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PROJETO A MINERAO DE FERRO NA SERRA DO ITATIAIUU PJ.017.2010.MI.RF.02.07.2012.R0
Fl.2/382
SUMRIO
LISTA DE SIGLAS ..................................................................................................................... 9
LISTA DE FIGURAS ................................................................................................................ 15
LISTA DE TABELAS ................................................................................................................ 17
LISTA DE GRFICOS ............................................................................................................. 19
1 INTRODUO ...................................................................................................... 20
2 OBJETIVOS E JUSTIFICATIVAS .............................................................................. 22
2.1 Objetivo Geral ..................................................................................................... 22
2.2 Objetivos Especficos ........................................................................................... 22
3 METODOLOGIA .................................................................................................... 23
4 REA DE ESTUDO ................................................................................................ 26
4.1 Localizao .......................................................................................................... 26
4.2 Breve Diagnstico ................................................................................................ 32
4.3 Diagnstico pelo Zoneamento Ecolgico Econmico De Minas Gerais ZEE/MG
35
4.3.1 Vulnerabilidade Natural ...................................................................................... 37
4.3.1.1 Componente Bitica ............................................................................................ 38
4.3.1.1.1 Integridade da Flora ............................................................................................ 39
4.3.1.1.2 Integridade da Fauna .......................................................................................... 43
4.3.1.2 Componente Abitica.......................................................................................... 45
4.3.1.2.1 ndice de umidade ............................................................................................... 45
4.3.1.2.2 Vulnerabilidade da eroso .................................................................................. 46
4.3.1.2.3 Vulnerabilidade do solo Contaminao Ambiental .......................................... 48
4.3.1.2.4 Vulnerabilidade dos recursos hdricos ................................................................ 49
4.3.2 Potencialidade Social........................................................................................... 51
4.3.3 ndice Ecolgico-Econmico ................................................................................ 53
4.3.3.1 Zonas ecolgico-econmicas............................................................................... 56
5 MINAS GERAIS: HISTRIA DA MINERAO, HISTRIA DE UM ESTADO ............. 59
5.1 A Minerao de Ferro na Serra do ltatiaiuu ...................................................... 62
5.2 O processo de aquisio das grandes mineradoras na Serra do Itatiaiuu a partir
de 2006/2007 ...................................................................................................................... 67
5.2.1 ARCELOR-MITTAL ................................................................................................ 68
5.2.2 MMX .................................................................................................................... 69
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5.2.3 COMISA (Cia. de Minerao Serra Azul) .............................................................. 70
5.2.4 FERROUS (Ferrous Resources do Brasil S.A) ........................................................ 70
5.2.5 MBL (Minerais Bsicos Ltda.) e MINERITA (Minerita Minrios Itana Ltda.) ..... 71
5.2.6 USIMINAS (Usinas Siderrgicas de Minas Gerais S.A.) ........................................ 72
5.3 O atual cenrio da minerao na Serra do Itatiaiuu .......................................... 72
5.4 O que mudou? E o que se pode esperar? ........................................................... 73
6 O PROCESSO PRODUTIVO NA SERRA DO ITATIAIUU ......................................... 77
6.1 Planejamento ...................................................................................................... 80
6.2 Lavra .................................................................................................................... 80
6.3 Mtodos de Lavra ................................................................................................ 82
6.3.1 ARCELOR-MITTAL (Minas Itatiaiuu Ltda.) .......................................................... 82
6.3.2 MMX .................................................................................................................... 83
6.3.2.1 MMX (AVG Minerao Ltda.) .............................................................................. 83
6.3.2.2 MMX (MINERMINAS - Mineradora Minas Gerais Ltda.) ..................................... 84
6.3.3 COMISA - Companhia de Minerao Serra Azul Ltda. ......................................... 85
6.3.4 FERROUS (EMISA - Empresa de Minerao Santanense Ltda.) ........................... 86
6.3.5 MBL Materiais Bsicos Ltda. ............................................................................. 87
6.3.6 MINERITA Minrios Itana Ltda. ...................................................................... 88
6.3.7 USIMINAS ............................................................................................................ 89
6.3.7.1 USIMINAS (Minerao Global Ltda.) ................................................................... 89
6.3.7.2 USIMINAS (Minerao J. Mendes Ltda.) ............................................................. 89
6.3.7.3 USIMINAS (SOMISA Siderrgica Oeste de Minas Ltda.) ................................... 90
6.4 Beneficiamento ................................................................................................... 91
6.4.1 ARCELOR-MITTAL (Minas Itatiaiuu Ltda.) .......................................................... 92
6.4.2 MMX .................................................................................................................... 95
6.4.2.1 EMICOM Empresa de Minerao e Terraplenagem Ltda. ................................ 95
6.4.2.2 MMX (AVG Minerao Ltda.) .............................................................................. 95
6.4.2.3 MMX (MINERMINAS Mineradora Minas Gerais Ltda.) .................................... 96
6.4.3 COMISA Companhia de Minerao Serra Azul Ltda. ........................................ 96
6.4.4 FERROUS (EMESA Empresa de Minerao Santanense) .................................. 97
6.4.5 MBL Materiais Bsicos Ltda. ............................................................................. 99
6.4.6 MINERITA Minrios Itana Ltda. ...................................................................... 99
6.4.7 USIMINAS .......................................................................................................... 100
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6.4.7.1 USIMINAS (Minerao J. Mendes Ltda.) ........................................................... 100
6.4.7.2 USIMINAS (SOMISA Siderrgica Oeste de Minas Ltda.) ................................. 101
6.4.7.3 USIMINAS (Minerao Global Ltda.) ................................................................. 102
6.5 Resduos: Rejeito / Estril.................................................................................. 103
6.6 Expedio .......................................................................................................... 104
6.7 Escoamento da produo .................................................................................. 105
6.7.1 Descrio do atual sistema de escoamento da produo................................. 106
6.7.1.1 Ferrovia do Ao ................................................................................................. 107
6.7.1.2 Terminal Rodo-Ferrovirio de Sarzedo ............................................................. 110
6.7.1.3 Terminal Rodo-Ferrovirio Modal de Itana ..................................................... 112
6.7.1.4 Terminal Serra Azul - TSA .................................................................................. 114
6.7.1.5 Complexo Porturio Itaguai, Rio de Janeiro ...................................................... 116
6.7.2 A atual logstica de escoamento dos empreendimentos que compem o
Complexo Minerrio da Serra do Itatiaiuu. ..................................................................... 118
6.7.2.1 Arcellor Mital ..................................................................................................... 118
6.7.2.2 MMX .................................................................................................................. 119
6.7.2.3 COMISA ............................................................................................................. 120
6.7.2.4 FERROUS ............................................................................................................ 120
6.7.2.5 MBL.................................................................................................................... 121
6.7.2.6 MINERITA .......................................................................................................... 122
6.7.2.7 USIMINAS .......................................................................................................... 122
6.7.3 Concluses do Sistema de Escoamento da Produo ....................................... 124
7 BALANO PRODUTIVO DA SERRA DO ITATIAIUU ............................................ 126
7.1 Reservas Medidas Inferidas............................................................................... 126
7.2 Classificao qualitativa e quantitativa das reservas e do ROM (RUN OF MINE)
131
7.3 Classificao qualitativa e quantitativa do rejeito/estril ................................. 134
7.4 Concluses do Balano Produtivo ..................................................................... 137
8 ESTIMATIVA DE CONSUMO ............................................................................... 141
8.1 Energia ............................................................................................................... 141
8.1.1 Energia Renovvel ............................................................................................. 146
8.1.2 Estimativa do consumo energtico, para extrao, carga e transporte do
material da frente de lavra at o beneficiamento ............................................................ 149
8.1.3 Consumo de matria prima por tonelada de produto produzido .................... 151
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8.2 gua ........................................................................................................................... 155
9 MEDIDAS DE MELHORIA CONTNUA DO DESEMPENHO AMBIENTAL .............................. 158
9.1 Manuteno da Regularizao ambiental ................................................................. 158
9.1.1 Processos Administrativos ................................................................................ 158
9.1.2 Direitos Minerrios na Serra do Itatiaiuu ........................................................ 161
9.2 Aes passadas .......................................................................................................... 165
9.2.1 De recuperao de vales e cursos d'guas assoreados pela atividade predatria
realizada na regio no passado ......................................................................................... 165
9.2.1.1 ARCELOR-MITTAL .......................................................................................... 167
1.1.1.1 MMX .............................................................................................................. 167
9.2.1.2 COMISA ......................................................................................................... 167
9.2.1.3 FERROUS ........................................................................................................ 168
9.2.1.4 MINERITA ...................................................................................................... 169
9.2.1.5 USIMINAS e MBL ........................................................................................... 169
9.2.2 De recuperao dos passivos ambientais e aes de sustentabilidade da
atividade mineraria da regio. .......................................................................................... 174
9.2.2.1 ARCELOR-MITTAL .......................................................................................... 175
9.2.2.2 MMX .............................................................................................................. 176
9.2.2.3 COMISA ......................................................................................................... 177
9.2.2.4 FERROUS ........................................................................................................ 177
9.2.2.5 MBL................................................................................................................ 178
9.2.2.6 MINERITA ...................................................................................................... 179
9.2.2.7 USIMINAS ...................................................................................................... 179
9.2.3 Para proteo de mananciais de abastecimento pblico ................................. 181
9.2.3.1 ARCELOR-MITTAL .......................................................................................... 183
9.2.3.2 MMX .............................................................................................................. 184
9.2.3.3 COMISA ......................................................................................................... 185
9.2.3.4 FERROUS (EMISA) .......................................................................................... 185
9.2.3.5 MBL................................................................................................................ 186
9.2.3.6 MINERITA ...................................................................................................... 187
