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PROJETO DE CONSERVAÇÃO E PROTEÇÃO DA BIODIVERSIDADE NO ESTADO DO PARANÁ - PARANÁ BIODIVERSIDADE ASPECTOS AMBIENTAIS As atividades a serem implementadas pelo Projeto Paraná Biodiversidade apresentam impactos eminentemente positivos no que se refere aos aspectos ambientais. No entanto, pela interrelação apresentada com outras ações em andamento, tais como o Componente Manejo e Conservação dos Recursos Naturais do Projeto Paraná 12 meses, pretende-se o estabelecimento de um rigoroso processo de monitoramento ambiental que garanta a correção das intervenções a serem promovidas, quer quanto a sua definição como quanto ao seu procedimento. Desse modo, busca-se aperfeiçoar o controle ambiental de todas as atividades previstas para os três corredores, com vista ao alcance de um ordenamento do uso dos recursos naturais. A estrutura técnica preconizada para a gestão do Projeto, apresenta como principal característica uma forte descentralização de atuação. Assim, a começar pelas Ecorregiões, o Projeto conta com três Gerentes Técnico-Operacionais dos Corredores, que atuarão como responsáveis por assegurar aos trabalhos das instituições participantes a coerência técnica e operacional, definidas no seu desenho. Vinculados aos Gerentes Técnicos Operacionais dos Corredores, no nível regional, quem responde pelo Projeto é uma Comissão coordenada pelo chefe regional do Instituto Ambiental do Paraná - IAP, e da qual participam: o chefe regional da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento - SEAB, o chefe regional da EMATERIPR, e representantes: do Núcleo da Secretaria de Educação, do Batalhão da Polícia Florestal, cio Departamento de Fiscalização da SEAB, das Organizações Não Governamentais Ambientalistas da região. No que diz respeito, especificamente aos aspectos FILE COPY Public Disclosure Authorized Public Disclosure Authorized Public Disclosure Authorized Public Disclosure Authorized

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PROJETO DE CONSERVAÇÃO E PROTEÇÃO DA BIODIVERSIDADE NO

ESTADO DO PARANÁ - PARANÁ BIODIVERSIDADE

ASPECTOS AMBIENTAIS

As atividades a serem implementadas pelo Projeto Paraná Biodiversidade

apresentam impactos eminentemente positivos no que se refere aos aspectos

ambientais. No entanto, pela interrelação apresentada com outras ações em

andamento, tais como o Componente Manejo e Conservação dos Recursos Naturais do

Projeto Paraná 12 meses, pretende-se o estabelecimento de um rigoroso processo de

monitoramento ambiental que garanta a correção das intervenções a serem

promovidas, quer quanto a sua definição como quanto ao seu procedimento. Desse

modo, busca-se aperfeiçoar o controle ambiental de todas as atividades previstas para

os três corredores, com vista ao alcance de um ordenamento do uso dos recursos

naturais.

A estrutura técnica preconizada para a gestão do Projeto, apresenta como

principal característica uma forte descentralização de atuação. Assim, a começar pelas

Ecorregiões, o Projeto conta com três Gerentes Técnico-Operacionais dos Corredores,

que atuarão como responsáveis por assegurar aos trabalhos das instituições

participantes a coerência técnica e operacional, definidas no seu desenho. Vinculados

aos Gerentes Técnicos Operacionais dos Corredores, no nível regional, quem responde

pelo Projeto é uma Comissão coordenada pelo chefe regional do Instituto Ambiental

do Paraná - IAP, e da qual participam: o chefe regional da Secretaria de Estado da

Agricultura e do Abastecimento - SEAB, o chefe regional da EMATERIPR, e

representantes: do Núcleo da Secretaria de Educação, do Batalhão da Polícia Florestal,

cio Departamento de Fiscalização da SEAB, das Organizações Não Governamentais

Ambientalistas da região. No que diz respeito, especificamente aos aspectos

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ambientais, nessa instância se processará a análise e o licenciamento das intervenções

consideradas de maior complexidade. As Comissões Regionais do Projeto são em

número de 09 (nove), e estarão instaladas nas sedes das regiões administrativas. No

nível mais descentralizado, o Projeto contará com a Câmara Técnica do Projeto

instalada junto ao Conselho Municipal. Dela farão parte os 63 (sessenta e três)

Assessores Técnicos Ambientais, selecionados por sua afinidade com as questões

ambientais junto ao quadro funcional da EMATERJPR. Assim, o Projeto contará com

um profissional por município, responsável pela organização dos trabalhos,

elaboração dos projetos e implementação das propostas. Adicionalmente, nos

municípios deverão atuar os técnicos do IAP e os Agentes Ambientais designados

pelos municípios para atuarem no monitoramento ambiental. A essa instância

competirá a análise e o licenciamento ambiental da grande maioria das propostas, por

se tratarem de intervenções de pequeno porte e com impactos ambientais positivos.

