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Simulado PROJETO CONTEXTUALIZANDO SABERES - LÍNGUA PORTUGUESA 1 9 o ano Simulado PROJETO CONTEXTUALIZANDO SABERES LÍNGUA PORTUGUESA 1 0 SEMESTRE 9 o O conto a seguir traz uma narrativa de sus- pense. Os ingredientes são os mais misterio- sos: uma noite de tempestade, um viajante solitário e sem origem, uma estrada deserta, ilusões, um casal de velhos que vivia em uma casa estranha… Misturados a uma boa dose de suspense, esses elementos prendem o leitor do início ao fim desse excelente texto do escri- tor paulista Edson Gabriel Garcia. O casal de velhos O céu estava escurecendo rapidamente, fechado, com nuvens escuras, quase pretas, anunciando uma tempestade de trovões, re- lâmpagos e água pesada. Manezinho apressou o passo na estrada deserta meio sem saber o que fazer. Tinha pegado uma carona até o trevo e agora caminhava em direção à cidade que se escondia do lado de lá da pequena montanha. Quase uma hora de caminhada e via apenas a estradinha se espichando em direção ao monte de terra. Tomaria chuva, com certeza. No má- ximo, tentaria se esconder debaixo de uma da- quelas arvorezinhas raquíticas que margeavam o caminho. A escuridão aumentou ainda mais, fazendo com que ele, um homem danado de corajoso, tivesse medo do temporal e do agua- ceiro que estavam para vir. Pensou em correr um pouco, mas desistiu, achando que de nada adiantaria. Olhou para cima, como que bus- cando explicação, e resmungou: “Que venha água, que eu não tenho medo!”. Mal acabara de resmungar, avistou uma casinha branca e suja, na beira da estrada qua- se sem vegetação. Manezinho levou um susto que o fez se arrepiar: até bem pouco tempo atrás, algumas dezenas de passos antes, a ca- sinha não estava ali. Ou estava vendo uma miragem ou o medo da tempestade era real e não o estava deixando ver nada à sua frente. De qualquer forma, após a primeira impres- são de estranhamento, apressou-se em bater à porta e pedir guarida, antes que a natureza o castigasse: — Ó de casa! Silêncio. — Ó de casa! Tem gente aí? Ouviu um ruído de ferro rangendo e a porta de madeira se abriu. Um rosto velho, cheio de rugas, mas simpático, apareceu com um sorriso acolhedor. Manezinho se explicou à velha senhora: — Vem chuva brava aí, minha senhora. Ainda estou longe da cidade... A velha olhava ternamente para Manezinho. — ... Se a senhora não se importar... — Claro que não, meu filho. Entre. A casa é pobre, mas dá para receber mais um. — Obrigado! Assim que a chuva passar, eu vou embora. ano

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SimuladoPROJETO CONTEXTUALIZANDO

SABERES - LÍNGUA PORTUGUESA19oano

SimuladoPROJETO

CONTEXTUALIZANDO SABERESLÍNGUA PORTUGUESA10 SEMESTRE

9o

O conto a seguir traz uma narrativa de sus-pense. Os ingredientes são os mais misterio-sos: uma noite de tempestade, um viajante solitário e sem origem, uma estrada deserta, ilusões, um casal de velhos que vivia em uma casa estranha… Misturados a uma boa dose de suspense, esses elementos prendem o leitor do início ao fim desse excelente texto do escri-tor paulista Edson Gabriel Garcia.

O casal de velhosO céu estava escurecendo rapidamente,

fechado, com nuvens escuras, quase pretas, anunciando uma tempestade de trovões, re-lâmpagos e água pesada. Manezinho apressou o passo na estrada deserta meio sem saber o que fazer. Tinha pegado uma carona até o trevo e agora caminhava em direção à cidade que se escondia do lado de lá da pequena montanha. Quase uma hora de caminhada e via apenas a estradinha se espichando em direção ao monte de terra. Tomaria chuva, com certeza. No má-ximo, tentaria se esconder debaixo de uma da-quelas arvorezinhas raquíticas que margeavam o caminho. A escuridão aumentou ainda mais, fazendo com que ele, um homem danado de corajoso, tivesse medo do temporal e do agua-ceiro que estavam para vir. Pensou em correr um pouco, mas desistiu, achando que de nada adiantaria. Olhou para cima, como que bus-

cando explicação, e resmungou: “Que venha água, que eu não tenho medo!”.

