programa prÁticas e ideias que transformam · 2 É a busca das melhores práticas de mercado que...

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Pública PROGRAMA PRÁTICAS E IDEIAS QUE TRANSFORMAM

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ProgramaPrÁTICaS E IDEIaS QUE TraNSFormam

Na Fundação São Francisco Xavier não é diferente. A cada dia encon-tramos colaboradores que lidam com processos que necessitam de aper-feiçoamento, determinados a fazer a diferença, em um ambiente propício à disseminação e aplicação de ideias eficazes para os processos organi-zacionais. O programa Práticas que Transformam ilustra bem essa iniciati-va. Sua essência está na valorização da criatividade e inventividade dos colaboradores que lidam diretamente com processos, que promovem ações com resultados comprovados e que trazem melhorias para a instituição.

e Segurança”, “Educação” e “Admi-nistrativa”. E, ao final de cada ano, a premiação para as práticas reco-nhecidas pelos melhores resulta-dos. Neste caderno você conhecerá algumas dessas iniciativas e os be-nefícios gerados aos colaboradores, clientes e à instituição. Nosso de-sejo é que o programa Práticas que Transformam continue sendo fonte para se compartilhar oportunidades grandiosas – dentro e fora da Funda-ção São Francisco Xavier –, fazendo do conhecimento uma ferramenta institucional permanente. Mais do que boas soluções, aqui está uma amostra de ideias inovadoras aplicá-veis, capazes de continuar a inspirar outras e outras práticas que trans-formam nossa realidade.

Um forte abraço,

Luís márcio araújo ramosDiretor-Executivo da FSFX e Usisaúde

Uma boa ideia pode nos ocorrer em um instante inusitado, num momento cotidiano ou inesperado, mas quase nunca ao acaso. o acaso é fruto da sorte, do acontecimento incerto para quem não faz acontecer. Diferente daquele clique, daquela luz que parece acender de repente em nossa mente. Essa luz, chamada inspiração, surge da vontade, da curiosidade, do olhar apurado para observar o cotidiano de forma peculiar e ainda criar novas possibilidades.

APRESENTAÇÃO

O objetivo é estimular a produtivida-de e disseminar conhecimentos em equipe, sempre apostando nas com-petências e habilidades individuais dos colaboradores. Por meio desse trabalho, é possível demonstrar que nem sempre o aprimoramento das atividades depende de altos inves-timentos e que a simplicidade pode ser a chave de grandes resultados. Em três anos de programa, as ações inscritas foram avaliadas por seg-mentos e em momentos distintos. A cada trimestre foram escolhidos os destaques nas categorias “Saúde

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FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM

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ÍNDICE8 HISTÓRICO DE BONS RESULTADOS

14 PRÁTICAS DA SAÚDE E SEGURANÇA16 FISGA CAIXA20 CARRINHO MULTIUSO NO CTRS23 PALESTRAS DE ORIENTAÇÃO SOBRE OS CUIDADOS E PREVENÇÕES NO TRATAMENTO DO CÂNCER26 DILUIDOR DE ÁCIDO PERACÉTICO28 USO DO MEDICAMENTO SILDENAFIL NO TRATAMENTO DA HIPERTENSÃO PULMONAR PERSISTENTE DO RECÉM-NASCIDO (HPPRN)32 INDICADORES DE PROCESSOS: BUNDLES35 MANEJO PRECOCE DO PACIENTE EM UTI38 GERENCIAMENTO DE RISCOS ASSISTENCIAIS E TRATAMENTO PRECOCE DA SEPSE GRAVE EM ADULTO40 SIMULADO PRÉ-PLANO DE RESPOSTA A EMERGÊNCIA

42 PRÁTICAS ADMINISTRATIVAS44 ADAPTAÇÃO DE AMBULÂNCIA TIPO A (SUPORTE BÁSICO) PARA TIPO D (SUPORTE AVANÇADO)46 RETROFIT E AUTOMAÇÃO DAS LAVADORAS DO HOSPITAL MÁRCIO CUNHA49 MELHORIA DA EFICIÊNCIA COM GANHOS DE PRODUTIVIDADE DAS SECADORAS DE ROUPAS52 IMPERMEABILIZAÇÃO DE PISOS DOS APARTAMENTOS DA UNIDADE II DO HMC56 IMPLEMENTAÇÃO DE NOVA METODOLOGIA ORÇAMENTÁRIA61 QUEBRA DE PARADIGMAS NA CONTRATAÇÃO DE SERVIÇOS DA FSFX66 REDUÇÃO DE CUSTOS APÓS ANÁLISE DO CONTRATO PARA COLETA, TRANSPORTE E DESTINAÇÃO FINAL DE RESÍDUOS DO GRUPO D66 MENSURAÇÃO DE RESULTADOS DE CAMPANHA78 AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO DO CORPO CLÍNICO DO HMC82 SOROTECA INFORMATIZADA

86 PRÁTICAS DA EDUCAÇÃO88 PROJETO CUIDAR92 SARAU LITERÁRIO96 PROJETO GAIA100 ENEM 1500106 DIVERCREIO

114 SATISFAÇÃO DO CLIENTE116 CONFIRMAÇÃO DE ATENDIMENTO ATRAVÉS DE SMS120 ENVIO POR EMAIL DO PREPARO E COMPROVANTE DE AGENDAMENTO DE EXAMES PARA O CLIENTE

122 IDEIAS QUE TRANSFORMAM

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FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM

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FLUXO DE AVALIAÇÃO E PREMIAÇÃO

FOCO DO PROGRAMA

As práticas são focadas em mudan-ças que geraram resultados na es-trutura da organização, nos proces-sos ou para os clientes.

Estrutura organizacional: Práticas re-lacionadas à melhoria do ambiente organizacional por meio da interven-ção e modificação na organização do trabalho e do próprio ambiente, con-forto, segurança, saúde ocupacional e bem-estar, trazendo consigo, como efeito secundário, a melhoria da se-gurança, a diminuição do retrabalho e a otimização de custos.

Processos principais: Práticas relaciona-das à melhoria das operações. Dizem respeito à otimização e melhoria do trabalho, com o desenvolvimento e incorporação de novas e melhores “formas de fazer”, visando a resolu-ção de lacunas (problemas), a oti-mização de custos e a ampliação da

O programa Práticas que Transfor-mam foi criado em 2010, e já acu-mula resultados suficientes para de-monstrar que sua implantação tem valido a pena. Nesse período, foram inscritas 106 práticas, que seguem aplicadas e em pleno desenvolvimen-to por diversos colaboradores no dia a dia da instituição.

Práticas são ações simples, criativas, inovadoras e com resultados com-provados. São criadas e executadas por nossos colaboradores, estagiá-rios, profissionais pró-labore e equi-pes de trabalho, com o objetivo de melhorar continuamente os proces-sos, fortalecer os resultados e gerar aprendizado coletivo.

E todo esse esforço é reconhecido. A cada período1, os autores dos traba-lhos finalistas de cada uma das três categorias - administrativa, saúde e segurança, e educação - são home-

nageados com troféus e medalhas e, ao final de cada ano, a melhor prática entre as finalistas recebe premiação em dinheiro. Mais que uma recompensa, o prêmio valoriza a inovação e o trabalho em equipe aplicados em uma solução, que poderá ser incorporada por outros setores, outras unidades de negócio da FSFX e até mesmo outras instituições públicas ou privadas.

OBJETIVOS DO PRÁTICAS

• Motivar o benchmarking interno e externo, a fim de estimular a adaptação de novos conceitos à realidade e à cultura das unidades.• Contribuir com o desempenho das equipes e otimizar o uso de recursos institucionais e públicos. • Reconhecer seus colaboradores, inclusive estagiários, pró-labore e equipes de trabalho.• Estimular a melhoria contínua de seus processos.• Promover o aprendizado organizacional.• Fortalecer resultados.

1 O ciclo do programa é anual, com pré-seleções períodicas (trimestrais ou semestrais, variando com as regras do regulamento) que concorrem ao reconhecimento final. Exclusivamente em 2010, por ter iniciado o programa em agosto, apenas uma prática foi reconhecida.

2 É a busca das melhores práticas de mercado que conduzem ao desempenho superior. É visto como um processo positivo e proativo por meio do qual uma empresa examina como outra realiza uma função específica, a fim de melhor realizar a mesma função ou outra semelhante. A esse processo de comparação de desempenho dá-se o nome de benchmarking.

HISTÓRICO DE BONS RESULTADOS

as práticas são focadas em mudanças que geraram resultados na estrutura da organização, nos processos ou para os clientes.

Aberto a inscrições de todos os co-laboradores, inclusive estagiários, profissionais pró-labore ou equipes de trabalho, e sem limite de práti-cas com resultados comprovados enviadas por participante, de 2010 a 2012 o programa reconheceu e pre-miou práticas que geraram resulta-dos em três diferentes áreas:

• Práticas da Saúde e Segurança, abran-gendo ações com foco na assistência ao paciente ou ao colaborador, seja na área Hospitalar, Saúde Suplemen-tar, Odontológica ou Ocupacional.

• Práticas da Educação, compreendendo ações voltadas para os processos do ensino regular ou de educação cor-porativa.

• Práticas Administrativas, incluindo ações relacionadas à organização e otimização das rotinas de trabalho.

produtividade, sem, contudo, perder em qualidade nos serviços realiza-dos/prestados.

Clientes: Práticas que trazem consi-go um conjunto de resultados que se traduz no maior bem-estar dos clientes da FSFX e Usisaúde. Dizem respeito à humanização do trata-mento, qualidade de vida e satisfa-ção nas relações entre a instituição e seus clientes.

Tatiane Weitzel Gomes Serafim Professora de Educação Infantil e Ensino Fund. I - Colégio São Francisco Xavier - Kátia Regina Campos Venâncio Auxiliar Administrativa - Usisaúde - Thamila Drumond de Alvarenga Lima - Cirurgiã-dentista - Centro de Odontologia Integrada - Rodrigo Antônio Francisco Martins - Técnico de Segurança do Trabalho - Superintendência de Segurança do Trabalho, Saúde Ocupacional e Meio Ambiente

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FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM

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CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO (GUTIB)

O programa Práticas que Transfor-mam conta com um Comitê Interno, formado por colaboradores da FSFX e Usisaúde indicados pela Direto-ria Executiva, e um Comitê Externo, composto por profissionais externos convidados. São eles os responsáveis por avaliar todas as práticas inscri-tas, seguindo critérios baseados na Gravidade, Urgência, Tendência, Im-pacto e Benchmarking (GUTIB).

gravidade: A prática é avaliada pela gravidade do impacto na segurança dos processos (técnicos ou adminis-trativos), na imagem institucional, no cumprimento da legislação e dos compromissos estratégicos firmados pela FSFX e Usisaúde. As notas va-riam de 1 a 3, em que a gravidade em 1 é Baixa, em 2 é Grave e em 3 é Muito Grave.

Urgência: A prática é avaliada em re-lação ao grau de urgência com que precisam ser enfrentadas as situa-ções. As notas variam de 1 a 3, em que a urgência em 1 é Pouca, em 2 é Urgente e em 3 é Muito Urgente.

Tendência: A prática é avaliada em relação à tendência de crescimento das situações. As notas variam de 1 a 3, em que a tendência em 1 é Baixa, em 2 é Média e em 3 é Alta.

Impacto: A prática é avaliada quanto

ao seu impacto positivo e à exten-são desse impacto na imagem insti-tucional, na qualidade do serviço, na humanização do atendimento, na ra-cionalização de recursos, no cumpri-mento dos compromissos firmados, entre outros. As notas variam de 1 a 3, em que o impacto em 1 é Baixo, em 2 é Médio e em 3 é Alto.

Benchmarking: Avalia a prática quan-to à facilidade com que ela pode ser replicada e quanto à sua aplicabili-dade em outras unidades. As notas variam de 1 a 5, em que 1 é Baixo, 3 é Médio e 5 é Alto.

Ao final, as notas atribuídas ao GUTIB são somadas e as práticas são clas-sificadas, conforme abaixo:

1a ETAPAAvaliação pelo Comitê Externo (Pré-Seleção)

2a ETAPADefinição do finalista do período avaliado pelo Comitê Interno

• Avaliação de todas as práticas inscritas seguindo os critérios do GUTIB(1) e análise do conteúdo registrado no formulário de inscrição, por um Comitê Externo(2), composto por 3 profissionais.

• Discrepâncias significativas(3) entre as pontuações atribuídas à mesma prática pelos avaliadores e participantes tem o veredicto final pelo Comitê Interno(4).

3a ETAPADefinição do ganhador do ano pelo Comitê Interno

(1) Ver significado da sigla na página 11.(2) O Comitê Externo é formado por convidados, preferencialmente profissionais do segmento de instituições regionais.(3) Neste programa, entende-se como discrepância significativa o desvio padrão maior ou igual a 3.(4) O Comitê Interno será formado por colaboradores da FSFX e Usisaúde indicados pela Diretoria Executiva.(5) As Oficinas de Líderes são encontros gerenciais, trimestrais, com foco no acompanhamento dos resultados, na integração das Unidades de Negócio e no aprendizado organizacional.

• A coordenação do programa calcula a pontuação total do GUTIB (do inscrito e dos integrantes do Comitê Externo).

• A coordenação encaminha ao Comitê Interno as 3 práticas melhor(es) de cada segmento para definição do finalista do período avaliado.

• Os finalistas apresentam suas práticas durante a Oficina de Líderes(5).

• O Comitê Interno analisa as práticas finalistas dos períodos de avaliação, por segmento, e define o ganhador do ano. Este ganhador receberá em definitivo o troféu do Ciclo e a premiação.

os comitês são responsáveis por avaliar todas as práticas inscritas, seguindo critérios baseados na gravidade, Urgência, Tendência, Impacto e Benchmarking (gUTIB).

PONTUAÇÃO (SOMATÓRIO) CLASSIFICAÇÃO

Maior ou igual a 48 A - Melhores Práticas

Menor ou igual a 47 B - Boas Práticas

Ideias, dúvidas e reclamações C - Desclassificadas

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COMITÊ EXTERNO - INTEGRANTES

Antônio Lourenço

Engenheiro Civil pela UFMG, MBA em Marketing pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), Mestre em Administração pela FUMEC. Trabalhou na Vale na área de Planejamento de Mina; foi con-sultor e instrutor na Funda-ção Christiano Ottoni (FCO) e Fundação de Desenvolvimento Gerencial (FDG – atual INDG). Conduz a Tecsystem: gestão empresarial - especializada em assessorar grandes grupos empresariais em Estratégia, Cenários de Negócios, Balanced Scorecard e projetos especiais para otimização de resultados.

Lêudson Lopes da Silveira

Tem em sua formação acadêmica o curso MBA Executivo em Gestão Em-presarial pela Fundação Getulio Var-gas, Especialista em Gestão Estraté-gica de Pessoas pela Fundação João Pinheiro e Licenciatura em Letras. Atuou na área de Recursos Huma-nos da Usiminas por 34 anos, como instrutor na formação de menores aprendizes, instrutor de treinamen-to comportamental, Analista de pla-nejamento de Recursos Humanos e Planejamento de Desenvolvimento de Pessoal. Atualmente atua como Coordenador Administrativo da Con-veniada da Fundação Getulio Vargas para Ipatinga e região desde junho de 2009.

Eduardo Ramos Ferraz

Farmacêutico-bioquímico, con-sultor Anvisa na RDC 302:2005, auditor da Det Norske Veritas (DNV) ISO, ONA e NIAHO e es-pecialista em Gestão de Riscos.

Márcia Rodrigues Moreira

Licenciada em História e Geo-grafia. Pós-graduada em Histó-ria do Brasil, Pedagogia Empre-sarial, Tecnologia da Educação e Didática do Ensino Superior. Na Rede Pitágoras, acumula funções de coordenadora do curso de Pedagogia, campus Ipatinga, instrutora das equi-pes de Lideranças e palestran-te. Assessora pedagógica do Colégio Notre Dame de Lourdes – Cuiabá/Mato Grosso. Profes-sora universitária. É também palestrante do Sesi Nacional e da Coach Brasil.

Maria do Carmo Paixão Rausch

Médica pela UFMG, especialista em Pediatria e Epidemiologia. Conduziu a implantação da Programação Pac-tuada e Integrada Assistencial de 2003 a 2006 e coordenou a Central de Regulação Assistencial de Leitos de Minas Gerais de 2005 a 2011. Atualmente, é membro e diretora do Grupo Brasileiro de Acolhimento com Classificação de Risco.

Célia Naves

Graduada em Administração pela UFLA. Pós-graduada em Gestão e Tec-nologia da Qualidade pelo CEFET-MG. Atualmente atua como auditora líder das normas ISO 9001 e ONA na DNV e como instrutora do curso de For-mação de Avaliadores ONA. Também presta consultoria para implantação de sistemas de gestão da qualida-de baseados nas normas ISO, ONA e Boas Práticas de Fabricação. É pro-fessora de cursos de pós-graduação de disciplinas da área da Qualidade.

Márcio Wagner V. de Souza

Engenheiro. Atua na Garantia da Qualidade da Usiminas.

Julio César Alvin

Engenheiro, professor, especialis-ta em gestão, auditor da qualidade pela ABCQ e ASQ. Diretor acadêmico da UNIPAC, Consultor da META CON-SULTORIA S/C e conferencista. Parti-cipou da realização de mais de 30 auditorias em sistemas de gestão da qualidade, coordenou o MBA nas áre-as de educação e saúde e o núcleo de Pós-graduação da UNIPAC, atuou como assessor de desenvolvimento da Fundação São Francisco Xavier e participou da implementação de Sis-temas de Gestão da Qualidade nas áreas de saúde e educação.

Raquel Hatem

Enfermeira chefe do Serviço de Diálise do Hospital Felício Rocho, de Belo Horizonte, e auditora externa pela DNV no processo de Acreditação Hospitalar.

Anatércia Muniz M. Hoffmann

Graduada em Enfermagem e Obs-tetrícia pela UFMG. Especialista em Gestão e Tecnologia da Qualidade pelo CEFETE-MG e em Epidemiologia e Controle de Infecção Hospitalar pela PUC/MG. Mestre em Enfermagem pela Escola de Enfermagem da UFMG (Epidemiologia do uso do cateter ve-noso central em unidade de terapia intensiva neonatal). Doutorado em Ciências da Saúde, Infectologia e Me-dicina Tropical pela Faculdade de Me-dicina da UFMG (Linha de pesquisa: “Controle Epidemiológico e Gestão de Qualidade Hospitalar”). Auditora da Det Norske Veritas (DNV) ISO 9000 e ONA.

Marcus Vinícius Cotrim Árabe

Engenheiro Metalúrgico e Mestre em Metalurgia Física pela UFMG. Enge-nheiro de Qualidade (CQE) certifica-do pela American Society for Quality (ASQ) desde 1988. Atua com asses-soria/aconselhamento a empresas em prêmios de Qualidade (nacional, mineiro e regional) e como avaliador no prêmio ABRADEE/ETHOS – Res-ponsabilidade Social em 2009-2010. Trabalhou como Especialista Técnico na Acesita/ArcelorMittal Inox Brasil (1985-2008), tendo como principais realizações: coordenação do Sistema de Gestão da Qualidade e Projetos de Melhoria Contínua, além de pro-gramas (implantação de políticas, redução de custos, TPM, TCO, bench-marking e outros); liderança da Equi-pe de BW - Coordenação de Gestão da Informação na implementação de 3 / SAP-R; liderança de planejamento estratégico e investimentos indus-triais; coordenação do Controle Esta-tístico de Processo e Certificação ISO, além de pesquisa operacional.

Silvio Custódio de Souza Júnior

Psicólogo Organizacional e do Trabalho, formado pela UFMG. Pós-graduado em Gestão Es-tratégica de Pessoas e espe-cialista em Didática do Ensino Superior. Coaching, membro fundador da ICF (International Coach Federation) capítulo São Paulo. Professor universitário. Consultor do Sebrae-MG. Sócio e consultor da Coach – gestão de talentos, com mais de 10 anos de experiência em con-sultorias e treinamentos nas áreas de Gestão de Pessoas e Gestão da Qualidade.

Hernani Victor

Engenheiro de Produção. Es-pecialista em Gestão da Qua-lidade, atua há dez anos com implementação de Sistemas de Gestão de Qualidade, MASP, 5S e CCQ. Possui certificados como Auditor Líder ISO 9001 e ISO 14001 e é capacitado nos mé-todos de Gestão da Excelência, tendo atuado como avaliador no Prêmio Nacional da Quali-dade (PNQ), avaliador sênior no Prêmio Mineiro da Qualida-de (PMQ), avaliador sênior e instrutor das bancas exami-nadoras do Prêmio Regional de Qualidade Vale do Aço (PRQ VA), examinador líder da estadual e líder da etapa Brasil do MPE Mi-cro e Pequenas Empresas, além de avaliador de congressos es-taduais de CCQ pela União Bra-sileira para a Qualidade (UBQ).

Márcia Barroso

Psicóloga Clínica e Organiza-cional pela PUC-MG. MBA em Gestão Empresarial pela FGV. Especialização em Psicologia Organizacional e do Trabalho. Mais de 25 anos de experiência como psicóloga organizacional, professora e coordenadora de cursos acadêmicos e de espe-cialização. Consultora empre-sarial, instrutora e palestrante na área comportamental. Sócia--proprietária da Podium Consul-toria em Recursos Humanos.

Paulo Rogério C. de Oliveira

Engenheiro Mecânico pela PUC--MG, MBA em Gestão Empresa-rial pela FGV, Especialista de Qualidade Pleno na Usiminas, professor do curso de Enge-nharia de Produção da Faculda-de Pitágoras/Ipatinga. Certified Reliability Engineer (CRE), Cer-tified Quality Engineer (CQE) e Certified Quality Auditor (CQA) pela American Society for Qua-lity. É certificado e atua como auditor líder em Sistema de Gestão Integrada (Qualidade, Meio Ambiente e Segurança). Participou do desenvolvimento de diversos projetos de melho-ria da qualidade em processos e produtos, assistência técni-ca nas áreas de sistemas de medição, indicadores de de-sempenho e manutenção na Siderúrgica del Orinoco (SIDOR) – Venezuela. Autor dos módu-los “Coletar e Sumarizar Dados, Capabilidade e Desempenho do Processo” do livro “Certificação em Engenharia da Qualidade, Curso Completo - Prepara-ção para o exame ASQ/CQE" - Fundac/Q&G Editora - BH 2011.

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PRÁTICAS DA SAúDE E SEGURANÇA

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FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM

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o dispositivo evita que o colaborador tenha contato direto com a caixa coletora de material perfurocortante, reduzindo o risco de acidentes e doenças ocupacionais.

Em ambientes hospitalares, a utiliza-ção, o manuseio e o descarte de agu-lhas e outros materiais classificados como perfurocortantes são frequen-tes pelas equipes de assistência. E tão importante quanto a correta uti-lização desse material é o seu trans-porte nas caixas coletoras, a fim de preservar a segurança de quem as recolhe. Contudo, a possibilidade e até mesmo a ocorrência de acidentes com colaboradores encarregados por esta função alertaram uma equipe de co-laboradores sobre o perigo. E ainda os inspiraram para a criação de uma nova prática a ser utilizada no dia a dia.

O “Fisga Caixa” é um suporte metálico feito de material reaproveitado, com função semelhante a uma espécie de extensão do braço humano, que ser-ve para pegar as caixas coletoras de materiais perfurocortantes do carro de transporte e colocá-las dentro do Abri-go de Resíduos Grupos A e E.

A partir da curiosidade, do olhar apu-rado e da capacidade criativa dos co-

CICLO 2010

FISGA CAIXA

Redução do risco de acidentes

e doenças ocupacionais

Cleonice Mendes Medeiros SouzaAuxiliar de Conservação e Limpeza

Atualizado em 17/12/2010Total de Acidentes FSFX: 117Total de Acidentes Higienização: 23(representa 20% dos acidentes da FSFX)

OUTROSFATOR PESSOAL

BATIDA CONTRAOBSTÁCULOS

QUEDA

TORÇÃO

PRENSAMENTO

PERFUROCORTANTES39%

9%

9%

9%

17%

13%

4%

Causas Acidentes

Higienização 2010

DESENVOLVIMENTO • Análise do acidente.• Confecção do material.• Treinamento prático (DDS - Diálogo Diário de Segurança) com os colabo-radores da Higienização Hospitalar.• Implantação do Fisga Caixa na Unidade I do Hospital Márcio Cunha.• Aprimoramento e implantação do Fisga Caixa na Unidade II do Hospital Márcio Cunha.

RESULTADOS OBTIDOS

• Prevenção de acidentes e doenças osteomusculares.• Redução do risco de acidentes com materiais perfurocortantes para esta atividade.• Melhor conforto para o colaborador na execução da atividade.• Criação de dispositivo com rea-proveitamento de materiais (baixo custo).• “Informar os trabalhadores sobre os meios para prevenir e limitar tais riscos e as medidas adotadas pela empresa” (NR1 – Ministério do Trabalho, item 1.7, alínea c, inciso II).

3 O Otimizar para Sustentar é um programa da Fundação São Francisco Xavier e Usisaúde que envolve todos os colaboradores e profissionais parceiros. Seus objetivos são evitar desperdícios, otimizar custos e despesas, contribuir com a preservação ambiental e melhorar os resultados institucionais.

