projeto de ciência tecnologia e inovação do parque científico da unicamp
DESCRIPTION
Relatório elaborado a partir de um conjunto de dados e informações, referentes à Unicamp, que foram levantados, sistematizados e analisados no âmbito do Projeto de Ciência, Tecnologia e Inovação do Polo de Pesquisa e Inovação da Unicamp e dos Parques Científicos e Tecnológicos de Campinas, realizado em parceria com a Secretaria de Desenvolvimento do Governo do Estado de São Paulo.TRANSCRIPT
Caracterização das Potencialidades, fragilidades
e desafios da UNICAMP e, recomendações para a implementação do seu
Parque Cientifico
Projeto de CiênCia, teCnologia e inovação do Parque CientífiCo da
uniCamP
OrganizaçãoDomenico Feliciello
Eduardo Gurgel do Amaral
agência de inovação da universidade estadual de Campinas
março 2011
2
3
universidade estadual de Campinas - uniCamP
Reitor
fernando ferreira Costa
Vice-Reitor
edgar Salvadori de decca
Pró-Reitor de Desenvolvimento Universitário
Paulo eduardo moreira rodrigues da Silva
Pró-Reitor de Graduaçãomarcelo Knobel
Pró-Reitor de Pós-Graduação
euclides de mesquita neto
Pró-Reitor de Extensão e Assuntos Comunitários
mohamed ezz din mostafa Habib
Pró-Reitor de Pesquisa
ronaldo aloise Pilli
agência de inovação - inova uniCamP
Diretor Executivoroberto de alencar lotufo
4
equiPe tÉCniCa de PeSquiSa
Coordenação geral Roberto de Alencar Lotufo
Coordenação executivaEduardo Gurgel do Amaral
Coordenação técnicaDomenico Feliciello
BolsistasAdalberto Mantovani Azevedo
Allan Vieira Quadros
Denísia Araujo Tavares
Josiane Fachini Falvo
Rafael Borovik
Pesquisadores ColaboradoresMauro Zackiewicz - Coordenador
André Drummond
Carolina Rio
Eduardo Urias
João Furtado
Mariana Zanatta
Thays Murakami
assessoria especializadaGian Calvi
Lucila Martínez
Sérgio Salles
5
SumÁrio
SUMÁRIO 5APRESENTAÇÃO 61. INTRODUÇÃO 82. CIÊNCIA, TECNOLOGIA E PARQUES TECNOLÓGICOS 113. PARQUES TECNOLÓGICOS NO BRASIL E EM SÃO PAULO 154. A UNICAMP E O PARQUE CIENTÍFICO 204.1 POTENCIALIDADES E FRAGILIDADES DA UNICAMP 204.2 O PROJETO DE IMPLANTAÇÃO DO PARQUE CIENTÍFICO DA UNICAMP 40
Componente 1 - Infraestrutura urbanística e ambiental 40Componente 2 - Sistema de parcerias e condominial 41Componente 3 - Projeto de ciência, tecnologia e inovação 43Componente 4 - Estudo de Viabilidade Econômica 49Componente 5 - Gestão do Parque Científico 49
5. RECOMENDAÇÕES 526. BIBLIOGRAFIA 547. ANEXOS 55
ANExO 1 - PLANO URbANÍSTICO DO PARQUE 55ANExO 2 - PRéDIO DA SEDE DO PARQUE E INCUbADORA DE EMPRESAS DE bASE TECNOLóGICA 65
FigurasFIGURA 1 - DIAGRAMA DE CÍRCULOS REPRESENTATIVOS DO NÚMERO DE DOUTORES TITULADOS NO PERÍODO 1996-2008 NAS CINCO UNIVERSIDADES E UNIDADES DA FEDERAÇÃO QUE MAIS TITULARAM DOUTORES, E NAS CINCO GRANDES REGIÕES bRASILEIRAS 22
Gráficos
GRÁFICO 1 - PUbLICAÇÕES INDExADAS DA UNICAMP NO INSTITUTE OF SCIENTIFIC INFORMATION - WEb OF SCIENCE (SOMENTE ARTIGOS) 22GRÁFICO 2 - REQUISIÇÃO DE PATENTES PELA UNICAMP - PERÍODO DE 1997 A 2010 27GRÁFICO 3 - UNICAMP FONTES DE FINANCIAMENTO À PESQUISA 2001 A 2009 30GRÁFICO 4 - PERFIL DE ESPECIALIZAÇÃO LOCAL POR ATIVIDADES ECONÔMICAS DA RAC 44
Quadros QUADRO 1 - GRUPOS DE PESQUISA DA UNICAMP QUE INDICARAM RELACIONAMENTO COM EMPRESAS NO CENSO CNPQ 2008 33QUADRO 2 - EMPRESAS INDICADAS PELOS GRUPOS DE PESQUISA DA UNICAMP COM AS QUAIS FORAM REALIZADAS PARCERIAS 35
Tabelas TAbELA 1 - REGIÕES DO bRASIL COM PARQUES TECNOLóGICOS EM OPERAÇÃO, EM IMPLANTAÇÃO E NA FASE DE PROJETO, EM 2008 15TAbELA 2 - GRUPOS DE PESQUISA E RECURSOS HUMANOS DEDICADOS À PESQUISA POR INSTITUIÇÃO PRESENTE NA RAC. 21TAbELA 3 - POSIÇÃO RELATIVA DO bRASIL FRENTE AOS bRICS NAS 25 PRINCIPAIS DISCIPLINAS ACADÊMICAS bRASILEIRAS EM QUANTIDADE DE PUbLICAÇÕES INDExADAS 23TAbELA 4 - POSIÇÃO RELATIVA DA RAC E DE MUNICÍPIOS SELECIONADOS NAS DISCIPLINAS IMPORTANTES NO bRASIL 24TAbELA 5 - POSIÇÃO RELATIVA DA RAC E DE MUNICÍPIOS SELECIONADOS EM OUTRAS DISCIPLINAS IMPORTANTES NA RAC 25TAbELA 6 - ÍNDICES H MéDIOS E INSTITUCIONAIS PARA INSTITUIÇÕES DE PESQUISA DA RAC 26TAbELA 7 - UNICAMP - FINANCIAMENTO À PESQUISA EM R$ DURANTE OS ÚLTIMOS ANOS 29TAbELA 8 - CONVÊNIOS FIRMADOS PELA UNICAMP ENTRE 2006 E 2008 30TAbELA 9 - TIPOS DE ORGANIZAÇÃO COM CONVÊNIOS DE PESQUISA COM UNICAMP (2006 A 2008) 31TAbELA 10 - NÚMERO E VALORES DE CONVÊNIOS DE PESQUISA COM UNICAMP (2006 A 2008), POR SETORES ECONÔMICOS 32TAbELA 11 - COMPARATIVO DE GASTOS EM INOVAÇÃO E P&D DAS EMPRESAS NO bRASIL, NO ESTADO DE SÃO PAULO E RAC 46
6
aPreSentação
O presente relatório foi elaborado a partir de um conjunto de dados e informações, refe-
rentes à Unicamp, que foram levantados, sistematizados e analisados no âmbito do Projeto de
Ciência, Tecnologia e Inovação do Polo de Pesquisa e Inovação da Unicamp e dos Parques
Científicos e Tecnológicos de Campinas, realizado em parceria com a Secretaria de Desenvolvi-
mento do Governo do Estado de São Paulo.
O referido projeto realizou um conjunto de estudos incluindo pesquisa documental e de
bancos de dados disponíveis, bem como de pesquisa de campo e da realização de encontros e
oficinas de trabalho com os atores relevantes da Região de Campinas, que buscaram detectar
as potencialidades e gargalos da Região de Campinas em termos de empresas de base tecnoló-
gica, bem como das instituições de ciência e tecnologia da região e as formas de relacionamento
entre estes dois setores, visando a transferência de tecnologia para o desenvolvimento econô-
mico e social sustentável.
A partir deste conjunto de dados, buscou-se realizar um recorte focando a Unicamp com
o intuito de ressaltar as suas principais potencialidades, fragilidades e desafios que devem ser
equacionados para a implantação do seu Parque Científico, de acordo com a política do Governo
do Estado de São Paulo1.
Entretanto, considerando as especificidades da Unicamp, enquanto uma instituição pública
universitária houve a necessidade de buscar novas conceituações que permitissem adaptar o
seu Projeto de Parque Científico com a missão, os objetivos e as estratégias institucionais, con-
forme estabelecidos no seu planejamento estratégico.
Além disso, considerou-se a necessidade do projeto da Unicamp potencializar a implan-
tação de Parques Tecnológicos na Região de Campinas, contribuindo assim com uma das prin-
cipais estratégias do Governo do Estado de São Paulo, no que se refere ao desenvolvimento
econômico e social do Estado.
Portanto, o presente documento tem como base o amplo estudo realizado e busca indicar
elementos e recomendações que possam ser utilizados pela Unicamp para a implantação do seu
1 Estado de São Paulo, Diário Oficial. Decreto No 50.504 de 6 de fevereiro de 2006. Volume 116, número 25, seção 01, define Parques Tecnológicos como empreendimentos criados e geridos com o objetivo permanente de promover a pesquisa e a inovação tecnológicas e dar suporte ao desenvolvimento de atividades empresariais intensivas em conhecimento.
7
Parque Científico. Nesse aspecto, inclui elementos que se referem a:
• Articulação do Projeto de Parque Científico da Unicamp com o Planejamento Estraté-
gico Institucional (Planes);
• Caracterização das principais fortalezas e fragilidades da Unicamp, quanto à produção
e transferência de tecnologia, frente às potencialidades regionais;
• Indicação de estratégias para a implantação do Parque Científico da Unicamp.
8
1. introdução
O presente projeto vem ao encontro do Planejamento Estratégico Institucional da Unicamp,
especialmente no que se refere às estratégias e programas da área de Extensão e Cooperação
Técnica - Científica - Cultural e, em especial, com o objetivo de expandir as ações de pesquisa
colaborativa, garantindo a relação da universidade com a sociedade na solução de problemas
regionais e nacionais, colocando à disposição da sociedade tecnologias e serviços alinhados à
necessidade de redução das desigualdades sociais2.
Pretende contribuir ainda para a concretização das estratégias de: implementação de
ações que facilitem o desenvolvimento e a transferência de tecnologias e conhecimento; in-
centivo e apoio institucional aos grupos existentes através do fomento às iniciativas inovadoras
de pesquisas e à implantação de programas interunidades e interinstituições; criação de infra-
estrutura de apoio que facilite a obtenção de informações, a elaboração de projetos e a gestão
dos mesmos, permitindo uma maior agilidade e um melhor aproveitamento de oportunidades de
financiamento à pesquisa.
Nesse sentido, o projeto original do Polo Pesquisa e Inovação da Unicamp e dos Parques
Tecnológicos da Região de Campinas, apresentado à Secretaria de Desenvolvimento do Gover-
no do Estado de São Paulo em 2008, estabeleceu como objetivo geral:
Formular, viabilizar e implementar proposta de implantação do referido polo, visando am-
pliar as oportunidades de: formação de alunos, valorizar a pesquisa; criar projetos de empresas
inovadoras; e, contribuir na produção e transferência de conhecimentos, tecnologias e inovação
aos setores públicos e privados, na perspectiva de apoiar o desenvolvimento socioeconômico da
Região de Campinas e do Estado de São Paulo.
Definiu ainda como objetivos específicos:
• Ampliar a interação da Universidade com os demais atores do Sistema Nacional de
Ciência, Tecnologia e Inovação por meio da criação de interfaces com a sociedade que
estimulem a emergência de pesquisa colaborativa e multidisciplinar com organizações
públicas e privadas interessadas no desenvolvimento científico e tecnológico e na pro-
moção da inovação;
2 Unicamp - Planes, Planejamento estratégico: missão, princípios, valores, visão, estratégias. Coordenadoria Geral da Universidade. Campinas - SP: Unicamp / CGU, 2008.
