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Projeto de Criação MUSEU DO DESENHO TÉCNICO (MDTec) Porto Alegre 2018

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Projeto de Criação

MUSEU DO DESENHO TÉCNICO (MDTec)

Porto Alegre

2018

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE ARQUITETURA E URBANISMO

DEPARTAMENTO DE DESIGN E EXPRESSÃO GRÁFICA

GRUPO DE ENSINO E PESQUISA SOBRE DESENHO TÉCNICO

Projeto de Criação

MUSEU DO DESENHO TÉCNICO (MDTec)

Projeto de Criação elaborado como requisito para a obtenção de autorização para a institucionalização do Museu do Desenho Técnico, da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, na Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Coordenação: Prof. Me. Roberto Wanner Pires Coordenação Técnica: Isabel Cristina Francioni Ferrugem – Museóloga Corem 3R 0216-I

Porto Alegre

2018

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1. Vista do LECOG 7

Figura 2. Armário 1 8

Figura 3. Armário 2 9

Figura 4. Vista Parcial do Armário 1 9

Figura 5. Atual Estado do Armário 1 11

Figura 6. Atual Estado do Armário 2 11

Figura 7. Logomarca do Museu 11

Figura 8. Atual Estado de Conservação dos Filmes em Rolo 12

Figura 9. Nicho Policrômico – Toca do Boqueirão da Pedra Furada, Serra da Capivara (PI)

17

Figura 10. Ânfora Protogeométrica 18

Figura 11. Ânfora Figura Negra - Aquiles matando a Rainha Amazonas Pentesileia

19

Figura 12. Zeus contra Porfírio (Detalhe do Friso), Altar de Pérgamo 19

Figura 13. Serra Hidráulica 20

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LISTA DE SIGLAS

MDTec - Museu do Desenho Técnico

UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul

REMAM – Rede de Museus e Acervos Museológicos da UFRGS

DEG – Departamento de Expressão Gráfica

DESTEC – Grupo de Ensino e Pesquisa sobre Desenho Técnico

LECOG – Laboratório de Ensino de Computação Gráfica

COMPESQ/ARQ – Comissão de Pesquisa da Faculdade de Arquitetura

PROCCAD/UFRGS – Programa de Cursos de CAD da UFRGS

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SUMÁRIO

1 CONTEXTO DO PROJETO 6

2 JUSTIFICATIVA 14

3 DELIMITAÇÃO DOS OBJETIVOS 15

4 REFERENCIAL TEÓRICO 17

4.1 Origem do Desenho 17

4.2 Breve Histórico do Desenho Técnico e da Computação Gráfica 21

4.3 Objetos, memória, patrimônio cultural e museu virtualizado: a comunicação de um acervo para não cair no esquecimento

23

5 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS 29

6 PLANO DE ATIVIDADES 33

7 CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO 37

REFERÊNCIAS 39

APÊNDICE A. FORMULÁRIO DE LEVANTAMENTO DO ACERVO 42

APÊNDICE B. PLANILHA DE ARROLAMENTO E INVENTÁRIO DO ACERVO

43

ANEXO A. MANUAL DE IDENTIDADE VISUAL 44

ANEXO B. ESBOÇO DO “ARMÁRIO-MUSEU” PARA SALVAGUARDA E EXPOSIÇÃO DO ACERVO

45

ANEXO C. INFOGRÁFICO DO LECOG 46

ANEXO D. PLANTA BAIXA DA FUTURA ÁREA DE SALVAGUARDA DO ACERVO E DOS MÓDULOS EXPOSITIVOS

47

ANEXO E. INFOGRÁFICO SOBRE A HISTÓRIA DO DESENHO TÉCNICO

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1 CONTEXTO DO PROJETO

Este projeto tem como escopo viabilizar a criação, implantação e inclusão do

Museu do Desenho Técnico (MDTec) no âmbito da Universidade Federal no Rio

Grande do Sul (UFRGS) e, consequentemente, na Rede de Museus e Acervos

Museológicos da UFRGS (REMAM). Por meio da trajetória dos departamentos

vinculados aos objetos geradores da ideia de conceber um museu, relata o processo de

transformação, não somente setorial, mas, igualmente, das adequações que a disciplina

sofreu com o advento da Computação Gráfica. Avalia o atual estado de conservação

desses artefatos. Apresenta as atividades realizadas, até o presente momento,

envolvendo o acervo e o processo de criação de uma identidade visual. Problematiza a

inexistência de espaço físico adequado à instalação de um museu nos moldes

convencionais.

Para tanto parte da premissa de delinear um breve histórico do antigo Gabinete

de Desenho Técnico do Departamento de Expressão Gráfica da UFRGS – fonte

primária dos objetos; do Departamento de Expressão Gráfica (DEG); do Grupo de

Ensino e Pesquisa sobre Desenho Técnico (DESTEC) e do Laboratório de Ensino de

Computação Gráfica (LECOG) – detentores, presentemente, de utensílios passíveis de

musealização.

O Gabinete de Desenho Técnico do Departamento de Expressão Gráfica tem

sua existência relacionada com a própria existência da Universidade, pois a Escola de

Engenharia foi a segunda unidade da Universidade a ser criada e o conteúdo de

Expressão Gráfica pertence aos primeiros conhecimentos ministrados, remontando ao

início do século passado. Ampliando sua importância temos que o mesmo Gabinete por

muitas décadas foi o responsável por todos os Desenhos Técnicos produzidos na

Universidade.

O Grupo de Ensino e Pesquisa sobre Desenho Técnico (DESTEC), concebido

informalmente pelos professores da disciplina de Desenho Técnico, busca

continuamente a renovação do ensino da disciplina Desenho Técnico frente às

constantes transformações tecnológicas, sociais e culturais. Em razão das modificações

das técnicas de desenho, ocorridas ao longo do século XX, a instrumentalização da

disciplina precisou ser renovada. Roberto Wanner Pires, em sua Dissertação de

Mestrado intitulada Proposta para Diretrizes para o Projeto de uma Sala de Aula

Adequada ao Ensino de Desenho Técnico Informatizado (2011), elucida que ao ocorrer

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a incorporação da informática nas atividades corriqueiras de execução de desenhos

técnicos foi gerada uma revolução nas práticas de ensinar esses conteúdos. A prancheta

e os tradicionais instrumentos de desenho – compassos, esquadros, réguas paralelas, etc.

– foram substituídos por computadores e programas especializados. Tal aprimoramento

possibilitou que o desenho possa ser executado de maneira mais rápida, fácil e precisa.

A concepção do Laboratório de Ensino de Computação Gráfica (LECOG)1,

onde são ministradas as aulas de Desenho Técnico Instrumentado que atende a 19

cursos 2 da Universidade que abordam esse conteúdo, foi pensada para atender as

demandas dessa nova forma de ensinar, pois veio “[...] atender as necessidades de uma

sala de aula informatizada adequada ao ensino de Desenho Técnico. [...]” (DESTEC,

[s.d.], 2017, doc. eletr.). O projeto da sala apresenta determinadas inovações que

rompem com alguns paradigmas frequentemente adotados em laboratórios de

informática, tais como: o formato trapezoidal, a altura e a disposição das mesas no

ambiente e, ainda, um maior espaço para circulação entre mesas e corredores - que

possibilitam uma aproximação mais fácil do professor para atender o aluno (Anexo A).

Essas modernizações permitiram, também, um melhor aproveitamento da sala, visto

que, em situações de normalidade cabem 40 alunos e, em caso de superlotação, ela

permite a acomodação confortável de 52 estudantes e até mais, porém tal aumento

implicaria em significativa perda de qualidade tanto no processo de aprendizagem como

no desempenho [docentes/discentes] (Figura 1).