9.2.3.7 USIMINAS ...................................................................................................... 187
9.3 A importncia da produo mais limpa (P+L) .................................................... 187
9.3.1 Definio............................................................................................................ 188
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9.3.2 Benefcios .......................................................................................................... 188
9.3.3 Metodologia de Implantao da P+L................................................................. 189
9.3.4 P+L aplicada minerao de ferro .................................................................... 192
9.3.5 P+ L nas empresas ............................................................................................. 197
9.4 Propostas de Alternativas Tecnolgicas ............................................................. 199
9.4.1 Proposio de melhorias no mtodo de lavra .................................................. 199
9.4.2 Aproveitamento de rejeitos .............................................................................. 201
9.4.2.1 ARCELOR-MITTAL .......................................................................................... 203
9.4.2.2 MMX .............................................................................................................. 203
9.4.2.3 COMISA ......................................................................................................... 203
9.4.2.4 FERROUS ........................................................................................................ 204
9.4.2.5 MBL................................................................................................................ 204
9.4.2.6 MINERITA ...................................................................................................... 204
9.4.2.7 USIMINAS ...................................................................................................... 205
9.4.3 Alternativas para o escoamento do produto, tendo em vista o aumento da
produo 205
9.5 Proposta de condicionantes padro a serem adotadas nos novos projetos de
licenciamento ambiental, visando sustentabilidade da regio .......................................... 207
9.5.1 Lavra .................................................................................................................. 208
9.5.1.1 Fase de instalao ......................................................................................... 208
9.5.1.2 Fase de operao .......................................................................................... 211
9.5.2 Unidades de Tratamento de Minerais UTMs ................................................. 212
9.5.2.1 Fase de instalao ......................................................................................... 212
9.5.2.2 Fase de operao .......................................................................................... 213
9.6 Proposta de estudos e/ou condicionantes especficas para a Serra do Itatiaiuu 215
10 INDICADORES SOCIOAMBIENTAIS ................................................................................. 217
10.1 Justificativa ................................................................................................................ 217
10.2 ndice de Desempenho Socioambiental .................................................................... 218
10.2.1 Desenvolvimento de Indicadores socioambientais ........................................... 219
10.2.1.1 Mtodos e referncias .............................................................................. 219
10.2.1.1.1 GRI ......................................................................................................... 220
10.2.1.1.2 ICMM ..................................................................................................... 221
10.2.1.1.3 IFC .......................................................................................................... 222
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10.2.1.1.4 Produo Mais Limpa ............................................................................ 223
10.3 Os indicadores de desempenho socioambiental da minerao de ferro na Serra do
Itatiaiuu ............................................................................................................................... 225
10.3.1 Definio de indicadores ................................................................................... 225
10.3.1.1 Anlise estratgica .................................................................................... 225
10.3.1.2 Definio de questes ambientais mais relevantes .................................. 226
10.3.1.2.1 Impactos no ciclo de vida ...................................................................... 227
10.3.1.2.2 Mapeamento de stakeholders .............................................................. 227
10.3.1.2.3 Definio dos indicadores ..................................................................... 227
10.3.2 Indicadores de desempenho socioambiental ................................................... 228
10.3.2.1 Anlise estratgica .................................................................................... 229
10.3.2.1.1 Oportunidades ...................................................................................... 232
10.3.2.1.2 Ameaas ................................................................................................ 234
10.3.2.1.3 Foras .................................................................................................... 235
10.3.2.1.4 Fraquezas .............................................................................................. 236
10.3.2.2 Questes ambientais mais relevantes ...................................................... 238
10.3.2.3 Impactos no ciclo de vida .......................................................................... 244
10.3.2.4 Mapeamento de stakeholders .................................................................. 246
10.3.2.5 Definio dos indicadores ......................................................................... 249
10.3.2.5.1 Impactos ambientais diretos ................................................................. 250
10.3.2.5.2 Questes socioeconmicas ................................................................... 253
10.3.2.5.3 Questes institucionais ......................................................................... 255
10.3.2.5.4 Ecoeficincia .......................................................................................... 257
10.4 Estabelecimento de critrios de ponderao dos diversos indicadores para a
formao do ndice de desempenho socioambiental ........................................................... 260
10.5 Elaborao de uma metodologia para o clculo do ndice ....................................... 265
10.5.1 Mtodo proposto para atualizao do ndice ................................................... 273
10.6 Metodologia do ndice de desempenho socioambiental .......................................... 274
10.6.1 Metodologia de clculo para os indicadores do ndice de desempenho
socioambiental .................................................................................................................. 274
10.6.1.1 Elementos dos indicadores ....................................................................... 275
10.6.1.2 Indicadores ................................................................................................ 276
10.6.1.2.1 Passivos ambientais / reas contaminadas ........................................... 276
10.6.1.2.2 Acidentes ambientais ............................................................................ 278
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10.6.1.2.3 Preservao ambiental .......................................................................... 280
10.6.1.2.4 Rudos .................................................................................................... 282
10.6.1.2.5 Poluio visual ....................................................................................... 283
10.6.1.2.6 Integrao e Ecologia Industrial ............................................................ 286
10.6.1.2.7 Apoio da populao local ...................................................................... 287
10.6.1.2.8 Participao da sociedade ..................................................................... 290
10.6.1.2.9 Acidentes e segurana no ambiente de trabalho ................................. 291
10.6.1.2.10 Emprego e renda ................................................................................. 293
10.6.1.2.11 Finanas locais ..................................................................................... 295
10.6.1.2.12 Patrimnio Cultural e Natural ............................................................. 297
10.6.1.2.13 Logstica ............................................................................................... 299
10.6.1.2.14 Planos para fechamento ..................................................................... 301
10.6.1.2.15 Legislao ............................................................................................ 304
10.6.1.2.16 Poluio atmosfrica ........................................................................... 305
10.6.1.2.17 Particulados ......................................................................................... 306
10.6.1.2.18 Mudanas climticas ........................................................................... 308
10.6.1.2.19 gua .................................................................................................... 310
10.6.1.2.20 Resduos minerrios ............................................................................ 313
10.6.1.2.21 Resduos slidos no minerrios ......................................................... 315
10.6.1.2.22 Energia ................................................................................................ 317
10.6.1.3 Check-list de informaes ......................................................................... 319
11 BIODIVERSIDADE E CREDITOS DE CARBONO ................................................................ 323
11.1 Crditos de carbono na Serra do Itatiaiuu .............................................................. 324
11.2 Biodiversidade e reas vegetadas ............................................................................. 326
12 CONSIDERAES FINAIS ................................................................................................ 333
13 EQUIPE TCNICA ............................................................................................................ 336
14 REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS ..................................................................................... 337
ANEXOS ..................................................................................................................................... 382
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Fl.9/382
LISTA DE SIGLAS
A: gua
A: Planos Ambientais para o Fechamento
AAmb: Acidentes Ambientais
ABNT: Associao Brasileira de Normas Tcnicas
AH: Histrico Ambiental
AIA: Avaliao de Impacto Ambiental
AID: rea de Influncia Direta
AII: rea de Influncia Indireta
ANFO: Ammonium Nitrate/ Fuel Oil
ANP: Agncia Nacional do Petrleo
ANVISA: Agncia Nacional de Vigilncia Sanitria
APA: rea de Preservao Ambiental
APHA: American Public Health Association
APP: rea de Proteo Permanente
AS: Acidentes e Segurana
AWWA: American Water Works Association
BDA: Banco de Declaraes Ambientais
BH: Belo Horizonte
BP: Bombeado
BR: Brasil
C: Carbono
CBH: Cmara de Bacias Hidrogrficas
CEFEM: Compensao Financeira pela Explorao Mineral
CEMIG: Companhia Energtica de Minas Gerais
CEO: Chief executive officer (Chefe Executivo Organizacional )
CH4: Metano
CL: Ciclones
CNRH: Conselho Nacional de Recursos Hdricos
CNTL: Centro Nacional de Tecnologias Limpas
CNUC: Conselho Nacional de Unidades de Conservao
CO2: Dixido de Carbono
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Fl.10/382
CO2e: Gs Carbnico Equivalente
CONAMA: Conselho Nacional do Meio Ambiente
COP: Conferncia das Partes
COPAM: Comisso de Poltica Ambiental
COPASA: Companhia de Saneamento de Minas Gerais
CRL: Cloro Residual Livre
DAIA: Documento Autorizativo para Interveno Ambiental
dB: decibis
DBO: Demanda Bioqumica de Oxignio
DDS: Dilogo Dirio de Segurana
DER: Departamento de Estradas e Rodagem
DG: Diretor Geral
DN: Deliberao Normativa
DOU: Dirio Oficial da Unio
DRS: Diretrizes para Relatrio de Sustentabilidade
E: Energia
E: Planos de Fechamento para Casos Extraordinrios
E0: Erro Tolervel
EIA: Estudo de Impacto Ambiental
ER: Emprego e Renda
ETE: Estao de Tratamento de Efluentes
EVA: Estudo de Viabilidade Ambiental
FCA: Ferrovia Centro Atlntica
FCEI: Formulrio Integrado de Caracterizao de empreendimento
Fe: Ferro
FEAM: Fundao Estadual do Meio Ambiente
FIEMG: Federao das Indstrias do Estado de Minas Gerais
FL: Finanas Locais
GEE: Gases causadores do Efeito Estufa
GHG: Protocolo de Gases do Efeito Estufa
GJ: Giga Joule (um bilho de Joules)
Gj: Giga-joule
PROJETO A MINERAO DE FERRO NA SERRA DO ITATIAIUU PJ.017.2010.MI.RF.02.07.2012.R0
Fl.11/382
GPS: Sistema Global de Posicionamento
GPROD Gerncia de Produo Sustentvel
GRI: Global Reporting Initiative (Iniciativa Global de Reporte)
HC: Hidrociclones
I: Integrao e Ecologia Industrial
I: Nmero de Instalaes Operacionais
IB: Britagem
IBAMA: Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais
Renovveis
IBRAM: Instituto Brasileiro de Minerao
ICMM: International Council for Mining and Metals (Conselho Internacional
deMinerao e Metais)
ICMS: Imposto sobre Circulao de Mercadorias e Servios
IEF: Instituto Estadual de Florestas
IFC: International Finance Corporation (Corporao Financeira Internacional)
IGAM: Instituto Mineiro de Gesto das guas
IPCC: Painel Intergovernamental de Mudanas Climticas
ISO: International Organization for Standardization
ITM: Instalao de Tratamento de Minrio
JG: Jiguagem
Kg: Quilograma (mil gramas)
L: Legislao
LI: Licena de Instalao
LO: Licena de Operao
Log: Logstica
LP: Licena Prvia
LS: Licena Social
MC: Metodologia de Clculo
MDL: Mecanismo de Desenvolvimento Limpo
MG: Minas Gerais
MMA: Ministrio do Meio Ambiente
MMSS: Suplemento Setorial de Minerao e Metais
PROJETO A MINERAO DE FERRO NA SERRA DO ITATIAIUU PJ.017.2010.MI.RF.02.07.2012.R0
Fl.12/382
MP: Material Particulado
MRS: MRS Logstica S.A.
