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Projeto Cinema à Pampa Apresentação Associação de Apoio à Criança em Risco (ACER) Projeto Cinema à Pampa Contexto Metodologia Ações Resultados Aprendizagens Desdobramentos Caminho das pedras Expediente

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Projeto Cinema à Pampa

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Dar certo, fazendo as coisas certas, do jeito certo. Inspirado por esse mote, o BANCO REAL tem posto em prática, em com-passo crescente, sua maneira de entender sustentabilidade: um modelo de negócio em que todos ganham – a empresa, as pes-soas, a sociedade e o meio ambiente.

Princípio de uma sociedade que mantém as características necessárias para um sistema social justo, ambientalmente equili-brado e economicamente próspero, a sustentabilidade orienta as ações do Banco em suas diversas áreas.

No campo do investimento social, o BANCO REAL busca con-tribuir para que o Brasil atinja elevados níveis de desenvolvimen-to sustentável, favorecendo uma cultura de participação e co-responsabilidade, em favor das comunidades e de causas relevantes para o país.

A Diretoria de Desenvolvimento Sustentável do Banco é res-ponsável pela gestão do investimento social e sua atuação é fun-damentada na crença de que os indivíduos são agentes de seu próprio desenvolvimento, na necessária sintonia com os interes-ses legítimos da sociedade e na certeza de que alianças e parce-rias potencializam o alcance de resultados. A sistematização do projeto Cinema à Pampa, desenvolvido pela Associação de Apoio à Criança em Risco (ACER) com o apoio do Programa Amigo Real, materializa bem esses valores.

O Programa Amigo Real é uma iniciativa do BANCO REAL criada em 2002, que facilita aos seus clientes, funcionários e for-necedores o direcionamento de recursos dedutíveis do Imposto de Renda aos Fundos Municipais dos Direitos da Criança e do Adolescente. Uma vez nos fundos, os recursos seguem para ações como o projeto Cinema à Pampa, que recebeu recursos do Amigo Real em 2004, 2005 e 2006.

Apresentação

Submetido a um processo de avaliação qualitativa pelo méto-do de estudo de caso, o projeto se distinguiu em critérios como maturidade de resultados e da gestão, foco de atuação, região geográfica e potencial de disseminação.

O principal objetivo desta publicação é justamente contribuir para o desenvolvimento socioeconômico por meio da sistemati-zação e disseminação de práticas bem-sucedidas. Também é intenção do BANCO REAL gerar reflexão e aprendizado para o aprimoramento dos projetos e da gestão de investimento social do Banco.

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Em meados de 2003, quando o Conselho Municipal dos Di-reitos da Criança e do Adolescente (CMDCA) de Diadema, na re-gião metropolitana de São Paulo, recebeu o edital de convocação do Programa Amigo Real. O documento abria àquele CMDCA a possibilidade de encaminhar ao Amigo Real um projeto candida-to a receber apoio técnico e financeiro.

Habituado a organizar um concurso anual de projetos passí-veis de financiamento via Fundo Municipal dos Direitos da Crian-ça e do Adolescente, o CMDCA de Diadema respondeu pronta-mente. O projeto inscrito foi o Cinema à Pampa – Aprendendo com a Sétima Arte.

O Cinema à Pampa é uma ação educativa que começou a ser implementada no início de 2002, por meio da qual adolescentes de 13 a 18 anos desenvolvem sua participação social promo-vendo sessões de cinema gratuitas para milhares de pessoas. Detalhe: não existem salas de cinema em Diadema. O Cinema à Pampa garante a difusão local da Sétima Arte, passando filmes do circuito comercial em instituições sociais, creches, escolas, praças públicas.

O projeto é uma iniciativa da Associação de Apoio à Criança em Risco (ACER), ONG que atua desde 1993 na defesa de direi-

Associação de Apoio à Criança em Risco (ACER)

Uma instituição em busca de parcerias

tos de crianças e adolescentes e carrega, em sua gênese, anos de militância pela reintegração social e familiar de meninos e me-ninas em situação de rua na região da Praça da Sé, em São Paulo (SP). Com o passar do tempo e a fixação em Diadema, a ACER re-direcionou o seu trabalho. A partir de 2001, assumiu-se como um programa preventivo para crianças e adolescentes em situação de extrema vulnerabilidade social na periferia desse município.

A estratégia adotada para tanto foi a oferta ao público infanto-juvenil de atividades regulares – educativas, culturais, sociais, desportivas –, bem como de acompanhamento individual efe-tivado por educadores sociais. Em 2006, os serviços da ACER atenderam 430 crianças e adolescentes, sendo 250 com idade entre 5 e 11 anos e 180 entre 12 e 19 anos. Em 2007, o atendi-mento se estendeu a cerca de 400 crianças e adolescentes.

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Criado em 2002, o Programa Amigo Real facilita aos funcionários,

fornecedores e clientes do BANCO REAL o direcionamento de recursos

dedutíveis do Imposto de Renda aos Fundos Municipais dos Direitos da

Criança e do Adolescente.

Tais fundos foram instituídos em 1990 pelo Estatuto da Criança e do

Adolescente (ECA). Os montantes ali depositados são geridos pelos

Conselhos Municipais dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCAs)

e empregados em projetos de defesa dos direitos da população com idade

de 0 a 18 anos, que são operados por instituições públicas ou ONGs.

Os recursos alavancados pelo Programa Amigo Real destinam-se a

apoiar e aprimorar projetos que priorizem o acesso a uma boa educação

e combatam a violação de direitos. São beneficiadas as cidades que

apresentam situação crítica no Índice de Desenvolvimento Infantil (IDI),

aferido pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), e no

Índice de Exclusão Social (IES), da Universidade Estadual de

Campinas (Unicamp).

