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Projeto Assessoramento e Acompanhamento Pedagógico aos municípios contemplados pelo Proinfância no estado da Bahia

Ministério da Educação Secretaria de Educação Básica

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO - SECRETARIA DE EDUCAÇÃO BÁSICA UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA - UFBA

FACULDADE DE EDUCAÇÃO – FACED

Salvador, 28 de março de 2014.

PROJETO DE ACOMPANHAMENTO E ASSESSORAMENTO PEDAGÓGICO AOS

MUNICÍPIOS CONTEMPLADOS PELO PROINFÂNCIA NO ESTADO DA BAHIA

Profª Ms. Maria Izabel Souza Ribeiro – UFBA-FACED Profª Ms. Marlene Oliveira dos Santos – UFBA-FACED



OBJETIVO GERAL:

• Assessorar pedagogicamente os municípios

que aderiram ao Programa Nacional de

Reestruturação e Aquisição de Equipamentos

para a Rede Escolar Pública de Educação

Infantil (Proinfância) na estruturação e

organização do funcionamento das unidades

do Proinfância no estado da Bahia.



AÇÕES

Ação 1: Estudo sobre a Educação Infantil em

municípios baianos contemplados pelo

Proinfância.

Ação 2: Visitas técnicas e encontros de

orientação/formação para o acompanhamento

do desenvolvimento do Proinfância na Bahia.

Ação 3: Divulgação dos resultados das ações

do Projeto (publicação de um livro).



ABRANGÊNCIA



PERFIL DOS PROFISSIONAIS PARTICIPANTES DAS ATIVIDADES DO

PROINFÂNCIA NOS 10 MUNICÍPIOS-ÂNCORA

44%

10,3%

24%

15,3%

4,7%

1%

0,7%

Fonte: Listas de presença Proinfância Bahia MEC-UFBA, ano 2013.



PESQUISA DE AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA CARACTERIZAÇÃO DA EDUCAÇÃO INFANTIL

NO ESTADO DA BAHIA



OBJETIVO GERAL:

• Analisar a realidade da Educação Infantil no Estado da Bahia, com foco nos municípios baianos contemplados pelo Proinfância.



OBJETIVOS ESPECÍFICOS:

• Caracterizar a realidade da Educação

Infantil dos municípios baianos que

aderiram ao Proinfância.

• Compreender a prática pedagógica

experienciada por crianças, professores e

gestores escolares em instituições de

Educação Infantil construídas pelo

Proinfância.



ETAPAS DA PESQUISA

1ª ETAPA - PESQUISA QUANTITATIVA:

237 municípios

2ª ETAPA - PESQUISA QUALITATIVA:

10 municípios/10 instituições do Proinfância



ETAPA QUALITATIVA

Grupos observados Quantidade

Berçário/Grupo 1 08

Grupo 2 10

Grupo 3 06

Grupo 4 08

Grupo 5 03

TOTAL 35

Fonte: Pesquisa de Avaliação Diagnóstica “Caraterização da Educação Infantil no Estado da Bahia”

- Projeto MEC/UFBA/FACED- 2013.

Quadro 3: Grupos observados nas 10 instituições do Proinfância



ETAPA QUALITATIVA

Quadro 4: Profissionais entrevistados nas 10 instituições

do Proinfância

Profissionais entrevistados Quantidade

Diretor 10

Coordenador pedagógico* 11

Professor Berçário/Grupo 1 9

Professor Grupo 2 10

Professor Grupo 3 7

Professor Grupo 4 10

Professor Grupo 5 3

Auxiliar de desenvolvimento infantil/monitor

Berçário/Grupo 1

9

Auxiliar de desenvolvimento infantil/monitor Grupo 2 11




Auxiliar de desenvolvimento infantil/monitor (volante**) 1

TOTAL 92

Fonte: Pesquisa de Avaliação Diagnóstica “Caraterização da Educação Infantil no Estado da Bahia” - Projeto MEC/UFBA/FACED- 2013.

