projeto arquitetônico

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UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ DEPARTAMENTO ACADEMICO DE ENGUENHARIA CURSO DE ENGUENHARIA CIVIL CEZAR AUGUSTO TASSI DAL BEN EDER WANDER GONZAGA NEVES HENRIQUE CESCO MATHEUS YARA OMORI RODOLFO FELIPE KUSMA PATO BRANCO 2010 ABORDAGEM GERAL DO PROJETO ARQUITETÔNICO

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Page 1: Projeto arquitetônico

UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ DEPARTAMENTO ACADEMICO DE ENGUENHARIA

CURSO DE ENGUENHARIA CIVIL

CEZAR AUGUSTO TASSI DAL BEN EDER WANDER GONZAGA NEVES

HENRIQUE CESCO MATHEUS YARA OMORI

RODOLFO FELIPE KUSMA

PATO BRANCO 2010

ABORDAGEM GERAL DO PROJETO ARQUITETÔNICO

Page 2: Projeto arquitetônico

CEZAR AUGUSTO TASSI DAL BEN EDER WANDER GONZAGA NEVES

HENRIQUE CESCO MATHEUS YARA OMORI

RODOLFO FELIPE KUSMA

Trabalho apresentado ao curso de Engenharia Civil da Universidade Tecnológica Federal do Paraná, como requisito parcial para conclusão da disciplina de Introdução a Engenharia. Orientador: Prof. Dr. Rogério Carrazedo

PATO BRANCO 2010

ABORDAGEM GERAL DO PROJETO ARQUITETÔNICO

Page 3: Projeto arquitetônico

RESUMO

Este trabalho aborda o conceito geral do projeto arquitetônico, demonstrando as características comuns e essenciais referente ao desenho, simbologia usual, formato, aparência, orientação e escalonamento, buscando o reconhecimento e entendimento de cada item. Inclui também informações históricas e vocações contemporâneas da arquitetura, como a questão ambiental e de acessibilidade. Não deixa de citar a legislação essencial que norteia o profissional da área e a aplicação diferenciada do projeto apresentado ao cliente. A pesquisa apresenta conhecimentos referenciados, com função introdutória e didática, visando o compartilhamento das informações coletadas.

Palavras-chave: Projeto arquitetônico. Informações históricas. Questão ambiental. Acessibilidade. Projeto ao Cliente.

Page 4: Projeto arquitetônico

SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 5

2 O PROJETO ARQUITETÔNICO ......................................................................... 7

2.1 DEFINIÇÃO DE ARQUITETURA ..................................................................... 7

2.2 DESENVOLVIMENTO DA ARQUITETURA ..................................................... 8

2.3 parâmetros legais do projeto arquitetônico ..................................................... 11

2.3.1 Licença para Edificação .............................................................................. 12

2.3.2 Utilização de andaimes, colocação de tapumes e exigências de limpeza .. 13

2.3.3 Materiais de construção, paredes e portas ................................................. 13

2.3.4 Fachadas, balanços e toldos ...................................................................... 14

2.3.5 Numeração das edificações e elevadores .................................................. 14

2.3.6 Compartimentos: classificação e condições ............................................... 14

2.3.7 Zoneamento de uso e ocupação do solo .................................................... 17

2.4 ESTUDO DA PLANTA BAIXA ........................................................................ 18

2.5 ELEVAÇÃO ou fachada .................................................................................. 21

2.5.1 Etapas Para o desenho da elevação .......................................................... 23

2.6 Os Cortes ....................................................................................................... 24

2.7 PROJETO ENTREGUE AO CLIENTE ............................................................ 30

2.8 ACESSIBILIDADE E SUSTENTABILIDADE .................................................. 32

2.8.1 Acessibilidade ............................................................................................. 32

2.8.2 Conforto Térmico ........................................................................................ 33

2.8.3 Sustentabilidade ......................................................................................... 33

3 CONCLUSÃO .................................................................................................... 35

4 REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA ...................................................................... 36

Page 5: Projeto arquitetônico

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1 INTRODUÇÃO

Este trabalho trata do tema projeto arquitetônico. São informações que

mostram o que é necessário para efetuar o mesmo e também a história que envolve

o assunto abordado. Traz as características do projeto arquitetônico em si, no qual,

deve conter toda informação necessária para que o entendimento e a leitura do

desenho arquitetônico, sejam os mais perfeitos.

O desenho de arquitetura, manifesta-se como um conjunto de símbolos

que expressam uma linguagem, estabelecida entre o emissor (o desenhista ou

projetista) e o receptor (o leitor do projeto). É através dele que o arquiteto transmite

as suas intenções arquitetônicas e construtivas.

O projeto arquitetônico é composto por diversos documentos, entre

eles as plantas, os cortes e as elevações ou fachadas. Neles encontram-se as

informações sob forma de desenhos, que são fundamentais para a perfeita

compreensão de um volume criado com suas compartimentações. Nas plantas,

visualiza-se o que acontece nos planos horizontais, enquanto nos cortes e

elevações o que acontece nos planos verticais. Assim, a partir do cruzamento das

informações contidas nesses documentos, o volume poderá ser construído. Para

isso, devem ser indicadas todas as dimensões, designações, áreas, pés direitos,

níveis etc. As linhas devem estar bem diferenciadas, em função de suas

propriedades (linhas em corte ou vista) e os textos claros e corretos.

Passando pela história da arquitetura, desde seus primórdios, até a

Arquitetura Contemporânea. A arquitetura como atividade humana existe desde que

o homem passou a se abrigar das intempéries. Uma definição mais precisa da área

envolve todo o projeto do ambiente construído pelo homem, o que engloba desde o

desenho de mobiliário até o desenho da paisagem, da cidade, ou seja, planejamento

e urbanismo e da região (planejamento regional ou Ordenamento do território).

Neste percurso, o trabalho de arquitetura passa necessariamente pelo desenho

de edificações (considerada a atividade mais comum do arquiteto),

como prédios, casas, igrejas, palácios, entre outros edifícios.

