projeto básico especializaÇÃo enviado ao mec

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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CONTINUADA, ALFABETIZAÇÃO, DIVERSIDADE E INCLUSÃO DIRETORIA DE POLÍTICAS DE EDUCAÇÃO EM DIREITOS HUMANOS E CIDADANIA COORDENAÇÃO GERAL DE ACOMPANHAMENTO DA INCLUSÃO ESCOLAR UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ PRÓ-REITORIA DE ENSINO DE GRADUAÇÃO PRÓ-REITORIA DE ENSINO DE PÓS-GRADUAÇÃO COORDENADORIA DE PÓS-GRADUAÇÃO PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM EDUCAÇÃO, POBREZA E DESIGUALDADE SOCIAL (LATO SENSU)

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Projeto Bsico - Versao Preliminar 2 - 29-05-2014 - editvel.docx

MINISTRIO DA EDUCAOSECRETARIA DE EDUCAO CONTINUADA, ALFABETIZAO, DIVERSIDADE E INCLUSO

DIRETORIA DE POLTICAS DE EDUCAO EM DIREITOS HUMANOS E CIDADANIA

COORDENAO GERAL DE ACOMPANHAMENTO DA INCLUSO ESCOLARUNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAU

PR-REITORIA DE ENSINO DE GRADUAO

PR-REITORIA DE ENSINO DE PS-GRADUAO

COORDENADORIA DE PS-GRADUAO

PROJETO POLTICO-PEDAGGICOCURSO DE ESPECIALIZAO EM EDUCAO, POBREZA E DESIGUALDADE SOCIAL (LATO SENSU)

Brasil 2014Ministrio da Educao

Jos Henrique Paim

Secretaria de Educao Continuada, Alfabetizao, Diversidade e Incluso

Maca Maria Evaristo dos Santos

Diretoria de Polticas de Educao em Direitos Humanos e Cidadania

Cllia Brando Alvarenga Craveiro

Coordenao Geral de Acompanhamento da Incluso Escolar

Simone Medeiros

Equipe Tcnica

ngela Martins

Carlos Vincius Barbosa

Jos Rita Eccard

Mauro Lcio de Barros

Secretaria TcnicaMarclia Delgado

Concepo do Programa Nacional Educao, Pobreza e Desigualdade Social

Miguel Gonzlez Arroyo

Cllia Brando Alvarenga Craveiro

Simone Medeiros

Rosely Zen Cerny

Adir Valdemar Garcia

Jorge Minella

Coordenao Geral do Programa Nacional Educao, Pobreza e Desigualdade Social

Simone Medeiros SECADI/MEC

Universidade Federal de Santa Catarina UFSC

Ncleo Multiprojetos de Tecnologia Educacional NUTE

Projeto de Criao e Desenvolvimento dos Recursos Didticos do Curso de Especializao Educao, Pobreza e Desigualdade Social

Coordenao Geral do Projeto

Roseli Zen Cerny

Vice-Coordenao Geral do Projeto

Adir Valdemar Garcia

Comit Gestor

Roseli Zen Cerny

Adir Valdemar Garcia

Elizngela Bastos Hassan

Francisco Fernandes Soares Neto

Jorge Minella

Superviso Geral de Projeto

Elizngela Bastos Hassan

Superviso Geral de Equipe de Criao e Desenvolvimento

Francisco Fernandes Soares NetoComit Cientfico Pedaggico

Delvana Lcia de Oliveira

Josaf de Oliveira Rocha

Judite da Silva Mattos

Valesca Jov Csar Naime

Joo Paulo Pooli

Roseli Zen Cerny

Miguel Arroyo

Simone Medeiros

Autoria dos Materiais

Mdulo Introdutrio - Pobreza, desigualdades e educaoMiguel Gonzlez Arroyo

Mdulo I - Pobreza e Cidadania

Alessandro Pinzani

Walquria Leo Rego

Mdulo II - Pobreza, Direitos Humanos, Justia e Educao

Erasto Fortes

Mdulo III - Escola: espaos e tempos de reproduo e resistncias da pobreza

Lucia Helena Alvarez Leite

Mdulo IV - Pobreza e Currculo: uma complexa articulao

Miguel Gonzlez Arroyo

Atividade Reflexo sobre a Realidade

Adir Valdemar Garcia

Equipe Administrativo Financeira

Elizngela Bastos Hassan

Maryna Neves

Claudia Minati

Superviso de Equipe de Designers Educacionais e Fluxo de Contedos

Jorge Minella

Equipe de Designers Educacionais

Juliana Pereira

Paulo da Costa Pereira

Marcos Lu Almeida de Freitas

Equipe de Vdeo

Andr Janicas

Guilherme Pozzibon

Ldio Ramalho

Equipe de Hipermda

Thas Camata

Pamela Angst

Guilherme Martins

Eduardo Eising

Equipe de Programao

Wellington Fernandes

Francisco Fernandes Soares Neto

Alexandre Aimbir

Reviso Textual e Ortogrfica

Juliana Pereira

Cleusa Iracema Pereira

MINISTRIO DA EDUCAO

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUPROF. DR. JOS ARIMATIA DANTAS LOPES

Reitor

PROF DR NADIR DO NASCIMENTO NOGUEIRA

Vice-ReitoraPR-REITORIA DE ENSINO DE PS-GRADUAO - PRPG

PROF. DR. HELDER NUNES CUNHA

Pr-Reitor

PR-REITORIA DE ENSINO DE GRADUAO - PREG

PROF DR MARIA DO SOCORRO LEAL LOPES

Pr-Reitora

COORDENADORA DO COMIT GESTOR INSTITUCIONAL DE

FORMAO INICIAL E CONTINUADA DE PROFISSIONAIS DA

EDUCAO BSICA

PROF DR MARIA DA GLRIA CARVALHO MOURA

Coordenadora

COORDENAO DO CURSO NA UFPI

PROF DR ROSA LINA GOMES DO NASCIMENTO PEREIRA DA SILVACoordenadora administrativaPROF DR ELIANA DE SOUSA ALENCAR MARQUESCoordenadora Pedaggica

CURSO DE ESPECIALIZAO EM EDUCAO, POBREZA E DESIGUALDADE SOCIAL (LATO SENSU)

PROJETO POLTICO-PEDAGGICOBrasil 2014SUMRIO

1 DADOS DE IDENTIFICAO06

2 JUSTIFICATIVA08

3 HISTRICO DA INSTITUIO11

4 CONCEPO DO CURSO13

5 OBJETIVOS22

5.1 Objetivo Geral22

5.2 Objetivos especficos22

6 SUJETOS DA FORMAO E VAGAS23

6.1 Requisitos para participao.........................................................................................................24

6.2. Processo Seletivo..........................................................................................................................24

7 PERFIL DO SUJEITO EM FORMAO24

8 PRINCIPIOS ORIENTADORES25

9 ESPECIFICIDADES DO CURSO25

9.1 Carga-horria25

9.2 Equipe de docentes envolvidos no curso 26

9.3 Periodicidade do curso3110 ORGANIZAO CURRICULAR E METODOLGICA3310.1 Mdulos temticos3310.2 Atividades desenvolvidas ao longo do curso5410.2.1 Atividade de reflexo sobre a realidade5410.2.2 Memorial5711 OPERACIONALIZAO DO CURSO5811.1 Requisitos de ingresso5911.2 Avaliao da aprendizagem6011.3 Trabalhos de concluso de curso TCC 6111.4 Recursos didticos6211.5 Sistema de acompanhamento6211.6 Formao de formadores (as)6911.7 Avaliao institucional do curso7112 PRODUTO ESPERADO....................................................................................................................7213 PROPOSTA ORAMENTRIA........................................................................................................73REFERNCIAS 741 DADOS DE IDENTIFICAODENOMINAO DO CURSO: Curso de Especializao em Educao, Pobreza e Desigualdade SocialREA DO CONHECIMENTO: EDUCAOEQUIPE DE ELABORAO:

Profa. Dra. Rosa Lina Gomes do Nascimento Pereira da Silva

Profa. Dra. Maria do Socorro Leal Lopes

Profa. Dra. Eliana de Sousa Alencar Marques

UNIDADE EXECUTORA: Universidade Federal do Piau

Pr-Reitoria de Ensino de Ps-Graduao

Pr-Reitoria de Ensino de Graduao

Coordenadoria de Apoio e Assessoramento Pedaggico

FORMA DE EXECUO: Modalidade Distncia

INFORMAES COMPLEMENTARES:

NATUREZA DO CURSO: O presente documento trata-se da proposta de Curso de Especializao em Educao, Pobreza e Desigualdade Social com carga horria de 465h. O processo formativo na modalidade a distncia insere-se no contexto da Poltica Nacional de Formao dos(as) Profissionais do Magistrio da Educao Bsica e da Rede Nacional de Formao Continuada dos(as) Profissionais do Magistrio da Educao Bsica Pblica (RENAFOR), institudas pelo Decreto n. 6.755, de 29 de janeiro de 2009, e pela Portaria Ministerial n. 1.328, de 23 de setembro de 2011. Tambm responde ao preconizado na Lei n. 13.005/2014, de 25 de junho de 2014, que aprova o Plano Nacional de Educao. Sua materializao se efetiva por meio da dimenso que trata da formao continuada no mbito do Programa Nacional Educao, Pobreza e Desigualdade Social. O mesmo est sob a responsabilidade das Instituies Federais de Ensino Superior (IFES), sendo a Universidade Federal - UFPI a responsvel pela operacionalizao no Estado do Piau.

UNIDADES ARTICULADORAS DO CURSO

O curso ser desenvolvido numa estrutura descentralizada, sob responsabilidade da Universidade Federal do Piau, com a Secretaria de Educao Continuada, Alfabetizao, Diversidade e Incluso/MEC e a colaborao do Fundo de Nacional de Desenvolvimento da Educao - FNDE.

I. ESFERA NACIONAL:

Ministrio da Educao MECSecretaria de Educao Continuada, Alfabetizao, Diversidade e Incluso.Coordenao Geral de Acompanhamento da Incluso Escolar.II. ESFERA ESTADUAL

Universidade Federal do Piau UFPI

Pr-Reitoria de Ensino de Ps-Graduao: Prof. Dr. Helder Nunes da CunhaPr-Reitoria de Ensino de Graduao: Profa. Dra. Maria do Socorro Leal Lopes.Coordenao Administrativa do Curso: Profa. Dr Rosa Lina Gomes do Nascimento Pereira da Silva.Coordenao Pedaggica do Curso: Profa. Dra. Eliana de Sousa Alencar Marques.Secretaria Estadual de Educao SEDUC-PI

Responsvel: Edivane Sousa da SilvaIII. ESFERA MUNICIPALUnio dos Dirigentes Municipais do Estado do Piau UNDIME/PI

Responsvel: Camlia Sheila Soares Borges de Arajo2 JUSTIFICATIVA

O presente documento contm uma proposta de realizao de Curso de Especializao em Educao, Pobreza e Desigualdade Social, inserida no contexto da Poltica Nacional de Formao dos(as) profissionais do Magistrio da Educao Bsica e da Rede Nacional de Formao Continuada dos(as) Profissionais do Magistrio da Educao Bsica Pblica (RENAFOR). Trata-se de curso de ps-graduao lato sensu voltado para a formao continuada de profissionais da educao bsica e/ou de outros(as) profissionais envolvidos(as) com polticas sociais que estabelecem relaes com a educao de crianas, adolescentes e jovens que vivem em circunstncias de pobreza ou extrema pobreza. A Educao Distncia (EAD) tem-se apresentado como uma modalidade de educao que, no quadro de uma poltica global que articule formao inicial e continuada, e vem contribuindo substantivamente para mudar o quadro de formao e qualificao dos profissionais da educao. Neste contexto, a Universidade Federal do Piau, juntamente com a Secretaria de Educao do Estado do Piau e com o apoio do Ministrio da Educao pretende ofertar 400 vagas para profissionais da Educao Bsica para o Estado do Piau, priorizando os plos ou campus onde funcionam os cursos de Graduao presencial como tambm os cursos na Modalidade Distncia, de forma a promover a melhoria da qualidade da Educao Bsica destinada s crianas, jovens e adolescentes que vivem em situao de pobreza ou de extrema pobreza.Acredita-se que a formao continuada destinada aos professores e profissionais que esto envolvidos com polticas sociais voltadas para o atendimento de crianas, adolescentes e jovens em situao de pobreza e extrema pobreza, quando acontece articulada reflexo crtica acerca das vivncias desses sujeitos tem o potencial de transformar o olhar e as aes educativas desenvolvidas nos contextos escolares e no escolares. Alm disso, esse curso pode favorecer a radicalizao tambm do olhar das instituies formadoras dos (as) profissionais que atuam diretamente no atendimento de crianas, adolescentes e jovens em situao de pobreza e de pobreza extrema.O curso de Especializao em Educao, Pobreza e Desigualdade Social em proposio na modalidade Distncia, integrado a um conjunto de aes formativas de cunho presencial e distncia, pretende promover cada vez mais a democratizao do acesso a aes formativas que contribuiro para melhoria da qualidade da educao, em termos materiais e humanos. Esta modalidade de educao possibilita uma maior flexibilidade na organizao e no desenvolvimento dos estudos, fortalecendo a autonomia intelectual no processo formativo; acesso s novas tecnologias da informao e comunicao; interiorizao da formao continuada, uma vez que, possibilita o acesso de profissionais que atuam em locais distantes dos centros urbanos; reduo de custos de formao continuada por se verificar a impossibilidade de oferta de cursos presenciais; alm da ampliao de infraestrutura adequada nas universidades pblicas.So aes deste programa:

(a) Curso de Especializao em Educao, Pobreza e Desigualdade Social (465h) Esse processo formativo distncia insere-se no contexto da Poltica Nacional de Formao dos Profissionais do Magistrio da Educao Bsica e da Rede Nacional de Formao Continuada dos Profissionais do Magistrio da Educao Bsica Pblica (institudas pelo Decreto n 6.755, de 29 de janeiro de 2009 e pela Portaria Ministerial n 1.328, de 23 de setembro de 2011). O Curso de Especializao em Educao, Pobreza e Desigualdade Social tem como centralidade a formao continuada de profissionais da Educao Bsica e/ou de outros profissionais envolvidos com polticas sociais que estabelecem relaes com a educao de crianas, adolescentes e jovens que vivem em circunstncias de pobreza ou extrema pobreza. A relao entre educao, escola, polticas educacionais, formao docente, currculos, teorias pedaggicas e o direito do ser humano de aprender e se desenvolver de forma justa tem estado, em certa medida, ausente nas polticas e no pensamento educacional, bem como na formao de profissionais da Educao Bsica e de outros profissionais envolvidos com polticas sociais que estabelecem relaes com a educao em contextos empobrecidos. Em face dessa realidade, muitas crianas, jovens e adolescentes que vivem em situao de pobreza e extrema pobreza, no encontram na escola as condies de desenvolvimento de suas potencialidades, tendo em vista, que a condio social desses sujeitos sempre vista como empecilho para seu pleno desenvolvimento social, cultural e histrico. Para transformar tal realidade, este curso tem a finalidade de colaborar com a formao de profissionais da Educao Bsica e de outros profissionais envolvidos com polticas sociais referentes aos processos de educao envolvendo sujeitos que vivenciam a experincia de pobreza ou de extrema pobreza. Para isso, prope como meio de desenvolvimento dos profissionais da Educao Bsica e de outros profissionais envolvidos com polticas sociais o debate, a reflexo e o desenvolvimento de aes concretas em contextos educativos que elevem as possibilidades de crianas, jovens e adolescentes que vivenciam contexto de pobreza e extrema pobreza, em avanarem na produo das condies que precisam ser criadas em contextos educativos para que esses sujeitos encontrem as condies de desenvolvimento social cultural e humano, enfim, histrico. (b) O programa pretende promover a prxis em torno de princpios poltico-tico-emancipatrios assentados no direito vida, igualdade e diversidade alm da dimenso de formao continuada tem-se apoio pesquisa e produo de conhecimento.