* Em uma das instituições foram entrevistados dois coordenadores pedagógicos, um da creche e outro da pré-escola.

** A auxiliar de desenvolvimento infantil volante apoiava as professoras da Educação Infantil no espaço externo.



RESULTADOS DA PESQUISA



CARACTERIZAÇÃO DA EDUCAÇÃO

INFANTIL NO ESTADO DA BAHIA:

ABORDAGEM QUANTITATIVA



IBGE (2010) e INEP (2010)



Tabela 1.1: Crianças de 0 a 6 anos de idade residentes, por tipo de município,

segundo a idade - BAHIA 2010

Indicadores

Crianças de 0 a 6 anos

Total

Municípios com

Proinfância

Municípios sem

Proinfância

Total % Total % Total %

Total 1520932 100,0 832495 100,0 688437 100,0

Até 1 ano 414490 27,3 225213 27,1 189277 27,5

2 anos 211782 13,9 115168 13,8 96614 14,0

3 anos 215358 14,2 117176 14,1 98182 14,3

4 anos 218255 14,4 119852 14,4 98403 14,3

5 anos 229896 15,1 127719 15,3 102177 14,8

6 anos 231151 15,2 127367 15,3 103784 15,1

Fonte: Microdados do Censo Demográfico do IBGE, 2010.



10,2% das crianças de 0 a 3 anos de idade

estão matriculadas na creche.

42,7% das crianças de 4 e 5 anos na pré-

escola.

47,1% das crianças de 6 anos de idade

estão matriculadas no Ensino Fundamental.

Matrículas de crianças de 0 a 6 anos de

idade – BAHIA 2010

Fonte: INEP, Censo Escolar de 2010.



Tabela 1.4: Matrículas de crianças de 0 a 6 anos de idade, por tipo de município, segundo a idade, sexo, cor ou raça

e situação do domicílio de residência da criança - BAHIA 2010

Indicadores

Matrículas de 0 a 6 anos - geral

Total Municípios com Proinfância Municípios sem Proinfância


Total

0 a 6 anos 514265 100,0 298726 100,0 215539 100,0

Até 1 ano 3165 0,6 1615 0,5 1550 0,7

2 anos 16505 3,2 8402 2,8 8103 3,8

3 anos 49604 9,6 27034 9,0 22570 10,5

4 anos 107846 21,0 61842 20,7 46004 21,3

5 anos 155286 30,2 91982 30,8 63304 29,4

6 anos 181859 35,4 107851 36,1 74008 34,3

Sexo

Masculino 265040 51,1 160908 51,2 104132 51,0

Feminino 253430 48,9 153266 48,8 100164 49,0

Cor ou raça

Não declarada 185888 35,9 114895 36,6 70993 34,8

Branca 55196 10,6 34111 10,9 21085 10,3

Preta 32558 6,3 19431 6,2 13127 6,4

Amarela 2563 0,5 1406 0,4 1157 0,6

Parda 240688 46,4 143445 45,7 97243 47,6

Indígena 1577 0,3 886 0,3 691 0,3

Situação do domicílio

Área urbana 343673 66,3 216900 69,0 126773 62,1

Área rural 174797 33,7 97274 31,0 77523 37,9

Rede de Ensino

Estadual 1494 0,3 627 0,2 867 0,4

Municipal 408627 78,8 245078 78,0 163549 80,1

Privada 108349 20,9 68469 21,8 39880 19,5




0,2% Ens. Fundamental incompleto

0,5% Ens. Fundamental completo

28,3% Ens. Médio Normal Magistério

20,4% Ensino Médio

50,6% Ensino Superior completo

Total de docentes atuando na Educação

Infantil, segundo nível de instrução –

BAHIA 2010




Tabela 1.5: Total de docentes atuando na Educação Infantil, segundo a área de atuação e nível de instrução - BAHIA 2010

