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N-253 REV. H FEV / 99 PROPRIEDADE DA PETROBRAS 1 página CONTEC - SC-02 Caldeiraria PROJETO DE VASO DE PRESSÃO 1 a Emenda Esta é a 1ª Emenda da Norma PETROBRAS N-253 REV. H, devendo ser grampeada na frente da Norma e se destina a modificar o seu texto nas partes indicadas a seguir. 7.1 Modificar a última sentença e acrescentar a Nota: “Os tampos torisféricos conhecidos como falsa elipse devem ser calculados como elipsoidais”. Nota: Tampo torisférico conhecido como falsa elipse: É o tampo torisférico que tem a seção toroidal com raio interno igual a 0,17 D, e, a calota central esférica com raio interno igual a 0,90 D, sendo D o diâmetro interno do vaso. 8.1.3 Alterar para: “O diâmetro nominal mínimo das bocas de visita deve ser como indicado na TABELA 7”. ____________

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N-253 REV. H FEV / 99

PROPRIEDADE DA PETROBRAS 1 página

CONTEC - SC-02Caldeiraria PROJETO DE VASO

DE PRESSÃO

1a Emenda

Esta é a 1ª Emenda da Norma PETROBRAS N-253 REV. H, devendo ser grampeada nafrente da Norma e se destina a modificar o seu texto nas partes indicadas a seguir.

7.1 Modificar a última sentença e acrescentar a Nota:

“Os tampos torisféricos conhecidos como falsa elipse devem ser calculados como elipsoidais”.

Nota: Tampo torisférico conhecido como falsa elipse: É o tampo torisférico que tem aseção toroidal com raio interno igual a 0,17 D, e, a calota central esférica com raiointerno igual a 0,90 D, sendo D o diâmetro interno do vaso.

8.1.3 Alterar para:

“O diâmetro nominal mínimo das bocas de visita deve ser como indicado na TABELA 7”.

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PROPRIEDADE DA PETROBRAS 45 páginas

PROJETO DE VASODE PRESSÃO

Procedimento

Esta Norma substitui e cancela a sua revisão anterior.

Esta Norma é a Revalidação da revisão anterior.

Cabe à CONTEC - Subcomissão Autora, a orientação quanto à interpretação do textodesta Norma. O Órgão da PETROBRAS usuário desta Norma é o responsável pelaadoção e aplicação dos itens da mesma.

CONTECComissão de Normas

Técnicas

Requisito Mandatório: Prescrição estabelecida como a mais adequada e que deve serutilizada estritamente em conformidade com esta Norma. Uma eventual resolução denão seguí-la ("não-conformidade" com esta Norma) deve ter fundamentos técnico-gerenciais e deve ser aprovada e registrada pelo Órgão da PETROBRAS usuário destaNorma. É caracterizada pelos verbos: “dever”, “ser”, “exigir”, “determinar” e outrosverbos de caráter impositivo.

SC - 02

Prática Recomendada (não-mandatória): Prescrição que pode ser utilizada nascondições previstas por esta Norma, mas que admite (e adverte sobre) a possibilidadede alternativa (não escrita nesta Norma) mais adequada à aplicação específica. Aalternativa adotada deve ser aprovada e registrada pelo Órgão da PETROBRAS usuáriodesta Norma. É caracterizada pelos verbos: “recomendar”, “poder”, “sugerir” e“aconselhar” (verbos de caráter não-impositivo). É indicada pela expressão: [PráticaRecomendada].

Caldeiraria Cópias dos registros das "não-conformidades" com esta Norma, que possam contribuirpara o aprimoramento da mesma, devem ser enviadas para a CONTEC - SubcomissãoAutora.

As propostas para revisão desta Norma devem ser enviadas à CONTEC - SubcomissãoAutora, indicando a sua identificação alfanumérica e revisão, o item a ser revisado, aproposta de redação e a justificativa técnico-econômica. As propostas são apreciadasdurante os trabalhos para alteração desta Norma.

“A presente norma é titularidade exclusiva da PETRÓLEO BRASILEIROS.A. - PETROBRAS, de uso interno na Companhia, e qualquer reproduçãopara utilização ou divulgação externa, sem a prévia e expressa autorizaçãoda titular, importa em ato ilícito nos termos da legislação pertinente,através da qual serão imputadas as responsabilidades cabíveis. Acirculação externa será regulada mediante cláusula própria de Sigilo eConfidencialidade, nos termos do direito intelectual e propriedadeindustrial.”

Apresentação

As normas técnicas PETROBRAS são elaboradas por Grupos de Trabalho –GTs (formados por especialistas da Companhia e das suas Subsidiárias), são comentadas pelosRepresentantes Locais (representantes das Unidades Industriais, Empreendimentos de Engenharia,Divisões Técnicas e Subsidiárias), são aprovadas pelas Subcomissões Autoras – SCs (formadas portécnicos de uma mesma especialidade, representando os Órgãos da Companhia e as Subsidiárias) eaprovadas pelo Plenário da CONTEC (formado pelos representantes das Superintendências dosÓrgãos da Companhia e das suas Subsidiárias, usuários das normas). Uma norma técnicaPETROBRAS está sujeita a revisão em qualquer tempo pela sua Subcomissão Autora e deve serreanalisada a cada 5 (cinco) anos para ser revalidada, revisada ou cancelada. As normas técnicasPETROBRAS são elaboradas em conformidade com a norma PETROBRAS N -1. Parainformações completas sobre as normas técnicas PETROBRAS, ver Catálogo de Normas TécnicasPETROBRAS.

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PÁGINA EM BRANCO

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PREFÁCIO

Esta Norma PETROBRAS N-253 REV. H SET/98 é a Revalidação da Norma PETROBRASN-253 REV. G ABR/97, inclusive sua 1ª Emenda, não tendo sido alterado o seu conteúdo.

1 OBJETIVO

1.1 Esta Norma fixa as condições exigíveis para a execução do Projeto Mecânico e do Projetopara Fabricação de Vasos de Pressão utilizados em refinarias, unidades petroquímicas, terminais,estações de dutos, estações de produção em terra, plataformas marítimas de produção e outrasinstalações similares.

1.2 Entende-se como “Vaso de Pressão” todos os reservatórios de qualquer tipo, dimensões oufinalidade, não sujeitos à chama, que contenham qualquer fluido em pressão manométrica igual ousuperior a 103 kPa (1,05 kgf/cm2): ou submetidos a pressão externa.

1.3 Esta Norma se aplica a projetos de vasos iniciados a partir da data de sua edição.

1.4 Esta Norma contém somente requisitos mandatórios.

1.5 Devem ser seguidos somente os requisitos técnicos desta Norma aplicáveis a cada casoespecífico.

1.6 Outros requisitos técnicos, não citados por esta Norma, caso necessários, devem ser seguidosconforme a aplicação específica.

2 DOCUMENTOS COMPLEMENTARES

Os documentos relacionados a seguir são citados no texto e contém prescrições válidas para apresente Norma.

Ministério do Trabalho/Secretaria de Segurança e Saúde no Trabalho - NR-13 - Caldeiras e Vasos de Pressão;PETROBRAS N-266 - Apresentação de Projeto de Vaso de Pressão;PETROBRAS N-268 - Fabricação de Vasos de Pressão;PETROBRAS N-269 - Montagem de Vasos de Pressão;PETROBRAS N-279 - Projeto de Estruturas Metálicas;PETROBRAS N-381 - Execução de Desenho e Outros Documentos Técnicos em

Geral;PETROBRAS N-1278 - Algarismos e Letras para Identificação de Equipamentos;PETROBRAS N-1438 - Soldagem;PETROBRAS N-1500 - Vasos de Pressão - Folha de Dados;

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PETROBRAS N 1521 - Identificação de Equipamentos Industriais;PETROBRAS N-1556 - Vasos de Pressão - Requisição de Material;PETROBRAS N-2012 - Detalhe de Bocal para Vaso de Pressão;PETROBRAS N-2013 - Suporte para Vaso de Pressão Horizontal;PETROBRAS N-2014 - Suporte para Vaso de Pressão Vertical;PETROBRAS N-2049 - Acessório Interno de Vaso de Pressão;PETROBRAS N-2054 - Acessório Externo de Vaso de Pressão;ABNT NBR 5874 - Terminologia de Soldagem Elétrica;ABNT NBR 6123 - Forças devidas ao Vento em Edificações;ABNT NBR 11889 - Bobinas Grossas e Chapas Grossas de Aço-Carbono;ASME Boiler and Pressure Vessel Code - Seções I, II (Partes A, B e C), V, VIII(Divisão 1 e 2) - e IX;ASME Code Cases - Pressure Vessels;ANSI B 1.1 - Unified Screw Threads;ANSI B 16.5 - Pipe Flanges and Flanged Fittings;ANSI B 16.11 - Forged Steel Fittings Socket-Welding and Threaded;ANSI B 16.20 - Ring-Joint Gasket and Grooves for Steel Pipe Flanges;ANSI B 18.2 - Square and Hex Nuts;BS-5500 - Specification for Unifired Fusion Welded Pressure Vessels;MSS SP-6 - Standard Finishes for Contact Faces of Pipe Flanges and

Connecting-end Flanges of Valves and Fittings;MSS SP-44 - Steel Pipe Line Flanges;API RP 520 - Recommended Practice for the Design and Installation of

Pressure Relieving Systems in Refineries;API RP 601 - Metallic Gaskets for Raised-Face Pipe Flanges and Flanged

Connections;API RP 605 - Large Diameter Carbon-Steel Flanges;API RP 618 - Reciprocating Compressors for General Refinery Services;ASTM A 20 - General Requirements for Steel Plates for Pressure Vessels;TEMA - Standards of Tubular Exchanger Manufacturers Association;WRC Bulletin 107 e 297 (Suplemento) - Local Stresses in Spherical and CylindricalShells Due to External Loadings.

3 CONDIÇÕES GERAIS

3.1 Projetista

Nesta Norma está sendo denominado “projetista de detalhamento” a firma organizaçãoencarregada do “projeto de detalhamento” da instalação onde se situa o vaso de pressãoconsiderado e de “Projetista” a firma ou organização encarregada da elaboração do projetomecânico e do projeto para fabricação do vaso. Caso o projeto mecânico e o projeto parafabricação sejam feitos cada um por uma organização diferente, o termo “projetista” cabe a cadauma dessas entidades.

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3.2 Projeto Mecânico

3.2.1 O projeto mecânico consiste basicamente no dimensionamento mecânico estrutural do vasode pressão. Exceto quando expressamente especificado em contrário no contrato ou na“Requisição de Material” do vaso esse projeto deve incluir todos os itens que se aplica.

