programação ciclo um objeto e seus discursos por semana - 2015

2
Regressa à cidade o ciclo Um Objeto e seus Discursos por Semana. Depois de uma primeira edição na qual participaram mais de sessenta personalidades das mais diversas áreas do saber e da sociedade, desvendando alguns dos seus segredos mais bem guardados a partir do património municipal, partimos para um programa ainda mais ambicioso no qual inscrevemos rotas e territórios que nos levam a alguns do seus mais valiosos tesouros privados. Com a ajuda de várias instituições parceiras viajamos até à idade média e à proto-história, até ao oriente e outras paisagens exóticas, até aos interstícios do Porto dos nossos dias cuja iconoclastia muitas vezes nos escapa. Fazemo-lo com um grupo de convidados oriundos dos lugares mais diversos e até inesperados. E deste encontro nascem mil histórias que nos permitem compreender e explicar a nossa cidade, e através da nossa cidade o mundo e suas culturas. Esta curiosa coregrafia em torno do nosso património é já uma marca da nossa atividade. Não sabemos onde pode parar, nem para onde nos leva, mas tornou-se irresistível. É um percurso difícil de definir e que se explica por si mesmo, pela sua desordem cronológica e semiótica, pela sua vontade de aprender. Venham connosco construir um novo mapa e percorrer o segundo capítulo desta história. Deixem-se levar pelo “atractor estranho”, como diria um cientista do caos, que é o Porto. Ponto. PAULO CUNHA E SILVA Vereador da Cultura Coração de D. Pedro 21 MARçO IGREJA DA LAPA RUI MOREIRA, JULIO MACHADO VAZ, FRANCISCO RIBEIRO DA SILVA Guardado em urna de prata dourada, o coração de D. Pedro IV será a mais simbólica doação feita à cidade do Porto e, por isso, objeto ideal para reiniciarmos este ciclo no ano em que discutimos a Felicidade. Desvendamo-lo através de um excerto das filmagens de O Sentido da Vida, o novo filme de Miguel Gonçalves Mendes, que captou a sua cerimónia de abertura, com a presença de dois dos seus atores – o Mesário da Venerável Ordem e o guardião das chaves que lhe dão acesso, o Presidente do Município – mas também de um conhe- cido especialista de “assuntos do coração”. Taça Ming 28 MARçO CASA MUSEU GUERRA JUNQUEIRO - MUSEU MUNICIPAL JOãO AMORIM, ÁLVARO SEQUEIRA PINTO, ANA CLARA SILVA O fascínio pelo Oriente exótico e longínquo ganha forma numa taça de porcelana chi- nesa de fino fabrico e traços azul-cobalto sob vidrado, da dinastia Ming, período Wanli (1573-1619). Peça rara numa Europa rendida aos novos consumos e à arte de bem receber, suscita uma conversa entre um amante da cultura chinesa e um atento cole- cionador e amigo do Oriente. Mapa Douro Portuguez e Paiz Adjacent 11 ABRIL MUSEU DO VINHO DO PORTO - MUSEU MUNICIPAL MANUEL PINTãO, FERREIRA DO AMARAL, LILIANA PEREIRA Extenso retrato geográfico do rio Durios, feito por J. James Forrester em 1848, evi- dencia o rigor do registo de um rio que era urgente afeiçoar à navegação pois escoava uma das maiores riquezas do País: o Vinho do Porto. Os perigos e as oportunidades do nosso rio de hoje e de outros tempos, discutidos por quem o bem conhece. Muralha Fernandina 18 ABRIL * MOSTEIRO SANTA CLARA ALEXANDRE ALVES COSTA, JOSé MARCELO MENDES PINTO, FRANCISCO SOUSA RIO No Dia Internacional de Monumentos e Sítios, um arqueólogo e um arquiteto deba- tem a moderna e multidisciplinar tarefa da conservação e reutilização do Património no mundo contemporâneo, tendo como pano de fundo a monumental cerca gótica, concluída pelo rei Formoso (1348-1370) e refeita, em partes, pela criteriosa Obra Nacional. Novas Cartas Portuguesas 25 ABRIL * BIBLI. MUNICIPAL ALMEIDA GARRETT MARIA ISABEL BARRENO, MARIA TERESA HORTA, ANA LUíSA AMARAL, MARINELA FREITAS Novas Cartas Portuguesas (1972) de Maria Isabel Barreno, Maria Teresa Horta e Maria Velho da Costa, é um livro que, partindo das conhecidas cartas seiscentistas atribuídas a Mariana Alco- forado, se reveste de uma invulgar originalida- de. Festejamos o dia da Liberdade revisitando este livro, ainda hoje profundamente atual, com a presença de duas das suas autoras e das responsáveis pelo estudo, recentemente publi- cado, sobre a sua repercussão internacional. Prelo de madeira do século XVIII 2 MAIO MUSEU NACIONAL DA IMPRENSA ARONS DE CARVALHO, FÁTIMA CAMPOS FERREIRA, LUíS HUMBERTO Um raro prelo de madeira do século XVIII que terá pertencido à Real Imprensa da Universidade, fundada em Coimbra pelo Marquês de Pombal, despoleta um debate em torno da liberdade de imprensa com conhecidas vozes da comunicação que nos falam das memória e do presente da Imprensa portuguesa. Nota de 5 Escudos, chapa 3 9 MAIO * FUNDAçãO ANTóNIO CUPERTINO MIRANDA / MUSEU DO PAPEL MOEDA ALBERTO CORREIA DE ALMEIDA, RUY