Área de atuação e nível de instrução

Docentes atuando na Educação Infantil

Total Municípios com Proinfância Municípios sem Proinfância


Total

Na Creche 9396 26,4 6003 27,3 3393 24,8

No Pré-escolar 26233 73,6 15954 72,7 10279 75,2

Nível de instrução

Ens Fundamental incompleto 1433 0,2 997 0,2 436 0,2

Ens Fundamental completo 3309 0,5 2135 0,5 1174 0,5

Ens Médio normal magistério 194273 28,3 112889 25,8 81384 32,8

Ensino Médio 139910 20,4 86911 19,9 52999 21,4

Ensino Superior completo 346622 50,6 234620 53,6 112002 45,2

Nível de Instrução atuantes na Creche




Ensino Médio 1842 19,7 1281 21,4 561 16,6


Nível de instrução atuantes no Pré-escolar




Ensino Médio 4036 15,4 2519 15,8 1517 14,8


Com curso específico (*)

Para Creche 2988 20,9 1994 21,9 994 19,0

Para Pré-escola 11332 79,1 7106 78,1 4226 81,0


(*) O % dos que possuem curso específico representa a proporção sobre o total dos docentes.



DADOS DA FICHA COMPLEMENTAR (2013)



SETOR ESPECÍFICO PARA A EDUCAÇÃO INFANTIL

NA SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO

43% possuem um setor específico para a

Educação Infantil.

57% não dispõem de um setor específico

para a Educação Infantil.

Fonte: Pesquisa de Avaliação Diagnóstica “Caraterização da Educação Infantil

no Estado da Bahia” - Projeto MEC/UFBA/FACED- 2013.



ORIENTAÇÕES E DIRETRIZES MUNICIPAIS PARA

EDUCAÇÃO INFANTIL

44,7% possuem orientações e diretrizes

para Educação Infantil.

55,3% informaram não ter orientações e

diretrizes para Educação Infantil.





QUEM PARTICIPOU DA ELABORAÇÃO DAS

ORIENTAÇÕES E DIRETRIZES MUNICIPAIS PARA

EDUCAÇÃO INFANTIL

41,4% - coordenadores pedagógicos

36,1% - técnicos da SME

34,4% - professores

26,4% - gestores

8,8% - consultoria

8,4% - outros funcionários da SME

4,8% - familiares

0,9% - crianças

4,4% - outros atores

Fonte: Pesquisa de Avaliação Diagnóstica “Caraterização da Educação Infantil no

Estado da Bahia” - Projeto MEC/UFBA/FACED- 2013.



INSTITUIÇÕES MUNICIPAIS COM EDUCAÇÃO

INFANTIL: SEGMENTO DE ENSINO

85,1% são de instituições de Ensino

Fundamental com classes de Educação Infantil.

14,9% exclusivas de Educação Infantil.





Tabela 2.6: Total de instituições municipais com Educação Infantil, por segmento de ensino, segundo os

polos – 2013

Polo

Instituições Municipais (*)

Total Educação Infantil

Instituições de Ensino

Fundamental com classe

de EI


1. Irecê 505 100,0 83 16,4 422 83,6

2. Salvador 786 100,0 139 17,7 647 82,3

3. Euclides da Cunha 828 100,0 122 14,7 706 85,3

4. Amargosa 573 100,0 74 12,9 499 87,1

5. Ilhéus 696 100,0 125 18,0 571 82,0

6. Vitória da Conquista 721 100,0 75 10,4 646 89,6

7. Senhor do Bonfim 472 100,0 83 17,6 389 82,4

8. Baixa Grande 335 100,0 71 21,2 264 78,8

9. Caetité 727 100,0 73 10,0 654 90,0

10. Morro do Chapéu 180 100,0 23 12,8 157 87,2

Total 5823 100,0 868 14,9 4955 85,1 Fonte: Pesquisa de Avaliação Diagnóstica “Caraterização da Educação Infantil no Estado da Bahia” - Projeto

MEC/UFBA/FACED- 2013.

(*) Inclusive instituições de Educação Infantil do campo e classes multisseriadas.



INSTITUIÇÕES MUNICIPAIS COM EDUCAÇÃO

INFANTIL: EXISTÊNCIA DE PROPOSTA

PEDAGÓGICA

45% das instituições municipais com Educação

Infantil não apresentam proposta pedagógica.

