projeto de lei comentado código de obras e edificações de peruíbe

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  • Prefeitura de Perube verso final PL Cdigo de Obras e Edificaes (v9)

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    PROJETO DE LEI COMENTADO CDIGO DE OBRAS E EDIFICAES DE PERUBE

    As caixas em verde so comentrios adicionais acrescentados pela Prefeitura que no fazem parte da minuta do projeto de lei.

    NDICE

    Captulo I DAS DISPOSIES PRELIMINARES .................................................................................................3 Captulo II DOS DIREITOS E RESPONSABILIDADES........................................................................................4

    SEO I DO PODER EXECUTIVO .................................................................................... 4 SEO II DO PROPRIETRIO......................................................................................... 4 SEO III DO RESPONSVEL TCNICO........................................................................... 4

    Captulo III DO PROCESSO ADMINISTRATIVO..................................................................................................5 SEO I DA CERTIDO DE DIRETRIZES.......................................................................... 5 SEO II DO ALVAR PARA CONSTRUO, REFORMA, AMPLIAO OU DEMOLIO ............ 5

    Subseo I Da Apresentao do Projeto ..................................................................... 6 Subseo II Da Anlise e Aprovao do Projeto .......................................................... 7 Subseo III Do Incio das Obras .............................................................................. 8 Subseo IV Da Aprovao de Projetos com Movimentao de Terra ............................. 9

    SEO III DAS ALTERAES EM PROJETOS APROVADOS ................................................. 9 SEO IV DO HABITE-SE ..........................................................................................10 SEO V DA MANUTENO E CONSERVAO DAS EDIFICAES .....................................10

    Captulo IV DAS INFRAES E PENALIDADES ..............................................................................................11 SEO I DO EMBARGO DA OBRA ..................................................................................11 SEO II DA INTERDIO DAS EDIFICAES ................................................................12 SEO III DA DEMOLIO COMPULSRIA .....................................................................12 SEO IV DAS MULTAS ...............................................................................................13 SEO V DA DECISO ADMINISTRATIVA.......................................................................13 SEO VI DO RECURSO...............................................................................................13 SEO VII DA JUNTA ESPECIAL DE RECURSO ................................................................13 SEO VIII DOS EFEITOS DAS DECISES .....................................................................14

    Captulo V DA EXECUO E SEGURANA DAS OBRAS ..............................................................................14 SEO I DO CANTEIRO DE OBRAS................................................................................14 SEO II DOS TAPUMES E EQUIPAMENTOS DE SEGURANA ............................................14 SEO III DA PARALISAO DAS OBRAS.......................................................................15

    Captulo VI DAS CONDIES GERAIS RELATIVAS S EDIFICAES........................................................16 SEO I DAS ESCAVAES, ATERROS E MOVIMENTOS DE TERRA....................................16 SEO II DOS VESTGIOS ARQUEOLGICOS .................................................................16 SEO III DAS ESTRUTURAS, PAREDES E PISOS............................................................16 SEO IV DO CLCULO DA LOTAO............................................................................17 SEO V DAS PORTAS, PASSAGENS E CORREDORES ......................................................17 SEO VI DAS ESCADAS E RAMPAS..............................................................................17 SEO VII DOS ELEVADORES.......................................................................................18 SEO VIII DAS FACHADAS E CORPOS EM BALANO ......................................................19 SEO IX DAS DIMENSES MNIMAS............................................................................20

    Subseo I Dos Compartimentos e Ambientes ...........................................................20 Subseo II Da Iluminao e Ventilao....................................................................20 Subseo III Das reas de Estacionamento de Veculos ..............................................21 Subseo IV Plos Geradores de Trfego ..................................................................23

    SEO X DAS CALADAS E MUROS...............................................................................24 SEO XI DA COTA DE SOLEIRA...................................................................................25

    Captulo VII DA OCUPAO DO SOLO.............................................................................................................25 SEO I DO COEFICIENTE DE APROVEITAMENTO ...........................................................26 SEO II DA TAXA DE PERMEABILIDADE .......................................................................26 SEO III DA TAXA DE OCUPAO ...............................................................................27 SEO IV DA TAXA DE ARBORIZAO E DA AUTORIZAO PARA DESMATAMENTO ............27

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    SEO V DO GABARITO...............................................................................................28 SEO VI DOS RECUOS...............................................................................................29

    Captulo VIII DAS INSTALAES ......................................................................................................................30 SEO I DAS INSTALAES DE GUAS PLUVIAIS...........................................................31 SEO II DAS INSTALAES HIDRULICO-SANITRIAS..................................................31

    Subseo I Aquecimento de gua por energia solar ....................................................32 SEO III DAS INSTALAES PARA DEPSITO DE LIXO..................................................34 SEO IV DAS INSTALAES ELTRICAS ......................................................................34 SEO V DAS INSTALAES ESPECIAIS........................................................................35

    Captulo IX DAS EDIFICAES RESIDENCIAIS...............................................................................................35 SEO I DAS RESIDNCIAS UNIFAMILIARES..................................................................36 SEO II DAS RESIDNCIAS GEMINADAS .....................................................................36 SEO III DAS VILAS..................................................................................................36 SEO IV DOS CONDOMNIOS HORIZONTAIS E VERTICAIS.............................................37

    Captulo X DAS EDIFICAES PARA O TRABALHO......................................................................................39 SEO I DO COMRCIO E SERVIO GERAL ....................................................................39 SEO II DOS LOCAIS COM PREPARO, DEPSITO E MANUSEIO DE ALIMENTOS.................39 SEO III DAS EDIFICAES INDUSTRIAIS...................................................................40

    Captulo XI DAS EDIFICAES ESPECIAIS .....................................................................................................40 SEO I DAS ESCOLAS E ESTABELECIMENTOS CONGNERES ..........................................40 SEO II DOS ESTABELECIMENTOS HOSPITALARES E CONGNERES ................................41 SEO III DOS HOTIS E CONGNERES ........................................................................41 SEO IV DOS LOCAIS DE REUNIO E SALAS DE ESPETCULOS......................................42 SEO V DOS POSTOS DE ABASTECIMENTO DE COMBUSTVEIS E SERVIOS PARA VECULOS..................................................................................................................42

    Captulo XII DAS EDIFICAES EXCEPCIONAIS EM REAS COSTEIRAS NO EDIFICANTES ...............44 Captulo XIII DAS DISPOSIES FINAIS E TRANSITRIAS...........................................................................45

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    PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR N ... DE ...DE .... DE 2007

    Institui o Cdigo de Obras e Edificaes do Municpio de Perube e d outras providncias.

    A Cmara Municipal da Estncia Balneria Perube, Estado de So Paulo, aprovou, e eu, Prefeito Municipal, sanciono a seguinte Lei:

    Captulo I DAS DISPOSIES PRELIMINARES

    Art. 1. Esta Lei, complementar ao Plano Diretor, estabelece normas para a ocupao do solo, elaborao de projetos e execuo de obras e instalaes, em seus aspectos tcnicos, estruturais e funcionais, visando garantir o padro de higiene, segurana e conforto dos usurios das edificaes, bem como para os procedimentos administrativos para aprovao de projetos e expedio de alvar de edificao.

    1. Todos os projetos de obras e instalaes aprovados a partir da data de publicao desta lei devero estar de acordo com as disposies a seguir e com a legislao vigente sobre Uso do Solo e sobre Parcelamento do Solo, bem como com os princpios previstos na Lei do Plano Diretor, em conformidade com as disposies Constitucionais.

    2. Todos os projetos de obras e instalaes aprovados a partir da data de publicao desta lei devero ainda atender s normas da Associao Brasileira de Normas Tcnicas ABNT, da legislao ambiental, da Vigilncia Sanitria e do Corpo de Bombeiros do Estado de So Paulo que disponham sobre a matria.

    Art. 2. Nenhuma obra de construo, reconstruo, demolio, reforma ou acrscimo de edifcio ser feito no Municpio sem a emisso do respectivo alvar pela Prefeitura.

    Art. 3. No ser expedida licena para qualquer obra em imvel tombado e/ou em reas consideradas como Patrimnio Histrico, Artstico, Cultural e Ambiental sem a prvia anuncia do rgo federal, estadual ou municipal competente.

    Pargrafo nico. Uma licena poder ser suspensa caso se verifique, no transcurso da obra, a descoberta fortuita de elementos referidos no caput.

    Art. 4. Todos os logradouros pblicos e edificaes, exceto aquelas destinadas habitao de carter permanente unifamiliar e multifamiliar, devero ser projetados de modo a permitir o acesso, circulao e utilizao por pessoas portadoras de necessidades especiais, seguindo as disposies das leis urbansticas e das normas tcnicas de acessibilidade.

    Art. 5. Para fins desta lei, utilizam-se as seguintes definies de uso dos espaos das edificaes:

    I. Uso Restrito ou Privativo reas da edificao onde o acesso do pblico restrito a algumas pessoas, sejam elas funcionrios, administradores, ou proprietrios da edificao, includos aqui as habitaes unifamiliares e a rea privativa das edificaes multifamiliares;

    II. Uso Coletivo reas de uso comum ou destinadas atividade fim da edificao, de acesso permitido ao pblico;

    III. Uso Especial reas de uso privativo e eventual, caracterizados por no fornecer acesso a mais nenhum outro compartimento, como giraus, torres e stos.

    Pargrafo nico. Uma mesma edificao poder ter espaos classificados com usos diferentes.

    Art. 6. Para efeito da presente lei, adota-se as definies constantes do Anexo I, parte integrante desta Lei.

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    Captulo II DOS DIREITOS E RESPONSABILIDADES

    SEO I DO PODER EXECUTIVO

    Art. 7. Cabe ao Municpio a aprovao do projeto de arquitetura, observando as disposies desta e de outras leis urbansticas, o licenciamento e a fiscalizao da execuo e utilizao das edificaes.

    1. Compete ao Municpio fiscalizar a manuteno das condies de segurana e salubridade das obras e edificaes.

    2. Os engenheiros, arquitetos e fiscais do Poder Executivo Municipal tero livre acesso a todas as obras mediante a apresentao de prova de identidade funcional, independentemente de qualquer outra formalidade, podendo inspecionar bens, documentos, plantas, clculos e demais papis de qualquer natureza pertinentes a esta legislao.

    3. Para o exerccio da fiscalizao, a autoridade poder fazer uso de fora policial caso lhe seja frustrado o livre acesso obra.

    Art. 8. O Municpio dever assegurar, atravs do respectivo rgo competente, o acesso dos muncipes a todas as informaes contidas na legislao municipal.

    Art. 9. O Municpio no se responsabilizar por qualquer dano decorrente de deficincia de projeto, execuo e utilizao do edifcio, bem como da no observao das normas tcnicas.

