programa_curso extens¦o tea-i_2014.2

12
CURSO DE EXTENSÃO: TRANSTORNOS DO ESPECTRO DO AUTISMO I 2014.2 APRESENTAÇÃO O autismo é um transtorno que ocorre na infância e seus prejuízos acompanham o indivíduo por toda a vida. Desde 1943, quando Kanner publicou o primeiro artigo descrevendo uma sintomatologia que configurava o que ele chamou de “distúrbios autísticos de contato afetivo”, a definição do autismo passou por muitas mudanças com implicações nas práticas clínicas e educacionais. Inicialmente, defendeu-se a hipótese de psicogênese do autismo segundo a qual a privação das mães causaria autismo. Assim, o autismo foi inicialmente considerado uma psicose e, até os anos 70, associado com esquizofrenia infantil. Nos anos 80, o autismo deixou de ser visto como um transtorno mental passando a ser classificado como um transtorno invasivo do desenvolvimento, de base inata, tanto no DSM quanto na CID. Os transtornos invasivos do desenvolvimento passaram então a ser definidos a partir de uma tríade de prejuízos envolvendo a interação social, a comunicação e interesses restritos e repetitivos. Dada a ampla gama de perfis clínicos ou graus de severidade, o autismo passou a ser visto como envolvendo um espectro sendo assim também denominado Transtornos do Espectro do Autismo. As diversas abordagens teóricas para o entendimento do autismo variam entre modelos neurológicos, teorias cognitivas e desenvolvimentistas passando mais recentemente por questões sensoriais envolvidas nos transtornos do espectro. Essa diversidade tem tido impacto nas práticas clínica e educacional dos indivíduos com autismo que variam desde a identificação dos sinais precoces de risco de autismo, enfoque clínico que possa minimizar o comprometimento e severidade do quadro clínico, práticas educacionais que favoreçam a adaptação dos indivíduos na vida social, diminuindo o sofrimento de suas famílias, e capacitação de profissionais especializados para atendem esta comunidade. Iniciativa pioneira no Rio de Janeiro, o curso de extensão em Transtornos do Espectro do Autismo pretende oferecer subsídios teóricos, diagnósticos, clínicos e educacionais, oriundos de pesquisa e práticas nacionais e internacionais que permitam um aprofundamento das questões envolvidas no autismo.

Upload: jose-luiz

Post on 10-Nov-2015

238 views

Category:

Documents


0 download

DESCRIPTION

PROGRAMA_CURSO EXTENS¦O

TRANSCRIPT

  • CURSO DE EXTENSO: TRANSTORNOS DO ESPECTRO DO AUTISMO I

    2014.2

    APRESENTAO

    O autismo um transtorno que ocorre na infncia e seus prejuzos acompanham o

    indivduo por toda a vida. Desde 1943, quando Kanner publicou o primeiro artigo

    descrevendo uma sintomatologia que configurava o que ele chamou de distrbios autsticos de contato afetivo, a definio do autismo passou por muitas mudanas com implicaes nas prticas clnicas e educacionais.

    Inicialmente, defendeu-se a hiptese de psicognese do autismo segundo a qual a

    privao das mes causaria autismo. Assim, o autismo foi inicialmente considerado uma

    psicose e, at os anos 70, associado com esquizofrenia infantil. Nos anos 80, o autismo

    deixou de ser visto como um transtorno mental passando a ser classificado como um

    transtorno invasivo do desenvolvimento, de base inata, tanto no DSM quanto na CID.

    Os transtornos invasivos do desenvolvimento passaram ento a ser definidos a partir de

    uma trade de prejuzos envolvendo a interao social, a comunicao e interesses

    restritos e repetitivos. Dada a ampla gama de perfis clnicos ou graus de severidade, o

    autismo passou a ser visto como envolvendo um espectro sendo assim tambm

    denominado Transtornos do Espectro do Autismo.

    As diversas abordagens tericas para o entendimento do autismo variam entre

    modelos neurolgicos, teorias cognitivas e desenvolvimentistas passando mais

    recentemente por questes sensoriais envolvidas nos transtornos do espectro. Essa

    diversidade tem tido impacto nas prticas clnica e educacional dos indivduos com

    autismo que variam desde a identificao dos sinais precoces de risco de autismo,

    enfoque clnico que possa minimizar o comprometimento e severidade do quadro

    clnico, prticas educacionais que favoream a adaptao dos indivduos na vida social,

    diminuindo o sofrimento de suas famlias, e capacitao de profissionais especializados

    para atendem esta comunidade.

