projeto de lei complementar nº 11, de 16/02/2011

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1 PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR Nº 11, DE 16/02/2011 Brasília, maio de 2012 Debate na Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio

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Brasília, maio de 2012. Projeto de Lei Complementar nº 11, de 16/02/2011. Debate na Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio. MINA DE AGUAS CLARAS SERRA DO CURRAL NOVA LIMA EXPORTADAS PELA MBR UM TOTAL DE 460Mt EM 25 ANOS. por Emerson R. Zamprogno. - PowerPoint PPT Presentation

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Page 1: Projeto de Lei Complementar nº 11, de  16/02/2011

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PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR Nº 11, DE 16/02/2011

Brasília, maio de 2012

Debate na Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio

Page 2: Projeto de Lei Complementar nº 11, de  16/02/2011

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MINA DE AGUAS CLARASSERRA DO CURRAL

NOVA LIMAEXPORTADAS PELA MBR UM

TOTAL DE 460Mt EM 25 ANOS

Page 3: Projeto de Lei Complementar nº 11, de  16/02/2011

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Vista aérea da Mina de Águas Claras, Serra do Curral, Belo Horizonte, MG

por Emerson R. Zamprogno

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TERMINAL DE EMBARQUE EM SARZEDO

MRS => SEPETIBA => SAO PAULO (COSIPA)

VISTA GERAL DO MOVIMENTO DE

MINERAÇÃO EM ITABIRA

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Vista aérea da Mina de Ferro de Carajás – Pará.

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Mina de Ferro de Carajás – Pará.

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Projeto de Lei Complementar nº 11, de 16/02/2011

O Projeto

Redação atual:

Art. 3º O imposto não incide sobre:

II - operações e prestações que destinem ao exterior mercadorias, inclusive produtos primários e produtos industrializados semi-elaborados, ou serviços;

Redação proposta:

Art. 3º ...............................................

II - operações e prestações que destinem ao exterior mercadorias ou serviços, excluídos os produtos primários não renováveis;”

Altera a Lei Complementar nº 87/1996: estabelece a incidência de ICMS

sobre a exportação de produtos primários não renováveis.

Dispositivo constitucional relacionado e que requer ajuste – art. 155:§ 2.º O imposto previsto no inciso II atenderá ao seguinte:X - não incidirá:a) sobre operações que destinem mercadorias para o exterior, nem sobre serviços prestados a destinatários no exterior, assegurada a manutenção e o aproveitamento do montante do imposto cobrado nas operações e prestações anteriores; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003)

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Projeto de Lei Complementar nº 11, de 16/02/2011

Justificativas do Projeto

Lei Kandir – desoneração das exportações: perdas

tributárias para os Estados e Municípios Setor mineral – grande potencial de geração de riquezas –

grandes lucros Commodities – preços regulados pelo mercado Manutenção da não incidência para os produtos

industrializados: incentivo à agregação de valor e geração de empregos no País OBS: mantém-se a não incidência também para os produtos

primários renováveis. Interesse econômico e social para o País

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Projeto de Lei Complementar nº 11, de 16/02/2011

Breve Histórico - tributação na exportação pós CF/88

1988: incidência de ICMS sobre produtos não

industrializados, semi-elaborados e primários

Alíquota: 13%

Redução da base de cálculo (convênio): equivalência à

carga efetiva de 6% para os semi-elaborados

1996 – Lei Kandir: desoneração

Mecanismo de compensação: insuficiente para reparar as

perdas

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Principais Pontos

• Desonera de ICMS as exportações de bens primários e semi-elaborados;

• Estabelece o Direito ao Crédito– Ativo Permanente;– Bens de Uso e Consumo;– Nas Exportações.