LIÇÕES APRENDIDAS

• Solução de melhoria da qualidade e segurança dos colaboradores sem aumento de custos e alinhada ao programa Otimizar para Sustentar3, cumprindo as recomendações de se-gurança das análises de acidentes e com apoio da gerência.• É possível apreender desta prática, aparentemente simples, a importân-cia de buscarmos a cada dia formas de aprimorarmos não só nas práti-cas de trabalho, mas também nas práticas de vida e no trato com as pessoas.

laboradores Flávio Rodrigues da Silva (Segurança do Trabalho), Thiago de Souza Pereira (Higienização Hospita-lar), Gilberto Leôncio Berbet Neto (Hi-gienização Hospitalar), Paulo Roberto Moreira (Manutenção e Reparos) e Wanderson Alves de Oliveira (Manu-tenção e Reparos), o dispositivo eli-mina o contato direto do colaborador com o material a ser carregado, além de evitar que este tenha que abaixar dentro do carro para pegar as caixas no fundo. Assim, com uma engrena-gem mecânica, regulável, basta “fis-gar as caixas” com as hastes, uma medida que gera mais conforto e se-gurança, além de prevenir acidentes e doenças ocupacionais.

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Gilberto Leôncio Berbet NetoInstrumentista de Manutenção

Thiago de Souza Pereira Supervisor de Conservação e Limpeza

Wanderson Alves de Oliveira Eletricista de Manutenção

“a empatia com os colegas de trabalho, principalmente nas horas mais difíceis, nos permite fazer grandes coisas. Nossa lição

aprendida é que pequenas atitudes podem fazer uma grande diferença.”

Thiago de Souza Pereira Supervisor de Conservação e Limpeza

O projeto Fisga Caixa, eleito pelo Práticas que Transformam como o ganhador entre os apresentados em 2010, foi escolhido pelo Prêmio Proteção Brasil 2011 como o melhor case brasileiro na categoria Ações Corretivas em Saúde e Segurança no Trabalho. Os autores da ideia foram convidados a apresentar o trabalho no 7º Seminário Proteção Brasil - Aprenda Com as Empresas Que Fazem Melhor, nos dias 10 e 11 de agosto de 2011, no Expo Center Norte, em São Paulo, paralelamente à Feira Expo Proteção 2011. Além do troféu recebido pela conquista durante o evento, o projeto foi publicado na Revista Proteção.

O Prêmio Proteção Brasil de Saúde e Segurança do Trabalho visa reconhecer o esforço de empresas, instituições e profissionais na melhoria do ambiente de trabalho dos brasileiros, além de divulgar à sociedade as ações bem-sucedidas de melhoria nas condições de saúde e segurança do trabalho.

PRÊMIO PROTEÇÃO BRASIL 2011

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Instrumento de trabalho adaptado e com quatro rodas, capaz de transportar os materiais necessários à assistência dos pacientes submetidos ao tratamento por hemodiálise.

A assistência aos pacientes subme-tidos ao tratamento por hemodiálise exige diversos cuidados realizados a todo momento pelas equipes de En-fermagem. Em se tratando do Centro de Terapia Renal Substitutiva (CTRS) do Hospital Márcio Cunha, referência para toda a região Leste de Minas Gerais e por onde passam por se-mana 250 pacientes, em média, para realizar sessões de até quatro ho-ras, o trabalho desses profissionais exige uma preocupação ainda maior quanto a agilidade e ergonomia.

Parte do esforço desse trabalho era gasto no deslocamento frequente do colaborador para buscar os ma-teriais necessários à assistência aos pacientes nos armários dos Postos de Enfermagem, gerando maior tra-balho, tempo e mobilização de ou-tros profissionais. Havia ainda outro

CICLO 2011

CARRINHO MULTIUSONO CTRS (CENTRO DE TERAPIA RENAL SUBSTITUTIVA)

impacto negativo: o grande consu-mo de luvas descartáveis. Durante o atendimento, por exemplo, para evitar contaminação nos Postos de Enfermagem, era preciso que o cola-borador descartasse suas luvas para buscar algum material nos armários e, em seguida, vestir novas luvas para dar continuidade aos trabalhos com o paciente.

Pensando em reverter esse quadro, as colaboradoras Leyse Cristina Oli-veira, Renata Alves Madeira, Sandra Felipa Souza, Marceli Marques San-tos e Edna Pedroso Rocha de Pádua criaram um carrinho multiuso como instrumento de trabalho adaptado, capaz de transportar tais materiais e de fácil movimentação entre as pol-tronas que acomodam os pacientes durante as sessões de diálise.

Empurrados por essa boa ideia vie-ram também os resultados positi-vos, como disponibilização de maior tempo do colaborador para a assis-tência, atendimento mais ágil e hu-manizado e um ambiente mais har-mônico. Além disso, houve também a redução nos gastos com materiais, como luvas descartáveis, mesmo com o aumento de 3,5% no número de atendimentos na unidade.

CICLO 2011

Aumento de 3,5% no número de atendimentos

na unidade

“a prática fortalece na equipe maior senso de organização e disposição de materiais em um mesmo local, melhorando a qualidade da assistência ao paciente. atendimento rápido, seguro e humanizado, com redução do risco de acidente."Edna Pedroso Rocha de PáduaGerente do Centro de Terapia Renal Substitutiva

R$ GASTO TOTAL COM LUVAS8.000,007.000,006.000,005.000,004.000,003.000,002.000,001.000,00

JAN FEV MAR ABR

2010 7.257,36 6.745,20 7.151,75 7.056,72

2011 4.920,96 4.405,28 5.051,20 5.049,44Redução 2.336,40 2.339,92 2.100,56 2.007,28

31,13%

NÚMERO DE SESSÕESANO JAN FEV MAR ABR

2010 2.749 2.555 2.709 2.673

2011 2.796 2.503 2.870 2.869

3,3%

Sandra Felipa G. SouzaTécnica de Enfermagem

Renata Alves R. MadeiraTécnica de Enfermagem

Edna Pedroso Rocha de PáduaGerente do CTRS

Leyse Cristina S. OliveiraAuxiliar de Enfermagem

Marceli Marques S. SantosTécnica de Enfermagem

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DESENVOLVIMENTO

• Aquisição de 12 carrinhos, sendo 01 carrinho para atender 04 pacien-tes por turno.• Adaptação do suporte de descar-pack no carrinho.• Redução de 40 para 12 bandejas utilizadas no auxílio ao procedimento.• Padronização dos materiais por nú-mero de sessões programadas no dia.• Apresentação e orientação da utili-zação do carrinho aos colaboradores.

RESULTADOS OBTIDOS

• Otimização dos processos dialíti-cos, com a centralização dos mate-riais necessários aos procedimentos por sessão de diálise.• Maior segurança aos pacientes, considerando que os colaboradores estão disponíveis para assistência em tempo integral.• Maior segurança aos colaboradores, com fácil acesso ao descarte de per-furocortante.• Controle de custos.

LIÇÕES APRENDIDAS

• Elevar a praticidade e a segurança nas atividades garante à equipe do CTRS uma assistência mais presente e de maior qualidade ao paciente.• A prática fortalece na equipe maior senso de organização e disposição dos materiais em um mesmo local.• O carrinho possibilita que o su-porte de descarpack esteja perto do profissional, o que reduz considera-velmente o risco de acidente com perfurocortante.

“Foi uma maravilha! o serviço está mais organizado e as meninas não precisam ficar pedindo ajuda para a colega quando o material acaba. Eu me sinto mais assistido. Parabéns para quem colocou esta ideia em prática.”

Rui Barbosa 64 anos, paciente que faz hemodiálise há dois anos e meio

abordando temas relevantes sobre a doença, as palestras são destindas a pacientes e acompanhantes da Unidade de oncologia do HmC

Os mitos e os medos de uma do-ença temida e inesperada assusta muitas pessoas quando ouvem falar sobre câncer. Além de estar entre as principais causas de morte da humanidade, a doença ainda traz à lembrança de muitos a representa-ção de diagnóstico difícil, sofrimento e morte do paciente. Opinião esta compartilhada, principalmente, devi-do à falta de informações corretas sobre o assunto.

Na tentativa de reverter esse quadro, a Unidade de Oncologia do Hospital Márcio Cunha investe na orientação e na desmistificação sobre o câncer. Em uma de suas práticas, uma equi-

pe multidisciplinar formada pela as-sistente social Alcione Cruz Camilo e a farmacêutica Nelma Lagares Pinto, em toda última sexta-feira de cada mês, realiza palestras de orientação sobre os cuidados e prevenções no tratamento do câncer. A prática já acontece há três anos.

O trabalho é direcionado a pacientes que estejam iniciando os procedi-mentos de quimioterapia ou radio-terapia, aos familiares e aos acom-panhantes, a fim de que recebam explicações sobre a doença, tirem suas dúvidas e sintam-se acolhidos pela instituição durante o tratamen-to. Isso é fundamental para elevar a

PALESTRAS DE ORIENTAÇÃO SOBRE OS CUIDADOS E PREVENÇÕES NO TRATAMENTO DO CÂNCER

autoestima dos participantes em um momento difícil, evidenciando que, em sua maioria, os casos de câncer podem ser curados e tratados ade-quadamente em sua fase inicial. É importante ressaltar que prevenção em câncer é reduzir a possibilidade do aparecimento de qualquer tipo da doença.

Para tanto, as abordagens de temas como definição da doença, os cui-dados com a medicação, tabagismo, alcoolismo, entre outros assuntos, são sugeridas pelos próprios parti-cipantes. Os encontros duram cerca de uma hora, com participação média de 30 pessoas por apresentação.

CICLO 2011

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FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM

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Neste período, cerca de 150 pessoas participaram das palestras.

Nelma Lagares Pinto – Farmacêutica

DESENVOLVIMENTO

• Programação.• Desenvolvimento da temática con-forme sinalizações percebidas em relatos de pacientes, familiares e acompanhantes.• Pacientes, familiares e acompa-nhantes na Unidade de Oncologia são convidados a participar das pa-lestras, que acontecem em toda últi-ma sexta-feira de cada mês.• A duração de cada encontro é de uma hora, e dele participam assis-tente social e farmacêutica. Outros profissionais podem ser convidados.• Após a apresentação, é repassa-do um questionário de avaliação aos participantes, no qual eles avaliam a palestra, o palestrante e ainda dão sugestões de outros temas.

RESULTADOS OBTIDOS

• Maior conscientização sobre assun-tos relativos à doença.• Incentivo ao processo de acolhi-mento e humanização dos pacientes, o que beneficia os trabalhos e a rela-ção assistência x pacientes.• Por meio das palestras, foram identificados dois casos de acom-panhantes que perceberam alguns nódulos e procuraram médicos para fazer acompanhamento e iniciar tra-tamento.

LIÇÕES APRENDIDAS

• Mesmo não sendo inovadora, a prá-tica não deixa de ser fundamental. Tem impacto alto na saúde dos pa-cientes, auxilia a medicina de pre-venção (os acompanhantes podem participar) e é fácil a implantação em outras áreas.• O que fazemos hoje para os nossos pacientes é muito pouco, diante do muito que temos. Sempre aprende-mos com eles a lutar, a sorrir, mes-mo com tanta coisa modificando seu dia a dia.

ÓTIMO SIMBOM NÃONÃO SOUBERAM RESPONDER

NÃO SOUBERAM RESPONDER

Avaliação das

Palestras72%

19%

9%

96%

2%2%

Você indicaria a palestra a um amigo ou

familiar?

“a prática das palestras deve fazer parte das ações assistenciais. a melhora dos pacientes, o controle dos efeitos colaterais, a humanização do atendimento são parte integrante do planejamento da assistência.”

Alcione Cruz Camilo Assistente Social

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Utilizando materiais recicláveis, a equipe desenvolveu um balde com tampa adaptada de espátula de aço e acoplada a um cabo externo. o novo equipamento permite uma fácil movimentação do ácido peracético, solução tóxica utilizada na desinfecção do aparelho endoscópico, evitando contato direto do colaborador com o produto químico.

Para a realização de exames de en-doscopia, broncoscopia e colonos-copia, é necessário realizar a de-sinfecção de alto nível do aparelho endoscópico. O equipamento é então imerso em uma solução de ácido pe-racético 2% durante 20 minutos. O ácido peracético é um esterilizante químico de alta eficácia antimicrobia-na e de ação rápida, composto por ácido peracético gerado a partir de perborato de sódio monoidratado 50 gramas e atividador TAED (Tetracetil Etileno Diamina) 25 gramas. Para cada 10 litros da solução recomen-dada para desinfecção dos aparelhos, utiliza-se ácido peracético diluído na concentração de 2% (20 g para cada litro de água).

O problema estava no contato direto e tempo de exposição com a solu-ção durante o processo. Primeiro, o preparo por aproximadamente 15 minutos até a sua homogeneiza-ção e, depois, devido à quantidade de produto químico necessário para preenchimento dos tubos onde os aparelhos endoscópicos são imersos.

DILUIDOR DE ÁCIDO PERACÉTICO

CICLO 2011

Menor contato direto e tempo de exposição com a solução durante o

processoJaqueline Lopes Carvalho Técnica de Enfermagem

Por se tratar de um produto tóxico, o trabalho exige dos colaboradores o uso de equipamentos de proteção individual, como máscara, capote, lu-vas e óculos para manipulá-lo. Mes-mo assim, por ser preparada em um balde aberto com uma espátula de fina espessura, a solução demons-trou alguns transtornos e riscos para a enfermagem durante sua di-luição, como cefaleia e irritação nos olhos.

A máscara foi então substituída por outros tipos de EPIs, porém isso não foi suficiente para evitar a inalação do produto. As pessoas que passa-vam próximo ao setor também se queixavam do cheiro forte e pediam solução para o problema.

A resposta das colaboradoras Cás-sia Maria de Araújo, Marcilene Werly

Amorim, Meirilaine Andrade Silva e Si-mone Francisco Silva (HMC - Métodos Gráficos), juntamente com o cola-borador Paulo Roberto Moreira (Ma-nutenção e Reparos), veio de forma simples e dinâmica. Utilizando ma-teriais recicláveis, eles aproveitaram baldes que acondicionavam sabão e eram desprezados para desenvolver um recipiente com uma espátula fei-ta de uma chapa de aço, adaptada à tampa. Acoplada a um cabo externo, a espátula permite fácil movimenta-ção e agitação da solução, sem que haja exalação do produto. Com isso, os colaboradores não tiveram mais contato direto e exposição ao pro-duto químico, eliminando as reações adversas como irritação nos olhos, cefaleia e mal-estar, além do odor característico da solução que pairava sobre a sala.

RESULTADOS OBTIDOS

• Melhor homogeneização do produto.• Segurança para a equipe profissio-nal, diminuindo os riscos de acidente de trabalho.• Erradicação dos transtornos ocorri-dos pela inalação do produto durante a preparação do ácido peracético.• Satisfação dos colaboradores/pa-cientes que transitam próximo ao setor de exames endoscópicos.

LIÇÕES APRENDIDAS

• Reaproveitamento de materiais reci-cláveis, com isenção de custos para a empresa.• Fortalecimento do trabalho em equipe.• Capacidade para desenvolver ferra-mentas para aperfeiçoamento de nos-sas atividades.• Valorização de ideias.

Marcilene Werly Amorim Técnica de Enfermagem - Simone Francisco Silva Sena Técnica de EnfermagemCássia Maria de Araújo Gerente Métodos Gráficos - Meirilaine Andrade Silva Enfermeira HemoterapiaPaulo Roberto Moreira Mecânico de Refrigeração

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CICLO 2011

USO DO MEDICAMENTO SILDENAFIL NO TRATAMENTO DA HIPERTENSÃO PULMONAR PERSISTENTE DO RECÉM-NASCIDO (HPPRN)

CICLO 2012

a mudança de atitude com adoção de recursos de baixo custo e fácil execução resultou em um aumento de 75% da sobrevida de bebês com hipertensão pulmonar na UTI Neonatal e Pediátrica do HmC

Fazer mais, melhor e gastando me-nos. Na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Neonatal e Pediátrica do Hos-pital Márcio Cunha, a evolução dos trabalhos medida nos últimos anos não se baseia na compra de novos equipamentos ou na aquisição de tecnologias de alto custo, e sim na mudança de atitude para adoção de práticas simples. Uma delas foi a atuação da equipe, liderada pelo mé-dico Marcus Vinícius Alvim de Oliveira e pela enfermeira Jussara Cesária Rosa Batista, sobre a Hipertensão Pulmonar Persistente no Recém-Nas-cido (HPPRN), uma patologia grave

em bebês a termo (nascidos com 40 semanas de gestação) e que atrapa-lha a chegada de sangue no pulmão.

A HPPRN decorre do aumento relati-vo da pressão na artéria pulmonar em relação à sistêmica e é uma das principais causas de óbito entre os recém-nascidos submetidos à venti-lação mecânica. Sua incidência é va-riável, sendo a média estimada entre um e dois casos para cada mil neo-natos. Até 2008, todas as crianças portadoras da HPPRN eram submeti-das apenas à ventilação mecânica e aminas vasoativas.

Com o custo elevado da substân-cia mais utilizada no mercado para tratar esses casos, o Óxido Nítrico Inalatório1 (R$ 547 por dia), que ne-cessitava ainda de controle ambien-tal e equipamento especial para sua administração e monitorização labo-ratorial, os profissionais pesquisa-

Melhoria na assistência e

queda da taxa demortalidade

Os trabalhos da equipe da UTI Neonatal e Pediátrica do HMC abrem espaço para aplicação de novas posturas e adoção de práticas simples que tragam bons resultados

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“o nosso objetivo não é simplesmente salvar vidas, mas salvar vidas com qualidade para integrar a criança à sua família em boas condições de convívio na sociedade.”

Marcus Vinícius Alvim de OliveiraPediatra e especialista em UTI

ram por outro produto com a mesma eficácia e menor custo. Além disso, o Óxido Nítrico Inalatório não é coberto pelo Sistema Único de Saúde e em um terço dos casos de uso do me-dicamento, segundo pesquisas mo-nitoradas pelo Ministério da Saúde, não foram observadas melhoras clí-nicas (Guia para os profissionais de saúde - Atenção à saúde do Recém--Nascido. vol.3, pág. 76. Ministério da Saúde, 2011).

A partir dessas análises e de outras opções terapêuticas disponíveis, o

uso do Sildenafil (medicamento va-sodilatador) mostrou-se o mais ade-quado. Na forma de cápsulas mani-puladas de 1 mg, seu custo unitário é de R$ 0,50, equivalente a R$ 4 por dia. Sua administração passou a ser feita por meio de sonda orogástrica por seringa de 1 ml, com custo uni-tário de R$ 0,38, utilizado na dose de 0,5 mg/kg de peso a cada 6 horas após o diagnóstico ecocardiográfico da doença.

A UTI Neonatal e Pediátrica do Hospi-tal Márcio Cunha foi uma das primei-

ras no Brasil a aderir ao tratamento com Sildenafil, quando trabalhos ini-ciais com o medicamento começaram a ser publicados em revistas cientí-ficas especializadas, como o JournalPediatrics e o Pediatrics Critical Care, apresentando resultados positivos.

25

20

15

10

5

0

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10

31

31 1 0

24

6

10 SEM.2008

20 SEM.2008

10 SEM.2009

20 SEM.2009

10 SEM.2010

20 SEM.2010

10 SEM.2011

20 SEM.2011

10 SEM.2012

TOTAL

COMPARATIVOS REFERENTES À HIPERTENSÃO PULMONAR

CASOS ÓBITOS

42

4

1

4

12

0

A mortalidade devido à HPPRN mantém-se em 25%, desde o início do uso do Sildenafil.O referencial histórico antes do uso do Sildenafil é de 100%.

1 O Óxido Nítrico (NO) pode produzir diversas substâncias tóxicas. Na presença de oxigênio (O2) é oxidado em dióxido de nitrogênio (NO2), um gás altamente citotóxico que em solução aquosa é convertido em ácido nítrico e nitroso. O Instituto de Segurança Ocupacional e Administração de Saúde dos EUA fixa o limite de 5 ppm de exposição ao NO2 para os trabalhadores.

Economia de R$ 220 mil no

tratamento para 100 pacientes

DESENVOLVIMENTO

• Mesmo com o receio advindo das primeiras utilizações e as poucas evidências científicas para embasar a conduta na época, a equipe mé-dica se reuniu para dar continuida-de à ação, buscando, na prática, as melhores evidências para reduzir o índice de mortalidade por HPPRN.

• Profissionais da UTI Neonatal e da Cardiologia Pediátrica ampliaram a discussão dos casos e a análise do método, formulando novo consenso de iniciar a medicação da patologia a partir do diagnóstico mais precoce possível.

• Com a reavaliação do processo, foi possível observar ganhos na mortali-dade por HPPRN na Unidade.

• Implantação da prática do uso de Sildenafil em pacientes HPPRN a par-tir do diagnóstico da doença.

RESULTADOS OBTIDOS

• Prática de baixo custo e fácil exe-cução, com resultados satisfatórios.

• Promoção da assistência de quali-dade em todas as situações, mesmo com recursos limitados.

• De 2008 ao primeiro semestre de 2012, ocorreram 24 casos de HPPRN no Hospital Márcio Cunha, dos quais 18 sobreviveram. Um aumento de 75% de sobrevida dos pacientes.

LIÇÕES APRENDIDAS

A prática nos traz a conclusão de que a busca por melhoria contínua, a implementação de recursos de baixo custo, de fácil execução e com re-sultados satisfatórios permitem pro-mover uma assistência de qualidade, dentro da nossa realidade.

A enfermeira Jussara Cesária Rosa Batista e o médico Marcus Vinícius Alvim de Oliveira coordenam as ações da UTI Neonatal e Pediátrica

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INDICADORES DE PROCESSOS: BUNDLES

CICLO 2013

Instrumento de avaliações periódicas na UTI adulto e Coronariana do HmC I, os chamados Bundles são os conjuntos de práticas para prevenção e controle de infecções relacionadas a procedimentos invasivos, que incluem avaliação de itens como a higienização correta das mãos, adesão aos protocolos, técnica de aspiração traqueal e utilização de EPI, entre outros.

Diversos estudos apontam as infec-ções hospitalares como as mais fre-quentes complicações do tratamen-to em Unidades de Terapia Intensiva (UTI) em hospitais. A infecção hospi-talar é aquela adquirida no hospital e que não estava presente ou em incubação quando da admissão do paciente. Pode manifestar-se duran-te a internação ou mesmo após a alta e é causada por microrganismos ou micróbios existentes no ambien-te hospitalar, em outros ambientes e mesmo no próprio organismo.

A infecção depende da quantidade de microrganismos que atinge o in-divíduo, da capacidade deste germe em causar infecção, do seu modo de

transmissão e da resistência imuno-lógica do indivíduo (como ele respon-derá a esta agressão). Os microrga-nismos podem ser transmitidos de pessoa para pessoa, especialmente pelas mãos. Há também outras ma-neiras de transmissão, relaciona-das, por exemplo, a procedimentos invasivos (por exemplo, intubação para auxiliar a respiração, passagem de cateteres venosos, cateteres no sistema urinário, cirurgias etc.). Em algumas situações essas infecções, especialmente as que ocorrem após cirurgias, podem ser prevenida com o uso de antibióticos. Pode-se ter sua transmissão relacionada à sis-temas de ventilação de ar e de água, disponibilidade de profissionais (por

exemplo, a relação entre número de enfermeiras dedicadas a atender um determinado número de leitos), e estrutura física (mais de um leito no mesmo quarto, a distância entre estes leitos, presença de pias, papel toalha, gel alcoólico para higiene das mãos etc.).

No Hospital Márcio Cunha, a equipe de Controle e Infecção Hospitalar ela-borou e implantou o instrumento de avaliações periódicas na UTI Adulto e Coronariana da Unidade I, chama-do de Bundles. Os bundles são con-juntos de práticas para prevenção e controle de infecções relacionadas a procedimentos invasivos.

Criado em julho de 2012 e aprovado pelo gerente assistencial como for-ma de prevenção às infecções rela-cionadas a procedimentos invasivos, os bundles passaram a ser incorpo-rados nos treinamentos das equi-pes de enfermagem do setor dois meses depois, com foco na preven-ção e no controle de infecções. Sua aplicação passou ainda a ser men-surada com avaliações periódicas duas vezes por semana, em média.

Integrantes: Arilma Contarini Soares, Aline Salgueiro Campos Coelho e Adir de Paula Lima

Em dezembro, novamente a equipe recebeu treinamento como forma de aprimorar os conhecimentos e apre-sentar os resultados coletados até este período. Destaque para o Bundle de Pneumonia Associada à Ventilação Mecânica Invasiva (PAV). O resultado, quando comparado ao mesmo período de 2011/2012, foi extremamente fa-vorável, com a redução de 55,62% da Densidade de Incidência (DI) de pneu-monia em pacientes que respiravam com o auxílio de aparelhos na UTI.

Redução de 55,62% da densidade de incidência

de pneumonia em pacientes que utilizam Ventilação Mecânica

(PAV)

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DESENVOLVIMENTO

Os itens avaliados consistem em:

• Circuitos secos sem acúmulos de condensados; • Troca de filtros e circuitos apenas quando estiverem sujos ou em mal funcionamento;• Higienização das mãos; • Realização de higienização oral com anti-séptico; • Não compartilhamento de cir-cuitos e acessórios de ventilação entre pacientes distintos, sem seu reprocessamento adequado - passar álcool em micronebulizador, antes do uso no mesmo paciente; • Paciente sem evidências de acú-mulo de secreção traqueal; • Técnica de aspiração traqueal de acordo com padronização; • Utilização de água estéril para preencher os umidificadores;

• Temperatura adequada do umidi-ficador; • Utilização de Equipamentos de Proteção Individual (EPI) para pa-cientes com precaução de isolamen-to, em manipulação de secreções; • Paciente mantido em decúbito adequado (45); • Realização de exames microbioló-gicos apenas por indicação clínica; • Pressão de Cuff adequada (25mmHg); • Swab de vigilância após 15 dias de internação (perianal/inguinal); • Adesão ao protocolo de despertar diário; • Profilaxia de Ulcera Péptica/Trom-boembolismo Pulmonar.