Figura 1

1 A sala de aula é decorrente do trabalho de pesquisa desenvolvido pelo professor Roberto Wanner Pires, em 2011. Para saber mais, ver: <https://www.ufrgs.br/destec/diversos/laboratorio/>. Acesso em 28 de setembro de 2017. 2 Os cursos que utilizam a infraestrutura do LECOG são: Agronomia, Design de Produto, Design Visual, Geologia, Engenharia de Alimentos, Engenharia Ambiental, Engenharia Cartográfica, Engenharia Civil, Engenharia de Controle e Automação, Engenharia Elétrica, Engenharia de Energia, Engenharia Hídrica, Engenharia de Materiais, Engenharia Mecânica, Engenharia Metalúrgica, Engenharia de Minas, Engenharia de Produção, Engenharia Química e Zootecnia. Para saber mais, ver: <https://www.ufrgs.br/destec/diversos/laboratorio/>. Acesso em 28 de setembro de 2017.

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Vista do LECOG

Fonte: <https://www.ufrgs.br/destec/diversos/laboratorio/>. Acesso em 28 de setembro de 2017.

Os artefatos oriundos, primeiramente, do antigo Gabinete de Desenho Técnico

constituíram o ponto de partida para a concepção de um museu para preservar a

memória da produção do desenho técnico. Com o decorrer do tempo vêm sendo

agregados outros objetos provenientes de doações, que remontam não somente às

ferramentas de geração do desenho, mas, inclusive, às múltiplas e criativas maneiras de

ensinar a Disciplina. Tais utensílios encontram-se armazenados em dois armários no

LECOG3, em condições inadequadas à sua preservação (Figuras 2, 3 e 4).

Figura 2

Armário 1

Fonte: Acervo pessoal/Isabel Ferrugem, 2017.

3 O LEGOG está instalado na Escola de Engenharia, localizado na Avenida Osvaldo Aranha, 99, sala 401.

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Figura 3

Armário 2

Fonte: Acervo pessoal/Isabel Ferrugem, 2017.

Figura 4

Vista Parcial do Armário 1

Fonte: Acervo pessoal/Isabel Ferrugem, 2017.

Como primeira estratégia visando à criação do Museu foi elaborado o Projeto

de Pesquisa, intitulado Estruturação do Museu do Desenho – DESTEC4, datado de abril

4 Projeto elaborado pelo Prof. Me. Roberto Wanner Pires - idealizador do Museu e guardião dos artefatos – com a participação da Mestra em Design Yvana Oliveira de Alencastro, ex-aluna do PGDesign. Apresenta como objetivos: “[...] Através dessa pesquisa pretende-se pesquisar os equipamentos de execução de Desenhos pelo antigo gabinete de Desenho Técnico do Departamento de Expressão Gráfica da UFRGS. A relação funcionará como uma memória de sua existência, preservando o seu conhecimento. Pretende-se, igualmente, criar um museu virtual juntamente com o museu físico e realizar o registro do

Sujidades provenientes da

ação de insetos, tais como: cupim, entre

outros

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de 2017, aprovado pela Comissão de Pesquisa da Faculdade de

Arquitetura (COMPESQ/ARQ). Ficaram estabelecidas como prioridades: registro do

Museu junto aos órgãos pertinentes; criação de uma identidade visual institucional;

realização de catalogação do acervo; construção de um banco de dados digital para

possibilitar o acesso online aos objetos pesquisados e aprimoramento da exposição

física. Nesse sentido, a partir do mês de junho, a equipe passou a contar com a

assessoria técnica de uma profissional museóloga5.

Foram realizadas, até o presente momento, as seguintes atividades: formulação

de uma nova sigla6 para o Museu; criação da missão institucional7; delimitação da

tipologia dos acervos8; realização de levantamento para o reconhecimento do acervo

museológico e averiguação do estado de conservação (Apêndice A); elaboração de

planilha de arrolamento e inventário visando dimensionar o montante dos objetos para

posterior classificação em coleções e subcoleções (Apêndice B); definição das coleções

e sistema de numeração de registro dos acervos; separação dos acervos por tipologias9

e, ainda, uma superficial higienização dos armários onde estão armazenados os artefatos

(Figuras 5 e 6). Foi concebido pela Mestra em Design Yvana de Oliveira Alencastro o

Manual de Identidade Visual (Apêndice C) que apresenta a logomarca do Museu

(Figura 7). Também já foi firmada uma parceria com o Curso de Bacharelado em

Museologia para a obtenção de bolsistas voluntários e de estagiários, em fase de estágio

curricular, para assessorar nos procedimentos técnicos de salvaguarda dos objetos e na

criação de documentação museológica.

Museu do Desenho junto aos órgãos pertinentes, facilitando sua visita e melhor divulgando seus resultados” (PIRES; CASTRO, 2017, p. 7). 5 Desde 6 de junho de 2017, a autora do presente projeto passou a prestar assessoria técnica, como voluntária, ao processo de institucionalização do Museu. 6 Conforme consta no Projeto de Pesquisa a sigla da instituição estava definida como DESTEC, porém por não se adequar às abreviações que são usualmente utilizadas pelos museus em geral foi apresentada como sugestão: MDTec – Museu do Desenho Técnico. 7 Atuar a favor da salvaguarda, preservação, pesquisa, comunicação e valorização dos objetos tangíveis e não tangíveis vinculados à prática do desenho técnico promovendo, simultaneamente, a proteção e a transformação do patrimônio material e digital em legado cultural por meio do amplo acesso e difusão do conhecimento gerado a partir do seu acervo. 8 Foram delimitadas as tipologias, como: Arquivístico, Bibliográfico, Tridimensional, Audiovisual e Digital. 9 Os armários ficaram definidos como: Armário 1 - Tridimensional e Armário 2 – Arquivístico e Bibliográfico.

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Figura 5

Atual Estado do Armário 1 Figura 6

Atual Estado do Armário 2

Fonte: Acervo pessoal/RobertoWanner Pires, 2017. Fonte: Acervo pessoal/RobertoWanner Pires, 2017.

Figura 7

Logomarca do Museu

Fonte: Acervo pessoal/RobertoWanner Pires, 2017.

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A partir da realização do levantamento [em processo de finalização 10] foi

averiguado que os objetos, por se encontrarem guardados em uma sala de aula11, estão

expostos a um alto grau de vulnerabilidade que compromete a sua longevidade. A

guarda em armários de madeira12 e sem acondicionamento adequado a cada tipologia de

objeto tem favorecido o aparecimento de insetos, tais como traça, broca e cupim que

danificam os acervos biológicos (livros e caixas de madeira). A falta de monitoramento

e controle da umidade relativa (UR) e temperatura (T) vêm potencializando o

aparecimento de processo de oxidação em objetos metálicos, a degradação de filmes13

em rolo (Figura 8) e negativos de fotografias e, ainda, o enrijecimento das fibras de

papel (plantas em geral).

Figura 8

Atual Estado de Conservação dos Filmes em Rolo

Fonte: Acervo pessoal/Roberto Wanner Pires, 2017.

10 Foram arrolados até o momento 402 acervos – não considerando os desmembramentos de inúmeros objetos. 11 O ideal é a salvaguarda em uma Reserva Técnica (RT) que possua equipamentos para o monitoramento das condições ambientais (controle da Umidade Relativa/Absoluta, Temperatura), sistemas de refrigeração e desumidificação, iluminação adequada e armário apropriado (confeccionado com materiais inertes) para o armazenamento dos objetos. 12 Outro aspecto bem sério a ser considerado, além do material constitutivo do armário, e que contribui para a deterioração dos objetos é que os armários estão localizados bem debaixo do ar condicionado instalado na sala de aula. 13 Em parceria com o Museu de Comunicação Hipólito José da Costa (Musecom) está sendo realizada uma análise para verificar a possibilidade de restauração dos filmes.

