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Projeto Acelera 8º ANO 2º bimestre LINGUAGEM: é um processo comunicativo pelo qual as pessoas interagem entre si. INTERLOCUTORES: são as pessoas que participam do processo de interação que se dá por maio da linguagem. LINGUA: é um conjunto de sinais (palavras) e de leis combinatórias por meio do qual as pessoas de uma comunidade se comunicam e interagem. CODIGO: é um conjunto de sinais e regras utilizados por uma comunidade. ONOMATOPÉIAS: são palavras ou expressões que imitam sons e ruídos. VARIEDADES LINGUÍSTICAS: são as variações que uma língua apresenta em razão das condições sociais, culturais e regionais nas quais é utilizada. ENUNCIADO: é tudo o que o locutor enuncia, isto é, tudo o que ele diz ao locutário numa determinada situação. TEXTO: é um enunciado ou um conjunto de enunciados, verbais, que apresenta unidade de sentido. DISCURSO: é o processo comunicativo capaz de construir sentido. Além dos enunciados, envolve também os elementos do contexto (quem são os interlocutores, que imagem um tem do outro, em que momento e lugar ocorre a interação, com que finalidade, etc.). INTENCIONALIDADE DISCURSIVA: são as intenções, implícitas, exigentes no discurso. GÊNEROS DO DISCURSO: são textos que circulam em determinadas esferas de atividades humanas e que, com

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 Projeto Acelera 8º ANO 2º bimestreLINGUAGEM: é um processo comunicativo pelo qual as pessoas interagem entre si. INTERLOCUTORES: são as pessoas que participam do processo de interação que se dá por maio da linguagem. LINGUA: é um conjunto de sinais (palavras) e de leis combinatórias por meio do qual as pessoas de uma comunidade se comunicam e interagem. CODIGO: é um conjunto de sinais e regras utilizados por uma comunidade. ONOMATOPÉIAS: são palavras ou expressões que imitam sons e ruídos. VARIEDADES LINGUÍSTICAS: são as variações que uma língua apresenta em razão das condições sociais, culturais e regionais nas quais é utilizada. ENUNCIADO: é tudo o que o locutor enuncia, isto é, tudo o que ele diz ao locutário numa determinada situação. TEXTO: é um enunciado ou um conjunto de enunciados, verbais, que apresenta unidade de sentido. DISCURSO: é o processo comunicativo capaz de construir sentido. Além dos enunciados, envolve também os elementos do contexto (quem são os interlocutores, que imagem um tem do outro, em que momento e lugar ocorre a interação, com que finalidade, etc.). INTENCIONALIDADE  DISCURSIVA: são  as intenções, implícitas, exigentes no discurso. GÊNEROS DO DISCURSO: são textos que circulam em determinadas esferas de atividades humanas e que, com pequenas variações, apresentam tema, estrutura e linguagem semelhantes. Conhecer os verbos de comando é fundamental para que você possa interpretar de maneira adequada às questões propostas a partir dos enunciados. Estes são alguns. Estude-os atentamente e em caso de dúvidas, recorra à professora durante as aulas.Afirmar: Apresentar, declarar os pontos principais de um assunto.Aplicar: Empregar o conhecimento em situações específicas e concretasApontar: Indicar, mostrar.Citar: Apontar, mencionar como exemplo.Comentar: Comentário é a descrição dos elementos e dimensões constitutivas de fenômenos, idéias ou textos. Nele, revelam-se aspectos positivos/      negativos, com base em algum juíso de valor. Um comentário ganha consistência quando tenta esclarecer pormenores que muitas vezes passam despercebidos. Para aprimorar os

comentários é importante desenvolver o sentido de fidelidade ao observado e à logicidade interna, dimensões que lhe dão consistência.Conceituar: Definir com suas palavras.Confrontar: pôr frente, comparar.Contradizer: Contestar, ir contra, dizer o contrário.Dissertar: Expor determinado assunto com argumentação própria.Deduzir (Inferir): Tirar conclusões, raciocinar a partir da análise de dados fornecidos.Endossar: Argumentar favoravelmente.Expor: Narrar, explicar.Refutar: Argumentar contrariamente.Relatar: Mencionar, descrever.Resolver: Efetuar, dar solução

I) QUESTÕES OBJETIVAS

Leia o texto 1 e realize as questões 1 e 2.