BARBOSA, MARIA AMéLIA C. MIRANDA No Museu que conta a história do dinheiro nas diversas faces do papel moeda, existe uma nota de 5 escudos, de 1924, que nunca chegou a circular. Sobre este raro exemplar, que ostenta a imagem do Palácio da Bolsa, e da sorte a que esteve votado, iremos ouvir o responsável do Museu e o vice-presidente da Associação Comercial do Porto, num debate mediado pela Presidente da Fundação, sobre o Porto das finanças e do comércio. A espada de D. Afonso Henriques 16 MAIO MUSEU MILITAR DO PORTO D. DUARTE PIO DE BRAGANçA, JOSé PEDRO AGUIAR BRANCO, CARLOS OLIVEIRA ANDRADE Reza a lenda que D. Sebastião terá mandado retirar do túmulo do primeiro rei a sua espada, para com ela se sagrar imperador de Marrocos e que, no infortúnio de 1580, terão devolvido a Santa Cruz a espada de Afonso V. Um mito que evoca imagens de batalhas e cavaleiros, reis e exércitos, e que cimenta a identidade de um país. Qual o significado da espada do primeiro rei para o herdeiro do trono e para um gover- nante da III República com a pasta da Defesa? Labirinto da Prelada 23 MAIO * CASA DA PRELADA AURORA CARAPINHA, ALEXANDRE QUINTANILHA, JOãO SILVA Foram pretexto ornamental em jardins de grandes vilas, como a Villa Pisani em Setra ou o Hampton Court, perto de Londres. Nos séculos XVII e XVIII tinham um carácter lúdico, evocando o labirinto cretense. Num espaço de grande valor cénico, duas personalidades de relevo das áreas da arquitetura paisagista e da ciência levam-nos ao tempo dos jardins de Nicolau Nasoni e ao intemporal labirinto do cérebro humano. Velódromo 30 MAIO MUSEU NACIONAL DE SOARES DOS REIS CâNDIDO BARBOSA, CARLOS FIOLHAIS, MARIA JOãO VASCONCELOS Em 1894, quando a bicicleta se transformava num fenómeno social, urbano, D. Carlos autorizou o Real Velo Clube a construir nos quintais do seu Paço, hoje Museu Nacional de Soares dos Reis, uma pista para velocipe- distas. A partir de um dos segredos mais bem guardados da cidade, um conhecido ciclista e um proeminente físico discutem esta moda- lidade desportiva mas também a questão da velocidade, a de hoje e a de outros tempos. Detective Steinheil Camera 6 JUNHO CENTRO PORTUGUêS DE FOTOGRAFIA MARIA FILIPA DA COSTA CALVãO, ANDRé CEPEDA, BERNARDINO CASTRO A evolução tecnológica que em 1890 criou a Câ- mara Detetive Steinheil, deu origem aos drones e aos sofisticados sistemas de segurança que colocam na ordem do dia as questões da invasão da privacidade e da proteção de dados. Acesso público ou reservado, arte ou devassa, até que ponto pode a objetiva registar a vida humana? Respondem-nos um reputado fotógrafo e a Presidente da CNPD. 1-Igreja da Lapa 2-Casa Museu Guerra Junqueiro - M. Municipal 3-M. do Vinho do Porto - Museu Municipal 4-Santa Clara 5-Biblioteca Municipal Almeida Garrett 6-M. Nacional da Imprensa 7-Fundação António Cupertino Miranda / M. do Papel Moeda 8-M. Militar do Porto 9-Casa da Prelada 10-M. Nacional de Soares dos Reis 11-Centro Português de Fotografia 12-Biblioteca Pública Municipal do Porto 13-Paços do Concelho 14-União de Freguesias do Centro Histórico do Porto 15-M. do Carro Elétrico 16-Parque de Serralves 17-Praia da Luz - Foz 18-Jardins do Palácio de Cristal 19-Casa da Música 20-M. Futebol Clube do Porto 21-Instituto dos Vinhos do Douro e do Porto 22-M. Romântico da Quinta da Macieirinha-M. Municipal 23-M. da Santa Casa da Misericórdia do Porto 24-Casa Museu Marta Ortigão Sampaio - M. Municipal 25-Casa do Infante - Arquivo Histórico 26-Teatro Nacional de São João 27-M. de História Natural da UP 28-Paço Episcopal 29-Coliseu do Porto AV. 25 DE ABRIL R. DO HEROÍSMO R. DO BO NFI M R. DE PINTO BESSA R. FORMOSA AV. DE FERNÃO DE MAGALHÃES R. DE SANTOS POUSADA R. DE D. JOÃO IV R. DA ALEGRIA R. DA ALEGRIA R. DE SANTA CATARINA R. DE SANTA CATARINA R. DE SÁ DA BANDEIRA PRAÇA DA REPÚBLICA R. DO ALMADA R. DO ALMADA R. PASSOS MANUEL R. 31 DE JANEIRO PRAÇA DA LIBERDADE R. DAS FLORES PONTE D. LUIS PONTE DA ARRABIDA R. GONÇALO CRISTÓVÃO R. DA RESTAURAÇÃO R. MONS I NH O DA SI L VEI RA R. N. SR. DE FÁTIMA R. DA BOAVISTA R. DE ÁLVARES CABRAL R. DE CEDOFEITA R. DA LAPA R. DE MIGUEL BOBMARDA R. DE D. MANUEL I I R. DO CAMPO ALEGRE PRAÇA DE MOUSINHO DE ALBUQUERQUE AV. DA BOAVISTA R. DE J ÚL IO DINIS R. DE D. PEDRO V R. D E VI LAR RUA DO BOMJARDI M RUA D U Q U E L O U L É R. DO BREINER R. DA TORRINHA R. DOS BRAGAS R. DO CAMPO ALEGRE V I A P ANORÂ MI CA R. ENTRE CAMPOS R. GUERRA JUNQUEIRO R. ANTÓNIO CARNEIRO R. DUQUE SALDANHA PONTE DO INFANTE R. ALEXANDRE HERCULANO AV. RODRI GUES DE FREITAS R I O D O U R O V I A D U T O D O S CAI S DAS PEDRAS RUA NOV A ALFÂ NDEGA 1 2 28 3 4 5 6 8 9 10 11 12 13 14 15 16 7 20 17 18 19 21 22 23 24 25 26 27 29 PARCEIROS ORGANIZAçãO APOIO à DIVULGAçãO PATROCINADOR

