projecto de estruturas para resistência aos sismos ec8-1

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OE – Seminário – Aplicação do Eurocódigo 8 ao Projecto de Edifícios Projecto de estruturas para resistência aos sismos EC8-1 Exemplo de aplicação 1 António Costa Ordem dos Engenheiros Lisboa 11 de Novembro de 2011 Porto 18 de Novembro de 2011

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Page 1: Projecto de estruturas para resistência aos sismos EC8-1

OE – Seminário – Aplicação do Eurocódigo 8 ao Projecto de Edifícios

Projecto de estruturas para resistência aos

sismos

EC8-1

Exemplo de aplicação 1

António Costa

Ordem dos Engenheiros

Lisboa – 11 de Novembro de 2011

Porto – 18 de Novembro de 2011

Page 2: Projecto de estruturas para resistência aos sismos EC8-1

OE – Seminário – Aplicação do Eurocódigo 8 ao Projecto de Edifícios

EXEMPLO – EDIFÍCIO COM ESTRUTURA PORTICADA

Laje maciça: 0,17 m

Vigas: 0,3 m x 0,5 m

Pilares centrais: 0,5 m x 0,5 m

Pilares de canto: 0,35 m x 0,5 m

Pilares de bordo: 0,35 m x 0,8 m

Materiais: C30/37

A 500 NR SD

PLANTA

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ESTRUTURA

ALÇADO

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ACÇÕES

Acções gravíticas

Peso próprio da estrutura

Lajes: rcp = 4,0 kN/m2; sc = 2,0 kN/m2

Vigas de bordo: rcp (paredes no contorno do edifício) = 7,0 kN/m

Cargas gravíticas actuantes nas vigas para a situação de projecto sísmica e situações de

projecto persistentes:

(g + 2 q): vigas de bordo (pisos 1 a 3) – 20,5 kN/m

vigas de bordo (cobertura) – 13,5 kN/m

vigas interiores direcção X – 36,2 kN/m

vigas interiores direcção Y – 32,9 kN/m

(g g + q q): vigas de bordo (pisos 1 a 3) – 30,4 kN/m

vigas de bordo (cobertura) – 21,0 kN/m

vigas interiores direcção X – 58,1 kN/m

vigas interiores direcção Y – 52,8 kN/m

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ACÇÕES

Acção sísmica

O edifício está localizado em Portugal Continental nas zonas sísmicas 1.2 (agR = 2,0 m/s2) e 2.3

(agR = 1,7 m/s2).

O solo de fundação é constituído por uma areia muito compacta classificável como um

terreno do tipo B de acordo com o EC8-1.

O edifício é classificado como pertencendo à classe de importância II, à qual está associado

um coeficiente de importância I = 1,0: ag = agR

Coeficiente de comportamento: q = 3,9

A estrutura será dimensionada como estrutura de ductilidade média DCM

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ACÇÕES

Espectros de resposta elástica

Espectros de resposta de cálculo

0.0

0.2

0.4

0.6

0.8

1.0

1.2

1.4

1.6

1.8

0.0 1.0 2.0 3.0 4.0

S d [

m2/s

]

T [s]

Sismo1

Sismo2

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ANÁLISE ESTRUTURAL

Método de referência do EC8 - análise modal por espectro de resposta considerando um

modelo elástico linear da estrutura e o espectro de resposta de projecto

A estrutura foi analisada recorrendo a um modelo tridimensional constituído por barras que

simulam os pilares e as vigas

A rigidez de flexão e de corte destes elementos estruturais foi considerada igual a metade

da rigidez elástica

Para definição das características geométricas das vigas consideraram-se secções em T de

modo a simular a contribuição das lajes para a rigidez destes elementos estruturais

Consideraram-se as seguintes larguras efectivas médias:

Vigas interiores: beff = 2,0 m

Vigas de bordo: beff = 1,0 m

beff

Page 8: Projecto de estruturas para resistência aos sismos EC8-1

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ANÁLISE ESTRUTURAL

modelo estrutural

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ANÁLISE ESTRUTURAL

REGULARIDADE ESTRUTURAL

Regularidade em altura: estrutura regular

Regularidade em planta:

Uma vez que a estrutura será analisada recorrendo a um modelo espacial e a uma análise modal esta

classificação pode ser efectuada através dos modos de vibração.

