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Projeto Colaborativo Projeto Colaborativo Aspectos Culturais da Aspectos Culturais da Região Centro – Oeste. Região Centro – Oeste.

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Page 1: Projeto Colaborativo Aspectos Culturais da Região Centro – Oeste

Projeto ColaborativoProjeto Colaborativo

Aspectos Culturais da Aspectos Culturais da

Região Centro – Oeste.Região Centro – Oeste.

Page 2: Projeto Colaborativo Aspectos Culturais da Região Centro – Oeste

Escola Municipal Luigi Gazzolo.Escola Municipal Luigi Gazzolo.Sonora-MS:18/05/2008Sonora-MS:18/05/2008

Page 3: Projeto Colaborativo Aspectos Culturais da Região Centro – Oeste

Mapas de LocalizaçãoMapas de Localização

Região centro-oeste

Page 4: Projeto Colaborativo Aspectos Culturais da Região Centro – Oeste

Região centro-oesteRegião centro-oeste

A região Centro-Oeste é a A região Centro-Oeste é a segunda região mais extensa segunda região mais extensa do Brasil.do Brasil.

Limita-se com dois países da Limita-se com dois países da América do SulAmérica do Sul

Bolívia e Paraguai.Bolívia e Paraguai. É a única região brasileira É a única região brasileira

que não é banhada pelo mar.que não é banhada pelo mar.

Page 5: Projeto Colaborativo Aspectos Culturais da Região Centro – Oeste

Estados:Estados: GoiásGoiás Mato Grosso Mato Grosso Mato Grosso do Sul.Mato Grosso do Sul.

Costumes regionalCostumes regional LendasLendas DançasDanças Festas tradicionaisFestas tradicionais Pratos da culinária Pratos da culinária Bebidas típicas desta região.Bebidas típicas desta região.

Page 6: Projeto Colaborativo Aspectos Culturais da Região Centro – Oeste

Lenda da mãe do ouroLenda da mãe do ouro

Page 7: Projeto Colaborativo Aspectos Culturais da Região Centro – Oeste

Naquela caverna por Naquela caverna por onde a água do rio das onde a água do rio das garças desaparece, mora garças desaparece, mora a mãe do ouro. no lusco-a mãe do ouro. no lusco-fusco da tarde ela sai de fusco da tarde ela sai de seu esconderijo porque seu esconderijo porque não gosta da luz do solnão gosta da luz do sol. .

Page 8: Projeto Colaborativo Aspectos Culturais da Região Centro – Oeste

Quando os primeiros vaga-Quando os primeiros vaga-lumes saem zanzando no lumes saem zanzando no topo da tarde que se esvai, a topo da tarde que se esvai, a mãe do ouro se destoca da mãe do ouro se destoca da gruta noturna onde mora. gruta noturna onde mora.

Page 9: Projeto Colaborativo Aspectos Culturais da Região Centro – Oeste

Ela vive no meio da pedraria Ela vive no meio da pedraria preciosa, dos brilhantes, preciosa, dos brilhantes, ametista, rubis. Berilos, ametista, rubis. Berilos, turquesas, safiras, onde tem turquesas, safiras, onde tem o seu leito encantado. Ao sair o seu leito encantado. Ao sair da gruta, com sua cabeleira da gruta, com sua cabeleira luzente, como as estrelas, luzente, como as estrelas, vão caindo dela pingos de luz vão caindo dela pingos de luz pelo chãopelo chão. .

Page 10: Projeto Colaborativo Aspectos Culturais da Região Centro – Oeste

Quando os pingos de luz Quando os pingos de luz tocam a terra, transforma-se tocam a terra, transforma-se em pedras iguais às que em pedras iguais às que a“mãe do ouro” tem no seu a“mãe do ouro” tem no seu leito na gruta. São pedras leito na gruta. São pedras igualzinhas às que a mãe do igualzinhas às que a mãe do ouro tem no leito da gruta.ouro tem no leito da gruta.

Page 11: Projeto Colaborativo Aspectos Culturais da Região Centro – Oeste

Feliz é a mulher que, ao ver Feliz é a mulher que, ao ver a mãe do ouro na sua a mãe do ouro na sua trajetória pelo céu, enquanto trajetória pelo céu, enquanto um pingo de luz vai caindo, um pingo de luz vai caindo, antes de tocarantes de tocar

o chão, fizer-lhe um pedido. o chão, fizer-lhe um pedido. O pedido será atendido, e a O pedido será atendido, e a mulher passará a pertencer, mulher passará a pertencer, para sempre, à mãe do ouro.para sempre, à mãe do ouro.