    SEO II DO PROPRIETRIO

    Art. 10. O proprietrio responder pela veracidade dos documentos apresentados, no implicando a aceitao por parte do Municpio em reconhecimento do direito de propriedade.

    Art. 11. O proprietrio do imvel, ou seu sucessor a qualquer ttulo, responsvel pela manuteno das condies de estabilidade, segurana e salubridade do imvel, pela observncia das disposies desta lei e das leis municipais pertinentes bem como pelas alteraes do projeto feitas revelia do responsvel tcnico.

    SEO III DO RESPONSVEL TCNICO

    Art. 12. permitida a apresentao, para a mesma obra, de um responsvel tcnico pelo projeto e outro pela obra.

    Pargrafo nico. Para efeito desta lei somente profissionais registrados e habilitados no Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia CREA-SP, devidamente inscritos e quites com o Poder Executivo Municipal podero projetar, fiscalizar, orientar, administrar e executar qualquer obra no Municpio.

    Art. 13. O responsvel tcnico pelo projeto assume perante o Municpio e terceiros que sero seguidas todas as condies previstas em lei, municipais, estaduais e federais, e em normas tcnicas.

    Art. 14. O responsvel tcnico pela execuo da obra assume perante o Municpio e terceiros que sero seguidas todas as condies previstas nos projetos aprovados de

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    acordo com a legislao municipal e de acordo com as normas tcnicas no tocante execuo das obras.

    1. Se no decurso da obra o responsvel tcnico quiser dar baixa da responsabilidade assumida, dever comunicar por escrito ao Poder Executivo Municipal essa pretenso, ficando a obra automaticamente embargada enquanto no for apresentado outro responsvel tcnico.

    2. obrigao do responsvel tcnico pela execuo da obra a colocao da placa na obra, que dever ser mantida at a concluso da mesma, contendo minimamente nome, qualificao profissional e nmero de registro no CREA dos responsveis pelo projeto e pela execuo da obra, nmero do protocolo e do alvar, nome da firma, empresa ou sociedade, quando for o caso.

    Captulo III DO PROCESSO ADMINISTRATIVO

    SEO I DA CERTIDO DE DIRETRIZES

    Art. 15. A Prefeitura Municipal deve disponibilizar certido de diretrizes do imvel sempre que solicitada.

    1. O interessado dever informar o nome do loteamento, quadra e lote quando da solicitao de que trata o caput, para que o Poder Executivo Municipal possa ter a exata localizao do imvel.

    2. O Poder Executivo Municipal fornecer uma Certido de Diretrizes contendo informaes sobre o uso e ocupao do solo, macrozoneamento, parmetros e ndices urbansticos, alinhamento predial, indicao sobre as aprovaes necessrias em outros rgos estaduais e federais, bem como outros dados cadastrais disponveis relacionados ao imvel.

    3. As certides devero ser fornecidas em at 15 (quinze) dias teis.

    Art. 16. A expedio da Certido de Diretrizes pelo Poder Executivo Municipal no garante o direito de construir e suas informaes permanecem vlidas por um prazo determinado pelo Executivo, de no mximo 90 (noventa) dias.

    SEO II DO ALVAR PARA CONSTRUO, REFORMA, AMPLIAO OU DEMOLIO

    Art. 17. Dependero, obrigatoriamente, de Certificado de Aprovao de Projeto e/ou Alvar de Construo, Reforma, Ampliao ou Demolio as seguintes obras:

    I. construo de novas edificaes; II. reformas que determinem acrscimo ou decrscimo na rea construda do imvel, ou

    alterem o projeto original, ou ainda que interfiram na segurana, estabilidade e conforto das construes;

    III. implantao de estande de vendas a ser erigido no prprio imvel; IV. demolio.

    Art. 18. Esto isentas de Certificado de Aprovao de Projeto e Alvar de Construo, Reforma, Ampliao ou Demolio as seguintes obras:

    I. limpeza ou pintura interna e externa de edificaes que no exija a instalao de tapumes, andaimes ou telas de proteo;

    II. conserto nas caladas dos logradouros pblicos em geral; III. construo de muros;

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    IV. construo de abrigos provisrios para operrios ou depsitos de materiais, no decurso de obras definidas j licenciadas.

    Art. 19. Poder ser fornecido um Certificado de Aprovao de Projeto independentemente do Alvar de Construo, Reforma, Ampliao ou Demolio, podendo cada um deles possuir um Responsvel Tcnico diferente.

    1. O Certificado de Aprovao de Projeto somente ser fornecido quando todas as exigncias legais tiverem sido atendidas.

    2. Quando os responsveis tcnicos pelo projeto e pela execuo da obra forem diferentes, ser exigida a ART Anotao de Responsabilidade Tcnica correspondente de cada um dos profissionais.

    3. Para economia processual, os dois documentos podero ser requeridos e fornecidos no mesmo processo.

    Art. 20. O Certificado de Aprovao de Projeto ou Alvar de Construo, Reforma, Ampliao ou Demolio ser concedido mediante requerimento dirigido pelo interessado ao rgo municipal competente, juntamente com o projeto arquitetnico a ser aprovado e demais documentos previstos em regulamento.

    1. As instalaes prediais devero ser aprovadas pelas reparties competentes estaduais ou municipais, ou pelas concessionrias de servio pblico quando for o caso.

    2. O prazo mximo para anlise e deciso sobre o projeto de 30 (trinta) dias a partir da data de entrada do projeto definitivo no rgo municipal competente.

    Art. 21. O Poder Executivo Municipal somente expedir o Alvar para Demolio de edificao aps vistoria pelo rgo municipal competente.

    1. Aps a vistoria o Poder Executivo Municipal poder exigir, antes de conceder o alvar, que o proprietrio apresente profissional legalmente habilitado, responsvel pela execuo dos servios.

    2. Para demolies de edificaes com menos de 80m (oitenta metros quadrados), com um pavimento e que no estejam localizados na divisa da edificao vizinha, ser dispensada a apresentao de responsvel tcnico.

    3. Qualquer edificao que esteja ameaada de desabamento, com base em laudo do Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia CREA, dever ser demolida no prazo mximo de at 60 (sessenta) dias do recebimento da notificao pelo proprietrio.

    4. Caso o proprietrio, na situao descrita no pargrafo anterior, recuse-se a proceder com a demolio, a Poder Executivo Municipal providenciar a execuo da demolio cobrando do mesmo as despesas correspondentes, dentro do prazo de 5 (cinco) dias, acrescido da taxa de 20% (vinte por cento) de administrao.

    5. O Alvar para Demolio ser expedido juntamente com o Alvar de Construo, quando for o caso.

    Subseo I Da Apresentao do Projeto

    Art. 22. O requerente apresentar o projeto para aprovao, composto e acompanhado de:

    I. requerimento, solicitando a aprovao do projeto definitivo e a liberao do Alvar de Construo, Reforma, Ampliao ou Demolio, assinado pelo proprietrio ou representante legal;

    II. declarao de que tomou conhecimento do contedo da certido de diretrizes referente localidade da obra, expedida pelo rgo municipal competente;

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    III. projeto propriamente dito, contendo implantao, plantas, cortes, elevaes, de acordo com regulamentao especfica do Poder Executivo Municipal, assinado pelo responsvel tcnico pelo projeto;

    IV. sondagem e projetos complementares, quando for o caso; V. declarao de demarcao do lote realizada por profissional habilitado com inscrio

    em vigor no CREA; VI. plantas aprovadas na Vigilncia Sanitria Municipal, para os casos previstos em lei; VII. plantas do sistema de Preveno a Incndios devidamente aprovados no Corpo de

    Bombeiros do Estado de So Paulo, para os casos previstos em lei; VIII. clculos estruturais dos diversos elementos construtivos, assim como desenhos dos

    respectivos detalhes, caso o Poder Executivo Municipal julgue necessrio; IX. projeto do sistema de tratamento de esgoto, com respectivos memoriais de clculo

    obedecendo a norma da ABNT que trate do assunto, assinado pelo Profissional responsvel e pelo proprietrio;

    X. Anotao de Responsabilidade Tcnica - ART de projeto e execuo; XI. Certido atualizada de matrcula do imvel, com data de emisso de no mximo 180

    (cento e oitenta) dias antes da requisio do Alvar para Construo, Reforma, Ampliao ou Demolio, ou Certificado de Regularidade expedido pelo Poder Executivo;

    XII. Certido negativa de dbitos municipais com data de emisso de no mximo 60 (sessenta) dias;

    XIII. Documentao para obteno de licena ambiental, quando a execuo do projeto envolver desmatamento, nos moldes do exigido pelos rgos competentes;

    XIV. Memorial descritivo da rea a ser averbada como compensao, ambiental ou urbana, quando exigido.

    1. O processo de aprovao poder ser conduzido por representante legal desde que o interessado assine, com firma reconhecida, termo de compromisso elaborado pelo Poder Executivo municipal.

    2. Quando houver necessidade de desmatamento, ser emitida certido de diretrizes para o rgo ambiental competente, acompanhado do respectivo memorial descritivo da rea a ser preservada, e a aprovao de projeto s ser concedida aps a emisso de licena ambiental, pelo rgo competente.

    3. O Poder Executivo Municipal far regulamentao especfica acerca dos documentos necessrios para aprovao de projetos contendo as normas para apresentao do projeto, quantidades e formatos das plantas e demais desenhos e documentos necessrios, em forma impressa ou digital.

    4. O Poder Executivo poder estabelecer condies simplificadas para a aprovao de projetos de residncias unifamiliares com at 70m2 (setenta metros quadrados) e para habitao de interesse social.

    Subseo II Da Anlise e Aprovao do Projeto

    Art. 23. Os projetos sero aprovados quando atenderem simultaneamente s seguintes condies:

    I. estiverem de acordo com a legislao municipal; II. estiverem com os tributos em dia; III. estiverem com os requerimentos e declaraes assinadas pelo proprietrio ou

    representante legal; IV. os projetos estejam assinados pelo proprietrio ou representante legal, e tambm

    pelos responsveis tcnicos, nos termos regulamentados pelo Executivo; V. o lote seja parte de loteamento e desmembramento devidamente aprovado ou

    regularizado.

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    1. Os processos que apresentarem elementos incompletos ou incorretos, necessitarem de complementao da documentao exigida por lei ou esclarecimento, sero objeto de comunique-se para que as falhas sejam sanadas.

    2. Das plantas descritas na subseo anterior, o nmero de cpias estipuladas pelo Executivo ser arquivado no rgo competente e as outras sero devolvidas ao requerente aps a aprovao, contendo em todas as folhas o carimbo APROVADO e as rubricas dos funcionrios encarregados.

    3. Constatando-se diferena entre a via previamente aprovada pela Prefeitura e as demais vias solicitadas, que influencie o resultado da aprovao do projeto, o profissional responsvel pelo projeto ser penalizado com multa constante no Anexo I desta lei.