3.2.2 O projeto mecânico baseia-se no projeto analítico (de processo e térmico) e na seleçãode materiais.

3.2.3 Quando necessário, devem ser feitas as seguintes verificações pelo projetista dedetalhamento:

a) tensões nos bocais do vaso, devido a reações de tubulação e outros esforçosexternos;

b) deslocamentos dos bocais do vaso, devido a dilatação térmica;c) tensões localizadas devido a suportes de tubulação e plataformas.

Nota: Essas verificações constituem atribuição do projetista de detalhamento, a nãoser que seja definido em contrário no contrato ou na Requisição de Material.

3.3 Projeto para Fabricação

O projeto para fabricação consiste no detalhamento completo dos vasos para a sua fabricação,incluindo todas as definições e dados prescritos na norma PETROBRAS N-266.

3.4 Responsabilidade do Projetista

3.4.1 A observância às exigências ou recomendações desta e de quaisquer outras normas nãopode entretanto, em nenhum caso, diminuir nem isentar de responsabilidade o projetista, quecontinua sempre com total responsabilidade pelo projeto mecânico e/ou pela fabricação dovaso.

3.4.2 Em todos os projetos devem ficar claramente definidos os limites físicos do vaso, quesão também os limites de responsabilidade do projetista.

3.5 Requisição de Material

3.5.1 A Requisição de Material (RM) de vasos de pressão, que é o documento de definição doescopo de fornecimento desses equipamentos, deve ser feita conforme o formuláriopadronizado pela norma PETROBRAS N-1556.

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3.5.2 Como regra geral, as RM’s devem ser baseadas no projeto mecânico completo do vasoou parcial, que deve ser anexado à RM. A RM pode ser baseada no projeto de processo ou nosdados básicos de processo em casos especiais que exigem garantia de desempenho dofabricante.

3.5.3 A RM deve indicar a revisão ou data da edição das normas citadas. Em caso de omissão,aplicam-se as edições em vigor na data de emissão ou revisão aplicável da RM.

3.5.4 Nos documentos anexos à RM devem ser indicados a natureza, composição epropriedades de todas as correntes fluidas que entram ou que saem do vaso, exceto quandoessas informações não forem fornecidas no Projeto de Engenharia Básica.

3.6 Desenhos e Informações

3.6.1 Todos os desenhos devem ser elaborados de acordo com as exigências da normaPETROBRAS N-381.

3.6.2 Todos os desenhos, Folhas de Dados, Folhas de Cálculos e outros documentos devemser elaborados como prescrito na norma PETROBRAS N-266 e devem obrigatoriamenteconter todas as informações relacionadas e pedidas nessa mesma norma sempre que possível,deve ser usado o formulário padronizado pela norma PETROBRAS N-1500.

3.7 Normas de Projeto

3.7.1 Exceto como permitido nos itens 3.7.1.1, 3.7.1.2, 3.7.1.3 e 3.7.1.4, o projeto de todosos vasos de pressão deve ser feito rigorosamente de acordo com a edição citada nosdocumentos de projeto da Seção VIII, Divisão 1 (Pressure Vessels) do “Boiler and PressureVessels Code” da ASME (American Society of Mechanical Engineers).

3.7.1.1 Quando a espessura da parede do vaso exceder 50 mm, para o projeto feito de acordocom a Divisão 1 do código ASME Seção VIII, supondo-se o emprego dos materiais comopermitido no capítulo 5, recomenda-se avaliar a conveniência de se executar o projeto deacordo com a Divisão 2 dessa mesma norma.

3.7.1.2 Permite-se que o projeto do vaso seja feito de acordo com a Divisão 2 do ASMESeção VIII, quando essa condição for definida pela PETROBRAS.

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3.7.1.3 Quando o vaso for parte componente de equipamento de geração de vapor, projetadoconforme o código ASME Seção I, o vaso deve ser projetado e construído de acordo com osrequisitos daquela seção.

3.7.1.4 Vasos projetados para pressões superiores a 20.690 kPa (211 kgf/cm2) ou deconstrução ou projeto especiais (proprietários), devem atender aos requisitos aplicáveis docódigo ASME Seção VIII, Divisão 2 e/ou as práticas proprietárias de projeto e construção dofabricante. A adoção de critérios diferentes dos do código ASME, entretanto, está sujeita aaprovação prévia da PETROBRAS.

3.7.1.5 Admite-se o projeto executado de acordo com outras normas ou códigos de projeto,aceitos internacionalmente, somente quando aprovado pela PETROBRAS. Ex. Norma alemãAD MERKBLÄTTER e norma inglesa BS-5500.

3.7.1.6 Quando o projeto for feito de acordo com uma norma ou código diferente do ASMESeção VIII, não se deve aplicar esta Norma PETROBRAS N-253, devendo o projeto serintegralmente executado em conformidade com a norma ou código adotado.

3.7.2 O projeto de qualquer vaso de pressão deve ainda obedecer às seguintes normas:

a) Seção II (materiais) do “Boiler and Pressure Vessels Code” da ASME;b) Seção IX (qualificação de soldadores e de procedimentos de soldagem do “Boiler

and Pressure Vessels Code” da ASME;c) Norma NBR 6123 (da ABNT),para o cálculo dos carregamentos devidos ao

vento;d) Normas PETROBRAS N-1438 e NBR 5874 (da ABNT), para terminologia e

simbologia de soldagem;e) Normas Técnicas da PETROBRAS citadas nesta Norma ou discriminadas em

cada caso.

3.7.3 O cálculo das tensões provenientes de cargas concentradas pode ser feito de acordo coma norma Britânica BS-5500 e o Bulletins 107 e 297 do Welding Research Council, quandoaplicáveis.

3.7.4 Quando houver divergências entre as normas e outros documentos deve ser observado aseguinte ordem de precedência:

a) Desenhos básicos do vaso, folha de dados ou outro documento específico para ovaso;

b) Esta Norma;c) Outras normas referidas nesta Norma.

Nota: Em caso de dúvidas a PETROBRAS deve ser consultada a respeito.

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3.7.5 Em todos os projetos devem ser adotadas as Unidades de Medida Legais no Brasil,permitindo-se o emprego de unidades inglesas apenas para a designação de diâmetros nominaisde tubos e acessórios de tubulação, perfis, parafusos e similares.

3.7.6 Deve ser obrigatoriamente seguida a Norma Regulamentadora NR-13, do Ministério doTrabalho, no projeto mecânico e no projeto para fabricação do vaso de pressão.

3.8 Nota Genérica

Alterar a denominação “Pressão Máxima Admissível de Trabalho” para “Pressão Máxima deTrabalho Admissível - PMTA” em todos os itens da norma em que aparece. Ex: 4.6 e 15.1.

4 CRITÉRIOS DE PROJETO

4.1 Tensões Admissíveis Básicas

4.1.1 As tensões admissíveis básicas são os valores adotados para cálculo das espessurasmínimas requeridas para partes pressurizadas e devem ser os valores tabelados pelo código deProjeto.

4.1.2 As soldas ligando partes não pressurizadas a partes pressurizadas, bem como suportesde internos principais, tais como ciclones e grades, devem ser projetados considerando-se atensão admissível para partes pressurizadas.

4.1.3 Os parafusos de ancoragem de aço-carbono devem ser calculados com uma tensãoadmissível básica de 98 MPa (1000 kgf/cm2), baseado na área da raiz. Para a condição demontagem, pode ser considerada uma tensão admissível máxima de 118 MPa (1200 kgf/cm2).

4.2 Pressão de Projeto

A pressão de projeto deve ser determinada pelo projetista.

4.3 Temperatura de Projeto

A temperatura de projeto deve ser determinada pelo projetista.

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4.4 Combinação de Carregamentos

4.4.1 Todos os vasos de pressão projetados de acordo com o código ASME Seção VI11,Divisão 1, inclusive as estruturas de suporte, devem ser verificados para as seguintescondições:

a) I - Montagem;b) II - Teste;c) III - Operação normal;d) IV - Parada.

4.4.2 Os esforços solicitantes, tensões admissíveis e espessuras que devem ser consideradaspara cada uma das condições de 4.4.1 estão discriminadas na TABELA 1:

TABELA 1(CONTINUA) - COMBINAÇÃO DE CARREGAMENTOSNO PROJETO DOS VASOS

Condição Carregamentos Tensões de MembranaAdmissíveis à Tração 7)

Espessuras

I-MONTAGEM

Consideração simultânea dosseguintes carregamentosseguintes:a) peso próprio do vaso 1);b) esforços devidos à ação do

vento ou terremoto 2);

Tensões admissíveis dastabelas da norma para omaterial do vaso natemperatura ambiente,acrescidas de 20%.

Espessurasnominais daschapas

6)

II-TESTE

Consideração simultânea dosseguintes carregamentosatuantes:- pressão interna de teste

hidrostático.- peso do vaso completamente

cheio de água 1).- peso de todas as cargas

permanentes suportadas pelovaso durante o teste 3).

A tensão máxima não podeexceder 80% do limite deelasticidade do material natemperatura ambiente. ParaPartes não Pressurizadas,pode ser considerada atensão admissível básicaacrescida de 33 1/3 %.

Espessurasnominais ouespessurascorroídas.

6)

III-OPERAÇÃO

5)

Consideração simultânea dosseguintes carregamentosatuantes:- pressão interna ou externa de

projeto na temperatura deprojeto.peso do fluido no nível deoperação.

- peso próprio do vaso.- peso de todas as cargas

permanentes suportadas pelovaso 4).

- esforços devido à ação dovento ou terremoto 2).

Tensões admissíveis dastabelas da norma para omaterial do vaso natemperatura de projeto,exceto no trecho inferior aoestabelecido para saia desuporte.

Espessurascorroídas, istoé, espessurasnominais menosas sobre-espessuras paracorrosão

6)

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TABELA 1(CONCLUSÃO) - COMBINAÇÃO DE CARREGAMENTOS

NO PROJETO DOS VASOS

Condição Carregamentos Tensões de MembranaAdmissíveis à Tração 7)

Espessuras

IV-PARADA

Consideração simultânea dosseguintes carregamentosatuantes:- peso próprio do vaso.- peso de todas as cargas

permanentes suportadas pelovaso 4).

- esforços devidos à ação dovento ou terremoto 2).

Tensões admissíveis dastabelas da norma para omaterial do vaso natemperatura ambiente,acrescidas de 20%.

Espessurascorroídas.