Anexo, encontra-se apresentado de forma sintética o documento "Avaliação

das Intervenções sob o Enfoque Ambiental", que estabelece os parâmetros para as

análises ambientais, considerando as intervenções a serem promovidas, e define as

responsabilidades das instituições nos processos.

A garantia do cumprimento das condições ambientais requeridas, bem

como, o atendimento da Legislação Ambiental serão exigidas para todas as ações

propugnadas pelo Projeto, e para tanto, como ficou demonstrado, haverá uma forte

estrutura técnica atuando diretamente no controle ambiental. Saliente-se que o Projeto

contará com a participação da equipe técnica do Instituto Ambiental do Paraná - IAP,

órgão responsável pela fiscalização ambiental no Estado, que estará presente em todos

os níveis da estrutura gerencial e operacional do Projeto. No nível central o IAP estará

representado pelo Gerente Técnico e pelo Responsável do Componente Controle e

Proteção; no nível regional, a presidência da Comissão Regional do Projeto estará a

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cargo do chefe regional do 1AP; e no nível mais descentralizado, o IAP contará com

suas equipes de fiscalização e com os agentes ambientais municipais.

Os critérios de elegibilidade requeridos para a habilitação: das regiões

administrativas, dos municípios, das microbacias e dos beneficiários ao Projeto, bem

como, o critério de priorização das microbacias estão definidos e apresentados no

anexo 3 desse documento.

Outro aspecto que merece ser destacado, refere-se a definição dos apoios não

elegíveis pelo Projeto. Trata-se de uma lista elaborada a partir das definições contidas

nos projetos em andamento que apresentarão forte interrelação com o Paraná

Biodiversidade, e que face o caráter da proposta foi acrescida de outras ações que não

contarão com o apoio do Projeto. No anexo 2 encontra-se apresentada a "Lista de

Ações não Apoiadas pelo Projeto Paraná Biodiversidade".

O Projeto propugna também, a realização de um forte processo de

capacitação e educação ambiental com ênfase à biodiversidade, direcionada a toda a

equipe técnica envolvida e a sociedade abrangida na área de trabalho. A programação

dessa ação com todo o seu detalhamento está apresentado no Componente Capacitação

e Educação da Sociedade para a Conservação da Biodiversidade.

Com a adoção dessas medidas tem-se como certo que todos os

procedimentos técnicos e operacionais definidos para o Projeto foram cercados dos

cuidados necessários para que as intervenções diretas promovidas nas 280 (duzentos e

oitenta) microbacias hidrográficas dos Corredores da Biodiversidade: Caiuá-Ilha

Grande, Iguaçú-Paraná e Araucária, que definem uma área de 840.000 ha, possam

estancar o avanço do quadro de degradação dos recursos naturais sem oferecer nenhum

risco ambiental, estabelecendo um novo modelo institucional que compatibilize a

conservação da biodiversidade com sistemas produtivos ambientalmente sustentáveis.

para posteriormente serem replicados às outras regiões do Estado do Paraná.

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ANEXO- 1

PROJETO DE CONSERVAÇÃO E PROTEÇÃO DA BIODIVERSIDADE NO

ESTADO DO PARANÁ - PARANÁ BIODIVERSIDADE

AVALIAÇÃO DAS INTERVENÇõES SOB O ENFOQUE AMBIENTAL

A - PRINCIPAIS INTERVENÇõES PREVISTAS PELO PROJETO

Junto às Unidades Operacionais adotadas pelo Projeto (Corredor, Microbacia

e Propriedade) deverá se desenvolver um conjunto de alternativas que deverão ser

selecionadas de acordo com os problemas diagnosticados em cada uma destas

instâncias. Este conjunto de alternativas está organizado em três grandes estratégias de

trabalho; (i) Saneamento ambiental; (ii) Conservação e/ou restauração de formações

ciliares, e (iii) Restauração em Ilhas (stepping stones). De forma complementar às

estratégias estabelecidas, e para facilitar a sua viabilização, apresenta-se como uma das

principais atividades a implantação dos módulos agroecológicos.