MS: Ministrio da Sade
MTPA: Milho de Tonelada por Ano
MV: Alimentador Vibratrio
N: Norte
N2O: xido Nitroso
NBR: Norma Brasileira
NO2: xido Ntrico
NPO: Natural Pellet Ore
NR: Norma Regulamentadora
NRM: Normas Reguladoras da Minerao
O3: Oznio
OD: Oxignio Dissolvido
OMS: Organizao Mundial da Sade
ONG: Organizao no Governamental
ONU: Organizao das Naes Unidas
P: Particulados
P+L: Produo Mais Limpa
PA: Passivo Ambiental
PAE: Plano de Aproveitamento Econmico
PAFEM: Planos Ambientais para Fechamento de Mina
PCA: Plano de Controle Ambiental
PEA: Programa de Educao Ambiental
PF: Planos para Fechamento
pH: Potencial de Hidrognio
PM-10: Partculas inalveis com menos de 10 micrmetros (g)
PN: Peneira
POP: Poluentes Orgnicos Persistentes
PR: Preservao Ambiental
PRAD: Plano de Recuperao de reas Degradadas
PS: Participao Social
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Fl.13/382
PTS: Partculas Totais em Suspenso
PUP: Plano de Utilizao Pretendida
PV: Peneira Vibratria
PV: Poluio Visual
PV: Pr-viabilidade
QA: Qualidade da gua
R: Rudos
RAD: Recuperao de reas Degradadas
RADA: Relatrio de Avaliao de Desempenho Ambiental
RCA: Relatrio de Controle Ambiental
REDD: Reduo de Emisses por Desmatamento e Degradao Florestal
REDD: Reduce Emissions for Deforestation and Degradation
REM: Relao Estril Minrio
RIMA: Relatrio de Impacto Ambiental
RJ: Rio de Janeiro
RL: Reserva Legal
RNM: Resduos no minerrios
ROM: Run of Mine (Volume de minrio extrado)
RPPN: Reserva Particular do Patrimnio Natural
S: Planos Sociais para o Fechamento
S: Sul
SA: Social AccountAbility
SAO: Separadores de gua e leo
SEMAD: Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento
Sustentvel
SESI-RS: Servio Social da Indstria do Rio Grande do Sul
SGI: Sistema de Gesto Integrado
SIAM: Sistema Integrado de Informao Ambiental
SISEMA: Sistema Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hdricos
SISNAMA:Sistema Nacional do Meio Ambiente
SM: Concentrador Magntico
SNVS: Sistema Nacional de Vigilncia Sanitria
PROJETO A MINERAO DE FERRO NA SERRA DO ITATIAIUU PJ.017.2010.MI.RF.02.07.2012.R0
Fl.14/382
SO2: Dixido de Enxofre
SP: So Paulo
SUASA: Sistema nico de Ateno Sanidade Agropecuria
SUPRAM: Superintendncia Regional Regularizao Ambiental
SUS: Sistema nico de Sade
SVS: Secretaria de Vigilncia em Sade
SWOT: Strenghts, Weaknesses, Opportunities, Threats (Foras, Fraquezas,
Oportunidades e Ameaas)
TAC: Termo de Ajustamento de Conduta
TC: Transportador de Correia
TCLD: Transportador por Correia de Longa Distncia
TCS: Terminal de Cargas de Sarzedo
TR: Transportadores
TSA: Terminal Serra Azul
UC: Unidade de Conservao
UTM: Unidade de Tratamento de Minrio
V: Valores
WEF: Water Environment Federation
ZA: Zona de Amortecimento
PROJETO A MINERAO DE FERRO NA SERRA DO ITATIAIUU PJ.017.2010.MI.RF.02.07.2012.R0
Fl.15/382
LISTA DE FIGURAS
FIGURA 1: QUADRILTERO FERRFERO. ................................................................................................................ 27
FIGURA 2: SERRA DO ITATIAIUU E CURRAL - QUADRILTERO FERRFERO. ......................................................... 28
FIGURA 3: RESERVA DA BIOFESRA DA SERRA DO ESPINHAO RBSE. ................................................................. 29
FIGURA 4: MUNICPIOS INTEGRANTES DA SERRA DO ITATIAIUU ....................................................................... 30
FIGURA 5: LOCALIZAO DA REA DE ESTUDO. ................................................................................................... 31
FIGURA 6: LOCALIZAO DA REA DE ESTUDOS NAS SUB-BACIAS DO RIO PAR E RIO PARAOPEBA .................. 33
FIGURA 7: DELIMITAO DA REA DE ESTUDO NA PLATAFORMA DO ZEE. ......................................................... 36
FIGURA 8: ESTRUTURA DA CARTA VULNERABILIDADE NATURAL. ........................................................................ 37
FIGURA 9: ESTRUTURA DA COMPONENTE BITICA DA CARTA VULNERABILIDADE NATURAL ............................. 38
FIGURA 10: ESTRUTURA DA CARTA INTEGRIDADE DA FLORA. .............................................................................. 39
FIGURA 11: ESTRUTURA DA CARTA INTEGRIDADE DA FAUNA. ............................................................................. 43
FIGURA 12: ESTRUTURA DA COMPONENTE ABITICA DA CARTA VULNERABILIDADE NATURAL. ........................ 45
FIGURA 13: ESTRUTURA DO NDICE VULNERABILIDADE DA EROSO. .................................................................. 46
FIGURA 14: ESTRUTURA DO NDICE VULNERABILIDADE DO SOLO. ...................................................................... 48
FIGURA 15: ESTRUTURA DA CARTA VULNERABILIDADE DOS RECURSOS HDRICOS. ............................................ 49
FIGURA 16: ESTRUTURA DA CARTA POTENCIALIDADE SOCIAL. ............................................................................ 51
FIGURA 17: MOSAICO DE FOTOS DE MINERAO NA SERRA DO ITATIAIUU...................................................... 75
FIGURA 18: FLUXOGRAMA PRODUTIVO DA MINERAO DE FERRO COM TRATAMENTO A MIDO ................... 78
FIGURA 19: MOSAICO DE FOTOS DAS ETAPAS DE PRODUO DA MINERAO NA SERRA DO ITATIAUIU. ...... 79
FIGURA 20 FRENTE DE LAVRA DA MINA ITATIAIUU, SENDO DESENVOLVIDA EM BANCADAS ............................ 82
FIGURA 21: VISTA GERAL DA REA DA LAVRA DA AVG MINERAO LTDA. ......................................................... 84
FIGURA 22: FRENTE DE LAVRA DA MINERMINAS, ................................................................................................. 85
FIGURA 23 VISTA GERAL DA REA DE LAVRA DA COMISA LTDA. .......................................................................... 86
FIGURA 24: FRENTE DE LAVRA DA EMISA COM EXPLORAO PREDATRIA, GERANDO GRANDES PICOS
IRREGULARES DE ITABIRITO. ......................................................................................................................... 87
FIGURA 25: FRENTES DE LAVRA DA MBL COM SUMP PARA CONTENO DE SEDIMENTOS. ............................... 87
FIGURA 26 FRENTE DE LAVRA DA MINERITA ......................................................................................................... 88
FIGURA 27 REGISTRO EM 2006 DA FRENTE DE LAVRA DESORDENADA COM PICOS DE ITABIRITO E
COMPARATIVO COM O REGISTRO DE 2011 DA FRENTE DE LAVRA EM BANCADAS ..................................... 89
FIGURA 28: FRENTES DE LAVRA DA MINERAO USIMINAS (J. MENDES). ........................................................... 90
FIGURA 29 FRENTE DE LAVRA DA SOMISA ............................................................................................................ 91
FIGURA 30: INSTALAO DE TRATAMENTO DE MINRIO DA MINAS ITATIAIUU. ............................................... 93
FIGURA 31: FLUXOGRAMA DA PLANTA DE BRITAGEM E CLASSIFICAO GRANULOMTRICA............................. 94
FIGURA 32: VISTA GERAL DA UTM E PTIO DE DESAGUAMENTO DO REJEITO DA MINERMINAS. ....................... 96
FIGURA 33: INSTALAO DE TRATAMENTO DE MINRIO UTM E CANAL DE DESAGUAMENTO DE REJEITOS ... 99
FIGURA 34 USINA DE BENEFICIAMENTO DA MINERITA ...................................................................................... 100
FIGURA 35: VISTA GERAL DA UTM E PLANTA PILOTO DA USINA DE CONCENTRAO DE FINOS. ...................... 101
FIGURA 36 INSTALAO E OPERAO DA UTM .................................................................................................. 102
