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1 The Nature Conservancy - TNC MANUAL OPERATIVO PROJETO DE ASSISTÊNCIA TÉCNICA PARA O ”CADASTRO AMBIENTAL RURALR00 Brasília, agosto de 2010

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The Nature Conservancy - TNC

MANUAL OPERATIVO PROJETO DE ASSISTÊNCIA TÉCNICA PARA O ”CADASTRO AMBIENTAL

RURAL”

R00

Brasília, agosto de 2010

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APRESENTAÇÃO Este manual define os procedimentos operacionais para a implementação do Projeto

”Cadastro Ambiental Rural: um subsídio às políticas públicas para o controle do

desmatamento”, a ser executado pela The Nature Conservancy (TNC), para o qual foram

destinados recursos remanescentes do Programa Piloto para a Conservação das Florestas

Tropicais (PPG7), administrado pelo BIRD/ Banco Mundial.

O Manual Operacional, bem como o restante da documentação pertinente ao Projeto, pode ser solicitado aos emails: [email protected] (Adolfo Dalla Pria – TNC) [email protected] (Nazaré Soares – Ministério do Meio Ambiente) Quadro controle de revisões

Revisão nº Data Descrição das alterações

R00 27 de julho de 2010 Versão inicial

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ABREVIAÇÕES E SIGLAS APP Área de Preservação Permanente ARPA Programa Áreas Protegidas da Amazônia CAR Cadastro Ambiental Rural EMPAER Empresa Mato-Grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural FAMATO Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Mato Grosso ( FNDF Fundo Nacional de Desenvolvimento Florestal GPS Global Positioning System IBAMA Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis IDH Índice de Desenvolvimento Humano INCRA Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária INTERMAT Instituto de Terras de Mato Grosso ITERPA Instituto de Terras do Pará MMA Ministério do Meio Ambiente MT Mato Grosso OEMA Órgão Estadual do Meio Ambiente ONG Organização Não-Governamental PAC Plano de Aceleração do Crescimento PIB Produto Interno Bruto PNF Programa Nacional do Meio Ambiente PPCDAM Plano de Prevenção e Controle do Desmatamento e Queimadas na Amazônia

Legal PPG7 Programa Piloto para a Conservação das Florestais Tropicais do Brasil RFT Rain Forest Trust Fund RL Reserva Legal SEMA-MT Secretaria do Estado do Meio Ambiente SEMA-PA Secretaria do Estado do Meio Ambiente SFB Serviço Florestal Brasileiro SIMLAM Sistema Integrado de Licenciamento e Monitoramento Ambiental SISCOM Sistema Compartilhado de Informações Ambientais SLAPR Sistema de Licenciamento Ambiental das Propriedades Rurais SPOT Satellite Pour l'Observation de la Terre – Satélite para Observação da Terra TNC The Nature Conservancy no Brasil

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SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO __________________________________________________________ 2

ABREVIAÇÕES E SIGLAS ____________________________________________________ 3

SUMÁRIO _______________________________________________________________ 4

1 INTRODUÇÃO ________________________________________________________ 7

1.1 Informações Gerais _________________________________________________________ 7

1.2 Desenvolvimento do Manual _________________________________________________ 7 1.2.1 Objetivos e Conteúdo ____________________________________________________________ 7 1.2.2 Revisões _______________________________________________________________________ 8

2 ASPECTOS GERAIS DO PROJETO _________________________________________ 9

2.1 Antecedentes _____________________________________________________________ 9

2.2 Objetivo _________________________________________________________________ 11

2.3 Área de Abrangência _______________________________________________________ 12

2.4 Público Alvo ______________________________________________________________ 16

2.5 Componentes ____________________________________________________________ 18

2.6 Estratégia Técnica _________________________________________________________ 18

2.7 Enquadramento do projeto nas políticas prioritárias para a região __________________ 20

2.8 Financiamento ____________________________________________________________ 22

3 ORGANIZAÇÃO INSTITUCIONAL / GESTÃO DO PROJETO _____________________ 24

3.1 Instituições Envolvidas _____________________________________________________ 24 3.1.1 Banco Internacional para a Reconstrução e Desenvolvimento – BIRD/Banco Mundial________ 24 3.1.2 Departamento de Articulação de Políticas para a Amazônia e Controle do Desmatamento – DPAD/SECEX/MMA _________________________________________________________________ 24 3.1.3 TNC _________________________________________________________________________ 24

3.2 Estrutura de Coordenação e Implementação ___________________________________ 25

3.3 Articulações Institucionais __________________________________________________ 27

4 DESCRIÇÃO E IMPLEMENTAÇÃO DOS COMPONENTES _______________________ 28

4.1 Descrição, Objetivos, Estratégia e Conceituação _________________________________ 28 4.1.1 COMPONENTE 1 - Campanha de Mobilização e disseminação de lições apreendidas. ________ 29 4.1.2 COMPONENTE 2 - Mapeamento e Georreferenciamento de propriedades rurais e sua inserção no sistema CAR. _______________________________________________________________________ 29 4.1.3 COMPONENTE 3 - Gestão e Administração do Projeto. ________________________________ 30

4.2 METODOLOGIA PARA EXECUÇÃO _____________________________________________ 30 4.2.1 Estabelecimento de parcerias com instituições estratégicas ____________________________ 31 4.2.2 Base cartográfica digital e Mapeamento do Uso do Solo _______________________________ 31 4.2.3 Levantamento georreferenciado das propriedades rurais ______________________________ 32 4.2.4 Cadastro Ambiental Rural ________________________________________________________ 32 4.2.5 Lições Aprendidas ______________________________________________________________ 32

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5 ANÁLISE AMBIENTAL E SALVAGUARDAS DO PROJETO ______________________ 34

6 PLANEJAMENTO DE ATIVIDADES _______________________________________ 36

7 PROCEDIMENTOS DE EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA E FINANCEIRA _____________ 39

7.1 Arranjos Operacionais ______________________________________________________ 39

7.2 Arranjo Financeiro _________________________________________________________ 39 7.2.1Disponibilização dos recursos na conta da TNC _______________________________________ 39 7.2.2Pagamento dos gastos do projeto e procedimentos específicos __________________________ 39

7.3 Remanejamento de Recursos ________________________________________________ 42

7.4 Prestação de contas _______________________________________________________ 42 7.4.1 Prestação de contas parcial ______________________________________________________ 42 7.4.2 Prestação de contas final ________________________________________________________ 42

7.5 Auditoria ________________________________________________________________ 42 7.5.1 Relatório de gastos: ____________________________________________________________ 42 7.5.2 Auditoria independente: ________________________________________________________ 43

8 PLANO DE AQUISIÇÕES E PROCEDIMENTOS PARA AQUISIÇÕES E CONTRATAÇÕES 44

8.1 Plano de Aquisições _______________________________________________________ 44

8.2 Procedimentos para aquisições e contratações __________________________________ 44 8.2.1 Concorrência Internacional – ICB __________________________________________________ 45 8.2.2 Concorrência Nacional – NCB: ____________________________________________________ 45 8.2.3 Cotação de Preços para compra de bens e execução de pequena obras – SHOPPING: _______ 45 8.2.4 Seleção Baseada na Qualidade e Custo – SBQC: ______________________________________ 46 8.2.5 Seleção pelo Menor Custo – SMC: _________________________________________________ 46 8.2.6 Seleção baseada nas qualificações do consultor (SQC) _________________________________ 46 8.2.7 Seleção de consultores individuais: ________________________________________________ 47 8.2.8 Aquisições de valor inferiores a R$ 1.000,00 _________________________________________ 47

8.3 Documentos a serem enviados ao Banco_______________________________________ 48

8.4 Procedimentos de Auditoria _________________________________________________ 49

8.5 Despesas Inelegíveis _______________________________________________________ 50

9 MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO _______________________________________ 51

10 ANEXOS ___________________________________________________________ 52

ANEXO 1 - FLUXOGRAMA DE ALIMENTAÇÃO DO CAR EM PROJETOS DE ESCALA E LEVANTAMENTO POR VARREDURA OU MASSIVO ______________________________ 52

ANEXO 2 – EXPERIÊNCIA DA TNC NOS PROJETOS DE CAR NO BRASIL _______________ 59

ANEXO 3 – Termo de Cooperação MMA/TNC/SEMAs ___________________________ 68

ANEXO 4 – Modelo Termo de Cooperação TNC/SEMA/Prefeituras/Sindicatos _______ 77

ANEXO 5 – MATRIZ LÓGICA DO PROJETO _____________________________________ 87

ANEXO 6 – Avaliação Socio-Ambiental e Diretrizes Ambientais e Sociais ___________ 90

ANEXO 7 – RELATÓRIOS FINANCERIOS ______________________________________ 124

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ANEXO 8 – PLANO DE AQUISIÇÕES _________________________________________ 132

ANEXO 9 – Matriz de Acompanhamento do Projeto ___________________________ 137

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1 INTRODUÇÃO

1.1 Informações Gerais

O Projeto de Assistência Técnica para o ”Cadastro Ambiental Rural” foi preparado a partir de discussões técnicas realizadas por membros do DPAD/SECEX/MMA e da TNC, com revisões e posterior aprovação de técnicos do BIRD/Banco Mundial.

Reconhecendo a eficácia do acompanhamento e controle do uso da terra na Amazônia associado a um cadastro confiável ambiental das propriedades rurais no Brasil, o Comitê de Coordenação Conjunta (CCC) do Programa (PPG7), em 17 de setembro de 2009, autorizou a preparação de projeto de assistência técnica para a implementação do Cadastro Ambiental Rural em municípios da Amazônia , em um montante de até US $ 3,5 milhões, tendo a TNC do Brasil a agencia executora.. Os doadores do PPG7 reconhecem este projeto como uma parte importante da estratégia PPG7 e solicitaram ao Banco Mundial para ajudar a preparar o projeto de apoio através de uma concessão de fundos RFT. .

O projeto será executado pela TNC até a data máxima de 30 de Junho de 2011. e sua operacionalização está estruturada em três componentes: COMPONENTE 1 – Campanha de Mobilização e disseminação de lições aprendidas; COMPONENTE 2 – Mapeamento e georreferenciamento de propriedades rurais e sua inserção no sistema CAR. COMPONENTE 3 – Gestão e administração do projeto

As ações do projeto prevêem intervenções diretas em cinco municípios localizados nos estados do Pará e Mato Grosso, selecionados a partir do respectivo potencial para sair da lista de municípios embargados pelo MMA através da execução do Cadastramento Ambiental Rural (CAR).

1.2 Desenvolvimento do Manual 1.2.1 Objetivos e Conteúdo O objetivo deste manual é normatizar e orientar os executores e beneficiários quanto aos procedimentos técnicos e operacionais para a implementação do projeto, de modo a apoiar a execução das atividades e seu acompanhamento pela sociedade. O manual fornece informações gerais sobre o Projeto, incluindo concepção do projeto, metodologia para execução, salvaguardas do Banco Mundial, arranjo institucional, arranjo

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financeiro, alocação de recursos, procedimentos para aquisições e contratações, entre outras questões. 1.2.2 Revisões A revisão do manual será executada, quando couber, pelo MMA, TNC e BIRD/Banco Mundial. As alterações serão discriminadas em quadro incluído no item APRESENTAÇÃO deste manual, (Quadro de Revisões), e a versão revisada será identificada por numeração seqüencial (Rxx) e data indicada na capa. As versões revisadas serão submetidas à aprovação do BIRD/Banco Mundial e uma vez aprovadas, serão incorporadas ao material disponibilizado para os executores, beneficiários e interessados. Os executores receberão comunicação informando sobre as alterações, de modo que possam se assegurar de que dispõem da versão mais atualizada.

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2 ASPECTOS GERAIS DO PROJETO

2.1 Antecedentes

Os estados do Pará e do Mato Grosso alternam uma infeliz liderança dos que mais incrementam as taxas de desmatamento na Amazônia Legal. Ambos os estados passaram, a partir dos anos setenta e oitenta por uma grande transformação, induzida pela construção de grandes projetos de infraestrutura. No caso do Mato Grosso, a construção e pavimentação da rodovia BR 364 que liga Cuiabá, aos estados de São Paulo e Rondônia. No caso do Estado do Pará a construção e pavimentação da rodovia Belém-Brasília, a construção da Transamazônica, a construção da usina hidroelétrica de Tucuruí e a implementação do Programa Grande Carajás.

Nesses aspecto, o Estado do Mato Grosso é o terceiro maior estado da federação com uma extensão de mais de 900 mil km2. Entre 1975 e 2005, a população cresceu quase 270%, de 760 mil para 2,8 milhões. Nesse período, a economia cresceu 495%, de US$ 690 milhões para US$ 4,1 bilhões. Em 1975, não havia praticamente nenhuma produção de soja. Em 2007/2008 havia uma área plantada de 6 milhões de hectares e uma produção estimada em quase 18 milhões de toneladas. Entre 1975 e 2005, a produção de algodão e cana-de-açúcar mostrou um crescimento explosivo e mesmo a pecuária bovina, que já era bastante significativa em 1975, cresceu mais de 700%. Hoje, a agricultura ocupa uma superfície de quase 7 milhões de hectares, enquanto a pecuária usa por volta de 23 milhões de hectares. A pecuária conta com um total de quase 20 milhões de bovinos. Apesar de contribuir para o crescimento econômico do Estado, essa transformação também causou impactos negativos, como o avanço desordenado da fronteira agrícola, a grilagem de terras públicas e o desmatamento ilegal.

O Estado do Pará é o segundo maior estado da Federação com uma extensão de 1,2 milhão km2, o equivalente de 26% da extensão da região Norte. No Estado do Pará, dos 27,5 milhões de hectares destinados às atividades agropecuárias mais de 13 milhões são ocupados por pastagens, sendo a pecuária de corte a principal atividade no estado, com rebanho estimado de 15 milhões de cabeças. A exploração vegetal (silvicultura) e as lavouras perenes com cerca de 11 milhões de hectares despontam como a segunda atividade rural mais importante. Somente 2 milhões de hectares são utilizados para o cultivo de lavouras anuais, principalmente mandioca, abacaxi (maior produtor nacional) e grãos . A participação da atividade agropecuária na composição do Valor Adicionado Bruto estadual representa 9,20% do total.

Com o objetivo de reduzir substancialmente a taxa de desmatamento, o Governo Federal vem desenvolvendo desde 2004 o Plano de Ação para a Prevenção e o Controle do Desmatamento na Amazônia Legal – PPCDAm. Essa situação levou ao Governo Federal a acelerar a edição de novas medidas contra o desmatamento, que estavam em processo de negociação. Assim é que em 21 de dezembro de 2007 foi assinado o Decreto nº

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6.321/07 que, dentre outros mecanismos, confere foco às ações de monitoramento e controle em municípios definidos como prioritários. Nesses, ficam proibidas novas autorizações de desmatamento e poderão ser objeto de recadastramento fundiário a ser realizado pelo INCRA. Tendo por base os critérios definidos pelo decreto, o Ministério do Meio Ambiente (MMA) editou em fevereiro de 2008 a Portaria nº 28/08 contendo uma lista de 36 municípios prioritários. A mesma lista foi ampliada, em março de 2009 por meio da Portaria nº102/09, para 43 municípios, permanecendo inalterada, através da publicação da portaria nº66/10 de março de 2010 (Tabela 1).

Tabela 1. Municípios prioritários para ações de prevenção e controle do desmatamento

Estado Município

Amazonas (1): Lábrea;

Maranhão (1): Amarante do Maranhão;

Roraima (1): Mucajaí

Rondônia (4): Nova Mamoré, Porto Velho, Machadinho D'Oeste, Pimenta Bueno.

Pará (16): Altamira, Brasil Novo, Cumaru do Norte, Dom Eliseu, Itaituba, Itupiranga, Marabá, Novo Progresso, Novo Repartimento, Pacajá, Paragominas, Rondon do Pará, Santa Maria das Barreiras, Santana do Araguaia, São Félix do Xingu, Tailândia, Ulianópolis;

Mato Grosso (20): Alta Floresta, Aripuanã, Brasnorte, Colniza, Confresa, Cotriguaçu, Gaúcha do Norte, Feliz Natal, Juara, Juína, Marcelândia, Nova Bandeirantes, Nova Maringá, Nova Ubiratã, Paranaíta, Peixoto de Azevedo, Porto dos Gaúchos, Querência, São Félix, do Araguaia, Vila Rica;

Fonte: Portarias MMA nºs 28/2008 e 102/2009

O Decreto nº 6.321/07 estabelece também critérios para que os 43 municípios passem a integrar a lista daqueles cujo desmatamento possa ser considerado sob controle. Os critérios foram detalhados e acrescidos de novos através da Portaria MMA nº 103, de março de 2009. Assim, os municípios serão considerados com desmatamento sob controle quando:

I – possuir ao menos oitenta por cento de seu território, excetuadas as unidades de conservação de domínio público e terras indígenas homologadas, com imóveis rurais devidamente monitorados por meio de Cadastro Ambiental Rural – CAR;

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II - o desmatamento ocorrido no ano de 2008 tenha sido igual ou menor que 40 km²;

III - a média do desmatamento dos anos de 2007 e 2008 tenha sido igual ou inferior a 60% em relação à média do período de 2004 a 2006.

Deve-se considerar também que, recentemente, foi editado o Decreto 7.029, de 10 de dezembro de 2009, que institui o CAR no âmbito do Ministério do Meio Ambiente, como parte integrante do Sistema Nacional de Informação sobre Meio Ambiente (SINIMA), com a finalidade de integrar suas informações com as informações ambientais das propriedades e posses rurais armazenadas nos sistemas estaduais. Esse Decreto também instituiu o Programa Mais Ambiente para incrementar as adesões dos proprietários ao CAR.

De acordo com os decretos citados, define-se como CAR o sistema eletrônico de identificação georreferenciada da propriedade rural ou posse rural, contendo a delimitação das áreas de preservação permanente, da reserva legal e remanescentes de vegetação nativa localizadas no interior do imóvel, para fins de controle e monitoramento. É um importante instrumento tanto para o controle ambiental (fiscalização etc.), quanto para a avaliação de políticas e da efetividade das operações de fiscalização e o monitoramento (i.e., acompanhamento de tendências da dinâmica do desmatamento etc.).

Contudo, para a ampliação de sua escala e o alcance dos objetivos de redução do desmatamento, há que apoiar os órgãos ambientais responsáveis por sua implantação e aprimoramento (OEMAs e indiretamente o IBAMA). E o mesmo se aplica também aos proprietários rurais, ainda que esses devam arcar com boa parte dos custos de cadastro, pois sem o envolvimento desses é impossível lograr êxito. O apoio do presente projeto deve mirar-se em arranjos que favoreçam o aumento da escala do instrumento, de tal modo que os resultados não sejam pontuais e sem impacto regional.

2.2 Objetivo O objetivo superior deste projeto é obter “estabelecimentos rurais em

conformidade com a legislação ambiental aplicável”. O objetivo de desenvolvimento é

“OEMAs munidos com a informação técnica necessária para monitoramento e controle

ambiental de imóveis rurais nos municípios selecionados de MT e PA”, com informações

do CAR inseridas no SIMLAM.

O presente projeto qualifica-se como um protótipo que prevê para os cinco municípios da lista de municípios prioritários Feliz Natal, Brasnorte e Juína, no estado de Mato Grosso, Santana do Araguaia e Marabá, no estado do Pará, os seguintes benefícios:

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o desenvolvimento de uma base cartográfica digital (com imagens alta resolução espacial);

o mapeamento em varredura das propriedades (georreferenciamento das propriedades rurais com uma análise dos passivos e ativos de reserva legal);

inserção dos imóveis rurais nas Bases de Dados dos SEMAs MT e PA (SIMLAM - Sistema Integrado de Monitoramento e Licenciamento Ambiental);

no caso do Mato Grosso, pelo menos 50% das propriedades rurais, com autorização e requerimento de CAR protocolado junto a SEMA para início do processo de regularização ambiental, sendo esperado uma quantidade de aproximadamente 1.000 PRADs elaborados.

2.3 Área de Abrangência A seleção dos municípios se basearam principalmente em critérios práticos. São

municípios onde já houve forte articulação e mobilização dos atores locais para garantir uma adesão dos proprietários rurais, que foram selecionados pautados pelos seguintes critérios:

Critério 01 - Municípios pertencentes a lista oficial do MMA com os maiores desmatadores; Critério 02 - Municípios que tenham desenvolvido iniciativas para a redução do desmatamento ilegal e podem sair da lista se atenderem o critério de obterem no mínimo 80% da área com propriedades privadas incluídas no CAR; Critério 03 - Municípios que tenham condições de acesso e logística para permitir a completa pesquisa dentro do período do projeto; Critério 04 - Municípios que possuam uma razoável interação e mobilização com os atores locais, e; Critério 05 - Municípios que não sejam apoiados financeiramente por fundos externos ou convênios para conduzir o registro das propriedades.

Quadro 1 – Qualificação dos municípios quanto aos critérios de seleção Município Critério Comentário Feliz Natal Critério 01 Pertence a lista do MMA como um dos 43 municípios que

mais desmatam na Amazônia. Critério 02 Este município não apresenta médias de desmatamento

inferiores a 60% para os anos de 2008 e 2009 em relação à média do período de 2004 a 2007, como exigido em um dos critérios da Portaria MMA nº 68/10. Contudo, existem boas perspectivas para uma futura exclusão deste município da lista de embargados, haja vista que no ano de 2009 apresentou uma queda de 98% em relação à 2008.

Critério 03 Município de fácil acesso por estrada Critério 04 Município já assinou acordo com o governo do estado de

adesão ao MT Legal

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Critério 05 Não consta financiamento de outras fontes para realização do registro das propriedades

Brasnorte Critério 01 Pertence a lista do MMA como um dos 43 municípios que mais desmatam na Amazônia.

Critério 02 Este município necessita apenas da confecção do CAR em

80% do território, excetuadas as áreas protegidas, para ser

considerado município com desmatamento sob controle, de

acordo com a Portaria MMA nº 68/10, retificada no DOU do

dia 12 de abril de 2010.

Critério 03 Município de fácil acesso por estrada Critério 04 Município já assinou acordo com o governo do estado de

adesão ao MT Legal Critério 05 Não consta financiamento de outras fontes para realização

do registro das propriedades Juina Critério 01 Pertence a lista do MMA como um dos 43 municípios que

mais desmatam na Amazônia. Critério 02 Este município necessita apenas da confecção do CAR em

80% do território, excetuadas as áreas protegidas, para ser

considerado município com desmatamento sob controle, de

acordo com a Portaria MMA nº 68/10, retificada no DOU do

dia 12 de abril de 2010.

Critério 03 Município de fácil acesso por estrada Critério 04 Município já assinou acordo com o governo do estado de

adesão ao MT Legal Critério 05 Não consta financiamento de outras fontes para realização

do registro das propriedades Santana do Araguaia Critério 01 Pertence a lista do MMA como um dos 43 municípios que

mais desmatam na Amazônia. Critério 02 Este município necessita apenas da confecção do CAR em

80% do território, excetuadas as áreas protegidas, para ser

considerado município com desmatamento sob controle, de

acordo com a Portaria MMA nº 68/10, retificada no DOU do

dia 12 de abril de 2010.

Critério 03 Município de fácil acesso por estrada Critério 04 Prefeitura apóia a implantação do projeto e assinará acordo

assim que o projeto iniciar. Critério 05 Não consta financiamento de outras fontes para realização

do registro das propriedades Marabá Critério 01 Pertence a lista do MMA como um dos 43 municípios que

mais desmatam na Amazônia. Critério 02 Este município não apresenta médias de desmatamento

inferiores a 60% para os anos de 2008 e 2009 em relação à média do período de 2004 a 2007, como exigido em um dos critérios da Portaria MMA nº 68/10. Contudo, existem perspectivas para em relação a futura exclusão deste município da lista de embargados haja vista que no ano de 2009 apresentou uma queda de 70% em relação à 2008.

Critério 03 Município de fácil acesso por estrada

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Critério 04 Prefeitura apóia a implantação do projeto e assinará acordo assim que o projeto iniciar.

Critério 05 Não consta financiamento de outras fontes para realização do registro das propriedades

Tabela 2: Municípios selecionados para a realização do Cadastro Rural Ambiental

MUNICÍPIO ESTADO Área Total Área Protegida

Área Privada ou não

Arrecadada

Imóveis Rurais IBGE

FELIZ NATAL MT 1.144.825 523.074 621.751 560

BRASNORTE MT 1.596.007 408.913 1.187.094 494

JUINA MT 2.625.130 1.837.492 787.638 4081

SANTANA DO ARAGUAIA

PA

MARABA PA 1.509.202 356.575 1.152.627 2.879

TOTAL 8.034.264 3.126.054 4.908.210 9.891

Um município do Mato Grosso selecionado para a presente proposta está inserido em uma região influenciada pela agricultura mecanizada (arroz, soja, milho e algodão) e pelo beneficiamento de madeira e a agroindustrialização. Em geral as prefeituras possuem uma Secretaria de Meio Ambiente associada com a Secretaria Municipal de Agricultura, esse modelo se mostrou bastante eficiente frente à capacidade de mobilização dos produtores rurais ocorrido no projeto Lucas Legal. Outros aspectos interessantes para seleção dessa região: (i) proprietários rurais querem a regularização das suas propriedades; (ii) a região esta na interface do bioma Cerrado e Amazônia; (iii) a moratória da soja se torna um incentivo para adequação ambiental; (iv) existe ainda 45% do território com remanescentes de vegetação nativa; (v) os municípios estão inseridos na mesma sub bacia hidrográfica; (vi) não existem conflitos fundiários graves.

As cidades de Marabá e Santana do Araguaia são antigo pólo madeireiro que tive grande crescimento com a construção da Rodovia Belém-Brasília e a Transamazônica, acompanhado por alto índice de conflitos sociais sobre acesso à terra. Ambas as administrações municipais atuais contam com uma secretaria de meio ambiente específica e possuem prefeitos interessados na regularização ambiental do setor pecuário, o que contribui com o escopo do projeto.

Além dos motivos apresentados acima, esses municípios são de interesse do MMA por estarem inseridos dentro das políticas de combate ao desmatamento em curso (PPCDAm). Portanto, são prioritários e já estão desenvolvendo ações de mobilização que facilitará a implementação do CAR e consequente controle e monitoramento do desmatamento, além de possibilitar a sua saída da lista de prioritários e passar a integrar a lista de municípios com desmatamento sob controle. Portanto, os municípios foram

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selecionados porque reúnem as condições politico-institucionais favoráveis à implementação do projeto. FIGURA 1: Localização dos municípios selecionados nos Estados do Mato Grosso e Pará –

Município de Brasnorte; Feliz Natal; Juína; Marabá; Santana do Araguaia

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2.4 Público Alvo

No longo prazo todos os detentores de interesse deverão ganhar com a criação de paisagens produtivas e ambientalmente sustentáveis. Entretanto, num horizonte mais curto, há stakeholders que ganham e há outros que perdem ou há os que percebem um ganho e outros que percebem uma perda. Os principais detentores de interesse são:

Atores governamentais, como: o MMA, o IBAMA, os OEMAs e as Secretarias municipais do Meio Ambiente; e o INCRA e instituições de terra estaduais;

Atores do setor produtivo, como: proprietários rurais; representantes dos setores de processamento e comercialização; representantes do setor madeireiro; trabalhadores rurais; empregados e comercio ligado ao setor madeireiro; setor financeiro; consultores autônomos;

Atores da sociedade civil.

Em princípio, os atores governamentais que mais se beneficiarão desta iniciativa são o MMA e os OEMAs. O MMA e os OEMAs ganharão com a presente iniciativa uma grande bagagem teórica e prática e uma base para definir normas e procedimentos para a regularização da reserva legal. Mais importante talvez, é uma oportunidade de estender a mão para o setor agropecuário e apoiá-lo a resolver a regularização das propriedades à legislação ambiental e a criar paisagens produtivas e ambientalmente sustentáveis. Ademais, o Cadastro Ambiental Rural aumentará a capacidade, principalmente dos OEMAs de monitorar o desmatamento e, portanto, combater o desmatamento ilegal.

Pelas mesmas razões a iniciativa deverá ser também de grande interesse do

IBAMA. Entretanto, IBAMA é também ator importante na busca de integração de bases de dados ambientais junto aos OEMAs e outras organizações. Não pode-se prever bem, neste momento, como as ações desta iniciativa para identificar gargalos, deficiências e fragilidades em termos tecnológicos das bases existentes e das dificuldades ou impedimentos institucionais se relacionará com este trabalho do IBAMA. Além do mais, com a criação do “Programa Mais Ambiente”, através do Decreto nº 7.029, o IBAMA passa a ser uma das portas de entrada para adesão do produtor ao Programa, que considera o

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CAR uma das principais ferramentas para de apoio à regularização ambiental de imóveis rurais.

Os órgãos municipais de meio ambiente têm, em princípio, também um interesse positivo no Projeto e na regularização ambiental das propriedades rurais. Entretanto, como não é incomum nos municípios da região que a responsabilidade pelo meio ambiente e pela agricultura são atribuídas a uma só secretaria, a posição dessas secretarias com respeito ao Cadastro Ambiental Rural dependerá também da posição dos produtores rurais locais. Ademais, o interesse a este nível também está mais fortemente ligado à base política da administração da prefeitura. Consequentemente deverá haver órgãos municipais de meio ambiente com grande interesse, como também deverá haver órgãos municipais de meio ambiente com interesse limitado. Pouco interesse por parte do órgão municipal de meio ambiente poderá prejudicar a implementação do CAR.

O interesse do INCRA e as instituições de terra talvez seja um pouco ambíguo. Em princípio, a regularização ambiental também é de interesse do INCRA e das instituições de terra. Por outro lado, a incompatibilidade da precisão de imagens de satélite disponível no CAR com a precisão do geoprocessamento exigido pelo INCRA pode dificultar a articulação. O sucesso do processo de articulação provavelmente determinará o futuro apoio do INCRA para esta iniciativa.

Com respeito ao setor produtivo, é bastante difícil generalizar o interesse. As experiências da TNC no Mato Grosso demonstram uma adesão de 80 até 90% dos produtores. Porém, são geralmente produtores de soja, usando formas de produção intensivas e capitalizadas e sofrendo pressão do setor de processamento para adotar critérios de sustentabilidade. Essas não são as condições em todos os municípios no Arco do Desmatamento. Consequentemente, não se pode contar com o mesmo nível de adesão em todos os municípios. É provável que os produtores mais ligados ao setor de processamento e os que sofrem mais da redução de acesso aos financiamentos estão mais abertos ao cadastramento. O interesse provavelmente é menor nos municípios com grande presença do setor madeireiro.

O setor produtivo ligado ao setor madeireiro provavelmente é o grupo de atores com mais antipatia para a iniciativa, já que o cadastramento deverá reduzir o acesso do setor a recursos madeireiros proveniente de exploração ilegal. Nos municípios cujas economias dependem em grande parte dessa atividade, a oposição a monitoramento do desmatamento ilegal é grande.

Para superar essa oposição são importantes as iniciativas da Operação Arco Verde para ajudar os municípios com altos índices de desmatamento a saírem da situação de ilegalidade. Em muitas dessas localidades, a referida Operação desenvolve ações de conscientização da população, a transferência de tecnologias, como transição agroecológica, integração lavoura-pecuária-floresta, plantio direto, entre outros. A

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maioria das atividades é realizada em parceria com as instituições de assistência técnica e extensão rural, prefeituras, sindicatos rurais e outros atores locais.

Espera-se que grande parte da sociedade civil organizada apóia a iniciativa. Em primeiro lugar porque geralmente a grande maioria das organizações da sociedade civil apóia modelos de desenvolvimento mais sustentáveis. Mais importante, talvez, é que o cadastramento também é um instrumento importante para promover a transparência. Em municípios onde frequentemente relações clientelistas ainda predominam, a importância de ações que promovem a transparência não pode ser exagerada.

2.5 Componentes

A Figura a seguir ilustra a Estrutura do Projeto.

Figura 2 - Estrutura do Projeto

2.6 Estratégia Técnica Especificamente, o CAR consiste no georreferenciamento da propriedade rural, em

que são coletadas coordenadas pontuais com GPS (Global Positioning System, ou Sistema de Posicionamento Global) para delimitação dos usos da terra do imóvel (Reserva Legal, Áreas de Proteção Permanente, sede da propriedade, áreas de plantio e de pastagens, etc.). O produto final do CAR é um mapa de uso do solo do imóvel equivalente a uma “radiografia” que expõe a lógica de ocupação pelo produtor rural, os remanescentes florestais e passivos ambientais. Os dados gerados pelo georreferenciamento do CAR são armazenados em sistemas de licenciamento e monitoramento ambiental dos Estados.

PROJETO DE ASSISTÊNCIA TÉCNICA PARA O ”CADASTRO AMBIENTAL RURAL”

Componente 1: Campanha de informação e mobilização e disseminação de lições aprendidas

Componente 2 Mapeamento e Georreferenciamento de propriedades rurais e sua inserção no sistema CAR

Componente 3 - Gestão e Administração do Projeto

Subcomponente Campanha de informação e mobilização

Subcomponente Campanha de disseminação de lições aprendidas

Subcomponente Base de Dados inseridas no CAR

Subcomponente Mapeamento e Georreferenciameo de propriedades rurais

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Estes sistemas constituem um conjunto de metodologias e ferramentas que tem como objetivo auxiliar a gestão do meio ambiente do estado.

O CAR se diferencia do cadastramento fundiário (regido pelas normas do INCRA,

do ITERPA e do Intermat), pelo fato deste último ter por finalidade a titulação do imóvel, e, por isso, o georreferenciamento se dá apenas nos limites do imóvel (no polígono que delimita o imóvel); já o CAR tem por fim identificar, basicamente, as áreas de Reserva Legal e APPs além das áreas já consolidadas de uso do produtor. Em outras palavras, genericamente, ao cadastramento fundiário interessa os limites da propriedade, enquanto que, ao cadastramento ambiental, interessa o interior dessa propriedade, as APPs e a Reserva Legal. Além do mais, a coleta de dados georreferenciados para o cadastro fundiário é muito mais sofisticada, feita com GPS de precisão geodésica e, portanto, demanda mais tempo e recursos. No CAR, essa coleta pode ser feita de modo mais simples, que teoricamente pode não ser capaz de atender aos critérios estabelecidos pelo cadastro fundiário. Outro ponto importante é que os dados do cadastro fundiário podem ser usados para o CAR. Cabe ressaltar ainda que o cadastro ambiental não constitui direito de posse ou algo equivalente, ainda que indiretamente possa se constituir numa fonte de informação para identificar os ocupantes dos imóveis.

A partir de experiências ocorridas em pequena escala no país, e, de modo mais amplo, no Estado do Mato Grosso nos últimos 10 anos, o CAR vem demonstrando ser apropriado para as finalidades ambientais. A identificação eletrônica e georreferenciada das propriedades rurais e sua respectiva situação ambiental é um importante instrumento tanto para o controle ambiental (fiscalização, etc.), quanto para a avaliação de políticas e da efetividade das operações de fiscalização e o monitoramento (i.e, acompanhamento de tendências da dinâmica do desmatamento etc.).

O cadastramento e a regularização com base no cadastramento são mais efetivos

quando realizado ao nível de município ou (micro) bacia hidrográfica. Se não houver disputas entre proprietários sobre os perímetros de suas propriedades, nesta escala eventuais imperfeições na base perdem a relevância. Ademais, nesta escala é possível planejar a paisagem evitando a fragmentação das reservas legais e construindo corredores contínuos assegurando a conservação e reprodução ecológica. Acima de tudo, nesta escala, o cadastro apoiaria os proprietários, fornecendo assistência e assessoria aos produtores sobre como conseguir a regularização ambiental de suas propriedades.

Há também dificuldades com a articulação entre as diversas bases de dados. É recorrente, a multiplicação de iniciativas para criação de bancos de dados institucionais, que geralmente pouco se conversam e articulam.