Upload: pelouro-da-cultura-da-cmporto

Post on 08-Apr-2016

217 views

Category:

Documents


1 download

DESCRIPTION

Programação completa do ciclo de debates - Um Objeto e Seus Discursos por Semana - 2ª edição - de 21 de março a 12 de dezembro de 2015. Todos os sábados às 18h00. Vários locais da cidade. Conceção e organização: Câmara Municipal do Porto (Pelouro da Cultura).

TRANSCRIPT

Page 1: Programação ciclo Um Objeto e Seus Discursos por Semana - 2015

Regressa à cidade o ciclo Um Objeto e seus Discursos por Semana. Depois de uma primeira edição na qual participaram mais de sessenta personalidades das mais diversas áreas do saber e da sociedade, desvendando alguns dos seus segredos mais bem guardados a partir do património municipal, partimos para um programa ainda mais ambicioso no qual inscrevemos rotas e territórios que nos levam a alguns do seus mais valiosos tesouros privados. Com a ajuda de várias instituições parceiras viajamos até à idade média e à proto-história, até ao oriente e outras paisagens exóticas, até aos interstícios do Porto dos nossos dias cuja iconoclastia muitas vezes nos escapa. Fazemo-lo com um grupo de convidados oriundos dos lugares mais diversos e até inesperados. E deste encontro nascem mil histórias que nos

permitem compreender e explicar a nossa cidade, e através da nossa cidade o mundo e suas culturas. Esta curiosa coregrafia em torno do nosso património é já uma marca da nossa atividade. Não sabemos onde pode parar, nem para onde nos leva, mas tornou-se irresistível. É um percurso difícil de definir e que se explica por si mesmo, pela sua desordem cronológica e semiótica, pela sua vontade de aprender. Venham connosco construir um novo mapa e percorrer o segundo capítulo desta história. Deixem-se levar pelo “atractor estranho”, como diria um cientista do caos, que é o Porto. Ponto.

Paulo Cunha e SilvaVereador da Cultura

Coração de D. Pedro

2 1 m a r ç oI g r e ja da L a pa

rui moreira, Julio maChado vaz, Francisco ribeiro da silvaGuardado em urna de prata dourada, o coração de D. Pedro IV será a mais simbólica doação feita à cidade do Porto e, por isso, objeto ideal para reiniciarmos este ciclo no ano em que discutimos a Felicidade. Desvendamo-lo através de um excerto das filmagens de O Sentido da Vida, o novo filme de Miguel Gonçalves Mendes, que captou a sua cerimónia de abertura, com a presença de dois dos seus atores – o Mesário da Venerável Ordem e o guardião das chaves que lhe dão acesso, o Presidente do Município – mas também de um conhe-cido especialista de “assuntos do coração”.

