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projetar e cozinhar 1 PROJETAR E COZINHAR

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Trabalho desenvolvido para disciplina Prática Projetual III - 1º semestre 2012

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PROJETAR E COZINHAR

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Karoline Fernanda Rodrigues

1ª Edição“Projetar e Cozinhar”Coleção Delícia de DesignDiagramador: Karoline F. Rodrigues

Universidade do Estado de Minas GeraisDesign Gráfico – 5º períodoBelo Horizonte, BrasilImpresso em Junho de 2012

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INTRODUÇÃO

DEFINIÇÕES

CONCEITO

GRID

TIPOGRAFIA

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Analogia entre a concepção de um pra-to culinário e a criação de um projeto de design editorial, a fim de mostrar que não existe uma receita a ser seguida, porém existe um caminho, muitas vezes intuitivo. Nesse livro faremos a relação entre cozinhar e diagramar , existe ou não receitapara design editorial? Assim como na cria-ção de um prato , a criação de um livro exige que se siga um caminho, que se sigam alguns passos básicos, que com o tempo e a experiência passam a ser quase intuitivos.

Com os mesmos ingredientes é possível che-gar a resultados completamente diferentes, e é o que veremos nos capítulos a seguir.

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O design é uma mistura de decisões racionais e conscientes que podem ser analisadas e deci-sões subconscientes que não podem ser delibe-radas tão prontamente, uma vez que derivam da experiência e da criatividade do designer.

Ao configurar grupos segregados de infor-mação, o designer procura priorizar e or-denar esses grupos, visado dar estrutura, sequência e hierarquia ao conteúdo. Esse processo pode exigir uma forte interação com o autor e o editor. Quando um texto pas-sa por essa forma de análise, o designer re-força visualmente a estrutura editorial atra-vés do sequenciamento e da hierarquização.

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O QUE COZINHAR?

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O que cozinhar? Você abre a geladeira para pensar, sente a vontade de sentir um cer-to sabor e Pá! Você se planeja, busca aque-la receita no seu livro preferido, ou naquele caderno manuscrito. Definir o que se vai co-zinhar pode ser fácil assim. Ou um proces-so demorado de busca, e pesquisa.Antes de se definir o projeto graficamente e iniciar de fato a diagramação, é necessário escolher sobre o que escrever, no caso do design edi-torial, esse material já chega pronto para o designer(na grande maioria das vezes), o que não torna a escolha do assunto/tema do livro menos relevante para esse processo , já que o conceito e conteúdo não se gera do nada.

Existe uma tensão entre as necessidades de res-peitar o texto originaldo autor e as ideias indi-viduais do designer, por consequência, muitos designer que apreciam essa abordagem se tor-

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naram, eles próprios, autores, de forma a con-trolar tanto o conteúdo quanto a forma do livro.

O livro será organizado em capítulos ou como um texto corrido único? O autor produziu o texto em função de uma encomenda da edito-ra? Haverá ilustrações? Elas serão incluídas ao longo do corpo principal do texto ou segrega-das em um anexo? O autor escreveu legendas longas, que precisarão ser integradas ao texto? Algumas delas são grandes o bastante para se-rem apresentadas como boxes laterais? A es-trutura organizacional do livro deverá ser alfa-bética, cronológica ou temática? O que guiará o leitor, as imagens ou o texto? Qual será o formato do livro? Qual será o preço de capa projetado? Quais serão os custos de produção?

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ESCOLHA OS INGREDIENTES

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Depois de definido o que cozinhar, vamos olhar na dispensa e na geladeira o que te-mos e fazer a lista de compras do que falta. Vá ao supermercado e procure o ingrediente de melhor qualidade, irão existir vários para confundir você, alguns ingredientes que você acha que poderá substituir os que já foram definidos serão usados no seu prato, mas não faça isso, não substitua por ingredientes que você julga mais fácil de encontrar, po-derá alterar no sabor final. Faça um Braims-torm, visualize seu projeto e busque os con-ceitos que mais se encaixem ao seu texto.

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O designer normalmente sai da reunião inicial do briefing com muitas perguntas que exigem respostas muito amplas, mas tendo absorvido informações suficientes para adquirir uma vi-são geral do projeto. Um período de reflexão é de grande ajuda, permitindo a analise da forma ex-terna do livro em relação a sua estrutura interna.