FIGURA 37: FERROVIA DO AO ........................................................................................................................... 108
FIGURA 38: LOGSTICA ATUAL DA PRODUO .................................................................................................... 109
FIGURA 39: TERMINAL DE CARGA DE SARZEDO TCS. ....................................................................................... 111
FIGURA 40: SITUAO ATUAL DO TERMINAL DE CARGA DE SARZEDO TCS ..................................................... 111
FIGURA 41: TERMINAL RODO-FERROVIRIO MODAL DE ITANA. ..................................................................... 113
FIGURA 42: SITUAO ATUAL DO TERMINAL RODO-FERROVIRIO MODAL DE ITANA ................................... 113
FIGURA 43: TERMINAL SERRA AZUL TSA. ......................................................................................................... 115
FIGURA 44: SITUAO ATUAL DO TERMINAL SERRA AZUL - TSA ........................................................................ 115
FIGURA 45: LAYOUT DA MACRO-REA DO COMPLEXO PORTURIO ITAGUAI BAIA DE SEPETIBA, RJ ............. 117
PROJETO A MINERAO DE FERRO NA SERRA DO ITATIAIUU PJ.017.2010.MI.RF.02.07.2012.R0
Fl.16/382
FIGURA 46: TRAJETO ATUAL DO ESCOAMENTO DA PRODUO DO GRUPO ARCELOR. ..................................... 118
FIGURA 50: CORTE DA SEO GEOLGICA NA SERRA DO ITATIAIUU ............................................................... 128
FIGURA 51: CORTE DA SEO GEOLGICA PROJEO 3 D ................................................................................. 130
FIGURA 52: CRREGO MOTA COM LEITO ASSOREADO. ..................................................................................... 170
FIGURA 53: CRREGO MOTA DURANTE OS TRABALHOS DE REABILITAO. ..................................................... 171
FIGURA 54: CRREGO MOTA APS A CONCLUSO DA OBRA, J REABILITADO. ............................................... 171
FIGURA 55: CRREGO SAMAMBAIA COM LEITO ASSOREADO. ........................................................................... 172
FIGURA 56: CRREGO SAMAMBAIA DURANTE OS TRABALHOS DE REABILITAO AMBIENTAL. ...................... 173
FIGURA 57: CRREGO SAMAMBAIA APS A CONCLUSO DAS OBRAS DE REABILITAO. ............................... 173
FIGURA 58: ETAPAS PARA IMPLANTAO DA P+L .............................................................................................. 190
FIGURA 59: ESTRATGIAS DA PRODUO MAIS LIMPA ...................................................................................... 191
FIGURA 60: TRATAMENTO DE MINRIOS ............................................................................................................ 192
FIGURA 61: MTODO PARA DEFINIO DE INDICADORES DE ECOEFICINCIA ................................................... 225
FIGURA 62: FLUXOGRAMA DE ATIVIDADE MINERAO DE FERRO NA SERRA DO ITATIAIUU .......................... 244
PROJETO A MINERAO DE FERRO NA SERRA DO ITATIAIUU PJ.017.2010.MI.RF.02.07.2012.R0
Fl.17/382
LISTA DE TABELAS
TABELA1: PRODUTO INTERNO BRUTO PER CAPITA DOS MUNICPIOS DA SERRA DO ITATIAIUU. ........... 34
TABELA 2: VULNERABILIDADE NATURAL DA REA DE ESTUDO. ................................................................ 38
TABELA 3: INTEGRIDADE DA FLORA DA REA DE ESTUDO. ........................................................................ 40
TABELA 4: RELEVNCIA REGIONAL POR FITOFISSIONOMIA DA REA DE ESTUDO. ................................... 41
TABELA 5: GRAU DE CONSERVAO DA FLORA DA REA DE ESTUDO. ..................................................... 42
TABELA 6: HETEROGENEIDADE FLORA DA REA DE ESTUDO. ................................................................... 43
TABELA7: INTEGRIDADE DA FAUNA DA REA DE ESTUDO. ........................................................................ 44
TABELA8:GRUPOS DE PRIORIDADE DE CONSERVAO POR GRUPO DA REA DE ESTUDO. ..................... 44
TABELA9: INDICADORES DA CARTA VULNERABILIDADE DA EROSO DA REA DE ESTUDO. ..................... 47
TABELA10: VULNERABILIDADE DA EROSO NA REA DE ESTUDO. ........................................................... 47
TABELA11: INDICADORES DA CARTA VULNERABILIDADE DO SOLO CONTAMINAO AMBIENTAL DA
REA DE ESTUDO. .............................................................................................................................. 48
TABELA12: INDICADORES DA CARTA VULNERABILIDADE DOS RECURSOS HDRICOS DA REA DE ESTUDO.
........................................................................................................................................................... 50
TABELA13: VULNERABILIDADE DOS RECURSOS HDRICOS DA REA DE ESTUDO. ..................................... 51
TABELA14:INDICADORES DA CARTA DA POTENCIALIDADE SOCIAL DA REA DE ESTUDO. ........................ 53
TABELA15: POTENCIALIDADE SOCIAL DA REA DE ESTUDO. ..................................................................... 53
TABELA16:CORRESPONDNCIA ENTRE AS CLASSES DE IEE E AS COMBINAES ENTRE VULNERABILIDADE
NATURAL E POTENCIAL SOCIAL. FONTE: ZEE, 2012 ........................................................................... 55
TABELA17: ZONAS DE DESENVOLVIMENTO PARA A REA DE ESTUDO. .................................................... 58
TABELA 18: PREVISO DE VOLUME EMBARCADO COM A EXPANSO DO TERMINAL RODO-FERROVIRIO
DE SARZEDO, MG. ............................................................................................................................ 110
TABELA19:CLASSIFICAO QUALITATIVA DAS RESERVAS E DO ROM (RUN OF MINE) ............................ 132
TABELA 20: CARACTERIZAO GEOFSICA DO MATERIAL ESTRIL E REJEITOS ........................................ 135
TABELA21: TABELA GERAL DE CLCULO DO APROVEITAMENTO METLICO DO COMPLEXO MINERRIO
DA SERRA DO ITATIAIUU................................................................................................................ 137
TABELA22: TABELA DE PRODUO ESTIMADA DE PRODUTOS (GRANULADO, SINTER FEED E PELLET FEED)
NO PERODO 2011/2020 DO COMPLEXO MINERRIO DA SERRA DO ITATIAIUU .......................... 138
TABELA23:ANLISES QUALITATIVAS DO COMPLEXO MINERRIO DA SERRA DO ITATIAIUU ................ 139
TABELA 24: CONSUMO TOTAL DE ENERGIA POR TIPO ............................................................................. 143
TABELA 25: CONSUMO DE ENERGIA (GJ) POR MINRIO PRODUZIDO (TON) ........................................... 145
TABELA 26: RELAO DE INSUMOS ANUAIS TOTAIS ................................................................................ 152
TABELA 27: VALORES RELATIVOS DE INSUMOS (POR TONELADAS DE MINRIO PRODUZIDO) ............... 154
TABELA 28: CONSUMO DE GUA POR TONELADA DE MINRIO PRODUZIDO ......................................... 156
TABELA 29 SITUAO DO LICENCIAMENTO AMBIENTAL NA SERRA DE ITATIAIUU. .............................. 161
TABELA 30: SITUAO DOS DNPMS (FASES DE CONCESSO DE LAVRA, REQUERIMENTO DE LAVRA E
AUTORIZAO DE PESQUISA)DAS ATUAIS EMPRESAS NO COMPLEXO MINERRIO DA SERRA DO
ITATIAIUU ...................................................................................................................................... 164
TABELA31: AES CORRETIVAS ADOTADAS NA RECUPERAO AMBIENTAL DO CRREGO MOTA. ...... 170
TABELA32: AES CORRETIVAS ADOTADAS NA RECUPERAO AMBIENTAL DO CRREGO SAMAMBAIA.