Em alternativa pode verificar-se a condição do raio de torção ser superior ao raio de giração da massa:

rx ls; ry ls

ls = [(lx2 + ly

2)/12]0,5 (para pisos que apresentam uma forma rectangular)

ls = [(182 + 122)/12]0,5 = 6,24 m

rx = (K/Ky)0,5 ; ry = (K/Kx)

0,5

K = (x2 Ix + y2 Iy)

Kx = Iy ; Ky = Ix

Page 10: Projecto de estruturas para resistência aos sismos EC8-1

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ANÁLISE ESTRUTURAL

Kx = 0,0829 m4 ; Ky = 0,0661 m4

K = 6,18 m6

rx = 9,67 m ; ry = 8,63 m

a estrutura não é classificada como torsionalmente flexível

Valores do período fundamental de vibração nas direcções principais:

TY = 0,86 s.

TX = 0,81 s

Modo de vibração de torção: TRZ = 0,67 s.

TRZ < TX ; TY conclusão idêntica

rx > ls; ry > ls

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ANÁLISE ESTRUTURAL

COEFICIENTE DE COMPORTAMENTO

Sendo o edifício regular em altura e em planta o valor máximo do coeficiente de comportamento é

dado por:

q = qo Kw

em que Kw =1,0 e qo = 3,0 αu/α1 com αu/α1 =1,3

por se tratar de uma estrutura porticada com

vários pisos e vários tramos.

q = qo = 3 x 1,3 = 3,9

Aos períodos fundamentais de vibração nas duas direcções principais correspondem as

seguintes acelerações espectrais de cálculo:

TC < T < TD SdX = ag.S.2,5/q.(TC/TX) = 2 x 1,23 x 2,5/3,9 x (0,6/0,81) = 1,17 m/s2

SdY = ag.S.2,5/q.(TC/TY) = 1,10 m/s2

Page 12: Projecto de estruturas para resistência aos sismos EC8-1

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ANÁLISE ESTRUTURAL

TORÇÃO ACIDENTAL

Os efeitos acidentais da torção são determinados considerando ao nível dos pisos a actuação de

momentos torsores Mai obtidos pela seguinte expressão:

Mai = eai Fi

em que:

eai = 0,05 Li eaiX = 0,05 x 12 = 0,60 m ; eaiY = 0,05 x 18 = 0,90 m

Fi - força horizontal actuante ao nível do piso i

Força de corte basal Fb:

Fb = Sd(T1) m

m = 1122 t ; = 0,85 (a massa modal efectiva do 1º modo é menor que a massa total do edifício)

FbX = 1,17 x 1122 x 0,85 = 1116 kN ; FbY = 1,10 x 1122 x 0,85 = 1049 kN

Fi = Fb . zi . mi

zj . mj

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ANÁLISE ESTRUTURAL

Massas dos pisos:

Pisos 1 a 3: m1 = m2 = m3 = 291 t

Cobertura: m4 = 249 t

Forças horizontais Fi:

EX EY

F1X = 129 kN ; F1Y = 122 kN

F2X = 240 kN ; F2Y = 226 kN

F3X = 351 kN ; F3Y = 330 kN

F4X = 395 kN ; F4Y = 372 kN

Momentos torsores Mai:

EX EY

Ma1X = 77,4 kNm; Ma1Y = 109,8 kNm

Ma2X = 144,0 kNm; Ma2Y = 206,1 kNm

Ma3X = 210,6 kNm; Ma3Y = 297,0 kNm

Ma4X = 237,0 kNm; Ma4Y = 334,8 kNm

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VERIFICAÇÃO DA DEFORMAÇÃO

REQUISITO DE LIMITAÇÃO DE DANOS

Dado que o edifício incorpora paredes de alvenaria é necessário limitar o deslocamento relativo

entre pisos a 0,005 h:

dr / h 0,005

dr deslocamento relativo entre pisos (dr = ds,i – ds,i-1, com ds = qd de)

= 0,40 (acção sísmica tipo 1) coeficiente de redução que tem em conta o mais baixo período de retorno da acção sísmica

Piso de [mm] ds [mm] dr [mm] dr / h

0 - 1 8,0 31,2 31,2 0,0036

1 - 2 16,3 63,6 32,4 0,0043

2 - 3 22,7 88,5 24,9 0,0033

3 - 4 26,3 102,6 14,1 0,0019

Verificação na direcção Y

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VERIFICAÇÃO DA DEFORMAÇÃO

EFEITOS DE 2ª ORDEM

Verificação da necessidade de se considerar os efeitos de 2ª ordem no dimensionamento dos

elementos estruturais calculando o coeficiente de sensibilidade

= Ptot dr / Vtot h

Coeficientes de sensibilidade ≤ 0,10 não é necessário considerar os efeitos de 2ª

ordem no dimensionamento da estrutura

Piso Ptot VtotX VtotY drX [mm] drY [mm] X Y

0 -1 11019 1116 1049 28,5 31,2 0,080 0,094

1 -2 8161 986 927 30,9 32,4 0,085 0,095

2 -3 5303 746 702 24,0 24,9 0,057 0,063

3 - 4 2445 395 372 14,0 14,1 0,029 0,031

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DIMENSIONAMENTO DAS VIGAS E PILARES