    H casos em que o profissional anexa, aps a solicitao das demais vias, plantas diferentes das apresentadas inicialmente. No h medida coibindo este tipo de prtica atualmente o mximo

    que acontece a emisso de mais um comunique-se.

    Art. 24. No ato da aprovao do projeto ser emitido o Certificado de Aprovao de Projeto, que ter prazo de validade igual a 1 (um) ano, com permisso para renovao automtica por igual perodo.

    1. Decorrido o prazo definido no caput sem que a construo tenha sido iniciada, a emisso do Alvar estar condicionada a nova anlise do projeto sobre a legislao em vigor na data da solicitao do Alvar de Construo.

    2. O Poder Executivo Municipal poder conceder prazo de validade e renovao por tempo caso as caractersticas da obra a executar o exijam, desde que seja comprovada sua necessidade atravs de cronogramas devidamente avaliados pelo rgo municipal competente, no momento de aprovao do projeto de construo, reforma, ampliao ou demolio.

    3. Quando na aprovao do projeto for solicitada a emisso do Alvar para Construo, Reforma, Ampliao ou Demolio, o Certificado de Aprovao de Projeto poder ser dispensado.

    4. O Certificado de Aprovao de Projeto no autoriza o incio das obras.

    Subseo III Do Incio das Obras

    Art. 25. Para incio das obras, o interessado dever requerer o Alvar de Construo, apresentando a ART do Responsvel Tcnico pela sua execuo.

    1. As obras devem ser iniciadas no prazo de at 1 (um) ano a partir da data da emisso do Alvar de Construo.

    2. Decorrido o prazo definido no caput sem que a construo tenha sido iniciada, a renovao do Alvar estar condicionada a nova anlise do projeto sobre a legislao vigente.

    3. Para efeitos deste artigo, uma obra ser considerada iniciada quando suas fundaes estiverem concludas.

    Havia-se a inteno de cobrar pela renovao do Alvar de Construo, a partir de 3 (trs) anos

    da sua emisso, at que o proprietrio requere-se o habite-se, como forma de estimular a concluso do processo. Tendo em vista porm o lanamento de mais uma taxa a parte da

    populao que mais sofreria com a medida os que constrem com parcos recursos optou-se por excluir a medida, apostando-se somente no reforo da fiscalizao como forma de coibir a

    utilizao da edificao sem o habite-se.

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    Art. 26. Os documentos previstos em regulamento devero ser mantidos na obra durante sua construo, para permitir fcil acesso fiscalizao do rgo municipal competente.

    Subseo IV Da Aprovao de Projetos com Movimentao de Terra

    Art. 27. A execuo de movimento de terra dever ser precedida de autorizao do Poder Executivo Municipal nas seguintes situaes:

    I. movimentao de terra com mais de 500m (quinhentos metros cbicos) de material;

    II. movimentao de terra com qualquer volume em reas lindeiras a cursos dgua, reas de vrzea e de solos hidromrficos ou alagadios;

    III. movimentao de terra de qualquer volume em reas sujeitas eroso; IV. alterao de topografia natural do terreno que atinja superfcie maior que 2.000m

    (dois mil metros quadrados).

    Art. 28. O requerimento para solicitar a autorizao referida artigo anterior dever ser acompanhado dos seguintes documentos:

    I. certido atualizada de matrcula do imvel, com data de emisso de no mximo 180 (cento e oitenta) dias antes da requisio do Alvar para Construo, Reforma, Ampliao ou Demolio;

    II. levantamento topogrfico do terreno em escala, destacando cursos dgua, vegetao, edificaes existentes e demais elementos significativos;

    III. memorial descritivo informando: a) descrio da tipologia do solo; b) volume do corte e/ou aterro; c) volume do emprstimo ou retirada;

    IV. medidas a serem tomadas para proteo superficial do terreno; V. indicao do local para emprstimo ou bota-fora; VI. projetos contendo todos os elementos geomtricos que caracterizem a situao do

    terreno antes e depois da obra, inclusive sistema de drenagem e conteno; VII. Anotaes de Responsabilidade Tcnica - ARTs da obra.

    Art. 29. As disposies deste artigo devero ser igualmente aplicadas no caso de construo de subsolos.

    SEO III DAS ALTERAES EM PROJETOS APROVADOS

    Art. 30. proibida qualquer alterao no projeto de arquitetura quanto aos elementos estruturais e de vedao da construo sem o prvio consentimento do Municpio, sob pena de cancelamento de seu alvar.

    Pargrafo nico. A execuo de modificaes em projetos de arquitetura aprovados com alvar ainda em vigor, que envolva partes da construo ou acrscimo de rea ou altura construda, somente poder ser iniciada mediante aprovao de substituio de projeto arquitetnico.

    Art. 31. As alteraes em projetos aprovados, de carter estrutural, estaro sujeitas solicitao de um novo alvar de construo, reforma, ampliao ou demolio.

    1. Se as alteraes do caput deste artigo no acarretarem acrscimo de rea, ficaro isentas de novas taxas.

    2. Podero ser aprovadas na substituio de projeto as edificaes que, estando de acordo com o projeto anteriormente aprovado, encontrarem-se eventualmente em desconformidade com as exigncias desta lei.

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    3. Na substituio de projeto, devero ser atendidas, sempre que houver espao para tal, as definies tcnicas desta lei a respeito de:

    I. acessibilidade; II. estacionamentos; III. exigncias sanitrias.

    4. A substituio de projeto arquitetnico dever seguir as mesmas normas previstas na seo anterior.

    SEO IV DO HABITE-SE

    Art. 32. Nenhum prdio de construo nova ou modificada poder ser habitado ou utilizado sem o correspondente alvar de habite-se.

    Art. 33. Uma obra considerada concluda quando tiver condies de habitabilidade, que se caracteriza por:

    I. possuir todas as instalaes previstas em projeto, funcionando a contento; II. estiver de acordo com o projeto aprovado; III. apresentar certificado de aprovao do Corpo de Bombeiros e/ou rgo de Vigilncia

    Sanitria, nos casos previstos em lei.

    Art. 34. Concluda a obra, o proprietrio ou o responsvel tcnico dever solicitar ao Poder Executivo Municipal o Habite-se da edificao, em documento-modelo expedido pelo rgo competente municipal.

    1. Vistoria efetuada pelo rgo competente municipal dever preceder a emisso do Habite-se descrita no caput deste artigo.

    2. O Habite-se poder ser expedido de forma parcial, se no projeto aprovado constar a sua execuo em fases.

    3. Na vistoria o rgo competente fiscalizar, alm da obedincia ao projeto aprovado, a existncia de equipamentos como caixa de correio, lixeira e calada pavimentada, assim como o cumprimento de medidas mitigadoras exigidas pelo Poder Executivo no momento da aprovao do projeto, podendo nesses casos solicitar manifestao do rgo responsvel pela imposio de cada medida para certificar-se de seu adequado cumprimento.

    4. Sero toleradas diferenas de at 2% (dois por cento) no comprimento e de at 5% (cinco por cento) entre os valores reais e as reas informadas em projeto.

    5. Por ocasio da vistoria, se for constatado que a edificao foi construda, ampliada, reconstruda ou reformada em desacordo com o projeto aprovado, o responsvel tcnico ser notificado, de acordo com as disposies desta Lei, e obrigado a regularizar o projeto, caso as alteraes possam ser aprovadas, ou fazer a demolio ou as modificaes necessrias para regularizar a situao da obra.

    6. A vistoria dever ser efetuada no prazo mximo de 15 (quinze) dias, a contar da data do seu requerimento, e o Habite-se, concedido ou recusado dentro de outros 30 (trinta) dias.

    SEO V DA MANUTENO E CONSERVAO DAS EDIFICAES

    Art. 35. Os proprietrios so obrigados a conservar os edifcios e respectivas dependncias em bom estado, a fim de no comprometer a integridade fsica e a sade dos seus ocupantes, dos vizinhos ou dos transeuntes, a segurana e a ordem pblica.

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    Art. 36. Constatado o mau estado de conservao ou abandono de um edifcio, colocando em risco a sade, a integridade fsica e a segurana da populao, o Poder Executivo poder solicitar, baseado em laudo tcnico por ele elaborado, uma ou mais das aes seguintes:

    I. a reparao preventiva; II. a interdio do edifcio; III. a demolio compulsria.

    1. O laudo tcnico dever ser elaborado por peritos do Poder Pblico e conter fotos, relatrio da situao, servios necessrios a sua adequao e o prazo para reparao.

    2. O laudo tcnico poder conceder prazo entre 30 (trinta) e 180 (cento e oitenta dias) para a manuteno preventiva do imvel, aps o qual o imvel ser interditado, ou poder solicitar a imediata interdio, caso o risco integridade fsica de seus usurios e da vizinhana seja iminente.

    Captulo IV DAS INFRAES E PENALIDADES

    Art. 37. As infraes s disposies desta Lei sero punidas com as seguintes penalidades:

    I. embargo da obra; II. multas; III. interdio das edificaes; IV. demolio.

    SEO I DO EMBARGO DA OBRA

    Art. 38. A obra em andamento ser embargada se:

    I. estiver sendo executada sem o alvar vlido, quando este for necessrio; II. for construda, reformada ou ampliada em desacordo com os termos do alvar; III. no for observado o alinhamento predial; IV. se o responsvel tcnico pela obra pedir baixa de responsabilidade tcnica, at que

    se apresente outro profissional; V. apresentar risco em sua estabilidade, com perigo para o pblico ou para o pessoal

    envolvido na obra.

    Pargrafo nico. Para todos os efeitos, o alvar deve estar dentro do seu prazo de validade.

    Alvar, para todos os efeitos, aquele documento que est dentro do prazo de validade. Alvar

    vencido deixa de ser alvar vlido.

    Art. 39. O embargo ser efetuado pelo servidor em exerccio de fiscalizao por simples comunicao escrita ao responsvel tcnico e ao proprietrio, dando imediata cincia do mesmo autoridade superior, quando ocorrer um dos casos mencionados no artigo anterior.

    Art. 40. Se o infrator desobedecer ao embargo e der seguimento obra, ser-lhe- aplicada a multa diria prevista nesta Lei.

    Pargrafo nico. Ser tambm cobrada multa a cada reincidncia das aes que motivam o embargo, sem prejuzo a outras penalidades legais cabveis.

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    Art. 41. O auto de infrao ser levado ao conhecimento do infrator para que tome cincia e, caso no seja encontrado, ser enviado por AR ao domiclio do infrator e, em ltimo caso, publicar-se- resumo em edital oficial.

    Art. 42. O infrator ter o prazo de 20 (vinte) dias a partir da cincia do auto de infrao ou, caso este no tenha sido expresso, do prazo de publicao em edital para apresentar defesa, por meio de requerimento dirigido ao prefeito.

