programa teoria antropolgica 3 am 098 cincias sociais

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Teoria antropológica

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  • UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO CENTRO DE FILOSOFIA E CINCIAS HUMANAS

    DEPARTAMENTO DE ANTROPOLOGIA E MUSEOLOGIA

    SEMESTRE 02/2012

    3, 14h00-15h50 / 5, 16h00-17h50

    TEORIA ANTROPOLGICA 3 (AM 098) (Curso de Cincias Sociais / Bacharelado)

    Peter Schrder

    Ementa

    Antropologia ps-moderna e contempornea: questes tericas e metodolgicas. Antropo-logia interpretativa, crise da representao, escrita feminista, estudos culturais, debate ps-colonial e outros temas relevantes.

    Objetivos

    1. Introduo ao pensamento antropolgico contemporneo, a partir da dcada de 1970, at as abordagens atuais.

    2. Construir, por leituras regulares e debates em sala de aula, as bases de conhecimentos para entender as rupturas e as continuidades com relao s teorias clssicas na Antropologia.

    3. Oferecer uma orientao inicial no campo heterogneo das teorias antropolgicas na atualidade.

    Metas didticas

    1. No final do semestre, ter os conhecimentos bsicos para conseguir falar sobre as prin-cipais vertentes tericas da Antropologia contempornea apresentadas e debatidas em sala de aula.

    2. Adquirir os conhecimentos para poder relacionar com cada vertente terica apresentada pelo menos um autor representativo, aspectos epistemolgicos caractersticos da abor-dagem terica, tanto quanto estilos de pesquisar e escrever.

    3. Ter os conhecimentos para poder identificar as rupturas e continuidades na Antropo-logia contempornea com relao clssica.

    A verificao das metas didticas ser realizada de forma contnua, tanto por questes colo-cadas em sala de aula quanto pelo sistema de avaliao em etapas.

  • 2

    Contedo programtico1

    I. Introduo (objetivos, programa, publicaes importantes).

    II. Antropologia interpretativa e hermenutica.

    III. Antropologia feminista e escritas feministas.

    IV. Agncia, habitus, prtica, prxis e, de novo, estruturas.

    V. Antropologia ps-moderna.

    VI. Ps-colonialismo na Antropologia.

    VII. Estudos culturais e Antropologia.

    VIII. Cultura e sociedade, outra vez.

    IX. Natureza e cultura, ainda.

    X. Transculturalismo, dispora, hibridismos, desterritorializaes.

    XI. Balano.

    Bibliografia

    (a) Obras gerais

    CARDOSO DE OLIVEIRA, Roberto. 2000. O trabalho do antroplogo. 2 edio. Braslia: Paralelo 15; So Paulo: Editora UNESP.

    ERIKSEN, Thomas Hylland & NIELSEN, Finn Sivert. 2007. Histria da Antropologia. Petrpolis: Vozes.

    KUPER, Adam. 2002. Cultura: a viso dos antroplogos. Bauru: Edusc.

    LAYTON, Robert. 1997. Introduo teoria em Antropologia. (Perspectivas do Homem, 53)

    Lisboa: Edies 70.

    (b) Textos especficos

    AUG, Marc. 1994. No-lugares: introduo a uma antropologia da supermodernidade.

    Campinas: Papirus.

    BARTH, Fredrik. 2000. O guru, o iniciador e outras variaes antropolgicas. (Tomke LASK, org.) (Typographos, 2) Rio de Janeiro: Contra Capa.

    CLIFFORD, James. 2011. A experincia etnogrfica: antropologia e literatura no sculo XX.

    4 edio. Rio de Janeiro: Editora da UFRJ.

    FELDMAN-BIANCO, Bela & RIBEIRO, Gustavo Lins. 2003. Antropologia e poder: contribui-es de Eric R. Wolf. (Coleo Antropologia) Braslia: Edunb; So Paulo: Editora Uni-camp.