Page 12: Projeto Colaborativo Aspectos Culturais da Região Centro – Oeste

A onça da perna tortaA onça da perna torta

Page 13: Projeto Colaborativo Aspectos Culturais da Região Centro – Oeste

A HISTÓRIA DA LENDAA HISTÓRIA DA LENDA

Os caçadores, Os caçadores, principalmente, temem muito principalmente, temem muito encontrar este felino por ser encontrar este felino por ser enorme, rajada e que tem a enorme, rajada e que tem a pata dianteira torta. ela é pata dianteira torta. ela é enfeitiçada e, por mais que enfeitiçada e, por mais que nela atirem, não sofre nada. nela atirem, não sofre nada.

Page 14: Projeto Colaborativo Aspectos Culturais da Região Centro – Oeste

Isto porque a onça é a alma Isto porque a onça é a alma penada de um vaqueiro velho. penada de um vaqueiro velho. este vaqueiro foi muito ruim, este vaqueiro foi muito ruim, tendo cometido toda a sorte de tendo cometido toda a sorte de crimes: matava, roubava, fazia crimes: matava, roubava, fazia mal às moças; enfim era muito mal às moças; enfim era muito mau. um dia, o vaqueiro, já mau. um dia, o vaqueiro, já valho morreu.valho morreu.

Page 15: Projeto Colaborativo Aspectos Culturais da Região Centro – Oeste

Imediatamente, nas matas Imediatamente, nas matas próximas, começou a próximas, começou a aparecer uma onça grande, aparecer uma onça grande, esquisita, que tinha a mão esquisita, que tinha a mão torta. Os caçadores torta. Os caçadores encontrando-a, e tirotearam encontrando-a, e tirotearam por longo tempo a fera. por longo tempo a fera. Porém sem resultado algum, Porém sem resultado algum, pois as balas batiam nela e pois as balas batiam nela e caíam no chão. caíam no chão.

Page 16: Projeto Colaborativo Aspectos Culturais da Região Centro – Oeste

E ela se retirou E ela se retirou calmamente para o calmamente para o interior da mata. Todo interior da mata. Todo mundo acredita que essa mundo acredita que essa onça seja a encarnação da onça seja a encarnação da alma do vaqueiro, que, alma do vaqueiro, que, castigada, anda errando castigada, anda errando pelas florestas da região. pelas florestas da região.

Page 17: Projeto Colaborativo Aspectos Culturais da Região Centro – Oeste

A criação do mundoA criação do mundo

Page 18: Projeto Colaborativo Aspectos Culturais da Região Centro – Oeste

A criação do mundoA criação do mundo

Dentre as lendas carajá está a da criação do mundo.São unânimes em afirmar que originaram do furo das pedras. Um local debaixo d’água, perto do rio macaúba.

Page 19: Projeto Colaborativo Aspectos Culturais da Região Centro – Oeste

Seus parentes, os javaé e os Seus parentes, os javaé e os xambivá, teriam a mesma xambivá, teriam a mesma origem. origem.

Afirmam que os animais se Afirmam que os animais se transformam em homens e transformam em homens e vice-versa.vice-versa.

Acreditam que os astros são Acreditam que os astros são povoados por seres humanos, povoados por seres humanos, que descem a terra. que descem a terra.

Page 20: Projeto Colaborativo Aspectos Culturais da Região Centro – Oeste

Os índios eram muito felizes e morriam de velhice só mesmo depois de terem cansado de viver. Um dia saíram de lá e passaram a percorrer a terra. Entretanto, um deles, por ser muito robusto, não conseguiu passar seu corpo pelo furo da pedra. Lá ficou entalado.

Page 21: Projeto Colaborativo Aspectos Culturais da Região Centro – Oeste

Os que estavam na terra, ao Os que estavam na terra, ao regressar, trouxeram-lhe regressar, trouxeram-lhe frutos, comidas e galhos frutos, comidas e galhos secos de árvore. Ele secos de árvore. Ele observou e disse: “não observou e disse: “não quero ir para este lugar, lá quero ir para este lugar, lá as coisas morrem cedo. as coisas morrem cedo. Vejam os galhos secos das Vejam os galhos secos das árvores. Voltem para nosso árvores. Voltem para nosso lugar onde viveremos para lugar onde viveremos para sempre.”sempre.”