Uma abordagem conceitual procura a “gran-de ideia” – conceito – base que retém em si a mensagem. Dentro da propaganda, da publici-dade, dos cartuns e do branding o pensamento conceitual forma o alicerce da comunicação.

O termo “conceitual” pode ser usado para descrever uma abordagem mais ampla que a de um gráfico de ideias, quando um diretor de arte é responsável pelo visual de uma coleção de livros ou mesmo de toda a produção da editora. Uma coleção de livros

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ou mesmo de toda a produção da editora.

Uma coleção de livros pode ser ligada por um conceito comum, que defina a natureza e o uso do texto, a fotografia e a ilustração, o número de elementos na página, o tama-nho e a forma dos livros, e assim por diante.

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DIVIDA AS QUANTIDADES

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Compras feitas, é hora de separar quanto de ingrediente sua receita necessita, nem mais, nem menos, na medida certa para o pra-to perfeito. Um pouco disso, um pouco da-quilo? Seja mais preciso, consulte na receita quantas vezes forem necessárias. Visualize o tamanho do seu texto, títulos, quantidade de imagens, e defina seu projeto, o grid é essencial, e deve ser calculado com antece-dência, não deve sobrar e nem faltar nada.GRI

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O formato do livro define as proporções exter-nas da página; a grade determina suas divisões internas; o layout estabelece a posição a ser ocupada pelos elementos. O uso da grade pro-porciona consistência ao livro, tornando coe-rente toda a sua forma. Os designers que usam grade partem da premissa que tal coerência visual permite que o leitor concentre-se no conteúdo, em detrimento da forma. Cada um dos elementos da página – texto ou imagem – te uma relação visual com todos os outros ele-mentos: a grade fornece um mecanismo pelo qual essas relações podem ser formalizadas.

Os sistemas básicos de grade determinam as larguras das margens; as proporções da mancha; o número , comprimento e profun-didade das colunas; além da largura dos in-tervalos entre elas. Os sistemas de grade mais complexos definem uma grade para as

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linhas da base sobre a qual as letras serão assentadas e podem determinas o forma-to das imagens, além da posição dos títulos, números das páginas, notas de rodapés etc.

Um grande número de livros ilustrados é pro-jetado sem o uso de grade. Uma vez que o for-mato e o tamanho do livro tenham sido decidi-dos, as imagens serão desenhadas ou pintadas na proporção da pagina e o ilustrador ou desig-ner trabalhara na composição dos elementos. O lettering ou a tipografia podem ser aplicados à ilustração, mas geralmente não precisam ser formalizados, nem mesmo por meio de uma estrutura rudimentar de grade. Pode-se usar caracteres tipográficos ou letras manuscritas, contudo, as linhas de base e o espacejamento entre caracteres devem ser considerados par-te integral da imagem e, portanto, tratados da mesma maneira que as marcas do desenho.

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As disposições básicas de texto são: alinha-mento à esquerda, alinhado à direita, centra-lizado e justificado. Um livro pode usar várias formas de alinhamento diferentes para aplicar à folha de rosto, conteúdo, abertura de capí-tulo de capítulos, corpo de texto, legendas e índice. Cada alinhamento possui intensidades que sustentam a leitura de informações di-ferentes ou a aparência visual da página. Ao longo do tempo os leitores foram condiciona-dos a associar certos estilos de alinhamento à elementos específicos do design do livro.

O processo de execução do layout de um li-vro envolve o trabalho de designers que tem de tomar decisões sobre o posicionamen-to exato de todos os elementos da página.

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TEMPERO NA MEDIDA CERTA

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Sal e pimenta a gosto, ou açúcar, ou mel, tudo dependerá da sua receita, assim como a tipografia, com ou sem serifa? Eixo huma-nista? Moderna? Releia o seu conceito, bus-que aquela tipografia que mais se encaixará, tempere, nem de mais, nem de menos. Seu conceito te guiará, mas use do bom senso, lembre-se da legibilidade e leiturabilidade, e pense no grid, escolha uma família com a tipografia completa, pode ser necessário o uso de bold ou itálica, se atente à acentuação.

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As considerações relativas à maneira de se dispor a tipografia na página – dentro de uma estrutura de grade – forçam o designer a exa-minar como o significado será articulado ao longo dos parágrafos, como o texto será ali-nhado dentro da grade e de que maneira os espaços verticais e horizontais serão usados.

É importante que o leitor se sinta seguro em qualquer que seja o sistema de disposição usa-do, uma vez que esse arranjo é o que permite que ele avance suavemente na leitura do texto.