    GEERTZ, Clifford. 1989. A interpretao das culturas. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan.

    HALL, Stuart. 1998. Identidade cultural na ps-modernidade. Rio de Janeiro: DP&A.

    1 As partes sobre as vertentes e os paradigmas tericos sero intercalados por panoramas hist-

    ricos relativos Antropologia.

  • 3

    __________. 2003. Da dispora: identidades e mediaes culturais. (Liv SOVIK, org.) Belo

    Horizonte: Editora UFMG; Braslia: Representao da UNESCO no Brasil.

    HANNERZ, Ulf. 1997. Fluxos, fronteiras, hbridos: palavras-chave da Antropologia transnacional. Mana, 3(1): 7-39. (www.scielo.br/pdf/mana/v3n1/2454.pdf)

    HARAWAY, Donna. 1995. Saberes localizados: a questo da cincia para o feminismo e o privilgio da perspectiva parcial. Cadernos PAGU, 5: 7-41. (www.ifch.unicamp.br/pagu/sites/www.ifch.unicamp.br.pagu/files/pagu05.02.pdf)

    INGOLD, Tim. 2007. Introduo a O que um animal? Antropoltica, 22: 129-150. (www.uff.br/antropolitica/revistasantropoliticas/revista_antropolitica_22.pdf)

    ORTNER, Sherry B. 1979. Est a mulher para o homem assim como a natureza para a cultura? In ROSALDO, Michelle Zimbalist & LAMPHERE, Louise (org.). 1979. A mulher, a cultura e a sociedade, 95-120. (Coleo O Mundo, hoje, 31) Rio de Janeiro: Paz e Terra.

    __________. 2007. Uma atualizao da teoria da prtica. In GROSSI, Miriam Pillar; ECKERT, Cornelia; FRY, Peter Henry (orgs.): Conferncias e dilogos: saberes e prticas antropolgicas. 25 Reunio Brasileira de Antropologia Goinia 2006, pp. 19-44. Blumenau: Nova Letra.

    __________. 2011. Teoria na Antropologia desde os anos 60. Mana, 17(2): 419-466. (www.scielo.br/pdf/mana/v17n2/a07v17n2.pdf)

    PEIRANO, Mariza G.S. 1992. A favor da etnografia. (Srie Antropologia, 130) Braslia: DAN/UnB. (www.dan.unb.br/images/doc/Serie130empdf.pdf)

    RABINOW, Paul. 1999. Antropologia da razo: ensaios de Paul Rabinow. Rio de Janeiro: Relume Dumar.

    RAMOS, Alcida Rita. 2012. Indigenismo: um orientalismo americano. Anurio Antropolgico, 2011-I: 27-48. (www.dan.unb.br/images/pdf/anuario_antropologico/Separatas%202011_I/Indigenismo,%20um%20orientalismo%20Americano.pdf)

    RIBEIRO, Gustavo Lins. 2006. Antropologias mundiais: para um novo cenrio global na antropologia. Revista Brasileira de Cincias Sociais, v. 21, n. 60: 147-165.

    (www.scielo.br/pdf/rbcsoc/v21n60/29766.pdf)

    ROSALDO, Michelle Zimbalist. 1979. A mulher, a cultura e a sociedade: uma reviso terica. In __________ & LAMPHERE, Louise (org.). 1979. A mulher, a cultura e a sociedade, 33-64. (Coleo O Mundo, hoje, 31) Rio de Janeiro: Paz e Terra.

    __________. 1995. O uso e abuso da antropologia: reflexes sobre o feminismo e o entendimento intercultural. Horizontes Antropolgicos, 1: 11-36. (www.miriamgrossi.cfh.prof.ufsc.br/pdf/rosaldo.pdf)

    ROSALDO, Michelle Zimbalist & LAMPHERE, Louise (org.). 1979. A mulher, a cultura e a sociedade. (Coleo O Mundo, hoje, 31) Rio de Janeiro: Paz e Terra.