Taça Ming

2 8 m a r ç oC asa M u s e u g u e r ra j u n q u e I ro - M u s e u M u n I C I pa L

João amorim, Álvaro Sequeira Pinto,ana clara silvaO fascínio pelo Oriente exótico e longínquo ganha forma numa taça de porcelana chi- nesa de fino fabrico e traços azul-cobalto sob vidrado, da dinastia Ming, período Wanli (1573-1619). Peça rara numa Europa rendida aos novos consumos e à arte de bem receber, suscita uma conversa entre um amante da cultura chinesa e um atento cole-cionador e amigo do Oriente.

Mapa Douro Portuguez e Paiz Adjacent

1 1 a b r i lM u s e u d o V I n h o d o p o rto - M u s e u M u n I C I pa L

manuel Pintão, Ferreira do amaral,liliana Pereira Extenso retrato geográfico do rio Durios, feito por J. James Forrester em 1848, evi- dencia o rigor do registo de um rio que era urgente afeiçoar à navegação pois escoava uma das maiores riquezas do País: o Vinho do Porto. Os perigos e as oportunidades do nosso rio de hoje e de outros tempos, discutidos por quem o bem conhece.

Muralha Fernandina

1 8 a b r i l *M os t e I ro sa n ta C L a ra

alexandre alveS CoSta, JoSé marCelo mendeS Pinto, Francisco sousa rioNo Dia Internacional de Monumentos e Sítios, um arqueólogo e um arquiteto deba-tem a moderna e multidisciplinar tarefa da conservação e reutilização do Património no mundo contemporâneo, tendo como pano de fundo a monumental cerca gótica, concluída pelo rei Formoso (1348-1370) e refeita, em partes, pela criteriosa Obra Nacional.

Novas Cartas Portuguesas

2 5 a b r i l *B I B L I . M u n I C I pa L a L M e I da ga r r e t t

maria iSabel barreno, maria tereSa horta, ana luísa amaral, marinela FreitasNovas Cartas Portuguesas (1972) de Maria Isabel Barreno, Maria Teresa Horta e Maria Velho da Costa, é um livro que, partindo das conhecidas cartas seiscentistas atribuídas a Mariana Alco-forado, se reveste de uma invulgar originalida-de. Festejamos o dia da Liberdade revisitando este livro, ainda hoje profundamente atual, com a presença de duas das suas autoras e das responsáveis pelo estudo, recentemente publi-cado, sobre a sua repercussão internacional.

Prelo de madeira do século XVIII

2 m a i oM u s e u n aC I o n a L da I M p r e n sa

aronS de Carvalho, FÁtima CamPoS Ferreira, luís HumbertoUm raro prelo de madeira do século XVIII que terá pertencido à Real Imprensa da Universidade, fundada em Coimbra pelo Marquês de Pombal, despoleta um debate em torno da liberdade de imprensa com conhecidas vozes da comunicação que nos falam das memória e do presente da Imprensa portuguesa.

Nota de 5 Escudos, chapa 3

9 m a i o *Fundação antónIo CupertIno MIranda / Museu do papeL Moeda

alberto Correia de almeida, ruy barboSa, maria amélia c. miranda

No Museu que conta a história do dinheiro nas diversas faces do papel moeda, existe uma nota de 5 escudos, de 1924, que nunca chegou a circular. Sobre este raro exemplar, que ostenta a imagem do Palácio da Bolsa, e da sorte a que esteve votado, iremos ouvir o responsável do Museu e o vice-presidente da Associação Comercial do Porto, num debate mediado pela Presidente da Fundação, sobre o Porto das finanças e do comércio.

A espada de D. Afonso Henriques

1 6 m a i oM u s e u M I L I ta r d o p o rto

d. duarte Pio de bragança, JoSé Pedro aguiar branCo, carlos oliveira andrade Reza a lenda que D. Sebastião terá mandado retirar do túmulo do primeiro rei a sua espada, para com ela se sagrar imperador de Marrocos e que, no infortúnio de 1580, terão devolvido a Santa Cruz a espada de Afonso V. Um mito que evoca imagens de batalhas e cavaleiros, reis e exércitos, e que cimenta a identidade de um país. Qual o significado da espada do primeiro rei para o herdeiro do trono e para um gover-nante da III República com a pasta da Defesa?