    Iniciativa pioneira no Rio de Janeiro, o curso de extenso em Transtornos do

    Espectro do Autismo pretende oferecer subsdios tericos, diagnsticos, clnicos e

    educacionais, oriundos de pesquisa e prticas nacionais e internacionais que permitam

    um aprofundamento das questes envolvidas no autismo.

  • 2

    OBJETIVOS

    Aprimorar a formao de profissionais e estudantes das reas de psicologia, educao,

    fonoaudiologia e medicina, envolvidos no atendimento de indivduos com diagnstico

    do espectro do autismo.

    Divulgar o conhecimento cientfico e prticas clnicas e educacionais que contribuem

    com a melhoria da qualidade de vida de indivduos com diagnstico de TEA.

    Contribuir com a formao dos profissionais para que possam avaliar suas prticas

    clnicas e educacionais e sejam capazes de aprimor-las e adequ-las s necessidades

    individuais de seus pacientes/estudantes.

    METODOLOGIA

    Aulas expositivas com a utilizao de materiais audiovisuais variados.

    Reviso de bibliografia especfica e atualizada sobre os temas.

    Debates sobre as experincias e prticas clnica e educacional.

    CARGA HORRIA

    42 horas (7 horas semanais)

    PBLICO ALVO

    Graduados e graduandos das reas de psicologia, educao, fonoaudiologia e medicina

    interessados nos transtornos do espectro do autismo.

    CORPO DOCENTE

    Coordenao Acadmica:

    Luciana Fontes Pessa (Psicloga, Doutora em Psicologia Social/UERJ, Professora do

    Departamento de Psicologia/PUC-Rio)

    Coordenao Executiva:

    Carolina Lampreia (Psicloga, Doutora em Psicologia Clnica/PUC-Rio)

    Docentes:

    Carolina Lampreia (Psicloga, Doutora em Psicologia Clnica/PUC-Rio) Carolina Salviano de Figueiredo (Psicloga, Mestre em Psicologia Clnica /PUC-

    Rio)

    Luciana Mendes (Fonoaudiloga, Mestre em Lingustica/UFRJ, Doutoranda em Lingustica/UFRJ)

    Mariana Luisa Garcia (Psicloga, Doutora em Psicologia Clnica/PUC-Rio) Maryse Suplino (Psicloga, Doutora em Educao/UERJ, Diretora do Instituto Ann

    Sullivan/Rio de Janeiro)

    Priscila Silveira Martins (Neuropediatra/UNICAMP, Mestre em Sade da Mulher e da Criana (IFF/FIOCRUZ)

    Roberta Costa Caminha (Psicloga, Doutora em Psicologia Clnica/PUC-Rio)

  • 3

    PROGRAMA DO CURSO

    MDULO I

    O ESPECTRO DO AUTISMO: DEFINIES CONCEITUAIS, DIAGNSTICO

    E CARACTERSTICAS CLNICAS

    ABERTURA DO CURSO - Apresentao do curso e Introduo ao Conceito de Autismo. Profa. Carolina Lampreia

    EMENTA: Introduo ao conceito de autismo abrangendo: o conceito de autismo (antes

    de Kanner, em Kanner e em Asperger); as classificaes oficiais DSM, CID, CFTMEA; as discusses sobre o prejuzo primrio no autismo; os consensos e

    divergncias atuais; os diferentes enfoques tericos ; os diferentes usos atuais da palavra

    autismo.

    PROGRAMA:

    1. Conceito de Autismo: Kanner e Asperger 2. Histrico das classificao e classificaes oficiais: DSMs e CIDs 3. Prejuzo primrio no autismo nas dcadas 1970/80 a 1990: cognitivo x afetivo 4. Consensos hoje 5. Divergncias: diferentes enfoques tericos 6. Diferentes usos da palavra autismo

    Bibliografia:

    American Psychiatric Association (2002). DSM-IV-TR : Manual diagnstico e

    estatstico de transtornos mentais. (traduo: Cludia Dornelles). 4ed.rev. Porto Alegre: Artmed.

    American Psychiatric Association (2013). Diagnostic and Statistical Manual of Mental

    Disorders, 5th edition. American Psychiatric Publishing.