6)

Notas: 1) Inclui o casco e acessórios soldados; exclui acessórios externos e internos removíveis;2) Os esforços devidos ao vento não precisam ser considerados para o projeto dos vasos

horizontais, devem, entretanto, ser considerados no projeto das suas fundações eestruturas;

3) Inclui internos removíveis; exclui isolamento interno ou externo e acessórios externos;4) Inclui internos removíveis, isolamento interno ou externo, acessórios externos e

tubulações;5) Em casos especiais, a critério do Projetista, pode ser necessário considerar na

Condição III o efeito simultâneo de outros carregamentos atuantes, tais comodilatações térmicas do próprio vaso, dilatações térmicas de tubulações e outrasestruturas ligadas ao vaso, flutuações de pressão, esforços dinâmicos causados pelomovimento de fluidos internos e vibrações;

6) Para as partes que sofrem redução de espessura no processo de fabricação, devem serconsideradas as espessuras mínimas esperadas;

7) A tensão longitudinal de compressão admissível, para todas as condições decarregamento, para o vaso e para saias de suporte, deve ser determinada de acordocom o parágrafo UG-23 (b) do Código ASME, Seção VIII, Divisão 1.

4.4.3 Em condições de curta duração, devem ser considerados os seguintes carregamentossimultâneos:

a) pressão interna ou externa e temperatura correspondente na condição de curtaduração;

b) peso máximo do fluido de operação na condição de curta duração;c) peso de todas as cargas permanentes suportadas pelo vaso.

4.4.3.1 Não é necessário considerar a ocorrência simultânea de dois carregamentostemporários, a não ser que exista razoável expectativa de sua ocorrência.

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4.4.3.2 As cargas de vento e terremoto não precisam ser combinadas com as cargas de curtaduração.

4.4.3.3 Para partes não pressurizadas, pode ser considerada a tensão admissível básicaacrescida de 33 1/3 %.

4.4.3.4 Os efeitos das condições de curta duração devem ser analisadas em cada caso.

4.4.3.5 As tensões admissíveis do Código de projeto não podem ser ultrapassadas, devendo ascondições de peso máximo constar dos dados para projeto de fundações.

4.4.4 Exceto quando especificado de outra forma na Folha de Dados do vaso, as cargasdevidas ao vento devem ser calculadas de acordo com a norma ABNT NBR 6123.

4.4.5 Para os vasos de pressão projetados de acordo com a norma ASME Seção VIIIDivisão 1, os conceitos de pressão e temperatura de operação, pressão e temperatura deprojeto, pressão de teste hidrostático e pressão máxima de trabalho admissível, devem serentendidos como definidos no projeto.

4.4.6 Para os vasos construídos de aços inoxidáveis austeníticos, devem ser adotados osvalores de 4.4.6.1 e 4.4.6.2 para as tensões admissíveis.

4.4.6.1 Para o casco, tampos e outras partes do vaso para as quais pequenas deformaçõespermanentes não sejam prejudiciais adotar valores mais altos das tensões admissíveis de acordocom a Nota (1) da Tabela UHA-23 do código ASME Sec. VIII, Div. 1.

4.4.6.2 Para os flanges, espelhos e outras partes do vaso que podem estar sujeitos avazamento ou mau funcionamento devido a pequenas deformações permanentes, adotarvalores baixos das tensões admissíveis, de acordo com a mesma Nota e TABELA de 4.4.6.1.

4.5 Vida Útil de Projeto

Exceto quando especificado de outra forma, devem ser considerados os valores mínimos daTABELA 2 para o tempo de vida útil dos vasos de pressão. Esses tempos de vida útil devemser empregados como base para a seleção de materiais, determinação de sobreespessuras paracorrosão e erosão, cálculo de fadiga e de deformações por fluência, e qualquer outro critériobaseado no fator tempo. Quando for técnica ou economicamente inviável atender a essestempos de vida, a PETROBRAS deve decidir em cada caso.

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TABELA 2 - VIDA ÚTIL DOS VASOS DE PRESSÃO

Classes de EquipamentosRefinarias, Terminais eoutras Instalações Não

PetroquímicasUnidades Petroquímicas

Equipamentos de grande porte,grande custo ou essenciais aofuncionamento da unidadeindustrial (reatores, torres,permutadores ou vasosimportantes).

20 anos 15 anos

Outros equipamentos nãoincluídos na classe acima.

15 anos 10 anos

Peças desmontáveis ou dereposição (feixes tubulares,internos de torres, e outros).

8 anos 5 anos

4.6 Pressão Máxima Admissível de Trabalho

É obrigatório o cálculo da pressão máxima admissível de trabalho (PMAT) (MaximumAllowable Working Pressure, MAWP) e a indicação da parte do vaso que limita essa pressão,para todos os vasos projetados de acordo com o código ASME Seção VIII Divisão 1. Apressão máxima admissível de trabalho deve ser sempre calculada no projeto do vaso.

4.7 Flecha em Vasos Verticais

Para vasos verticais a flecha máxima devida ao vento não deve exceder 1/200 da altura dovaso.

4.8 Radiografia das Juntas Soldadas

Para qualquer vaso de pressão é obrigatório que todas as juntas soldadas do casco e tampostenham pelo menos inspeção radiográfica por pontos (spot), não sendo admitidas as soldas nãoradiografadas, mesmo nos casos em que o código ASME Sec. VIII Div. 1 permita esse tipo desoldas.

4.9 Acessórios de Compressores Alternativos

Os equipamentos para amortecimento de pulsações, resfriadores inter-estágio (intercoolers) eresfriadores posteriores (aftercoolers), pertencentes a sistemas de compressores alternativos,devem obedecer também aos requisitos da norma API RP 618. Os permutadores do sistema delubrificação, quando o compressor for situado em unidades de refino, devem atender aoTEMA “R”; em outros locais admite-se para esse permutador de calor o TEMA “C”.

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4.10 Vibrações Induzidas pelo Vento

Deve ser verificado o efeito de vibrações induzidas pelo vento, em vasos verticais, na direçãodo vento e na direção perpendicular ao mesmo. As cargas devem ser conforme a normaABNT NBR 6123.

5 MATERIAIS

5.1 Para os cascos, tampos e todas as outras partes do vaso submetidas à pressão exige-sesempre que sejam especificados no projeto materiais qualificados. Como regra geral só sãoadmitidos materiais qualificados reconhecidos pelo código ASME Seção II (partes A, B e C) eSeção VIII, admitindo-se materiais ASTM, detalhando-se os seus desvios para aprovação pelaPETROBRAS.

5.2 A aceitação de materiais equivalentes ao do código ASME, ou de acordo com outrasnormas está sujeita à aprovação da PETROBRAS, devendo os materiais não relacionados nocódigo ASME Seção II constar de especificações de sociedades de normalização reconhecidasinternacionalmente (Ex.: BS, DIN, JIS). Nestes casos, o proponente deve apresentar o textocompleto da especificação proposta, em português ou em inglês.

5.3 Quando o material proposto não constar das especificações de sociedades denormalização reconhecidas internacionalmente, devem ser obedecidos os requisitos de 5.3.1até 5.3.3.

5.3.1 Deve ser adotada a sistemática de aprovação do Código ASME, Seção VIII, conformeos apêndices correspondentes das Divisões 1 e 2.

5.3.2 O proponente deve apresentar as informações de 5.3.2.1 até 5.3.2.5.

5.3.2.1 Acrescentar o texto completo das especificações dos materiais, de preferência dentrodo modelo descrito nas especificações da ASTM, incluindo no mínimo processos defabricação, composição química, propriedades físicas e químicas tratamentos térmicosnecessários, tolerâncias, ensaios químicos e mecânicos, acabamento, condições de aceitação erejeição.

5.3.2.2 Apresentar a comprovação da submissão do material à ASTM ou de “Code Case”aprovando o uso do material.

5.3.2.3 Indicar propriedades mecânicas, limites de ruptura e escoamento para váriastemperaturas de serviço.

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5.3.2.4 Indicar a necessidade ou não de tratamento térmico para alívio de tensões ou correçãode características metalúrgicas alteradas devido às operações de fabricação, tais comoforjamento e soldagem, e as condições de realização desses tratamentos. Em qualquer caso,deve ser plenamente justificada a necessidade ou não do tratamento térmico.

5.3.2.5 Fornecer a relação dos vasos de pressão existentes construídos com o materialproposto. Essa relação deve indicar, em cada caso, os seguintes dados: forma geométrica,dimensões, pressão e temperatura de projeto, serviço, nome do usuário e do fabricante, localda instalação e data de entrada em serviço.

5.3.3 A utilização do material proposto está condicionada à aprovação da PETROBRAS.

5.4 Os aços para as partes pressurizadas devem apresentar teor de carbono não superior a0,30 %, sendo que para as chapas dos cascos e tampos exige-se que o teor de carbono, nãoseja superior a 0,26 %. Aços com teor de carbono superior aos limites acima podem serempregados somente nos seguintes casos:

a) partes não soldadas, tais como flanges cegos e tampos de bocas de visita;b) chapas com espessura superior a 50 mm.

5.5 O emprego de aços contendo outros elementos de liga além do manganês e silício, e/oucom limites de resistência superior a 485 MPa (70 psi) (valor nominal constante daespecificação do material), bem como de aços temperados e revenidos está sujeito a aprovaçãoprévia da PETROBRAS.

5.6 Independentemente dos limites da temperatura estabelecidos no código ASME Sec. VIII,Div. 1, os materiais indicados na TABELA 3 só devem em princípio, ser empregados emserviço contínuo para temperaturas até os limites dados nessa TABELA. Permite-se oemprego em temperaturas superiores para condições eventuais e de curta duração ou quandonão houver outra alternativa técnica ou economicamente viável. Em qualquer caso, énecessária a aprovação da PETROBRAS. Os limites para as partes pressurizadas estãoprincipalmente baseados em função da resistência mecânica (resistência a fluência) do material.Os limites para as partes não pressurizadas estão baseados na temperatura de escamação domaterial (scaling temperature).

5.7 A TABELA 4 mostra os critérios básicos para especificação de materiais para as diversaspartes dos vasos de pressão. Esses critérios dever ser obedecidos, exceto quando forespecificado de outra forma para um determinado vaso. As classes das partes dos vasos citadosna primeira coluna da TABELA 4, são descritas de 5.7.1 até 5.7.6.

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TABELA 3 - TEMPERATURAS LIMITES

Materiais

Temperatura Máxima de Operação

(°C)Partes Pressurizadas Partes Não Pressurizadas

Aços-Carbono qualidade estrutural.Aços-Carbono não acalmados(materiais qualificados).Aços-Carbono acalmados com Si.Aços-Liga 1/2 Mo.Aços-Liga 1 1/4 Cr - 1/2 Mo.Aços-Liga 2 1/4 Cr -1 Mo.Aços-Liga 5 Cr - 1/2 Mo.Aços Inoxidáveis 405, 410, 410S 3).Aços Inoxidáveis 304, 316, (1) 2).Aços Inoxidáveis 304L, 316L.Aços Inoxidável 310 2).