9
• Auxiliar na promoção da interação entre a Universidade e organizações públicas e
privadas como forma de ampliação das oportunidades de formação de alunos, de valo-
rização da pesquisa e de empreendimentos nascentes inovadores a partir dos recursos
humanos formado na Universidade;
• Propiciar a emergência de projetos selecionados e inovadores, a serem desenvolvidos
por empresas brasileiras em parceria com grupos de pesquisa e pesquisadores de
unidades da Unicamp e, em colaboração com organizações públicas e privadas que
ofereçam oportunidades de participação, por meio de bolsas e estágios, a alunos de
graduação e de pós-graduação da Unicamp;
• Efetivar a infraestrutura adequada para a residência temporária, em suas instalações,
de projetos inovadores, desenvolvidos em parcerias com organizações públicas e pri-
vadas;
• Apoiar os projetos pré-residentes selecionados de negócios inovadores.
Para a sua efetivação, reconhecia-se que a Unicamp conta com um conjunto de estruturas
e projetos, incluindo importantes áreas e grupos de pesquisa, bem como inúmeros projetos de
parcerias na produção de conhecimentos, tecnologias e inovação em desenvolvimento, que lhe
propiciava o alcance destes objetivos.
No entanto, levantava-se a necessidade de criar novos estímulos e maior apoio institu-
cional visando não só a transferência de tecnologia e a colaboração aos setores públicos e pri-
vados, mas também o aumento de oportunidades de atuação de seus professores e alunos no
campo da ciência, tecnologia e inovação.
Indicava-se também a necessidade de definir e implementar diretrizes e incentivos que
permitissem que pesquisadores e alunos, da Universidade, viessem a participar de projetos de
parcerias com setores produtivos, privados e públicos.
Nesse aspecto, o projeto proposto pela Unicamp buscou avaliar as potencialidades institu-
cionais, mas também as potencialidades regionais e do Estado de São Paulo, de modo a possi-
bilitar a elaboração de um Projeto de Ciência, Tecnologia e Inovação, por parte da Universidade,
que fosse coerente com a realidade locorregional e, que pudesse efetivamente contribuir para o
desenvolvimento científico e socioeconômico.
10
Essa perspectiva requeria a realização de estudos técnicos em profundidade, sobre: o per-
fil local das competências científicas e suas perspectivas; as áreas e linhas de pesquisa de maior
potencial de geração de parcerias e/ou de atração de investimentos; as atividades produtivas in-
tensivas em tecnologia da região e sua evolução esperada; e, as necessidades de infraestrutura
tecnológica e de serviços de apoio, de forma a orientar os perfis do Parque Científico da Unicamp
e dos Parques Científicos e Tecnológicos de Campinas e região.
O referido estudo foi planejado de modo a atingir estes vários objetivos específicos, sendo
produzido um extenso material bem como inúmeras recomendações de políticas e áreas de ci-
ência e tecnologias com potenciais de desenvolvimento na região de Campinas.
Portanto as indicações a seguir estão embasadas neste estudo aprofundado e buscam in-
dicar recomendações que possam efetivamente orientar o desenvolvimento científico e tecnoló-
gico do Parque Científico da Unicamp, no âmbito do Sistema Paulista de Parques Tecnológicos,
do Governo do Estado de São Paulo.
11
2. CiênCia, teCnologia e ParqueS teCnolÓgiCoS
Nas duas últimas décadas do século XX assiste-se a um crescente esforço de formulação
e implantação de políticas públicas e de movimentos, planos e projetos que buscam desenvol-
ver novos arranjos, conhecimentos e processos no sentido de potencializar o desenvolvimento
econômico-social a partir do uso intensivo do conhecimento, da ciência e da tecnologia. Nesse
cenário, os Parques Tecnológicos ganham destaque como empreendimentos que possibilitam
concretizar esses esforços.
Nessa perspectiva, as Instituições de Ensino Superior (IES) são cada vez mais solicitadas
para contribuírem com o desenvolvimento da sociedade do conhecimento, na medida em que
se reconhece que pesquisa e inovação estão fortemente relacionadas com a função dos docen-
tes na universidade moderna3. Essa legitimidade foi alcançada através da utilização dos novos
conhecimentos para o desenvolvimento econômico e social e o emprego de pessoal de nível
superior em posições estratégicas, nos setores públicos e privados.
Por outro lado, observa-se uma crescente diferenciação do mercado de trabalho dos pro-
fissionais de nível universitário e dos acadêmicos, na medida em que esses profissionais, treina-
dos em pesquisa, passam a ser requisitados por diferentes setores e não apenas pelas IES, cujo
mercado de trabalho encontra-se saturado, principalmente nos grandes centros urbanos.
Os recursos governamentais têm sido os principais financiadores da pesquisa acadêmica,
cujo crescimento ocorreu junto com a educação superior, mas entidades privadas de pesquisa
também apresentaram uma evolução importante. As fronteiras entre pesquisa acadêmica e apli-
cada tornaram-se mais imbricadas, levando os pesquisadores da universidade a desenvolver
relações mais próximas e interdependentes com a indústria.
A chamada “triple helix”, resultante da integração entre universidade, governos e indús-
trias, originou importantes mudanças organizacionais no interior das IES, especialmente no que
se refere ao empreendedorismo e ao suporte à criação de incubadoras de empresas.
Nesse cenário, o ensino superior e a pesquisa assumiram diferentes configurações nas
IES. Em algumas se busca integrar o ensino e a pesquisa, em outras o ensino e a pesquisa são
desenvolvidos de modo independente, com diferentes graus de importância. Além disso, as IES
3 As observações sobre as tendências atuais do ensino superior na sociedade do conhecimento estão emba-sadas em: Unesco, Trends in Global Higher Education: Tracking an Academic Revolution. A Report Prepared for the Unesco 2009 World Conference on Higher Education. Unesco 2009, Printed in France.
12
têm sido classificadas como instituições voltadas para o ensino e instituições voltadas para a
pesquisa, numa clara alusão à importância dada a cada uma destas atividades.
Na América Latina, a pesquisa é desenvolvida tanto em instituições independentes, quanto
em poucas e elitizadas universidades públicas. Mesmo nestas IES, a pesquisa é realizada em
centros específicos, separados das atividades educativas, que dão suporte ao ciclo básico e ao
ensino profissionalizante. Desse modo, a pesquisa está concentrada em poucas instituições o
que se reflete na sua grande participação na produção científica do país.
Globalmente as universidades de pesquisa são consideradas o topo das IES, concentran-
do recursos e poder e possuindo grande influência no sistema educacional, traduzindo-se em
prestígio para suas faculdades e graduados. Os recursos governamentais geralmente contri-
buem com este status ao concentrar seus investimentos nessas instituições, que historicamente
lideram a produção científica internacional e nacional.
Entretanto, os fundos de apoio à pesquisa têm mostrado mudanças importantes na últi-
ma década, na medida em que o financiamento aos projetos passa a exigir mais eficiência no
alcance de metas claras, especialmente voltadas à resolução de problemas ou orientadas ao
desenvolvimento industrial. Nesse sentido, os fundos têm buscado financiar pesquisa nos depar-
tamentos mais produtivos.
No Brasil esses movimentos podem ser ilustrados pela importância dos institutos isolados
de pesquisa, pela concentração da pesquisa universitária em meia dúzia de IES, pela criação de
fundos específicos direcionados para financiar a pesquisa em setores considerados estratégi-
cos, assim como pela implantação de programas que buscam estimular a integração universida-
de - empresa e o desenvolvimento de pesquisa e inovação pelos setores produtivos.
Nesse processo, as IES passaram e desenvolver um papel ativo ou muito requisitado para
a implantação de Parques Tecnológicos em inúmeros países. Estes empreendimentos tornaram-
-se mais frequentes especialmente a partir de meados do século XX, na medida em que a ciên-
cia, a tecnologia e a inovação mostraram-se centrais para alcançar novos patamares de desen-
volvimento em bases sustentáveis.
Caberia assinalar que a evolução dos Parques Científicos e Tecnológicos já possui uma
trajetória de várias décadas, em numerosos países desenvolvidos e emergentes, nos quais é
possível observar experiências exitosas, bem como elementos que tem conferido resultados
positivos a esse tipo de empreendimento.
13
Realizando uma observação detalhada destas experiências na Comunidade Europeia, es-
pecialmente Espanha e Portugal, em alguns países do oriente, como a Coreia do Sul, nos EUA
e as experiências brasileiras nas diferentes regiões, é possível assinalar algumas características
de sucesso que incluem:
1. Integração de um conjunto de políticas, não somente da área econômica, mas
especialmente de políticas públicas relacionadas à ciência e tecnologia e, educação e formação
de pessoal técnico de alto nível, articuladas com os potenciais e as necessidades locorregionais;
2. Formulação de políticas na área de ciência, tecnologia e inovação pelas dife-
rentes esferas governamentais, principalmente dos governos locais e regionais, que fomentem
estes complexos empreendimentos, inclusive ofertando estímulos financeiros;
3. Articulação entre atores e instituições de pesquisa e desenvolvimento, governos
e setores produtivos, que propicie recursos financeiros, bem como a implementação de projetos
e ações coletivas, que possam efetivamente contribuir para o desenvolvimento do conhecimento
e a transferência de tecnologia, visando o desenvolvimento econômico e social sustentável;
4. Mudanças institucionais e culturais nas IES, Institutos de Pesquisas, Órgãos Go-
vernamentais e Empresas que propicie o diálogo permanente, o estabelecimento de prioridades
acerca da transferência de tecnologia e, a concretização de projetos de parceria;
5. Desenvolvimento de formas inovadoras de governança autônoma, colaborativa,
compartilhada e gestão sem fins lucrativos dos Parques Tecnológicos, de modo que sejam im-
plementados os objetivos e as metas pactuadas entre os setores de ciência e tecnologia, gover-
namentais e empresariais.
Considerando ainda estas experiências é possível também assinalar algumas característi-
cas que se mostraram limitantes, para a realização desses empreendimentos.
A principal diz respeito à falta de articulação e integração das IES e dos Institutos de Pes-
quisa e Desenvolvimento, na medida em que eles são os principais responsáveis pela evolução
do conhecimento, da tecnologia e pela formação de pessoal técnico de alto nível. Ou seja, a não
participação destas instituições praticamente impossibilita a evolução dos Parques Científicos e
Tecnológicos.
Outra questão central refere-se à participação dos órgãos governamentais, na medida em
que esses empreendimentos necessitam realizar inúmeras ações complexas relacionadas a pro-
14
jetos urbanísticos e ambientais, transporte e mobilidade das pessoas, oferta de serviços públicos
qualificados, além da própria ação dos governos locais quanto ao fomento da integração entre
setores.
Do mesmo modo, possui grande importância a compreensão e o interesse dos setores
produtivos e sociais, tanto públicos quanto privados, no que se refere à intensificação do uso do
conhecimento, da tecnologia e da inovação para o alcance de novos patamares de eficiência e
eficácia, assim como para a criação de novas organizações que possibilitem o aumento de opor-
tunidades de emprego e renda, elevando assim a competitividade nacional.
Quanto a governança dos Parques Científicos e Tecnológicos, a experiência internacional
e nacional tem demonstrado que organizações privadas com fins lucrativos se tornaram inade-
quadas, na medida em que concentraram seus esforços nos aspectos imobiliários dos empreen-
dimentos, deixando de lado o conjunto de elementos acima mencionados.
Da mesma forma, a não participação dos três seguimentos - instituições de pesquisa,
governos e empresas - na governança desses empreendimentos tem levado a uma série de
desvios, uma vez que cada setor possui seus próprios objetivos e nem sempre consideram os
demais como parceiros no desenvolvimento sustentável.
Em resumo pode-se afirmar que o principal desafio dos Parques Tecnológicos é a criação
de ambientes colaborativos, entre os três segmentos assinalados, que propicie mudanças nas
respectivas organizações de modo que estas passem a considerar objetivos e metas comparti-
lhadas em prol do desenvolvimento sustentável, locorregional.
15
3. ParqueS teCnolÓgiCoS no BraSil e em São Paulo
Observando especificamente o que vem ocorrendo no Brasil é possível assinalar avanços
em termos de políticas científicas e tecnológicas na medida que tanto na esfera federal, quanto
no Governo do Estado de São Paulo, já existem diretrizes e programa de apoio e fomento a este
tipo de empreendimento, bem como para a integração entre instituições de ensino e pesquisa e
setores governamentais e empresariais4.