• Cria o Seguro Receita;

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DISTORÇÃO DO SISTEMA TRIBUTÁRIO BRASILEIRO

ESTADOS FORNECEDORES

DE DIVISAS

IMPORTADORES

=

=

PENALIZADOS NÃO ARRECADAM ICMS

SOBRE BENS EXPORTADOS

BENEFICIADOS ARRECADAM ICMS

SOBRE BENS IMPORTADOS

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Projeto de Lei Complementar nº 11, de 16/02/2011

* Em R$ Bilhões a preços de julho/09Fonte: COTEPEObs.: as perdas correspondem ao somatório das desonerações de ICMS nas exportações e dos créditos apropriados

Comparativo entre Perdas dos Estados, DF e Municípios e os Mecanismos de Compensação da União

PeríodosPerdas

Lei Kandir* ICMS

Compensado* ICMS não

compensado*

% Compensação União no Total

de Perdas

1996/97 8,221 2,121 6,100 26%

1997/98 12,612 6,778 5,835 54%

1998/99 15,985 7,704 8,281 48%

1999/00 16,486 7,666 8,820 46%

2000/01 13,603 8,139 5,464 60%

2001/02 12,294 7,017 5,278 57%

2002/03 17,907 6,275 11,632 35%

2003/04 18,941 4,457 14,484 24%

2004/05 19,690 5,785 13,905 29%

2005/06 19,055 4,847 14,208 25%

2006/07 21,929 6,034 15,895 28%

2007/08 21,766 2,776 18,991 13%

2008/09 24,524 7,069 17,455 29%

TOTAIS 223,013 76,667 146,346

Page 13: Projeto de Lei Complementar nº 11, de  16/02/2011

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Projeto de Lei Complementar nº 11, de 16/02/2011

O interesse não é só de Minas Gerais e Pará

UFVlr (R$

Bilhões)% da Prod.

MineralPIB

Prod. Mineral /

PIBMG 24,546 52,5% 282,522 8,7%PA 12,188 26,0% 58,819 20,7%GO 2,570 5,5% 75,275 3,4%SP 1,452 3,1% 1.003,015 0,1%BA 1,029 2,2% 121,000 0,9%

Outros 5,002 10,7% 1.491,000 0,3%Brasil 46,788 100,0% 3.031,864 1,5%

Fonte: Departamento Nacional de Produção Mineral - DNPM

Copilado: DGI/DINF/SAIF 04/05/2011

Participação dos Estados na Produção Mineral Brasileira e

Representatividade da Produção Mineral em Relação ao PIB 2008

Obs.: Valor das operações base de cálculo para a cobrança da CEFEM Fonte: Departamento Nacional de Produção Mineral – DNPMObs. Valor das operações base de cálculo para a cobrança da CFEMCompilado: DGI/DINF/SAIF 04/05/2011

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Participação das exportações no PIB por UF

0%

5%

10%

15%

20%

25%

30%

35%

40%

PA MT ES RS MG PR MA BA SC MS SP RJ GO AL RO AP AM TO CE RN PE PB PI SE RR AC DF

Exportações / PIB em 2008

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Exportações, importações e saldo por UF em 2010

-20

-15

-10

-5

0

5

10

15

20

25

0

10

20

30

40

50

60

70

80

MG PA MT ES RJ BA RS AL AP PR RO TO AC RR RN PI SE GO MS PB MA CE DF PE SC AM SP

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27

Sald

o da

Bal

ança

Com

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al e

m U

S$ B

ilhõe

s

Expo

rtaç

ões e

IMpo

rtaç

ões e

m U

S$ B

ilhõe

s

EXPORTAÇÕES IMPORTAÇÕES SALDO

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Projeto de Lei Complementar nº 11, de 16/02/2011

O produto primário não renovável

Exaurimento Desoneração tributária: transferência definitiva de

riqueza do setor público para o privado É cada vez maior o grau de investimentos estrangeiros

no setor mineral, hipótese em que até os lucros da atividade extrativa são remetidos ao exterior

O mundo taxa suas riquezas, seja sob a forma de elevação de alíquotas do Imposto de Renda específico da área, de royalties ou de outros tributos.

Nos próximos 3 slides: apresentação do Ministério das Minas e Energia – Secretaria de Geologia, Mineração e Transformação Mineral

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Projeto de Lei Complementar nº 11, de 16/02/2011

Elaboração: MMEFontes: Ernest & Young, 2008

MinterEllison Lawyers, 2008Sítio do Gov. Canadá (http://www.nrcan.gc.ca)Ministério de Minas da Índia, 2009

¹ Minério de ferro bruto (não aglomerado). Está em discussão no Congresso a adoção de uma participação especial de 30% sobre lucro.² Royalty de 16% sobre lucro, aplicado sobre lucro hipotético de 30%.³ Royalty de 0,5% do preço do alumínio contido na bauxita.