    Bosa, C. e Callias, M. (2000) Autismo: Breve Reviso de Diferentes Abordagens.

    Psicologia: Reflexo e Crtica, 13, 1, 167177. http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-

    79722000000100017&lng=pt&nrm=iso

    Kanner, L. (1997) Os Distrbios Autsticos de Contato Afetivo. Em P.S. Rocha (org.),

    Autismos. So Paulo: Ed. Escuta; Recife: Centro de Pesquisa em Psicanlise e

    Linguagem. Pasta virtual

    Klin, A. (2006) Autismo e Sndrome de Asperger: Uma viso geral. Revista Brasileira

    de Psiquiatria, 28(Supl I), S3-11. Pasta virtual

    Organizao Mundial da Sade (1998) Critrios diagnsticos para pesquisa:

    classificao de transtornos mentais e de comportamento da CID-10. (traduo:

    Maria Lcia Domingues; consultoria, superviso e reviso tcnica: Dorgival

    Caetano). Porto Alegre: Artes Mdicas.

  • 4

    Diagnstico dos TEAs e Caractersticas Comportamentais. Dra. Priscila Silveira Martins

    EMENTA: Sero abordados os conceitos atuais envolvidos no diagnstico de autismo

    (ou espectro autstico) e as caractersticas clnicas que auxiliam os profissionais de

    diferentes reas a fazer o diagnstico diferencial dos TEA.

    PROGRAMA:

    Bibliografia:

    American Psychiatric Association (2013). Diagnostic and Statistical Manual of Mental

    Disorders, 5th edition. American Psychiatric Publishing.

    Assumpo Jr., F. B. (2002) Diagnstico diferencial dos transtornos abrangentes de

    desenvolvimento. In: Camargos Jr., W. (coord.) Transtornos invasivos do

    desenvolvimento: 3 Milnio. (pp. 16-19). Braslia: CORDE.

    Camargos Jr., W. & Colaboradores. (2002) Transtornos Invasivos do Desenvolvimento:

    3 Milnio. Braslia: CORDE.

    Klin, A., Chawarska, K., Rubin, E. & Volkmar, F. (2006) Avaliao clnica de crianas

    com risco de autismo. Educao, 58, 255-297.

    http://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/faced/article/viewFile/433/329

    Sacks, O. (1995) Um Antroplogo em Marte. So Paulo: Companhia das Letras. xerox

    Schwartzman, J.S. (2003) Autismo Infantil. So Paulo: Memnon.

    Wing, L. (1996) Que Autismo ? Em K. Ellis (org.), Autismo. Rio de Janeiro: Revinter.

    xerox

    Instrumentos de Diagnstico: ADI-R, ADOS 2 E CARS 2. Profa. Carolina Lampreia

    EMENTA: Apresentar os principais instrumentos diagnsticos para autismo: ADI-R, ADOS e

    CARS. Promover uma viso geral do ADI- R, instrumento de entrevista direta com os pais, para

    coleta de dados de aspectos sociais, de comunicao, jogo e outras formas de funcionamento

    comportamental da criana. Apresentao do ADOS, instrumento de observao diagnstica do

    autismo, que permite avaliar comportamentos espontneos, identificando crianas com autismo

    tpico, transtorno do espectro autista ou fora destas condies. Apresentar o CARS, escala de

    pontuao para autismo na infncia, que permite distinguir crianas com autismo daquelas com

    atraso do desenvolvimento sem autismo e tambm utilizado para avaliar o grau de severidade do

    autismo.

    Discutir a importncia da utilizao de instrumentos padronizados para diagnosticar o autismo

    de forma precoce e acurada e suas implicaes para promover programas de interveno

    sistematizados e direcionados s necessidades especficas de cada indivduo.

    PROGRAMA:

    1. ADI-R Autism Diagnostic Interview Revised 2. ADOS Autism Diagnostic Observation Schedule 3. CARS Childhood Autism Rating Scale

    Bibliografia:

    Klin, A., Chawarska, K., Rubin, E., Volkmar, F. (2006) Avaliao clnica de crianas

    com risco de autismo. Revista Educao, 1(58):255-97

    http://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/faced/article/viewFile/433/329

  • 5

    Lord, C., Rutter, M. & Le Couteur, A. (1994) Autism Diagnostic Interview-Revised: A

    revised version of a diagnostic interview for caregivers of individuals with possible

    Pervasive Developmental Disorders. Journal of Autism and Developmental

    Disorders, 24, 5, 659-685.