37,8% tem proposta pedagógica escrita.

17,3% estão com proposta pedagógica não

escrita.







TOTAL DE COORDENADORES PEDAGÓGICOS QUE

ATUAM NA EDUCAÇÃO INFANTIL

95,2% dos coordenadores pedagógicos das

instituições de Educação Infantil atuam na rede

municipal.

4,8% em instituições de Educação Infantil

conveniadas.



TIPO DE VÍNCULO DOS COORDENADORES

PEDAGÓGICOS QUE ATUAM EM CRECHES E PRÉ-

ESCOLAS MUNICIPAIS



Tipo de vínculo Creche Pré-escola

Concursados 68,7% 71,1%

Contratados 21,8% 18,2%

Outros tipos de vínculo

9,5% 10,7%



Tabela 2.13: Total de coordenadores pedagógicos atuando em Creches, por

dependência administrativa da Instituição em que atuam, segundo o nível de

instrução – 2013

Níveis de Instrução

Coordenadores pedagógicos atuando em Creches

Municipais Conveniadas

Cursando % Concluído % Cursando % Concluído %

Total 70 15,4 386 84,6 6 11,5 46 88,5

Ensino médio 0 0 2 100 0 0 0 0

Ensino médio - normal/

magistério 2 0,9 229 99,1 0 0 0 0

Superior sem

Licenciatura 14 70 6 30 0 0 0 0

Superior com

Licenciatura 34 15 192 85 2 10,5 17 89,5

Especialização 20 9,9 183 90,1 4 12,1 29 87,9

Mestrado 7 38,9 11 61,1 1 100 0 0

Doutorado 0 0 0 0 0 0 0 0

Fonte: Pesquisa de Avaliação Diagnóstica “Caraterização da Educação Infantil no Estado da Bahia” - Projeto

MEC/UFBA/FACED- 2013.



TOTAL DE PROFESSORES ATUANDO

NA EDUCAÇÃO INFANTIL

Creche Pré-escola

Municipal Conveniada Municipal Conveniada

29%

2,4% 64,9% 3,7%





Tabela 2.19: Proporção de professores atuando em Creches,

segundo o nível de instrução - 2013

Nível de Instrução Professores atuando em Creches

Total 3919 Proporção

Ensino médio 144 3,7

Ensino médio -

normal/magistério 898 23

Superior sem Licenciatura 198 5,1

Superior com Licenciatura 2142 54,8

Especialização 525 13,4

Mestrado 3 0,1

Doutorado 9 0,2 Fonte: Pesquisa de Avaliação Diagnóstica “Caraterização da Educação Infantil no Estado da Bahia” - Projeto MEC/UFBA/FACED- 2013. Nota: Foram considerados múltiplos registros.



Tabela 2.23: Proporção de professores atuando em Pré-escolas, segundo o nível de instrução – 2013

Nível de Instrução Professores atuando em Pré-escolas

Total 8239 Proporção

Ensino médio 330 4

Ensino médio - normal/magistério 1957 23,7

Superior sem Licenciatura 649 7,9

Superior com Licenciatura 4231 51,3

Especialização 1210 14,7

Mestrado 49 0,6

Doutorado 0 0

Fonte: Pesquisa de Avaliação Diagnóstica “Caraterização da Educação Infantil no Estado da Bahia” - Projeto MEC/UFBA/FACED- 2013. Nota: Foram considerados múltiplos registros.



TIPO DE VÍNCULO DOS PROFESSORES QUE

ATUAM EM CRECHES E PRÉ-ESCOLAS

MUNICIPAIS



Tipo de vínculo Creche Pré-escola

Concursados 70,4% 71,4%

Contratados 29% 28,1%

Outros tipos de vínculo

0,6% 0,5%



EXISTÊNCIA DE POLÍTICA DE FORMAÇÃO CONTINUADA

PARA OS PROFESSORES QUE ATUAM NA EDUCAÇÃO

INFANTIL NAS SECRETARIAS MUNICIPAIS DE EDUCAÇÃO

53,3% possuem programas de formação

continuada para os professores da Educação

Infantil.