RESULTADOSA análise estatística dos resultados comprovou uma redução significati-va na Densidade de Incidência – que é o cálculo do número de infecção

sobre o número de dias de pacien-tes em ventilação mecânica dividido por 1000 dias de procedimento invasivo – no período comparativo entre setembro de 2011 à outu-bro de 2012 e entre setembro de 2012 à outubro de 2013. Os valo-res respectivos de média e desvio padrão encontrados foram de 21,07 e 9,65; e 11,72 e 7,73; (p = 0,03), respectivamente

LIÇÕES APRENDIDAS

O trabalho e o empenho da equipe com a atividade conjunta das ações foram primordiais para que se alcançasse este resultado. Compre-ende-se que a conscientização dos colaboradores em proporcionar uma assistência segura e de qualidade para o paciente tornou-se funda-mental para prevenção de infecção relacionada à assistência a saúde.

Com o apoio de toda a equipe multiprofissional, o manejo Precoce do paciente internado é o conjunto de boas práticas aplicadas em pacientes críticos para melhorar a funcionalidade do paciente, acelerar seu processo de alta do leito da UTI e melhorar sua qualidade de vida.

MANEJO PRECOCE DO PACIENTE EM UTI

CICLO 2013

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Redução de complicações e do tempo de permanência

do paciente, diminuindo custos e aumentando o

número de atendimentos do hospital

Quando se ouve falar de paciente em Unidade de Terapia Intensiva (UTI), é sinal de que seu estado de saúde, além de grave, requer assistência especial e o impossibilitará de se movimentar durante o período de internação, certo? Nem sempre… As equipes multiprofissionais das UTIs do Hospital Márcio Cunha vêm mudando essa percepção em diver-sos casos, a partir de um trabalho conjunto para aplicar, na prática, técnicas da Fisioterapia, como a mo-bilização precoce (cinesioterapia) e a retirada de pacientes críticos do leito mais rapidamente.

Desde a inauguração, no primeiro se-mestre de 2013, a nova UTI da Uni-dade II já adota essa postura, que é feita em hospitais de referência no país. O paciente, logo quando inter-nado, passa por avaliação do fisio-terapeuta, que mede seus níveis de força, consciência e independência. Tendo condições clínicas favoráveis e liberação médica, são iniciados exer-cícios de movimentação de membros superiores e inferiores (braços e pernas) feitos pelo profissional no paciente, ainda no leito, chamada de mobilização precoce.

DESENVOLVIMENTO

A Mobilização Precoce do pacien-te internado é a proatividade de realizar o processo de retirada do paciente do leito, que consiste em sentá-lo na poltrona ou cama, de-pois colocá-lo de pé e, até mesmo, andar, o que auxilia na recuperação mais rápida e redução no tempo de permanência do mesmo. Outro fator que auxilia nesta prática é a utiliza-ção de elevadores móveis versáteis, que facilita na transferência do paciente do leito para a poltrona.

A equipe de Fisioterapia não realiza isso com todos os pacientes, mas com aqueles que possuem um quadro cardiopulmonar e motor que permitem tal prática. O uso de tubo orotraqueal, ventilação mecânica, bombas de infusão e sondas era visto como um grande limitador para mobilização e deambulação (caminhada). Hoje, pode-se dizer que este limitador foi superado. A prática contribui para aprimorar nossa assistência e ajudando o pa-ciente a sair mais rápido da unidade de internação, reduzindo o risco de complicações e eventos adversos que possam ocorrem e almejando

uma assistência de qualidade e segurança aos pacientes.

Um dos primeiros exemplos desse trabalho é o paciente Fernando de Carvalho Nazareth, de 52 anos, que recebeu alta em setembro de 2013. Durante sua internação no HMC, por conta de uma lesão na perna, seu quadro agravou e chegou a ficar internado na UTI por 11 dias respirando com ajuda de aparelhos, a chamada ventilação mecânica. Porém, nada disso impediu que a mobilização feita pela equipe auxiliasse Fernando a levantar da cama e, até mesmo, a andar pelos corredores da UTI, mesmo estando ainda em ventilação mecânica, numa recuperação mais rápida.

RESULTADOS

A cada dia que o paciente fica restrito a um leito, ele diminui fibras musculares e, com isso, perde capa-cidade de se movimentar, aumenta a fraqueza, podendo até não conse-guir se mexer. Por isso, a prática de mobilização precoce pode apresen-tar benefícios notáveis, como:• possibilidade de redução de tempo de ventilação mecânica;

• em pacientes traqueostomizados, há a possibilidade de se retirar a cânula para ventilação mecânica mais rapidamente;• melhora da capacidade pulmonar;• auxilia na profilaxia de complica-ções circulatórias, como a trombose;• auxilia na profilaxia de úlcera de pressão, que são lesões que aparecem nas costas, decorrente do longo tempo em que o paciente fica acamado;• redução do tempo de permanência do paciente, diminuindo custos e aumentando o número de atendi-mentos do HMC.

LIÇÕES APRENDIDAS

O resultado positivo desse trabalho só é possível graças ao empenho em conjunto de toda a equipe multiprofissional, que conta com médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, profissionais de higie-nização e limpeza, fonoaudiólogos, nutricionistas e fisioterapeutas. “Se não tivéssemos a vontade de todos, este trabalho não seria possível. Fe-lizmente, toda a equipe entende os benefícios e hoje auxilia com muita disposição”, afirma o fisioterapeuta Allan Patryck Bassotto Lino.

“a equipe me colocou pra dar umas voltas e foi bom ter caminhado. Eu senti que dali pra frente, peguei mais confiança. Ficar só deitado, ligado com vários aparelhos não é legal. o sentimento foi de vitória e alívio, principalmente, por saber que, apesar daquele sufoco, tinha uma equipe de retaguarda muito boa. Se não fosse por eles, eu já era”, brinca ele. “Fiquei literalmente nas mãos deles. o agradecimento é tão grande que nem tenho como expressar.”

Fernando de Carvalho Nazarethpaciente

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GERENCIAMENTO DE RISCOS ASSISTENCIAIS E TRATAMENTO PRECOCE DA SEPSE GRAVE EM ADULTO

CICLO 2014/2015

a prática possibilitou aprimorar a assistência ao paciente e contribuir para a melhora na média de permanência, no controle da infecção hospitalar e na queda da mortalidade.

A prática, realizada pelos colabora-dores Vívian Ribeiro Miranda, Adir de Paula Lima, Mariana Vasconcelos Costa Araújo, Aline Salgueiro e Pedro Gonçalves da Silva, tem o objetivo de orientar a equipe multiprofissional no diagnóstico e no tratamento precoce do paciente com suspeita de sepse, reduzindo a mortalidade associada a essa grave síndrome.

A sepse é uma condição com ris-co de vida, que ocorre quando um agente infeccioso – tais como bac-térias, vírus ou fungo – entra na corrente sanguínea de uma pessoa. Caracteriza-se por um conjunto de manifestações em todo o organis-mo, tendo como causa, uma infec-

ção. Dessa forma, algumas medidas precisam ser tomadas rapidamente, principalmente no início, com o anti-microbiano (ATM).

O medicamento é eficaz na primeira hora após o reconhecimento de um quadro de sepse grave, caracteriza-do como um quadro infeccioso em que aparecem sinais de disfunção orgânica aguda, como aumento dos batimentos cardíacos acima de 90 vezes por minuto; temperatura aci-ma de 380C; queda da temperatura abaixo de 360C; calafrios, dentre ou-tros sinais identificados. Além disso, por meio de exames laboratoriais, pode-se observar ainda o aumento ou redução de leucócitos, bem como,

o acúmulo de ácido lático no orga-nismo, que, quando não tratados em tempo, evoluem invariavelmente para a morte.

DESENVOLVIMENTO

O Núcleo de Segurança do Paciente, visando o objetivo maior que é a redução da mortalidade associada a sepse, elaborou e implementou o Protocolo de Diagnóstico e Trata-mento Precoce de Sepse Grave em Adulto no Hospital Márcio Cunha, em agosto de 2014. A média de adesão ao protocolo no período entre o mês de lançamento e dezembro, com início precoce da antibioticoterapia (antibiótico administrado em até 1h após diagnóstico de sepse), foi de 79,48%.

A relevância desse índice con-quistado está na superioridade

Queda de 19,54% na taxa de mortalidade nos primeiros meses da prática, que pôde

salvar vidas

à média mundial, que é de 68% segundo dados obtidos do relatório do Instituto Latino Americano de Sepse (ILAS), no trabalho Campanha sobrevivendo a sepse, de fevereiro de 2014.

RESULTADOS

• No período de mensuração da prática, 122 pacientes foram sub-metidos ao protocolo. Desse total, pode-se observar que, durante o mês de agosto, a taxa de óbitos dos pacientes inseridos no trabalho com o “Protocolo de Diagnóstico e Tratamento Precoce de Sepse Grave em Adulto” foi de 47,82%. Já nos quatro meses seguintes,

“a instituição do Núcleo de Segurança do Paciente e as melhorias implementadas na gestão do risco assistencial têm como objetivo a identificação e a minimização da ocorrência de incidentes, buscando

sempre a qualidade e a segurança na assistência ao paciente do HmC.”Vívian Ribeiro Mirandapaciente

Coordenadora de Segurança Assistencial, Ensino e Pesquisa

esse número baixou ainda mais, indo a óbito 28,28% dos pacientes avaliados. Uma redução significativa da mortalidade associada à sepse de 19,54%.

• Se fosse mantido o resultado de início do protocolo como base, nos quatro meses seguintes seriam 48 óbitos em um total de 99 pacientes. Entretanto, com a evolução da práti-ca, o resultado foi de 28 óbitos em um total de 99 pacientes. Ou seja, 20 vidas de pacientes puderam ser salvas, reduzindo em 41,66% a mortalidade de pacientes diagnosti-cados com sepse.

Equipe da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar do Hospital Márcio Cunha

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SIMULADO PRÉ-PLANO DE RESPOSTA A EMERGÊNCIA

CICLO 2014/2015

a prática visa treinar as pessoas sobre como agir diante de uma situação de incêndio e assegurar que pacientes, seus acompanhantes e colaboradores mantenham-se seguros, fortalecendo as ações de segurança em situações que se aproximam da realidade.As preparações para o processo de certificação internacional do Hospital Márcio Cunha pela DIAS (Det Norske Veritas International Accreditation Standard), a norma de acreditação hospitalar internacional desenvolvida a partir de padrões americanos de segurança assistencial e de infra-estrutura, exigiu o engajamento de grande parte do efetivo da institui-ção, dos mais diferentes setores. A atuação do Serviço de Segurança do Trabalho, Saúde Ocupacional e Meio

Colaboradores, integrantes do Corpo de Bombeiros Militar e do Corpo de Bombeiros Civil da Usiminas durante o simulado de incêndio e evacuação no HMC

Ambiente foi decisiva para a reali-zação de uma série de ações que culminaram com a recomendação do HMC pela DNV-GL para mais essa con-quista.

Nesse trabalho, a instalação do de um Plano de Resposta à Emergência, uma das exigências da norma, ali-nhada também à instrução técnica do Corpo de Bombeiros e à Norma Brasileira ABNT NBR 15219, deman-dou esforços, planejamento, ade-

quações e intervenções estruturais nas dependências do Hospital. Nes-se contexto, uma das atividades de maior impacto conduzidas pelo Serviço foi a realização do Simu-lado de Incêndio e Evacuação nas unidades do Hospital Márcio Cunha. A proposta dos simulados é treinar as pessoas sobre como agir dian-te de uma situação de incêndio e assegurar que pacientes, seus acompanhantes e colaboradores mantenham-se seguros.

DESENVOLVIMENTO E RESULTADOS

O Plano de Resposta à Emergência foi elaborado com base nos requisitos legais aplicáveis e nas particularida-des de cada unidade. O trabalho foi realizado ao longo do ano, contando com discussões com profissionais técnicos e com conhecimento no ob-jeto de estudo. Técnicos de seguran-ça com formação em bombeiro civil, gestores e engenheiros contribuíram para definir as alternativas mais vi-áveis para a FSFX naquele momento.

Após o levantamento das necessida-des de adequação na infraestrutura, foram disponibilizados os recursos materiais (sinalização fotolumines-cente, iluminação de emergência, portas corta fogo, kits de emergên-cia) e os recursos humanos (treina-mento e capacitação de brigadistas nos setores e para todos os colabo-radores e terceiros dentro das uni-dades) necessários para viabilização do plano e do simulado. Com a con-clusão do plano, foram definidos os dias para realização dos simulados nas unidades do HMC.

Unidade I: foi a primeira a passar pelo simulado, sem interromper as ativi-dades do hospital. Cerca de 120 pes-soas, entre colaboradores da FSFX, equipes de enfermagem, integrantes do Corpo de Bombeiros Militar e do

Corpo de Bombeiros Civil da Usimi-nas estiveram envolvidas no evento. O exercício simulou um incêndio em um apartamento do 40 andar e o seu devido combate, bem como o resgate de eventuais vítimas e a evacuação de todos os demais para um local seguro pela equipe de colaboradores do setor e brigadistas de incêndio. Na simulação, colaboradores fizeram o papel de acompanhantes e clientes. Em nenhum momento, os pacientes foram envolvidos. Toda a ação foi cronometrada e acompanhada por observadores, que verificaram a ma-neira de proceder dos envolvidos du-rante as atividades e se a evacuação atendia aos requisitos legais.

• Combate ao incêndio, resgate das vítimas e evacuação para local segu-ro realizado em 11 minutos • Fim da emergência declarado em 25 minutos • Retirados do andar 24 pacientes, 24 acompanhantes e oito colabora-dores

Unidade II: passou por simulado sem interromper as atividades do hospi-tal. O exercício simulou um incêndio na sala de reuniões, localizada na Ala D da unidade de internação. O com-bate ao incêndio e a evacuação para um lugar seguro foram realizados em seis minutos e o fim da emer-gência declarado pelo Bombeiro Mi-litar, após varredura do local, dentro

de 24 minutos. Retirados do andar: nove pacientes, nove acompanhantes e seis colaboradores.

Unidade de Oncologia: O exercício simu-lou um princípio de incêndio na copa de distribuição da nutrição, localiza-da no primeiro pavimento, no corre-dor dos consultórios da Oncologia. O combate ao incêndio e a evacuação para um lugar seguro duraram 2 minutos e o fim da emergência foi declarado pelo Bombeiro Militar den-tro de 6 minutos. Removidos: 11 pacientes, quatro acompanhantes e três colaboradores.

Unidade de Medicina Diagnóstica: A si-mulação de princípio de incêndio na sala de Ultrassom 2, localizada no final do corredor, em virtude do superaquecimento de uma fiação elétrica, teve combate e evacuação cronometrados em dois minutos e o fim da emergência declarado pela Chefe da Brigada, após varredura do local, dentro de 4 minutos. Evacu-ados todas as pessoas presentes, em um total de sete colaboradores e oito pacientes.

Os simulados trouxe-ram ganhos positivos

para a instituição, como o fortalecimento da segurança de pa-

cientes, acompanhan-tes e colaboradores

“O objetivo do simulado foi treinar as equipes sobre como agir diante de uma situação de incêndio e assegurar que pacientes, seus acompanhantes e colaboradores mantenham-se seguros. O desafio foi realizar tudo isso dentro do

menor tempo possível, com o mínimo de interferência no atendimento aos clientes.”Elaine Sanches

Engenheira de Segurança do Trabalho

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FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM

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PRÁTICAS ADMINISTRATIVAS

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FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM

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Instalação de painel elétrico e de bancada na ambulância de suporte básico para adaptação de equipamentos, possibilitando a transformação do veículo numa ambulância de suporte avançado. (Unidade de Terapia Intensiva - UTI)

Em 2010, a Gerência de Logística do Hospital Márcio Cunha enfrentava um constante desafio. A alta demanda de viagens do veículo de suporte avançado - a chamada UTI móvel - entre Ipatinga e Belo Horizonte comprometia a Gerência de Logística frente ao atendimento às demandas locais das Unidades I e II do Hospital Márcio Cunha. Na ausência dessa am-bulância, que conta com equipamen-tos que permitem cuidados médicos intensivos durante o transporte do paciente, a Logística contava apenas com veículos de suporte básico, que não possuem a estrutura necessária para a intervenção médica.

ADAPTAÇÃO DE AMBULÂNCIA TIPO A (SUPORTE BÁSICO) PARA TIPO D (SUPORTE AVANÇADO)

A fim de reverter esse quadro e garantir assistência de qualidade a um maior número de pacientes, um grupo de colaboradores composto por Gustavo Cristiano Soares Pontes (Logística), Bruno Régis Oliveira Quei-roz (Logística), Elaine Cristina Ferrei-ra Silva (Logística), Renato Mateus de Souza (Logística), Raimundo Apare-cido da Silva (Manutenção), Márcio Bragança de Souza (Manutenção), Luiz Cláudio Benedito Júnior (Ma-nutenção) e Nilvon Alves Nogueira (Manutenção) vislumbrou uma opor-tunidade de melhoria de trabalho e benefício aos clientes.

CICLO 2010

Everton Domingues NetoTécnico de Enfermagem

A equipe realizou um estudo prévio e adaptou nesses veículos equipa-mentos como painel elétrico e uma bancada, sem deixar de preservar o espaço interno. A medida possibilitou a transformação das ambulâncias de suporte básico em ambulâncias de suporte avançado (UTI), propor-

ANTES DEPOIS

DESENVOLVIMENTO

• Identificação do problema x Análise de oportunidades / viabilidade.• Benchmarking com empresas de adaptação de ambulâncias.• Elaboração do projeto.• Instalação do painel elétrico com seis tomadas (12/110 volts e 3/110 volts); inversor de voltagem de 1.000 watts; bateria auxiliar de 100 amperes e sistema de inversão de carga para as baterias.• Desenvolvimento do dispositivo pela Gerência de Manutenção.• Validação pelos usuários.

RESULTADOS OBTIDOS

• Ampliação do escopo de atendi-mentos para situações que neces-sitem de mais de uma unidade de suporte avançado (UTI Móvel). • Redução do custo com aquisição de ambulância (R$ 100 mil).• Satisfação e segurança do cliente interno, quanto à disponibilidade de atendimento.• Redução da variabilidade no pro-cesso.• Mais segurança para o paciente internado que necessita do recurso.

LIÇÕES APRENDIDAS

• Capacidade de adequação dos veí-culos e de adaptação a situações adversas.• Aprendizado com a própria prática.• Oportunidade de aplicação das ideias propostas por colaboradores.• Desenvolvimento das habilidades técnicas dos profissionais envolvi-dos.• Estímulo ao trabalho em equipe, aplicando conhecimento multidisci-plinar.

“Incentivo à criatividade dos colaboradores para a solução de problemas dos processos internos.”Gustavo Cristiano Soares Pontes Gerente Comercial

cionando grandes vantagens. Entre elas, a ampliação dos atendimentos a um maior número de pessoas, maior segurança para o paciente e a redução de custo com aquisição de uma nova UTI Móvel (em torno de R$ 100 mil).

Maior segurança para o paciente e

redução de custo com aquisição de umanova UTI Móvel

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FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM

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a prática padronizou e deixou o processamento de roupas do Hospital márcio Cunha ainda melhor, além de contribuir para a redução dos custos de manutenção e aquisição de novos equipamentos.

Em um hospital de grande porte com mais de 500 leitos, como o Hospital Márcio Cunha, os trabalhos de pro-cessamento de roupas atingem mar-cas expressivas. Só em 2011, foram 1.800.714 kg de roupas, uma média de 5.000 kg lavados e 15.000 peças de roupas distribuídas por dia.

Todo esse processo é realizado por enormes e potentes máquinas lava-doras, e é justamente aí que entra a importância da prática desenvolvida pelos colaboradores Francisco Afonso Linhares, João Dimas Gonçalves, Júlio César Gomes Lima, Jésus Pascoal da Silva, Thiago Júnior Lopes, Sadraque Emeriando Silva Santos e José Vicen-te de Almeida, todos da Gerência de Manutenção e Reparos. O trabalho dos colaboradores da FSFX foi reali-zado em parceria com outra equipe de profissionais de uma empresa de automação prestadora de serviços.

RETROFIT E AUTOMAÇÃO DAS LAVADORAS DO HOSPITAL MÁRCIO CUNHA

CICLO 2010

Thiago Junio Lopes Eletricista de ManutençãoJúlio César Gomes Lima Mecânico de Manutenção

*O termo “retrofit” significa reforma, mas com algumas particularidades. Tratam-se de mudanças num equipamento que, após avaliação de custos da modernização, da relação custo x benefício, da sobrevida do equipamento e do aumento de produtividade, são implementadas somente se forem mais vantajosas que os benefícios da aquisição de um novo.

ca/modelo Yamato, com capacidade para processar 200 kg de roupa.

A prática permitiu a padronização de atividades e deixou o processo mais confiável, contribuindo para a redução dos custos de manutenção e aquisição de novos equipamentos. A economia gerada foi de R$ 300 mil.

Reforma e Modernização

Sobrevida do Equipamento

Custo xBenefício

Aumento de Produtividade

O retrofit* e automação das lavado-ras são fundamentais para garantir a potência e o bom estado de con-servação desses equipamentos.

Foram realizados o retrofit e automa-ção da lavadora nO 04, marca/modelo Sitec, com capacidade para processar 100 kg de roupa. E ainda, efetuada a automação da lavadora nO 02, mar-

Economia gerada com o

processo foi de R$ 300 mil

Júlio César Gomes Lima Mecânico de ManutençãoMarcelo Bouissou de Sousa Gerente de Logística

João Dimas Gonçalves Supervisor de Manutenção Eletromecânica

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FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM

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DESENVOLVIMENTO

• Custo do retrofit da lavadora Sitec 100 kg: abaixo de 30% do valor de uma nova Sitec 100 kg e abaixo de 35% do valor de uma nova Yamato 200 kg.• Uso de eletrônica para implantação das receitas de operação a partir do controlador principal, com algoritmos (softwares), residentes em PLC e in-versor de frequência (Sitec 100 kg).• Utilização de comunicação via rede (RTU MODBUS) para implantação da nova tecnologia (Sitec 100 kg).• Acionamento por inversor de fre-quência (Yaskawa) e uso de três po-lias (Sitec 100 kg).• Painel principal dotado de inversor de frequência e dois PLCs, do fabri-cante Panasonic, de maior capacida-de computacional, programados em linguagem “Ladder” (Yamato 200 kg).• Rede de comunicação RTU Modbus, montada do lado limpo do processo (Yamato 200 kg). • Recuperação da carcaça com jatea-mento de areia e pintura eletrostáti-ca (Yamato 200 kg).• Balanceamento dinâmico do cesto (800 kg) e polia principal (70 kg) (Yamato 200 kg).• Substituição da saboneteira original por nova, fabricada de aço inoxidável, com dimensões maiores, dotada de cassetes para implementação de do-sagem automática (Yamato 200 kg).

RESULTADOS OBTIDOS

SITEC 100 KG• Como a estrutura básica principal (carcaça e cesto) estava íntegra na máquina, foi viável reformá-la em vez de adquirir uma nova.• Opção pelo retrofit e automação desta máquina realizada pela equipe de colaboradores da FSFX, em par-ceria com a equipe da empresa de automação local.

YAMATO 200 KG• Repetição da experiência anterior em outro equipamento.• Procedimento agregou mais valor ao processo de lavagem, preparando o equipamento para entrada de água quente a partir da recuperação de energia do condensado de vapor.• Ganho ambiental, de produtividade e redução da dependência energética da Usiminas.

LIÇÕES APRENDIDAS

• Desenvolvimento da capacidade criativa da equipe diante de um de-safio técnico e financeiro. • Desenvolvimento dos conhecimen-tos acadêmicos e das habilidades dos profissionais, capacitando-os para tarefas mais elaboradas e for-necendo conhecimentos técnicos, até então, restritos aos fabricantes des-sa categoria de máquinas.• Satisfação pelos resultados obtidos e preocupação com a constante ma-nutenção e melhoria dos processos.• Aquisição de capacidade para en-frentar os momentos críticos man-tendo sempre o espírito de equipe (corresponsabilidade).• Sentimento de agradecimento à Unidade de Lavanderia pela confiança depositada, reforçando os compro-missos com ela.

“Para nós, ficou um sentimento sadio de orgulho, típico dos vencedores que, diante dos desafios e problemas técnicos encontrados durante a realização destes trabalhos, os resolveram com sucesso.” Francisco Afonso Linhares Gerente de Manutenção e Equipamentos

a medida implantada consistiu na troca dos

motores de exaustão das três secadoras de roupas da lavanderia. a alteração

proporcionou um ganho de dez minutos por ciclo

de secagem.

A Unidade de Processamento de Rou-pas da Unidade I do Hospital Márcio Cunha adquiriu mais agilidade e efici-ência, com ganhos de produtividade, a partir de uma sugestão apresen-tada pelos colaboradores Marcelo Bouissou de Sousa, Francisco Afonso Linhares, Jésus Pascoal da Silva, João Dimas Gonçalves e Júlio César Gomes Lima, das Gerências de Manutenção e Processamento de Roupas.

No processo de lavanderia, o cliente é, ao mesmo tempo, início e fim do processo, que inclui ainda o recebi-mento e a classificação das roupas sujas; lavagem, extração, secagem, acabamento, armazenagem e, por fim, distribuição da roupa limpa e pronta para uso. Daí a importância de garantir a funcionalidade dos equi-pamentos de cada fase, por meio de ações constantes e coordenadas de manutenção preventiva e corretiva.

Além disso, outra medida relevante é a atualização da capacidade de pro-dução de cada componente da linha, de forma a absorver eventuais picos ou aumento de demanda, sempre com foco na melhor relação custo x benefício.