a) Saneamento ambiental: por saneamento ambicntal entende-se um conjunto

de alternativas ligadas ao adequado uso, manejo e conservação dos recursos

naturais como: implantação de práticas mecânicas e vegetativas de controle à

erosão ( terraceamento, cordões vegetados e de pedra), proteção de fontes,

distribuição de água (elevadores d'água), implantação de abastecedores

comunitários, plantio direto, adequação de estradas, adubação verde, cultivos

orgânicos, etc., que deverão ser implantadas necessariamente nas áreas

adjacentes às fonrações ciliares, com o objetivo de reduzir o impacto sobre

as mesmas e sobre a biodiversidade. Saliente-se que a não adoção destas

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medidas compromete a implantação das demais atividades propostas

principalmente as formações ciliares.

b) Conservação e/ou Restauração de Formações Ciliares - a

implementação desta estratégia deverá contemplar as seguintes alternativas:

isolamento da área; retirada dos fatores de degradação; eliminação seletiva

ou desbaste de espécies competidoras; adensamento com espécies

adaptadas à região (mudas e/ou sementes); implantação de consórcio de

espécies com uso de mudas ou sementes; indução e condução de

propágulos autóctones; transferência ou transplante de propágulos

alóctones; implantação de espécies pioneiras atrativas da fauna.

c) Restauração em "Ilhas" - uma possibilidade para baratear as atividades

de restauração é o plantio em áreas restritas ou "ilhas". Esta

possibilidade surgiu a partir de pesquisas que mostraram que pequenos

fragmentos florestais, ou até mesmo árvores isoladas, podem exercer um

papel de atração de fauna dispersora de sementes, contribuindo para

acelerar a sucessão ao seu redor. Este processo pode ser recriado

artificialmente através da implantação de "ilhas" dentro de uma

paisagem a ser recuperada. A implantação das ilhas pode ocorrer

basicamente por dois métodos: 1) plantio de espécies pioneiras e não

pioneiras em ilhas; 2) plantio de espécies não pioneiras em ilhas e

espécies pioneiras em área total. O primeiro método apresenta custos

menores, mas a expansão da ilha será mais lenta para a ocupação das

áreas não plantadas. O segundo método apresenta um custo um pouco

mais elevado que o primeiro, mas ainda mais baixo que o plantio

completo, uma vez que utiliza grande quantidade de mudas de espécies

pioneiras, que apresentam custo de produção menor, tendo a vantagem

de poder apresentar uma expansão mais rápida das ilhas.

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d) Módulos Agroecológicos - trata-se da promoção do ordenamento

ambiental através de uma linha de incentivo que objetiva dividir os

riscos e custos de implantação de tecnologias agroecológicas em nível

comunitário e de propriedades individuais. Por ordenamento ambiental

entende-se todas as mudanças ocorridas nos padrões de uso da terra que

favorecem alternativas menos degradantes dos recursos naturais. As

tecnologias aproveitam os princípios ecológicos como a diversidade no

espaço e no tempo, a reciclagem de nutrientes, a predação natural e o

parasitismo, o máximo aproveitamento da luz e da água, a fixação

biológica de nitrogênio e, a utilização de recursos genéticos adaptáveis e

menos dependentes de recursos externos. Tecnologias deste tipo incluem

as rotações de cultivos e os cultivos associados, os sistemas mistos

agropecuários, agroflorestais e silvopastoris, o uso de leguminosas, o

controle biológico, a manutenção da diversidade genética e a reciclagem

de resíduos industriais e de dejetos animais. Em sua máxima expressão,

este tipo de tecnologia implica em reprojetar de forma completa os

sistemas de produção, e não somente mudar algum componente

específico.

Nos quarenta módulos a serem implantados serão envolvidos 800 produtores

rurais, que após promoverem o saneamento ambiental de suas microbacias e

propriedades, desenvolverão juntamente com a Assessoria Técnica Ambiental um

minucioso estudo da potencialidade de suas propriedades para posteriormente

introduzirem atividades agroecológicas sustentáveis. Dentre as atividades, merecem

destaque: i) a inserção do componente florestal nos sistemas de produção; ii) a

produção orgânica; iii) a exploração de plantas medicinais, aromáticas e codimentares,

iv) a produção de artesanatos; v) o turismo rural; vi) a produção diferenciada de grãos;

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vii) a gestão ambiental na produção de carne, leite e peixes; viii) o incentivo a

introdução da fruticultura orgânica nos sistemas de produção. Neste contexto, a título

de exemplo, relaciona-se de forma mais detalhada um conjunto de atividades que

ilustra o trabalho a ser desenvolvido:Sistema silviagrícola com milho e feijão.Sistema Silvipastoril.Erva mate e Florestal.Cultivo de palmito (pupunha e palmeira real).Erva mate orgânica.Feijão orgânico.Milho orgânico.Soja orgânica.Frutas orgânicas.Frango orgânico.Açúcar mascavo orgânico.Café orgânico.Plantas medicinais.Ambiental da suinocultura.