    Pargrafo nico. Em prazo de 20 (vinte) dias a prefeitura dever apreciar a defesa e emitir parecer conclusivo sobre a irregularidade identificada, opinando pela manuteno ou no do embargo.

    Art. 43. Ao infrator caber regularizar a obra eliminando as infraes identificadas, seja por meio da obteno de alvar, pela reforma, pela demolio da parte que estiver apresentando a irregularidade ou outra forma que o proprietrio encontrar para sanar os defeitos.

    Pargrafo nico. Sanada a irregularidade que deu causa ao embargo, o infrator dever comunicar a prefeitura para que esta verifique a nova situao e emita de parecer conclusivo no prazo de 10 (dez) dias, opinando pelo fim do embargo ou manuteno da penalidade.

    SEO II DA INTERDIO DAS EDIFICAES

    Art. 44. Os edifcios sero interditados quando, baseados em laudo tcnico elaborado pelo poder Executivo, constatar-se o risco iminente integridade fsica e a segurana da populao, ou quando as aes estipuladas em notificao preliminar para manuteno preventiva no forem realizadas dentro do prazo estipulado pelo Poder Executivo.

    1. Interditado o edficio, o Poder Executivo dever lacr-lo informando, visivelmente, sobre sua interdio e notificar o proprietrio a reparar ou demolir, parcial ou integralmente, o edifcio em questo, em prazo determinado pelo laudo tcnico entre 30 (trinta) e 180 (cento e oitenta dias).

    2. A desinterdio do edifcio s ser efetuada aps vistoria realizada pelo Poder Executivo, documentada com fotos e preferencialmente no mesmo processo de interdio, comprovando a realizao das intervenes necessrias correta e adequada utilizao do imvel.

    3. No atendido o prazo estipulado no pargrafo anterior, o municpio poder solicitar a demolio compulsria da edificao.

    SEO III DA DEMOLIO COMPULSRIA

    Art. 45. A demolio total ou parcial das construes ser imposta ao proprietrio pelo Poder Executivo Municipal, mediante intimao, quando estiver embargada a mais de 30 (trinta) dias, confirmada a permanncia da irregularidade.

    Art. 46. Para os casos de ocupao de rea pblica, a demolio dever ser feita em at 24 (vinte e quatro) horas, no cabendo recurso ou prorrogao de prazo.

    Art. 47. A demolio total ou parcial de responsabilidade do proprietrio.

    Art. 48. Para os casos de risco, o proprietrio poder, s suas expensas, dentro de 48h (quarenta e oito horas) que se seguirem intimao, pleitear seus direitos, requerendo vistoria na construo, a qual dever ser feita por 2 (dois) peritos habilitados, sendo um obrigatoriamente indicado pelo Poder Executivo Municipal.

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    Art. 49. Intimado o proprietrio do resultado da vistoria, seguir-se- o processo administrativo, o qual dever concluir e opinar sobre a demolio.

    Art. 50. Existindo interesse por parte do Poder Pblico, o mesmo poder desapropriar o imvel, para uso de interesse pblico.

    SEO IV DAS MULTAS

    Art. 51. A multa ser imposta ao infrator pelo funcionrio competente, mediante lavratura do auto.

    Art. 52. As multas sero classificadas, quanto a sua natureza, como:

    I. leves; II. graves; e III. gravssimas.

    Pargrafo nico. As multas sero aplicadas ao proprietrio, de acordo com a tabela do Anexo II, a partir da classificao descrita neste artigo.

    SEO V DA DECISO ADMINISTRATIVA

    Art. 53. Decorrido o prazo para a apresentao da defesa, o processo administrativo ser imediatamente encaminhado ao titular do rgo competente municipal para fiscalizao de obras, ou a quem tiver esta atribuio.

    Pargrafo nico. Se entender necessrio, a autoridade julgadora poder determinar a realizao de diligncia, para esclarecer questes duvidosas, bem como solicitar o parecer da Procuradoria Geral do Municpio, ou de quem tiver esta atribuio, delegada pelo Prefeito.

    Art. 54. O autuando ser notificado da deciso da primeira instncia por via postal.

    SEO VI DO RECURSO

    Art. 55. Da deciso de primeira instncia caber recurso para Junta Especial de Recurso, no prazo de 20 (vinte) dias teis, sem efeito suspensivo.

    1. O recurso far-se- por petio do proprietrio que dever conter o nmero do auto de infrao, facultada a juntada de documentos.

    2. vedado, em uma s petio, interpor recursos referentes a mais de uma deciso, ainda que versem sobre o mesmo assunto e alcancem o mesmo recorrente, salvo quando as decises forem proferidas em um nico processo.

    SEO VII DA JUNTA ESPECIAL DE RECURSO

    Art. 56. A Junta Especial de Recurso ser nomeada por ato prprio do executivo municipal, contendo 5 membros do quadro de servidores efetivos,com qurum mnimo para as reunies de 3 (trs) membros.

    Art. 57. A Junta Especial de Recurso ter um prazo de 30 (trinta) dias para julgamento dos recursos, devendo ser as decises publicadas no rgo oficial do municpio.

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    SEO VIII DOS EFEITOS DAS DECISES

    Art. 58. A deciso definitiva, quando mantida a autuao, produz os seguintes efeitos, conforme o caso:

    I. autoriza a inscrio das multas em dvida ativa e subseqente cobrana judicial; II. autoriza a demolio do imvel; III. mantm o embargo da obra ou a interdio da edificao, at o esclarecimento da

    irregularidade constatada.

    Art. 59. A deciso que tornar insubsistente a autuao produz os seguintes efeitos, conforme o caso:

    I. autoriza o autuado a receber a devoluo da multa paga indevidamente, no prazo de 60 (sessenta) dias aps requer-la;

    II. suspende a demolio do imvel; III. retira o embargo da obra ou a interdio da edificao.

    Captulo V DA EXECUO E SEGURANA DAS OBRAS

    Art. 60. A execuo das obras somente poder ser iniciada depois de concedido o Alvar de Construo, Reforma, Ampliao ou Demolio.

    Art. 61. So atividades que caracterizam o incio de uma construo:

    I. o preparo do terreno; II. a montagem de canteiro de obras; III. a abertura de cavas para fundaes; IV. o incio de execuo de fundaes superficiais.

    SEO I DO CANTEIRO DE OBRAS

    Art. 62. proibida a permanncia de qualquer material de construo nas vias e logradouros pblicos, bem como a utilizao dos mesmos como canteiros de obras ou depsito de entulhos.

    Pargrafo nico. A no retirada dos materiais ou do entulho autoriza o Poder Executivo Municipal a fazer a remoo do material encontrado em via pblica, dando-lhe o destino conveniente, e a cobrar dos executores da obra a despesa da remoo e multa.

    SEO II DOS TAPUMES E EQUIPAMENTOS DE SEGURANA

    Art. 63. Enquanto durarem as obras, o proprietrio dever adotar, sob orientao do responsvel tcnico pela execuo da obra, as medidas e equipamentos necessrios proteo e segurana dos que nela trabalham, dos pedestres, das propriedades vizinhas e dos logradouros e vias pblicas, observando o disposto nesta lei, e tambm os dispositivos estabelecidos nas normativas do Ministrio do Trabalho.

    Art. 64. Nenhuma construo, reforma, ampliao ou demolio poder ser executada no alinhamento predial sem que esteja obrigatoriamente protegida por tapumes, salvo quando se tratar de execuo de muros, grades, gradis ou de pintura e pequenos reparos na edificao que no comprometam a segurana dos pedestres.

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    Art. 65. Tapumes e andaimes no podero ocupar mais do que a metade da largura da calada sendo que, no mnimo, 1m (um metro) ser mantido livre para o fluxo de pedestres e devero ter, no mnimo, 2,00m (dois metros) de altura.

    Pargrafo nico. O Municpio, atravs do rgo competente, poder autorizar a utilizao do espao areo da calada desde que seja respeitado um p direito mnimo de 2,20m (dois metros e vinte centmetros) e desde que seja tecnicamente comprovada sua necessidade e adotadas medidas de proteo para circulao de pedestres.

    Art. 66. Nenhum elemento do canteiro de obras poder prejudicar a arborizao da rua, a iluminao pblica, a visibilidade de placas, avisos ou sinais de trnsito e outras instalaes de interesse pblico.

    Art. 67. Durante a execuo da obra ser obrigatria a colocao de andaime de proteo do tipo bandeja-salva-vidas ou andaimes mecnicos, para edifcios de 9m (nove metros) de altura ou mais, observando tambm os dispositivos estabelecidos nas normas do Ministrio do Trabalho.

    Art. 68. Aps o trmino das obras ou no caso de paralisao por prazo superior a 30 (dias), os tapumes devero ser recuados e os andaimes retirados.

    SEO III DA PARALISAO DAS OBRAS

    Art. 69. O responsvel tcnico ou o proprietrio dever informar o Municpio no caso de paralisao das obras, por simples comunicao dirigida ao rgo competente.

    1. A paralisao das obras no suspende o prazo de validade do alvar.

    2. Considera-se paralisao das obras a no realizao de benfeitorias ou modificaes no conjunto da obra em um prazo de 6 (seis) meses ou mais.

    3. A obra paralisada cujo prazo do Alvar tenha expirado sem ter sido reiniciada depender de laudo tcnico atestando sua estabilidade, sem o qual no gozar da prerrogativa da renovao automtica.

    Art. 70. As obras paralisadas devem ter seus vos, janelas, portas e outras entradas vedadas de modo a impedir ou mitigar a entrada de pessoas ou animais.

    Pargrafo nico. Caso o Poder Executivo Municipal verifique a paralisao de uma obra e a omisso do proprietrio em ved-la, promover a vedao, constituindo crdito tributrio referente ao servio de vedao, que ser cobrado ou includo na dvida ativa.

    Art. 71. O proprietrio de obra paralisada a mais de 1 (um) ano deve apresentar laudo tcnico atestando a estabilidade da obra.

    Pargrafo nico. Caso no seja apresentado laudo tcnico e, tendo o proprietrio sido notificado e autuado, presume-se situao de risco na obra, podendo ser procedida a demolio compulsria da mesma.

    Art. 72. As infraes a esta seo constituem infrao grave.

    Foi inserida a seo que trata do abandono das obras. O dispositivo autoriza a demolio de uma obra paralisada por muito tempo e que no tenha laudo tcnico atestando sua estabilidade. Outras providncias, como transformar em HIS, alterar o uso ou desapropriar por conta do abandono, podem ser objeto de outras legislaes, em conformidade com o Plano Diretor do

    Municpio.

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    Captulo VI DAS CONDIES GERAIS RELATIVAS S EDIFICAES

    SEO I DAS ESCAVAES, ATERROS E MOVIMENTOS DE TERRA

    Art. 73. Qualquer movimento de terra deve ser executado com o devido controle tecnolgico, a fim de assegurar a estabilidade, prevenir eroses e garantir a segurana dos imveis e logradouros limtrofes, bem como no impedir ou alterar o curso natural de escoamento de guas pluviais e fluviais.