Page 22: Projeto Colaborativo Aspectos Culturais da Região Centro – Oeste

Mas ele voltou sozinho para o Mas ele voltou sozinho para o fundo do buraco então os carajás fundo do buraco então os carajás ficaram na terra. E tudo aqui era ficaram na terra. E tudo aqui era escuro... escuro...

Alimentavam-se com raízes e Alimentavam-se com raízes e frutos do mato que precisavam ir frutos do mato que precisavam ir catar. Aí um menino chegou, viu catar. Aí um menino chegou, viu uma menina, achou-a bonita e uma menina, achou-a bonita e com ela se casou..com ela se casou..Depois, mandou que ela fosse ao Depois, mandou que ela fosse ao mato buscar frutos. E estava mato buscar frutos. E estava tudo escuro. tudo escuro. 

Page 23: Projeto Colaborativo Aspectos Culturais da Região Centro – Oeste

.

Aproximou-se a mãe, que desejou ajudar, mas como estava escuro para colher frutos, machucou a mão nos espinhos no escuro, Nada podiam fazer porque estava escuro, somente quando aparecesse um raio de sol para clarear . então a mãe mandou o menino buscar raízes.

Page 24: Projeto Colaborativo Aspectos Culturais da Região Centro – Oeste

O menino pegou mandioca brava e comeu, e começou a passar mal, deitado de costas. “Um urubu , vindo com seu passo desengonçado, disse para os outros:- ele não está morto ainda se move”.

Page 25: Projeto Colaborativo Aspectos Culturais da Região Centro – Oeste

Chegaram mais urubus, o Chegaram mais urubus, o menino continuava de costas, menino continuava de costas, com os olhos piscando. Os com os olhos piscando. Os urubus foram se urubus foram se aproximando para beliscar o aproximando para beliscar o menino.menino.

Mas o caracará, mais Mas o caracará, mais cuidadoso, ficou voando em cuidadoso, ficou voando em redor, observando. Chegou redor, observando. Chegou mais perto do menino e mais perto do menino e gritou para os urubus: - gritou para os urubus: - cuidado ele está vivo! cuidado ele está vivo!

Page 26: Projeto Colaborativo Aspectos Culturais da Região Centro – Oeste

Os urubus em coro Os urubus em coro responderam : - ele está responderam : - ele está morto!morto!

E a discussão começou E a discussão começou vivo...Morto...Vivo...Morto...vivo...Morto...Vivo...Morto...

Então o caracará foi buscar o Então o caracará foi buscar o avô urubu-rei, de bico avô urubu-rei, de bico vermelho e o cabelo ralo, que vermelho e o cabelo ralo, que chegou e disse:chegou e disse:

Page 27: Projeto Colaborativo Aspectos Culturais da Região Centro – Oeste

- - Vou trazer! Trouxe as Vou trazer! Trouxe as estrelas do céu. O menino não estrelas do céu. O menino não gostou porque ainda estava gostou porque ainda estava escuro. – Quero outro enfeite! escuro. – Quero outro enfeite!

O menino pegou o urubu-rei O menino pegou o urubu-rei com as mãos . ele se debateu, com as mãos . ele se debateu, esperneou, quis fugir, mas esperneou, quis fugir, mas estava seguro. Então o estava seguro. Então o menino disse ao urubu-rei: - menino disse ao urubu-rei: - quero enfeites! E o urubu-rei quero enfeites! E o urubu-rei respondeu:respondeu:

Page 28: Projeto Colaborativo Aspectos Culturais da Região Centro – Oeste

- Vou trazer! Trouxe as - Vou trazer! Trouxe as estrelas do céu. O menino estrelas do céu. O menino não gostou porque ainda não gostou porque ainda estava escuro. – Quero outro estava escuro. – Quero outro enfeite! enfeite!

O urubu trouxe a lua. E o O urubu trouxe a lua. E o menino respondeu também menino respondeu também não serve, ainda está escuro! não serve, ainda está escuro!