Neste cenário o projeto atuará baseado em uma abordagem técnica validada pelas

SEMAs dos Estados do Mato Grosso e Pará. Assim sendo, de um modo geral, para a implementação do Cadastro Ambiental Rural é necessário considerar algumas etapas que são apresentadas na Figura 3. Os dados a serem levantados deverão alimentar os

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cadastros dos órgãos ambientais e contribuir para a correção e retificação dos dados já existentes, principalmente no MT, em função da precisão trabalhada e da abordagem do mapeamento de varredura, que evita a existência de sobreposições de propriedades nos mapeamentos tradicionais. Vale ressaltar que o trabalho em questão não será responsável pela execução de todas as etapas descritas, limitando-se até terceira etapa. Figura 3: Fluxograma das etapas da adequação ambiental da propriedade rural

Portanto, diante do exposto, o CAR é uma estratégia para o MMA e os OEMAs e

tem se tornado amplamente conhecido. Porém, ainda existem desafios a serem transpostos dentre eles o principal é buscar maior adesão do produtor rural. Assim, esse projeto procurará dar escala à realização do CAR e por meio dessa experiência captar as melhorias a serem implementadas para aprimorar este instrumento. Importante frisar que no anexo 1 está reproduzido o fluxograma que envolve as etapas/ações necessária para alcançar as metas relacionadas a dar escala no processo de implementação do CAR na Amazônia.

2.7 Enquadramento do projeto nas políticas prioritárias para a região

As ações para controle e redução do desmatamento estão inseridas em diversas políticas federais. Dessas as mais importantes são: o Plano de Aceleração do Crescimento (PAC), o Plano Amazônia Sustentável (PAS), o já referido Plano de Prevenção e Combate ao Desmatamento da Amazônia Legal (PPCDAM) e os planos estaduais de prevenção e combate ao desmatamento.

O Programa Amazônia Sustentável visa (i) a promoção do ordenamento territorial e a gestão ambiental, promovendo o combate à grilagem, a resolução de conflitos fundiários, a destinação das terras públicas, controle sobre a exploração ilegal e predatória de recursos naturais e proteção dos ecossistemas regionais; (ii) fomento ao uso sustentável dos recursos naturais com tecnologias, agregação de valor, valorização da biodiversidade, geração de empregos e maior competitividade em mercados regionais, nacionais e internacionais; (iii) subsídio ao planejamento, execução e manutenção das

BASE

CARTOGRÁFICA VALIDADA

(com Imagens alta resolução)

2. MAPEAMENTO PROPRIEDADES

VARREDURA (georreferenciamento das propriedades

rurais com uma análise dos passivos e

ativos de reserva legal em escala,

constituindo o CAR Municipal).

3. CADASTRO AMBIENTAL

RURAL – CAR OFICIAL SEMA

4. LICENCIAMENTO

AMBIENTAL RURAL

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obras de infraestrutura, energia e transportes; e (iv) fortalecimento da inclusão social e da cidadania por meio de processos participativos de gestão nas políticas públicas.

O presente Projeto também se enquadra no Plano de Ação do Grupo Permanente de Trabalho para a Redução dos Índices de Desmatamento da Amazônia Legal. Esse Grupo de Trabalho foi instituído em 2003, como resposta a um aumento nas taxas de desmatamento e é composto por representantes de vários ministérios com interesse na Amazônia Legal e cujas políticas têm ou tiveram impacto para o desenvolvimento da região. O Plano de Ação deste Grupo de Trabalho tem como objetivo “Promover a redução das taxas de desmatamento na Amazônia por meio de um conjunto de ações integradas de ordenamento territorial e fundiário, monitoramento e controle, fomento a atividades produtivas sustentáveis e infraestrutura, envolvendo parcerias entre órgãos federais, governos estaduais, prefeituras, entidades da sociedade civil e o setor privado”. Isso envolve priorização de ações de ordenamento territorial e garantir a conservação do patrimônio nacional, promover a agricultura familiar sustentável, a recuperação de áreas degradadas e a produção florestal sustentável comunitária e empresarial.

Ademais, o CAR consta como instrumento da versão atual do PPCDAm, no Eixo

Monitoramento e Controle – Apoio à elaboração do cadastro ambiental rural – CAR em 15 municípios prioritários.

No Estado do Mato Grosso, onde o Sistema de Licenciamento Ambiental das Propriedades Rurais foi desenvolvido pela então Fundação Estadual do Meio Ambiente (FEMA) (1), o SLAPR foi a base para um pacto ambiental entre o Governo do Estado e os setores da soja e da cana-de-açúcar, institucionalizado depois pelo programa “MT Legal”, assinado em 2007 e regulamentado pelo Decreto no. 2.238 de 13 de novembro de 2009.

Os objetivos do pacto no Mato Grosso são: (i) cadastrar e licenciar 100% das

propriedades rurais no SLAPR, garantindo assim a completa adequação das propriedades à legislação ambiental; e (ii) trabalhar para difundir as características e os benefícios do licenciamento ambiental, de modo a incentivar sua adoção como certificado de responsabilidade ambiental. Em maio de 2008, esse Pacto foi estendido ao setor da pecuária e posteriormente também ao setor do algodão.

Em extensão ao SLAPR, o Decreto nº. 2.238/09 também define que para o

completo Cadastramento Ambiental Rural, o interessado deverá: (i) Apresentar cópia autenticada do comprovante/declaração de posse e ou

certidão da matrícula e carta imagem do imóvel rural; (ii) Assinar Instrumento de Compromisso Padrão, propondo as medidas que

serão implementadas para sanar o passivo ambiental, por meio da apresentação de Plano de Recuperação de Áreas Degradadas e do cronograma de execução;

1 Agora: Secretaria Estadual do Meio Ambiente

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(iii) Assinar Termo de Ajustamento de Conduta Ambiental de Recuperação de Área de Preservação Permanente Degradada;

(iv) Providenciar em até 1 ano, 2 ou 3 anos, dependendo da extensão da propriedade, a localização e regularização da reserva legal matrícula atualizada do imóvel rural com averbação do georreferenciamento geodésico, certificado pelo INCRA ou certidão atualizada de inteiro teor do imóvel e Certidão de Legitimidade de Origem emitida pelo INTERMAT ou INCRA.

O MMA e o governo do MT também pactuaram que o CAR é o primeiro passo do

licenciamento e que a partir dele, o IBAMA não mais aplicará multas em quem por

ventura tenha desmatado antes de 2007, conquanto que seja apresentado um plano para

regularização ambiental e que este seja cumprido.

No Estado do Pará foi implantado, a partir de janeiro de 2007, o Sistema Integrado de Monitoramento e Licenciamento Ambiental (SIMLAM) - um gerenciador de sistemas composto por três componentes: o licenciamento ambiental de propriedades rurais, o cadastramento de atividades econômicas e o sistema de operações florestais. O Estado do Pará já possui normatização consolidada para o CAR e este se tornou um meio reconhecido pela população. O CAR no Pará é considerado um instrumento de identificação e de planejamento econômico para o ordenamento do imóvel rural, emitido pela SEMA-PA. Ele contém um número único que constará em todas as licenças, autorizações e outros documentos emitidos para a regularização ambiental da propriedade rural. O CAR-PA é obrigatório e está vinculado ao imóvel rural, independente de transferência de propriedade, posse e domínio. A Instrução Normativa nº 33 de 27.11.2009, que estabelece critérios e procedimentos para a inscrição de imóveis rurais no Cadastro Ambiental Rural – CAR veio atender a estratégia estadual para simplificar o procedimento e aumentar a acessibilidade e adesão do produtor rural ao CAR. Com esta nova Instrução Normativa a SEMA aprimorou o sistema Online do CAR passando a ter caráter AUTO-DECLARATÓRIO, com o objetivo de agilizar a emissão do cadastro. Inicialmente, o CAR será emitido com uma tarja amarela escrito CAR PROVISÓRIO, tornando-se definitivo por ocasião de quaisquer autorização e/ou licenciamento, ou seja o CAR somente será considerado definitivo a partir do momento que o produtor rural der entrada em um requerimento para torná-lo definitivo como o objetivo de obter qualquer tipo de autorização e/ou licenciamento. Já a Instrução Normativa nº 39/2010 atualizou procedimentos a cerca do CAR.

2.8 Financiamento Os recursos para implementação desse projeto são proveniente dos saldos ainda existentes no fundo RFT que financiou o PPG7, totalizando o valor de U$ 3.500.000,00.

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O resumo da alocação dos recursos desse projeto está descrito nas tabelas abaixo: Tabela 3: Alocação de recursos por Componente

Components and Funding Sources

PPG7 TOTAL

U$S % U$S %

1: Campanha de informação e

mobilização e disseminação de lições

aprendidas

734.787,78 21,0

734.787,78 21,0

2: Mapeamento e

Georreferenciamento de

propriedades rurais e sua inserção

no sistema CAR

2.415.212,22 69,0

2.415.212,22 69,0

3: Gestão e Administração do Projeto

350.000,00 10,0

350.000,00 10,0

Total Project Implementation

3.500.000,00 100,0

3.500.000,00 100,0

Tabela 4: Alocação de recursos por categoria de despesa Expenditure Category Amount of the

Grant Allocated in US Dollars

Percentage of expenditures to be

financed inclusive of taxes % (US$ million)

Goods 212.388,89 6,1 Works non-consultants’ services 1.188.677,78 34,0 consultant Services, 1.137.833,33 32,5 workshops and training 611.100,00 17,5 Operational costs 350.000,00 10,0 Total Project Costs 3.500.000,00 100,0

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3 ORGANIZAÇÃO INSTITUCIONAL / GESTÃO DO PROJETO

3.1 Instituições Envolvidas 3.1.1 Banco Internacional para a Reconstrução e Desenvolvimento – BIRD/Banco Mundial

Neste projeto o BIRD é o administrador dos recursos financeiros originados do fundo fiduciário para financiar ações do Programa Piloto para a proteção das Florestas Tropicais do Brasil – PPG7. O BIRD repassará o recurso para a TNC, em conformidade com acordo de doação firmado entre TNC e Banco Mundial e em acordo com o acordo técnico firmado entre TNC e MMA. Dentre os procedimentos administrativos do Banco referentes a este projeto temos as aprovações de Termos de Referencia, editais de licitação, bem como ajustes em documentos básicos para a execução do projeto tais como Avaliação Socio-Ambiental, Plano de Aquisições, , Manual Operacional e prestação de contas.

Caberá ao Banco supervisionar e monitorar a implementação do projeto sob seus aspectos financeiros, de aquisições e técnicos.

3.1.2 Departamento de Articulação de Políticas para a Amazônia e Controle do Desmatamento – DPAD/SECEX/MMA

O Departamento de Políticas para o Combate ao Desmatamento – DPCD, vinculado à Secretaria Executiva (SECEX) do MMA, é responsável pela articulação das ações e políticas do Ministério do Meio Ambiente para a região da Amazônia Legal e pelas políticas destinadas à prevenção e ao controle do desmatamento em regiões e áreas críticas do País, cabendo-lhe o papel de favorecer a integração das diferentes iniciativas, extrair lições e difundi-las para demais segmentos governamentais.

Neste projeto o DPCD é demandador dos resultados planejados e para isto participou de toda a discussão das ações e resultados esperados para que estejam em acordo com as políticas de combate ao desmatamento do MMA. Na execução do projeto o DPCD participará das ações que demandarem apoio do MMA para alcançar o resultado do projeto, tais como construção de parcerias com instituições estratégicas e temas a serem abordados nos estudos de lições aprendidas.

3.1.3 TNC

A TNC é uma organização voltada para a conservação ambiental, fundada em 1951, presente em mais de 32 países, que já colaborou para a conservação de mais de 50 milhões de hectares de terra e 13 mil quilômetros de rios. No Brasil a TNC atua desde 1988, sendo capaz de atender as particularidades de cada região e executar inúmeros projetos de conservação em larga escala. As ações da TNC contam com uma sólida equipe

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de cientistas e gestores lotados em cinco escritórios no Brasil, em parceria com uma extensa rede de instituições, entre comunidades locais, governos, empresas ou outras ONGs, para atingir um resultado em comum: a resolução dos desafios ambientais atuais.

A TNC vem desenvolvendo projetos voltados a adequação ambiental de

propriedades rurais tendo o Código Florestal a base legal para inspirar suas ações. Nesse contexto, a TNC e parceiros realizaram as primeiras iniciativas de Cadastro Ambiental Rural nos estados do MT e PA, e que se ampliam em outras iniciativas além do presente projeto, conforme descrito no Anexo 2.

Neste projeto a TNC será a executora das ações do projeto, ficando responsável pela

elaboração de documentos básicos, contratação das empresas e consultores, prestação de contas, avaliação e entrega dos produtos.

3.2 Estrutura de Coordenação e Implementação A estrutura de coordenação desta iniciativa será pautada pelas obrigações

estabelecidas no Acordo de Cooperação Técnica 02/2010 (Anexo 3) firmado pelo MMA, TNC, SEMA/MT e SEMA/PA que tem por objetivo implementar ações conjuntas visando o cadastramento ambiental rural dos imóveis rurais nos estados do Mato Grosso e Pará.

Conforme firmado no presente instrumento a TNC é responsável pela execução do

presente projeto em conformidade com os documento referenciais elaborados em conjunto com o MMA, bem como do contrato firmado com o Banco Mundial.

No âmbito do Acordo de Cooperação estão estabelecidas as obrigações dos signatários MMA, TNC e SEMAS do Pará e Mato Grosso, conforme descrito no Anexo 3.

Em consonância ao estabelecido na clausula terceira do referido Acordo de

Cooperação o MMA é responsável pela articulação necessária para avaliação, planejamento e divulgação dos resultados do presente projeto, assim sendo, complementarmente a estrutura de gestão do projeto, o MMA possui o papel de coordenação estratégica da iniciativa e para tanto é responsável pelo:

(a) Fornecimento da direção estratégica ao Projeto; (b) Fornecimento de assistência na articulação de políticas e estratégias de

implementação; (c) Orientação política do projeto; (a) Articulação institucional com os potenciais parceiros e grupos de interesse

de âmbito federal; (b) Análise de relatórios e produtos do projeto. (c) Compartilhamento das informações junto ao INCRA e IBAMA;

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Para gerenciar a execução do presente projeto a TNC estabelecerá a seguinte estrutura organizacional: Figura 4: Estrutura de Implementação do Projeto

A Gerencia Geral do Projeto é exercida pelo Gerente Técnico do Projeto que

receberá o suporte operacional do Gerente Financeiro do Projeto. A Coordenação Geral será responsável pela:

(a) Preparação do material de acompanhamento da evolução do projeto; (b) Articulação com o Banco Mundial para aprovação de documentos e outras solicitações pertinentes; (c) Realizar os informes junto ao MMA do andamento das atividades do projeto, trimestralmente; (d) Articular com o MMA diretrizes para implementação do projeto; (e) Disponibilizar insumos para que as gerencias estaduais realizem as atividades previstas no projeto; (f) Preparar reuniões de avaliação de resultados dos projetos, junto aos signatários do Acordo de Cooperação e Banco Mundial. (g) Administração financeira do projeto, a preparação de relatórios de gastos, relatórios de progresso e relatórios físico-financeiros; (h) Gestão de contratos e processo de aquisição de desembolso; (i) Articulação com os parceiros estratégicos; (j) Monitoramento do progresso e de impactos intermediários e de longo prazo e a sistematização de lições e aprendidas.

A Gerencia Estadual é responsável pelas relações do Projeto com as SEMAs do PA e MT que garantam a efetividade dos compromissos firmados e alcance das metas relacionadas ao instrumento CAR. No âmbito da Coordenação Estadual teremos as seguintes responsabilidades:

(d) Orientação política estadual do projeto; (e) Articulação institucional com os potenciais parceiros e grupos de interesse; (f) Análise e aprovação de relatórios e produtos do projeto desenvolvido no

âmbito do estado.

Gerencia Geral do Projeto

Gerente Técnico

Gerente Financeiro

Gerencia EstadualGerente

Mato Grosso

Gerente Pará

Gerencia LocalGerentes Municipais MT

(3)Gerentes Municipais PA

(2)

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A Gerencia Municipal é a responsável pela articulação local para mobilização e

sensibilização dos parceiros locais, nesse caso: as prefeituras municipais, os sindicatos rurais, associações de produtores e os próprios produtores rurais. Para tanto serão criadas em cada município, de preferência nas secretarias municipais de meio ambiente ou junto aos sindicatos rurais, uma pequena equipe de apoio à coordenação municipal e implementação do Projeto.

3.3 Articulações Institucionais

Antes mesmo do inicio deste projeto a TNC já vinha desenvolvendo um trabalho de construção de parceria com o Ministério do Meio Ambiente, Secretarias Estaduais de Meio Ambiente do Pará e Mato Grosso e prefeituras dos cinco municípios-alvo. O Ministério do Meio Ambiente também possui uma ampla articulação com os Estados do Pará e Mato Grosso no âmbito da definição do Planos Estaduais de Controle de Desmatamento e no processo de integração dos Sistemas de CAR.

Esse arranjo possibilitou que o MMA, TNC e SEMAs estabelecesse um termo de

cooperação para implementação do presente projeto, estabelecendo metas e obrigações dos entes participes (Anexo 3).

Com as Secretaria de Meio Ambiente do estado de Mato Grosso e Pará a TNC

garantirá o efetivo envolvimento de prefeituras municipais, sindicatos de produtores rurais com o estabelecimento dos termos de cooperação específicos para implementar o projeto nos cinco municípios alvo desse projeto (Anexo 4).

No estado do Pará as negociações estão bastante avançadas com a Secretaria de Meio Ambiente do estado e com os dois municípios- alvo. A formalização de parceira é algo a ser concretizado assim que o projeto for formalizado com o Banco Mundial. No estado do Mato Grosso foram assinados acordos entre os municípios e o governo do Estado para viabilizar as atividades e CAR.

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4 DESCRIÇÃO E IMPLEMENTAÇÃO DOS COMPONENTES As estratégias do governo federal e dos governos estaduais para reduzir e

controlar o desmatamento na Amazônia Legal estão surtindo efeito. As taxas de desmatamento mostram, nos últimos anos, declínio acentuado. No entanto, o desmatamento ainda continua ocorrendo de forma concentrada em algumas áreas da Amazônia.

Com base no Decreto nº 6.321/07 e Portaria nº 28/08 e nº 102/09 o MMA identificou 43 municípios na Amazônia Legal considerados prioritários para a realização de ações de prevenção e controle do desmatamento. Nesses municípios há uma série de medidas e ações para reduzir o desmatamento. O presente projeto propõe implementar em cinco desses municípios, de forma experimental, o cadastro ambiental rural com o objetivo de regularizar a situação ambiental em imóveis rurais de pelo menos 80% do território, excetuadas as unidades de conservação de domínio público e terras indígenas homologadas.

A metodologia de Cadastro Ambiental Rural em municípios vem sendo implementada por diversas iniciativas em uma forma não padronizada metodologicamente. Nestes casos os processos de cadastros de imóveis rurais eram inseridos individualmente no sistema, de forma isolada e dissociada uma da outra. Isso pode gerar problemas de sobreposição e inconsistência de bases. Por isso, nas ações realizadas pela TNC, optou-se pelo trabalho em varredura possibilitando a construção de uma base de dados contínua, para serem carregadas no sistema CAR oficial das SEMAs

Assim, presente projeto pretende implementar essa metodologia nos municípios de Feliz Natal, Brasnorte e Juína, no Estado de Mato Grosso, e nos municípios de Santana do Araguaia e Marabá, no Estado do Pará.

O projeto terá duração até 30 de junho de 2011 meses e um orçamento previsto de U$ 3.500.000,00. O recurso para execução deste projeto advirá dos recursos remanescentes do PPG7.

4.1 Descrição, Objetivos, Estratégia e Conceituação

O objetivo superior deste projeto é contribuir para a sustentabilidade do uso agrícola dos recursos naturais na região Amazônica Brasileira pelos proprietários rurais em acordo com a legislação brasileira.

O objetivo de desenvolvimento possui duas partes. A primeira é ganhar o compromisso da maioria dos proprietários rurais na área do projeto em manter ou restaurar áreas solicitadas legalmente. Segundo é avaliar a metodologia de CAR através de

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lições aprendidas para disseminação em outros estados e municípios na região Amazônica. No Anexo 5 apresentamos a Matriz Lógica do Projeto negociado entre MMA, Banco Mundial e TNC. 4.1.1 COMPONENTE 1 - Campanha de Mobilização e disseminação de lições apreendidas.

Este componente tem por objetivo: (i) promover a implementação do projeto através do envolvimento dos proprietários rurais beneficiados pelas intervenções nos municípios embargados, e (ii) documentar as lições aprendidas para a aplicação em outros municípios da Amazônia Brasileira

Este componente inclui ações necessárias para informar clara e suficientemente todos os proprietários rurais sobre o propósito do projeto e vantagens em aderir ao CAR, bem como o respectivo processo a ser seguido no projeto e obter o suporte ativo das prefeituras e associações que representem os proprietários rurais. O resultado seria a receptividade dos proprietários rurais aos técnicos do projeto em suas propriedades rurais.

Este componente conduzirá ações que lidarão com comunicações sociais e interação com comunidades. Atividades especificas incluem: (i) identificar relevantes atores e realizar audiências; (ii) definir mensagem do projeto para a pretendida audiência, linguagem, ferramentas, tipo de mídia local; (iii) desenhar e desenvolver material e ferramentas de comunicação, incluindo encontros e oficinas de trabalho; (iv) coleta e disseminação de informações relevantes, provendo serviços de assistência técnica; (v) Gerenciamento e monitoramento para mitigação de risco e; (vi) Monitoramento da implementação do projeto, em particular relacionado com a relação entre proprietários rurais, OEMAs e questões ambientais. 4.1.2 COMPONENTE 2 - Mapeamento e Georreferenciamento de propriedades rurais e sua inserção no sistema CAR.

Este componente pretende obter dados de cadastramento atualizado contendo informação sobre proprietários rurais (nome, endereço, etc.) e suas propriedades (área, limites, cobertura vegetal, reserva legal e área de preservação permanente).

É sabido que o cadastro não é o fim nele próprio. O Cadastro Ambiental deve servir para muitos propósitos de uso e enfrentar o desafio de incorporar um moderno Sistema de Informações Geográficas (SIG) e Tecnologia da Informação (TI) para fins ambientais. O papel deste sistema é aumentar o gerenciamento e controle dos recursos naturais com foco no uso sustentável e redução do desmatamento ilegal.

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Sub Componente Mapeamento e Georreferenciamento de propriedades rurais

Este subcomponente focará em levantamento, mapeamento e georreferenciamento do uso do solo e propriedade da terra em cada um dos municípios selecionados.

As atividades específicas neste subcomponente incluem coleta de dados geográficos e físicos sobre as propriedades, bem como as informações sobre a identidade dos proprietários rurais. A intenção de uso ambiental do mapa cadastral digital requer consistência gráfica com o mapa topográfico na escala de 1:25.000.

Os mapas municipais na estaca de 1:25.000 incluem: (i) área urbana; (ii) Unidades de Conservação; (iii) Áreas Indígenas; (iv) uso do solo e cobertura vegetal e; (v) mosaico das propriedades.

Subcomponente Base de Dados de CAR

Este subcomponente incluirá todas as atividades necessárias para obter o apoio dos proprietários rurais para obter as informações e aprovação para registrá-los no CAR, inserção dos dados no banco de dados no SIMLAM e assinatura dos Termos de Adesão e Compromisso, bem como se for necessária, a proposta de PRAD.

Este subcomponente segue as seguintes boas práticas:

Seleção de municípios que tenham grande interesse de proprietários rurais com algum interesse no cadastro ambiental;

Desenvolvimento de uma estratégia de comunicação, incluindo comunicação continuada com os proprietários rurais locais e autoridades locais;

Condução do projeto por ONG e não por governos estaduais ou nacional e;

Registro no CAR é um ato voluntário pelo proprietário rural.

4.1.3 COMPONENTE 3 - Gestão e Administração do Projeto.

Este subcomponente pretende assegurar a adequada e continua coordenação através de: (i) coordenação técnica, monitoramento e relatoria; (ii) adequado gerenciamento financeiro, processo e auditoria; e (iii) fechamento técnico e financeiros das atividades.

4.2 METODOLOGIA PARA EXECUÇÃO

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A execução do projeto se dará de acordo com as seguintes etapas:

I. Estabelecimento de parcerias com instituições estratégicas;

II. Base cartográfica digital e Mapeamento do Uso do Solo;

III. Levantamento georreferenciado das propriedades rurais;

IV. Cadastramento Ambiental Rural; e

V. Lições aprendidas.

VI. Administração do projeto

4.2.1 Estabelecimento de parcerias com instituições estratégicas

Para mobilizar e sensibilizar os proprietários rurais será preciso ampliar a capacidade das prefeituras municipais e de parceiros estratégicos, como os sindicatos dos produtores rurais, representações de trades do agronegócio e outros para mobilizar os proprietários, acompanhar as ações do projeto e traduzir os resultados em procedimentos de gestão ambiental. A essência desse trabalho é dar transparência às etapas operacionais do Cadastro Ambiental Rural, demonstrar as vantagens que os proprietários terão com a adesão ao CAR, o custo-benefício que o projeto oportuniza para a região, uma vez que praticamente não haverá ônus financeiro nessa fase do CAR, e o potencial de promover a regularização ambiental da propriedade de forma negociada.

As condições atuais para a articulação com o setor produtivo são favoráveis. O interesse do setor pode ser explicado, em parte, pela pressão crescente do mercado, exigindo produtos produzidos em conformidade com critérios de sustentabilidade ambiental, econômica e social, mas também pela consciência crescente que a produção insustentável ameaça a produtividade dos estabelecimentos e que os benefícios (financeiros e políticos) da regularização são maiores que os custos. A conscientização dos produtores é acompanhada por uma mobilização política nos dois estados e em diversos governos municipais. O apoio político cria uma oportunidade única para buscar consenso entre os diversos atores sobre a melhor estratégia para adequar a produção agrícola à legislação ambiental e promover um modelo de produção sustentável. Importante também, neste contexto, é o engajamento e participação ativa do Ministério Público dos estados em questão na discussão e no processo de identificação de ações práticas. 4.2.2 Base cartográfica digital e Mapeamento do Uso do Solo

A organização da base de dados será necessária para garantir a qualidade da identificação dos ativos e passivos de Reservas Legais e Áreas de Preservação Permanente e para garantir que o georreferenciamento de estabelecimentos rurais atenda às exigências do INCRA com respeito ao nível de confiança geodésica. Além da atualização

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das bases de dados georreferenciadas será realizado o mapeamento do uso do solo e desmatamento por região como insumo indispensável para geração dos relatórios ambientais dos estabelecimentos cadastrados.

Para a organização das bases de dados serão utilizadas imagens de satélite de alta resolução que permitirão a atualização da base cartográfica em uma escala de 1:25.000. Serão verificadas as possibilidades de utilização de imagens de satélite de alta resolução espacial já existentes no estado, tanto no Consorcio Alto Teles Pires como na SEMA/MT. 4.2.3 Levantamento georreferenciado das propriedades rurais Os termos de referências que tratam das especificidades do cadastramento georreferenciado de estabelecimentos rurais, serão negociados junto com os Institutos de Terra dos Estados e o INCRA, com base no entendimento que as ações devem resultar em:

escalas de bases cartográficas compatíveis com a dinâmica da região (cobertura vegetal, geomorfologia e rede hidrográfica) e tamanho médio das estabelecimentos rurais da área mapeada

compatibilidade de escala do georeferenciamento dos estabelecimentos e imagens de satélite que geram os relatórios ambientais

agilidade nos trabalhos de campo. O termo de referência também será alterado em conformidade com as negociações e acordos estabelecidos com as entidades de classe promovendo a participação dos produtores no processo.

A análise ambiental dos estabelecimentos rurais nos levantamento georreferenciados consistirá:

(i) Na geração dos relatórios individuais da situação ambiental dos estabelecimentos rurais mapeados;

(ii) No suporte aos municípios e sindicatos rurais na alimentação do Sistema de Cadastro Ambiental Rural da SEMA;

(iii) No suporte aos municípios para conduzir junto aos produtores rurais o isolamento das Áreas de Preservação Permanente que estejam alteradas.

4.2.4 Cadastro Ambiental Rural

Entre o georreferenciamento das propriedades e o efetivo cadastramento ambiental rural inserido no SIMLAM da SEMA do PA e MT, dependerá dos arranjos específicos de cada Estado. Para tanto o projeto atuará no sentido de viabilizara inserção dessas propriedades nos acordos específicos firmados entre a SEMA/PA, SEMA/MT, MMA e TNC. 4.2.5 Lições Aprendidas

Para que a realização do cadastramento ambiental rural possa ser replicada e consolidada numa política pública para a região Amazônia, a estratégia aqui proposta

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consiste no conjunto de cinco resultados que abrangem os seguintes temas: (i) Consolidação metodológica da experiência do CAR nos municípios que mais desmatam na Amazônia Legal; (ii) Compatibilização e normatização da metodologia do CAR e do georreferenciamento de imóveis rurais para regularização fundiária; (iii) Mapeamento de oportunidades técnicas e legais para efetiva regularização de reservas legais.

Para propor um marco referencial para implementação do cadastro nos demais municípios da lista, este Projeto realizará um levantamento completo dos aspectos que interferem a implementação do CAR. Esse levantamento levará em consideração as forças políticas existentes no município; conflitos fundiários existentes; ordenamento do território; existência de áreas especialmente protegidas; problemas relacionados ao registro de imóveis, estrutura e existência de mapeamentos fundiários; situação ambiental do município (cobertura vegetal); tendências de implementação de programas governamentais (principalmente Arco Verde); aspectos relacionados à realidade de campo para o mapeamento de propriedades rurais (geomorfologia, hidrografia, estradas); disponibilidade de insumos tecnológicos para realizar mapeamentos (imagens de satélite, resolução, escalas, cobertura de nuvem, cartografia); atividades produtivas principais; movimentos sociais organizados.

Com base na sistematização dos dados dos municípios e no refinamento da metodologia, será disponibilizado um roteiro detalhado de como conduzir o CAR para todos os municípios da lista do MMA. Concretamente, esse roteiro identificará o orçamento para implementar o CAR, os potenciais parceiros sociais e do setor produtivo para conduzir os trabalhos de campo e o potencial envolvimento do poder público municipal, como também sua demanda de fortalecimento. Identificará também os potenciais conflitos associados à questão da posse da terra e grilagem e potenciais fontes privadas e públicas para realização do CAR. O roteiro incluirá também o termo de referência associado às características físicas e de cobertura vegetal para elaboração do banco de imagens, base cartográfica e uso do solo; e uma proposta de alternativas de mapeamento frente aos conflitos fundiários identificados e de mecanismos de integração e articulação com outras iniciativas do cadastramento existentes no municípios. O Projeto não inclui a implementação dos acordos para compensação das Reservas Legais dos estabelecimentos, nem sua recuperação ou a recuperação das Áreas de Preservação Permanente. Entretanto, existem já diversas iniciativas que possam orientar sobre opções e oportunidades para financiamento da recuperação.

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5 ANÁLISE AMBIENTAL E SALVAGUARDAS DO PROJETO

Para este projeto foi elaborada a Avaliação Sócio Ambiental, uma vez que algumas salvaguardas do Banco Mundial foram acionadas. O projeto ficou classificado como de Categoria B: operação de risco ambiental moderado, ou seja o Projeto poderia vir a causar impactos e possuir riscos sociais e ambientais negativos, mesmo que em curto prazo e pontuais.

Neste documento estão listadas as políticas operacionais do Banco Mundial que são ativadas pelas ações e identificados os potenciais impactos do projeto que geram salvaguardas, bem como são descritas as medidas mitigadoras para os potencias impactos negativos.

Com relação aos impactos positivos deste projeto destacamos a regularização

ambiental das propriedades rurais que possibilitará a efetiva implementação de um sistema de monitoramento do desmatamento qualitativo, em que será possível qualificar e especificar o desmatamento, o limite das propriedades, seu proprietário e informações sobre as respectivas atividades agropecuárias corrente. Esta regularização aumentará as chances do produtor rural de acesso ao crédito agrícola, potencial de inclusão em mercados de commodities agrícolas diferenciados, e principalmente sair da lista dos municípios embargados pelo MMA. Complementarmente o cadastro será essencial para o sistema de controle ambiental que envolve os ativos florestais da propriedade, as atividades agroindustriais e as questões referentes ao uso da água, o que contribui no processo de conservação da biodiversidade, no controle de degradação ambiental e da conservação dos recursos hídricos.

Com relação aos potenciais impactos negativos destacamos que o processo de

governança alcançado pelo CAR pode gerar declínio de algumas economias municipais, principalmente aquelas que dependem da exploração ilegal dos recursos madeireiros. Como conseqüência espera-se a ocorrência de movimentos de oposição ao CAR por parte do setor produtivo ligado ao setor madeireiro, bem como pouco interesse ao CAR pelos proprietários com atividades agropecuárias devido ao risco de redução da rentabilidade do imóvel por conta da recuperação da Reserva Legal e APP degradadas, a expectativa de mudança no Código Florestal e insegurança sobre a efetividade ou punições vindas do processo de regularização ambiental. Aos proprietários que aderirem ao CAR espera-se a necessidade de investimento para viabilizar a recuperação de APPs e a recuperação ou compensação das reservas legais. Algumas compensações de áreas de reserva legal podem ocorrer em locais com menor potencial para a conservação da biodiversidade devido a especulação imobiliária das áreas com vegetação nativa para este fim.

De acordo com as atividades a serem desenvolvidas por este projeto identificou-se

que algumas salvaguardas do Banco serão acionadas, identificadas na tabela abaixo.

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Tabela 5 – Salvaguardas acionadas Salvaguardas acionadas pelo projeto SIM NÃO

Avaliação Ambiental (OP/BP 4.01) X Habitats Naturais(OP/BP 4.04) X Florestas (OP 4.36) X Manejo de Pragas (OP 4.09) X Povos Indígenas (OP/BP 4.10) X Recursos Físicos culturais (OP/BP 4.11) X Reassentamento Involuntário (OP/BP 4.12) X

Maiores detalhes sobre as salvaguardas e as medidas mitigadoras estão contidos no documento Avaliação Sócio- Ambiental no Anexo 6.