De acordo com o Panorama da Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empre-
endimentos Inovadores (Anprotec) existiam no Brasil “42 parques tecnológicos em 2005, sendo
que 14 estavam em fase de projetos, 13 em implantação e 15 em operação”5. Em 2008 já eram
73 parques tecnológicos, concentrados nas regiões Sul e Sudeste, sendo 25 em operação, 17
em implantação e 32 em fase de projeto (Tabela 1), mostrando uma forte concentração nas re-
giões Sul e Sudeste.
No caso do Governo do Estado de São Paulo pode-se observar um salto importante com
a formulação e edição de legislação específica, criando o Sistema Paulista de Parques Tecno-
lógicos a partir de 2006. Mais recentemente, esta legislação foi regulamentada pelo Decreto no
54.196, de 2 de abril de 2009.
O Governo do Estado instituiu o Sistema Paulista de Parques Tecnológicos como instru-
mento de articulação entre os parques existentes no estado e com o objetivo de fomentar, apoiar
e impulsionar as iniciativas de criação e implantação dos mesmos.
4 Nestes aspectos podem ser observados: Plano Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (PACTI) 2007 - 2010 do Ministério da Ciência e Tecnologia; Decretos e Portarias lançadas pelo Governo do Estado de São Paulo e sua Secretaria de Desenvolvimento a partir de 2006; bem como um conjunto de programas de fomento tanto da Finep, quanto do CNPq e da Fapesp.5 ZOUAN, ET AL. - Parque Tecnológico de São Paulo: as especificações do projeto no contexto de uma Polí-tica Pública Local. Locus Científico, vol. 1, n. 1 (2006) p. 4-09.
16
Segundo o decreto, os Parques Tecnológicos consistem em empreendimentos criados e
geridos com o objetivo permanente de promover a pesquisa e a inovação tecnológicas e dar su-
porte ao desenvolvimento de atividades empresariais intensivas em conhecimento.
Nesse sentido, a sua implantação deve ser realizada na forma de projetos urbanos e imobi-
liários que prevejam a utilização de áreas específicas para localização de empresas, instituições
de pesquisa e serviços de apoio. Os Parques Tecnológicos para integrarem o Sistema Paulista
de Parques Tecnológicos (SPTec), deverão contemplar um conjunto de objetivos, incluindo:
I. estimular, no âmbito estadual, o surgimento, o desenvolvimento, a competitivi-
dade e o aumento da produtividade de empresas cujas atividades estejam fundadas no
conhecimento e na inovação tecnológica;
II. incentivar a interação entre instituições de pesquisa, universidades e empresas
com atividades intensivas em conhecimento e inovação tecnológica;
III. apoiar as atividades de pesquisa, desenvolvimento e engenharia não rotineira no
âmbito estadual;
IV. propiciar o desenvolvimento do estado de São Paulo, por meio da atração de in-
vestimentos em atividades intensivas em conhecimento e inovação tecnológica.
Os parques tecnológicos integrantes do SPTec poderão ser constituídos por entidades que se
enquadrem na seguinte classificação, segundo o artigo 4o do decreto:
I - Entidades de apoio:
a) unidades de ensino e pesquisa, Núcleos de Inovação Tecnológica - NITs e Agências de
Inovação e Competitividade de instituições científicas e tecnológicas, bem como entidades
de intercâmbio com o setor produtivo;
b) laboratórios de ensaios;
c) organismos de certificação e laboratórios acreditados para certificação de produtos e
processos;
II - Incubadoras e pós-incubadoras de empresas de base tecnológica;
III - Empresas de base tecnológica:
17
a) centros de pesquisa, desenvolvimento e inovação, laboratórios de desenvolvimento ou
órgãos de intercâmbio com instituições de ensino e pesquisa;
b) empresas graduadas nas incubadoras e pós incubadoras sediadas em parques tecnoló-
gicos ou integrantes da Rede Paulista de Incubadoras de Empresas de Base Tecnológica,
que mantenham atividades de desenvolvimento ou engenharia não rotineira;
c) microempresas e empresas de pequeno porte definidas pela Lei Complementar federal
no 123, de 14 de dezembro de 2006, que mantenham convênios de pesquisa, desenvolvi-
mento e inovação com instituições de ensino e pesquisa instaladas em parques integrantes
do SPTec.
Poderão, ainda, participar de parque tecnológico integrante do SPTec, empresas conside-
radas adequadas pela gestora, com a devida justificativa, que mantenham convênio de pesquisa
com unidades de ensino e pesquisa instaladas em parques integrantes do SPTec; e, prestadoras
de serviços complementares para o bom funcionamento do parque.
Os requisitos exigidos para a inclusão de parque tecnológico no SPTec, segundo o artigo
6o do decreto incluem:
I - existência de pessoa jurídica encarregada da gestão do parque tecnológico, que será a
gestora;
II - apresentação de requerimento pela gestora de que conste justificativa do pleito e carac-
terização detalhada do empreendimento;
III - apresentação do ato constitutivo da gestora, que demonstre:
a) tratar-se de entidade sem fins lucrativos;
b) ter objetivos compatíveis com os arrolados no artigo 3o deste decreto;
c) a existência de órgão colegiado superior responsável pela direção técnico-científica, po-
dendo este contar com representantes do Governo do Estado de São Paulo, do Município
onde instalado o empreendimento, de instituição de ensino e pesquisa presente no parque
e de entidade privada representativa do setor produtivo;
d) a existência de órgão técnico com a atribuição de zelar pelo cumprimento do objeto
social da entidade;
18
e) ter modelo de gestão adequado à realização de seus objetivos;
IV - comprovação de que a entidade a que alude o inciso I deste artigo, por força de contra-
to celebrado com o proprietário do bem imóvel onde será instalado o parque e com as entidades
que apoiam sua instalação, é responsável pela gestão do empreendimento;
V - comprovação de que a gestora possui capacidade técnica e idoneidade financeira para
gerir o parque tecnológico;
VI - comprovação da viabilidade técnica do empreendimento, mediante a juntada de:
a) documento comprobatório da propriedade do bem imóvel a que alude o inciso IV deste
artigo, com área medindo no mínimo 200.000 m² (duzentos mil metros quadrados), desti-
nada à instalação do parque tecnológico, situada em local cujo uso, segundo a respectiva
legislação municipal, seja compatível com as finalidades do empreendimento;
b) projeto urbanístico-imobiliário básico de ocupação da área, devidamente aprovado pelo
órgão colegiado superior da gestora;
c) projeto de ciência, tecnologia e inovação do qual constem as áreas de atuação inicial, os
serviços disponíveis (laboratórios, consultoria de pesquisadores, projeto-piloto de pesqui-
sa, sistema de royalties, dentre outros) e a indicação do instrumento jurídico que garanta
a integridade do parque;
d) estudo de viabilidade econômica, financeira e ambiental do empreendimento, incluindo,
se necessário, projetos associados, plano de atração de empresas e demonstração de
disponibilidade de recursos próprios ou oriundos de instituições financeiras, de fomento ou
de apoio às atividades empresariais;
e) instrumento jurídico que assegure a cooperação técnica entre a gestora, centros de
pesquisa reconhecidos pela comunidade científica e por órgãos de fomento e instituições
de ensino e pesquisa credenciadas para ministrar cursos de pós-graduação, com boa ava-
liação pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - Capes, insta-
ladas no Município ou na Região de Governo respectiva, nos termos do Decreto no 22.592,
de 22 de agosto de 1984;
f) legislação municipal de incentivo às entidades que venham a se instalar nos parques
tecnológicos;
19
VII - compatibilidade com as políticas definidas pelo Conselho Estadual de Ciência e Tec-
nologia - Concite.
A partir destas diretrizes cerca de quinze iniciativas vem sendo apoiadas no estado de São
Paulo, incluindo o Parque Científico da Unicamp, que se constitui no único empreendimento,
vinculado a uma universidade, que o governo aprovou considerando o seu potencial em auxiliar
na implementação de demais iniciativas na região.
20
4. a uniCamP e o Parque CientífiCo
No caso da Unicamp, considerando que se constitui numa instituição pública estatal, sem
fins lucrativos e com atuação no ensino, na pesquisa e extensão, buscou-se detectar experiên-
cias nacionais e internacionais de parques gerenciados por instituições similares.
As experiências estudadas, inclusive com visitas em loco6 mostram o forte protagonismo
das Universidades nesses empreendimentos, sem prescindir, entretanto da participação dos se-
tores públicos e empresariais.
Além disso, a governança e a gestão dos projetos tem sido realizada através de organiza-
ções sem fins lucrativos, no formato de fundações, institutos ou associações, com participação
dos três segmentos para estabelecer as grandes diretrizes e estratégias do empreendimento.
Outra questão essencial diz respeito às áreas que se pretende abrigar nos parques, o
que está relacionado não apenas com os potenciais das instituições de pesquisa e tecnologia,
mas também aos potenciais da região no que se refere às características dos diferentes setores
econômicos locais, bem como ao projeto de desenvolvimento pretendido pelos governantes e a
sociedade. Ou seja, em que direção a região pretende evoluir e em quais áreas busca ser com-
petente, eficiente e competitiva.
Essas são questões que a Unicamp não pode resolver de modo solitário, mas sim através
da integração com os governos locais e os diferentes setores produtivos. Nesse aspecto, para a
implantação do Parque Científico da Unicamp deve-se, necessariamente, criar mecanismos de
integração entre os três setores que propiciem suporte adequado ao empreendimento.
Considerando esses aspectos essenciais, apresentam-se a seguir dados e informações,
sobre a Unicamp e a região de Campinas, que foram utilizados como suporte às recomendações
para viabilização do Parque Científico da Universidade.
4.1 POTENCIALIDADES E FRAGILIDADES DA UNICAMP
Dados da Unicamp sobre produção científica e tecnológica indicam a sua importância na
6 Neste aspecto ressaltam-se as experiências do Tecnopuc da PUC-RS e os parques científicos de Portugal ( ) e Espanha ( ).
21
medida em que se situa entre as cinco principais do País em termos de grupos e linhas de
pesquisa7. Na Região Administrativa de Campinas (RAC), considerando o número de grupos
de pesquisa, de pesquisadores e estudantes, nesses grupos, a Unicamp é a instituição que se
destaca com cerca de 60% dos grupos de pesquisa. Vale salientar que estão presentes na região
unidades das três principais IES paulistas além de inúmeras unidades privadas.
Os cinco principais temas dos grupos de pesquisa da RAC, medidos pela quantidade de
pesquisadores e estudantes envolvidos, o número que melhor reflete a “capacidade de trabalho”
dedicada à pesquisa, são Agronomia, Educação, Medicina, Engenharia Elétrica e Ciência e Tec-
nologia de Alimentos.
Ciência da Computação aparece em nono lugar. Parte importante das pesquisas com TICs
é coberta pelos grupos de Engenharia Elétrica e parte ocorre em instituições que não participam
do Diretório de Grupos de Pesquisa do CNPq, mas mesmo assim, a percepção é que o peso
econômico do setor de TICs na região não é o mesmo do lado da pesquisa acadêmica.
Estudo recente sobre a demografia técnico-científica brasileira mostra que a Unicamp é a
segunda IES brasileira que mais titulou doutores (Figura 1), ficando atrás apenas da USP e a
frente da UFRJ, Unesp e UFRGS.
7 Dados detalhados sobre a produção científica e tecnológica da Unicamp podem ser consultados via site: http://www.prp.rei.unicamp.br/portal/ProducaoCientificaCultural.php, acessado em 20.06,2008.
22
Com relação às publicações em periódicos internacionais indexados no ISI “Institute of
Scientific Information”, a Unicamp é responsável por aproximadamente 10% da produção nacio-
nal, como mostrado no gráfico abaixo.
23
No plano local, a universidade responde por cerca de 15% da investigação científica bra-
sileira e por algo em torno de 12% das teses de doutorado e mestrado geradas pela pós-gradu-
ação nacional8.
Para estudar o perfil temático dos artigos indexados produzidos na RAC e no município de
Campinas, o primeiro passo foi situar essa produção em relação ao Brasil e ao mundo.