Mal acabara de resmungar, avistou uma casinha branca e suja, na beira da estrada qua-se sem vegetação. Manezinho levou um susto que o fez se arrepiar: até bem pouco tempo atrás, algumas dezenas de passos antes, a ca-sinha não estava ali. Ou estava vendo uma miragem ou o medo da tempestade era real e não o estava deixando ver nada à sua frente. De qualquer forma, após a primeira impres-são de estranhamento, apressou-se em bater à porta e pedir guarida, antes que a natureza o castigasse:

— Ó de casa!Silêncio.— Ó de casa! Tem gente aí?Ouviu um ruído de ferro rangendo e a

porta de madeira se abriu. Um rosto velho, cheio de rugas, mas simpático, apareceu com um sorriso acolhedor. Manezinho se explicou à velha senhora:

— Vem chuva brava aí, minha senhora. Ainda estou longe da cidade...

A velha olhava ternamente para Manezinho.— ... Se a senhora não se importar...— Claro que não, meu filho. Entre. A casa

é pobre, mas dá para receber mais um.— Obrigado! Assim que a chuva passar, eu

vou embora.

ano

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— Não precisa ter pressa. A casa é pobre, mas cabe mais um. Entre. Manezinho entrou. A casa era pobre mesmo. Ou melhor, reparan-do bem, a casa, na verdade, era estranha, mais estranha do que pobre: o cômodo em que se encontrava era grande, escuro, com luz de ve-las e três cadeiras apenas; havia um outro cô-modo, mas estava fechado. Numa das cadeiras estava sentado o outro habitante da casa, um velho não menos simpático:

— Fique à vontade — disse, levantando-se para cumprimentá-lo com uma enorme mão fria. — Sente-se.

Manezinho sentou-se. Os velhos também se sentaram. Pareciam tristes, mas queriam conversa.

— O senhor vem de longe?Manezinho contou alguns pedaços de sua

história.— Não tenho lugar de onde venho. Faz

três ou quatro anos que não tenho lugar fixo. Sou do mundo... Andando aqui e ali... Paro um pouco em cada lugar, trabalho, ganho al-gum dinheiro e torno a seguir caminho.

Um cheiro forte de velas tomava conta do cômodo e da história.

— Você não tem família?Manezinho não soube quem perguntou, se

o velho ou a velha. Teve a impressão de que a voz não viera de nenhum dos dois, que viera de algum outro lugar, tamanha era a quietude silenciosa do casal de velhos. Mais um pouco da sua história cheirando a velas:

— Não tenho. Já tive um dia! Tive duas.— Duas?— É. Uma família onde eu nasci e outra

que me criou desde pequeno. Depois que eu cresci e aprendi uma profissão, resolvi correr

o mundo à procura de meus pais verdadeiros.— E ainda não encontrou seus pais verda-

deiros?Manezinho entendeu que a pergunta tinha

vindo da velha senhora. A fraca luz das velas e o escuro do cômodo davam-lhe a impressão de que ela era transparente, algo nebuloso, sem consistência. Achou que fosse maluquice sua, efeito do cansaço e medo da tempestade. Olhou mais fixamente para ela e respondeu:

— Não. Acho que nem vou encontrar.Mas gostaria muito de encontrá-los e di-

zer-lhes que gosto muito deles, mesmo tendo sido criado por outras pessoas. Eu tenho uma fotografia deles me carregando no colo. Está muito gasta e estragada, mas é a única pista que tenho para procurá-los.

Quem sabe, um dia...— Nós também passamos boa parte da

vida procurando o único filho que tivemos...Manezinho teve a impressão de que fora o

velhinho o dono da fala. Continuou a conver-sa, dirigindo-se a ele:

— Procurando...?— O destino tirou nosso filho. Eu não

gostaria de morrer sem ver nosso filho.Um silêncio mortal, regado a cheiro de

vela, barulho de chuva, trovões e relâmpagos, interrompeu momentaneamente a conversa.

— Vou fazer uma sopa. O senhor aceita tomar um prato conosco?

— Aceito, claro.A velha senhora foi ao outro cômodo, que

estava fechado, e no mesmo instante voltou com dois pratos de sopa. Ofereceu um ao ve-lho e o outro a Manezinho. Voltou, buscou outro para si e veio sentar-se junto deles.

— É uma sopa pobre, mas é a mesma que

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ofereceríamos ao nosso filho se o encontrás-semos.

Manezinho tomou a sopa mais por genti-leza. Não tinha gosto algum o líquido que ele levava à boca. Depois continuaram a conver-sa, devagar, com intervalos de silêncio, mas sem parar. Havia nos velhos algo de extrema-mente simpático e familiar, algo que, apesar das estranhezas da casa e do comportamento deles, cativava Manezinho.

— Acho que seria a minha maior alegria reencontrar meus pais.