Os detalhes da lei que devem ser cumpridos para que o projeto tenha

seu andamento também estão presentes nesta pesquisa. Nesta parte de lei

apresenta-se o código de Obras do município de Pato Branco.

Seguindo, planta baixa, corte e elevação incluem-se no desenho

Page 6: Projeto arquitetônico

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arquitetônico, na planta. Cada elemento com suas maneiras de serem feitas, suas

regras e demais observações seguidas de exemplos gráficos.

No fim, há uma breve citação da acessibilidade, sendo obrigatória na

Arquitetura, não só por seguir um padrão, mas também por respeito a quem

necessita dessa atenção.

Page 7: Projeto arquitetônico

7

2 O PROJETO ARQUITETÔNICO

O projeto arquitetônico deve ser composto por informações gráficas,

plantas, cortes, desenhos técnicos, sistemas construtivos e entre outros, sempre

visando o completo entendimento do projeto. O desenho arquitetônico usa um

conjunto de símbolos que formam uma comunicação entre o projetista e o cliente, é

através do projeto que o arquiteto transmite as suas intenções em relação a obra,

sempre evidenciando a sua preocupação com a ambientação da edificação,

podendo ou não levar em conta aspectos históricos ou modernos.

O projeto arquitetônico é um conjunto de diversos os documentos,

entre eles estão às plantas, os cortes e elevações. Nas plantas, é desenhado o que

acontece no plano horizontal, enquanto que nos cortes, se retrata o que ocorre nos

planos verticais. Portanto, cruzando as informações o volume poderá ser construído.

Para isso, devem ser indicadas todas as dimensões, sempre bem claras afim de não

ocorrer problemas ao decorrer do projeto.

Plantas baixas, cortes, elevações ou facadas, planta de cobertura,

planta de localização e situação, são os desenhos básicos para um projeto a partir

de projeções ortogonais.

2.1 DEFINIÇÃO DE ARQUITETURA

“A arquitetura é uma ciência e uma arte surgindo de muitas outras”,

palavras de Marco Vitrúvio Polião, o primeiro a dar uma definição sobre a

arquitetura, em meados de 25 a.C.

Arquitetura vem do grego: arché(principal), e tékton (construção), e se

refere a técnica de projetar e edificar ambientes que serão ocupados pelo ser

humano, trata mais especificamente sobre a organização do espaço e seus

elementos, por exemplo: organização e estética. Envolve o design e engloba desde

o desenho de mobiliário até o desenho da paisagem, cidade ou região.

Um dos principais processos da arquitetura é o desenho das

edificações, como prédios, casas e igrejas.

Page 8: Projeto arquitetônico

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2.2 DESENVOLVIMENTO DA ARQUITETURA

A arquitetura teve seu desenvolvimento lento e progressivo, de acordo

com condições sócias e políticas das regiões. Essa dificuldade de evolução se deve

por diversos fatores, dentre eles o principal talvez seja a não-evolução dos matérias

de construção, que durantes séculos foi basicamente pedra, tijolo e cal.

Na antiguidade, o homem baseava sua vida em torno de diversos

deuses, sempre subordinado ao poder divino, portanto os principais monumentos

arquitetônicos da época eram baseados nessas figuras místicas, sendo os principais

edifícios das cidades os palácios e templos, na maioria das vezes sagrados. Os

elementos da arquitetura antiga resumem-se em paredes, colunas e coberturas, ou

seja, elementos pesados que deixavam a obra pesada. Cúpulas e abobadas são as

grandes descobertas e feitos da época. A Arquitetura egípcia e persa, são os

principais exemplos desse caso.

Figura 1 - Arquitetura antiga grega Fonte:http://www.saberweb.com.br/grecia/arquitetura_da_grecia_antiga/images/arquitetura-da-grecia-antig.jpg

Logicamente com o tempo, as edificações tenderam a evoluir, mas

ainda sem sair do caráter divino. Na Idade Média, as construções eram

concentradas em catedrais da Igreja Católica, que detinha o poder político da época.

Page 9: Projeto arquitetônico

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Durante o período Medieval, não tinha a figura do arquiteto, ao invés disso, haviam

dezenas de mestre-de-obras que praticamente fazia o trabalho arquitetônico, eles

desenhavam e executavam as obras da época.

Figura 2 - Cúpula de igreja, arquitetura moderna. Fonte:http://www.laderzi.com/france/invalides4_cupula.jpg

O arquiteto tinha que ser uma figura intuitiva, fazendo seus trabalhos

seguindo a religião ou crença da época. Com a descentralização do poder da Igreja

Católica, houve um grande avanço pela liberdade da pesquisa cientifica, que

possibilitou a descoberta de antigos tratados arquitetônicos romanos, que passaram

a influenciar a nova arquitetura, era um processo Homem cientifico. O

Renascentismo veio com essa idéia, juntamente com obras que mesclavam a

ciência com a arte, mostrando uma área fértil para a evolução da arquitetura, que na

época se mostrava muito clássica.

Page 10: Projeto arquitetônico

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A perspectiva foi uma grande ‘descoberta’ para o mundo da arquitetura,

juntando a idéia do infinito com a manipulação ponto de fuga, gerou uma concepção

espacial nova, consequentemente, o entendimento do espaço melhorou a partir do

desenho, que se tornou o principal meio de projetação, e a concepção espacial de

edifícios começou a se aprimorar. Destaca-se no aspecto renascentista

Michelangelo.

Com a Revolução Industrial em meados do séc. XVIII surgem novos

materiais de construção, possibilitando estruturas mais ousadas, leveza, flexibilidade

e transparência foram os pontos característicos que a Revolução trouxe ao mundo

moderno.