Ao mesmo tempo em que contribui para o desenvolvimento da

cidadania, o acesso a uma boa educação é compreendido pelo Programa

Amigo Real como condição de proteção da população infanto-juvenil contra

os perigos da pobreza, da exploração sexual, do trabalho ilegal e degradante.

As ações sociais apoiadas pelo Programa Amigo Real são selecionadas de

um conjunto de projetos candidatos, que são encaminhados pelos CMDCAs

mediante um edital de convocação do Programa Amigo Real. O edital é enviado a

cada dois anos a municípios com indicadores sociais críticos no Brasil.

O processo de seleção de projetos tem a participação direta dos funcionários

do BANCO REAL. Capacitados para uma atuação estratégica na área social, eles

integram os grupos de trabalho do programa, efetuando, também, o

acompanhamento dos projetos apoiados.

O Programa Amigo Real atua, ainda, no fortalecimento dos CMDCAs e dos

Fundos Municipais dos Direitos da Criança e do Adolescente, e age no fomento à

participação cidadã dos funcionários, clientes e fornecedores do BANCO REAL,

em uma relação em que todos ganham.

Missão da ACER

“Resgatar a dignidade de crianças e jovens,

promovendo a transformação do meio social.”

Foco de atuação da ACER

Promoção do desenvolvimento comunitário e prevenção

à evasão para as ruas de crianças e adolescentes em

situação de vulnerabilidade social, por meio da oferta de

atividades educativas e de acompanhamento social.

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A abertura ao diálogo, a percepção do adolescente e do jovem como protagonista do seu processo de desenvolvimento e o reco-nhecimento da sua potencialidade como agente de transformação social são valores fundamentais da ACER. Mais do que isso, são valores presentes no cotidiano da instituição, assimilados por afi-nidade e vividos por toda a equipe de trabalho.

A história do projeto Cinema à Pampa é um exemplo disso. A criação da iniciativa, em 2002, respondeu à parceria estabelecida pela ACER com os governos municipal e federal para a implemen-tação local do Projeto Agente Jovem. Todavia, quem concebeu o projeto não foram os técnicos da instituição, mas os próprios adolescentes, que o sugeriram para ser a atividade de intervenção comunitária prevista pelo Agente Jovem.

Na prática, o Cinema à Pampa consiste na exibição de filmes de cinema, seguidos de debates ou atividades que promovam a refle-xão em torno da temática abordada pelo filme. O trabalho é integral-mente organizado por adolescentes participantes do projeto.

As sessões eram restritas ao público da instituição. Em pouco tempo, avançaram em direção às escolas da região. Mediante a

aquisição de equipamentos com recursos advindos da parceria com o Programa Amigo Real, os filmes ganharam a possibilidade de serem exibidos em telão.

A experiência foi replicada em outra instituição educativa, a Irmandade Santa Casa de Misericórdia de Diadema, e também ganhou as ruas da cidade. Na platéia, crianças, adolescentes e adultos. Instituições, escolas, calçadas, lixão, tudo virou cinema para os jovens do Cinema à Pampa.

Um filme na mão e uma idéia na cabeça

Projeto Cinema à Pampa

“Quero fazer o que tiver que fazer, trabalhar, qualquer coisa que levante dinheiro, sendo (algo) honesto e que eu consiga fazer minha faculdade.”

Adolescente participante do projeto Cinema à Pampa

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Projeto Cinema à Pampa

O Projeto Agente Jovem de

Desenvolvimento Social e Humano é

uma política pública do governo

federal, voltada ao apoio de

iniciativas de participação social

implementadas por organizações da

sociedade civil, para jovens entre 15

e 17 anos. Seus objetivos

são criar condições para

inserção, reinserção e

permanência do jovem no

sistema de ensino,

promover sua integração à família, à

comunidade e à sociedade e

prepará-lo para atuar como agente

de transformação e desenvolvimento

da sua comunidade.

O projeto também espera

contribuir para a redução dos índices

de violência, uso de drogas, incidência

de DSTs e gravidez não-planejada.

Prevê, ainda, que as ações sociais

realizadas em seu escopo facilitem a

integração e interação do jovem,

quando estiver inserido no mercado

de trabalho.

Cada jovem participante

do Projeto Agente Jovem

recebe, do governo federal,

uma bolsa mensal de R$ 65

(base 2007). O projeto tem

duração de 12 meses. As

organizações executoras oferecem

aos jovens 300 horas-aula de

formação em cidadania, meio

ambiente e saúde, além de lhes dar

suporte no desenvolvimento de

ações comunitárias.

Rapazes Moças Total

2004 16 24 40

2005 22 21 43

2006 21 17 38

2007 17 17 34

FONTE: ACER

Adolescentes participantes do projeto Cinema à Pampa por pelo menos 8 meses

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A vida em Eldorado

Os adolescentes participantes do projeto Cinema à Pampa são, em sua maioria, moradores do bairro de Eldorado, periferia de Diadema, onde está situada a ACER. Diadema é uma das cidades de maior densi-dade demográfica do Brasil. Em um espaço de 30,7 quilômetros quadra-dos, concentra aproximadamente 390 mil habitantes, que experimen-tam uma das piores situações de exclusão social da região. Outra ca-racterística marcante do município é a violência elevada.

O problema teve seu auge em 1999, quando Diadema assumiu a posição de cidade mais violenta do Estado. De acordo com a Secretaria da Segurança Pública do Estado de São Paulo, a cidade registrou taxa de homicídio doloso de 102,82 a cada 100 mil habitantes naquele ano, ín-dice superior inclusive ao de países em contexto de guerra civil.