    Lord, C., Rutter, M., et al. (2012) Autism Diagnostic Observation Schedule, Second Edition (ADOS 2). Western Psychological Services.

    http://www.wpspublish.com/store/p/2648/autism-diagnostic-observation-schedule-

    second-edition-ados-2#sthash.eD74M6nE.dpuf

    Pereira, A. M., Riesgo, R., Wagner M.B . Autismo infantil: traduo e validao da

    Childhood Autism Rating Scale. Jornal de Pediatria, v. 84, p. 487-494, 2008.

    http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0021-

    75572008000700004&lng=en&nrm=iso

    Rutter, M., LeCouteur, A.& Lord, C. Autism Diagnostic Interview, Revised (ADI-R).

    Western Psychological Services. http://portal.wpspublish.com/portal/page?_pageid=53,69707&_dad=portal&_schem

    a=PORTAL

    Schopler, E., Van Bourgondien, M.E. (2010) Childhood Autism Rating Scale, Second Edition (CARS-2). Western Psychological Services.

    http://www.wpspublish.com/store/p/2696/childhood-autism-rating-scale-second-

    edition-cars-2#sthash.1fXJBU5p.dpuf

    MDULO II

    PERSPECTIVAS TERICAS

    Neurobiologia do Autismo: Modelos Neurolgicos e Terapia Medicamentosa. Dra.. Priscila Silveira Martins

    EMENTA: No momento atual ainda no existe uma compreenso completa sobre a

    causa (as causas) do autismo. Porm, nas ltimas dcadas pesquisas cientficas apontam

    para evidncias importantes no sentido de esclarecer a neurobiologia desta desordem. O

    objetivo da presente aula apresentar os dados mais recentes da literatura sobre a

    biologia do autismo, as diretrizes gerais das intervenes utilizadas em autismo

    discutindo o papel do tratamento farmacolgico e quais os rumos para pesquisas

    futuras.

    PROGRAMA:

    Bibliografia:

    Caminha, R.C. (2006) O Autismo e a Teoria dos Neurnios-espelhos. Trabalho de

    Concluso de Curso. Departamento de Psicologia, Pontifcia Universidade

    Catlica do Rio de Janeiro.

    Gadia, C.A., Tuchman, R. & Rotta, N.T. (2004) Autismo e doenas invasivas de

    desenvolvimento. Jornal de Pediatria, 80 (2 Supl), S83-S94.

    Rapin, I. & Tuchman, R. (2009). Autismo. Abordagem neurolgica. (Trad. Denise

    Regina de Sales). Porto Alegre: Artmed.

  • 6

    Questes Sensoriais no Autismo e o Modelo DIR/Floortime Profa. Roberta Costa Caminha

    EMENTA: Descrio dos diferentes sistemas sensoriais, descrio do conceito de

    integrao sensorial e discusso da importncia do aparato sensorial para o

    desenvolvimento, baseado no modelo DIR/floortime que ser apresentado.

    Apresentao dos problemas sensoriais no autismo incluindo: hipteses sensoriais sobre

    o autismo, instrumentos de avaliao sensorial, evidncias de problemas sensoriais no

    autismo (pesquisas cientficas e relatos autobiogrficos) e padres sensoriais.

    Perspectiva de pesquisas na rea. Modelo DIR/floortime de interveno.

    PROGRAMA:

    1. Introduo ao modelo DIR/Floortime

    2. Desenvolvimento sensorial

    3. Problemas sensoriais no autismo

    4. Perspectiva de pesquisas na rea

    5. Interveno de base sensorial

    Bibliografia:

    Ayres, J. Sensory Integration and the Child, 25th Anniversary Edition. Pediatric

    Therapy Network, Torrance, CA.

    Caminha, R.C. (2008) Autismo: Um Transtorno de Natureza Sensorial ? Dissertao de

    Mestrado. Departamento de Psicologia. PUC-Rio.

    http://www2.dbd.pucrio.br/pergamum/biblioteca/php/mostrateses.php?open=1&

    arqtese=0710432_08_Indice.html

    http://www.starcenter.us/index.html

    Caminha, R.C. (2013) Investigao de Problemas Sensoriais em Crianas Autistas:

    Relaes com o Grau de Severidade do Transtorno. Tese de Doutorado.