O interesse pela cultura popular começou a formular um novo tipo de

arquitetura, a pós-moderna (atualmente), mesmo contra as criticas, o movimento

ganhou forças, sobretudo com as ironias em algumas obras, fazendo uma analogia

a mesmice durante séculos, enquanto outros artistas enfeitavam suas obras com

uma verdadeira explosão de cores e design novos. As construções da época eram

destinadas a centros comerciais e corporativas.

Nos dias atuais, a arquitetura não conhece limites, não tem regras que

precisam ser seguidas na hora de criar, a imaginação corre solta, e não há limites

para os arquitetos, seja no topo do céu ou embaixo da terra, eles sempre dão um

jeito de surpreender. Hoje em dia, o arquiteto tem que ser um especialista, sabendo

suprir qualquer demanda e sempre com qualidade, tem que ser um verdadeiro

artista!

Figura 3 - Evolução dos maiores prédios durante a história Fonte:http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/8/8b/BurjDubaiHeight.png/500px-BurjDubaiHeight.png

Page 11: Projeto arquitetônico

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Figura 4 - Arquitetura contemporânea Fonte:http://www.ignezferraz.com.br/img/dicas/arq-exp_gehry_2.jpg

Figura 5 - Obra de Oscar Niemeyer, o maior arquiteto brasileiro. Fonte:http://stb.msn.com/i/F5/777F172FC7FB826685813833468B9.jpg

2.3 PARÂMETROS LEGAIS DO PROJETO ARQUITETÔNICO

Dentro dos limites de um Município, existem leis que regem as normas

para qualquer obra realizada dentro dele. São exigências variáveis de cada

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Município, que tem por fim organizar e regular o crescimento urbano e determinar

como deve ser o uso do solo nas diversas regiões da cidade, garantindo que as

obras não prejudiquem o meio ambiente ou afetem a iluminação e ventilação natural.

Além disso, estabelece medidas de segurança, acessibilidade e adequação aos

locais onde serão realizadas edificações, para que o processo não interfira no bem-

estar da população. Para tudo isso que foi citado, há o Código de Obras do

Município, e, para esse trabalho, trataremos do Município de Pato Branco.

2.3.1 Licença para Edificação

De acordo com o Código de Obras, nenhuma construção pode ser feita

dentro dos perímetros da cidade sem que seja fornecido o alvará de construção para

a mesma, que será fornecido pela Prefeitura Municipal após:

I – ser feito o requerimento da licença sendo assinado pelo profissional

responsável;

II – o pagamento das taxas referentes à obra;

III – serem entregues os projetos e especificações técnicas da obra;

IV – estar em dia com a Fazenda Municipal.

Para a aprovação dos projetos será necessária a consulta à Prefeitura

do Município pela viabilidade para o desenvolvimento do mesmo, provando a posse

do terreno ou autorização do proprietário para a realização de qualquer obra sobre

ele. Então deverá ser solicitada a aprovação do projeto arquitetônico a ser entregue,

o qual será composto por:

- planta de situação e localização;

- planta baixa de cada pavimento;

- cortes e elevações;

- planta de cobertura;

- perfil transversal e longitudinal do terreno;

- comprovante de pagamento das taxas de aprovação.

Sendo realizadas todas as etapas citadas acima, o alvará para a

construção deverá ser entregue dentro de 15 dias, de tal forma que terá validade de

seis meses, ou seja, as obras deverão ser iniciadas dentro desse período, caso

contrário o licenciamento não será mais válido.

Serão isentos de licença serviços como pequenos reparos, pinturas e

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limpeza no interior ou exterior das edificações e troca de telhas e calhas.

2.3.2 Utilização de andaimes, colocação de tapumes e exigências de limpeza

A utilização de andaimes nas obras é extremamente freqüente, sendo

muito importante para a sua realização. Porém, ao utilizá-los, deverão apresentar

condições de segurança para os trabalhadores e evitar a queda de materiais,

deixando pelo menos 1/3 (um terço) do passeio livre e prever a proteção de árvores,

postes de energia e iluminação, entre outros, sem que haja intervenção no

funcionamento de nenhum dispositivo.

Como se pode constatar com o Artigo 44 da lei 959/90 do Município, a

colocação dos tapumes é obrigatória para construções no alinhamento predial ou

com um recuo inferior a quatro metros.

Medidas de limpeza são exigidas para que sejam evitados transtornos

relacionados à poeira, sujeira e detritos nos logradouros e nos arredores da

edificação. Dessa maneira é possível que exista um melhor estado de conservação

das vias publicas e não ocorra perturbação na vizinhança da obra.

2.3.3 Materiais de construção, paredes e portas

Todos os materiais de construção utilizados na obra devem estar

dentro das normas e padrões estabelecidos pela Associação Brasileira de Normas

Técnicas (ABNT).

As paredes de tijolos e alvenaria devem ser corretamente

impermeabilizadas, obedecendo a espessura de 20 cm para paredes externas e 15

cm para paredes internas, havendo tolerância de 10 cm para armários embutidos e

estantes ou divisórias de compartimentos sanitários.

A altura mínima de 2,00 metros é exigida para as portas, e variam em

largura mínima da seguinte forma:

I – Para porta de entrada principal:

a) 80 cm para as habitações autônomas;

b) 1,20 cm para habitações de até quatro pavimentos;

c) 1,50 cm para habitações com mais de quatro pavimentos.

II – 70 cm para portas de acesso principal a gabinetes, dormitórios,

Page 14: Projeto arquitetônico

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salas e cozinhas.

III – 60 cm para portas secundárias em geral.

2.3.4 Fachadas, balanços e toldos

Quando uma edificação for construída no alinhamento predial, qualquer

saliência existente abaixo de 2,60 metros de altura deve ter, no máximo, 10

centímetros sobre o passeio. Para os casos em que o edifício estiver situado em

uma esquina, estando no alinhamento predial ou com recuo inferior a 3 metros,

deverá ser deixado livre um canto chanfrado de três metros até 2,60 metros de

altura, perpendicular à bissetriz do ângulo formado pelos alinhamentos dos

logradouros. Será permitida a construção de uma coluna no cruzamento dos

passeios, desde que seja deixada livre uma faixa de no mínimo 1,50 metros entre o

pilar e a edificação, seguindo a mesma regra de altura e perpendicularidade.