Grande parte dos crimes acon-tecia nas imediações de Eldorado,

região dominada pelo tráfico de drogas, que abriga cerca de 80 mil pessoas aglomeradas em habitações precárias. É nesse cenário – tão carente das riquezas e oportunidades esperadas de um local que se denomina El-dorado – que o projeto Cinema à Pampa se faz presente.

De 1999 para cá, Diadema adotou uma sé-rie de providências contra a violência, incluin-

do a implementação da Lei Seca (2002), que determina o fechamento dos bares das 23h às 6h e autoriza apenas estabelecimentos cre-denciados a abrir suas portas nesse horário. A medida, associada ao aumento do policiamen-to e à promoção de ações sociais preventivas como a da ACER, resultou em queda na taxa de homicídio doloso do município para 20,26 a cada 100 mil habitantes em 2006.

“Eu tinha uma família com uma renda mais privilegiada e quando entrei na ACER foi um choque de culturas... Eu já tinha uma linha do tráfico para tomar conta. Então, tive que mudar muito a minha vida, mudar do tráfico de drogas e levar a família... Hoje, converso com a minha mãe e mostro que tem como ser diferente.”

Adolescente participante do projeto Cinema à Pampa

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Formação e participação fazem a diferença

Programa Amigo RealA relação do Programa Amigo

Real com o projeto Cinema à Pampa esteve focada na qualificação da ex-periência como um todo. Em 2004 e 2005, também incluiu a transferên-cia e implementação da metodolo-gia do projeto no núcleo educacional da instituição Irmandade Santa Casa de Misericórdia de Diadema.

A qualificação do projeto aconte-ceu mediante a oferta de Oficinas de Capacitação a representantes da instituição e a membros do CMD-CA da cidade. As oficinas integram a metodologia do Programa Amigo Real e reúnem membros das diver-sas instituições e CMDCAs benefi-ciados pela iniciativa em cada perío-do de implementação.

As oficinas reúnem simultanea-mente representantes das diversas instituições e Conselhos beneficia-dos pelo Programa Amigo Real em cada ano de implementação. Quatro pessoas, entre técnicos da ACER e membros do CMDCA de Diadema,

participaram das Oficinas de Capa-citação do programa em 2004, 2005 e 2006. Foram oferecidas três ofici-nas para cada ciclo de apoio, com carga horária variável entre 16 e 24 horas cada.

As oficinas do Amigo Real visam auxiliar as ONGs ou as prefeituras a obter sucesso na implementação de projetos sociais por meio do re-planejamento das ações, da criação de indicadores de resultados e for-mas de avaliação, e da capacitação em gestão do orçamento. Buscam, também, estimular os participantes a adquirir uma visão mais integrada dos serviços que compõem a Rede de Atenção à Criança e ao Adoles-cente (RECAD) no município. Outra função da formação é ajudar na ela-boração de estratégias de captação de recursos e de fortalecimento dos Fundos Municipais dos Direitos da Criança e do Adolescente.

O Programa Amigo Real tam-bém comparece com acompanha-mento remoto às equipes por meio

de contato telefônico, troca de e-mails e alimenta-ção de conteúdos à distância. A implementação e concepção da metodologia do Programa Amigo Real conta com o apoio técnico da PRATTEIN – Consul-toria em Educação e Desenvolvimento Social, com sede em São Paulo (SP).

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ACERNa ACER, o projeto Cinema à

Pampa foi desenvolvido sob o mar-co do protagonismo juvenil. A me-todologia busca possibilitar a ado-lescentes e jovens a oportunidade de atuarem como personagem cen-tral na resolução de problemas re-ais da sociedade, criando condições para o florescimento de potenciali-dades e a instrumentalização para a vida comunitária. Ela culmina com a construção de um sujeito de di-reitos, isto é, consciente de seus direitos civis, sociais e políticos, e também de seus deveres, a partir de reflexões sobre suas vivências.

Assim, a execução do projeto Cinema à Pampa se dá por via de elevada participação dos adolescen-tes. São eles que definem os filmes a serem exibidos, articulam parce-rias para a locação gratuita de fitas VHS e DVDs, conseguem a pipoca e o refrigerante, planejam e divulgam as sessões, promovem os debates sobre os conteúdos assistidos.

Toda a prática dos adolescentes é amparada por ações educativas desenvolvidas pelo corpo técnico da

ACER. Os adolescentes participam de um programa de Educação para Direitos que promove reflexões e discussões sobre temas como Es-tatuto da Criança e do Adolescente, Lei de Diretrizes e Bases da Edu-cação Nacional (LDB, Lei Federal 9394/96), sexualidade, saúde, lazer, relações pessoais, arte e cultura, esportes, transportes, segurança pública e qualidade de vida.

Os adolescentes recebem, tam-bém, orientação e supervisão em planejamento e execução de ativi-dades, técnicas de abordagem e ne-gociação com parceiros, promoção de debates e de atividades peda-gógicas após a exibição dos filmes. Dedicam-se, ainda, a assistir e anali-sar filmes e realizar pesquisas sobre os assuntos tratados, de modo a obter subsídios para o trabalho nas escolas. Em 2004 e 2005, os ado-lescentes da ACER puderam contar, também, com oficinas sobre produ-ção cultural em audiovisual.

Conforme determinação da insti-tuição, o tempo máximo de perma-nência de um adolescente no projeto Cinema à Pampa é de dois anos.

“O jovem que participa do projeto está aprendendo a ter voz ativa e a negociar, está no coletivo. Mas também tem um momento com um adulto para ele pensar as questões dele. Saber que tem alguém cuidando dele, alguém para quem ele importa, faz muita diferença. (...) Eu acho que o acompanhamento social é a diferença do projeto.”