O tamanho do tipo é a questão chave a ser considerada pelo designer, uma vez que exer-ce grande influencia sobre o design da página e a extensão do livro. É importante lembrar que os tamanhos dos tipos – sejam eles de metal ou digitais – são as medidas do corpo.

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Quando se escolhe um tipo de letra para um de-terminado livro, muitas questões influenciam a decisão do designer, incluindo o conteúdo, sua origem, o período em que foi escrito, seus ante-cedentes históricos, seu publico leitor, a possi-bilidade de sua publicação em outras línguas, as questões práticas de legibilidade, a variedade de pesos, versaletes ou frações disponíveis na fonte, além dos custos de produção estimados.

Devido a essas variáveis, é difícil fornecer uma orientação definitiva sobre a questão da escolha de tipos, mas vale a pena exami-nar algumas das soluções que são frequen-temente usadas para embasar uma decisão.

Muitos designer relacionam a escolha de um tipo de letra ao tema do livro. Eles não buscam impor um conjunto de crenças, características nacionais ou ideais políticos ou culturais e não

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aceitam usar a tipografia da moda. Consideram tais ideias como uma imposição ao livro; para eles o tipo deve refletir o conteúdo da obra.

Essa abordagem indica que um designer pode produzir livros radicalmente diferen-tes valendo-se de uma grande variedade de tipos. O designer que demostra adaptabili-dade por meio de trabalhos por ele produzi-dos pode não ser instantaneamente reconhe-cido, contudo a escolha da fonte, o layout e a atmosfera geral do livro podem repre-sentar mais apuradamente seu conteúdo.

Questões a serem levantadas quando se sele-ciona a tipografia de um livro: Qual o tema do seu livro? Quem o escreveu? Quando ele foi escrito? Onde ele será impresso? Para quem o livro foi escrito; quem irá lê-lo? O livro será publicado em varias línguas? O livro é com-

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posto de um texto único ou ele contém diver-sas vozes? A obra inclui historias marginais independentes? Como as ilustrações são le-gendadas? Há uma quantidade significativa de matérias entre aspas? O livro tem referências ou notas de rodapé, de margem ou notas bi-bliográficas? Qual é a hierarquia dos capítulos, títulos, seções e assim por diante? A obra con-tém prefácio ou introdução? O material inclui apêndices muito extensos? Há quantidades significativas de tabelas ou gráficos? O livro tem glossário de termos técnicos? Como ele é indexado? Quais são os valore destinados à produção, papel, impressão e encaderna-ção? Que qualidades tonais a tipografia do li-vro possui? A tipografia deverá ser produzida em que cor? Qual o preço de capa estimado?Seja qual for a abordagem geral para a seleção tipográfica, as respostas a essas questões prá-ticas irão revelar-se extremamente úteis. Um

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designer que tem a intenção inicial de criar um livro usando uma única família tipográfica, po-derá descobrir que o texto contem muitas da-tas, números, frações ou listas de nomes. Se a escolha inicial não incluir uma fonte que tenha caracteres especiais ou versaletes, talvez não seja adequada, o que o forçará a reconsiderar sua escolha ou usar uma combinação de tipos.

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APRESENTAÇÃODO PRATO

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Comer com os olhos e julgar um livro pela capa. De que adianta fazer a comida mais gostosa do mundo, ter a melhor diagramação, escolher a melhor tipografia, se o resultado final não for bem apresentado, não for apetitoso e encher os olhos de quem vai devorar o conteúdo do livro.

Chega agora o momento de se definir o aca-bamento do livro, partindo de um concei-to já definido. é nesse estágio do processo que se escolhe os elementos mais ‘físicos’ e atrativos do livro: a capa, os materiais, o tipo de encadernação e os acabamentos.

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A capa de um livro tem a função de: prote-ger e indicar o conteúdo. O velho ditado po-pular sobre não julgar um livro por sua capa é uma critica às habilidades do designer e do ilustrador por comunicar o conteúdo da obra por meio de um pôster em miniatura. A capa de um livro se torna uma promessa feita pela editora, em nome do autor, para o leitor. A capa funciona como uma arma de sedução para que o livro seja aberto e/ou comprado.