    SAID, Edward W. 2010 [2007]. Orientalismo: o Oriente como inveno do Ocidente. 2 reimpresso. So Paulo: Companhia das Letras.

    SILVA, Tomaz Tadeu da (org.). 2004. O que , afinal, estudos culturais? So Paulo:

    Autntica.

    VIVEIROS DE CASTRO, Eduardo. 1996. Os pronomes cosmolgicos e o perspectivismo amerndio. Mana, 2(2): 115-144. (www.scielo.br/pdf/mana/v2n2/v2n2a05.pdf)

    WACQUANT, Loc. 2000. Putas, escravos e garanhes: linguagens de explorao e acomo-dao entre boxeadores profissionais. Mana, 6(2):127-146. (www.scielo.br/pdf/mana/v6n2/3300.pdf)

  • 4

    Organizao das aulas

    Esta uma disciplina de teoria ou, em outras palavras, ela exige muita leitura

    para acompanhar os contedos. Interesse e disciplina de leitura so pressupostos, a

    participao ativa em todas as partes das aulas, desejvel e bem-vinda. No reco-

    mendvel inscrever-se na disciplina se no houver disposio para leituras todas as

    semanas.

    Os textos encontram-se numa pasta com o nome da disciplina na Copiadora

    Universitria, em frente do CFCH. No entanto, para reduzir o consumo de papel tam-

    bm sero disponibilizadas verses digitalizadas de todos os textos.

    Avaliao No haver provas, mas a possibilidade de alcanar a nota mxima por dois

    tipos de atividades que permitem acumular pontos (27, no mximo, explicado na pr-

    xima pgina):

    Escrever de quatro a oito pginas durante o semestre inteiro;

    Compartilhar a moderao de um debate em sala de aula.

    Como funciona isso?

    Para todas as aulas h leituras programadas. Para ter uma garantia mnima

    sobre a absoro dos contedos, ser solicitado, durante o semestre, para

    oito textos o seguinte: escrever qual a questo principal discutida no texto e

    o que voc aprendeu com o texto. Este tipo de resenha menor tem a funo

    didtica de produzir um tipo de ficha para determinados textos. Durante o

    semestre sero apresentadas oito vertentes tericas, de modo que haver

    uma resenha por vertente. Porm, sempre haver a escolha entre pelo menos

    dois textos, o que facilitar a tarefa. Tamanho: at uma pgina inteira, mas

    no mais, embora meia pgina possa ser suficiente. Entrega: na semana

    depois da solicitao (improrrogvel). Desta maneira possvel ganhar at

    trs pontos por resenha.

    Assumir junto com o professor responsvel o debate de um dos textos. Isto

    no seminrio, mas o desafio de elaborar uma lista de questes (basta

    uma folha) sobre o texto para debat-lo junto com os colegas em sala de

    aula. O pressuposto que todos tenham lido o texto e apenas precisem de

    uma pequena fala introdutria para estimular o debate. Ao mesmo tempo, d

    uma boa sensao de como a absoro de contedos de disciplinas depende

    da cooperao da turma, por mudar temporariamente para o outro lado.

    Finalidade didtica: aprender falar em pblico sem ser monolgico. Pode ser

    em dupla ou trio. At trs pontos.

  • 5

    Importante: optar o mais rpido possvel por um texto (na segunda aula).

    Para elaborar as pequenas resenhas ajuda pensar em algumas perguntas do

    tipo:

    Quais foram os objetivos (explcitos) do/a autor/a ao escrever o texto?

    Quais so as principais referncias tericas do/a autor/a?

    Como ele/a contextualiza a prpria posio terica, com relao a que tradi-

    es ou autores?

    O/a autor/a apresenta problematizaes metodolgicas? Por exemplo, sobre

    a pesquisa de campo ou sobre certas ferramentas analticas?

    Qual a linguagem do texto?