Pesquisa: A pesquisa financiada no conjunto de aes do Programa Nacional Educao, Pobreza e Desigualdade Social, tem como objetivo investigar com vistas a anlise do contexto escolar, em suas diferentes dimenses (polticas, pedaggicas, gesto, famlia), sobre as vivncias dos sujeitos em circunstncias de pobreza e de extrema pobreza. A proposta que haja articulao entre ensino, pesquisa e extenso no contexto universitrio e que seja constitudo ncleo de estudo e pesquisa na instituio, sobre a temtica das relaes entre educao, pobreza e desigualdade social. Pretende-se a aproximao dos estudos tericos aos contextos sociais empobrecidos, o que constituir uma oportunidade de reeducar e radicalizar o olhar tambm das instituies formadoras dos/as profissionais sobre as crianas, adolescentes e jovens em situao de pobreza e de pobreza extrema. A reflexo sobre essas questes devem enriquecer a formao de profissionais e alicerar o princpio bsico em que se ancoram as prticas na universidade: a indissociabilidade entre a trade ensino, pesquisa e extenso. O retrato gerado a partir da pesquisa permitir identificar avanos e desafios dos sistemas educacionais no trato com crianas e jovens em situao de pobreza e de extrema pobreza.

Com a criao dos ncleos de pesquisa e os resultados decorrentes destas aes que esto previstos na planilha de apoio ao Programa Nacional educao, Pobreza e desigualdade Social devero ser liberados recursos e espao publico (observatrio) posteriormente pelo MEC/SECADI, para publicaes e organizaes de eventos, visando divulgar e disseminar amplamente o conhecimento produzido durante o perodo de execuo do curso.3 HISTRICO DA INSTITUIO A Universidade Federal do Piau foi instituda sob a forma de Fundao, por meio da Lei Federal N 5.528, de 12 de novembro de 1968, publicada no Dirio Oficial da Unio em 14 de novembro de 1968. Originou-se da juno de algumas faculdades isoladas at ento existentes no Piau: Faculdade de Direito do Piau, Faculdade de Medicina do Piau, Faculdade Catlica de Filosofia do Piau, Faculdade de Enfermagem e Odontologia do Piau, todas localizadas em Teresina, e Faculdade de Administrao do Piau, localizada em Parnaba.

Aps a superao das exigncias legais para a implantao da UFPI, sua instalao se consolidou em 1 de maro de 1971, em solenidade pblica e a partir de ento comearam, de fato, as atividades acadmico-administrativas de uma Instituio de Educao Superior da maior significncia para o desenvolvimento social, econmico, poltico e cultural do Estado do Piau.

De 1971 a 2005, a UFPI trabalhou apenas com ensino presencial, porm em 2006, conforme previa o PDI 2005-2009, aps concorrer Chamada Pblica do Edital n. 01 de 20 de dezembro de 2005 houve o credenciamento para ensino distncia e criao do Centro de Educao Distncia (CEAD), passando a funcionar com os seguintes objetivos: oferecer educao gratuita e de qualidade populao piauiense, em seu respectivo domiclio; criar cursos que atendam s necessidades socioeconmicas de cada regio; administrar as atividades tcnicas e administrativas junto s devidas coordenaes responsveis pelo funcionamento do CEAD. A adeso da UFPI ao ensino distancia nasce do comprometimento com a democratizao do saber, meta alcanada pela oferta de cursos e atividades de ensino que possam ser oferecidos a um contingente de indivduos que no tm acesso aos cursos presenciais da Universidade. Como forma de alcanar este objetivo, a UFPI props, no seu PDI anterior, um investimento significativo na modalidade Ensino a Distncia, representando um compromisso assumido por todos que compem essa instituio de ensino superior. Para o funcionamento das atividades de ensino utilizado o apoio dos Plos de Apoio Presencial, que so espaos fsicos mantidos pelos municpios ou Governo do Estado que oferecem infra-estrutura fsica, tecnolgica e pedaggica para o acompanhamento dos cursos pelos alunos. Ainda em 2009, a UFPI tambm aderiu ao Programa Nacional de Administrao Pblica (PNAP), em edital lanado pela UAB no referido ano, para a oferta do Curso de Bacharelado em Administrao Pblica e das Especializaes em Gesto Pblica, Gesto Pblica Municipal e Gesto em Sade. Desde 2010 a UFPI oferece cursos de especializao na modalidade distancia em Coordenao pedaggica e Gesto educacional, ambos desenvolvidos no mbito estadual visando a melhoria da qualidade da Educao bsica.Esse conjunto de aes desenvolvidas na UFPI relacionadas formao continuada reflete o consenso entre os educadores que reconhecem importncia dos cursos de formao profissional, principalmente, como instrumento permanente de melhoria da qualidade do ensino. Esta atitude de criao de uma cultura institucional de formao continuada predispe o sistema a perceber a continuidade da formao como um processo necessrio, contnuo de aperfeioamento acadmico e importante elemento para o planejamento na gesto institucional. A formao continuada dos profissionais de educao bsica representa, portanto uma possibilidade concreta de elevao da qualidade do ensino pblico oferecido s comunidades, sobretudo, s comunidades carentes que demandam mais ateno do poder pblico. Para concretizar esse objetivo, a Universidade Federal do Piau, em parceria com outras instituies, no contexto do Programa Nacional Educao, Pobreza e Desigualdade Social, assume o compromisso de planejar e desenvolver o Curso de Especializao em Educao, Pobreza e Desigualdade social, ofertado na modalidade distncia, destinado formao continuada de professores e demais profissionais envolvidos com a educao de crianas, jovens e adolescentes em situao de pobreza e extrema pobreza.4 CONCEPO DO PROGRAMAO Programa Nacional Educao, Pobreza e Desigualdade Social parte da constatao da persistente existncia da pobreza no Pas, que afeta, ao longo de nossa histria, crianas, adolescentes, jovens e adultos, apesar do registro de avanos importantes nas ltimas dcadas. De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domiclios (PNAD 2012), em 1992, a populao pobre ou extremamente pobre totalizava 45,12% da populao. Em 2012, o percentual, segundo a pesquisa, era de 12,09%, totalizando aproximadamente 22.230.000 pessoas em situao de pobreza ou pobreza extrema, nmero ainda muito elevado e significativo. Trata-se do reconhecimento de que a pobreza no deixa de existir no momento em que esses sujeitos entram na escola. Ao contrrio, os efeitos de tal fenmeno social manifestam-se de maneira contundente nos espaos de educao. Esse Programa trata, portanto, das relaes entre educao, pobreza e desigualdade social e tem como objetivo promover, em contexto de formao continuada, reflexes e discusses sobre as vivncias dos sujeitos em circunstncias de pobreza e de extrema pobreza, em relaes sociais e polticas injustas.Confrontar essas vivncias com as vises predominantes nas polticas educacionais, na gesto da educao e no contexto escolar da educao bsica um dos principais desafios do Programa Nacional Educao, Pobreza e Desigualdade Social. Esse Programa pretende promover a prxis em torno de princpios poltico-tico-emancipatrios assentados no direito vida, igualdade e diversidade, organizando-se em torno de trs dimenses, as quais sero detalhadas a seguir:a) Formao continuada: essa dimenso tem como objetivo formar, em nvel de especializao e extenso universitria, profissionais que atuam na educao bsica e/ou em polticas sociais que estabelecem relaes entre educao, pobreza e desigualdade social em seus aspectos polticos, sociais e ticos que visam transformao da realidade escolar e social. importante que a formao continuada, no mbito do Programa Nacional Educao, Pobreza e Desigualdade Social, esteja associada a debates e reflexes na formao inicial, sobretudo, nos cursos de Licenciatura e Pedagogia, principalmente a partir da relao entre esse Programa e outros implementados pelo MEC (PIBID, PARFOR, Universidade Aberta do Brasil (UAB), entre outros) ou pelas prprias IFES. Esse Programa ter incio com o Curso de Especializao em Educao, Pobreza e Desigualdade Social (360h), ofertado nacionalmente a partir de um Projeto Poltico Pedaggico (PPP) e de um material pedaggico-didtico previamente elaborado pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), com a participao de especialistas das reas de estudo e pesquisa de diferentes instituies universitrias e disponibilizado pela SECADI/MEC. Alm disso, o Programa apoiar Instituies Federais de Ensino Superior (IFES) no desenvolvimento e na oferta de cursos de extenso universitria a serem definidos localmente, considerando as necessidades dos(as) profissionais da educao bsica e/ou daqueles envolvidos com polticas sociais que estabelecem relaes com a educao de crianas, adolescentes e jovens que vivem em circunstncias de pobreza ou extrema pobreza. Os cursos de extenso devero tratar de temticas especficas ligadas s relaes entre educao, pobreza e desigualdade social, tais como: trabalho infantil, Violncia Escolar, Abuso Sexual, Uso de Drogas, Gravidez na Adolescncia, Estatuto da Criana e do Adolescente (ECA), etc.; b) Apoio pesquisa acadmica em educao, pobreza e desigualdade social: o apoio pesquisa acadmica, no mbito desse Programa, tem como finalidade a induo da articulao entre ensino, pesquisa e extenso no contexto universitrio, de forma que, luz do objeto da formao continuada, as IFES constituam ncleos de estudo e pesquisa sobre a temtica das relaes entre educao, pobreza e desigualdade social, conforme disposto na Lei n. 13.005/2014, de 25 de junho de 2014, que aprova o Plano Nacional de Educao (PNE). Pretende-se a aproximao dos estudos tericos aos contextos sociais empobrecidos, o que constituir uma oportunidade de reeducar e radicalizar o olhar tambm das instituies formadoras dos(as) profissionais sobre as crianas, adolescentes e jovens em situao de pobreza e de pobreza extrema. Cada IFES desenvolver um projeto de pesquisa, de acordo com as diretrizes definidas pela SECADI/MEC, que articule reflexes tericas aos contextos escolares e sociais empobrecidos, sinalizando perspectivas de enfrentamento e alterao das circunstncias de pobreza e de extrema pobreza. Deve ter como centralidade a ampliao e aprofundamento do conhecimento da realidade no que se refere: a) ao perfil do alunado, do corpo dos profissionais da educao bsica e das famlias que compem a comunidade escolar de escolas em contextos empobrecidos e suas trajetrias; b) s prticas pedaggicas e sua relao com os contextos empobrecidos; c) s condies materiais e humanas das escolas e seu lugar em contextos empobrecidos; d) s relaes entre dimenso do corpo docente, do corpo tcnico e do corpo discente; e) infraestrutura das escolas em contextos empobrecidos; f) aos recursos pedaggicos disponveis; g) aos processos de gesto, entre outros relevantes. Esse projeto dever se desenvolver por meio de uma pesquisa nacional e interinstitucional. Ter apoio financeiro para sua realizao e sero disponibilizadas bolsas de estudo e pesquisa para dois(duas) professores(as) pesquisadores(as);c) Apoio difuso do conhecimento: essa dimenso trata do apoio difuso do conhecimento, que inicialmente se materializar pelo apoio publicao, em formato de livros impressos e digitais, de Trabalhos de Concluso de Curso elaborados pelos(as) cursistas e sistematizao da pesquisa realizada pelas IFES, o que articula ensino, pesquisa e extenso.Em outras etapas podero ser apoiados seminrios, congressos, colquios ou outros, desde que tratem das relaes entre educao, pobreza e desigualdade social. A Figura 1 ilustra a dinmica do Programa.Figura 1 Dinmica do Programa Nacional Educao, Pobreza e Desigualdade Social