Acentuado processo de salinificação e

aderência das peclículas

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A inexistência de espaço físico adequado para a instalação de um museu nos

moldes convencionais, com áreas definidas e delimitadas para a realização dos

procedimentos técnicos visando à salvaguarda e à comunicação dos acervos, foi

decisiva para a definição da tipologia institucional. Assim, em vista dessa restrição,

foram pensadas como alternativas: a concepção de um Museu Virtualizado; a produção

de um “armário-museu” (Apêndice D) e a distribuição de núcleos expositivos dispostos

ao longo do saguão onde se localizam o Departamento de Expressão Gráfica e o

Laboratório de Ensino de Computação Gráfica (Anexo B).

Pretende-se com a constituição do Museu a adequada proteção e divulgação do

seu acervo por meio da pesquisa, disponibilização dos objetos em meio virtual14 [com

suas respectivas fichas de catalogação, fotografias e alguns objetos selecionados que

serão reinderizados e, ainda, toda a produção técnica e científica obtida a partir e com os

acervos] e a realização de exposições - itinerante, longa e de curta durações. E, ainda

por meio da concepção de ações educativas, focadas nas precursoras técnicas de

executar o desenho, manter viva a memória dos objetos e dos conhecimentos que

remontam a evolução do Desenho Técnico e, inclusive, assessorar as disciplinas

introdutórias de desenho técnico objetivando uma melhor percepção e compreensão da

evolução das técnicas contemporâneas de desenho junto aos discentes.

14 Serão utilizados os softwares SOLIDWORKS e SketchUp.

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2 JUSTIFICATIVA

A preocupação com a perda do conhecimento vinculado à técnica do desenho

técnico analógico, que acabou se tornando obsoleta frente ao advento das tecnologias

digitais, foi o ponto crucial para a guarda dos instrumentos. A principal preocupação do

idealizador do Museu em acumular e proteger os artefatos oriundos, num primeiro

momento, do antigo Gabinete de Desenho Técnico do Departamento de Expressão

Gráfica da UFRGS, é a de manter viva a memória que eles remetem à antiga prática e

que reportam à evolução da trajetória do desenho técnico.

Presentemente, esses artefatos apresentam uma aura que evoca tanto o modo de

projetar como o pensar construtivo de outras épocas. Contam a história do ensino do

desenho técnico e integram, assim, o patrimônio da Universidade. Preservá-los é,

portanto, aliar à proteção desse acervo o cuidado adequado que abrevie e evite a sua

deterioração. Salvaguardá-los é manter viva a história de procedimentos que eram

realizados em um passado não tão distante e, ainda, traçar o vínculo com a atual técnica

digital de realiza-los.

Constituir um Museu que possa garantir a correta guarda, pesquisa e

comunicação desses acervos é permitir que os conhecimentos gerados com e pelos seus

objetos possam ser disseminados tanto interna (comunidade acadêmica) quanto

externamente à UFRGS (pesquisadores, etc.) e que, portanto, representam um benefício

geral para toda a Universidade por estarem estreitamente vinculados com a evolução da

metodologia de ensinar e, ainda, por integrarem a história e o patrimônio Institucional.

Alia-se, ainda, a todas as razões acima elencadas o ineditismo da iniciativa de criação

do Museu, pois, por meio de pesquisas na Internet, averiguou-se a inexistência de

instituições museais com a mesma finalidade no País.

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3 DELIMITAÇÃO DOS OBJETIVOS

Os objetivos, relacionados à institucionalização do Museu, assim se

caracterizam:

3.1 Objetivo Geral

Criar o Museu do Desenho Técnico (MDTec) objetivando a salvaguarda,

preservação, pesquisa, valorização e comunicação dos objetos e conhecimentos

vinculados à prática do desenho técnico analógico e digital.

3.2 Objetivos Específicos

• Estabelecer parcerias com os cursos de Museologia, Arquivologia e

Biblioteconomia;

• Realizar técnicas de conservação preventiva visando à salvaguarda dos objetos;

• Criar a documentação arquivística, bibliográfica e museológica necessária para o

registro dos acervos;

• Efetuar a Catalogação dos Acervos em documentações pertinentes a cada tipologia

de objeto;

• Definir e delimitar o ambiente físico expositivo e de salvaguarda dos acervos;

• Contratar um profissional técnico Museólogo;

• Captar os recursos financeiros necessários para a manutenção do Museu Virtualizado

e físico por meio de verbas geradas com o Programa de Cursos de CAD

(PROCCAD/UFRGS); via Editais de Cultura; através de doações voluntarias em geral;

implantação de loja física e virtual para a venda de souvenires; criação de associação de

amigos do museu e por fundo gerados a partir de campanhas por crowndfunding;

• Elaborar o Regimento Interno assegurando o adequado funcionamento do Museu:

• Conceber o Plano Museológico;

• Adquirir os mobiliários adequados à salvaguarda e exposição dos objetos;

• Conceber e montar as exposições permanentes, de curta duração e itinerantes;

• Produzir ações educativas que dialoguem com os acervos e com a disciplina de

Desenho Técnico;

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• Planejar, desenvolver e publicar o museu virtualizado;

• Compor um catálogo com o acervo institucional.

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4 REFERENCIAL TEÓRICO

Nesse capítulo será apresentada a fundamentação teórica do projeto,

constituída de um breve histórico da origem do desenho, da gênese do Desenho Técnico

e da Computação Gráfica e abordará, ainda, os conceitos que discutem objetos,

memória, patrimônio e museus buscando, de tal maneira, relacioná-los com o processo

de acumulação dos acervos geradores do presente processo de criação do museu.

4.1 Origem do Desenho

A presença do desenho, como forma de representação e meio de registro,

acompanha o homem desde a Pré-História e desde então vem sofrendo transformações

em decorrência das inúmeras inovações tecnológicas (Anexo C). Nas pinturas rupestres,

consideradas as primeiras manifestações artísticas do homem, datadas de milhares de

anos e descobertas em abrigos, cavernas, paredões, ou até em superfícies rochosas, são

encontradas as representações do cotidiano e da vida das comunidades locais (Figura 9).

Figura 9

Nicho Policrômico – Toca do Boqueirão da Pedra Furada Serra da Capivara (PI)

Fonte: <http://www.globalrockart2009.ab-arterupestre.org.br/arterupestre.asp>. Acesso em 28 de setembro de 2017.

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Na Antiguidade Clássica, o desenho geométrico começou a ser evidenciado

como expressão visual sendo aplicado nas artes, na matemática e nos teoremas da

geometria. A partir de então, um movimento de tensão entre a realidade e a sua

representação, ambicionava pela maior verossimilhança possível comprometida com o

real. Segundo Thuillier15, Wertheim16 e Koyré17 apud Soares (2007, p.2), foi próximo

ao Renascimento, quando ocorreu o fortalecimento da busca por expressões mais

realistas, baseado em métodos universais, que teve início a aplicação de métodos

científicos na expressão gráfico-visual. Apesar da inviabilidade da representação atingir

a plena expressão da realidade o alicerce pela busca do aprimoramento e da eficácia

metodológica de representação gráfica estava lançado e, assim, assumiu desde o

alvorecer da humanidade a missão de constituir uma linguagem visual.

Até o século V a.C., a arte grega apresenta a geometria abstrata como uma

característica marcante, pois ao se observar, por exemplo, uma ânfora produzida em

1000 a.C., aproximadamente, é nítido o domínio da geometria por meio da simetria dos

comprimentos de ondas das faixas ornamentais, a divisão proporcional dos círculos

concêntricos e dos padrões quadriculados (Figura 10). Após esse período, as figuras

humanas e de animais começaram a ser frequentes nas pinturas, embora ainda

descontextualizadas com relação ao cenário ou espaço em torno do motivo representado

(Figura 11).