    No esquecer: sempre fazer a devida referncia bibliogrfica no incio da

    resenha. Voc pode usar o formato ABNT, consultando, por exemplo, as instrues

    aos autores do Boletim do Museu Paraense Emlio Goeldi

    (www.scielo.br/revistas/bgoeldi/pinstruc.htm). Ou voc usa o padro da Revista

    ANTHROPOLGICAS, explicado nas diretrizes para autores do peridico

    (www.ufpe.br/revistaanthropologicas/index.php/revista/about/submissions#authorGui

    delines). Isto um pequeno exerccio em disciplina cientfica.

    Cada atividade pode render at trs pontos. Trs pontos significam: bom ou

    muito bom; dois: no ruim, fez o mnimo solicitado, mas podia ser melhor; um

    ponto: precisa melhorar.

    Alm disso, possvel ganhar um ponto extra por participao ativa em sala

    de aula. Dependendo da mdia final, este ponto pode ser importante.

    Resenhas excelentes ganham um + ( 3+). Mais de uma resenha excelente

    pode ser importante para arredondar um 8,9 para 9,0, por exemplo.

    No final do semestre, os pontos acumulados sero divididos por 2,7 para

    transform-los em notas: 27 2,7 = 10,0; 26 2,7 = 9,63; etc. O SIG@ aceita

    apenas notas.

  • 6

    Calendrio da disciplina DIA TEMA / TEXTO PARTE

    04/12

    Introduo (objetivos, programa, publicaes importantes) Texto inicial: Roberto Cardoso de Oliveira (2000), cap. 3: A Antropologia e a crise dos modelos explicativos

    I

    06/12 Retomando os contedos de Teoria Antropolgica 2 Panorama: Eriksen & Nielsen (2007), cap. 6: O poder dos smbolos

    11/12 Geertz (1989), cap. 1: Uma descrio densa: por uma teoria interpretativa da cultura

    II 13/12 Geertz (1989), cap. 9: Um jogo absorvente: notas sobre a briga de galos balinesa

    18/12 Kuper (2002), cap. 3: Clifford Geertz: cultura como religio e como grande pera

    20/12 Ortner (1979) III

    2013

    15/01 Rosaldo (1995) III

    17/01 Haraway (1995)

    22/01 Ortner (2011) IV 24/01 Ortner (2007)

    29/01 Wacquant (2000)

    31/01 Panorama: Eriksen & Nielsen (2007), cap. 7: Questionando a autoridade --- 05/02 Clifford (2011): Sobre a autoridade etnogrfica

    V

    07/02 Clifford (2011): Poder e dilogo na etnografia: a iniciao de Marcel Griaule

    14/02 Rabinow (1999), cap. 4: Representaes so fatos sociais: modernidade e ps-modernidade na antropologia

    19/02 Said (2010): Introduo VI

    21/02 Ramos (2012)

    26/02 Silva (2004): captulo ainda a definir VII

    28/02 Hall (2003): Estudos culturais: dois paradigmas 01/03 Panorama: Eriksen & Nielsen (2007), cap. 8: O fim do Modernismo? ---

    05/03 Wolf (in Feldman-Bianco & Ribeiro 2003): Cultura: panaceia ou problema?

    VIII

    07/03 Barth (2000): Por um maior naturalismo na conceptualizao das sociedades

    12/03 Ingold (2007) IX

    14/03 Viveiros de Castro (1996)

    19/03 Hall (1998)

    X 21/03 Hannerz (1997)

    26/03 Aug (1994): O prximo e o distante 28/03 Ribeiro (2006)

    02/04 Panorama final: Eriksen & Nielsen (2007), cap. 9: Reconstrues XI

    04/04 Fechando: Peirano (1992) + balano

    09/04

    Datas reservadas para eventuais reposies

    --- 11/04

    16/04

    18/04

    23/04

    25/04 ltimo dia de aulas 2012.2 ---

    26/04 Perodo de avaliaes finais ---

    29/04