Seguindo esta linha, a prática da equipe da Manutenção consistiu na modificação técnica dos motores de exaustão das secadoras nos 1, 2 e 3, marca Suzuki, modelo 350V. Os antigos motores de um cavalo e 1.750 RPM (Rotações Por Minuto) foram substituídos por outros mais potentes, com três cavalos e 3.500 RPM. Com isso, aumentou-se o fluxo de ar de secagem que passa pela serpentina a vapor, uma vez que os motores mais potentes possibi-litaram puxar mais ar quente para as secadoras e eliminar a umida-de com maior rapidez. Isso trouxe

MELHORIA DA EFICIÊNCIA COM GANHOS DE PRODUTIVIDADE DAS SECADORAS DE ROUPAS

CICLO 2011

Ganho de 10 minutos por

ciclo de secagem para roupas

100% algodão

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FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM

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Júlio César Gomes Lima Mecânico de ManutençãoThiago Junio Lopes Eletricista de Manutenção

RESULTADOS OBTIDOS

• Ganhos de conhecimentos técnicos nas áreas de processo e manutenção.• Aumento da capacidade de inova-ção e trabalho em equipe das duas unidades envolvidas.• Superação de desafios, buscando garantir o fornecimento de serviços de lavanderia (rouparia hospitalar) com foco nos clientes.• Com este projeto, podemos afirmar que houve o ganho (virtual) de uma máquina secadora nova funcionando 12 horas por dia, a um custo equi-valente a 2% em relação a uma nova aquisição.• Resposta rápida ao cenário de cres-cente aumento de demanda, sem previsão, à época, de investimentos na Unidade de Processamento de Roupas, o que levaria certamente a impactos negativos na área assis-tencial.

LIÇÕES APRENDIDAS

• Aplicações diretas de conhecimen-tos adquiridos ao longo da vida labo-ral no ambiente hospitalar. • Desenvolvimento da capacidade criativa diante de um desafio técnico e financeiro. • Desenvolvimento das habilidades dos profissionais de ambas as uni-dades, fugindo das tarefas rotineiras e buscando melhoria contínua de processo. • Satisfação pelos resultados obtidos e preocupação com a constante ma-nutenção e melhoria dos processos (foco no cliente). • Agradecimento à instituição pela confiança depositada e oportunida-de de ampliar e desenvolver novas habilidades.

“a certeza de que podemos fazer mais e melhor, correndo riscos com responsabilidade, desafiando nossos limites.”

Marcelo Bouissou de SousaGerente de Logística

vantagens em produtividade para a área operacional, reduzindo gargalos oriundos do aumento crescente de demanda dos clientes pelos serviços de lavanderia e eventuais paradas de manutenção que reduzem momenta-neamente a capacidade instalada.

Como resultado concreto, a alteração proporcionou um ganho de 10 minu-tos por ciclo de secagem para rou-pas 100% algodão, o que represen-

ta, aproximadamente, um aumento de 14 kg de roupa seca por hora. A melhoria da eficiência com ganhos de produtividade das secadoras de roupas demandou investimentos de R$ 2.190,00, valor bem inferior ao custo de um novo equipamento adquirido trabalhando 12 horas por dia, o equivalente a R$ 25 mil.

Aumento de14 kg de roupa seca

por hora

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FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM

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Implantada na área de Higienização Hospitalar, essa

técnica, além de agilizar a

higienização dos leitos, reduziu

os custos com a limpeza e minimizou

o esforço dos colaboradores

no exercício da atividade.

Em toda grande empresa, o momen-to de crescer chega sempre acom-panhado de um desafio: expandir os serviços prestados mantendo a mes-ma qualidade e sem elevar custos. No Hospital Márcio Cunha, a equipe de Conservação e Limpeza já provou que, no que depender dos colabo-radores Ceninha de Jesus, Cleidiane

Lima, Crislan Oliveira Miranda, Danú-bia Reis da Silva, Edmar de Paula Go-mes, Kênia Regina dos Santos, Maria Auxiliadora Bragança, Maria Barbo-sa Duarte, Rosineide Soares, Thiago de Souza Pereira e Zeni Ferreira de Amorim, essa máxima já faz parte do dia a dia de bons resultados da instituição.

IMPERMEABILIZAÇÃO DE PISOS DOS APARTAMENTOS DA UNIDADE II DO HMC

CICLO 2011

Cleidiane Lima de Souza Auxiliar de Conservação e Limpeza - Ceninha de Jesus Souza Auxiliar de Conservação e LimpezaMaria Barbosa Duarte Auxiliar de Conservação e Limpeza - Zeni Ferreria de Amorim Auxiliar de Conservação e LimpezaRosineide Soares (com o troféu) Auxiliar de Conservação e Limpeza - Kênia Regina dos Santos Maria Auxiliar de Conservação e LimpezaDanúbia Reis da Silva Supervisora de Conservação e Limpeza - Thiago de Souza Pereira Supervisor de Conservação e LimpezaCrislan de Oliveira Miranda Supervisor de Conservação e Limpeza

Em setembro de 2010, quando a Unidade II do hospital passou a con-tar com 10 novos apartamentos, o grupo se deparou com uma grande tarefa: realizar as limpezas termi-nais desses apartamentos sem au-mento de efetivo e dentro do prazo estipulado. Na ocasião, o setor havia pactuado como metas 16,33 minu-tos, para que o apartamento ficasse disponível, aguardando o início da limpeza, e 55 minutos, para a reali-zação da limpeza, totalizando 71,33 minutos.

O primeiro passo foi a incorporação de rotinas já estabelecidas na Unida-de I do HMC, como a utilização da fer-ramenta bloqueio de leitos do siste-ma hospitalar Hosix, e a mensuração dos tempos gastos na Unidade II. Os resultados obtidos a partir dessas ações comprovaram que era preciso fazer algo diferente. Os tempos es-tavam bem acima do pactuado, moti-vando a adoção de uma nova prática que impactasse de forma corretiva e direta a qualidade e o tempo das atividades executadas.

A solução encontrada foi a imperme-abilização de pisos dos apartamen-tos da Unidade II, uma ação bem- sucedida já implantada em alguns apartamentos da Unidade I do Hos-pital Márcio Cunha. A impermeabiliza-ção é um processo de tratamento do piso com impermeabilizante acrílico, que envolve remoção, aplique e quei-ma do produto aplicado. Um proces-so demorado, que exigiu a interdição do ambiente por no mínimo 24 ho-ras. Em contrapartida, é duradouro,

sendo a manutenção do tratamento do piso impermeabilizado mais fácil e mais rápida, necessitando agora apenas de água e detergente. An-tes, no tratamento convencional com cera de carnaúba, o procedimento de remoção, aplique e lustro da cera era preciso ser feito a cada alta de paciente.

Os tempos obtidos mostram a di-ferença. Enquanto no período de janeiro a maio foram feitas, em mé-dia, 844 limpezas terminais/mês nos 139 apartamentos da Unidade I (o que representa 6,07 limpezas por apartamento/mês), na Unidade II fo-ram feitas, em média, 54 limpezas terminais para 10 apartamentos, dando uma média de 5,4 limpezas por apartamento/mês. Vale lembrar ainda que, como o bloco cirúrgico do Hospital Márcio Cunha funciona de segunda a sexta para realização de cirurgias eletivas, a taxa de ocu-pação das unidades de internação é maior durante a semana, o que gera em certas ocasiões demanda repri-mida por leitos em apartamentos.

A otimização dos processos possibilitou o aumento do número de

limpeza dos apartamentos por mês

Rosemar Maria Martins Santos Auxiliar de Conservação e Limpeza

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FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM

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Tempo / em minutos

MÊS DISPONÍVEL PARA LIMPEZA

LIMPEZA EMANDAMENTO TOTAL

Outubro/2010 19 70 89

Novembro/2010 18 76 94

Dezembro/2010 13 70 83

Janeiro/2011 9 76 85

Fevereiro/2011 10 75 85

Março/2011 5 48 53

Abril/2011 10 46 56

Maio/2011 13 43 56

Junho/2011 8 38 46

100

80

60

40

20

0

26

OUT2010

NOV2010

DEZ2010

JAN2011

FEV2011

MAR2011

ABR2011

MAI2011

JUN2011

JUL2011

AGO2011

SET2011

34 36 41

5852

64

NÚMERO DE ALTAS - HMC II

54 55

84

6471

Os trabalhos foram iniciados em fe-vereiro de 2011, com a compra de uma enceradeira de alta velocidade e o treinamento de técnicas corretas na aplicação e uso do equipamento, ministrado por dois supervisores do próprio hospital. A impermea-bilização foi concluída três meses depois e, embora pareça um longo tempo, diversos contratempos surgi-ram nesse período e exigiram gran-de esforço da equipe para cumprir o prazo. Entre eles, o aumento na demanda por apartamentos e o au-

mento no absenteísmo da equipe de Higienização e Limpeza, provocado por um surto de conjuntivite entre os colaboradores.

Ao relacionarmos os dois gráficos a seguir, observamos que mesmo com o aumento no número de limpezas/mês e com o alto absenteísmo, a equipe conseguiu reduzir os tempos gastos nas limpezas terminais. O va-lor atingido a partir do mês de mar-ço foi menor que o pactuado para o ano de 2011, que é de 50 minutos

Em média, o tempo para disponibilizar o apartamento baixou de 19 para 13 minutos, e o tempo de limpeza passou de 70 para 60 minutos.

para limpeza em andamento, possi-bilitando valores ainda menores para os próximos anos. O tempo em que o apartamento ficou disponível para limpeza teve um discreto aumento em maio, atingindo 13 minutos, aci-ma dos 10 minutos pactuados. Con-tudo, quando somados os tempos disponíveis para limpeza e limpeza em andamento, chegou-se ao cum-primento da meta pactuada de 60 minutos no total, como mostram a tabela e o gráfico acima.

RESULTADOS OBTIDOS

• Redução do tempo gasto nas limpezas dos apartamentos.• Maior otimização e praticidade no trabalho das equipes.• Eliminação da necessidade de remover, aplicar e lustrar a cera a cada limpeza terminal. • Economia de água, energia elétrica e produtos de limpeza.• Diminuição do esforço físico das colaboradoras, minimizando fadiga.

"Com esta prática, aprendemos que a discussão em equipe, a busca por alternativas e os acordos com nossos clientes e fornecedores internos podem permitir melhorias importantes nos nossos processos, sem aumento de custos.”Danúbia Reis da SilvaSupervisora de Conservação e Limpeza

70

60

50

40

30

20

10

0

99,00

98,00

97,00

96,00

95,00

94,00

93,00

92,00

91,00

96,8797,30

97,63

97,16

97,7697,72

95,02

93,70

OUT

OUT

NOV

NOV

DEZ

DEZ

JAN

JAN

FEV

FEV

MAR

MAR

ABR

ABR

MAI

MAI

JUN

JUN

2634 36

41

58

52

64

5455

Número de limpezas/mês - 2010 - 2011

Taxa de frequência ao trabalho - 2010 - 2011Unidade de Higienização

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FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM

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Implantada na área administrativa, a prática tem como principal objetivo alinhar o orçamento à estratégia da organização, além de centralizar, na Unidade de

Planejamento e Controle, a estimativa de contas matriciais. a iniciativa ampliou a margem de acerto

entre o que foi orçado e o que foi realizado.

O trabalho aplicado pela Gerência de Planejamento e Controle mostrou sua capacidade de transformar a disseminação de conhecimentos em equipe e a aposta nas competências individuais em uma cultura de bons resultados. Comandado pelos cola-boradores André Luiz Nani Ribeiro, Carolina Cirele Vieira da Cunha, Eudes Marcone, José Márcio Araújo, Miche-le Aparecida Campos e Thiago Lucas Novais Caldeira, as diversas ações implantadas para a melhor elabora-ção, acompanhamento e controle do Planejamento Financeiro Plurianual da FSFX aplicaram à realidade da instituição o que há de melhor no mercado.

Até o início da década, o processo de Planejamento Financeiro da FSFX era realizado seguindo o cronograma da tabela abaixo, sem nenhuma vincula-ção com o Planejamento Estratégico ocorrido anualmente.

IMPLEMENTAÇÃO DE NOVA METODOLOGIA ORÇAMENTÁRIA

CICLO 2011

Eudes Marcone Marçal Mariano Assistente de Planejamento e Controle - Carolina Cirele Vieira da Cunha Gerente de Planejamento e Controle - André Luiz Nani Ribeiro Gerente de Negócios e Resultados - José Márcio Araújo Analista Financeiro de Planejamento e Controle - Michele Aparecida Campos de Paula Assistente de Planejamento e Controle – Thiago Lucas Novais Caldeira Analista Financeiro de Planejamento e Controle

PROCESSO ANTERIOR A 2010 RESPONSÁVEIS

1a etapa Elaboração das peças orçamentárias Responsáveis pelos centros de custos

2a etapa Revisão das peças recebidas Planejamento e controle

3a etapa Discussão com os responsáveis Planejamento e controle / Áreas responsáveis

4a etapa Análise para aprovaçãoPlanejamento e controle

5a etapa Retorno das peças orçamentárias com sugestões e determinações

6a etapa Ajuste das sugestões Planejamento e controle / Áreas responsáveis

7a etapa Análise final para aprovação

Planejamento e controle

8a etapa Conclusão das peças orçamentárias

9a etapa Elaboração do orçamento geral e projeção dos demonstrativos contábeis

10a etapa Controles orçamentários

11a etapa Reporte das variações

Em 2010, com as diretrizes estratégicas da nova Diretoria Executiva e investimentos em otimização de processos e capacitação de pessoas, a equipe participou de treinamento com o prof. Dr. Clóvis Luís Padoveze, especialista em Orça-mento Empresarial, cujo tema foi “Novas técnicas de Planejamento Orçamentário”. A partir desse pontapé inicial, a nova metodologia foi implantada e adequada à situação atual da FSFX, seguindo as seguintes etapas:

TABELA 1

TABELA 2

PROCESSO POSTERIOR A 2010 RESPONSÁVEIS

1a etapa Estabelecimento da missão e objetivos corpo-rativos Diretoria

2a etapa Análise do ambiente

Grupo corporativo (cenários)3a etapa Construção dos cenários

4a etapa Estabelecimento do fator limitante (volume de vendas/produção)

5a etapa Definição das premissas orçamentárias gerais Grupo corporativo / Planejamento e controle

6a etapa Definição das premissas específicas (despesas, etc.)

Planejamento e controle7a etapa Preparação das peças orçamentárias

8a etapa Aprovação inicial

9a etapa Remessa aos responsáveis

10a etapa Retorno das peças orçamentárias com as sugestões dos responsáveis Áreas responsáveis pelos centros de custos

11a etapa Revisão dos orçamentos recebidos

Planejamento e controle

12a etapa Ajuste das sugestões

13a etapa Conclusão das peças orçamentárias

14a etapa Elaboração do orçamento geral e projeção dos demonstrativos contábeis

15a etapa Controles orçamentários

16a etapa Reporte das variações Planejamento e controle / Áreas responsáveis

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FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM

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Planejamento Estratégico. A proposta preparada pela Unidade de Planeja-mento e Controle consistiu na criação de um Formulário de Investimentos e Ações Essenciais, cujo intuito prin-cipal é proporcionar à FSFX a men-suração e a análise prévia dos ob-jetivos e estratégias priorizados pelos gestores. Cada gestor, por sua vez, elaborou junto a sua equipe diversos formulários, alinhando os seguintes planos aos objetivos da instituição:• Plano Diretor de Obras (PDO).• Plano de Melhorias de Instalações.

• Plano de Máquinas e Equipamentos.• Plano de Móveis e Utensílios.• Plano de Informática.• Plano de Marketing e Comunicação Social.• Plano de Viagens e Treinamentos.• Plano de RH.• Plano de Novas Atividades e/ou Serviços.

Obs.: Para o Planejamento Orçamen-tário 2011-2015, foram elaborados ao todo, pelos gestores da FSFX, aproximadamente 900 formulários.

Com a implantação da nova metodo-logia orçamentária, foram alcançadas diversas melhorias, tais como:

• ALINHAMENTO DO PLaNEJamENTo ESTraTÉgICo Da FSFX Com o PLaNEJamENTo FINaNCEIro (1a à 4a etapa – Tabela 2)

Possibilitou que todo o processo de Planejamento Financeiro tivesse o mesmo objetivo final predefinido no

• rEDUÇÃo No CUSTo Com maNUTENÇÃo DE SISTEma

Com a implantação da nova meto-dologia, foi preciso criar um módulo sistematizado de orçamento, dentro do sistema próprio (Sistema de Cus-tos), com intuito de atender às es-pecificidades da FSFX. Dessa forma, o módulo orçamentário do sistema MXM – que servia de base para ali-mentação dos dados do orçamento anterior a 2010 – foi cancelado, ge-rando redução de custo anual de R$ 4.581,00.

• mELHor aComPaNHamENTo E aNÁLISE DaS VarIaÇÕES

A facilidade no acesso aos diversos relatórios no sistema implantado foi outro importante diferencial para melhoria no acompanhamento e aná-lise das variações, feito em conjunto entre a Gerência de Planejamento e Controle e as diversas áreas da ins-tituição. Com a melhoria foi possível dar subsídio para pactuação de indi-cadores junto às superintendências. Entre eles, indicadores de custos das diversas áreas produtivas x in-dicador de orçamento, indicador de resultado orçado x realizado, resul-tado operacional das unidades e o seu desdobramento entre as outras unidades produtivas.

• rEDUÇÃo No TEmPo gaSTo PELoS gESTorES DE CENTroS DE CUSToS Na ELaBoraÇÃo E VaLIDaÇÃo Do orÇamENTo

A preparação das peças orçamen-tárias, que antes eram feitas pelos gestores dos centros de custos (vide tabela 1 – 1a à 8a etapa), passa a ser realizada pela equipe da Unidade de Planejamento e Controle (tabela 2 – etapas 7, 8 e 9). Com a alteração, os gestores de centros de custos ficaram responsáveis apenas pela validação do orçamento, e não mais por toda a elaboração, sem deixar de sugerir alterações necessárias, posteriormente avaliadas e aplicadas pelo Planejamento e Controle.

Numa situação hipotética, por exem-plo, em que o gestor avalia um custo novo e não previsto no orçamento para o próximo ano, cabe à equipe especializada avaliar a implantação desse contrato, o período de vigên-cia, seus impactos e, assim, aplicar o reajuste no orçamento.

A alteração gerou redução em torno de 70% no tempo gasto na elabora-ção e validação do orçamento, per-mitindo aos gestores utilizarem suas horas de trabalho na execução de atividades específicas de suas áreas.

• maIor ÍNDICE DE aSSErTIVIDaDE Do orÇamENTo

Capacitada com maior conhecimento didático e prático de elaboração de planejamentos financeiros, a equipe de Planejamento e Controle passou a utilizar parâmetros assertivos base-ados em premissas financeiras insti-tucionais e de mercado (Premissas Macroeconômicas Usiminas e Indica-dores Produtivos Setoriais), aumen-tando o índice de assertividade.

As variações orçamentárias nos úl-timos anos, de todas as contas de despesas da FSFX, na imagem abaixo mostram os gastos excedentes em relação aos valores orçados entre 2007 e 2009. Já em 2010, a variação foi positiva (gasto menor que o orça-do), em razão das fortes ações para redução de custos propostas pela Diretoria Executiva. Em 2011, após a implantação da nova metodologia e mesmo considerando algumas re-duções de custos já realizadas em 2010, o orçamento também fechou de forma positiva.

ÍNDICE DE ASSERTIVIDADE VARIAÇÃO ORÇAMENTO X CUSTO TOTAL

2007 -5,95%

2008 -9,00%

2009 -6,95%

2010 5,58%

2011 (acumulado/até agosto)

3,18%

58

FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM

59

• maIor SaTISFaÇÃo DoS gESTorES Na mELHorIa Do ProCESSo

Ao consolidar as melhorias citadas anteriormente, a alteração no pro-cesso trouxe também alto nível de satisfação dos gestores. Isso por conta da redução do tempo gasto na elaboração do orçamento, do maior índice de assertividade das contas orçadas, da melhoria no sistema de orçamento com a implantação do módulo próprio, da maior facilidade no acesso ao histórico das informa-ções. Tais benefícios promovem ainda o entendimento e envolvimento dos gestores no processo de Planeja-mento Estratégico e Financeiro como um todo.

LIÇÕES APRENDIDAS

• Nem sempre a descentralização dos processos de gestão financeira é o melhor caminho.• Devemos tomar como hábito a revisão contínua dos processos de nossas unidades, com o intuito de otimizar custos e tempo.

• É possível quebrar paradigmas.

RESULTADOS OBTIDOS

NEM SATISFEITO NEM INSATISFEITO

SATISFEITO

MUITO SATISFEITO

% de Satisfação Consolidado 51%45%

4%

N0 de questionáriosenviados

N0 de questionários respondidos

62 29

A comprovação de todos esses resultados veio da pesquisa de satisfação rea-lizada em todas as unidades de negócio e gerências da FSFX, com participação de representantes de 39% dos centros de custos ativos.

ANTES

DEPOIS

Morosidade do Processo

Menor Índice de Assertividade

Insatisfação dos Gestores

Integração

Maior Índice de Assertividade

Controle

Padronização

o trabalho demonstrou a efetivação da quebra de

paradigmas na contratação de serviços da FSFX, por

meio da ruptura dos modelos de contratação

até então realizados, possibilitando maximizar

recursos da instituição e otimizar resultados

com racionalização dos custos e aumento da

competitividade.

“O todo só é perfeito se as partes o forem.” A frase de autor desco-nhecido tornou-se para a equipe de Gerência de Contratos a maior moti-vação e, ao mesmo tempo, o maior desafio frente a esse trabalho. Con-quistar resultados inéditos com a aplicação de uma nova metodologia a partir da adesão de todas as unida-des da FSFX. Uma tarefa que as co-laboradoras do setor encararam com a certeza de resultados promissores.

Até o início desta década, as diretri-zes de compras de serviços da FSFX eram de contratações pelo proces-so de negociação direta, realizadas pelas próprias unidades usuárias. A formalização do contrato, na maioria dos casos, era realizada simples-mente para regularização, pois mui-tas vezes os serviços já haviam sido iniciados ou concluídos. Em 2010, devido ao grande volume de compra

QUEBRA DE PARADIGMAS NA CONTRATAÇÃO DE SERVIÇOS DA FSFX

de serviços de obras na FSFX, a Ge-rência de Contratos, com o apoio da Gerência de Infraestrutura, passou a realizar os processos dessas contra-tações pela modalidade de licitação. Logo no primeiro processo realizado nesta modalidade, os primeiros re-sultados. Percebeu-se que o valor da maior proposta obtida estava 32% superior à menor proposta. E que as negociações realizadas com o forne-cedor que apresentou a menor pro-posta resultaram em um ganho de 5% (saving).

A partir dessa experiência, a Gerência de Contratos passou a acompanhar sistematicamente os resultados das negociações realizadas pelo processo de licitação. Com um novo saving de 3% obtido no 1o trimestre, a equipe definiu este valor como meta a ser alcançada neste indicador. As apre-sentações dos indicadores ganharam

CICLO 2011

60

FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM

61

4 As Oficinas de Líderes são encontros gerenciais, trimestrais, com foco no acompanhamento dos resultados, na integração das unidades de negócio e no aprendizado organizacional.

ainda destaque na Oficina de Líde-res4, sensibilizando outras unidades de negócio da instituição quanto à importância da realização de licitação nos processos de compra de servi-ços para a sustentabilidade da FSFX.

Nesse período, vale ressaltar outro fator fundamental para a constante evolução dos resultados a cada tri-mestre: a capacitação da equipe de contratos. As colaboradoras realiza-ram cursos de capacitação em ne-gociação e autodesenvolvimento em formatação de preços, composição dos custos com encargos sociais e trabalhistas, MBA em Gestão Finan-ceira/Controladoria e Gerenciamento de Projetos Industriais.

Com o desafio de aliar custos a be-nefícios, ou seja, garantir menor preço sem comprometer a qualidade

dos serviços, foram realizadas as se-guintes ações preventivas:

• Divisão da carteira de contratos dos colaboradores com agrupa-mento por categoria de serviços, proporcionando a sua especiali-zação e a visualização de opor-tunidades de redução de custos.

• Realização da análise individu-alizada das propostas apresen-tadas pelas empresas licitantes, sendo primeiramente realizada a análise das propostas técnicas pelo responsável técnico e, pos-teriormente, a análise das pro-postas comerciais das empresas consideradas qualificadas para os serviços em questão.

• Desenvolvimento de fornecedo-res, com regras claras para que

eles tenham melhores condições de atender aos níveis de servi-ços esperados e, posteriormen-te, a realização da avaliação do desempenho dos serviços pres-tados.

• Mudança das diretrizes de apresentação de propostas es-tabelecidas na carta-convite, com exigência da abertura dos itens considerados no preço proposto e seus respectivos custos, inclu-sive da composição do BDI (Bô-nus e Dispêndios Indiretos) e dos percentuais de encargos sociais e trabalhistas envolvidos, propi-ciando assim uma análise mais aprofundada dos custos reais dos serviços, a minimização do risco de superfaturamento por parte do fornecedor e as oportu-nidades para a redução do preço final.

Patrícia Gomes Miranda Analista de ContratosAline Vieira Gonçalves Badaró Moreira Analista de Contratos

as ações realizadas possibilitaram à FSFX os seguintes resultados de contratação em 2010:

MAIORPROPOSTA

MENORPROPOSTA

VALOR NEGOCIADO

RESULTADO NEGOCIAÇÃO

VARIAÇÃO NEGOCIAÇÃO (%)

MAIOR PROPOSTA (-) VALOR NEGOCIADO

VARIAÇÃO MAIOR PROPOSTA X VALOR NEGOCIADO (%)

10 TRIMESTRE 785.933,42 345.718,14 335.495,17 10.222,97 3% 450.438,25 57%

20 TRIMESTRE 2.424.112,90 1.964.736,98 1.870.772,75 93.964,23 5% 553.340,15 23%

30 TRIMESTRE 1.383.872,89 1.081.069,76 1.052.221,32 28.848,44 3% 331.651,57 24%

40 TRIMESTRE 8.730,16 5.169,08 5.330,10 288,98 3% 8.730,16 39%

ANO 4.602.649,37 3.397.143,96 3.263.819,34 133.324,62 4% 1.344.160,13 29%

Em 2011, com a nova formulação do Planejamento Estratégico da FSFX e o estabelecimento do Pacto de Re-sultados, a Gerência de Contratos pactuou com a Diretoria Executiva da FSFX a meta mínima de 4% para os resultados de saving nas contra-tações realizadas pelos processos de licitação. O índice, com base no resultado alcançado no ano anterior, considera a variação entre o valor negociado e o valor da menor pro-posta obtida das empresas partici-pantes do processo.

