programa de relaÇÕes pÚblicas para a … · elaborada com informações coletadas no briefing e...

118
UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA CENTRO DE COMUNICAÇÃO, TURISMO E ARTES DEPARTAMENTO DE COMUNICAÇÃO CURSO DE GRADUAÇÃO EM RELAÇÕES PÚBLICAS DEBORAH GABRIELA FERNANDES ALVES ISABELLY FERREIRA MONTEIRO PROGRAMA DE RELAÇÕES PÚBLICAS PARA A ASSOCIAÇÃO CULTURAL BRASIL-JAPÃO DA PARAÍBA (ACBJ-PB) JOÃO PESSOA/PB 2017

Upload: lamngoc

Post on 09-Nov-2018

214 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

CENTRO DE COMUNICAÇÃO, TURISMO E ARTES

DEPARTAMENTO DE COMUNICAÇÃO

CURSO DE GRADUAÇÃO EM RELAÇÕES PÚBLICAS

DEBORAH GABRIELA FERNANDES ALVES

ISABELLY FERREIRA MONTEIRO

PROGRAMA DE RELAÇÕES PÚBLICAS PARA A ASSOCIAÇÃO

CULTURAL BRASIL-JAPÃO DA PARAÍBA (ACBJ-PB)

JOÃO PESSOA/PB

2017

DEBORAH GABRIELA FERNANDES ALVES

ISABELLY FERREIRA MONTEIRO

PROGRAMA DE RELAÇÕES PÚBLICAS PARA A ASSOCIAÇÃO CULTURAL

BRASIL-JAPÃO DA PARAÍBA (ACBJ-PB)

Trabalho de conclusão de curso de graduação

apresentado ao Centro de Comunicação, Turismo e

Artes da Universidade Federal da Paraíba como

requisito parcial para a obtenção do título de

Bacharel (a) em Relações Públicas.

Orientador: Prof. Me. André Luiz Dias de França

JOÃO PESSOA/PB

2017

Catalogação da Publicação na Fonte.

Universidade Federal da Paraíba.

Biblioteca Setorial do Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes (CCHLA).

Alves, Deborah Gabriela Fernandes.

Programa de relações públicas para a Associação Cultural Brasil- Japão

da Paraíba (ACBJ-PB). / Deborah Gabriela Fernandes Alves, Isabelly Ferreira

Monteiro.- João Pessoa, 2017.

117f.:il.

Monografia (Graduação em Relações públicas) – Universidade

Federal da Paraíba - Centro de Comunicação, Turismo e Artes.

Orientador: Prof.º Me. André Luiz Dias de França

1. Comunicação social. 2. Relações públicas. 3. Terceiro setor. 4.

Programa de Relações Públicas - Japão. I. Monteiro, Isabelly

Ferreira. I. Título.

BSE-CCHLA CDU 316.77

DEBORAH GABRIELA FERNANDES ALVES

ISABELLY FERREIRA MONTEIRO

PROGRAMA DE RELAÇÕES PÚBLICAS PARA A ASSOCIAÇÃO CULTURAL

BRASIL-JAPÃO DA PARAÍBA (ACBJ-PB)

Trabalho de conclusão de curso de graduação

apresentado ao Centro de Comunicação, Turismo e

Artes da Universidade Federal da Paraíba como

requisito parcial para a obtenção do título de Bacharel

(a) em Relações Públicas.

RESULTADO: NOTA:

João Pessoa, de de .

BANCA EXAMINADORA

Prof. Me. André Luiz Dias de França (orientador)

Universidade Federal da Paraíba

Profª. Ma. Ana Priscila Gesteira (examinadora)

Universidade Federal da Paraíba

Profª. Ma. Andréa Karinne Albuquerque Maia (examinadora)

Universidade Federal da Paraíba

AGRADECIMENTOS

Por Deborah Gabriela Fernandes Alves

Agradeço primeiramente a Deus, pela saúde, coragem e força de vontade de seguir firme

em todas as etapas da vida.

Agradeço principalmente a minha mãe (Carmencita Fernandes Alves) por apoiar minhas

decisões sem julgamentos, escolhendo sempre o meu bem-estar. Agradeço também a minha tia

(Walquiria Helena Araújo) pelo suporte e ensinamentos ao longo da minha trajetória, ah... E as

caronas!

Gostaria também de agradecer ao #Nozes (Ângelo Ramalho, Amanda Azevedo, Gabriel,

Gutemberg Cardoso, Isabelly Monteiro e Thâmara Roque) por terem sido os melhores amigos de

turma que alguém pode ter principalmente Guto, o melhor Relações Públicas que você respeita!

O que teria sido da minha vida acadêmica sem você?

Gostaria de fazer um agradecimento especial a Jordany Monteiro, que nessa jornada

aguentou meus ataques de stress e sempre ajudou quando necessário! Amo você Unnie! Obrigada

pelo apoio e pelos puxões de orelha! Eu e Isa estaríamos perdidinhas sem você!

Massao Mitsunaga, obrigada por ter sido meu conselheiro ao logo desse caminho, não

deve ter sido fácil aguentar os meus stress pré-TCC/PM. Obrigada pelas dicas e suporte.

Agradeço também ao nosso orientador MARAVILHOSO (André Luiz Dias de França)!

André você é demais! Obrigada pela dedicação e interesse! Você me ensinou muita coisa nesse

tempo e eu sou eternamente grata por isso! Obrigada por cuidar da gente por todo esse tempo!

Gostaria também de agradecer a nossa banca (Ana Priscila Gesteira e Andréa Karinne

Albuquerque Maia) por serem excelentes profissionais da área e ótimas professoras! Foi uma

experiência incrível conhecer pessoas tão maravilhosas!

Agradeço também a diretoria da Associação Cultural Brasil-Japão da Paraíba,

principalmente Takako Watanabe e Tereza Mitsunaga por permitir a realização do nosso trabalho

e nos apoiar de maneira tão positiva!

Isabelly... Obrigada! Obrigada por aguentar minhas crises, meus gritos, minhas felicidades

quer dizer... Nossa felicidade, afinal nada disso teria sido possível se você não tivesse aceitado

ser minha parceira do crime! Talvez você não saiba, mas algumas vezes pensei em desistir do

curso, mas me mantive firme porque sabia que podia contar com você e juntas poderíamos realizar

nosso sonho de nos graduar! Espero levar você não só nesse momento, mas para minha vida toda!

Obrigada!

Por Isabelly Ferreira Monteiro

Assistindo a uma determinada série, aprendi que a vida é uma grande tela que está sendo

constantemente pintada, e que cada cor e traço adicionado, é um indivíduo que esteve presente.

Então, são tantos agradecimentos, tantas pessoas que nem fazem mais parte da minha vida, mas

que estão presentes nas entrelinhas dessa graduação.

Primeiramente sou extremamente grata ao Universo por ter conspirado o envolvimento de

pessoas ímpares na minha existência. Começando pela minha família, que com todo amor do

mundo me ensinaram que a maior herança que podemos carregar é o conhecimento. Além disso,

louvo a Deus pela a paciência e compreensão do mundo inteiro que tiveram comigo nestes últimos

meses [e sempre <3]. Agradeço especialmente a minha yeo-dong-saeng! Te amo Jords, muito

obrigada por TODO o apoio e participações em nosso trabalho, sério mesmo.

Não poderia deixar de agradecer a Rafaella Vieira e Amanda Jacob, que me aturaram em

todos os choros nos estudos de Cálculo I e me apoiaram na mudança de curso. Além da galerinha

dos apto 102 e 1003, e Heitor Felix.

Em humanas, fiz os melhores amigos que um curso poderia me permitir. Conheci João da

política e o Nozes (Ângelo, Amanda, Deborah, Gabriel, Gutemberg e Thâmara), obrigada a todos

por tudo que me ensinaram e construímos ao longo desse percurso, principalmente Guto que

ajudou intensamente a cada um de nozes.

Gostaria de demonstrar toda a minha gratidão a todos os professores do curso de RP.

Particularmente Ana Priscila e Andréa que aceitaram o nosso convite para participar da banca,

vocês são excepcionais. E ao nosso sensei orientador, nosso supeeer Batman, que não se assustou

quando o chamamos na escada para ser o nosso guia. Que nos aguentou e nos ajudou nessa

caminhada tcc-nática, com todo o seu conhecimento, participações nos nossos eventos e puxadas

de orelha. Muito obrigada André.

Agradeço imensamente a Takako e a Tereza, que juntamente com a diretoria da

Associação Cultural Brasil-Japão da Paraíba, abriram as portas da associação e nos apoiaram para

a realização desse trabalho.