— Também seria a nossa grande alegria re-ver o filho que o destino levou...

A conversa arrastou-se por mais tempo. Manezinho, às vezes, tinha a impressão de que conversava sozinho, tamanha era a quietude do casal de velhos. Foi assim até que sentiu sono. A tempestade tinha passado e ele deci-diu que podia continuar a caminhada. Mas a gentileza dos velhinhos segurou-o mais tem-po, dessa vez para dormir.

— Não se vá. Está escuro e a cidade fica longe. Durma aqui e amanhã você seguirá caminho. Não tem cama, mas você pode se ajeitar num canto qualquer.

Ele agradeceu e aceitou. Encostou-se num canto do cômodo, esticou o corpo no chão frio, apoiou a cabeça na mala de lona que tra-zia consigo e dormiu. Dormiu cansado, ainda com fome, com frio e uma esquisita sensação de não estar entendendo direito sua presença naquela casa e a conversa com o casal de ve-lhos. Dormiu mal, uma noite cheia de sonhos estranhos, pesadelos incompreensíveis.

Acordou da noite maldormida com a luz forte do sol filtrada pelo grosso vidro da por-

ta da casa. Ainda cansado pela noite de sono ruim, correu lentamente os olhos pelos espa-ços da casa, procurando primeiro a presença dos velhos e depois os objetos conhecidos. Não encontrou nem uma coisa nem outra. Não havia barulho de pessoas, só silêncio. Não havia sinais de vida. Só três cadeiras escu-ras encostadas à parede e quatro cavaletes de ferro cromado. Na frente dos cavaletes, como se fosse um altar, enormes castiçais com gran-des velas brancas pareciam arrumados para al-guma cerimônia. Ele deu um pulo, o coração batendo desesperado, quase à boca, e correu para a porta, abrindo-a imediatamente.

Não fosse Manezinho quem era, uma pes-soa acostumada às surpresas, às mudanças, aos reveses da vida, teria sucumbido ante o susto que levou quando percebeu onde estava: aca-bara de passar a noite na capela do cemité-rio da cidade. Saiu disparado em direção ao portão. No caminho, encontrou uma pessoa, provavelmente o coveiro, cavando duas covas. Parou afobado junto ao homem e perguntou--lhe:

— O senhor pode me dizer se há por aqui uma pequena casa habitada por um simpático casal de velhos?

O coveiro ergueu o corpo, descansou a pá suja de terra e respondeu:

— Não, moço. No caminho da cidade só tem mesmo o cemitério. Agora... o casal de velhos simpáticos de que o senhor está falan-do pode ser o que morreu esta noite. São dois velhos que moram perto da escola. Eles mor-reram depois da chuvarada. Essas covas são para eles...

Um arrepio profundo quase revirou o cor-po de Manezinho. Lembrou-se da conversa,

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da sopa, do cheiro de vela...— Onde o senhor disse que eles moram?— Moravam, moço. Agora já morreram.— Onde eles moravam?— Perto da escola. Todo mundo sabe, é só

perguntar.Manezinho disparou pela estrada. Estava

um pouco longe, mas a carreira foi tão afli-ta e desesperada que num instante a cidade chegou perto dele. Mais um instante e des-cobriu a casa do casal de velhos. Sentiu que estava perto, bem perto de alguma explicação. O cheiro de velas da noite anterior voltou aos seus sentidos quando entrou na pequena sala onde estavam, lado a lado, os dois caixões de madeira com os corpos. Aproximou-se, de-vagar, e viu os rostos do simpático casal com quem passara a noite anterior. O estômago vazio resmungou em coro com o coração ace-lerado. Ali estavam seus dois companheiros de conversa! Mas faltava alguma coisa ainda. Faltava uma explicação. Por que ele? Por que eles? Por mais que procurasse entender o epi-sódio da noite passada no cemitério, não con-seguia encontrar explicações.

Ficou muito tempo de pé, parado em fren-te aos corpos, em meio à curiosidade das pes-soas que ali estavam. Alguém lembrou-se de convidá-lo a sentar-se. Manezinho agradeceu e sentou-se. Os olhos começaram a correr a parede, mecanicamente, procurando aqui e ali os detalhes que estavam escapando de sua compreensão. E foi assim, nessa procura, re-colhendo pedaços de lembranças, que reparou em uma moldura desbotada presa à parede. “Não é possível! Não é possível!”.