A Gerência de Contratos passou tam-bém a mensurar os ganhos de nego-ciação nas contratações realizadas na modalidade de negociação direta, reduzindo custos das contratações de serviços essenciais à sua opera-cionalização, e a negociar os custos

dos contratos continuados em vigor, no ato da sua repactuação, evitando assim que os índices de inflação os alcançassem.

Os resultados alcançados com as práticas citadas, aos poucos, di-recionavam a empresa para uma mudança radical das diretrizes de contratação, com critérios para as modalidades de contratação por li-citação e negociação direta, além de centralizar os processos de ne-gociações na Gerência de Contratos. Um caminho com sinal verde, dado o apoio imprescindível da Diretoria Executiva, de outras gerências e das unidades de compras de materiais da FSFX, baseado nas diretrizes da Usiminas. O trabalho gerou a ela-boração da Norma Administrativa - 03/2011, que visa estabelecer as

novas diretrizes de suprimentos da FSFX, aprovada, implantada e divul-gada em 14/07/2011.

O quadro a seguir demonstra as mudanças ocorridas nos processos de contratação de serviços da FSFX, com a implantação das novas diretri-zes estabelecidas:

As negociações realizadas com fornecedores

resultaram em um ganho de até 5%

62

FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM

63

Para os casos de exceções aos princípios e critérios da Norma Ad-ministrativa - 03/2011, principal-mente aqueles que possam trazer prejuízo ou comprometer a eficiência

da operacionalização dos processos da unidade usuária, a Gerência de Contratos implantou o formulário “Justificativa de Contratação/Pedido de Exceção à Norma Administrativa

– 03/2011”. Por meio dele, a unidade solicitante poderá justificar a neces-sidade da exceção e submetê-la à aprovação da Diretoria Executiva.

DIRETRIZES ANTERIORES DIRETRIZES ATUAIS

Seleção e pré-qualificação do fornecedor, realizadas pela unidade usuária

Seleção e pré-qualificação do fornecedor, realizadas pela Gerência de Contratos com base em aspectos legais, técnicos e financeiros, com exigência de documentos comprobatórios, observada a sua validade

Processos de aquisição de serviços rea-lizados diretamente pela unidade usuária, sem critérios estabelecidos, com envio de solicitação para formalização do contrato à Gerência de Contratos

Processos de aquisição de serviços são realizados pela Gerência de Contratos. As contratações de serviços de manutenção predial com valor previamente limitado, credenciamento e compras com fundo rotativo podem ser realizadas pela unidade usuária, mediante as diretrizes da Norma Administrativa - 03/2011

Aquisição sem formalização de contratos ou autorização do usuário para início dos serviços antes da formalização do contrato

Serviços adquiridos somente por documento contratual com vigên-cia no período de sua execução, exceto nos casos em que o serviço adquirido possa causar prejuízo para o processo produtivo na unida-de usuária, mediante autorização da Diretoria Executiva

Definição da modalidade de contratação realizada pela unidade usuária (licitação/negociação direta)

Obrigatoriedade de realização do processo de concorrência/licitação para compras de serviços, com estabelecimento de critérios para sua dispensaEstabelecimento de quantidade mínima de propostas em função do valor total da aquisição ou valor estimadoEstabelecimento de critérios para realização de mais 1 (uma) compra com base em concorrências anteriores

Solicitação de contratação realizada so-mente pela unidade usuária

Criação de unidades centralizadoras para solicitação e gestão de contratos, conforme a categoria de serviços

Previsão orçamentária facultativa para aquisição de serviços

Aquisição de serviços com limitações orçamentárias da unidade usuária

Hierarquia de aprovações de documentos de compras engessada

Estabelecimento de hierarquia de aprovações de compra favorecendo a agilidade dos processos e o fortalecimento das autonomias gerenciais

Falta de padronização das consultas reali-zadas pelos usuários aos fornecedores

Formalização e padronização de consultas aos fornecedores, pela Gerência de Contratos

Propostas técnicas e comerciais solicita-das, recebidas e negociadas diretamente pelas unidades usuárias

As propostas técnicas e comerciais são recebidas pela Gerência de Contratos, devidamente formalizadas, por meios físicos ou eletrônicosAvaliação e negociação das propostas comerciais realizadas pela Gerência de Contratos, com apoio da unidade gestora

Indicadores de desempenho dos forne-cedores não estabelecidos em contratos (SLA)

Indicadores de desempenho dos fornecedores (SLA) estabelecidos em contrato, com previsão de penalidades para o não cumprimento

Contratos continuados com prazos indeter-minados ou renovação automática ou por meio de aditamento anual

Contratos continuados com vigência máxima de 2 (dois) anos, exceto nos casos de ocorrência de investimento específico para os serviços por parte do fornecedorEstes contratos são licitados 90 (noventa) dias antes do seu encerra-mento, exceto nos casos de dispensa previstos na Norma Adminis-trativa - 03/2011

Alteração das condições contratuais nego-ciadas e autorizadas pela unidade usuária, inclusive condições comerciais, sem a formalização de aditivos contratuais

Alterações comerciais negociadas pela Gerência de ContratosAlterações das condições contratuais autorizadas somente após a formalização de aditivosTanto para os contratos continuados quanto para os não continua-dos, não é permitido o aditamento visando a alteração do objetoPara os contratos não continuados, obra certa ou serviços que não são considerados de natureza continuada, somente é permitida a emissão de 1 (um) único aditamento, referente à prorrogação de prazo de vigência, exceto nos casos de reajuste previsto no próprio contrato

RESULTADOS OBTIDOS

• Capacitação e motivação da equipe.• Otimização e padronização dos processos de contratação (Norma Administrativa - 03).• Maior interação entre a Gerência de Contratos e as demais unidades da FSFX.• Transparência dos processos de contratação, com tratamento de igualdade a todas as empresas par-ticipantes.• Melhoria do nível de serviços con-tratados, com a pré-qualificação e desenvolvimento dos fornecedores.• Melhoria da imagem da instituição perante os fornecedores.• Aporte nos resultados financeiros da FSFX, permitindo uma alavanca-gem dos seus negócios e favorecen-do o aumento da sua competitivida-de.• Contribuição com o fluxo de caixa da FSFX.• Aderência dos processos de con-tratação ao Planejamento Estratégico da FSFX.• Redução dos custos de contrata-ção/saving.

DIFICULDADES ENCONTRADAS DURANTE A MUDANÇA DOS PROCESSOS

• A resistência natural das unidades às mudanças propostas.• Dificuldades em realizar a mudança da cultura e dos valores consolida-dos com as diretrizes anteriores.• Insegurança das unidades envolvi-das em transferir as atividades, an-tes realizadas por elas, para outra unidade.• A dificuldade de conscientização/sensibilização das demais unidades da FSFX quanto aos ganhos na mu-dança dos processos.

LIÇÕES APRENDIDAS

• Maior conhecimento dos custos envolvidos na prestação de serviços.• Conciliação entre condições técni-cas e oportunidades de redução dos preços contratados.• Desenvolvimento das técnicas de negociação.• Capacitação da equipe.• Satisfação em realizar um traba-lho que trouxe benefícios a todos os envolvidos e à instituição como um todo.• Reconhecimento de que as metas e objetivos são fatores essenciais para o sucesso da unidade.• A quebra de paradigmas não deve ser imposta e sim construída com a participação de todos os envolvidos.• Percepção de que o trabalho exe-cutado na unidade contribui para os resultados da FSFX.

Saving 2011 (acumulado) % Em R$

Menor Proposta X Valor Negociado 9,71% 1.384.751,57

Valor Orçado X Valor Negociado 13,49% 2.006.652,21

12,0%10,0%8,0%6,0%4,0%2,0%

0,0%

4,0% 4,0% 4,0%4,0% 4,0%

11,04%9,63% 9,71%

7,65%

7,85%

10 trimestre 20 trimestre

Meta

Resultado

30 trimestre 40 trimestre Acumulado

64

FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM

65

REDUÇÃO DE CUSTOS APÓS ANÁLISE DO CONTRATO PARA COLETA, TRANSPORTE E DESTINAÇÃO FINAL DE RESÍDUOS DO GRUPO D

CICLO 2012

a diminuição do número de viagens do transporte de materiais entre o HmC

e a Central de resíduos foi possível com o aluguel

de mais uma caçamba de lixo para o hospital

e, em especial, a revisão de rotas para coleta do resíduo. a prática

possibilitou a redução de 20% no custo final de coleta, transporte e destinação de resíduos

hospitalares.

Desenvolvida pelos colaboradores Thiago de Souza Pereira, Alan Lage da Silveira, Inês Alves dos Santos, Crislan Oliveira Miranda, Sebastião Menezes Teixeira, Da-núbia Reis da Silva, Renata Angélica Vaz Batista Ramos e Renata Pereira Guerra, da Gerência de Higienização e Transporte, a prática alcançou grande resultado nos serviços de coleta, transporte e destinação final dos resíduos hospitalares

do Hospital Márcio Cunha1. Para isso, contudo, foi preciso executar um estudo sobre as partes integrantes do contrato – aluguel de caçambas compactadoras; preço por tonelada de resíduo destinado ao aterro; e preço por viagem – levantando pos-síveis pontos de melhoria e redução de custos.

1 A coleta, transporte e destinação final dos resíduos hospitalares, mesmo para aqueles considerados como do grupo D (Domiciliares), seguem exigências legais, conforme RDC 306/2004 da ANVISA e CONAMA 358/2005.

Com a mudança na logística, foi possível uma economia anual

de R$ 27 mil

O primeiro percalço estava no mono-pólio existente no mercado regional, com a impossibilidade de substitui-ção do fornecedor. Mensalmente, o HMC encaminha cerca de 70 tonela-das à Central de Resíduos do Vale do Aço, administrada pela única empre-sa autorizada a recolher esse tipo de resíduo em um raio de aproximada-

mente 200 km. Situação que torna a negociação de preços praticamente impossível.

Colaboradores da Gerência de Higienização e Transporte: trabalho coletivo com foco em resultados

A aquisição de caçambas compacta-doras, em substituição ao aluguel, também foi cogitada, porém logo descartada devido ao alto custo de manutenção e reposição de peças – hoje de responsabilidade da con-tratada – e à inviabilidade econô-mica. Reduzir o volume de resíduos (ver gráfico e tabela 2), outro ponto de melhoria levantado, já é realiza-do pela FSFX, por meio do trabalho de coleta seletiva. Só em 2011, 75 toneladas de plásticos e papel dei-xaram de ir para o aterro sanitário, seguindo o caminho da reciclagem.

A oportunidade vislumbrada estava em reduzir o percurso e, conse-quentemente, o custo de viagens no

transporte de materiais entre o HMC e a Central de Resíduos, que corres-pondia a aproximadamente 54% do preço da fatura. Para isso, a ação prática foi o aluguel de mais uma ca-çamba de lixo para o hospital. Assim, em vez de o caminhão de transporte de resíduos realizar quatro viagens, entre recolher a caçamba cheia, descarregar na Central, devolver a caçamba e retornar à empresa, com a prática, agora são realizadas ape-nas duas. Isso porque não há mais a necessidade imediata de trazer a caçamba vazia ao HMC, e sim no dia seguinte, trocando-a pela caçamba cheia e retomando toda a logística novamente.

Apesar do gasto a mais de R$ 1.092,70 com o aluguel, a diminuição do nú-mero de viagens reduziu o gasto com transporte pela metade. O custo total mensal de coleta, transporte e destinação final de resíduos passou de R$ 6.695,00 para R$ 3.347,50, uma redução de 50%. Mesmo com o aluguel da caçamba, a economia chegou a 20%, com cerca de R$ 27.000,00 por ano.

Com a disponibilização da nova ca-çamba, a partir de janeiro de 2012, os valores cobrados foram revistos no contrato em vigor, demonstrados no gráfico e na tabela 1.

66

FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM

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LIÇÕES APRENDIDAS

A prática ressaltou a importância da análise detalhada de dados, da discussão em grupo e da disponibilidade para revisão constante dos processos, levando a ganhos sem perda de qualidade dos serviços, mesmo em situações adversas.

Obs.: Houve reajuste anual de 6,17% a partir de jan/12, conforme contrato. Em novembro e dezembro não foi cobrado o aluguel da terceira caçamba.

GRÁFICO E TABELA 1 – CUSTO EM REAL COM COLETA, TRANSPORTE E DESTINAÇÃO FINAL DE RESÍDUOS DO GRUPO D – HMC I E II.

GRÁFICO E TABELA 2 - VOLUME DE RESÍDUOS DO GRUPO D ENCAMINHADOS AO ATERRO SANITÁRIO, EM TONELADAS (t).

MÊS R$

SET/11 12.294,24

OUT/11 12.741,45

NOV/11 8.865,98

DEZ/11 9.528,28

JAN/12 10.831,50

FEV/12 10.186,19

MAR/12 11.321,12

ABR/12 10.627,83

MAI/12 11.074,80

JUN/12 10.915,41

JUL/12 11.251,36

MÊS TONELADAS

SET/11 61,2

OUT/11 64,6

NOV/11 62,0

DEZ/11 64,7

JAN/12 62,1

FEV/12 55,2

MAR/12 67,7

ABR/12 60,6

MAI/12 65,9

JUN/12 63,2

JUL/12 68,9

16.000,00

14.000,00

12.000,00

10.000,00

8.000,00

6.000,00

OUT2011

NOV2011

DEZ2011

JAN2012

FEV2012

MAR2012

ABR2012

MAI2012

JUN2012

JUL2012

Valor R$TendênciaSET

2011

R$ TONELADAS

OUT2011

NOV2011

DEZ2011

JAN2012

FEV2012

MAR2012

ABR2012

MAI2012

JUN2012

JUL2012

SET2011

Volume em tTendência

90,080,070,060,050,0

68

FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM

69

MENSURAÇÃO DE RESULTADOS DE CAMPANHAS

CICLO 2013/2014

ao avaliar os retornos obtidos para a Fundação por meio das campanhas publicitárias, é possível colocar em prática uma gestão completa da Comunicação, que envolve

planejamento, execução e controle de resultados. Isso possibilita medir o aumento da procura pelos serviços da instituição e verificar quais as mídias mais eficazes.

A Comunicação hoje desempenha um papel de grande importância na Fundação São Francisco Xavier. Ela está conectada com os diferentes setores e negócios da ins-tituição, desempenhando um papel estratégico em cada um, apoiando diretamente na conquista de indicadores e resultados. A partir da reflexão dos profissionais Érica Pas-coal Fernandes, Cintia Caroline dos Santos Oliveira Cupelo, Marcos Rodrigues da Silva, Érika Silva Alvarenga Brito e Fernando França Mendanha, a Assessoria de Comunicação buscou ir além, ao avaliar formas possíveis de mensurar e mostrar os resultados tangíveis das campanhas de comu-nicação que realiza.

Questão muito abordada nos dias atuais por profissionais da área de diversas empresas, não somente da área da

saúde e educação, a proposta da prática Mensuração de Resultados das Campanhas de Comunicação é avaliar os retornos obtidos por meio das ações voltadas ao público externo, no intuito de alcançar uma gestão completa da Comunicação, que envolve planejamento, execução e con-trole de resultados.

Permite ainda a busca contínua de melhorias dos proces-sos e a possibilidade de rever e corrigir ações, gerar co-nhecimento e permitir que as atividades da Assessoria sejam cada vez mais estratégicas. A partir dessa prática, é possível construir um planejamento de campanha de Co-municação mais embasado, sabendo a eficácia do caminho traçado e sendo possível avaliar se os caminhos estão corretos ou não.

Permite que a mensuração torne-se uma ferramenta

estratégica de Comunicação, prevenindo erros e gerando conhecimento e resultados

efetivos

Integrantes: Marcos Rodrigues, Érika Silva Alvarenga Brito, Érica Pascoal Fernandes, Cintia Caroline dos Santos Oliveira Cupello e Fernando França Mendanha

METODOLOGIA

Esta prática consiste em algumas etapas:

• Primeiro é identificada a necessidade de um se-tor/negócio específico da Fundação São Francis-co Xavier.

• Depois é feita a integração deste setor com a Assessoria de Comunicação para dar início ao Planejamento Estratégico de Comunicação, com o intuito de atender a demanda apresentada.

• Com foco no planejamento e nas metas estipu-ladas, é feita a execução do projeto de Comuni-cação e a estruturação da campanha.

• Durante e após a execução, é realizada a Men-suração de Resultados, que é a medida de con-trole posta em prática para verificar a frequên-cia e a consistência das ações executadas.

• Com os resultados em mãos após a mensura-ção, é reavaliada a ação para perceber a eficácia da ação, como transcorreu o processo e quais pontos que devem ser corrigidos.

Assim que o planejamento da campanha é finalizado, com a definição do período em que ela irá acontecer e das ações que serão realizadas, a equipe da Assesso-ria de Comunicação entra em contato com o setor res-ponsável pela campanha, para indicar as datas em que o levantamento de dados deverá ser feito. No caso da Usisaúde, por exemplo, o SOC (Serviço de Orientação ao Cliente) encaminha ao setor Comercial todos os conta-tos recebidos pela área e a partir daí são contabilizados os quantitativos de cada mês. Para o Colégio, a equipe da secretaria realiza uma mini-pesquisa orientada pela equipe de Comunicação, aplicada em todos os contatos recebidos por telefone ou presencialmente no CSFX.

Além desse valor quantitativo, também é avaliado por qual meio a pessoa ficou sabendo sobre o plano de saúde, sobre o colégio ou o período de matrículas etc (ex.: outdoor, comercial de rádio, panfleto, internet...). Dessa forma, é possível avaliar quais veículos foram mais impactantes e trouxeram maior resultado.

70

FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM

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Campanha Usisaúde PME

Objetivo: Apresentar ao mercado as novas configurações de planos de saúde empresariais comercializadas pela Usisaúde

Objetivo Secundário: Se o objetivo geral for atingido, espera-se aumentar o número de vidas da carteira Usisaúde

Ações utilizadas: Veiculação em rádio e outdoor, distribuição de folders e anúncios em jornais e revistas

Período: 25/3/13 a 25/4/13

Resultados: Percebeu-se o aumento significativo de contatos recebidos no período da campanha e o retorno ainda nos meses seguintes

Campanha Institucional Usisaúde

Objetivo: Agregar valor à imagem da instituição e atrelar o nome da Usisaúde ao HMC, em especial às novas instalações do local

Objetivo Secundário: Se o objetivo geral for atingido, espera-se aumentar o número de vidas da carteira Usisaúde

Ações utilizadas: Veiculação em rádio, outdoor e TV, anúncio em revista

Período: 12/8/13 a 25/8/13

Resultados:

• Em junho e julho existe um histórico de números altos de contatos, devido à Pesquisa de Satisfação Usisaúde, que é realizada nesse período e aos reajustes dos planos, que geram muitas dúvidas e contatos diretos dos beneficiários

• Percebeu-se que a campanha de agosto, mesmo não tendo o objetivo direto de vendas, conseguiu manter um número considerável de contatos nos meses de agosto a outubro (os meses de setembro e outubro ainda refletem o impacto da campanha)

RESULTADOS OBTIDOS

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FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM FSFX - PRÁTICAS QUE TRANSFORMAM

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Campanha Institucional Usisaúde

Campanha de Matrículas CSFX

Objetivo: Captação de alunos para o CSFX

Objetivo Secundário: Fortalecer a imagem do CSFX na região do Vale do Aço

Ações utilizadas: Veiculação em rádio, outdoor e TV, anúncio em revista, folder

Período: 25/8/13 a 25/9/13

Resultados:

• A Campanha conseguiu envolver um número considerável de contatos recebidos para matrículas, sendo o Outdoor o meio que gerou maior impacto na campanha

• O vídeo desenvolvido para a Campanha gerou um resultado muito positivo, alcançando 195 visualizações espontâneas (sem divulgação direta) no Youtube

• Nesta pesquisa foi utilizada a seguinte pergunta:

• Nesta etapa da pesquisa, além da mensuração do número de contatos recebidos, foi utilizada a seguinte pergunta:

• Através do processo de mensuração, foi possível perceber que a ação que gerou maior impacto na campanha foi o Ou-tdoor, pois foi o meio mais citado no contato dos clientes, que o apontaram como veículo responsável pelo conhecimento do plano Usisaúde

• Já a TV não foi citada em nenhum contato

Através de qual meio de comunicação, você ficou sabendo sobre este plano ou sobre a Usisaúde?

• Televisão

• Rádio

• Outdoor

• Jornais/Revistas

• Outros. Qual:

Como tomou conhecimento da Campanha de Matrícula / CSFX?

- Outdoor

- Site

- TV

- Rádio

- Indicação

- Outros. Qual:

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Campanha de Saúde Ocupacional

Objetivo: Captação de novos clientes

Objetivo Secundário: Agregar valor à imagem da instituição e atrelar o nome da Usisaúde ao serviço de Saúde Ocupacional

Ações utilizadas: Veiculação em folder, outdoor, e-mail marketing, anúncio e rádio

Período: 23/09/13 a 25/10/13

Resultados: A Campanha de Saúde Ocupacional tem como objetivo comercializar os serviços de saúde ocupacional e meio ambiente para empresas do mercado Vale do Aço. No período da campanha e pós-campanha, 20 empresas realizaram contato e estão em processo de negociação ou já fecharam negócio, conforme status abaixo: CONCLUSÕES

• A Campanha Usisaúde PME teve grande eficácia, aumentando consideravelmente o número de contatos rece-bidos pela Usisaúde no período da campanha. Havia uma média de 36 contatos por mês, de Janeiro a Março e em Abril, mês de maior veiculação da campanha, foram constatados 279 contatos.

• A Campanha Institucional Usisaúde não tinha como objetivo maior a venda de planos, mas sim agregar valor à marca Usisaúde. Mesmo assim, conseguimos perceber que as duas campanhas mantiveram um bom número de contatos nos meses de veiculação, contando a partir de Abril, mês da primeira campanha.

• Na Campanha Institucional Usisaúde também foi possível perceber quais veículos foram mais eficazes. O outdoor foi o mais indicado na pesquisa, sendo o veículo que levou uma maior quantidade de pessoas a conhecerem e se interessarem pelo plano.

• Na Campanha de Matrículas do CSFX percebeu-se uma grande mobilização dos alunos e do público jovem em relação ao vídeo desenvolvido para a Campanha. Como o vídeo apresentou uma linguagem jovem, utilizando alunos do próprio Colégio como personagens, ele foi muito bem aceito por este público, gerando reper-cussão nas mídias sociais e em grupos de alunos dentro do Colégio. Este tipo de movimentação contribui diretamente no fortalecimento da imagem da instituição.

• Na Campanha de Saúde Ocupacional percebeu-se o quanto a Campanha contribui para o fechamento de con-tratos na instituição. Foram recebidos 20 contatos de empresas, entre eles já são nove contratos fechados e mais sete que ainda podem ser feitos.

• A prática passou a ser realizada em todas as campanhas externas realizadas pela Assessoria de Comuni-cação, pensando em avanços aplicáveis à sua metodologia e em mensurações específicas com cada público, em níveis quantitativos e qualitativos, o que traz uma melhoria contínua dos processos e resultados.

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AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO DO CORPO CLÍNICO DO HMC

CICLO 2014/2015

Na prática, o software permite à instituição mensurar indicadores de qualidade e de produtividade de cada uma das clínicas e de cada médico, contemplando uma avaliação abrangente dos profissionais, baseada em quatro perspectivas:

pessoas, clientes e parceiros, processos internos e resultados.

Integrantes: Renato Prado Santos, Juliana Lana Miranda, Georgia Havena de Souza Gonçalves Alves, Maria Lúcia ferreira, Glaucia Barbosa, Adriana Wandekoken, Emmanuel Gomes, Pollyana Almeida, Kenia coeli, Jussara cesárea, Natália Peixoto, Meirilaine Andrade, Tatiane de Almeida, Karolina Nascimben, Maiara Fagundes

O ano de 2014 foi decisivo para o Hospital Márcio Cunha aprimorar processos operacionais e de gestão, ao to-mar como meta a conquista da certificação interna-cional DNV International Accreditation Standard (DIAS). Desenvolvida a partir dos padrões norte-americanos de segurança assistencial e de infraestrutura, a DIAS é a norma de acreditação hospitalar baseada na Na-tional Integrated Accreditation for Healthcare Organi-zations (NIAHO), que é formalmente reconhecida pelo Departamento de Saúde dos Estados Unidos. E uma das demandas traçadas pela Fundação para que esse objetivo fosse alcançado foi instituir no ambiente hos-pitalar uma avaliação que pudesse demonstrar todo o desempenho dos profissionais médicos na assistência ao paciente.

Para isso, Diretorias da FSFX e do HMC, Gerência de As-sistência e Assessoria de Desenvolvimento Estratégico e Qualidade uniram forças. Buscaram no mercado uma

empresa que tivesse o mesmo perfil do HMC, o Hospi-tal Mater Dei, de Belo Horizonte, para realizar visitas de benchmarking e, assim, consolidar as métricas para medição do desempenho médico. O próximo passo foi decidir entre o desenvolvimento de uma metodologia única da FSFX ou adquirir o software do hospital visita-do para mensuração dos resultados almejados.