    Departamento de Psicologia. PUC-Rio.

    Caminha, R.C. & Lampreia, C. (2012) Findings on sensory deficits in autism:

    implications for understanding the disorder. Psychology & Neuroscience,5,2,

    231-237.

    http://www.psycneuro.org/index.php/path/article/view/283/650 Greenspan, S.I. (2007) Great Kids: Helping Your Baby and Child Develop the 10

    Essential Qualities for a Healthy Happy Life. Da Capo Press

    Greenspan, S.I. & Breslau Lewis, N. (1999) Building Healthy Minds: The Six

    Experiences that Create Intelligence and Emotional Growth in Babies and

    Young Children. Perseus Books

    Greenspan, S.I. & Wieder, S. (1997) The Child with Special Needs: Encouraging

    Intellectual and Emotional Growth. PerseusBooks.

    Greenspan, S.I. & Wieder, S. (2006) Engaging Autism: The Floortime Approach to

    Helping Children Relate, Communicate and Think. PerseusBooks.

    Kranowitz, C.S. (1998) The Out of Sync of Child: Recognizing and Coping with Sensory

    Integration Dysfunction. Perigee Trade; 1st ed edition.

    Kranowitz, C.S. (2003) The Out-of-Sync Child Has Fun, Revised Edition: Activities for

    Kids with Sensory Processing Disorder. Perigee Trade

  • 7

    Abordagem Cognitiva. Profa. Mariana Luisa Garcia

    EMENTA: Introduo ao conceito de Teoria da Mente que captura a capacidade

    humana de atribuir estados mentais a si prprio e ao outro e suas implicaes para o

    entendimento do autismo. Segundo esta abordagem uma falha no mecanismo inato

    (mente ou crebro) responsvel por esta capacidade de ler a mente acarretaria a trade do autismo.

    PROGRAMA:

    1. Conceito de Teoria da Mente 2. Autismo e Teoria da Mente

    Bibliografia:

    Bosa, C. e Callias, M. (2000) Autismo: Breve Reviso de Diferentes Abordagens.

    Psicologia: Reflexo e Crtica, 13, 1, 167177. http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-

    79722000000100017&lng=en&nrm=iso

    Lampreia, C. (2004). Os enfoques cognitivista e desenvolvimentista no autismo: uma

    anlise preliminar. Psicologia Reflexo e Crtica, 7, 111-120.

    http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-

    79722004000100014&lng=en&nrm=iso

    Scheuer. C. (1997). Teoria da Mente. Em F. B. Assumpo Jr. (org.) Transtornos

    Invasivos do Desenvolvimento Infantil. So Paulo: Lemos Editorial.

    Abordagem Desenvolvimentista. Profa. Carolina Lampreia

    EMENTA: A abordagem desenvolvimentista versus a Teoria da Mente, a perspectiva

    construtivista e a importncia do engajamento afetivo. O desenvolvimento inicial tpico

    abrangendo as capacidades inatas do beb para a interao social, a comunicao afetiva

    e a intersubjetividade primria; a comunicao intencional, a intersubjetividade

    secundria e a ateno compartilhada; a linguagem/fala. O caso do autismo abrangendo

    os prejuzos na comunicao afetiva, os prejuzos na comunicao intencional e os

    aspectos secundrios do prejuzo primrio para a comunicao.

    PROGRAMA:

    1. A abordagem desenvolvimentista versus a Teoria da Mente 2. O desenvolvimento inicial tpico 3. O caso do autismo

    Bibliografia:

    Bosa, C.A. (2002) Ateno Compartilhada e Identificao Precoce do Autismo.

    Psicologia Reflexo e Crtica, 15, p.77-88.

    http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-

    79722002000100010&lng=pt&nrm=iso

  • 8

    Fiore-Correia, O.B. (2005) A aplicabilidade de um programa de interveno precoce

    em crianas com possvel risco autstico. Dissertao de Mestrado.