Veruska Rodrigues Galdini,

coordenadora pedagógica da ACER

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O céu é o limite

A experiência de assistir a um filme pode ampliar o univer-so cultural de uma criança, ado-lescente ou adulto. A discussão se segue ao filme pode ajudá-los a compreender melhor o mundo e a torná-los mais críticos. E o adolescente que promove a sessão pode perceber que seu modo de agir na comunidade faz diferença e transportar essa vivência para a habilidade de for-mular projetos de vida, de cons-truir sonhos e acreditar na pos-sibilidade de realizá-los. O futuro passa a ter mais valor.

Alguns adolescentes da ACER já tinham assistido a ses-sões de cinema na escola quan-do, em agosto de 2001, foram convidados a pensar em um tipo de intervenção comunitá-ria a ser implementada no âm-bito do Projeto Agente Jovem. O Cinema à Pampa nasceu no início de 2002, com o propósi-to de ampliar o universo cultural

dos adolescentes participantes e do público presente nas ses-sões de cinema. Outro objetivo era desenvolver o protagonismo juvenil.

A princípio, as sessões con-tavam apenas com um aparelho de TV e vídeo e eram realizadas no âmbito da ACER. Em mea-dos do ano, porém, começaram as primeiras experiências nas escolas de Eldorado. Lá se iam os adolescentes, carregando equipamentos e expectativas para as salas de aula.

Em 2003, o Cinema à Pampa se consolidava com sessões de cinema dentro da ACER, para a comunidade e demais grupos de crianças e jovens da institui-ção. Em paralelo, seu viés itine-rante ganhava status de área de atuação: o Cinema Mambembe, com sessões nos locais requi-sitantes, fossem eles escolas, creches, orfanato ou outras ins-tituições sem fins lucrativos.

“Ele cobra muito que eu volte a estudar, vai estudar, você não faz nada à noite, fica fazendo o que dentro de casa? Aí, através dele, eu fiz o primeiro e o segundo. Pra mim tá sendo muito bom estudar, é muito bom a escola, a gente conversa, muda nossa cabeça, muda nosso dia a dia de vida, muda tudo.”

Familiar de adolescente do

projeto Cinema à Pampa

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Foi nesse mesmo ano de 2003 que, ao figurar numa lista de potenciais projetos a receber recursos do Fun-do Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente de Diadema, o Cinema à Pampa conquistou o apoio do Progra-ma Amigo Real. Os recursos obtidos para o ciclo 2004 do projeto serviram para a aqui-sição de um telão e um data show. Viabilizaram, ainda, a abertura de monitoria no Ci-nema à Pampa, promovendo quatro adolescentes partici-

pantes do projeto no ano an-terior à condição de monitores da turma.

O apoio do Programa Ami-go Real deu cabo ao início da disseminação da experiência do Cinema à Pampa no nú-cleo educacional da institui-ção Irmandade Santa Casa de Misericórdia de Diadema, em um processo de capacitação técnica que transcorreu até 2005. Adicionalmente, foram adquiridos para a instituição equipamentos de TV, DVD, ví-deo e caixas de som.

ACER estabelece

parceria com Projeto

Agente Jovem

Criação do projeto

Cinema à Pampa e

desenvolvimento do

Cinema Mambembe

Projeto Cinema à

Pampa conquista

apoio do Programa

Amigo Real

Primeiro ano de

implementação do

projeto com recursos

do Programa Amigo

Real; parceria

com Cinema BR

em Movimento

(Petrobras)

Transferência da

metodologia do

Projeto Cinema à

Pampa para o núcleo

educacional da

Irmandade Santa

Casa de Misericórdia

de Diadema

Criação do

Cine Calçada

Qualificação do

projeto, com a

redução do número

de escolas atendidas

e o aumento de

sessões realizadas

para um mesmo

grupo de crianças

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O amadurecimento da ação na ACER levou os jovens a produzirem em 2004 dois curta-metragens: “O despertar” e “O amor que nunca amei“. Permitiu, também, o estabele-cimento de uma parceria institucional com o projeto Cinema BR em Movi-mento, da Petrobras, que se estendeu até 2006. A estratégia garantiu o aces-so a um acervo de filmes nacionais bem escolhidos, que passaram a fazer parte da programação das sessões na ACER e no Cinema Mambembe.

Em 2005, os adolescentes do projeto Cinema à Pampa abriram uma nova fronteira, o Cine Calçada. A variante consiste na exibição de filmes em lugares públicos como ruas, praças, campos de futebol e até num lixão.

As projeções do Cine Calçada de-mandaram a compra de um gerador, bem como de um telão maior e um data show mais potente. O maqui-nário anterior foi repassado à San-ta Casa. Os novos equipamentos foram adquiridos em 2005 e 2006, com recursos provenientes da reno-vação dos ciclos de apoio do Progra-ma Amigo Real.

2004 192 sessões para 11.033 pessoas

2005 327 sessões para 23.799 pessoas

2006 147 sessões para 8.170 pessoas

2007 64 sessões para 3.267 pessoas

SESSõES REAlizAdAS

FONTE: ACER. EM 2004 E 2005, FORAM INCLUÍDOS DADOS DA IRMANDADE SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE DIADEMA. EM 2007, O CINE CALÇADA NÃO OPEROU; CANCELAMENTOS DE SESSÕES DEVIDO A IMPREVISTOS NAS ESCOLAS E NA INSTITUIÇÃO, BEM COMO AO ENVOLVIMENTO DOS ADOLESCENTES DO PROJETO COM OPORTUNIDADES DE PARTICIPAÇÃO SOCIAL, EXPLICAM A REDUÇÃO NO NÚMERO DE SESSÕES REALIZADAS.