Apanhou sua carteira e, atrapalhado, re-mexendo papéis e cédulas velhas de dinheiro,

pegou uma pequena fotografia. Nela, um ca-sal abraçava carinhosamente uma criança de cerca de três anos. Era a foto dele com seus pais verdadeiros, primeira e única foto, relí-quia guardada por anos e anos. Manezinho levantou-se, trêmulo, e se aproximou da foto maior da parede. Ergueu a sua e comparou. Eram rigorosamente a mesma foto.

A cidade toda ouviu o grito de Manezinho.GARCIA, Edson Gabriel. Sete gritos de terror. São Paulo: Moderna,1991. p. 17-22.

1. Quanto tempo dura a história narrada?a) Um dia inteiro.b) Uma manhã e uma tarde.c) Uma tarde e o início da noite.d) Uma noite e o início da manhã do dia seguinte.e) Um final de tarde e o início da manhã seguinte.

2. O autor inicia o conto descrevendo o céu. Como essa descrição contribui para a narração?

a) Mesmo o céu sendo descrito de maneira som-bria, a imagem não remete a uma certeza.

b) Contribuiu para tornar o texto mais descritivo.c) Como o céu é descrito de maneira sombria,

com prenúncio de tempestade, a imagem contribui para a produção do mistério.

d) Contribuiu para mostrar ao leitor a certeza de o texto tem começo, meio e fim.

e) Não contribui de forma alguma, pois só lendo o conto pro inteiro pode-se chegar ao desfecho.

3. Uma forma muito simples e eficiente de des-crever os ambientes e os personagens consis-te na atribuição de adjetivos. Relacione os ambientes, os objetos e os personagens aos respectivos adjetivos ou expressões adjetivas. Para isso, observe o texto.

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1. o céu2. a estrada3. as arvorezinhas4. a casinha5. o rosto da velha6. o sorriso do velho7. a sala8. o cheiro da sala9. o sono de Manezinho na casa do casal de velhos10. a moldura da fotografia na parede

I. desertaII. imundaIII. escuroIV. desbotadaV. enfumaçadoVI. mal iluminadaVII. enrugadoVIII. amigávelIX. franzinasX. agitado

a) 1-III, 2-I, 3-IX, 4-II, 5-VII, 6-VIII, 7-VI, 8-V, 9-X, 10-IV.

b) 1-IV, 2-II, 3-X, 4-III, 5-VI, 6-IX, 7-V, 8-I, 9-IV 10-X.

c) 1-I, 2-II, 3-III, 4-IV, 5-V, 6-VI, 7-VII, 8-VIII, 9-IX, 10-X.

d) 1-III, 2-I, 3-IX, 4-II, 5-VII, 6-IX, 7-V, 8-I, 9-IV 10-X.

e) 1-X, 2-IX, 3-VIII, 4-VII, 5-VI, 6-V, 7-IV, 8-III, 9-II, 10-I.

4. Quanto ao encontro de Manezinho com o ca-sal de velhos, assinale a alternativa correta.

a) O encontro foi real, pois enquanto resmunga-va, à procura de um abrigo, avistou uma ca-sinha branca e suja, na beira da estrada quase

sem vegetação. b) Foi real pois, quando avistou a casa, apressou-

-se em bater à porta e pedir guarida, antes que a natureza o castigasse.

c) Foi real pois, quando Manezinho ouviu “— Você não tem família?”, ele não soube quem perguntou, se foi o velho ou a velha.

c) Não foi real pois, ainda cansado pela noite de sono ruim, correu lentamente os olhos pelos espaços da casa, procurando primeiro a pre-sença dos velhos e depois os objetos conhe-cidos. Não encontrou nem uma coisa nem outra.

e) O encontro não foi real, pois ocorreu como um sonho, uma alucinação, enquanto ele dor-mia na capela do cemitério da cidade.

5. Assinale a opção em que houve erro na classi-ficação da oração destacada.

a) Jurei que nunca viajaria de avião. (oração subordinada substantiva objetiva direta)

b) Muitos criticaram os costumes que muda-mos. (oração subordinada adjetiva restritiva)

c) O agricultor tinha certeza de que encontraria terras férteis e clima ameno. (oração subor-dinada substantiva completiva nominal)

d) As terras que se tornam arenosas podem ser recuperadas. (oração subordinada adjetiva ex-plicativa)

e) Convém não esquecer as riquezas do Brasil. (oração subordinada substantiva subjetiva)

Leia o artigo a seguir.Sete lições de vida que você deve aprender com Stephen Hawking

Desde a primeira vez que conheci a histó-ria desse cientista, foi paixão à primeira vista.

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Stephen Hawking é um homem genial, uma pessoa que possui grandes teorias. Não é por acaso que ele é comparado a pensadores como Albert Einstein e Isaac Newton. Hawking me inspirou a escrever este artigo: são sete lições aprendidas com a vida desse gênio. Aplicar es-sas lições no seu dia a dia pode fazer toda a diferença.