Os balanços, corpos avançados, sacadas e saliências semelhantes, só

poderão existir se estiverem situados no mínimo 2,60 metros de altura do passeio,

sendo projetados à frente da fachada no máximo 1,20 metros.

Para a colocação de toldos deverá ser respeitada a altura mínima de

2,50 metros e o afastamento mínimo de 50 centímetros do meio-fio, de tal maneira

que não será permitida a colocação de apoios sobre o passeio, salvo os prédios de

funcionamento de hotéis, hospitais, clubes, cinemas e teatros, que deverão ter o

afastamento mínimo de 50 centímetros do meio-fio.

2.3.5 Numeração das edificações e elevadores

A numeração será determinada pela Prefeitura Municipal, sendo

obrigatória a colocação do número em um local visível da edificação.

A colocação de elevadores é obrigatória nos edifícios acima de

4(quatro) pavimentos, os quais deverão ter dimensionamento e capacidade definidos

pelas normas da ABNT.

2.3.6 Compartimentos: classificação e condições

Os compartimentos possuem três classificações: os de permanência

Page 15: Projeto arquitetônico

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prolongada, de utilização transitória e de utilização especial. Os de permanência

prolongada são dormitórios, salas de jantar e estar. Compartimentos de utilização

transitória são os vestíbulos, halls, sanitários, cozinhas e lavanderias. Aqueles

classificados como de utilização especial são compartimentos de destinação

específica, não se enquadrando nas outras classificações.

A seguir encontram-se as descrições de cada um dos tipos de

habitações seguidas por suas respectivas tabelas:

- Habitação popular: são consideradas habitações populares as

economias residenciais com objetivo exclusivo de moradia que não excedam 70m²,

podendo ser isoladas, geminadas, em série ou em conjunto. As casas em série

podem ser transversais ou paralelas ao alinhamento predial. As em série

transversais ao alinhamento só podem ser construídas em terrenos com testada

mínima de 20 metros, não podendo ultrapassar de 10 o número de unidades de

moradia no mesmo alinhamento. Já nas casas em série paralelas ao alinhamento

predial, não é permitido que o número de unidades de moradia ultrapasse de

20(vinte). Os conjuntos habitacionais são aqueles cujo número de moradias é maior

que 20, podendo ser constituídos de prédios de apartamentos, casas geminadas ou

isoladas.

Tabela 1 – Habitação Popular Fonte: www.ippupb.gov.br

Page 16: Projeto arquitetônico

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- Residências Isoladas: são aquelas que possuem as dimensões de

seus compartimentos iguais ou superiores à Tabela II abaixo, e, como as habitações

populares, também podem ser dispostas isoladas, geminadas, em série ou em

conjunto. Para as habitações em série transversais, a testada do lote deverá ser de,

no mínimo, 30 metros, e a taxa de ocupação 50%. As residências paralelas ao

alinhamento deverão ter no mínimo 10 metros de testada cada unidade de moradia,

e a taxa de ocupação também será de 50 %. Os conjuntos habitacionais podem ser

constituídos de prédios de apartamentos ou de residências isoladas, em terrenos de

no mínimo 4.000 metros quadrados, com taxa de ocupação de 50%. As dimensões

para os prédios de apartamentos também deverão seguir as exigências da Tabela II,

sendo que suas partes de uso comum seguem a Tabela III. Prédios de apartamentos

que não constituem habitação popular devem, obrigatoriamente, ter disponível pelo

menos uma vaga de garagem por moradia.

Residências e Apartamentos

Tabela 2 – Residências e Apartamentos Fonte: www.ippupb.gov.br

Page 17: Projeto arquitetônico

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Tabela 3 – Áreas Comuns de Prédios de Apartamentos Fonte: www.ippupb.gov.br

2.3.7 Zoneamento de uso e ocupação do solo

O Zoneamento de Uso e Ocupação do Solo do Perímetro Urbano de

Pato Branco mostra como deve ser a utilização do solo da cidade, variando de

acordo com as regiões. Dessa forma, todas as obras precisam obedecer a essas

condições. Algumas das exigências do zoneamento são: coeficiente de

aproveitamento, taxa de ocupação, recuo e afastamento. Seguem anexadas a tabela

e legenda referentes. Apenas algumas das observações foram colocadas neste

trabalho, estando as demais disponíveis na Lei Nº. 975/90 de Zoneamento de Pato

Branco.

Tabela 4 – Zoneamento e Ocupação do Solo Fonte: www.ippupb.gov.br

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ZC1 – Zona Central 1

ZC2 – Zona Central 2

ZR1 – Zona Residencial 1

ZR2 – Zona Residencial 2

ZIS1 – Zona Industrial e de Serviços 1

ZIS2 – Zona Industrial e de Serviços 2

ZER – Zona Especial de Ocupação Restrita

ZEX – Zona Especial de Expansão Urbana

ZEA – Zona Agrícola

ZEVC – Zona Especial de Vias Coletoras

ZEHS – Zona Especial de Habitação Social

Observações:

(6) - Edificações de até dois pavimentos podem encostar nas divisas

laterais. Edificações com mais de dois pavimentos, cada afastamento mínimo será

de dois metros e a soma mínima dos três afastamentos será de oito metros.

Edificações com até 8,50m do ponto mais alto do meio fio até o forro, cujo terreno

será edificado, pode encostar nas divisas laterais

(10) - Para os terrenos de esquina, serão considerados 2 (duas)

frentes, a secundária terá o recuo mínimo de 40% para o estabelecido à frente

principal.

(11) - Nestas zonas as residências e oficinas mecânicas para

motocicletas terão recuo mínimo de 5,00 (cinco metros), as oficinas mecânicas e de

latarias para automóveis e caminhões e postos de abastecimento terão recuo

mínimo de 10,00m (dez metros).