Fonte: Elaborada pelos autores (2014).

importante destacar que as trs dimenses citadas constituem-se em um processo de retroalimentao continuado e articulado, ou seja:

a) As IFES contribuem para a formao continuada de profissionais da educao bsica e/ou de envolvidos com polticas sociais que estabelecem relaes com a educao, iniciando com o Curso de Especializao em Educao, Pobreza e Desigualdade Social. Ao mesmo tempo, espera-se que a oferta do curso, acompanhada pelo apoio pesquisa, contribua para a consolidao do debate na IFES sobre educao e pobreza;b) O objeto da formao continuada, ou seja, as relaes entre educao, pobreza e desigualdade social, passa a ser objeto de pesquisa das IFES, a partir de contextos locais empobrecidos;c) A partir da formao e da pesquisa, produz-se conhecimento que se materializa em publicaes que passam a ser objeto da formao continuada. Novos cursos podem ser (re)pensados pelas IFES a partir de suas realidades locais e pesquisas realizadas. So aprofundadas e ampliadas as perspectivas de pesquisa, produzindo novos conhecimentos.Constitui-se, assim, um ciclo de retroalimentao permanente que contribuir tanto para a formao continuada de profissionais da educao bsica e/ou profissionais envolvidos com polticas sociais que estabelecem relaes com a educao em contextos empobrecidos quanto para a pesquisa e sua divulgao, produzindo material de estudo para a ampliao de cursos existentes e elaborao de novos cursos e/ou pesquisas. O Curso de Especializao em Educao, Pobreza e Desigualdade Social representa o primeiro passo da concretizao desse Programa.O material pedaggico-didtico, as pesquisas e os Trabalhos de Concluso de Curso (TCC) produzidos, no mbito do Programa Nacional Educao, Pobreza e Desigualdade Social, pela SECADI/MEC, pelas IFES parceiras e pelos(as) cursistas podero ser disponibilizados no Observatrio Educao, Pobreza e Desigualdade Social, a ser criado no contexto desse Programa ou podero ser disponibilizados em Observatrio da Educao j existente, a exemplo daquele desenvolvido pela Capes/MEC. Esse Observatrio disponibilizar, alm desses materiais, artigos, dissertaes de mestrado e teses de doutorado sobre o tema. Disponibilizado em portal especfico, tal Observatrio ser um espao de socializao e disseminao do conhecimento produzido sobre as relaes entre educao, pobreza e desigualdade social e poder ser utilizado por profissionais da educao bsica e do ensino superior, bem como por estudiosos(as) e pesquisadores(as) de diferentes instituies, incluindo a escola pblica em seus processos formativos continuados, por meio de grupos de estudo, reunies pedaggicas, etc.A relao entre educao, escola, polticas educacionais, formao docente, currculos, teorias pedaggicas e o primeiro direito do ser humano a um digno e justo viver tem estado, em certa medida, ausente nas polticas e no pensamento educacional, bem como na formao de profissionais da educao bsica e de outros(as) profissionais envolvidos(as) com polticas sociais que estabelecem relaes com a educao em contextos empobrecidos. Sendo assim, esse Curso de Especializao tem a finalidade de provocar o debate e a reflexo, sobretudo, no que se refere aos processos de educao envolvendo sujeitos que vivenciam a pobreza ou a extrema pobreza. A provocao para tal debate est fundamentalmente associada aos desafios postos pela quase universalizao do acesso educao bsica no Brasil nas ltimas dcadas. Segundo o Censo Demogrfico realizado em 2010 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica (IBGE), 96,7% das crianas e adolescentes entre 6 e 14 anos faixa etria correspondente ao ensino fundamental frequentaram a escola naquele ano, representando um nmero aproximado de 28,2 milhes de estudantes. Embora 3,3% de meninas e meninos ainda estejam fora da escola, inegvel o significativo avano em termos de acesso educao. Tal avano foi possvel com a implementao de polticas educacionais e polticas sociais articuladas educao, a exemplo do Programa Bolsa Famlia, com o sistema de condicionalidades educao, sade e assistncia social.

Diante de tal conjuntura, constatado o avano considervel (embora no total) do acesso educao em nvel nacional, abrem-se novos e significativos desafios. preciso que a ampliao do acesso educao seja acompanhada de um grande esforo pela melhoria da qualidade da educao, em termos materiais e humanos. Esse esforo, vale destacar, visa ao cumprimento de um dever do Estado, portanto, um direito da populao, garantido pela Constituio Federal de 1988 e pela Lei n. 13.005/2014, de 25 de junho de 2014, que aprova o Plano Nacional de Educao (PNE).