TEXTO 1

Leia as frases abaixo, publicadas na revista Veja, na seção A semana, e perceba como o autor faz humor jogando com algumas palavras empregadas.

OS PEQUENOS PARADOXOS DE TODO DIA

• Motorista, pegue o táxi e vá voando pro aeroporto.• Nunca vi um cara tão coroa.• Ele é inteligente pra burro.• Esse carro está ótimo porque foi envenenado.• Gostei. Esse sorvete é quente.• Nunca comprei óculos à vista.• Aquele cantor alto ali é baixo.• A seleção dos amarelos ainda está muito verde.

Jô Soares. In revista Veja. São Paulo, Abril, 28/11/05.

QUESTÃO 01 (Descritor: reconhecer o humor em falas usuais e paradoxais.)

Assunto: Inferências, antecipações e produção de sentido.

Leia, com atenção, o verbete abaixo.

Após a leitura do verbete, pode-se AFIRMAR que o humor do texto 1 deve-se ao fato de o autor

a) usar expressões que podem ser paradoxais, independentes do contexto em que são inseridas.b) ter usado de paradoxo para provar que todos usuários da língua não entendem o significado desse recurso.

paradoxo, s. m. Opinião contrária à comum; contra-senso, contradição. Uma idéia que é (ou parece ser) uma contradição ou um absurdo.

(Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa. Editora Objetiva.)

c) reconhecer que um interlocutor sempre se vale de expressões paradoxais para se comunicar.d) ter demonstrado, que em situações cotidianas, o interlocutor, despropositadamente, pode ser paradoxal.

QUESTÃO 02 (Descritor: interpretar textos organizados em tópicos.)

Assunto: Mecanismos de leitura e compreensão de textos estruturados em tópicos.

Releia, com atenção, o título do texto 1.

“OS PEQUENOS PARADOXOS DE TODO DIA”

Ao utilizar a expressão “Os pequenos paradoxos de todo dia”, o autor pretende afirmar que

a) todos os dias, propositalmente, as pessoas comentem paradoxos, pois não sabem se comunicar.b) os paradoxos são pequenos, pois, geralmente, as palavras utilizadas são monossílabas ou dissílabas.c) às vezes, os interlocutores utilizam expressões, que podem ser paradoxais, sem a intenção de fazê-lo.d) os usuários da língua se utilizam dessas expressões para criar, de propósito, situações de humor.

Leia o texto 2 e faça as questões 3 e 4.

TEXTO 2 O Quereres

Caetano Veloso

Onde queres revólver, sou coqueiro;Onde queres dinheiro, sou paixão!

Onde queres descanso, sou desejo;E onde sou só desejo, queres não!

E onde não queres nada, nada falta;E onde voas bem alto, eu sou o chão;

E onde pisas no chão,Minha alma salta: e ganha liberdade na amplidão...

Onde queres família, sou maluco;E onde queres romântico, burguês!

Onde queres Leblon, sou Pernambuco;E onde queres eunuco, garanhão!

E onde queres o sim e o não, talvez;Onde vês, eu não vislumbro razão!

Onde queres o lobo, eu sou o irmão;E onde queres cowboy, eu sou chinês!

Ah, bruta flor do querer...Ah, bruta flor, bruta flor!

Onde queres o ato, eu sou o espírito;E onde queres ternura, eu sou tesão!

Onde queres o livre, decassílabo;E onde buscas o anjo, eu sou mulher!

Onde queres prazer, sou o que dói;E onde queres tortura, mansidão!

Onde queres o lar, revolução;E onde queres bandido, eu sou o herói!

Eu queria querer-te amar o amor,

Construirmos dulcíssima prisão;E encontrar a mais justa adequação:Tudo métrica e rima e nunca dor!

Mas a vida é real e é de viés,E vê só que cilada o amor me armou:

Eu te quero e não me queres como sou;Não te quero e não me queres como és...

Ah, bruta flor do querer...Ah, bruta flor, bruta flor!

Onde queres comício, flipper vídeo;E onde queres romance, rock'n roll!

Onde queres a lua, eu sou o sol;Onde a pura-natura, o inseticídeo!

E onde queres mistério, eu sou a luz;Onde queres um canto, o mundo inteiro!