......................................................................................................................................................... 172
TABELA33: PROGRAMAS QUE PROPEM MEDIDAS DE PROTEO DE MANANCIAIS DE ABASTECIMENTO
PBLICO APRESENTADOS PELOS EMPREENDIMENTOS DO COMPLETO MINERRIO DA SERRA DO
ITATIAIUU. ..................................................................................................................................... 183
TABELA 34: INSUMOS E RESDUOS EM UMA MINA DE FERRO ................................................................ 196
PROJETO A MINERAO DE FERRO NA SERRA DO ITATIAIUU PJ.017.2010.MI.RF.02.07.2012.R0
Fl.18/382
TABELA35: ECOEFICINCIA NA LAVRA INDICADORES DE OPERAO DE LAVRA .................................. 201
TABELA36: ASPECTOS AMBIENTAIS DA ATIVIDADE DE LAVRA A CU ABERTO COM TRATAMENTO A
MIDO MINRIO DE FERRO (RESDUOS SLIDOS - LI) ................................................................. 209
TABELA37: ASPECTOS AMBIENTAIS DA ATIVIDADE DE LAVRA A CU ABERTO COM TRATAMENTO A
MIDO MINRIO DE FERRO (EFLUENTES LQUIDOS - LI) .............................................................. 210
TABELA38: ASPECTOS AMBIENTAIS DA ATIVIDADE DE LAVRA A CU ABERTO COM TRATAMENTO A
MIDO MINRIO DE FERRO ( EMISSES ATMOSFRICAS E DE RUDO; OUTROS - LI) .................. 210
TABELA39: ASPECTOS AMBIENTAIS DA ATIVIDADE DE LAVRA A CU ABERTO COM TRATAMENTO A
MIDO MINRIO DE FERRO (EFLUENTES LQUIDOS - LO) ............................................................ 211
TABELA40: ASPECTOS AMBIENTAIS DA ATIVIDADE DE LAVRA A CU ABERTO COM TRATAMENTO A
MIDO MINRIO DE FERRO (RESDUOS SLIDOS LO) ............................................................... 212
TABELA41: ASPECTOS AMBIENTAIS DAS UNIDADES DE TRATAMENTO DE MINRIO ( EMISSES
ATMOSFRICAS, RUDOS E OUTROS LI). ....................................................................................... 213
TABELA42: ASPECTOS AMBIENTAIS DAS UNIDADES DE TRATAMENTO DE MINRIO (EFLUENTES LQUIDOS
LO) ................................................................................................................................................. 214
TABELA43: ASPECTOS AMBIENTAIS DAS UNIDADES DE TRATAMENTO DE MINRIO (RESDUOS SLIDOS
LO) .................................................................................................................................................... 214
TABELA44: ASPECTOS AMBIENTAIS DAS UNIDADES DE TRATAMENTO DE MINRIO (EMISSES
ATMOSFRICAS, RUDOS E OUTROS LO) ....................................................................................... 215
TABELA45: MATRIZ SWOT MINERAO DE FERRO NA SERRA DO ITATIAIUU ....................................... 231
TABELA46: RELAO DE QUESTES SOCIOAMBIENTAIS COM AS FASES DE UM PROJETO DE MINERAO
......................................................................................................................................................... 245
TABELA47: MAPA DE PARTES INTERESSADAS - MINERAO DE FERRO SERRA DO ITATIAIUU ............. 248
TABELA 48 CRITRIOS ............................................................................................................................... 261
TABELA49:CLASSIFICAO DA IMPORTNCIA/SIGNIFICNCIA DO IMPACTO.......................................... 265
TABELA 50 ................................................................................................................................................. 267
TABELA52: APLICAO DE CRITRIOS DE PONDERAO DOS INDICADORES .......................................... 269
TABELA53: PONDERAO DOS INDICADORES E TEMAS NO NDICE DE DESEMPENHO SOCIOAMBIENTAL
......................................................................................................................................................... 271
TABELA54: NVEIS DE TRANSPARNCIA SOBRE REPASSES FINANCEIROS AO GOVERNO ......................... 296
TABELA55: CLASSIFICAO DE QUALIDADE DO AR .................................................................................. 306
TABELA56: NDICE DE GUA CONFORME SUA QUALIDADE NOS CORPOS DGUA DE CAPTAO E
DESCARTE ........................................................................................................................................ 311
TABELA57: NDICE DE RESDUOS MINERRIOS CONFORME CATEGORIA DAS BARRAGENS DE REJEITOS314
TABELA58: CRITRIOS PARA CLASSIFICAO DAS BARRAGENS ............................................................... 315
TABELA59:REAS COM VEGETAO NATIVA E DESMATADA. ................................................................. 327
TABELA60: REAS RECUPERADAS. ........................................................................................................... 329
TABELA61: RESERVAS BIOLGICAS MG ................................................................................................. 330
TABELA62: APEE - REA DE PROTEO ESPECIAL ESTADUAL .................................................................. 331
TABELA63: RPPN EM ANDAMENTOS. ....................................................................................................... 332
PROJETO A MINERAO DE FERRO NA SERRA DO ITATIAIUU PJ.017.2010.MI.RF.02.07.2012.R0
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LISTA DE GRFICOS
GRFICO 1: CLASSIFICAO QUANTITATIVA DO ROM DO COMPLEXO ITATIAIUU. ............................... 133
GRFICO 2: VOLUME MENSAL DE CADA PRODUTO PRODUZIDO NO COMPLEXO MINERRIO ITATIAIUU.
......................................................................................................................................................... 134
GRFICO 3: PRODUO DE ESTRIL E REJEITO DO COMPLEXO MINERRIO ITATIAIUU. ...................... 136
GRFICO 4: HISTRICO DA PRODUO DE MINRIO DE FERRO DO COMPLEXO ITATIAIUU ................. 140
GRFICO 5: SITUAO ATUAL DOS DNPMS DO COMPLEXO MINERRIO DA SERRA DE ITATIAIUU. ..... 162
GRFICO 6: VALORES TOTAIS DE CONSUMO DE ENERGIA EM GIGA-JOULES .......................................... 142
GRFICO 7: PARTICIPAO PERCENTUAL DE CADA EMPREENDIMENTO DE MINERAO DE FERRO NO
CONSUMO DE ENERGIA NA SERRA DO ITATIAIUU ........................................................................ 144
GRFICO 8: ENERGIA CONSUMIDA POR TONELADA DE MINRIO PRODUZIDA ....................................... 145
GRFICO 9: PERCENTUAL DE ENERGIA RENOVVEL DA MINERAO DE FERRO NA SERRA DO ITATIAIUU
......................................................................................................................................................... 147
GRFICO 10: PERCENTUAL DE ENERGIA RENOVVEL DAS EMPRESAS DE MINERAO DE FERRO NA
SERRA DO ITATIAIUU ..................................................................................................................... 148
GRFICO 11: CONSUMO DE ENERGIA RENOVVEL E NO RENOVVEL. ................................................. 149
GRFICO 12: CONSUMO ENERGTICO TOTAL POR EMPRESA (GJ) .......................................................... 150
GRFICO 13: PROPORO DO CONSUMO DE DIESEL POR EMPREENDIMENTO ...................................... 150
GRFICO 14: CONSUMO ENERGTICO POR MATERIAL LAVRADO (GJ/ROM) .......................................... 151
GRFICO 15: CONSUMO DE GUA POR MINRIO PRODUZIDO (M/TON) NOS EMPREENDIMENTOS .... 156
GRFICO 16: PERCENTUAL DE GUARECIRCULADA NO PROCESSO DE BENEFICIAMENTO DO MINRIO DE
FERRO .............................................................................................................................................. 157
GRFICO 17: REAS DE RPPN EM IMPLANTAO POR EMPREENDEDORES DE MINERAO NA SERRA DO
ITATIAIUU. ..................................................................................................................................... 324
GRFICO 18: REAS DESMATADAS E COM VEGETAO NATIVA POR EMPREENDIMENTO. ................... 327
GRFICO 19: PERCENTUAL DE REAS DESMATADAS E COM VEGETAO NATIVA POR
EMPREENDIMENTO. ........................................................................................................................ 328
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1 INTRODUO
O projeto A Minerao de Ferro na Serra do Itatiaiuu Situao Atual
integrante da Ao 4174: Mudanas Climticas, Energia e Produo
Sustentvel, que por sua vez faz parte do projeto associado Melhoria da
Qualidade Ambiental do Governo do Estado de Minas Gerais. Assim, este
projeto vem contribuir para a caracterizao do novo panorama vivido pela
minerao de ferro na regio da Serra do Itatiaiuu, dando nfase ao controle
ambiental, processo industrial e mecanismos de produo mais limpa.
Os trabalhos foram realizados pela YKS Servios Ltda., consultoria ambiental
segundo o Contrato N 2091010100610, de 1 de novembro de 2010, por
intermdio da Gerncia de Produo Sustentvel da Fundao Estadual do
Meio Ambiente (FEAM).
Trata-se de uma ao inovadora por parte da FEAM no sentido de se criar um
modelo que possa incentivar o desenvolvimento da Minerao Sustentvel,
no obstante, criar uma ferramenta de controle e monitoria a partir de um Guia
Prtico de Fiscalizao Ambiental.
O presente estudo abrange aspectos relacionados ao consumo de gua,
energia, recursos naturais e gerao de resduos, a fim de racionalizar as
etapas de produo do minrio de ferro, as aes de recuperao do processo
de beneficiamento, bem como a recuperao dos finos depositados nas
barragens e pilhas de rejeitos, alm de contribuir para melhoria da qualidade
ambiental da regio e tambm dos aspectos relacionados logstica do
transporte de minrio, no cenrio da intermodalidade no Estado de Minas
Gerais e do Brasil.
Sendo assim, este projeto poder demonstrar que, a partir da anlise dos
indicadores ambientais e da utilizao consciente dos recursos naturais desde
a cadeia produtiva, garantir importantes transformaes no processo
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de sinergia entre produtores, fornecedores, prestadores de servios e, por fim,
o consumidor final, de forma a assegurar a sustentabilidade ambiental para o
Complexo Minerrio da Serra do Itatiaiuu.
PROJETO A MINERAO DE FERRO NA SERRA DO ITATIAIUU PJ.017.2010.MI.RF.02.07.2012.R0
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2 OBJETIVOS E JUSTIFICATIVAS
2.1 Objetivo Geral
Caracterizar a atuao e desempenho das principais empresas mineradoras de
ferro, que compem o Complexo Minerrio da Serra do Itatiaiuu, acerca das
aes de sustentabilidade relacionadas aos sistemas produtivos, logstica,
expanso, produo mais limpa, aproveitamento de rejeitos, regularizao
ambiental e mitigao de passivos ambientais, a fim de ilustrar o cenrio atual
deste plo minerrio do Estado de Minas Gerais.
2.2 Objetivos Especficos
Identificar passivos ambientais existentes, referentes ao histrico de
degradaes ambientais e explorao predatria de minrio de ferro na
Serra do Itatiaiuu, bem como a eficincia das medidas de recuperao.
Estimar os volumes de material existentes na Serra do Itatiaiuu.
Estimar o volume de consumo de gua e energia no processo minerrio.
Realizar levantamento de reas preservadas na Serra do Itatiaiuu
(Reservas Particulares do Patrimnio Natural, reas de Preservao
Permanentes, e/ou reas de Proteo Especial).
Estabelecer indicadores ambientais que possam mensurar os nveis de
desempenho ambiental dos empreendimentos.
Estabelecer alternativas de logstica para o escoamento do produto.
Elaborar um guia prtico destinado s equipes de fiscalizao do rgo
ambiental, enfatizando os aspectos a serem observados durante a
fiscalizao numa empresa de extrao de minrio de ferro.