Para que esse esforo apresente resultados, necessrio o conhecimento aprofundado do lugar social de origem de crianas, adolescentes e jovens que acessaram a escola pblica nas ltimas dcadas, bem como da realidade das escolas pblicas brasileiras. com esse intuito que o Governo Federal tem coletado e sistematizado dados sobre a educao no pas. Segundo o Censo Escolar da Educao Bsica de 2013, realizado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Ansio Teixeira (INEP), havia naquele ano 41.935.061 estudantes matriculados em instituies pblicas da educao bsica no Brasil. relevante destacar que o nmero de crianas e jovens (6 a 17 anos) acompanhados(as) pelo Sistema de Acompanhamento da Frequncia Escolar de famlias participantes do Programa Bolsa Famlia (Sistema Presena) chegou marca, no mesmo ano, de 16.085.160 estudantes. Isso resulta em um percentual aproximado de 38,3% de estudantes de escolas pblicas brasileiras que, segundo os cadastros sociais, so filhos e filhas de famlias cuja renda mensal per capita menor que R$140,00.

Em estudo realizado por Soares e Souza, o processo de universalizao da educao possibilitou o acesso e a frequncia escolar de parcela da populao pobre nas escolas pblicas, mas em contrapartida, os Projetos Polticos Pedaggicos (PPP) no passaram a reconhec-los e inclui-los como sujeito de direitos pertencentes do processo ensino-aprendizagem, desconsiderando, consequentemente, o problema e as questes relativas pobreza e educao desses estudantes. Para essas autoras, h uma caracterizao da comunidade escolar sobre seus aspectos socioeconmicos, porm esse diagnstico no se traduz para aes especficas do PPP. Esses aspectos deveriam considerar, segundo Yannoulas e Duarte, a situao de pobreza dos estudantes que frequentam a escola, no apenas como um contexto que justifica a limitao dos resultados pedaggicos, mas como um elemento determinante da dinmica escolar, por ser constituinte do campo e das regras que dominam esse campo de atuao.

Nessa perspectiva, pergunta-se: que resposta a educao brasileira tem dado s vivncias da pobreza que adentram as escolas pblicas? Programas focalizados, como o Programa Bolsa Famlia, tm contribudo para a compreenso dessas vivncias? Como tratar de polticas educacionais universalizantes, por um lado, e de polticas sociais focalizadas, por outro? Colocam-se, ainda, outras questes qualitativas que indagam gestores(as) pblicos e profissionais da educao brasileira.

a) De que maneira a experincia escolar poder se tornar um tempo e um espao de digno e justo viver para essas infncias, adolescncias e juventudes condenadas a vidas precarizadas e injustas? As condies fsicas das escolas pblicas populares permitem vivncias de espaos e tempos de um justo e digno viver? As escolas conseguem colaborar com a concretizao daquilo que socialmente se define como uma vida digna e justa?b) As estruturas escolares, as lgicas classificatrias e reprovadoras, que penalizam de maneira peculiar essas infncias-adolescncias-juventudes, no reproduzem as segregaes injustas que sofrem nas relaes sociais, polticas, econmicas?c) Como formar profissionais da educao bsica e de polticas sociais que tenham conscincia dos processos de vitimao dessas infncias, adolescncias e juventudes que ocorrem na sociedade e, em certa medida, se reproduzem nas escolas? Como form-los para intervir nessas estruturas segregadoras?d) Que currculo, que conhecimentos garantiro a essas crianas, adolescentes e jovens na extrema pobreza o direito a conhecer-se nas estruturas, nos padres de poder, de trabalho, de apropriao-expropriao da vida, da renda, da terra, do teto, etc.? Que currculo, que conhecimentos lhes garantiro o direito a reconhecerem o carter racista e sexista que os inferioriza ao longo de nossa histria? Que currculo, que conhecimentos lhes garantiro seu direito a saberem de tantas resistncias e formas de preservar sua dignidade, memria, cultura e identidades positivas?Yannoulas e Duarte, em pesquisa realizada no Distrito Federal sobre a situao de pobreza em contexto escolar, afirmam que os profissionais da educao bsica, sobretudo aqueles que atuam em contextos sociais empobrecidos, demonstram dificuldades em tratar do tema, atuando por meio de interpretaes da pobreza a partir de perspectivas imprecisas, negligenciadas e, por vezes, discriminatrias. Para essas autoras, essa viso decorre, em grande medida, da ausncia de formao docente para tratar das circunstncias e vivncias da pobreza, bem como para compreender sua dinmica social e escolar.

Essa problemtica emerge sempre que so trazidas para o debate as relaes entre educao, pobreza e desigualdade social; debate esse de grande importncia, considerando a realidade atual da educao brasileira. Paradoxalmente, porm, a produo acadmica sobre o tema tem sido pouco sistemtica. Isso parte do diagnstico feito por Yannoulas, Assis e Ferreira, que se debruaram sobre a produo acadmica brasileira contempornea acerca das relaes entre educao formal e pobreza.Analisando artigos, dissertaes, teses e grupos de pesquisa, entre os anos de 1999 e 2009, com foco nas reas de educao e assistncia social, as autoras constataram, nos trabalhos coletados, uma predominncia dicotmica das abordagens sobre educao e pobreza: por um lado, a educao como mtodo para romper o crculo da pobreza (incluso social) ou modificar a situao de pobreza (mobilidade social); por outro, o sistema escolar como reprodutor de uma ordem social injusta constituda. Segundo os dados por elas levantados, poucas e recentes so as pesquisas que abordam o tema de uma perspectiva complexa, que considere as dimenses educativa, econmica, cultural e poltica das relaes entre o sistema escolar e a pobreza. Essas constataes significam que o tema da pobreza no tem sido tratado sistematicamente nas universidades brasileiras, embora existam exemplos frutferos de pesquisa. Considerando, desse modo, os desafios postos pela quase universalizao da educao bsica; pelos questionamentos referentes ao tensionamento das relaes entre educao, pobreza e desigualdade social; pela necessria e urgente formao continuada de profissionais da educao bsica; e visando fomentar o debate acadmico sobre a temtica, com vistas transformao social de contextos empobrecidos, prope-se o Curso de Especializao em Educao, Pobreza e Desigualdade Social.5 OBJETIVOS

5.1 Objetivo Geral

Formar, em nvel de especializao, na temtica da Educao, Pobreza e Desigualdade Social, profissionais da educao bsica e outros envolvidos com polticas sociais que estabelecem relaes com a educao em contextos empobrecidos. Visa-se ao desenvolvimento de prticas poltico-pedaggicas que possibilitem a transformao das condies de vivncia da pobreza e da extrema pobreza de crianas, adolescentes e jovens e, consequentemente, promovam condies objetivas que viabilizem um justo e digno viver definido socialmente.

5.2 Objetivos Especficos

Possibilitar a apropriao de conhecimentos cientficos a respeito da pobreza e das desigualdades sociais em suas relaes com questes tnicas, raciais, de gnero e de espao. Analisar a constituio dos direitos civis, polticos e sociais, caracterizados de modo amplo como direitos humanos. Relacionar os conhecimentos sobre pobreza, desigualdades sociais e direitos humanos com as polticas educacionais e outras polticas sociais voltadas para a alterao do quadro de pobreza e pobreza extrema no Brasil. Analisar o papel social da escola, seu currculo, suas prticas e as implicaes em relao manuteno ou transformao da condio de pobreza de crianas, adolescentes e jovens. Sensibilizar os(as) profissionais da educao bsica e outros(as) envolvidos(as) com polticas sociais que estabelecem relaes com a educao para a necessidade de romper com prticas escolares que reforam a condio de pobreza e reproduzem as desigualdades sociais. Promover o reconhecimento das realidades locais no que se refere s condies de pobreza e pobreza extrema e sua relao com a educao. Produzir, a partir dos Trabalhos de Concluso de Curso e de pesquisas, conhecimento a respeito da relao entre educao, pobreza e desigualdade social. Fomentar iniciativas voltadas para a alterao das condies de pobreza e pobreza extrema, especialmente a criao e o fortalecimento de redes com tal objetivo.6 SUJEITOS DA FORMAO E VAGAS Este curso direcionado aos(s) profissionais da educao bsica e a outros(as) profissionais envolvidos com polticas sociais que estabelecem relaes com a educao de crianas, adolescentes e jovens que vivem em circunstncias de pobreza ou extrema pobreza. Isso incluiprofessores(as); gestores(as) escolares, coordenadores(as) pedaggicos(as), secretrios(as); servidores(as) tcnico-administrativos(as) das Secretarias Estaduais e Municipais de Educao, o que engloba coordenadores(as) estaduais e municipais de programas sociais que atuam direta ou indiretamente na educao bsica, perfazendo um total de 400 (quatrocentos profissionais) distribudos em 08 turmas.Teremos trs (03) polos conforme orientaes de trs municpios polos por Instituio:

Polo de Teresina - para 200 alunos de forma a atender os municpios prximos capital, tais como: Teresina, Altos, Alto Long, Barro Duro, Beneditinos, Coivaras, Curralinho, Demerval Lobo, Jos de Freitas, Lagoa Alegre, Lagoa do Piau, Miguel Alves, Monsenhor Gil, Nazria, Novo Santo Antnio, Passagem Franca, Pau D'arco, Prata do Piau, Palmeirais do Piau, Unio.Polo de Floriano - com 100 vagas. Para atender os seguintes municpios: Canavieira, Flores do Piau, Floriano, Guadalupe, Itaueira, Jerumenha, Nazar do Piau, Pavussu, So Francisco do Piau, So Jos do Peixe, So Miguel do Fidalgo.