Labirinto da Prelada

2 3 m a i o *C asa da p r e L a da

aurora CaraPinha, alexandre quintanilha, João silvaForam pretexto ornamental em jardins de grandes vilas, como a Villa Pisani em Setra ou o Hampton Court, perto de Londres. Nos séculos XVII e XVIII tinham um carácter

lúdico, evocando o labirinto cretense. Num espaço de grande valor cénico, duas personalidades de relevo das áreas da arquitetura paisagista e da ciência levam-nos ao tempo dos jardins de Nicolau Nasoni e ao intemporal labirinto do cérebro humano.

Velódromo

3 0 m a i oMuseu naCIonaL de soares dos reIs

Cândido barboSa, CarloS FiolhaiS,maria João vasconcelos Em 1894, quando a bicicleta se transformava num fenómeno social, urbano, D. Carlos autorizou o Real Velo Clube a construir nos quintais do seu Paço, hoje Museu Nacional de Soares dos Reis, uma pista para velocipe-distas. A partir de um dos segredos mais bem guardados da cidade, um conhecido ciclista e um proeminente físico discutem esta moda-lidade desportiva mas também a questão da velocidade, a de hoje e a de outros tempos.

Detective Steinheil Camera

6 J u n h oCentro português de FotograFIa

maria FiliPa da CoSta Calvão, andré CePeda, bernardino castroA evolução tecnológica que em 1890 criou a Câ- mara Detetive Steinheil, deu origem aos drones e aos sofisticados sistemas de segurança que colocam na ordem do dia as questões da invasão da privacidade e da proteção de dados. Acesso público ou reservado, arte ou devassa, até que ponto pode a objetiva registar a vida humana? Respondem-nos um reputado fotógrafo e a Presidente da CNPD.

1-Igreja da Lapa 2-Casa Museu Guerra Junqueiro - M. Municipal 3-M. do Vinho do Porto - Museu Municipal 4-Santa Clara 5-Biblioteca Municipal Almeida Garrett 6-M. Nacional da Imprensa 7-Fundação António Cupertino Miranda / M. do Papel Moeda 8-M. Militar do Porto 9-Casa da Prelada 10-M. Nacional de Soares dos Reis 11-Centro Português de Fotografia 12-Biblioteca Pública Municipal do Porto 13-Paços do Concelho 14-União de Freguesias do Centro Histórico do Porto 15-M. do Carro Elétrico 16-Parque de Serralves 17-Praia da Luz - Foz 18-Jardins do Palácio de Cristal 19-Casa da Música 20-M. Futebol Clube do Porto 21-Instituto dos Vinhos do Douro e do Porto 22-M. Romântico da Quinta da Macieirinha-M. Municipal 23-M. da Santa Casa da Misericórdia do Porto 24-Casa Museu Marta Ortigão Sampaio - M. Municipal 25-Casa do Infante - Arquivo Histórico 26-Teatro Nacional de São João 27-M. de História Natural da UP 28-Paço Episcopal 29-Coliseu do Porto

AV. 25 DE ABRIL

R. DO HEROÍSMO

R. D

O B

ON

FIM

R. DE PINTO BESSA

R. FORMOSA

AV

. DE

FE

RN

ÃO

DE

MA

GA

LH

ÃE

S

R. D

E S

AN

TO

S P

OU

SA

DA

R. D

E D

. JO

ÃO

I V

R. D

A A

LE

GR

I A

R. D

A A

LE

GR

IA

R. D

E S

AN

TA

CA

TA

RIN

A

R. D

E S

AN

TA

CA

TA

RIN

A

R. D

E S

Á D

A B

AN

DE

IRA

PRAÇA DAREPÚBLICA

R. D

O A

LM

AD

AR

. DO

AL

MA

DA

R. PASSOS MANUEL

R. 31 DE JANEIRO PR

A D

AL

IBE

RD

AD

E

R. DAS FLORES

PO

NT

E D

. L

UIS

PO

NT

E D

A A

RR

AB

IDA

R. GONÇALO CRISTÓVÃO

R. DA RESTAURAÇÃO

R. M

ON

SIN

H

O D

A SILVEIRA

R. N. SR. DE FÁTIMA

R. DA BOAVISTAR. DE ÁLVARES CABRAL

R.

DE

CE

DO

FE

ITA

R. D

A L

AP

A

R. DE MIGUEL BOBMARDA

R. DE D. MANUEL II

R. DO CAMPO ALEGRE

PRAÇA DEMOUSINHO DE ALBUQUERQUE

AV. DA BOAVISTA

R.

DE

LIO

DIN

IS

R. D

E D

. PE

DR

O V

R. DE V

ILA

R

RU

A D

O B

OM

JA

RD

IM

RU

A D

UQ

U E L O U L É

R. DO BREINER

R. DA TORRINHAR. DOS BRAGAS

R. DO CAMPO ALEGRE

VIA PANORÂMICA

R. ENTRE CAMPOS

R. G

UE

RR

A J

UN

QU

EIR

O

R.