Como tipos de encadernação temos como exemplo a capa dura ou cartonada que con-siste em processo industrial, as capas são produzidas separadamente das páginas do miolo, estas são constituídas por peças de cartão rígido ou flexível, que serão revestidas com diversos materiais, tais como, papel, telas ou tecidos. As capas possuem sempre uma medida superior à do miolo aparado, a esta

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diferença se chama seixa. Ao miolo, depois de previamente alçado e cosido, ser-lhe-ão coladas duas guardas que, terão como função “agarrar” o miolo à capa cartonada. O acaba-mento de capa dura é sempre mais dispendio-so que o acabamento de capa mole, mas a sua longevidade e o seu elevado valor perceptível, tornam-no num produto gráfico exclusivo.

Temos também a capa mole ou brochuraone os diversos cadernos depois de dobrados são coleccionados/al ceados para, numa operação posterior, lhe ser serrada/desfiada a lombada por meio de uma equipamento do tipo re-barbadora. Após esta operação de desbaste a lombada fica preparada para lhe ser aplicada a cola quente que lhe fixará a capa, a fase seguinte será para aparo dos três lados com a utilização de uma guilhotina trilateral. Este acabamento é pouco dispendioso e é muito

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usado para produtos com pouca utilização ou menos longevidade.

Outro acabamento são os livros cosidos de capa mole onde possui um processo de acabamento em tudo igual ao da capa mole, a única diferen-ça reside no facto de, após o alceamento dos cadernos, estes serem unidos por um processo de costura especial, tal como os livros de capa dura. Um livro acabado nestas condições nunca perderá as folhas e poderá ser aberto “em 180 graus”. As capas poderão também ser simples ou possuir badanas. Este acabamento é mais barato que o cartonado e é largamente utiliza-do pelo mercado editorial, dadas as suas ine-gáveis vantagens no que diz respeito à sua boa relação preço/durabilidade. Aplicações: livros profissionais, livros, livros escolares e manuais.

Dupla costura metalica ou agrafados, trata-se

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de um método de acabamento que consiste no encasamento/coleccionamento dos cadernos através da sua inserção uns nos outros (en-cavalitados), com aplicação de posterior do(s) agrafo(s) na lombada assim formada e posterior aparamento das três faces. Menos dispendioso que qualquer dos acabamentos mecânicos ou que utilizem cola, tem também um valor per-ceptível baixo. Aplicações: Jornais, brochuras e folhetos com uma espessura inferior a 5mm.

Acabamento mecanico, é um método de aca-bamento no qual o livro é sujeito a uma fu-ração especial efectuada ao longo da margem da lombada e na qual é aplicada uma espiral de arame (Ring Wire) ou uma placa de vinil (Plastic Comb) Aplicações: Manuais, material de formação e obras especiais tais como li-vros de receitas que deverão ficar espalmadas.

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Dificilmente será feito algo 100% inova-dor no campo do Design Editorial. Exis-te uma metodologia e regras que fo-ram desenvolvidas ao longo dos séculos.

No texto é citada a frase ‘o desigen das coisas cotidianas é invisível’, normalmente segue-se um padrão, a não ser nos casos em que foge radicalmente da aparência que esperamos.

Certas convenções devem ser seguidas des-de a escolha da gramatura do papel, até a escolha tipográfica, para evi-tar que se cometam gafes visuais.

A mensagem do livro não é transmitida para o leitor somente atravez do texto, o design pode causar um efeito radical ou sutil, de-pendendo das escolhas gráficas do designer.

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As escolhas do designer ditam a forma como o leitor se relacionará com o livro, que vai da preocupação com os aspectos er-gonomicos, até os aspectos afetivos, pen-dendo para dois caminhos, um mais tra-dicional e outro mais contemporâneo.

‘A novidade não é necessariamente uma virtude’ é importante que as inovações acrescentem algum sentido ao texto, para que a aparência nao fuja totalmen-te ou sobreponha à mensagem do livro.

Porém seguir um design tradicional pode ser tão dificil quanto criar um novo, mas entende-mos o aspecto atemporal que esse livro terá, o tradicionalismo não evita o trabalho dificil.

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A novidade cria suas próprias regras, ‘to-das as regras e convenções contém algo do clichê que as envolve. Elas não são obsoletas mas tampouco absolutas’.

Assim como tratado nos capítulos anteriores, podemos concluir que o design de dois livros não pode ser exatamene igual, mesmo seguin-do das mesmas regras e convenções. tratam de orientações e não de regras inflexiveis, então sigam a receita, mas não se prendam, deixe a intuição fluir junto ao bom senso, e divirta-se.

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