Figura 10

Ânfora Protogeométrica

15 THUILLIER, Pierre. De Arquimedes a Einstein – A Face Oculta da Invenção Científica. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editores, 1994. 16 WERTHEIM, Margaret. Uma História do Espaço: de Dante à Internet. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editora, 2001. 17 KOYRÉ, Alexandre. Estudos da História do Pensamento Científico. Rio de Janeiro: Editora Forense Universitária, 1982.

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Figura 11 Ânfora Figura Negra

(Aquiles matando a Rainha Amazonas Pentesileia)

Fonte: < https://i.pinimg.com/236x/f5/c3/91/f5c391c97d1fc17 d11db8afe6c782552--penthesilea-greek-pottery.jpg>.

Acesso em 28 de setembro de 2017.

Em contraste com as dificuldades dos pintores para representar os objetos e os

espaços sobre as superfícies, a escultura obteve melhor resultado final (Figura 12). Isso

se deve ao fato de ser uma modelagem tridimensional física das formas e não uma

representação “[...] para a qual é mais importante um bom senso de proporção e noção

das leis de formação do que conhecimentos de projeção sobre o plano. [...]” (SOARES,

2007, p. 4).

Figura 12

Zeus contra Porfírio (Detalhe do Friso) Altar de Pérgamo

Fonte: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Altar_de_P%C3%A9rgamo#frb-inline>. Acesso em 28 de setembro de 2017.

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No decorrer do século XII

[...] emerge na Europa um interesse pelo funcionamento do mundo físico e uma mudança de postura em favor do realismo ao invés do simbolismo já se insinuava na pintura, embora na arquitetura a maioria das construções ainda não usasse sistematicamente o desenho como ferramenta de análise. Analisando desenhos de engenheiros e artistas do século XIII, verificamos que a representação gráfica de objetos ou construções ainda não oferecia credibilidade visual, pois a falta de integração entre os princípios da geometria e da percepção visual que fazia com que formato, proporções e dimensões dos objetos na tela não correspondessem à realidade. (Ibid., p. 4)

Tais representações medievais não apresentavam precisão e, igualmente, não

evidenciavam a aplicação de qualquer regra. Ocorria a falta de associação entre os

princípios da geometria e da percepção visual que, consequentemente, fazia com que

formato, proporções e dimensões dos objetos representados não correspondessem com

as realidades tridimensionais. O desenho de uma serra hidráulica, feito por Villard de

Honnecourt,em 1270, evidencia esse fato, visto que, dificilmente tal projeto serviria a

terceiros que almejassem utilizá-lo como recurso construtivo em decorrência da

ausência de dimensionamentos, proporções e hierarquia entre seus elementos (Figura

13).

Figura 13 Serra Hidráulica

Fonte: <https://pt.slideshare.net/EricsonMantrujarMequ/arquitectura-54693268>. Acesso em 28 de setembro de 2017.

Para a superação dessa dificuldade [fidelidade na representação gráfica] foi

necessária uma integração interdisciplinar entre a arte, a geometria e a óptica. O

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desenho, após ser submetido ao tratamento geométrico, tornou-se capacitado para a

produção de imagens confiáveis e “[...] deu um enorme alento à difusão do

conhecimento, num processo de feedback contemporâneo com a imprensa de

Guttenberg [...]” (Ibid., p. 5, grifo nosso). A partir de então o desenho, deixando de ser

um aglomerado confuso e só passível de entendimento pelo seu ator, transforma-se em

uma representação precisa e definida sustentado pela ciência contida em seu método de

execução.

No século XV em decorrência do espírito investigativo de pintores e arquitetos,

como Albrecht Dürer (1471-1528) e Filipo Brunelleschi (1377-1446), a perspectiva

linear foi a primeira técnica de representação criada cientificamente. Eles

desenvolveram tanto equipamentos como teorias associadas a experimentos visuais,

óptica geométrica e traçados de geometria que muito contribuíram para o

desenvolvimento dessa forma de reprodução gráfica.

4.2 Breve Histórico do Desenho Técnico e da Computação Gráfica

A origem do Desenho Técnico, formatado como disciplina científica, remonta

aos meados do século XVIII como base à industrialização da sociedade. Por meio da

junção do desenho geométrico [com a finalidade de precisão e construção do traçado]

com a geometria projetiva e descritiva [objetivando a exata localização e correlação dos

pontos] foi composta uma linguagem visual universalista capaz de fornecer as

informações que o projetista quer transmitir ao fabricante para a construção do objeto.

Para atingir tal fim, foi criado um complexo sistema de convenções [que normatizavam

a expressão gráfica dos projetos], regulado em todos os países industrializados,

denominado “[...] de normas técnicas oficiais e não apenas acadêmicas [...]” (Ibid., p. 6-

7).

A partir da década de 1950, apesar da sua relevância, o desenho técnico, assim

como outras disciplinas de representação gráfica, apresentam delimitações práticas

quando necessitam serem utilizados para representar formas mais complexas. Apesar

de seus métodos possibilitarem a representação de tais configurações, a árdua tarefa de

execução artesanal de várias planificações e rebatimentos revelou o esgotamento do seu

potencial.

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De acordo com Soares (Ibid., p. 7)

[...] Diante das demandas emergentes da sociedade de consumo por produtos cada vez mais sofisticados em estética, ergonomia e aerodinâmica, instala-se um vertiginoso progresso industrial fomentado pelas possibilidades dos novos materiais e processos de fabricação. Assim, os métodos tradicionais de desenhos para produtos industriais não conseguem mais atender à velocidade e precisão exigidas. É neste âmbito que surgem as condições adequadas para o aparecimento e aplicação de novas tecnologias computacionais ao processo de projeto.

Nos anos de 1960 as grandes indústrias, como a automobilística e aeronáutica,

introduziram os computadores como meio de facilitar as rotinas de execução dos

traçados e resolver as questões de geometria. Na década de 1980, com o aparecimento

do personal computer e com a popularização dos softwares a Computação Gráfica, de

maneira incisiva e definitiva, provoca uma profunda transformação no modus operandi

de representação gráfica.

Anteriormente, a única maneira de se construir um objeto era representá-lo

fisicamente conforme a sua geometria real e lei de formação. O desenho contribuía, no

máximo, com várias imagens projetadas nas quais eram atribuídas medidas relativas a

essa projeção. Com a introdução dos programas de modelagem tridimensional como,

por exemplo, AutoCAD, 3DS Max, Maya, entre outros, tornou-se possível a criação de

modelos idênticos aos objetos reais através de uma referência como as projeções da

Geometria Descritiva [vista frontal, lateral, aérea e cortes] até a manipulação de

primitivos [bidimensionais – quadrado, retângulo, círculo, triângulo, entre outros e

tridimensionais – cubo, esfera, cilindro, etc.]. [...] É assim que a C. G. [Computação Gráfica] torna-se uma legítima quebra de paradigmas, pois podemos nos despreocupar com a representação do objeto e nos concentrar em trabalhar a forma real do objeto, deixando para a informática a tarefa de traduzir esta forma em desenhos. (Ibid, p. 8)

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4.3 Objetos, memória, patrimônio cultural e museu virtualizado: a comunicação de

um acervo para não cair no esquecimento

A compreensão da representatividade dos objetos e dos conceitos de memória,

patrimônio cultural, comunicação e museu virtualizado se interligam e se

complementam. Os objetos fazem parte da vida cotidiana e, em razão de sua utilidade e

funcionalidade, destinam-se aos mais diversos usos e são portadores de inúmeras

informações intrínsecas, tais como: materiais com os quais foram confeccionados,

técnicas de fabricações, períodos em que foram produzidos, dentre outras. Segundo

Sujiac (2008), os bens que são guardados, não raro por décadas, refletem as

experiências da passagem do tempo.