AN

NIO

CA

RN

EIR

O

R.

DU

QU

E S

AL

DA

NH

A

PO

NT

E D

O I

NF

AN

TE

R. ALEXANDRE HERCULANO

AV. RODRIGUES DE FREITAS

RIO

DO

UR

O

VIA

DUTO DOS CAIS DAS PEDRAS

RUA NOVA A

LFÂ

NDEGA

1

228

3

4

5

6

8

9

10

11

12

13

14

15

16

720

17

18

19

21

22

23

24

25

26

27

29

parceiros

o r g a n i z a ç ã o a P o i o à d i v u l g a ç ã o

P a t r o C i n a d o r

Page 2: Programação ciclo Um Objeto e Seus Discursos por Semana - 2015

As Mãos e os Frutos de Eugénio de Andrade e Lopes-Graça

1 3 J u n h oBIBLIoteCa púBLICa MunICIpaL do porto

arnaldo Saraiva, ana maria Pinto,sílvio costaNo 10º aniversário da morte de Eugénio de Andrade, evoca-se o ciclo de canções As Mãos e os Frutos que inaugura a relação criativa do poeta com o compositor Fernando Lopes--Graça. O ensaísta Arnaldo Saraiva comenta a obra que consagrou a voz poética de Eugénio e a soprano Ana Maria Pinto fala-nos (quem sabe a cantar!) da sua composição musical.

Balão de S. João

2 0 J u n h oterraço - paços do ConCeLho

germano Silva, daniel PireS,nuno lemosManjerico, alho-porro e o balão são símbolos da festa sanjoanina, quando as ruas do Porto se enchem de gente até ao Sol nascer. Festa do solstício de verão que a Igreja cedo trocou por João Batista, um dos seus santos de eleição. Não se sabe desde quando sobem os balões ao céu, levados pelo ar quente, enchendo a noite de pontinhos de luz. A verdade é que não há São João sem a magia de um balão. Prová-lo--ão o historiador e um ativo agitador cultural.

Lavadouro e Balneários de S. Nicolau

2 7 J u n h o *unIão de FreguesIas do Centro hIstórICo do porto

Paulo ProvidênCia, CaPélio azevedo,antónio FonsecaContido na pendente que remata a Rua da Reboleira junto à Igreja de S. Francisco, existe um lavadouro e balneário público, projeto de Paulo Providência e Rosário Abreu (1993). Uma arquitetura social e contemporânea, suscita um debate em torno das práticas urbanas e do papel da arquitetura na reabilitação do tecido social, entre o seu arquiteto, um morador e o presidente da recente união de freguesias.

O Americano - Carro Atrelado Nº 8

4 J u l h oMuseu do Carro eLétrICo

CriStina Pimentel, riChard zimler,césar vasconcelos navio A pretexto de um “Americano” o Porto vive o 4 de julho no Museu do Carro Elétrico, em volta de um carro de tração animal, adquirido de forma pioneira em 1872 à firma Starbuck Car and Wa-gon Company of Birkenhead, o que representou uma verdadeira revolução nos transportes públi-cos do país. Com o Carro Atrelado nº 8 e duas inconfundíveis vozes das áreas da mobilidade e da literatura, viajamos até uma América inde-pendente e a um Porto sempre vanguardista.

It, Hit, Heat, de Laure Prouvost

1 1 J u l h opaços do ConCeLho

CéCile b. evanS, diogo evangeliSta,João laia

O humor corrosivo que caracteriza todo o vídeo surge com pequenas frases escritas e sussurradas que em conjunto com a rápida edição e som surround produzem uma sobrecarga sensorial. Pode um vídeo ser pensado como algo material que estimula o nosso corpo como um todo, ultrapassando os sentidos audiovisuais clássicos? E de que forma a evolução digital, normalmente relacionada com processos de desmateria-lização, interage com esta possibilidade? O curador de Hybridise or Disappear debate estas e outras questões a partir do vídeo de Prouvost (2010), com dois dos artistas que integram a exposição que inaugura a 8 de Julho nos Paços do Concelho.

For a New City - Maria Nordman

1 8 J u l h oparque de serraLVes

Paulo alveS, vaSCo araúJo, marta almeidaFor a New City, 2001 é uma obra da artista germano-americana Maria Nordman. Integrada na coleção do Museu, a obra está instalada num dos prados da Quinta de Serralves, para o qual foi concebida. O processo implicou um diálogo entre a artista, a instituição, habitantes da cidade, a história do local e as suas memórias. Que novos diálogos podem surgir da reunião de todos estes protagonistas com um conhecido artista plástico e um especialista em botânica, em torno das árvores Ginko Biloba, da fonte e da mesa em ardósia que compõem a obra?