Queria agradecer a um determinado cupcake rosa, pois sem ele não teria conhecido my

person, que me ensinou a persistir e que me aguenta desde então em todos os trabalhos da UF, em

meus dramas e aventuras. Sem Deborah, esse trabalho não seria possível. Obrigada nega, por ter

tido a ideia maravilhosa de realizar esse trabalho na ACBJ-PB. Obrigada por saber que eu sempre

posso contar contigo.

Enfim, o meu mais sincero obrigada a todos que foram cores e traços em minha vida

pessoal, profissional e acadêmica.

“Purse First"

(Bob The DragQueen)

RESUMO

O presente trabalho tem como objetivo a criação e execução de um Programa de Relações

Públicas para a Associação Cultural Brasil-Japão da Paraíba. Por meio da pesquisa institucional,

elaborada com informações coletadas no briefing e dados fornecidos em entrevista com os

diretores, foi possível averiguar as dificuldades comunicacionais e os fatores que contribuíram

para a visibilidade do local. Após analisar os dados e elaborar um diagnóstico foi criado um

programa de Relações Públicas, onde foram propostas várias ações das quais, três foram

escolhidas para serem executadas de acordo com os objetivos expostos. Assim, ao final desse

programa, pode-se perceber a importância do profissional de relações públicas dentro das

organizações, principalmente no que se refere ao terceiro setor.

Palavras-chave: Comunicação Social. Relações Públicas. Japão. Terceiro Setor. Programa de

Relações Públicas.

ABSTRACT

The following project has the objective of creating and executing a program of Public Relations

for the Associação Cultural Brasil-Japão da Paraíba (Brazil-Japan Cultural Association of

Paraiba). By doing an institutional research, elaborated with informations collected in briefings

and data provided in interviews with the directors, it was possible to verify communication

difficulties and the factors that contributed for the visibility of the location. After the analysis

of the data and the elaboration of a diagnosis, it was decided to create a Public Relations

program where many actions were proposed, from those, three were chosen to be executed

according to the objectives exposed. At the end of this program, the importance of a public

relations professional inside a organization is clear, specially regarding the third sector.

Keywords: Social Communication. Public Relations. Japan. Third Sector. Public Relations

Program.

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Organograma da ACBJ-PB ...................................................................................... 18

Figura 2 - Espaço externo da ACBJ-PB – antes ....................................................................... 20

Figura 3 - Espaço externo da ACBJ-PB – depois ..................................................................... 21

Figura 4 - Logotipo da ACBJ-PB ............................................................................................. 21

Figura 5 - Fluxograma da Pesquisa de Opinião ........................................................................ 32

Figura 6 - Logotipo evento Hanbai-bi ...................................................................................... 60

Figura 7 - Evento Hanbai-bi na plataforma Facebook ............................................................. 61

Figura 8 - Imagens dos artefatos dispostos no evento do Facebook ........................................ 62

Figura 9 - Imagens dos artefatos dispostos no evento do Facebook ........................................ 62

Figura 10 - Fotos do evento Hanbai-bi .................................................................................... 62

Figura 11 - Fotos do evento Hanbai-bi .................................................................................... 63

Figura 12 - Alcance do evento Hanbai-bi ................................................................................ 69

Figura 13 – Ação 1: Alcance da divulgação na página da ACBJ-PB no Facebook ................. 70

Figura 14 - Divulgação da ação na página do Facebook .......................................................... 72

Figura 15 - Divulgação da ação na página do Facebook .......................................................... 72

Figura 16 - Imagens das oficinas .............................................................................................. 73

Figura 17 – Ação 2: Alcance da divulgação na página da ACBJ-PB no Facebook ................. 81

Figura 18 - Imagem do vídeo institucional ............................................................................... 83

Figura 19 - Imagens do vídeo institucional .............................................................................. 84

Figura 20 - Fórmula para cálculo da amostra ........................................................................... 90

Figura 21 - Cálculo da amostra................................................................................................. 90

Figura 22 - Imagem do quadro de avisos da ACBJ-PB ............................................................ 99

LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1 - Sexo dos participantes da pesquisa ........................................................................ 33

Gráfico 2 – Idade dos participantes .......................................................................................... 34

Gráfico 3 - Estados ................................................................................................................... 35

Gráfico 4- Você tem interesse pela cultura japonesa? .............................................................. 36

Gráfico 5 - O que mais te interessa dentro dessa cultura? ........................................................ 37

Gráfico 6 - Você participa de alguma atividade relacionada à cultura Nipônica? ................... 38

Gráfico 7 - Teria interesse em participar? ................................................................................ 39

Gráfico 8 - Atividades .............................................................................................................. 40

Gráfico 9 - Você já ouviu falar da Associação Cultural Brasil - Japão da Paraíba? ................ 41

Gráfico 10 - Que meios de comunicação você costuma utilizar para se manter informado?... 43

Gráfico 11 - Ação 1: Você já conhecia a ACBJ-PB? ............................................................... 65

Gráfico 12 - Você gostou do evento? ....................................................................................... 65

Gráfico 13 - A venda de garagem atendeu a sua expectativa? ................................................. 66

Gráfico 14 – Ação 1: Satisfação quanto a estrutura do evento ................................................. 66

Gráfico 15 - Ação 1: Satisfação quanto ao acolhimento no evento.......................................... 67

Gráfico 16 - Preço era acessível? ............................................................................................. 67

Gráfico 17 - Voltaria à outra venda de garagem? ..................................................................... 68

Gráfico 18 - Meio que ficou sabendo do evento ...................................................................... 68

Gráfico 19 - Ação 2: Você já conhecia a ACBJ? ..................................................................... 75

Gráfico 20 - Você gostou da oficina? ....................................................................................... 76

Gráfico 21 - Você gostou da didática do sensei?...................................................................... 76

Gráfico 22 – Ação 2: Satisfação quanto a estrutura do evento ................................................. 77

Gráfico 23 - Participação em outros eventos ............................................................................ 78

Gráfico 24 - Você pagaria por esse evento? ............................................................................. 78

Gráfico 25 - Quanto pagaria por esse evento? .......................................................................... 79

Gráfico 26 – Ação 2: Satisfação quanto ao acolhimento no evento ......................................... 79

Gráfico 27 - Foi fácil realizar a inscrição? ............................................................................... 80

LISTA DE QUADROS

Quadro 1 - Análise de SWOT .................................................................................................. 26

Quadro 2 - Cronograma da pesquisa de opinião pública .......................................................... 31

Quadro 3 - Orçamento da POP ................................................................................................. 31

Quadro 4 - O que você sabe sobre a ACBJ-PB ........................................................................ 42

Quadro 5 - Orçamento da ação 1 .............................................................................................. 63

Quadro 6 - Cronograma da ação 1 ............................................................................................ 64

Quadro 7 - Orçamento da ação 2 .............................................................................................. 74

Quadro 8 - Cronograma da ação 2 ............................................................................................ 74

Quadro 9 - Orçamento da ação 3 .............................................................................................. 85

Quadro 10 - Cronograma da ação 3 .......................................................................................... 85

11

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ACBJ-PB – Associação Cultural Brasil-Japão da Paraíba

CNPJ - Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica

ONG - Organizações Não Governamentais

RP – Relações Públicas

SWOT – Strenghts (Forças), Weaknesses (Fraquezas), Opportunities (Oportunidades) e

Threats (Ameaças)

UFPB – Univerdade Federal da Paraíba

12

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 15

2 PESQUISA INSTITUCIONAL .................................................................................. 16

2.1 HISTÓRICO .................................................................................................................. 16

2.2 ESTRUTURA ORGANIZACIONAL ........................................................................... 17

2.2.1 Dados cadastrais da organização ......................................................................................... 17

2.2.2 Organograma ....................................................................................................................... 18

2.3 PRINCÍPIOS OPERACIONAIS ................................................................................... 19

2.3.1 Estrutura Física .................................................................................................................... 20

2.3.2 Relação entre cultura e o clima organizacional ................................................................... 22

2.4 SITUAÇÃO ATUAL .................................................................................................... 22

2.4.1 Modernização ...................................................................................................................... 22

2.4.2 Serviços e atividades oferecidas .......................................................................................... 23

2.4.3 Situação da organização no mercado .................................................................................. 23

2.4.4 Concorrência ....................................................................................................................... 23

2.5 RELAÇÕES COM OS PÚBLICOS .............................................................................. 24

2.6 SISTEMA DE COMUNICAÇÃO E PROMOÇÃO INSTITUCIONAL ....................... 24

2.7 ANÁLISE DO CENÁRIO ORGANIZACIONAL ......................................................... 25

3 PESQUISA ................................................................................................................... 28

3.1 JUSTIFICATIVA ........................................................................................................... 28

