreja de Carregado;

- Casa e Quinta do Bairro ou Quinta dos Chichorros, no lugar do Bairro;

- Palácio da Vila, em Vila Verde dos Francos;