Onde queres quaresma, fevereiro;E onde queres coqueiro, eu sou obus!

O quereres e o estares sempre a fim,Do que em mim é em ti tão desigual...

Faz-me querer-te bem;Querer-te mal:

Bem a ti, mal ao quereres assim:

Infinitivamente impessoal;E eu querendo querer-te sem ter fim!

E querendo-te,Aprender o total...

Do querer que há;E do que não há em mim!

QUESTÃO 03 (Descritor: identificar semelhanças entre textos.)

Assunto: Inferências, antecipações e produção de sentido.

Qual das opções abaixo é comum aos textos 1 e 2?

a) Usar do mesmo recurso literário na construção de sentido.b) Pertencerem ao mesmo gênero, o poético.c) Utilizarem-se das falhas de comunicação.d) Estruturarem-se em forma de tópicos.

QUESTÃO 04 (Descritor: relacionar a utilização de recursos intertextuais à intencionalidade do locutor.)

Assunto: Inferências, antecipações e produção de sentido.

Ao longo do texto 2, o autor faz uso de expressões paradoxais. Trata-se evidentemente de um recurso expressivo que visa

a) caracterizar melhor o texto como um poema típico da literatura infanto-juvenil.b) exemplificar quais são os tipos de desejos do eu lírico.c) demonstrar que pode haver diferenças de desejos entre os seres humanos.d) destacar que os desejos do eu lírico são opostos ao de sua amada.

Leia o texto 3 e faça as questões 5, 6 e 7.

TEXTO 3

A HONRA PASSADA A LIMPO

Sou compulsiva, eu sei. Limpeza e arrumação.Todos os dias boto a mesa, tiro a mesa. Café, almoço, jantar. E pilhas de louça na pia, e espumas redentoras. Todos os dias entro nos quartos, desfaço camas, desarrumo berços, lençóis ao alto como velas. Para tudo arrumar depois, alisando colchas de crochê. Sou caprichosa, eu sei. Desce o pó sobre os móveis. Que eu colho na flanela. Escurecem-se as pratas. Que eu esfrego com a camurça. A aranha tece. Que eu enxoto. A traça rói. Que eu esmago. O cupim voa. Que eu afogo na água da tigela sob a luz. E de vassoura em punho gasto tapetes persas. Sou perseverante, eu sei. À mesa que ponho ninguém senta. Nas camas que arrumo ninguém dorme. Não há ninguém nesta casa, vazia há tanto tempo. Mas sem tarefas domésticas, como preencher de feminina honradez a minha vida?

Contos de amor rasgados – Marina Colasanti

QUESTÃO 05 (Descritor: perceber a relação entre conhecimentos prévios e os recursos intertextuais empregados na construção de textos diversos.)

Assunto: Inferências, antecipações e produção de sentido.

Observa-se que, no texto 3, há uma narradora descrevendo suas ações cotidianas. Pode-se afirmar que essa narradora faz um julgamento sobre si mesma e seu comportamento. Qual das passagens retiradas do texto confirma essa afirmação?

a) “Sou compulsiva, eu sei.”b) “À mesa que ponho ninguém senta.”c) “Não há ninguém nesta casa vazia há tanto tempo.”d) “Desce o pó sobre os móveis. Que eu colho na flanela.”

QUESTÃO 06 (Descritor: relacionar a utilização de recursos intertextuais à intencionalidade do locutor.)

Assunto: Inferências, antecipações e produção de sentido.

A escolha da linguagem utilizada pela autora não é aleatória. O vocabulário utilizado tem a intenção de enfatizar o perfeccionismo com que a narradora tenta desempenhar suas tarefas domésticas. Todas as expressões destacadas exemplificam esse ato, EXCETO

a) “...alisando colchas de crochê.”b) “Que eu esfrego com a camurça...”c) “Todos os dias boto a mesa, tiro a mesa...”d) “E de vassoura em punho gasto tapetes de persas.”

QUESTÃO 07 (Descritor: perceber como o duplo sentido pode comprometer a compreensão de textos escritos e orais.)

Assunto: Inferências, antecipações e produção de sentido.

Releia o 3º parágrafo do texto.