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6 PLANEJAMENTO DE ATIVIDADES

Considerando que o presente projeto é fruto de um processo de negociação e planejamento integrado entre MMA, Banco Mundial e TNC, já temos definido para um ano de execução as atividades e custos estimados para sua realização. Potenciais ajustes desse planejamento poderá ocorrer durante o processo de execução do projeto decorrente aos valores licitados das despesas previstas no âmbito das atividades discriminadas. Assim sendo, poderão ocorrer solicitações de ajustes orçamentários do projeto. Tabela 6 – Plano de atividades e custos associados

COMPONENTE / RESULTADO / ATIVIDADE Custo (R$) % do Total

Componente 1 Campanha de Mobilização e disseminação de lições apreendidas

1.322.618,00

20,99

1.1 Estabelecimento de parcerias com instituições estratégicas no Estado do Pará

508.400,00

8,07

1.1.1 Planejar as ações do projeto nos municípios para atuar de forma integrada no processo de sensibilização dos produtores rurais para realizar o mapeamento e cadastro dos estabelecimentos rurais

1.1.2 Negociar termos de cooperação técnica e acordos com parceiros locais para execução das ações de cadastro;

1.1.3 Organizar reuniões e eventos para mobilização e sensibilização de produtores.

1.1.4 Capacitar técnicos das prefeituras e dos sindicatos

1.2 Estabelecimento de parcerias com instituições estratégicas no Estado do Mato Grosso

537.900,00

8,54

1.2.1 Planejar as ações do projeto nos municípios para atuar de forma integrada no processo de sensibilização dos produtores rurais para realizar o mapeamento e cadastro dos estabelecimentos rurais

1.2.2 Negociar termos de cooperação técnica e acordos com parceiros locais para execução das ações de cadastro;

1.2.3 Organizar reuniões e eventos para mobilização e sensibilização de produtores.

1.2.4 Capacitar técnicos das prefeituras e dos sindicatos

1.3 Disseminação das Lições aprendidas

276.318,00

4,39

1.3.1 Sistematizar as experiências de realização do CAR.

1.3.2 Elaborar proposta referencial de normatização e metodologia para regulamentar o CAR na Amazônia Legal no âmbito do Programa Mais Ambiente, e suas implicações no monitoramento e controle ambiental

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1.3.3 Realizar publicações dos resultados do projeto

Componente 2 - Mapeamento e Georreferenciamento de propriedades rurais e sua inserção no sistema CAR

4.347.382,00

69,01

2.1 Base cartográfica digital e Mapeamento do Uso do Solo do Estado do Pará

1.168.000,00

18,54

2.1.1 Preparar mosaico de imagens de satélite para os municípios

2.1.2 Elaborar e atualizar a base cartográfica digital, nos temas hidrografia e estradas, na escala 1:25.000;

2.1.3 Mapear o uso do solo dos municípios .

2.2. Base cartográfica digital e Mapeamento do Uso do Solo do Estado do Mato Grosso

1.016.320,00

16,13

2.2.1 Preparar mosaico de imagens de satélite para os municípios

2.2.2 Elaborar e atualizar a base cartográfica digital, nos temas hidrografia e estradas, na escala 1:25.000;

2.2.3 Mapear o uso do solo dos municípios (cerca de 5,5 milhões de hectares).

2.3 Levantamento georreferenciado das propriedades rurais Estado do Pará

698.400,00

11,09

2.3.1 Levantar informações sobre as bases de propriedades rurais na SEMA, no ITERPA e nas prefeituras municipais;

2.3.2 Mobilizar e sensibilizar os proprietários;

2.3.3 Georreferenciar os imóveis rurais que os proprietários rurais autorizarem a entrada;

2.3.4 Gerar relatórios ambientais individualizados dos propriedades cadastrados.

2.4 Levantamento georreferenciado das propriedades rurais no Mato Grosso

678.662,00

10,77

2.4.1 Levantar informações sobre as bases de propriedades rurais na SEMA, no INTERMAT e nas prefeituras municipais;

2.4.2 Mobilizar e sensibilizar os proprietários;

2.4.3 Georreferenciar os imóveis rurais que os proprietários rurais autorizarem a entrada;

2.5 Cadastramento Ambiental Rural no Pará

70.000,00

1,11

2.5.1 Organizar e adaptar as bases de dados para inserção nos Bancos de Dados das SEMA/PA

2.5.2 Mobilizar proprietários rurais para autorizar os protocolos do CAR junto as SEMAS

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2.5.3 Elaborar chave analítica para geração dos PRADs nos requerimentos do CAR que demandarem sua elaboração

2.5.4 Realizar capacitações de prestadores de serviço para inserção dos dados no SIMLAM

2.5.5 Contratar prestadores de serviço para formalizar e elaborar CAR e PRADS de proprietários que autorizarem o protocolo junto a SEMA.

2.6 Cadastramento Ambiental Rural Mato Grosso

716.000,00

11,37

2.6.1 Organizar e adaptar as bases de dados para inserção nos Bancos de Dados das SEMA/MT

2.6.2 Mobilizar proprietários rurais para autorizar os protocolos do CAR junto as SEMAS

2.6.3 Elaborar chave analítica para geração dos PRADs nos requerimentos do CAR que demandarem sua elaboração

2.6.4 Realizar capacitações de prestadores de serviço para inserção dos dados no SIMLAM

2.6.5 Contratar prestadores de serviço para formalizar e elaborar CAR e PRADS de proprietários que autorizarem o protocolo junto a SEMA.

Componente 3 - Gestão e Administração do Projeto

630.000,00

10,00

3.1 Administração e monitoramento do projeto.

352.128,00

5,59

3.1.1 Equipe de gestão do Projeto

3.1.2 Desenvolver e implementar procedimentos de monitoramento

3.2 Custos Administrativos associados

277.872,00

4,41

3.2.1 Despesas Operacionais

Total 6.300.000,00

100,00%

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7 PROCEDIMENTOS DE EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA E FINANCEIRA

7.1 Arranjos Operacionais

Para a execução do presente projeto o Banco Mundial classificou o arranjo contratual nos moldes de um Contrato a ser firmado diretamente com a TNC, que estará submetida as normas contratuais para aquisição e desembolso, e os acordos firmados e materializados no presente Manual Operacional.

7.2 Arranjo Financeiro O fluxo de entradas e saídas dos recursos financeiros disponibilizados para a execução do projeto se dará em fases e dependerá de procedimentos administrativos descritos a seguir: 7.2.1Disponibilização dos recursos na conta da TNC

7.2.1.1 Assinatura do contrato: Em agosto de 2010 será assinado o contrato entre o Banco Mundial e a TNC onde serão determinados os valores a serem disponibilizados para a TNC.

7.2.1.2 Abertura de conta especial: Os depósitos serão realizados pelo Banco Mundial em moeda local em conta designada da TNC no Brasil.

7.2.1.3 Depósitos na conta da TNC: O primeiro depósito será determinado no contrato entre o Banco Mundial e a TNC. Os depósitos seguintes se darão com base na prestação de contas parcial dos recursos previamente disponibilizados. O segundo depósito demandará prestação de contas, relatórios financeiros acordados com o Banco Mundial (Anexo 7), de até 60% do recurso previamente disponibilizado. Já o terceiro pagamento demandará prestação de contas de 100% do primeiro recurso disponibilizado e 60% da segunda liberação. Esta mesma lógica se dará para todas as liberações de recursos que se seguirem. A penúltima e ultima liberação de recursos terá sua prestação de contas total incluída na prestação de contas final.

7.2.2Pagamento dos gastos do projeto e procedimentos específicos

7.2.2.1 Aprovação ex-ante de despesas pelo Banco: As despesas do projeto estão condicionadas a “não objeção” do Banco antes de serem realizadas. Algumas despesas receberão “não objeção” no ato do contrato, não necessitando de aprovação especifica, tais como horas trabalhadas pelos técnicos da TNC (ex: Coordenador Geral, técnicos das unidades regionais, equipe de geoprocessamento).

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Já despesas relacionadas a consultoria, aquisição de bens e serviços estão condicionadas a “não objeção” específica. 7.2.2.2 Aprovação ex-ante de despesas pela TNC: Os procedimentos internos (SOPs) da TNC exigem que todas as transações sigam um rígido processo de aprovações desde a compra até seu pagamento e contabilização. Antes de serem contabilizadas, as requisições de pagamento da TNC passam pela revisão do departamento tributário da Baker Tilly (contador terceirizado). Este processo reduz os riscos fiscais da TNC. Todos os gastos possuem centro de custo próprio. A exatidão das alocações é revisada pelos gerentes financeiros durante o processo de aprovação de pagamentos, pela empresa contábil no pagamento e contabilização e novamente pelo gerente financeiro durante a revisão dos relatórios financeiros mensais. 7.2.2.3 Aprovação de pagamentos pela TNC: conforme fluxo de fundos da figura 5.

Figura 5: Fluxo de Fundos TNC Brasil

7.2.2.4 Categorias de despesas a serem realizadas: As despesas deste projeto incluem (i) aquisição de bens (ex: computadores, GPS); (ii) serviços que não sejam de consultoria (ex: Base cartográfica e mapeamento do uso do solo); (iii) consultorias individuais (ex: técnicos que elaborarão os PRADs no estado do Mato Grosso); (iv) Empresas de consultoria (ex: estudos de lições aprendidas); (v) workshops e treinamentos (reuniões de sensibilização dos proprietário rurais, incluindo despesas

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de viagem, hospedagem, alimentação e empresa organizadora do evento) e; Custos operacionais ( ex: mão de obra dos técnicos da TNC, despesas contábeis e despesas de escritório). Os exemplos fornecidos não são exclusivos das despesas que serão incorridas em cada categoria. 7.2.2.5 Viagens: A TNC paga integralmente as despesas de viagem de seus funcionários através de prestação de contas de viagem com comprovação de gastos. Os funcionários possuem duas modalidades de pagamento de despesas de viagem, adiantamento ou reembolso. Em caso de pedido de adiantamento de viagem, o mesmo deverá ser reportado através de relatório de despesas de funcionário padrão da TNC, no período máximo de 15 dias corridos após o término da viagem. Em caso de reembolso, o mesmo deverá ser requerido através de relatório de despesas de funcionário padrão da TNC, no período máximo de 45 dias corridos após o término da viagem. Despesas diárias até R$16,00 não necessitam de comprovante, despesas acima deste valor somente serão elegíveis se forem comprovadas através de recibo, cupom ou nota fiscal. A TNC mantém um contrato de prestação de serviços com a Carlson Wagonlit Travel (CWT), para o fornecimento de suas passagens aéreas. O funcionário requer a CWT a cotação das passagens, posteriormente enviando tal cotação a seu supervisor ou pessoa designada, para aprovação da mesma. Subsequentemente a aprovação para emissão é enviada a CWT em conjunto com a informação do centro de custos/projeto a ser cobrado. Após o recebimento de tal aprovação a CWT emite a passagem aérea e posteriormente fatura o valor de todas as passagens a TNC com uma lista detalhada de viagens e usuários. 7.2.2.6 Salários: A TNC paga integralmente as despesas de salários de seus funcionários através de sua conta principal no Banco Itaú. A despesa referente ao tempo dos funcionários dedicados ao projeto financiado pelo Banco é contabilizada no ativo como conta a receber do projeto e posteriormente reembolsada da conta do projeto para a conta principal da TNC.

7.2.2.7 Computadores: A TNC possui contrato internacional com a Lenovo e com a Dell para o fornecimento de PCs, servidores e laptops. As máquinas compradas pela TNC possuem especificações pré-aprovadas e padrão para toda a organização. O processo funciona com a solicitação dos equipamentos ao departamento de TI que irá indicar o modelo que melhor atende as necessidades do usuário e irá tratar dos trâmites de compra, entrega e configuração do equipamento.

7.2.2.8 Licenças ARCGIS: A TNC possui contrato internacional com a ESRI para o fornecimento de licenças ARCGIS de forma direta a um custo diferenciado, 2% do valor de mercado.

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7.3 Remanejamento de Recursos Os remanejamentos de recursos que não implicarem mudança nas metas verificáveis, limitando única e exclusivamente a ajustes de valores e categorias de gastos poderão ser executados, independente dos valores remanejados, com posterior justificativas ao Banco Mundial.

Nos remanejamentos não qualificados no parágrafo anterior serão submetidos à aprovação prévia do Banco. As solicitações de remanejamento poderão ser realizadas única e exclusivamente com as solicitações dos repasses, apresentando a devida justificativa técnica.

7.4 Prestação de contas

7.4.1 Prestação de contas parcial As despesas realizadas serão apresentadas previamente ao pedido de liberação de

novos recursos com o prazo de 30 dias de antecedência da data desejada para depósito da nova parcela de recurso. Esta prestação de contas se dará na forma de Relatório Financeiro (Anexo 7), cujo modelo está anexo a este manual. Cada Relatório Financeiro terá três vias originais e assinadas pelo técnico financeiro da TNC e Coordenador Geral. Qualquer item da SOE está sujeito a pedido de detalhamento de prestação de contas, fincado a TNC responsável em apresentar a documentação que comprova a regularidade do gasto.

7.4.2 Prestação de contas final

Cerca de 90 dias após a conclusão do projeto deve ser apresentada as Relatório Financeiro faltantes, ficando assim concluída 100% da prestação de contas.

7.5 Auditoria

7.5.1 Relatório de gastos:

Todas as despesas realizadas deverão possuir processo próprio, arquivado no escritório da TNC e a disposição para analise das auditorias que se fizerem necessárias. Nestes relatórios deverão constar no mínimo o Termo de Referencia, a “não objeção” do Banco, três propostas para o produto ou serviço oferecido, relatório de julgamento, “não objeção” do Banco ao julgamento (quando necessário), contrato com pessoa física ou jurídica, recibos de pagamento realizados e comprovação do produto entregue.

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7.5.2 Auditoria independente:

A TNC contratará empresa de auditoria independente para analise e avaliação da prestação de contas do projeto. O relatório da empresa de auditoria será enviado a TNC e copia enviada para o Banco Mundial.

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8 PLANO DE AQUISIÇÕES E PROCEDIMENTOS PARA AQUISIÇÕES E

CONTRATAÇÕES

8.1 Plano de Aquisições Conforme orientação do Banco Mundial foi elaborado o Plano de Aquisições (Anexo

8). Neste Plano estão determinados e definidos os itens a serem adquiridos e contratados (bens, serviços e consultorias). Nele estão definidos os pacotes e programas de aquisições considerando a seguinte abordagem:

(i) quais os bens e obras poderão ser agrupados, objetivamente, usufruir os aspectos econômicos de escala;

(ii) como serão realizadas as aquisições: concorrências nacionais ou internacionais;

(iii) quando serão executadas cada etapa; (iv) quem estará encarregado da elaboração, revisão e aprovação; (v) qual a temporalidade e localidade na execução dos serviços.

8.2 Procedimentos para aquisições e contratações Com base na avaliação técnica/financeira da TNC realizada pelo Banco Mundial, apresentamos abaixo quadro enviado pelo Banco que orienta todas as aquisições e contratações relacionadas a este projeto.

Tabela 7 – Modalidades de Contratação

Natureza das despesas

Limite Modalidade de licitação

Conteúdo dos contratos para previa revisão (x US$

1.000,00 )

Bens >2000 ICB Todos os processos

2000≥ < 100

NCB ou Pregão Eletrônico

Primeiro processo e todos os casos com custos acima de US$ 500,000

≤ 100 Shopping ou Pregão Eletrônico

Primeiro processo

Serviços de não consultoria incluindo treinamento e comunicações

>2000 ICB Todos os processos

2000 ≥ < 100

NCB ou Pregão Eletrônico

Primeiro processo e todos os casos com custos acima de US$ 500,000

≤ 100 Shopping ou Pregão Eletrônico

Primeiro processo

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Consultoria (Pessoa Jurídica)

>200 SBQC/SMC Primeiro processo e todos os casos com custos acima de US$200,000

≤ 200 SBQC/SQC Primeiro processo e todos os casos com custos acima de US$200,000

Consultoria Individual

Sessão V do Guia do Banco

Primeiro processo. Todos os processos revisados posteriormente.

Contratação Direta

Todos os casos independente do montante envolvido.

As normas relacionadas às diferentes modalidades de licitação estão publicadas nas revistas “Guidelines for Procurement under BIRD Loans and IDA Credits” e “Guidelines Selection and Employment of Consultants by World Bank Borrowers”, para as quais existem traduções em português, inclusive dos modelos de editais utilizados nos procedimentos apresentados.

A seguir apresentamos resumo explicativo das diferentes modalidades de licitação

citadas no quadro acima. 8.2.1 Concorrência Internacional – ICB Contratos com valor estimado acima de US$ 2 milhões. Principais Características: (i) ampla abrangência de divulgação; (ii) margem de preferência doméstica; (iii) moeda de cotação, bens – livremente conversível determinada pelo edital, obras – moeda corrente no Brasil; (iv) propostas submetidas em um único envelope; (v) edital padrão do Banco Mundial; (vi) exame prévio obrigatório. 8.2.2 Concorrência Nacional – NCB: Contratos com valor estimado dentro do limite indicado no quadro acima. Principais Características: (i) abrangência nacional de divulgação, embora possam participar licitantes provenientes de todos os países-fonte elegíveis; (ii) não há margem de preferência doméstica; (iii) idioma português; (iv) moeda única de cotação nacional; (v) propostas submetidas em um envelope; (vi) edital padrão do Banco Mundial; (vii) exame prévio ou posterior, dependendo do valor orçado. 8.2.3 Cotação de Preços para compra de bens e execução de pequena obras – SHOPPING: Compras e obras de pequena monta podem ser licitados mediante a comparação de pelo menos três cotações, dentro dos limites expressos no quadro acima. Principais Características: (i) abrangência limitada com divulgação mediante convite direto; (ii) não

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há preferência domestica; (iii) não há documentos oficiais de licitação oficial; (iv) moeda de cotação como melhor convier à compra ou contratação; (v) procedimento simples sem revisão previa do Banco. 8.2.4 Seleção Baseada na Qualidade e Custo – SBQC:

Representa o processo competitivo entre empresas em que o critério de seleção baseia-se na qualidade da proposta e no custo dos serviços.O peso relativo atribuído à qualidade e custo, normalmente de 80% e 20% respectivamente, será fixado tendo em vista a natureza do serviço diante de cada caso. Principais Características: (i) elaboração dos Termos de Referência (TDR); (ii) preparação da estimativa de custo e orçamento; (iii) publicidade; (iv) elaboração da lista curta de consultores; (v) elaboração e envio da Solicitação de Propostas (SDP); (vi) recebimento das propostas; (vii) avaliação das propostas técnicas: exame da qualidade; (viii) avaliação da proposta financeira; (ix) avaliação final da qualidade e custo; e (x) negociações e adjudicação do objeto do contrato à empresa selecionada. 8.2.5 Seleção pelo Menor Custo – SMC: Método mais apropriado de seleção de consultores para serviços de natureza padronizada ou rotineira (auditorias, projeto de engenharia de obras sem complexidade, etc.), onde já existem práticas e padrões bem estabelecidos e nos quais seja pequeno o valor do contrato. Principais Características: (i) elaboração dos Termos de Referência (TDR); (ii) preparação da estimativa de custo e orçamento; (iii) publicidade; (iv) elaboração da lista curta de consultores; (v) elaboração e envio da Solicitação de Propostas, fixando a nota mínima de qualificação para a qualidade da proposta (SDP); (vi) recebimento das propostas; (vii) avaliação das propostas técnicas, no exame da qualidade rejeitar propostas que obtenham nota inferior à mínima pré-fixada; (viii) avaliação da proposta financeira, onde a de menor preço será a selecionada; e (ix) negociações e adjudicação do objeto do contrato à empresa selecionada. 8.2.6 Seleção baseada nas qualificações do consultor (SQC)

Este método pode ser adotado para serviços pequenos, para os quais não se justifica a elaboração e avaliação de propostas competitivas. Nesses casos, ao TNC elaborará os TDR, solicitando manifestações de interesse, bem como informações relativas à experiência e competência dos consultores, relevantes para a execução do serviço, elaborando uma lista-curta e selecionando a empresa com qualificação e referências mais adequadas. A empresa selecionada será convidada a apresentar propostas técnica e financeira, e a negociar o contrato. O Mutuário deverá publicar no UNDB online e no dgMarket o nome do consultor ao qual o contrato tenha sido outorgado, o preço, a duração e o escopo do mesmo. Esta publicação pode ser feita trimestralmente e no formato de uma tabela resumida cobrindo o período anterior.

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8.2.7 Seleção de consultores individuais:

Consultores individuais são contratados para serviços em relação aos quais: a) a participação de equipe não é necessária, b) não é necessário qualquer apoio profissional externo adicional (sede), e c) a experiência e qualificações da pessoa são os requisitos principais. Quando a coordenação, administração ou responsabilidade coletiva forem dificultadas em virtude do número de pessoas , é aconselhável contratar uma empresa. Consultores individuais são selecionados com base em suas qualificações para o serviço. Não se exige a publicidade e os consultores não têm que enviar propostas. Essa seleção deverá basear-se na comparação das qualificações de, pelo menos, três candidatos dentre aqueles que manifestaram interesse na execução dos serviços ou que foram diretamente contatados pelo Mutuário. Os profissionais cujas qualificações serão consideradas para a comparação deverão preencher os requisitos relevantes mínimos de qualificações. Aqueles profissionais selecionados para contratação pelo Mutuário deverão ser os de melhor qualificação e deverão estar plenamente capacitados ao desempenho da tarefa. A capacidade é aferida com base nos antecedentes acadêmicos, experiência e, quando necessário, no conhecimento das condições locais, tais como, idioma local, cultura, sistema administrativo e organização de governo. Circunstancialmente, membros da equipe, permanentes ou associados, de uma empresa de consultoria podem exercer consultoria individualmente, devendo-se aplicar à empresa em questão, nestes casos, as normas a respeito de conflito de interesse descritas nestas Diretrizes. Consultores individuais podem ser contratados diretamente com a devida justificativa em casos excepcionais como: (a) tarefas que sejam continuação de serviço prévio que o consultor tenha executado e para o qual o consultor tenha sido selecionado competitivamente; (b) serviços de duração total estimada menor que seis meses; (c) situações de emergência que resultam de desastres naturais; e (d) quando o indivíduo é o único consultor qualificado para o serviço. 8.2.8 Aquisições de valor inferiores a R$ 1.000,00

A contratação de serviços (que não os de consultoria), treinamentos e workshop e aquisição de bens de pequena monta, até o máximo de um mil reais (R$ 1.000,00) por despesa, constantes da Lista Positiva a seguir, excepcionalmente poderá ser efetivada utilizando-se da prática comercial da localidade onde tais serviços são oferecidos, com recursos de Adiantamentos. O Comprador deverá contratar com o menor preço de mercado que atender às suas necessidades. A comprovação do pagamento se dará por meio de Nota Fiscal ao Consumidor ou nota do caixa do estabelecimento de onde está contratando ou, ainda, por meio da assinatura em “Recibo” emitido pelo prestador do serviço, de acordo com as normas utilizadas pela Administração Estadual para a Prestação de Contas de despesas em regime de adiantamento.

Cabe ressaltar que este é um procedimento excepcional, devendo ser avaliado, em

cada caso, se o valor da despesa, a urgência na sua realização ou as condições dos

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fornecedores de bens ou serviços realmente inviabilizam a adoção dos procedimentos usuais do Banco. Tabela 7 – Limites para aquisição direta para pequena monta

LISTA POSITIVA Aquisição de Bens e Serviços de valor inferior a R$ 1.000,00

Descrição do Bem ou Serviço Necessidade de três orçamentos Combustíveis e Lubrificantes > R$ 500,00 Materiais de Escritório > R$ 200,00 o conjunto Materiais de Informática > R$ 300,00 o conjunto Materiais e Peças para reparos em bens móveis e imóveis

> R$ 400,00 o conjunto

Aquisição de passagens de ônibus Não se aplica Táxi Não se aplica Serviços de Conserto ou Manutenção de Veículos

> R$ 400,00 por serviço

Serviços de Conserto ou Manutenção de Bens Móveis ou Imóveis

> R$ 400,00 por serviço

Serviços de Alimentação, Transporte e Apoio a Pequenos Eventos

> R$ 1.000,00 por serviço

Alimentação despesas de viagem individual > R$ 100,00 por serviço/diária Serviço de Hospedagem de viagem individual

> R$ 200,00 por serviço/diária

8.3 Documentos a serem enviados ao Banco

8.3.1 Aquisição de Bens

Tabela 8 – Aquisição de Bens

Modalidade Documentos a serem enviados ao Banco Mundial

Quando enviar o Documento

SHOPPING Guardar toda documentação para futuras auditorias

Apenas o primeiro processo deve ser enviado

NCB Documento padrão do Banco Mundial

a) documentação completa da concorrência b) relatório de julgamento c) cópia do contrato assinado

a) antes de realizar a licitação. b) antes da assinatura do contrato c) antes do primeiro pedido de pagamento

Obs.: a documentação completa de concorrência inclui: edital, orçamento e indicação dos procedimentos de divulgação e publicidades a serem seguidos.

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Nota: Todos os documentos relacionados na coluna 2 serão enviados ao Banco Mundial para conferência prévia, com a finalidade de concessão da não objeção.

8.3.2 Consultoria

Tabela 9 – Consultoria

Tipo de empresa Revisão Prévia pelo Banco Mundial

Quando enviar o Documento

Empresas de Consultoria

1. Termos de referência e estimativa de custo

Ao iniciar o processo de seleção

2. ‘Short-list’ e minuta da carta convite (SDP), incluindo os critérios de seleção

Antes do envio da SDP as empresas da lista curta

3. Relatórios de julgamento das propostas técnicas

Antes da abertura das propostas financeiras

4. Relatório final de julgamento

Enviada ao Banco somente para conhecimento, não requer não objeção.

5. Minuta do contrato rubricada

Antes da assinatura do contrato, acompanhada da ata de negociação

Consultores Individuais Termo de referência Ao iniciar o processo

Nota: Todos os documentos, inseridos na coluna 2, serão enviados ao Banco Mundial para conferência prévia

8.4 Procedimentos de Auditoria Os Acordos e Contratos firmados com o Banco determinam que a auditoria dos Projetos seja realizada por auditor independente. O relatório de auditoria deverá ser entregue ao Banco ao final da execução do projeto.

Serão mantidos arquivos adequados refletindo as operações, recursos e gastos no Projeto, de acordo com os princípios básicos de contabilidade aplicados com consistência. A Conta Especial do Projeto, passará por uma auditoria anual através de um auditor independente aceitável pelo Banco, de acordo com os padrões e procedimentos satisfatórios ao Banco, e o relatório da auditoria será encaminhado ao Banco ao final do projeto. Os SOEs (declarações de gastos), estarão atualizadas e disponibilizada para as auditorias contratuais.

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8.5 Despesas Inelegíveis Aquisição de armamentos com recursos externos não são passíveis de financiamento. Conforme acordo estabelecido para esse projeto fica pactuado:

(i) Os custos dos impostos referentes aos consultores técnicos poderão ser cobertos pelo

projeto dentro dos componentes técnicos. O projeto não poderá custear despesas a serem

executadas após a data limite de 30 de junho de 2011. Assim o custo de uma consultoria

deverá incluir o valor a ser pago diretamente ao profissional e os custos de impostos/taxas

associados. Isto deverá constar no plano de aquisições e nos relatórios financeiros.

(ii) Os custos dos impostos referentes aos consultores para o componente de coordenação

(Ex: consultor financeiro , consultor para aquisições) deverão ser considerados dentro dos

custos operacionais ( limitados a 10%). A questão de pagamentos limitados a data de 30 de

Junho de 2011 aplica-se também a estes casos.

(iii) O projeto não cobre custos/taxas/impostos referentes a contribuição individual tipo

sindical, imposto de renda do contribuinte, ou outras contribuições de caráter individual

obrigatório.

(iv) Os impostos/taxas que compõem o preço dos produtos de mercado podem ser cobertos pelo projeto. Ou seja se o preço de mercado de um computador inclui o valor de imposto cobrado pelo governo (ICM, e outros), não há necessidade de exclusão deste valor do custo a ser coberto pelo projeto.

São aspectos relevantes para o uso dos recursos:

(i) usá-los nas finalidades estabelecidas e em obediência ao Plano de Trabalho; (ii) não efetuar empréstimos a outros programas ou entidades; (iii) a legislação federal não permite o pagamento de gratificações de consultoria

ou qualquer espécie de remuneração adicional aos servidores que pertençam aos quadros de órgãos ou de entidades da Administração Pública Federal, Estadual, Municipal ou do Distrito Federal, que estejam lotados ou em exercício em qualquer dos entes conveniados;

(iv) não realizar despesas com taxas bancárias, impostos, multas, juros ou correção monetária, inclusive as referentes a pagamentos ou recolhimentos fora do prazo;

(v) todos os bens adquiridos com os recursos do Projeto e classificados como "Equipamentos e Material Permanente" devem ser rigorosamente controlados através do tombamento no patrimônio do órgão executor e contabilizado em sua conta de compensação. Os dados referentes aos bens adquiridos, incluindo o número patrimonial e local onde o mesmo se encontra devem ser listados e disponibilizados ao Banco, se solicitado

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9 MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO

Como este projeto tem caráter de experiência piloto, o acompanhamento da implementação será fundamental para que possamos mapear os casos de sucesso e subsidiar a construção de novas politicas publicas.

O monitoramento do desempenho consiste no acompanhamento das atividades planejadas. A Coordenação Geral do Projeto elaborará, tendo por base a matriz de acompanhamento de indicadores do projeto contida no Anexo 9. A Coordenação elaborará também uma rotina de monitoramento de impactos para acompanhar a real contribuição dos resultados intermediários e dos objetivos que garantirá a formatação do relatórios das Lições Aprendidas do Projeto.

Não é esperado que a Coordenação acompanhe ativamente eventuais impactos de

longo prazo. Os relatórios quadrimestrais serão encaminhados para os signatários do Acordo de

Cooperação e Banco Mundial para manifestações e coleta de sugestões. Serão agendadas com prévio acordo do Banco Mundial e signatários do Acordo de

Cooperação, a realização de missões de acompanhamento do projeto.em que os produtos alcançados serão validados nessas missões.

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10 ANEXOS ANEXO 1 - FLUXOGRAMA DE ALIMENTAÇÃO DO CAR EM PROJETOS DE ESCALA E LEVANTAMENTO POR VARREDURA OU MASSIVO

(i) Plano de Comunicação e Sensibilização - nessa etapa serão realizados eventos de

mobilização e sensibilização junto aos principais atores envolvidos na iniciativa, entre eles, produtores rurais, agentes públicos e prestadores de serviço. Recomenda-se a realização de um intenso esquema de divulgação com distribuição de folders, peças publicitárias e programas em rádio. A partir do plano de comunicação, é desejável a consolidação de acordos e arranjos institucionais que garantirão legitimidade ao presente projeto para atender as metas estabelecidas. Para tanto, serão firmados pactos com prefeituras, setor privado, sindicatos rurais, ONGs Locais, SEMA e TNC. Um aspecto fundamental nessa etapa é garantir uma maior transparência do que acontecerá e as vantagens que estarão sendo ofertadas pelo projeto. Para tanto, um grande investimento em comunicação é essencial para assegurar as “Porteiras Abertas” e garantir a realização das atividades previstas de cadastramento e georreferenciamento. Será preparado, com a participação da prefeitura e sindicato rural, material informativo sobre as atividades a serem desenvolvidas no município, para distribuição aos produtores rurais a fim de promover a sensibilização dos mesmos. À prefeitura caberá prestar apoio operacional às atividades de mobilização, tais como, indicar os espaços adequados para os eventos; definir ponto focal para tomadas de decisão; disponibilizar, se possível, equipamentos de áudio e vídeo; indicar empresas de comunicação para a eficiente divulgação, entre outros nesse sentido.

(ii) Estrutura Logística – para realização do levantamento por varredura de propriedades rurais deverá ser estruturada uma logística que responda a demanda de serviço. Para tanto, a opção é fortalecer a capacidade do poder publico municipal de forma que funcione como central de informações e operações do projeto. Esta estruturação envolve aspectos de infra - estrutura, informatização, pessoal e capacitação. Neste contexto, essa estrutura deverá atender o suporte da SEMA na realização de capacitações e checagem dos trabalhos realizados, validando em campo os levantamentos realizados.

(iii) Uso de Imagens de Satélite – a SEMA, por meio dessa parceria, disponibilizará o conjunto das cenas de imagens de satélite que recobrem a totalidade dos municípios, objeto da realização do CAR municipal. Essas imagens são utilizadas pela SEMA na validação e aprovação das informações constantes nos procedimentos do CAR por meio do SIMLAM. O sensor utilizado pela SEMA é o SPOT de resolução de 2,5m que garantam uma ótima precisão cartográfica para o mapeamento de propriedades.

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(iv) Construção das Bases Cartográficas Digitais – a partir das imagens fornecidas pela SEMA será definido o termo de referência que orientará a elaboração da base cartográfica digital, sendo que essa etapa já inicia-se concomitantemente às demais etapas. A base cartográfica terá como elementos principais: (a) atualização da base de dados cartográfica dos municípios e seu entorno de 10 quilômetros; (b) correção geográfica de um banco de imagens SPOT-5 com resolução espacial de 2,5 metros considerando uma rede de pontos geodésica de divisa de propriedades rurais do município; (c) elaboração de um mosaico com as imagens SPOT 2,5 corrigidas geometricamente. Os principais elementos de atualização cartográfica serão: sistema de transporte, hidrografia, limites, localidade, curva de nível e pontos de referencia.

(v) Mapeamento da cobertura e uso do solo do município – o mapa de uso do solo será realizado na escala 1:25.000 e visa subsidiar as visitas de campo para o mapeamento das propriedades rurais. Tal atividade proporcionará à equipe contratada um melhor planejamento para as atividades que serão desenvolvidas em campo. Além de fornecer à prefeitura um produto cartográfico atualizado. No mapeamento da cobertura da terra/desmatamento, a definição da legenda e critérios de mapeamento será realizada pela SEMA, estabelecida segundo uma hierarquia e uso de terminologias das classes de cobertura e uso da terra conforme o sistema de classificação do uso da terra e dos manuais técnicos de uso da terra e da vegetação brasileira do IBGE, que ao mesmo tempo possa gerar as legendas dos projetos de CAR e LAUs.

(vi) Validação das Bases Cartográficas e Mapas de Uso do Solo – consolidada a confecção da base cartográfica e do mapeamento do uso do solo deverá ser realizada a validação dos produtos gerados pela SEMA. Após aprovação da base cartográfica e dos elementos de uso do solo, deve ser providenciado a ART (anotação de responsabilidade técnica) por parte da empresa que realizou a referida atualização cartográfica e mapeamento do uso solo.

(vii) Inserção da Base Cartográfica Corrigida no Banco de Dados da SEMA – com a inserção de uma base validada pela SEMA em seu Banco de Dados, que ficará disponível no sistema SIMLAM, os projetos de gestão territorial, incluindo CARs e LAUs poderão ser referendados considerando essa base. Ou seja, fica garantida uma padronização no uso de uma base cartográfica única, tornando-se a base oficial da SEMA para fins de regularização ambiental, evitando problemas recorrentes de sobreposições e erros topológicos.

(viii) Organização das informações existentes de propriedades rurais – para garantir

um bom planejamento do trabalho no geoprocessamento e cadastramento serão coletadas todas as informações existentes dos imóveis rurais dos municípios mapeados. Dentre as fontes de informações a serem utilizadas, serão priorizadas

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as informações existentes no INCRA, SEMA, IBAMA, ITERMAT e no Programa Terra Legal, bem como outras instituições que possuam dados mapeáveis de imóveis rurais. Ao consolidar essas informações georreferenciadas na Base Cartográfica Digital teremos um espelho das necessidades de correção, atualização e complementação do mapeamento de propriedades rurais. Certamente teremos, nessa primeira versão, uma quantidade enorme de problemas (tais como: sobreposição de propriedades; não articulação do mapeamento com a base e imagens; casos de remembramento / desmembramento de imóveis, atual detentor do imóvel; assentamentos não licenciados e os vazios ainda não mapeados).

(ix) Caracterização das amostras de georreferenciamento de imóveis rurais - essa etapa do trabalho tem o intuito de realizar uma amostragem dos potenciais problemas a serem enfrentados no trabalho de georreferenciamento de imóveis rurais por meio da varredura. Visa aprimorar e dar sequência aos trabalhos que serão executados posteriormente. Assim, o sucesso e prosseguimento das atividades subsequentes para elaboração de georreferenciamento de escritório e em campo, dependerão da confecção destes elementos amostrais. As amostras serão avaliadas, quando serão diagnosticados possíveis problemas técnicos. A realização de georreferenciamento amostral deverá ter no mínimo 10 imóveis rurais contendo exemplares das categorias de imóveis 1, 4 e 5 (descritas na tabela 1) com diferentes dimensões. Este produto será, também, exigido a inserção dos dados da amostra no SIMLAM/SEMA/MT da SEMA para a verificação da rotina que será adotada para posteriores trabalhos de georreferenciamento.