Polo de Parnaba - com 100 vagas. Para atender os seguintes municpios: Bom Princpio do Piau, Buriti dos Lopes, Cajueiro da Praia, Carabas do Piau, Caxing, Cocal dos Alves, Ilha Grande, Lus Correia, Murici dos Portelas, Parnaba, Piracuruca, So Joo da Fronteira, So Jos do Divino.6.1 REQUISITOS PARA PARTICIPAO

Ter concludo curso de graduao.

Ser professor em exerccio, de escola pblica municipal e/ou estadual de educao bsica, includo aqueles da Educao Infantil, Educao de Jovens e Adultos, de Educao Especial e de Educao Profissional.

Ter disponibilidade para dedicar-se ao curso.

Estar disposto a compartilhar o curso com o coletivo da escola.

No possuir outro curso de especializao, preferencialmente.6.2 PROCESSO SELETIVO

O processo seletivo acontecer por meio de prova escrita, anlise de currculo e entrevista de acordo com o artigo 13 da Resoluo 131/05-CEPEX. Do total de vagas ofertadas, sero destinadas 10% (dez por cento) para o corpo docente e tcnico da UFPI ou para comunidade em geral, devendo submeter-se ao processo seletivo do curso. Tero prioridade os candidatos inscritos que estiverem envolvidos no atendimento de crianas, adolescentes e jovens inseridos no programa bolsa famlia. 7 PERFIL DO SUJEITO EM FORMAOEspera-se que este curso contribua para a sensibilizao dos cursistas no que se refere s relaes entre educao, pobreza e desigualdade social, constituindo-se em uma oportunidade de reeducao e radicalizao do olhar sobre as vivncias de crianas, adolescentes e jovens em situao de pobreza e de pobreza extrema. As leituras e estudos postos por esse processo formativo tm por objetivo fomentar um conhecimento que permita que esses profissionais reconheam e valorizem seus papis polticos e sociais, no apenas no sentido estrito, mas tambm enquanto sujeitos capazes de se envolver com projetos e polticas sociais que visem transformao da realidade da pobreza e da desigualdade social.

Esse envolvimento pode permitir a formao e mobilizao de redes de trabalho cooperativo e colaborativo (intersetorializado) em torno dos desafios postos pela quase universalizao da educao bsica e pela luta em defesa da garantia da materializao de direitos sociais essenciais que possibilitem um justo e digno viver para crianas, adolescentes e jovens do nosso pas.8 PRINCPIOS ORIENTADORESEsta proposta de formao tem como perspectiva um Projeto Poltico Pedaggico (PPP) que contemple uma densa reflexo terico-prtica em torno dos seguintes princpios poltico-tico-emancipatrios:a) Direito vida: o direito fundamental, e se constitui em pr-requisito existncia e exerccio de todos os demais direitos. Direito vida consiste no s no direito de continuar vivo, mas, fundamentalmente, de ter uma vida digna, socialmente definida, como um valor intrnseco que no admite substituio;b) Direito igualdade: no se restringe ao aspecto formal, mas sua materialidade. Trata-se da garantia formal e real de todos os requisitos para a garantia da vida digna. O direito igualdade deve considerar que cada ser social tem de participar da sociedade oferecendo a esta aquilo de que capaz e recebendo dela aquilo de que necessita. A igualdade se fundamenta, portanto, na diferena; c) Direito diversidade: fundamental para a convivncia social e implica o respeito diferena e o reconhecimento da autonomia dos sujeitos. Cada ser social deve ter o direito de se expressar a partir de suas condies e escolhas, no que tange s diferenas de raa e etnia, gnero, orientao sexual, classe social, crenas e religies, sem que isso implique no tolhimento de seus demais direitos. 9 ESPECIFICIDADES DO CURSO9.1 Carga horria O Curso de Especializao em Educao, Pobreza e Desigualdade Social ter carga horria de 465h, realizadas em 18 meses de estudos. A Figura 2 mostra como as horas e os mdulos de estudos esto organizados no mbito Nacional e na Figura 3 foi feita a adaptao atendendo a realidade da Universidade Federal do Piau com respeito a crditos, carga horria e requisitos para certificao de acordo com a resoluo No. 131/2005 do CEPEX que regulamenta a Ps-graduao Lato Sensu.Figura 2 Organizao das horas e mdulos de estudos do Curso de Especializao em Educao, Pobreza e Desigualdade SocialFonte: Elaborada pelos autores (2014).Figura 3 Organizao das horas e mdulos de estudos do Curso de Especializao em Educao, Pobreza e Desigualdade Social adaptado para atender a Resoluo No. 131/2005 do CEPEX.

HORAS/AULA: 465 (trezentos e sessenta horas)

CRDITOS: 31(trinta e um)9.2 Equipe de docentes envolvidos no cursoH uma Coordenao Nacional do Curso de Especializao em Educao, Pobreza e Desigualdade Social, instalada no MEC, como tambm um grupo de trabalho tcnico pedaggico, responsvel por assessorar a Coordenao Geral de Acompanhamento da Incluso Escolar da Secretaria de Educao Continuada, Alfabetizao, Diversidade e Incluso para o acompanhamento tcnico, didtico, pedaggico do Curso nas Instituies Federais. No mbito da Universidade, haver uma coordenao administrativa, uma coordenao pedaggica, superviso do curso, dois professores pesquisadores, 6 professores formadores para acompanhamento dos mdulos, orientadores de TCC, coordenadores de polo e tutores. A equipe ser composta com cerca de 70% de docentes da Universidade Federal do Piau e at 30% de professores externos Universidade Federal do Piau. Considerando que para a orientao dos Trabalhos de Concluso de Curso -TCC ( 01 orientador para cada cinco alunos) haver necessidade de um nmero maior de professores, esse percentual poder sofrer modificaes. Os docentes envolvidos no curso de especializao devero possuir titulao mnima de mestre.Coordenao Administrativa NOME: ROSA LINA GOMES DO NASCIMENTO PEREIRA DA SILVA

TITULAO: Doutora

REA DE ATUAO: QUMICA

REGIME DE CONTRATAO: DECPF N 152 434.943-72

e-mail: [email protected]; [email protected] Profissional: Professora Associada da Universidade Federal do Piau, lotada no Departamento de Qumica, ministra aula para o curso de Qumica Licenciatura e Bacharelado. Atua na rea de meio ambiente e analtica. Foi coordenadora do curso de Licenciatura em Qumica na modalidade Distncia de 2008 a 2012. Atualmente responde pela Coordenadoria de Apoio e Assessoramento Pedaggico da Pr-Reitoria de Ensino de Graduao. Coordenao PedaggicaNOME: ELIANA DE SOUSA ALENCAR MARQUES

TITULAO: Doutora

REA DE ATUAO: EDUCAOREGIME DE CONTRATAO: DE

CPF N 516 911 753-15

e-mail: [email protected] Experincia Profissional: Professora do Curso de Pedagogia. Foi coordenadora do Curso de Pedagogia no binio 2010-2012. Atuou como coordenadora do PIBID na rea de Pedagogia/campus Teresina, no perodo de 2010-2013. Integra o Ncleo de Pesquisas em Psicologia e Educao NEPPED/UFPI.