Ferro Ouro Níquel Cobre Bauxita Zinco Manganês PotássioAustrália (WA) 7,5%¹ 2,7% 7,5% 5,0% 7,5% 2,7% 7,5%Canadá (Quebec)² 4,8% 4,8% 4,8%Chile 6,6%China 2,5% 0,3% 0,0% 6,9% 0,1% 0,5%EUA 1,0% 2,5% 1,4% 1,3%Guiné 11,7%Índia 10,0% 3,3% 4,2% 4,0%³ 0,1% 4,2%Jamaica 5,4%Peru 2,8% 2,8% 2,8%Rússia 4,8% 6,0% 8,0% 3,8%BRASIL 2,0% 1,0% 2,0% 2,0% 3,0% 2,0% 3,0% 3,0%

Ferro Ouro Níquel Cobre Bauxita Zinco Manganês PotássioAustrália (WA) 7,5%¹ 2,7% 7,5% 5,0% 7,5% 2,7% 7,5%Canadá (Quebec)² 4,8% 4,8% 4,8%Chile 6,6%China 2,5% 0,3% 0,0% 6,9% 0,1% 0,5%EUA 1,0% 2,5% 1,4% 1,3%Guiné 11,7%Índia 10,0% 3,3% 4,2% 4,0%³ 0,1% 4,2%Jamaica 5,4%Peru 2,8% 2,8% 2,8%Rússia 4,8% 6,0% 8,0% 3,8%BRASIL 2,0% 1,0% 2,0% 2,0% 3,0% 2,0% 3,0% 3,0%

Royalties dos Principais Países Produtores

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País Data da Reforma Reforma

ÍNDIA2009

Alíquota variável sobre receita bruta, a depender do grau de agregação de valor.

•Bauxita: 12,5%•Ouro: 2%•Ferro: 10%

2011 Mais imposto de exportação do ferro fino e granulado para 20% (de 5% e 15%)

EUA (NEVADA) 2010 5% da receita bruta

AUSTRÁLIAAntes 2010

Alíquota variável sobre receita bruta, a depender do grau de agregação de valor

•Bauxita;7,5 a 10%•Carvão:6,2 a 8,2% •Cobre: 2,5 a 5%•Ferro: 2,75 a 7,5%

2010 (em discussão no Congresso) Super Profit Tax – 30% da parcela acima do lucro normal

CHILE (CONCENTRADO DE COBRE)

Antes 2010 4 a 5% - receita bruta com deduções2010 4 a 9% - receita bruta com deduções

Após 2018 5 a 15% - receita bruta com deduções

CANADÁ (QUEBEC)Antes 2010 12% do lucro

2010 16% do lucro

ÁFRICA DO SUL 2008 0,5% fixa + parte variável 9,0% a 12,5% da receita bruta, ponderada pelo EBITDA

Reformas Recentes em Outros Países

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Projeto de Lei Complementar nº 11, de 16/02/2011

Arrecadação Minério de Ferro no Brasil (US$-base de 2007)

IUM (1975 - 1988): US$ 1,30/t

ICMS (1989 - 2000): 1988 e 1996 quando

incidia sobre exportações = US$ 1,05/t;

CFEM (1991- 2008): 1,3% do valor de

produção in situ = US$ 0,26/t

*Fonte: Quaresma, 2009

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Projeto de Lei Complementar nº 11, de 16/02/2011

Outros Destaques

Minério de Ferro

O Brasil é o maior produtor mundial de Minério de Ferro e

detém mais de 50% da indústria siderúrgica da América

Latina.

As maiores reservas no País, entre medidas indicadas e

inferidas, estão localizadas nos Estados de Goiás, Minas

Gerais, Pará e Mato Grosso do Sul.

O Consumo per capita de agregados, cimento e aço no

Brasil está abaixo das médias mundiais.

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Projeto de Lei Complementar nº 11, de 16/02/2011

Outros Destaques

Nióbio Material raro Maiores reservas mundiais Brasil é o maior produtor e exportador: em 2007

exportou US$ 1,06 bilhão Riqueza Estratégica Destinação da produção nacional quase integralmente

para o exterior

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Projeto de Lei Complementar nº 11, de 16/02/2011

Outros Destaques

Ouro Riqueza Estratégica Destinação quase integral ao exterior Empresas utilizam enquadramentos diferentes nas

operações, conforme o melhor tratamento tributário: Nas operações no País, consideram como Ativo

Financeiro, fugindo da tributação do ICMS Nas operações de exportação, consideram como

Mercadorias, garantindo a não-incidência do ICMS e a manutenção dos créditos deste Imposto relativo aos insumos, com sua posterior venda.