Elementos analisados:

Viga VA piso 1

Pilares P1A; P2A piso 0

Viga de travamento ali. A

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DIMENSIONAMENTO DAS VIGAS E PILARES

Esforços nas vigas e pilares obtidos na análise estrutural devidos à acção sísmica incluindo

os efeitos da torção acidental e devidos à carga gravítica quase permanente (g + 2 q):

Viga Secção EX EY g + 2 q

M [kNm] M [kNm] M [kNm]

VA 1 11,9 180,9 -46,9

2 12,8 193,3 -68,0

V1 1 130,1 9,2 -38,0

V2 1 153,1 0 -77,7

Pilar Piso Secção EX EY

N [kN] Mx [kNm] My [kNm] N [kN] Mx [kNm] My [kNm]

P1A 0 base

133,6 9,7 77,7

160,6 158,0 5,3

topo 5,2 56,8 88,7 3,9

P2A 0 base

144,6 34,0 110,1

0 557,5 0

topo 11,6 69,6 212,7 0

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DIMENSIONAMENTO DAS VIGAS E PILARES

A combinação direccional usada para contemplar a actuação simultânea das componentes

horizontais do sismo nas duas direcções nos pilares e nas vigas foi a combinação linear:

E = ± (EX + 0,3 EY);

E = ± (0,3 EX + EY).

Pilar Piso Secção g + 2 q

N [kN] Mx [kNm] My [kNm]

P1A 0 base

-458,7 -8,7 -7,1

topo 18,3 14,5

P2A 0 base

-946,8 0 -14,4

topo 0 29,4

Os esforços de dimensionamento são obtidos para a seguinte combinação de acções:

g + 2 q + max (EX + 0,3 EY ; 0,3 EX + EY)

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DIMENSIONAMENTO DAS VIGAS

Viga VA:

Secção 1: M-Ed = - 46,9 – (180,9 + 0,3 x 11,9) = - 231,4 kNm

M+Ed = - 46,9 + (180,9 + 0,3 x 11,9) = 137,6 kNm

Secção 2: M-Ed = - 68,0 – (193,3 + 0,3 x 12,8) = - 265,1 kNm

M+Ed = - 68,0 + (193,3 + 0,3 x 12,8) = 129,1 kNm

Viga V1:

Secção 1: M-Ed = - 38,0 – (130,1 + 0,3 x 9,2) = - 170,9 kNm

M+Ed = - 38,0 + (130,1 + 0,3 x 9,2) = 94,9 kNm

Viga V2:

Secção 1: M-Ed = - 77,7 – 153,1 = - 230,8 kNm

M+Ed = - 77,7 + 153,1 = 75,4 kNm

g + 2 q + max (EX + 0,3 EY ; 0,3 EX + EY)

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DIMENSIONAMENTO DAS VIGAS

No dimensionamento é conveniente tirar partido da armadura da laje na resistência das vigas a

momentos negativos de modo a não penalizar o dimensionamento dos pilares quando este é

realizado por capacidade real

O dimensionamento das lajes conduziu às seguintes armaduras:

- face superior na zona dos apoios de continuidade : 10//0,15

- face superior na zona dos apoios de contorno : 10//0,30

- face inferior: malha 10//0,20

Largura eficaz do banzo

V1 secção1

VA secção 1 VA secção2 V2 secção1

Pilar exterior Pilar interior Pilar exterior

Largura eficaz do banzo

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DIMENSIONAMENTO DAS VIGAS

MRd = As1,laje . fyd . z1 + As2, laje . fyd . z2 + As1,viga . fyd . z1

As1,laje = 0,89 cm2 ; As2,laje = 1,34 cm2 para VA secção 1 e V1 secção 1

As1,laje = 3,56 cm2 ; As2,laje = 2,67 cm2 para VA secção 2

As1,laje = 1,78 cm2 ; As2,laje = 2,67 cm2 para V2 secção 1

z1 = 0,9 x 0,455 = 0,41 m

z2 = 0,9 x 0,37 = 0,33 m

Z ≈ 0,9 d

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DIMENSIONAMENTO DAS VIGAS

Armaduras superiores das vigas:

Armaduras a colocar na largura da alma na face superior da viga (para além da armadura da laje)

Viga VA:

Secção 1: As = 11,0 cm2 (420); Secção 2: As = 9,2 cm2 (320)

Viga V1, secção 1: As = 7,6 cm2 (416)

Viga V2, secção 1: As = 9,0 cm2 (320)

Armaduras inferiores das vigas:

Viga VA:

Secção 1: As = 7,7 cm2 (416); Secção 2: As = 7,2 cm2 (416)