A rede de significações que os envolvem está para além de seus usos

perpassando por um complexo conteúdo emocional dotado de valores simbólicos

portadores de historicidade. Pomian18 apud Abreu (1996, p. 43), elucida que os “[...]

objetos destituídos de valor de uso singulares, não serve para serem usados, mas para

serem expostos ao olhar. [...] Os semióforos 19 são, portanto, pontes entre o mundo

visível e o mundo invisível, são suportes materiais de ideias [...]”. Portanto, a

simbologia contida nos objetos não é pequena, pois por serem detentores de memórias

eles tornam-se sagrados, possuidores de uma sacralidade que, no entender de Ramos

(2004), não deve ser vista como um fim em si mesmo, mas, sim, compreendida como

matéria-prima do conhecimento histórico.

Pierre Nora (1993) define os lugares de memória como sendo os locais onde a

memória se cristaliza e encontra refúgio, visto que, a noção de ruptura com o passado se

confunde com o sentimento de uma memória fragmentada. E, acrescenta, ainda, que a

partir de tal conscientização é possível o despertamento de memória suficiente para

ocorrer o sentimento de continuidade. Conforme Gomes e Oliveira (2010), tais espaços

surgem da necessidade de acumular os resquícios do passado – vestígios, testemunhos,

documentos, objetos – que se transformarão em provas do que já se foi. Logo, museus, 18 POMIAN, Krzysztof. Collecção. In: Enciclopéida Einaudi. Disponível em: <http://flanelografo.com.br/impermanencia/biblioteca/Pomian%20%281984b%29.pdf>. Acesso em 27 de outubro de 2017. 19 Semióforo: Tipo de símbolo cujo significado altera a realidade no momento em que é compreendido. Disponível em: <http://www.dicionarioinformal.com.br/semi%C3%B3foro/>. Acesso em 27 de outubro de 2017.

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arquivos e bibliotecas salvaguardam “[...] uma memória que deixou de ser múltipla e

coletiva, para se tornar única e sagrada.” (GOMES; OLIVEIRA, 2010. p. 42).

Ao adentrarem um museu os artefatos são submetidos a um processo de

musealização, isto é, a “[...] a atribuição de valores a objetos que, por suas qualidades,

são selecionados com o objetivo de provocar o confronto do Homem com a sua

Realidade, Realidade construída pelo próprio Homem. [...]” (CURY, 2005, p. 30).

Waldisa Russio Guarnieri afirma que

[...] é através da musealização de objetos, cenários e paisagens que constituam sinais, imagens e símbolos, que o Museu permite ao Homem à leitura do Mundo. Quando musealizamos objetos e artefatos (aqui incluídos os caminhos, as casas e as cidades, entre outros e a paisagem com a qual o Homem se relaciona) com as preocupações de documentalidade e de fidelidade, procuramos passar informações à comunidade; ora, a informação pressupõe conhecimento (emoção/razão), registro (sensação, imagem, ideia) e memória (sistematização de ideias e imagens e estabelecimento de ligações). É a partir dessa memória musealizada e recuperada que se encontra o registro e, daí, o conhecimento suscetível de informar a ação (GUARNIERI, 1990, p. 7-8. Grifos da autora).

O objeto museológico [objeto institucionalizado; ressignificado] submetido a

um atento e contínuo processamento técnico, científico e administrativo que garanta a

sua preservação, passa a ser categorizado como documento e, portanto, passível de ser

utilizado como instrumento de extroversão do conhecimento. Esse compartilhamento

pode ocorrer de inúmeras formas seja por meio de publicação de artigos científicos de

estudos de coleções, catálogos, materiais didáticos em geral, exposições físicas ou

virtualizadas, entre outras ações comunicativas. Conforme Cury (2005) a exposição é a

principal forma de comunicação em museus ou, a mais específica. Por meio de um

contato mais direto com os objetos [patrimônio cultural], o público tem acesso às

inúmeras possibilidades de leituras dos documentos expostos e, a partir dessa fruição,

estabelecer diálogos ou romper paradigmas que lhe permitam a construção de novos

conhecimentos.

A noção de patrimônio perpassa pela definição clássica do termo em latim

patrimonium que, para os antigos romanos, se relacionava a todos os bens pertencentes

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ao pai, pater ou pater famílias, pai de família20. Presentemente, o conceito sofreu uma

ampliação e

[...] patrimônio cultural de um povo é formado pelo conjunto dos saberes, fazeres, expressões, práticas e seus produtos, que remetem à história, à memória e à identidade desse povo. A preservação do patrimônio cultural significa, principalmente, cuidar dos bens aos quais esses valores são associados, ou seja, cuidar de bens representativos da história e da cultura de um grupo social [...] A ideia de patrimônio não está limitada apenas ao conjunto de bens materiais de uma comunidade ou população, mas também se estende a tudo aquilo que é considerado valioso pelas pessoas, mesmo que isso não tenha valor para outros grupos sociais ou valor de mercado (IPHAN, 2012 , p. 12-13).

Independentemente da manifestação ou do bem cultural e de seus diversos

significados atribuídos é o reconhecimento pelo grupo social o definidor do status de

patrimônio. No caso do Museu do Desenho Técnico, o patrimônio a ser musealizado e

preservado são os instrumentos utilizados para a confecção do desenho técnico

analógico, o saber fazer dessa prática extinta de representação gráfica e, ainda, a atual

forma de representação digital.

A partir da Mesa Redonda de Santiago do Chile21, ocorrida no ano de 1972 e

convocada pela UNESCO22 e ICOM23, o papel dos museus no desenvolvimento da

sociedade começou a ser amplamente reflexionado e, consequentemente, surgiram

novas tipologias institucionais, tais como: comunitários, ecomuseus, economuseus,

entre outras, que romperam com os modelos “oficiais” dos museus de arte, de ciências

naturais e de história, tão presentes no século XIX. As noções de museu como

20 Por familia era compreendido tudo o que estava sob o domínio do senhor – sua mulher, filhos, escravos, animais, os bens móveis e imóveis. A conceituação surge no contexto privado do direito de propriedade vinculado aos pontos de vista e interesses aristocráticos (FUNARI e PELEGRINI, 2009). 21 Os textos produzidos em Santiago evidenciam o caráter inovador e revolucionário do evento, pois buscaram quebrar com o paradigma da vocação dos museus, em voga há mais de dois séculos, que eram as missões de coleta e conservação. “[...] Chega-se, ao contrário, a um conceito de patrimônio global a ser gerido, em prol do interesse do homem e de todos os homens.” (JUNIOR; TRAMPE; SANTOS; 2012, p. 144. Grifos dos autores). 22 Para saber mais sobre as ações da Representação da UNESCO [Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura] no Brasil, ver: <http://www.unesco.org/new/pt/brasilia/>. Acesso em 01 de novembro de 2017. 23 International Council of Museum. Para saber mais sobre a atuação do Comitê Brasileiro do ICOM – ICOM Brasil, ver: <http://www.icom.org.br/>. Acesso em 01 de novembro de 2017.

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ferramenta de desenvolvimento, função social e a responsabilidade “política” do

museólogo, presentemente incorporadas às instituições e em seus profissionais, são

heranças de Santiago.