Gnaisses da Foz do Douro

2 5 J u l h o *praIa da Luz - Foz

galoPim de Carvalho, maria do Carmo Serén, nuno ortigãoAs rochas da orla marítima do Porto terão emergido há cerca de 600 milhões de anos, por pressão do choque das placas continen-tais, segundo a teoria da deriva dos continen-tes. Uma etapa fundamental da história da Terra, um valioso património geológico e uma preciosa esplanada motivam uma conversa em frente ao mar da Senhora da Luz, entre um irreverente geólogo, uma teórica da Fotografia e o Presidente da junta da Foz do Douro.

Placa de homenagem a Agustina Bessa-Luís

5 S e t e m b r o *jardIns do paLáCIo de CrIstaL

móniCa baldaque, iSabel PonCe de leão, Zita seabraA Avenida das Tílias transformou-se na alameda dos escritores, primeiro com Vasco Graça Moura, a quem foi simbolicamente de-dicada uma tília e uma placa com um excerto de um dos seus poemas na Feira do Livro 2014. Este ano a homenageada será Agustina Bessa-Luís, referência maior da literatura portuguesa. Três convidadas particularmente ligadas à sua vida e obra juntam-se à home-nagem e falam-nos do percurso da escritora.

Pavilhão Rosa Mota

1 2 S e t e m b r o *jardIns do paLáCIo de CrIstaL

CarloS loureiro, roSa mota,nuno grande

Em 1951, envolto em polémica, o Palácio de Cristal dá lugar ao Pavilhão dos Desportos, uma grande calote esférica em betão aparente que se tornou numa obra de referência do modernismo em Portugal. Em 1991 foi rebatizado de Pavilhão Rosa Mota, homenagem da cidade à campeã olímpica do Porto, que marca presença na sessão, juntamente com o arquiteto do edifício e um investigador de cultura arquitetónica.

Pavão

1 9 S e t e m b r o *jardIns do paLáCIo de CrIstaL

valter hugo mãe, david roCha gonçalveS, marta silvaPássaro solar, os antigos viam no excesso de tons e no artifício da cauda aberta em leque, o símbolo da totalidade e da beleza. A Idade Média conotou-o com a soberba e a vaidade em tempos de fome e incerteza. Animais e fábulas, aves exóticas e novos habitats, jun-tam um escritor e um biólogo investigador de aves, no ambiente de festa da Feira do Livro.

As revoluções dos orbes celestes. Copérnico. 1543

2 6 S e t e m b r oBIBLI. púBLICa MunICIpaL do porto

henrique leitão, Paulo CardoSo,Júlio costaA Biblioteca Pública Municipal do Porto conserva duas raras edições quinhentistas do livro De Revolvtionibvs Orbium Coelestium, de Nicolau Copérnico, obra emblemática para a história das ciências que enunciou a teoria heliocêntrica e abriu caminho para a evolução da astronomia planetária. Uma obra

singular que serve de ponto de partida para uma conversa sobre a história científica dos astros e as constelações dos mapas astrais.

Sala VIP da Casa da Música

3 o u t u b r oCasa da MúsICa

Jorge Silva loPeS, Pedro bandeira, Paulo sarmento e cunHaA sala mais privada da Casa da Música, projeto do holandês Rem Koolhaas, chama atenção pelo exuberante revestimento azulejar, branco e azul, produzido por artistas portugueses e holandeses, no âmbito das CEC 2001. A partir das questões protocolares da sua sala VIP, o diretor geral conversa com um especialista em protocolo e um reputado arquiteto sobre os primeiros dez anos do projeto.

Taça dos Campeões Europeus (1987)

1 0 o u t u b r oMuseu FuteBoL CLuBe do porto

miguel guedeS, João Pinto,Pedro malaquiasTaça prateada, com 60 cm de altura e 8,5 kg de peso, lembra a mais bela valsa do Dragão, a 27 de Maio de 1987, em Viena, onde abraçou a imortalidade com a vitória (2-1) sobre o Bayern de Munique, na final da Taça dos Campeões Europeus. É a primeira de sete taças, que simbolizam outras tantas vitórias internacionais, recordada por um campeão e um fervoroso e esclarecido adepto.

Marco RD VP

1 7 o u t u b r oInstItuto dos VInhos do douro e do portoL

antónio barreto, marta brandão,manuel cabralFEITORIA 1758. Inscrição simples, impositiva, gravada em bloco granítico que outrora demarcava a Região criada por Marquês de Pombal para proteger o melhor vinho fino da história. Um vinho que tornou as encostas pedregosas do Douro no lugar de um feliz encontro e cujos marcos pombalinos suscitam uma conversa entre o presidente do IVP, o cientista social amante da região e a arquiteta co-vencedora do prémio Dona Antónia 2013.