46,7% não possuem esses programas.



SITUAÇÃO DAS UNIDADES DO PROINFÂNCIA

NO ESTADO DA BAHIA (426)

Das 426 obras do Proinfância no estado da Bahia:

44,8% em construção

17,4% encontra-se em planejamento

17,1% concluída (8,2% ainda não funcionam e 8,9%

já estão em funcionamento)

11,3% paralisada

8,2% em processo de licitação

1,2% cancelada





AS MATRÍCULAS DAS CRIANÇAS NAS UNIDADES

DO PROINFÂNCIA EM FUNCIONAMENTO

1 ano: 7%

2 anos: 18,9%

3 anos: 28%

4 anos: 25,3%

5 anos: 19,7%

6 anos: 1,1%.





CARACTERIZAÇÃO DA EDUCAÇÃO

INFANTIL NO ESTADO DA BAHIA:

ABORDAGEM QUALITATIVA



a) Estrutura Física

• Espaços físicos

• Acabamento e manutenção (quinas, vazamentos, vasos

sanitários de adultos nos banheiros das crianças...)

• Salas adaptadas (secretaria, sala de leitura e multiuso,

sala da coordenação, sala de informática...)

• Solário, parque e anfiteatro

SOBRE A ORGANIZAÇÃO E USO DOS ESPAÇOS

EXTERNOS EM INSTITUIÇÕES DO PROINFÂNCIA



b) Mobílias

• Tamanho das mobílias adequado às crianças

• Ausência de mobílias

• Mobílias transferidas de outras instituições de

Educação Infantil (estado de conservação)





c) O uso das paredes e murais

• Pouca divulgação nas paredes e murais das atividades

realizadas pelas crianças

• Atividades e fotografias expostas fora do alcance da olhar

da criança

• Cardápio (não exposto na maioria das instituições e

assinado/fixado em local visível)

• Poucos trabalhos expostos sobre o patrimônio cultural

local, nacional, internacional, bem como materiais relativos

às contribuições histórico-culturais dos povos indígenas,

afrodescendentes, asiáticos, europeus e de outros países

da América.



“Há um mapa do Brasil desenhado e colado na parede

tratando sobre a diversidade cultural com gravuras de povos

de várias etnias, além de desenhos das crianças expostos,

cada qual com assinatura. Outro cartaz reunia desenhos de

algumas crianças da turma de 4 anos vespertino, onde pedia

que cada criança se desenhasse expondo suas

características físicas: cor dos olhos, cabelo, cor da pele

tendo como objetivo identificar as diferenças e promover o

respeito”.

(Relatório de campo da AP7, setembro 2013)



d) Materiais (livros, adereços, brinquedos, fantasias, etc)

• Ausência e/ou insuficiência de livros e de brinquedos

• Presença de livros e brinquedos, mas em quantidade

insuficiente

• Brinquedos e materiais reciclados

• Poucas ou nenhuma fantasia/adereços disponíveis para

as crianças





e) Uso do espaço externo pelas crianças

• Espaço externo utilizado pelas crianças para atividades

pedagógicas e recreativas

• Uso esporádico do espaço externo pelas crianças

• Uso do pátio parece ainda não estar integrado às demais

ações pedagógicas com as crianças

• Crianças maiores tinham mais autonomia para se deslocar no

espaço e utilizar os objetos e brinquedos que estavam

disponíveis





“as professoras compreendem que na

sala as crianças fazem as atividades e

no pátio as crianças brincam. É como se

fossem coisas diferentes.” (Relatório de campo da AP13, setembro 2013)



“Um ponto sobre o ambiente que atrapalha a

autonomia das crianças são as filas, feitas em qualquer

locomoção das crianças, seja da sala para o refeitório,

banheiro, ônibus ou sala de vídeo e também no sentido

contrário. Em um dos horários de banho, inclusive,

houve um grupo em que as filas foram separadas por

sexo. Além disso, os professores e assistentes

chamavam a atenção assim que as crianças se

desvencilhavam das filas, mesmo que não corressem”.