As 25 principais disciplinas em quantidade de produção no Brasil, ao serem ordenadas
por sua participação no total de trabalhos científicos produzidos pelos países BRICs, mostram
a força do Brasil em temas ligados à agricultura e à saúde e a relativa defasagem em relação a
disciplinas como Física, Bioquímica, Química e Ciência dos Materiais, que mesmo com muitas
publicações no contexto brasileiro, são pouco representativas se comparadas ao volume dos
outros três países emergentes que formam os BRICs.
Examinando o desempenho da RAC e de seus principais municípios no mesmo conjunto
de disciplinas, a região se destaca em relação ao restante do país em Odontologia, Física da Ma-
téria Condensada, Ciência e Tecnologia de Alimentos, Físico-Química e Química Geral. Como a
8 Unicamp - Anuário Estatístico 2007, em http://www.unicamp.br/anuario/2007/Unicamp/breve_descricao.html, acessado em: 06.06.2008.
24
participação geral da RAC nas publicações brasileiras fica em torno de 12%, todas as disciplinas
com participação abaixo desse valor são relativamente menos expressivas na RAC.
Por outro lado, há diversas disciplinas que não estão entre as 25 principais do Brasil, em
que a RAC participa com mais de 15% das publicações indexadas. Entre elas, destaque para as-
suntos que também aparecem enfatizados nos grupos de pesquisa, como Engenharia Elétrica,
Engenharia Química, Física e Computação.
A comparação entre Campinas, Piracicaba e outros municípios importantes do estado de
São Paulo revela em detalhes os pontos mais fortes de cada cidade.
Nesse quadro, considerando que a produção da Unicamp possui um grande peso na pro-
dução nacional, regional e principalmente municipal é possível concluir que as áreas mais ex-
pressivas em produção são resultantes também da alta produção acadêmica da Unicamp.
25
Para estimar a importância da produção acadêmica o Índice h é considerado uma das me-
lhores medidas. Para um cientista, ou um grupo de cientistas, seu Índice h é o número h de suas
publicações com pelo menos h citações cada.
Um pesquisador terá o Índice h igual a 10, caso possua dez publicações com pelo menos
dez citações cada9. Essa correlação permite a correção de distorções causadas por publicações
singulares muito citadas e valoriza o equilíbrio entre quantidade e qualidade.
Através do Índice h é possível analisar o impacto da produção acadêmica dos grupos de
pesquisa, das instituições, dos municípios, entre outros.
Nesse aspecto foi estudado o Índice h médio dos grupos de pesquisa e das instituições
presentes na Região Administrativa de Campinas (RAC), conforme tabela a seguir, ressaltando
o alto índice da Unicamp, em relação às demais instituições. Observa-se, entretanto, que o Índi-
ce h médio dos grupos de pesquisas da Unicamp apresenta-se abaixo da média dos grupos de
várias instituições da RAC.
9 O método empregado para calcular o índice h consistiu nos seguintes passos:- Identificação de todos os artigos publicados em revistas arbitradas, segundo o declarado nos CVs Lattes dos 20.640 pesquisadores e estudantes que participam dos grupos de pesquisa da região, um universo de 238.996 artigos;- Eliminação de redundância de informação devido ao alto índice de coautoria dentro dos grupos, definindo um domí-nio de 137.110 artigos;- Busca do número de citações por artigo no Google Scholar;- Cálculo do índice hGS para cada grupo da região.
26
Os censos de 2002, 2004, 2006 e 2008, sobre grupos de pesquisa, mostram que as princi-
pais grandes áreas de conhecimentos na Unicamp são as áreas de humanidades, saúde, exatas
e da terra e, engenharias e computação.
As unidades da área de Humanas e Artes estão envolvidas com as principais temáticas
educacionais, sociais, artísticas e econômicas do País e é notável a sua relação com amplos
setores da sociedade, em termos regionais ou nacionais.
Na área da Saúde, as atividades de pesquisa têm relevantes consequências sociais, vis-
to que a assistência prestada nas diversas unidades de atendimento é indissociável delas. As
investigações de doenças hematológicas, cardiovasculares, diabetes, doenças genéticas e he-
reditárias, imunológicas, microbiológicas e das neurociências, conduzidas por pesquisadores
da Faculdade de Ciências Médicas (FCM) e Instituto de Biologia (IB), têm importante papel no
atendimento à saúde da população. Igualmente importantes, do ponto de vista social, são as ati-
vidades de pesquisa desenvolvidas na Faculdade de Odontologia de Piracicaba (FOP), visto que
os avanços obtidos são aplicados diretamente nas técnicas odontológicas, materiais dentários e
saúde bucal dos pacientes atendidos na própria Faculdade.
As atividades desenvolvidas na Faculdade de Educação Física (FEF) e no Instituto de Bio-
logia (IB), relativamente à Área de Bioquímica, também têm impacto social destacado. Diversos
resultados de pesquisa ali obtidos são aplicados diretamente na melhoria da qualidade de vida
e saúde da população.
27
Pesquisas desenvolvidas pela Faculdade de Engenharia Agrícola (FEAGRI), Faculdade de
Engenharia de Alimentos (FEA) e Instituto de Biologia (IB) têm importante impacto social na Área
de Agronegócios, Meio ambiente e Biodiversidade.
Em termos de tecnologia e inovação, a Unicamp constitui-se numa das universidades com
o maior número de patentes concedidas (total de 66 patentes no período de 2000 a 2010), resul-
tante do depósito de 567 patentes nacionais requeridas até 2010 (Gráfico 2).
Como outro exemplo do impacto social das atividades de pesquisas desenvolvidas na
Unicamp, pode-se mencionar o caráter empreendedor dos estudantes ligados às diversas Em-
presas Juniores espalhadas pelo campus, cujo objetivo é desenvolver projetos de pesquisas
de interesse do setor produtivo. Vários desses estudantes tornam-se empresários de sucesso,
gerando riqueza, emprego, e ajudando o desenvolvimento do País.
Além disso, a Unicamp é responsável por centenas de convênios e contratos com o setor
produtivo, público e privado. Como resultado dessas interações, existe na região de Campinas
mais de 150 empresas formadas por pesquisadores oriundos da Unicamp. As Ciências Exatas e
Tecnológicas são as maiores responsáveis por este impacto, com empresas na área de Comu-
nicações Ópticas e Fotônica, Tecnologias da Informação, Alimentos, Biotecnologia, Engenharias
etc.
28
Para exemplificar a relação da Universidade com o setor produtivo a tabela e o gráfico a
seguir ilustram a origem dos recursos para pesquisa na Unicamp, onde pode-se observar, além
da preponderância de recursos de fundos públicos (Fapesp, CNPq e Capes perfazem cerca de
70% dos recursos), que os recursos advindos de empresas públicas e privadas tem se elevado
no período de 2001 a 2009, partido de um patamar de cerca de 11% do total de recursos investi-
dos em pesquisa, para um patamar próximo de 17% nos últimos anos do período
29
Font
e de
Fina
nciam
ento
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
Tota
is13
2.046
.928
143.8
95.21
312
0.205
.316
154.4
04.53
421
8.267
.029
186.2
57.69
821
8.186
.888
219.2
54.54
724
8.140
.431
30
O exame da origem dos convênios realizados pela Unicamp mostra que a importância
dessa universidade transcende em muito a influência regional sobre a RAC, especialmente nos
convênios para a realização de pesquisas.
0
50.000.000
100.000.000
150.000.000
200.000.000
250.000.000
Valo
res R
$
UNICAMP Fontes de Financiamento à Pesquisa 2001 a 2009
FAEPEX UNICAMP FAPESPCNPq CAPESEMPRESAS PÚBLICAS EMPRESAS PRIVADASFINEP/ CNPq/PRONEX/ PADCT/FUNDOS INSTITUIÇÕES INTERNACIONAIS
0
50.000.000
100.000.000
150.000.000
200.000.000
250.000.000
Valo
res R
$
UNICAMP Fontes de Financiamento à Pesquisa 2001 a 2009
FAEPEX UNICAMP FAPESPCNPq CAPESEMPRESAS PÚBLICAS EMPRESAS PRIVADASFINEP/ CNPq/PRONEX/ PADCT/FUNDOS INSTITUIÇÕES INTERNACIONAIS
31
A RAC é apenas a terceira maior fonte de recursos para pesquisa via convênios, atrás do
estado do Rio de Janeiro e do restante do estado de São Paulo. A região metropolitana de São
Paulo participa com expressivos recursos, mais que o dobro dos captados para pesquisa por
convênios na RAC.
Dentre os convênios de pesquisa, a grande maioria se refere a contratos de parceria com
empresas. Elas foram responsáveis por uma injeção de 67 milhões de reais em três anos, uma
média superior a R$ 22 milhões ao ano.
Os três setores econômicos que se destacam como convenientes são Petróleo (devido
aos investimentos feitos pela Petrobras), Farmácia (com investimentos de diversas empresas, a
grande maioria de fora da RAC) e Eletricidade (também com muitas empresas de fora da RAC).
No caso de Eletricidade, a Unicamp se destaca como parceira de diversas concessionárias
de energia para a execução de projetos de P&D compulsórios (segundo resolução da Aneel, cf.
seção 2.4.).
No caso de Fármacos, predominam estudos pré-clínicos e clínicos realizados por diversas
especialidades da Medicina, para diferentes empresas.
As engenharias, mecânica e química, foram as mais demandadas por empresas, especial-
mente a Petrobras. Geociências, Engenharia de Materiais e Engenharia Naval também foram
fortemente demandadas pela Petrobras.
Projetos em ciência da computação ficaram mais restritos à RAC; entretanto os dois con-
vênios de fora tinham valores significativamente maiores, um deles com a Petrobras. Já a Enge-
nharia Elétrica foi mais demandada por empresas de fora da RAC.
32
Áreas ligadas à agricultura e ao meio ambiente como Botânica, Genética, Engenharia Sa-
nitária, Microbiologia, Bioquímica e Engenharia Agrícola firmaram convênios apenas com empre-
sas de fora da RAC.
Dados obtidos da base do CNPq indicam que dos 739 grupos de pesquisa cadastrados
pela Unicamp cerca de 59 (8%) referem que mantiveram relacionamento com empresas, num
total de 102 empresas10. Quanto às características destes relacionamentos, os dados mostram
que em mais de 50% das empresas foram desenvolvidas pesquisas que consideraram o uso
imediato dos resultados e, em 30% das empresas foi realizada a transferência de tecnologia do
grupo para o parceiro.
No que se refere aos grupos de pesquisa que indicaram relacionamento com empresas,
pode-se observar no quadro abaixo os grupos que cadastraram informações a respeito, ressal-
tando a maior frequência de grupos ligados às áreas de Saúde, Alimentos e Agricultura, Energia,
Química e Biologia.
10 CNPq - Censo 2008 dos Grupos de Pesquisa. Deve-se observar que os dados referentes ao relacionamen-to do grupo de pesquisa com empresas é sub-notificado. Além disso, o formulário que permite inserir este tipo de informação é restritivo uma vez que não possui como alternativa a indicação de dados quando o grupo de pesquisa manteve relacionamento com órgãos governamentais ou organização sem fins lucrativos, para os quais também é possível realizar transferência de tecnologia e pesquisas colaborativas.