Os enunciados que nele aparecem tiveram sua estrutura modificada. Em uma das alternativas, essa modificação alterou o sentido básico do enunciado, introduzindo-lhe uma ambigüidade. Assinale essa alternativa.

a) Desce o pó sobre os móveis. Que eu colho na flanela. Eu colho na flanela o pó que desce sobre os móveis.b) Escurecem-se as pratas. Que eu esfrego com a camurça. Com a camurça eu esfrego as pratas que escurecem.c) A aranha tece. Que eu enxoto. A aranha que tece eu enxoto.d) O cupim voa. Que eu afogo na água da tigela sob a luz. Eu afogo o cupim na água da tigela que voa sob a luz.

Leia o texto 4 e faça as questões 8 e 9.

TEXTO 4

O poema abaixo é a estrofe inicial de um dos mais conhecidos poemas de Carlos Drummond de Andrade.

POEMA DE SETE FACES

Quando nasci, um anjo tortodesses que vivem na sombradisse: Vai, Carlos! ser gauche na vida.As casas espiam os homensque correm atrás de mulheres.A tarde talvez fosse azul,não houvesse tantos desejos.O bonde passa cheio de pernas:pernas brancas pretas amarelas.Para que tanta perna, meu Deus, pergunta meu coração.Porém meus olhos não perguntam nada.O homem atrás do bigodeé sério, simples e forte.

Quase não conversa.Tem poucos, raros amigoso homem atrás dos óculos e do bigode.Meu Deus, por que me abandonastese sabias que eu não era Deus,se sabias que eu era fraco.Mundo mundo vasto mundose eu me chamasse Raimundoseria uma rima, não seria uma solução.Mundo mundo vasto mundo,mais vasto é meu coração.Eu não devia te dizermas essa luamas esse conhaquebotam a gente comovido como o diabo.

Vocabulário

“Sou caprichosa, eu sei. Desce o pó sobre os móveis. Que eu colho na flanela. Escurecem-se as pratas. Que eu esfrego com a camurça. A aranha tece. Que eu enxoto. A traça rói. Que eu esmago. O cupim voa. Que eu afogo na água da tigela sob a luz. E de vassoura em punho gasto tapetes persas.“

Gauche: termo francês que significa, entre outras coisas, ‘desajeitado’; pronuncia-se “gôche”.

Adélia Prado, inspirada nesses versos de Drummond, escreveu o poema abaixo.

Com licença poética

Quando nasci, um anjo esbelto, desses que tocam trombeta, anunciou:vai carregar bandeira. Cargo muito pesado pra mulher, essa espécie ainda envergonhada. Aceito os subterfúgios que me cabem, sem precisar mentir.Não sou tão feia que não possa casar, acho o Rio de Janeiro uma beleza e ora sim, ora não, creio em parto sem dor.Mas o que sinto escrevo. Cumpro a sina. Inauguro linhagens, fundo remos— dor não é amargura. Minha tristeza não tem pedigree, já a minha vontade de alegria, sua raiz vai ao meu mil avô.Vai ser coxo na vida é maldição pra homem. Mulher é desdobrável. Eu sou.

QUESTÃO 08 (Descritor: perceber a intertextualidade como recurso de apropriação de informações de outros textos para o texto atual.)

Assunto: Crônicas.

O poema de Adélia Prado faz uma intertextualidade direta ao poema de Carlos Drummond. Todas as alternativas abaixo contêm passagens dos dois poemas, que compravam essa afirmação, EXCETO

a) “Quando nasci um anjo esbelto” X “Quando nasci, um anjo torto”.b) “desses que tocam trombeta” X “desses que vivem na sombra”.c) “anunciou: vai carregar” X “disse: Vai, Carlos!”d) “Não sou tão feia” X “ser gauche na vida”.

QUESTÃO 09 (Descritor: perceber a relação entre conhecimentos prévios e os recursos intertextuais empregados na construção de textos diversos.)

Assunto: Crônicas.