3.2 PROBLEMATIZAÇÃO ................................................................................................. 29

3.3 OBJETIVO GERAL ....................................................................................................... 29

3.4 OBJETIVOS ESPECÍFICOS .......................................................................................... 29

3.5 HIPÓTESES ................................................................................................................... 29

3.6 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS .................................................................... 30

3.6.1 Identificação do Universo e Seleção da Amostra ................................................................ 30

3.6.2 Métodos para a coleta de dados ........................................................................................... 30

3.7 CRONOGRAMA ............................................................................................................ 31

3.8 ORÇAMENTO ............................................................................................................... 31

3.9 TABULAÇÃO, ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS DADOS. ............................... 32

3.10 CONSIDERAÇÕES DA PESQUISA ........................................................................... 44

4 DIAGNÓSTICO ............................................................................................................. 45

5 PROGNÓSTICO ........................................................................................................... 47

6 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ............................................................................... 48

6.1 JAPÃO E BRASIL ........................................................................................................ 48

6.2 CULTURA ..................................................................................................................... 49

13

6.3 TERCEIRO SETOR ...................................................................................................... 50

6.4 PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO ATRELADO AO MARKETING ..................... 51

6.4.1 Eventos ................................................................................................................................ 52

6.4.2 Vídeo institucional .............................................................................................................. 52

6.4.3 A organização no ciberespaço ............................................................................................. 53

6.5 O PAPEL DAS RELAÇÕES PÚBLICAS E O TERCEIRO SETOR ........................... 53

7 PROGRAMA DE RELAÇÕES PÚBLICAS .............................................................. 56

7.1 TÍTULO ............................................................................................................................ 56

7.2 JUSTIFICATIVA .......................................................................................................... 56

7.3 OBJETIVOS .................................................................................................................. 56

7.3.1 Objetivo Geral .................................................................................................................... 56

7.3.2 Objetivos Específicos ......................................................................................................... 56

7.4 PÚBLICO-ALVO ......................................................................................................... 57

7.5 AÇÕES .......................................................................................................................... 57

8 PLANEJAMENTO DAS AÇÕES EXECUTADAS.................................................... 59

8.1 I HANBAI-BI ACBJ-PB (VENDA DE GARAGEM) ................................................... 59

8.1.1 Tema ...................................................................................................................................... 59

8.1.2 Justificativa............................................................................................................................ 59

8.1.3 Público-alvo .......................................................................................................................... 59

8.1.4 Objetivos ............................................................................................................................... 59

8.1.5 Estratégias ............................................................................................................................. 60

8.1.6 Recursos necessários ............................................................................................................. 63

8.1.7 Cronograma ........................................................................................................................... 64

8.1.8 Avaliação ............................................................................................................................... 64

8.2 OFICINA DE ARTES MARCIAIS .............................................................................. 71

8.2.1 Tema ...................................................................................................................................... 71

8.2.2 Justificativa............................................................................................................................ 71

8.2.3 Público-alvo .......................................................................................................................... 71

8.2.4 Objetivos ............................................................................................................................... 71

8.2.5 Estratégias ............................................................................................................................. 72

8.2.6 Recursos necessários ............................................................................................................. 73

8.2.7 Cronograma ........................................................................................................................... 74

8.2.8 Avaliação ............................................................................................................................... 75

8.3 VÍDEO INSTITUCIONAL .......................................................................................... 82

8.3.1 Tema ...................................................................................................................................... 82

8.3.2 Justificativa............................................................................................................................ 82

8.3.3 Público-alvo .......................................................................................................................... 82

8.3.4 Objetivos ............................................................................................................................... 82

8.3.5 Estratégias ............................................................................................................................. 83

14

8.3.6 Recursos necessários ............................................................................................................. 84

8.3.7 Cronograma ........................................................................................................................... 85

8.3.8 Avaliação ............................................................................................................................... 85

9 CONSIDERAÇÕES FINAIS ........................................................................................ 87

REFERÊNCIAS .................................................................................................................... 88

APÊNDICE A ........................................................................................................................ 90

APÊNDICE B ........................................................................................................................ 91

APÊNDICE C ........................................................................................................................ 93

APÊNDICE D ........................................................................................................................ 99

APÊNDICE E ...................................................................................................................... 100

APÊNDICE F ...................................................................................................................... 101

APÊNDICE G ..................................................................................................................... 102

APÊNDICE H ..................................................................................................................... 105

ANEXO I ............................................................................................................................. 106

15

1 INTRODUÇÃO

Muitas organizações possuem o potencial necessário para se tornarem referência no

mercado. No entanto, existem fatores que podem atrapalhar o desempenho das mesmas, como

por exemplo, a falta de um planejamento estratégico que pode desencadear uma série de

problemas dentro da instituição. Dessa forma, a inserção de um profissional capaz de suprir e

gerir as necessidades de comunicação dessa entidade pode ser primordial.

Diante desse fato, vimos a necessidade da criação e execução de um programa de

Relações Públicas para a Associação Cultural Brasil-Japão da Paraíba onde fosse possível,

através de etapas planejadas, analisar quais fatores estão contribuindo para a visibilidade do

local e de que forma a inserção de um profissional de Relações Públicas pode sanar essas

dificuldades, objetivando sempre o propósito da organização de propagar a cultura japonesa no

Estado.

A primeira etapa para a construção do presente trabalho se deu na elaboração da

pesquisa institucional feita a partir do briefing e da coleta de informações, realizada pelas

alunas, onde foi possível conhecer de que forma a entidade se estabelecia perante seus públicos,

interno e externo, e de que maneira a cultura organizacional pode influenciar no sucesso da

Associação.

A etapa seguinte resultou da pesquisa de opinião pública que forneceu dados

importantes, mostrando as áreas de interesse dos públicos dentro da cultura japonesa, e revelou

que a associação possui um grande público-alvo no estado da Paraíba. Juntamente com

entrevistas, realizadas com a diretoria, foram constatados os pontos positivos e negativos da

comunicação interna e externa.

A terceira etapa diz respeito à fundamentação teórica que serviu como base para explicar

de maneira clara e com concepções de autores renomados a importância de um profissional de

relações públicas dentro das organizações, principalmente no que se refere ao terceiro setor, e

que estes podem atuar em diferentes áreas da comunicação trazendo pontos positivos para

imagem e visibilidade para as instituições.

Por fim, para a realização do programa de relações públicas, foram executadas e

sugeridas ações estratégicas, considerando o tempo estabelecido, que tinha, por conseguinte,

melhorar a visibilidade da associação perante o seu público-alvo, melhorar os meios de

comunicação, principalmente no meio digital, valorizar os relacionamentos dentro da própria

instituição e atrair parceiros futuros.

16

2 PESQUISA INSTITUCIONAL

Para o desenvolvimento da proposta de trabalho de conclusão do curso de Relações

Públicas, foi necessária a realização de uma pesquisa institucional, com os dados, o histórico, a

estrutura e a cultura organizacional da Associação Cultural Brasil-Japão da Paraíba (ACBJ-

PB), ou seja, um briefing da entidade escolhida para o Trabalho de Conclusão de Curso.

De acordo com Tavares (2010, p.104), o briefing: “é um conjunto de informações que

o profissional de comunicação/marketing colhe junto ao seu cliente para dar início aos

trabalhos”, que significa toda a primeira parte do trabalho. Também é válido dizer que o briefing

é um relato organizacional transformado em um perfil da instituição, ou seja, todos os dados

informados pelos membros da ACBJ-PB, serviram para a construção desse.

2.1 HISTÓRICO

A Associação Cultural Brasil Japão da Paraíba (ACBJ-PB), localizada na Rua Manoel

Paulino JR. Nº 571 - Tambauzinho - João Pessoa, é uma entidade se fins lucrativos que surgiu

no dia 05 de novembro de 2004.

A priori a ACBJ-PB não possuía sede fixa, por isso, os encontros aconteciam na casa

dos primeiros sócios no primeiro domingo de cada mês. Com o passar do tempo, as reuniões

passaram a acontecer na sala do Departamento de Física da Universidade Federal da Paraíba

(UFPB).

A criação de cursos e a elaboração de um Estatuto foram às primeiras providências a

serem tomadas pela presidente fundadora e seu vice da época, Alice Lumi Satomi e Rodolfo

Manabe. Porém, o documento só foi oficialmente registrado no cartório no dia 12 de abril de

2006.

Em 2005 deu-se a realização de matrículas para o curso de japonês. No mesmo ano

aconteceu a I Feira Japonesa, realizada nos dias 05 e 06 de junho e que atualmente chama-se de

Festival do Japão, no Centro Turístico Tambaú. Hoje, o Festival vem ganhando mais espaço

entre as pessoas, e vem ocorrendo sempre uma vez ao ano na época da primavera da capital.