2.4 ESTUDO DA PLANTA BAIXA

Planta baixa é a designação dada ao desenho técnico de um projeto

arquitetônico, em que se aborda a vista superior realizando uma secção horizontal a

1,5 metros de altura contados da base. Ela orienta a construção, indicando suas

dimensões e características, exprime o potencial de utilização da construção antes

mesmo de seu inicio e permite projeções para a melhor funcionalidade de cada

espaço após a conclusão da obra.

Na planta baixa deve constar o maior numero de informações que

Page 19: Projeto arquitetônico

19

facilitem seu entendimento, como índice de símbolos e medidas, direção dos ventos

predominantes e a direção Norte. No desenho propriamente dito, sempre

representado em escala, estão contidos todos os espaços físicos de um mesmo

pavimento abaixo da secção, o dimensionamento dos espaços (altura, comprimento

e largura) e das paredes, a identificação dos ambientes e a interação entre eles,

aberturas, portas e janelas e suas dimensões assim como a direção da abertura das

portas e peitoril das janelas.

A localização da edificação no terreno (Planta de Locação) indica as

cotas de amarração (distâncias entre os perímetros da obra e do terreno). Também

agregada a Planta Baixa, a Planta de Situação localiza o terreno na quadra, bairro

ou mesmo cidade incluindo pontos de referencia. Ainda inclusa, a Planta de

Cobertura trás as posições das águas, ou seja, inclinação.

Na figura 6 identificam-se facilmente as propriedades gerais de um

desenho técnico de uma casa contido na planta baixa.

Figura 6 – Casa Fonte: www.imperiumconstrucoes.com.br/images/planta/

Em destaque nas figuras 2 e 3 se observa as especificações de uma

porta e uma janela em um projeto.

Page 20: Projeto arquitetônico

20

Figura 7 – Janela Fonte:file:///E:/FaculdadeEng.Civil/IE/arquiteturaplantabaixa.htm

Figura 8 – Porta Fonte:file:///E:/FaculdadeEng.Civil/IE/arquiteturaplantabaixa.htm

A exemplo da figura 4, é necessário especificar o nível de cada

pavimento.

Figura 9 – Elevação Fonte:file:///E:/FaculdadeEng.Civil/IE/arquiteturaplantabaixa.htm

Dimensões são em geral desenhadas entre as paredes para

especificar seu comprimento e tamanhos de salas. Incluem, ainda, componentes

básicos como chuveiro e acessórios de banheiro, além de notas que especificam

acabamentos, métodos de construção e símbolos de itens elétricos , hidráulicos

entre outros.

Quando necessário, a partir da planta baixa são feitos os lançamentos

dos demais projetos de instalações elétricas, hidráulicas, sanitárias, prevenção e

combate a incêndio, proteção contra descargas atmosféricas, acústica, segurança,

além do cálculo de fundação e estrutura da obra.

Page 21: Projeto arquitetônico

21

Assim como o projeto preventivo contra incêndio a planta baixa pode

visar a apresentação de outras especificidades, agregando maior riqueza de

informações e complexidade de acordo com a necessidade de cada obra.

2.5 ELEVAÇÃO OU FACHADA

Elevações ou fachadas são elementos gráficos componentes de um

projeto de arquitetura, constituídos pela projeção das arestas visíveis do volume

sobre um plano vertical, localizado fora do elemento arquitetônico. São as vistas

principais (frontal, posterior, lateral direita ou esquerda), ou eventualmente,

auxiliares, da edificação, elaboradas com a finalidade de fornecer dados para a

execução da obra, bem como antecipar a visualização externa da edificação

projetada. Nelas aparecem os vãos de janelas, portas, elementos de fachada,

telhados assim como todos os outros visíveis de fora da edificação.

Os desenhos em elevação expressam a forma e as massas da

estrutura, as aberturas de portas e janelas (tipo, tamanho e localização), os

materiais, a textura e o contexto.

Em desenhos constituídos apenas de linhas, sem penumbras e

sombras projetadas, diferenças nos pesos das linhas auxiliam na sugestão da

profundidade dos planos. Quanto mais pesada a delineação de um elemento, mais

para a frente ele parece situar-se; quanto mais leve a delineação, mais ele parece

recuar.

Figura 10 – Fachadas Fonte: Apostila Fag

Page 22: Projeto arquitetônico

22

A quantidade de elevações externas necessárias é variável, ficando

sua determinação a critério do projetista, normalmente dependendo de critérios tais

como:

sofisticação dos acabamentos externos

número de frentes do lote

posição da porta principal de acesso

irregularidade das paredes externas

Para a aprovação de um projeto na Prefeitura Municipal, exige-se no

mínimo uma representação de elevação, normalmente a frontal.

Havendo uma única fachada, o desenho recebe apenas esta

denominação específica: ELEVAÇÃO ou FACHADA. Existindo mais do que uma

elevação, há que se distinguir os vários desenhos conforme a sua localização no

projeto. Há critérios variáveis, aceitos desde que, num mesmo projeto, utilize-se

sempre o mesmo critério:

pelo nome da vista: frontal, posterior, lateral direita, lateral esquerda

pela orientação geográfica: norte, leste, sudeste

pelo nome da rua: para construções de esquina

pela importância: principal, secundária (apenas para duas fachadas)

letras e números

Em elevações ou fachadas a principal indicação é de que os elementos

devem ser representados com a máxima fidelidade possível, dentro dos recursos

disponíveis de instrumental e de escala. saiba-se, complementarmente, que na

maioria das vezes não há outra indicação de informações, senão dos materiais

utilizados (não se deve cotar as fachadas).

Abaixo, algumas demonstrações exemplificativas de alguns dos

principais componentes de elevações: revestimentos e esquadrias, os quais podem

apresentar várias diversificações além das apresentadas.