Superviso do CursoNOME: MARIA DO SOCORRO LEAL LOPES

TITULAO: Doutora

REA DE ATUAO: EDUCAO

REGIME DE CONTRATAO: DE

CPF N 066 902 893-20

e-mail: [email protected]

Experincia Profissional - Doutora em Educao pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (2011) e professora Adjunta da Universidade Federal do Piau. Tem experincia na rea de Educao Infantil, Ensino Fundamental, Ensino mdio, Educao de Jovens e Adultos e Superior, com nfase em Ensino e Gesto Pedaggica, atuando principalmente nos seguintes temas: formao de professor: inicial e contnua, currculo, Estgio Curricular e Prtica docente. Atualmente Pr-reitora de Ensino de Graduao da UFPI.Professor pesquisador NOME: JOSLIA SARAIVA E SILVA

REA DE ATUAO: EDUCAO

REGIME DE CONTRATAO: DE

CPF N 372 546 693-91

e-mail: [email protected] profissional: Doutorado em Educao pela Universidade Federal do Rio grande do Norte. Professora Adjunta II no Departamento de Mtodos e Tcnicas de Ensino da Universidade Federal do Piau. Atua no Programa de Ps-Graduao em Geografia ( Mestrado) da UFPI, na qualidade de docente e coordenadora adjunta do programa.

Professor Pesquisador NOME: HILDA MARIA MARTINS BANDEIRATITULAO: Doutora

REA DE ATUAO: EDUCAO

REGIME DE CONTRATAO: DE

CPF N 348 142 803-00

e-mail: [email protected] Profissional: Doutorado em Educao pela Universidade Federal do Piau. Professora Assistente DE da Universidade Federal do Piau, Centro de Cincias da Educao do Departamento de Mtodo e Tcnicas de Ensino na rea de didtica, teoria do currculo e sociedade e prtica de ensino. Possui experincia na rea de educao bsica e superior. Estuda temas focalizando, principalmente: formao de professores iniciantes, necessidades formativas, didtica, prtica pedaggica, dirios da prtica docente, reflexo crtica, prxis e educao para o trnsito. Desenvolve estudos e pesquisas com base no Materialismo Histrico Dialtico e da Pesquisa Colaborativa e Pesquisa-ao.Professores Formadoresa). NOME: CRISTIANE DE SOUSA MOURA TEIXEIRA - MDULO ITITULAO: DoutorandaREA DE ATUAO: EDUCAO

REGIME DE CONTRATAO: DE

CPF N 940 305 683-72

e-mail: [email protected]

b) NOME: CARLA ANDRA SILVA - MDULO IITITULAO: DoutoraREA DE ATUAO: EDUCAO

CPF N 934 996 983-15

e-mail: [email protected]) NOME: NORMA PATRICYA LOPES SOARES - MDULO IIITITULAO: Doutora

REA DE ATUAO: EDUCAO

REGIME DE CONTRATAO: DE

CPF N 429 033 783-04

e-mail: [email protected]: Jane Bezerra de Sousa- MDULO IVTITULAO: Doutora

REA DE ATUAO: EDUCAO

REGIME DE CONTRATAO: DE

CPF N 395.878.003-20

e-mail: [email protected] DOCENTES / MDULOSProfessoresModulo CPFSIAPETITULAOE-MAILIES

Eliana de Sousa Alencar MarquesCOORDENAO- AULA [email protected]

[email protected]

Rosa Lina Gomes do Nascimento Pereira da SilvaCOORDENAO-AULA [email protected]

Cristiane de Sousa Moura Teixeira

MODULO I940305 683-72

[email protected]

UFPI

Carla Andra Silva

MODULO II934996 983-15

[email protected]

FAP-TERESINA

Norma Patricya Lopes SoaresMODULO [email protected]

UFPI

Jane Bezerra de SousaMODULO [email protected]

Eliana de Sousa Alencar MarquesCOORDENAO-AULA DE [email protected]

[email protected]

Rosa Lina Gomes do Nascimento Pereira da SilvaCOORDENAO-AULA DE ENCERRAMENTO152434943-720423387DOUTORArosalina@ufpi.edu.com.brUFPI

Maria do Socorro Leal Lopes

SUPERVISO066902893-20

[email protected]

UFPI

Joslia Saraiva e Silva

PROFESSORA PESQUISADORA372 546 693-91

[email protected]

UFPI

Hilda Maria Martins Bandeira

PROFESSORA PESQUISADORA348142803-00

[email protected]

9.3 Periodicidade do curso

PERODO: setembro/2014 a agosto de 2016O Curso de Especializao em Educao, Pobreza e Desigualdade Social, ora proposto ser de 465 h/a. Este curso ter incio com aula inaugural em dezembro de 2014 e inicio do mdulos em janeiro de 2015.O polo estar aberto durante a semana para atendimento aos alunos, devendo o aluno ser acompanhado pelo tutor, procurando agendar horrio para uso do computador, devendo ter disponvel pelo menos 10 horas semanais para dedicao as atividades do curso.CRONOGRAMA DE ATIVIDADES E SUBATIVIDADES DO PROJETOATIVIDADES / SUBATIVIDADESPERODO DE EXECUO

1. Planejamento

1.1. Tramitao e aprovao do projeto do cursoAgosto /setembro2014

1.2. Definio da Coordenao Geral, Equipe Tcnica Pedaggica, Administrativa e TecnolgicaAgosto /setembro2014

2. Preparao

2.1. Processo seletivoOutubro de 2014

2.2. Perodo de matrcula do cursoNovembro/2014

3. Desenvolvimento

3.1. Solenidade de aberturaDezembro de 2014

3.2. Desenvolvimento do CursoJaneiro /2015 a agosto de 2016

3.2.1. Desenvolvimento das salas ambientesJaneiro de 2015 a janeiro de 2016

3.2.2. Encontros presenciais36h 09 encontros

3.2.3. Construo do TCCAo longo do curso e de forma centrada nos ltimos 6 meses do curso de especializao

3.3. Relatrio parcial do cursoSemestral

3.4. Solenidade de encerramentojulho de 2016

3.5. Relatrio final do cursoAgosto de 2016

10 ORGANIZAO CURRICULAR E METODOLGICAPrope-se um currculo que: a) contemple o desenvolvimento de reflexes (contedos) que partam dos saberes dos(as) envolvidos(as); b) provoque, metodologicamente, estratgias pedaggicas para que sejam informados os saberes que se deseja ampliar; c) proporcione mediaes tericas (com o material pedaggico-didtico e com as docncias); e d) afete os(as) cursistas a ponto de ocasionar modificaes das prticas poltico-pedaggicas no contexto educacional.O Curso de Especializao em Educao, Pobreza e Desigualdade Social (465h) est organizado em torno de cinco mdulos temticos, os quais contemplam atividades de reflexo e prtica; uma Atividade de Estudo e Pesquisa, desenvolvida ao longo de quatro mdulos e denominada Reflexo sobre a realidade; e elaborao de um memorial ao final de cada um dos mdulos, os quais so apresentados a seguir.10.1 Mdulos temticos A) INTRODUO EAD Carga horria: 15hEmentaApresentao da plataforma MOODLE, preparao do aluno para o estudo na modalidade distancia. Fatores que favorecem a concentrao: hbito, interesse, relaxamento, emoo. Recursos mnemnicos na aprendizagem. Planejamento, cronograma e rotinas de estudos.

Objetivo geral

Proporcionar fundamentos tericos bsicos de Educao a Distancia aos cursistas, para aprofundamento de seus conhecimentos acadmicos e profissionais.

Objetivos especficos

Discutir elementos conceituais sobre EaD para os cursistas; e enumerar, as suas principais caractersticas;

Analisar e identificar as principais ferramentas da plataforma MOODLE como apoio a educao a distncia;

Conhecer e aplicar as ferramentas da internet no uso das tecnologias na EaD.

Contextualizar o curso na modalidade de Educao a Distncia (EaD).

Usar a Internet como ferramenta de trabalho e em Ambientes Virtuais de Educao como: estudo do Modular Object-Oriented Dynamic Learning Environment (MOODLE).Contedo programtico

Contextualizando um Curso na modalidade de Educao a Distncia (EAD): EAD - conceituao, situao e tendncias e processo metodolgicos.