Seguindo as normas classificatórias definidas no Projeto Paraná

Biodiversidade para análise, aprovação e implementação, as propostas podem ser

classificadas em:

CLASSIFICAÇÃO GRAU DE NECESSIDADE DE ANÁLISE AMBIENTAL

'~A" No caso de intervenções que na sua maioria são positivas ao meio ambiente (pequenaspropostas), que não requerem análise de viabilidade, não é necessário nenhum estudocomplementar como parte do mesmo para sua aprovação.

"B" Intervenções que requerem estudos ambientais complementares de pontos pré-estabelecidos no estudo de viabilidade para aprovação final.

Intervenções que necessitam de uma análise completa do impacto ambiental, paraaprovação final.

FONTE: CCPG/UDP

Este critério, acrescido de algumas novas restrições, se aplicará apenas as

ações de Saneamento Ambiental, uma vez que as de Conservação e/ou Restauração de

Formações Ciliares e de Restauração em Ilhas apresentam um cunho eminentemente

positivo no que conceme aos aspectos ambientais.

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B - PROCEDIMENTOS PARA AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE "SANEAMENTO

AMBIENTAL"

Duas características devem ser consideradas na análise e classificação dos

projetos que serão apoiados, o tamanho e o tipo.

O tamanho da proposta determina em que instância a mesma deverá ser

aprovada com relação aos aspectos ambientais.São consideradas pequenas propostas

aquelas que apresentam investimentos inferiores a R$ 5.000,00 , e grandes quando

ultrapassam este valor.

No caso de pequenas propostas, cujo o grau de necessidade de análise

ambiental seja "A", a aprovação se dará em nível de Câmara Técnica do Conselho

Municipal. Nos casos de classificação "B" e "C", as propostas deverão ser analisadas

pelos técnicos regionais do IAP ou DEFIS, conforme o caso.

As grandes propostas recomendadas pela Câmara Técnica do Conselho

Municipal serão obrigatóriamente submetidas a análise e aprovação dos representantes

do IAP e/ou DEFIS da Região.

Quanto aos tipos das propostas estas também receberão classificações "A,B e

C", entendidas como "A", aquelas que contribuem positivamente para o uso e manejo

dos recursos naturais; as propostas tipo "B" são as que podem gerar contaminação

pontual, e as classificadas como "C" merecerão uma análise especial por tratarem-se

de ações de adequação de estradas rurais. Nesse último caso, além do IAP e DEFIS se

incorpora a análise os técnico responsável do Departamento de Estradas e Rodagem -

DER.

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Sumário das etapas para aprovação das propostas em relação aos Aspectos

Ambientais

QUADRO: ETAPAS PARA APROVAÇÃO AMBIENTAL DAS PROPOSTASFASES PROVIDÊNCIAS

10 A Assessoria Técnica ambiental que prepara a proposta, deve apresentar a respectivaclassificação ambienta] da mesma, com a justificativa e análise em forma de texto.

20 Antes da proposta ser encaminhada a UGP esta classificação deve ser ratificada oumodificada pela Câmara Técnica do Conselho Municipal. Se for classificada como "A" nãoserá necessário nenhum outro estudo. Se for considerado "B" ou "C" o processo ambientalpassa para 3' etapa

30 O IAP analisa o parecer técnico ambiental e solicita estudos complementares ou outrasprovidências, caso necessário, visando o fornecimento da autorização cabível.

40 Revisão da proposta, caso necessário, pelos interessados e complementação.

50 Após nova análise das propostas, cujo enquadramento requereu pareceres dos técnicosregionais, sob a coordenação do IAP, esta poderá ser aprovada, com a conseqüenteautorização ao Conselho Municipal para a sua implementação. Havendo outrosrequerimentos legais, estes deverão ser atendidos e anexados a proposta.

FONTE CCPG/UDP.