    Art. 74. Nas escavaes e aterros devero ser adotadas medidas de segurana para evitar o deslocamento de terra nas divisas do lote em construo ou eventuais danos s edificaes vizinhas.

    Art. 75. No caso de escavaes e aterros de carter permanente, que modifiquem o perfil do lote, o responsvel legal obrigado a proteger as edificaes lindeiras e o logradouro pblico, com obras de proteo contra o deslocamento de terra.

    Pargrafo nico. As alteraes no perfil do lote devero constar no projeto arquitetnico.

    SEO II DOS VESTGIOS ARQUEOLGICOS

    Art. 76. Nos casos em que forem encontrados vestgios arqueolgicos durante a execuo da obra, esta dever ser imediatamente paralisada e o rgo municipal competente pela preservao destes vestgios informado para orientar a correta remoo.

    Art. 77. Nos Setores de Interesse Arqueolgico, a aprovao das plantas fica sujeita assinatura de um termo de responsabilidade do proprietrio, a ser elaborado pelo Poder Executivo Municipal, declarando estar ciente das probabilidades de encontro dos vestgios arqueolgicos, da observncia s leis pertinentes ao assunto e dos procedimentos a serem tomados caso os mesmos sejam encontrados.

    Art. 78. As infraes a esta seo constituem infrao gravssima.

    A insero desta seo obedece a incluso dos Setores de Interesse Arqueolgico (SIA) includos no Plano Diretor.As infraes a esta seo constituem infrao grave.

    SEO III DAS ESTRUTURAS, PAREDES E PISOS

    Art. 79. Os elementos estruturais, paredes divisrias e pisos devem garantir resistncia ao fogo, impermeabilidade, estabilidade da construo, bom desempenho trmico e acstico das unidades e acessibilidade, de acordo com as normas tcnicas vigentes.

    1. As paredes executadas em alvenaria de tijolos comuns devero ter espessura mnima de:

    a) 9cm (nove centmetros) quando internas; b) 15cm (quinze centmetros) quando externas; c) 20cm (vinte centmetros) quando se tratar de paredes de alvenaria que constiturem divises entre habitaes distintas ou se construdas na divisa do lote.

    2. Estas espessuras podero ser alteradas quando forem utilizados materiais de natureza diversa, desde que atendam as normas tcnicas especficas ou que, atravs de comprovao tcnica, possuam no mnimo ndices de resistncia, impermeabilidade e isolamento trmico e acstico satisfatrios.

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    SEO IV DO CLCULO DA LOTAO

    Art. 80. A lotao de cada edificao ser calculada conforme tabela do anexo IV e ter validade somente para fins de aprovao de projetos no municpio de Perube.

    Art. 81. O clculo da lotao subsidiar a elaborao do projeto no dimensionamento:

    I. da quantidade de equipamentos sanitrios na edificao; II. das caixas dgua da edificao; III. das lixeiras da edificao; IV. do sistema de tratamento de esgoto, quando no houver rede pblica; V. da largura e quantidade de portas, passagens e corredores, atendendo no mnimo as

    condies impostas pelo Corpo de Bombeiros quanto ao escoamento da populao.

    SEO V DAS PORTAS, PASSAGENS E CORREDORES

    Art. 82. As portas de acesso s edificaes, bem como as passagens ou corredores, devem ter largura suficiente para o escoamento dos compartimentos ou setores da edificao a que do acesso.

    Art. 83. Para atividades especficas so detalhadas exigncias no corpo desta Lei respeitando-se:

    I. quando de uso privativo, largura mnima de 90 cm (noventa centmetros); II. quando de uso coletivo, a largura livre total correspondente a 1 cm (um centmetro)

    por pessoa da lotao prevista para os compartimentos, respeitando o mnimo de 1,20m (um metro e vinte centmetros) por passagem;

    III. o cumprimento das normas tcnicas de acessibilidade da ABNT.

    1. No ser permitida a colocao de nenhum obstculo que reduza sua largura.

    2. So permitidas passagens interligando pavimentos superiores de duas edificaes distintas.

    SEO VI DAS ESCADAS E RAMPAS

    Art. 84. As escadas e rampas devero ter largura suficiente para proporcionar o fluxo de pessoas que dela dependem, devendo para atividades especficas seguir as exigncias detalhadas no corpo desta Lei, respeitando-se as seguintes condies:

    I. a largura mnima das escadas e rampas de uso coletivo ser de 1,20 m (um metro e vinte centmetros);

    II. as escadas e rampas de uso privativo do compartimento, ambiente ou local, podero ter largura mnima de 90cm (noventa centmetros);

    III. as escadas e rampas de uso coletivo devero ser feitas de material incombustvel ou tratada para tal;

    IV. as escadas e rampas devero oferecer passagem com altura mnima nunca inferior a 2,10m (dois metros e dez centmetros);

    V. sero permitidas escadas de uso restrito, com largura mnima de 60cm (sessenta centmetros), em alvenaria, caracol ou do tipo marinheiro, quando servirem de acesso a um nico compartimento de uso privativo, como jiraus, torres, adegas e situaes similares;

    VI. as escadas e rampas devem ter um patamar intermedirio, de pelo menos 1m (um metro) de profundidade, a no mximo cada 3,50m (trs metros e cinqenta centmetros) de altura vencida;

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    VII. os degraus das escadas devero apresentar altura mxima de 18cm (dezoito centmetros) e profundidade mnima de 25cm (vinte e cinco centmetros);

    VIII. nas escadas em leque, a largura mnima do piso do degrau a 50cm (cinqenta centmetros) do bordo interno, dever ser de 28cm (vinte e oito centmetros);

    IX. as rampas podero apresentar inclinao mxima de 25% (vinte e cinco por cento) para uso de veculos e de 8,33% (oito vrgula trinta e trs por cento) para uso de pedestres.

    X. se a inclinao das rampas exceder a 6% (seis por cento) o piso dever ser revestido com material anti-derrapante;

    XI. ter corrimo contnuo em pelo menos um dos lados.

    Pargrafo nico. Alm do disposto nos incisos deste artigo, as atividades especficas devero respeitar tambm o estabelecido pelas demais disposies deste cdigo, das exigncias do Corpo de Bombeiros do Estado de So Paulo e das normas tcnicas de acessibilidade.

    Art. 85. obrigatria a construo de guarda-corpo com altura de no mnimo 1,10m (um metro e dez centmetros) de altura, podendo os corrimos serem incorporados no clculo.

    SEO VII DOS ELEVADORES

    Art. 86. Ser obrigatrio a instalao de, no mnimo, 1 (um) elevador nas edificaes em que a diferena entre o primeiro e o ltimo piso da mesma edificao seja igual ou superior a 12m (doze metros).

    1. Para os efeitos deste artigo no se considera pavimento aquele que de uso privativo das dependncias do penltimo pavimento.

    2. Nas edificaes de uso coletivo onde a diferena entre o primeiro e o ltimo piso da mesma edificao seja inferior a 12m (doze metros), onde no exista obrigatoriedade relativa atividade desenvolvida e onde os pavimentos no sejam acessveis por rampas, ser obrigatria a demarcao em projeto do espao destinado ao elevador, ficando a critrio do interessado sua instalao poca da construo.

    3. Os espaos de acesso ou circulao s portas dos elevadores devero ter dimenso no inferior a 1,50m (um metro e cinqenta centmetros) medida perpendicularmente s portas dos elevadores.

    4. Os elevadores no podero ser o nico modo de acesso aos pavimentos superiores de qualquer edificao.

    Art. 87. O sistema de circulao vertical - nmero de elevadores, clculo de trfego e demais caractersticas, est sujeito s normas tcnicas da Associao Brasileira de Normas Tcnicas ABNT, sempre que for instalado, e deve ter um responsvel legalmente habilitado.

    1. A emisso do habite-se nos edifcios com obrigatoriedade de instalao de elevadores fica vinculada apresentao da Anotao de Responsabilidade Tcnica referente a sua instalao.

    2. Os proprietrios que instalarem elevadores aps a emisso do habite-se devem apresentar a respectiva ART ao Poder Executivo, que a incorporar ao respectivo projeto.

    Art. 88. Com a finalidade de assegurar o uso por pessoas portadoras de deficincias fsicas, o nico ou pelo menos um dos elevadores dever:

    I. estar situado em local a eles acessvel;

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    II. estar situado em nvel com o pavimento a que servir ou estar interligado ao mesmo por rampa;

    III. servir ao estacionamento em que haja previso de vagas de veculos para pessoas portadoras de deficincias fsicas.

    SEO VIII DAS FACHADAS E CORPOS EM BALANO

    Art. 89. As salincias executadas como elemento arquitetnico proeminente, engastado ou aposto na edificao ou muro, compreendem, dentre outras, as seguintes:

    I. balco e terrao aberto; II. beiral de cobertura; III. jardineira, floreira e ornamento; IV. marquise; V. toldo; VI. sacadas e varandas; VII. platibandas.

    Art. 90. Os edifcios podero ser dotados de marquises, quando construdos no alinhamento predial obedecendo s seguintes condies:

    I. sero sempre em balano; II. tero a altura mnima de 2,50m (dois metros e cinqenta centmetros); III. a projeo da face externa do balano dever ser no mximo igual a 50% (cinqenta

    por cento) da largura do calada e nunca superior a 1,20m (um metro e vinte centmetros);

    IV. permitiro escoamento das guas pluviais exclusivamente para dentro dos limites do lote.

    Art. 91. Quando se tratar de prdio de esquina construdo no alinhamento da rua ser obrigatrio o chanfro do canto por uma normal bissetriz do angulo formado pelos alinhamentos com no mnimo 3,50m (trs metros e cinqenta centmetros) de comprimento.

    Art. 92. As fachadas dos edifcios quando no alinhamento predial, podero ter floreiras, caixas para ar condicionado, salincias e brises, somente acima de 2,50m (dois metros e cinqenta centmetros) do nvel da calada.

    1. Os elementos mencionados no caput deste artigo podero projetar-se sobre o recuo frontal ou recuos laterais e de fundos a uma distncia mxima de 60cm (sessenta centmetros).

    2. Os beirais com at 1,00 m (um metro) de largura no sero considerados como rea construda, desde que no tenham utilizao na parte superior.

    3. As sacadas podero projetar-se, em balano, at 1,20m (um metro e vinte centmetros) sobre os recuos, no se admitindo a projeo sobre o logradouro pblico e a menos de 1,50m (um metro e cinqenta centmetros) da divisa com o terreno vizinho.