1º Enquanto há vida, há esperançaAos 21 anos, Hawking foi diagnosticado

com esclerose lateral amiotrófica (ELA), um tipo de doença do neurônio motor que o dei-xou quase que completamente paralisado. O médico lhe deu dois anos de vida, mas a ciên-cia provou estar errada. Hawking morreu com 76 anos e foi um exemplo de vida para qual-quer pessoa: ele provou que nunca devemos desistir de nossos objetivos, pois, enquanto há vida, há esperança.

2º Nunca teremos todas as respostasNo final de uma palestra na Inglaterra

em 2010, Hawking foi perguntado: “Você acha que verá o tempo em que as pessoas vão aprender tudo sobre Física?” O cientista respondeu rapidamente: “Espero que não!” E quando um leitor da revista Time, que no mesmo ano perguntou se ele se sentia com uma enorme responsabilidade de ter todas as respostas, Hawking escreveu de volta: “Apesar de a Física e a Matemática nos dizerem como o Universo começou, elas não são boas em fa-lar sobre o comportamento humano porque há muitas equações para resolver. Eu não sou melhor do que ninguém para entender o que motiva as pessoas”.

3º O conhecimento é melhor aproveitado quando compartilhado da maneira correta

Apesar do tema difícil, seu livro Uma breve história do tempo foi lido por legiões de pes-soas. Por que o livro se tornou tão popular? A editora disse aos leitores que seriam corta-das pela metade as equações do livro. Assim, Hawking incluiu uma só: E = mc². O fato é que a informação em sua mente seria inútil para outras pessoas.

4º Aprenda com lições de HistóriaCerta vez, em um programa de TV, Haw-

king foi perguntado sobre o que poderia acon-tecer se os seres humanos descobrissem outras formas de vida inteligente. Ele respondeu: “A descoberta de vida inteligente em outros lugares do Universo seria a maior descoberta científica do mundo. Mas seria muito arrisca-do tentar se comunicar com uma civilização alienígena. Se os alienígenas decidirem nos vi-sitar, o resultado pode ser semelhante a quan-do os europeus chegaram à América. Isso não foi legal para os nativos americanos”.

5º Descubra o que alimenta sua paixãoHawking tinha 21 anos quando foi diag-

nosticado com ELA e recebeu sua sentença de morte. O médico disse que ele só teria dois anos de vida. O médico estava errado, pois o corpo de Hawking ficou praticamente todo paralisado, a única coisa que funcionava to-talmente era a sua mente. Alguns jornalistas lhe perguntaram: “Qual é o objetivo central de suas investigações?”. Ele respondeu: “Os buracos negros, estrelas que entram em co-lapso implodem e se tornam tão densas que nada pode escapar do seu campo gravitacio-

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nal”. Hawking descobriu a sua paixão e não deixou nada abalar seus estudos, nada mes-mo. No campo do empreendedorismo, nunca devemos deixar nossas paixões morrerem por nada. Faça a sua história.

6º Nunca perca a sua vozPor causa de sua doença, Hawking teve que

passar por uma traqueostomia, em 1985, que lhe tirou a capacidade de falar por conta pró-pria. Mas ele nunca parou de falar. Hawking adotou sua própria maneira de falar, usando um computador que captava os mínimos mo-vimentos de sua bochecha direita e reproduzia a sua fala. Antes ele usava uma mão para digi-tar em seu computador. Mesmo passando por diversas dificuldades, Hawking nunca deixou de expressar suas teorias para o mundo.

7º Gênios não devem sempre ser associados à precocidade

Hawking admitiu na mesma palestra cita-da que não sabia ler até os 8 anos de idade. Ele também disse que era um estudante pregui-çoso na Universidade de Oxford e que tinha uma caligrafia horrível.

Essas são as lições que aprendi com Stephen Hawking. Espero que, como eu, vocês passem a aplicá-las na sua vida.Disponível em: https://administradores.com.br/artigos/7-licoes-de-vida-que-voce-deve-aprender-com-stephenhawking. Acesso em: 04/06/2019. Adaptado.

6. Tendo em vista a estrutura do texto, analise as afirmações a seguir.

I. Na introdução, o autor apresenta um posicio-namento pessoal que complementa a seleção do tema.

II. No desenvolvimento, o autor cita diferentes situações vivenciadas por Hawking para ilus-trar as ideias defendidas.

III. Na conclusão, o autor fecha a discussão pro-pondo uma pergunta ao leitor.

Está correto o que se afirma apenas em:a) Ib) II.c) III.d) I e IIe) II e III.