150

400450500530530480480600400600

530

530530530550570600700800800

1100

Notas: 1) Para temperaturas de projeto superiores a 550°C, recomenda-se o uso de açosinoxidáveis tipo “H”.

2) Chama-se atenção para a possibilidade de formação de “Fase Sigma”, paratemperaturas acima de 600°C, resultando em severa fragilização do material. Essamudança na estrutura metalúrgica ocorre principalmente para os aços tipos 316 e310.

3) Esses materiais são suscetíveis de sofrer fragilização operando em torno de 475°Cpor períodos longos.

5.7.1 Classe I

Partes da parede de pressão do vaso em contacto com o fluido de processo (cascos, tampos,pescoços de bocais, flanges, flanges cegos e outros) e outras partes pressurizadas em contactocom o fluido de processo (espelhos, p.ex.). Esta classe inclui também as partes internassoldadas aos vasos e submetidas a esforços principais (anéis, chapas e outros elementos desuporte de bandejas, grades, tampos internos, e outros). Esta classe inclui também os reforços(de qualquer tipo) das aberturas na parede de pressão do vaso.

5.7.2 Classe II

Partes da parede de pressão do vaso não em contacto com o fluido de processo, exceto osreforços das aberturas (incluídos na Classe I) reforços externos, reforços de vácuo e outros.

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TABELA 4 - CRITÉRIOS PARA ESPECIFICAÇÃO DOS

MATERIAIS DOS COMPONENTES DE VASOS

Classe da Parte Material Básico do Vaso

do Vaso

ConsideradaAço-Carbono

Aço-Carbono paraBaixas Temperaturas

Aços-Liga, AçosInoxidáveis e Metais

Não Ferrosos

I Mesmo material docasco.

Mesmo material do casco. Mesmo Material docasco.

IIMesmo material docasco. Mesmo material do casco.

Material com o mesmo“P-Number” do materialdo casco.

IIIAço-Carbono dequalidade estrutural.

Aço-Carbono para baixastemperaturas.

Material com o mesmo“P-Number” do materialdo casco (Ver Nota).

IV Materiais especificadosem cada caso.

Materiais especificadosem cada caso.

Materiais especificadosem cada caso.

V Aço-Carbono dequalidade estrutural.

Aço-Carbono dequalidade estrutural.

Aço-Carbono dequalidade estrutural.

VIAço-Carbono dequalidade estrutural.

Aço-Carbono dequalidade estrutural.

Material com o mesmo“P-Number” do materialdo casco.

Nota: Deve ser empregado o mesmo material do casco, quando for exigido por motivo deresistência à corrosão.

5.7.3 Classe III

Partes internas soldadas ao vaso mas não submetidas a esforços principais (chicanas,defletores, quebra-vórtice, vertedores, e outros). Partes externas soldadas ao vaso, submetidasa esforços em operação, como por exemplo, suporte de qualquer tipo (saias, colunas, berços eoutros), elementos de sustentação de escadas, plataformas, tubulações externas, e outros. Paraos suportes, esta classe inclui somente as partes dos suportes diretamente soldadas ao vaso oumuito próxima do mesmo.

5.7.4 Classe IV

Partes internas desmontáveis (não soldadas ao vaso), como por exemplo, bandejas,borbulhadores, grades, vigas de sustentação, distribuidores, feixes tubulares, e outros.

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5.7.5 Classe V

Partes de suportes de qualquer tipo não incluídos nas Classes III e VI. Para todas as partesdesta Classe a temperatura de projeto é sempre a temperatura ambiente.

5.7.6 Classe VI

Partes externas, diretamente soldadas ao vaso, mas submetidas a esforços apenas emmontagem, manutenção, desmontagem e outros, como por exemplo olhais de suspensão,turcos, e outros. Para todas as partes desta Classe a temperatura do projeto é sempre atemperatura ambiente.

5.8 A especificação de materiais, a definição da necessidade ou não de testes de impacto e detratamento térmico, bem como da temperatura e energia do teste de impacto, devem ser feitospelo projetista.

5.9 Todos os vasos para serviços em baixas temperaturas devem ter materiais adequados nãosó no corpo e tampo como também, obrigatoriamente, em todas as outra partes submetidas àpressão, tais como flanges, pescoços, luvas, parafusos, porcas, e outros.

5.10 Quando a sensitização dos aços inoxidáveis austeníticos for prejudicial à sua resistência àcorrosão, devem ser usados materiais não sensitizáveis (aços de baixo C, tipos L e ELC, ouaços estabilizados). Chama-se atenção que a sensitização pode ocorrer em conseqüência dasoldagem, de tratamentos térmicos, ou da temperatura de operação do vaso.

5.11 O emprego de peças fundidas deve ser restringido ao mínimo, e exige sempre aaprovação prévia da PETROBRAS.

6 ESPESSURAS

6.1 As espessuras indicadas nos desenhos são as espessuras mínimas das chapas que devemser adotadas para a fabricação do vaso. As tolerâncias de fabricação das chapas (tolerânciaspara menos) não precisam ser consideradas, desde que as chapas estejam de acordo com asnormas ASTM A-20 e ABNT NBR 11889.

6.2 Para tampos abaulados e outras peças prensadas ou conformadas, deve ser previsto umadequado acréscimo na espessura das chapas, para compensar a perda de espessuras naprensagem ou na conformação, de forma que a espessura final da peça acabada tenha nomínimo o valor calculado ou o valor que consta nos desenhos.

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6.3 Nos vasos em que forem previstas diferentes espessuras de chapas para os diversos anéis,permite-se ao projetista modificar para mais essas espessuras, com a finalidade de acertar asalturas dos anéis com as dimensões comerciais das chapas.

6.4 Deve sempre ser acrescentada uma adequada sobreespessura para corrosão excetoquando, para o serviço e o material em questão, a corrosão for reconhecidamente inexistenteou desprezível, ou quando houver um revestimento interno anticorrosivo adequado.

6.5 Sobreespessuras para corrosão devem ser baseadas no tempo de vida útil, comoespecificado nesta Norma. Como regra geral, quando a taxa de corrosão prevista for superior a0,3 mm/ano, ou quando a sobreespessura para corrosão resultar maior do que 6 mm,recomenda-se que seja considerado o emprego de outros materiais mais resistentes à corrosão.

6.6 Para partes de aço-carbono ou de aços de baixa liga deve ser adotada uma sobreespessuramínima de 1,5 mm, quando houver necessidade de algum valor por razões de corrosão.

6.7 Exceto quando especificado de outra forma devem ser adotados os seguintes valoresmínimos para a sobreespessura para corrosão para as partes construídas em, aço-carbono ouem aços de baixa liga:

a) Torres, vasos e permutadores em geral para serviços comhidrocarbonetos: 3 mm;

b) Potes de acumulação (botas) para os vasos acima: 6 mm;c) Vasos em geral para vapor e ar: 1,5 mm;d) Vasos de armazenamento de gases liquefeitos de petróleo: 1,5 mm.

6.8 Devem ser adotados os critérios da TABELA 5 para a aplicação das sobreespessuras paracorrosão.

6.9 Independentemente do valor calculado para a espessura, em vasos de aços carbono e açosde baixa liga, os cascos e tampos devem ter uma espessura mínima igual ao maior dos doisvalores seguintes:

a) tmín = 4,8 mm;b) tmín = 2,5 + 0,001 Di + C.

onde: tmín = espessura mínima, mm;Di = diâmetro interno, mm;C = sobreespessura de corrosão, mm.

6.10 Em vasos de aços inoxidáveis e metais não ferrosos a espessura mínima corroída nãodeve ser inferior a 2 mm.

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6.11 A espessura mínima corroída de partes removíveis, partes soldadas diretamente ao cascoe garganta de soldas em ângulo deve ser de 3 mm.

6.12 Exceto quando expressamente especificado em contrário o alinhamento de chapas deespessuras diferentes, no corpo ou nos tampos do vaso, deve ser feito pela superfície interna.

TABELA 5 - CRITÉRIOS PARA APLICAÇÃO DE

SOBREESPESSURA DE CORROSÃO

Partes da parede de pressão, em contactocom o fluido de processo: cascos, tampos,pescoços de bocais, espelhos, flanges,flanges cegos, e outros.

Adicionar o valor integral da sobreespessura,em cada fade da peça em contacto com ofluido.

Peças internas não removíveis, submetidas aesforços principais.Peças internas não removíveis submetidas aesforços. Adicionar metade do valor da sobreespessura

em cada face em contacto com o fluido.Peças internas removíveis submetidas aesforços (exclui bandejas e seus acessórios).Peças internas removíveis não submetidas aesforços (exclui bandejas e seus acessórios).

Adicionar 1/4 do valor da sobreespessura, emcada face da peça em contacto com o fluido(mínimo de 1,0 mm, total).

7 TAMPOS E SEÇÕES DE TRANSIÇÃO

7.1 Os tampos devem ter um dos formatos admitidos pelas normas ASME Seção VIII. sendoque para tampos planos soldados admitem-se os tipos mostrados na Fig. UW-13.2, (a), (b),(c), (e) e (f). Quando estampados, a estampagem deve ser de forma que a espessura aindaesteja de acordo com o projeto. Os tampos elipsoidais ou torisféricos devem ter a relação entreos semi-eixos de 2:1. Os tampos torisféricos, conhecidos como falsa elipse, devem sercalculados como torisféricos.

7.2 Os tampos elipsoidais ou torisféricos em aço-carbono e aço de baixa-liga, com diâmetrointerno até 1800 mm, devem ser construídos em uma só peça, sem soldas. Para os tampostorisféricos com diâmetro interno superior a 1800 mm, e para tampos cladeados ou em outrosmateriais que não sejam aço-carbono e aço de baixa-liga de qualquer diâmetro a FIGURA A-1mostra algumas disposições permitidas e não permitidas de soldas. Com exceção das soldas emposição radial, não são permitidas soldas inteiramente na região toroidal do tampo. Naconstrução em gomos radiais, a coroa central não deve ter um raio inferior a 20 % do raio dotampo.

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7.3 A espessura requerida da parte cilíndrica (saia do tampo) de tampo elipsoidal e torisfériconão deve ser inferior à espessura requerida do casco ao qual está ligado.