Fundamentos epistemolgicos e pedaggicos da EAD, modelos e processos de aprendizagem, dispositivos tecnolgicos utilizados na EAD.

A internet como ferramenta de trabalho: TIC, a internet e o processo de aprendizagem em cursos a distancia

Ambientes Virtuais de Educao: estudo do Modular Object -Oriented Dynamic Learning Environment (MOODLE)- ambientes virtuais, o MOODLE - dispositivos e funcionalidades.REFERNCIASALVES, Lynn; NOVA, Cristiane. Educao a distncia: limites e possibilidades. In: Educao a distncia: uma nova concepo de aprendizagem e interatividade. So Paulo: Futura, 2003.

ALVES, Joo Roberto Moreira. A nova regulamentao da ead no Brasil. In SILVA, Marco. (Org). Educao on-line: teorias, prticas, legislao e formao corporativa. 2. ed. So Paulo: Loyola, 2006.

PORTARIA 4.036 - 29 de dezembro de 2005. (Regulamenta o credenciamento de IES para o uso regular da EAD em seus processos).

PORTARIA n. 873 de 7 de abril de 2006. (autoriza em carter experimental a oferta de cursos de graduao a distncia nas Instituies Federais de Ensino Superior no mbito dos programas de induo de oferta pblica de cursos superiores a distncia fomentado pelo MEC.)

DECRETO 5.622 19 de dezembro de 2005 (regulamenta o artigo 80 da LDB, definindo a poltica oficial da EAD no Brasil).

BURNHAM, Teresinha Fres. A poltica de educao a distancia: entendendo o discurso oficial. In: JAMBEIRO, Othon; RAMOS, Fernando. Internet e educao a distncia. Salvador: EDUFBA, 2002.

FARIAS, Giovanni. O trip regulamentador da EAD no Brasil: LDB, portaria dos 20 % e o decreto 5.622/2005. In: SILVA, Marco. (Org.). Educao online: teorias, prticas, legislao e formao corporativa. 2. ed. So Paulo: Loyola, 2006.

GUEDES, Gildsio. Avaliao de aspectos da interface humano-computador no ambiente MicroMundos verso

2.04. In Cultura, Currculos e Identidades. Luiz Botelho Albuquerque (Org). Coleo Dilogos Intempestivos. Fortaleza-Ce. Editora: UFC, 2004a.

______, Gildsio. A semelhana entre a mediao em Vygostsky e a medio na interface humano-computador. Trabalho publicado no III Encontro de Pesquisa em Educao e II Congresso Internacional em educao. CD e Livro de Resumo: Educao - Prticas Pedaggicas e polticas de Incluso. Teresina-Pi. 2004b

LOBO NETO, Francisco Silveira. Educao a Distncia: regulamentao. Braslia: Plano, 2000.

_______. Regulamentao da educao a distncia: caminhos e descaminhos In SILVA, Marco.(Org). Educao on-line: teorias, prticas, legislao e formao corporativa. 2. ed. So Paulo: Loyola, 2006.

MORAN, Jos Manuel et al. Novas tecnologias e mediao pedaggica. Campinas, SP: Papirus, 2000. (Coleo Papirus Educao).

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BRASIL. Ministrio da Educao e Cultura LDB 9.394/2006. Braslia: MEC/SEED, Agosto/2007. Disponvel www.mec.gov.br. Acesso em 12 agos. 2014.

BRASIL. SECRETARIA ESPECIAL DE EDUCAO A DISTNCIA/SEED-MEC. Referenciais de qualidade para educao a distncia. Braslia: MEC/SEED, Agosto/2007. Disponvel em: www.mec.gov.br/seed Acesso em 20 de jul de 2014.

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MORAN, Jos M. A educao superior a distncia no Brasil. Disponvel em: . Acesso em: 2 de julho de 2014.SOARES, Kelma Jaqueline; SOUZA, Camila Rosa Fernandes. O Projeto Poltico-Pedaggico: instrumento para pensar a situao de pobreza nas escolas. (Org.). Poltica educacional e pobreza: mltiplas abordagens para uma relao multideterminada. 1ed. Braslia: Liber Livro, 2013, v. 1, p. 255-271.YANNOULAS, S. C.; DUARTE, N. S. Cotidiano escolar e situao de pobreza: cinco dinmicas ou micropolticas diferenciadas. In: YANNOULAS, S. C. (Org.). Poltica educacional e pobreza: mltiplas abordagens para uma relao multideterminada. 1. ed. Braslia: Liber Livro, 2013. v. 1. p. 235-254.Teresina, 25 de agosto de 2014

Profa. Dra. Rosa Lina Gomes do Nascimento Pereira da Silva

Coordenadora Administrativa

Curso de Especializao Educao, Pobreza e Desigualdade Social

EMBED PBrush

Considerando a renda per capita mensal inferior a R$70,00 para a extrema pobreza e inferior a R$140,00 para a pobreza. Dados da Pesquisa Nacional de Amostra de Domiclios de 2012/IBGE/IPEA. Disponvel em: http://www.ipea.gov.br/portal/images/stories/PDFs/comunicado/131001_comunicadoipea159_apresentacao.pdf

Para o recebimento do benefcio do Programa Bolsa Famlia, os sujeitos participantes se comprometem a cumprir algumas condies, cujo objetivo responsabilizar as famlias pelo compromisso assumido e o poder pblico pela oferta dos servios. Na rea da sade, as crianas menores de 7 anos devem estar com o calendrio de vacinao e o acompanhamento do seu crescimento e desenvolvimento em dia; mulheres grvidas entre 14 e 44 anos devem fazer acompanhamento pr-natal. Na rea da educao, crianas e adolescentes entre 6 e 15 anos devem ter frequncia escolar mensal de 85%, e jovens entre 16 e 17 anos, frequncia de 75%. Na rea da assistncia social, crianas e adolescentes de at 15 anos em risco ou retirados do trabalho infantil devem participar de servios socioeducativos com frequncia mensal de 85%. Fonte: Ministrio do Desenvolvimento Social e Combate Fome.

Fonte Sistema Presena/MEC. Nmero referente ao total de alunos acompanhados nos meses de outubro e novembro de 2013.

SOARES, Kelma Jaqueline; SOUZA, Camila Rosa Fernandes. O Projeto Poltico-Pedaggico: instrumento para pensar a situao de pobreza nas escolas. (Org.). Poltica educacional e pobreza: mltiplas abordagens para uma relao multideterminada. 1ed. Braslia: Liber Livro, 2013, v. 1, p. 255-271.

YANNOULAS, S. C.; DUARTE, N. S. Cotidiano escolar e situao de pobreza: cinco dinmicas ou micropolticas diferenciadas. In: YANNOULAS, S. C. (Org.). Poltica educacional e pobreza: mltiplas abordagens para uma relao multideterminada. 1. ed. Braslia: Liber Livro, 2013. v. 1. p. 235-254.

Idem.

ASSIS, S.; FERREIRA, K.; YANNOULAS, S. Educao e pobreza: limiares de um campo em (re)definio. Revista Brasileira de Educao, Rio de Janeiro, v. 17, n. 50, p. 329-351, maio/ago. 2012.

Idem, ibidem, p. 339-340.

Idem, ibidem, p. 343.

O detalhamento dos planos de cada mdulo de estudos encontra-se disponvel no apndice deste documento.

Uma linha monetria de pobreza comumente utilizada aquela definida pela Organizao das Naes Unidas (ONU) nos Objetivos de Desenvolvimento do Milnio: a pobreza extrema definida pela renda domiciliar inferior a US$1,25 por dia, e a pobreza por US$2,00 ao dia. J nos critrios de elegibilidade para acesso a programas federais de transferncia de renda, os valores so a renda inferior a R$70,00 mensais per capita para extrema pobreza, e R$140,00 mensais per capita para pobreza. (COMUNICADOS DO IPEA, n. 159, outubro de 2013).

Localmente sero definidos critrios de participao especficos, para cada oferta do respectivo Curso de Especializao, considerando as realidades e necessidades locais. Essa definio dever ser acordada entre os diferentes parceiros, quais sejam: IFES, Secretarias Estaduais, Municipais e do Distrito Federal.

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