17

2.2 ESTRUTURA ORGANIZACIONAL

Nesta seção, iremos explanar a estrutura organizacional da Associação Cultural

Brasil-Japão da Paraíba – ACBJ-PB.

2.2.1 Dados cadastrais da organização

Razão Social:

Associação Cultural Brasil-Japão da Paraíba – ACBJ – PB

Endereço:

Rua Manoel Paulino Jr. Nº 571

Tambauzinho

CEP: 58042-000

João Pessoa – PB.

CNPJ:

08.009.290/0001-46

Telefone:

(83) 99814-1142 / 98884-1142

Site:

http://acbjpb.org/

Fanpage:

https://www.facebook.com/acbjpb/

E-mail:

[email protected]

Data da constituição da organização:

Novembro de 2004.

18

Área de atuação:

Assistência social/cultural/educacional.

2.2.2 Organograma

A literatura descreve organograma como sendo uma representação gráfica de cargos e

relações hierárquicas estigmatizada no ambiente organizacional. Segundo Cury (2007, p. 198),

“organograma é conceituado como a representação gráfica e abreviado da estrutura da

organização”.

Apesar de a organização possuir as funções dos membros bem definidas, não existe

organograma oficial, o que fez com que a ex-presidente Takako Watanabe desenvolvesse e

solicitasse a versão digital do organograma para ser postado de forma provisória no site

institucional. A seguir, podemos observar o organograma da ACBJ-PB:

Figura 1 - Organograma da ACBJ-PB

Fonte – Desenvolvido pelas autoras, 2017.

Partindo da premissa que sua estrutura organizacional é simples e objetiva, é possível

verificar a hierarquia existente entre os cargos. Atualmente a ACBJ-PB é constituída pelo

presidente Tomaz Arakaki, e pelo vice-presidente Jorge Oashi. Na secretaria, dispomos de duas

pessoas exercendo a função de primeiro e segundo secretário, respectivamente: Tereza

Mitsunaga e Takako Watanabe. Na tesouraria, temos como primeiro tesoureiro o Osvaldo

19

Hiroshi, e com segunda, Laurinda Iuki. Nas diretorias contamos com: Diretoria cultural: Alice

Lumi e Rosires Andrade; Diretoria de Infraestrutura: Rui Noboru; Diretoria de Comunicação:

Washington Filho, com a ramificação para as estagiárias de relações públicas, Deborah

Fernandes e Isabelly Monteiro; Diretoria do Funjinkai1, comandada por Olinda Muranaka;

Diretoria do Seinenkai2, representada por Marcos Wanderson; e por fim o Conselho Fiscal com

os membros: Akio Sato, Tomiyuki Sato e Toshio Adachi.

2.3 PRINCÍPIOS OPERACIONAIS

As subdivisões citadas a seguir foram extraídas do estatuto da Associação Cultural

Brasil-Japão da Paraíba (ANEXO 1) que foi cedido pela ex-presidente Takako Watanabe. Ao

questionar sobre os princípios operacionais, nos afirmaram que todas as informações

relacionadas a esse ponto estariam contidas no documento fornecido:

a) Preservar e difundir a cultura japonesa, promovendo, inclusive, o ensino de

sua língua, história, literatura e artes;

b) Promover o intercâmbio cultural entre o Brasil e o Japão, notadamente

científico, tecnológico, literário, artístico, social e esportivo e quaisquer

outras atividades de caráter cultural entre brasileiros e japoneses que

estejam no âmbito do objeto da associação e do referido intercâmbio;

c) Cultivar maior relação de amizade entre os seus sócios, proporcionando um

espaço propício para reunião e recreação, promovendo os

desenvolvimentos morais, culturais e sociais de seus associados;

d) Cooperar para o desenvolvimento e o auxílio mútuo dos associados e seus

dependentes

e) Promover cursos para o ensino de línguas e de outras matérias em benefício

dos associados e seus dependentes, como meio de complementação da

educação escolar e humanística, proporcionando, dentro das possibilidades

financeiras e mediante deliberação da Assembleia Geral;

f) Promover a prática de esportes adequados e compatíveis com o meio social,

estimulando a cultura física;

g) Manter biblioteca e gabinete de leitura para uso dos associados e

convidados;

h) Promover festivais artísticos, conferências, leitura e comemorações cívicas.

(ESTATUTO DA ACBJ-PB, 2004, p.01)

Notamos então, que apesar de ter um Estatuto, sua missão/visão/valores, não estão

bem definidas.

1 Grupo de senhoras voluntárias que se dedicam a preservar as tradições japonesas 2 Grupo de jovens da Associação

20

2.3.1 Estrutura Física

No começo do presente trabalho, a sede da organização não se encontrava em bom

estado de conservação, como é possível notar na imagem da fachada (FIGURA 2). Após

algumas reuniões, feitas com a diretoria, foi decidido então que a Associação precisava de

modificações estruturais internas e externas, essa iniciativa partiu do vice-presidente, Jorge

Oashi. (FIGURA 3).

Com a pintura realizada na parte da fachada que pertence a sede, pois a parte de cima

do imóvel não tem ligação com a ACBJ-PB, a identificação do local tornou-se mais fácil.

Porém, é preciso investir ainda mais não só em sinalização externa e interna, mas também no

que se diz respeito à estrutura do lugar, uma vez que vazamentos e infiltrações podem acabar

deteriorando o espaço, pois sua parte interna não se encontra em bom estado de conservação, e

por mais que tenham sido colocadas em pauta nada foi feito a respeito até o desenvolvimento

da pesquisa.

Figura 2 - Espaço externo da ACBJ-PB – antes

Fonte - Desenvolvido pelas autoras, 2016

21

Figura 3 - Espaço externo da ACBJ-PB – depois

Fonte - Desenvolvido pelas autoras, 2017.

Há também a necessidade da reformulação do logotipo (FIGURA 4) e o investimento

na sinalização do local tanto física quanto na web, como por exemplo a atualização no Google

Maps, para que assim se torne cada vez mais fácil a identificação pelo público-alvo.

Figura 4 - Logotipo da ACBJ-PB

Fonte - Dados da ACBJ-PB, 2017.

O logotipo da ACBJ-PB é caracterizado com fonte simples e cores sólidas. No desenho

temos a representação do mapa vetorizado da Paraíba, e um círculo preenchido de vermelho,

remetendo a bandeira do Japão. Esses elementos transmitem as características da organização

projetando a sua identidade.

22

2.3.2 Relação entre cultura e o clima organizacional

Sendo uma organização do terceiro setor, a Associação Cultural Brasil-Japão da Paraíba

tem uma autoridade diluída entre o corpo de colaboradores da instituição, onde uma diretoria

executiva, segundo o seu estatuto, está na extremidade das atividades tornando mais

democrático o processo de tomada de decisões dentro da organização. Quanto a sua autonomia

administrativa ela dispõe de total liberdade, além de ser dotada de processos decisórios mais

democráticos e participativos.

Na instituição pudemos observar a valorização dos membros. Isso ocorre por meio de

abatimentos nos valores de entradas nos eventos realizados pela mesma e custeios acessíveis

em viagens voltadas para o crescimento pessoal, profissional e também da ACBJ-PB como um

todo.

Todo primeiro domingo do mês, a organização realiza uma reunião em que todos os

sócios são convidados a fazerem parte, e nesta são discutidas propostas para traçar objetivos e

metas, assim como determinar atividades e ações que irão se suceder no longo do mês ou em

situações a longo prazo. Todos os participantes podem opinar e sugerir pautas.

Muito embora, de acordo com todas as nossas reuniões e visitações à ACBJ-PB,

notamos que em se tratando de clima organizacional, há desmotivação por parte dos membros

associados, onde só se preocupam em realizar mudanças, em última instância. Isso fica claro

em conversas e nas entrevistas que realizamos. Apesar disso, pode se observar um ambiente

familiar, principalmente no que se refere aos almoços mensais.

2.4 SITUAÇÃO ATUAL

A análise da situação atual foi condicionada aos seguintes fatores: modernização,

serviços e atividades oferecidas, situação da organização no mercado e concorrência.

2.4.1 Modernização

Partindo do pressuposto que a modernização é um processo contínuo, na Associação

Cultural Brasil-Japão se dá de maneira lenta e gradual, pois, apesar dos idealizadores terem uma

preocupação, eles não têm motivação necessária para levar as ideias adiante. Muito embora,

quando há uma situação que carece de uma modernização, os responsáveis buscam

profissionais que otimizem essa realidade, por exemplo, o desenvolvimento de um site que

reúne as informações necessárias sobre a Associação.