7.4 Quando a saia ou as colunas de sustentação de um vaso vertical forem soldadas a umaseção cônica do casco, deve obrigatoriamente haver uma seção toroidal de transição entre essaseção cônica e o casco cilíndrico.

8 BOCAIS E OUTRAS ABERTURAS

8.1 Requisitos Gerais

8.1.1 Em todos os vasos (ou em compartimento do vaso) que não sejam completamentedrenáveis pelas tubulações, é obrigatório um bocal de dreno, de forma a permitir a drenageminterna completa.

8.1.2 Os vasos devem ter no mínimo bocas de visita ou de inspeção em cada compartimentopressurizado, conforme a TABELA 6.

TABELA 6 - BOCAS DE VISITA E DE INSPEÇÃO EM VASOS

Diâmetro do Vaso (mm) Vasos com Internos Vasos sem InternosTubo de 10” ou menor.

Tubo maior que 10” eDI ≤ 815 mm.

DI => 815 mm.

Tampo superior flangeado.

Tampo superior flangeado (verNota)

Boca(s) de visita.

2 bocais de inspeção de 2”.

2 bocais de inspeção de 4”.

Boca(s) de visita.Notas: 1) Para pressões elevadas deve ser verificada a conveniência de uso de redução no

caso, para diminuir o diâmetro do tampo flangeado.2) As torres com recheio devem ter bocais para retirada do recheio.

8.1.3 O diâmetro nominal mínimo das bocas de visita deve ser como indicado na TABELA 6.

8.1.4 Bocas de visita de 600 mm (24”) só podem ser utilizadas em vasos com diâmetrointerno superior a l220 mm.

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TABELA 7 - DIÂMETRO NOMINAL MÍNIMO DE BOCAS DE VISITA

Diâmetro Interno do Vaso(mm)

Vasos sem Internos Vasos com Internos

815 - 1015Acima de 1015

18”18”

18”20”

8.1.5 Para os vasos com bandejas, grades, ou outras peças semelhantes, que seja,desmontáveis ou que possuam alçapão de passagem o número mínimo de bocas de visita paraserviços limpos deve ser de acordo com a TABELA 8. Deve-se considerar bocas de visitaadicionais na entrada de carga onde as tubulações internas e chicanas possam requerer limpezafreqüente.

TABELA 8 - NÚMERO MÍNIMO DE BOCAS DE VISITA

Número de Bandejas ou Grades Número Mínimo de Bocas de VisitaAté 2526 - 4142 - 60

Acima de 60

234

Uma para cada 20 bandejas

8.1.6 Em serviços onde se prevê necessidade freqüente de limpeza o número de bocas devisita indicado na TABELA 8 pode ser aumentado, de acordo com a severidade do serviço, atéum máximo de uma boca de visita para cada três bandejas.

8.1.7 Em vasos verticais com uma única boca de visita, esta deve estar situada no corpocilíndrico do vaso, na posição mais baixa possível. Quando o vaso vertical tiver duas bocas devisita, a segunda boca deve ficar acima da bandeja superior ou na posição mais alta possível.Em vasos verticais com três ou mais bocas de visita, as bocas adicionais devem estar, tantoquanto possível, igualmente espaçadas ao longo do comprimento do vaso e, preferencialmente,junto a bocais de entrada e tubulações internas.

8.1.8 No caso dos vasos horizontais, a boca de visita deve de preferência estar situada em umdos tampos; a segunda boca de visita, quando existente, deve ficar na parte superior do cascopróximo a extremidade oposta. Os vasos horizontais com mais de 10 m de comprimentodevem ter duas bocas de visita.

8.1.9 Os bocais de entrada de produto devem estar suficientemente afastados do instrumentode medição de nível, para evitar perturbações no nível que afetem a leitura do instrumento.

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8.1.10 Os bocais de entrada e de saída devem ficar distantes entre si, para evitar curto-circuitodentro do vaso. Para vasos horizontais, recomenda-se que esses bocais fiquem próximos decada uma das extremidades do vaso.

8.1.11 Nas torres e vasos verticais. a orientação dos bocais, quando não for fixado pormotivos de processo, deve, em primeiro lugar, atender às conveniências do traçado detubulação. A orientação das bocas de visita deve atender à conveniência de arranjo dasplataformas e escadas. Recomenda-se, tanto quanto possível, que sejam observados também8.1.11.1 e 8.1.11.2.

8.1.11.1 As bocas de visita devem ficar na mesma linha vertical, ou em duas linhas verticaisdiametralmente opostas.

8.1.11.2 Os bocais devem ser orientados de forma que as tubulações verticais fiquemconcentradas em um ou dois setores restritos da circunferência do vaso.

8.1.12 Nas torres ou outros vasos suportados por saias cilíndricas, e que não tenham acessopor baixo, não devem ser colocadas válvulas, flanges, conexões roscadas, ou ponta chanfradapara solda dentro da saia. Caso os bocais de fundo do vaso devem ter válvulas acopladasdiretamente ao vaso, a disposição deve ser feita como mostra a FIGURA A-2, para evitar asválvulas dentro da saia.

8.1.13 Os bocais devem ser conforme a norma PETROBRAS N-2012.

8.2 Construção dos Bocais

8.2.1 Todos os bocais de 2” de diâmetro nominal, ou maiores devem ser flangeados, excetoquando especificado para solda de topo na tubulação. Os bocais para solda de topo devem serevitados sempre que possível; podem ser adotados para bocais de grande diâmetro ou parapressões elevadas, sendo necessária a aprovação da PETROBRAS.

8.2.2 O diâmetro nominal mínimo dos bocais, para qualquer finalidade, deve ser de 3/4”.Admite-se excepcionalmente bocais rosqueados de 1/2”, apenas para poços de termômetros ououtros instrumentos. Não devem ser empregados bocais com diâmetros nominais de 1 1/4”,2 1/2”, 3 1/2” e 5”.

8.2.3 A projeção externa dos bocais deve ser a mínima possível, porém suficiente para:

a) proporcionar uma distância adequada entre a solda no flange e a solda no casco(Ver item 12.2.13 desta Norma);

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b) permitir a desmontagem dos parafusos do flange;c) evitar que os parafusos ou as porcas fiquem embutidos no isolamento térmico do

vaso;d) permitir acesso para soldagem do pescoço do bocal no casco.

8.2.4 Os valores mínimos para a projeção externa, a partir da face interna do casco, devem serconforme a PETROBRAS N-2012.

8.2.5 Só deve haver projeção interna nos bocais quando for necessário. Os bocais para osdrenos não podem ter qualquer projeção interna. A aresta interna de qualquer bocal semprojeção interna deve ser arredondada, com um raio de l0 mm, para espessura de parede igualou maior que 10 mm.

8.2.6 Exceto em casos excepcionais sujeitos à aprovação da PETROBRAS não sãopermitidos bocais com parafusos prisioneiros (bocais “pad type”), como mostrado nos exemplos das Figs. UG-40 (a) e UW-16.1 (P) do código ASME Seção VIII, Divisão 1, ououtros detalhes construtivos semelhantes.

8.2.7 Para bocais flangeados, com diâmetro igual a 1 1/2” ou inferior a este valor, deve serobservado o item 8.4.4.

8.2.8 Os pescoços dos bocais de aço-carbono com diâmetros nominais até 10”, inclusive,devem ser de tubo sem costura, a não ser quando construídos de flanges tipo pescoço longo oude material forjado. Para diâmetros nominais de 12”, ou maiores, o pescoço pode ser um tubocom ou sem costura, ou material forjado, ou construído de chapa calandrada, devendo nesseúltimo caso ter uma única solda longitudinal. Nos casos em que a calandragem sejaimpraticável, devido à espessura, admite-se a fabricação por prensagem, com duas soldaslongitudinais.

8.2.9 Os pescoços de bocais, quando construídos de tubos em aço-carbono ou baixa liga,devem ter as seguintes espessuras mínimas:

a) diâmetro até 2”: série 80;b) diâmetro de 3” a 10”: série 40.

8.2.10 A ligação do pescoço do bocal ao casco deve ter as soldas de penetração total. Sãoaceitáveis, por exemplo, os tipos mostrados nas Figs. UW-16.1 (c), (d), (e), (f) e (g), docódigo ASME Seção VIII, DIV. 1, não sendo aceitáveis os tipos mostrados nas Figuras UV-16.1 (i), (j), (k), (1), (m), (n), (o), (p), (q), (r) e (s) dessa mesma norma. Os tipos mostradosnas figuras UW-16.1 (a) e (b), embora tenham soldas de penetração total, não sãorecomendáveis, devendo ser evitados.

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8.2.11 Em bocais como diâmetro nominal mínimo de 2” podem ser ligadas luvas de açoforjado. As luvas devem ser no mínimo de classe 6000, para solda de encaixe, exceto parainstrumentos, em que se permitem luvas rosqueadas. A ligação da luva com a parede do vasodeve ser uma solda de penetração total, como mostrado nas figuras UW-16.1 (Y-1), (Z-1) e(Z-2), do código ASME Seção VIII. Div. 1. Não são permitidos os tipos mostrados na FiguraUW-16.2 dessa mesma Norma. O comprimento das luvas deve ser superior a espessura dovaso, sendo as demais dimensões conforme ANSI B 16.11, de forma a evitar interferênciaentre a solda do soquete e a solda do corpo. As luvas internas, não sujeitas a pressão, podemser de classe 3000, rosqueadas.

8.2.12 Os reforços dos bocais, em nenhum caso podem limitar o teste hidrostático ou apressão máxima admissível nas condições novo e frio e corroído e quente, salvo para vasos depequenas dimensões, cuja espessura seja definida pela mínima estrutural.

8.2.13 Os reforços dos bocais e das bocas de visita, como exigido pelo parágrafo UG-36, docódigo ASME Seção VIII, Div. 1, podem ser obtidos por um dos sistemas mostrados naFIGURA A-3, ou por combinação desses sistemas, com as recomendações e limitaçõesindicadas de 8.2.13.1 até 8.2.13.4.

8.2.13.1 Anel de chapa soldado ao pescoço tubular e à parede do vaso (FIGURA A-3a). Essesistema é permitido para qualquer diâmetro mas não deve ser usado quando a espessura daparede do vaso é igual ou superior a 50 mm. Não é recomendado para serviços em baixatemperatura ou para serviços cíclicos.

8.2.13.2 Disco de chapa de maior espessura, soldado de topo no vaso (FIGURA A-3b). Essesistema é permitido para qualquer diâmetro, e pode ser usado nos casos em que o anel dechapa da FIGURA A-3a não é permitido ou não é recomendado.