Acompanhamento Ambiental

O acompanhamento dos impactos ambientais será efetuado através dos

indicadores previstos no Plano de Monitoramento e Avaliação do Projeto Paraná

Biodiversidade. A unidade geográfica de avaliação dos impactos ambientais serão os

três corredores, com ênfase para as microbacias selecionadas e para as propriedades

que as compõem. São dois os indicadores de impacto que serão avaliados: cobertura

florestal e índice de abundância relativa das espécies selecionadas nas áreas

prioritárias do Projeto. O detalhamento dessa ação pode ser observado no Capitulo 5

do Manual da Biodiversidade.

lo

C - DESCRIÇÃO DO PAPEL DO INSTITUTO AMBIENTAL DO PARANA

RESPONSÁVEL PELO GERENCIAMENTO AMBIENTAL DO PROJETO E DO

ÓRGÃO COLABORADOR.

Dentre outras atribuições competirá ao IAP:

- execução de políticas ambientais;

- monitoramento e gerenciamento dos recursos naturais;

- controle da utilização dos recursos naturais;

- estabelecimento de normas e padrões ambientais;

- análise de Projetos e Relatórios de Impactos Ambientais;

- execução de políticas voltadas às Unidades de Conservação;

- administração de Unidades de Conservação;

- execução de políticas de Desenvolvimento Florestal;

- execução de políticas visando a recuperação de áreas degradadas;

- execução de políticas de Educação Ambiental;

- execução e manutenção de Bancos de Dados Ambientais;

- licenciamento Ambiental;

- produção de mudas florestais e coleta de sementes florestais.

Em apoio ao responsável pelo Monitoramento Ambiental do Projeto, o

Departamento de Fiscalização da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento -

DEFIS, atuará atendendo as seguintes responsabilidades:

a) fiscalização do uso do solo agrícola: a fiscalização do uso do solo

agrícola, de acordo com a Lei Estadual N° 8.014 de 14/12/84,

regulamentada pelo Decreto N° 6.120, de 13/08/85 e demais atos

complementares tem por objetivo a prevenção, recuperação e melhoria

do solo agrícola do Paraná; e desempenho de outras atividades

correlatas;

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b) fiscalização do Comércio e Uso Racional de Agrotóxicos: a fiscalização

do comércio e do uso de Agrotóxicos, de acordo com a Lei Federal N°

7.802, de 11/07/89 e da Lei Estadual N° 7.827 de 29/12/83, tem por

objetivo garantir a qualidade intrínseca (princípio ativo) e extrínseca

(rotulagem) dos agrotóxicos produzidos e/ou comercializados no Paraná,

além da correta utilização desses produtos ao nível de propriedade; e de

outras atividades correlatas.

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ANEXO 2

LISTA DE AÇÕES NÃO APOIADAS PELO PROJETO PARANÁBIODIVERSIDADE

Dada a característica do Projeto Paraná Biodiversidade, todas as ações

contempladas e apoiadas estarão direcionadas para a melhoria das condições

ambientais com vistas à conservação e proteção da biodiversidade nativa.

Não obstante, face a interrelação existente entre o Projeto com outras

atividades em desenvolvimento no Estado, a exemplo do Projeto Paraná 12 Meses,

lista-se a seguir uma série de ações, que poderão ser acrescidas de outras,

caracterizadas como não-elegíveis. Esta relação será de responsabilidade da UGP do

Projeto, submetida à aprovação do Agente de Cooperação.

AÇÕES NÃO ELEGÍVEIS- apoio a fumicultura;

- cultivo de espécies transgênicas;

- apoio à aquisição de agrotóxicos e pulverizadores;- apoio às atividades de dragagem e drenagem;

- retificação dos cursos de rios;

- utilização de áreas em desacordo com a capacidade de uso do solo.

Outras restrições já previstas no Projeto Paraná 12 Meses continuarão a vigir,

tais como:

- igreja e outras atividades de cunho religioso;

- bar e similares;

- aquisição de terras;

- depósito de lixo tóxico;

- apoios a desmatamento;

- canchas esportivas, ginásio de esportes, praças e parques;- postos de saúde;

- unidades móveis de saúde (médico e odontológico);

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ANEXO 3

CONDIÇõES E CRITÉRIOS PARA HABILITAÇÃO DAS REGIÕES

ADMINISTRATIVAS, MUNICÍPIOS, MICROBACIAS E BENEFICIARIOS,

AO PROJETO PARANÁ BIODIVERSIDADE

Condições para Habilitação das Regiões AdministrativasDesconsiderando pequenas variações de regionalização administrativa apresentadas

pelas unidades executoras, o Projeto contempla 09 (nove) Unidades Regionais. Desta formatodo o controle de ordem administrativo e operacional do projeto passará por essa instânciaregional.