ORçAMEntO dO PROjEtO

Orçamento total Apoio Programa Amigo Real

2004 R$ 79.315,26 R$ 54.282,26

2005 R$ 136.850,63 R$ 58.978,38

2006 R$ 194.980,84 R$ 65.060,00

TOTAL R$ 411.146,73 R$ 178.320,64

FONTE: ACER E PROgRAMA AMIgO REAL.

SEgMEntAçãO dE PúbliCO (2004-2006)

30%

10%

n Crianças (até 11 anos) n Adolescentes (12 a 18 anos) n Jovens e adultos (19 anos ou mais)

FONTE: ESTIMATIVAS ACER

60%

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SUSTENTABILIDADE E RECONHECIMENTO

Por meio do projeto Cinema à Pampa, os adolescentes da ACER promovem em média 25 sessões de cinema por mês. A fim de qualifi-car a experiência, em 2006 a ACER optou por reduzir a quantidade de organizações atendidas pelo proje-to, limitando o número de escolas a quatro por ano (já fora 14) e a duas instituições sem fins lucrativos. Isso possibilitou o fortalecimento da par-ceria da ONG com as escolas e per-mitiu que mais sessões e atividades pedagógicas fossem promovidas para um mesmo grupo de crianças. As atividades do Cine Calçada reu-niram, ainda, uma média de 100 es-pectadores em cada uma das três sessões organizadas.

À parte as ações relacionadas diretamente ao cinema, os adoles-centes da ACER são incentivados

a atuar na vida comunitária. Nesse sentido, a freqüência dos jovens da ACER nas reuniões do CMDCA é comum e foi também ativa sua participação nas consultas públicas para a formulação, em 2005, do 2º Plano Municipal de Segurança.

Outra vivência memorável foi a organização, por iniciativa dos ado-lescentes, do Fórum Regional da Ju-ventude. Com duração de três dias, o evento aconteceu em meados de 2005, na ACER, e reuniu cerca de 200 pessoas (membros da comuni-dade, adolescentes e poder público) em torno de discussões sobre edu-cação, esporte e lazer. Tudo animado por apresentações da expressão ar-tística e cultural da região. Os temas abordados no fórum inspiraram os adolescentes da ACER a eleger, em 2006, a pauta de assuntos que com-põem a formação em Educação para Direitos oferecida pela instituição.

“Alguns alunos que tinham muito problema na escola, de disciplina, aprendizagem mesmo, a hora que começaram a fazer cinema na escola, mudaram. Eles não estavam mais lá como alunos, mas como alguém que fazia parte da ACER. Pararam de faltar na aula, começaram a participar, dar idéias.”

Professora de escola de

ensino fundamental II e ensino médio

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Ações

Resultados

Aprendizagens

Desdobramentos

Caminho das pedras

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Ações

A participação da equipe téc-nica da ACER nas Oficinas de Capacitação do Programa Amigo Real é apontada pela organização como outro marco em sua histó-ria. O fortalecimento institucional obtido por meio do aprimoramen-to da equipe técnica nas oficinas, aliado à decisão de ampliar o leque de financiadores e ao aumento de credibilidade devido ao apoio do BANCO REAL, favoreceu a ACER a estabelecer parcerias com or-ganizações como a BT – British Telecommunications (2004), o

“As visitas de acompanhamento que fazemos ao projeto Cinema à Pampa nos trazem grande entusiasmo. É só conversar um pouquinho com os adolescentes para sentir os bons resultados do trabalho. Lembro-me de uma conversa que tive com um jovem de 15-16 anos, que falava das ações do projeto e seus desdobramentos na comunidade. Ele hoje sonha em se tornar professor, para contribuir na formação de outros adolescentes.”

Marisa de Arruda, funcionária da área de TI

e infra-estrutura do BANCO REAL e membro do

Grupo de Trabalho/São Paulo do Programa Amigo Real

Consulado Britânico em São Paulo (2004-2007), a Embaixada Britânica (2005), o Banco HSBC (2006) e o Instituto Gtech (2004-2006).

Outro reconhecimento públi-co sobre a relevância do projeto Cinema à Pampa foi a conquista do título regional na edição 2005 do Prêmio Itaú-Unicef. Organizado pela Fundação Itaú Social e o Uni-cef, o prêmio identifica e valoriza instituições da sociedade civil que desenvolvem propostas inovado-ras de educação em tempo inte-gral para crianças e adolescentes.

Marisa de Arruda (à esquerda), integrante do grupo de trabalho do Amigo Real em São Paulo. continua

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Ações

• Reuniões do CMDCA de Diadema

• Fórum Social Mundial (2005)

• Organização do Fórum Regional da Juventude de Eldorado (2005)

• Consultas públicas para a formulação do 2º Plano Municipal de Segurança (2005)

• Plenárias do orçamento participativo do município

• Conferência Municipal de Esportes (2006)

• Promoção de debates com candidatos ao Conselho Tutelar (2006)

• Conferência Popular de Educação (2006)

• Orçamento participativo (2007)

• Pré-Conferência e Conferência dos Direitos da Criança e do

Adolescente (2007)

Espaços de participação dos adolescentes do projeto

Crianças (até 11 anos)

A Era do Gelo (EUA, 2002)

Procurando Nemo (EUA, 2003)

A Fuga das Galinhas (EUA, 2000)

Shrek (EUA, 2001)

O Príncipe do Egito (EUA, 1998)

Castelo Rá-Tim-Bum, o Filme (Brasil, 1999)

Planeta do Tesouro (EUA, 2002)

O Pequeno Vampiro (EUA/Alemanha/Holanda, 2000)

Campeões de audiência

Adolescentes (12 a 18 anos)

Bicho de Sete Cabeças (Brasil, 2000)

Uma Onda no Ar (Brasil, 2002)

Cidade de Deus (Brasil, 2002)

Carandiru (Brasil, 2003)

O Homem que Copiava (Brasil, 2002)

Se Eu Fosse Você (Brasil, 2006)

Lisbela e o Prisioneiro (Brasil, 2003)

O Dia Depois de Amanhã (EUA, 2004)

FONTE: ACER.