Sobre o poema de Adélia Prado e o poema de Carlos Drummond, todas as alternativas abaixo estão corretas, EXCETO

a) O anjo, no poema de Drummond é caracterizado como um ser torto, sombrio e o anjo de Adélia Prado é caracterizado como um ser esbelto, alegre.b) A postura do eu - lírico, no poema de Adélia Prado, é determinada pelo anúncio feito pelo anjo: “vai carregar bandeira”; a partir desse verso, temos a afirmação de uma mulher em permanente luta.

c) No poema de Drummond, não há a submissão do eu – lírico, pois, ele não aceita a profecia do anjo, que determina: “Vai, Carlos! ser gauche na vida.”d) A autora Adélia Prado pede permissão ao autor Carlos Drummond para usar do recurso da intertextualidade, quando dá ao seu poema o título Com licença poética.

TEXTO 5

Leia a notícia de jornal reproduzida abaixo: ela é autêntica, só os nomes verdadeiros foram substituídos. Foi publicada pelo Jornal da Tarde, de São Paulo. Em seguida, leia a letra do samba Notícia de Jornal.

Dois tiros e D. Maria quase perde a vida

Maria não queria viver sozinha no barraco acanhado.Abandonada pelo companheiro, dois filhos para criar, a faxineira desempregada conseguiu um revólver e partiu para a tentativa de suicídio.A história, segundo a polícia, é que o companheiro de Maria, homem branco, motorista, já era casado. E Maria, mulher negra, no momento sem emprego, vivia com ele há cinco anos. No último fim de semana, o casal se desentendeu e o homem resolveu voltar para a esposa legítima. Maria não tolerou o abandono. Agora, está hospitalizada, em estado grave. Os filhos estão com parentes.

Notícia de Jornal

Tentou contra a própria existênciaNum humilde barracãoJoana de Tal Por causa de um tal João

Depois de medicadaRetirou-se para o larAí a notíciaCarece de exatidão

O lar não mais existeNinguém volta ao que acabou

Joana é mais uma mulata tristeQue errou

Errou na doseErrou no amorJoana errou de João Ninguém notou

Ninguém morouNa dor que era seu malA dor da genteNão sai no jornal.

Luís Reis e Haroldo Barbosa – LP A Arte de Elizete Cardoso

QUESTÃO 10 (Descritor: reconhecer elementos da narrativa em notícias.)

Assunto: Informatividade e intencionalidade textuais.

Sobre a notícia de Jornal, Dois Tiros e D. Maria quase Perde a Vida, e o poema Notícia de Jornal, qual das alternativas abaixo está CORRETA?

a) Os dois textos têm como tema central a história de uma mesma mulher que tenta o suicídio, pois o seu companheiro a abandonou. b) Os dois textos criticam severamente a atitude das duas mulheres, pois elas tentam tirar a própria vida por um motivo banal.c) Os dois textos têm como objetivo principal advertir ao leitor que o abandono é uma das causas mais recorretentes de tentativa de suicídio entre as mulheres.d) Os dois textos, apesar de pertencerem a gêneros diferentes, contêm elementos do gênero narrativo.

TEXTO 6

Leia o texto abaixo, transcrito de uma pichação de muro, em São Paulo.

QUESTÃO 11 (Descritor: estabelecer relações entre informações escritas e as informações extraídas dos grafismos, das ilustrações e da situação interlocutiva.)

Assunto: Conhecimentos prévios e intertextualidade na produção de sentido de charges e tirinhas.

Sobre o texto 6, todas as alternativas abaixo estão corretas, EXCETO

a) Traduz, de maneira límpida, a idéia de eternidade.b) Participa socialmente de um contexto, por estar pichado num muro.c) Evoca uma mensagem poética, a partir do dado da imortalidade.d) Trabalha um arranjo de palavras a partir de um só vocábulo, relacionando-as entre si.

Leia o texto 7 e faça as questões 12 e 13.

TEXTO 7

A correspondência informal ou familiar é um tipo de carta apresentada em uma linguagem espontânea, subjetiva e dirigida a um receptor específico e íntimo. Embora os avanços tecnológicos ofereçam outros meios práticos e rápidos de comunicação, como a telefonia e a Internet, a carta é um tipo muito usado na comunicação e relacionamento entre as pessoas.

FREI BETTO, Cartas de prisão. Ed. Civilização Brasileira, 1997, Rio de Janeiro, pg. 166-167.