    4. As sacadas que estiverem na divisa do terreno devero possuir barreira visual em relao ao terreno vizinho.

    Art. 93. Os toldos devero satisfazer s seguintes condies:

    I. no excederem a largura das caladas e ficarem, em qualquer caso, sujeitos ao balano mximo de 2m (dois metros);

    II. no apresentarem quaisquer de seus elementos, inclusive bambinelas, quando instalados no pavimento trreo, altura inferior a cota de 2,20m (dois metros e vinte centmetros) em relao ao nvel da calada;

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    III. no prejudicarem a arborizao e a iluminao pblica e ocultarem placas de nomenclatura e outras indicaes oficiais dos logradouros;

    IV. no possurem publicidade, nos termos do Cdigo de Posturas.

    SEO IX DAS DIMENSES MNIMAS

    Art. 94. Para cada compartimento das edificaes so definidos, de acordo com o Anexo III:

    I. o dimetro mnimo do crculo inscrito; II. a rea mnima; III. a iluminao mnima; IV. a ventilao mnima; V. o p direito mnimo.

    Subseo I Dos Compartimentos e Ambientes

    Art. 95. Os compartimentos e ambientes devero ser posicionados na edificao e dimensionados de forma a proporcionar conforto ambiental, trmico, acstico, e proteo contra a umidade, obtidos pelo adequado dimensionamento e emprego dos materiais das paredes, cobertura, pavimento e aberturas, bem como das instalaes e equipamentos.

    Art. 96. As caractersticas mnimas dos compartimentos das edificaes so definidas no Anexos III, salvo disposies de carter mais restritivo constantes em legislao especfica.

    1. Nos imveis situados na Macrozona Turstica de Sol e Praia e no Setor de Interesse Turstico, so admitidos no mximo dois compartimentos da edificao com dimenses excepcionais.

    2. Nas demais reas da cidade, so admitidos todos os compartimentos da edificao dentro dos valores excepcionais.

    Art. 97. Em cada compartimento, deve ser possvel a inscrio de um crculo com dimetro mnimo especificado no Anexo III desta lei.

    Subseo II Da Iluminao e Ventilao

    Art. 98. Devero ser explorados o uso de iluminao natural e a renovao natural de ar dos compartimentos, adotando sempre que possvel, o efeito chamin ou ventilao cruzada, a fim de evitar zonas mortas de ar confinado.

    Art. 99. A rea necessria para a iluminao dos compartimentos encontra-se indicada no Anexo III integrante desta Lei, expressa na relao entre a rea de abertura e a rea de piso do compartimento.

    Art. 100. A rea necessria para ventilao ser de no mnimo 50% (cinqenta por cento) da rea a ser iluminada.

    Art. 101. Sero considerados iluminados e ventilados os ambientes com aberturas para:

    I. o logradouro pblico ou espao livre e aberto do prprio imvel, em qualquer plano; II. reas cobertas abertas em pelo menos uma de suas extremidades, ficando a

    abertura do ambiente a uma distncia mxima do espao livre de 2 (duas) vezes o p-direito da rea coberta para onde se projeta;

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    III. poos de ventilao e iluminao cujo piso permita a inscrio de um crculo de dimetro calculado em funo da altura h entre o piso do ambiente a ser iluminado e a parte mais alta do poo/ptio, correspondente a: a) h/4 para compartimentos de permanncia transitria; b) h/2 para compartimentos de longa permanncia.

    IV. dutos com seo mnima de 0,40m2 (quarenta decmetros quadrados), somente para os compartimentos de permanncia transitria de usos no-residenciais, utilizando-se obrigatoriamente ventilao mecnica para dutos com mais de 4m (quatro metros) de comprimento.

    1. No permitida a abertura de sanitrios para compartimentos considerados de longa permanncia.

    2. So considerados para efeito desta lei compartimentos de longa permanncia salas, sales, mezaninos, quartos, cozinhas, copas, reas de lazer e demais compartimentos destinados a atividade fim da edificao.

    3. So considerados para efeito desta lei compartimentos de permanncia transitria banheiros, lavanderias, depsitos, caixas de escada, corredores e demais compartimentos de uso acessrio e eventual.

    Subseo III Das reas de Estacionamento de Veculos

    Art. 102. Os espaos destinados a estacionamentos ou garagens de veculos podem ser:

    I. privativos, quando se destinarem ao uso exclusivo dos proprietrios da edificao ou de seus associados;

    II. coletivos, para os demais casos.

    Art. 103. obrigatria a reserva de espaos destinados a estacionamento ou garagem de veculos e bicicletas vinculados s atividades das edificaes, com rea e respectivo nmero mnimo de vagas calculadas de acordo com o tipo de uso do imvel, conforme o disposto no Anexo IV, parte integrante desta lei.

    1. Os resultados fracionados sero arredondados para o nmero inteiro imediatamente superior.

    2. exigido um nmero mnimo de vagas para bicicletas igual ao nmero mnimo de vagas calculado para veculos.

    3. At 10% (dez por cento) das vagas calculadas podero ser destinadas a motocicletas.

    4. Ficam isentas das exigncias do caput deste artigo as edificaes aprovadas at a data desta lei que permaneam sem alterao da atividade e sem prejuzo ao trfego local.

    5. A reserva de vagas poder ser realizada atravs da apresentao de rea especfica para este fim, distante no mximo 200m (duzentos metros) da edificao, do proprietrio ou no, indicando-se no imvel principal a existncia do estacionamento vinculado.

    6. As atividades novas, desenvolvidas em edificaes j existentes com uso diferente do pretendido tambm estaro sujeitas ao disposto neste artigo e, em caso de impossibilidade de atendimento do nmero de vagas exigido, estaro sujeitas a medidas mitigadoras alternativas impostas pelo Poder Executivo, aps avaliao do impacto do empreendimento no seu entorno.

    Art. 104. Para anlise do espao destinado ao estacionamento ou garagem dever ser apresentada planta da rea ou pavimento com a demarcao das guias rebaixadas, acessos, corredores de circulao, espaos de manobra, arborizao e vagas individualizadas, de acordo com o disposto nesta Lei.

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    Art. 105. Toda vaga de estacionamento dever possuir dimenso mnima, livre de quaisquer obstculos, de:

    I. 4,20m (quatro metros e vinte centmetros) por 2,40m (dois metros e quarenta centmetros), para automveis, nos estacionamentos privativos;

    II. 5,00m (cinco metros) por 2,40m (dois metros e quarenta centmetros), para automveis, nos estacionamentos coletivos;

    III. 2,20m (dois metros e vinte centmetros) por 1,20m (um metro e vinte centmetros), para motocicletas, em quaisquer tipo de estacionamentos;

    IV. 3,10m (trs metros e dez centmetros) por 8,50m (oito metros e cinqenta centmetros), para caminhes, em quaisquer tipo de estacionamentos.

    Pargrafo nico. Vagas para deficientes fsicos devero possuir, alm das dimenses previstas neste artigo, faixa adicional de 1,20m (um metro e vinte centmetros) de largura destinada circulao de cadeirantes, devidamente sinalizada.

    Art. 106. A largura dos corredores de acesso ser determinada em funo do ngulo de estacionamento dos veculos:

    I. 5,00m (cinco metros) para vagas perpendiculares ao corredor; II. 4,50m (quatro metros e cinqenta centmetros) para vagas a 60 (sessenta graus); III. 2,90m (dois metros e noventa centmetros) para vagas a 45 (quarenta e cinco

    graus); IV. 2,20m (dois metros e vinte centmetros) para vagas a 30 (trinta graus); V. 3,00m (trs metros) para vagas paralelas ao corredor.

    Art. 107. S sero permitidas vagas presas nas seguintes condies:

    I. em estacionamentos privativos; II. em residncias multifamiliares, desde que todas as unidades contem com pelo

    menos uma vaga livre; III. em atividades religiosas ou culturais, em que todos os carros saem do evento em um

    mesmo horrio; IV. em locais com servio de manobrista operante, com termo de compromisso assinado

    pelo proprietrio e demonstrado por placa no local.

    Nas atividades religiosas ou culturais os veculos saem do estacionamento num mesmo horrio, podendo permitir a vaga presa sem servio de manobrista, e que nas outras atividades, poderia

    se admitir este tipo de vaga desde com servio de manobrista.

    Art. 108. Os projetos de estacionamentos devero atender s seguintes exigncias:

    I. possuir circulao independente para veculos e pedestres; II. nos estacionamentos coletivos, obrigatria a destinao de pelo menos 2% (dois

    por cento) de vagas exclusivas para portadores de mobilidade reduzida e deficientes fsicos;

    III. quando cobertos, devero possuir p-direito de no mnimo 2,30m (dois metros e trinta centmetros) e ventilao permanente;

    IV. os estacionamentos em reas descobertas sobre o solo devero ser arborizados e apresentar, no mnimo, uma rvore para cada 10 (dez) vagas;

    V. nos casos em que o piso do estacionamento descoberto receber revestimento impermevel dever ser adotado um sistema de drenagem, acumulao e descarga de guas pluviais;

    VI. as rampas de acesso ao subsolo com mais de 5% (cinco por cento) de inclinao devero ter seu incio, no mnimo, a 1,5m (um metro e cinqenta centmetros) do alinhamento predial nos casos de habitao unifamiliar e de 5m (cinco metros) nos demais casos;

    VII. nos demais trechos do acesso permitida a construo de rampas com at 25% (vinte e cinco por cento) de inclinao;

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    VIII. as adequaes de nvel entre o logradouro pblico e as reas de acesso e circulao dos estacionamentos devero ser feitas dentro dos lotes, para que no sejam criados obstculos nas caladas;

    IX. as caladas fora do alinhamento do lote no podero ser utilizadas, em qualquer hiptese, para a demarcao de vagas de estacionamento;

    X. o rebaixamento das guias para acesso aos estacionamentos dever ter somente a largura necessria passagem de veculos, limitada a 7m (sete metros) de largura em cada acesso e distantes no mnimo 5m (cinco metros) entre si quando houver mais de um acesso;

    XI. os acessos de veculos no podero obstruir a drenagem pluvial das sarjetas devendo o interessado, caso o abaulamento da via no possibilite o acesso ao lote por guia rebaixada, solicitar autorizao do Poder Executivo para executar soluo alternativa indicada pelo mesmo;

    XII. quando o estacionamento possuir cancelas de bloqueio de acesso, obrigatria a rea de acumulao de veculos entre a cancela e o alinhamento do lote;

    XIII. demais exigncias impostas pelo Poder Executivo, em funo do volume de trfego gerado pelo empreendimento.

    Art. 109. O Habite-se no poder ser entregue at que se tenham cumprido todas as medidas previstas em projeto.

    Para os casos de abaulamento de via impedindo o acesso de veculos, elaborou-se um croqui que ficar disposio do Departamento de Obras. Sua execuo depende de autorizao do Poder

    Executivo.