Viga V1, secção 1: As = 5,3 cm2 (316)

Viga V2, secção 1: As = 4,2 cm2 (416) armadura condicionada por ’ ≥ 0,5

(As,superior= 1,78 + 2,67 + 3 x 3,14 = 13,87 cm2 As,inferior 13,87 / 2 = 6,94 cm2)

Page 23: Projecto de estruturas para resistência aos sismos EC8-1

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DIMENSIONAMENTO DAS VIGAS

Verificação da ductilidade local

Verificação da armadura superior máxima de tracção:

= 2 q0 – 1 = 2 x 3,9 -1 = 6,8

Viga VA:

Secção 1: ’ = 0.0058 ; max = 0.0114 ; As,max = 15,6 cm2 ; As,adoptada = 14,6 cm2

Secção 2: ’ = 0.0058 ; max = 0.0114 ; As,max = 15,6 cm2 ; As,adoptada = 15,6 cm2

Viga V1, secção 1: ’ = 0.0044 ; max = 0.0102 ; As,max = 13,9 cm2 ; As,adoptada = 10,3 cm2

Viga V2, secção 1: ’ = 0.0058 ; max = 0.0114 ; As,max = 15,6 cm2 ; As,adoptada = 13,9 cm2

max = ' + 0,0018

sy,d .

fcd

fyd

Armadura mínima:

As,min = 0,5 x 2,9 / 500 x 30 x 45,5 = 4,0 cm2

min = 0,5

fctm

fyk

Page 24: Projecto de estruturas para resistência aos sismos EC8-1

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DIMENSIONAMENTO DAS VIGAS

Verificação da amarração das armaduras nos nós

Nó VA-P1A (nó viga-pilar exterior):

Rd = 1,0 (DCM)

hc = 0,50 m

d = NEd /Ac fcd

dbL

hc

7,5 . fctm

Rd . fyd . (1 + 0,8 d)

NEd = min (-458 + 160,6 + 0,3 x 133,6; -332 + 102,7 + 0,3 x 87,1) = 203,2 kN d = 0,058

dbL 26,2 mm

Nó VA-P2A (nó viga-pilar interior):

kD = 2/3 (DCM)

NEd = min (-946,8 + 144,6; -694 + 94,9) = 599,1 kN d = 0,107

dbL 34,6 mm

dbL

hc

7,5 . fctm

Rd . fyd .

1 + 0,8 d

1 + 0,75 kD . '/max

piso 0 piso 1

hc

Page 25: Projecto de estruturas para resistência aos sismos EC8-1

OE – Seminário – Aplicação do Eurocódigo 8 ao Projecto de Edifícios

DIMENSIONAMENTO DAS VIGAS

Dimensionamento ao esforço transverso

- dimensionamento por capacidade real -

V1,Ed = Vg+2q,1 + Rd (M-Rb,1 + M+

Rb,2)/lcl

V2,Ed = Vg+2q,2 + Rd (M+Rb,1 + M

-Rb,2)/lcl

Rd = 1,0 (DCM)

Os momentos resistentes negativos nas extremidades da viga VA devem ser calculados

considerando todas as armaduras superiores na largura eficaz do banzo:

M-Rd = As1,laje . fyd . z1 + As2, laje . fyd . z2 + As,viga . fyd . z1

Secção 1: M-Rb,1 = 259,1 kNm ; M+

Rb,1 = 143,4 kNm

Secção 2: M-Rb,2 = 269,8 kNm ; M+

Rb,2 = 143,4 kNm

+

_

MRb,1 MRb,2

lcl

V1 V2

g + ψq

+

_

MRb,1 MRb,2

lcl

+

+

_

_

Page 26: Projecto de estruturas para resistência aos sismos EC8-1

OE – Seminário – Aplicação do Eurocódigo 8 ao Projecto de Edifícios

DIMENSIONAMENTO DAS VIGAS

O esforço transverso devido à carga quase permanente Vg+2q é determinado num modelo de

viga simplesmente apoiada.

g + 2 q = 20,5 kN

lcl = 6,0 – (0,5 + 0,8) /2 = 5,35 m

Vg+2q = 20,5 x 5,35 / 2 = 54,8 kN

V1,Ed = 54,8 + (259,1 + 143,4) / 5,35 = 130,0 kN

V2,Ed = 54,8 + (143,4 + 269,8) / 5,35 = 135,6 kN

Para efeitos da verificação da segurança na zona das rótulas plásticas toma-se, por prudência,

um ângulo = 45º.