Breno, meu mano: gostei muito de sua carta. Você escreve com muita espontaneidade, quase como fala. É claro, tem lá, como eu, seus errinhos de Português, que podem ser sanados com a leitura de bons livros. Aliás, noto que a sua geração não é muito de ler, gosta mais de música, cinema e TV. O que já seria uma boa tendência se algum dos três ensinasse algo de útil. Ind’agora ouvi uma que dizia assim: “que musiquinha mais gostosa de cantar/é só laiá-la-iá; e só la-iá-,la-iá.” O cinema é a grande escola de violência (...) e a TV, de burrice padronizada. Há boa música e bons filmes, mas geralmente são os menos procurados. Os livros ficam para as traças.

Você diz que gostaria de escrever um livro sobre a nossa sociedade. Então, procure conhecê-la a fundo: seus aspectos culturais, políticos, econômicos, religiosos etc. Procure compará-la com outras sociedades, antigas e contemporâneas, e você verá que o homem, capaz de alterar os fenômenos naturais, é capaz também de sanar todos os problemas sociais. Leia, leia muito. Os livros ensinam a gente a analisar melhor a vida e as pessoas. Dão substância. No Brasil, temos excelentes romancistas como Machado de Assis, José Lins do Rego, Graciliano Ramos, Jorge Amado, Érico Veríssimo, Guimarães Rosa etc. Tive minhas fases de devorá-los. Com eles aprendi a enxergar uma porção de coisas.

Hoje, devido à própria conjuntura nacional, parece que os jovens não se interessam por mais nada, exceto “curtir” os seus programas e divertimentos. Acho muito pobre viver assim, sem nenhuma perspectiva de aprender, fazer e construir alguma coisa. A gente deve experimentar sempre o gosto de viver, e isto só é possível quando se sente que a vida tem dinamismo, e persegue-se um determinado projeto. Assim, viver adquire um valor insubstituível. Isso não depende de sorte. Depende de nossa capacidade de trabalho e decisão. Alguns, infelizmente, perdem esta capacidade, ficam cansados de viver e tentam enterrar sua covardia na bebida ou no tóxico. É a pior desgraça! Há tantas coisas a serem feitas, tantos caminhos a escolher, tantos estudos a fazer. Tem gente que envelhece precocemente. Aos 20 anos não aprende mais nada e julga que já sabe de tudo quando, de fato, vive encerrado no castelo de sua própria imaginação, tão vazio quanto irreal.

QUESTÃO 12 (Descritor: empregar recursos lingüísticos eficientes para a leitura e compreensão da diversidade de textos que circulam na sociedade.)

Assunto: Textos documentais: estrutura, finalidades, recursos de linguagem, ponto de vista do locutor, circuito comunicativo.Em todas as alternativas encontra-se traços de oralidade, EXCETO em

a) “(...) e a TV, burrice padronizada”.b) “Procure compará-la a outras sociedades, (...)”c) “Os livros ensinam a gente a analisar, melhor (...)” d) “Tem gente que envelhece precocemente.”

QUESTÃO 13 (Descritor: ativar conhecimentos prévios para a compreensão de textos documentais.)

Assunto: Textos documentais: estrutura, finalidades, recursos de linguagem, ponto de vista do locutor, circuito comunicativo.

Releia a seguinte oração, retirada do texto 7.

“Alguns jovens ficam cansados de viver.”

Assinale a afirmativa que apresenta, respectivamente, a CAUSA e a CONSEQÜÊNCIA desse fato.

a) I. Perdem a capacidade de trabalho e decisão. II. Entregam-se à bebida ou ao tóxico.

b) I. Não têm sorte. II. Sentem-se cansados de lutar.

c) I. Não têm um projeto de vida.

II. Entregam-se à bebida e ao tóxico.

d) I. Curtem, somente, seus divertimentos e programas. II. Ficam desmotivados para estudar e trabalhar.

TEXTO 8

Leia atentamente a charge abaixo e faça a questão 14.

QUESTÃO 14 (Descritor: identificar os conhecimentos prévios necessários à compreensão de charges e tirinhas.)

Assunto: Conhecimentos prévios e intertextualidade na produção de sentido de charges e tirinhas.

Leia, com atenção, o verbete abaixo.

Após a leitura do verbete e do texto 8, todas as alternativas abaixo estão corretas, EXCETO.

a) A palavra ressaca no texto foi usada no sentido figurado, como indisposição de quem bebeu.b) A imagem que o autor mostra do homem confirma o que o personagem diz estar sentindo.c) A fisionomia da mulher sugere que ela concorda com o diagnóstico levantado pelo marido.d) A palavra bafo foi utilizada na charge no sentido de ar exalado dos pulmões; hálito.