f) Respeito às diferenças de gênero, étnico-

raciais, deficiências físicas e intelectuais

• ações de incentivo às crianças para o respeito às

diferenças de gênero, étnico-raciais, deficiências

físicas e intelectuais

• cenas de crianças, no espaço externo, que

excluíam colegas negras, pobres ou com

deficiência





No dia em que as crianças estavam no pátio na atividade dos

cantinhos, uma cena nos chamou a atenção: no cantinho de

uma das cozinhas, as meninas estavam brincando de preparar

a comida e um menino se aproximou para brincar também, mas

a professora interferiu dizendo que ele tinha que brincar de

outra coisa e que quando a comida estivesse pronta ele voltava

para comer, pois eram as meninas que preparavam a comida.

Outra situação observada foi no salão de beleza, quando um

menino pintou a unha do pé de amarelo e a professora pediu

que ele retirasse, pois quem pintava daquela cor era menina e

que menino pintava com esmalte incolor.




g) Respeito e cuidado com os seres vivos e

recursos naturais • Semana da Primavera

- crianças foram levadas à praça central da cidade para observar

as plantas, as árvores e as flores do jardim

- horta e projeto sobre animais

- lixeiras para a coleta seletiva pouco utilizadas pelas crianças

- crianças foram incentivadas a não desperdiçar a água e energia

elétrica

- professoras deram orientações em relação à economia de água,

até pelo fato de seca que o município estava passando





h) Interações adulto-criança e criança-criança e

brincadeiras

• adultos interagindo com as crianças nos

momentos de brincadeiras

• adultos supervisionando as ações das crianças

para evitar brigas e/ou controlando as crianças.

• crianças brincam com os brinquedos de parque

• crianças brincam na área externa, de cantigas de

roda, de bola, amarelinha, casinha e com objetos

que trazem da sala.





ORGANIZAÇÃO E USOS DOS ESPAÇOS,

AMBIENTES E MATERIAIS EM INSTITUIÇÕES DO

PROINFÂNCIA

“Em relação ao uso dos brinquedos os adultos só

coordenavam a ida das crianças aos brinquedos e

nos cantinhos temáticos as professoras e as

auxiliares interagiam juntamente com as crianças

participando da brincadeira”. (Relatório de campo da AP13 e P7, setembro 2013)



“as professoras ficam atentas à movimentação das

crianças e tem uma relação de cuidado com as

mesmas, principalmente porque a instituição é aberta e

é preciso cuidar para elas não irem para rua”.




“a relação dos adultos com as crianças é de controle.

Se as crianças levantam eles “pedem” para as crianças

sentarem ou pegam no braço e as colocam sentadas

(dos bebês às crianças maiores). É comum ouvir dos

adultos as seguintes falas em relação às crianças:

“Sente!; Fique quieta!; Não levante! Volte aqui!”.

(Relatório de campo da P7, setembro 2013)



h) Interações adulto-criança e criança-criança e

brincadeiras (continuação)

• Brincadeiras foram promovidas pelas professoras

• Pouca interação entre crianças de diferentes faixas

etárias.





“O único momento em que estão todos juntos é na

hora que vão para o refeitório, mas mesmo assim

cada turma fica em uma mesa e quando terminam

vão direto para sala o que impossibilita qualquer

tipo de interação com outras crianças de diferentes

faixas etárias”.






SALAS DE REFERÊNCIAS



ACHADOS SOBRE A PRÁTICA PEDAGÓGICA

Interações

• Quando se trata de interação entre crianças de

diferentes idades, encontrou-se situações distintas:

*crianças retiradas da situação de interação e

mantidas sob o controle do adulto;

*crianças que em diversos momentos puderam

interagir com crianças da mesma idade e de diferentes

idades nos momentos de atividades coletivas, no

espaço externo/pátio e na sala de audiovisual.