Page 29: Projeto Colaborativo Aspectos Culturais da Região Centro – Oeste

Então o urubu-rei trouxe o Então o urubu-rei trouxe o sol. E o menino ficou sol. E o menino ficou contente porque tudo ficou contente porque tudo ficou claro. claro. Era o diaEra o dia. .

A mãe do menino aproximou-A mãe do menino aproximou-se de urubu-rei. , Que passou se de urubu-rei. , Que passou a ensinar-lhe a utilidade de a ensinar-lhe a utilidade de todas as coisastodas as coisas . .

Page 30: Projeto Colaborativo Aspectos Culturais da Região Centro – Oeste

Nisso a mãe lembrou-se de Nisso a mãe lembrou-se de perguntar qual era o segredo perguntar qual era o segredo da eterna juventude. O urubu da eterna juventude. O urubu respondeu. respondeu.

Mas infelizmente ele estava Mas infelizmente ele estava tão alto que todos ouviram a tão alto que todos ouviram a resposta, as árvores, os resposta, as árvores, os peixes, os animais, menos a peixes, os animais, menos a mãe e o menino.mãe e o menino.

Page 31: Projeto Colaborativo Aspectos Culturais da Região Centro – Oeste

Como nasceram as Como nasceram as estrelasestrelas

Page 32: Projeto Colaborativo Aspectos Culturais da Região Centro – Oeste

No planalto oriental do estado do mato grosso vive uma tribo de índios. Os orarimogodogue, mais conhecidos por bororo. Têm o hábito de se reunir todas as noites. Em voz alta, contam os fatos do dia, as aventuras e as lendas.

Page 33: Projeto Colaborativo Aspectos Culturais da Região Centro – Oeste

É uma das mais vivas É uma das mais vivas maneiras de perpetuarem a maneiras de perpetuarem a tradição oral da tribo. As tradição oral da tribo. As estórias não começam com o estórias não começam com o “era uma vez”. O narrador “era uma vez”. O narrador inicia a lenda dizendo “eu inicia a lenda dizendo “eu digo a vós, meus filhos, a digo a vós, meus filhos, a vós, meus netos, e vós vós, meus netos, e vós escutais a minha palavra...”escutais a minha palavra...”

Page 34: Projeto Colaborativo Aspectos Culturais da Região Centro – Oeste

O milho é um dos principais alimentos dos bororós. Um dia as mulheres foram à roça colheres milho, mas encontraram umas poucas espigas. Ficaram muito tristes, pois não podiam alegrar os maridos que saíram para caçar.

Page 35: Projeto Colaborativo Aspectos Culturais da Região Centro – Oeste

Lembraram então de levar Lembraram então de levar uns meninos que estavam uns meninos que estavam brincando para ajudá-las. brincando para ajudá-las. Colheram muito milho e, lá Colheram muito milho e, lá mesmo na roça, socaram e mesmo na roça, socaram e fizeram bolos para os fizeram bolos para os homens caçadores. homens caçadores.

Page 36: Projeto Colaborativo Aspectos Culturais da Região Centro – Oeste

Enquanto pilavam o milho, um Enquanto pilavam o milho, um menino saiu com uma taquara menino saiu com uma taquara cheia de grãos de milho e os cheia de grãos de milho e os deu para sua avó que estava na deu para sua avó que estava na maloca. maloca. -Prepare bolo para eu comer -Prepare bolo para eu comer com meus amigos:com meus amigos:a velhinha não sabia que eles a velhinha não sabia que eles tinham pegado aquele milho tinham pegado aquele milho sem ordem das suas mães. Fez sem ordem das suas mães. Fez o bolo e eles comeram. o bolo e eles comeram.

Page 37: Projeto Colaborativo Aspectos Culturais da Região Centro – Oeste

Mas foi um trabalhão para a Mas foi um trabalhão para a velhinha. Um papagaio velhinha. Um papagaio estava olhando tudo e estava olhando tudo e sabia da tramóia dos sabia da tramóia dos meninos, cortaram-lhe a meninos, cortaram-lhe a língua. Os meninos, bem língua. Os meninos, bem alimentados pelo bolo de alimentados pelo bolo de milho, pensaram em subir milho, pensaram em subir para o céu. para o céu.

Page 38: Projeto Colaborativo Aspectos Culturais da Região Centro – Oeste

Foram à mata, pegaram um beija-flor, amarrou em seu bico um cipó e ordenaram-lhe que voasse o mais alto possível e prendesse a ponta no céu.