    Departamento de Psicologia. PUC-Rio.

    http://www2.dbd.puc-

    rio.br/pergamum/biblioteca/php/mostrateses.php?open=1&arqtese=0410559_05

    _Indice.html

    Lampreia, C. (2004) Os enfoques cognitivista e desenvolvimentista no autismo: Uma

    anlise preliminar. Psicologia Reflexo e Crtica, 17, p.111-120.

    http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-

    79722004000100014&lng=en&nrm=iso

    Lampreia, C. (2007) A perspectiva desenvolvimentista para a interveno precoce no

    autismo. Estudos de Psicologia (PUCCamp), 24, 1, 105-114.

    http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-

    166X2007000100012&lng=en&nrm=iso

    Lampreia, C. (2008) O processo de desenvolvimento rumo ao smbolo: uma perspectiva

    pragmtica. Arquivos Brasileiros de Psicologia, 60, 2, 117-128.

    http://146.164.3.26/seer/lab19/ojs2/index.php/ojs2/article/view/139/189

    Oliveira, S.M. (2009) A clnica do autismo sob uma perspectiva desenvolvimentista: O

    papel do engajamento afetivo no desenvolvimento da comunicao e da linguagem.

    Dissertao de Mestrado. Departamento de Psicologia. PUC-Rio.

    http://www2.dbd.puc-

    rio.br/pergamum/biblioteca/php/mostrateses.php?open=1&arqtese=0710434_09_Ind

    ice.html

    MDULO III

    AVALIAO E INTERVENO NO ESPECTRO DO AUTISMO

    A Identificao Precoce de Risco dos TEAs. Profa. Carolina Lampreia

    EMENTA: Discusso do diagnstico aos 3 anos de idade e importncia de uma

    identificao precoce de sinais de risco. Estudos retrospectivos sobre a identificao

    precoce de sinais de risco no segundo ano de vida incluindo: estudos de vdeos

    familiares, de ateno compartilhada, instrumentos de identificao e categorias

    discriminativas. Estudos prospectivos com bebs de alto-risco antes dos 12 meses de

    idade e instrumentos de identificao. Recomendaes para a vigilncia precoce do

    autismo.

    PROGRAMA:

    1. DSM 5 e CID 10 como instrumentos de diagnstico 2. Estudos retrospectivos no segundo ano de vida 3. Estudos prospectivos antes dos 12 meses de idade 4. Recomendaes para a vigilncia precoce do autismo

    Bibliografia:

    Bosa, C. (2002). Ateno compartilhada e identificao precoce do autismo. Psicologia

    Reflexo e Crtica, 15(1), 77-88.

    http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-

    79722002000100010&lng=en&nrm=iso

  • 9

    Bosa, C. (2002). Sinais precoces de comprometimento social no autismo infantil. In:

    Walter Camargos Jr e Colaboradores. (Org.). Transtornos invasivos do

    desenvolvimento. Corde, 2002, p. 42-47.

    Braido, M.L.G. (2006) Identificao precoce dos transtornos do espectro autista : um

    estudo de vdeos familiares. Dissertao de Mestrado. Departamento de Psicologia.

    PUC-Rio.

    http://www2.dbd.puc-

    rio.br/pergamum/biblioteca/php/mostrateses.php?open=1&arqtese=0510399_06_Ind

    ice.html

    Braido, M.L.G. (2011) O desenvolvimento Afetivo de Bebs com Risco de Autismo. Tese

    de Doutorado. Departamento de Psicologia. PUC-Rio.

    http://www2.dbd.puc-

    rio.br/pergamum/biblioteca/php/mostrateses.php?open=1&arqtese=0710422_2011_I

    ndice.html

    Garcia, M.L. & Lampreia, C. (2011) Limites e Possibilidades da Identificao de Risco

    de Autismo no Primeiro Ano de Vida. Psicologia: Reflexo e Crtica, 24(2), 300-

    308. http://www.scielo.br/pdf/prc/v24n2/11.pdf

    Lampreia, C. (2008) Algumas consideraes sobre a identificao precoce no autismo.

    Em E.G. Mendes, M.A. Almeida e M.C.P.I. Hayashi (orgs.), Temas em Educao

    Especial: Conhecimentos para fundamentar a prtica". (pp. 397-421). Araraquara,

    S.P.:Junqueira&Marin Editores. Junqueira&Marin Editores J Juditore

    Lampreia, C. (2009) Perspectivas da pesquisa prospectiva com bebs irmos de autistas.

    Psicologia: Cincia e Profisso, 29(1), 160-171.

    http://pepsic.bvs-psi.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-

    98932009000100013&lng=pt&nrm=iso

    Lampreia, C. (2013) Autismo: Manual ESAT e vdeo para o rastreamento precoce. Rio

    de Janeiro: Ed. PUC-Rio; So Paulo: Loyola.