7. O artigo de opinião é um gênero em que o autor expõe seu posicionamento diante de al-gum tema atual e de interesse de muitos. Qual é o tema central do texto?

a) A esperança e a persistência devem mover a vida de todos.

b) A humildade é o segredo para o sucesso.c) O conhecimento é a principal riqueza dos se-

res humanos.d) A capacidade de falar nunca pode ser perdida.e) Saber ouvir e falar são os segredos para vencer

as dificuldades.

8. Releia a segunda lição proposta pelo autor do texto.

“Nunca teremos todas as respostas.”

A palavra que melhor resume essa lição é:a) Esperança.b) Humildade.c) Persistência.d) Ignorância.e) Compaixão.

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9. As figuras de linguagem são utilizadas nos tex-tos como um recurso semântico a fim de real-çar palavras e dar a elas maior expressividade, permitindo, assim, que elas possam ser utiliza-das com um sentido diferente do convencio-nal. Por essa razão, muitos cantores utilizam essas figuras em suas composições para enri-quecer o sentido das letras de música. Sabendo disso, identifique quais relações entre figura de linguagem e trechos de músicas estão corretas.

I. AssonânciaBerro pelo aterro / Pelo desterro / Berro por seu berro / Pelo seu erro.Qualquer coisa, Caetano Veloso

II. AntíteseEu nunca mais vou respirar / Se você não me notar / Eu posso até morrer de fome / Se você não me amar.Exagerado, de Cazuza

III. AliteraçãoMinha mina, minha amiga / Minha namora-da / Minha gata, minha sina / Do meu con-domínio.Mina do condomínio, Seu Jorge

IV. OnomatopeiaPlunct Plact Zum / Não vai a lugar nenhum! / Plunct Plact Zum / Não vai a lugar nenhum!.O carimbador maluco, Raul Seixas

V. PersonificaçãoEstranho é gostar tanto do seu All Star azul / Estranho é pensar que o bairro das Laranjeiras / Satisfeito sorri quando chego ali.All Star, de Nando Reis

a) O trecho II tem como figura de linguagem a hipérbole.

b) Os trechos I, III e V foram relacionadas de forma incorreta.

c) Há, na verdade, uma personificação no trecho IV, que diz: “Não vai a lugar nenhum”.

d) O trecho V não apresenta figura de linguagem.e) Todas as músicas foram relacionadas correta-

mente com sua respectiva figura de linguagem.

10. Leia os versos a seguir.

Mundo grandeNão, meu coração não é maior que o mundo.É muito menor.Nele, não cabem nem as minhas dores.Por isso gosto tanto de me contar. [...]ANDRADE, Carlos Drummond de. Poesia e prosa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1983. p. 137. Fragmento.

Nesses versos, o poeta expressa certo exagero nos seus sofrimentos. Que figura de lingua-gem é caracterizada pelo exagero?

a) Hipérbole.b) Metáfora.c) Comparação.d) Antítese.e) Metonímia.

11. Vimos que quando usamos a linguagem de modo figurado sempre temos a intenção de ser entendidos de maneira não literal, não conven-cional. As figuras de linguagem são, portanto, recursos linguísticos por meio dos quais damos ao texto maior expressividade, emoção ou ên-fase. Assim, leia a tirinha a seguir.

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Assinale a alternativa correta quanto à figura de linguagem utilizada na tirinha.a) Antítese.b) Elipse.c) Anacoluto.d) Ironia.e) Eufemismo.

12. A seleção brasileira tem colecionado polêmicas com relação à sua atuação em Copas do Mundo. Porém, analisando toda a trajetória, vemos que há mais motivos para comemorar do que se imagina. O info-gráfico a seguir traz um apanhado do desempenho da nossa seleção ao longo das edições. Observe.

Disponível em: https://infograficos.oglobo.globo.com/esportes/brasil-uma-historia-em-numeros-e-gols.html. Acesso em: 08/03/2019.

O infográfico: a) traz uma visão completa do desempenho da seleção brasileira, pois mostra os dados referentes a todas

as copas, inclusive a de 2018. b) esclarece que a maior parte dos gols sofridos ocorreu nas eliminatórias. c) afirma que, em comparação com os jogos disputados, ao todo 1.076, a quantidade de vitórias é peque-

na, apenas 692. d) reconhece que empatar é melhor do que perder, uma vez que o número de empates vem primeiro que

o de derrotas.

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e) mostra não só as partidas disputadas em Co-pas do Mundo, mas também em outros cam-peonatos.