PROJETO A MINERAO DE FERRO NA SERRA DO ITATIAIUU PJ.017.2010.MI.RF.02.07.2012.R0
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3 METODOLOGIA
Para a consecuo dos objetivos supracitados, a YKS, desde a formalizao
da parceria com a FEAM, deu incio aos trabalhos necessrios para a
elaborao das aes ambientais a serem propostas pelo projeto.
Previamente ao incio das atividades foram realizadas duas reunies entre a
YKS e a equipe da FEAM. Na primeira, ocorrida no dia 04 de Novembro de
2010 foram definidas questes referentes s estratgias de trabalho. J a
segunda, ocorrida no dia 11 de Novembro de 2010, as discusses ficaram
focadas no alinhamento da metodologia de trabalho. A partir de 12 de
Novembro de 2010, a YKS deu incio s atividades de planejamento e
execuo dos trabalhos.
A fim de envolver todos os componentes executores do projeto Minerao de
Ferro na Serra do Itatiaiuu foram realizadas reunies para apresentao do
planejamento dos servios contratados incluindo a participao dos principais
stakeholders.
Dando prosseguimento as atividades de planejamento foram solicitadas
FEAM as seguintes informaes para elaborao dos relatrios parciais:
Formulrio de cadastro de caracterizao dos empreendimentos
instalados no complexo minerrio da Serra do Itatiaiuu;
Relatrio Parcial da Situao Atual da Minerao de Ferro na Serra do
Itatiaiuu, elaborado em novembro de 2010, e
Estudos ambientais, EIAs, RIMAs, RCAs, PCAs, RADAs e outros:
o Ampliao da Lavra da Mina Leste da USIMINAS;
o Lavra Souza Noschese para a empresa de Minerao Esperana
EMESA, e
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o Lavra a cu aberto da jazida de minrio de ferro DNPM
n830476/1986, Fazenda Santa Maria da Patrolar Engenharia e
Transporte Ltda.
Ainda no que diz respeito ao envolvimento dos stakeholders foi acordado com
a FEAM, que a YKS se tornaria porta voz da instituio, para a aquisio de
informaes junto ao empreendedor para a elaborao dos relatrios do
trabalho em execuo.
Sendo assim, a equipe da Gerncia de Produo Sustentvel (GPROD)
elaborou um ofcio que foi entregue aos empreendedores no intuito de solicitar
informaes atuais e completas de acordo com o escopo proposto.
Ainda de maneira a contribuir para o bom andamento dos trabalhos, no dia 07
de dezembro de 2010 foi realizada uma reunio entre a equipe responsvel
peloprojeto e os representantes dos empreendedimentos minerrios
localizados na Serra do Itatiaiuu, com o objetivo de realizar a apresentao do
projeto, bem como da equipe envolvida.
De posse das informaes entregues pela equipe da FEAM foi elaborado o
Relatrio Parcial e o Relatrio e Memria de Clculo da Estimativa dos
Volumes de Material Estril Existente na rea de Abrangncia do Projeto.
Assim, com relao ao andamento dos trabalhos foram realizadas pesquisas,
estudos de casos e discusses internas na YKS entre profissionais
especializados, para avaliar a melhor estratgia de seleo dos indicadores
socioambientais mais apropriados, bem como a avaliar o clculo de cada um
deles a partir das melhores prticas existentes.
Concluda esta etapa, a YKS prosseguiu com as atividades de elaborao da
metodologia de clculo de cada um dos indicadores selecionados, baseado em
PROJETO A MINERAO DE FERRO NA SERRA DO ITATIAIUU PJ.017.2010.MI.RF.02.07.2012.R0
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consultas s bibliografias especficas do tema, bem como legislaes e normas
tcnica existentes.
Alm das informaes enviadas pelos empreendedores, tambm se fez
necessrio a realizao de visitas tcnicas (proposto pela FEAM) s empresas
em questo, a fim de coletar todos os dados necessrios para a elaborao
dos relatrios, bem como realizar o registro do atual cenrio da minerao de
ferro na Serra do Itatiaiuu.
De maneira a envolver os terminais rodoferrovirios, a YKS juntamente com a
equipe da FEAM realizou visita tcnica aos terminais para adquirir informaes
sobre o atual sistema de escoamento da produo e possveis alternativas para
o aumento da capacidade dos terminais, tendo em vista o aumento da
produo.
Assim, foram elaborados os relatrios contemplando os temas propostos, a fim
de caracterizar o cenrio atual da produo de minrio de ferro das empresas
componentes do Complexo Minerrio da Serra do Itatiaiuu, a partir da
aquisio de informaes oficiais dos empreendedores MMX, USIMINAS, MBL
(Materiais Bsicos Ltda.), MINERITA (MINERITA Minrios Itana Ltda.),
ARCELOR-MITTAL, COMISA (Cia. de Minerao Serra Azul Ltda.),
FERROUS, Terminal Serra Azul, Terminal Sarzedo, Terminal Modal Itana.
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4 REA DE ESTUDO
4.1 Localizao
A Serra do Itatiaiuu, tambm conhecida como Serra Azul ou Serra de Igarap
situa-se no Domnio Morfoestrutural do Quadriltero Ferrfero, que por sua vez
constitui uma das as mais importantes jazidas minrio de ferro do Estado de
Minas Gerais.
O Quadriltero Ferrfero se estende por uma rea de aproximadamente 7.000
km2 e est localizado na parte meridional da Serra do Espinhao, entre a
Depresso Sanfranciscana e os Planaltos Dissecados do Centro Sul e do Leste
de Minas Gerais. Estratigraficamente este domnio (Figura 1) constitudo pelo
Supergrupo Rio das Velhas, que representa uma sequncia do tipo
GreenstoneBelt e pelo Supergrupo Minas, representando um grande conjunto
metassedimentar com influncias vulcnicas abrangendo, portanto, uma
grande diversidade litolgica. Todo este conjunto atravessado por rochas
intrusivas metamficas e parcialmente recoberto por sedimentos continentais
tercirios em pequenas reas (GEOMIL, S/D).
Particularmente na Serra do Itatiaiuu, o predomnio de unidades
litoestratigrficas do Supergrupo Minas. Essas unidades podem ser
representadas pelas Formaes Moeda (quartzitos), Batatal (filitos), Cau
(itabiritos) e Cercadinho (quartzitos ferruginosos), sendo que as formaes
ferrferas so a de maior ocorrncia (FIGUEIREDO FERRAZ, 1994).
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Fl.27/382
Legendas:
Dobras:
1 - Sinclinal Piedade, 2 - Homoclinal Serra do Curral, 3 - Anticlinal da Serra do Curral, 4 - Sinclinal Moeda, 5 -Sinclinal Dom Bosco, 6 - Anticlinal de Mariana, 7 - Sinclinal Santa Rita, 8 - Anticlinal Conceio, 9 - SinclinalGandarela, 10 - Sinclinal Vargem do Lima, 11 - Sinclinal dos Andaimes. Complexos granito-gnissicos: 12 - Belo Horizonte, 13 - Bonfim, 14 - Bao, 15 - Santa Brbara, 16 - Caet. Falhas: 17 -Bem-Te-Vi, 18 -So Vicente, 19 - Raposos, 20 - Caet, 21 - Cambotas, 22 - Fundo, 23 - gua Quente, 24 - Congonhas, 25 - Engenho. Cidades: BH - Belo Horizonte, CC - Cachoeira do Campo, IT - Itabirito, NL - Nova Lima, CA - Caet, CG - Congonhas, OP - Ouro Preto.
Figura 1: Quadriltero Ferrfero. Fonte: CPRM, 2010.
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Fl.28/382
Com relao localizao da Serra do Itatiaiuu em relao ao Quadriltero
Ferrfero, esta encontra-se inserida na poro noroeste, que por sua vez,
corresponde ao prolongamento da Serra do Curral, a partir da conexo com o
Sinclinal Moeda (DORR,1969, apudUSIMINAS, 2009) (Figura 2). Trata-se de
uma notvel salincia topogrfica orientada na direo geral sudoeste-noroeste
que se eleva a uma altitude de at 1350m, registrada no Pico do Itatiaiuu.
Tanto a Serra do Itatiaiuu e do Curral integram ao macio da Serrra do
Espinhao (Figura 3),
Figura 2: Serra do Itatiaiuu e Curral - Quadriltero Ferrfero.
Fonte: CPRM, 2010, alterada por YKS 2012.
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Fl.29/382
Figura 3: Reserva da Biofesra da Serra do Espinhao RBSE.
Fonte: PUC-MG,alterada por YKS, 2012.
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Fl.30/382
Sobre a sua localizao em relao ao Estado de Minas Gerais, a Serra do
Itatiaiuu abrange os municpios de Brumadinho, Itatiaiuu, Itana, Mateus
Leme, Igarap e So Joaquim de Bicas, como representado na Figura 4.
Figura 4: Municpios integrantes da Serra do Itatiaiuu
Fonte: YKS Servios Ltda, 2010.
Por fim, no que se refere aos acessos, a Serra do Itatiaiuu pode ser alcanada
partindo-se de Belo Horizonte pela rodovia BR-381 (Ferno Dias), em direo a
So Paulo. Toma-se a rodovia MG-431 com entrada direita, em direo a
Itana, ou toma-se a rodovia MG-040, em direo a Brumadinho, conforme
apresentado na Figura 5.
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Fl.32/382
4.2 Breve Diagnstico
Conforme a classificao de Kppen, o clima regional do tipo mesotrmico
mido (Cwa), caracterstico por apresentar veres quentes e chuvosos e
inverno seco. A partir de dados disponibilizados pela ALMG (2011) a respeito
dos municpios abrangidos pela serra, obteve-se que a temperatura mdia da
regio de aproximadamente 21C e a mdia mxima e mnima so de 28C e
15C, respectivamente. A precipitao mdia total anual de 1500mm, sendo
que o perodo chuvoso vai de outubro a maro. Acrescenta-se ainda que a
umidade relativa do ar mdia anual gira em torno de 70 a 75%.(ATLAS
CLIMATOLGICO, 1982, apud FIGUEIREDO FERRAZ, 1994).