(x) Criação de uma base georreferenciada contendo o mosaico completo dos imóveis rurais do município - com as informações organizadas e disponíveis em mapas de campo e proprietários rurais sensibilizados inicia-se os trabalhos de campo de georreferenciamento e cadastramento de todos os imóveis rurais pelo sistema de varredura, ou levantamento massivo. O sistema de varredura preconiza que todas as propriedades serão mapeadas sequencialmente em campo, ou seja, a divisa de uma propriedade será a divisa de seu confrontante na etapa de levantamento de campo. Isso garantirá que não ocorrerão problemas de sobreposição de propriedades e erros topológicos nos levantamentos georreferenciados. Será utilizada obrigatoriamente a rede de pontos georreferenciadas dos vértices de propriedades (levantadas na montagem da base cartográfica) coletados por meio de aparelhos GPS L1 ou L1/L2, operando no método de posicionamento relativo estático rápido e aqueles validados pelo INCRA em que não tiverem sido identificados erros de topologia. Onde ocorrer disputas declaradas entre confrontantes o projeto não realizará o mapeamento. O georreferenciamento por varredura na complementação dos vazios e correção dos erros topológicos se dará pautada na base cartográfica ajustada na resolução geodésica, imagens de satélite de alta resolução e uso de GPS L1 para delimitação dos vértices das divisas das

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propriedades. Ou seja, enfatizamos que não será utilizada a precisão de georreferenciamento adotada pelo INCRA, mas aproveitaremos os levantamentos geodésicos disponibilizados pelo Instituto ou da rede geodésica montada para a confecção da base cartográfica. Para efeito de classificação de situações que serão encontradas em campo em termos de tipos de propriedades, graus de dificuldades e como atuar nessas situações foi preparada a tabela 1, para orientar as atividades de campo. Para o trabalho de campo contemplará ainda a abordagem junto ao proprietário/posseiro; utilização do memorial descritivo ou croqui existente do imóvel rural; identificação visual feita pelo proprietário/posseiro com o auxílio de carta-imagem; levantamento de coordenadas em campo com GPS; registro na carta imagem da ocupação do solo com o lançamento dos perímetros; identificação e caracterização das áreas de APP e RL e informações cadastrais do produtor, que fará parte de um banco de dados em um sistema de informações geográficas, que nesse caso serão organizados na ferramenta AGROGEO da TNC, que estará apta a gerar a base no formato exigido e reconhecido pelo sistema SIMLAM. As atividades específicas para esta fase são: (a) identificação do proprietário ou posseiro; (b) vetorização da APP, APP Degradada, área de Reserva Legal e ARL Degradada; (c) Área de Uso Alternativo do Solo. Neste sentido, esses dados serão utilizados para correção do mapeamento do uso do solo do município (item v).

(xi) Organização das informações cadastrais dos imóveis rurais – nas atividades de campo serão solicitadas aos proprietários a documentação do imóvel e as demais informações necessárias para formalizar o CAR no SIMLAM. Geralmente essa documentação não esta disponível na sede das propriedades. Assim sendo, será organizado na prefeitura e/ou sindicato uma central de atendimento ao proprietário rural para organização dessa base de dados e documentação. Pretende-se assim deixar organizados todos os documentos e informações necessárias para a efetiva inserção dos imóveis rurais no CAR do SIMLAM.

(xii) Geração dos Mapas Analíticos das propriedades e validação do Pré Cadastro com proprietários – terminado o trabalho de campo de georreferenciamento das propriedades, a base cadastral será consolidada e validada pelos técnicos do projeto. Identificados problemas de ordem técnica serão realizados os devidos ajustes em campo. Os dados do georreferenciamento das propriedades e os dados cadastrais dos imóveis rurais serão organizados em um banco de dados no formato pertencente à plataforma ESRI (ArcView, ArcGIS), e compatível com o Banco de Dados Estadual (SIMLAM/SEMA/MT). O sistema de informações territorial dos municípios será organizado pela ferramenta AGROGEO, que estará compatível para alimentação do SIMLAM e SISCOM, bem como terá os atributos em consonância com a legislação ambiental e da INDE (Infraestrutura Nacional de Dados Espaciais), bem como os procedimentos adotados pela SEMA. A partir dessa

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base será realizada a impressão de um mapa com a representação espacial de todo o município, exibindo os imóveis georreferenciado cadastrados e mapas contendo o georreferenciado individual dos imóveis cadastrados, de acordo com os procedimentos adotados pela SEMA, com todo o relatório analítico consolidado do município e individualizado por imóvel mapeado. Esse relatório analítico será realizado conforme preconizado nas normatizações do CAR, ou seja, os polígonos georreferenciados dos imóveis rurais, contendo: área total da propriedade e/ou posse (APRT), área de preservação permanente (APP), área de reserva legal (ARL), área para uso alternativo do solo (AUAS). A quantificação pela varredura (ou massiva) desses dados permitirá ao município, estado e MMA entender e dimensionar o real tamanho dos problemas e demandas para buscar a regularização dos passivos existentes nessas áreas. O papel das prefeituras e sindicatos rurais nessa etapa é essencial novamente, pois eles serão o “balcão de atendimento” para esclarecimento e complementação da documentação para protocolas o CAR. Os mapas individuais dos proprietários serão apresentados aos respectivos proprietários e detentores de posse para validação e autorização para inserção no sistema CAR SIMLAM.

(xiii) Validação e Inserção do Cadastro Georreferenciado por varredura ou massivo das Propriedades Rurais no Banco de Dados da SEMA - a SEMA realizará analise, validação e inserção em seu banco de dados, através do sistema SIMLAM/SEMA/MT, dos polígonos georreferenciados dos imóveis rurais, contendo: área total da propriedade e/ou posse (APRT), área de preservação permanente (APP), área de reserva legal (ARL), área para uso alternativo do solo (AUAS), formando o mosaico completo do município, gerado pelo item (xii). A validação dessa base de propriedades estará diretamente correlacionada com a atualização da base cartográfica e o mapeamento do uso do solo, já validados pela SEMA. Para tanto, a SEMA fará uma customização do SIMLAM para reconhecer essa base de dados para efeito de monitoramento de desmatamentos irregulares e otimização dos processos de CAR em municípios que realizarem seus mapeamentos por varredura (ou massivo). O conceito a ser aplicado nesse ponto é que os processos de análise de CAR ocorrerão de forma mais rápidas, pois já terão sido validadas as bases de dados necessárias para a aprovação dos itens que compõe o CAR.

(xiv) Cadastramento Ambiental Rural dos imóveis rurais junto ao SIMLAM/SEMA/MT – aqueles proprietários rurais que foram contemplados pelo georreferenciamento por varredura (ou massivo) de imóveis rurais dos municípios poderão ser contemplados com os benefícios do MT Legal e do Programa Mais Ambiente, com a efetiva inserção no sistema CAR do SIMLAM da SEMA. O projeto prevê o suporte para inserção de imóveis rurais no SIMLAM a partir de um protocolo de adesão do proprietário ao CAR, em que um engenheiro contratado pelo Projeto/TNC, utilizará

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uma porta especifica do SIMLAM (como um novo usuário: CAR Varedura ou CAR Massivo) para utilizar os dados já validados para o município para efetivar o CAR nos moldes da Lei Complementar de Mato Grosso nº 343 de 24 de dezembro de 2008 e Decreto Estadual nº 2.238 de 13 de novembro de 2009. Para os casos em que for, detectado durante a fase de diagnóstico a presença de APPD, deverá ser apresentado plano de recuperação das áreas de preservação permanente degradadas - PRAD, por imóvel rural, seguindo-se os roteiros disponibilizados pela SEMA. O engenheiro responsável contratado pelo Projeto/TNC deverá recolher Anotação de Responsabilidade Técnica – ART específica pela realização do cadastro e pela elaboração do Projeto de PRAD. Reforça-se que as ARTs poderão ser dadas em bloco para um conjunto de CARs e PRADs elaborados, sem, no entanto, vincular a ART da elaboração do CAR e seu respectivo PRAD à sua execução. A execução do PRAD e das posteriores fases do licenciamento ambiental (LAU) constituirão responsabilidade do proprietário rural. O engenheiro/responsável técnico (contratado Projeto/TNC) recolherá, em conjunto com a prefeitura, a documentação do imóvel (já organizada no item xi); assinatura do proprietário no requerimento de CAR; Termo de Compromisso e após análise da SEMA no TAC, quando houver, bem como protocolar os processos administrativos do CAR junto à SEMA. Consta ainda dessa fase, o acompanhamento da evolução do processo junto à SEMA, promovendo às adequações que forem solicitadas, até a finalização do cadastro com a entrega do certificado de Cadastro Ambiental Rural da SEMA.

(xv) Disponibilização dos georreferenciamentos validados para prestadores de serviço – como os projetos que incentivam os processos de regularização dos CARs possuem tempo fixo de duração poderá ocorrer que alguns proprietários não venham promover a efetiva adesão ao CAR e assim não ser beneficiado pelo item (xiv). Ainda existem casos em que o proprietário do imóvel rural possui seu prestador de serviço de confiança e deseja que este cuide do seu processo administrativo junto a SEMA. Para esses casos a SEMA criará um mecanismos em que o proprietário autorize o engenheiro em utilizar os dados do seu imóvel já existentes na SEMA ( item xiii) para fins de regularizar o CAR, PRADs, TC, TACs, e LAUS.

(xvi) Monitoramento dos Desmatamentos Ilegais – a SEMA utilizará os dados coletados

e sistematizados no CAR/ SIMLAM, e aqueles organizados pelo item (xiii), para fins de monitoramento de desmatamentos não autorizados e realizados em áreas de APP e RL, tomando as medidas administrativas cabíveis.

Tabela 10 – Prováveis situações a serem enfrentadas na realização do georreferenciamento de imóveis rurais.

ID Tipo de situações de

Propriedade O georreferenciamento do imóvel rural para fins de

CAR nesta situação Como atuar

1 Propriedades com malha O georreferenciamento do imóvel pode ser executado Neste caso o georreferenciamento do

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fundiária consolidadas (INCRA / INTERMAT)

com maior facilidade, rapidez e menor custo. imóvel será realizado em escritório a partir dos polígonos georreferenciados da base do INTERMAT e INCRA com os subsídios fornecidos pela SEMA-MT. Eventualmente, será necessário trabalho de coleta de dados secundários em outros órgãos e/ou de campo para averiguar desmembramentos e junções de imóveis.

2 Propriedades que já possuem licenciamento (sem CAR).

Segundo legislação estadual (Lei Complementar 343/2008) não é preciso CAR. Porém, o CAR interessa ao produtor, pois na renovação do licenciamento o CAR lhe será exigido. Além disso, nesse caso o CAR auxiliará os municípios a saírem da lista de municípios prioritários para combate ao desmatamento do MMA.

Neste caso o georreferenciamento do imóvel será realizado em escritório, a partir dos polígonos georreferenciados da base do INTERMAT e INCRA com os subsídios fornecidos pela SEMA-MT. Eventualmente, será necessário trabalho de coleta de dados secundários em outros órgãos para se averiguar desmembramentos e junções de imóveis.

3 Propriedades já inseridas no SIMLAM, porém com pendências.

Neste caso não será realizado o georreferenciamento do imóvel, pois a pendência deve ser resolvida entre o produtor e a SEMA-MT.

-

4 Propriedades com título, porém sem o georreferenciamento do polígono.

Neste caso será realizado o georreferenciamento do imóvel. Nas situações em que houver sobreposição de áreas, será necessária a verificação dos limites com os vizinhos e depois de esclarecida a dúvida faz-se o georreferenciamento.

Para esta situação será necessário trabalho de campo e escritório. Em caso de conflitos, observar o disposto no item 6 desta tabela.

5 Áreas ocupadas sem título (detentor).

Em regra, tendo o produtor ocupante da área ciência dos limites do imóvel, realiza-se o georreferenciamento do imóvel. Porém, nos casos em que não há limites claros (marcos geofísicos como rios, estradas, montanhas, etc), não será desenvolvido o mesmo. Uma provável solução para este caso é confrontar a sua declaração com a dos vizinhos.

Trabalho de campo e de escritório.

6 Áreas onde existem conflitos (para todos os tipos de propriedades).

Não se realiza o CAR.

7. Casos em que o proprietário não permite a entrada em sua área.

Nestes casos a estratégia é informar oficialmente por escrito à prefeitura, que poderá apoiar na sensibilização do proprietário. Havendo sucesso nesta sensibilização se dará prosseguimento às atividades de georreferenciamento do imóvel.

Havendo concordância do proprietário, será feito um trabalho de campo e de escritório.

8. Assentamento Tupã Área de 3000 hectares com aproximadamente 160 propriedades. Neste caso será realizado o georreferenciamento do imóvel. Nas situações em que houver sobreposição de áreas, será necessária a verificação dos limites com os vizinhos e depois de esclarecida a dúvida faz-se o georreferenciamento.

Trabalho de campo e de escritório. Atividade a ser realizada após mês de Julho.

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ANEXO 2 – EXPERIÊNCIA DA TNC NOS PROJETOS DE CAR NO BRASIL A estratégia de atuação do Cadastro Ambiental Rural, como proposta no presente Projeto é baseada nas experiências piloto da The Nature Conservancy no Brasil (TNC). A TNC desenvolveu algumas iniciativas de integração da agricultura e conservação com o objetivo de maximizar a conservação do habitat natural nas áreas de agricultura e pecuária. Exemplos dessas iniciativas no Mato Grosso são os projetos na Bacia Hidrográfica do Rio São Lourenço e o projeto Lucas do Rio Verde Legal e no Pará, o Projeto em colaboração com o município de Santarém. O Projeto Lucas do Rio Verde é uma parceria entre governos municipais e estaduais (Prefeitura Municipal de Lucas do Rio Verde, Secretaria do Meio Ambiento do Estado, Ministério Público Estadual), o setor privado (Sadia, Syngenta, Fiagril) e a sociedade civil (The Nature Conservancy do Brasil, o Sindicato Rural de Lucas do Rio Verde, a Fundação Rio Verde, o Instituto Sadia de Sustentabilidade). Seu objetivo é conciliar o desenvolvimento agropecuário do município de Lucas do Rio Verde com a conservação ambiental e a responsabilidade social. O projeto tem duas fases. A primeira fase teve duração de um ano e foi concluída em maio de 2008. Nesta fase foi realizado um diagnóstico da situação ambiental, trabalhista e do uso de agroquímicos de todas as propriedades rurais do município identificando os passivos ambientais existentes e oportunidades para melhorar a produção de cada propriedade. A segunda fase, iniciada em junho de 2008, identificará mecanismos técnicos, jurídicos e financeiros para apoiar a implementação da regularização sócio-ambiental e aprimoramento de aspectos tecnológicos, promovendo a produção sustentável. Ao final do projeto, espera-se ter regularizado as propriedades rurais no município por meio da compensação da reserva legal e ter implantado áreas protegidas contínuas de ecossistemas nativos. Ademais, pretende-se ter viabilizado o cumprimento do Código Florestal, por meio de simplificação do processo e redução dos custos do produtor para obter o licenciamento ambiental. Espera-se ainda ter promovido o uso correto e seguro de agroquímicos de acordo com o estabelecido pelas Normas Regulamentadoras de Segurança e Saúde no Trabalho na Agricultura, Pecuária, Silvicultura, Exploração Florestal e Aqüicultura (em especial NR31). Em suma, o projeto pretende transformar o município em modelo sócio-ambiental rural para o Estado de Mato Grosso. O Projeto na Bacia Hidrográfica do Rio São Lourenço visa a recuperação de áreas degradadas e envolve a Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Mato Grosso (FAMATO), a Secretaria do Meio Ambiente e a TNC com apoio do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR) e com colaboração da Empresa Mato-Grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (EMPAER) e a Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade de São Paulo – Laboratório de Ecologia e Recuperação Florestal (Lerf/Esalq/USP).

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Finalmente, também há uma iniciativa entre a TNC e a Associação dos Produtores de Soja de Mato Grosso (APROSOJA) com objetivo de promover a produção sustentável da soja no Estado, por meio da regularização ambiental das propriedades rurais. Os objetivos específicos dessa iniciativa são: (i) cadastrar, por meio de georreferenciamento, as propriedades rurais nos quatros pólos de produção de soja no Estado; (ii) adequar as propriedades; e (iii) promover melhor gestão ambiental das propriedades para garantir a sustentabilidade da produção.

Exemplo paralelo no Pará é o projeto na região de Santarém. Essa iniciativa construiu um novo modelo de relação entre fornecedores de soja, “traders” e a SEMA-PA. O projeto cadastrou com georreferenciamento todos os fornecedores de soja da Cargill naquela região, em parceria com o Sindicato de Produtores Rurais de Santarém, e estabeleceu um sistema de monitoramento de desmatamento por estabelecimento. Na área de 128.000 hectares foi observada uma taxa de desmatamento em 2008 de apenas 0,2%. A empresa, por sua vez, se comprometeu a comprar soja somente dos produtores efetivamente no processo de regularização conforme o Código Florestal. Usando critérios consensuados com os produtores, levou à exclusão de 25% dos produtores interessados mas que não cumpriram com os critérios. Essa iniciativa tem boa credibilidade com o setor produtivo. Tanto é assim que os frigoríficos Frigol e Bertin estão iniciando um trabalho semelhante com a TNC nos municípios de São Felix do Xingu, Água Azul do Norte e Tucumã.

Outro exemplo é o Projeto Município Verde em Paragominas. Até 2007, Paragominas havia desmatado em torno de 45% da sua cobertura florestal original. Em 2009, o município entrou na lista de municípios no bioma Amazônia considerados prioritários para a realização de ações de prevenção e controle do desmatamento. Em resposta, o poder público municipal foi buscar o comprometimento dos setores produtivos locais e o apoio de outras esferas do governo e da sociedade civil para por fim ao desmatamento, equacionando definitivamente a questão ambiental do município e buscando a sua exclusão da lista. Nesse contexto, foi lançado, pela Prefeitura Municipal, a Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema), em parceria com a The Nature Conservancy (TNC) e o Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon) e organizações locais, o Projeto Município Verde e foi firmado o Pacto pelo Desmatamento Zero no Município, do qual são signatários 51 entidades locais. O projeto contempla cinco grandes eixos de atuação, como (i) monitoramento mensal do desmatamento; (ii) o diagnóstico socioeconômico e florestal do município; (iii) a capacitação de agentes locais para monitoramento e gestão ambiental; (iv) o apoio ao manejo florestal e reflorestamento; e (v) a educação ambiental nas escolas. A Adequação Ambiental das Propriedades Rurais de Paragominas, em parceria com a TNC, prevê as seguintes ações: (i) Cadastro Ambiental Rural (CAR) visando o licenciamento das atividades agropecuárias; (ii) disseminação das Boas Práticas

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Agropecuárias (BPA) com base em critérios de responsabilidade socioambiental e em parceria com Embrapa, identificação e divulgação de medidas de aumento da produtividade e mitigação de impactos da atividade agropecuária para garantir a adequação ambiental e (iii) identificação, promoção e viabilização de incentivos econômicos para o uso sustentável e aproveitamento econômico das áreas de Reserva Legal e para recuperação das áreas degradadas no município.

A recuperação de áreas degradadas e um componente estratégico no processo de adequação ambiental dos imóveis rurais e para a restauração da funcionalidade constitui das áreas de Reserva Legal (RL) e de Preservação Permanente (APP) dentro das propriedades rurais, visando estabelecer corredores ecológicos de conectividade com as áreas públicas protegidas e a sua integração com os grandes remanescentes de vegetação natural, colocando em prática, assim, o conceito de “paisagens funcionais produtivas” a fim de conciliar desenvolvimento econômico e a conservação do meio ambiente.

Para implementar essas atividades, foram desenvolvidas duas ferramentas novas: AgroGeo e Sistema de Suporte à Decisão - LegalGeo. O AgroGeo é uma ferramenta de cadastramento de estabelecimentos rurais. A partir da identificação do perímetro do estabelecimento com Global Positioning System (GPS), o AgroGeo usa imagens de satélite e informações de campo para fazer uma análise do estabelecimento, levantando informações sobre, por exemplo, a situação atual da cobertura vegetal e o uso do solo. O AgroGeo calcula automaticamente quantos hectares de reserva legal e mata ciliar o estabelecimento deve ter.

O LegalGeo identifica espécies, comunidades naturais e áreas que se deseja preservar; calcula os valores para conservação de um local; gera propostas para ajudar e atingir metas de conservação; analisa a capacidade dos vários planos de ordenamento territorial e de manejo dos recursos naturais para atingir as metas de conservação; e cria um plano de conservação para a área desejada. Com a melhor configuração da paisagem, definida com o uso da ferramenta, é possível otimizar o uso da terra para atividades agropecuárias e garantir a proteção de áreas importantes para a conservação e proteção dos recursos naturais. Dessa forma, é possível conciliar o desenvolvimento econômico com a conservação da biodiversidade e o cumprimento das obrigações legais exigidas pela legislação atual.

Com base nesses novos mecanismos, as iniciativas para a regularização ambiental dos estabelecimentos rurais seguem um roteiro que consiste geralmente em três etapas: (i) o cadastramento ambiental rural dos estabelecimentos; (ii) a adequação ambiental dos imóveis rurais, para atender critérios de licenciamento; e (iii) consolidação da integração entre a produção e o meio ambiente.

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O aprendizado a partir dos projetos coordenados pela TNC nos estados do MT e PA vem desdobrando no processo de aperfeiçoamento do SLAPR através do Cadastro Ambiental Rural – CAR. O Cadastro permite a distinção entre o desmatamento autorizado e não-autorizado e possibilita, assim, um controle mais eficiente de desmatamentos ilegais e uma gestão mais eficiente de paisagens no caso dos desmatamentos legais. O Cadastro aumenta a transparência e possibilita a integração entre o monitoramento federal e a ação dos Estados. Talvez mais importante que o acompanhamento e divulgação de dados sobre o monitoramento é a oportunidade que o CAR oferece, com base na Medida Provisória 2.166 de 26 de julho de 2001, para apoiar o setor produtivo a adequar suas propriedades à legislação vigente por meio de compensação, regime de servidão, a compra de áreas no interior de unidades de conservação ou a compra ou aluguel em condomínio.

A origem do CAR institucionalizado pelos Governos do Mato Grosso e Pará (2) tem nos projetos da TNC a sua gênese. Foram construídos a partir dos mapeamentos realizados pela TNC, com base na “entrada” em cada propriedade rural, juntamente com os parceiros, para realizar o Cadastro Ambiental Rural em escala. Isso distingue a metodologia da TNC da do Governo que espera a adesão voluntária do proprietário. Por esta razão o presente Projeto possui uma etapa essencial que é a mobilização e sensibilização do produtor rural, em que a visão de escala garante a minimização de custos para realização do mapeamento das propriedades e acordos coletivos de regularização. Isso funciona como um grande incentivo aos proprietários a aderirem à iniciativa e tem se mostrado efetivo na história dos projetos já em curso.

A metodologia implementada nos projetos TNC difere também da metodologia aplicada pelas SEMAs no sentido que, no caso dos processos de Governo, as propriedades são inseridas individualmente no sistema, enquanto a TNC prima pelo trabalho em varredoura. A inserção individual, de forma isolada e dissociada uma da outra pode gerar problemas de sobreposição e inconsistência de bases. O trabalho em varredoura evita a ocorrência de sobreposição e constrói a base de dados contínua, para serem carregadas no sistema CAR oficial das SEMAs.

A The Nature Conservancy no Brasil vem atuando sistematicamente no tema da adequação ambiental da propriedade rural a mais de quatro anos e tem no CAR uma das ferramentas que proporciona dar escala na implementação de sistemas de monitoramento e controle de desmatamentos. No contexto dessas iniciativas gostaríamos de relacionar o conjunto de produtos e insumos já gerados e que ao mesmo tempo corrobora para o o sucesso e contrapartida técnica a presente proposta.

2 e no Estado da Bahia: Lei 11.748 de 1 de julho de 2009, referente ao Plano Estadual de Adequação e

Regularização Ambiental dos Imóveis Rurais

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Bases Cartográficas e mapeamentos de Propriedades no MT e PA

Base cartografica e mapa de uso do solo da Bacia do Rio São Lourenço no MT abrangendo mais de 1 milhão de hectares

Imagens de satélite SPOT 10 metros e Ikonos 0,60 m para mais de 1 milhão de hectares.

Mapeamento de mais de 1.200 propriedades totalizando mais de 500 mil hectares na bacia do São Lourenço.

Base cartográfica mapa de uso do solo do município de Lucas do Rio Verde abrangendo mais de 500 mil hectares.

Imagem de satélite SPOT 10 metros e SPOT 2,5 metros para mais de 500 mil hectares da região do município de Lucas do Rio Verde

Mapeamento de mais de 690 propriedades totalizando todo o território do município de Lucas do Rio Verde.

Base cartográfica mapa de uso do solo do município de Sorriso MT abrangendo mais de 1,2 milhões de hectares.

Imagem de satélite SPOT 2,5 metros para mais de 1,2 milhões de hectares da região do município de Sorriso.

Inicio dos trabalhos de mapeamentos das propriedades de Sorriso. Mapeamento do uso do solo da Região do Baixo Amazonas, Oeste do

Pará abrangendo 11 municípios (Alenquer, Monte Alegre, Óbidos, Curuá, Placas, Uruará, Prainha, Rurópolis, . Aveiro, Santarém e Belterra) totalizando 9.635.304 milhões de hectares

Imagens de satélite SPOT 10 metros para 1.400.000 hectares e Quick Bird 1,0 m para 25000 hectares.

Mapeamento de mais de 200 propriedades totalizando mais de 128 mil hectares na região de Santarém e Belterra.

Base cartográfica mapa de uso do solo dos municípios de Santarém e Belterra abrangendo mais de 2.8 milhões hectares.

Imagem de satélite Palsar 6 metros e Imagens fusionadas Landsat TM + Palsar 6m para mais de 2,8 milhões de hectares na região dos municípios de Santarém e Belterra.

Base cartográfica e mapa de uso do solo do município de São Félix do Xingú an escala de 1:100.000 abrangendo mais de 10 milhões de hectares.

Imagem de satélite Rapid-Eye 5 metros para mais de 2 milhões de hectares da região do município de Paragominas.

Inicio do mapeamento de propriedades de Paragominas e São Felix do Xingú.

Planos de Recuperação de reservas legais e áreas de preservação permanente

Plano de Recuperação de APPs e RL da Bacia do Rio São Lourenço.

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Manual de Recuperação de APPs e RL da Bacia do Rio São Lourenço Treinamento de formação para multiplicadores de técnicas de

recuperação de APP e RL para técnicos que atuam na região do Rio São Lourenço.

Plano de Recuperação de APPs e RL do municípios de Lucas do Rio Verde.

Manual de Recuperação de APPs e RL do municípios de Lucas do Rio Verde.

Treinamento de formação para multiplicadores de técnicas de recuperação de APP e RL para técnicos que atuam no município de Lucas do Rio Verde.

Plano de Recuperação de APPs e RL dos municipios de Santarém e Belterra.

Implementação de seis projetos pilotos em propriedades agrícolas totalizando mais de 5000 hectares de adequação ambiental, incluindo ações prioritárias de restauração de áreas degradadas

Manual de Recuperação de APPs e RL da região de Santarém e Belterra em elaboração

Treinamento de formação para multiplicadores de técnicas de recuperação de APP e RL para 35 técnicos funcionários concursados da Secretaria de Estado de Meio Ambiente do Pará responsáveis pelo licenciamento ambiental rural.

Treinamento em técnicas de georreferenciamento para mais de 25 técnicos da Secretaria de Estado de Meio Ambiente do Pará, e das Secretarias Municipais de Meio Ambiente, de Marabá, Paragominas e São Felix do Xingú para o fortalecimento das ações do Cadastro Ambiental Rural.

Proposta técnica e elaboração do Ante-projeto da promotoria de justiça do Oeste do Pará (Ministério Público do Pará) orientado para o monitoramento da gestão ambiental rural na região do Baixo Amazonas.

Ferramentas Computacionais e Sistemas de Gestão de Informações associadas ao tema CAR e Adequação Ambiental da Propriedade Rural

AGROGEO versão 1 – ferramenta em ARCGIS para cadastramento e análise ambiental de propriedades rurais.

AGROGEO versão 2 – ferramenta em ARCGIS para elaboração de projetos técnicos e de CAR para protocolar.

LEGALGEO – ferramenta em ARCGIS para geração de cenários de locação de reservas legais na propriedade e de compensação/desoneração.

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Análise Econômica para regularização de RL – ferramenta em ACCESS para análise econômicas das opções legais de regularização de RL conforme cenários apresentados pelo LEGALGEO.

Protótipo Sistema de Monitoramento de RL – ferramenta em ARCGIS para geração de dinâmicas de desmatamentos em escalas mais refinadas para monitoramento de reservas legais.

Suporte técnico e testes nas ferramentas de inserção de propriedades nos sistemas CARs das SEMAs do PA e MT.

Estudos Técnicos Específicos

Minuta de Norma para Adequação Ambiental de Propriedades Rurais para operacionalizar mecanismos de regularização de reservas legais.

Estudos de mecanismos financeiros para desoneração de reservas legais em unidades de conservação.

Programa MT Legal – proposta de política publica para implementação do programa de adequação ambiental de propriedades rurais no Mato Grosso.

Suporte técnico para criação da linha de crédito do BNDES para aquisição de áreas para compensação e desoneração de RL.

Normas técnicas e mecanismos operacionais para implementação da Servidão Florestal.

Apoio a elaboração da instrução normativa 013/2008 que regulamenta o Cadastro Ambiental Rural de Imóveis no estado do Pará.

Planejamento, organização e coordenação do grupo de gestão florestal integrada e elaboração de proposta para cadastro ambiental multi-finalitario (integra informações ambientais e fundiárias) para apoiar ações de ordenamento territorial e regularização ambiental em áreas prioritárias do Estados do Pará.

Programa MT Legal – proposta de política publica para implementação do programa de adequação ambiental de propriedades rurais no Mato Grosso.

Estudo e mapeamento das áreas potenciais para compensação de reserva legal em 11 municípios do Estado do Pará com recomendações técnicas para viabilização dos acordos de compensação.

Iniciativas e projetos relacionados ao tema em outros Estados

Projeto Prólegal – suporte técnico e operacional para estruturação e implementação de processos de regularização de reservas legais no entorno de UCs Federais do Estado de Goiás.

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Projeto Corredor Tombador Veadeiros – regularização de reservas legais em propriedades rurais ligando Parque Nacional Chapada dos Veadeiros e RPPN Serra do Tombador.

Projeto Pólos de produção sustentável e certificada – suporte técnico na concepção e negociação de um programa estadual de adequação ambiental de propriedades rurais em pólos de produção do estado do Tocantins e apoio na construção e negociação do PPCDAM do Estado.

Projeto Adequação Ambiental do Oeste da Bahia – parceria com governo da Bahia, Ministério da Integração e produtores rurais na regularização ambiental e implementação do CAR nesse estado, abrangendo mais de 7,5 milhões de hectares.

Projeto ADECOAGRO – programa de adequação ambiental rural de propriedades rurais fornecedoras de cana-de-açucar para usina de álcool em Angélica MS.

Incitativa AMAVI e MMA – parceria para adequação ambiental de pequenas propriedades rurais no estado de Santa Catarina em 38 municípios.

Projeto Agrária / Servidão Florestal – implementação de servidões florestais para atender o passivo de reservas legais de cooperados da cooperativa Agrária no estado do Paraná.

Os quadros a seguir, resumem projetos executados pela TNC relativos a recursos/projetos/apoiadores de projetos executados, em execução e em negociação para implementação de ações associadas ao tema adequação ambiental de propriedades rurais e cadastro ambiental rural, que demonstram o potencial da parceria de projetos com a TNC no sentido de ampliar a escala de investimentos apresentadas para a presente proposta.

Tabela 11 - Projetos Executados ou em Execução

Projeto Objetivo Principal Recursos (R$) (2005-2009)

Doadores principais

Soja Responsável na Amazônia

Redução e controle do desmatamento através da Regularização ambiental (Cadastro e Licenciamento Ambiental Rural) da produção agrícola na região

750.000,00 500.000, 00

Cargill Foundation Governo do Reino Unido

Projeto Lucas do Rio Verde Legal

Adequação ambiental de todas as propriedades rurais do município

500.000,00 Sadia, Fiagril, Syngenta

Projeto Cerrado Sustentável Adequação ambiental de propriedades rurais na bacia do rio São Lourenço e implementação de instrumentos legais e técnicos

1.700,000,00 Caterpillar

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de regularização de reservas legais

Cadeia Produtiva Responsável Engajamento de setores estratégicos do Agronegócio para adoção de criterios socio-ambientais em cadeias produtivas responsáveis de atividades agropecuárias na Amazônia.

400.000,00

USAID

Promover Cumprimento do código Florestal Brasileiro para redução do desmatamento na Amazônia

Reduzir o desmatamento illegal por meio do cumprimento do Código Florestal Brasileiro e fortalecer o apoio do Brasil aos mecanismos REDD após os acordos de 2012.

150.000,00

Governo do Reino Unido

Total 4.000.000,00

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ANEXO 3 – Termo de Cooperação MMA/TNC/SEMAs

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ANEXO 4 – Modelo Termo de Cooperação TNC/SEMA/Prefeituras/Sindicatos

TERMO DE COOPERAÇÃO TÉCNICA QUE ENTRE SI CELEBRAM O MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE, A SECRETARIA DE ESTADO DE MEIO AMBIENTE DO PARÁ/ A PREFEITURA MUNICIPAL xxxxxxxxxxxxxxxx; O INSTITUTO DE CONSERVAÇÃO AMBIENTAL THE NATURE CONSERVANCY DO BRASIL; A ASSOCIAÇÃO/O SINDICATO DE xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx, OBJETIVANDO O ENQUADRAMENTO E A REGULARIZAÇÃO SOCIOAMBIENTAL DAS PROPRIEDADES RURAIS DO MUNICÍPIO DE xxxxxxxxxxx NO ESTADO DO PARÁ/

A UNIÃO, por intermédio do MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE, doravante denominada simplesmente de MMA, órgão da Administração Pública Federal Direta, nos termos da Lei n

o 10.683, de 28 de maio de 2003 e do Decreto n

o 6.101, de 26

de abril de 2007, com sede no Ed. Marie Prendi Cruz, SEPN 505, Asa Norte, Brasília/DF e jurisdição em todo território nacional, inscrito no CNPJ/MF sob o n

o 37.115.375/0001-07, neste ato

representado pelo Ministro de Estado, ;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;O GOVERNO DO ESTADO DO PARÁ por intermédio da SECRETARIA DE ESTADO DE MEIO AMBIENTE com sede na Rua xxxxxxxxxxxxxxxxxxxx na cidade de xxxxxxxxx Estado de xxxxxxxxxxx, inscrita no CNPJ/MF sob nº xxxxxxxxx, doravante denominada simplesmente SEMA, representada pelo seu Secretário de Estado, xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx, portador da Cédula de Identidade nº.a PREFEITURA MUNICIPAL DE xxxxxxxxxx, Estado de xxxxxxxxxxx, pessoa jurídica de direito público, com sede na (Rua, Avenida)xxxxxxxxxxxx Centro, na cidadede inscrita no CNPJ/MF sob o n°. xxxxxxxxxxxxx doravante denominada simplesmente Prefeitura, neste ato representado pelo Exmo. Sr.(a) xxxxxxxxxxxx, portador(a) do RG n°..... e do CPF n.º .................., segundo ato administrativo xxxxx; o INSTITUTO DE CONSERVAÇÃO AMBIENTAL THE NATURE CONSERVANCY DO BRASIL, associação civil sem fins lucrativos, com sede no SRTVS Qd. 701, Conj. D - Bloco B - Loja 246 / Centro Empresarial Brasília Design Center, na cidade de Brasília, DF, inscrita no CNPJ/MF sob o n° 00.104.175/0001-49, doravante denominada simplesmente TNC, neste ato representada por IAN SAMUEL THOMPSON ..............xxxxxxxxxxxxx (nome e título), portador do RG n° xxxxxxxx e do CPF n° xxxxxx; a ( Associação, Sindicato) xxxxxxxxxxxxx, com sede na ............, na cidade de xxxxxxxxxxxxxxxxxx, estado de xxxxxxxxxxxxxx, inscrita no CGC/MF sob n.º ...................., doravante denominada simplesmente xxxxxxxxxxx, neste ato representada pelo seu Presidente Sr. xxxxxxxxxx. portador do RG n.º ..................... e do CPF n.º ........ e coletivamente neste instrumento denominadas “Partes” e individualmente uma “Parte”, CONSIDERAM :

Que todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações (Código Florestal, art. 225). Que existem municípios do Pará na lista dos municípios prioritários para a prevenção e controle do desmatamento, no âmbito do Plano de Prevenção e Controle do Desmatamento da Amazônia Legal – PPCDAm.