Page 39: Projeto Colaborativo Aspectos Culturais da Região Centro – Oeste

O beija-flor fez como lhe O beija-flor fez como lhe haviam pedido enquanto ele haviam pedido enquanto ele voava, e emendavam várias voava, e emendavam várias cordas a perder de vista.cordas a perder de vista.

Os meninos foram subindo, Os meninos foram subindo, subindo, um a um, pelo cipó subindo, um a um, pelo cipó céu a cima. céu a cima.

Page 40: Projeto Colaborativo Aspectos Culturais da Região Centro – Oeste

Quando as mulheres voltaram da Quando as mulheres voltaram da roça perguntaram pelos roça perguntaram pelos meninos. A velhinha, de tão meninos. A velhinha, de tão cansada, dormia pesadamente. cansada, dormia pesadamente. Perguntaram para o papagaio e Perguntaram para o papagaio e ele nada respondeu por que ele nada respondeu por que tinham lhe cortado a sua língua.tinham lhe cortado a sua língua.

Page 41: Projeto Colaborativo Aspectos Culturais da Região Centro – Oeste

As mulheres começaram a As mulheres começaram a procurar os meninos e nada. procurar os meninos e nada. Uma viu um cipó, olhou Uma viu um cipó, olhou melhor e concluiu - eles melhor e concluiu - eles subiram ao céu por aqui. subiram ao céu por aqui. Começaram a gritar para que Começaram a gritar para que os meninos voltassem. Mas o os meninos voltassem. Mas o beija-flor cada vez levava beija-flor cada vez levava mais alto a ponta do cipó. Eles mais alto a ponta do cipó. Eles não quiseram voltar, mesmo não quiseram voltar, mesmo suas mães implorando, suas mães implorando, chorando. Desobedeceram. chorando. Desobedeceram.

Page 42: Projeto Colaborativo Aspectos Culturais da Região Centro – Oeste

Como castigo de sua Como castigo de sua desobediência e ingratidão, desobediência e ingratidão, todos foram obrigados, todas todos foram obrigados, todas as noites, a olhar para a terra as noites, a olhar para a terra para ver se suas mães ainda para ver se suas mães ainda estão chorando. E os olhos estão chorando. E os olhos dos meninos se tornaram as dos meninos se tornaram as estrelas... estrelas...

Alceu Maynard araújoAlceu Maynard araújo

Page 43: Projeto Colaborativo Aspectos Culturais da Região Centro – Oeste

A lenda da mandiocaA lenda da mandioca

Page 44: Projeto Colaborativo Aspectos Culturais da Região Centro – Oeste

LENDAS DA MANDIOCALENDAS DA MANDIOCA

Entre os indígenas parecis do mato grosso conta-se a lenda da origem da mandioca. Zatiamare e sua mulher, kôkôtêrô, tiveram um casal de filhos: um menino, zôkôôiê e uma menina, atiôlô.

Page 45: Projeto Colaborativo Aspectos Culturais da Região Centro – Oeste

O pai amava o filho e O pai amava o filho e desprezava a filha. Se ela o desprezava a filha. Se ela o chamava, ele só respondia por chamava, ele só respondia por meio de assobios; nunca lhe meio de assobios; nunca lhe dirigia a palavra. Desgostosa, dirigia a palavra. Desgostosa, atiôlô pediu a sua mãe que a atiôlô pediu a sua mãe que a enterrasse viva, visto como enterrasse viva, visto como assim seria útil aos seus. assim seria útil aos seus.

Page 46: Projeto Colaborativo Aspectos Culturais da Região Centro – Oeste

Pediu, então, à sua mãe que se retirasse, recomendando-lhe que não volvesse os olhos quando ela gritasse. Depois de muito tempo gritou. Kôkôtêrô voltou-se rapidamente.

Page 47: Projeto Colaborativo Aspectos Culturais da Região Centro – Oeste

Assim que se aproximou no Assim que se aproximou no lugar da filha enterrada, viu lugar da filha enterrada, viu um arbusto muito alto, que um arbusto muito alto, que logo se tornou rasteiro logo se tornou rasteiro

tratou da sepultura. Limpou o tratou da sepultura. Limpou o solo.solo.