Apesar de conhecer o software externo, uma grande di-ficuldade percebida para efetuar sua compra era o tem-po necessário para implantação: prazo de 12 meses, o que comprometeria o projeto de certificação DIAS/NIAHO no Hospital Márcio Cunha. Desse modo, decidiu-se pelo desenvolvimento interno de um sistema de suporte, com metodologia e métricas próprias utilizadas. Após avaliações criteriosas, o desafio estava lançado: estru-turar e implantar uma Avaliação de Desempenho do Corpo Clínico em poucos meses, antes da auditoria ex-terna para certificação, em outubro de 2014.

O modelo foi apresentado e elogiado no Encontro Federassantas

2014, em Belo Horizonte

DESENVOLVIMENTO

Daí em diante, discussões sobre a metodologia, rol de indicadores destinados aos médicos (tanto indicadores comuns a todos quanto também aos considerados de cunho específico das clínicas), critérios de cálculos, en-tre outros tópicos, avançaram nas discussões do novo sistema. A partir de reuniões entre as áreas, surgiu o projeto piloto, que contempla o software desenvolvido pela Gerência de Tecnologia da Informação e o critério de cálculo desenvolvido pela Assessoria de Desenvolvimen-to Estratégico e Qualidade. Nesse período, as clínicas participantes foram Pediatria e Ginecologia, por conta do grande volume de serviços e atendimentos realizados no hospital.

Do projeto piloto, ficou a experiência de unificar em um único ambiente os dados consolidados sobre o desem-penho dos profissionais médicos e, consequentemente, mapear os principais responsáveis pela coleta de dados e validação dos mesmos. O critério desenvolvido para cálculo do desempenho não foi aprovado em primeiro momento pela Diretoria Executiva. O fracasso deve-se à complexidade de leitura, que não permitia uma análise concreta dos dados ali apresentados. Neste momento surgiu uma nova demanda: unificar os dados que de-monstrariam os resultados do corpo clínico de forma clara e consistente, para que os gestores visualizassem os desempenhos específicos de cada médico, bem como o desempenho de cada clínica e, consequentemente, o desempenho global.

Após o segundo teste piloto, os parâmetros foram validados e o sistema não precisava mais de grandes ajustes de rotinas e critérios para cálculo. Assim, foram entregues os primeiros resultados do Desempenho do Corpo Clínico para a Diretoria Executiva, que os utilizou para apresentar a ferramenta de medição de desem-penhos tanto aos líderes da FSFX quanto à gestores e profissionais da saúde de todo o estado no Encontro Federassantas 2014. Na ocasião, o trabalho e o sistema de Avaliação de Desempenho do Corpo Clínico do HMC foi explando pelo superintendente do HMC.

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OBJETIVOS

• Fortalecer a atuação das clínicas médicas

• Possibilitar análises comparativas e evolutivas do desempenho

• Envolver e alinhar a atuação do Corpo Clínico ao sistema de gestão do HMC

• Fortalecer as parcerias internas com foco na segurança e efetividade assistencial

• Dar visibilidade ao desempenho individual do profissional (autocrítica)

VALE RESSALTAR

Vale ressaltar que cada clínica médica possui um rol de indicadores específicos que melhor representa o serviço desempenhado por este grupo de médicos.

A rotina de compilação consiste no envio mensal de dados pelas áreas do HMC para o analista de suporte da Assessoria de Desenvolvimento Estratégico e Qualidade, que fica responsável por alimentar o software e gerar os dados mensais globais, por clínica, por profissional médico e até mesmo por paciente em alguns casos, como por exemplo, no indicador Média de Permanência:

• Dados globais: clínica médica

• Dados específicos: clínica médica, por médico e por paciente

LIÇÕES APRENDIDAS

• Os resultados alcançados pela Avaliação de Desempenho do Corpo Clínico foram de tamanha repercussão que outras unidades da Fundação, como o Colégio São Francisco Xavier (CSFX) e o Centro de Odontologia Integrada (COI), demonstraram interesse em utilizar a ferramenta como fonte de mensuração de desempenho de profissionais educadores e dentistas. Atualmente, um protótipo do sistema já foi entregue ao Colégio e outros dois estão em desenvolvimento, um para o COI e um Dashbord para a Diretoria Executiva acompanhar todos os resultados da FSFX desdobrados por unidade de negócio.

• Na intranet da FSFX, foram divulgados ainda depoimentos de coordenadores das clínicas médicas que utilizaram e aprovaram a utilização da Avaliação de Desempenho do Corpo Clínico.

• Em outubro de 2014, o analista Renato Prado representou o HMC na Associação Nacional dos Hospitais Privados (ANAPH), no evento “União do grupo de estudos tecnologia da informação para apresentar as funcionalidades desenvolvidas no software de suporte e painel de resultados da Avaliação de Desempenho do Corpo Clínico”, em que a prática foi bastante elogiada.

• Atualmente a Avaliação de Desempenho permanece como ferramenta chave para a gestão hospitalar e de grande respaldo para decisões institucionais, tais como alterações em fluxos de trabalho, revisão de indicadores, diretrizes em relação à conduta do profissional médico e outras definições que afetam diretamente o desempenho institucional.

A avaliação tem como base um rol de indicadores comuns, em que cada meta atingida representa um % de desempenho médio, conforme matriz abaixo:

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SOROTECA INFORMATIZADA

CICLO 2014

Com a reorganização dos tubos produzidos como amostras para exames nos setores de Bioquímica e Imunologia do HmC, a partir da instalação

de um software e da utilização de bandejas de isopor identificadas com letras e números e um leitor de código de barras, foi possível promover a

rastreabilidade dos materiais e otimizar os serviços.

CENáRIO ANTERIOR

A guarda de amostras (soroteca) é fundamental em qualquer laboratório clínico para a rastreabili-dade e o armazenamento dos materiais colhidos e processados. No Hospital Márcio Cunha, sempre em que há a necessidade de reteste ou inclusão de exames em pedidos, o laboratório poderá utilizar amostras da soroteca, evitando assim, uma nova coleta de amostras. As amostras de soro, utilizadas no setor de Bioquímica e Imunologia, são mantidas refrigeradas entre 2oC e 8oC por dois dias. Posterior-mente, são congeladas por mais cinco dias, exceto as amostras positivas de HIV, que são armazenadas por dois anos, conforme a Portaria 151 do Ministério da Saúde.

Atualmente, o Setor de Bioquímica e Imunologia do HMC processa cerca de 600 tubos/ dia para exames de rotina externos e internados. Conforme os prazos de estabilidade das amostras, o setor trabalha com uma soroteca de 4500 tubos. O desafio do serviço era garantir a adequada guarda das amostras na so-roteca e, ainda, encontrá-las em menor tempo possí-vel, diante de qualquer necessidade do serviço e ou assistencial. Para os colaboradores Carlos Souza Lima, Meila Catia de Castro, Renato Peres Miranda, Mislene Franco dos Reis e Tatiane Lopes Ferreira Madalena, a grande dificuldade era a falta de padronização e sistematização da guarda das amostras, que poderia gerar solicitações desnecessárias de recoleta.

Integrantes: Carlos Souza Lima, Meila Catia de Castro, Renato Peres Miranda, Mislene Franco dos Reis e Tatiane Lopes Ferreira Madalena

Todas as amostras coletadas e processadas no setor eram dispostas em bandejas de isopor (reaproveitadas das embalagens de tubos novos). A disposição dos tubos nas grades era de forma aleatória, conforme tempo de libera-ção dos testes nos equipamentos, identificadas com a data da coleta e posteriormente armazenadas em geladeira.

Após o fechamento dos relatórios de rotina, as amostras eram tampadas, ensacadas e congeladas em freezers onde permaneceriam até seu descarte.

Diante da necessidade de localização das amostras na soroteca, a busca era aleatória e ineficiente. Se as amostras estivessem congeladas, os tubos deveriam ser buscados nos sacos do freezer para serem localizadas um a um da mesma forma.

Diante da necessidade de reestruturar esse processo e otimizar todas as atividades da soroteca, buscando me-lhores práticas e pouco investimento, foi instituído um Sistema de Gestão da Soroteca. Esse sistema foi obtido em parceria com o Laboratório Álvaro - software gratuito.

Como recurso técnico, utilizamos um leitor de códigos de barras disponível no setor e bandejas de isopor, identi-ficadas com letras (A - J) e números (1 a 10).

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RESULTADOS

• Os testes aconteceram no final do mês de fevereiro de 2014. Após a aprovação do novo sistema, estabeleceu-se um procedimento operacional. A equipe do setor foi capacitada e a nova prática entrou em pleno funcionamento no início do mês de março de 2014. Já no primeiro mês, obteve-se redução superior a 85% de ocorrências relacionadas a amostras extraviadas no setor de bioquímica-imunologia, conforme o gráfico 1. A satisfação dos colaboradores com a ferramenta foi total.

• O tempo para montagem das racks, que no início era de 25 minutos para 100 tubos, passou com a prática para apenas 10 minutos, em média. A tarefa pode ser realizada por estagiários do curso técnico de Patologia Clínica durante o treinamento no setor. O tempo investido na montagem das estantes é um verdadeiro ganho em relação ao tempo destinado à localização de amostras no modelo anterior.

• O maior aprendizado desta prática foi o desenvolvimento de todas as novas etapas do sistema de soroteca, como resultado do trabalho de uma equipe focada em melhoria contínua e otimização de recursos.

NOVO CENáRIO

No Software, cadastramos o modelo da estante a ser utilizada para determinar o formato do “tabuleiro” e damos uma identificação para rack (nome da estante) padronizada com uma sequência numérica, acrescida da data da amostra de maneira que facilite sua identificação.

Após o cadastro da estante, executamos o cadastro das amostras na rack lendo o código de barras de cada amostra e posicionando o tubo na estante exatamente na mesma posição (endereço) que o tubo aparece virtualmente na tela.Ao final do cadastro a bandeja está pronta para ser armazenada em geladeira ou freezer de forma organizada por data de coleta.

Diante da necessidade de localização de amostras de soro no setor, basta digitar o número do registro no módulo de busca do sistema da soroteca. O resultado da busca é a localização exata da amostra, conforme rack e posição do tubo. Menos de um minuto para localizar a amostra.

Menos de 1 minuto para localizar as amostras.

Redução em 85% das ocorrências relacionadas a amostras extraviadas no setor; e diminuição do tempo para montagem dos racks com 100 tubos inseridos nas geladeiras, de 25 para

10 minutos, em média.

Em agosto, o laboratório adquiriu novas estantes plásticas (numeradas de 1 a 15 e com sequência de A-E), laváveis e mais resistentes para substituir as bandejas de isopor em adequação aos requisitos NIAHO/DIAS (figura abaixo).

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PRÁTICAS DA EDUCAÇÃO

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A questão ambiental vem sendo con-siderada cada vez mais importante e urgente para a sociedade. Nas escolas essa consciência já chegou, ao abordarem o meio ambiente como tema transversal dos currículos es-colares, permeando toda a prática educacional. Ciente do seu papel de relevância na educação de crianças, adolescentes e jovens, o Colégio São Francisco Xavier (CSFX) se preocupa em contribuir com a formação de cidadãos conscientes, aptos para decidir e atuar na realidade socioam-biental de modo comprometido com a vida e com o bem-estar de todos.

Dessa forma, a Coordenação Geral do Ensino Fundamental II (6o ao 9o ano) e a equipe de pedagogas, re-

PROJETO CUIDAR

adotado no Colégio São Francisco Xavier, o projeto estabelece um paralelo entre os cuidados com uma planta e o relacionamento e rendimento das turmas

do Ensino Fundamental II (6o ao 9o ano), por meio de ações de conservação, respeito e solidariedade. a prática traz reflexos diretos no patrimônio escolar e

no índice de aprovação dos alunos.

presentadas pelas colaboradoras Adriana Soares Souza, Fabiane Costa de Araújo Porto, Maria das Graças Pessoa, Mary de Assis Silva Franco e Simone Dutra Machado de Oliveira, desenvolveram e lançaram em março de 2010 o Projeto Cuidar. Um plano que visa educar os futuros cidadãos brasileiros com valores que propi-ciem cuidados nos âmbitos pessoal, ambiental e social, de modo a agirem com respeito e sensibilidade frente ao ambiente em que vivem, conser-vando-o no presente e para as pró-ximas gerações.

A ideia da implantação do Projeto Cui-dar surgiu como uma ação corretiva ao aumento do número de carteiras escolares danificadas, de paredes

sujas, de objetos escolares perdidos na escola, de papéis e embalagens de merenda jogados no chão, entre outros. Respeito, solidariedade, ami-zade, conservação, cuidado com os objetos e com a própria escola foram alguns dos temas tratados durante a realização do projeto, de forma a ampliar o olhar cuidadoso do aluno para o ambiente escolar como um todo, desde o mobiliário, a estru-tura física, passando pelos jardins até as pessoas. O que era apenas uma ideia, cresceu, tomou corpo e tornou-se uma prática dividida em etapas, aplicadas no decorrer de oito meses.

CICLO 2011

OBJETIVOS DAS AÇÕES DO PROJETO

• Relacionar cuidados concedidos às plantas com cuidados tomados por todos da turma, na formação de la-ços de amizade que contribuam para o estabelecimento de um ambiente de respeito e de compromisso com as atividades escolares.• Conhecer e compreender, de modo integrado e sistêmico, as noções bá-sicas relacionadas ao meio ambiente.• Respeitar e cuidar do ambiente, modificando atitudes e práticas pes-soais.• Adotar posturas na escola, em casa e em sua comunidade que levem a interações construtivas, justas e ambientalmente sustentáveis.• Observar e analisar fatos e situa-ções do ponto de vista ambiental de modo crítico, reconhecendo a neces-sidade e as oportunidades de atuar de modo reativo e propositivo para garantir um meio ambiente saudável e a boa qualidade de vida.

DESENVOLVIMENTO

1a ETaPa – rEFLEXÕESEm aula cedida ao Serviço de Orien-tação Educacional, as pedagogas le-varam aos alunos reflexões sobre o tema “Preservação e conservação do ambiente e das relações pessoais e sociais”, subdivididas nos seguintes tópicos:

reflexão 1 – O que é meio ambiente? Que elementos compõem o nosso ambiente aqui na escola?

reflexão 2 – O ambiente da nossa escola e o da nossa sala de aula poderiam ser melhorados em algum aspecto?

reflexão 3 – Que ações podem ser realizadas para contribuir com a preservação e a conservação do nosso ambiente escolar, tanto na parte física quanto na parte social?

reflexão 4 – Na última reflexão, o objetivo foi levar o aluno a reconhecer e valorizar a instituição em que estuda, a qualidade de

ensino, os professores capacitados e seus materiais, uniformes e lanches. Tudo isso contribuiu para um ambiente escolar acompanhado de carinho, atenção e compromisso com o bem-estar de todos.

2a ETaPa – DESENHoS E moNTagEm DE mUraL

Após o momento de reflexões, cada aluno confeccionou dois desenhos, um retratando o ambiente escolar degradado e outro o ambiente esco-lar limpo, preservado e conservado. Depois de prontos, os desenhos fo-ram expostos em um mural, com o título: “Quem ama, cuida!”

3a ETaPa – oS DIVErSoS SENTIDoS Da PaLaVra CUIDar

A partir de discussões em sala, foi realizada a montagem de um acrós-tico pelos alunos, com as letras da palavra CUIDAR, ressaltando atitudes e valores que revelam cuidados com o ambiente físico, com as relações sociais e com a vida acadêmica.

Arthur Pessoa Morais, Adriele Debortoli da Silva, Daniel Stoller Souza - 9° ano/ T.91

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tuação no final do mês recebeu um prêmio.

5a ETaPa – rETraTaNDo o amBIENTE Da TUrma

Aqui, cada turma recebeu um vaso de planta representando o ambiente dos alunos. Os alunos deveriam de-dicar à planta o mesmo cuidado que dedicaram ao ambiente, ao patrimô-nio físico e às relações pessoais, fa-zendo da planta “retrato da turma”. Para isso, ao longo do ano, os es-tudantes receberam como objetivos:

• Identificar o vaso com o nome cien-tífico dessa planta, com o nome po-pular pelo qual é conhecida e com o “nome fantasia” (nome carinhoso)

pelo qual a chamarão.• Pesquisar os cuidados necessá-rios à planta: recomendações sobre quantas vezes aguar, quantidade de luz solar que deve receber e cuida-dos com a terra. Tais informações obtidas foram expostas em cartazes na sala.• Escolher um local adequado para o vaso com a planta, dentro da sala de aula.• Organizar uma escala de alunos responsáveis por cuidar da planta na sala de aula (sugerir rodízio de pessoas).

Na última semana do ano letivo, o vaso com a planta foi sorteado entre os alunos da turma.

4a ETaPa – TaBELa DE LImPEZa E orgaNIZaÇÃo Do amBIENTE Da SaLa

Divulgada pelas pedagogas, a tabela é composta pelo calendário (dia do mês/dia da semana) e as opções de classificação da qualidade do ambiente físico da sala em cada dia de aula como ótimo, bom, regular ou ruim. A tabela foi colada atrás da porta e preenchida diariamente pelo(a) auxiliar de limpeza. Sua ta-refa foi observar em que estado a turma deixou a sala após as aulas, e marcar a opção que melhor retrate a qualidade do ambiente, observando sala limpa, lixo na lixeira, carteiras organizadas, entre outros itens. A turma que obteve a melhor concei-

Adriane Soares SouzaOrientadora Pedagógica do 7° ao 9° ano

CONCLUSÕES

Sempre que foi necessário intervir em algum problema de comporta-mento no cumprimento das regras, na organização, nas relações inter-pessoais, no compromisso com as tarefas ou no rendimento escolar, o ponto de partida foi o vaso com a planta, relacionando-o aos fatos ocorridos na turma. Assim, assuntos como amizade, respeito, compromis-so com os estudos e com as tarefas, união, colaboração, solidariedade, preservação do patrimônio escolar e conservação do ambiente físico passaram a ser tratados com os alunos de maneira simples e prática, trazendo mudanças no seu compor-tamento. De forma concreta, os alu-nos visualizaram soluções para os problemas enfrentados, baseando--se nos cuidados que dispensam ao vaso com a planta.

LIÇÕES APRENDIDAS

“Em setembro de 2010, a turma 63 me chamou a atenção, por reunir um número significativo de alunos que apresentavam baixo rendimento e descompromisso com as tarefas de sala e de casa. Numa ação correti-va, a conversa que tivemos com os alunos partiu dos cuidados que eles dispensavam ao vaso com a planta da turma, que, para nossa surpresa e até mesmo dos próprios alunos,

não estava nem dentro da sala. Um aluno buscou o vaso, sujo, com a planta seca e descuidada. Esse era o 'retrato da turma 63'. Os alunos per-ceberam como estavam descuida-dos. A partir daí, ajudamos a turma a listar os compromissos para o último trimestre, com foco em novas postu-ras. Motivados, eles limparam o vaso, renovaram a identificação que havia nele, aguaram a planta e a deixaram em um lugar de destaque, na sala. O vaso voltou a receber atenção e, a partir daí, percebemos um número bem menor de ocorrências por falta de tarefas e a melhoria no rendimen-to escolar dos alunos. Foi uma forma prática de provocar mudanças.”

Mary de Assis Silva FrancoSupervisora Pedagógica

“a limpeza geral das salas do Ensino Fundamental II, no final de 2010, foi muito mais fácil. Houve uma melhora muito grande. Encontramos um número bem menor de carteiras riscadas ou danificadas e as paredes estavam mais limpas. Com o incentivo das plantas no vasinho, os alunos cuidaram mais da sala.” Maura Soares Ferreira Auxiliar de Higienização e Limpeza

o Projeto Cuidar tornou-se um projeto institucional, sendo implantado novamente em 2012 junto aos alunos do 6o ao 9o ano.

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Projeto pedagógico educacional que visa resgatar e desenvolver nos alunos de ensino

infantil, fundamental, integral e médio o hábito de leitura de literatura, poesias, contos, causos, crônicas, lendas folclóricas e despertá-los para

manifestações artísticas, tais como música, dança e teatro.

A biblioteca escolar é um centro de pesquisa e ação cultural que obje-tiva o desenvolvimento da leitura e da cidadania na escola. Definida em diversos países latinos como "centro ativo de aprendizagem" e de ativi-dades culturais para a comunidade, um dos principais papéis da biblio-teca escolar é desenvolver projetos e atividades integradas, evitando o fracionamento entre as áreas cientí-ficas, técnicas e artísticas, salientan-do suas funções intelectuais, ativas e criativas.

Daí a abertura para consagrar esse espaço como palco democrático de atividades de discussões em grupo, pesquisas escolares, de poesias, contos, saraus, exposições e leitura em geral, uma vez que seus usuá-rios – alunos, professores, colabora-dores, pais e pessoas da comunidade – buscam nela os mais diversificados tipos de informação, lazer e recre-ação. Buscam motivações para o aprendizado e o gosto pela leitura. Segundo Caldeira (2003, p. 47), a biblioteca escolar visa “[...] propor-cionar aos alunos oportunidades de

SARAU LITERÁRIO

CICLO 2011

Kênia Rodrigues Auxiliar de Biblioteca - Paulo Vitor Biblioteconomista

leitura intensa e autônoma, além de incentivar a busca de informação para responder a questionamentos e solucionar problemas [...].”

Ler, refletir, pensar, estar a favor ou contra, comentar, trocar opiniões, posicionar-se, enfim, exercer desde cedo a cidadania. É dessa percepção pelo papel da leitura na formação es-colar que nasceu o projeto Sarau Li-terário, envolvendo alunos de Ensino Infantil, Fundamental I, Fundamental II, Integral e Médio. Um trabalho dos colaboradores Paulo Vítor Oliveira e Kênia Rodrigues Vieira, da Biblioteca José Amilar da Silveira, com o apoio da Coordenação Geral de Desenvolvi-mento e Promoção da Educação, no

desenvolvimento das atividades de ensino, pesquisa e extensão propos-tas pelo Colégio São Francisco Xavier.

O Sarau Literário tem como objetivo proporcionar momentos de prazer e alegria aos alunos e a toda comu-nidade do CSFX, resgatando e de-senvolvendo o hábito de leitura por meio de literatura, poesias, contos, causos, crônicas, lendas folclóricas, música, dança e teatro. Além disso, os trabalhos visam valorizar as re-lações interpessoais e o espírito de cooperação e respeito entre os alu-nos, integrar disciplinas, aprimorar a capacidade linguística dos alunos e valorizar a biblioteca e o acervo lite-rário do CSFX.

“Desejamos mostrar para os alunos que a biblioteca é lugar da literatura, dos livros e da pesquisa. Ficamos satisfeitos com a grande participação dos estudantes. acredito que foi o começo para despertar a vontade de todos de visitarem mais esse espaço do conhecimento.”

Nancy Nogueira – Professora de Português e Teatro

Matheus Henrique Dutra Oliveira 2° ano/ T.201 - Ana Carolina Maia Batista 2° ano/ T. 201 - Mariana Plácida de Faria Costa 1° ano/ T. 101

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Segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais (1997, p.49), a dança instituída no ambiente escolar proporciona ao aluno:

• Compreender a estrutura e o funcionamento do corpo e os elementos que compõem o seu movimento.• Interessar-se pela dança como atividade coletiva.• Compreender e apreciar as diversas danças como manifestações culturais.

São benefícios da prática musical ao aluno:

• Interpretar, improvisar e compor, demonstrando alguma capacidade ou habilidade.• Reconhecer e apreciar os seus trabalhos musicais, de colegas e de músicos por meio das próprias reflexões, emoções e conhecimentos, sem preconceitos estéticos, artísticos, étnicos e de gênero.• Compreender a música como produto cultural histórico em evolução, sua articulação com as histórias do mundo e as funções, valores e finalidades que foram atribuídas a ela por diferentes povos e épocas.• Reconhecer e valorizar o desenvolvimento pessoal em música nas atividades de produção e apreciação, assim como na elaboração de conhecimentos sobre a música como produto cultural e histórico.

O teatro aplicado no cotidiano escolar possibilita ao aluno:

• Compreender e estar habilitado para se expressar na linguagem dramática.• Compreender o teatro como ação coletiva.• Compreender e apreciar as diversas formas de teatro produzidas nas culturas.

DESENVOLVIMENTO

1a ETaPa ELaBoraÇÃo Do ProJETo

2a ETaPa INSCrIÇÕES

Os alunos optaram pela temática de sua escolha de acordo com os temas abordados: Poesias; Causo; Contos; Crônicas; Lendas folclóricas; Músicas poéticas; Literatura; Teatro; Dança.

3a ETaPaCroNograma

Filtragem das inscrições e preparação do cronograma, dividindo as apresentações por turma e alunos.

4a ETaPa SELEÇÃo DE oBraS E TEXToS

Cada professor ficou responsável pela sua respectiva série, pela esco-lha das obras e indicação delas aos alunos. Os professores selecionaram textos adequados às habilidades de leitura e ao repertório dos alunos. A escolha foi feita pensando nas pos-sibilidades de adaptação desse texto para as apresentações. E, para tanto, foi de fundamental importância ob-servar se a história escolhida tinha condições de envolver o espectador.

5a ETaPaaPrESENTaÇÃo Do SaraU

Exposição “O Leitor Indica”: Durante o evento do Sarau Literário, a Biblio-teca José Amilar da Silveira realizou uma exposição de livros, revistas e gibis para divulgação do seu acervo. Ao lado dos livros expostos, havia um comentário ou uma dica dos alu-nos dando vários motivos para que as pessoas visitantes pudessem ler o livro recomendado. Foi exposto um cavalete com vários papéis presos e um pincel, onde o aluno pôde deixar seu recado como leitor, indicando uma obra, um autor, ou até mesmo relatando a sinopse do livro indicado.