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Que nos municípios incluídos na lista de municípios com o desmatamento monitorado e sob controle, é necessário que em 80% de seu território, excetuadas as unidades de conservação de domínio público e terras indígenas homologadas, tenha sido realizado o cadastramento ambiental de imóveis rurais. Que os esforços dos Governos do Pará em implementar um programa de regularização ambiental de imóveis rurais com a implementação de Sistemas de Monitoramento e Controle de reservas legais, áreas de preservação permanente e desmatamentos ilegais estejam em progresso. Que os avanços dos Estados do Pará na implementação de Projetos municipais e regionais voltados a implementação de Cadastros Ambientais Rurais por meio de projetos em parcerias com ONGs, setor privado e municípios estejam em curso. Ainda, que as políticas de Cadastro Ambiental Rural estão estabelecidas pelo Governo Federal e pelo Governo do Estados do Pará, assim acordam o seguinte: CLÁUSULA PRIMEIRA – DO OBJETO

Por meio do presente Termo de Cooperação Técnica, os partícipes têm como objetivo

formalizar uma colaboração mútua visando implementar o Projeto “Cadastramento Ambiental Rural Municipal para fins de controle e monitoramento de desmatamentos ilegais , compatibilizando o desenvolvimento agropecuário e a conservação ambiental da região, no município de ..................

PARÁGRAFO ÚNICO – Para fins de identificação, comunicação e marketing, o presente objeto passa a denominar-se “ Marabá Município Verde “ ????.

CLÁUSULA SEGUNDA - DAS METAS

Para o alcance do objetivo do presente Termo, as Partes concordam em atuar de forma

integrada para o alcance das seguintes metas: I. Desenvolvimento de mecanismos que garantam o efetivo cumprimento da legislação

ambiental vigente; II. Garantia da ampla adesão dos produtores rurais ao Projeto; III. Definição do planejamento da paisagem em áreas de comum interesse entre as Partes,

visando estabelecer as melhores configurações da paisagem, levando em conta os aspectos ecológicos, sociais, econômicos e a legislação ambiental para garantir a conectividade entre remanescentes de vegetação natural da região, incluindo a possibilidade de se criarem Unidades de Conservação para efeito de adequação ambiental de passivo de reserva legal;

IV. Mapeamento das propriedades rurais, em regiões de comum interesse entre as Partes, e a elaboração de um diagnóstico atual do uso e cobertura vegetal das mesmas, identificando o remanescente florestal em cada propriedade (reserva legal e vegetação ripária) e os principais padrões de uso do solo;

V. Criação de mecanismos para que os passivos ambientais e sociais sejam recuperados ou compensados através de acordos coletivos, maximizando assim as áreas de ecossistemas nativos contínuos sob proteção, contemplando a possibilidade de compensações de reserva legal fora da propriedade e desoneração de reserva legal conforme disposto no Código Florestal e legislação estadual pertinente;

VI. Definição das melhores oportunidades para promover a regularização de reservas legais, propondo aos proprietários rurais formas de minimizar os custos para o cumprimento da lei e as possibilidades de linhas de crédito para a implementação dos projetos individuais e ou coletivos;

VII. Definição das melhores práticas voltadas ao processo de recuperação de áreas de preservação permanente degradadas, em regiões de comum interesse entre as Partes, seguindo o princípio de minimização de custos;

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VIII. Estabelecimento de parcerias, no município XXXXXXX com vistas a propiciar os procedimentos de regularização de reservas legais em que os produtores que tenham aderido ao Projeto receberão os insumos para elaboração dos projetos de licenciamento, bem como a negociar prazos para a efetiva implementação de suas reservas legais, respeitando os dispositivos legais vigentes, por meio dos termos de ajustamento de conduta;

IX. Criação de mecanismos para o efetivo monitoramento do cumprimento dos acordos de regularização ambiental de propriedades rurais, de forma transparente e reconhecida pela sociedade civil e autoridades governamentais responsáveis;

X. Integração de esforços das Partes na construção de um processo de regularização da produção agrícola com ganho para o meio ambiente e para o produtor rural;

XI. Identificação de mecanismos de mercado relacionados às Mudanças Climáticas. CLÁUSULA TERCEIRA - DAS OBRIGAÇÕES DAS PARTES I – Constituem obrigações do Ministério do Meio Ambiente cuja implementação ficará sujeita às especificações mais detalhadas a serem determinadas nos planos de trabalho descritos na Cláusula Quarta deste Termo:

(i) Oferecer os meios disponíveis no Programa Piloto, executado em parceria com o Banco Mundial, para as atividades necessárias do Projeto Cadastramento Ambiental Rural Municipal;

(ii) Promover a articulação entre os demais órgãos do governo federal, a SEMA-PA Prefeitura e TNC para a realização das atividades inerentes ao projeto;

(iii) Utilizar os subsídios gerados pela presente cooperação na condução das diretrizes e aspectos normativos voltados a operacionalização do Decreto 7.029 de 10 de dezembro de 2009.

(iv) Realizar a comunicação e negociação com Banco Mundial, com a Comissão de Coordenação Conjunta do Programa Piloto e com Doadores do Programa Piloto para a destinação dos insumos e prazos necessários para execução do Projeto Cadastramento Ambiental Rural Municipal;

(v) Acompanhar e avaliar o andamento dos trabalhos e os produtos alcançados;

(vi) Designar um ponto focal para acompanhar o presente Termo de Cooperação Técnica e viabilizar a participação de um representante em eventos e/ou encontros técnicos do Projeto.

(vii) Trabalhar em conjunto com as demais Partes para atingir as metas comuns listadas na CLÁUSULA SEGUNDA do presente Termo;

II – Constituem obrigações da SEMA, cuja implementação ficará sujeita às especificações mais detalhadas a serem determinadas nos planos de trabalho descritos na Cláusula Quarta deste Termo:

a) Solicitar ao IBGE ou ao DSG a homologação das Bases Cartográficas municipais atualizadas;

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b) Compartilhar com a TNC bases de dados (cartográfica, imagens de satélite e cadastros de propriedades rurais) e outras informações pertinentes à regularização ambiental dos imóveis rurais do Município xxxx;

c) Disponibilizar imagens de satélite de alta resolução para a TNC, de modo que esta tenha a responsabilidade de conduzir nos municípios da Cooperação com o Ministério do Meio Ambiente, a estruturação das respectivas bases cartográficas digitais ,efetivamente de acordo com o Termo de Referência validado pela SEMA ;

d) Designar a equipe para exercer as atividades de coordenação técnica e operacional necessárias ao cumprimento do objeto deste Termo;

e) Auxiliar tecnicamente as Partes na execução do Projeto, disponibilizando equipe técnica e infraestrutura para a execução das atividades previstas nos Planos de Trabalho Anuais do presente Termo;

f) Mapear atores interessados no Projeto e facilitar o estabelecimento de parcerias locais com os produtores rurais, organizações sociais e produtivas, necessárias para o fiel cumprimento das metas estabelecidas na CLÁUSULA SEGUNDA do presente Termo;

g) Disponibilizar técnicos e suas despesas de diárias, para acompanhar as atividades de campo referentes às atividades nas quais a participação da SEMA esteja prevista nos Planos de Trabalho Anuais;

h) Promover os ajustes técnicos, operacionais e normativos que busquem a regularização das áreas de reservas legais e áreas de preservação permanente das propriedades cadastradas;

i) Estimular a definição do planejamento da paisagem em áreas de comum interesse entre as Partes, visando estabelecer as melhores configurações da paisagem, levando em conta os aspectos ecológicos, sociais, econômicos e a legislação ambiental para garantir a conectividade entre remanescentes de vegetação natural da região, incluindo a possibilidade de se criar Unidades de Conservação para efeito de adequação ambiental de passivo de reserva legal;

j) Desprender esforços, em conformidade aos dispositivos legais e oportunidades políticas, no sentido de garantir a regularização das áreas de reservas legais e áreas de preservação permanente das propriedades cadastradas;

k) Priorizar a negociação dos termos de ajustamento de conduta ao invés das autuações dos proprietários com passivos de reserva legal e áreas de preservação permanente; definindo a estrutura dos termos de ajustamento de conduta em que serão negociados os prazos para a efetiva implementação das áreas de reservas legais das propriedades;

l) recepcionar o mapeamento georreferenciado desenvolvido pela TNC para o cadastramento e regularização ambiental das propriedades rurais envolvidas no Projeto;

m) Compartilhar as bases de dados entre as Partes, inclusive shape files, de todas as propriedades rurais do município com processo de regularização na SEMA, no que tange a reserva legal e áreas autorizadas para desmate;

n) Zelar pelo cumprimento das normas legais e procedimentos estabelecidos pela legislação brasileira;

o) Disponibilizar, divulgar informações sobre os procedimentos sobre o (nome do Projeto); p) Promover a capacitação necessária dos profissionais cadastrados na SEMA para o perfeito

atendimento do (nome do Projeto); q) Disponibilizar na internet, para público amplo, os resultados da regularização de reserva

legal e de recuperação das áreas de preservação permanente.

III – Constituem obrigações da PREFEITURA, cuja implementação ficará sujeita às especificações mais detalhadas a serem determinadas nos planos de trabalho descritos na Cláusula Quarta deste Termo:

a) Trabalhar em conjunto com as demais Partes para atingir as metas comuns listadas na CLÁUSULA SEGUNDA do presente Termo;

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b) auxiliar tecnicamente e apoiar as Partes na execução do projeto por meio da disponibilidade de equipe técnica e infra-estrutura, bem como auxílio na promoção da sensibilização dos proprietários rurais locais;

c) Assumir o papel de liderança geral do Projeto, no sentido de garantir o efetivo envolvimento da comunidade e instituições participantes;

d) Facilitar a integração de prefeituras dos municípios vizinhos nas atividades relacionadas ao Projeto;

e) Apoiar as atividades de levantamento e cadastramento das propriedades rurais; f) Promover a mobilização e organização dos eventos de conscientização ambiental e de

disseminação tecnológica direcionado aos proprietários rurais da região; g) Zelar pelo cumprimento das normas legais e procedimentos estabelecidos pela legislação

brasileira; h) Atuar proativamente na identificação e construção de alianças para efetivação das áreas

de compensação / desoneração de reserva legal fora do município; i) Propor medidas para incentivar a adesão dos produtores rurais ao (nome do projeto).

IV Constituem obrigações da TNC , cuja implementação ficará sujeita às especificações mais detalhadas a serem determinadas nos planos de trabalho descritos na Cláusula Quarta deste Termo:

(viii) Coordenar, gerenciar e executar o Projeto em conformidade aos Planos de Trabalho Anuais, aprovados pelas Partes;

(ix) Manter as Partes plenamente informadas sobre o andamento do Projeto, estabelecendo uma agenda de reuniões e tornando participativo o processo de planejamento e execução das atividades;

(x) Disponibilizar as ferramentas e os mecanismos para o cadastramento georreferenciado das propriedades rurais, em larga escala, inseridas nas regiões priorizadas nos Planos de Trabalho Anuais;

(xi) Disponibilizar, para as Partes, o pré-diagnóstico da situação da cobertura vegetal das propriedades cadastradas, decorrente do mapeamento realizado, no formato acordado entre as Partes;

(xii) Promover a avaliação, em conjunto com a SEMA, da situação do uso e ocupação do solo, cobertura vegetal, reserva legal, áreas de preservação permanente em cada propriedade cadastrada;

(xiii) Disponibilizar a ferramenta de planejamento da paisagem do município para geração dos cenários desejáveis, considerando os critérios ecológicos e econômicos acordados entre as Partes, e os critérios legais vigentes na legislação ambiental;

(xiv) Apoiar a identificação dos cenários desejáveis para formação e/ou implementação dos corredores ecológicos, áreas de produção e áreas aptas para compensação e/ou regeneração;

(xv) Identificar áreas prioritárias para compensação considerando os aspectos relacionados a bacias hidrográficas, remanescentes florestais, tipos de fitofissionomias, dentre outros aspectos legais e ecológicos;

(xvi) Promover a capacitação técnica dos atores envolvidos no Projeto por meio de cursos e treinamentos a serem acordados nos planos de trabalho e eventos de disseminação;

(xvii) Apoiar no aprimoramento dos instrumentos técnicos de monitoramento dos termos de ajustamento de conduta e projetos aprovados, quando demandado, conforme descrito na CLÁUSULA QUARTA do presente Termo;

(xviii) Disponibilizar técnicos necessários para o fiel cumprimento das obrigações assumidas;

(xix) Propor medidas para incentivar a adesão dos produtores rurais ao (nome do projeto);

(xx) Envidar esforços para que os benefícios de outros acordos de cooperação no âmbito dos processos de regularização de reservas legais sejam incorporados ao Projeto;

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(xxi) Elaborar um Plano de Comunicação do Projeto definindo responsabilidades, mecanismos, alcance e o detalhamento de ações, a ser submetido para aprovação das Partes;

(xxii) Apoiar a elaboração e produção de materiais didáticos relacionados aos objetivos do Projeto.

V – Constituem obrigações (da Associação / do Sindicato), cuja implementação ficará sujeita às especificações mais detalhadas a serem determinadas nos planos de trabalho descritos na Cláusula Quarta deste Termo:

a) Mobilizar os produtores rurais para que tomem todas as providências necessárias para formalização do Cadastro Ambiental Rural, bem como a adequação ambiental das áreas de preservação permanente (APP) das propriedades cadastradas;

b) Criar um programa de Educação Ambiental a ser implantado junto aos produtores rurais visando a divulgar, multiplicar e consolidar o conhecimento e a importância sobre a prática econômica sustentável, com respeito ao ambiente;

c) Participar do processo de negociação dos termos de ajustamento de conduta e apoiar seus membros no cumprimento das obrigações postuladas nos acordos;

d) Identificar fontes de financiamento aos produtores, não-reembolsáveis e/ou subsidiados, para implementação das recomendações da primeira fase do Projeto e dos acordos firmados nos termos de ajustamento de conduta, principalmente no que diz respeito à aquisição de áreas para compensação extra propriedade e aquisição de áreas no interior de Unidades de Conservação para atendimento ao mecanismo de Desoneração de Reserva Legal dos passivos de reserva legal;

e) Propor medidas para incentivar a adesão dos produtores rurais ao (nome do projeto). f) Trabalhar em conjunto com as Partes para atingir as metas comuns listadas na

CLÁUSULA SEGUNDA do presente Termo; g) Apoiar as atividades de levantamento e cadastramento das propriedades rurais, bem

como de conscientização e mobilização dos proprietários cadastrados na promoção da regularização ambiental por meio da celebração de Termos de Ajustamento de Conduta, ou outros acordos e compromissos que apóiem efetivamente a regularização ambiental dos imóveis, à luz dos normativos aplicáveis;

h) Trabalhar junto aos proprietários rurais para que a regularização do passivo de reserva legal no município seja efetivamente corrigida (regenerada ou compensada) em conformidade a legislação ambiental vigente e negociação dos termos de ajustamento de conduta;

i) Promover a mobilização e organização dos eventos de sensibilização ambiental com vistas a regularização ambiental;

j) Facilitar o envolvimento dos produtores rurais e organizações locais com a regularização ambiental das propriedades rurais.

CLÁUSULA QUARTA – DAS ETAPAS DO PROJETO

Para cumprir as metas delineadas neste Termo serão desenvolvidos Planos de Trabalho Anuais, contendo os mecanismos de implementação, objetivos, indicadores e custos, a serem acordados entre as Partes, que integram o presente Termo.

Nos Planos de Trabalho constarão efetivamente as propostas de implementação dos

acordos firmados, o detalhamento das tarefas e responsabilidades da parceria para os anos subseqüentes de execução. Aprovado formalmente pelos signatários do presente Termo, cada Plano Trabalho Anual será anexado a este Termo.

Para cumprir as metas delineadas neste Termo, o Projeto será desenvolvido em duas

fases:

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A primeira fase refere-se essencialmente aos diagnósticos, mapeamento e cadastramento das propriedades rurais conforme os procedimentos do processo de Licenciamento Ambiental de Imóveis Rurais. Os mecanismos de implementação, objetivos, indicadores e custos desta primeira fase serão discriminados no primeiro Plano de Trabalho Anual que será acordado entre as Partes e integrará o presente Termo.

Ainda na primeira fase será elaborada a proposta da segunda fase que tratará da

proposição dos mecanismos de regularização ambiental da reserva legal das propriedades rurais, da efetiva implementação dos acordos firmados; aprimoramento dos instrumentos de gestão ambiental da propriedade rural; estímulo ao processo de certificação da produção agrícola dos proprietários que efetivamente aderirem ao Projeto e da identificação de mercado relacionados às Mudanças Climáticas.

CLÁUSULA QUINTA - DOS TERMOS ADITIVOS

Para cumprir as atividades detalhadas neste Termo e nos Planos de Trabalho Anuais, as Partes poderão assinar termos aditivos a este Termo, nos quais poderão ser definidas novas metas e responsabilidades de cada uma das Partes. Tais termos aditivos serão incorporados ao presente Termo e serão considerados como enunciados que fazem parte integral do mesmo. CLÁUSULA SEXTA - DO INTERCÂMBIO DE INFORMAÇÕES / USO DE PROPRIEDADE INTELECTUAL

I. As Partes poderão produzir documentos, relatórios, estudos, e mapas, assim como produtos específicos (denominados “Materiais”) usando informações dos bancos de dados criados ou produzidos através dos esforços individuais ou coletivos das Partes com base no presente Termo. Salvo que as Partes tenham acordado de forma distinta, os direitos autorais e outros direitos de propriedade intelectual sobre quaisquer desses Materiais pertencerão à(s) Parte(s) que elabore(m) os mesmos.

II. Nenhuma das Partes publicará ou distribuirá os Materiais elaborados pelas outras Partes sem consentimento prévio, nem sem reconhecer na publicação a sua participação.

III. Se os Materiais forem elaborados conjuntamente pelas Partes, os direitos autorais e outros direitos de propriedade intelectual pertencerão conjuntamente às essas Partes.

IV. Nenhuma das Partes publicará os Materiais elaborados conjuntamente sem o consentimento prévio das outras, nem sem reconhecer na publicação a participação das outras.

V. Os nomes e logotipos das Partes não podem ser utilizados para nenhum propósito sem a prévia autorização expressa escrita de seus proprietários.

VI. A TNC elaborará um Plano de Comunicação externa do Projeto, que aprovado pelas Partes, definirá responsabilidades, mecanismos, alcance e o detalhamento de ações.

CLÁUSULA SÉTIMA - DA VIGÊNCIA

O presente Termo vigorará por 03 (três) anos, a contar da data de sua assinatura, podendo

ser: I. Prorrogado e/ou alterado, mediante lavratura de termo aditivo firmado pelas Partes antes

do seu término. II. Rescindido, por solicitação de qualquer das Partes, mediante a entrega de notificação da

intenção de rescindir, com 30 (trinta) dias de antecedência, e anuência de todas as outras Partes.

Qualquer Parte poderá retirar-se do presente Termo, mediante entrega de notificação às

outras Partes, com 30 (trinta) dias de antecedência. CLÁUSULA OITAVA - DA TRANSFERÊNCIA DE FUNDOS

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Este Termo não obriga as Partes a prestar apoio financeiro de qualquer natureza. Qualquer transferência de recursos monetários entre as Partes será objeto de contrato independente, com inclusão de cláusulas e outras condições de acordo com o procedimento interno de cada Parte. CLÁUSULA NONA - DOS CONTATOS PRINCIPAIS

Os contatos principais para cada uma das Partes serão:

Para o MMA

Nome

Cargo

Endereço

Telefone

Para a SEMA: [Nome do contato] [Cargo] [Endereço] [Telefone] Para a PREFEITURA: [Nome do contato] [Cargo] [Endereço] [Telefone] Para a Associação/ o Sindicato [Nome do contato] [Cargo] [Endereço] [Telefone] Para a TNC: ______________________ Francisco Carlos Guedes Fonseca Especialista em Governança Ambiental Av. Nazaré, 280 - Nazaré Belém-PA - 66035-170 91- 4008 6216

Esses contatos principais poderão ser alterados a qualquer tempo, mediante aviso prévio às Partes. CLÁUSULA DÉCIMA - DA RESPONSABILIDADE

Cada Parte deverá ser unicamente responsável pelo pagamento de todas as ações judiciais por perdas, dano contra os direitos pessoais de um indivíduo, morte, dano patrimonial ou outro dano, que resulte de qualquer ação ou omissão de seus prepostos ou agentes em relação ao cumprimento deste Termo.

CLÁUSULA DÉCIMA PRIMEIRA – DA EXCLUSÃO DA RESPONSABILIDADE

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Os vínculos jurídicos, financeiros ou de qualquer natureza assumidos singularmente por qualquer uma das Partes são de sua exclusiva responsabilidade, não se comunicando a título de solidariedade ou subsidiariamente às outras Partes, sobre qualquer pretexto ou fundamento.

CLÁUSULA DÉCIMA SEGUNDA – DA AUSÊNCIA DE ASSOCIAÇÃO

As Partes não formalizarão nenhum contrato de sociedade, empresa conjunta ou outro

negócio similar, nem é a intenção das Partes formalizarem uma empresa comercial. Nenhuma das Partes se referirá ou tratará os termos desta cooperação como uma sociedade comercial ou tomará nenhuma ação congruente com tal intenção. CLÁUSULA DÉCIMA TERCEIRA – DA CONFIDENCIALIDADE

Durante a vigência do presente Termo, as Partes poderão ter acesso a materiais, dados,

estratégias, sistemas ou outras informações de uso exclusivamente interno relacionadas às outras Partes e a seus programas. Tais informações não serão utilizadas, publicadas ou divulgadas a qualquer pessoa física ou jurídica, de qualquer maneira ou para qualquer finalidade, salvo mediante o consentimento prévio e por escrito da Parte em questão, consentimento esse que poderá ser negado pela respectiva Parte a seu exclusivo critério. CLÁUSULA DÉCIMA QUARTA – DE OUTRAS PARCERIAS

O presente Termo não impede que as Partes estabeleçam acordos, convênios e/ou

contratos similares com outras pessoas físicas ou jurídicas, bem como agências e organizações públicas ou privadas. As Partes reconhecem a importância de continuarem cooperando e trabalhando com outros parceiros em programas de interesse mútuo, podendo, por meio de documento escrito assinado pelas Partes, convidar outros parceiros a participar das atividades executadas sob o presente Termo. CLÁUSULA DÉCIMA QUINTA – DA CESSÃO

É vedado às Partes ceder ou transferir o presente Termo, salvo mediante o consentimento

prévio e por escrito das outras Partes.

CLÁUSULA DÉCIMA SEXTA – DA OBSERVÂNCIA ÀS LEIS As Partes observarão todas as leis e regulamentos aplicáveis durante a realização das

atividades executadas nos termos do presente Termo.

CLÁUSULA DÉCIMA SÉTIMA – DA INDEPENDÊNCIA DAS CLÁUSULAS A invalidade de qualquer cláusula contida no presente Termo não prejudicará a validade

das demais disposições ora avençadas. CLÁUSULA DÉCIMA OITAVA - DA RESOLUÇÃO DE DISPUTAS

As Partes aqui concordam que na eventualidade de qualquer disputa entre as mesmas,

estas deverão primeiramente procurar resolver suas divergências através de discussões informais. Caso a divergência não possa ser resolvida dentro de 60 dias consecutivos, as Partes concordam que a disputa será negociada entre elas por meio de mediação. Os custos da mediação serão compartilhados igualmente pelas Partes. Nenhuma das Partes declina seus direitos legais de reclamar seus direitos relacionados a este Termo no fórum legal competente.

CLÁUSULA DÉCIMA NONA - DA ABRANGÊNCIA

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Este Termo, incluindo os Aditivos e Anexos, se houver, incorpora totalmente os

entendimentos entre as Partes envolvidas. Nenhuma modificação a este Termo terá efeito a menos que seja assinada pelas Partes. CLÁUSULA VIGÉSIMA - DA PUBLICAÇÃO

O presente Termo de Cooperação Técnica será publicado no Diário Oficial do Estado do Pará , pela SEMA, dentro do prazo legal.

CLÁUSULA VIGÉSIMA PRIMEIRA – DO FORO

Fica eleito o foro da cidade de XXXXXXXXXX para dirimir dúvidas ou litígios decorrentes deste Termo, com renúncia expressa de qualquer outro, por mais privilegiado que seja.

E por estarem de pleno acordo, firmam o presente instrumento em 04 (quatro) vias de igual teor e forma, perante as testemunhas abaixo. ( Nome da cidade e do Estado) , ..... de ( mês) de 2010.

Ministério do Meio Ambiente NOME

Secretário de Estado de Meio Ambiente do Pará

NOME Prefeito Municipal de XXXXXX

NOME Associação/Sindicato XXXXXXXX

Diretor do Programa de Conservação da Amazônia Instituto de Conservação Ambiental The Nature Conservancy do Brasil

TESTEMUNHAS: __________________________________ NOME: CPF: __________________________________ NOME: CPF:

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ANEXO 5 – MATRIZ LÓGICA DO PROJETO

Objetivo Superior : Estabelecimentos rurais estão em conformidade com a legislação ambiental aplicável.

Objetivo de desenvolvimento do projeto Indicador do objetivo

OEMAs munidos com Cadastramento Ambiental Rural Ambiental para monitoramento e controle ambiental de imóveis rurais nos municípios selecionados de MT e PA, com as informações do CAR inseridas no SIMLAM.

a) Imóveis rurais, em 80% do território (exceto UCs públicas, TIs e áreas urbanas) de cada um dos municípios selecionados , mapeados e georreferenciados segundo formato e normas técnicas dos OEMAs.

b) Base de dados dos imóveis rurais mapeados e georreferenciados inseridos nos Bancos de Dados das SEMAS no formato requerido pelo mesmo.

c) Emissão do CAR de imóveis rurais mapeados e georreferenciados na totalidade dos imóveis mapeados do Pará e pelo menos 50% dos imóveis mapeados no Mato Grosso.

Resultados intermediários Indicadores do resultado

As 5 prefeituras municipais, sindicatos e outros grupos relevantes cooperando com o projeto

Termos de cooperação assinados e em implementação

Responsáveis pelos imóveis rurais dos municípios seletos informados, mobilizados e engajados no projeto

Pelo menos 60% dos responsáveis autorizam a coleta e uso dos dados de georreferenciamento das suas propriedades

Mapeamentos e georreferenciamentos dos imóveis rurais inseridos nos Bancos de Dados das SEMAS.

Base de Dados das SEMAs com as informações coletadas pelo projetos em seu sistema de monitoramento e controle.

CARs emitidos para proprietários que autorizam encaminhamento junto a SEMA

Totalidade dos mapeamentos e georreferenciamentos dos imóveis rurais realizados pelo projeto no PA com CAR emitido Pelo menos 50% dos proprietários rurais do MT, mapeados e georreferenciado, autorizam e protocolam requerimento de CAR junto a SEMA, sendo esperado uma quantidade de aproximadamente 1.000 CARs protocolados com respectivos PRADs.

Lições aprendidas registradas, após consultas com diferentes públicos alvos

Relatório contendo as lições e recomendações

As 5 prefeituras municipais, sindicatos e outros grupos relevantes cooperando com o projeto

Termos de cooperação assinados e em implementação

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resumo das principais atividades desenvolvidas pelo projeto

ETAPAS PRODUTOS ATIVIDADES

(xxiii) Estabelecimento de parcerias com instituições estratégicas

1 Plano de trabalho elaborado; 2 Termos de cooperação técnica e

acordos com parceiros locais assinados;

3 Eventos para mobilização e sensibilização de produtores organizados.

4 Técnicos locais capacitados

(i) Planejar as ações do projeto nos municípios para atuar de forma integrada no processo de sensibilização dos produtores rurais para realizar o mapeamento e cadastro dos estabelecimentos rurais

(ii) Negociar termos de cooperação técnica e acordos com parceiros locais para execução das ações de cadastro;

(iii) Organizar reuniões e eventos para mobilização e sensibilização de produtores.

(iv) Capacitar técnicos das prefeituras e dos sindicatos

(xxiv) Base cartográfica digital e Mapeamento do Uso do Solo

1 Base cartográfica digital, nos temas hidrografia e estradas, na escala 1:25.000 elaborada;

2 Uso do solo dos municípios (cerca de 5,5 milhões de hectares) mapeado

(v) Preparar mosaico de imagens de satélite para os municípios;

(vi) Elaborar e atualizar a base cartográfica digital, nos temas hidrografia e estradas, na escala 1:25.000;

(vii) Mapear o uso do solo dos municípios (cerca de 5,5 milhões de hectares).

(i) Levantamento georreferenciado das propriedades rurais

1 Informações sobre as bases de propriedades rurais nos OEMAs, INCRA, Institutos de Terra, MDA e nas prefeituras municipais levantadas;

2 Georreferenciamentode propriedades rurais em pelo menos 80% do território municipal realizado;

3 Diagnosticos ambientais individualizados dos propriedades cadastrados na base de dados do projeto.

(i) Levantar informações sobre as bases de propriedades rurais na SEMA, no INTERMAT, no ITERPA e nas prefeituras municipais;

(ii) Mobilizar e sensibilizar os proprietários; (iii) Georreferenciar os imóveis rurais que os

proprietários rurais autorizarem a entrada; (iv) Gerar relatórios ambientais individualizados

dos propriedades cadastrados.

(v) Cadastramento Ambiental Rural

1 Dados do Diagnóstico Ambiental das Propriedades Rurais em formato utilizado pelo OEMAs para fins de monitoramento e fiscalização.

2 Dados em Bloco ou Individualizados de propriedades rurais disponibilizados para os proprietários e seus respectivos prestadores de serviço, para fins de inserção no SIMLAM das OEMAs, em conformidade com o formato determinado em suas regulamentações.

3 Inserção dos CAR no SIMLAM da SEMA/PA. No caso do Mato Grosso, pelo menos 50% das propriedades rurais, com autorização e requerimento de até 1.000 CARs protocolados junto a SEMA, com seus respectivos PRADs, para início do processo de regularização ambiental.

(i) Organizar e adaptar as bases de dados para inserção nos Bancos de Dados das SEMA/MT e SEMA/PA;

(ii) Mobilizar proprietários rurais para autorizar os protocolos do CAR junto as SEMAS

(iii) Elaborar chave analítica para geração dos PRADs nos requerimentos do CAR que demandarem sua elaboração

(iv) Realizar capacitações de prestadores de serviço para inserção dos dados no SIMLAM

(v) Contratar prestadores de serviço para formalizar e elaborar CAR e PRADS de proprietários que autorizarem o protocolo junto a SEMA.

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(vi) Lições aprendidas 4 Relatório contendo a sistematização das lições aprendidas;

5 Estudos comparativo sobre aspectos positivos e negativos da metodologia de levantamento por varredura e a individual (cartografia, documentação e custos);

6 Proposta de integração das políticas de CAR às políticas fundiárias;

7 Documento contendo sugestões de políticas de incentivo à regularização ambiental na Amazônia.

(vii) Sistematizar as experiências de realização do CAR.

(viii) Realizar estudos técnicos e científicos relacionados aos aspectos de precisão, validação legal e custo de implementação das metodologias do CAR Varredura e Georreferenciamento Geodésico;

(ix) Realizar mapeamento de oportunidades e entraves relacionados aos aspectos do Código Florestal e suas inseguranças jurídicas que possam ser utilizados para potencializar os processos de regularização de reservas legais

(x) Realizar seminários para apresentar lições aprendidas

(xi) Administração do projeto

1 Relatórios de acompanhamento do projeto.

(i) Contratar equipe administrativa e técnica;

(ii) Desenvolver e implementar procedimentos de monitoramento;

(iii) Preparar e acompanhar licitações, contratos e prestações de conta;

(iv) Despesas Operacionais.

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ANEXO 6 – Avaliação Socio-Ambiental e Diretrizes Ambientais e Sociais SUMÁRIO EXECUTIVO No Ano de 2007 o Ministério do Meio Ambiente identificou 43 municípios no bioma Amazônia considerados prioritários para a realização de ações de prevenção e controle do desmatamento, conforme determinação do Decreto Federal 6321/2007. Dentre as estratégias para a prevenção e controle do desmatamento pelo MMA está o Cadastramento Ambiental Rural (CAR) cuja metodologia inclui a identificação do limite da propriedade rural e orienta o proprietário para a regularização da Reserva Legal e Área de Preservação Permanente (APP). Esta iniciativa e abordagem foi desenvolvida pela ONG The Nature Conservancy (TNC) e testada com sucesso no município de Lucas do Rio Verde/MT, Santarém/PA e outros. Este projeto pretende implementar o CAR nos municípios de Feliz Natal (MT), Brasnorte (MT), Juina (MT), Santana do Araguaia (PA) e Marabá (PA), que juntos possuem mais de 8 milhões de hectares, e assim contribuir para estabelecer estratégia de replicação e implementação do CAR nos demais municípios classificados pelo MMA como prioritários para o controle de desmatamento. Neste documento estão listadas as políticas operacionais do Banco Mundial que são ativadas pelas ações e identificados os potenciais impactos do projeto que geram salvaguardas, bem como são descritas as medidas mitigadoras para os potencias impactos negativos. Com relação aos impactos positivos deste projeto destacamos a regularização ambiental das propriedades rurais que possibilitará a efetiva implementação de um sistema de monitoramento do desmatamento qualitativo, em que será possível qualificar e especificar o desmatamento, o limite das propriedades, seu proprietário e informações sobre as respectivas atividades agropecuárias corrente. Esta regularização aumentará as chances do produtor rural de acesso ao crédito agrícola, potencial de inclusão em mercados de commodities agrícolas diferenciados, e principalmente sair da lista dos municípios embargados pelo MMA. Complementarmente o cadastro será essencial para o sistema de controle ambiental que envolve os ativos florestais da propriedade, as atividades agroindustriais e as questões referentes ao uso da água, o que contribui no processo de conservação da biodiversidade, no controle de degradação ambiental e da conservação dos recursos hídricos. Finalmente os dados do cadastro poderão ser utilizados como subsidio aos processos de regularização fundiária dessa região. Com relação aos potenciais impactos negativos destacamos que o processo de governança alcançado pelo CAR pode gerar declínio de algumas economias municipais, principalmente aquelas que dependem da exploração ilegal dos recursos madeireiros. Como conseqüência espera-se a ocorrência de movimentos de oposição ao CAR por parte do setor produtivo ligado ao setor madeireiro, bem como pouco interesse ao CAR pelos proprietários com atividades agropecuárias devido ao risco de redução da rentabilidade do imóvel por conta da recuperação da Reserva Legal e APP degradadas, a expectativa de mudança no Código Florestal e insegurança sobre a efetividade ou punições vindas do processo de regularização ambiental. Aos proprietários que aderirem ao CAR espera-se a necessidade de investimento para viabilizar a recuperação de APPs e a recuperação ou compensação das reservas legais. Algumas compensações de áreas de reserva legal podem ocorrer em locais com menor potencial para a conservação da biodiversidade devido a especulação imobiliária das áreas com vegetação nativa para este fim. As medidas mitigadoras estão discriminadas respectivamente para cada um dos impactos negativos identificados em matriz ao final do documento.