    Subseo IV Plos Geradores de Trfego

    Art. 110. Os usos ou atividades classificam-se em plos geradores de trfego de acordo com o nmero de vagas de estacionamento de veculos calculado, sendo de:

    I. baixo impacto: at 10 (dez) vagas de estacionamento; II. mdio impacto: de 11 (onze) a 50 (cinqenta) vagas de estacionamento; III. alto impacto: acima de 50 (cinqenta) vagas de estacionamento.

    Pargrafo nico. Excetuam-se da classificao disposta no caput do artigo os usos habitacionais, salvo aqueles considerados empreendimentos de impacto e que por isso necessitaro de EIV.

    Art. 111. Em funo do nmero de vagas exigidas e a atividade desenvolvida no local, o Municpio poder exigir o cumprimento de medidas adicionais no tocante ao trfego de veculos e pedestres, de acordo com o Anexo V.

    1. Caso o interessado opte por executar alguns dos itens dos quais dispensado no referido anexo, dever realiz-lo de acordo com as orientaes tcnicas e padres determinados pelo Executivo.

    2. Faculta-se ao Poder Executivo, atravs do seu rgo de trnsito ou comisso constituda para este fim exigir o cumprimento de uma ou mais medidas mitigadoras que estiverem a seu critrio, mediante avaliao sobre o impacto do empreendimento no trfego, localizao e condies do entorno.

    3. O Poder Executivo dever determinar a posio desejada para a entrada e sada de veculos de estacionamento com acessos indiretos preferencialmente prximo s extremidades opostas s esquinas, salvo quando a configurao local propiciar implantao mais conveniente.

    4. As reas de embarque e desembarque de passageiros, pontos de txi e paradas de nibus podero ser colocadas na via pblica, a critrio do rgo de trnsito, desde que no se situem na frente de outro lote e que estejam em rea com

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    estacionamento permitido, devendo o interessado arcar com os custos da sinalizao horizontal e vertical.

    5. Todas as despesas decorrentes da implantao das medidas mitigadoras correro por conta do interessado.

    O empreendedor dever seguir todas as medidas obrigatrias estipuladas no Anexo V. Caso o nmero de vagas calculado para o empreendimento seja superior a 10, ele dever ser

    submetido a uma avaliao especfica do rgo de trnsito municipal, que determinar, alm das medidas obrigatrias, as facultativas que julgar necessrias, considerando o porte do

    empreendimento e seu impacto no entorno.

    SEO X DAS CALADAS E MUROS

    Art. 112. Compete ao proprietrio a construo, reconstruo e conservao das caladas em toda a extenso das testadas do terreno, edificados ou no, mantendo padronizao estabelecida pela Prefeitura Municipal.

    Pargrafo nico. Nos casos de acidentes e obras que afetem a integridade da calada, o agente causador ser o responsvel pela sua recomposio, a fim de garantir as condies originais da calada danificada.

    Art. 113. As caladas devero ser divididas em:

    I. faixa de mobilirio urbano, lindeira ao meio-fio, destinada a arborizao, implantao de mobilirio urbano, rampas de acesso a veculos;

    II. faixa livre de circulao, de no mnimo 1,50m (um metro e cinqenta centmetros) de largura e inclinao transversal mxima de 2% (dois por cento);

    III. faixa de interferncia das edificaes, com largura mxima de 20% (vinte por cento) da largura total da calada.

    1. Quando a largura de calada impossibilitar a implantao das 3 faixas, dar-se- preferncia para a faixa livre de circulao, posteriormente faixa de mobilirio urbano e por ltimo faixa de interferncia das edificaes.

    2. A faixa livre de circulao dever ser executada em material resistente, antiderrapante, promover continuidade de circulao entre os imveis vizinhos e no ser interrompida por degraus, mudanas abruptas de nvel ou ranhuras superiores a 1,5 cm (um centmetro e meio) de largura.

    3. Os acessos de veculos devero ser feitos, obrigatoriamente, por meio de rebaixamento do meio-fio e com rampa ocupando apenas a faixa destinada ao mobilirio urbano ou comprimento mximo de 40cm (quarenta centmetros), o que for maior.

    4. A rampa de acesso dos veculos s garagens ser feita integralmente dentro do imvel, no sendo permitido o rampeamento da calada para este fim.

    Art. 114. Dever ser deixada na calada uma faixa transversal ao imvel com 60cm de largura, com mesmo padro de acabamento mas removvel, destinada manuteno dos sistemas de abastecimento de gua e coleta de esgoto da edificao.

    Art. 115. So obrigatrias e compete aos seus proprietrios a construo, reconstruo e conservao dos muros em toda a extenso das testadas dos terrenos no edificados.

    1. Os muros devero ter altura entre 80cm (oitenta centmetros) e 1m (um metro) de altura do nvel da calada.

    2. As paredes de prdios e muros em contato com terra devero ser revestidas e impermeabilizadas convenientemente, de modo a no permitir a passagem da umidade para o lado oposto da mesma.

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    Art. 116. A altura mxima para muros em lotes construdos de 2,20 m (dois metros e vinte centmetros) acima da cota de soleira da edificao.

    Pargrafo nico. Nos imveis de interesse turstico, paisagstico ou histrico, os muros devero ter altura mxima de 0,80 m (oitenta centmetros) podendo ser completado em altura por grade ou material semelhante, que no impea a vista.

    SEO XI DA COTA DE SOLEIRA

    Art. 117. Fica estabelecida a cota de soleira mnima, em todo o permetro urbano, de:

    I. 30cm (trinta centmetros) para as edificaes de uso habitacional, onde haja rua pavimentada com rede de esgoto em funcionamento e distncia superior a 100m (cem metros) de corpos dgua ou locais com problema de drenagem pluvial;

    II. 80cm (oitenta centmetros) para os demais casos de edificaes de uso habitacional, salvo nos locais onde lei especfica determinar cota especfica ou superior;

    III. 18cm (dezoito centmetros) para edificaes de uso no-habitacional ou misto, salvo nos locais onde lei especfica determinar cota especfica superior.

    1. O espao entre o nvel do terreno e a edificao poder ser aterrado ou deixado livre, a critrio do interessado, desde que haja possibilidade de manuteno e devida drenagem do trecho abaixo da edificao.

    2. Quando o piso trreo da edificao se destinar a garagens, depsitos ou dependncias de permanncia transitria, poder ser utilizada uma cota de soleira mnima de 0,30m (trinta centmetros) contada a partir do nvel mdio da testada do lote.

    Captulo VII DA OCUPAO DO SOLO

    Art. 118. Os parmetros urbansticos visam estabelecer critrios para regular a ocupao do solo visando o ordenamento construtivo e o cumprimento de padres mnimos de salubridade no Municpio, vinculando-se s caractersticas e aos objetivos do Macrozoneamento institudo pelo Plano Diretor de acordo com o Anexo VI.

    Art. 119. A implantao ou o assentamento de qualquer edificao em qualquer poro do territrio municipal dever cumprir os parmetros urbansticos, e seus respectivos ndices, institudos pelo Plano Diretor e regulamentados por esta Lei, exceto:

    I. na Macrozona de Proteo Ambiental, regida por legislao estadual e federal; II. nas Zonas Especiais de Interesse Social ZEIS, que tero regulamentao municipal

    especfica; III. condies especiais impostas por Operaes Urbanas especficas.

    Art. 120. So parmetros urbansticos de ocupao do solo:

    I. Coeficiente de Aproveitamento (CA); II. Taxa de Permeabilidade (TP); III. Taxa de Ocupao (TO); IV. Taxa de Arborizao (TA); V. Gabarito; VI. Recuos.

    Art. 121. Os valores atribudos para cada parmetro urbanstico constam do Anexo VI.

    1. A alterao, reviso ou supresso de qualquer parmetro urbanstico dever estar de acordo com as determinaes do Plano Diretor.

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    2. Quando houver sobreposio de Macrozonas, Setores ou Zonas Especiais prevalecer o valor ou ndice do parmetro urbanstico que for mais restritivo quanto ocupao do solo.

    Os parmetros de Coeficiente de Aproveitamento apresentados nesta minuta correspondem s

    diretrizes propostas para cada uma das Macrozonas apontadas no Plano Diretor.

    SEO I DO COEFICIENTE DE APROVEITAMENTO

    Art. 122. O coeficiente de aproveitamento (CA) corresponde ao ndice que multiplicado pela rea do lote resulta na rea mxima de construo permitida, observando as restries impostas pelos demais ndices urbansticos.

    1. O coeficiente de aproveitamento bsico aquele que pode ser utilizado de forma gratuita.

    2. O coeficiente de aproveitamento mnimo aquele abaixo do qual os imveis situados em zonas com incidncia do Parcelamento, Utilizao e Edificao Compulsrios e IPTU progressivo no tempo estaro sujeitos aplicao dos instrumentos, regulados em legislao especfica.

    3. O coeficiente de aproveitamento mximo aquele que poder ser alcanado, atravs da outorga onerosa, regulada em legislao especfica, no sendo considerados para seu clculo:

    I. as reas de garagem; II. poos de elevadores; III. corredores, rampas e escadas descobertas; IV. toldos, tendas e coberturas txteis; V. barriletes; VI. casas de mquinas de elevador.

    SEO II DA TAXA DE PERMEABILIDADE

    Art. 123. A taxa de permeabilidade (TP) o percentual mnimo da rea do lote que dever ser mantido permevel, no se permitindo construes, mesmo sob pilotis, coberturas provisrias, piscinas ou subsolos, instituda sob os objetivos de:

    I. contribuir para a melhoria do sistema de drenagem urbana; II. promover o conforto ambiental do Municpio; III. contribuir para a melhoria do ambiente natural e construdo; IV. contribuir para a manuteno de ndices de temperatura e umidade do ar saudveis.

    Art. 124. A rea do lote resultante da taxa de permeabilidade dever, obrigatoriamente, ser tratada com solo natural, vegetao ou revestimentos com rea permevel superior a 20% (vinte por cento), que devero ser especificados no projeto a ser apresentado ao rgo municipal competente.

    Art. 125. Institui-se para cada macrozona, de acordo com o Anexo VI, a taxa de permeabilidade bsica, que a obrigatria para cada lote, e a taxa de permeabilidade mnima, que poder ser atingida atravs do cumprimento de uma ou mais medidas mitigadoras abaixo relacionadas:

    I. instalao de sistema individual de captao e armazenamento de guas pluviais, com volume mnimo de 30 (trinta) litros para cada m2 impermeabilizado;

    II. doao de mudas de rvores para a Prefeitura Municipal, na quantidade mnima equivalente ao nmero de rvores necessrio para atingir a rea permevel a ser

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    reduzida, de acordo com o porte, valores e condies previstos no Anexo VIII desta lei.