Page 48: Projeto Colaborativo Aspectos Culturais da Região Centro – Oeste

A plantinha foi-se mostrando A plantinha foi-se mostrando cada vez mais viçosa. Mais cada vez mais viçosa. Mais tarde, kôkôtêrô arrancou do tarde, kôkôtêrô arrancou do solo a raiz da planta: era a solo a raiz da planta: era a mandioca (clemente mandioca (clemente brandenburger, lendas dos brandenburger, lendas dos nossos índios, 34-35).nossos índios, 34-35).

Page 49: Projeto Colaborativo Aspectos Culturais da Região Centro – Oeste

Numa lenda dos bacairis, o veado Numa lenda dos bacairis, o veado salvou o peixe bagadu salvou o peixe bagadu (practocephalus) e este o presenteou (practocephalus) e este o presenteou com mudas da mandioca que possuía com mudas da mandioca que possuía no fundo do rio. O veado plantou e no fundo do rio. O veado plantou e comia sozinho com a família. Keri, o comia sozinho com a família. Keri, o herói dos bacairis, conseguiu tomar a herói dos bacairis, conseguiu tomar a mandioca e dividiu-a entre as mandioca e dividiu-a entre as mulheres indígenas (karl von den mulheres indígenas (karl von den steinem, entre os aborígines do brasil steinem, entre os aborígines do brasil central, 487-488). central, 487-488).

Page 50: Projeto Colaborativo Aspectos Culturais da Região Centro – Oeste

A cultura da mandioca fixou A cultura da mandioca fixou o indígena nas áreas o indígena nas áreas geográficas de sua produção geográficas de sua produção e possibilitou a colonização e possibilitou a colonização do brasil pela adaptação do do brasil pela adaptação do estrangeiro a essa estrangeiro a essa alimentação alimentação

Page 51: Projeto Colaborativo Aspectos Culturais da Região Centro – Oeste

Uma lenda parecis da origem Uma lenda parecis da origem do milho: um grande chefe do milho: um grande chefe parecis, dos primeiros tempos parecis, dos primeiros tempos da tribo, ainotarê, sentindo da tribo, ainotarê, sentindo que a morte se aproximava, que a morte se aproximava, chamou seu filho kaleitôe e chamou seu filho kaleitôe e ordenou-lhe que o enterrasse ordenou-lhe que o enterrasse no meio da roça assim que no meio da roça assim que terminasse os seus diasterminasse os seus dias. .

Page 52: Projeto Colaborativo Aspectos Culturais da Região Centro – Oeste

Avisou, porém, que, três dias Avisou, porém, que, três dias depois da inundação, depois da inundação, brotaria de sua cova uma brotaria de sua cova uma planta que, algum tempo planta que, algum tempo depois, rebentaria em depois, rebentaria em sementes.sementes.

Page 53: Projeto Colaborativo Aspectos Culturais da Região Centro – Oeste

Disse-lhe que não a comesse: Disse-lhe que não a comesse: guardasse-a para a replanta, guardasse-a para a replanta, e ganharia a tribo um recurso e ganharia a tribo um recurso precioso. Assim se fez; e precioso. Assim se fez; e apareceu o milho entre eles. apareceu o milho entre eles. (Clemente brandenburger, (Clemente brandenburger, lendas dos nossos índios, 33, lendas dos nossos índios, 33, rio de janeiro).rio de janeiro).

Page 54: Projeto Colaborativo Aspectos Culturais da Região Centro – Oeste

Depois da mandioca, o Depois da mandioca, o complexo etnográfico do complexo etnográfico do milho é o mais vasto e com milho é o mais vasto e com projeção folclórica pela projeção folclórica pela culinária tradicional culinária tradicional (pamonha, canjica, (pamonha, canjica, mungunzá, pipocas, espiga mungunzá, pipocas, espiga de milho assado, farinha de de milho assado, farinha de milho, etc.).milho, etc.).

Page 55: Projeto Colaborativo Aspectos Culturais da Região Centro – Oeste

A lenda guarani da origem A lenda guarani da origem do milho (zea mays) também do milho (zea mays) também envolve o sacrifício humano: envolve o sacrifício humano: doisdois guerreiros procuravam guerreiros procuravam inutilmente caça e pesca e inutilmente caça e pesca e desanimavam de encontrar desanimavam de encontrar alimento para a família. alimento para a família.