Com base nos dados fornecidos pela FEAM (2006), Figueiredo Ferraz (1994) e
GEOMIL (S/D), a regio de estudo abrange tanto solos pouco desenvolvidos e
rasos como os Neossolos Litlicos e Cambissolos, que ocorrem nos topos e
muitas vezes nas encostas, at solos mais evoludos, como Latossolos,
situados no fundo de vales e/ou em reas mais aplainadas, alm superfcies
recobertas por cangas.
No que diz respeito importncia da Serra do Itatiaiuu, a mesma constitui um
significativo divisor de guas para as bacias hidrogrficas do rio Manso e
ribeiro Serra Azul. Ressalta-se, portanto, que a rea de estudo apresenta uma
grande quantidade de nascentes esignificativos mananciais de abastecimento
pblico da populao da Regio Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), das
comunidades locais e demais usos existentes na sua rea de contribuio
(SANTOS,S/D). De maneira geral, os principais rios que passam nas
proximidades da serra (ou at mesmo nascem na mesma) so o Ribeiro Serra
Azul, Crrego Samambaia, Rio Veloso, Rio Manso, Crrego Igarap, Crrego
So Joaquim, todos afluentes da sub-bacia do Rio Paraopeba, conforme
apresenta a Figura 6 (IGA, 2011).
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Fl.34/382
Destaca-se ainda a ocorrncia de uma rica diversidade de ecossistemas na
regio que, por sua vez, abrigam espcies endmicas da fauna e da flora. Com
relao flora, a Serra do Itatiaiu est inserida numa rea de transio entre
dois domnios fitogeogrficos: o Cerrado e a Floresta Tropical Atlntica. Dentre
as formaes encontradas na rea, destacam-se remanescentes do Cerrado
nos locais onde o solo mais desenvolvido, mas o predomnio de campos
rupestres e campos limpos sobre canga latertica. (FIGUEIREDO FERRAZ,
1994).
No entanto, em decorrncia das atividades antrpicas, no entorno da rea de
estudo destacam-se as atividades agrosilvopastoris, enquanto na rea de
estudo a principal atividade a minerao de ferro, sendo estas as principais
responsveis pela degradao das formaes vegetacionais naturais locais
que hoje encontram-se bastante alteradas. Estas atividades contribuem para o
Produto Interno Bruto PIB de cada muncipio da Serra do Itatiaiuu, que
somam ao PIBda Regio Metropolitana de Belo Horizonte RMBH,este
representa 40% da economia de Minas Gerais, segundo IBGE, 2009 (Tabela1).
Muncipio Populao (und) rea (km2) PIB per capita (R$)
Itana 85.463 495,768 14.261,70
Itatiaiuu 9.928 295,145 35.239,18
Mateus Leme 27.856 302,773 12.573,62
Igarap 34.851 110,262 8.216,50
So Joaquim de Bicas 25.537 71,557 12.843,72
Brumadinho 33.973 639,434 13.812,21
Tabela1: Produto Interno Bruto per capita dos municpios da Serra do Itatiaiuu. Fonte: IBGE, 2009 (PIB) e 2010 (Populao e rea).
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Fl.35/382
4.3 Diagnstico pelo Zoneamento Ecolgico Econmico De Minas
Gerais ZEE/MG
O Zoneamento Ecolgico Econmico do Estado de Minas Gerais ZEE-MG
consiste na elaborao de um diagnstico dos meios geo-biofsico e scio-
econmico-jurdico-institucional, gerando respectivamente duas cartas
principais: a carta de Vulnerabilidade Natural e a Carta de Potencialidade
Social. Sobrepostas, estas iro conceber reas com caractersticas prprias,
determinando o Zoneamento Ecolgico-Econmico do Estado de Minas Gerais.
O ZEE-MG tem a coordenao da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e
Desenvolvimento Sustentvel - SEMAD, participao de todas as Secretarias
de Estado de Minas, de outras entidades e da sociedade civil.
Todas as cartas do ZEE foram analisadas sobre a tica da rea de Estudo
(Figura 7), que por sua vez, foi delimitada geograficamente por uma rea de
15,96 ha e georreferenciada pelo sistema de coordenadas geogrficas Latitude
e Longitude, tomado como referncia o Datum SAD 69.
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Fl.36/382
Figura 7: Delimitao da rea de Estudo na Plataforma do ZEE.
Fonte: ZEE, 2012.
PROJETO A MINERAO SERRA DO ITATIAIUU
4.3.1 Vulnerabilidade Natural
Entende-se como vulnerabilidade natural a incapacidade de uma unidade
espacial resistir e/ou recuperar
de atividades antrpicas consideradas
licenciamento ambiental pelo rgo competente. Assume
unidade espacial apresenta um dado nvel de vulnerabilidade ambiental a uma
atividade antrpica normal, ela tambm ter um nvel igual ou superior para
uma atividade econmica passvel de licenciamento. Deve
vulnerabilidade natural referente situao atual do local. Logicamente,
reas altamente antropizadas so menos vulnerveis a novas atividades
humanas do que reas ainda no antr
A carta vulnerabilidade natural constituda de dois indicadores: componentes
biticos e abiticos (Figura
Figura 8
A vulnerabilidade natural da rea de
classificao predominante
Vulnerabilidade Natural
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Vulnerabilidade Natural
se como vulnerabilidade natural a incapacidade de uma unidade
espacial resistir e/ou recuperar-se aps sofrer impactos negativos decorrentes
de atividades antrpicas consideradas normais, isto , no passveis de
licenciamento ambiental pelo rgo competente. Assume-se que, se uma
unidade espacial apresenta um dado nvel de vulnerabilidade ambiental a uma
atividade antrpica normal, ela tambm ter um nvel igual ou superior para
uma atividade econmica passvel de licenciamento. Deve-se ressaltar que a
vulnerabilidade natural referente situao atual do local. Logicamente,
reas altamente antropizadas so menos vulnerveis a novas atividades
humanas do que reas ainda no antropizadas.
A carta vulnerabilidade natural constituda de dois indicadores: componentes
Figura 8).
8: Estrutura da carta vulnerabilidade natural. Fonte: ZEE, 2012
A vulnerabilidade natural da rea de Estudo, segundo do ZEE, obteve
classificao predominante Alta, seguida de Mdia(Tabela 2).
Vulnerabilidade Natural
Bitica
Abitica
PJ.017.2010.MI.RF.02.07.2012.R0
Fl.37/382
se como vulnerabilidade natural a incapacidade de uma unidade
se aps sofrer impactos negativos decorrentes
normais, isto , no passveis de
se que, se uma
unidade espacial apresenta um dado nvel de vulnerabilidade ambiental a uma
atividade antrpica normal, ela tambm ter um nvel igual ou superior para
se ressaltar que a
vulnerabilidade natural referente situao atual do local. Logicamente,
reas altamente antropizadas so menos vulnerveis a novas atividades
A carta vulnerabilidade natural constituda de dois indicadores: componentes
, segundo do ZEE, obteve
Bitica
Abitica
PROJETO A MINERAO SERRA DO ITATIAIUU
Classificao
Alta
Baixa
Mdia
Muito Alta
Muito Baixa
Tabela 2
4.3.1.1 Componente Bitica
Os indicadores que integram
natural so: integridade da flora e integridade da fauna
Figura 9: Estrutura da componente bitica da carta vulnerabilidade natural
A seguir so apresentados os indicadores e fatores condicionantes que
integram a componente bitica com seus respectivos conceitos e mtodos,
bem como a classificao para
Componente Bitica
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Classificao rea(ha) Porcentagem(%)
Alta 9,82 61,55
Baixa 1,6 10
Mdia 3,62 22,66
Muito Alta 0,89 5,6
Muito Baixa 0,03 0,18
2: Vulnerabilidade natural da rea de Estudo. Fonte: ZEE, 2012.
Componente Bitica
integram a componente bitica da carta vulnerabilidade
natural so: integridade da flora e integridade da fauna (Figura 9)
Estrutura da componente bitica da carta vulnerabilidade naturalFonte: ZEE, 2012.
A seguir so apresentados os indicadores e fatores condicionantes que
componente bitica com seus respectivos conceitos e mtodos,
bem como a classificao para a rea de Estudo.
Componente Bitica
Integridade da Flora
Integridade da Fauna
PJ.017.2010.MI.RF.02.07.2012.R0
Fl.38/382
a componente bitica da carta vulnerabilidade
).
Estrutura da componente bitica da carta vulnerabilidade natural
A seguir so apresentados os indicadores e fatores condicionantes que
componente bitica com seus respectivos conceitos e mtodos,
Integridade da Flora
Integridade da Fauna
PROJETO A MINERAO SERRA DO ITATIAIUU
4.3.1.1.1 Integridade da Flora
Este fator condicionante da vulnerabilida
ainda apresentam certa integridade ecolgica e que, portanto, so mais
vulnerveis ao do homem. Para obteno deste fator condicionante,
derivados ndices que indicam
conservao da vegetao nativa, a relevncia
fitofisionomia e as reas prioritrias para conservao da flora
Figura
A integridade da flora na
Baixa (Tabela 3).
Integridade da Flora
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Integridade da Flora
Este fator condicionante da vulnerabilidade natural representa as reas que
certa integridade ecolgica e que, portanto, so mais
vulnerveis ao do homem. Para obteno deste fator condicionante,
derivados ndices que indicam heterogeneidade de fitofisionomias, o grau d
conservao da vegetao nativa, a relevncia regional de determinada
fitofisionomia e as reas prioritrias para conservao da flora (Figura
Figura 10: Estrutura da carta integridade da flora. Fonte: ZEE, 2012.