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EXECUTIVE SUMMARY In 2007 the Brazilian Ministry of the Environment identified 43 municipalities in the Amazon biome as priority areas for deforestation prevention and control actions, as determined by the Federal Decree number 6321/2007. One of the Ministry of the Environment’s deforestation prevention and control strategies is the Farmland Environmental Registry (Cadastramento Ambiental Rural or CAR in Portuguese) whose methodology includes identifying the boundaries of rural properties and offering guidance to owners on the environmental regularization of Legal Reserves and Permanent Preservation Areas. This initiative and approach was developed by the NGO, The Nature Conservancy (TNC) and has been tried and tested successfully in the municipalities of Lucas do Rio Verde, in the State of Matto Grosso, and Santarém in the State of Pará. This project aims to implement the CAR in the municipalities of Feliz Natal, Brasnorte and Juina (State of Matto Grosso) and Santana do Araguaia and Marabá (State of Pará), that together cover an area of almost 20 million acres, and contribute towards developing a strategy for replicating and implementing the CAR in the other municipalities identified by the Ministry of the Environment as priority areas for the control of deforestation. This document lists the World Bank Operational Policies activated by these actions, highlights the project’s potential impacts that generate safeguards and describes mitigation measures to reduce potential negative impacts. Environmental regularization of rural properties is highlighted as one of the project’s positive impacts. This will enable the effective implementation of a qualitative deforestation monitoring system through which it will be possible to characterize and specify deforestation, property boundaries, owners and current production activities. Environmental regularization will improve farmers’ access to agricultural credit and markets for agricultural commodities differentiated from traditional products due to the possibility of the municipality having its name taken off the list of municipalities embargoed by the Ministry of the Environment. The CAR will also be essential to the environmental control system which involves rural property forest assets, agro-industrial activities and issues relating to the use of water, and contributes to the process of biodiversity conservation, environmental degradation control and water conservation. Finally, the data created under the CAR will be used to support the land-title regularization process in this region. The governance process achieved by the CAR is highlighted as a potential negative impact. This could lead to the decline of some municipal economies, principally those dependent on the illegal exploitation of forest resources in the form of logging. As a result, opposition movements to the CAR are expected from the logging sector. It is also expected that little interest will be shown by land owners whose main activities are agriculture and cattle raising owing to the risk of reductions in the farm profitability due to the recuperation of the Legal Reserve and degraded Permanent Preservation Areas, the expected changes in Forest Code and insecurity regarding the effectiveness of the environmental regularization process and/or punishments that may result from it. With respect to those land owners who adhere to the CAR, the need for investment to enable the recuperation of Permanent Preservation Areas and recuperation or compensation of Legal Reserves is expected. Some compensation for Legal Reserves may occur in areas with less potential for biodiversity conservation due to property market speculation in areas with native vegetation set aside for this objective. Mitigation measures are detailed for each of the negative impacts identified in the logframe at the end of the document.

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PARTE I 1. INTRODUÇÃO

Com o objetivo de reduzir substancialmente a taxa de desmatamento, o Governo Federal vem desenvolvendo desde 2004 o Plano de Ação para a Prevenção e o Controle do Desmatamento na Amazônia Legal – PPCDAm3. O principal resultado desse plano foi a consistente queda do desmatamento ocorrida por três anos consecutivos, entre 2005 e 2007. De uma taxa de 27 mil km² medida para 2004, o desmatamento caiu para 11.532km², em 2007. Todavia, no fim do segundo semestre de 2007, mudanças na dinâmica do desmatamento, captadas quinzenalmente pelo Sistema DETER do INPE, sinalizavam o retorno da elevação da taxa4.

Essa situação levou ao Governo Federal a acelerar a edição de novas medidas contra o desmatamento, que estavam em processo de negociação. Assim é que em 21 de dezembro de 2007 foi assinado o Decreto nº 6.321/07 que, dentre outros mecanismos, confere foco às ações de monitoramento e controle em municípios definidos como prioritários. Nesses, ficam proibidas novas autorizações de desmatamento e poderão ser objeto de recadastramento fundiário a ser realizado pelo INCRA. Tendo por base os critérios definidos pelo decreto, o Ministério do Meio Ambiente (MMA) editou em fevereiro de 2008 a Portaria nº 28/08 contendo uma lista de 36 municípios prioritários. A mesma lista foi ampliada, em março de 2009 por meio da Portaria nº102/09, para 43 municípios, permanecendo inalterada, através da publicação da portaria nº66/10 de março de 2010

O Decreto nº 6.321/07 estabelece também critérios para que os 43 municípios passem a integrar a lista daqueles cujo desmatamento possa ser considerado sob controle. Os critérios foram detalhados e acrescidos de novos através da Portaria MMA nº 103, de março de 2009. Assim, os municípios serão considerados com desmatamento sob controle quando:

I – possuir ao menos oitenta por cento de seu território, excetuadas as unidades de conservação de domínio público e terras indígenas homologadas, com imóveis rurais devidamente monitorados por meio de Cadastro Ambiental Rural – CAR;

II - o desmatamento ocorrido no ano de 2008 tenha sido igual ou menor que 40 km²; III - a média do desmatamento dos anos de 2007 e 2008 tenha sido igual ou inferior a

60% em relação à média do período de 2004 a 2006.

Deve-se considerar também que, recentemente, foi editado o Decreto 7.029, de 10 de dezembro de 2009, que institui o CAR no âmbito do Ministério do Meio Ambiente, como parte integrante do Sistema Nacional de Informação sobre Meio Ambiente (SINIMA), com a finalidade de integrar suas informações com as informações ambientais das propriedades e posses rurais armazenadas nos sistemas estaduais. Esse Decreto também instituiu o Programa Mais Ambiente para incrementar as adesões dos proprietários ao CAR.

Com base neste contexto ambiental e legal o Ministério do Meio Ambiente vem implementando ações que possam trazer melhoria da gestão ambiental nos 43 municípios prioritários. Uma destas iniciativas é apoiar a implantação do Cadastro Ambiental Rural – CAR nos municípios, através de parcerias com as prefeituras e representantes do setor produtivo, bem com instituições que possuam expertise no desenvolvimento e implantação do CAR. 2. DESCRIÇÃO DO PROJETO 2.1 Contexto e Justificativa do Projeto 3 Recentemente, o MMA apoiou os Governos estaduais da Amazônia com a elaboração de seu próprio plano estadual. Esses planos estaduais incluem um diagnóstico da atual pressão sobre os recursos naturais da região e propõem medidas para reduzir a pressão, o desmatamento e as queimadas na região. 4 Acredita-se que as medidas tomadas pelo Governo conseguiram reverter a tendência de aumento da taxa, pois em 2008, esta foi 11.968km2, isto é, apenas 3,8% acima da de 2007, de acordo com as estimativas do Sistema Prodes do INPE.

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Os estados do Pará e do Mato Grosso alternam a liderança dos que mais contribuem para as taxas de desmatamento na Região Amazônia. Segundo os dados do trabalho realizado pelo Grupo Permanente de Trabalho Interministerial para a Redução dos Índices de Desmatamento da Amazônia Legal5, cerca de 90% dos desmatamentos na região são ilegais. Ou seja, ocorrem contrárias à legislação ambiental, principalmente do Código Florestal. O primeiro passo para separar o desmatamento legal do ilegal é o Cadastro Ambiental Rural (CAR). O cadastro identifica o dono (ou usuário) de cada imóvel rural, permite o diagnóstico de uso e ocupação do solo, indica se as áreas de preservação permanente e de reserva legal estão sendo respeitadas, e permite o monitoramento tanto do desmatamento (ou das eventuais autorizações para tal) quanto das condições de comprimento do código florestal. O presente projeto visa cadastrar cerca de 80% do território coberto por imóveis rurais em cinco municípios a serem escolhidos pelos seguintes critérios:

Critério 01 - Municípios pertencentes a lista oficial do MMA com os maiores desmatadores; Critério 02 - Municípios que tenham desenvolvido iniciativas para a redução do desmatamento ilegal e podem sair da lista se atenderem o critério de obterem no mínimo 80% da área com propriedades privadas incluídas no CAR; Critério 03 - Municípios que tenham condições de acesso e logística para permitir a completa pesquisa dentro do período do projeto; Critério 04 - Municípios que possuam uma razoável interação e mobilização com os atores locais, e; Critério 05 - Municípios que não sejam apoiados financeiramente por fundos externos ou convênios para conduzir o registro das propriedades.

Com base nos cinco critérios descritos acima foram selecionados os municípios de Feliz Natal – MT, Brasnorte – MT, Juina – MT, Santana do Araguaia – PA e Marabá – PA que juntos ocupam uma área de aproximadamente 8 milhões de hectares. A seguir encontra-se mapa com a localização dos municípios e tabela de analise de cada município com relação aos cinco critérios de seleção. Figura 01 e 02 – Localização dos municípios selecionados

Quadro 1 – Qualificação dos municípios quanto aos critérios de seleção 5 O Grupo Permanente de Trabalho do Plano de Prevenção e Controle do

Desmatamento na Amazônia foi criado em 03 de julho de 2003, com

coordenação da Casa Civil e participação dos seguinte Ministérios: MAPA,

MCT, MD, MDA, MDIC,MI, MJ, MMA, MME, MTE e MT. A partir de 15 de março de

2004 passaram a integrar o Grupo o Ministério do Planejamento e o

Ministério das relações exteriores. Este Grupo de Trabalho tem a

finalidade de propor medidas e coordenar ações que visem a redução dos

índices de desmatamento na Amazônia Legal.

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Município Critério Comentário Feliz Natal Critério 01 Pertence a lista do MMA como um dos 43 municípios

que mais desmatam na Amazônia. Critério 02 Este município não apresenta médias de

desmatamento inferiores a 60% para os anos de 2008 e 2009 em relação à média do período de 2004 a 2007, como exigido em um dos critérios da Portaria MMA nº 68/10. Contudo, existem boas perspectivas para uma futura exclusão deste município da lista de embargados, haja vista que no ano de 2009 apresentou uma queda de 98% em relação à 2008.

Critério 03 Município de fácil acesso por estrada Critério 04 Município já assinou acordo com o governo do estado

de adesão ao MT Legal Critério 05 Não consta financiamento de outras fontes para

realização do registro das propriedades Brasnorte Critério 01 Pertence a lista do MMA como um dos 43 municípios

que mais desmatam na Amazônia. Critério 02 Este município necessita apenas da confecção do

CAR em 80% do território, excetuadas as áreas protegidas, para ser considerado município com desmatamento sob controle, de acordo com a Portaria MMA nº 68/10, retificada no DOU do dia 12 de abril de 2010.

Critério 03 Município de fácil acesso por estrada Critério 04 Município já assinou acordo com o governo do estado

de adesão ao MT Legal Critério 05 Não consta financiamento de outras fontes para

realização do registro das propriedades Juina Critério 01 Pertence a lista do MMA como um dos 43 municípios

que mais desmatam na Amazônia. Critério 02 Este município necessita apenas da confecção do

CAR em 80% do território, excetuadas as áreas protegidas, para ser considerado município com desmatamento sob controle, de acordo com a Portaria MMA nº 68/10, retificada no DOU do dia 12 de abril de 2010.

Critério 03 Município de fácil acesso por estrada Critério 04 Município já assinou acordo com o governo do estado

de adesão ao MT Legal Critério 05 Não consta financiamento de outras fontes para

realização do registro das propriedades Santana do Araguaia Critério 01 Pertence a lista do MMA como um dos 43 municípios

que mais desmatam na Amazônia. Critério 02 Este município necessita apenas da confecção do

CAR em 80% do território, excetuadas as áreas protegidas, para ser considerado município com desmatamento sob controle, de acordo com a Portaria MMA nº 68/10, retificada no DOU do dia 12 de abril de 2010.

Critério 03 Município de fácil acesso por estrada

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Critério 04 Prefeitura apóia a implantação do projeto e assinará acordo assim que o projeto iniciar.

Critério 05 Não consta financiamento de outras fontes para realização do registro das propriedades

Marabá Critério 01 Pertence a lista do MMA como um dos 43 municípios que mais desmatam na Amazônia.

Critério 02 Este município não apresenta médias de desmatamento inferiores a 60% para os anos de 2008 e 2009 em relação à média do período de 2004 a 2007, como exigido em um dos critérios da Portaria MMA nº 68/10. Contudo, existem perspectivas para em relação a futura exclusão deste município da lista de embargados haja vista que no ano de 2009 apresentou uma queda de 70% em relação à 2008.

Critério 03 Município de fácil acesso por estrada Critério 04 Prefeitura apóia a implantação do projeto e assinará

acordo assim que o projeto iniciar. Critério 05 Não consta financiamento de outras fontes para

realização do registro das propriedades A metodologia do levantamento georreferenciado por varredura utilizada pela TNC busca o georreferenciamento de todos os limites de propriedades confrontantes, o que possibilita a resolução da grande maioria de possíveis sobreposições de tais limites no ato do cadastramento. Cada propriedade georreferenciada é então plotada numa base cartográfica previamente preparada em escala compatível com a geografia dos municípios. A metodologia é calibrada para atender diversos cenários. A metodologia de levantamento georreferenciado por varredura da TNC já foi testada no município de Lucas do Rio Verde no Mato Grosso e alavancada para outras geografias, como os municípios que compõem o Oeste da Bahia. Esses cadastros serão utilizados para alimentar os Sistemas de Licenciamento Ambiental de Propriedades Rurais do Estado de Mato Grosso e Pará (ambos Estados utilizam o SIMLAM - Sistema Integrado de Licenciamento e Monitoramento Ambiental). A implementação do levantamento georreferenciado por varredura na região Amazônica não estará limitada aos cinco municípios deste projeto. Outras iniciativas e projetos em negociação buscam dar escala a iniciativa. Este projeto liderado pelo MMA possui grande potencial de alinhar as sinergias e pactuar metodologias que integrem os OEMAS, INCRA, MDA, Institutos de Terra, IBAMA e municípios para ampliar significativamente a abrangência do território com a disponibilidade do Cadastro Ambiental Rural nas SEMAs. 2.2 Objetivo do Projeto O objetivo de desenvolvimento possui duas partes relacionadas: primeiro ganhar o compromisso da maioria dos proprietários rurais da área do projeto em manter ou restaurar legalmente a cobertura florestal requerida e, segundo, avaliar a metodologia de CAR para extrair lições a serem disseminadas para outros municípios e estados da região Amazônica

2.3 Descrição dos Componentes e Etapas do Projeto O projeto tem 3 componentes apresentados a seguir: COMPONENTE 1 - Campanha de Mobilização e disseminação de lições apreendidas. Este componente tem por objetivo: (i) promover a implementação do projeto através do envolvimento dos proprietários rurais beneficiados pelas intervenções nos municípios embargados,

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e (ii) documentar e documentar as lições aprendidas para a aplicação em outros municípios da Amazônia Brasileira Este componente inclui ações necessárias para informar clara e suficientemente todos os proprietários rurais sobre o propósito do projeto e vantagens em se cadastrar no CAR, bem como o respectivo processo a ser seguido no projeto e obter o suporte ativo das prefeituras e associações que representem os proprietários rurais. O resultado seria a receptividade dos proprietários rurais aos técnicos do projeto em suas propriedades rurais. Este componente conduzirá ações que lidarão com comunicações sociais e interação com comunidades. Atividades específicas poderão incluir: (i) identificar relevantes atores e realizar audiências; (ii) definir mensagem do projeto para a pretendida audiência, linguagem, ferramentas, tipo de mídia local; (iii) desenhar e desenvolver material e ferramentas de comunicação, incluindo encontros e oficinas de trabalho; (iv) coleta e disseminação de informações relevantes, provendo serviços de assistência técnica; (v) Gerenciamento e monitoramento para mitigação de risco e; (vi) Monitoramento da implementação do projeto, em particular relacionado com a relação entre proprietários rurais, OEMAs e questões ambientais. COMPONENTE 2 - Mapeamento e Georreferenciamento de propriedades rurais e sua inserção no sistema CAR.

Este componente pretende obter dados de cadastramento atualizado contendo informação sobre proprietários rurais (nome, endereço, etc.) e suas propriedades (área, limites, cobertura vegetal, reserva legal e área de preservação permanente).

É sabido que o cadastro não tem o fim em si mesmo. O Cadastro Ambiental deve servir para muitos propósitos de uso e enfrentar o desafio de incorporar um moderno Sistema de Informações Geográficas (SIG) e Tecnologia da Informação (TI) para fins ambientais. O papel deste sistema é aumentar o gerenciamento e controle dos recursos naturais com foco no uso sustentável dos recursos naturais e redução do desmatamento ilegal.

Sub Componente Mapeamento e Georreferenciamento de propriedades rurais: Este subcomponente focará em levantamento, mapeamento e georreferenciamento do uso do solo e propriedade da terra em cada um dos municípios selecionados.

As atividades especificas neste subcomponente incluem coleta de dados geográficos e físicos sobre as propriedades, bem como as informações sobre a identidade dos proprietários rurais. A intenção de uso ambiental do mapa cadastral digital requer consistência gráfica com o mapa topográfico na escala de 1:25.000.

Os mapas municipais na estaca de 1:25.000 incluem: (i) área urbana; (ii) Unidades de Conservação; (iii) Áreas Indígenas; (iv) uso do solo e cobertura vegetal e; (v) mosaico das propriedades.

Subcomponente Base de Dados de CAR: Este subcomponente incluirá todas as atividades necessárias para obter o apoio dos proprietários rurais para obter as informações e aprovação para registrá-los no CAR, inserção dos dados no banco de dados no SIMLAM e assinatura dos Termos de Adesão e Compromisso, bem como se for necessária, a proposta de PRAD.

COMPONENTE 3 - Gestão e Administração do Projeto.

Este componente pretende assegurar a adequada e continua coordenação através de: (i) coordenação técnica, monitoramento e relatoria; (ii) adequado gerenciamento financeiro, processo e auditoria; e (iii) fechamento técnico e financeiros das atividades.

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ETAPAS DE EXECUÇÃO

A execução do projeto se dará de acordo com as seguintes etapas:

VII. Estabelecimento de parcerias com instituições estratégicas;

VIII. Base cartográfica digital e Mapeamento do Uso do Solo;

IX. Levantamento georreferenciado das propriedades rurais;

X. Cadastramento Ambiental Rural; e

XI. Lições aprendidas.

ETAPA I - Estabelecimento de parcerias com instituições estratégicas

Para mobilizar e sensibilizar os proprietários rurais será preciso ampliar a capacidade das prefeituras municipais e de parceiros estratégicos, como os sindicatos dos produtores rurais, representações de “trades” do agronegócio e outros para mobilizar os proprietários, acompanhar as ações do projeto e traduzir os resultados em procedimentos de gestão ambiental. A essência desse trabalho é dar transparência às etapas operacionais do Cadastro Ambiental Rural, demonstrar as vantagens que os proprietários terão com a adesão ao CAR, o custo-benefício que o projeto oportuniza para a região, uma vez que praticamente não haverá ônus financeiro nessa fase do CAR, e o potencial de promover a regularização ambiental da propriedade de forma negociada.

As condições atuais para a articulação com o setor produtivo são favoráveis. O interesse do setor pode ser explicado, em parte, pela pressão crescente do mercado, exigindo produtos produzidos em conformidade com critérios de sustentabilidade ambiental, econômica e social, mas também pela consciência crescente que a produção insustentável ameaça a produtividade dos estabelecimentos e que os benefícios (financeiros e políticos) da regularização são maiores que os custos. A conscientização dos produtores é acompanhada por uma mobilização política nos dois estados e em diversos governos municipais. O apoio político cria uma oportunidade única para buscar consenso entre os diversos atores sobre a melhor estratégia para adequar a produção agrícola à legislação ambiental e promover um modelo de produção sustentável. Importante também, neste contexto, é o engajamento e participação ativa do Ministério Público dos estados em questão na discussão e no processo de identificação de ações práticas.

ETAPA II- Base cartográfica digital e Mapeamento do Uso do Solo

A organização da base de dados será necessária para garantir a qualidade da identificação dos ativos e passivos de Reservas Legais e Áreas de Preservação Permanente e para garantir que o georreferenciamento de estabelecimentos rurais atenda às exigências do INCRA com respeito ao nível de confiança geodésica. Além da atualização das bases de dados georreferenciadas será realizado o mapeamento do uso do solo e desmatamento por região como insumo indispensável para geração dos relatórios ambientais dos estabelecimentos cadastrados.

Para a organização das bases de dados serão utilizadas imagens de satélite de alta resolução que permitirão a atualização da base cartográfica em uma escala de 1:25.000. Serão verificadas as possibilidades de utilização de imagens de satélite de alta resolução espacial já existentes no estado. ETAPA III- Levantamento georreferenciado das propriedades rurais

Os termos de referências que tratam das especificidades do cadastramento georreferenciado de estabelecimentos rurais, serão negociados junto com os Institutos de Terra dos Estados e o INCRA, com base no entendimento que as ações devem resultar em:

escalas de bases cartográficas compatíveis com a dinâmica da região (cobertura vegetal, geomorfologia e rede hidrográfica) e tamanho médio das estabelecimentos rurais da área mapeada

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compatibilidade de escala do georeferenciamento dos estabelecimentos e imagens de satélite que geram os relatórios ambientais

agilidade nos trabalhos de campo. O termo de referência também será alterado em conformidade com as negociações e acordos estabelecidos com as entidades de classe promovendo a participação dos produtores no processo.

A análise ambiental dos estabelecimentos rurais nos levantamento georreferenciados consistirá:

(v) Na geração dos relatórios individuais da situação ambiental dos estabelecimentos rurais mapeados;

(vi) No suporte aos municípios e sindicatos rurais na alimentação do Sistema de Cadastro Ambiental Rural da SEMA;

(vii) No suporte aos municípios para conduzir junto aos produtores rurais o isolamento das Áreas de Preservação Permanente que estejam alteradas.

ETAPA IV- Cadastro Ambiental Rural

Entre o georreferenciamento das propriedades e o efetivo cadastramento ambiental rural inserido no SIMLAM da SEMA do PA e MT, dependerá dos arranjos específicos de cada Estado. Para tanto o projeto atuará no sentido de viabilizar a inserção dessas propriedades nos acordos específicos firmados entre a SEMA/PA, SEMA/MT, MMA e TNC. Cabe destacar que o cadastramento da propriedade rural no SIMLAM é de total decisão do proprietário rural. A TNC e os parceiros do projeto darão todo o suporte e incentivo para que o proprietário venha a concluir o cadastramento. Um dos incentivos de maior destaque é a redução dos custos, uma vez que este projeto realizará algumas etapas do processo de CAR sem custos ao proprietário, incluindo no estado de Mato Grosso a elaboração de até 1.000 PRADs. Com isto espera-se alcançar os índices de 80% de CAR no município e assim fazê-lo sair da lista de municípios prioritários do MMA.

Atualmente já foram firmados acordos entre o MMA e a TNC e entre a SEMA/MT e os três municípios do Mato Grosso (ver anexos). ETAPA V - Lições Aprendidas

Para que a realização do cadastramento ambiental rural possa ser replicada e consolidada numa política pública para a região Amazônia, a estratégia aqui proposta consiste no conjunto de resultados que abrangem a consolidação metodológica da experiência do CAR nos municípios que mais desmatam na Amazônia Legal e o mapeamento de oportunidades técnicas e legais para efetiva regularização de reservas legais.

Para propor um marco referencial para implementação do cadastro nos demais municípios da lista, este Projeto realizará um levantamento completo dos aspectos que interferem a implementação do CAR. Esse levantamento levará em consideração as forças políticas existentes nos cinco municípios; ordenamento do território; existência de áreas especialmente protegidas; estrutura; situação ambiental do município (cobertura vegetal); tendências de implementação de programas governamentais (principalmente Arco Verde); aspectos relacionados à realidade de campo para o mapeamento de propriedades rurais (geomorfologia, hidrografia, estradas); disponibilidade de insumos tecnológicos para realizar mapeamentos (imagens de satélite, resolução, escalas, cobertura de nuvem, cartografia); atividades produtivas principais; movimentos sociais organizados.

Com base na sistematização dos dados dos municípios e no refinamento da metodologia, será disponibilizado um roteiro detalhado de como conduzir o CAR para todos os municípios da lista do MMA. Concretamente, esse roteiro identificará o orçamento para implementar o CAR, os potenciais parceiros sociais e do setor produtivo para conduzir os trabalhos de campo e o potencial envolvimento do poder público municipal, como também sua demanda de fortalecimento. Identificará também os potenciais conflitos associados à questão da posse da terra e grilagem e potenciais fontes privadas e públicas para realização do CAR. O roteiro incluirá também o termo de referência associado às características físicas e de cobertura vegetal para elaboração do banco de imagens, base cartográfica e uso do solo; e uma proposta de alternativas de mapeamento frente aos conflitos fundiários identificados e de mecanismos de integração e articulação com outras iniciativas do cadastramento existentes nos municípios.

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O Projeto não inclui a implementação dos acordos para compensação das Reservas Legais dos estabelecimentos, nem sua recuperação ou a recuperação das Áreas de Preservação Permanente. Entretanto, existem já diversas iniciativas que possam orientar sobre opções e oportunidades para financiamento da recuperação.

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3. CARACTERIZAÇÃO AMBIENTAL E SOCIOECONÔMICA DOS ESTADOS DO MATO GROSSO E PARÁ Os estados de Mato Grosso e Pará estão localizados na região política do Brasil conhecida como Amazônia Legal6. Ambos estados fazem fronteira entre si, mas possuem características ambientais e socio-econômicas muito diferentes. O estado do Mato Grosso caracteriza-se pela sua variedade de biomas e renda advinda de atividades agropecuárias. O Pará é um estado praticamente coberto por um único bioma e com renda advinda da exploração mineral e atividades agropecuárias. Figura 03 – Biomas, Amazônia Legal e Estados Brasileiros

6 Amazônia Legal: No ano de 1953, governo Getúlio Vargas, foi criado o

conceito de Amazônia Legal, fruto de um conceito político e não de um

imperativo geográfico, para a promoção do desenvolvimento da região. A

Amazônia Legal possui uma área de cerca de 5.217.423 KM2, correspondente

a 61% do território brasileiro. Atualmente é composta por nove estados –

Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Maranhão, Pará, Rondônia, Roraima e

Tocantins.

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3.1 Mato Grosso O Mato Grosso possui uma das maiores diversidade de biomas no país. Em seu território encontra-se o Pantanal, o Cerrado e a Floresta Amazônica. A exploração destes três biomas tem se dado em ritmos diferentes, onde o cerrado tem sido rapidamente ocupado pelas atividades agrícolas, a floresta por atividades madeireiras e agropecuárias e o Pantanal por atividades pecuárias. O estado possui grande numero de Unidades de Conservação e Terras Indígenas, como destaque ao Parque Nacional do Xingu que ocupa uma área de aproximadamente 2,8 milhões de hectares e ao Parque nacional da Chapada dos Guimarães com 33 mil hectares. O Mato Grosso tem como motor de sua economia a atividade agrícola, com destaque à soja e ao algodão. Embora a agricultura represente 25,3% do Produto Interno Bruto (PIB) do estado, este setor indiretamente gera os empregos e negócios para o setor de serviços que representa 56,6% do PIB do estado. Apenas para se ter idéia da produção, o Mato Grosso é atualmente o maior produtor de soja do país e responsável por 30% da produção nacional de grãos. O PIB do Mato Grosso foi de R$ 42,7 bilhões em 2007, 14º colocação no ranking dos estados brasileiros7. Segundo o PNUD, em 2005, o Mato Grosso estava em 11º colocação no país com relação ao IDH (0,786). Sua população é formada em grande parte por migrantes do sul do Brasil e está estimada em 3 milhões de habitantes (IBGE – 2009). A estrutura educacional básica do estado permite com que cerca de 24,4% da população esteja matriculada nos três primeiros níveis escolares (pré-escola, fundamental, médio).

Quadro 2 – Matrículas no estado do Mato Grosso Nível escolar Número de matrículas em 2008 Ensino pré-escolar 65.512 Ensino Fundamental 520.603 Ensino Médio 148.055 Total 734.170

Fonte: IBGE 3.2 Pará O estado do Pará é coberto praticamente pelo bioma Amazônia. A ocupação deste bioma tem se dado em grande parte por atividades madeireiras, atividades pecuárias e nos últimos dez anos está ocorrendo uma progressiva expansão da atividade agrícola, com destaque para a soja. O estado tem uma dinâmica de ocupação mais intensa ao norte e leste devido a proximidade com o litoral e com as estradas BR 158 e PA 150. O Pará reúne o maior número de áreas protegidas do Brasil, considerando o Sistema Nacional de Unidades de Conservação – SNUC. São 83 unidades de conservação de diversas categorias, sob gestão federal e estadual, além de Terras Indígenas. Esse território protegido totaliza 58% do estado. São 72.288.206 milhões de hectares distribuídos em áreas onde historicamente expandem-se diferentes pressões sobre a floresta a partir de ações antrópicas. O estado do Pará possui uma grande produção de minérios (ferro e alumínio), mas tem se destacado na imprensa pela expansão das atividades madeireiras e pecuárias e o conseqüente desmatamento causado por estas atividades. Nos últimos anos a expansão da cultura da soja tem chamado a atenção, com maior ocorrência na região sudeste e sudoeste do estado, apesar de também ocorrer em outras regiões como nos municípios de Santarém (região leste) e Paragominas (região oeste). 7 Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Lista_de_estados_do_Brasil_por_PIB

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O PIB do Pará foi de R$ 49,5 bilhões em 2007, 13º colocação no ranking dos estados brasileiros8. Segundo o PNUD, em 2005, o Pará estava em 16º colocação no país com relação ao IDH (0,755). Sua população é formada por descendente de portugueses e índios concentrados ao norte do estado ou em cidades mais antigas como Santarém e Marabá. Na região leste e sul dos estados a população é composta em grande parte por migrantes do sul do Brasil A população está estimada em 7,4 milhões de habitantes (IBGE – 2009). A estrutura educacional básica do estado permite com que cerca de 28,7% da população esteja matriculada nos três primeiros níveis escolares (pré-escola, fundamental, médio).

Quadro 3 – Matricula no estado do Pará Nível escolar Número de matrículas em 2008 Ensino pré-escolar 252.495 Ensino Fundamental 1.537.263 Ensino Médio 337.815 Total 2.127.573

Fonte: IBGE 4. CARACTERIZAÇÃO AMBIENTAL DOS MUNICÍPIOS ALVOS Os municípios alvos estão localizados em dois biomas. Os municípios de Juina e Brasnorte em Mato Grosso estão em uma área de transição entre o bioma Amazônia e o Cerrado. Os outros municípios estão integralmente contidos no bioma Amazônia. Os índices de desmatamento são variáveis em cada um dos municípios alvo. Segundo os dados do PRODES9 pode-se verificar diferentes níveis de desmatamento em cada município. Marabá é o que mais desmatou no período entre os anos de 2005 a 2009. Sua taxa de desmatamento neste período foi em torno de 89 mil hectares. Neste mesmo período o município de Santana do Araguaia desmatou 57 mil hectares, Feliz Natal desmatou 30 mil hectares, Brasnorte 25 mil hectares e Juina 16 mil hectares. No entanto, cabe destacar que os índices de desmatamento de Juina e Brasnorte podem estar subestimados, uma vez que estes municípios possuem dois biomas e o PRODES apenas mensura o desmatamento no bioma Amazônia. O município de Marabá, apesar ter cerca de 100 anos de existência, não está com sua fronteira de expansão consolidada. Provavelmente a alta taxa de desmatamento seja resultante do somatório de alguns fatores como a grande quantidade de assentamentos, a demanda por lenha pelas indústrias de ferro gusa e a expansão da criação de gado de corte para atender um grande frigorifico. Em Santana do Araguaia a taxa de desmatamento também é alta, sendo que o município possui mais de 60% da sua área desmatada. As razões desta alta taxa de desmatamento devem estar relacionadas a proximidade com a BR 158 que permite um fácil escoamento da produção e ao baixo índice de fiscalização ambiental, uma vez que o município está a cerca de 1.000 quilômetros de distancia de da capital. Os municípios de Feliz Natal, Brasnorte e Juina são fronteiras novas, ainda em consolidação, onde a migração de produtores de soja e pecuaristas do sul do Brasil somado com alguns incentivos econômicos ao setor agropecuário, estimulam a expansão sobre novas áreas. 8 Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Lista_de_estados_do_Brasil_por_PIB 9 http://www.dpi.inpe.br/prodesdigital/prodesmunicipal.php

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QUADRO 4: Progressão do desmatamento nos Municípios Alvo Município Desmatamento total (hectares e percentagem)

Ano 2005 Ano 2006 Ano 2007 Ano 2008 Ano 2009 FELIZ NATAL 167.340 ha –

14,62% 172.300 ha –

15,05% 174.490 ha –

15,24% 196.880 ha –

17,20% 197.250 ha –

17,23% BRASNORTE 403000 ha –

25,19% 409.460 ha –

25,59% 414.540 ha –

25,91% 426.230 ha –

26,64% 427.760 ha –

26,73% JUINA 414.320 ha –

15,72% 418.280 ha –

15,87% 422.760 ha –

16,04% 428.160 ha –

16,24% 430.240 ha –

(16,32%) SANTANA DO

ARAGUAIA 645.040 ha –

55,57% 658.700 ha –

56,75% 680.780 ha –

58,65% 699.920 ha –

60,30% 702.580 ha –

60,53% MARABA 724.050 ha –

47,86% 749.980 ha –

49,58% 766.610 ha –

50,68% 801.910 ha –

53,01% 813.080 ha –

53,75% Fonte: Prodes http://www.dpi.inpe.br/prodesdigital/prodesmunicipal.php Apenas Santana do Araguaia não possui Unidades de Conservação (UC) e Terras Indígenas (TI) em seu território. Os outros municípios possuem UCs e/ou TIs que cobrem entre 26 a 70% de seu território. As figuras e quadros abaixo detalham mais esta situação. Figura 4 – Mapas dos municípios alvos com respectivas Unidades de Conservação e Terras Indígenas.