33
Quadro 1 - Grupos de Pesquisa da Unicamp que indicaram relacionamento com em-presas no Censo CNPq 2008
1.GR: AGRICULTURA DE PRECISAO - APLICACAO LOCALIZADA DE INSUMOS - LAT-TES REDESGP
2.GR: AMBIÊNCIA ANIMAL E ZOOTECNIA DE PRECISÃO - LATTES REDESGP
3.GR: ARQUEOLOGIA HISTÓRICA - LATTES REDESGP
4.GR: ATIVIDADE ANTIMICROBIANA DE PRODUTOS NATURAIS - LATTES REDESGP
5.GR: ATRIBUTOS DE QUALIDADE E PROCESSAMENTO DE CARNES - LATTES RE-DESGP
6.GR: AUTOMAÇÃO E CONTROLE DE PROCESSOS INDUSTRIAIS E AGROINDUS-TRIAIS - LATTES REDESGP
7.GR: BIOQUÍMICA DE ALIMENTOS - BIOAROMAS, PRODUÇÃO DE ENZIMAS E IN-GREDIENTES POR FERMENTAÇÃO - LATTES REDESGP
8.GR: BIOTECNOLOGIA E GENÔMICA - LATTES REDESGP
9.GR: CENTRO DE ESTUDOS DE CONJUNTURA POLÍTICA ECONÔMICA - LATTES REDESGP
10.GR: CENTRO DE ESTUDOS DE OPINIÃO PÚBLICA - CESOP - LATTES REDESGP
11.GR: COLEÇÃO BRASILEIRA DE MICRORGANISMOS DE AMBIENTE E INDÚSTRIA - CBMAI - LATTES REDESGP
12.GR: DESENVOLVIMENTO DE PROCESSOS E EQUIPAMENTOS DE SECAGEM - LATTES REDESGP
13.GR: DINAMICA DE SOLOS - LATTES REDESGP
14.GR: ECOLOGIA E METAGENÔMICA MICROBIANA - LATTES REDESGP
15.GR: EMBALAGENS ATIVAS - LATTES REDESGP
16.GR: EMPREGO DA FLUORESCÊNCIA DE RAIOS X NA PESQUISA AMBIENTAL E INDUSTRIAL - LATTES REDESGP
17.GR: ENSAIOS NÃO DESTRUTIVOS APLICADOS À MADEIRA E MATERIAIS A BASE DE MADEIRA - LATTES REDESGP
18.GR: ENSINO DE BIOLOGIA E BIOINFORMÁTICA - LATTES REDESGP
19.GR: EVOLUCÃO CRUSTAL E METALOGÊNESE - LATTES REDESGP
20.GR: EVOLUCÃO DE FAIXAS OROGÊNICAS NO NORDESTE DO CRATON SÃO FRANCISCO E SUL DA PROVINCIA BORBOREMA - LATTES REDESGP
21.GR: FISIOPATOLOGIA CARDIOVASCULAR - LATTES REDESGP
22.GR: GEMPI - GRUPO DE ESTUDOS DE EMPRESAS E INOVAÇÃO - LATTES RE-DESGP
23.GR: GENÔMICA E EXPRESSÃO - LATTES REDESGP
24.GR: GESTÃO E TECNOLOGIA EM EDIFICAÇÕES - LATTES REDESGP
25.GR: GRUPO DE ESTUDO DOS ASPECTOS MOLECULARES DA PERDA AUDITIVA - LATTES REDESGP
26.GR: GRUPO DE ESTUDOS EM GEOPROCESSAMENTO - LATTES REDESGP
27.GR: GRUPO DE FÍSICA E TECNOLOGIA DE PLASMA - LATTES REDESGP
28.GR: GRUPO DE INSTRUMENTAÇÃO E AUTOMAÇÃO EM QUÍMICA ANALÍTICA - LATTES REDESGP
29.GR: GRUPO DE PESQUISA EM FÁRMACOS E FITOFÁRMACOS - LATTES REDES-GP
30.GR: GRUPO DE PESQUISA EM IMUNOTOXICOLOGIA E IMUNOFARMACOGNOSIA - LATTES REDESGP
34
Fonte: Censo CNPq 2008
Quanto à caracterização das empresas com as quais os grupos realizaram parcerias, no
quadro a seguir é possível observar as indicações dos grupos, entre as quais se destacam gran-
des empresas das áreas de energia, agricultura, fármacos, entre outras.
31.GR: GRUPO DE PESQUISA EM SISTEMAS DE ENERGIA ELETRICA - LATTES RE-DESGP
32.GR: GRUPO DE PESQUISAS NA ÁREA DE SÍNTESE ORGÂNICA - LATTES REDES-GP
33.GR: GRUPO ESTUDOS EM EFICIÊNCIA ENERGÉTICA E FONTES RENOVÁVEIS - LATTES REDESGP
34.GR: HIDROGÊNIO - LATTES REDESGP
35.GR: IDENTIFICAÇÃO E CONTROLE DE VIBRAÇÃO E RUÍDO - LATTES REDESGP
36.GR: IMAGENOLOGIA EM ODONTOLOGIA - LATTES REDESGP
37.GR: IMUNOLOGIA CLINICA E ALERGIA - LATTES REDESGP
38.GR: LABORATORIO DE CATÁLISE POR ORGANOMETÁLICOS - LATTES REDES-GP
39.GR: LALT - SERVIÇOS, LOGÍSTICA E TRANSPORTES - LATTES REDESGP
40.GR: LEIA-LABORATORIO DE EDUCACAO E INFORMATICA APLICADA - LATTES REDESGP
41.GR: MORFOLOGIA E TOPOQUIMICA DE SOLIDOS - LATTES REDESGP
42.GR: NEPP - NÚCLEO DE ESTUDOS EM POLÍTICAS PÚBLICAS - LATTES REDES-GP
43.GR: NÚCLEO DE ESTUDOS EM POÉTICAS DA AÇÃO CÊNICA - LATTES REDESGP
44.GR: NÚCLEO DE PESQUISA EM ODONTOPEDIATRIA - LATTES REDESGP
45.GR: PESQUISAS EM CROMATOGRAFIA LÍQUIDA : ANÁLISES DE PESTICIDAS E FÁRMACOS - LATTES REDESGP
46.GR: PESQUISAS EM CROMATOGRAFIA LÍQUIDA: FASES ESTACIONÁRIAS - LAT-TES REDESGP
47.GR: PLANEJAMENTO, PROGRAMAÇÃO E DESPACHO DE GERAÇÃO EM SISTE-MAS DE ENERGIA ELÉTRICA - LATTES REDESGP
48.GR: PROCESSAMENTO DIGITAL DE FALA - LATTES REDESGP
49.GR: PRODUTOS NATURAIS BIOATIVOS - LATTES REDESGP
50.GR: PROTOZOÁRIOS E METAZOÁRIOS PATOGÊNICOS - LATTES REDESGP
51.GR: REFRIGERAÇÃO EM ALIMENTOS - LATTES REDESGP
52.GR: SEGURANÇA ALIMENTAR - LATTES REDESGP
53.GR: SENSORES ELETROQUIMICOS - LATTES REDESGP
54.GR: SEPERFÍCIES SELETIVAS - LATTES REDESGP
55.GR: SINALIZAÇÃO CELULAR - LATTES REDESGP
56.GR: SISDA - SISTEMAS INTELIGENTES DE SUPORTE À DECISÃO NA AGRICUL-TURA - LATTES REDESGP
57.GR: TECNOLOGIA DE COLHEITA E PÓS-COLHEITA DE PRODUTOS HORTÍCOLAS - LATTES REDESGP
58.GR: TECNOLOGIA DE IRRIGAÇÃO E MEIO AMBIENTE - LATTES REDESGP
59.GR: TECNOLOGIAS DE MICRO E NANOFABRICAÇÃO - LATTES REDESGP
35
Quadro 2 - Empresas indicadas pelos Grupos de Pesquisa da Unicamp com as quais foram realizadas parcerias Fonte: Censo CNPq 2008
1.Abimaq - Associação Bras. da Ind. de Máquinas e Equipamentos2.Aché Laboratórios Farmacêuticos S/A3.ACNB - Associação dos Criadores de Nelore do Brasil4.Aegis Semicondutores Ltda5.Agricef Soluções Tecnológicas para Agricultura Ltda6.Agrologia Empresa JR de Engenharia Agrícola7.AMZ Indústria e Comércio Ltda Me8.Apsen Farmacêutica S/A9.Banco de Dados de São Paulo Ltda10.Braskem S/A11.Bruker AXS do Brasil Ltda12.Bunge Fertilizantes S/A13.Carbex Indústria e Com. de Materiais para Escritório Ltda14.CEB - Companhia Energética de Brasília15.Celestica do Brasil Ltda16.Cemig - Companhia Energética de Minas Gerais17.Cepac Pesquisa e Comunicação Ltda18.Clickideia Tecnologia Educacional Lltda EPP19.Companhia Paulista de Força e Luz20.Companhia Vale do Rio Doce21.Concert Technologies S/A22.Corning Brasil Ind. e Comércio Ltda23 Cosan Agrícola Ltda24.CPRM - Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais25.Cristália Produtos Químicos Farmacêuticos Ltda26.Croda do Brasil Ltda27.Dalsey, Hillblom e Lynn - DHL Logistics (Brazil) LTDA28.Diagnósticos Laboratoriais Especializados29.DLG Automação Industrial Ltda30.Documento Antropologia e Arqueologia31.Duke Energy International Geração Paranapanema S/A32.Eaton Ltda33.Elekeiroz S.A34.Elektro Eletricidade e Serviços S/A35.Eletropaulo Metropolitana Eletricidade de São Paulo S/A36.Embraer - Empresa Brasileira de Aeronáutica S/A37.Embrapa - Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária38.Enalta Inovações Tecnológicas para a Agricultura39.ERIOS Representações e Comércio Ltda40.Fabrimar S/A Indústria e Comércio41.FBA - Franco Brasileira Agrícola Ltda42.FEMTO - Indústria e Comércio de Instrumentos Ltda43.Finep - Financiadora de Estudos e Projetos44.Fissore - Consultoria e Assessoria Técnico-Científico Ltda45.Gepea - Grupo de Estudos e Projetos em Engenharia de Alimentos46.Gil Equipamentos Industriais Limitada
36
47.Gnatus Equipamentos Médico-Odontológicos Ltda48.Grupo Tempo49.Hidrosolo - Indústria e Comércio Ltda50.Holamaq Blueburner Queimadores Industriais Ltda51.Hytron - Ind. Com. e Assessoria Tecnológica em Energia e Gases Industriais Ltda.52.Ibope - Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística Ltda53.Indústrias Químicas Taubaté S/A54.Instituto Vygotskij - Centro de Estudos e Pesq. em Educação55.International Energy Initiative Inc56.International Paper do Brasil Ltda57.Irrigotec Irrigação por Gotejamento Ltda58.Johnson & Johnson do Brasil Ind. e Com. de Produtos para Saúde Ltda59.KG Sorensen Indústria e Comércio Ltda60.Labogen S/A Química Fina e Biotecnologia61.Mérito Engenharia e Empreendimentos S/C Ltda62.Metal Vibro Metalúrgica Ltda63.Metamat - Companhia Matogrossense de Mineração64.Metrohm Pensalab Instrumentação Analítica65.M&G Fibras e Resinas Ltda66.Mineração Caraiba Ltda67.Ministério da Marinha68.Motorola do Brasil Ltda69.Munte Construções Industrializada Ltda70.Natura Cosméticos S/A71.ONS - Operador Nacional do Sistema Elétrico72.Orbys Desenvolvimento de Tecnologia de Materiais Ltda73.Pianowski&Pianowski Ltda ME74.Pirelli Pneus S/A75.Pixis Tecnologia Ltda Epp76.Plantarium - Comércio de Prod. Cosméticos, Farmac. e Manip. de Fórmulas Ltda77.PST Indústria Eletrônica da Amazônia Ltda78.Quattor Petroquímica S.A.79.Radicifibras Indústria e Comécio Ltda80.Ripasa S/A Celulose e Papel81.Rossi Residencial S/A82.Sadia S/A83.SAS Institute Brasil Ltda84.Secretaria Municipal de Saúde de Amparo85.Semikron Semicondutores Ltda86.SmartTech Vibroacústica Serviços e Sistemas Ltda.87.Sociedade de Abastecimento de Água e Saneamento S. A.88.Souza Cruz S/A89.Synchrophar Asses. e Desenv. de Proj Clínicos S/S Ltda90.Tandra Sistemas de Controle Ltda ME91.Tech Chrom Instrumento Analíticos Ltda ME92.TECHNALLBR - Associação Tecnologia para Todos93.Tecumseh do Brasil Ltda94.Thyssenkrupp Metalúrgica Campo Limpo Ltda95.Transfrigor do Brasil - Ind. e Com. de Equip. de Refrigeração
37
Fonte: Censo CNPq 2008
Além dessas características a Unicamp criou um conjunto de estruturas que a capacitam
para a implementação do Parque Científico, na medida em que são consideradas importantes
para o desenvolvimento de empreendimentos desta natureza. Dentre elas pode-se destacar:
1 - inCamP - Incubadora de Empresas de Base Tecnológica da Unicamp, criada em 2001,
conforme a Resolução GR 067/2001 e incorporada à Agência de Inovação da Unicamp (Resolu-
ção GR 051/2003), possui como objetivo a implantação de uma estrutura propícia ao surgimento
de novas empresas de base tecnológica. Tem como missão: “Criar e desenvolver empresas ino-
vadoras de base tecnológica, capacitando-as gerencial e tecnologicamente, através da interação
Unicamp-empresa-rede de parceiros e contribuindo para o fortalecimento do Sistema Regional
de Inovação”. Desde sua criação, 25 empresas foram incubadas. Das quais onze graduaram-
-se, algumas com enorme sucesso, como a Griaule, referência internacional em reconhecimento
digital por biometria.