Page 56: Projeto Colaborativo Aspectos Culturais da Região Centro – Oeste

Quando apareceu um enviado de Quando apareceu um enviado de nhandeiara (o grande espírito) nhandeiara (o grande espírito) dizendo ser uma luta entre os dizendo ser uma luta entre os indígenas a solução única. indígenas a solução única.

O vencido seria sepultado ali O vencido seria sepultado ali mesmo, e de sua sepultura mesmo, e de sua sepultura nasceria uma planta, que nasceria uma planta, que alimentaria a todos, dando de alimentaria a todos, dando de comer e bebercomer e beber. .

Page 57: Projeto Colaborativo Aspectos Culturais da Região Centro – Oeste

Lutaram os dois, e sucumbiu Lutaram os dois, e sucumbiu avati. De sua cova nasceu o avati. De sua cova nasceu o milho, avati, abati, no idioma milho, avati, abati, no idioma tupi. (P.E carlos teschauer, tupi. (P.E carlos teschauer, avifauna e flora, etc., 162-avifauna e flora, etc., 162-163, porto alegre, 1925). 163, porto alegre, 1925).

Page 58: Projeto Colaborativo Aspectos Culturais da Região Centro – Oeste

Do méxico até paraná, o milho Do méxico até paraná, o milho está articulado com os antigos está articulado com os antigos cultos pré-coloniais, figurando cultos pré-coloniais, figurando nos relevos, signo divino, nos relevos, signo divino, personalizado por mama sara, e personalizado por mama sara, e sendo mesmo uma constelação sendo mesmo uma constelação (sara-manca - folha de milho).  (sara-manca - folha de milho). 

Page 59: Projeto Colaborativo Aspectos Culturais da Região Centro – Oeste

Dança do TamborDança do Tambor

Page 60: Projeto Colaborativo Aspectos Culturais da Região Centro – Oeste

Os adornos de flores, colares, Os adornos de flores, colares, pulseiras e torços coloridos na pulseiras e torços coloridos na cabeça terminam de compor a cabeça terminam de compor a caracterização da dançante. caracterização da dançante. Os homens trajam calça escura Os homens trajam calça escura e camisa estampadae camisa estampada

Page 61: Projeto Colaborativo Aspectos Culturais da Região Centro – Oeste

A animação é feita com o A animação é feita com o canto puxado pelos homens canto puxado pelos homens com o acompanhamento das com o acompanhamento das mulheres. Um brincante puxa mulheres. Um brincante puxa a toada de levantamento que a toada de levantamento que pode ser uma toada já pode ser uma toada já existente ou improvisada. existente ou improvisada.

Page 62: Projeto Colaborativo Aspectos Culturais da Região Centro – Oeste

Em seguida, o coro, Em seguida, o coro, integrado pelos integrado pelos instrumentistas e pelas instrumentistas e pelas mulheres, acompanha, mulheres, acompanha, passando esse canto a passando esse canto a compor o refrão para os compor o refrão para os improvisos que se sucederão. improvisos que se sucederão.

Page 63: Projeto Colaborativo Aspectos Culturais da Região Centro – Oeste

Os temas, puxados Os temas, puxados livremente em toadas, livremente em toadas, podem ser classificados podem ser classificados como de auto-apresentação, como de auto-apresentação, louvação aos santos louvação aos santos protetores, sátiras, protetores, sátiras, homenagem às mulheres, homenagem às mulheres, desafio de cantadores, fatos desafio de cantadores, fatos do cotidiano e despedida.do cotidiano e despedida.

Page 64: Projeto Colaborativo Aspectos Culturais da Região Centro – Oeste

A coreografia da dança A coreografia da dança apresenta vibrantes formas apresenta vibrantes formas de expressão corporal, de expressão corporal, principalmente pelas principalmente pelas mulheres que ressaltam, em mulheres que ressaltam, em movimentos coordenados e movimentos coordenados e harmoniosos, cada parte do harmoniosos, cada parte do corpocorpo

Page 65: Projeto Colaborativo Aspectos Culturais da Região Centro – Oeste

Da roda, participam também Da roda, participam também os acompanhantes do os acompanhantes do tambor. Todos acompanham tambor. Todos acompanham o ritmo com palmas.o ritmo com palmas.