TEXTO 9

RESSACA– s.m. 1. Refluxo de uma vaga, depois de se espraiar ou de encontrar obstáculo que a impede de avançar livremente. 2. A vaga que se forma nesse movimento de recuo. 3. O encontro dessa vaga com outra (a saca), que avança para a praia ou para o obstáculo. 4. Bras. Investida fragorosa, contra o litoral, das vagas do mar muito agitado. 5. Fluxo e refluxo; inconstância, versatilidade, volubilidade. 6. Bras. Fig. Indisposição de quem bebeu, depois de passar a bebedeira. 7. Bras. Fig. Enfado,

QUESTÃO 15 (Descritor: reconhecer, nas histórias em quadrinhos, os elementos do discurso narrativo, narrador, personagens, foco narrativo, marcas dos discursos direto e indireto.)

Assunto: Conhecimentos prévios e intertextualidade na produção de sentido de charges e tirinhas.

Após a leitura do texto 9, todas as alternativas abaixo estão corretas, EXCETO.

a) O autor usou como recurso traços pontilhados e em curva, indicando o trajeto percorrido pelos personagens, para demonstrar que os mosquitos estão voando.b) A linha pontilhada no balão foi utilizada como recurso para sugerir que o personagem está falando baixo, sussurrando, comprovando que o inseto não está verdadeiramente preocupado.c) Na primeira oração do balão, há um adjetivo presente na fala do mosquito que comprova o sexo do personagem.d) O autor usou propositalmente como personagens da charge dois mosquitos, para dar ênfase à crítica que se pode inferir na expressão “turma da dengue”.

TEXTO 10

Leia o anúncio publicitário a seguir.

TEXTO DA PROPAGANDA A resposta para essa e outras

questões de seu dia–a–dia está na Série Cidadania, uma coleção de livros da Editora Globo que chega para orientar você na luta por seus direitos de um jeito fácil de entender.

Direitos do consumidor de A a Z* traz, em ordem alfabética, soluções para os problemas que mais afligem os consumidores. Já o Código de Defesa do Consumidor Comentado* oferece o conteúdo completo do Código de Defesa do Consumidor, com anotações e explicações sobre cada artigo. Guia do Condomínio* apresenta em detalhes seus direitos e deveres, como, por exemplo, horário para barulhos, despesas ordinárias e reuniões de condomínio e Planos de Saúde** ajuda você resolver problemas relacionados a seu convênio médico, como

(Marie Claire, fev. 2002.)

QUESTÃO 16 (Descritor: identificar a estrutura da voz ativa e da voz passiva em enunciados diversos.)

Assunto: Vozes verbais: estruturação, efeitos de sentido e intenção comunicativa.

Releia a frase do texto 10.

“Seu cheque pré-datado foi depositado antes do prazo combinado.”

Sobre a oração em destaque, todas as alternativas estão corretas, EXCETO

a) A oração, em destaque, está na voz passiva analítica.b) Não há, na oração destacada, um agente da passiva expresso.c) O anunciante não explicitou o agente da passiva para generalizar o responsável pela ação.d) Não há, na oração em destaque, um sujeito paciente anteposto ao verbo.

TEXTO 11

Leia a seguir a letra de uma canção de Gilberto Gil.

A raça humana éUma semanaDo trabalho de Deus

A raça humana é a ferida acesaUma beleza, uma podridãoO fogo eterno e a morteA morte e a ressurreição

A raça humana éUma semanaDo trabalho de Deus

A raça humana é o cristal de lágrimaDa lavra da solidãoDa mina, cujo mapaTraz na palma da mão

A raça humana éUma semanaDo trabalho de Deus

A raça humana risca, rabisca, pintaA tinta, a lápis, carvão ou gizO rosto da saudadeQue traz do GênesisDessa semana santaEntre parêntesesDesse divino oásisDa grande apoteoseDa perfeição divinaNa Grande Síntese

A raça humana éUma semanaDo trabalho de Deus

Vocabulário:Gêneses. substantivo feminino 1 origem e desenvolvimento dos seresEx.: a g. das espécies2 Derivação: sentido figurado.conjunto de fatos ou elementos que contribuíram para produzir uma coisaEx.: a g. de uma obra de arte substantivo masculino Rubrica: bibliologia.3 o primeiro livro da Bíblia, em que se acha descrita a criação do mundo. Obs.: inicial maiúsc. (Todas as letras. São Paulo: Companhia das Letras, 1996. p. 261.)