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Resultados

O ganha-ganha do projeto Cinema à Pampa

As ações desencadeadas no âmbito do projeto Cinema à Pampa e sua parce-ria com o Programa Amigo Real geraram resultados em várias frentes.

Adolescentes• O projeto propicia o desenvolvimento de

competências pessoais (autoconfiança, autoconhecimento, amor próprio, asser-tividade, desinibição, generosidade, sen-so crítico, capacidade de sonhar e for-mular projetos de vida), competências sociais (participação, capacidade de arti-culação, comunicação, saber ouvir, res-peito pelo outro, liderança, cordialidade), competências produtivas (organização, planejamento, habilidade de trabalhar em equipe, de negociar, responsabili-dade com o cumprimento de tarefas) e competências cognitivas (escrita, leitura,

cálculo, estudo de temas de interesse, ampliação do universo cultural).

• Ampliação do “campo de visão” para além do circui-to escola, bairro de Eldora-do e cidade de Diadema. O projeto traz aos adoles-centes a possibilidade de sonhar e formular proje-tos de vida com base em alternativas distintas das comuns na região, como a atuação no mercado infor-mal ou no tráfico de drogas. Para alguns jovens, o Cinema à Pampa significou uma mudança de vida, o rompimento com uma organização de mundo antes considerada imutável.

• Ao se colocarem na posição de res-ponsáveis pelo desenvolvimento de atividades com finalidade pedagógica nas escolas, os adolescentes passam a perceber esses espaços de manei-ra diferente. A escola e o ensino são valorizados, os adolescentes do proje-to têm maior aproveitamento escolar,

programam a continuidade dos estu-dos – tanto para facilitar a ascensão profissional quanto para o enriqueci-mento pessoal – e tentam influenciar familiares a voltar a estudar.

• A participação no projeto amplia as pos-sibilidades de colocação no mercado de trabalho. Em 2005, 53% dos adolescen-tes do Cinema à Pampa conseguiram al-gum tipo de colocação profissional, seja no comércio, em empresas ou indús-trias, seja no corpo de monitores da ins-tituição ou em outros projetos sociais.

continua

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Resultados

Famílias• O trabalho da ACER e a participação no

projeto Cinema à Pampa são considera-dos pelos pais “um braço na educação dos filhos”.

• Os filhos levaram para casa a capaci-dade de dialogar – de falar e de ouvir –, provocando mudanças positivas nas dinâmicas familiares.

• Mudança de posição dos pais, que pas-saram a refletir e buscar novas formas de educar seus filhos. Isso gerou mais harmonia no relacionamento entre pais e filhos.

• Alguns pais voltaram a estudar por su-gestão e insistência dos filhos.

Instituição• Desenvolvimento e fortalecimento insti-

tucional da ACER, mediante maior qua-lificação da equipe. As apresentações e discussões técnicas realizadas nas Oficinas de Capacitação do Programa Amigo Real também contribuíram para o fortalecimento da identidade do projeto Cinema à Pampa, possibilitando uma vi-são crítica acerca de práticas e objetivos, que foram sendo aprimorados.

• Amadurecimento institucional e técnico a partir da experiência de disseminação

do projeto Cinema à Pampa no núcleo educacional da Irmandade Santa Casa de Misericórdia de Diadema.

• Maior legitimidade perante a comunida-de, devido à qualidade do atendimento oferecido e à elevada participação das crianças, adolescentes e familiares na vida institucional da ACER.

• O estabelecimento da parceria com o BANCO REAL conferiu a credibilidade ao trabalho da instituição entre as ONGs, contribuindo para o aumento da sua visi-bilidade.

• O ganho de legitimidade, credibilidade e visibilidade colaborou para a susten-tabilidade da ACER e também para a ampliação do leque de parceiros. Em 2002, as atividades da instituição eram mantidas basicamente por doações de uma fundação internacional, a Children at Risk Foundation United Kingdom (CARF-UK), e por recursos provenien-

tes de convênios com o setor público. Já em 2006, o orçamento da ACER se compôs em 35% por doações da CARF-UK, 35% doações de empresas, 25% por recursos de convênios e 5% por receitas arrecadadas em eventos e junto a sócios mantenedores.

• Conquista crescente de voz ativa em espaços de participação como con-selhos, fóruns regionais e nacionais em temas relacionados à infância e à adolescência.

“Eles diziam o que era o projeto, do que se tratava o filme. Eram cinco, seis classes de cada vez para ver o filme. Precisava ver a forma de eles (adolescentes do Cinema à Pampa) falarem ao público, aos outros colegas. Eles tinham o domínio... Eles passaram a ser diferentes a partir do momento em que foi aberta para eles uma oportunidade.”

Educadora de escola de

ensino fundamental II e médio

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Resultados

Escolas• A interface do Cinema à Pampa com

as escolas freqüentadas pelos ado-lescentes do projeto permitiu que os professores identificassem nos alu-nos habilidades que desconheciam. Se muitos deles eram considerados indisciplinados, passaram a se des-tacar por qualidades como compro-misso, capacidade de organização, de falar em público.

• A participação em sala durante as au-las regulares aumentou, bem como o nível de exigência quanto à quali-dade das aulas. A performance nos estudos, de modo geral, melhorou. A experiência fez caírem os estigmas e alimentou em alguns professores uma reflexão sobre possibilidades de atuação pedagógica junto a adoles-centes rebeldes.