Page 23: Projeto arquitetônico

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Figura 11– Portas Fonte: Apostila Fag

2.5.1 Etapas Para o desenho da elevação

No caso em que as fachadas/elevações são desenhadas na mesma

escala que a planta baixa e os cortes (recomendável), o trabalho do desenhista fica

consideravelmente facilitado – o escalímetro não precisa ser usado.

ETAPAS:

Colar a prancha em branco sobre a prancheta, sobre a qual vamos

desenhar a elevação;

Sobre a prancha em branco colar a planta baixa no sentido da

elevação que vamos desenhar;

Traçar, com o auxílio da régua paralela e dos esquadros, todas as

linhas de projeção verticais das paredes e demais detalhes da planta que são de

interesse para o desenho da fachada, na prancha branca;

Retirar a planta baixa e sobre o papel de desenho colar um dos cortes

(com maior detalhe, e com a altura da cumeeira) lateralmente ao desenho da

elevação, alinhando o nível externo do corte com a linha do piso da elevação;

Transportar todos os detalhes em altura que interessam ao desenho da

elevação: altura e forma da cobertura, altura das portas, das janelas, peitoris.

A interseção destas linhas horizontais com as verticais traçadas, a

partir da planta baixa, permite ao desenhista completar com facilidade o desenho.

Esta maneira de trabalhar traz inúmeras vantagens, principalmente rapidez e

impossibilidade de erros de escala ou desenhos que não estejam de acordo com a

planta projetada.

A existência de saliências e reentrâncias nas elevações/fachadas

permite obter contrastes de luz e sombras, que valorizam o desenho.

Page 24: Projeto arquitetônico

24

FACHADA FRONTAL

00

FA

CH

AD

A L

AT

ER

AL

20

5X

60/1

80

HALL 60x210

PISO CERÂMICO

A=6,22 M²

+0,15

A=9,88 M²

205X60/180

PISO CERÂMICO

WC MASC

CORTE

PLANTA BAIXA

PISO CERÂMICO

60x210 80x210

60x210

A=11,15 M²

WC FEM

80x210

60x210

90x210

Figura 12 – Fachadas Fonte: Apostila Fag

A escala utilizada para a representação de elevações/fachadas deve

ser a mesma da planta baixa, preferencialmente, 1:50. Particular atenção deve ser

dada, no desenho de elevações/fachadas, à espessura dos traços, que é um recurso

utilizado para dar noção de profundidade dos planos no elemento representado.

Embora não obrigatória, a utilização da técnica de sombras em

fachadas é conveniente e dá melhor apresentação e interpretação ao desenho.

Em fachadas/elevações não se deve tentar fazer representações muito

detalhadas de esquadrias – o que é função de desenho de detalhamento, em escala

adequada – representam-se apenas as linhas compatíveis com a escala, indicando

o tipo de esquadria a ser utilizada.

É possível e aconselhável o enriquecimento da elevação/fachada com

a utilização de vegetação, calungas, veículos, etc, para dar a noção de escala e

aproximar da realidade, desde que não impeçam a visualização de elementos de

importância da construção.

2.6 OS CORTES

Os Cortes são representações de vistas ortográficas seccionais do tipo

“corte”, obtidas quando passamos por uma construção um plano de corte e projeção

VERTICAL, normalmente paralelo às paredes, e retiramos a parte frontal, mais um

conjunto de informações escritas que o complementam. Assim, neles encontramos o

resultado da interseção do plano vertical com o volume. Os cortes são os desenhos

Page 25: Projeto arquitetônico

25

em que são indicadas as dimensões verticais.

O objetivo dos cortes em um projeto de edificação é ilustrar o maior

número de relações entre espaços interiores e significantes, que se desenvolvem em

altura, e que, por conseqüência, não são devidamente esclarecidos em planta baixa.

A sua orientação é feita na direção dos extremos mais significantes deste espaço.

Normalmente se faz no mínimo dois cortes, um transversal e outro

longitudinal ao objeto cortado, para melhor entendimento. Podem sofrer desvios,

sempre dentro do mesmo compartimento, para possibilitar a apresentação de

informações mais pertinentes. Os cortes podem ser transversais (plano de corte na

menor dimensão da edificação) ou longitudinais (na maior dimensão).

A quantidade de cortes necessários em um projeto, porém, é de

exclusiva determinação do projetista, em função das necessidades do projeto. São

fatores que influenciam a quantidade de cortes:

irregularidades das paredes internas;

sofisticação de acabamentos internos;

formato poligonal da construção;

diferenças de níveis nos pisos;

existência de detalhamentos internos.

Figura 13 – Corte transversal Fonte: Apostila Fag

Page 26: Projeto arquitetônico

26

Figura 14 – Corte longitudinal Fonte: Apostila Fag

Os planos normalmente são paralelos às paredes, e posicionados pela

presença de: pés-direitos variáveis, esquadrias especiais, barreiras impermeáveis,

equipamentos de construção, escadas, elevadores.

A posição do plano de corte e o sentido de observação depende do

interesse de visualização. Recomenda-se sempre passá-lo pelas áreas molhadas

(banheiro e cozinha), pelas escadas e poço dos elevadores.

Os cortes devem sempre estar indicados nas plantas para possibilitar

sua visualização e interpretação – indicar a sua posição e o sentido de visualização.

A orientação dos CORTES é feita na direção dos extremos mais

significantes do espaço cortado. O sentido de visualização dos cortes deve ser

indicado em planta, bem como a sua localização.