    Lampreia, C. (2013) A Capacitao de Educadores para a Vigilncia de Sinais Precoces

    de Autismo In: Ensaios sobre autismo e deficincia mltipla.1 ed.Marlia, SP :

    ABPEE/ Marquezine& Manzini, 2013, v.1, p. 33-44.

    Lampreia, C. & Lima, M.M.R. (2008) Instrumento de vigilncia precoce do autismo:

    Manual e Vdeo. Rio de Janeiro: Ed. PUC-Rio; So Paulo: Loyola.

    Avaliao e Terapia Comportamental (ABA/PECS). Profa. Mariana Luisa Garcia

    EMENTA: Breve introduo aos princpios da anlise comportamental aplicada e suas

    contribuies para a interveno no espectro do autismo. Sero apresentadas as

    aplicaes dos princpios do comportamento na avaliao de repertrio comportamental

    e programao de condies de ensino que visam minimizar os dficits

    comportamentais decorrentes do autismo e promover o repertrio de habilidades

    comunicativas, sociais e reduo de comportamentos inadequados.

    PROGRAMA:

    1. Anlise do comportamento e autismo 2. Introduo aos princpios bsicos do comportamento 3. Avaliao comportamental 4. Currculos de ensino 5. Programao de condies de ensino

  • 10

    6. Avaliao da interveno 7. PECS sistema de comunicao por troca de figuras

    Bibliografia:

    Goulart, P. & Assis, Grauben, J. A. (2002). Estudos sobre autismo em anlise do

    comportamento: aspectos metodolgicos. Revista Brasileira de terapias

    comportamental e cognitiva, 4(2), p.151-165.

    Ribes-Iesta, E. (1972). Tcnicas de Modificao do Comportamento. So Paulo:

    E.P.U.

    Whaley, D. L. & Malott, R. W. (1980). Principios elementares do comportamento. Sao

    Paulo: E.P.U.

    Windholz, M. H. (1988). Passo A Passo, Seu Caminho. Guia Curricular Para O Ensino

    de Habilidades Basicas. So Paulo: Edicon.

    Windholz, M. H. (1995). Autismo Infantil: Terapia Comportamental. Em: J. S.

    Schwartzman & F. B. Assumpo JR. (Orgs.) Autismo Infantil. So Paulo:

    Mennon. p. 179-210. xerox

    PRT e ESDM. Profa. Carolina Salviano Figueiredo

    EMENTA: Sero apresentados dois importantes programas de interveno para o TEA:

    o PRT (Pivotal Response Treatment/Tratamento de Resposta Pivot) e o ESDM (Early

    Start Denver Model/Modelo Denver de Incio Precoce)

    PROGRAMA:

    1. PRT modelo comportamental

    2. ESDM modelo desenvolvimentista

    Bibliografia:

    Early Start Denver Model em Autism Speaks

    http://www.autismspeaks.org/what-autism/treatment/early-start-denver-model-

    esdm

    Early Start Denver Model

    http://www.youtube.com/watch?v=5m_cJQQVieU

    http://www.ucdmc.ucdavis.edu/publish/news/newsroom/7094/?p=spanish

    http://www.interactingwithautism.com/section/treating/esdmod

    Koegel, L.K., Koegel, R.L., Harrower, J.K. & Carter, C.M. (1999) Pivotal Response

    Intervention I: Overview Approach. Journal of the Association for Persons with

    Severe Handicaps, 24(3), 174-185.

    Pivotal Response Training.

    Rogers, S.J. & Dawson, G. (2010) Early Start Denver Model for Young Children with

    Autism. Promoting Language, Learning and Engagement. The Guilford Press.

    Rogers, S.J., Dawson, G & Vismara, L.A. (2012) An Early Start for Your Child with

    Autism. Using everyday activities to help kids connect, communicate, and learn.

    The Guilford Press.