QUESTÃO 17 (Descritor: estabelecer relação entre o emprego do predicado nominal e a intenção comunicativa do enunciado.)

Assunto: Transitividade verbal e nominal: complementos verbais e nominais.

Observando a estrutura sintática das estrofes, notamos que quase todas elas são semelhantes. Releia a 1ª estrofe, que além de ser o refrão é uma única oração.

A raça humana é / Uma semana / Do trabalho de Deus

Sobre a estrutura sintática das estrofes, todas as alternativas estão corretas, EXCETO

a) “uma semana do trabalho de Deus” exerce a função de objeto direto, pois modifica o sujeito.b) A classificação do predicado da oração em destaque é predicado nominal.c) As outras estrofes que apresentam uma estrutura sintática semelhante são: 2ª e 4ª.d) A única estrofe que apresenta uma estrutura sintática completamente diferente é a 6ª.

TEXTO 12

Leia esta tira de Bill Watterson.

QUESTÃO 18 (Descritor: relacionar os tipos de predicado ao tipo de informação por ele veiculado.)Assunto: Transitividade verbal e nominal: complementos verbais e nominais.

Sobre a estrutura sintática das orações da tirinha, todas as alternativas estão corretas, EXCETO.

a) No 1º quadrinho, o termo chateado é predicativo do sujeito.b) No 3º quadrinho, há dois termos que funcionam como predicativo do sujeito. c) No último quadrinho, na fala do tigre, estão implícitos o sujeito e o verbo.

d) No 2º quadrinho, o verbo viver é um verbo de ligação.

TEXTO 13

Leia o texto publicitário a seguir.

TEXTO DA PROPAGANDA - SLOGANTEM GENTE INTERESSANTE E MUITO ASSUNTO, TEM BROWNIE E CAPUCCINO, TEM SUCOS E MUFFINS, IOGURTE DE VÁRIOS JEITINHOS, E, CLARO, TEM SEMPRE

TEXTO DA PROPAGANDA – Crossaint: massa levíssima, recheio de canela e uma generosa cobertura de creme e canela ou foundant.

TEXTO DA PROPAGANDA – Mr. Voltas de Canela: massa levíssima, recheio de canela e uma generosa cobertura de creme e canela ou

TEXTO DA PROPAGANDA – Mr. Brownie: casquinha crocante, massa molhadinha de chocolate, repleta de pedacinhos de nozes.

QUESTÃO 19 (Descritor: relacionar verbos transitivos e intransitivos à construção de predicados verbais.)Assunto: Transitividade verbal e nominal: complementos verbais e nominais.

Sobre o slogan do texto13, todas as alternativas estão corretas, EXCETO.

a) O verbo, que se repete no slogan do texto publicitário, é um verbo transitivo direto.b) Todos os complementos do verbo utilizado no slogan são objetos diretos e indiretos.c) Pode-se inferir que a repetição do mesmo verbo no slogan foi utilizada para atrair a atenção do leitor.d) Na última oração, a palavra “claro” reafirma a qualidade do café servido.

TEXTO 14

Leia a tira a seguir.

QUESTÃO 20 (Descritor: perceber a mudança de regência de alguns verbos em função do seu significado.)

Assunto: Regência verbal e nominal. A importância das preposições na regência verbal e nominal.

Sobre a estrutura sintática das orações da tirinha, todas as alternativas estão corretas, EXCETO

a) Nessa tira, a regência do verbo assistir está empregada em desacordo com a variedade padrão.b) O verbo assistir, no contexto da tirinha, foi usado no sentido de “estar presente”, “presenciar”.c) Para adequar a regência do verbo assistir à variedade padrão, o complemento do verbo da oração do 1º quadrinho precisaria ter uma preposição.d) Para adequar a regência do verbo assistir à variedade padrão, o complemento verbal da oração do 2º quadrinho não necessitaria de preposição.