    1. A taxa de permeabilidade no pode, em hiptese alguma, estar abaixo do mnimo estipulado no Anexo VI desta Lei.

    2. A escolha do tipo de muda seguir critrio definido pelo poder executivo municipal.

    3. As mudas somente podero ser plantadas dentro da mesma macrozona do imvel ou a uma distncia mxima de 1km (um quilmetro) do lote.

    4. A adoo das medidas mitigadoras dever ser aprovada pela Prefeitura Municipal mediante assinatura de termo de compromisso pelo proprietrio na manuteno e execuo das medidas listadas.

    5. O cumprimento das medidas mitigadoras ser verificado para liberao do Habite-se ou Alvar de Funcionamento.

    As medidas mitigadoras para diminuio da taxa de permeabilidade foram estabelecidas pela equipe tcnica municipal de forma a possibilitar alternativas aos proprietrios. A doao de

    mudas cumprir primeiramente critrios estabelecidos pelo executivo e num momento seqente as diretrizes do Plano de Arborizao do Municpio.

    SEO III DA TAXA DE OCUPAO

    Art. 126. A taxa de ocupao (TO) o percentual expresso pela relao entre a rea de projeo da edificao ou edificaes sobre o plano horizontal e a rea do lote ou terreno onde se pretende edificar.

    1. A taxa de ocupao mxima das edificaes para cada macrozona a estipulada no Anexo VI.

    2. So consideradas no clculo da taxa de ocupao quaisquer coberturas, permanentes ou provisrias, inclusive as que no entram no clculo dos coeficientes de aproveitamento.

    3. No so considerados no clculo da taxa de ocupao pergolados e elementos decorativos que no exercem funo de cobertura.

    SEO IV DA TAXA DE ARBORIZAO E DA

    AUTORIZAO PARA DESMATAMENTO

    Art. 127. Qualquer desmatamento s ser permitido se autorizado pela autoridade ambiental competente.

    Art. 128. A taxa de arborizao (TA) o percentual mnimo da rea do lote que exceder 200m2 (duzentos metros quadrados) que deve ser mantido arborizado dentro do prprio lote, independente de encontrar-se provido ou no de vegetao, de acordo com a tabela do Anexo VI.

    Art. 129. O cumprimento da taxa de arborizao no desobriga, sob nenhuma hiptese, o cumprimento das demais normais ambientais a respeito do assunto.

    Art. 130. Todo desmatamento de mata nativa s ser possvel com averbao em cartrio de rea equivalente desmatada, da seguinte forma:

    I. o que for exigido pela Taxa de Arborizao dever ser mantido obrigatoriamente dentro do prprio lote;

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    II. o restante poder ser averbado, a critrio do proprietrio, em terreno situado dentro do prprio loteamento ou a no mximo 1km (um quilmetro) de distncia da edificao.

    2. No podero ser apresentados como reas averbadas terras de domnio da Unio ou situadas dentro de Unidades de Conservao Integral.

    3. Para aprovao de projeto que envolva desmatamento, o interessado dever anexar ao processo memorial descritivo, tal como seguir para a averbao, da rea a ser preservada.

    Art. 131. A rea arborizada ser contada como rea permevel do terreno.

    Art. 132. A recomposio de vegetao dever ser feita de espcies nativas, em quantidade mnima equivalente ao nmero de rvores necessrio para atingir a rea total a ser reflorestada, de acordo com o porte, valores e condies previstos no Anexo VIII.

    se necessrio revegetar uma rea de 100m2, o proprietrio poder plantar 3 rvores de grande

    porte + 1 pequena (3x30 + 10 = 100), 5 rvores de porte mdio (5x20=100), 10 rvores de porte pequeno (10x10=100) ou qualquer outra combinao.

    1. A rea de arborizao dever estar demarcada nas plantas do projeto para aprovao, em planialtimtrico e planta baixa com os devidos dimetros e distncias, devidamente demarcados e legendados.

    2. A emisso do habite-se da obra fica condicionada vistoria de constatao do plantio das referidas rvores.

    Art. 133. Em terrenos com mata nativa no ser permitido desmembramento com lotes mnimos resultantes inferiores a 500m2 (quinhentos metros quadrados).

    Art. 134. Constatando-se atravs de foto area a existncia de vegetao em rea desmatada sem autorizao do rgo competente, o interessado s poder aprovar projeto arquitetnico com a licena ambiental.

    O objetivo da Taxa de Arborizao favorecer a permanncia de rvores dentro dos lotes,

    principalmente em reas ambientalmente especiais, como o caso do Guara. A medida faz parte do conceito de Adequao Urbano-Ambiental proposta para aquela macrozona e de melhoria da

    paisagem urbana dos demais.

    Para que no se inviabilizasse a ocupao de pequenos lotes, a taxa de arborizao vale apenas para aquilo que exceder os 200m2. Isso valeria dizer que, em um lote de 250m2, o proprietrio dever manter pelo menos 1 rvore dentro do lote; em um lote de 500m2, o proprietrio dever

    manter pelo menos 6 rvores.

    A taxa de arborizao no significa que o proprietrio poder desmatar simplesmente o resto do terreno. Continuam valendo as obrigaes da Lei 11.428/06 (Bioma da Mata Atlntica) e

    sobretudo do Decreto Federal 5.300/04 (Gerenciamento Costeiro), que aponta a necessidade de averbao de rea equivalente desmatada. Ela apenas garante que parte desta vegetao permanea na rea urbanizada, permitindo ao proprietrio transferir para terreno prximo o

    replantio da rea restante.

    Verificar tambm as normas/portarias que regem o sistema: Portaria 51 DEPRN (Procedimento Simplificado), 75 DEPRN (documentos emitidos pelo rgo), Resoluo SMA 58 (orientao para

    reflorestamento)

    SEO V DO GABARITO

    Art. 135. O gabarito a dimenso vertical mxima da edificao, expressa em metros, quando medida de seu ponto mais alto at o nvel do ponto mdio do alinhamento frontal do lote, institudo com o objetivo de garantir a preservao da qualidade da paisagem

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    urbana do Municpio e promover o conforto ambiental do ponto de vista da insolao e ventilao.

    1. O gabarito mximo das edificaes para cada macrozona, medido em metros, ser o definido no Anexo VI desta Lei.

    2. Para efeito de clculo de gabarito das edificaes, no sero computadas as alturas das caixas dgua e das casas de mquinas.

    Art. 136. Para os fins da Lei Orgnica, as garagens, os stos e os mezaninos das edificaes no sero considerados pavimentos desde que respeitadas as seguintes condies:

    I. o ponto mais alto das paredes dos stos no ultrapasse 1,60m (um metro e sessenta centmetros);

    II. os pisos de garagens devero ter p-direito mximo 2,50m (dois metros e cinqenta centmetros);

    III. os mezaninos no ocupem mais do que 50% do pavimento inferior e possuam no mximo 70% de sua rea compartimentada.

    SEO VI DOS RECUOS

    Art. 137. Os recuos so as distncias mnimas perpendiculares medidas entre a projeo horizontal da edificao, incluindo o subsolo, e as linhas divisrias do lote, constituindo-se em recuo frontal, lateral e de fundo.

    Art. 138. O recuo frontal mnimo obrigatrio para todo o permetro urbano de h/4, (altura da edificao dividida por quatro) respeitando-se o mnimo de 5m (cinco metros).

    o recuo frontal obrigatrio para toda a rea urbana, independente de sua utilizao, decorrente da crescente necessidade de prover estacionamento para as reas mais comerciais, justamente os imveis que geralmente so dispensados dos recuos. Ainda que no sejam exigidas as vagas de todos os estabelecimentos, o ideal estimular os mesmos a prover estas vagas. A medida

    tambm estimula a um melhor aproveitamento das caladas na zona central, historicamente com passeios mais estreitos, ausncia de recuos e conflitos entre reas demarcadas na escritura e sua

    representao de fato na malha urbana, dificultando a acessibilidade.

    Art. 139. Haver recuos frontais especiais, sem prejuzo do disposto no artigo anterior, para lotes confrontantes com as seguintes vias do municpio:

    I. Av. Padre Anchieta: 15m (quinze metros) de cada lado a partir do eixo da via; II. Marginais da ferrovia: 15m (quinze metros) de cada lado a partir do eixo da ferrovia; III. Av. Gov. Mrio Covas Jnior: recuos especiais calculados em funo da distncia do

    alinhamento do lote at a mureta de praia, de acordo com o Anexo IX.

    Art. 140. Quando ficar caracterizado o conflito entre a demarcao existente na escritura do imvel e o alinhamento existente de fato no logradouro pblico, prevalecer o ltimo, podendo o proprietrio calcular os recuos baseados em relao ao terreno de origem desde que no invadam o logradouro.

    Art. 141. Ser permitida, mediante autorizao prvia da Prefeitura e a ttulo precrio, a instalao no recuo frontal da Av. Padre Anchieta de coberturas provisrias, entendidas assim aquelas que atendam todas as condies abaixo:

    I. no permitam a utilizao de sua parte superior como pavimento; II. mantenham as faces voltadas para a via pblica sem qualquer tipo de vedao, entre

    1m (um metro) e 2,80m (dois metros e oitenta centmetros) de altura, contada a partir da calada;

    III. que utilizem materiais que possam ser integralmente reutilizados, em sua retirada; IV. o espao mnimo entre a guia e a projeo dos beirais dever ser de 3m (trs

    metros);

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    V. em nenhuma hiptese a cobertura, includa a projeo do beiral, poder ultrapassar o alinhamento do lote.

    as coberturas provisrias permitem a utilizao do espao do recuo frontal no pavimento trreo

    com a diferenciao de fachadas

    Art. 142. Os recuos laterais e de fundos so os estabelecidos no Anexo VI desta lei.

    1. facultada a ocupao dos recuos laterais e de fundo at a altura de 4m (quatro metros), contados a partir do nvel da calada, respeitando-se a taxa de ocupao mxima e desde que no haja aberturas voltadas para a divisa.

    2. Entre 4 (quatro) e 7 (sete) metros de altura, contados a partir do nvel da calada, obrigatrio o cumprimento dos recuos, em pelo menos uma das divisas laterais e na divisa dos fundos, de acordo com o estabelecido no Anexo VI.

    3. Acima dos 7m (sete metros) de altura, obrigatrio o cumprimento de ambos os recuos laterais e de fundo estabelecido no Anexo VI.

    4. O recuo mnimo obrigatrio para trechos com aberturas voltadas para as divisas de 1,50m (um metro e cinqenta centmetros).

    5. A largura mnima de corredores externos de 1,00m (um metro) entre o alinhamento do lote e a parte externa da edificao.

    6. Quando houver mais de uma edificao no terreno, o recuo entre ambas dever seguir o estabelecido para os recuos laterais no Anexo VI, considerando-se a altura da menor edificao, respeitando-se o mnimo de 3m (trs metros).

    7. So permitidas nos recuos laterais e de fundos a utilizao de escadas, rampas e passagens descoberta