8.2.13.3 Peça forjada integral (FIGURA A-3c). Esse sistema é permitido para qualquerdiâmetro, sem limitações, sendo entretanto sempre de custo elevado.

8.2.13.4 Pescoço tubular de maior espessura (FIGURA A-3d). Esse sistema é permitido, semlimitações, para diâmetros nominais até 10” inclusive, devendo o pescoço tubular ser de tubosem costura ou de tubo forjado. (o tubo forjado é preferido para esses casos).

8.2.14 Todos os reforços no casco, integrais ou não, devem ter sempre o mesmo “P-number”do casco. Os reforços em anel de chapa devem obrigatoriamente ter um furo de 6 mm dediâmetro, com rosca NPT, para respiro e para teste da solda; para bocais de 10” ou maiores,deve haver dois furos de ∅ 6 mm diametralmente opostos. Não deve ser colocado bujãonesses furos, devendo os mesmos ser deixados abertos e serem preenchidos com graxa.

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8.2.15 Para os vasos construídos com aços de alta resistência (Seção UHT do código ASMEVIII Divisão 1) exige-se que todos os bocais e bocas de visita tenham reforço tipo integral,como mostrado na figura UHT 18.1 do referido código, não sendo admitidos nenhum dostipos mostrados na figura UHT 18.2.

8.2.16 É responsabilidade do projetista verificar as tensões nos bocais, sempre que forsolicitado, bem como providenciar reforços adequados nos bocais ou na parede do vaso, pararesistirem as cargas externas transmitidas pelas tubulações.

8.2.17 Os bocais fechados com flange cego cujo peso seja maior do que 350 N (36 kgf),devem ser providos de turco ou dobradiça para remoção do flange cego, como detalhado noitem 8.3 a seguir.

8.2.18 Quando a face dos flanges dos bocais for do tipo lingueta e ranhura (tongue andgroove), a ranhura deve ficar no flange do bocal, exceto quando a face do flange do bocalestiver voltada para baixo, caso em que a lingüeta deve ficar no flange do bocal.

8.3 Construção de Bocas de Visita

8.3.1 A construção das bocas de visita, quanto ao tipo de pescoço, reforço no casco,revestimentos, e outros, deve ser como detalhado no item 8.2 para os bocais de grandediâmetro.

8.3.2 Todas as bocas de visita com a tampa no plano horizontal, abrindo para cima, devem terum turco para a remoção da tampa. As bocas de visita com a tampa no plano horizontal,abrindo para baixo, devem ser evitadas sempre que possível; quando forem inevitáveis, deveser previsto um dispositivo seguro para a remoção e manobra da tampa.

8.3.3 As bocas de visita com tampa no plano vertical, de classe de pressão até 150 comdiâmetro até 24”, inclusive, podem ter turco ou dobradiças para abertura da tampa; paraclasses de pressão mais altas, ou maior diâmetro, é obrigatório que haja um turco, não sendopermitidas com tampas dobradiças.

8.3.4 Para as bocas de visita com tampa no plano vertical devem ser sempre colocadosdegraus e punho de segurança no lado interno do vaso, exceto quando existirem peças internasno vaso que impossibilitem ou tornem desnecessários esses degraus.

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8.4 Flanges

8.4.1 Os flanges devem ser adequados para as condições de projeto e de teste do vaso.

8.4.2 Os flanges de bocais e seu faceamento, quando conectados a tubulações e instrumentos,devem estar de acordo com as especificações de tubulação e instrumentação aplicáveis.

8.4.3 Os flanges internos não pressurizados podem ser de face plana e fabricados de chaparecortada.

8.4.4 Os flanges de diâmetro nominal até 1 1/2”, inclusive, podem ser de um dos seguintestipos:

a) flange “long welding neck”;b) flange “welding neck” com pescoço sch 160 ou XXS;c) flange “slip-on” para classe de pressão 150 e serviço com fluido não tóxico e não

inflamável;d) flange conforme a FIGURA A-4.

Nota: Em qualquer dos casos acima, os flanges devem ser de aço forjado.

8.4.5 Os flanges de diâmetros nominais de 2” a 12” inclusive, devem ser do tipo “de pescoço”(welding neck) de aço-forjado. Pode-se usar o flange tipo sobreposto para diâmetros nominaisde 2” a 12” e classe de pressão 150.

8.4.6 Para os flanges de diâmetro nominal de 14”, ou maiores, em vaso de fabricaçãonacional, admitem-se as alternativas de construção de 8.4.6.1 e 8.4.6.2.

8.4.6.1 Os flanges padrão, ANSI de classe de pressão 150 e 300, devem ser flanges tiposobreposto (slip on), de aço forjado. Outros flanges com pressão de projeto até 2000 kPa(290 psi) inclusive, devem ser flanges tipo anel (ring type), de aço forjado, laminado a quente,sem costura, ou fabricados a partir da barra ou da chapa.

Notas: 1) Os flanges tipo sobreposto não podem ser usados quando a sobreespessura paracorrosão for superior a 3 mm.

2) Os flanges tipo anel, de qualquer fabricação, devem obedecer a uma das Figuras 2-4(7), (8), (8a), (9), (9a), (10), (l0a) ou (11) do código ASME, Seção VIII, Div. 1;

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8.4.6.2 Os flanges padrão ANSI de classe de pressão acima de 300 devem ser flanges depescoço. Outros flanges com pressão de projeto acima de 2000 kPa (290 psi) devem ser tipoanel, de aço forjado, laminados a quente sem costura, ou fabricados a partir de barra ou dechapa.

Nota: Qualquer que seja a fabricação, esses flanges devem obedecer a uma das Figuras 2-4 (7)ou (11) do código ASME Seção VIII. Divisão 1.

8.4.7 Os flanges fabricados a partir de barra ou de chapa, de qualquer classe de pressão,devem ser obtidos pela usinagem de anéis calandrados ou prensados, tendo no máximo duassoldas de topo totalmente radiografadas. Esses flanges devem ter tratamento térmico comoexigido pelo código ASME Seção VIII, Div. 1, e as superfícies da chapa original devem ficarparalelas ao eixo do flange acabado. Flanges recortados de chapa só podem ser admitidos parapartes internas do vaso, não submetidas a pressão.

8.4.8 Os flanges para bocas de visita e outros flanges de grande diâmetro não ligados atubulações externas podem ser em qualquer caso do tipo sobreposto ou de anel (ring type).

8.4.9 Quando os flanges forem não padronizados, devem ser calculados pela pressão máximaadmissível de projeto do vaso para a condição de corroído e quente, salvo para vasos depequenas dimensões, cuja espessura seja definida pela mínima estrutural.

8.4.10 Todos os flanges de bocais e bocas de visita devem ter o faceamento e a furação deacordo com a norma ANSI B 16.5, até os limites de diâmetro nominal estabelecidos nessanorma. Para diâmetros maiores, o faceamento e a furação devem obedecer a norma MSS-SP-44 ou à norma API RP 605.

8.4.11 Os flanges de aço forjado que tenham todas as suas dimensões exatamente comoespecificado por qualquer das normas ANSI B 16.5, MSS-SP-44 ou API RP 605, (inclusivecírculo de furação, número e diâmetros dos parafusos, e outros) são aceitos para as pressões etemperaturas de trabalhos até os limites estabelecidos nessas normas, sem que sejamnecessários cálculos especiais. Para os flanges com outras dimensões ou outros sistemas deconstrução, exige-se sempre que sejam calculados de acordo com o código ASME Seção VIII,Divisão 1.

8.4.12 Exceto quando especificado de outra forma, os flanges de bocais e bocas de visitasdevem ter os seguintes tipos de face:

a) flanges de classe de pressão 150 e 300: face de ressalto com 1,5 mm (1/16”) dealtura;

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b) flanges de classe de pressão 400, para serviço com vapor, e flanges de classes depressão 400 e 600, para serviço com hidrocarbonetos: face de ressalto com 6 mm(1/4”) de altura;

c) flanges de classes de pressão 600, ou mais altas, para serviços com vapor, eflanges de classe de pressão 900, ou mais altas, para serviço comhidrocarbonetos: face para junta de anel.

8.4.13 O acabamento da face dos flanges deve ser como abaixo especificado:

a) Para juntas de papelão hidráulico: acabamento com ranhuras espiraladas ouconcêntricas, de acordo com a norma MSS-SP-6 (passo de 0,5 a 1 mm eprofundidade de 0,03 a 0,15 mm);

b) Para juntas espiraladas: acabamento liso com rugosidade média máxima de0,006 mm (0,000.250”);

c) Para junta corrugada: acabamento de preferência com ranhuras concêntricas,conforme descrito em a);

d) Para junta tipo anel: acabamento liso com rugosidade média máxima de0,0015 mm (0,000.063”) nos flancos do rasgo para a junta.

8.4.14 As faces dos flanges que trabalham com junta de vedação tipo anel devem ter dureza30 Brinell superior à do material da junta. Para os materiais abaixo indicados, são exigidos osseguintes valores mínimos de dureza:

a) aço carbono: 120 Brinell;b) aço liga 1% a 5 % Cr: 160 Brinell;c) aço inoxidável 304, 316, 347 e 321: 160 Brinell;d) aço inoxidável 304L e 316L: 140 Brinell.

8.4.15 Todos os flanges devem ser instalados em posição tal que a vertical ou as linhas N-S eE-O do projeto passem pelo meio do intervalo entre dois furos de parafusos.

8.4.16 Para os vasos construídos em aço inoxidável ou em metais não ferrosos, com pressãode projeto inferior a 400 kPa (4.1 kgf/cm2) e temperatura de projeto inferior a 250°C, permite-se o uso de flanges soltos (lap-joint) nos bocais do vaso.

8.4.17 Os flanges internos dos vasos devem ser obrigatoriamente fornecidos com parafusos(ou estojos), porcas e juntas.

8.4.18 Flanges companheiros de bocais só fazem parte do vaso em casos excepcionais,quando expressamente requeridos na Requisição de Material.

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8.5 Parafusos e Juntas para Flanges

8.5.1 Para todos os flanges externos dos vasos, os parafusos devem ser tipo estojo, totalmenterosqueados, com rosca série UNC para diâmetros até 1” e série 8N para diâmetros maiorescom duas porcas hexagonais, série pesada, conforme normas ANSI B 1.1 e B 18.2, com classede ajuste 2A para o estojo e 2B para as porcas. Exceto quando especificado em contrário, aseleção de materiais para estojos e porcas deve obedecer ao seguinte critério de acordo com atemperatura de projeto do vaso:

a) temperaturas entre °C e 480°C: estojos de aço-liga ASTM A 193 Gr. B7, porcasde aço-liga e ASTM A 194 classe 2H;

b) temperatura entre 480°C e 600°C: estojos de aço-liga ASTM A 193 Gr. B5,porcas de aço-liga ASTM A 194 classe 3;

c) temperatura entre 15°C e - 45°C: ver norma PETROBRAS N-1552.