Page 66: Projeto Colaborativo Aspectos Culturais da Região Centro – Oeste

GongadaGongada

Page 67: Projeto Colaborativo Aspectos Culturais da Região Centro – Oeste

Dança do ReisadoDança do Reisado

Page 68: Projeto Colaborativo Aspectos Culturais da Região Centro – Oeste

Dança do CururuDança do Cururu

Page 69: Projeto Colaborativo Aspectos Culturais da Região Centro – Oeste

Pratos típicos da Região Pratos típicos da Região Centro-OesteCentro-Oeste

Em toda a região é comum o Em toda a região é comum o consumo da carne de porco, consumo da carne de porco, principalmente o leitão assadoprincipalmente o leitão assado o o pernil estão entre os preferidos, pernil estão entre os preferidos, servidos com recheio de creme servidos com recheio de creme de espinafre e lingüiça, e de espinafre e lingüiça, e salpicão.salpicão.

Page 70: Projeto Colaborativo Aspectos Culturais da Região Centro – Oeste

Região Centro-OesteRegião Centro-Oeste

Já as receitas típicas feitas à base Já as receitas típicas feitas à base de peixes de água doce que pode de peixes de água doce que pode ser moqueca de pintado, também ser moqueca de pintado, também feita com surubim, e ainda ofeita com surubim, e ainda o dourado assado. dourado assado. No estado de No estado de goiás, agoiás, a galinhada galinhada ee frango assado frango assado entre tantos outros, são fortes entre tantos outros, são fortes exemplares da culinária desta exemplares da culinária desta região.região.

Page 71: Projeto Colaborativo Aspectos Culturais da Região Centro – Oeste

Sopa paraguaiaSopa paraguaia

Page 72: Projeto Colaborativo Aspectos Culturais da Região Centro – Oeste

Mojica de pintadoMojica de pintado

Page 73: Projeto Colaborativo Aspectos Culturais da Região Centro – Oeste

Leitão a pururucaLeitão a pururuca

Page 74: Projeto Colaborativo Aspectos Culturais da Região Centro – Oeste

Arroz com pequiArroz com pequi

Page 75: Projeto Colaborativo Aspectos Culturais da Região Centro – Oeste

Dourado assadoDourado assado

Page 76: Projeto Colaborativo Aspectos Culturais da Região Centro – Oeste

Arroz carreteiroArroz carreteiro

Page 77: Projeto Colaborativo Aspectos Culturais da Região Centro – Oeste

Bebida típica da região Bebida típica da região centro-oestecentro-oeste

Caldo de piranha Caldo de piranha Licor de pequi Licor de pequi Sorvete de bocaiuva Sorvete de bocaiuva Tereré o chimarrãoTereré o chimarrão

Page 78: Projeto Colaborativo Aspectos Culturais da Região Centro – Oeste

Licor de pequi, caldo de piranha Licor de pequi, caldo de piranha e sorvete de bocaíuvae sorvete de bocaíuva

Page 79: Projeto Colaborativo Aspectos Culturais da Região Centro – Oeste

Símbolos musicaisSímbolos musicais

Viola -de-cocho e trem do Viola -de-cocho e trem do pantanal.pantanal.

Page 80: Projeto Colaborativo Aspectos Culturais da Região Centro – Oeste

Músicas da região centro-oesteMúsicas da região centro-oeste

Guarânia;Guarânia; Chamamé;Chamamé;Cururu;Cururu;Siriri;Siriri;Vanerão;Vanerão;Sertanejo.Sertanejo.

Page 81: Projeto Colaborativo Aspectos Culturais da Região Centro – Oeste

Escola Municipal de Ensino Escola Municipal de Ensino Fundamental Luigi Gazzolo.Fundamental Luigi Gazzolo.

Projeto ColaborativoProjeto Colaborativo

Cursistas:Cursistas: Maria Quitéria & Silvania Maria. Maria Quitéria & Silvania Maria.

Cronograma:Cronograma: 07 Dias 07 Dias

Referências:Referências:

www.google.comwww.google.com

pt.wikipedia.org/wiki/Região_Centro-pt.wikipedia.org/wiki/Região_Centro-Oeste_do_Brasil - 106k Oeste_do_Brasil - 106k

www.unesco.org.br/Brasil/www.unesco.org.br/Brasil/regiaocentroeste//mostra_padrao - 17k - regiaocentroeste//mostra_padrao - 17k -