2 - inova uniCamP - A Agência de Inovação da Unicamp foi criada pela Resolução GR
No 51, de 23 de julho de 2003 com a missão de “fortalecer as parcerias da Unicamp com empre-
sas, órgãos de governo e demais organizações da sociedade civil, criando oportunidades para
que as atividades de ensino e pesquisa se beneficiem dessas interações e contribuindo para o
desenvolvimento econômico e social do País”. Possui como objetivos:
a) Estimular parcerias com empresas e órgãos públicos, dar apoio técnico na prepa-
ração de projetos cooperativos e em acordos entre a Universidade e seus parceiros e atuar
na divulgação e difusão do conhecimento gerado na Unicamp;
b) Estabelecer parcerias estratégicas, orientadas para o médio e longo prazo, com
empresas e entidades públicas e privadas intensivas em inovação e conhecimento;
c) Estimular a ação conjunta da Unicamp com entidades públicas e privadas na área
de formação de recursos humanos, nas suas diversas modalidades, fortalecendo os laços
da Universidade com seus parceiros;
96.Unicamp - Universidade Estadual de Campinas97.Unilever Bestfoods Brasil Ltda98.VCP Florestal S/A99.Villares Metals S/A100.Visteon Sistemas Automotivos Ltda101.Vocalize Soluções em Tecnologia da Fala e da Linguagem Ltda102.Yamana Gold Inc.
38
d) Coordenar as ações da Unicamp e atuar em conjunto com órgãos municipais,
estaduais e nacionais, com o objetivo de desenvolver e implantar o Parque Tecnológico de
Campinas;
e) Apoiar e estimular novas empresas de base tecnológica e aprimorar o papel da
Incubadora de Empresas de Base Tecnológicas da Unicamp;
f) Implementar a política de propriedade intelectual da Unicamp, aprovada pelos
órgãos superiores, apoiando o registro, licenciamento e comercialização de resultados de
pesquisas e difusão de conhecimento gerado na Universidade.
A INOVA é constituída por um Conselho Superior, por uma Câmara de Acompanhamento
e por uma Diretoria e passou a integrar também a Incamp, Incubadora de Empresas de Base
Tecnológica da Unicamp.
Vários resultados alcançados pela INOVA demonstram a sua eficácia e efetividade, em
termos de promoção da inovação na Universidade, através de parcerias estratégicas.
3 - inovaSoft - Através da Resolução GR No 06, de 1o de fevereiro de 2006, a Unicamp
criou o Centro de Inovação em Software, junto à Agência de Inovação da Unicamp, para atuação
no campo da tecnologia da informação (TI), integrando ambientes de: desenvolvimento de proje-
tos; pré-residência de projetos de negócios; e, residência de empresas nascentes.
O Inovasoft é coordenado por um Conselho de Orientação composto por: Diretor-Executivo
da Agência de Inovação da Unicamp; seis representantes indicados pelo Reitor, sendo um do
Instituto de Computação - IC; um da Faculdade de Engenharia Elétrica e de Computação -
FEEC; um da Área de Ciências Exatas; um da Área Tecnológica; um integrante do Núcleo do
Softex de Campinas; e um empresário.
4 - Centros, núcleos e laboratórios de Pesquisa - Os 28 Centros e Núcleos Inter-
disciplinares de Pesquisa da Unicamp foram criados, desde 1977, com o objetivo de propiciar
investigações culturais, científicas, tecnológicas e prestação de serviços, com características in-
terdisciplinares, em parceria com setores públicos e privados, bem como na produção de novos
conhecimentos e tecnologia e, na sua transferência aos setores produtivos, que não poderiam
ser conduzidas em departamentos convencionais.
No entanto, apesar dessas características, o Plano Estratégico da Universidade se re-
cente de programas, linhas e projetos estratégicos voltados à articulação da universidade com
39
governos e setores produtivos, com vistas ao desenvolvimento sustentável e à transferência de
tecnologia, de forma colaborativa e pró-ativa.
Geralmente, considera-se que a divulgação dos conhecimentos acadêmicos produzidos e
a ação isolada de pesquisadores e grupos, junto a setores, públicos ou privados, serão capazes
de impulsionar estratégias de desenvolvimento e de transferência de tecnologia. Na realidade,
tanto os conhecimentos quanto as tecnologias não são automaticamente utilizados, na medida
em que necessitam de novos conhecimentos e novas tecnologias para que se transformem em
insumos para a sociedade. Essa etapa, na realidade, acaba sendo pouco valorizada pela aca-
demia.
De um modo geral observa-se que a expressiva produção acadêmica da Unicamp é divul-
gada e possui grande impacto acadêmico, mas apenas uma pequena parte consegue alcançar
a sociedade, no sentido de se caracterizar como conhecimento que contribui efetivamente para
o seu desenvolvimento econômico e social, de modo sustentável.
Nesse aspecto, o Parque Científico pode vir a se constituir numa importante estrutura de
suporte a projetos estratégicos que venham a contribuir com o desenvolvimento econômico e so-
cial, através da efetiva transferência de tecnologia, do desenvolvimento de novos conhecimentos
e da inovação para setores públicos ou privados.
Paralelamente, esse empreendimento possui potencial para se transformar num dos ele-
mentos importantes para alavancar os Parques Tecnológicos na Região de Campinas em no-
vas bases, evitando que os mesmos se constituam apenas em empreendimentos imobiliários e
passem efetivamente a colaborar com o desenvolvimento regional através da integração entre
instituições de ciência e tecnologia, governos e setores produtivos.
Além disso, a implantação do Parque Científico poderá capacitar a Unicamp no que se
refere ao desenvolvimento de experiências inovadoras quanto à organização, evolução e gestão
desse tipo de empreendimento, podendo inclusive se constituir numa nova área de conhecimen-
to, relacionada ao estudo das formas de contribuição da ciência e da tecnologia para o desenvol-
vimento econômico e social, considerando as novas exigências do desenvolvimento sustentável.
Com o parque é possível ainda contar com outras vantagens relacionadas a atração de
novos recursos para pesquisa e bolsas de estudo, bem como para o financiamento de novos
cursos (extensão e pós-graduação) mais sintonizados com as necessidades e exigências locais
e regionais.
40
4.2 O PROJETO DE IMPLANTAÇÃO DO PARQUE CIENTÍFICO DA UNICAMP
O projeto para implantação do Parque Científico da Unicamp, apresentado pela Univer-
sidade à Secretaria de Desenvolvimento do Governo do Estado de São Paulo, constitui-se de
cinco componentes, relacionados a:
• Infraestrutura urbanística e ambiental;
• Sistema de parcerias e condominial;
• Projeto de ciência, tecnologia e inovação;
• Estudo de Viabilidade Econômica; e,
• Gestão do Polo de Inovação.
Componente 1 - infraestrutura urbanística e ambiental
Neste componente, a partir do conhecimento detalhado das áreas da Universidade que
irão se integrar no Parque e, considerando o espaço físico para a sua instalação, foi proposta
a realização de estudo para definição de infraestrutura urbanística e ambiental, incluindo locais
para:
I - Centro Administrativo do Parque incluindo espaço para a Agência de Inovação da Uni-
camp, entidade de apoio à gestão do Polo de Inovação;
II - Ambiente para laboratórios de inovação que objetivam a colaboração e a parceria com
empresas e outras organizações públicas ou privadas;
III - Ambiente para projetos temporários de inovação financiados em colaboração e parce-
ria com empresas e outras organizações públicas e privadas;
IV - Ambiente para pré-residência de projetos de empresas inovadoras;
V - Ambiente para residência e incubação de empresas inovadoras nascentes;
VI - Centro de Convenções com facilidades múltiplas para atividades científicas, culturais
e artísticas;
VII - Centro Comercial para abrigar serviços de alimentação, serviços pessoais, transporte,
estadia, entre outros.
41
O referido estudo foi realizado contando com recursos do Sistema Paulista de Parques
Tecnológicos, de acordo com as diretrizes da Secretaria de Desenvolvimento do Governo do
Estado de São Paulo e com a participação dos setores da Unicamp envolvidos com este tipo de
atividades.
Como resultante deste componente pode-se apontar os projetos indicados no Anexo 01.
Componente 2 - Sistema de parcerias e condominial
Neste componente previa-se a definição de um conjunto de normas relativas ao crescimen-
to, uso e manutenção do Parque Científico, por intermédio de parcerias com setores públicos e
privados tendo como base o desenvolvimento de projetos que contribuam para o alcance dos
seus objetivos.
No que se refere à implantação do Centro Administrativo e da Incubadora de projetos e em-
presas, foi proposta a construção de edifícios contando com apoio financeiro do Sistema Paulista
de Parques Tecnológicos. Demais construções e ampliações serão realizadas sempre por meio
de parcerias e busca de recursos externos à Universidade.
Além disso, o parque deverá ofertar um conjunto de serviços de apoios técnicos que serão
pagos pelas empresas, de acordo com seus interesses, como: Assessoria Tecnológica; Assesso-
ria de Comunicação; Assessoria de Administração; Assessoria de Marketing; Assessoria de Ne-
gócios; Apoio na realização e participação em eventos; Apoio no registro de marcas e patentes.
O parque deverá oferecer também um conjunto de serviços administrativos a serem, cus-
teados por meio de pagamento de taxa de manutenção pelas empresas que venham a utilizar a
infraestrutura física. Nesses serviços poderão estar incluídos: acesso à rede; recepção; manu-
tenção e limpeza das áreas comuns e externas; utilização de sala para reuniões; de auditório e
de seus equipamentos audiovisuais; e demais serviços para realização de pequenos eventos.
Ainda poderão ser ofertados, de acordo com interesse e necessidades das empresas ins-
taladas: impressão e reprografia de documentos; limpeza interna dos módulos individuais; utili-
zação de equipamento de fax; telefonia; serviços extras de secretaria; máquina de café; aluguel
de auditórios; uso de microcomputadores.
O usufruto da infraestrutura do parque pelas empresas parceiras, dos diversos Ambientes,
deverá ser feito de forma onerosa, obedecendo a regimento interno do referido parque.
42
Neste componente, com relação à construção do seu Centro Administrativo e da Incubado-
ra de Empresas, pode-se assinalar que o projeto de construção da incubadora, obteve recursos
da Secretaria de Desenvolvimento, cujo projeto encontra-se no Anexo 02.
Quanto às formas de utilização da infraestrutura e dos serviços do Parque, foram conside-
radas as normas existentes e as experiências já acumuladas pela Incamp e pela Inovasof, bem
como pelas diretrizes em elaboração pelo Laboratório de Biocombustíveis e, consideradas ainda
a natureza do projeto de pré-residência e residência de empresas e, os projetos de parcerias
com empresas externas. Nesse aspecto, deverão ser observados os seguintes elementos:
• O período de usufruto das empresas parceiras deverá ser estabelecido em con-
vênio com a duração mínima de dois anos;
• As empresas interessadas serão selecionadas por meio de Edital de Chamada
Pública de Projetos, cujas regras serão elaboradas pela gestora, em conformidade com o
regimento do parque e submetidos na oportunidade ao Conselho de Orientação para apro-
vação e publicação
• A pré-residência de projetos de negócios hospedará grupos de potenciais empre-
endedores para desenvolvimento de projetos, sob a coordenação da Inova, de parceiro(s)
da Inova ou conjuntamente de Inova e parceiros(s);
• A pré-residência de projetos de negócios será regida por diretrizes e regulamen-
tos baseados em diretrizes e regulamentos dos Ambientes de Pré-incubação de Projetos
de Negócios da Inova, submetidos e aprovados pelo Conselho;
• Os potenciais empreendedores só poderão integrar grupos e usufruírem da infra-
estrutura do Ambiente de Pré-incubação se forem alunos, de graduação ou pós-graduação,
professores ou funcionários da Unicamp.