Outro evento que se aliou à reflexão das funções do museu no mundo

contemporâneo foi o transcorrido em Caracas, no ano de 1992, que gerou um

documento denominado de Declaração de Caracas24. Em um dos eixos de discussão,

Museu e Comunicação, foi pontuado que “A função museológica é, fundamentalmente,

um processo de comunicação que explica e orienta as atividades específicas do Museu,

tais como a coleção, conservação e exibição do patrimônio cultural e natural. [...]”

(CADERNOS DE SOCIOMUSEOLOGIA, 1999, p. 250). Foi enfatizada, ainda, a

necessidade de definição da natureza específica do “meio” MUSEU, visto que, a sua

conformação tradicional, prevalecente ainda na América Latina, não era condizente com

as mudanças ocorridas no mundo contemporâneo.

Tais acontecimentos e, igualmente, os documentos gerados provocaram grande

impacto nas instituições museológicas levando-as a repensar as suas ações e as formas

de romper com os seus espaços convencionais e restritos. A conscientização de que a

sociedade atual se encontra em processo constante de mutação e que o museu tem que

se adequar às novas necessidades levou as instituições a buscarem, cada vez mais, se

tornarem acessíveis ao grande público. Nesse contexto é que aparecerem as

classificações museu virtual e museu virtualizado.

O museu virtual 25 apresenta como principais diferenciais a capacidade do

estabelecimento de relações entre os objetos, oportunizando aos visitantes a

possibilidade de se concentrarem nos seus temas de interesse e a instauração de um

diálogo interativo com o museu. Tais particularidades por si só já sinalizam a mudança

de referência – anteriormente, centrada na coleção (objetos) e, atualmente, focada na

audiência (visitantes). Segundo Bearman (1995) além da capacidade do estabelecimento 24 Para saber mais, ver: <http://www.ibermuseus.org/wp-content/uploads/2014/07/declaracao-de-caracas.pdf>. Acesso em 01 de novembro de 2017. 25 Sabbatini (2010, p.5) apresenta o esquema de Piacente que classifica os museus virtuais em três categorias: folheto eletrônico: em essência uma propaganda do museu físico apresentando informações básicas sobre o museu, sua história, fotos do exterior e interior, fotos de alguns de seus conteúdos, horários de abertura, tarifas e dados de contato; museu no mundo virtual: projeta o museu físico no ciberespaço, com a representação de sua estrutura física, informação detalhada sobre coleções e exibições, além de exposições online e, por fim, museus virtuais “verdadeiramente interativos” onde existe certa relação com o museu físico, mas que também se inventam novos elementos, envolvendo os visitantes em atividades interativas que não podem ser realizadas no mundo físico.

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de conexões entre blocos de informações, uma característica do museu virtual é a

interatividade do usuário com o ambiente virtual e, logo, o visitante ganha importância.

Para Rosali Henriques (2004), o museu virtual

[...] é um espaço virtual de mediação e de relação do patrimônio com os utilizadores. É um museu paralelo e complementar que privilegia a comunicação como forma de envolver e dar a conhecer determinado patrimônio. [...] Os museus virtuais são aqueles que trabalham o patrimônio, através de ações museológicas, mas que não necessariamente têm suas portas abertas aos utilizadores em seu espaço físico. (HENRIQUES, 2004, p. 11. Grifos da autora)

As discussões referentes à diferenciação entre os termos museu virtual ou museu

virtualizado são recorrentes entre vários pensadores do fenômeno museu no ambiente

digital. Cita-se, como exemplo, o artigo de Rodrigues e Crippa ([s.d.], p. 6), Novas

Propostas e Desafios das Mediações Culturais em Museus Virtuais, no qual apresentam

as definições de Schweibenz26 (2004) que compreende o museu virtual como aquele que

é constituído por obras que não possuem referenciais físicos e, também, de Ascott

(1996)27 ao comentar que no museu virtual as obras são criadas por e para o meio

digital. Em seu texto os autores entendem o museu virtualizado como sendo aquele que

possui um museu físico e que foi fotografado e/ou filmado em 360º [tanto as suas

instalações, como os seus acervos e exposições] e que, por meio de software específico,

tem os seus ambientes expostos através de uma tela de computador e disponibilizados

na internet.

Em vista do que foi exposto ao longo do presente Projeto de Criação, salienta-se

a importância da institucionalização do MDTec tanto pelo viés de seu ineditismo como

pela possibilidade de se transformar em mediador no processo de construção e

apropriação de conhecimentos. Por meio dos núcleos expositivos que serão dispostos ao

longo do saguão, localizado no quarto andar do prédio da Faculdade de Engenharia

[onde estão situadas as instalações do DEG e do LECOG] e, principalmente, com a

26 SCHWEIBENZ, Werner. The development of virtual museums. In: ICOM News (Newsletter of the International Council of Museums) dedicated to Virtual Museums, v. 57, n. 3, 2004, p. 3. Disponível em: <http://icom.museum/fileadmin/user_upload/pdf/ICOM_News/2004-3/ENG/p3_2004-3.pdf>. Acesso: 04 nov. 2017. 27 ASCOTT, Roy. The Museum of the third kind. Intercommunication, n. 15, 1996. Disponível em: <http://www.ntticc.or.jp/pub/ic_mag/ic015/ascott/ascott_e.html>. Acesso: 04 nov. 2017.

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criação do ambiente virtualizado do Museu do Desenho Técnico, que irá disponibilizar

não somente os acervos que integram o patrimônio cultural do Desenho Técnico, mas,

inclusive, as pesquisas e os produtos culturais gerados a partir dos objetos sob a sua

tutela, se configurar em um lócus de negociação cultural e interatividade onde o público

visitante torne-se o centro das atividades.

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5 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

O desenvolvimento deste projeto, visando à criação do museu físico e

virtualizado do Desenho Técnico, se realizará com a assessoria e coordenação técnica

da autora do presente planeamento. As ações necessárias para a consecução das

atividades contarão com o apoio de bolsistas a serem contemplados com apoio

financeiro desta Universidade e, também, por estagiários, em etapas de cumprimento de

estágios curriculares. Estima-se, pela demanda de trabalho, que sejam necessários: 03

bolsistas de Museologia, 01 de Arquivologia e 01 de Biblioteconomia. No momento, em

razão da não formalização da instituição perante a UFRGS, já foi firmada uma parceria

com o Curso de Bacharelado em Museologia para a obtenção de assessoramento

voluntário junto a alunos que queiram contribuir com o processo de constituição do

Museu.

Visando cumprir com os objetivos delineados, a metodologia de trabalho

compreenderá as seguintes etapas:

• Etapa 1 – Estabelecimento de Parcerias com os Cursos de Arquivologia e

Biblioteconomia: em decorrência da diversidade de objetos (além do tridimensional,

existem acervos audiovisual, bibliográfico e documental) que necessitam de

higienização, reparos, acondicionamentos, armazenamentos e registros diferenciados

das práticas adotadas pela Museologia.

• Etapa 2 – Realização de Técnicas de Conservação Preventiva: neste momento

serão realizados procedimentos técnicos objetivando a preservação dos acervos por

meio da manutenção dos armários e a limpeza do acervo. Para tanto, serão realizados os

seguintes procedimentos:

Fase A - Neutralização dos Armários: aplicação de material inerte na superfície interna

dos armários e de produtos para o controle de umidade visando, de tal forma, reduzir o

impacto das condições ambientais inadequadas para a guarda dos objetos;

Fase B – Higienização e Pequenos Reparos nos Objetos: realização de higienização

mecânica (manual) adequada a cada tipo de material componente dos objetos e

realização de pequenos reparos visando a garantia da longevidade;

Fase C – Registro e Marcação dos Objetos: execução do registro de entrada do objeto,

da colocação do número de indexação e da marcação dos artefatos;

Fase D – Acondicionamento: empacotamento em materiais neutros adequados a

especificidade dos objetos;

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Fase E – Armazenamento: realização da guarda dos objetos nos armários.