  • 11

    Avaliao e Terapia Fonoaudiolgica. Profa. Luciana Mendes

    EMENTA: Linguagem e comunicao nos TEA incluindo alteraes estruturais (jargo,

    ecolalia, agramatismo) e alteraes discursivas (Anlise da conversao/prosdia, turno,

    tpico; Lingustica Sociointeracional/fatores de contextualizao, footing, enquadre;

    Lingustica Cognitiva/projeo - dificuldades com metonmias,

    mesclagem - dificuldades com metforas, mudana de enquadre - dificuldades com

    humor). Correlao com as hipteses cognitivas (Ateno compartilhada, Teoria da

    Mente, Teoria da Coerncia Central). Propostas de atuao (Clnica, Educao, Famlia)

    PROGRAMA:

    LINGUAGEM E COMUNICAO

    1. Alteraes estruturais

    2. Alteraes discursivas:

    2.1 Anlise da conversao

    2.2 Lingustica Sociointeracional

    2.3 Lingustica Cognitiva

    3. Correlao com as hipteses cognitivas

    4. Propostas de atuao

    Bibliografia:

    Fernandes, F. D. M., Scheuer, C. I. & Pastorello, L. (1996). Fonoaudiologia nos

    Distrbios Psiquitricos da Infncia. 1a. ed. So Paulo: Lovise. (Antigo)

    Mousinho, R. (2002). Linguagem/Corpo na Sndrome de Asperger. In: Renata

    Mousinho; Carlos de A. Mattos Ferreira; Rita Thompson. (Org.).

    Psicomotricidade Clnica. (p. 119-126). 1 ed. So Paulo: Lovise.

    Mousinho, R. (2003) Aspectos lingstico-cognitivos da Sndrome de Asperger:

    projeo, mesclagem e mudana de enquadre. 225 f. Tese (Doutorado em

    lingstica) Departamento de Lingstica - Universidade Federal do Rio de

    Janeiro.

    MDULO IV

    CONSIDERAES SOBRE PRTICAS EDUCACIONAIS

    Incluso escolar e polticas pblicas. Profa Maryse Suplino

    EMENTA: A definio conceitual de educao inclusiva a partir da anlise histrica da

    construo desse paradigma. A aplicao desse conceito na prtica escolar: adaptaes

    curriculares. Aes governamentais dirigidas formao de profissionais da educao

    com o fim de aumentar a qualidade no atendimento aos alunos com autismo.

    PROGRAMA:

    Apresentao da definio conceitual de educao inclusiva a partir da anlise histrica da construo desse paradigma: do atendimento em espaos segregados

    Escola Inclusiva.

  • 12

    Os aspectos legais. Apresentao dos entraves descritos por professores e gestores escolares. A questo da formao dos professores. O conceito de acessibilidade ao currculo: adaptaes curriculares. Principais documentos federais que discutem a apresentam idias relativas s

    Adaptaes Curriculares.

    Bibliografia:

    Bosa, C.A. (2006) Autismo: intervenes psicoeducacionais. Revista Brasileira de

    Psiquiatria, 28(Supl I), S47-53 pasta virtual

    Brasil. Secretaria Nacional dos Direitos Humanos. (1997) Declarao de Salamanca. 2

    ed. Braslia: UNESCO.

    Glat, R. (1995) Questes Atuais em Educao Especial: A Integrao Social dos

    Portadores de Deficincias: Uma Reflexo. Rio de Janeiro: Livraria Sette

    Letras. v. 1.

    Mittler, P. (2003) Educao Inclusiva: contextos sociais. Trad. Windyz Brazo Ferreira.

    Porto Alegre: Artmed.

    Nunes, L.R.O.P., Suplino, M. e Walter, C.C.F. (2013) (Orgs.) Ensaios sobre autismo e

    deficincia mltipla. Marlia, SP : ABPEE, Marquezine& Manzini.

    Perrenoud, P. (2002) A prtica reflexiva no ofcio do professor: profissionalizao e

    razo pedaggica. Trad. Cludia Schilling. Porto Alegre: Artmed.

    Pletsch, M. D. (2005) O professor itinerante como suporte para a educao inclusa em

    escolas da Rede Municipal de educao do Rio de Janeiro. Dissertao de

    Mestrado em Educao, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de

    Janeiro.

    Suplino, M. (2009) Vivncias inclusivas de alunos com autismo. Rio de Janeiro: Kirios

    Editora.

    Nota - buscar outras referncias em:

    www.scielo.br:

    Arquivos de Neuro-Psiquiatria, Revista Brasileira de Psiquiatria, Psicologia Reflexo e

    Crtica, Psicologia em Estudo, etc.

    www.bvs-psi.org.br

    www.bireme.br/php/index.php

    http://www.int.gov.br/noticias/projeto-disponibiliza-coletanea-de-textos-sobre-

    autismo-2#startOfPageId1368