23

2.4.2 Serviços e atividades oferecidas

Os atuais serviços e atividades oferecidos pela associação são: aulas de japonês

ministradas pelo Sensei Jorge Massao e que ocorrem nas terças, quintas e sábados na própria

sede; as aulas de taiko3 ministradas por Samuel Isacc e que ocorrem aos sábados na Associação;

aulas de tai chi chuan4 ministradas pela professora Alice Satomi nas dependências da

Universidade Federal da Paraíba nas quartas e sextas pela manhã, oficinas de origami5,

realizadas pelo grupo Orijampa e que ocorrem na própria sede da ACBJ; aulas de coral, que

acontecem no sábado, pelo grupo Hatsunode, ministrada pela professora Alice Lumi Satomi

nas terças-feiras nas dependências da UFPB e os festivais anuais e encontros mensais com

associados e não associados.

2.4.3 Situação da organização no mercado

Embora a Associação Cultural Brasil-Japão da Paraíba seja uma instituição sem fins

lucrativos, ela está ativa e com ações em andamento, principalmente nas atividades voltadas

para o Festival do Japão, almoços mensais e o curso de idiomas.

2.4.4 Concorrência Segundo Kotler e Keller (2012), a concorrência inclui toda e qualquer oferta e substituto

rival, real e potencial que um consumidor possa considerar em levar no ato compra, sendo

assim, mesmo organizações sem fins lucrativos também terão concorrentes, pois a concorrência

não está de fato ligada ao ato compra/pagamento por algo, mas sim à substituição do uso ou

consumo de um produto ou serviço por outro.

Nesse contexto, podemos afirmar que a Associação possui como concorrente indireto,

as escolas de idiomas, pois estas oferecem serviços semelhantes ao curso de japonês encontrado

na entidade, e com preços diferenciados.

3 O taiko é um instrumento de percussão, cuja superfície é confeccionada com pele de animal. É tocada com a mão

ou com o uso de uma baqueta, mas sempre exige do músico a habilidade rítmica e o preparo físico para sustentar

batidas homogêneas e obter som satisfatório. 4 O Tai Chi Chuan é uma arte milenar de origem oriental, com um sistema de práticas que beneficiam as pessoas

num todo, equilibrando tanto a mente quanto o corpo. 5 É uma arte tradicional da cultura japonesa que consiste em fazer dobraduras com pequenos pedaços de papel.

24

2.5 RELAÇÕES COM OS PÚBLICOS

Para um bom funcionamento de qualquer organização, faz-se necessário uma relação

com os seus públicos, construída com esmero.

O principal objetivo organização-públicos sustenta-se por interesses

institucionais, promocionais, ou de desenvolvimento de negócios como

sucede com os colaboradores, clientes, fornecedores, revendedores e demais

públicos ligados às operações produtivas e comerciais da organização.

Empresas e públicos têm interesses comuns de produtividade e lucratividade.

São parceiros, cientes de que, para atuar em conjunto e obterem resultados

devem ser cada vez mais qualificados. (FRANÇA, 2004. p. 100).

Após uma breve análise em relação aos públicos, pode-se notar que a ACBJ-PB tem

uma preocupação maior no que se diz respeito à gestão do Festival do Japão6. Dessa maneira

seus públicos de interesse são aqueles que de alguma forma contribuem para o sucesso do

evento, tais como: o Consulado Japonês, localizado em Recife-PE, que fornece apoio cultural,

financeiro e relações diplomáticas; a Universidade Federal da Paraíba (UFPB), que oferece

parceria na organização do evento; a Usina Cultural Energisa, que disponibiliza o espaço

destinado aos festivais; as gráficas, responsáveis por imprimir os folders e banners utilizados,

que contribuem com atividades culturais de outras associações; os jovens, maior público

encontrado nos festivais.

É perceptível que a Associação não possui nenhum contato direto com a imprensa apesar

de possuir, como visto no organograma (FIGURA 1) setor responsável por sua comunicação, o

que poderia ajudar na divulgação dos eventos e atividades. Nota-se também que não há relações

com o governo ou fornecedores, sendo que estes poderiam contribuir de forma significativa nos

festivais.

2.6 SISTEMA DE COMUNICAÇÃO E PROMOÇÃO INSTITUCIONAL

Na gestão da diretoria do ano corrente, foi eleito um diretor de comunicação, que não é

formado na área, e isso pode comprometer a função estratégica que o setor comunicacional

deve assumir para ter êxito da missão organizacional.

É possível encontrar um grupo da ACBJ-PB na plataforma Facebook, que é

administrado por um dos membros da associação, porém este parece ter nenhum tipo de

6 O Festival do Japão, como já foi citado anteriormente, ocorre uma vez por ano em meados de setembro. E é

responsável pela maior parte da receita adquirida pela ACBJ-PB.

25

planejamento em relação às postagens e suas periodicidades. No que se diz respeito às postagens

dos membros do grupo, não há nenhuma moderação, gerando confusão na publicação de

conteúdo.

Quanto à comunicação interna e administrativa, são enviados aos sócios e-mails, para a

participação dos mesmos nas reuniões da entidade, que ocorrem mensalmente. Fora esse meio

de comunicação, há um mural localizado na ACBJ-PB, que expõem alguns informes, sendo

estes atualizados pela diretoria da mesma.

Para a criação do site oficial foi necessária a contratação de uma pessoa específica.

Renato Sassi é formado em ciências da computação, e por meio do secretário Tomaz Arakaki,

ficou designada a tarefa de criação e gerenciamento do site da Associação Cultural Brasil-Japão

da Paraíba, sem ter nenhum planejamento específico. Dessa forma, Renato teve a total liberdade

na criação do layout 7de acordo com sua convicção. As postagens realizadas por ele se referiam

ao festival ou aos almoços mensais, que eram informados por Tomaz. Atualmente essas

postagens são feitas pelas estagiárias de comunicação.

2.7 ANÁLISE DO CENÁRIO ORGANIZACIONAL

Ao desenvolver a análise do cenário organizacional, Associação Cultural Brasil-Japão

da Paraíba, de maneira mais aprimorada, utilizamos a Matriz SWOT8 (Strengths, Weaknesses,

Opportunities and Threats) que em português significa Forças, Fraquezas, Oportunidades e

Ameaças (FOFA), e a partir dos dados coletados na instituição, conseguimos elencar como

forças, fraquezas, oportunidades e ameaças, os seguintes aspectos de acordo com o QUADRO

1:

7 Layout se refere a maneira como foi desenhada o site. 8 Simples ferramenta que serve para posicionar ou verificar a posição estratégica da organização.

26

Quadro 1 - Análise de SWOT

Forças Fraquezas

Localização

Incentivo ao crescimento da cultura

nipônica

Almoços mensais.

Cultura de união/integração

Estrutura física

Má sinalização

Divisões das funções

Horário de funcionamento

Falta de planejamento estratégico

Oportunidades Ameaças

Curso de culinária

Parcerias com Associações/Consulados

Participação dos jovens

Festival do Japão

Melhor uso das mídias

Curso de idiomas

Ausência de pessoas capacitadas no

campo da comunicação

Falta de regulamentação com a vigilância

sanitária

Eventos locais

Fonte: Desenvolvido pelas autoras, 2017.

Forças e Oportunidades

A ACBJ-PB está localizada em um bairro de fácil acesso. A sede da instituição fica

situada em uma rua paralela a uma das avenidas mais acessadas de João Pessoa, a Avenida

Epitácio Pessoa. Seu principal ponto de referência é o Banco Bradesco, que está localizado na

Epitácio. Dessa maneira existe uma oportunidade de prospectar mais sócios, principalmente os

jovens, por sua fácil localização, assim a Associação se tornaria mais ativa.

Além disso, a ACBJ-PB é uma organização que foca na cultura nipônica, não tendo

especificamente nenhuma concorrência no ramo, na capital paraibana. Com isso a Associação

poderia buscar parceria com outras associações e com o próprio Consulado, já que esses são

públicos em potencial e poderia ser benéfico ao Festival.

Uma das formas de disseminar a cultura japonesa é através dos almoços que acontecem

uma vez por mês na sede, e que geram uma receita extra para os associados. Levando em

consideração a grande procura por este e pelos cursos especializados, pode-se notar que a

criação de um curso de culinária seria uma grande oportunidade de fazer com que a Associação

se torne ainda mais conhecida.

27

Fraquezas e Ameaças

Apesar de ter uma boa localização, a Associação Cultural Brasil-Japão da Paraíba

possui uma estrutura física que deixa a desejar, assim como a sua identidade visual que dificulta

a sua sinalização. Uma vez que o seu público de interesse não consegue encontrá-la de primeira.