• Etapa 3 – Criação de Documentação Arquivística, Bibliográfica e Museológica:

nesta etapa serão elaboradas as documentações necessárias para promover o controle, a

segurança, a preservação das informações contida nos acervos e a sistematização das

ações museais.

• Etapa 4 – Catalogação dos Acervos: realização da catalogação dos objetos, que se

comporá das seguintes fases:

FASE A – Elaboração de uma Base de Dados: criação de planilhas (temporárias) no

programa Excel para a catalogação dos acervos;

FASE B - Entrada de Dados: registro nas planilhas correspondentes contendo

informações intrínsecas e extrínsecas dos objetos;

Fase C – Registro Fotográfico: fotografia dos objetos para inserção nas respectivas

planilhas.

• Etapa 5 - Definição e Delimitação do Espaço Expositivo e de Salvaguarda dos

Acervos: definição do espaço onde serão fixados os núcleos expositivos e o “armário-

museu” para salvaguarda do acervo.

• Etapa 6 – Contratação de um Museólogo: em princípio a contratação do

profissional técnico ocorrerá a partir de demandas de trabalho28e que terá os honorários

pagos de acordo com a Tabela de Sugestão de Honorários para a Prestação de Serviços

pelo Profissional Museólogo, definida na Portaria do Conselho Federal de Museologia

(COFEM), Nº03/201729.

• Etapa 7 – Captação de Recursos Financeiros: tanto os recursos financeiros

necessários para a garantia da continuidade das atividades do museu físico como os

custos para a manutenção do Museu Virtualizado serão provenientes das verbas que

serão geradas a partir do Programa de Cursos de CAD (PROCCAD/UFRGS)30; via

fomentos oriundos dos Editais de Cultura promovidos pela Secretaria Municipal de

Cultura (SMC), pela Secretaria da Cultura, Turismo, Esporte e Lazer (SEDACTEL/RS),

entre outros; por intermédio de doações voluntarias em geral; pela implantação de loja

28 Pretende-se a contratação definitiva de um museólogo a partir do momento em que possa ocorrer concurso público para o provimento do cargo. 29 Para mais informações acerca dos honorários para a contratação de museólogo, ver o site do Conselho Regional de Museologia da 3ª Região: <https://www.corem3.org.br/>. Acesso em 05 de novembro de 2017. 30 Para mais informações, ver:< https://www.ufrgs.br/proccad/>. Acesso em 26 de setembro de 2017.

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física e virtual para a comercialização de souvenires; através da criação de associação

de amigos do museu e, ainda, recorrendo a campanhas de arrecadação de fundos

obtidos por crowndfunding31.

• Etapa 8 – Elaboração do Regimento Interno: produção do documento que irá

nortear o funcionamento do Museu, objetiva estabelecer como se darão as relações

internas e apresentar o organograma institucional.

• Etapa 9 – Concepção do Plano Museológico: criação do planejamento estratégico

que irá pautar todas as ações institucionais ao longo de cinco anos consecutivos, porém

sendo revisto anualmente.

• Etapa 10 – Aquisição de Mobiliários Adequados à Salvaguarda e Exposição:

compra de mobiliários expositivos (para a realização de exposições temporárias) e

confecção do “armário-museu” que além de possuir espaço definido para o

armazenamento dos artefatos, terá um módulo expositivo (para exposição permanente

de acervos), outro com área para quarentena dos objetos e, ainda, um espaço para a

realização dos procedimentos técnicos de conservação preventiva. Para as exposições

itinerantes está prevista a fabricação e a produção de três “baús-expositivos” contendo

objetos, banner e folders condizentes ao recorte expositivo.

• Etapa 11 – Concepção e Montagem de Exposições: planejamento e montagem de

exposições permanentes, de curta duração e itinerantes a partir de propostas expositivas

a serem apresentadas ao Conselho Consultivo.

FASE A – Escolha da Temática Expositiva: a partir da proposta inicial definir o recorte

expográfico, nome da exposição, núcleos expositivos e definição da data de abertura,

horários de visitação e agendamentos de visitas guiadas. Criação do Planejamento da

Exposição;

FASE B – Definição dos Acervos: escolher os objetos que comporão a exposição;

FASE C – Determinação da Expografia: estabelecer a cenografia, iluminação adequada

e expositores;

FASE D – Criação dos Textos Expográficos: definir texto de abertura, painéis e

legendas;

31 Crowndfunding “[...] é o financiamento de uma iniciativa a partir da colaboração de um grupo (pode ser pequeno ou muito grande) de pessoas que investem recursos financeiros nela. [...]”. Para mais informações, ver: <https://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/artigos/entenda-o-que-e-crowdfunding,8a733374edc2f410VgnVCM1000004c00210aRCRD>. Acesso em: 17 de novembro de 2017.

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FASE E – Divulgação da Exposição: elaborar materiais gráficos - flyer, convite, cartaz,

criação de página no Facebook, divulgação na Universidade, em escolas e em outros

veículos de comunicação escrita e falada. Montagem de Memorial da Exposição.

FASE F – Abertura das Exposições: a exposição permanente ficará com os seus acervos

expostos por um período de até 10 anos sendo anualmente renovado algum acervo. As

temporárias e itinerantes terão os seus períodos expositivos definidos pelo Conselho

Consultivo.

• Etapa 12 – Produção de Ações Educativas: elaborar atividades educativas alusivas

às temáticas expositivas visando à aproximação dos discentes com a disciplina do

Desenho Técnico - principalmente os calouros - e que possibilitem a fruição tanto do

público interno quanto externo à Universidade. Produção de Material Didático para

Formação de Professores e Materiais Educativos e Lúdicos.

• Etapa 13 – Planejamento, Desenvolvimento e Publicação do Museu

Virtualizado: planejar e desenvolver o site do Museu Virtualizado, que ocorrerá da

seguinte maneira:

FASE A – Definição da Estrutura: estipular o menu principal, as categorias, as áreas de

conteúdos e os tipos de conteúdos.

FASE B – Desenvolvimento: estruturação do projeto de interface gráfica, definição da

estrutura dinâmica do site, implantação do banco de dados e alimentação de conteúdos.

FASE C – Reinderização dos objetos selecionados para apresentação no site.

FASE D – Publicação do Site: registro do domínio (endereço eletrônico), contratação de

serviço de hospedagem e publicação.

• Etapa 14 – Composição de Catálogo: elaborar e produzir um catálogo contendo os

objetos pertencentes ao acervo institucional.

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6 PLANO DE ATIVIDADES

O seguinte plano de atividades tem por objetivo apresentar o que será realizado

em cada uma das etapas e nas suas respectivas fases.

6.1 Estabelecimento de Parcerias com os Cursos de Cursos de Arquivologia e

Biblioteconomia

Ocorrerá no primeiro semestre letivo, no decorrer no mês em que iniciar as

aulas com as respectivas Comissões de Graduação dos cursos referidos.

6.2 Realização de Técnicas de Conservação Preventiva

Serão realizadas inicialmente ações visando a tornar os armários mais neutros

e, assim, reduzir o impacto danoso sobre os objetos – ocorrerá a aplicação de

descupinizador nos dois armários; aplicação de material inerte nas superfícies internas e

a utilização de produtos antiumidade. Para tal atividade está previsto o prazo de um

mês 32 . As demais fases - higienização e pequenos reparos nos objetos; registro e

marcação; acondicionamento e armazenamento ocorrerão ao longo do primeiro ano

após a formalização do Museu.