O esforço transverso a (zcotg) do apoio no pilar P2A é:

VEd = 135,6 – 20.5 x 0,41 = 127,2 kN

Asw/s = VEd / (z cotg fyd) =127,2 / (0,41 x 43,5) = 7,1 cm2/m

Page 27: Projecto de estruturas para resistência aos sismos EC8-1

OE – Seminário – Aplicação do Eurocódigo 8 ao Projecto de Edifícios

DIMENSIONAMENTO DAS VIGAS

O espaçamento dos estribos nas zonas críticas juntos aos apoios, lcr = hw, deve satisfazer a

seguinte condição:

s min {hw/4 ; 24dbw ; 225 ; 8dbl} = 125 mm

Adoptam-se Est 2R 8//0,125

Na zona central da viga toma-se cotg = 2,0 adoptando-se Est 2R 8//0,25, armadura que

cumpre os requisitos da armadura mínima do EC2.

Relativamente às compressões nas bielas da alma, a viga apresenta-se muito folgada:

c = VEd / (b z sen cos) = 127,2 / (0,3 x 0,41 x sen 45 cos 45) = 2068 kN/m2 << max

Page 28: Projecto de estruturas para resistência aos sismos EC8-1

OE – Seminário – Aplicação do Eurocódigo 8 ao Projecto de Edifícios

DIMENSIONAMENTO DOS PILARES

Momentos flectores máximos e esforços axiais mínimos e máximos obtidos na análise estrutural

g + 2 q + (EX + 0,3 EY ; 0,3 EX + EY)

Nos nós de ligação das vigas com os pilares deve ser garantida a condição MRc 1,3 MRb

de modo a forçar as rótulas plásticas nas vigas.

Esta condição deve ser satisfeita em cada um dos dois planos ortogonais de flexão, i.e., com a

capacidade resistente dos pilares calculada em flexão composta uniaxial.

Pilar Piso Secção

g + 2 q + EX + 0,3 EY g + 2 q + 0,3 EX + EY

N [kN] Mx [kNm] My [kNm] N [kN] Mx [kNm] My [kNm]

P1A 0

base -277

-640

65,8 86,4 -258

-659

169,6 35,7

topo 50,1 72,5 108,6 35,4

P2A 0

base -812

-1091

201,2 124,4 -903

-990

567,7 47,4

topo 75,4 99,0 216,2 50,3

Dimensionamento à flexão

Page 29: Projecto de estruturas para resistência aos sismos EC8-1

OE – Seminário – Aplicação do Eurocódigo 8 ao Projecto de Edifícios

DIMENSIONAMENTO DOS PILARES

V1: M-Rb,1 = 178,5 kNm ; V2: M-

Rb,1 = 238,1 kNm

Momentos resistentes das vigas:

VA - Secção 1: M-Rb,1 = 259,1 kNm ; M+

Rb,1 = 143,4 kNm

VA - Secção 2: M-Rb,2 = 269,8 kNm ; M+

Rb,2 = 143,4 kNm

Nó do topo do pilar P1A:

MRc,x 1,3 x 259,1 = 336,8 kNm

MRc,y 1,3 x 178,5 = 232,1 kNm

Nó do topo do pilar P2A:

MRc,x 1,3 x (269,8 + 143,4) = 537,2 kNm

MRc,y 1,3 x 238,1 = 309,5 kNm

Estes momentos devem ser distribuídos pelos pilares que concorrem no nó.

Page 30: Projecto de estruturas para resistência aos sismos EC8-1

OE – Seminário – Aplicação do Eurocódigo 8 ao Projecto de Edifícios

DIMENSIONAMENTO DOS PILARES

No presente caso ponderando o efeito da rigidez dos pilares e do esforço axial o momento

total no nó foi distribuído 55% para o pilar inferior e 45 % para o pilar superior.

Topo do pilar P1A:

MRc,x 0,55 x 336,8 = 185,2 kNm

MRc,y 0,55 x 232,1 = 127,7 kNm

NEd = - 258 kN (esforço axial mínimo)

Topo do pilar P2A:

MRc,x 0,55 x 537,2 = 295,5 kNm

MRc,y 0,55 x 309,5 = 170,2 kNm

NEd = - 812 kN (esforço axial mínimo) 0.55 MRc,x

0.45 MRc,x

Page 31: Projecto de estruturas para resistência aos sismos EC8-1

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DIMENSIONAMENTO DOS PILARES

O dimensionamento da armadura é realizado em flexão composta uniaxial para o momento

condicionante.

Os momentos resistentes calculados por esta via devem ser superiores aos momentos actuantes

obtidos na análise estrutural.