QUADRO 5: Dados sobre o território dos municípios alvos MUNICÍPIO Estado Area Total

ha Área Protegida

UCs e TIs Área Privada ou não Arrecadada

Imóveis Rurais IBGE

FELIZ NATAL MT 1.144.825 523.074 621.751 560 BRASNORTE MT 1.596.007 408.913 1.187.094 494 JUINA MT 2.625.130 1.837.492 787.638 4.081 SANTANA DO ARAGUAIA PA 1.159.100 0 1.159.100 1.877 MARABA PA 1.509.202 356.575 1.152.627 2.879

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TOTAL 8.034.264 3.126.054 4.908.210 9.891 QUADRO 6: Área ocupada pelas Unidades de Conservação e Terras Indígenas nos Municípios Alvo Município Unidades de Conservação Terras Indígenas FELIZ NATAL ---- Parque do Xingu = 523.060ha (área total

= 2.644.822,29ha ) BRASNORTE ---- Erikbaktsa = 74.030ha (área total =

80.648,05ha) Menku= 39.544ha (área total = 44.995,51ha) Irantxe= 48.173ha (área total = 252.586,79ha)

JUINA Estação Ecológica de Iquê= 224.018ha (área total = 224.018ha)

Serra Morena= 135.995ha (área total = 147.733,44ha) Parque do Aripuanã= 954.091ha (área total = 1.600.794,79ha) Aripoanã= 150.880ha (área total = 750.649 ) Enawene-Nave= 376.274ha (área total = 745.906,04ha )

SANTANA DO ARAGUAIA

---- ----

MARABA Flona Itacaiúnas= 80.969ha (área total = 81.691ha) Flona Tapirapé-Aquiri= 163.666ha (área total = 191.719ha) Rebio Tapirape= 96.168ha (área total = 99.272ha )

Xikrin do rio Catete= 32.218 (área total = 436.058,38ha) Sororó= 5.116ha (área total = 26.116,35 ha)

Fonte: Limite municipal = IBGE; Limite das Unidades de Conservação = MMA, SEMA/MT e SEMA/PA; Limite das Áreas Indígenas = FUNAI

5. CARACTERIZAÇÃO SOCIOECONOMICA DOS MUNICIPIOS-ALVO Os municípios alvo deste projeto se caracterizam por terem suas atividades agropecuárias em expansão e estas serem suas principais fontes de renda, com exceção ao município de Marabá. Os municípios alvo de Brasnorte e Feliz Natal estão mais direcionados para as atividades agrícolas, enquanto os municípios de Santana do Araguaia e Juina estão mais direcionados para as atividades pecuárias. O município de Marabá possui uma indústria mineral muito forte e um grande frigorifico, mas também possui uma significativa ocupação de seu território por atividades pecuárias. Com relação ao PIB os municípios do Mato Grosso se caracterizam por apresentarem um PIB agropecuário proporcionalmente alto quando comparado ao PIB da indústria e PIB de serviços. Em Brasnorte o PIB agropecuário corresponde a 53% do PIB do município, em Feliz Natal corresponde a 41% e em Juina corresponde a 25%. Os municípios alvo no Pará possuem comportamentos diferenciados quanto a seus PIBs. Santana do Araguaia possui o PIB agropecuário correspondente a 23% do PIB do município, sendo seus outros PIBs (indústria e serviços) possivelmente dependentes das atividades agropecuárias. Já o município de Marabá possui um PIB agropecuário correspondente a apenas 3% do PIB do município. O destaque em Marabá está com o PIB de serviços que corresponde a 60% e o PIB de indústria que corresponde a 37% do PIB total. A razão principal que sustenta este alto índice da

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indústria e serviços neste município é a existência de cerca de 10 siderúrgicas de ferro gusa, uma siderúrgica de aço e um grande frigorífico. Nos próximos anos é esperado um aumento ainda maior dos índices da indústria e serviços devido a instalação de uma nova indústria de aço que criará mais 170 mil empregos. Na questão do PIB agropecuário, apesar de sua percentagem no PIB total ser pequena, seu valor absoluto (R$ 72 milhões) é considerável e advêm da produção de hortifrutigrangeiros, pecuária de leite e pecuária de corte. A estrutura fundiária nestes municípios é bastante diversificada. Em Marabá existem 77 assentamentos do INCRA que ocupam cerca de 85% das terras passíveis de atividade agropecuária. Em Santana do Araguaia e Juina a malha fundiária é bastante homogênea, formada por médias e grandes propriedades de pecuária de corte. Em Feliz Natal a malha fundiária é homogênea, formada por médias e grandes propriedades de agricultura mecanizada (soja e algodão. Em Brasnorte a malha fundiária possui certa diversificação, com a ocorrência de um assentamento e médias e grandes propriedades com agricultura mecanizada e pecuária de corte. A seguir apresentamos alguns dados sócio-econômicos dos municípios alvos. Quadro 7: Dados sócio econômica dos municípios

MUNICÍPIO Dados econômicos Dados sociais FELIZ NATAL PIB Agropecuária: R$ 39 milhões

PIB Indústria: R$15 milhões PIB Serviços: R$42 milhões IDH ano 2000 - 0,748

População em 2009: 11.170 habitantes Escolas Fundamental: 14 Escolas Pré escola: 7 Escolas Médio: 2

BRASNORTE PIB Agropecuária: R$136 milhões PIB Indústria: R$13 milhões PIB Serviços: R$106 milhões IDH ano 2000 - 0,757

População em 2009: 15.089 habitantes Escolas Fundamental: 21 Escolas Pré-escola: 3 Escolas Médio: 2

JUINA PIB Agropecuária: R$ 95 milhões PIB Indústria: R$76 milhões PIB Serviços: R$203 milhões IDH ano 2000 - 0,749

População em 2009: 39.708 habitantes Escolas Fundamental: 27 Escolas Pré escola: 14 Escolas Médio: 5

SANTANA DO ARAGUAIA

PIB Agropecuária: R$ 54milhões PIB Indústria: R$69 milhões PIB Serviços: R$114 milhões IDH ano 2000 - 0,690

População em 2009: 55.033 habitantes Escolas Fundamental: 28 Escolas Pré escola: 23 Escolas Médio: 2

MARABA PIB Agropecuária: R$ 72 milhões PIB Indústria: R$1.013 milhões PIB Serviços: R$1.619 milhões IDH ano 2000 - 0,714

População em 2009: 203.049 habitantes Escolas Fundamental: 228 Escolas Pré escola: 74 Escolas Médio: 28

Fonte: IBGE e (http://www.pnud.org.br/atlas/oque/index.php)

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6. MARCO REGULATÓRIO 6.1 Políticas Federais Relevantes Dentre as iniciativas governamentais de maior destaque para o desenvolvimento de ferramentas de gestão ambiental para a região Amazônia está o Programa Piloto para a Conservação das Florestas Tropicais no Brasil (PPG7). Este Programa contou com a participação dos países membros do G7, a União Européia e os Países Baixos por meio de contribuições bilatérias e para um fundo fiduciário10, administrado pelo BIRD/Banco Mundial. O Programa contribuiu significativamente para o fortalecimento dos órgãos estaduais do meio ambiente, a implementação de iniciativas de gestão ambiental, a realização de zoneamento econômico-ecológico e o desenvolvimento de políticas para o manejo, monitoramento e fiscalização da exploração madeireira.

As lições aprendidas do PPG7 subsidiaram o “Plano Amazônia Sustentável” que propõe estratégias e linhas de ação para o desenvolvimento sustentável da região, pautadas na valorização da potencialidade de seu patrimônio natural e sócio-cultural e agrupadas em cinco eixos temáticos: (i) produção sustentável com inovação e competitividade; (ii) gestão ambiental e ordenamento territorial; (iii) inclusão social e cidadania; (iv) infra-estrutura para o desenvolvimento; e (v) novo padrão de financiamento. Além do Plano citado acima, o PPG7 também contribuiu no desenvolvimento da Lei de Gestão das Florestas Públicas (Lei nº. 11.284, de 3 de março de 2006). Esta Lei instituiu o Serviço Florestal Brasileiro (SFB), criou o Fundo Nacional de Desenvolvimento Florestal (FNDF), regulamentou as formas de gestão das florestas públicas e possibilitou a realização de concessões de florestas públicas para o manejo florestal sustentável Com o crescimento das taxas de desmatamento em 2003, o Governo Federal intensificou seus esforços para diminuir o desmatamento ilegal. Em julho de 200311, o Governo Federal criou o Grupo Permanente de Trabalho Interministerial para a Redução dos índices de Desmatamento da Amazônia Legal12 que preparou o Plano de Ação para a Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia Legal (PPCDAM)13 com o objetivo de “promover a redução das taxas de desmatamento na Amazônia brasileira, por meio de um conjunto de ações integradas de ordenamento territorial e fundiário, monitoramento e controle, fomento a atividades produtivas sustentáveis e infra-estrutura, envolvendo parcerias entre órgãos federais, governos estaduais, prefeituras, entidades da sociedade civil e setor privado”. Os impactos esperados incluíam a redução nos índices de desmatamento e nas práticas de grilagem de terras públicas; redução nos índices de exploração ilegal da madeira; aumento de uso de práticas de prevenção e controle de fogo; redução na percentagem de imóveis rurais com passivo ambiental; viabilização de novo modelo de reforma agrária; criação e implantação de unidades de conservação; e fortalecimento institucional dos órgãos ambientais na região.

10 Rain Forest Trust Fund 11 Decreto presidencial de 3 de julho de 2003 12 Composto por: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), Ministério da Defesa (MD), Ministério do Desenvolvimento Agrário

(MDA), Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Ministério da

|Integração Nacional (MI), Ministério da Justiça (MJ), Ministério do Meio Ambiente (MMA),

Ministério das Minas e Energia (MME), Ministério dos Transportes (MT); e Ministério do

Trabalho e Emprego (MTE) e, a partir de 2004), também o Ministério do Planejamento,

Orçamento e Gestão (MPOG); e o Ministério das Relações Exteriores (MRE). 13 Março de 2004

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Apesar da queda do desmatamento entre 2004 e 2007, o sistema DETER14 do INPE15 indicou que as taxas estavam aumentando em 2007. Diante disto o Governo Federal publicou o Decreto nº. 6.321/2007 que previa a publicação de uma lista anual dos municípios com maior área de desmatamento / maiores taxas de desmatamento. Em fevereiro de 2008, o Ministério do Meio Ambiente publicou a Portaria nº. 28/08 que identificou 36 municípios prioritários. Em março de 2009, esta lista foi ampliada, por meio da Portaria nº. 102/09, incluindo mais sete municípios. De acordo com o Decreto nº 6.321/2007, os municípios listados serão prioritários para monitoramento intensivo, poderão ser objeto de recadastramento fundiário pelo INCRA16 e suspende a emissão de autorizações para desmatamento.

Em seguida ao decreto, o Banco Central publicou a Resolução nº. 3.545/2008 e a Portaria nº. 96/2008 que determinaram que na concessão de crédito rural deverão ser observadas as recomendações e restrições do zoneamento agroecológico e do zoneamento ecológico-econômico (ZEE). Determinaram, ainda, que a partir de julho de 2008, a concessão de crédito rural ficaria condicionada à apresentação de: “(a) Certificado de Cadastro de Imóvel Rural – CCIR; (b) Declaração de que inexistem embargos vigentes de uso econômico de áreas desmatadas ilegalmente no imóvel; e (c) licença, certificado, certidão ou documento similar comprobatório de regularidade ambiental, vigente, do imóvel onde será implantado o projeto a ser financiado, expedido pelo órgão estadual responsável”. O município de Paragominas implementou ações que fizeram com que fosse o primeiro município a ser excluído da lista de municípios prioritários do MMA. Dentre as ações destaca-se o cadastramento de mais de 80% das propriedades rurais. Esta saída da lista foi formalizada pela Portaria nº 67/10, republicada do Diário Oficial da União (DOU) do dia 12 de Abril de 2010.

A lista dos municípios prioritários serviu também como base para a implementação da “Operação Arco Verde” lançada em maio de 2008 . A Operação dividiu-se em ações emergenciais e estruturantes. Nas emergenciais, o objetivo foi reunir medidas que beneficiassem famílias afetadas pelas operações de fiscalização nas madeireiras e serrarias. As ações estruturantes visavam promover a transição para um modelo de desenvolvimento na Amazônia com bases sustentáveis, por meio de apoio para, por exemplo, ações de recuperação de áreas degradadas. Nessas destacam-se a criação da linha de crédito, com juros subsidiados, “Pró-recuperação” que financia proprietários que queiram recompor suas áreas de reserva legal e de preservação permanentes e a Política Geral de Preços Mínimos (PGPM) para produtos oriundos de extrativismo.

Seguida a Operação Arco Verde outras ações foram direcionadas para atender os municípios prioritários, como o Programa Territórios da Cidadania e o Programa Mais Amazônia Legal. O Programa Territórios da Cidadania é um programa com ações de 18 de ministérios e tem como objetivo: promover e acelerar a superação da pobreza e das desigualdades sociais no meio rural, inclusive as de gênero, raça e etnia, por meio de estratégia de desenvolvimento territorial sustentável. O Programa “Mais Amazônia Legal” é um pacto assinado em abril de 2009, entre o Governo Federal e os governos estaduais, com o objetivo de promover o exercício da cidadania, a melhoria da qualidade de vida da população e diminuir as desigualdades sociais. Isso incluirá a melhora dos índices de mortalidade infantil, a promoção da alfabetização e a ampliação da prestação de serviços de assistência técnica e extensão rural beneficiando agricultores familiares nos Territórios da Cidadania.

14 Detecção de Desmatamento em Tempo Real 15 Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais 16 Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária

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Através do Decreto nº. 7.029, de 10 de dezembro de 2009, foi criado o Programa Federal de Apoio à Regularização Ambiental de Imóveis Rurais, denominado “Programa Mais Ambiente”. Este programa visa apoiar a regularização ambiental de imóveis rurais. Os produtores que aderirem ao Programa junto ao IBAMA17, por meio de Termo de Adesão e Compromisso “visando à regularização ambiental por meio do compromisso de recuperar ou recompor ou manter as áreas de preservação permanente, bem como de averbar a reserva legal do imóvel” não serão autuados por infrações ambientais, terão a cobrança de multas suspendida e, cumprido o termo de adesão e compromisso, terão eventuais multas convertidas em serviços de preservação, melhoria e recuperação da qualidade do meio ambiente.

Também destacam-se as novas políticas e ações com respeito à regularização fundiária, principalmente a Lei nº. 11.952 e o Programa Terra Legal. A Lei nº. 11.952, de 25 de junho de 2009, regulamentada pelo Decreto nº. 6.992, de 28 de outubro de 2009, dispõe sobre a regularização fundiária das ocupações incidentes em terras situadas em áreas da União, no âmbito da Amazônia Legal. A Lei estabelece que áreas até 15 módulos fiscais, desde que inferior a 1.500 hectares podem, sob diversas condições, ser alienadas e obter a concessão de direito real de uso. O Programa Terra Legal do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) visa titular a propriedade de terras públicas ocupadas por posseiros na Amazônia Legal. A meta do Programa é regularizar quase 300 mil posses de até 15 módulos fiscais cuja ocupação por posseiros ocorreu antes de 1º de dezembro de 2004. 6.2 Políticas Estaduais Relevantes A origem do Cadastramento Ambiental Rural foi o Sistema de Licenciamento Ambiental em Propriedades Rurais (SLAPR), desenvolvido no estado de Mato Grosso em 1999. Este sistema georreferencia as propriedades rurais, as Reservas Legais (RLs) e Áreas de Preservação Permanente (APPs), demanda o licenciamento da atividade, bem como possibilita o monitoramento anual do desmatamento. Como a emissão do licenciamento para imóveis com passivo é um processo complicado, principalmente porque envolve a adequação do imóvel à legislação ambiental, incluindo a recuperação de APPs e a recuperação ou compensação de reservas legais, criou-se o cadastro que permite o monitoramento do desmatamento ao nível de imóveis, enquanto o processo de regularização ainda está em andamento. No Mato Grosso, para aprimorar e dar maior eficácia ao SLAPR, o Governo do Estado do Mato Grosso criou o Programa Matogrossense de Legalização Ambiental Rural – MT LEGAL. A Lei Complementar nº343 de 24 de dezembro de 2008 criou esse Programa que tem como objetivo: “Promover a regularização das propriedades e posses rurais e sua inserção no Sistema de Cadastramento Ambiental Rural e/ou Licenciamento Ambiental de Propriedades Rurais – SLAPR”. O MT-LEGAL dá aos produtores a oportunidade de regularizar seus imóveis sem penalização pelo desmatamento da reserva legal ou áreas de preservação permanente e desburocratiza o sistema de licenciamento ao dividir-lo em duas fases: Cadastro Ambiental Rural (CAR) e Licenciamento Ambiental Único (LAU). O MMA e o Governo do Estado do Mato Grosso pactuaram que o CAR é o primeiro passo do licenciamento. Também acordaram que, a partir do CAR, o IBAMA não vai multar quem desmatou antes de 2007, contanto que seja apresentado um plano para regularização ambiental.

O Decreto nº. 2.238/09 define o CAR como registro dos imóveis rurais perante a Secretaria de Estado do Meio Ambiente, por meio eletrônico, para fins de controle e monitoramento. Para o cadastramento, o interessado deverá, entre outras coisas:

(i) Apresentar cópia autenticada do comprovante/declaração de posse e ou certidão da matrícula e carta imagem do imóvel rural;

17 Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis

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(ii) Assinar Instrumento de Compromisso Padrão, propondo as medidas que serão implementadas para sanar o passivo ambiental, por meio da apresentação de Plano de Recuperação de Áreas Degradadas e o cronograma de execução;

(iii) Assinar Termo de Ajustamento de Conduta Ambiental de Recuperação de Área de Preservação Permanente Degradada;

(iv) Providenciar em até 1, 2 ou 3 anos, dependendo da extensão da propriedade, a localização e regularização da reserva legal, matrícula atualizada do imóvel rural com averbação do georreferenciamento geodésico, certificado pelo INCRA ou certidão atualizada de inteiro teor do imóvel e Certidão de Legitimidade de Origem emitida pelo INTERMAT ou INCRA.

No Pará o Decreto nº. 2.593/2006 refere-se ao licenciamento ambiental de imóveis rurais, atividades agrossilvipastoris e projetos de reforma agrária. Neste Decreto, o cadastro foi interpretado como um instrumento de identificação condicionado ao licenciamento. Através do Decreto nº. 1.148/2008, o Estado criou o CAR, exigindo o cadastramento de todos os imóveis rurais. A instrução normativa nº. 31.228/2008, estabeleceu uma parceria entre a Secretaria Estadual do Meio Ambiente e a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado (EMATER) para “realizar a inscrição dos imóveis rurais com área não superior a 4 módulos fiscais”, e emitir o ”CAR Atestado Digital”.

A Instrução Normativa nº. 33/2009, do Estado do Pará, define o Cadastro Ambiental Rural como o registro eletrônico dos imóveis rurais junto a SEMA por meio de georreferenciamento de sua área total, delimitando as Áreas de Preservação Permanente – APP’s e Reserva Legal – RL localizadas em seu interior, com vista à regularização ambiental e ao ordenamento ambiental. Estabelece também que o CAR possui caráter auto-declaratório e provisório, “devendo o declarante apresentar a delimitação da área da propriedade rural total (APRT)”. Só terá caráter definitivo a partir da análise e ratificação, pela SEMA, das propostas apresentadas pelo declarante para a Área da Propriedade Rural Total - APRT, APP, RL e AUAS. Imóveis nos municípios prioritários têm um prazo de 6 meses a partir do CAR provisório para apresentar os dados necessários para a regularização. 6.3 Políticas de Salvaguardas Ambientais e Sociais Adotadas pelo Banco Mundial Das políticas de salvaguardas ambientais e sociais definidas pelo Banco Mundial, as mencionadas a seguir apresentam potencial correlação com o projeto proposto. OP 4.01 – Avaliação Ambiental O Banco Mundial exige a avaliação ambiental (AA) dos projetos propostos para financiamento do Banco de modo a assegurar que eles sejam ambientalmente sólidos e sustentáveis, o que leva a uma melhoria do processo de decisão. A AA é um processo cuja dimensão, profundidade e tipo de análise depende da natureza, escala e impacto ambiental potencial do projeto proposto. A AA avalia os potenciais riscos ambientais do projeto na sua área de influencia, examina alternativas ao projeto; identifica maneiras de melhorar a seleção, localização, planejamento, concepção e execução do projeto, através de medidas destinadas a evitar, minimizar, mitigar ou compensar os efeitos ambientais adversos, e a realçar os impostos positivos; e inclui o processo de mitigar e gerir os impactos ambientais adversos ao longo de toda a execução do projeto. Sempre que possível, o Banco prefere a adoção de medidas preventivas às medidas mitigadoras ou compensatórias. A Avaliação Ambiental – (AA), na Política Ambiental do Banco Mundial, aborda as questões naturais e sociais de forma integrada. Considera:

O ambiente natural (ar, água e solo); A saúde e segurança humana;

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Os aspectos sociais envolvidos pelo projeto (reassentamento involuntário, povos indígenas e propriedade cultural); e, Os aspectos transfronteiriços e do meio ambiente global.

Considera, ainda:

O conjunto de políticas, legislação nacional e capacidade institucional relacionadas aos aspectos ambientais e sociais; e, As obrigações do país, relativas às atividades do projeto, no âmbito de tratados e acordos internacionais relevantes ao meio ambiente.

Os instrumentos de AA:

Estudo de Impacto Ambiental – EIA; AA regional ou setorial; Auditoria ambiental, na avaliação de perigo ou risco; e, Plano de Gestão Ambiental (PGA).

Estes instrumentos são utilizados de acordo com o grau de impacto ambiental do projeto, avaliado por uma análise ambiental preliminar, que determina o grau e tipifica os impactos resultantes do projeto em:

Categoria A: impactos ambientais adversos significativos e de caráter sensível, diverso e sem precedentes; Categoria B: impactos adversos (menos significativos que a Categoria A), sobre as populações humanas ou áreas ecologicamente importantes (ecossistemas aquáticos, florestas, pastos e outros habitats naturais), de medidas mitigadoras mais rápidas; e,

Categoria C: possibilidade mínima ou não existente de impactos ambientais adversos. A Política Ambiental do Banco considera, ainda, a capacidade institucional, jurídica ou técnica do mutuário de:

Análise da AA; e, Monitoramento e gestão das medidas mitigadoras.

Credita, ainda, a importância de consultas públicas e a ampla divulgação sobre aspectos ambientais resultantes da implementação do projeto, ouvindo as solicitações e demandas, em plena participação da sociedade envolvida em todas as etapas do projeto. OP 4.36 – Florestas O manejo, conservação e o desenvolvimento sustentável dos ecossistemas florestais e de seus recursos associados são essenciais para a redução da pobreza e o desenvolvimento de forma duradoura, quer estejam situados em países que dispõem de florestas abundantes, ou em outros com recursos florestais naturais limitados ou esgotados. O objetivo desta política é oferecer assistência aos mutuários com o objetivo de utilizar o potencial das florestas na redução da pobreza de forma sustentável, integrar as florestas ao desenvolvimento econômico sustentável de maneira efetiva, bem como proteger os valores e serviços ambientais vitais das florestas no âmbito local e global. OP 4.04 – Habitats Naturais De importante valor biológico, social, econômico e existencial, os habitats naturais abrangem as porções de terra e água onde se formam comunidades biológicas endêmicas constituídas por espécies de plantas e animais nativos, nas quais a atividade humana não alterou, essencialmente, as funções ecológicas primárias da área. Os habitats naturais críticos são as áreas oficialmente protegidas e propostas pelos governos, de acordo com a classificação da União Internacional de Conservação da Natureza – UICN.

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A Política do Banco estabelece as medidas apropriadas de conservação e mitigação, no sentido de remover ou reduzir o impacto adverso sobre os habitats naturais e suas funções. Orienta sobre os limites socialmente definidos de mudança ambiental aceitável, em:

Proteção plena do sítio, por meio da reformulação do projeto; Retenção estratégica do habitat; Conversão ou modificação restrita; Reintrodução de espécies; Medidas de mitigação para minimizar o dano ecológico; Obras de restauração pós-construção; Restauração de habitats degradados; e, Estabelecimento e manutenção de área ecologicamente semelhante em tamanho e contigüidade adequados.

Tais medidas incluem a supervisão e avaliação, com a coleta de dados que informem sobre os resultados da conservação e constituam orientação para o desenvolvimento de novas medidas corretivas apropriadas. OP 4.09 – Controle de Pragas e Parasitas No controle de pragas e parasitas que afetam tanto a agricultura quanto a saúde pública, o Banco apóia uma estratégia que promove o uso de métodos de controle biológicos ou ambientais e reduz a dependência de pesticidas químicos sintéticos. Impõe-se ao mutuário o controle de pragas e parasitas no contexto da avaliação de impacto ambiental do Projeto. OP 4.10 – Povos Indígenas A importância desta temática impõe a construção de base de dados que identifique:

as características demográficas, sociais, culturais e políticas das comunidades indígenas afetadas pelo projeto; as terras e territórios de tradicional propriedade desses Povos, seu uso e ocupação; os recursos naturais dos quais dependem para sua manutenção e sobrevivência; Análise e identificação das partes interessadas e influenciadas pelo projeto (stakeholders); e elaboração de processo de consulta livre, prévia e informada aos Povos Indígenas afetados, considerando os aspectos inerentes às culturas envolvidas, em todas as etapas de preparação e implementação do Projeto; Análise da vulnerabilidade das culturas indígenas aos potenciais impactos positivos ou negativos do projeto, considerando os riscos a que estão expostos, tendo em vista a intrínseca ligação com a terra e seus recursos naturais; e, assimetria no acesso a oportunidades quando comparados a outros grupos sociais que compõem a comunidade, região, e as demais sociedades nacionais.

Considerar a necessidade de medidas que minimizem, atenuem ou compensem os impactos, de modo a assegurar a participação adequada das populações indígenas nos benefícios resultantes do projeto. A construção da base de dados do projeto deverá assentar-se na estrutura jurídico-institucional nacional aplicável aos Povos Indígenas. OP 4.12 – Reassentamento Involuntário A Política do Banco tem por objetivo orientar e atenuar os graves riscos econômicos, sociais e ambientais representados pela:

Desagregação dos sistemas de produção; Empobrecimento pela perda de patrimônio ou fontes de renda; Realocação em locais menos favorecidos em capacidade de produção;

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Pressão na competição por acesso a recursos; Enfraquecimento das redes sociais e instituições comunitárias; Dispersão de grupos familiares; e, Diminuição de identidade cultural, exercício da autoridade tradicional e o potencial de ajuda mútua.

O reassentamento involuntário, na impossibilidade de ser evitado, deve explorar alternativas de menor impacto possível, fundamentadas em programas de desenvolvimento sustentável e recursos para investimento que atendam às necessidades de assistência das pessoas deslocadas, nos seguintes critérios:

Possibilidade de participação nos benefícios providos pelo projeto; e, Oportunidades de participação no planejamento e implementação do programa de reassentamento, sendo ouvidas e atendidas suas demandas, de modo a serem assistidas nos seus esforços de restauração das condições de vida, prevalecendo a alternativa de melhoria dessas condições, sempre que possível.

OP 4.11 – Recursos Culturais Físicos Refere-se aos recursos culturais físicos: objetos, sítios, estruturas, grupos de estruturas, além dos aspectos e paisagens naturais, móveis ou imóveis, de importância arqueológica, paleontológica, histórica, arquitetônica, religiosa, estética ou outro significado histórico. Encontrados em ambientes urbanos ou rurais, no solo, subsolo ou imersos em corpos d’água, o interesse cultural pode ser de âmbito local, provincial, nacional ou da comunidade internacional. A Política do Banco objetiva evitar ou atenuar os impactos adversos sobre os recursos físicos culturais no âmbito do projeto, considerando a legislação nacional incidente, e as obrigações em tratados e acordos ambientais internacionais relevantes. Nesse sentido, o IFC – Padrão de Desempenho 8 – Patrimônio Cultural, estabelece as diretrizes do Banco Mundial, sobre os recursos físicos culturais. Nestas encontram-se os compromissos da contraparte relativos ao tratamento dos recursos físicos culturais encontrados, a serem geridos pelo sistema de gerenciamento social e ambiental do cliente. Destacam-se consultas públicas, durante o processo e avaliação ambiental, cujo processo consultivo inclui:

participação dos principais grupos sociais afetados pelo projeto; autoridades governamentais interessadas; e, ONGs relevantes, na avaliação dos possíveis impactos e na exploração das opções de prevenção e atenuação, dando-lhes toda a publicidade necessária.

7. ANALISE COMPARATIVA DE PROCEDIMENTOS AMBIENTAIS NACIONAIS E ESTADUAIS E POLÍTICAS DE SALVAGUARDAS AMBIENTAIS DO BANCO De acordo com as atividades a serem desenvolvidas por este projeto identificou-se que algumas salvaguardas do Banco serão acionadas, identificadas na tabela abaixo. Quadro 8 – Salvaguardas acionadas Salvaguardas acionadas pelo projeto SIM NÃO Avaliação Ambiental (OP/BP 4.01) X Habitats Naturais(OP/BP 4.04) X Florestas (OP 4.36) X Manejo de Pragas (OP 4.09) X Povos Indígenas (OP/BP 4.10) X Recursos Físicos culturais (OP/BP 4.11) X Reassentamento Involuntário (OP/BP 4.12) X

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A seguir descrevemos cada uma das salvaguardas e as questões que as acionam, bem como descrevemos os procedimentos ambientais nacionais e estaduais pertinentes. a) Avaliação Ambiental (OP/BP/GP 4.01): este projeto possui impactos positivos e potencias impactos transitórios negativos para com as questões sociais e ambientais e, de acordo com as Políticas Operacionais do Banco, demanda uma Avaliação Ambiental. Alguns aspectos sociais relevantes estão relacionados com a influencia na dinâmica dos produtos agropecuários a serem comercializados uma vez que alguns municípios possuem parte da sua economia baseadas em atividades ilegais ou que demandam regularização ambiental para poderem atuar de forma organizada no mercado. Com o Cadastramento, muitas atividades se ajustarão a legislação federal (ex: Programa Mais Ambiente) e legislação estadual (ex: MT legal e CAR/PA), podendo afetar de forma positiva ou negativa transitória a dinâmica sócio-econômica do município. Na questão ambiental espera-se resultados positivos como a manutenção das baixas taxas de desmatamento que estes municípios já tenham alcançado. Sua classificação, conforme as quatro categorias da OP 4.01, pode ser considerada como Categoria B: operação de risco ambiental moderado, ou seja o Projeto poderia vir a causar impactos e possuir riscos sociais e ambientais negativos, mesmo que em curto prazo e pontuais. Para esses se estabeleceu medidas de prevenção ou mitigação eficazes e disponíveis prontamente. A seguir descreve-se com mais detalhes as questões que acionaram cada uma das políticas de salvaguarda do Banco Mundial. b) Habitat Naturais (OP/BP 4.04): o objeto deste projeto não prevê impacto negativo nos habitat naturais. Ao contrário, este projeto pretende viabilizar o CAR que tem por objetivo reduzir as taxas de desmatamento nos municípios embargados e se possível orientar a administração publica e setor privado para que planejem a paisagem de forma a permitir a criação de corredores ecológicos e conservação de grandes blocos de vegetação nativa relevantes para a conservação da biodiversidade. No caso de levantamento georreferenciado de propriedades próximas de Unidades de Conservação será observada a existência de sobreposição entre o limite da UC e da propriedade. Caso se confirme a sobreposição será feita uma comunicação para a prefeitura e sindicato rural para que verifiquem junto ao proprietário se a sobreposição é apenas um erro cartográfico. Caso se confirme o erro cartográfico será solicitado que o proprietário ajuste sua documentação fundiária e que no processo de CAR seja informada que a documentação fundiária está em ajuste e que o proprietário reconhece que não há sobre posição com a Unidade de Conservação. Nos casos de conflito fundiário está propriedade não será encaminhada para o CAR. As propriedades rurais georreferenciadas que estiverem na zona de amortecimento da UC (definida pelo plano de manejo, ou de 10 km quando o plano de manejo ainda não estiver sido aprovado) obedecerão às orientações das normas vigentes, com destaque a localização da Reserva Legal. Esta regra valerá tanto para UCs demarcadas quanto para UCs criadas, mas não demarcadas. No caso de UCs em criação será informada à prefeitura e sindicato a situação daquelas propriedades contidas nestas áreas, bem como será feita uma consulta à SEMA sobre como proceder nestes casos. c) Florestas (OP 4.36): Este projeto objetiva que os proprietários rurais alcancem a adequação ambiental das suas propriedades através do cadastramento junto à SEMA, isolamento das APP e RL, bem como sua recuperação quando necessário. No entanto, a regularização poderá estimular a elaboração de planos de manejo florestal nestas propriedades, gerando assim um impacto nestas áreas. No entanto, do ponto de vista de gestão ambiental, este seria um impacto positivo, pois traria para a legalidade a atividade madeireira que em muitas regiões trabalha na ilegalidade.

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d) Povos indígenas (OP/BP 4.10): este projeto não prevê qualquer tipo de impacto negativo sobre os povos indígenas. No caso de levantamento georreferenciado de propriedades próximas a AI18 será observada a existência de sobreposição entre seus respectivos limites. Caso se confirme a sobreposição será feita uma comunicação para a FUNAI para que se qualifique a sobreposição, considerando as informações oficiais contidas nessa Fundação. Caso se confirme o erro cartográfico será solicitado que o proprietário ajuste sua documentação fundiária e que no processo de CAR seja informada que a documentação fundiária está em ajuste e que o proprietário reconhece que não há sobreposição com a área indígena. Nos casos de sobreposição de áreas está propriedade não será encaminhada para o CAR. 18 Áreas Indígenas: consideram-se Áreas Indígenas as áreas que tiverem

portaria do Ministério da Justiça criando o GT de identificação de terra

indígena, bem como as áreas já identificadas demarcadas e homologadas.

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8. POTENCIAIS IMPACTOS E MEDIDAS MITIGADORAS 8.1. IMPACTOS SOCIAIS POSITIVOS As atividades do projeto para os cinco municípios foram concebidas para primeiramente gerar melhorias ambientais. No entanto também são esperadas melhorias sociais, muitos delas relacionadas à qualidade de vida da população e a aspectos econômicos (arrecadação e renda). Os impactos sociais positivos estão apresentados de forma separada de acordo com o grupo beneficiado:

a) Agricultores; b) Comunidades; c) Administração publica municipal e estadual; d) Iniciativa privada.