Além disso, não é possível entrar em contato direto com a ACBJ-PB todos os dias, pois o seu

horário de funcionamento não é regular.

Outro ponto a ser observado é a falta de planejamento estratégico. A sua ausência acaba

ocasionando situações emergenciais na instituição. Uma consequência dessa falha, é a má

divisão de funções que poderia ser mais bem explorada. Pela carência de planejamento, existe

um problema em relação aos almoços, como por exemplo, a inexistência de regulamentação na

vigilância sanitária, o que já ocasionou crises na instituição e que foi solucionado de forma

mediana expondo uma ameaça no que se refere à ausência de um profissional qualificado na

área de comunicação.

Em relação ao Festival, que gera cultura de união e integração entre os participantes e

é responsável pela maior parte da receita da organização, notamos que existe um ponto

alarmante: Os eventos locais, que vez ou outra acaba ocorrendo no mesmo dia da cerimônia.

Dessa maneira, apesar de não possuir concorrentes diretos, com exceção das escolas de idioma

que oferecem o curso de japonês, a Associação acaba enfrentando dificuldades por não

conseguir competir com estes eventos, o que reflete novamente a falta de planejamento.

28

3 PESQUISA

Por estar em constante modificação e desenvolvimento o consumidor vem sempre se

adaptando as novas tendências do mercado. Com essas transformações, notamos que deve

existir uma competitividade entre as organizações para gerar assim, uma motivação afim de se

colocarem em um âmbito de destaque cada vez maior. Ao mesmo tempo que isso ocorre,

notamos que a sociedade tem o direito de buscar conhecimento e inovação em vários tipos de

produtos e serviços que o mercado possa vir a oferecer, o que torna substancial para as

instituições em se reinventar.

A Associação Cultural Brasil-Japão da Paraíba dissemina nas terras paraibanas,

principalmente em João Pessoa, a cultura japonesa. Com o diferencial de apostar em almoços

mensais valorizando a gastronomia nipônica, festivais temáticos e cursos que colaboram com a

propagação da cultura, estimulando os públicos a conhecer e consumir cada vez mais os

serviços da ACBJ-PB.

França (2004, p. 2) lembra que “a organização necessita saber o que acontece entre os

grupos que a influenciam para poder atingir de modo objetivo os diversos públicos de seu

interesse”, assim a pesquisa de opinião pública é imprescindível para uma organização, porque

ela serve de guia para adequar a forma como a instituição vem se estabelecendo, para ver como

está a imagem da mesma perante a sociedade, e para avaliar os serviços prestados. Nessas

circunstâncias, com a pesquisa veremos como é possível apurar o potencial da ACBJ-PB, diante

do comportamento do seu público, vendo o que ele aguarda e almeja sobre a entidade.

3.1 JUSTIFICATIVA

A Associação Cultural Brasil-Japão da Paraíba (ACBJ-PB), por meio dos festivais e

atividades tem como finalidade conservar e estimular a cultura japonesa. Tendo como

fundamento que a ACBJ-PB não possui ferramentas tão eficazes para a comunicação direta

com o público interno e externo, vemos a necessidade da criação de um programa de

comunicação que possa aumentar a sua visibilidade, perante o estado da Paraíba. Em função

disso e com base nos conhecimentos adquiridos durante o período acadêmico, vemos a

importância da presença de um profissional que possa melhorar a visibilidade da Associação

perante os públicos de interesse.

Por se tratar de uma das etapas para o desenvolvimento do programa de relações

públicas, e com o intuito de verificar o grau de conhecimento da população paraibana sobre a

Associação Cultural Brasil-Japão da Paraíba, essa pesquisa faz-se necessária.

29

3.2 PROBLEMATIZAÇÃO

A Associação Cultural Brasil-Japão da Paraíba é uma organização do terceiro setor,

que segundo o seu estatuto visa a preservação e difusão da cultura japonesa, promovendo,

inclusive, o ensino de sua língua, história, literatura e artes por meio de atividades e cursos

proporcionada pelos mesmos.

Embora a sede da Associação tenha uma excelente localização, ela não é conhecida

perante o público da cidade de João Pessoa. Por conta disso, a conquista de novos membros e

também de parceiros tem se tornado difícil.

Por meio de conversas informais e observações constatamos que havia a necessidade

da aplicação de questionários e entrevistas que fossem capazes de identificar as principais falhas

existentes na comunicação do local, e responder a seguinte pergunta: Quais fatores estão

contribuindo para a pouca visibilidade da Associação?

3.3 OBJETIVO GERAL

Investigar quais fatores contribuem para a pouca visibilidade da Associação Cultural

Brasil-Japão da Paraíba.

3.4 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Os objetivos específicos são os seguintes:

a) Conhecer as principais formas de divulgação da ACBJ-PB;

b) Verificar o grau de conhecimento da comunidade pessoense perante a entidade;

c) Averiguar a eficácia dos instrumentos de comunicação existentes.

3.5 HIPÓTESES

Pressupomos as seguintes hipóteses:

a) Existe a necessidade de um profissional ou setor que se encarregue da área da

comunicação;

b) Falta de planejamento para a utilização dos instrumentos de comunicação existentes;

c) Ausência de um programa de comunicação.

30

3.6 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

O programa apresenta como metodologia uma abordagem indutiva, com procedimento

comparativo e estatístico, com a utilização de formulários online divulgados em grupos do

Facebook, além de técnica de observação direta intensiva, por meio de entrevistas

desenvolvidas com a diretoria da organização (LAKATOS; MARCONI, 2005).

3.6.1 Identificação do Universo e Seleção da Amostra

Como o foco da pesquisa é saber a visibilidade da população paraibana perante a

ACBJ- PB, para conhecer o universo utilizamos dados da última estimativa realizada pelo

IBGE (2016), que é de 3.999.415 de pessoas.

De acordo com os cálculos utilizando da técnica de amostragem probabilística

(aleatória simples), segundo Gil (2008, p. 96), o cálculo amostral (FIGURA 21) indicou um

resultado de 384 habitantes, contudo, o número de respondentes ultrapassou e optamos, pelo

respeito a quem contribuiu, utilizar 418 como amostra de trabalho, tendo um nível de

confiança maior que 95%. A fórmula para o cálculo do tamanho da amostra foi feita de acordo

com uma estimativa confiável da proporção populacional, como é possível ver no

APÊNDICE A.

3.6.2 Métodos para a coleta de dados

A pesquisa de opinião pública foi criada através da plataforma Google Forms9,

específica para a criação de questionários/formulários, em que o participante preenchia

facilmente um questionário que baseado nas respostas, ele ia para outra seção.

O método de abordagem utilizado foi quanti qualitativo, no qual foi possível analisar o

nível de conhecimento da população acerca da cultura japonesa, da associação e suas

respectivas atividades, mensurando as variáveis que o influenciam, além de identificar os meios

de comunicação que mais são utilizados e que poderiam se tornar eficazes em relação ao

crescimento da instituição.

A coleta de dados ocorreu de forma online entre os dias 23 de janeiro e 06 de fevereiro

do ano corrente, e foi aplicada em grupos e páginas do Facebook.

Quanto às entrevistas, elas foram aplicadas pessoalmente apenas com os diretores da

Associação, sendo utilizado um roteiro específico (APÊNDICE B) e o auxílio de um celular

9 Site gratuito da plataforma Google, que permite a criação de formulários online.

31

que registrasse as gravações dos áudios.

Ao final, todas as informações foram recolhidas para a realização da tabulação e

interpretação dos dados.

3.7 CRONOGRAMA

Segue abaixo o cronograma da pesquisa de opinião pública:

Quadro 2 - Cronograma da pesquisa de opinião pública

Cronograma Novembro Janeiro Fevereiro

Elaboração do projeto de pesquisa X

Elaboração do questionário de pesquisa X

Aplicação do questionário

X

Tabulação e análise dos dados

X

Fonte - Desenvolvido pelas autoras, 2017

3.8 ORÇAMENTO

Segue abaixo o orçamento realizado para a pesquisa de opinião pública:

Quadro 3 - Orçamento da POP

Recursos humanos Recursos materiais Recursos financeiros

A pesquisa foi aplicada pelos

integrantes do grupo

2 computadores

Não houveram gastos

perante a pesquisa,

visto que ela foi

totalmente

desenvolvida online.

Fonte - Desenvolvido pelas autoras, 2017.

32

3.9 TABULAÇÃO, ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS DADOS.

Baseado em um questionário quali-quantitativo, foi desenvolvido um formulário na

plataforma do Google Forms, composto por 10 perguntas, das quais: dependendo da resposta

fornecida, o entrevistado era direcionado para uma sessão especifica, conforme fluxograma

(FIGURA 5).