8.5.2 Exceto quando especificado de outra forma, as juntas para todos os flanges externos dovaso devem ser selecionados conforme 8.5.2.1 até 8.5.2.3:

8.5.2.1 Os flanges de classes de pressão 150 e 300, com temperatura de projeto entre O°C e250°C usam junta de papelão hidráulico, espessura de 1,5 mm (l/16”), de acordo com a normaANSI B 16.5, Apêndice E Figura 3.

8.5.2.2 Os flanges de classes de pressão 150 e 300, com temperatura inferior a 0°C, ou flangesde classes de pressão 400 e 600 para qualquer temperatura de projeto, e de classes de pressão150 e 300, para temperaturas de projeto acima de 250°C (todos com face de ressalto), usamjunta espiralada (spiral wound), de aço inoxidável austenítico com enchimento de amianto, deacordo com a norma API RP 601.

8.5.2.3 Nos flanges com face para junta tipo anel (junta de anel oval de acordo com a normaANSI B 16.20), o material do anel não deve formar par galvânico com o flange e sua durezadeve ser 30 Brinell inferior à dureza da face do flange. Para os materiais abaixo indicados, adureza máxima deve ser:

a) aço-carbono: 90 Brinell;b) aço-liga 1% a 5% Cr: 130 Brinell;c) aço inoxidável 304, 316, 347 e 321: 130 Brinell;d) aço inoxidável 304L e 316L: 110 Brinell.

8.5.3 Os parafusos e juntas de anel, a serem fornecidos com o vaso, podem ser utilizados noteste hidrostático. Outros tipos de juntas devem ser substituídas por novas após o teste.Parafusos de material austenítico não devem ser utilizados no teste.

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9 SUPORTES

9.1 Cada vaso deve obrigatoriamente ter suporte próprio, não se admitindo, mesmo paravasos pequenos, que sejam suportados pelas tubulações.

9.2 Os vasos verticais podem ser suportados por meio de saias cilíndricas ou cônicas, colunasou sapatas (lugs). Sempre que possível, os vasos verticais devem ser suportados por meio decolunas.

9.3 A seleção do tipo de suporte de vasos verticais deve ser feita de acordo com aFIGURA A-5, a não ser que outras exigências sejam aplicáveis.

9.4 As torres devem ser suportadas por meio de saias.

9.5 Deve haver sempre possibilidade de acesso à parte inferior do vaso, devendo a alturamínima da saia ou coluna de vaso vertical apoiada diretamente em base de concreto serdefinida de acordo com os seguintes critérios:

a) O ponto mais baixo do tempo inferior deve ficar pelo menos a 1200 mm do topoda base de concreto, para vaso com diâmetro maior que 800 mm;

b) O ponto mais baixo do trecho horizontal da tubulação conectada ao tampoinferior deve ficar pelo menos a 300 mm do topo da base de concreto.

9.6 A saia de suporte deve ter um trecho com 1000 mm de comprimento a partir da ligaçãocom o vaso, com o mesmo material do casco nos seguintes casos:

a) temperatura de projeto igual ou abaixo de 15°C;b) temperatura de projeto acima de 340°C;c) serviços com hidrogênio;d) vasos de aços-liga, aços inoxidáveis e materiais não ferrosos.

9.7 Sempre que houver possibilidade de vibração, em vasos verticais, deve ser usado suportetipo saia, como no caso de vasos verticais conectados à sucção de compressores.

9.8 As saias de suporte devem ter uma abertura para acesso, conforme a TABELA 9.

TABELA 9 - ACESSOS À SAIA

Diâmetro do Vaso (mm) Diâmetro Interno da Abertura (mm)Até 800

Acima de 800Metade do diâmetro do vaso

460

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9.9 As saias de suporte devem ter bocais de respiro, o mais próximo possível da junção com otampo em quantidades e diâmetros conforme a TABELA 10.

TABELA 10 - RESPIROS NA SAIA

Diâmetro do Vaso (mm) Número de Bocais Diâmetro dos BocaisAté 914

915 - 18301831 - 27402741 - 36603661 - 45704571 - 5490

24681012

3”3”4”4”4”4”

9.10 Os furos para passagem de tubulações através da saia devem ser devidamente reforçados.

9.11 A espessura mínima das saias de suporte é 6,3 mm.

9.12 Os vasos horizontais devem ser suportados por duas selas ou berços, de construçãometálica, abrangendo no mínimo 120° de circunferência do vaso. Um dos berços deve tersempre os furos para chumbadores alongados, para acomodar a dilatação própria do vaso.Quando o peso do vaso em operação for superior a 200 kN (20 t) recomenda-se que sejamprevistas placas de deslizamento de “Teflon” no berço móvel. Os berços devem ser soldadosao casco do vaso por um cordão de solda contínua. Os berços devem ser situadossimetricamente, sempre que possível, em relação ao meio do comprimento do vaso. A locaçãodos berços deve ser feita conforme o ábaco de L. P. Zick, de acordo com a norma BS 5500.

9.13 Os vasos horizontais devem sempre ser analisados para verificar o efeito das reações deapoio dos berços de suporte recomendando-se, para essa análise o método de L. P. Zick, deacordo com a norma britânica BS-5500.

9.14 Os suportes dos vasos devem ser conforme as normas PETROBRAS N-2013 e N-2014.

10 PEÇAS INTERNAS

10.1 Deve ser adotado o critério de 10.1.1 até 10.1.3 de inclusão ou exclusão das peçasinternas na responsabilidade do projetista do vaso.

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10.1.1 As peças que devem sempre fazer parte do projeto mecânico do vaso e daresponsabilidade do projetista (exceto quando especificado de outra forma na Requisição deMaterial do vaso) são: Todas as peças internas soldadas ou fixadas permanentemente ao vaso,tais como defletores, vertedores, quebra-vórtices, chicanas, serpentinas e feixes tubulares, bemcomo chapas, cantoneiras, orelhas, anéis, e outras peças de sustentação de bandejas, grades,telas, distribuidores, vertedores e revestimentos internos.

10.1.2 As peças que normalmente fazem parte do projeto do vaso e da responsabilidade doprojetista (exceto quando especificado de outra forma) são: grades, telas desnebulisadoras(demister), distribuidores, chicanas desmontáveis, potes de selagem, vigas de sustentação debandejas e de grades.

10.1.3 As peças e materiais que normalmente não fazem parte do projeto do vaso e daresponsabilidade do projetista (exceto quando especificado de outra forma) são: catalisadores,recheios diversos, bandejas (valvuladas ou de borbulhadores).

10.2 Todas as peças internas desmontáveis, com exceção das vigas principais de sustentaçãode bandejas, grades, e similares devem ser projetadas de forma que o peso máximo sempre quepossível, não ultrapasse 250 N (25 kgf). Devem também ter dimensões tais que possibilitem afácil passagem através da boca de visita. Os alçapões de passagem em bandejas ou gradespodem abrir por cima ou por baixo, devendo entretanto estarem situados na mesma linhavertical.

10.3 A montagem das peças internas deve sempre que possível ser feita pela parte de cima.

10.4 Os parafusos e porcas devem ser de material não atacável pelo fluido interno de operaçãodo vaso, exigindo-se, como qualidade mínima, os aços inoxidáveis tipos 304 ou 405.

10.5 É obrigatória a colocação de quebra-vórtices em todos os bocais ligados à linha desucção de bombas. Devem ser colocados também defletores internos nos bocais superiores deinstrumentos de nível em vasos verticais, bem como quebra-jatos nos bocais de entrada delíquido onde haja possibilidade de impacto da corrente líquida em partes internas ou na parededo vaso.

10.6 Tubos e acessórios internos não pressurizados de aço-carbono e aços de baixa liga (até6% Cr) devem ter as seguintes espessuras nominais e classes de pressão mínimas:

a) Tubos até 10” D.N.: série 40;b) Tubos acima de 10” D.N.: 6 mm de parede;c) Acessórios roscados: classe de pressão 2000.

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10.7 Tubos e acessórios interno não pressurizados de aços de alta liga (11-13 % Cr ou acima),devem ter as seguintes espessuras nominais e classes de pressão mínimas:

a) Tubos até 1 1/2” D.N.: série 40S;b) Tubos acima de 1 1/2” D.N.: série 10S ou fabricados de chapa bitola 12 USS

(0,3708 mm);c) Acessórios roscados classe de pressão 150.

10.8 Os acessórios internos devem ser conforme a norma PETROBRAS N-2049.

11 ACESSÓRIOS EXTERNOS

11.1 Fazem parte do vaso as seguintes peças externas, que se aplicarem em cada caso:

a) chapas de reforço de bocais e de bocas de visita;b) anéis de reforço para vasos de paredes finas ou sujeitas à pressão externa;c) saia de suporte para torres e vasos verticais;d) colunas ou orelhas de sustentação para vasos verticais;e) berços e selas de sustentação para vasos horizontais;f) cantoneiras, barras, estojos, porcas ou outras ferragens para suporte e fixação do

isolamento térmico externo;g) chapas de ligação orelhas ou cantoneiras para suporte de tubulação, plataformas,

escadas ou outras estruturas;h) estojos, porcas ou outras ferragens para fixação de revestimento contra fogo

(fire-proofing);i) suportes para turcos de elevação da carga;j) olhais de suspensão, orelhas, chapas ou outras peças necessárias a movimentação

do vaso ou de suas partes, durante a montagem ou manutenção;l) turcos para as tampas de bocas de visita e outros flanges cegos;m) flanges cegos com juntas e parafusos, para bocas de visita, bocas de inspeção e

bocais flangeados fechados;n) sobressalentes para os bocais flangeados, nas quantidades indicadas na RM.

11.2 Exceto quando especificado em contrário, as seguintes peças externas não fazemnormalmente parte dos vasos de pressão:

a) válvulas e instrumentos de qualquer tipo;b) flanges companheiros;c) parafusos chumbadores;d) material de isolamento térmico;e) material de proteção contra fogo;f) plataformas, escadas ou outras estruturas.

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11.3 Em vasos verticais, deve ser prevista a colocação de anéis suportes adequados paraisolamento térmico e dispositivos de fixação do revestimento de proteção contra fogo, quandoexistirem.

11.4 Os vasos verticais que possuam peças internas desmontáveis devem ter um turcocolocado no topo, para a movimentação dessas peças internas, sempre que o topo do vasoesteja a uma altura superior a 3000 mm do solo.