Para atender a necessidades e in-teresses educacionais e culturais das pessoas com deficiência visual, a Biblioteca José Amilar da Silveira, em parceria com a Fundação Dorina Nowill, oferece um acervo variado de títulos em audiolivro e braile, entre clássicos da literatura nacional e estrangeira, obras de leitura obri-gatória para vestibulares e os mais recentes best-sellers.

RESULTADOS

O Sarau Literário mostrou-se uma prática transformadora ao contribuir para a superação da timidez para muitos alunos. Além disso, o proje-to estimulou a revelação de novos autores, proporcionou expansão do conhecimento e mentalidade crítica, valorizou o ser humano e o conheci-mento do patrimônio cultural. No dia a dia em sala de aula, percebeu-se ainda um impulso ao desenvolvimen-to do vocabulário, da concentração, da disciplina, do respeito e da soli-

dariedade e, principalmente, o con-tato e uma melhor convivência entre alunos, professores, funcionários e comunidade.

Tendo em vista o grande número de participantes no Sarau Literário, ob-servou-se que é muito importante o desenvolvimento de ações culturais envolvendo todos os segmentos da escola e da comunidade, expandin-do o acesso à cultura, à educação, à cidadania e à construção do conheci-mento de cada pessoa que interage com o Colégio São Francisco Xavier.

Nota: a queda no mês de julho deve-se às férias escolares.

“Ler vai muito além de decodificar códigos linguísticos, ler é ver com a alma. Ler é entender, sentir e viver o que está implícito nas entrelinhas. Essa leitura plena só acontece a partir do momento em que o leitor é envolvido em situações criativas e envolventes como foi o Sarau Literário. Parabéns à equipe, e venham outros eventos!”

Cláudia VargasProfessora do Ensino Fundamental I

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JUNHO JULHO AGOSTO

RELAÇÃO DO AUMENTO DO VOLUME DE EMPRÉSTIMOS NA BIBLIOTECA

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PROJETO GAIA

CICLO 2012

a partir da conscientização ambiental em sala de aula, alunos do 5o ano do CSFX trabalharam questões

referentes à sustentabilidade e à poluição e mobilizaram a comunidade por meio de uma gincana. o óleo saturado

recolhido na ação foi ainda trocado por materiais de limpeza, o que beneficiou instituições carentes da região.

No Colégio São Francisco Xavier, zelar pelo meio ambiente é coisa que se aprende desde cedo, como demons-trou o Projeto Gaia junto aos alunos de cinco turmas do 5o ano do Ensino Fundamental. Realizada pelos cola-boradores Weber Campos de Souza, Delme Araújo Castro Garcia, Gabriela Bicalho Barros, Kelly Cristina Leite e Luciene Nascimento Cardoso, a prá-tica abordou questões referentes a sustentabilidade, poluição ambiental e reciclagem, levando os alunos a refletir, analisar e praticar os conhe-cimentos sobre a questão do óleo saturado dentro e fora da sala de aula.

Partindo da disciplina Ciências, a 1a etapa do projeto levou informação sobre os impactos do descarte incor-reto do óleo saturado na natureza, a contextualização desse cenário nas cidades e a importância da recicla-gem. Dados que, utilizados na aula de Filosofia, ressaltaram a importân-cia de um “novo” pensar filosófico na área ambiental, justificando como o pensamento está ligado diretamente às ações. Para potencializar o conhe-

cimento adquirido, os alunos recebe-ram a visita da diretora da Recóleo, uma empresa de coleta e reciclagem de óleo vegetal para a produção de biodiesel, e participaram de um de-bate para esclarecer dúvidas, mitos e soluções para a poluição.

Durante o encontro, os alunos re-alizaram ainda a leitura da música “Sal da Terra”, explicando-se aos es-tudantes o nome do projeto. Gaia, representação do planeta Terra na mitologia grega, ressaltou a respon-sabilidade de todos com as atitudes no dia a dia que podem contribuir para uma sociedade mais justa e ética.

Na etapa seguinte, o Projeto Gaia en-volveu os pais, por meio da agenda eletrônica semanal1 e das reuniões de pais, multiplicando dicas e in-

formações sobre a importância da reciclagem do óleo. Ao levar as dis-cussões sobre o assunto também para a casa dos estudantes, houve ainda um maior interesse dos alunos sobre o tema, percebido não apenas em sala, mas ainda por ligações de pais elogiando o projeto e solicitando novos dados sobre o assunto.

Após todas essas reflexões, as cinco turmas do 5o ano do Ensino Funda-mental, divididas em grupos de seis alunos, começaram uma gincana, com as tarefas de criarem cartazes, músicas, desenhos, slogans sobre o tema e um desafio: arrecadar o maior número de óleo usado para recicla-gem. Ao todo, foram arrecadados 640 litros do produto em oito dias, entregues no posto de coleta mon-tado nas dependências do Colégio. A união entre pais e filhos para ir às

ruas e conscientizar ainda mais pesso-as sobre questão da sustentabilidade ressalta o valor da escola como um espaço privilegiado para a formação de cidadãos e desenvolvimento de valores e atitudes sustentáveis.

A iniciativa não parou por aí. Todo o resíduo obtido foi trocado pela Recóleo por materiais de limpeza. Com isso, os alunos do CSFX puderam ainda benefi-ciar as entidades Casa da Esperança e Creche Lar Escola da Caridade.

Foram arrecadados 640 litros de óleo

saturado para reciclagem

Alunos do 50 ano durante a entrega das arrecadações no Shopping do Vale

1 Ferramenta de comunicação entre a escola e a família do aluno sobre os compromissos do período

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DESENVOLVIMENTO

• 1a etapa – Abordagem do tema sustentabilidade e poluição ambien-tal em sala de aula nas disciplinas Ciências e Filosofia;• 2a etapa – Visita ao Colégio da dire-tora da Recóleo, empresa de coleta e reciclagem de óleo vegetal;• 3a etapa – Reflexões e debate dos conhecimentos adquiridos durante a visita;• 4a etapa – Divulgação das informa-ções para os pais de alunos;• 5a etapa – Gincana: pequenos com grandes responsabilidades.

RESULTADOS OBTIDOS

• Destacar a importância da filosofia inserida na educação dos primeiros anos do Ensino Fundamental I, com o objetivo principal de estimular o ple-no desenvolvimento social, afetivo e cognitivo dos alunos;• Aumento de postos de coleta de óleos utilizados na cidade de Ipatinga;

• Maior interação dos pais a respeito de projetos desenvolvidos no CSFX;• Foram arrecadados 640 litros de óleo durante oito dias de coleta;• A partir da gincana, novos restau-rantes passaram a destinar cerca de 80 litros de óleo vegetal usado por semana;• Participação dos alunos para a continuidade do projeto por meio de conscientização;• Famílias de 32 alunos também pas-saram a entregar nos postos de co-leta o óleo utilizado em suas casas.

LIÇÕES APRENDIDAS

“Nossa como foi boa! Aprendemos muito, desde o processo de recicla-gem até as consequências que ela pode trazer para nós. A turma ficou empolgada e conseguimos aumentar ainda mais o gosto pela disciplina de Filosofia.”

Entrevistada: Júlia Limaaluna da turma 54

“Achei muito boa a iniciativa da escola de mostrar aos pais e alunos como somente 1 litro de óleo polui tanto. Isso dá consciência a todos nós de que o futuro do meio ambiente de-pende de cada um. Tive a oportuni-dade de ir à casa de muitos vizinhos e parentes para ajudar a minha filha na gincana; com isso, todos ganha-mos mais conhecimentos, entreteni-mento com as pessoas envolvidas, sem falar do gostinho de poder aju-dar minha filha durante o meu dia de folga, conseguimos arrecadar 46 litros em uma tarde. Valeu a pena!”

Entrevistada: micheline Barrosmãe da aluna Stéphanie, da turma 51

“Na atualidade, a convivência em sociedade exige que o aluno com-partilhe seu raciocínio com clareza e que ele seja capaz de compreender e atuar nas demandas socioculturais e ambientais em que está inserido. Baseado nesse princípio, as aulas de

Filosofia ministradas pelo professor Weber foram organizadas de maneira que pudessem promover uma gran-de variedade de atividades envolven-do os alunos do 5o ano na atuação cidadã em relação à coleta de óleo para reutilização, promovendo não só a conscientização como também a prática dos alunos e comunidade es-colar, mobilizando outras disciplinas para que os alunos, assim, tivessem oportunidade de construir significa-do e dar vida ao aprendizado.”

Entrevistada: Kelly Cristina LeiteSupervisora do Ensino Fundamental I

A professora Delme Garcia (à esquerda), a supervisora Kelly Leite, a coordenadora Gabriela Barros, o professor Weber Campos e a orientadora Luciene Nascimento integram a equipe do Projeto Gaia

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600

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ABRIL MAIO JUNHO JULHO

GRÁFICOS DA ARRECADAÇÃO DO ÓLEO SATURADO – SHOPPING DO VALE DO AÇO

ARRECADAÇÃO DO ÓLEO - 2012

AGOSTO

482415

530

340420

Litros Litros

“Inserir a Filosofia na educação dos primeiros anos é estimular o pleno desenvolvimento social, afetivo e cognitivo dos alunos.”Weber CamposProfessor de Filosofia do Ensino Fundamental I

ABRIL MAIO JUNHO JULHO AGOSTO

512556

684

530 518

ARRECADAÇÃO DO ÓLEO - 2011

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ENEM 1500

CICLO 2013/2014

a prática consiste em um treino para intensificar a preparação dos alunos do Colégio São Francisco Xavier (CSFX) por meio da resolução de 1.500 questões reais já

aplicadas em provas de anos anteriores do Exame Nacional do Ensino médio (ENEm), com objetivo de conquistar maior êxito nas provas e, consequentemente, passar no

Vestibular, em especial, numa Universidade Pública.

O principal objetivo do Curso Preparatório para o Exame Nacional do Ensino Médio – o ENEM1500 – é a aprovação dos alunos no vestibular de escolas públicas. A prepara-ção dos alunos tem duração de três meses de intenso estudo, com a aquisição de competências e habilidades para fazer uma prova com características específicas e conhecidas. As 1500 questões estão divididas em aulas das diversas disciplinas que compõem o Exame Nacional do Ensino Médio, e são mais uma oportunidade de se trabalhar o conhecimento instruído e aprendido ao longo dos anos de formação escolar.

O Exame Nacional do Ensino Médio é usado por institui-ções públicas de Ensino Superior como critério de seleção em substituição aos vestibulares tradicionais. A parti-cipação no exame também é pré-requisito para quem quer participar de programas de financiamento e de aces-so ao Ensino Superior, como o Fundo de Financiamento Estudantil (FIES), o Programa Universidade para Todos

(ProUni) - bolsas de estudo parciais e integrais em insti-tuições privadas - e o Ciência sem Fronteiras - bolsas de intercâmbio no exterior.

Ciente da importância do sucesso dos alunos nesse exa-me de avaliação externa, o CSFX criou, em 2012 e 2013, ações para incentivar os alunos a participarem do ENEM Nacional e uma delas foi Curso ENEM1500 - um curso preparatório para os alunos da 3a Série do Ensino Médio, com a participação dos melhores professores da região.

O Curso ENEM1500 foi apresentado aos alunos como mais um diferencial do Ensino Médio do CSFX, com o objetivo de proporcionar aos alunos uma “bagagem” de conhecimen-tos que possa fazer a diferença no momento de entrada na Educação Superior.

O lançamento do Curso ENEM1500 foi realizado no Teatro Zélia Olguin (Cariru/Ipatinga), para os alunos da 3a Série.

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Funcionamento do Curso ENEm 1500

O ENEM1500 é um curso que propõe aos alunos o estudo e a resolução de 1500 questões no formato ENEM, divididas da seguinte maneira:

• Linguagens, Códigos e suas Tecnologias (Português, Artes, Inglês) – 267 questões• Matemática e suas Tecnologias – 270 questões• Ciências Humanas e suas Tecnologias (História, Geografia, Filosofia, Sociologia) – 438 questões• Ciências da Natureza e suas Tecnologias (Química, Física, Biologia) – 525 questões• 11 Temas de Redação

Durante o curso preparatório, é oferecida aos alunos a oportunidade de realizarem Simulados, para testarem os seus conhecimentos. O curso é oferecido nos meses de agosto, setembro e outubro, no turno vespertino. Conta com 18 aulas distribuídas de 2a a 5a feira, da seguinte forma:

Para o ano de 2013, a Apostila proposta para o ENEM1500 foi atualizada, recebendo as questões da última edição do Exame Nacional do Ensino Médio, realizada em 2012, e tor-nou-se um material mais “robusto”, pois, além das 1500 questões no formato ENEM, foram acrescentadas as questões das duas últimas provas dos vestibulares da UNICAMP (Univer-sidade Estadual de Campinas) e da FUVEST (responsável pelo vestibular da USP – Univer-sidade de São Paulo) e a última prova da UERJ (Universidade Estadual do Rio de Janeiro).

Dessa forma, o curso espera melhorar o resultado dos alunos do CSFX na edição do ENEM/2013, potencializando a entrada dos nossos alunos nas universidades públicas, e também nos vestibulares convencionais das melhores universidades estaduais do país (que até a presente data não têm o Exame Nacional do Ensino Médio como porta de en-trada para os cursos da Educação Superior).

Em 2012 foram formadas 5 turmas, com cer-ca de 48 alunos do CSFX, em cada uma. As turmas foram identificadas com as cores dos cadernos do ENEM. No primeiro dia do curso, cada aluno recebeu a Apostila do ENEM1500 e a camisa da sua turma.

O ENEM1500 registrou, em 2012, a participação de 237 alunos do total de 241 alunos da 3ª Série, perfazendo 98,34% de adesão. Esse foi um fato muito comemorado pela escola, pois o Curso ENEM1500 contribuiu para a fide-lização do nosso aluno, que demonstrou o reconhecimento da qualidade do ensino oferecido pela nossa instituição, quando escolheu o nosso curso preparatório para o ENEM, em meio a tantos outros ofertados na região.

Já no ano de 2013, o ENEM1500 contou com a participa-ção de 203 alunos do total de 229 alunos da 3ª Série,

perfazendo 88,65% de adesão. Foram formadas 4 turmas de alunos/CSFX, com cerca de 50 participantes em cada uma. Mais uma vez, destacamos a fidelização dos nossos alunos à nossa instituição.

Por causa do trabalho realizado junto aos seus alunos em 2012, o CSFX foi procurado por alunos de outras insti-tuições, com o desejo de também participarem do curso. Assim, em 2013, houve a abertura de uma turma para alunos da comunidade, que não estudam no CSFX. Essa turma contou com 68 alunos.

O Curso ENEM1500 foi criado com os seguintes objetivos:• Melhorar o resultado dos alunos do CSFX nas edições do Exame Nacional do Ensino Médio;

• Potencializar o resultado dos nossos alunos nas sele-ções para entrada nas universidades públicas;

• Fidelizar os nossos alunos, na nossa instituição de en-sino, em todas as etapas necessárias para a entrada na Educação Superior.

• Fortalecer a marca e a imagem do CSFX, junto à comu-nidade do Vale do Aço.

Como já demonstrado na explanação realizada até aqui, esses dois últimos objetivos descritos acima foram plena-mente alcançados:

• Em 2013 – 88,65% de adesão dos alunos da 3a Série do CSFX (203 alunos do total de 229 alunos). Diferen-cial: Formação da Turma da Comunidade Externa (cap-tação de 68 alunos de outras instituições da região).

• Em 2012 – 98,34% de adesão dos alunos da 3a Série do CSFX (237 alunos, do total de 241 alunos).

Quanto ao alcance do 1o objetivo listado: “Melhorar o resul-tado dos alunos do CSFX nas edições do Exame Nacional do Ensino Médio”, aguardamos a divulgação do resultado da proficiência das escolas no Exame Nacional do Ensino Médio/2012, que acontece ao final do ano subsequente - 2013 (a data e o formato da divulgação fica a critério do Governo Federal).

Mas um fato nos evidencia a contribuição do Curso ENEM1500 na melhoria dos resultados alcançados pelos alunos do CSFX: o resultado dos nossos alunos nas se-leções para entrada nas universidades públicas, no ano de 2013, utilizando o desempenho individual no Exame Nacional do Ensino Médio/2012.

MatemáticaPortuguêsLiteraturaRedaçãoBiologiaQuímicaFísicaGeografiaHistóriaFilosofia/SociologiaInglês ou Espanhol/Artes

3 aulas1 aula1 aula1 aula2 aulas2 aulas2 aulas2 aulas2 aulas1 aula1 aula (de 15 em 15 dias)

DISCIPLINa Carga HorÁrIa

resultados do ENEm1500

Campanha aprovados/2013

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aprovações do CSFX em universidades públicas

No gráfico da página anterior observa-se que o número de aprovações em universidades públicas pelos alunos a 3a Série do Ensino Médio do CSFX seguia uma tendência de crescimento entre os anos de 2007 a 2010. Houve uma redução no número de aprovações no ano de 2011.

Com a implantação do ENEM1500, no ano de 2012, o CSFX retoma o crescimento no número de aprovações com uma taxa de variação bem superior ao que vinha acontecendo nos anos anteriores.

Ainda analisando os resultados gerados pela implantação do Curso ENEM1500, apontamos a geração de uma nova receita, que vem agregar valor ao resultado financeiro do segmento do Ensino Médio, junto ao resultado do CSFX.

Idealizado e realizado por uma equipe com foco na qualidade e na melhoria dos serviços oferecidos pelo CSFX – instituição que representa a Fundação São Francisco Xavier no Setor da Educação Básica - ape-sar de pouco tempo de existência (2012/2013), o Curso ENEM1500 vem fortalecendo a imagem do gru-po, na comunidade do Vale do Aço.

No gráfico acima, a tendência de crescimento no número de aprovações por aluno da 3ª Série do Ensino Médio do CSFX é interrompida no ano de 2011.

A partir da implantação do ENEM1500, em 2012, o CSFX retoma sua curva de crescimento.

rESULTaDo FINaNCEIro ENEm1500/2012 rESULTaDo FINaNCEIro ENEm1500/2013

Geração de Receita de Alunos do CSFX

Geração de Receita deAlunos do CSFX + Alunos da Comunidade Externa

R$ 21.870,00 R$ 81.630,00

Por ter se revelado uma ação que contribuiu para a melhoria dos resultados do CSFX, na entrada na Educação Superior, nas uni-versidades públicas, no ano de 2012/2013, o Curso ENEM1500 tem se mostrado uma “Prática Que Transforma” e, pela serieda-de e pelo empenho da equipe envolvida, merece ser a prática ganhadora do prêmio, em 2013 - um diferencial que confirma e eleva a qualidade dos serviços prestados pelo CSFX/FSFX.

Depoimentos

“Foi opção do André terminar o Ensino Médio no CSFX e sei que o formato de estudos enquadra-se muito bem ao que é exigido, hoje, nos vestibulares. Por isso, estou seguro em saber que o CSFX está preparando o meu filho, com bases firmes, para o

seu futuro acadêmico.”

Marcos Antônio CostaPai do aluno André Figueiredo Costa – 3a Série/CSFX

“Amigas minhas, de outras escolas, não consegui-ram terminar de resolver a prova do Exame Nacio-nal do Ensino Médio, porque não estavam familiari-zadas com a resolução de 90 questões em tempo hábil. Eu não tive esse problema! Esse foi mais um grande ganho que nós, alunos do CSFX tivemos,

tanto pelo Sistema de Avaliação da 3a Série quanto pela resolução de Simulados no Curso ENEM1500.”

Larissa Souza Oliveira Aluna 3a Série/Turma 305

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DIVERCREIOCICLO 2014/2015

a prática consistiu em reorganizar o recreio escolar dos alunos, principalmente com o objetivo de reduzir o número de acidentes que

aconteciam nesse período. Entre as mudanças propostas, foram incluídas atividades que despertassem o senso de responsabilidade, colaboração,

confiança, educação e respeito. E ainda com o desenvolvimento do raciocínio lógico e concentração.

Integrantes: Luciene Nascimento Cardoso, Kelly Cristina Leite, Marcia Bonicenha e Simone Brandão Almeida Barroso

A recreação compreende todas as atividades espon-tâneas, prazerosas e criadoras, que o ser humano busca para melhor ocupar seu tempo livre. Deve principalmente atender aos diferentes interesses das diversas faixas etárias.

A escola tem vivenciado um aumento de ansiedade nas crianças o que gera comportamento hiperativo em diversos locais, momentos, especialmente nos períodos de intervalos entre atividades formais. En-tendemos que estas situações estejam diretamente relacionadas à ausência de ações significativas nes-tes momentos de intervalos ou mesmo, pela falta de experiência com atividades que envolvam o espírito de colaboração e o respeito pela opinião do outro.

O recreio, por representar um intervalo maior entre as atividades previstas, torna-se um momento pas-sível de aumento da incidência de atos impulsivos tornando as brincadeiras perigosas e ocasionando acidentes dentro da escola, uma vez que a falta de opções, de estímulos positivos e de desconhe-cimento sobre o universo lúdico, podem ser ele-mentos capazes de influenciar atitudes de rebeldia. Além disso, existem as “competições” entre grupos existentes dentro da escola, que também utilizam da impulsividade para resolver desavenças.

De acordo com Lucon e Schwartz (2007) é por meio das situações de brincadeira que se pode desen-volver os vínculos afetivos e sociais positivos para, assim, poder viver em grupo e encontrar uma forma única ou principal de instrumentalizar a educação para a vida.

Introdução: o que e como foi feito

A finalidade do CSFX, ao desenvolver o Projeto DIVERCREIO, é “instrumentalizar todo processo de ensino/educação como meio de preparar os alunos para o exercício consciente da cidada-nia - formando o sentido de responsabilidade nas situações em que a participação, a criatividade o senso empreendedor, a cooperação, a disciplina, a ordem, o respeito, o caráter e o bom senso lhes forem exigidos como atitude de vida.”

Este projeto iniciou com a preocupação do Serviço de Orientação Educacional (SOE), juntamente com a Coordenação de Ensino Fundamental I com registros de diversos acidentes envolvendo alunos ocorridos no período do intervalo de recreio. A partir desta constatação o SOE iniciou em fevereiro de 2014 uma re-organização das atividades durante o recreio com continuidade até dezembro do ano de 2014, envolvendo os alunos do Ensino Fundamental I – do 1ª ao 5ª ano.

Inovar, organizar, vivenciar, respeitar, participar, divertir foram algumas das palavras chaves que envolveram os alunos e mo-nitores durante todo o ano de 2014 no período de recreio com estratégias de envolvimento para alunos. Foram realizadas reu-niões com monitores, coordenação, professores e alunos, para que todos tomassem consciência da importância da nova orga-nização do recreio. A partir daí, o recreio foi reorganizado com quatro setores em diferentes espaços, sendo dois horários de recreio: o primeiro para as turmas do 1ª ao 3ª anos e o segundo recreio para o 4ª e 5ª anos. Nos diferentes setores, brincadeiras e brinquedos ou jogos foram disponibilizados aos alunos.

Ao final de cada etapa letiva, o índice de acidentes e conflitos era analisado pelos monitores, Coordenação e SOE. Concluiu-se que o projeto aplicado conseguiu diminuir acidentes com alunos assim como evitar muitos conflitos gerados pelos mesmos no período fora da sala de aula.

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oBJETIVoS ProPoSToS Para oS aLUNoS

OBJETIVOS GERAIS• Diminuir acidentes com alunos no período de recreio escolar; • Desenvolver atitudes de educação e respeito;• Despertar senso de responsabilidade;• Estimular atitudes de colaboração e confiança entre monitores e demais alunos;• Proporcionar condições para que o aluno sinta a importância de sua participação em atividades escolares;• Desenvolver o raciocínio lógico, a concentração e a capacidade de obedecer às regras de cada jogo proposto;

OBJETIVOS ESPECIFICOS• Promover durante o recreio um ambiente fortalecedor das relações sociais e minimizar comportamentos

impulsivos, proporcionando aos alunos momentos de interação lúdica onde a expressão espontânea e organizadora capacidade relacional, se estruturem de maneira equilibrada de autônoma;

• Resgatar o recreio como um espaço relevante para o desenvolvimento biopsicossocial;• Integrar os alunos das diversas turmas um momento de lazer, oportunizando ou desenvolvendo postura

mais solidária e harmoniosa;• Contribuir para tornar a escola um espaço prazeroso;• Distribuir turmas envolvidas em dois recreios distintos.

MATERIAIS UTILIZADOS• Jogos tabuleiros: Damas, Uno,xadrez, Pictchureka, Lince, Torre e Copos e outros sugeridos pelos alunos• Jogo de ping pong• Bolas/cordas• Parquinho• Computador (sala de informática)• Livros• Aparelho de som

DESENVoLVImENTo

rEFLEXÕES - Salas de aula. Sensibilização e conscientizaçãoA Orientadora Educacional, Luciene Nascimento fez um levantamento do conceito do recreio junto aos alunos. Os mesmos puderam colocar suas opiniões e sugestões sobre como brincar e do que brincar durante o recreio para evitar acidentes e ainda manter um clima sempre harmonioso nas relações. As sugestões dos alunos foram ouvidas e foram registradas para, mais tarde, serem selecionadas. Uma das sugestões dadas pelos alunos foi a montagem de cantos de leitura pelos corredores da escola, sala de informática com jogos livres por turma e retomadas das brincadeiras com brinquedos antigos, como, por exemplo: pé de lata, dança das cadeiras, pula corda e xadrez.

ESCoLHa Do NomE Do ProJEToOs alunos fizeram a escolha do nome do projeto através de votação por turma. A seleção foi feita por uma banca avaliadora composta pela Coordenação/Supervisão e Orientação. Os finalistas foram: RECREAR RECRIANDO O RECREIO, PROJETO RECREIO, DIVERCREIO. Dentre os três selecionados o DIVERCREIO foi o vencedor.