As atividades do projeto devem causar os seguintes ganhos para o agricultor: - Acesso a custo zero das informações sobre a sua propriedade (imagem de satélite e mapa de uso do solo); - Orientação ao agricultor sobre formas de regularização ambiental de sua propriedade, principalmente nas questões relacionadas à reserva legal e à área de preservação permanente; - Com a regularização ambiental o proprietário rural aumentará sua elegibilidade para acessar o crédito agrícola; - Flexibilização das penalidades dos processos administrativos por irregularidades ambientais (ex: multas), bem como nos processos civis e criminais; - Venda da produção para mercado diferenciado que demanda a regularização ambiental, tais como o setor da soja e frigoríficos exportadores; - Efetivar a legalização ambiental das atividades agropecuárias possibilitando que a produção se desenvolva de forma tranqüila sob o ponto de vista burocrático, sem que seja afetada por sanções administrativas, civis ou criminais como multas, embargos e apreensões. Isto seguiria a filosofia “produtor legal é produtor tranqüilo”; - Reinstalar o acesso dos proprietários aos serviços prestados pela administração publica e agentes financiadores através da saída do município da lista de maiores desmatadores preparada pelo MMA e divulgada pelo Decreto 6321/2007; As atividades do projeto devem causar os seguintes ganhos para a comunidade, e/ou sociedade: - Maior transparência provocada pela implementação do CAR, principalmente nas sociedades locais tradicionais onde ainda reinam as relações clientelistas. A introdução de instrumentos como esse pode provocar uma abertura democrática nas relações políticas sociais cujas dimensões são difíceis de prever; - Possível aumento na oferta de emprego através da instalação de agroindústrias e outras empresas vinculadas, uma vez que se sentirão estimuladas em se instalar em municípios mais organizados; As atividades do projeto devem causar os seguintes ganhos para a administração pública municipal e estadual que reverterão para a sociedade: - Construção de mapeamento de propriedades rurais e do uso do solo do município que subsidiarão as ações públicas de gestão que dependem destas informações (ex: Planos Diretores Municipais, ZEE municipais, Planos de Restauração Florestal Municipal, previsão de safra, acompanhamento de recolhimento de impostos, distorções relacionada a sobreposições fundiárias, etc);

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- Fortalecimento dos Órgãos Estaduais e Municipais de Meio Ambiente por meio da sistematização das informações de uso do solo, identificação dos passivos ambientais em APP e reserva Legal e levantamento em varredura das propriedades rurais. Estas informações potencializarão as ações de monitoramento e controle dos ativos florestais nas propriedades rurais; - Os mapeamentos poderão viabilizar a construção e sistemas de monitoramento e controle que viabilizarão a descentralização de atribuições da esfera federal ou estadual para a esfera municipal (emissão de licenças, controle de arrecadação de ITR, etc); - O Cadastramento permitirá a saída do município da lista dos municípios mais desmatadores preparada pelo MMA e divulgada pelo Decreto 6321/2007; - A sistematização das informações fundiárias e de uso do solo possibilitará a divulgação de relatórios diversos sobre a realidade do município, o que poderá resultar em uma melhoria da sua imagem perante o mercado; - A melhoria da imagem do município estimulará a vinda de investimentos externos privados e eventualmente investimento governamental; - A melhoria da imagem do município poderá torná-lo mais elegível a financiamento para ações de desenvolvimento municipal, como por exemplo, os recursos do BIRD e do BID; As atividades do projeto devem causar os seguintes ganhos para a iniciativa privada: - O cadastramento e conseqüente regularização ambiental das propriedades rurais viabilizarão que os produtos comercializados consigam comprovar que estão em acordo com a responsabilidade ambiental da cadeia produtiva; - Os produtos com comprovada responsabilidade ambiental ficarão menos sujeitos a barreiras comerciais não tarifárias; - Aproximação do setor agropecuário ao setor ambiental, através do apoio do setor ambiental ao setor produtivo para que, este último adéqüe suas propriedades à legislação ambiental. 8.2 POTENCIAIS IMPACTOS SOCIAIS NEGATIVOS As atividades do projeto CAR para os cinco municípios foram idealizadas de modo a evitar impactos sociais negativos. Estas atividades foram dimensionadas a partir da experiência de sucesso no município de Lucas do Rio Verde, onde os ganhos sociais foram significativos. No entanto, uma vez que a realidade de alguns municípios é diferente da realidade de Lucas do Rio Verde são esperados alguns poucos impactos negativos transitórios citados abaixo: - No curto prazo as economias municipais podem sofrer variações negativas, principalmente aquelas que dependem da exploração ilegal dos recursos madeireiros. A Operação Arco Verde fornece apoio emergencial e estruturante para vencer esses impactos, mas a transição para um novo modelo de desenvolvimento deverá ser um processo complexo e cujo êxito não pode ser garantido; - Necessidade de investimento por parte dos proprietários rurais para viabilizar a recuperação de APPs e a recuperação ou compensação das reservas legais. 8.3 IMPACTOS AMBIENTAIS POSITIVOS A ação combinada das diversas atividades previstas para este projeto deverá provocar os seguintes impactos ambientais positivos para os cinco municípios: - A implementação do CAR nos municípios com as taxas mais altas de desmatamento permitirá identificar os passivos ambientais das propriedades rurais individuais e monitorar o desmatamento ilegal. O impacto esperado principal é a redução das taxas de desmatamento nos municípios em questão; - A implementação do CAR também permitirá a recuperação do passivo ambiental e a compensação das reservas legais ao nível de município ou ao nível de bacia hidrográfica. A

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recuperação ou compensação a esse nível geográfico possibilita o planejamento de uma paisagem funcional e a criação de corredores ecológicos consistindo de áreas de preservação permanente e reservas legais que garantam a conservação da biodiversidade e a continuidade de prestação de serviços ambientais pela mesma paisagem. A implementação do CAR, seguido pelo planejamento das paisagens, na escala prevista, permitirá a criação de um mosaico no Arco de Desmatamento capaz de abrigar e conservar as principais funções ecológicas da região; - As ações para implementar o CAR criarão demandas que poderão induzir a definição de normas e procedimentos para a regularização da reserva legal. Isto possibilitará parcerias entre o setor produtivo e o setor ambiental de forma a resolver a regularização das propriedades em acordo com a legislação ambiental e a criação de paisagens produtivas e ambientalmente sustentáveis. - O CAR permitirá esses órgãos a monitorar o desmatamento e a separar o desmatamento legal do desmatamento ilegal. Ademais, o CAR permitirá identificar os infratores do desmatamento ilegal e, portanto, tomar as medidas necessárias de fiscalização; - A recuperação ou proteção das áreas de preservação permanente, com destaque às matas ciliares, garantirão a conservação dos recursos hídricos da região. Da mesma forma a recuperação e conservação das reservas legais também terão efeito positivo sobre os recursos hídricos, principalmente por permitirem uma melhor recarga do aqüífero quando comparada à áreas desmatadas; - A sistematização das informações fundiárias e de uso do solo nos municípios permitirá planejar a paisagem de forma a identificar os melhores locais para criação de Unidades de Conservação; - O cadastramento e orientação dos proprietários rurais possibilitarão o engajamento do setor produtivo na conservação da biodiversidade; - Fortalecimento dos OEMAs através da implementação de estratégia testada e aprovada de monitoramento e controle do desmatamento em propriedade rural. 8.4 POTENCIAIS IMPACTOS AMBIENTAIS NEGATIVOS O exercício de antever os potenciais impactos negativos foi realizado no intuito de evitá-los ou mitigá-los. Apesar dos impactos ambientais serem majoritariamente positivos a analise identificou provável impacto negativo, descritos a seguir: - Entendimento equivocado por parte de proprietários que tenham posses e que venham a se cadastrar de que o cadastramento legalizará sua área e que com isto possa realizar desmatamento na área fora da Reserva Legal. 8.5 Matriz de ações preventivas e mitigadoras Quadro 9 – Matriz de Ações Preventivas e Mitigadoras Atividade Impacto potencial imediato Ação Preventiva Ação mitigadora

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Organizar reuniões e

eventos para mobilização e

sensibilização de produtores

No curto prazo as economias municipais podem sofrer variações , principalmente aquelas que dependem da exploração ilegal dos recursos madeireiros. A Operação Arco Verde fornece apoio emergencial e estruturante para vencer esses impactos, mas a transição para um novo modelo de desenvolvimento deverá ser um processo complicado cujo êxito não pode ser garantido;

O impacto previsto neste setor não terá medida preventiva ou mitigadora neste projeto uma vez que se trata de política de governo e independe das ações deste projeto.

Atividade Impacto potencial imediato Ação Preventiva Ação mitigadora Georreferenciar os imóveis rurais que os proprietários rurais autorizarem a entrada;

Indisponibilização da informação georreferenciada do limite da propriedade e respectivos dados do proprietário

Consulta ao INCRA e ITER do estado para levantamento prévio de informações fundiárias Visita ao proprietário rural acompanhado de representante da prefeitura e sindicato rural para dialogo e obtenção das informações necessárias

Notificação por parte da prefeitura e da SEMA para que o proprietário cadastre sua propriedade no CAR do estado

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Atividade Impacto potencial imediato

Ação Preventiva Ação mitigadora

Mobilizar proprietários rurais para autorizar os

protocolos do CAR junto as

SEMAS

Resistência do proprietário rural a autorizar o protocolo de seu pedido de inserção no CAR

Redução dos custos do cadastramento através do pagamento de técnico com recursos do projeto. Reuniões com os proprietários rurais resistentes ao CAR com o prefeito e o sindicato rural de forma a informá-los dos prejuízos enfrentados pelo município e pelo setor com o embargo

Notificação por parte da prefeitura e da SEMA para que o proprietário cadastre sua propriedade no CAR do estado

Especulação imobiliária de áreas indicadas para a compensação de reservas legais;

Identificar o maior número possível de áreas com potencial de compensação para aumentar a oferta e induzir o preço a níveis aceitáveis.

Endividamento por parte dos proprietários rurais para viabilizar a recuperação de APPs e a recuperação ou compensação das reservas legais.

Apresentar todas as possibilidades de baixo custo para recuperação em campo das APPs e Reservas Legais. Implementar ações que reduzam o custo burocrático da recuperação das áreas degradadas (ex: Manual Municipal de recuperação de áreas degradadas) e disponibilizar informações sobre fontes financiadoras para recuperação e compensação de RL e APP.

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9. CONSULTAS A AGENTES E INSTITUIÇÕES INTERESSADAS Fase preliminar Antes mesmo do inicio deste projeto a TNC já vinha desenvolvendo um trabalho de construção de parceria com o Ministério do Meio Ambiente, Secretarias Estaduais de Meio Ambiente do Pará e Mato Grosso e prefeituras dos cinco municípios-alvo. Com o Ministério do Meio Ambiente o apoio já está estabelecido através do Acordo firmado em abril de 2010 entre a TNC e o MMA (ver anexo). Com a Secretaria de Meio Ambiente do estado de Mato Grosso a TNC firmou acordo em 10 de junho de 2010 com o objetivo desenvolver as ações para a adequação ambiental em propriedade rural. Nesta mesma data foi firmado acordo com 13 municípios daquele estado, onde estão incluídos os três municípios-alvo deste projeto no Mato Grosso (ver anexo). Para tal foram realizadas reuniões com o MMA e municípios nas datas apresentadas a seguir: 05 de abril de 2010 – reunião no MMA com técnicos da TNC (Henrique Santos, Adolfo Dalla Pria e Gina Thimoteo) e técnicos do MMA (Nazaré Soares e Rejane Cicerelli); 20 de abril de 2010 – reunião na TNC com técnicos da TNC (Henrique Santos e Adolfo Dalla Pria) e técnicos do MMA (Nazaré Soares e Rejane Cicerelli); 19 de maio de 2010 – reunião no Banco Mundial com técnicos do Banco (Bernadete Lange e Cristina Arruda), técnicos da TNC (Henrique Santos e Adolfo Dalla Pria) e técnica do MMA (Nazaré Soares); 10 de junho de 2010 – evento em Cuiabá que reuniu cerca de 13 prefeituras, incluindo as três prefeituras do Mato Grosso envolvidas neste projeto, bem como a técnica da TNC (Gina Thimoteo) e a técnica do MMA (Nazaré Soares). Fase preparatória No estado do Pará as negociações estão bastante avançadas com a Secretaria de Meio Ambiente do estado e com os dois municípios- alvo. A formalização de parceira é algo a ser concretizado assim que o projeto for formalizado com o Banco Mundial. No estado do Mato Grosso já foram assinados acordos entre os municípios e o governo do Estado para viabilizar as atividades e CAR. A TNC também já visitou os três municípios alvo daquele estado e já conversou com as prefeituras pedindo apoio institucional das mesmas. A recepção ao pedido foi muito positiva. Com isto aumenta-se a chance de sucesso na adesão dos proprietários rurais, como já pode ser observado em Paragominas/PA, onde o prefeito teve um papel importantíssimo nas atividades de georreferenciamento das propriedades. A TNC e o MMA já realizou reuniões com o INCRA e os Institutos de Terras do Mato Grosso e Pará onde expôs-se o projeto e esclareceu-se que o mesmo não tem objetivo de regularização fundiária. De qualquer forma estas intuições se colocaram a disposição para apoiar o projeto uma vez que identificam um grande potencial em melhorar seu banco de dados cartográfico. A TNC possui uma equipe especializada em questões indígenas que tem parcerias com a FUNAI. Este projeto não possui qualquer intenção em atuar em áreas indígenas sendo que propriedades sobrepostas a áreas indígenas não serão beneficiadas com as ações do projeto. Casos de sobreposição que demonstrarem relevância ao projeto serão informados à FUNAI através da equipe especializada da TNC. A TNC disponibilizará e manterá a disposição o presente documento, durante toda a vigência do projeto, em seu site: http://www.nature.org/wherewework/southamerica/brasil/work/art8379.html

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PARTE II 10. DIRETRIZES/ PROCEDIMENTOS SOCIOAMBIENTAIS DO PROJETO A seguir são relatados os procedimentos e diretrizes a serem adotados na fase de implementação do projeto, em respeito às políticas ambientais nacionais e as salvaguardas ambientais estabelecidas pelo Banco Mundial. 10.1 Estratégia de Comunicação e Sensibilização Deverão ser realizados eventos de mobilização e sensibilização junto aos principais atores envolvidos na iniciativa, produtores rurais, agentes públicos e prestadores de serviço. Recomenda-se a realização de um intenso esquema de divulgação com distribuição de folders , peças publicitárias e em rádio. A partir deste plano de comunicação é desejável o firmamento de acordos e arranjos institucionais que garantirão legitimidade ao presente projeto para atender as metas estabelecidas. Para tanto deverão ser firmados os pactos com as prefeituras, setor privado, sindicatos rurais, ONGs Locais com a SEMA e TNC. Um aspecto fundamental dessa etapa é garantir uma maior transparência do que acontecerá e as vantagens que estarão sendo ofertadas pelo projeto, para tanto um grande investimento em comunicação é essencial para que o projeto tenha as “Porteiras Abertas” para realizar as atividades previstas de cadastramento. Juntamente com a Prefeitura e Sindicato deverá ser preparado o material informativo, sobre as atividades a serem desenvolvidas no município, que será distribuído aos produtores rurais a fim de promover a sensibilização dos mesmos. Um aspecto fundamental dessa etapa é garantir uma maior transparência do que acontecerá e as vantagens que estarão sendo ofertadas pelo projeto. Para tanto, um grande investimento em comunicação é essencial para que o projeto tenha um ambiente favorável para realizar as atividades previstas de georreferenciamento. A prefeitura caberá prestar apoio operacional às atividades de mobilização, tais como indicar os espaços adequados para os eventos; ponto focal para tomadas de decisão; disponibilizar, se possível, equipamentos de áudio e vídeo; indicar empresas de comunicação para a eficiente divulgação, entre outros nesse sentido. 10.2 Diretrizes para Terras Indígenas e Povos Indígenas Será realizada uma consulta sistemática sobre populações indígenas junto a FUNAI quanto a localização das Áreas Indígenas, sejam elas identificadas, homologadas e decretadas e as demarcadas, pela Fundação. Isso permitirá que nos levantamentos georreferenciado de propriedades próximas a AI seja observada a existência de sobreposição entre seus respectivos limites. Caso se confirme a sobreposição será feita uma comunicação para a prefeitura e sindicato rural para que verifiquem junto ao proprietário se a sobreposição é apenas um erro cartográfico. Caso se confirme o erro cartográfico será solicitado que o proprietário ajuste sua documentação fundiária e que no processo de CAR seja informada que a documentação fundiária está em ajuste e que o proprietário reconhece que não há sobre posição com a área indígena. Nos casos de confirmação da sobreposição está propriedade não será encaminhada para o CAR, e será informada a FUNAI as referidas ocorrências. Esta regra valerá tanto para AIs demarcadas quanto para AIs identificadas. 10.3 Diretrizes para Unidades de Conservação Federais e Estaduais e outras áreas críticas No caso de levantamento georreferenciado de propriedades próximas de Unidades de Conservação será observada a existência de sobreposição entre o limite das UCs Federais e Estaduais e da propriedade. Caso se confirme a sobreposição será feita uma comunicação para a prefeitura e sindicato rural para que verifiquem junto ao proprietário se a sobreposição é apenas um erro cartográfico. Caso se confirme o erro cartográfico será solicitado que o proprietário ajuste sua documentação fundiária e que no processo de CAR seja informada que a documentação fundiária está em ajuste e que o proprietário reconhece que não há sobre posição com a Unidade de Conservação. Nos casos de confirmada a sobreposição fundiária está propriedade não será

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encaminhada para o CAR e será encaminhado as SEMAS e ICMBIO a ocorrência dessas situações. As propriedades rurais georreferenciadas que estiverem na zona de amortecimento da UC (definida pelo plano de manejo, ou de 10 km quando o plano de manejo ainda não estiver sido aprovado) obedecerão às orientações das normas vigentes, com destaque a localização da Reserva Legal. Esta regra valerá tanto para UCs demarcadas quanto para UCs criadas, mas não demarcadas. No caso de UCs em criação será informada à prefeitura e sindicato a situação daquelas propriedades contidas nestas áreas, bem como será feita uma consulta à SEMA sobre como proceder nestes casos. 10.4 Identificação de conflitos entre privados e encaminhamentos Eventualmente pode ocorrer a identificação de sobreposição entre propriedades. Caso se confirme a sobreposição será feita uma comunicação para a prefeitura e sindicato rural para que verifiquem junto ao proprietário se a sobreposição é apenas um erro cartográfico. Caso se confirme o erro cartográfico será solicitado que o proprietário ajuste sua documentação fundiária e que no processo de CAR seja informada que a documentação fundiária está em ajuste e que o proprietário reconhece que não há sobreposição com seu vizinho. Nos casos de discordância sobre limites de propriedades privadas, essas não serão encaminhadas para o CAR. 10.5 Comunicação e coordenação com MMA, OEMAS, INCRA e institutos estaduais de Terras Com base no plano de comunicação já em desenvolvimento com o MMA, o projeto informará trimestralmente o andamento de suas atividades através de relatórios técnicos a serem encaminhados ao MMA, OEMAS, INCRA, Institutos Estaduais de Terras, prefeituras municipais e Sindicatos Rurais. 10.6 Outros procedimentos a serem adotados pelo Projeto Eventualmente os técnicos do projeto podem se deparar com questões não relacionadas diretamente com os objetivos deste projeto. Uma das hipóteses seria a identificação de sítios arqueológicos que seriam comunicados ao IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional). Outra hipótese seria a identificação de crimes ambientais, como retirada ilegal de madeira, desmatamento e caça ilegal. Nestes casos os técnicos comunicarão as respectivas SEMAs para que tomem as devidas providencias. 11. ESTRATÉGIA DE MONITORAMENTO DOS PROCEDIMENTOS SOCIOAMBIENTAIS DO PROJETO Entende-se que o monitoramento será executado pelos parceiros do projeto (MMA, SEMAs e prefeituras). Para o bom andamento deste monitoramento a TNC disponibilizará todas as informações necessárias para que os parceiros possam verificar o estágio e qualidade de execução de cada tarefa. Estas informações poderão ser disponibilizadas em diferentes formatos (digital, impresso, relatório e mapas). No caso da Base Cartográfica e mapeamento do uso do solo será comunicado o resultado da licitação aos parceiros e disponibilizados os produtos finais tão logo sejam aprovados pela TNC. No caso do georreferenciamento das propriedades será comunicado mensalmente ao MMA, SEMAs e prefeituras os números e mapas das propriedades identificadas. Também serão comunicados os casos de destaque como propriedades sobrepostas entre si ou com Unidades de Conservação e Terras Indígenas. Ao final do georreferenciamento toda a “malha fundiária” será disponibilizada aos parceiros para que incorporem em seus sistemas de gestão. No caso do cadastramento junto a sistema CAR de cada estado, as SEMAs poderão emitir relatórios sobre as propriedades já cadastradas em cada município.

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Nos municípios do Mato Grosso serão elaborados os PRADs de até 1.000 propriedades. Este produto poderá ser conferido pela SEMA, através do sistema SIMLAM. 12. PROCEDIMENTOS DE ENCERRAMENTO DO PROJETO O encerramento do projeto se dará através das seguintes etapas:

a) Entrega da base cartográfica e mapeamento do uso do solo à SEMA e prefeituras; b) Entrega do mapeamento potencial de propriedades rurais com vistas a inserção no sistema

de cadastramento ambiental rural, com a função exclusiva de regularização ambiental desses imóveis rurais, à SEMA e prefeituras;

c) Entrega dos relatórios e documentos correlatos as lições apreendidas na execução do projeto;

d) Prestação de contas ao Banco Mundial de 100% dos recursos investidos.

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ANEXO 7 – RELATÓRIOS FINANCERIOS

Empréstimo: (número do acordo/doação - __________)Mutuario: (TNC BRASIL)Executor: (TNC BRASIL)Exercício: (2010/11)Trimestre: (___/2010)

Moeda: Reais (R$)

Trimestre Ano Acumulado Trimestre Ano Acumulado Trimestre Ano AcumuladoSALDO DE ABERTURAConta EspecialConta OperativaTotal FONTES DE FUNDOSFundos ContrapartidaFundos BIRD 6.300.000Total Disponível (A) 6.300.000USOS DE FUNDOS - BIRDCategorias Despesas1. Bens 0 0 0 382.300 0 0 0 02. Serviços que não sejam de Consultoria

0 0 0 2.139.620 0 0 0 0

3. Empresas de Consultoria 0 0 0 281.000 0 0 0 04. Consultores Individuais 0 0 0 1.767.100 0 0 0 05. Workshops e Treinamentos 0 0 0 1.099.980 0 0 0 06. Custos Operacionais 0 0 0 630.000 0 0 0 0Total das Despesas - BIRD 6.300.000

SALDO DE ENCERRAMENTOConta EspecialConta OperativaTotal Saldo de Encerramento

_______________________________________________ ________________________________________________Contratado Representante Autorizado

_______________________________ ________________________________________________Data Efetuado Por

IFR 1ADemonstrativo de Fontes de Usos por Categoria de Despesa

Período: 00 / 00/0000 a 00/00/0000

DESCRIÇÃOPlanejadoRealizado VARIAÇÃO (Realizado - Planejado) Total do

Programa

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Empréstimo: (número do acordo/doação - __________)

Mutuario: (TNC BRASIL)

Executor: (TNC BRASIL)

Exercício: (2010/11)

Trimestre: (___/2010)

IFR 1B Demonstrativo de Investimentos pro Componentes, Subcomponentes e Atividades

Período: 00 / 00/0000 a 00/00/0000

Valores em Reais (R$)

COMPONENTES, SUB-COMPONENTES E ATIVIDADES

DESCRIÇÃO

VALOR

PREVISTO

PERÍODO DE EXE-

CUÇÃO

Realizado Planejado Variação (Planejado - Realizado)

FONTE Trimestre Ano Acumulado Trimestre Ano Acumula

do Trimestre Ano Acumulado

Valor Valor Valor Valor Valor Valor Valor Valor Valor

1 Campanha de Mobilização e disseminação de lições apreendidas

BIRD 1.322.618

1.1

Estabelecimento de parcerias com instituições estratégicas no Estado do Pará

BIRD 508.400

1.1.1

Planejar as ações do projeto nos municípios para atuar de forma integrada no processo de sensibilização dos produtores rurais para realizar o mapeamento e cadastro dos estabelecimentos rurais

BIRD 303.400

1.1.2 Negociar termos de cooperação técnica e acordos com parceiros locais para execução das ações de cadastro;

BIRD 40.000

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1.1.3 Organizar reuniões e eventos para mobilização e sensibilização de produtores.

BIRD 120.000

1.1.4 Capacitar técnicos das prefeituras e dos sindicatos BIRD 45.000

1,2

Estabelecimento de parcerias com instituições estratégicas no Estado do Mato Grosso

BIRD 537.900

1.2.1

Planejar as ações do projeto nos municípios para atuar de forma integrada no processo de sensibilização dos produtores rurais para realizar o mapeamento e cadastro dos estabelecimentos rurais

BIRD 360.900

1.2.2 Negociar termos de cooperação técnica e acordos com parceiros locais para execução das ações de cadastro;

BIRD 57.000

1.2.3 Organizar reuniões e eventos para mobilização e sensibilização de produtores.

BIRD 75.000

1.2.4 Capacitar técnicos das prefeituras e dos sindicatos BIRD 45.000

1,3 Disseminação das Lições aprendidas BIRD 276.318

1.3.1 Sistematizar as experiências de realização do CAR. BIRD 102.500

1.3.2

Elaborar proposta referencial de normatização e metodologia para regulamentar o CAR na Amazonia Legal no ambito do Programa Mais Ambiente, e suas implicações no monitoramento e controle ambiental

BIRD 53.818

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1.3.3 Realizar publicações dos resultados do projeto BIRD 120.000

2 Mapeamento e Georreferenciamento de propriedades rurais e sua inserção no sistema CAR

BIRD 4.347.382

2,1 Base cartográfica digital e Mapeamento do Uso do Solo do Estado do Pará

BIRD 1.168.000

2.1.1 Preparar mosaico de imagens de satélite para os municípios BIRD 240.300

2.1.2 Elaborar e atualizar a base cartográfica digital, nos temas hidrografia e estradas, na escala 1:5.000;

BIRD 450.500

2.1.3 Mapear o uso do solo dos municípios . BIRD 477.200

2,2 Base cartográfica digital e Mapeamento do Uso do Solo do Estado do Mato Grosso

BIRD 1.016.320

2.2.1 Preparar mosaico de imagens de satélite para os municípios BIRD 117.320

2.2.2 Elaborar e atualizar a base cartográfica digital, nos temas hidrografia e estradas, na escala 1:5.000;

BIRD 418.000

2.2.3 Mapear o uso do solo dos municípios (cerca de 5,5 milhões de hectares).

BIRD 481.000

2,3 Levantamento georreferenciado das propriedades rurais Estado do Pará

BIRD 698.400

2.3.1 Levantar informações sobre as bases de propriedades rurais na SEMA, no ITERPA e nas prefeituras municipais;

BIRD 68.000

2.3.2 Mobilizar e sensibilizar os proprietários; BIRD 52.500

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2.3.3 Georreferenciar os imóveis rurais que os proprietários rurais autorizarem a entrada;

BIRD 517.900

2.3.4 Gerar relatórios ambientais individualizados dos propriedades cadastrados.

BIRD 60.000

2,4 Levantamento georreferenciado das propriedades rurais no Mato Grosso

BIRD 678.662

2.4.1 Levantar informações sobre as bases de propriedades rurais na SEMA, no INTERMAT e nas prefeituras municipais;

BIRD 109.500

2.4.2 Mobilizar e sensibilizar os proprietários; BIRD 65.162

2.4.3 Georreferenciar os imóveis rurais que os proprietários rurais autorizarem a entrada;

BIRD 504.000

2,5 Cadastramento Ambiental Rural no Pará BIRD 70.000

2.5.1 Organizar e adaptar as bases de dados para inserção nos Bancos de Dados das SEMA/PA

BIRD 40.000

2.5.2 Mobilizar proprietários rurais para autorizar os protocolos do CAR junto as SEMAS

BIRD -

2.5.3 Elaborar chave analítica para geração dos PRADs nos requerimentos do CAR que demandarem sua elaboração

BIRD -

2.5.4 Realizar capacitações de prestadores de serviço para inserção dos dados no SIMLAM

BIRD 30.000

2.5.5

Contratar prestadores de serviço para formalizar e elaborar CAR e PRADS de proprietários que autorizarem o protocolo junto a SEMA.

BIRD -

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2,6 Cadastramento Ambiental Rural Mato Grosso BIRD 716.000

2.6.1 Organizar e adaptar as bases de dados para inserção nos Bancos de Dados das SEMA/MT

BIRD 55.000

2.6.2 Mobilizar proprietários rurais para autorizar os protocolos do CAR junto as SEMAS

BIRD 90.000

2.6.3 Elaborar chave analítica para geração dos PRADs nos requerimentos do CAR que demandarem sua elaboração

BIRD 120.000

2.6.4 Realizar capacitações de prestadores de serviço para inserção dos dados no SIMLAM

BIRD 51.000

2.6.5

Contratar prestadores de serviço para formalizar e elaborar CAR e PRADS de proprietários que autorizarem o protocolo junto a SEMA.

BIRD 400.000

3 Componente 3 - Gestão e Administração do Projeto BIRD 630.000

3,1 Administração e monitoramento do projeto. BIRD 352.128

3.1.1 Equipe de gestão do Projeto BIRD 337.128

3.1.2 Desenvolver e implementar procedimentos de monitoramento

BIRD 15.000

3,2 Custos Administrativos associados BIRD 277.872

3.2.1 Despesas Operacionais BIRD 277.872 Total 6.300.000 0 0 0 0 0 0 0 0 0

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130

____________________________________________ ________________________________________________

Mutuário Representante Autorizado

____________________________________________ ________________________________________________

Data Efetuado Por

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Empréstimo: (número do acordo/doação - __________)Mutuario: (TNC BRASIL)Executor: (TNC BRASIL)

Exercício: (2010/11)Trimestre: (___/2010)

I. Saldo Inicial R$

II.Entrada de Recursos R$ BIRD Contrapartida Total entradas de recursos R$

III. Pagamentos R$

IV.Saldo Final R$

_______________________________________________ ________________________________________________

____________________________________ ________________________________________________

IFR 1CDemonstrativo da Conta OperativaPeríodo: 00 / 00/0000 a 00/00/0000

Data

Contratado

Efetuado Por

Representante Autorizado

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ANEXO 8 – PLANO DE AQUISIÇÕES EMPRESAS DE CONSULTORIA

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CATEGORIA DE DESEMBOLSO: SELEÇÃO DE CONSULTORES INDIVIDUAIS

Cotação dólar utilizada: 1,8

Des

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ão

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Documentos Avaliação Curricular pelo Comitê

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Técnico contratado para o gerenciamento local do projeto, assessoramento e aos municipios (2 contratações)

1.1.1 1 $129.333 232.800,00 CI Prévia 15/08/10 25/08/10 27/08/10 06/09/10 11/09/10 13/09/10 300 10/07/11

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Técnico contratado para o acompanhamento local do projeto, assessoramento e aos municipios (3 contratações)

1.2.1 2 $110.000 198.000,00 CI Posterior 15/08/10 25/08/10 27/08/10 N/A 01/09/10 03/09/10 300 30/06/11

Técnico contratado para articulação municipios e SEMA para encaminhamentos e validação dos produtos

1.2.1 1.2.2 2.4.1 3 $46.667 84.000,00 CI

Posterior 15/08/10 25/08/10 27/08/10 N/A 01/09/10 03/09/10 300 30/06/11

Contratar consultor para sistematização dos procedimentos de CAR do projeto, avaliar avanços e novos desafios, propor recomnedações

1.3.1 4 $27.778 50.000,00 CI Posterior 30/01/11 09/02/11 11/02/11 N/A 16/02/11 18/02/11 120 18/06/11

Contratar consultoria para consolidar a metodologia do CAR bem como sua normatização para fins do Programa Mais Ambiente

1.3.2 5 $22.222 40.000,00 CI Posterior 30/01/11 09/02/11 11/02/11 N/A 16/02/11 18/02/11 120 18/06/11

Contratação de consultoria para organizar material para publicação 1.3.3 6 $11.111 20.000,00 CI

Posterior 30/04/10 10/05/10 12/05/10 N/A 17/05/10 19/05/10 30 18/06/10

Técnico em SIG contratado para dar suporte a validação das Bases, mapeamentos e geos de propriedades no PA

2.1.2 2.3.3

7 $51.000 91.800,00 CI Posterior 15/08/10 25/08/10 27/08/10 N/A 01/09/10 03/09/10 300 30/06/11

Técnico em SIG contratado para dar suporte a validação das Bases, mapeamentos e geos de propriedades no MT

2.2.1 2.2.2 2.2.3 2.6.1 8 $36.111 65.000,00 CI

Posterior 15/08/10 25/08/10 27/08/10 N/A 01/09/10 03/09/10 300 30/06/11

SIG contratado para coletar e organizar as informações existentes na SEMA, Iterpa, Incra, Prefeituras e geração de mapas de análises de inconsistências

2.3.1 9 $10.556 19.000,00 CI Posterior 30/08/10 09/09/10 11/09/10 N/A 16/09/10 18/09/10 60 17/11/10

Consultores individuais para realização do mapeamento de propriedades ruais (vários)

2.3.3 10 $126.389 227.500,00 CI Posterior 30/08/10 09/09/10 11/09/10 N/A 16/09/10 18/09/10 210 16/04/11

Verificação e validaçãodas informações ambientais e elaboração dos relatórios para encaminhamento dos processos de CAR

2.3.4 11 $33.333 60.000,00 CI Posterior 15/02/11 25/02/11 27/02/11 N/A 04/03/11 06/03/11 60 05/05/11

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SIG contratado para coletar e organizar as informações existentes na SEMA, Itermat, Incra, Prefeituras e geração de mapas de análises de inconsistências

2.4.1 12 $15.000 27.000,00 CI Posterior 30/08/10 09/09/10 11/09/10 N/A 16/09/10 18/09/10 60 17/11/10

Consultores individuais para realização do mapeamento de propriedades ruais (vários)

2.4.3 13 $140.000 252.000,00 CI Posterior 30/08/10 09/09/10 11/09/10 N/A 16/09/10 18/09/10 210 16/04/11

Contratação de consultoria para realizar treinamento para prestadores de serviço 2.6.4 14 $28.333 51.000,00 CI

Posterior 15/10/11 10/09/10 12/09/10 N/A 17/09/10 19/09/10 60 18/11/10

Formalizar o CAR para proprietários rurais que autorizem a inserção no SIMLAM com protocolo (vários)

2.6.5 15 $222.222 400.000,00 CI Posterior 15/01/11 15/12/10 17/12/10 N/A 22/12/10 24/12/10 180 22/06/11

Contratação de especialista juridico para suporte na adminitraçao do projeto 3.1.1 16 $40.000 72.000,00 CI

Posterior 15/08/10 25/08/10 27/08/10 N/A 01/09/10 03/09/10 300 30/06/11

Contratação de especialista financeiro e licitações para suporte na adminitraçao do projeto

3.1.1 17 $66.667 120.000,00 CI Posterior 15/08/10 25/08/10 27/08/10 N/A 01/09/10 03/09/10 300 30/06/11

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ANEXO 9 – Matriz de Acompanhamento do Projeto

Metas de valores acumulativos

Coleta de dados e relatórios

Indicadores dos resultados do projeto “Baseline” Q1 Q2 Q3 Q4 Freqüência e relatórios

Ferramentas para coleta de dados

Responsabilidade pela coleta de dados

Certificados de CAR emitidos pelas OEMAs, após assinatura de um Termo de Adesão e Compromisso por proprietários, para 90% das propriedades mapeadas nos municípios alvos do projeto no PA e para pelo menos 50% de tais propriedades em municípios alvos do projeto no MT.

A ser definido por meio de negociações.

10% (5%)

30% (20%)

70% (40%)

90% (50%)

Trimestral – Relatórios de implementação do projeto (RIPs).

Banco de dados dos Estados do Pará e Mato Gross.

TNC do Brasil.

Proprietários nos municípios alvos do projeto no Pará que receberam certificados CAR através do projeto (Q1 e Q2) cumprindo suas obrigações de completar a PRAD dentro de um prazo de 06 meses após o recebimento do certificado.

n/a 0% 0% 25% 75% Trimestral – Relatórios de implementação do projeto (RIPs).

Banco de dados dos Estados do Pará e Mato Gross.

TNC do Brasil.

Metodologia CAR avaliada e lições aprendidas extraídas para divulgação para outros estados e municípios por meio da mídia.

n/a 0% 0% 0% 100% Trimestral – Relatórios de implementação do projeto (RIPs).

Banco de dados dos Estados do Pará e Mato Gross.

TNC do Brasil.

Indicadores dos resultados do projeto de médio prazo

Pelo menos 60% dos proprietários autorizam acesso à propriedade para as equipes realizando o levantamento (propriedades de “portas abertas”)

% proprietários. A ser definido por meio de negociações.

20% 40% 60% 60% Trimestral – Relatórios de implementação do projeto (RIPs).

Banco de dados da TNC.

TNC do Brasil.

Material de divulgação e eventos (workshop, seminários, diretrizes, etc.) produzidos para divulgar a metodologia CAR.

n/a 0% 10% 20% 100% Trimestral – Relatórios de implementação do projeto (RIPs).

Banco de dados da TNC.

TNC do Brasil.

Mapas de cobertura vegetal e uso da terra dos municípios validados e incluídos nos respectivos bancos de dados dos Estados de Mato Grosso e Pará.

0 0 5 5 5 Trimestral – Relatórios de implementação do

Banco de dados da TNC.

TNC do Brasil.

Page 138: Projeto De Assistência Técnica Para O ”Cadastro ... · O Manual Operacional, ... FNDF Fundo Nacional de Desenvolvimento Florestal ... SIMLAM Sistema Integrado de Licenciamento

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projeto (RIPs).

Propriedades rurais cobrindo pelo menos 80% do território do município (sem incluir unidades de conservação públicas, terras indígenas e áreas urbanas) mapeadas e georeferenciadas conforme o formato e normas técnicas das OEMAs e inseridos nos bancos de dados dos estados.

% já emitidos. A ser definido por meio de negociações.

0% 30% 50% 80% Trimestral – Relatórios de implementação do projeto (RIPs).

Banco de dados da TNC.

TNC do Brasil.