Figura 5 - Fluxograma da Pesquisa de Opinião

Fonte - Desenvolvido pelas autoras, 2017.

33

Para as perguntas de caráter objetivo, foram utilizadas como parâmetros as expressões

antagônicas “sim/não”.

Com as respostas dos questionários foram montados gráficos em formato de “pizza” e

barras:

1ª QUESTÃO

De acordo com o gráfico, podemos observar que 51,4% do público que respondeu ao

questionário, são do sexo feminino. Assim, observamos que há uma excelente aceitação tanto

pelo público feminino, quanto pelo masculino, sendo os índices bastante equilibrados.

Gráfico 1 - Sexo dos participantes da pesquisa

Fonte - Dados da Pesquisa, 2017.

34

2ª QUESTÃO

Gráfico 2 – Idade dos participantes

Fonte – Dados da pesquisa, 2017.

De acordo com a pesquisa, o público respondente é composto por indivíduos de 11 anos

a 70 anos. A predominância foi de 21 anos, assim a associação deveria realizar mais atividades

voltadas para essa faixa etária, afim de aumentar a participação desses jovens dentro da ACBJ-

PB, tornando-a mais ativa.

0

10

20

30

40

50

60

IDA

DE

14

16

18

20

22

24

26

28

30

32

34

36

38

40

44

48

51

55

58

67

QUANTIDADE

35

3ª QUESTÃO

Gráfico 3 - Estados

Fonte - Dados da pesquisa, 2017.

Através da análise dos dados, vemos que o público é em sua maioria do estado da

Paraíba, mas tendo em vista que o questionário foi compartilhado entre amigos na plataforma

Facebook e não havia exclusividade de região do país na descrição do questionário, não foi

possível manter controle nessa divulgação, sendo assim tivemos respostas de indivíduos dos

estados de: Alagoas, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Minas Gerais, Pará, Paraná,

Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rondônia, Santa

Catarina e São Paulo.

0%0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0%0% 1%

1%4%

5%

86%

QUANTIDADE

Rio de Janeiro (RJ) Santa Catarina (SC) Alagoas (AL)

Bahia (Ba) Rio Grande do Sul (RS) Paraná (PR)

Pará (PA) Distrito Federal (DF) Rondônia (RO)

Minas Gerais (MG) Espírito Santo (ES) Ceará (CE)

Rio Grande do Norte (RN) São Paulo (SP) Pernambuco (PE)

Paraíba (PB)

36

4ª QUESTÃO:

Gráfico 4- Você tem interesse pela cultura japonesa?

Fonte: Dados da Pesquisa, 2017.

Com esses dados, vemos que 88,8% da nossa amostra possui interesse pela cultura

japonesa. Demonstrando que a Paraíba, mesmo com as respostas de moradores de outros

estados, tais como já foi citado no GRÁFICO 4, tem público para a cultura nipônica.

37

5ª QUESTÃO

Gráfico 5 - O que mais te interessa dentro dessa cultura?

Fonte: Dados da Pesquisa, 2017.

Com 371 respostas, tendo em vista o gráfico acima, vemos que a culinária é o “item” de

maior interesse na população perante a cultura japonesa. Em segundo e terceiro lugar temos,

desenhos japoneses (animes) e assuntos relacionados a tecnologia nipônica, respectivamente.

Assim, é fácil notar que a Associação tem público em potencial para oferecer cursos e/ou

eventos relacionados a área de gastronomia.

Em contrapartida, podemos entender que o não tenhamos interesse devido, pode-se

somar ao fato de que não chegou ao nosso conhecimento. Daí seria vantajoso investir também

nas atividades menos votadas para que se tornem conhecidas e tenham uma visibilidade perante

ao público. Assim, uma estratégia para aumentar o conhecimento sobre essas menos votadas,

seria associar com itens de maior votação, agregando uma popularidade para as menos

favorecidas de convivência, como a ikebana10.

10 Ikebana é a arte japonesa de elaborar arranjos florais

Atividades de interesse

38

6ª QUESTÃO:

Gráfico 6 - Você participa de alguma atividade relacionada à cultura Nipônica?

Fonte: Dados da Pesquisa, 2017.

O gráfico mostra que 69% dos participantes não exerce/participa nenhuma atividade

relacionada a cultura nipônica, assim essas 256 eram direcionadas para a pergunta “Teria

interesse? ” (GRÁFICO 7).

No caso das 115 pessoas restantes, o indivíduo era direcionado para a pergunta “Qual?”,

onde obtivemos respostas relacionadas a tais tipos de atividades: artes marciais (kendo, aikido,

judô), cosplay, eventos em geral (locais ou não) sobre a cultura japonesa/oriental, curso de

idioma, taiko, seinenkai, dança sooran, danças cover de j-pop, exposições, palestras, culinária,

origami, massagem, tecnologia, religião e atividades samurais.

39

7ª QUESTÃO:

Gráfico 7 - Teria interesse em participar?

Fonte: Dados da Pesquisa, 2017.

De acordo com o GRÁFICO 5, que é correlacionado com o GRÁFICO 4, vemos que

das 256 pessoas que não exercem/participam de nenhuma atividade relacionada a cultura

nipônica, 80,1% teria interesse em participar. Observamos então, que há uma ótima

receptividade em relação à cultura, em que os indivíduos possuem interesse e provável

disposição de tempo para se engajar em atividades propostas pela Associação.

40

7ª QUESTÃO:

Gráfico 8 - Atividades

Fonte - Dados da pesquisa, 2017.

Como foi visto no gráfico anterior (GRÁFICO 6), 115 pessoas foram direcionadas para

"Qual atividade participava que fosse relacionada a cultura japonesa”, no presente gráfico temos

a listagem das práticas. Sendo eventos e curso de idioma em primeiro e segundo lugar,

respectivamente, as atividades que os participantes mais estão interessados. Podemos atentar

para o fato de que há público para as mais diversas atividades atribuídas a cultura japonesa, em

que a ACBJ-PB pode explorar e assim expandir a ideia de disseminar essa cultura,

desenvolvendo ações que correspondem a esses dados.

0 5 10 15 20 25 30 35

Artes Marciais

Cosplay

Religião

Eventos

Curso de idioma

Meditação

Taiko

Seinekai

Dança

Anime

Coral

Origami

Grupo de estudo sobre a cultura

Exposição

Palestras

Culinária

Massagem

Cinema

Shows de bandas japonesas

Ikebana

Tecnologia

Trabalha em restaurante japonês

QUANTIDADE

41

8ª QUESTÃO:

Gráfico 9 - Você já ouviu falar da Associação Cultural Brasil - Japão da Paraíba?

Fonte: Dados da Pesquisa, 2017.

No GRÁFICO 9, é notável a quantidade de pessoas que não têm conhecimento algum

sobre a Associação Cultural Brasil-Japão da Paraíba. Esses dados retratam com firmeza a

invisibilidade que a Associação possui. Assim, podemos transformar esses participantes que

não sabem sobre a organização, em uma justificava plausível para expor aos interessados que é

necessário um planejamento focado e estratégico para aumentar o conhecimento sobre a ACBJ-

PB.

42

9ª QUESTÃO:

Quadro 4 - O que você sabe sobre a ACBJ-PB

Fonte - Dados da Pesquisa, 2017.

Foi questionado aos participantes se eles já tinham ouvido falar da Associação Cultural

Brasil-Japão da Paraíba. Caso a resposta fosse afirmativa o participante seria direcionado a

pergunta “Se sim, o que você sabe sobre?”. Caso a resposta fosse negativa, o participante seria

direcionado a pergunta “Se não, teria interesse?”.

No quadro acima, podemos constatar um resumo das respostas, visto que muitas são

43

repetitivas e acabam tendo o mesmo significado para a nossa pesquisa. Podemos deduzir que

grandes partes das pessoas veem a ACBJ-PB como um espaço que promove a cultura do Japão,

assim como querem ser vistos. Embora, ao mesmo tempo ocorre (GRÁFICO 9), de uma

porcentagem equivalente explana que já “ouviu falar” da Associação, mas não conhece o que

ela oferece.

10ª QUESTÃO:

Gráfico 10 - Que meios de comunicação você costuma utilizar para se manter informado?

Fonte: Dados da Pesquisa, 2017.

De acordo com a pesquisa, fica evidente que a plataforma Facebook é a mais acessada

para obtenção de informações. Seguido do Whatsapp e Websites. Daí, vemos que vlogs, Twitter

e banners/folders não têm grandes alcances perante esse público.