A integridade da flora na rea de Estudo obteve classificao predominante
Integridade da Flora
Grau de conservao da flora nativa
Relevncia regional
Prioridade de conservao da Flora
Heteregeniedade da Flora
PJ.017.2010.MI.RF.02.07.2012.R0
Fl.39/382
de natural representa as reas que
certa integridade ecolgica e que, portanto, so mais
vulnerveis ao do homem. Para obteno deste fator condicionante, foi
heterogeneidade de fitofisionomias, o grau de
regional de determinada
Figura 10).
classificao predominante
Grau de conservao da flora nativa
Relevncia regional
Prioridade de conservao da Flora
Heteregeniedade da Flora
PROJETO A MINERAO DE FERRO NA SERRA DO ITATIAIUU PJ.017.2010.MI.RF.02.07.2012.R0
Fl.40/382
Classificao rea(ha) Porcentagem(%)
Alta 4,2 26,34
Baixa 5,39 33,8
Mdia 3,65 22,88
Muito Alta 2,71 16,98
Tabela 3: Integridade da Flora da rea de Estudo. Fonte: ZEE, 2012.
A seguir so apresentados os indicadores e fatores condicionantes que
compe a carta integridade da flora e seus respectivos conceitos e mtodos,
bem como a classificao para rea de Estudo.
PROJETO A MINERAO DE FERRO NA SERRA DO ITATIAIUU PJ.017.2010.MI.RF.02.07.2012.R0
Fl.41/382
Grau de Conservao da Flora Nativa
Entende-se por grau de conservao da vegetao, o total ainda existente de
vegetao nativa. Assim, ecossistemas que apresentem nveis de antropizao
elevados seriam considerados pouco vulnerveis a perda de vegetao nativa
futura devido ao humana.
Essa camada no estava disponvel para anlise no ZEE, 2012.
Relevncia regional
Entende-se que a relevncia regional de um ecossistema a razo entre a
rea atual de determinadas fitofisionomias (campos, campos rupestres,
florestas deciduais, semideciduais, ombrfilas, veredas e cerrados) em uma
clula e a rea total destas fitofisionomias em determinada regional do
COPAM.
A fitofissionomia da rea de Estudo com as respectivas relevncias, segundo o
ZEE, 2012, apresentada na Tabela 4.
Fitofissionomia Muito Baixa Baixa Mdia Alta
Muito Alta
Campos 91,18% 2,2% 2,12% 2,04% 2,46%
Campos rupestres 100% 0% 0% 0% 0%
Cerrado 100% 0% 0% 0% 0%
Florestas deciduais 100% 0% 0% 0% 0%
Florestas semideciduais 57,6% 2,11% 11,01% 10,71% 18,57%
Florestas ombrfila 100% 0% 0% 0% 0%
Vereda 100% 0% 0% 0% 0% Tabela 4: Relevncia regional por fitofissionomia da rea de Estudo.
Fonte: ZEE, 2012.
PROJETO A MINERAO DE FERRO NA SERRA DO ITATIAIUU PJ.017.2010.MI.RF.02.07.2012.R0
Fl.42/382
Prioridade de Conservao da Flora
As reas prioritrias para a conservao da flora so definidas com base na
ocorrncia de espcies endmicas, ameaadas de extino entre outras
variveis operacionais derivadas da base de dados do IEF. Neste caso, se a
rea prioritria para conservar a flora em funo do grau de endemismos e
riqueza total de espcies presume-se que a ocupao indiscriminada da rea
poder acarretar em perda de biodiversidade.
O Grau de Conservao da Flora na rea de Estudo obteve classificao
predominante Baixa (Tabela 5).
Classificao rea(ha) Porcentagem(%)
Alta 4,2 26,34
Baixa 5,39 33,8
Mdia 3,65 22,88
Muito Alta 2,71 16,98
Tabela 5: Grau de Conservao da Flora da rea de Estudo. Fonte: ZEE, 2012.
Heterogeneidade da Flora
Este indicador da integridade da flora foi calculado com base nas informaes
de distribuio de fisionomias vegetacionais no estado no intuito de captar a
ocorrncia de ectones entre ecossistemas distintos. Estes ectones
constituem regies de tenso ecolgica, reas que so muito importantes para
o funcionamento dos sistemas naturais, os quais quando modificados, so
extremamente difceis de serem recuperados.
A heterogeneidade da flora na rea de Estudo do empreendimento obteve
classificao Muito baixa a Mdia, predominando a classe Baixa (Tabela 6).
PROJETO A MINERAO SERRA DO ITATIAIUU
Classificao
Baixa
Mdia
Muito Baixa
Tabela 6
4.3.1.1.2 Integridade da Fauna
Este fator condicionante da carta
indicadores de prioridade de conservao dos Invertebrados, Avifauna,
Herpetofauna, Mastofauna e Ictiofauna
Figura
A integridade da fauna
classificao Baixa e Alta
Integridade da Fauna
PROJETO A MINERAO DE FERRO NA SERRA DO ITATIAIUU PJ.017.2010.MI.RF.02.07.2012.R0
Classificao rea(ha) Porcentagem(%)
Baixa 9,45 59,22
Mdia 0,21 1,31
Muito Baixa 6,3 39,47
6: Heterogeneidade Flora da rea de Estudo. Fonte: ZEE, 2012.
Integridade da Fauna
Este fator condicionante da carta Integridade da fauna composto dos
indicadores de prioridade de conservao dos Invertebrados, Avifauna,
Herpetofauna, Mastofauna e Ictiofauna (Figura 11).
Figura 11: Estrutura da carta integridade da fauna. Fonte: ZEE, 2012.
integridade da fauna na rea de Estudo do empreendimento obteve
Alta, predominando a classe Alta (Tabela7).
Integridade da Fauna
Prioridade de conservao: Invertebrados
Prioridade de conservao: Avifauna
Prioridade de conservao: Herpetofauna
Prioridade de conservao: Mastofauna
Prioridade de conservao: Ictiofauna
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Fl.43/382
auna composto dos
indicadores de prioridade de conservao dos Invertebrados, Avifauna,
do empreendimento obteve
).
Prioridade de conservao: Invertebrados
Prioridade de conservao: Avifauna
Prioridade de conservao: Herpetofauna
Prioridade de conservao: Mastofauna
Prioridade de conservao: Ictiofauna
PROJETO A MINERAO DE FERRO NA SERRA DO ITATIAIUU PJ.017.2010.MI.RF.02.07.2012.R0
Fl.44/382
Classificao rea(ha) Porcentagem(%)
Alta 11,4 71,45
Baixa 4,56 28,55
Tabela7: Integridade da Fauna da rea de Estudo. Fonte: ZEE, 2012.
As reas prioritrias para a conservao dos diferentes grupos faunsticos
(Ictiofauna, Mastofauna, Avifauna, Herpetofana e Invertebrados) so avaliados
com base na riqueza estimada, ocorrncia de espcies endmicas e
ameaadas de extino, entre outras variveis operacionais. Os mapas
temticos para cada grupo formaram a base para o clculo dos indicadores 1 a
5. Estes indicadores foram sobrepostos para gerar uma medida de integridade
do fator condicionante fauna, posteriormente incorporado no Mapa de
Vulnerabilidade Natural do ZEE-MG.
Observa-se que a todos os grupos avaliados obtiveram o ndice baixo quanto
prioridade de conservao na rea de Estudo, com exceo do grupo da
mastofauna que predominou Baixa(Tabela8).
Prioridade de Conservao: Muito Baixa
Baixa Mdia Alta Muito Alta
Invertebrados 0% 100% 0% 0% 0%
Avifauna Essa camada no estava disponvel
Herpetofauna 0% 100% 0% 0% 0%
Mastofauna 0% 28,55% 0% 71,45% 0%
Ictiofauna 0% 100% 0% 0% 0% Tabela8:Grupos de Prioridade de conservao por grupo da rea de Estudo.
Fonte: ZEE, 2012.
PROJETO A MINERAO SERRA DO ITATIAIUU
4.3.1.2 Componente Abitica
Os indicadores abordados adiante so indicadores que
abitica, sendo: ndice de umidade, vulnerabilidade eroso, vulnerabilidade dos
solos e vulnerabilidade dos recursos hdricos
Figura 12: Estrutura da componente abitica da carta vulnerabilidade natural.
A seguir so apresentados os indicadores e fatores condicionantes que
integram a componente abitica com seus respectivos conceitos e mtodos,
bem como a classificao para a
4.3.1.2.1 ndice de umidade
A delimitao das regies climaticamente homogneas permite, no s
estabelecer os indicadores do potencial do meio fsico e bitico para a regio
em estudo, mas tambm, juntamente com as
homogneas sob o ponto de vista scio
desenvolvimento sustent
A classificao obtida nesse fator condicionante para
mido B2,segundo o ZEE, 2012
Componente Abitica
PROJETO A MINERAO DE FERRO NA SERRA DO ITATIAIUU PJ.017.2010.MI.RF.02.07.2012.R0
Componente Abitica
Os indicadores abordados adiante so indicadores que integram
abitica, sendo: ndice de umidade, vulnerabilidade eroso, vulnerabilidade dos
solos e vulnerabilidade dos recursos hdricos (Figura 12).
Estrutura da componente abitica da carta vulnerabilidade natural.Fonte: ZEE, 2012.
A seguir so apresentados os indicadores e fatores condicionantes que
a componente abitica com seus respectivos conceitos e mtodos,
omo a classificao para a rea de Estudo.
ndice de umidade
A delimitao das regies climaticamente homogneas permite, no s
estabelecer os indicadores do potencial do meio fsico e bitico para a regio
em estudo, mas tambm, juntamente com as delimitaes das reas