13. Vimos que a classificação de um verbo segue as relações sintáticas e de sentido determina-das entre ele e os outros termos da oração. Logo, os verbos, podem ser classificados como nocionais (indicando uma ação) e não nocio-nais (indicando estado). Partindo disso, anali-se as proposições a seguir.

I. Você anda tristonho ultimamente.II. Para cuidar da saúde, Alexandre anda um qui-

lômetro todos os dias.III. Sempre quando isso ocorre, mamãe vira uma

fera.IV. O piso está molhado, cuidado para não cair.V. Assim que soube do resultado, a aluna caiu

doente.

Marque a alternativa correta.a) I e II são não nocionais.b) II e III são não nocionais.c) II e IV são nocionais.d) III e V são nocionais.e) Todas as proposições são nocionais.

14. Ainda sobre os verbos nocionais e não nocio-nais, marque a alternativa em que o verbo des-tacado é classificado como não nocional.

a) O motorista parece perdido.b) Nós ficamos em casa durante o feriado.c) Laura tem andado emotiva.d) Os adolescentes continuam rebeldes.e) Marcelo estava atrasado para a prova.

15. Leia o texto a seguir.

Trabalho infantilPublicado em: 16/06/2017 07:54

A sociedade brasileira tem de encarar, sem subterfúgios, o grave problema representado pelos 2,7 milhões de crianças e jovens, entre 5 e 17 anos, inseridos no mercado de trabalho de forma irregular. No Dia Mundial do Com-bate ao Trabalho Infantil, o País nada teve a festejar, notadamente quando se constata que a mentalidade da população sobre a questão não evoluiu. A realidade é que a exploração do trabalho infantil se tornou um sério problema social que pode ser facilmente comprovado nas ruas: vendedores ambulantes, guardadores de carros, malabaristas em sinais luminosos.

Parcela significativa dos brasileiros acha vantajoso começar a exercer atividade pro-dutiva o quanto antes. É melhor, dizem eles, trabalhar do que ir para o crime. Postura equivocada. De acordo com especialistas, não há relação direta entre as duas ações. Se isso fosse verdade, 85% dos presos do Carandiru não teriam começado a trabalhar na infância, como mostra tese do desembargador Ricardo Tadeu Marques da Fonseca, do Tribunal Re-gional do Trabalho (TRT) do Paraná.

Ao contrário da crença de parte da socieda-de, o trabalho de menores contribui para que um número expressivo de jovens deixe a escola ou relaxe nos estudos, o que também contribui para a entrada na criminalidade. A baixa esco-laridade constitui traço comum entre a maio-ria dos presos no Brasil. Mais: sem estudo de qualidade e submetidos a condições de labor inadequadas, o potencial de crescimento pro-fissional dessas pessoas é bem mais baixo.

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SimuladoPROJETO CONTEXTUALIZANDO

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Estudos recentes do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) mostram a relação entre trabalho precoce e evolução educacio-nal. De acordo com os especialistas do orga-nismo, uma criança que trabalha de forma integral durante a infância tem apenas 25% de chances de concluir o ensino fundamental. Quem labuta dessa maneira tem apenas um quarto de possibilidade de terminar os estu-dos em comparação com os que não entraram no mercado antes dos 18 anos.

O que preocupa é que, entre os menores que estudam e trabalham, o rendimento cos-tuma ser bem inferior ao dos demais alunos. Geralmente essas crianças demonstram can-saço, são desatentas e, frequentemente, repe-tentes. Segundo a ministra Kátia Magalhães Arruda, do Tribunal Superior do Trabalho (TST), 90% dos meninos e meninas que tra-balham têm algum tipo de defasagem escolar.

Diante de tal quadro, as autoridades de-vem instrumentalizar as instituições engajadas na luta contra o trabalho infantil para reverter a situação. O Brasil não pode continuar fa-zendo parte de mais uma lista que manche a imagem do País diante da própria sociedade.Disponível em: https://www.diariodepernambuco.com.br/app/noticia/politica/2017/06/16/interna_politica,708993/editorialtrabalho-infantil.shtml. Acesso em: 31/03/2019. Adaptado.

Após a leitura, quais características do edito-rial podemos identificar nesse texto?

a) Possui gênero narrativo, com caráter ficcional e pode ser contada oralmente.

b) É breve e escrito em prosa, além de envolver enredo, personagens, tempo e espaço.

c) É um texto informativo, relativamente curto e veiculado nos meios de comunicação.

d) Suas principais características são: o cará-

ter comercial, textos relativamente curtos, persuasivos e atrativos, e o uso de verbos no modo imperativo.

e) As características são: a defesa de ponto de vis-ta, a assinatura do jornal e a estrutura editorial (introdução, desenvolvimento e conclusão).