O EC8 impõe uma taxa mínima de armadura de 0,01 para os pilares sísmicos primários

correspondente às seguintes armaduras mínimas:

P1A: As,min = 0.01 x 35 x 50 = 17,5 cm2

P2A: As,min = 0.01 x 35 x 80 = 28,0 cm2

Page 32: Projecto de estruturas para resistência aos sismos EC8-1

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DIMENSIONAMENTO DOS PILARES

P1A: MRc,x = 228 kNm; MRc,y = 153 kNm

P2A: MRc,x = 680 kNm; MRc,y = 283 kNm

Na base dos pilares é necessário verificar que as resistências são superiores aos esforços

obtidos na análise estrutural.

O dimensionamento é realizado em flexão composta biaxial.

(N = Nmin)

P1A As = 20,1 cm2 = 1,1% P2A As = 30,9 cm2 = 1,1%

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DIMENSIONAMENTO DOS PILARES

Critério simplificado do EC2

(MEd,x / MRd,x)a + (MEd,y / MRd,y)

a 1,0 com a = 1,0 dado o reduzido nível de esforço axial

P1A: 169,6 / 228 + 35,7 / 153 = 0,98 < 1,0

P2A: 567,7 / 680 + 47,4 / 283 = 1,0 1,0

O esforço transverso actuante é calculado por equilíbrio

considerando os momentos resistentes máximos (associados

ao máximo esforço axial) nas extremidades relativos à

formação de rótulas plásticas.

- dimensionamento por capacidade real -

VEd = Rd (MRc,1 + MRc,2 . MRb / MRc)/lcl

Rd = 1,1 (DCM)

lcl = 3,5 - 0,5 = 3,0 m.

Dimensionamento ao esforço transverso

MRc,1

MRc,2 . MRb / MRc

l cl

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DIMENSIONAMENTO DOS PILARES

P1A: MRc,x = 256 kNm; MRc,y = 176 kNm (NEd = -461 kN)

P2A: MRc,x = 676 kNm; MRc,y = 280 kNm (NEd = -789 kN)

Cálculo do coeficiente de redução MRb / MRc

Momento resistente máximo no topo dos pilares do piso 0

P1A: MRc,x = 278 kNm; MRc,y = 195 kNm (NEd = -659 kN)

P2A: MRc,x = 735 kNm; MRc,y = 308 kNm (NEd = -1091 kN)

Momento resistente máximo na base dos pilares do piso 1

(Esforço axial máximo)

piso 0

piso 1

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DIMENSIONAMENTO DOS PILARES

Obtêm-se no nó de topo dos pilares do piso 0 os seguintes valores do coeficiente de redução:

P1A: MRb,x / MRc,x = 259,1 / (278 + 256) = 0,49

MRb,y / MRc,y = 178,5 / (195 + 176) = 0,48

P2A: MRb,x / MRc,x = (269,8 + 143,4) / (735 + 676) = 0,29

MRb,y / MRc,y = 238,1 / (308 + 280) = 0,41

Esforço transverso actuante:

P1A: VEd,x = 1,1 (195 + 195 x 0,48) /3 = 106 kN

VEd,y = 1,1 (278 + 278 x 0,49) /3 = 152 kN

P2A: VEd,x = 1,1 (308 + 308 x 0,41) /3 = 159 kN

VEd,y = 1,1 (735 + 735 x 0,29) /3 = 348 kN

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DIMENSIONAMENTO DOS PILARES

Na zona crítica na base dos pilares irão formar-se as rótulas plásticas pelo que no

dimensionamento ao esforço transverso toma-se por prudência um ângulo = 45º

P1A: lcr = max {hc ; lcl/6 ; 0,45} = 0,5 m ; P2A: lcr = 0,8 m

P1A: zona crítica na base – (Asw/s)x = VEd/(z cotg fyd) = 106 / (0,27 x 43,5) = 9,0 cm2/m

(Asw/s)y = 152 / (0,41 x 43,5) = 8,5 cm2/m

P2A: zona crítica na base – (Asw/s)x = 159 / (0,27 x 43,5) = 13,5 cm2/m

(Asw/s)y = 348 / (0,68 x 43,5) = 11,8 cm2/m

O espaçamento máximo das cintas na direcção longitudinal nas zonas criticas do pilar (zona

inferior e superior adjacentes aos nós) deve ser limitado a:

s = min {b0/2 ; 175 ; 8dbl} = min {290/2; 175; 8x16} = 128 mm

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DIMENSIONAMENTO DOS PILARES

Armadura de confinamento na base dos pilares:

wd 30 μ d sy,d b/b0 - 0,035

= 2 q0 – 1 = 2 x 3,9 -1 = 6,8

wd = w fyd/fcd ; w = 2 min(w,x; w,y)

w,x = Asw,x / h0s ; w,y = Asw,y / b0s

Pilares pertencentes ao piso térreo do edifício com paredes de enchimento em alvenaria

Toda a altura dos pilares deve ser considerada como zona crítica e ser devidamente

confinada tal como a base dos pilares pelo que se deverá adoptar uma armadura transversal

constante em toda a altura.