• As crianças e os adolescentes mais novos passaram a reconhecer nos adolescentes do projeto pessoas que podem oferecer à sociedade, por meio do seu trabalho, algo prazeroso como o cinema.

• Em uma das escolas participantes, os adolescentes do Cinema à Pampa tiveram ampla participação na forma-ção do grêmio estudantil.

CMDCA• Fortalecimento institucional, a partir

da participação de conselheiros nas Oficinas de Capacitação do Programa Amigo Real.

• Ganho de credibilidade, ao contar com um projeto apoiado pelo BANCO REAL.

• O amadurecimento das discussões realizadas no CMDCA de Diade-ma propicia melhor destinação dos recursos aportados ao Fundo Mu-nicipal dos Direitos da Criança e do Adolescente.

• O CMDCA vem desempenhando im-portante papel articulador entre poder público e sociedade civil e é muito aberto à participação. De 2004 a 2006, o número de instituições cadastradas passou de 20 a 43 e o número de presenças nas reuniões bateu a mar-

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ca de 50 pessoas (base 2006). A relação de cadastrados no início de 2008 aponta a participação de 57 instituições.

• Foram desenvolvidas estratégias mais efe-tivas de captação de recursos e se cons-tatou um crescimento no volume de do-ações ao fundo da ordem de 400% entre 2001 e 2006.

• Maior, mais diverso e mais ativo, o CMDCA ganhou força política e posicionou seus de-safios num patamar mais exigente, como a maior participação na discussão de políticas públicas.

• Melhor estruturação da área administrativa.

Sociedade• O projeto Cinema à Pampa tornou o cine-

ma uma opção de lazer possível a milhares de habitantes de Diadema.

• Aumento da oferta de oportunidades de aprendizado a adolescentes, por meio da implementação do projeto Cinema à Pampa na Irmandade Santa Casa de Misericórdia.

• A ação de instituições como a ACER e de projetos como o Cinema à Pampa vem sen-do apontada, ao lado de outras medidas, como fator de contribuição para a queda significativa nos níveis de violência de Dia-dema desde 1999.

Resultados

“Eles diziam o que era o projeto, do que tratava o filme. Eram cinco, seis classes de cada vez para ver o filme. Precisava ver a forma de eles (adolescentes do Cinema à Pampa) falarem ao público, aos outros colegas. Eles tinham o domínio... Eles passaram a ser diferentes a partir do momento em que foi aberta para eles uma oportunidade.”

Educadora de escola de

ensino fundamental II e médio

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Aprendizagens

Dois fatores concorrem para o su-cesso da aplicação da metodologia do protagonismo juvenil na ACER: 1) a percepção apreendida de que só é possível desenvolver protago-nismo se forem consideradas as particularidades e características individuais de cada adolescente (daí a importância de cada jovem atendido pela instituição contar com acompanhamento individu-

Caminhos e descobertas que ajudaram a crescer

alizado por um educador social); 2) o perfil da instituição e de seus educadores – resiliência e respeito à diversidade são características-chave no relacionamento com um público que pensa que sabe tudo.

Adolescentes advindos de situações de extrema vulnerabilidade social requerem acompanhamento prévio à integração em ações de intervenção comunitária como o Cinema à Pampa. Não se trata de nível de escolaridade, mas de sua estrutura psicológica no que se refere a amadurecimento, visão crítica, capacida-de de questionar e refletir sobre o seu lugar na sociedade, entre outros fatores.

A elevada autonomia concedida aos adolescentes do projeto Cinema à Pam-pa, intrínseca à metodologia de trabalho e à cultura organizacional da ACER, tam-bém impõe seus desafios. Exemplo dis-so foi a situação vivida pela instituição em meados de 2005, quando a exibição de filmes passou a ser uma atividade tão requisitada pelas escolas de Diade-ma que já não era possível atender a todos – por mais que o desejo dos ado-lescentes fosse de fazê-lo. Nesse mo-

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mento, a coordenação pedagógica do projeto precisou rever as estra-tégias da ação com os adolescen-tes do projeto, discriminando com clareza potencialidades e limites. Foi um aprendizado duplo – para o corpo técnico da ACER e para os jovens – que culminou com a limitação no nú-mero de escolas a serem atendidas. A decisão agregou, todavia, quali-dade ao projeto, uma vez que as sessões passaram a ser planejadas de forma mais próxima aos profes-sores das escolas, buscando maior integração entre seus projetos polí-tico-pedagógicos e os objetivos do Cinema à Pampa.

Aprendizagens

ção estabeleceu parcerias formais com quatro escolas públicas (dois centros de educação infantil e duas escolas de ensino fundamental) de Diadema e com uma ONG dedica-da à educação infantil, a Comunida-de Namar.

A mobilização de diversas ins-tâncias e agentes (poder público, sociedade civil, escola, comunida-de, família) contribui para que um projeto social obtenha resultados mais perenes.

A parceria com as escolas nas ações de educação complementar é extremamente importante e ne-cessária, pois tem efeito sinérgico. A ACER tem clareza de que o maior envolvimento da comunidade esco-lar pode trazer reflexos positivos à ação. A partir de 2006, a organiza-

A participação das ONGs de aten-dimento à infância e à adolescên-cia nos CMDCAs proporciona a elas uma rica vivência, não apenas pela troca de experiências entre instituições congêneres, mas pelo

fato de os CMDCAs serem fóruns privilegiados de formulação de po-líticas públicas na área.

• A sintonia de trabalho existente en-tre o CMDCA e a Rede de Atenção à Criança e ao Adolescente (Recad) de Diadema é outro aspecto destacável. Existe um reconhecimento mútuo da importância desses dois fóruns, que atuam de forma quase única. Em 2005-2006, o CMDCA destinou recursos do Fundo Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescen-te captados junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e à Petrobras para o fortalecimento da Recad.