6.3 Criação de Documentação Arquivística, Bibliográfica e Museológica

Para a criação das documentações específicas para cada modalidade de acervo

será necessária a participação de alunos bolsistas voluntários e/ou estagiários para o

desenvolvimento de documentação de entrada - Termo de Doação, Formulário de

Agradecimento, Termo de Compra, Termo de Permuta, Termo de Transferência, Termo

de Legado, Termo de Empréstimo; Ficha Catalográfica e Manual de Catalogação;

Termo de Doação. Os demais documentos que tem por fim a sistematização de

procedimentos, tais como Politica de Aquisição, Descarte e Trânsito e Manual de

Procedimentos Museológicos serão elaborados pela museóloga autora deste Projeto.

32 Salienta-se que pelo fato de os armários encontram-se localicados em uma sala de aula só é disponibilizada a sexta-feira, no turno da tarde, para a realização de atividades museológicas com os objetos.

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6.4 Catalogação dos Acervos

Será desenvolvido com a participação dos bolsistas voluntários e/ou estagiários

uma “base de dados” com o software Word ou Excel para a guarda temporária dos

dados catalográficos dos acervos que, posteriormente, migrarão para o site do Museu

Virtualizado.

6.5 Definição e Delimitação do Espaço Expositivo e de Salvaguarda dos Acervos

Definição dos espaços onde ficarão localizados os nichos expositivos e o

“armário-museu” com a Direção do Museu e com o idealizador.

6.6 Contratação de um Museólogo

A contratação do museólogo ocorrerá por períodos pontuais de acordo com as

demandas. No Ano 1 ocorrerá no início do período – para a elaboração de projetos para

concorrer em Editais de Cultura – e no segundo semestre – para a elaboração do

Regimento Interno e concepção do Plano Museológico. Já no Ano 2 será contratada

para atuar na concepção e montagem de exposições; na produção de ações educativas;

no planejamento do site do Museu Virtualizado e para a composição do cat

6.7 Captação de Recursos Financeiros

A captação de recursos financeiros se dará por via fomento de Editais de

Cultura – cujos projetos serão elaborados pela museóloga sob a coordenação do

idealizador do MDTec e pela Diretoria; por meio de verbas geradas a partir dos cursos

ministrados pelo Programa de Cursos de CAD (PROCCAD/UFRGS) – com percentual

de contribuição a ser definido, posteriormente à institucionalização do Museu, pelo

Conselho Fiscal; e, ainda, através de doações voluntárias de simpatizantes com a

proposta do Museu do Desenho Técnico. Igualmente, almeja-se a criação de uma loja

física e, após a criação do museu virtualizado, a de uma loja virtual para a venda de

souvenieres ligados à temática do Museu. Pensa-se, também, na possibilidade da

criação de uma Associação de Amigos do Museu do Desenho Técnico objetivando tanto

um suporte financeiro como apoio para a criação de projetos culturais. Por fim, a

arrecadação de fundos por meio de projetos colaborativos utilizando o crowndfunding

como alternativa para projetos pontuais.

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6.8 Elaboração do Regimento Interno

O documento será elaborado pela museóloga a partir de reuniões com o

idealizador do Museu e a Diretoria. Tais reuniões terão por finalidade a organização

administrativa institucional.

6.9 Concepção do Plano Museológico

Será concebido pela museóloga a partir da participação ativa de todos os

envolvidos com o Museu. Tal documento é de suma importância para o planejamento

estratégico institucional, visto que, nele ocorre a definição de prioridades; são indicados

os caminhos a serem tomados para atingir as metas traçadas; possibilita o

acompanhamento das ações e a avaliação do cumprimento dos objetivos. Constitui-se,

portanto, em importante e imprescindível ferramenta de gestão33.

6.10 Aquisição de Mobiliários Adequados à Salvaguarda e Exposição

Os mobiliários – nichos expositivos, “armário-museu” e “baús-expositivos”

serão adquiridos por meio de verbas oriundas de Editais de Cultura.

6.11 Concepção e Montagem de Exposições

Tais ações estão previstas de ocorrer após a aquisição de nichos expositivos,

“armário-museu’ e “baús-expositivos”.

6.12 Produção de Ações Educativas

Serão elaboradas em consonância com as exposições tanto físicas como

virtualizadas.

6.13 Planejamento, Desenvolvimento e Publicação do Museu Virtualizado

Todo o processo de elaboração e concepção do Museu Virtualizado está

previsto para ocorrer no segundo semestre do Ano 2, por um período de três meses até a

sua publicação. Pretende-se solicitar bolsas para discentes realizarem tanto a produção

33 “ [...] A ferramenta de gestão foi instituída pela Lei 11.904/2009, que trata do Estatuto dos Museus, legislação específica para orientar e auxiliar as instituições museológicas e regulamentada pelo Decreto 8.124, de 17 de outubro de 2013, no qual é reiterada no seu escopo a importância do Plano Museológico, bem como a competência do Ibram em subsidiar tecnicamente os museus, nesse processo.” (INSTITUTO BRASILEIRO DE MUSEUS, 2016, p. 3)

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do site como a reinderização dos objetos. Almeja-se, ainda, a captação de recursos

financeiros para a sua concretização através de Editais de Cultura.

6.14 Composição de Catálogo

Será composto um catálogo com imagens em alta resolução dos acervos a ser

lançada por ocasião do lançamento do Museu Virtualizado.

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7 CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO

ETAPAS Fases

Ano 1 Meses

01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 Etapa 1 Etapa 2 / Fase A Fase B Fase C Fase D Fase E Etapa 3 Etapa 4 / Fase A Fase B Fase C Etapa 5 Etapa 6 Etapa 7 Etapa 8 Etapa 9

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ETAPAS Fases

Ano 2 Meses

01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 Etapa 10 Etapa 11 / Fase A Fase B Fase C Fase D Fase E Fase F Etapa 12 Etapa 13 / Fase A Fase B Fase C Fase D Etapa 14

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REFERÊNCIAS

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SUDJIC, Deyan. A Linguagem das Coisas. Rio de Janeiro: Intrínseca, 2010. 224p.

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APÊNDICE A. FORMULÁRIO DE LEVANTAMENTO DO ACERVO

MUSEU DO DESENHO TÉCNICO – MDTec

Arrolamento do Acervo Período de Realização: 16/06/207 a ___________ Realizado por: Isabel Cristina Francioni Ferrugem

LOCALIZAÇÃO Nº DE REGISTRO

TIPOLOGIA DO

OBJETO

DESCRIÇÃO QTDE. ESTADO DE CONSERVAÇAO

OBSERVAÇÕES

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APÊNDICE B. PLANILHA DE ARROLAMENTO E INVENTÁRIO DO ACERVO

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ANEXO A. MANUAL DE IDENTIDADE VISUAL

Manual de identidade Visual

Fonte: Acervo pessoal/Roberto Wanner Pires, 2017.

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ANEXO B. ESBOÇO DO “ARMÁRIO-MUSEU” PARA SALVAGUARDA E EXPOSIÇÃO DO ACERVO

Fonte: Fonte: Acervo pessoal/Roberto Wanner Pires, 2017.

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ANEXO C. INFOGRÁFICO DO LECOG

Fonte: <https://www.ufrgs.br/destec/diversos/laboratorio/>. Acesso em 28 de setembro de 2017.

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ANEXO D. PLANTA BAIXA DA FUTURA ÁREA DE SALVAGUARDA DO ACERVO E DOS MÓDULOS EXPOSITIVOS

Fonte: Arquivo DEG, 2017.

Armário-Museu

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ANEXO E. INFOGRÁFICO SOBRE A HISTÓRIA DO DESENHO TÉCNICO

Fonte: <https://www.ufrgs.br/destec/diversos/historia-do-desenho-tecnico-2/>. Acesso em 28 de setembro de 2017.