Verificação da ductilidade local

Page 38: Projecto de estruturas para resistência aos sismos EC8-1

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DIMENSIONAMENTO DOS PILARES

n = (1 – bi2 / 6h0b0) = 1 – (4 x 12,52 + 6 x 13,32)/ (6 x 29 x 44) = 0,88

s = (1 - s / 2b0) (1 - s / 2h0) = (1 – 10 / (2 x 29)) x (1 – 10 / (2 x 44)) = 0,73

= 0,88 x 0,73 = 0,64

wd = 0,64 x 0,148 = 0,095 > 0,066

Pilar P1A

N = 659 kN; d = 0,188

h0 = 44 cm; b0 = 29 cm; s = 10 cm

wd 30 x 6,8 x 0,188 x 2,175 x 10-3 x 35/29 – 0,035 = 0,066

w,x = (2 x 0,5 + 2 x 0,28) / (44 x 10) = 0,0035

w,y = (2 x 0,5) / (29 x 10) = 0,0034

w = 2 x 0,0034 = 0,0068 w = 0,0068 x 435 / 20 = 0,148

Page 39: Projecto de estruturas para resistência aos sismos EC8-1

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DIMENSIONAMENTO DOS PILARES

n = (1 – bi2 / 6h0b0) = 1 – (4 x 12,52 + 8 x 17,52)/ (6 x 74 x 29) = 0,76

s = (1 - s / 2b0) (1 - s / 2h0) = (1 – 12,5 / (2 x 29)) x (1 – 12,5 / (2 x 74)) = 0,72

= 0,76 x 0,72 = 0,55

wd = 0,55 x 0,113 = 0,062 > 0,060

Pilar P2A

N = 990 kN; d = 0,177

h0 = 74 cm; b0 = 29 cm; s = 12,5 cm

wd 30 x 6,8 x 0,177 x 2,175 x 10-3 x 35/29 – 0,035 = 0,060

w,x = (2 x 0,79 + 3 x 0,28) / (74 x 12,5) = 0,0026

w,y = (2 x 0,79) / (29 x 12,5) = 0,0044

w = 2 x 0,0026 = 0,0052 w = 0,0052 x 435 / 20 = 0,113

Page 40: Projecto de estruturas para resistência aos sismos EC8-1

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DIMENSIONAMENTO DA FUNDAÇÃO

Fundações – sapatas ligadas por vigas de travamento

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DIMENSIONAMENTO DA FUNDAÇÃO

Esforços de dimensionamento

EFd = EF,G + Rd EF,E

EF,G são os esforços relativos às cargas quase permanentes (g+2q)

EF,E são os esforços relativos à acção sísmica (EX + 0,3 EY ; 0,3 EX + EY)

= min {(MRd/MEd)x ; (MRd/MEd)y}

Rd = 1,2 (q > 3,0) Rd q

Fundações de pilares de pórticos:

MRd/MEd – relação calculada na secção mais baixa na qual se pode formar uma rótula plástica

no elemento vertical base do pilar

- Cálculo pela capacidade real -

Page 42: Projecto de estruturas para resistência aos sismos EC8-1

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DIMENSIONAMENTO DA FUNDAÇÃO

Pilar Piso Secção

EX + 0,3 EY 0,3 EX + EY

N [kN] Mx [kNm] My [kNm] N [kN] Mx [kNm] My [kNm]

P1A 0 base 181,8 57,1 79,3 200,7 160,9 28,6

P2A 0 base 144,6 201,2 110,1 43,4 567,7 33,0

P1A: MRd,x = 278 kNm; MRd,y = 195 kNm (NEd = -659 kN)

P2A: MRd,x = 735 kNm; MRd,y = 308 kNm (NEd = -1091 kN)

Pilar Piso Secção

g + 2 q + EX + 0,3 EY g + 2 q + 0,3 EX + EY

N [kN] Mx [kNm] My [kNm] N [kN] Mx [kNm] My [kNm]

P1A 0 base -277

-640 65,8 86,4

-258

-659 169,6 35,7

P2A 0 base -812

-1091 201,2 124,4

-903

-990 567,7 47,4

Esforços obtidos na análise estrutural - MEd

Esforços resistentes máximos - MRd

Esforços obtidos na análise estrutural relativos à acção sísmica

(Esforço axial máximo)

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DIMENSIONAMENTO DA FUNDAÇÃO

Fundação do pilar P1A:

Direcção X

= min {278 / 65,8 ; 195 / 86,4} = 2,26

Esforços transmitidos pelo pilar

MFd,y = 7,1 + 1,2 x 2,26 x 79,3 = 222,2 kNm

VFd,x = 6,2 + 1,2 x 2,26 x 39,2 = 112,5 kN

MFd,x = 8,7 + 1,2 x 2,26 x 57,1 = 163,6 kNm

VFd,y = 7,7 + 1,2 x 2,26 x 25,4 = 76,6 kN

NFd = -458,7 - 1,2 x 2,26 x 181,8 = -952 kN

Direcção Y

= min {278 / 169,6 ; 195 / 35,7} = 1,64

Esforços transmitidos pelo pilar

MFd,y = 7,1 + 1,2 x 1,64 x 28,6 = 63,4 kNm

VFd,x = 6,2 + 1,2 x 1,64 x 14,1 = 33,9 kN

MFd,x = 8,7 + 1,2 x 1,64 x 160,9 = 325,4 kNm

VFd,y = 7,7 + 1,2 x 1,64 x 71,7 = 148,8 kN

NFd = -458,7 - 1,2 x 1,64 x 200,7 = -854 kN

EFd = EF,G + Rd EF,E

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DIMENSIONAMENTO DA FUNDAÇÃO

Fundação do pilar P2A:

Direcção X

= min {735 / 201,2 ; 308 / 124,4} = 2,48

Esforços transmitidos pelo pilar

MFd,y = 14,4 + 1,2 x 2,48 x 110,1 = 342,1 kNm

VFd,x = 12,5 + 1,2 x 2,48 x 51,3 = 165,2 kN

MFd,x = 1,2 x 2,48 x 201,2 = 598,8 kNm

VFd,y = 1,2 x 2,48 x 78,9 = 234,8 kN

NFd = -946,8 - 1,2 x 2,48 x 144,6 = -1377 kN

Direcção Y

= min {735 / 567,7 ; 308 / 33,0} = 1,29

Esforços transmitidos pelo pilar

MFd,y = 14,4 + 1,2 x 1,29 x 33,0 = 65,5 kNm

VFd,x = 12,5 + 1,2 x 1,29 x 15,4 = 36,3 kN

MFd,x = 1,2 x 1,29 x 567,7 = 878,8 kNm

VFd,y = 1,2 x 1,29 x 223,7 = 346,3 kN

NFd = -946,8 - 1,2 x 1,29 x 43,4 = -1014 kN

EFd = EF,G + Rd EF,E

Page 45: Projecto de estruturas para resistência aos sismos EC8-1

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DIMENSIONAMENTO DA FUNDAÇÃO

Dimensionamento da viga de travamento

- alinhamento A entre os pilares P1A e P2A -

Esforços máximos:

Junto ao pilar P1A: M-Ed = 325,4 kNm ; M+

Ed = 308,0 kNm

Junto ao pilar P2A: M-Ed = M+

Ed = 878,8 / 2 = 439,4 kNm

(o momento na base do pilar distribui-se igualmente pelas duas vigas de travamento que ligam

os pilares de canto ao pilar P2A dado apresentarem a mesma rigidez).

VEd = (325,4 + 439,4) / 6,0 = 127,5 kN

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DIMENSIONAMENTO DA FUNDAÇÃO

É necessário considerar a actuação de esforços axiais de tracção ou compressão, conforme

mais desfavorável, determinados de acordo com o EC8-5 em simultâneo com os esforços

acima calculados.

Esses esforços são uma parcela do esforço axial médio de cálculo dos elementos verticais

ligados à viga de fundação para a situação de projecto sísmica. Esta parcela para o caso do

presente exemplo onde o solo é do tipo B é dada por:

0,3 (ag/g) S = 0,3 x (2,0/9,81) x 1,23 = 0,075

Obtendo-se o seguinte esforço axial na viga de travamento:

NEd = 0,075 x (854 + 1014) / 2 = 70 kN

Page 47: Projecto de estruturas para resistência aos sismos EC8-1

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DIMENSIONAMENTO DA FUNDAÇÃO

Secção da viga de travamento: 0,35 m x 0,70 m.

Armadura de flexão na face superior e na face inferior:

Junto ao pilar P1A:

A-s= A+

s= (MEd/z + NEd/2) fyd = (325,4 / 0,575 + 70 / 2) / 43,5 = 13,8 cm2

Junto ao pilar P2A:

A-s= A+

s= (439,4 / 0,575 + 70 / 2) / 43,5 = 18,4 cm2

Armadura mínima superior e inferior: As,min = 0,004 bd = 0,004 x 35 x 64 = 8,4 cm2

Armadura transversal (adopta-se cotg = 2,0):

Asw/s = 127,5 / (0,575 x 2 x 43,5) = 2,5 cm2/m

Valor inferior à armadura transversal mínima (3,1 cm2/m) pelo que é necessário adoptar esta

armadura.