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desdobramentos

Uma história que continua

Por conta de uma necessida-de detectada ao longo do proje-to Cinema à Pampa, a ACER op-tou, em 2007, por formalizar as relações de parceria mantidas para a exibição de filmes com duas instituições sociais e qua-tro escolas de Diadema (duas municipais e duas estaduais).

O passo representa um avan-ço na história do projeto por dois grandes motivos: primeiro, por garantir uma regularidade nas oportunidades de protagonismo dos adolescentes de exibirem os filmes seguidos de debates, ou de atividades que promovam a reflexão em torno da temática abordada pelo filme; segundo, por consolidar a cultura da ava-liação. Nesse caso, o destaque é a construção conjunta, entre projeto e escolas/instituições, de uma avaliação sistemática para conhecer os efeitos do Cinema à Pampa sobre os educandos.

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O passo-a-passo para estruturar projetos de protagonismo juvenil

PASSOS DETALHAMENTO

1 Construindo uma base conceitual de sustentação

A equipe precisa se apropriar de um referencial teórico e desenvolver um rol de princípios para uma intervenção no campo do protagonismo. Perguntas que podem ajudar: Quem é este jovem com quem vamos trabalhar? Quem são os educadores? Que papéis podemos esperar de ambos? Como se darão as relações nos processos educativos?

2 Convidando os jovens a serem co-produtores

Trabalhar com protagonismo juvenil implica considerar o jovem como sujeito da ação e não unicamente como um beneficiário dela. Trata-se de uma construção conjunta.Idéias e propostas dos jovens e dos educadores são igualmente consideradas e ponderadas em todas as fases da iniciativa: planejamento, execução e avaliação do projeto.

3 Estabelecendo o diálogo interno

Manter a mesa de negociações sempre aberta. Muitas vezes será dos jovens o papel de liderança.Adotar estratégias eficazes de comunicação. O famoso “discurso pronto” cede lugar a uma abordagem direta, que se torne significativa para o sujeito único que se deseja atingir. As duas partes se responsabilizam por suas ações.

4 Avaliando ações e realizando os necessários ajustes

Percorrer caminhos de aprendizagem conjunta que contemplem a multiplicidade de visões: do jovem, do educador, da família.No trabalho com o protagonismo juvenil, há momentos em que a iniciativa de reorientar o processo parte do adulto. Ele se vale de sua experiência de vida e aponta limites, buscando desencadear processos reflexivos.

5 Construindo uma rede de relações

Também a instituição social não é uma instância isolada (ou “deve se articular”). Aproveitar e criar oportunidades para apresentação e discussão do trabalho realizado. Identificar grupos afinados com os princípios do projeto para sua replicação.Buscar através destas ações o constante desenvolvimento prático-teórico dos participantes, além da necessária divulgação para ampliação de apoio e disseminação.

6 Criando condições para a emancipação dos jovens

Ajudar o jovem a compreender que o mundo é maior que a comunidade na qual ele foi criado e que é sua responsabilidade contribuir para o fortalecimento de uma sociedade sustentável.Propiciar espaços para uma reflexão crítica sobre seu lugar no mundo do trabalho, do conhecimento e em instâncias mais amplas de participação. Promover condições para que ele ocupe esse lugar.

7 Deixando sua marca Uma ação vale por mil palavras!Criar condições para que o jovem assuma atitudes responsáveis é exercitar dentro de casa um diálogo franco e aberto que constrói vínculos, e assumir, perante a sociedade, uma posição firme, coerente com seus princípios e ações.

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BANCO REALDiretoria de Desenvolvimento SustentávelMaria Luiza Pinto e Paiva

Superintendência de Ação SocialLaura Oltramare

Coordenação do Programa Amigo RealAndréa MoreiraAndréa Regina

Apoio técnicoPRATTEIN - Consultoria em Educação e Desenvolvimento SocialFabio Barbosa Ribas Jr.Odair Prescivalle

Coordenação do processo de avaliação e sistematizaçãoAndréa ReginaFábio SantiagoKarine BuenoMariana Leitão Brunini

Apoio técnico em avaliaçãoCristiane LocatelliEduardo Marino

Associação de Apoio à Criança em Risco (ACER)PresidênciaEunice Bins Collado

Secretaria geralJonathan L. Hannay

Coordenação pedagógicaVeruska Rodrigues Galdini

Coordenação do projeto Cinema à PampaRosemary Aparecida Aniceto (até 2006)Roger Seiji Itokazu

Auxiliar de coordenaçãoGislaine Souza dos Santos

Orientação em Educação para DireitosTânia Crespo

www.bancoreal.com.br/sustentabilidade

-------------------------------------------------------------------------------------Edição de textosSandra Mara Costa (Mc&Pop/Mtb 21.399)

RevisãoAlfredo Iamauti

Projeto gráfico e editoraçãoStudio 113

FotosPaulo Leite

AgradecimentosÀ Escola Municipal Florestan Fernandes, que permitiu o registro fotográfico de uma sessão de cinema realizada pelos adolescentes do projeto Cinema à Pampa.A todas as pessoas – especialmente aos adolescentes – que participaram do processo de avaliação do projeto Cinema à Pampa.

Janeiro de 2008

Expediente

Todas as informações que constam neste documento refletem a experiência de iniciativas sociais apoiadas ou desenvolvidas pelo Banco Real, em sintonia com suas práticas para promoção do desenvolvimento sustentável.

Ao replicar esta experiência alguns resultados podem ser diferentes em razão das muitas variáveis presentes em projetos sociais, bem como das diversas soluções aplicáveis a cada projeto. É sempre recomendável o envolvimento de especialistas na área de desenvolvimento sustentável .