ImPLaNTaÇÃo Do ProJEToNesta etapa aconteceu a reunião com monitoras envolvidas no projeto junto ao SOE e Coordenação. Foi montada a escala de setores de brincadeiras. Os responsáveis por cada setor providenciaram caixas plásticas de fácil manuseio e transporte para armazenar materiais do recreio. As caixas ficaram armazenadas no próprio setor. Esta fase do projeto foi avaliada pelos alunos envolvidos e coordenadores.

ImPLaNTaÇÃo Do ProJETo

Nesta etapa aconteceu a reunião com monitoras envolvidas no projeto junto ao SOE e Coordenação. Foi montada a escala de setores de brincadeiras. Os responsáveis por cada setor providenciaram caixas plásticas de fácil manuseio e transporte para armazenar materiais do recreio. As caixas ficaram armazenadas no próprio setor. Esta fase do projeto foi avaliada pelos alunos envolvidos e coordenadores.

Logo criada pela equipe

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LoCaIS SEgUNDa TErÇa QUarTa QUINTa SEXTaÁrea sala dos professores

40 41 42 50 51/52

Parquinho 51/52 40 41 42 50Pátio em frente à cantina

50 51/52 40 41 42

Lab. Informática 42 50 51/52 40 41

Ensino Fundamental I – 9h às 9h15min – 4o e 5o ano (maNHÃ)

LoCaIS SEgUNDa TErÇa QUarTa QUINTa SEXTaÁrea sala dos professores

JANE JANE JANE JANE JANE

Parquinho MAYNARA MAYNARA MAYNARA MAYNARA MAYNARAPátio em frente à cantina

SUELEN SUELEN SUELEN SUELEN SUELEN

Lab. Informática MONITOR MONITOR MONITOR MONITOR MONITOR

moNITorES - maTUTINo

LoCaIS SEgUNDa TErÇa QUarTa QUINTa SEXTaÁrea sala dos professores

10 11 20 30 31

Parquinho 31 10 11 20 30Pátio em frente à cantina

30 31 10 11 20

Lab. Informática 20 30 31 10 11

Ensino Fundamental I – 9h15min às 9h 30min – 1o / 2o e 3o ano (maNHÃ)

LoCaIS SEgUNDa TErÇa QUarTa QUINTa SEXTaÁrea sala dos professores

MAYNARA MAYNARA MAYNARA MAYNARA MAYNARA

Parquinho SUELLEN SUELLEN SUELLEN SUELLEN SUELLENPátio em frente à cantina

EUNICE EUNICE EUNICE EUNICE EUNICE

Lab. Informática MONITOR MONITOR MONITOR MONITOR MONITOR

TarDE - VESPErTINo

LoCaIS SEgUNDa TErÇa QUarTa QUINTa SEXTaÁrea sala dos professores

43 44 53 54 55

Parquinho 55 43 44 53 54Pátio em frente à cantina

54 55 43 44 53

Lab. Informática 53 54 55 43 44

Ensino Fundamental I – 14h45min às 15h – 4o e 5o ano (TarDE)

rESPoNSÁVEL LoCaL SEgUNDa TErÇa QUarTa QUINTa SEXTaMonitor lab LAB Cinema jogos cinema jogos cinemaJane Área sala dos

professoresTrava de futebol

jogos cinema jogos cinema

Maynara Parquinho Brinquedos do parquinho

Brinquedos do parquinhoQuebra cabeça

Dominó Brinquedos do parquinho

Pula elástico Brinquedos do parquinho

Brinquedos do parquinhoJogos da memória

Suelen Pátio frente a cantina

Ping pongPé de lata

Dança das cadeiras

Tapete de dança

Xadrez gigante Livros Revistinhas

Eunice Quadras de Ed. Física

Futebol QueimadaVôlei

Futebol QueimadaVôlei

Futebol QueimadaVôlei

Futebol QueimadaVôlei

Futebol QueimadaVôlei

Escala de Brincadeira por setor

LoCaIS SEgUNDa TErÇa QUarTa QUINTa SEXTaÁrea sala dos professores

12/13 21 22 32 33

Parquinho 33 12/13 21 22 32Pátio em frente à cantina

32 33 12/13 21 22

Lab. Informática 22 32 33 12/13 21

Ensino Fundamental I – 15h às 15h15min – 1o/ 2o e 3o ano (TarDE)

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DIVULGAÇÃO DAS INFORMAÇÕES PARA OS PAIS DOS ALUNOS

Durante a implementação do projeto, a Coordenação, juntamente com a Orientação Educacional e Supervisão Pedagógica enviou fotos dos alunos e informações sobre os objetivos do projeto às famílias por meio da agenda eletrônica semanal, como também em reuniões com pais. Durante as reuniões os pais verbalizavam a satisfação pela preocupação da escola com os alunos.

Agenda eletrônica enviada aos familiares sobre o projeto

Lições Aprendidas:

Ao criar estratégias e organizar o espaço no momento do recreio, percebemos que instigamos o exercício da autonomia e integração dos alunos, por meio da decisão, participação e efetivação das atividades propostas, apresentando mudanças de atitude de comportamento tanto em sala de aula como durante o recreio.Durante a operacionalização do Projeto levamos em consideração por muitas vezes a opinião dos alunos e respeito das atividades que os mesmos tinham interesse em desenvolver no recreio; isso nos permitiu uma maior aproximação, confiança e respeito por parte dos mesmos. Percebemos que quando os alunos decidem coletivamente as atividades a serem realizadas, identificam e fazem parte integrante do processo, dessa forma respeitam e cuidam para que todos vivenciem da melhor maneira possível as atividades propostas.Os participantes do projeto tiveram a oportunidade de dialogar e se expressar, seja por meio de atividades, reuniões em grupo quanto com alunos, criando e recriando ou até mesmo modificando estratégias a partir das sugestões dos alunos. Pudemos viabilizar oportunidades de cooperação, respeito e momentos de crescimento dos alunos no comportamento ou mesmo na organização de registro em sala de aula após o recreio, relativizando o conceito de intervenção no recreio como mais uma ferramenta de controle da disciplina na escola, organização em sala de aula como também uma forma de evitar acidentes graves não deixando de evidenciar a autonomia dos alunos, pois sem eles nada do que realizamos seria possível ou teria importância.

O projeto Divercreio ofereceu atividades lúdicas mais ade-quadas para o espaço da escola. Essa proposta pode trans-formar o período do recreio com mais organização, propor-cionando interação e integração entre alunos, construindo situações socioafetivas.

O projeto oportunizou aos alunos diferentes meios de adqui-rir conhecimentos, convivência saudável em grupos maiores, respeito aos colegas e às regras de cada jogo, respeito pelos funcionários da escola, interesse pela escola e habilidades fora da sala de aula, seu próprio valor e importância, dando uma nova visão de interação aos alunos.

No início da aplicação do projeto, observou-se que os alunos saiam para o recreio de forma desordenada, pois os mesmos ainda não tinham conhecimento do trabalho que seria de-senvolvido Nos primeiros dias houve pouca participação dos alunos, alguns, talvez por timidez, outros por desinteresse. Os que participavam agiam de forma desorganizada.

No decorrer da aplicação do projeto observou-se uma pro-cura maior por parte dos alunos com relação ao material e às atividades propostas, demonstrando preferência por um ou outro material/setor. Alguns dias depois os alunos já estavam habituados com a presença dos monitores e a organização das brincadeiras por setor.

CONCLUSÃO – RESULTADOS OBTIDOS

No ano de 2014, o Ensino Fundamental I registrou, junto ao setor de atendimento, apenas 05 (cinco) ocorrências para acidentes com alunos durante o recreio, considerando 630 alunos no pátio: Um aluno do 2ª ano foi picado por uma abelha; outro aluno, também do 2ª ano, torceu o pé ao correr; uma aluna do 4ª ano pisou na mão da outra colega; outra ao brincar de pique torceu o pé e quebrou o tornozelo, e por fim, uma aluna do 5ª ano, torceu o dedo.

“Ao acessar a agenda eletrônica do CSFX em minha casa, fiquei muito satisfeita com a escola. Pude observar que tem uma preocupação com meu filho duran-te o recreio, existe um cuidar. Ao mes-mo tempo em que ele brinca se diverti alguém está junto, há uma organização para que tudo aconteça em segurança. Tenho confiança em deixar meu filho em uma escola grande como o CSFX porque sei que existe organização e controle nas atividades propostas como exem-plo, o projeto Divercreio. Meu filho até a presente data não esteve envolvido em acidentes dentro da escola.”

Herondina Carla maia SalesMãe do Filipe Maia Sales da turma 43

“Durante o recreio antes do projeto, os alunos ficavam sem saber o que fazer. Era um corre corre e após o recreio eram muitos conflitos para resolver. Agora, os alunos querem ir para o recreio e já sabem em que setor a turma irá ficar. Voltam mais tranqüilos para a sala de aula.”

Delme, professora do Ensino Fundamental I

“O recreio ficou muito mais divertido. A cada dia da semana a turma tinha um lugar na escola que era só dela! Brincávamos com vários brinquedos colocados a nossa disposição. E se tivesse algum problema para resol-ver, a monitora do recreio sempre es-tava por perto. Na minha turma não teve nenhum um aluno que sofreu acidentes durante o ano. O projeto é muito bacana!”

Lélia BachaAluna da turma 43

O PROJETO DIVERCREIO alcançou resultados muito positivos, superando nossas expectativas:• Senso de pertencimento e valorização das sugestões dadas pelos alunos para definição da proposta do projeto;• Satisfação do aluno em poder participar de diferentes atividades programadas no momento do recreio;• Diminuição dos acidentes ocorridos com os alunos durante o recreio; • Organização das brincadeiras durante o recreio;• Diminuição de conflitos a serem resolvidos após o recreio pelo professor regente;• Menor procura dos alunos pela orientadora na resolução de conflitos;• Desenvolvimento de habilidades como concentração, obediência a regras e raciocínio lógico;• Manutenção de um ambiente harmonioso e propício à educação, a partir da convivência saudável dos alunos;

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SATISFAÇÃO DO CLIENTE

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a equipe de marcação de atendimentos por telefone implantou o envio de mensagens de texto por celular (SmS) para confirmar os atendimentos de consultas e revisões agendados. Com essa prática simples, foi possível agilizar e reforçar a comunicação com o cliente e proporcionar economia para a instituição.

Pensando em uma prática simples, em um canal rápido de comunicação com o cliente e em proporcionar uma economia para a instituição, a equipe de marcação de atendimentos por telefone iniciou em julho de 2013 o envio de mensagens para confirmação do atendimento de consultas e revisões através de mensagens de texto de celular (SMS). A ferramenta é uma conexão de resultado comprovado, que possui os seguintes benefícios:

Satisfação do Cliente:• Fortalecimento da imagem com clientes e colaboradores;• Avanço em Tecnologias• Comunicação rápida e eficaz com o cliente.

Economia:• Custo único para envio em todo o país, através de qualquer operadora;• Custo zero para setup e implantação;• Custo zero para manutenção, suporte, integração e treinamento.

Segurança da Informação:• Respeito à privacidade de quem recebe as mensagens, com informação apenas do número de IH –

Identidade Hospitalar;• Validação dos números de celulares destinatários antes do envio às operadoras;• Acesso aos relatórios de entrega de SMS.

Desenvolvimento

A prática é extensiva a todos os usuários das Unidades I e II do Hospital Márcio Cunha, sejam eles por meio de convênios, pelo Sistema Único de Saúde ou particular. As mensagens são enviadas no padrão SMS através do site www.zenvia360.com.br nas opções de SMS rápido (apenas uma mensagem), SMS para Grupo (no caso de criação de grupo específico de clientes) e SMS por arquivo (compilação de dados em um único arquivo), sendo este o utilizado no momento. As assistentes ou supervisora da área de marcação por telefone retiram o relatório de consultas e revisões marcados no Hosix, que gera um arquivo salvo em diretório específico na rede FSFX. Depois, basta acessar o site www.zenvia360.com.br com login e senha específicos, escolher a opção de envio por arquivo e disparar o envio das mensagens.

a mensagem chega no celular do cliente no seguinte formato: “Favor não responder. Confirmação IH: 4119983. Consulta HMC 2 / SALA104 dia 25/11/2013 às 15:30 hs. Cancelamento até 6 horas antes da consulta”.

CICLO 2013/2014

CONFIRMAÇÃO DE ATENDIMENTO ATRAVÉS DE SMS

as mensagens são enviadas com o seguinte cronograma:Segunda-feira: Envio da confirmação dos atendimentos que

serão realizados na Terça e Quarta - feira.Quarta-feira: Envio da confirmação dos atendimentos que

serão realizados na Quinta e Sexta - feira. Sexta-feira: Envio da confirmação dos atendimentos que

serão realizados no Sábado e Segunda - Feira.

No período de 08/07 julho a outubro/2013 foram enviadas 61.332 mensagens, sendo o custo de cada SmS r$ 0,10 centavos.

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Resultados A prática de envio de mensagem foi bem aceita pelos beneficiários, tivemos a oportunidade de aferir estes dados devido a prática ter sido divulgada na Intranet da empresa recebendo 130 curtidas e alguns comentários como os que seguem:

Lições aprendidas

• Aprendemos que a prática poderá ser de grande utilidade nas demais áreas da empresa, tanto que a Gerência de Consultórios implantou o aviso de SMS para cancelamento de consultas por afastamento médico.

• Outras áreas e serviços também podem se beneficiar pela prática como, por exemplo, Financeiro; Aviso de parcelas a vencer ou vencidas; Solicitação de contato com a Operadora/ Hospital; Código de barras para pagamento de faturas; campanhas de marketing e ações para fidelização do cliente.

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a prática surgiu em função de reclamações de clientes quanto à falha na comunicação, sendo os principais motivos: comparecimento em unidade, dia ou

horário diferente do marcado e o desconhecimento do cliente quanto ao preparo. Decidiu-se enviar ao cliente, por email, o preparo necessário para realização do

exame, bem como o comprovante de agendamento do atendimento. Como resultado, a prática trouxe queda expressiva nas reclamações relacionadas à comunicação.

CICLO 2014/2015

ENVIO POR EMAIL DO PREPARO E COMPROVANTE DE AGENDAMENTO DE EXAMES PARA O CLIENTE

Equipe: Claudinária Cristina Soares Paiva e Vanise Melo de Carvalho do Carmo

A Marcação de Atendimento por telefone iniciou em 30/06/2014 o envio do preparo de exames da Medicina Diagnóstica aos clientes que realizam os agendamentos destes exames através do telefone 3829 9600. No período de Janeiro/2013 a Ju-nho/2014, registrou-se 15 ocorrências registradas devido à falha de comunica-ção sendo os principais motivos:

• O cliente comparecia em unidade, dia ou horário diferente do marcado;

• O cliente informava não saber que o exame necessitava de preparo;

• O cliente não anotava o preparo cor-retamente ou por completo;

• O atendente não informava o preparo completo.

Desenvolvimento

Buscando uma forma de minimizar os transtornos causados ao cliente e a perda financeira das áreas, foram iniciados testes com o sistema de gestão hospitalar para verificar a melhor forma para envio do comprovante de atendimento e o preparo do exame ao cliente através de e-mail. Foi criado ainda uma caixa postal FSFX – HMC – Marcação Telefone para ser o e-mail remetente das mensagens, bem como elaborado texto e assinatura padrões encaminhados ao cliente, conforme imagem abaixo.

Também foi alterado o script de atendimento. Dessa forma, no momento do agendamento as atendentes passaram a perguntar ao cliente se o mesmo possui e-mail para recebimento do comprovante de agendamento e preparo. Assim, o cadastro no sistema de gestão hospitalar foi atualizado com este dado, acrescentando que se não ocorrer o recebimento no mesmo dia, é preciso que o cliente entre em contato com a Fundação para verificação.

No sistema foram salvos o comprovante e o preparo em formato PDF, que seguem em anexo no Outlook para envio ao cliente. A mensagem enviada é direcionada aos itens enviados da Caixa Postal FSFX – HMC – Marcação Telefone e estas mensagens posteriormente são salvas pela assistente por um período de três meses no diretório G:\SPRC\Gestão\Mar-cação por telefone e Central telefônica\Supervisão\Confidencial\E-mail confirmação e preparo.

resultados

A partir de sua implantação 30/06/2014 a 31/12/2014 a equipe teve apenas nove ocorrências registradas, referente a falhas na comunicação. Contudo, apenas uma referente ao envio do e-mail com o comprovante de agendamento e preparo (Ocorrência nª 64319 – Módulo de ocorrências/CSPS).

A equipe concluiu que com pequenas práticas e utilizando a tecnologia ao nosso favor, é possível fortalecer o relacio-namento com o cliente, garantindo o seu atendimento e a sua satisfação. Com o envio do e-mail, ele está de posse das informações necessárias para não se esquecer do dia, hora, unidade do atendimento e principalmente realizar o preparo de forma correta e assim evitar perda financeira para a instituição.

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IDEIAS QUE TRANSFORMAM

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BOLSA PARA TRANSPORTE DE LÂMPADAS FLUORESCENTES

UTILIZAÇÃO DE UM BRAÇO ARTIFICIAL NAS ORIENTAÇÕES DE AUTO CUIDADO COM FÍSTULA ARTERIOVENOSA

CICLO 2013/2014 CICLO 2014/2015

AutoresGeraldo do Carmo Costa, Marco Antônio Coura Bueno, José Maria Alvarenga, Jaqueline Rola, e Walassy Silvério

ProblemaO Colégio São Francisco Xavier possui, aproximadamente, 60 salas de aula, com 30 lâmpadas fluorescentes cada sala, além das salas administrativas. Em mé-dia, são trocadas 125 lâmpadas por mês. O período para trocar as lâmpadas é restrito ao intervalo das 12h às 13h. Com isso, a movimentação das lâmpadas e escadas deve ser feita com muito cuidado e agilidade. Atualmente, as lâm-padas são transportadas em suas caixas originais de embalagem que, muitas vezes, se desfazem e não resistem aos impactos, exigindo um maior tempo para o processo de transporte e, às vezes, quebra das lâmpadas. É importante salientar que o processo atual apresenta risco de acidente para o colaborador e alunos. Em média são trocadas 800 lâmpadas/mês em toda a Fundação São Francisco Xavier.

Solução / IdeiaConfeccionar bolsas em lona para abrigar as lâmpadas fluorescentes no mo-mento da troca nas diversas unidades da Fundação São Francisco Xavier.

Recursos Necessários60 cm de lona para a bolsa e velcro para fechamento.

Previsão de CustoFornecedor: Capotaria Brandão - R$ 40,00 (Quarenta reais)Durabilidade: pelo material utilizado (lona), em média 2 anos.

Benefícios esperados- Melhorar o processo de troca de lâmpadas, reduzindo o tempo gasto;- Reduzir os riscos de acidentes com o colaborador e alunos durante o trans-porte e troca das lâmpadas;- Reduzir custo com quebras de lâmpadas durante o transporte e troca.

AutoraPatriciane Bastos Guimarães

ProblemaA Fístula Arteriovenosa (FAV) é um acesso vascular definitivo confeccionado por meio de cirurgia de pequeno porte nos membros superiores realizada para o tratamento dialítico. Depois de realizada a cirurgia, os pacientes e familiares pre-cisam ser orientados pelos profissionais da assistência sobre alguns cuidados. Percebe-se que, durante as orientações, há dificuldade por parte dos ouvintes em assimilar o que realmente representa a cirurgia.

Solução / IdeiaA idéia utilizar um braço artificial para ilustrar as orientações e, proporcionar ao paciente e ao familiar, o entendimento necessário sobre os cuidados com a FAV. Ao utilizar o braço artificial, as pessoas conseguem entender, por meio da demonstração, o processo que expõe a área interna onde ocorre a anastomose.

Recursos NecessáriosUm braço artificial, confeccionado de tecido, contendo área interna lavável com os vasos sanguíneos e anastomose.

Benefícios esperados- Otimizar as orientações ofertadas para o paciente no período pré e pós confecção da FAV, conscientizando o paciente e familiar sobre a necessidade do auto cuidado no membro que apresenta a FAV, facilitando a compreensão do paciente e família, através da dinâmica e visibilidade de como é feita.

 

 

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VENOSCÓPIO

CICLO 2013/2014

AutoresDanyel Erich Duarte Dias e Carmem Lúcia Soares e Santos

ProblemaDevido ao número repetitivo de punções em pacientes de difícil acesso venoso, muitas vezes, o procedimento acarreta em ansiedade, dor e hematoma. Há ainda um maior número de materiais gastos com o procedimento e abertura de sítio de possíveis infecções. Outro fator identificado é a necessidade de interconsulta com Cirurgião Geral para punção de Cateter Venoso Central (CVC) por dificuldade de acesso periférico, o que gera, consequentemente, o aumento do número de infecção hospitalar por CVC; aumento do número de Flebite (Inflamação da rede venosa) e dificuldade de visualização / palpação da rede venosa.

Solução / IdeiaAquisição/implantação de um novo método tecnológico denominado Venoscópio, equipamento este que por uma simples projeção de luz é capaz de permear o tecido subcutâneo e permite a visualização de uma veia específica antes de puncioná-la, minimizando a dor e ansiedade dos pacientes submetidos a este processo na instituição.

Recursos Necessários• Aquisição do material em parceria com as empresas já cadastradas (B.Braun) • Compra do aparelho • Treinamento de pessoal para manipulação do equipamento • Comodato • Valor de mercado com valor entre R$ 700,00 a R$ 1.000,00 • Profissionais com conhecimento sobre o instrumento / representante do fornecedor.

Benefícios esperadosRedução de custos, devido a quantidade de materiais utilizados relacionados a maior eficácia do processo, com o auxílio do produto • Maior segurança e bem estar do paciente e funcionário • Visualização da rede venosa de forma rápida e precisa, com avaliação do calibre, trajeto e permeabilidade do acesso • Efetivo auxílio na punção do acesso em pacientes críticos, obesos, pele negra, crianças, recém nascidos • Otimização da punção/coleta • Redução de flebite • Redução de Infecção hospitalar • Redução da necessidade de avaliação com Cirurgião Geral para punção de acesso venoso cen-tral • Aumento do índice de satisfação do cliente • Redução de dor, hematoma e insatisfação do cliente • Redução da necessidade de garroteamento que interrompe de forma temporária o fluxo sanguíneo alterando possíveis parâmetros bioquímicos / hematológicos • Reduz necessidade da segunda punção • Inovação.

PADRONIZAÇÃO DE CORES PARA TROCA DE EQUIPOS

CICLO 2014/2015

AutorasMatilde Oliveira e Bruna Maria de Oliveira

ProblemaA identificação atualmente é realizada por fita adesiva e a data escrita a caneta. A codificação por cores estabelece uma melhor identificação na visualização diferenciada por cores.

Solução / IdeiaA ideia consiste em identificar os equipos (um tubo de material flexível que conecta o frasco de soro com a dieta à sonda do paciente) nos setores de internações do HMC, com o objetivo de garantir a troca correta a cada 72 horas e minimizar riscos de infecção, conforme preconização da ANVISA (www.anvisa.gov.br/servicosaude).

Recursos Necessários• Fitas adesivas coloridas• Tabela com definição/padronização de cores

Benefícios esperados•Troca correta de equipos a cada 72 horas diminuindo as possibilidades de infecção hospitalar por bacteremia, septicemia, choque pirogênico e flebites.• Redução de permanência hospitalar, gastos com antibióticos.

DIADASEMANA

SEGUNDA TERÇA QUARTA QUINTA SEXTA SáBADO DOMINGO

CORDODIA

VERDE AMARELO AZUL LARANJA PRETO VERMELHO BRANCO

CORDATROCA

PRETO VERMELHO BRANCO VERDE AMARELO AZUL LARANJA

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REAPROVEITAMENTO DE ÁGUA POTÁVEL

CICLO 2014/2015

AutoresInes Alves dos Santos, Charlene Keika Lomar Araujo Nascente, Danubia Reis e Karylle Rayane de Souza

ProblemaAo realizar a limpeza das caixas d’água, é desprezado grande volume de água potável (estima-se 220mil litro de água a cada seis meses).

Solução / IdeiaA ideia seria a construção de um reservatório (subterrâneo) pressurizado para reutilizar esta água. O reaproveitamento dessa água servirá para irrigar jardins, realizar limpezas externas entre outros. Recebendo o tratamento adequado, poderá ser reaproveitada no próprio ambiente hospitalar.

Recursos Necessários• Materiais de construção• Mão de obra• Espaço já disponível

Benefícios esperadosOs benefícios são de impacto ambiental, com a redução de custo com caminhão pipa para irrigação de jardins e a redução do custo com água potável.

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Luís Márcio Araújo RamosDiretor-Executivo da Fundação São Francisco Xavier e Usisaúde

Adriana Leite Chaves QuintelaSuperintendente de Gestão

Mauro Oscar Soares de Souza LimaSuperintendente do Hospital Márcio Cunha

Adseu álvares de AndradeSuperintendente de Planos de Saúde

Solange Liége dos Santos PradoSuperintendente do Colégio São Francisco Xavier

Carlos Antônio de SouzaSuperintendente do Centro de Odontologia Integrada

Amália Regina Lage LeãoSuperintendente de Segurança do Trabalho, Saúde Ocupacional e Meio Ambiente

José Carlos de Carvalho GallinariAssessor Especial de Relações Institucionais

Alessandra Pinto SimõesAssessora de Desenvolvimento Estratégico e Qualidade

Alexandre Albuquerque GuimarãesAssessor da Auditoria Corporativa

Felipe Lannes de Aguiar PachecoAssessor Jurídico

Érica Pascoal FernandesAssessora de Comunicação

FICHA TÉCNICA

Produção | Assessoria de Comunicação

Textos | Assessoria de Comunicação e Assessoria de Desenvolvimento Estratégico e Qualidade

Design e diagramação | Café c/ Design

Fotografia | Arquivo FSFX, Nilmar Lage, João Rabelo e Gustavo Jácome

EXPEDIENTE

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