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Projeto de Lei Complementar nº 11, de 16/02/2011

Impactos para os Estados na Exportação de Produtos Primários não Renováveis

Não tributação das operações Manutenção de créditos de ICMS originados de

aquisições de insumos Vendas de saldos credores de ICMS no mercado interno

resultando em recolhimentos menores pelos adquirentes Exemplos de comercialização de créditos em Minas Gerais

(período de Janeiro/2009 a Abril/2011): Exportadoras de ouro: R$ 65 milhões – (CFEM do Ouro: 2010: R$ 32,5 milhões – 2009:

R$ 26,8 milhões. Observa-se a anulação da CFEM mediante manutenção de créditos de ICMS)

Exportadoras de Nióbio: R$ 73 milhões (a CFEM do nióbio não aparece nem entre as 15 maiores nos relatórios do DNPM)

Exportadoras de outros minerais: R$ 75 milhões

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Impactos para o Estado do Pará na Exportação de Produtos Primários não Renováveis

(valores atualizados pelo IPCA base jan/2011)

ANO PERDA POTENCIAL RESSARCIMENTO PERDA LÍQUIDAPERCENTUAL COMPENSADO

1996 126.199.082,24 54.530.307,55 71.668.774,69 43,21%1997 392.558.891,44 237.402.012,35 155.156.879,09 60,48%1998 398.986.813,49 412.112.939,25 (13.126.125,75) 103,29%1999 592.164.492,30 402.084.981,75 190.079.510,55 67,90%2000 619.032.361,78 335.042.616,45 283.989.745,33 54,12%2001 712.275.900,36 290.032.039,13 422.243.861,23 40,72%2002 823.954.445,03 296.372.779,24 527.581.665,79 35,97%2003 868.111.101,35 223.089.557,43 645.021.543,92 25,70%2004 1.123.235.727,20 382.523.177,53 740.712.549,66 34,06%2005 1.104.617.831,44 402.869.034,03 701.748.797,41 36,47%2006 1.356.378.010,07 414.172.640,91 942.205.369,16 30,54%2007 1.394.138.353,09 331.831.749,13 1.062.306.603,96 23,80%2008 1.697.025.888,55 348.416.122,39 1.348.609.766,16 20,53%2009 1.344.258.584,57 249.610.032,90 1.094.648.551,66 18,57%2010 1.731.287.385,50 256.371.232,82 1.474.916.152,68 14,81%

TOTAL 14.284.224.868,43 4.636.461.222,87 9.647.763.645,56 32,46%

FONTE: SEFANOTA: Perda potencial representa quanto o Estado do Pará deixou de arrecadar de ICMS, considerando o tratamento tributário exclusivamente impositivo vigente na data de publicação da LC 87/96.

Page 25: Projeto de Lei Complementar nº 11, de  16/02/2011

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Impactos para o Estado do Pará na Exportação de Produtos Primários não Renováveis

(valores atualizados pelo IPCA base jan/2011)

FONTE: SEFANOTA: Perda efetiva representa quanto o Estado do Pará deixou de arrecadar de ICMS, considerando o tratamento tributário, impositivo ou autorizativo, vigente na data de publicação da LC 87/96.

ANO PERDA EFETIVA RESSARCIMENTO PERDA LÍQUIDAPERCENTUAL COMPENSADO

1996 95.111.260,30 54.530.307,55 40.580.952,75 57,33%1997 304.288.008,41 237.402.012,35 66.885.996,06 78,02%1998 309.039.470,68 412.112.939,25 (103.073.468,57) 133,35%1999 446.594.379,40 402.084.981,75 44.509.397,65 90,03%2000 456.518.017,67 335.042.616,45 121.475.401,21 73,39%2001 537.727.388,20 290.032.039,13 247.695.349,07 53,94%2002 615.905.324,78 296.372.779,24 319.532.545,54 48,12%2003 628.717.719,70 223.089.557,43 405.628.162,27 35,48%2004 853.160.268,86 382.523.177,53 470.637.091,33 44,84%2005 882.215.953,18 402.869.034,03 479.346.919,14 45,67%2006 1.097.876.959,27 414.172.640,91 683.704.318,36 37,72%2007 1.142.343.737,50 331.831.749,13 810.511.988,36 29,05%2008 1.463.870.340,90 348.416.122,39 1.115.454.218,51 23,80%2009 1.180.869.433,17 249.610.032,90 931.259.400,26 21,14%2010 1.560.121.086,48 256.371.232,82 1.303.749.853,66 16,43%