Condições para habilitação da região:

* Constituição formal da Comissão Regional com a designação de todos os seusmembros e a adequação dc sua estrutura aos requerimentos do Projeto;

* Capacitação de toda a equipe técnica da Comissão Regional.

Condições para Habilitação dos MunicípiosPara que os municípios se habilitem a participar do Projeto, faz-se necessário o

cumprimento dos seguintes aspectos:

* formalização de um Protocolo de Intenções, assinado pelo prefeito municipal,que demonstre um efetivo interesse em participar e cooperar com o Projeto;

• designação da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (ou de outra queresponda formalmente pela área) e do seu corpo técnico responsável, para atuarcomo agente de interlocução e cooperação junto ao Projeto;

* celebração de convênio específico, para os casos dos municípios que atuarãocom equipes de agentes ambientais, respaldado por instrumentos legais, quepossibilite ao município receber recursos do Projeto e assumirresponsabilidades institucionais.

* instituir a Câmara Técnica da Biodiversidade, junto ao Conselho Municipal doProjeto Paraná 12 Meses, para atender as atribuições previstas.

Condições para a Habilitação das Microbacias* microbacias identificadas como prioritárias no planejamento macro estratégico,

conforme detalhado nos Componentes Controle e Proteção e Incentivos àConservação e Manejo da Biodiversidade;

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* microbacias tributárias que drenam para a unidade de conservação;* grau de impacto negativo das atividades executadas para a conservação da

biodiversidade, descrito na ação complementar do planejamento macro estratégico,conforme detalhado no Componente Incentivo à Conservação e Manejo daBiodiversidade;

* presença de fragmentos na microbacia com possibilidade de conexão.

Critérios para a priorização das Microbacias

Após a divulgação do Projeto junto ao Município e estruturação da Câmara Técnicado Conselho Municipal passa-se a etapa de priorização das microbacias a serem trabalhadasEsta deverá ser feita com base em critérios previamente definidos e referendados pelo Projetoe comunidade local em reunião pública da Câmara Técnica do Conselho Municipal. Apriorização será necessária quando o município envolvido possuir um conjunto demicrobacias habilitadas superior a possibilidade de atendimento.

O quadro a seguir apresenta uma lista de indicadores que serão utilizados parapriorização das microbacias indicadas no planejamento macro estratégico em cada município.Para cada indicador deve-se discutir a sua importância no contexto da microbacia e auferir aomesmo uma nota que vai de 1 a 5. A somatória das notas de cada indicador estabelecerá aescala de prioridade das microbacias.

QUADRO - INDICADORES PARA PRIORIZAÇÃO DAS MICROBACIAS

Indicadores Nota (1 a 5)Presença de fragmentos vegetais com possibilidade de conexãoImportância Ecológica - fauna e flora.RcsiliênciaProximidade das Unidades de ConservaçãoGrau de impacto das atividades desenvolvidasGrau de degradação das formações ciliaresLocalização - rios que drenam para dentro das UCs.Nível de concientização e disposição dos envolvidosImportância Social - concentração de pequenos produtoresImportância Econômica - produção de alimentos básicosNecessidade de Investimento e disponibilidade de contrapartidasSOMA DAS NOTAS

Critérios de elegebilidade dos Benefíciários do Projetoa) atender as recomendações técnicas de minimização dos efeitos negativos de

impacto ambiental, inclusive nas atividades já existentes;b) comprometer-se a participar, com recursos próprios, da complementação das

despesas orçadas e não cobertas pelo FUNPARANÁ/12 Meses eFUJNPARANÁ/B iod iversidade-GEF;

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c) comprometer-se a acatar as recomendaçôes técnicas e realizar as inversõesajustadas de comum acordo quando da elaboração de proposta de apoiofinanceiro;

d) participar de cursos e/ou treinamentos relativos às práticas/atividades a seremimplantadas;

e) submeter-se à fiscalização dos apoios recebidos do FUNPARANÁ/1 2 Meses eFUNPARANÁ/Biod iversidade-GEF;

f) ter sua propriedade localizada no corredor e microbacia selecionada paraatuação do Projeto;

h) apresentar compatibilidade do apoio solicitado com os objetivos do Projeto;i) contar com Estudo Individual da Propriedade elaborado;j) estar organizado em grupos de no mínimo sete produtores em torno de interesses

comuns;