• O usufruto da infraestrutura pelos grupos de potenciais empreendedores de pré-
-residência será feito de forma não onerosa, obedecendo ao regulamento e diretrizes deste
ambiente;
• O período de usufruto de um grupo do Ambiente de Pré-incubação será de má-
ximo de doze podendo ocorrer o desligamento precoce do grupo em quaisquer das fases,
por solicitação do próprio grupo ou por solicitação da gestora, em caso de seu desenvolvi-
mento não atender às expectativas da gestora;
43
• Os projetos de pré-residência serão selecionados por meio de Edital de Chamada
de Projetos interna à Unicamp, cujas regras serão baseadas nas diretrizes e regulamento
que regerão a pré-residência, em conformidade com este regimento, e o resultado da se-
leção será relatado ao conselho;
• O Ambiente de residência de empresas nascentes hospedará empresas nascentes
sob a gestão da Inova, de parceiro(s) da Inova ou conjuntamente de Inova e parceiros(s);
• A residência de empresas será baseada em diretrizes e regulamento submetidos
e aprovados pelo Conselho;
• Caso seja gerido por parceiro, esta parceria será estabelecida em convênios es-
pecíficos entre a Unicamp e o parceiro;
• Os empreendedores poderão ser quaisquer pessoas físicas, brasileiras ou estran-
geiras, desde que em situação regular no Brasil;
• O usufruto da infraestrutura do Parque pelas empresas do Ambiente de residência
de empresas será feito de forma onerosa, obedecendo às diretrizes e regulamento deste
ambiente;
• O período de usufruto de uma empresa do Ambiente de residência de empresa é
de doze meses, renováveis por no máximo quatro períodos subsequentes, podendo ocor-
rer o seu desligamento precocemente, por solicitação da própria empresa ou por solicita-
ção da gestora, em caso de seu desenvolvimento não atender às expectativas da gestora;
• As empresas residentes serão selecionadas através de Edital de Chamada Pú-
blica de Projetos, cujas regras serão baseadas em diretrizes e regulamento que regerão a
residência, em conformidade com regimento e o resultado da seleção será homologado ao
conselho.
Componente 3 - Projeto de ciência, tecnologia e inovação
Foi proposto e financiado pela Secretaria de Desenvolvimento do Governo do Estado, a
realização de projeto de Ciência e Tecnologia (C&T) que detalhasse seu perfil e as áreas onde
pretende se especializar, a partir dos potenciais internos e externos e, dos desafios a serem en-
frentados por esses complexos empreendimentos.
44
A realização desse projeto já foi mencionada nos itens iniciais do presente documento,
sendo elaborados, além de vários estudos e documentos, dois produtos finais. Um deles se refe-
re ao presente documento que contem indicações, proposições e recomendações para o Parque
Científico da Unicamp e, um estudo mais amplo que possa orientar a implantação de Parques
Tecnológicos na Região de Campinas, no âmbito do Sistema Paulista de Parques Tecnológicos.
Vale ressaltar ainda, do referido estudo algumas conclusões que são importantes para
auxiliar na implantação do Parque Científico da Unicamp.
Em primeiro lugar, no que se refere aos potenciais econômicos da Região Administrativa
de Campinas (RAC), foi possível observar a existência de múltiplas áreas, que se destacam em
relação ao país e ao estado de São Paulo. Das 285 atividades econômicas existentes na RAC,
cerca de 49 delas são as mais importantes pelo volume de emprego que ofertam e pela sua par-
ticipação em termos de Brasil.
Dentre as atividades econômicas que apresentam concentração na região, há destaque
para a indústria automobilística, de material plástico, cerâmica, metal-mecânica, têxtil, farma-
cêutica e diversos ramos da indústria química. A fabricação de componentes eletrônicos, equi-
pamentos de comunicação, eletrodomésticos e maquinário e ferramentas para a indústria e agri-
cultura completam o quadro de atividades econômicas que se destacam na RAC.
45
Em algumas das 49 atividades econômicas especializadas importantes para a RAC, a
região chega a concentrar mais de um quarto da força de trabalho brasileira, como no caso de
fabricação de equipamentos para comunicação, fabricação de máquinas e equipamentos de
uso na extração mineral e na construção e fabricação de máquinas-ferramenta. Além disso, em
todos esses casos, a proporção relativa de mestres e doutores empregados é ainda maior em
comparação ao padrão nacional, não obstante serem números acanhados em termos absolutos,
especialmente se comparados a países mais desenvolvidos.
As indústrias da RAC com maior potencial para desenvolver parcerias com universidades
e centros de pesquisa visando P&D para inovação incluem:
• fabricação de equipamentos de comunicação;
• fabricação de produtos químicos inorgânicos;
• fabricação de produtos e preparados químicos diversos;
• fabricação de sabões, detergentes, produtos de limpeza, cosméticos, produtos de per-
fumaria e de higiene pessoal;
• fabricação de produtos químicos orgânicos;
• fabricação de equipamentos e aparelhos elétricos não especificados anteriormente
• fabricação de instrumentos e materiais para uso médico e odontológico e de artigos
ópticos;
• fabricação de resinas e elastômeros;
• fabricação de equipamentos para distribuição e controle de energia elétrica.
Por outro lado, a situação típica na RAC é a de empresas com baixo investimento em P&D.
Essas empresas, na grande maioria dos casos, são demandantes de serviços técnicos, de en-
genharia ou consultoria e buscam a universidade do mesmo modo que buscariam empresas es-
pecializadas de consultoria ou engenharia. Entretanto, a escassez de empresas especializadas
na RAC, seu alto preço (ou baixa qualidade) e a falta de oferta de serviços tecnológicos públicos
canaliza a demanda para a universidade.
Uma segunda conclusão do estudo, com base na análise dos principais instrumentos de
apoio à inovação nas empresas disponíveis atualmente no Brasil, permitiu compreender alguns
aspectos da inovação nas empresas da RAC. Foram avaliados os programas de Subvenção
Econômica da Finep, os Programas PIPE e PITE da Fapesp, a Lei do Bem, a Lei da Informática
na RAC e os depósitos de patentes nos EUA.
46
Em todos esses incentivos a RAC posiciona-se como uma região importante, em termos
do montante de recursos captados e, a cidade de Campinas localiza-se entre as cinco primeiras
cidades do país, ou do estado de São Paulo, quanto ao volume de recursos captados. Essa situ-
ação demonstra o potencial existente, quanto às empresas que mais aplicam em P&D na região
e que podem se constituir em potenciais parceiras das instituições de C&T.
No conjunto estes dados refletem a posição de destaque da RAC, em relação ao estado
de São Paulo e Brasil, quanto ao volume de gastos em Inovação e P&D, conforme mostrado na
tabela a seguir, calculados a partir de dados da Pintec e da participação da RAC no PIB industrial
paulista.
Uma terceira e importante conclusão do estudo busca relacionar os potenciais detectados
no setor econômico, a atuação das Instituições de C&T e os atuais desafios colocados pela eco-
nomia globalizada, buscando desenhar quais seriam os setores e áreas de destaque a serem
observados pelos projetos de Parques Tecnológicos, uma vez que podem se constituir em áreas
importantes para investimentos.
Essas áreas foram organizadas segundo temas, em dois grandes grupos. Um deles se
refere às áreas que já vem sendo desenvolvidas na RAC, seja em termos econômicos, seja
quanto ao desenvolvimento de C&T, mas que necessitam de especialização para continuarem a
se destacar e serem competitivas para a região. Nesse grupo localizam-se os seguintes temas
com as respectivas áreas de especialização:
Tema 1. Redes e Serviços de Telecomunicações
• Infraestrutura de redes (óptica, wireless)
• projeto de hardware (design house)
47
• serviços de software para redes de banda larga
• conteúdos multimídia e produtos de comunicação
Tema 2. Agrotecnologias
• melhoramento genético de plantas (para alimentação, energia e materiais)
• equipamentos e serviços de engenharia agrícola
• equipamentos e serviços para agroindústrias
• manejo avançado de culturas
• serviços de rastreabilidade e certificações
Tema 3. Tecnologias para Saúde
• produtos e equipamentos odontológicos
• equipamentos hospitalares
• ingredientes funcionais para alimentos
• neurociência
• medicina regenerativa
• terapias genéticas
Tema 4. Maquinaria e Equipamentos Especializados
• automação industrial
• eletrônica embarcada (automobilística, eletrodomésticos e outros usos)
• material ferroviário
• soluções para logística
Um segundo grupo, portador de futuro, na medida em que já podem ser localizadas ativi-
dades econômicas na RAC, mas ainda prescindem de desenvolvimento científico e tecnológico,
bem como de pioneirismo para implementar inovações bem-sucedidas, incluíram inovações am-
bientais e nanotecnologia.
Dado seu histórico de industrialização tardia, o Brasil teve sempre pouco espaço de par-
ticipar do início de novas indústrias. Hoje isso mudou, nos temas ligados a inovações visando
sustentabilidade e, em menor grau, a nanotecnologia, existem chances reais de protagonismo
mundial, e a região de Campinas é um dos lugares mais favoráveis para isso no País. Nesse
aspecto, o estudo aponta para estes dois grandes temas:
48
Tema 5. Eco-Inovações
• novas tecnologias para controle de poluição (ar, água, resíduos sólidos, reciclagem)
• energias renováveis
• eficiência energética
• matérias-primas renováveis (substituição de petroquímicos)
• mitigação de efeitos do aquecimento global
• aproveitamento econômico da biodiversidade
Tema 6. Nanotecnologias
• nanomateriais e nanomáquinas
• supercondutividade e computação quântica
• síntese química
• tecnologias de imunização e administração de drogas
Finalizando, o estudo aponta para um conjunto de políticas complementares a serem ob-
servadas para que os empreendimentos de Parques Tecnológicos tenham sucesso na região,
relacionadas aos seguintes tópicos:
a) Infraestrutura urbana
• Implantação de parques tecnológicos bem integrados à malha urbana
• Transporte coletivo urbano de alta qualidade
• Infraestrutura para lazer e esporte
b) Políticas de incentivos
• Propor benefícios adequados ao perfil das empresas que se pretende atrair
• Contrabalançar incentivos similares oferecidos por outros lugares
• Monitorar a demanda e divulgar sistematicamente as vantagens da região
c) Educação e recursos humanos
• Fortalecer o ensino médio e o ensino técnico, ambos defasados
• Buscar nas empresas inovadoras sugestões para as especialidades técnicas a
serem priorizadas
• Massificar o ensino do inglês
49
d) Rede de atores - interação
• Fortalecer formas de interação entre governos, empresas e produtores de C&T
• Criar mecanismos para divulgação de demandas e produtos de C&T
Componente 4 - estudo de viabilidade econômica
Os componentes até o momento indicados estão fornecendo importantes informações
quanto à viabilidade técnica e urbanística do empreendimento, devendo ainda alimentar o plano
de negócios do parque.
Entretanto, é necessário realizar um estudo específico de viabilidade econômica do empre-
endimento, de médio e longo prazo, com o objetivo de definir normas e critérios a serem utiliza-
dos nas parcerias, visando à sustentabilidade econômica do parque.
Nesse aspecto, deverá ser realizado um conjunto de estudos que busquem definir valores
financeiros a serem utilizados para as futuras construções, para a locação dos espaços, para os
valores das taxas de manutenção de acordo com os serviços já especificados acima, bem como
para o custeio de projetos de parcerias a serem firmados.
Para realizar esses estudos vêm sendo mantidas conversações coma nova equipe da Se-
cretaria de Desenvolvimento do Governo do Estado de São Paulo para obtenção de recursos,
tanto para o Parque Científico da Unicamp, quanto para os Parques Tecnológicos da região.