TOTAL 11.574.359.348,48 4.636.461.222,87 6.937.898.125,61 40,06%

Page 26: Projeto de Lei Complementar nº 11, de  16/02/2011

26

Projeto de Lei Complementar nº 11, de 16/02/2011

Tributos e Royalties

Papeis diferentes e não excludentes Impostos:

Visam uma manifestação de capacidade contributiva Objetivo: captação de recursos para a manutenção

das ações gerais de Estado

Royalties: Participação no produto da exploração de um bem

público Compensação pelo seu esgotamento

CFEM: não tem caráter tributário, segundo decisão do STF (RE 228.800-5/DF)

Page 27: Projeto de Lei Complementar nº 11, de  16/02/2011

27

Projeto de Lei Complementar nº 11, de 16/02/2011

Outras alterações legislativas necessárias

1 –Tributação das transferências interestaduais: previsão expressa na CF

2 – Base de cálculo do ICMS nas transferências interestaduais

3 – CFEM

Page 28: Projeto de Lei Complementar nº 11, de  16/02/2011

28

Projeto de Lei Complementar nº 11, de 16/02/2011

Tributação das transferências interestaduais

Lei Complementar 87/96:

Prevê a tributação das operações de modo geral, independentemente de sua natureza jurídica:

Art. 2º O imposto incide sobre:

I – operações relativas à circulação de mercadorias (...)

§ 2º A caracterização do fato gerador independe da natureza jurídica da operação que o constitua.

Posição do Judiciário - Súmula 166 do STJNão constitui fato gerador do ICMS o simples deslocamento de

mercadoria de um para outro estabelecimento do mesmo contribuinte.

Page 29: Projeto de Lei Complementar nº 11, de  16/02/2011

29

Projeto de Lei Complementar nº 11, de 16/02/2011

Tributação das transferências interestaduais

Proposta da SEF/MG de alteração da CF

(previsão expressa da incidência do ICMS nas transferências interestaduais)

Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre:

(...)II - operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de

serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda que as operações e as prestações se iniciem no exterior.

(...)§ 2.º O imposto previsto no inciso II atenderá ao seguinte(...)IX - incidirá também:(...)

c ) na saída de mercadoria para estabelecimento localizado em outra unidade da Federação pertencente ao mesmo titular.

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Base de cálculo – divergências de interpretação

Produto (industrializado) x mercadoria não industrializada

(inciso II versus inciso III)

Art. 13 - A base de cálculo do imposto é:(...)

§ 4º Na saída de mercadoria para estabelecimento localizado em outro Estado, pertencente ao mesmo titular, a base de cálculo do imposto é:

I - (...)

II - o custo da mercadoria produzida, assim entendida a soma do custo da matéria-prima, material secundário, mão-de-obra e acondicionamento;

III - tratando-se de mercadorias não industrializadas, o seu preço corrente no mercado atacadista do estabelecimento remetente

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Projeto de Lei Complementar nº 11, de 16/02/2011

Base de Cálculo - Repercussão do conflito de entendimento

ANO SAÍDAS Vlr Médio da Tonelada

Vendas Internas 91,28

Vendas Interestaduais 144,13

Transferências Interestaduais 30,78

Vendas Internas 252,29

Vendas Interestaduais 201,69

Transferências Interestaduais 17,01

Vendas Internas 292,34

Vendas Interestaduais 236,52

Transferências Interestaduais 34,27

PREÇO MÉDIO DAS SAÍDAS, POR TONELADA DE MINÉRIO DE FERRO, POR SITUAÇÃO (R$)

2009

2010

2011

Fonte: SEF/MG - preços médios praticados por mineradoras instaladas em MG

Distorção da BC utilizada nas transferências interestaduais:

Valor da tonelada exportada:Dez/2010 = US160,761ºtri/11 = US172,022º tri/11 = US200

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Fluxograma de Produção

Não obstante as várias etapas do processo, a legislação Federal pertinente não considera o produto resultante como industrializado, mas somente etapa da própria mineração, com baixíssima agregação.