Page 27: Projeto arquitetônico

27

CORTE AB SENTIDO INDICADO CORTE AB SENTIDO INDICADO

CORTE CD INDICADO CORTE CD INDICADO

Figura 15 – Variação do corte Fonte: Apostila Fag

São desenhadas em função dos materiais utilizados e de sua

disposição geral, com dimensões aproximadas, se houver, pois seu detalhamento é

função do projeto estrutural. Alguns exemplos de fundações mais utilizadas:

VIGA

BALDRAME

BLOCOS DE

CONCRETO

VIGA

BALDRAME

SAPATA

DE

CONCRETO

Figura 16 – Estrutural Fonte: Apostila Fag

Normalmente identifica-se apenas a espesssura do contrapiso + piso

com espessura aproximada de 10cm, através de duas linhas paralelas, cortadas –

espessura de linha média-grossa. A terra ou aterro são indicados através de

hachura inclinada. O contrapiso-piso ocorre alinhado com a viga baldrame das

paredes.

Nos cortes, as paredes podem aparecer seccionadas ou em vista. No

caso de paredes seccionadas, a representação é semelhante ao desenho em planta

baixa. Existindo paredes em vista (que não são cortadas pelo plano de corte) a

representação é similar aos pisos em planta.

Page 28: Projeto arquitetônico

28

PORTAS: em vista são indicadas apenas pelo seu contorno;

preferencialmente com linhas duplas (5cm), quando forem dotadas de marco. Em

corte, indica-se apenas o vão, com a visão da parede do fundo em vista.

JANELAS: em vista seguem as mesmas diretrizes das portas. Em corte

têm representação similar à planta baixa, marcando-se o peitoril como parede (traço

cheio e grosso) e a altura da janela (quatro linhas paralelas em traço cheio e médio).

Figura 17 – Portas e janelas Fonte: Apostila Fag

No desenho dos cortes verticais, as representações são as cotas

verticais, indicação de níveis e denominação dos ambientes cortados. Outras

informações julgadas importantes podem ser discriminadas (impermeabilizações,

capacidade de reservatórios, inclinação telhados, informações relativas a escadas,

rampas e poços de elevador).

As Cotas são representadas exclusivamente as cotas verticais, de

todos os elementos de interesse em projeto, e principalmente:

pés direitos (altura do piso ao forro/teto);

altura de balcões e armários fixos;

altura de impermeabilizações parciais;

cotas de peitoris, janelas e vergas;

cotas de portas, portões e respectivas vergas;

cotas das lajes e vigas existentes;

alturas de patamares de escadas e pisos intermediários;

altura de empenas e platibandas;

altura de cumeeiras;

altura de reservatórios (posição e dimensões);

Page 29: Projeto arquitetônico

29

NÃO SE COTAM OS ELEMENTOS ABAIXO DO PISO (função do

projeto estrutural);

Para as regras de cotagem, utilizam-se os mesmos princípios utilizados

para cotas em planta baixa:

As cotas devem ser preferencialmente externas;

As linhas de cota no mesmo alinhamento devem ser completas;

A quantidade de linhas deve ser distribuída no entorno da construção,

sendo que a primeira linha deve ficar afastada 2,5 cm do último elemento a ser

cotado e as seguintes devem afastar-se umas das outras 1,0cm;

Todas as dimensões totais devem ser identificadas;

As linhas mais subdivididas devem ser as mais próximas do desenho;

As linhas de cota nunca devem se cruzar;

Identificar pelo menos três linhas de cota: cotas de subdivisão de

paredes, esquadrias, vergas, vigas, lajes, cumeeira; cotas dos pés direitos; e cotas

totais externas.

Os níveis São identificados todos os níveis, sempre que se visualize a

diferença de nível, evitando a repetição desnecessária e não fazendo a

especificação no caso de uma sucessão de desníveis iguais (escada).

A simbologia para indicação de níveis nos cortes é diferenciada da

simbologia para indicação em planta, porém, os níveis constantes em planta baixa

devem ser os mesmos indicados nos cortes.

A simbologia utilizada para indicação dos níveis em cortes é:

Figura 18 – Níveis Fonte: Apostila Fag

Os níveis devem ser sempre indicados em METROS e acompanhados

do sinal, conforme localizarem-se acima ou abaixo do nível de referência (00).

Sempre são indicados com referência ao nível ZERO.

00 +0,30 -0,15

Page 30: Projeto arquitetônico

30

Etapas para desenho do corte

Colocar o papel sulfurizê sobre a planta, observando o sentido do corte

já marcado na planta baixa;

Desenhar a linha do terreno;

Marcar a cota do piso dos ambientes “cortados” e traçar;

Marcar o pé direito e traçar;

Desenhar as paredes externas (usar o traçado da planta baixa);

Desenhar o forro, quando houver, ou a laje; desenhar também o

contra-piso;

Desenhar a cobertura ou telhado;

Desenhar as paredes internas, cortadas pelo plano;

Marcar as portas e janelas seccionadas pelo plano de corte;

Desenhar os elementos que estão em vista após o plano de corte. Ex.:

janela e porta não cortadas, parede em vista não cortada....

Denominar os ambientes em corte;

Colocar a indicação de nível;

Colocar linhas de cota e cotar o desenho;

Repassar os traços a grafite nos elementos em corte. Ex.: parede –

traço grosso; laje – traço médio; portas, janelas e demais elementos em vista – traço

finos.

OBS.: No corte as cotas são somente na verticais. As portas e janelas

aparecem SEMPRE FECHADAS.

2.7 PROJETO ENTREGUE AO CLIENTE

A diferenciação do projeto técnico para o projeto destinado ao cliente

está claramente no objetivo final de cada um, enquanto aquele visa a realização da

obra com qualidade, maior otimização de recursos em menor tempo e custo

possíveis, esse tem foco comercial, maior apelo visual e uso de recursos gráficos

que atendem aos anseios do publico alvo. As figuras 6, 7 e 8 ilustram as técnicas e

conceitos contidos no projeto destinado ao consumidor.