Componente 5 - Gestão do Parque Científico
O projeto inicial apresentado à Secretaria de Desenvolvimento continha uma proposta pre-
liminar para gestão do parque que se caracterizava pela integração dos vários setores internos à
Universidade e pela participação de setores externos, por meio da constituição de um Conselho
de Superior do Parque.
O Conselho Superior foi criado pela Deliberação CAD - A-10/2010, com a seguinte formação:
I - Coordenador Geral da Unicamp que presidirá o Conselho
II - Pró-reitor de pesquisa da Unicamp;
III - Pró-reitor de extensão da Unicamp;
IV - Representantes indicados pelo Reitor da Unicamp, sendo:
- Um diretor de unidade da área de Ciências Exatas;
50
- Um diretor de unidade da área de Ciências Humanas, Sociais e Artes;
- Um diretor de unidade da área de Ciências Biomédicas;
- Um diretor de unidade da área de Ciências da Engenharia;
V - Diretor executivo da Agencia de Inovação da Unicamp;
VI - Um representante da Secretaria de Indústria e Comércio da Prefeitura Municipal de
Campinas;
VII - Um representante da Fundação Fórum Campinas;
VIII - Um representante da Secretaria de Desenvolvimento do Governo do Estado de São
Paulo;
IX - Representa da Fiesp no Conselho Universitário da Unicamp;
X - Um representante de alunos entre os dirigentes das Empresas Juniores da Unicamp;
XI - Um representante dos funcionários técnicos e administrativos do Conselho Universitá-
rio da Unicamp;
Desse modo seria garantida a participação dos diferentes órgãos internos e dos diversos
setores externos, públicos e privados, na orientação e desenvolvimento do parque.
Compete ao Conselho Superior do Parque:
I - aprovar o Regimento Interno do Parque e demais normas atinentes bem como alterá-las,
sempre que necessário, zelando pelo integral cumprimento destas;
II - aprovar a indicação do Secretário Executivo do Parque Científico;
III - propor linhas de atuação para o alcance de seus objetivos e diretrizes para o seu fun-
cionamento;
IV - propor critérios para seleção de convênios, acordos, ajustes e contratos, envolvendo
os laboratórios de inovação, projetos em parceria financiados e empresas nascentes resi-
dentes incubadas;
V - avaliar o desempenho das atividades e projetos desenvolvidos no parque;
IV - propor critérios para a seleção de convênios, acordos, ajustes e contratos, envolvendo
os laboratórios de inovação, projetos em parceria financiados e empresas nascentes resi-
dentes incubadas;
V - avaliar o desempenho das atividades e projetos desenvolvidos no parque;
51
VI - orientar e aprovar os planos, programas e metas, anuais e plurianuais do parque, e
outros instrumentos necessários ao seu funcionamento;
VII - empenhar-se na viabilização de recursos financeiros, materiais e humanos para o
suporte das atividades;
VIII - aprovar a execução orçamentária, as contas, os balanços e o relatório anual, a ser
submetido à Câmara de Administração.
O Conselho poderá, também, deliberar sobre assuntos além dos previstos acima.
Além disso, o Polo de Pesquisa e Inovação contará com a gerência da Inova Unicamp
como instância de administração geral, cabendo-lhe implementar o suporte administrativo para
o bom desempenho das competências, bem como das responsabilidades do Conselho Superior.
Suas atribuições e competências seriam definidas no Regimento Interno.
Considerando a autonomia universitária da Unicamp e os elementos já apontados sobre a
gestão do Parque Científico, a primeira ação que referia-se à publicação de resolução do Reitor
que define a estrutura básica, as competências e responsabilidades dos órgãos envolvidos no
empreendimento, já foi realizada.
O Conselho Superior que é o órgão que se responsabilizará pelo detalhamento do Regi-
mento Interno do Parque e das demais condições para seu desenvolvimento e evolução, está
em fase de implantação.
Entretanto, considerando a centralidade do Conselho Superior nessa estrutura devem ser
desenvolvidas ações de divulgação do presente projeto e de seus objetivos, buscando sensibili-
zar a comunidade interna e externa, de modo a facilitar a organização do referido conselho.
Uma vez instalado o conselho, será dada continuidade à implantação do Plano Urbanísti-
co, das normas condominiais que regerão as parcerias e, das obras da Incubadora e do Núcleo
Administrativo. Devem ainda ser propostos e realizados o projeto de viabilidade econômica e a
discussão, com a comunidade interna da Unicamp, das áreas, grupos e projetos de pesquisa
mais adequados para a realização de parcerias no âmbito do Parque Científico da Unicamp.
52
5. reComendaçÕeS
Considerando a complexidade do empreendimento, que envolve não apenas planos urba-
nísticos e construtivos do Parque Científico, mas principalmente o Projeto de Ciência e Tecnolo-
gia que orientará a sua evolução, o Plano de Negócios que apoiará a sua viabilidade financeira-
mente e, o modelo de governança e gestão que irá permitir o alcance dos objetivos propostos,
faz-se necessário instituir um grupo condutor na implantação do projeto.
Embora atualmente esta condução esteja delegada à Inova Unicamp e à sua Diretoria de
Parques e Incubadoras, torna-se evidente a necessidade de envolvimento de demais setores
internos da Unicamp, assim como de representantes externos, de modo a garantir a formulação
de diretrizes de consenso no que se refere ao direcionamento e evolução do Parque.
Nesse aspecto, a organização e o início de funcionamento do Conselho Superior do Par-
que Científico configura-se como uma ação estratégica central para a implantação, bem como
para adquirir os elementos que permitirão seu credenciamento no âmbito do Sistema Paulista de
Parques Tecnológicos, do Governo do Estado de São Paulo.
Quanto às áreas de conhecimento, aos grupos e projetos de pesquisa colaborativa, trans-
ferência de tecnologia e inovação, que virão participar do Parque, é necessário desenvolver duas
estratégias.
Uma interna à Unicamp, com o objetivo de detectar os grupos de pesquisa com interesse
em estabelecer parcerias tendo como foco a transferência de tecnologias e a inovação. Nesse
aspecto, o Projeto de Ciência e Tecnologia iniciou o mapeamento dos potenciais internos exis-
tentes e as parcerias já estabelecidas nos últimos anos, sendo necessário atualizar e acompa-
nhar permanentemente esses potenciais e interesses.
Outra estratégia, externa à universidade, deve propiciar a detecção e captação constante
de interesses e necessidades, junto aos setores públicos e privados, que possam vir a se cons-
tituir em parcerias, com foco na transferência de tecnologia e inovação.
A implementação dessas duas estratégias pode ser efetivada através da Diretoria de Par-
cerias, com um reforço no seu time, fortalecendo um mecanismo de interface entre os interesses
e potenciais internos e externos, contribuindo no estabelecimento de parcerias, na busca de re-
cursos e também na observação dos objetivos estratégicos da Unicamp e do Parque Científico.
53
Outra ação estratégica a ser implantada refere-se à incorporação da Incubadora de Em-
presas de Base Tecnológica - Incamp, no Parque Científico e o Centro de Inovação em Software
- InovaSoft, adequando suas administrações com o projeto do Parque.
Um conjunto de instrumentos jurídicos e contratuais deve ser revisto organizado e sis-
tematizado para dar suporte ao estabelecimento de parcerias no Parque, à utilização de sua
infraestrutura física e de serviços e, aos processos de pré-incubação e incubação de empresas
de base tecnológica.
Com o funcionamento do Parque Científico, é esperado que novas demandas serão enca-
minhadas à universidade, especialmente no que diz respeito à formação de recursos humanos
de nível técnico e superior, com perfis mais adequados às necessidades sociais. Parte destas
necessidades já foi detectada no processo de elaboração do Projeto Científico e Tecnológico,
mas que ainda não encontrou canais para se expressar.
Nesse aspecto, tendo em vista a atuação da Unicamp na formação profissional é necessá-
rio alinhar as estratégias da universidade com a finalidade de adequar os perfis dos profissionais
formados às novas exigências sociais, bem como formular e implantar novas formações, espe-
cialmente as de caráter tecnológico, que vem sendo muito demandadas e, hoje, encontram-se
enormemente represadas. Nesse sentido, é recomendável que o Grupo de Estudos de Ensino
Superior - GEES seja participativo desta do projeto do Parque Científico da Unicamp.
É necessário ainda planejar uma estrutura gerencial própria para o Parque Científico, con-
siderando o conjunto de atividades e responsabilidades que irá assumir, devendo ser definidas
as áreas da Universidade que darão suporte ao empreendimento, bem como as responsabilida-
des de cada uma, para que a gestão do Parque seja realizada de modo eficaz e eficiente.
Finalmente, deverão ser envidados esforços no sentido de colaborar com a organização
dos demais Parques Tecnológicos da Região de Campinas, buscando configurar uma rede locor-
regional de parques, de caráter complementar e colaborativo.
Estas recomendações podem ser implementadas através do Conselho Superior do Par-
que, na medida em que nele terão assento representantes de diferentes setores da Unicamp e
da sociedade.
54
6. BiBliografia
ANPROTEC - Dados sobre parque tecnológicos no Brasil, 2008.
CNPq - Censo 2008 dos Grupos de Pesquisa.
FUNCAMP - Dados sobre a contratação de projetos na Unicamp, no período de 2006 a 2008. Arquivo digital.
Google Scholar
Governo do Estado de São Paulo, Diário Oficial. Decreto No 50.504, 06.02.2006. Vol. 116, n. 25, seção 01.
IBGE - PINTEC 2005.
MCT - Plano Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (PACTI) 2007 - 2010.
RAIS 2008.
UNESCO, Trends in Global Higher Education: Tracking an Academic Revolution. A Report Prepared for the UNESCO 2009 World Conference on Higher Education. UNESCO 2009, Printed in France.
Unicamp - Anuário Estatístico 2007, em http://www.unicamp.br/anuario/2007/Unicamp/bre-ve_descricao.html, acessado em 06.06.2008.
Unicamp - Planes, Planejamento estratégico: missão, princípios, valores, visai, estratégias. Coordenadoria Geral da Universidade. Campinas - SP: Unicamp / CGU, 2008.
Unicamp - Plano Urbanístico e Projetos Executivos para Implantação do Pólo de Pesquisa e Inovação da Unicamp. INOVA, Arquivo Digital, out. 2008.
Unicamp - Produção científica e tecnológica - em http://www.prp.rei.unicamp.br/portal/Pro-ducaoCientificaCultural.php, acessado em 20.06.2008.
Unicamp - Projeto de Ciência, Tecnologia e Inovação do Pólo de Inovação da Unicamp e dos Parques Científico e Tecnológico de Campinas. INOVA, Arquivo Digital, 24.10.2008.
Unicamp - Projeto do Polo de Inovação da Unicamp. INOVA, Arquivo Digital, jul. 2008.
Unicamp - Relatórios parciais e final do Projeto de Ciência, Tecnologia e Inovação do Polo de Inovação da Unicamp e dos Parques Científico e Tecnológico de Campinas. INOVA, Arquivos Digitais, outubro a dezembro de 2010.
Unicamp - Resolução GR No 051/2003.
Unicamp - Resolução GR No 06, de 01-02-2006.
Unicamp - Resolução GR No 51, de 23-7-2003.
VIOTTI, E. B. - Doutores 2010 - Estudos da demografia da base técnica científica brasileira. Brasília, CAPES / MEC 2010.
Web of Science.
ZOUAN, ET AL. - Parque Tecnológico de São Paulo: as especificações do projeto no con-texto de uma Política Pública Local. Locus Científico, vol. 1, n. 1, 2006.
55
7. aneXoS
anexo 1 - Plano urbanístico do Parque
Sistema Viário
56
Quadras Novas
57
Urbanização
58
Mobiliário Urbano
59
Mapa das Obras e Projetos
60
Área de Restaurante e Praça Wirelless
61
Assessibilidade
62
Ciclovia/Valorização do Pedestre/Vivência
63
Estudo de implantação de Edifícios Modulares
64
Os Componentes do Sistema Modular
65
anexo 2 - Prédio da Sede do Parque e incubadora de empresas de Base tecnológica
Prédio da sede do Parque
66
67