Por isso, a base de cálculo do ICMS não pode ser a do inciso II (custo do produto), mas sim a do inciso III (preço de mercado).

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Projeto de Lei Complementar nº 11, de 16/02/2011

Base de cálculo do ICMS nas transferências interestaduais

Proposta de alteração da redação na LC 87/96, nos termos do Convênio 66/88 e Decreto-Lei nº 406/68

Proposta SEF/MGArt. 13 ...§ 4º ...

...

III – tratando-se de mercadorias não industrializadas, o preço corrente da mercadoria, ou de sua similar, no mercado atacadista do local da operação, caso o remetente seja produtor, extrator ou gerador, inclusive de energia, ou o preço da commodity no mercado internacional, na hipótese de inexistência de operações no mercado nacional.

Redação atualArt. 13 A base de cálculo do imposto é:§ 4º Na saída de mercadoria para estabelecimento localizado em outro Estado, pertencente ao mesmo titular, a base de cálculo do imposto é:I - o valor correspondente à entrada mais recente da mercadoria;II - o custo da mercadoria produzida, assim entendida a soma do custo da matéria-prima, material secundário, mão-de-obra e acondicionamento;III - tratando-se de mercadorias não industrializadas, o seu preço corrente no mercado atacadista do estabelecimento remetente

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CFEM – Necessidade de ajustes

Competência para arrecadação e fiscalização:

Proposta:

Competência de

fiscalização para os

Estados Oportunidades:

Cerca de 30.000 fiscais no

país

Estrutura, acesso aos

dados e conhecimento na

fiscalização das operações

das mineradoras

Atualmente:

Fiscalização a cargo do

DNPM Dificuldades:

Estrutura, restrição de

pessoal

Convênio de

cooperação já se

mostrou ineficiente

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Projeto de Lei Complementar nº 11, de 16/02/2011

CFEM – Alterações Propostas

Atualmente:

Base de cálculo: faturamento líquido

Despesas, principalmente transporte, impactam a BC

Proposta Alterar a BC para o

faturamento bruto (total vendas menos tributos)

Tratamento claro para os casos de consumo, transferência ou utilização como insumo: equiparação a venda

Commodities: valor é a referência mínima para a BC

Base de cálculo

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Projeto de Lei Complementar nº 11, de 16/02/2011

Alíquotas

Atualmente: 3% : minério de alumínio,

manganês, sal-gema e potássio. 2%: ferro, fertilizante, carvão e

demais substâncias. 0,2%: pedras preciosas, pedras

coradas lapidáveis, carbonados e metais nobres.

1%: ouro.

Proposta: 5%: minério de alumínio, caulim,

cobre, ferro, manganês, nióbio e níquel

3%: potássio e sal-gema 2%: carvão, fertilizante, rochas

ornamentais e demais substâncias Ouro, pedras preciosas, pedras

coradas lapidáveis, carbonados e metais nobres:

2%: extraído por empresas 0,2% extraído por garimpeiros

individuais, associações ou cooperativas de garimpeiros

CFEM – Alterações Propostas

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Projeto de Lei Complementar nº 11, de 16/02/2011

CFEM – Alterações Propostas

Participação Especial

Parcela adicional da CFEM nos casos de: % de exportação superior ao destinado à industrialização no mercado interno

Substancial volume de extração ou de rentabilidade, nos termos definidos em

decreto do Presidente da República

Base de cálculo e distribuição: mesmas da CFEM normal

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Projeto de Lei Complementar nº 11, de 16/02/2011

CFEM – Necessidade de ajustes

Destinatário Atual Proposta

União 12% 12%

Estados 23% 30%

Municípios mineradores 65% 50%

Fundo Participação Municípios do Estado - 8%

Distribuição da CFEM

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Gilberto Silva Ramos

Subsecretário da Receita Estadual – MG

[email protected]

Obrigado!

Nilo Emanoel Rendeiro de Noronha

Subsecretário da Administração Tributária – PA

[email protected]