11.5 Em todos os vasos deve ser previsto um meio de acesso permanente aos seguintespontos:

a) bocas de visita cuja linha de centro esteja a mais de 3000 mm do solo;b) válvula de segurança ou de alívio;c) instrumento de medição de nível;d) instrumento ou equipamentos que devem ter leitura ou operação local ou

inspeção freqüente.

11.6 Exceto quando expressamente especificado ou permitido em contrário pelaPETROBRAS, em cada caso, todos os vasos devem ter um meio próprio e independente deacesso, por meio de escada vertical ou inclinada.

11.7 Sempre que for necessário, devem ser previstos olhais para levantamento.

11.8 Os acessórios externos devem ser conforme a norma PETROBRAS N-2054.

12 FABRICAÇÃO

12.1 Requisitos Gerais

Devem ser obedecidos os requisitos da norma PETROBRAS N-268.

12.2 Soldas

12.2.1 Todas as soldas submetidas aos esforços de pressão, no casco e nos tampos, devem serde topo, de penetração total, feitas pelos dois lados e radiografáveis. Quando a solda internafor impraticável, pode ser feita apenas a solda externa, adotando-se um método que garanta aqualidade da raiz da solda, respeitando o que prescreve o item 4.8.

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12.2.2 As soldas dos pescoços dos bocais e das bocas de visita no casco devem também terpenetração total. Quando, devido à grande espessura da parede, essa disposição for impossível,o projeto da ligação soldada deve ser submetido à aprovação prévia da PETROBRAS.

12.2.3 As soldas entre materiais que tenham “P-number” diferentes devem ser reduzidas aomínimo. Sempre que possível, essas soldas devem ser colocadas fora do contato do fluidocontido no vaso, e também fora da parede de pressão do vaso.

12.2.4 O projeto para fabricação do vaso deve indicar claramente a localização de todas assoldas no casco e nos tampos do vaso.

12.2.5 As soldas do casco e dos tampos devem ser dispostas, sempre que possível, de talforma que não interfiram com os suportes do vaso nem com os bocais, bocas de visita, erespectivos reforços. As soldas do casco que ficarem ocultas por chapas de reforço devem seresmerilhadas, examinadas por partículas magnéticas ou líquido penetrante e totalmenteradiografadas.

12.2.6 As soldas no casco e nos tampos não devem interferir também com as peças internassoldadas ao vaso. Em vasos horizontais, são proibidas soldas longitudinais do casco na geratrizinferior do vaso, onde interferir com a sela.

12.2.7 Todas as soldas devem, tanto quanto possível, estar também em tal posição que sejapossível a sua inspeção sem haver necessidade de desmontagem de peças internas do vaso.

12.2.8 Nos vasos verticais a solda da saia ao casco do vaso deve ser localizada de forma quenão interfira com a solda do casco ao tampo inferior e permita a inspeção dessa solda. Nosvasos horizontais os berços devem também ser localizados de maneira a não interferirem comas soldas circunferenciais do vaso e permitirem a inspeção dessas soldas.

12.2.9 Em vasos com diâmetro menor do que 2000 mm, só se admite uma única soldalongitudinal por anel; nesses vasos, as soldas longitudinais de anéis adjacentes devem estardefasadas de 45°, no mínimo. Para diâmetros iguais ou maiores que 2000 mm devem serusadas chapas de comprimento comercial só sendo admitidas chapas menores para acerto. Emdiâmetros iguais ou maiores que 2000 mm deve ser mantida a defasagem de 45° entre anéisadjacentes.

12.2.10 sempre que possível, as soldas de orelhas devem estar afastadas das soldas principaisde uma distância no mínimo conforme especificado no item 12.2.13. Caso não seja possívelevitar a interferência, a solda do casco deve ser esmerilhada e examinada com partículasmagnéticas ou líquido penetrante antes da soldagem da orelha.

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12.2.11 Todas as soldas de peças ligadas ao casco externamente devem ter um cordãocontínuo de selagem. As peças sobrepostas em vasos que operam em temperatura igual ousuperior à ambiente devem ter um furo de respiro com diâmetro de 6 mm.

12.2.12 Todas as soldas de peças ligadas ao casco internamente devem ter um cordão deselagem com uma interrupção de 10 mm na parte inferior.

12.2.13 A distância entre as bordas de duas soldas de penetração total e paralelas, emqualquer caso, não deve ser menor que três vezes a espessura da chapa mais fina, com omínimo de 50 mm.

12.2.14 A mesma sobreespessura para corrosão especificada para o vaso deve seracrescentada à dimensão mínima da garganta das soldas em ângulo. Fazem exceção a essaregra as soldas em ângulo de filete completo (full fillet weld), para as quais esse acréscimo já éuma decorrência da geometria da solda.

12.2.15 Em todos os vasos que devam sofrer tratamento térmico de alívio de tensões não sãopermitidas quaisquer soldas de penetração parcial, devendo todas as soldas ter penetração totalsem deixar vazios internos. Em todos os vasos que devem sofrer tratamento térmico de alíviode tensões devem ser previstos furos de escape dos gases e alívio de pressão nas soldas depenetração parcial de por exemplo, flange slip-on com o pescoço.

12.3 Tratamentos Térmicos

No projeto mecânico dos vasos de pressão devem ser especificados e exigidos os tratamentostérmicos previstos pelo código ASME Seção VIII, Divisão 1, ou como necessário de acordocom o serviço do vaso. Aplica-se os requisitos adicionais de 12.3.1 até 12.3.4.

12.3.1 Em materiais com “P-number” 3 e com “P-number” 1 quando é exigido teste deimpacto, o tratamento térmico de alívio de tensões deve ser executado no mínimo àtemperatura de 595°C. A Nota 1 das Tabelas PW-39 (Seção I) e UCS-56 (Seção VIII,Divisão 1) do Código ASME não se aplica.

12.3.2 O tratamento térmico de alívio de tensões de soldas entre materiais dissimilares deveatender aos requisitos do material que exigir condições mais rigorosas e deve ser verificadopor testes de qualificação do procedimento. O procedimento para o alívio de tensões de soldasentre material ferrítico e austenítico deve ser aprovado pela PETROBRAS.

12.3.3 O tratamento térmico localizado só pode ser executado com aprovação daPETROBRAS.

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12.3.4 A temperatura máxima de alívio de tensões ou tratamento térmico após a soldagem nãodeve exceder o menor dos seguintes valores:

a) a temperatura máxima constante do código aplicável;b) a temperatura de revenimento (tempering), caso o componente tenha sido

submetido a esse tratamento na usina, exceto quando garantidas as propriedadesmecânicas através de testes realizados nos corpos de prova após tratamentotérmico simulado;

c) Os seguintes valores para os materiais indicados (ver Nota):- aço-carbono e aço com 2 1/2 a 3 1/2 % Ni: 650°C;- aços C - 1/2 % Mo e Mn - Mo: 690°C;- aços liga 1/2 % Cr - 1/2 % Mo: 690°C, exceto para temperaturas de projeto a

partir de 482°C, quando o tratamento térmico de alívio de tensões deve serexecutado na faixa de 677°C a 732°C;

Nota: Os valores de temperatura se referem a soldagem somente entre os materiais indicados.

13 INSPEÇÃO

13.1 Radiografias

13.1.1 Nos projetos dos vasos de pressão deve ser especificada a inspeção radiográficaprevista pelo código ASME, Seção VIII, Divisão 1, ou como necessário pelo serviço do vaso.

13.1.2 Em todas as soldas de cascos e tampos em vasos de pressão exige-se pelo menos queseja feita a radiografia por pontos (spot) das soldas, como especificado nos parágrafos UW-11e UW-12 do código ASME Seção VIII, Divisão 1.

13.1.3 Independentemente das exigências das normas de projeto, exige-se radiografia 100 %das soldas longitudinais e circunferenciais do casco e das soldas dos tampos nos seguintescasos:

a) vasos de aço-carbono com espessura superior a 19 mm quando a tensão deruptura for 483 MPa (4930 kgf/cm2) ou maior;

b) vasos de aços-liga Cr-Mo para qualquer espessura para teores acima de 1/2 % Cr;c) vasos de aço inoxidável austenítico, com espessura superior a 19 mm ou qualquer

espessura, quando a temperatura de projeto for superior a 400°C;d) vasos em serviços cíclicos.

13.2 Outros Exames

Devem ser realizados outros exames não-destrutivos conforme especificado no projeto e/ouexigido pelas normas PETROBRAS N-268 e/ou N-269.

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13.3 Inspeção Visual

Deve ser executado de acordo com as normas PETROBRAS N-268 e N-269.

13.4 Inspeção Dimensional

Deve ser executado de acordo com as normas PETROBRAS N-268 e N-269.

14 MONTAGEM

A montagem dos vasos de pressão deve obedecer à norma PETROBRAS N-269.

15 TESTE

15.1 O projetista deve sempre calcular e indicar nos desenhos a pressão máxima admissível detrabalho e as pressões de teste hidrostático do vaso (vaso novo e vaso corroído). As pressõesde teste devem ser determinadas conforme indicada na norma PETROBRAS N-254.

15.2 Exceto para o caso de vasos integralmente construídos de materiais adequados parabaixas temperaturas, deve haver, nos desenhos do vaso, uma nota de advertência proibindo oteste hidrostático com água em temperatura inferior a 15°C.

15.3 Para os vasos construídos em aços inoxidáveis austeníticos ou com revestimentos dessesmateriais a água do teste não pode conter mais de 50 ppm de cloretos.

15.4 Para qualquer dos casos citados nos itens anteriores é obrigatório que na placa deidentificação do vaso haja nota de advertência sobre a água de teste hidrostático.

15.5 Devido ao grave risco que representa, o teste pneumático só é admitidoexcepcionalmente, devendo em cada caso, haver autorização da PETROBRAS.

15.6 Devem ser obedecidos os requisitos das normas PETROBRAS N-268 e N-269 para aexecução do teste de pressão.

15.7 Quando um vaso fabricado no campo for testado pneumaticamente, todas as soldasdevem ter radiografia total e as soldas da saia, bocais, e orelhas devem ser examinadas compartículas magnéticas ou líquido penetrante antes da realização do teste.

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16 PLACA DE IDENTIFICAÇÃO E CATEGORIA DO VASO

16.1 A placa de identificação deve ser conforme a norma PETROBRAS N-2054.

16.2 A categoria do vaso deve ser pintada junto à placa de identificação, com letras dotamanho I, da norma PETROBRAS N-1278.

____________

/ANEXO A

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