O Porto, de Charles Napier Hemy, 1881

2 4 o u t u b r oMuseu roMântICo da quInta da MaCIeIrInha - Museu MunICIpaL

gaSPar martinS Pereira, JoSé Ferrão aFonSo, ana bárbara barrosJustapondo as imagens da Ribeira, a de hoje e a de Charles Napier Hemy, de 1881, só os barcos atraiçoam o tempo. Barcos que o pintor inglês registou com minúcia nesta pintura, encomenda dos Sandeman. Marcas de diferentes comunidades que espelham diversos valores e sensibilidades, aqui debatidos por um historiador e um membro da comunidade inglesa no Porto.

Fons Vitae

3 1 o u t u b r oM. da s. C. da MIserICórdIa do porto

rui ChaFeS, Jonathan Saldanha,antónio manuel loPes tavares Obra maior da Escola Flamenga (c. 1520) exposta na antiga Sala do Despacho da Santa Casa da Misericórdia do Porto, o Fons Vitae, tem como motivo central o Calvário, com a representação de Cristo e da Fonte da Vida. Arte pura do Renascimento em diálogo com a missão cultural da Misericórdia e a visão de dois artistas contemporâneos que pensam e trabalham o sagrado.

Pendente e par de brincos, séc. XVIII

7 n o v e m b r oCasa Museu Marta ortIgão saMpaIo - Museu MunICIpaL

ana FernandeS, antónio Pimentel,maria da luZ Paula marquesJóias do último quartel do século XVIII, num jogo de pedras semipreciosas: quartzos ametistas e crisoberilos, montados em ouro e prata. Testemunho do intenso comércio de pedras preciosas com o Brasil, refletem o gos-to de uma sociedade pelo luxo teatral e pela aparência exuberante, aliciantes para uma conversa entre uma artista de jóias e um di-retor de museu e especialista em arte antiga.

Livro de Despezas - D Manuel I – Caminhos de Santiago

1 4 n o v e m b r oCasa do InFante - arq. hIstórICo

CeleStino loreS roSal, FranCiSCo de CalheiroS e meneSeS, manuel araúJoCidade aberta ao mundo, o Porto tornou-se abrigo e ponto de passagem para Santiago, como regista o “Livro de Despezas com Festejos”, memória das taxas cobradas por ocasião da peregrinação de D. Manuel. Serão estas despesas e fé diferentes das que hoje levam os peregrinos até ao túmulo do após-tolo? Explicam-no o presidente da Fundação Caminhos de Santiago e o Conde de Calheiros.

Casaco de Afonso IV em A Castro

2 1 n o v e m b r oteatro naCIonaL de são joão

antónio lagarto, barbara Coutinho,nuno carinHas Da tragédia A Castro, de António Ferreira, para o palco do TNSJ, o manto criado por António Lagarto construiu o personagem de Afonso IV na peça de Ricardo Pais (2003). Design e drama em cena, com a presença da diretora do MUDE e do conhecido cenógrafo e figurinista.

Corno de Palanca-negra gigante e de Rinoceronte

2 8 n o v e m b r o *Museu de hIstórIa naturaL da up

Pedro vaz Pinto, antónio modeSto, nuno Ferrand de almeidaOs cornos dos grandes mamíferos fascinaram o homem desde tempos imemoriais. Os Gabinetes de Curiosidades Naturais e, depois, os Museus de História Natural, guardaram-nos como alguns dos seus objetos

mais icónicos. Os cornos de duas espécies emblemáticas, a Palanca-negra gigante, símbolo de Angola, e o Rinoceronte, trazem--nos histórias que cruzam arte e ciência.

Paço Episcopal

5 d e z e m b r o *paço epIsCopaL

vítor oliveira Jorge, manuel Joaquim moreira da roCha,d. antónio Francisco dos santosNo dia da elevação do Centro Histórico a Pa-trimónio Mundial, abrem-se as portas do mais monumental palácio do Porto, sumptuosa obra do barroco, edificada pelo bispo D. Frei João Rafael de Mendonça, no alto da Penaventosa. O Bispo do Porto recebe dois investigadores preocupados em compreender de que forma os homens se abrigaram, ao longo de milénios, sob os “telhados” de arquiteturas religiosas.

Coliseu do Porto

1 2 d e z e m b r oCoLIseu do porto

edgar Pêra, Pedro abrunhoSa,eduardo PaZ barrosoA ressonância dos espetáculos que fluíram no palco ao longo dos anos, a monumentalidade modernista, a forma plural como o Coliseu identifica a cidade que habita e reclama, fazem dele um objeto simultaneamente eu-fórico e nostálgico. Um mito contemporâneo. A encerrar este ciclo, o dono da casa e dois dos seus mais fiéis atores falam deste objeto, por dentro e por fora, em voz mas também através de imagem com a exibição do exube-rante A Cidade de Cassiano, de Edgar Pêra.

*entrada livreb i l h e t e S :1€ - adquiridos no local de cada sessão