16. Qual é o tema principal desse editorial?a) O Dia Mundial do Combate ao Trabalho In-

fantil.b) A tese do desembargador Ricardo Tadeu Mar-

ques da Fonseca, do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) do Paraná.

c) O trabalho infantil no Brasil.d) A contribuição do trabalho de menores para

que um número expressivo de jovens deixe a escola ou relaxe nos estudos.

e) O rendimento bem inferior dos menores que estudam e trabalham comparado ao dos de-mais alunos.

17. Leia o texto a seguir.

Humorista vence eleição presidencial na UcrâniaOs resultados corroboraram as pesquisas realizadas durante a campanha eleitoral, que davam ao comediante mais de dois terços dos votosPublicado em 22/04/2019, às 07h53

O humorista Volodymyr Zelensky é o vencedor do segundo turno das eleições presi-denciais na Ucrânia, realizado nesse domingo (21), com aproximadamente 73% dos votos. Assim, ele desbancou o atual presidente, Petro Poroshenko, que obteve apenas 25%, segun-do pesquisas finais de boca de urna.

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Poroshenko reconheceu logo a derrota, ao aceitar os resultados de boca de urna, acres-centando que deixará o cargo no próximo mês. “Quando vi os resultados das pesquisas de boca de urna, liguei para meu oponente a fim de o parabenizar”, comentou, mostrando--se disponível a apoiar o seu rival na transição. “Vou deixar o cargo, mas quero frisar firme-mente que não vou deixar a política.”

Resultado históricoZelensky, de 41 anos, alcançou um resulta-

do histórico, dominando as urnas em todas as regiões do país. Os resultados corroboraram as pesquisas realizadas durante a campanha eleitoral, que davam a Zelensky mais de dois terços dos votos.

“Obrigado a todos os ucranianos que me apoiaram. Obrigado a todos os ucranianos, onde quer que estejam”, declarou o come-diante em seu comitê.Disponível em: https://jconline.ne10.uol.com.br/canal/mundo/internacional/noticia/2019/04/22/humorista-vence-eleicao-presidencialna-ucrania-376801.php. Acesso em 22/04/2019. Adaptado.

De acordo com o sentido que expressam, as orações subordinadas adverbiais podem ser temporais, concessivas, proporcionais, etc. Ou seja, essas orações desempenham as fun-ções típicas dos advérbios. Pensando nisso, analise o trecho do texto reproduzido a seguir.

[...] “Quando vi os resultados das pesquisas de boca de urna, liguei para meu oponente a fim de o parabenizar”[...]. (2º parágrafo)

Qual a relação de sentido expressa pelas orações adverbiais nesse período, respectivamente?

a) De tempo e finalidade.b) De finalidade e tempo.

c) De causa e consequência.d) De tempo e causa.e) De explicação e finalidade.

18. Assinale a opção em que há uma oração su-bordinada adverbial.

a) [...] realizado nesse domingo [...]. (1º parágrafo)b) [...] ele desbancou o atual presidente [...]. (1º

parágrafo)c) [...] que obteve apenas 25%, segundo pesqui-

sas finais de boca de urna [...]. (1º parágrafo)d) [...] ao aceitar os resultados de boca de urna

[...]. (2º parágrafo)e) [...] que deixará o cargo no próximo mês [...].

(2º parágrafo)

19. Observe com atenção o anúncio publicitário a seguir.

Disponível em: https://www.pinterest.co.uk/pin/339107046916349936. Acesso em: 01/11/2019.

De maneira bastante criativa, o texto publici-tário acima:

a) anuncia a venda de dois produtos: picolé e pa-leta mexicana.

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b) afirma que paleta mexicana e picolé são igualmente saborosos.c) voltou sua propaganda exclusivamente ao público infantil, devido à utilização dos termos nhac, glupt,

nham e hummmmmm.d) induz o consumidor à compra do produto em questão, paleta mexicana, por meio da afirmação indireta

de que isso é mais vantajoso do que consumir picolé.e) divulgou que a marca Don Paletas tem filiais por todo o mundo, uma vez que está, agora, na terra do

Sol (o planeta Terra).

20. Sem dúvida, chamar a atenção do consumidor para o anúncio em questão é o objetivo de todo texto publicitário. Para isso, os profissionais da área se servem de vários recursos linguísticos. No caso do anúncio exposto na questão anterior, o recurso utilizado foi:

a) arcaísmo. b) neologismo. c) onomatopeia. d) redução. e) sigla.