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Figura 19 – Projeto ao Cliente 1 Fonte:http://www.sjengenharia.com.br/php/media/prjArquitetonico_gr.jpg)

Figura 20 – Projeto ao Cliente 2 Fonte: http://www.arctre.com.br/upload/foto_galeria_foto

Page 32: Projeto arquitetônico

32

2.8 ACESSIBILIDADE E SUSTENTABILIDADE

2.8.1 Acessibilidade

Acessibilidade; O debate sobre a acessibilidade em locais públicos e

privados desenvolveu-se muito durantes os últimos anos, até uma lei foi criada

visando à total integração de pessoas com algum tipo de deficiência ou restrição de

mobilidade, obrigando aos arquitetos a se adaptarem e mudarem seu jeito de

pensar para um estilo onde além de trazer beleza para seus projetos também traga

toda essa integração.

Ainda existem muitos locais que ainda não foram adaptados para essa

nova lei, por isso estão surgindo vários projetos de mobilidade, como o Projeto

Mobilidade.

Devido à grande preocupação com o meio ambiente a arquitetura

sustentável vem se desenvolvendo em grande escala. Arquitetura sustentável é toda

forma de arquitetura que leva em consideração formas de prevenir o impacto

ambiental que uma construção pode gerar, utilizando a maior quantidade possível de

elementos de origem natural e garantindo um aproveitamento racional dos recursos

necessários para iluminar e ventilar os ambientes.

Um cuidado especial é dado ao posicionamento da casa e a disposição

das janelas conforme o deslocamento do sol no horizonte e a direção do vento. O

uso de vidros duplos é também um aliado importante para garantir que a casa seja

bem iluminada ao longo do dia pela luz do sol sem, no entanto, permitir que o calor

se instale. Esse procedimento é responsável por uma economia enorme de energia

que seria gasta na iluminação e na refrigeração desses lugares.

Outro item importante para a arquitetura sustentável é a utilização

racional da água nos empreendimentos como o aproveitamento da água da chuva

para regar plantas e jardins, lavar as áreas externas e utilizada nas descargas

sanitárias.

Seguindo todos os parâmetros e mantendo-se dentro das

especificações da arquitetura sustentável, os prédios são avaliados e recebem um

selo de acordo com os parâmetros de sustentabilidade adotados na construção.

Desta forma, valoriza-se o imóvel e garante-se uma vida plena e menos estressante

Page 33: Projeto arquitetônico

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para toda uma comunidade.

2.8.2 Conforto Térmico

O Conforto térmico e acústico visa assegurar conforto ao ambiente

construído é um dos aspectos mais importantes de qualquer projeto arquitetônico.

Quando se trata de escritórios, esse item assume importância ainda maior.

As boas condições termo acústicas de uma edificação dependem

principalmente do posicionamento e das dimensões das aberturas nas fachadas,

eficácia da ventilação, propriedades dos materiais utilizados na construção e no

acabamento, sistema de ar condicionado ou quantidade de equipamentos que

geram calor (computadores, luminárias, copiadoras etc.), entre outras. O importante

é restringir os ganhos de calor do exterior e minimizar as cargas internas.

Os materiais utilizados para isolamento acústico podem ser

classificados em convencionais e não convencionais.

Convencionais são os materiais de vedação de uso comum dentro da

construção civil. Os mesmos possuem uma série de vantagens. Uma das principais

vantagens é o isolamento acústico razoavelmente bom para uso comum. Exemplo:

blocos cerâmicos, bloco de concreto, bloco de silico calcário, madeira, vidro etc.

Os não convencionais são materiais desenvolvidos especialmente para

isolar acusticamente diferentes ambientes. Geralmente, estes materiais também

possuem algumas vantagens térmicas. Exemplo: lã de vidro, lã de rocha, vermiculita,

espumas elastoméricas, fibra de coco etc. A parte de conforto acústico vem sendo

muito importante devido à crescente poluição sonora das cidades.

São utilizados como isolantes térmico placa de isopor, placas de

poliestireno expandido, argila, lã de vidro, entre outros.

2.8.3 Sustentabilidade

A bioarquitetura, também chamada de bioconstrução, é uma técnica de

arquitetura e engenharia que busca utilizar apenas materiais alternativos, ou seja,

recicláveis e energias não poluentes. Que além de ser ecológico possui um baixo

custo.

Um dos maiores desafios para esta nova técnica é o preconceito, as

Page 34: Projeto arquitetônico

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classes mais humildes vêem como algo precário, para solucionar isso os

“bioarquitetos” procuram trabalhar com a classe média e alta para que estes sirvam

de exemplo.

Para um custo mais baixo o uso de materiais alternativos é a melhor

solução.

Page 35: Projeto arquitetônico

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3 CONCLUSÃO

Neste trabalho foi apresentada toda a história da arquitetura desde os

primórdios, e um pouco sobre as normas que seguem um projeto arquitetônico,

lembrando que é importante para todo arquiteto levar em consideração todos os

regulamentos legais e éticos. Apresenta também a definição de planta baixa,

elevação e corte e o que consiste detalhadamente cada um. Distingue claramente

um projeto técnico de um projeto destinado ao cliente, utilizando de várias figuras.

Para a realização deste trabalho foram necessárias pesquisas em

diversas fontes, entre elas tanto consultas bibliográficas quanto conversas com um

profissional da área. De um modo geral demonstrou a noção de vários aspectos de

um projeto arquitetônico em si.

Page 36: Projeto arquitetônico

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4 REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

CHING, Francis D. K. trad. Salgato, Luiz A. Meirelles. Representação Gráfica em Arquitetura. Porto Alegre: Bookman, 2000 NEUFERT, Ernst. A Arte de Projetar em Arquitetura. São Paulo: Gustavo Gili do Brasil, 1998 COSTA, Antonio Ferreira da. Detalhando a Arquitetura I. Zoograf, 1997 Schuler, Denise. Mukai, Hitomi. Apostila de Desenho I. Faculdade Assis Gurgacz-Cascavel, 2008 Comitê Brasileiro de Construção Civil, NBRs 6492, 13531 e 13532. Lei Nº 959/90 – Código de Obras de Pato Branco Lei Nº 975/90 – Lei do Zoneamento de Uso e Ocupação do Solo