Interações (continuação)

• Sobre a interação entre a professora e os bebês e

as crianças pequenas, observou-se que a escuta e o

acolhimento do ponto de vista de criança pelo

docente ainda estão em processo de construção.


•Interação entre a família dos bebês e as crianças

pequenas, bem como com as professoras ocorre

mais nos momentos da chegada e da despedida.



Produções das crianças:

Em uma das salas encontrou-se o desenho de uma

criança negra devido à história do livro “O Cabelo de

Lelé”, em outra um cartaz com o desenho de um

índio com a letra da música “Indiozinho” cantada

pela Galinha Pintadinha, pois as professoras tinham

trabalhado a letra “i”. (Berçário/Grupo 1 )




Produções das crianças:

•Atividades xerocopiadas, atividades de pintura que

aparentaram, na maioria das salas, uma padronização

de cor e formato.





O que está exposto no ambiente:

• Alfabeto, vogais, numerais de 0 a 9, murais de

aviso e informações diárias, quadro de

aniversariantes, painéis com bichos, flores,

personagens de desenho animado, cartaz de

cantores de músicas infantis, calendário, mural com

as datas comemorativas.

• Mural de materiais trabalhados com as crianças

como desenhos de animais, figuras de meios de

transportes, bandeiras do Brasil e da África



• O que está exposto no ambiente:

• Decoração com desenhos em EVA, bonecas de

emborrachado, princesas dos contos de fada,

personagens do folclore brasileiro, desenho de

frutas, móbiles, personagens do Sítio do Pica-pau

Amarelo, Mickey e Minnie e Galinha Pintadinha.




O que as crianças estão escutando e assistindo nas

instituições?

• Músicas da Galinha Pintadinha e de Patati Patatá.

• Outras canções populares e cantigas de roda.

• Assistindo DVD musicais de Patati-Patatá, Cocoricó,

Galinha Pintadinha, filmes da Disney, Xuxa, turma da

Mônica (DVD) e de músicas Gospel ou Bíblicas.

• Músicas do Olodum, Daniela Mercury e Vanessa da

Mata




Materiais de uso pessoais:

Os materiais de uso pessoal dos bebês e das

crianças pequenas como copo, toalha, pente e

sabonete em algumas das salas de referência

observadas são individuais e estavam marcados com

o nome de cada criança. No entanto, em outras salas

de referência não foi possível identificar se o

sabonete e a toalha eram de uso individual. Em uma

das salas observou-se que, na falta do sabonete

individual, foi usada uma barra de sabão em todas as

crianças.



E agora? O que precisamos fazer?

1. Ressignificar as relações entre adultos e crianças,

criança-criança

2. Buscar estratégias para que as crianças possam usar

o espaço externo (anfiteatro, solário....) – plantar

árvores e outras plantas, fazer hortas...

3. Ressignifcar a concepção e as práticas de leitura e

de escrita com as crianças



4. Ampliação do acervo de brinquedos, livros, materiais e

objetos para o convívio, a exploração e apropriação da

criança do patrimônio cultural da humanidade, através de

experiências significativas e de situações de

aprendizagem que contemplem as múltiplas linguagens e

que atendam as diferentes características e

necessidades individuais e coletivas das crianças.

5. Valorização da cultura local/regional nas unidades de

Educação Infantil.



6. Continuar investindo na formação inicial e continuada

dos professores, coordenadores pedagógicos,

gestores...

7. Ampliar o atendimento de crianças de 0 a 3 anos

8. Ampliar o quadro efetivo professores e

coordenadores pedagógicos por meio de concurso

público.

9. Criar um setor específico de Educação Infantil na

Secretaria Municipal de Educação e elaborar as

orientações municipais para a Educação Infantil.



10. Construir e/ou atualizar a Proposta pedagógica e

curricular com base nas DCNEI e outros documentos

orientadores.



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E-mail: [email protected] (71) 3283-7225 / 9993 7330 (Vivo)

ou pelas redes sociais http://blogproinfanciabahia.wordpress.com/ ou

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