Meios de Comunicação

44

3.10 CONSIDERAÇÕES DA PESQUISA

A pesquisa de opinião pública se faz necessária no instante em que há necessidade de

comprovar ou descartar as hipóteses abordadas de acordo com a coleta de informações que foram

realizadas durante a elaboração do briefing. No caso da ACBJ-PB, temos os seguintes tópicos:

a) Existe a necessidade de um profissional ou setor que se encarregue da área da comunicação;

b) Falta de planejamento do uso dos instrumentos de comunicação; c) Ausência de um programa

de comunicação.

Nossa pesquisa tinha como objetivo averiguar quais fatores contribuíram para a pouca

visibilidade da Associação, buscando saber quais meios de comunicação poderiam sanar esses

problemas.

Diante das informações coletadas, constatamos que a ACBJ-PB tem público para

atividades relacionadas à cultura japonesa, e que não realiza nada para alcançar esses prospects11,

com exceção dos almoços e Festival. Além disso, os únicos meios de interação com o seu público

externo era o grupo do Facebook e um site desatualizado.

Com o desenvolvimento de projetos e ações que fossem capazes de gerar conteúdo tanto

para o site e quanto para página no Facebook, é possível solucionar a falta de visibilidade e de

atratividade, principalmente por essa plataforma ser pontuada pelos participantes da pesquisa,

como mais acessada e eficaz.

11 Prospects: indivíduos em potencial.

45

4 DIAGNÓSTICO

Após observações realizadas durante as visitas à sede da ACBJ-PB, de informações

previamente coletadas no briefing, e por meio da pesquisa de opinião e a análise SWOT,

conseguimos elencar os pontos críticos referentes à comunicação da organização.

O primeiro problema detectado foi no que se diz respeito à comunicação interna da

Associação. Vimos que esta é feita de maneira pouco organizada e produzida “às pressas”,

utilizando grupos na plataforma WhatsApp e às vezes por e-mail. Em entrevistas (APÊNDICE C)

realizadas com a diretoria é possível notar a falta de planejamento que esta comunicação sofre,

sucedendo desencontros perante as agendas dos associados, pois alguns membros não conseguem

remanejar seus horários e acabam faltando aos compromissos realizados pela entidade.

Dos meios de comunicação dirigidas existentes na organização, o quadro de avisos

(APÊNDICE D) é o mais mal utilizado. Embora ele seja atualizado, não há nenhuma informação

relevante para/aos associados, não é atrativo visualmente e em conteúdo e muito menos tem boa

localização. Dessa forma, impedindo que atividades e informes pertinentes sejam repassados de

maneira rápida eficaz aos membros da associação.

Durante observações in loco, foi notado que não há uma interação entre os membros

jovens e os mais idosos da ACBJ-PB, ocasionando uma barreira de troca de informações,

experiências/conhecimentos consideráveis entre eles, dificultando a convivência no local.

A comunicação com o público externo da ACBJ-PB acontecia por meio do site

institucional e de um grupo na plataforma Facebook, ambos sem planejamento estratégico algum,

posts executados de forma desorganizada e sem um cronograma pré-estabelecido, não

obedecendo a nenhum padrão. Além disso, as atualizações dessas mídias eram elaboradas

raramente, não tendo interação significativa com o público, exceto em dias que o Festival do

Japão, evento anual da associação, se aproximava.

Em nossa análise é perceptível que mesmo com a preocupação da diretoria na prospecção

de novos membros e associados, a ACBJ-PB não promove nenhum tipo de interação direta com

o público com exceção da divulgação do Festival e dos almoços mensais que acontecem com

pouca frequência na sede.

Esses eventos ocorrem sem planejamento adequado, o que acaba gerando algumas crises

na organização. Um exemplo disso foi à superlotação de um dos almoços mensais, no qual muitas

pessoas não puderam participar por falta de espaço. Para solucionar esse problema a Associação

emitiu uma nota de esclarecimento pedindo desculpas pelo ocorrido. Levando em consideração

a pesquisa realizada, na qual a culinária japonesa teve destaque, e a ocorrência desse fato notamos

46

que a Associação deve planejar melhor suas ações no futuro para evitar grandes problemas e

assim conseguir atender bem todos seus públicos.

Outro fato que percebemos é que no quesito comunicação visual o da Associação é

inadequada. Não há placas de identificação sinalizando a sede, e o logotipo da instituição

encontra-se desatualizado e ultrapassado (FIGURA 4). De acordo com alguns membros do

conselho, existe uma necessidade de criar outro logo, que afirme a identidade e uma marca visual,

remetendo os valores e os ideais da Associação.

Após realizamos a pesquisa de opinião com o público externo, nos foi revelado um

público misto, quanto à idade, e equilibrado, quanto ao sexo. Percebemos também que existe

interesse por parte da população local em conhecer a cultura japonesa através de algumas

atividades como: culinária, animes, artes marciais, dentre outros. Todavia, vimos que a ACBJ,

além de não possuir uma comunicação eficaz com o seu público externo (divulgação), não possui

foco em outras dinâmicas que possam vir a atrair novos sócios e interessados em conhecer um

pouco mais dessa cultura.

Diante dos fatos levantados e dos dados comprovados pela pesquisa, vemos que a ACBJ-

PB enfrenta dificuldades em sua comunicação, tanto interna quanto externa, por isso vemos a

necessidade da criação de ações voltadas para os seus públicos, melhorando os processos de

comunicação.

47

5 PROGNÓSTICO

Pelo que foi apresentado, constatamos que a Associação Cultural Brasil-Japão da Paraíba,

objeto de estudo deste trabalho, se encontra no estágio onde há uma grande necessidade de

revitalização comunicacional. Partindo dessa dedução, vimos que é indispensável aprimorar a

visibilidade da Associação perante os públicos de interesse, que são: o consulado japonês em

Recife; a UFPB; a Usina Cultural Energisa, além é claro dos seus associados e dos descendentes

japonês e não descendentes, que estejam interessados na cultura nipônica.

Nesse contexto, o sucesso do desenvolvimento do trabalho reside na capacidade de a

organização responder às ações que serão propostas, dando contínua inovação, tanto nos serviços

quanto nos processos comunicacionais, a fim de criar maior atração e conhecimento do público

local. No entanto, sabemos que caso não haja a aceitação e realização das ações propostas pela

equipe, a ACBJ-PB, provavelmente voltará a ser como era antes, ou seja, só buscará inovações

apenas quando houver uma grande necessidade.

48

6 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Para entender a importância e a necessidade da atuação de um profissional habilitado em

comunicação dentro da Associação Cultural Brasil-Japão da Paraíba, é necessário destacar o

conceito cultura, terceiro setor, marketing e a função de um profissional de relações públicas.

6.1 JAPÃO E BRASIL

O Japão (Nipppon/Nihon)12 fica localizado no Oceano Pacífico e é um país formado por

um arquipélago. Possui uma área de aproximadamente 377.899 km² com uma população de 127,3

milhões de habitantes. É considerado um dos países mais modernos do mundo que apesar de

investir muito em tecnologia não deixa de lado seus costumes tradicionais.

Embora seja um país desenvolvido, por volta de 1868, enfrentou dificuldades econômicas

fazendo com que muitos japoneses buscassem oportunidades em outros países, como por

exemplo, o Brasil.

Os primeiros japoneses a deixar seu país, isso em 1868, foram tentar a sorte nas

plantações de açúcar do Havaí. Mais tarde, outras levas deslocaram-se para os

Estados Unidos, o Canadá e o Peru, trabalhando nas indústrias madeireiras e

pesqueiras. Finalmente, o grupo do Kasato Maru13 veio formar colônias nas

fazendas de café do Brasil. (NUNES, 2003, p. 19).

Chegando ao Brasil os japoneses enfrentaram muitas dificuldades, sobretudo em relação

à língua e aos costumes do novo país, porém, mesmo que não tivessem a intenção de se fixar no

local os japoneses tinham que se adaptar à nova realidade. Com o passar do tempo várias regiões,

ocupadas por imigrantes, foram se tornando cada vez mais desenvolvida, fazendo com que a ideia

de retornar ao país de origem fosse sendo modificada. Hoje é comemorado mais de 100 anos de

imigração japonesa no Brasil.

[...] pode-se dividir a história da presença japonesa em três momentos

(Comissão de Elaboração, 1992): o que corresponde aos primeiros anos de vida

no Brasil, caracterizados por uma estratégia de trabalho temporário de curta

duração; o que corresponde a uma fase posterior, marcada pela mudança quanto

ao tempo de permanência no Brasil, conhecida como estratégia de trabalho

temporário de longa duração; e, por fim, o momento correspondente à fixação

permanente no Brasil. (ENNES, 2001, p. 51).

É notável destacar que a presença de japoneses aconteceu em quase todos os estados do

Brasil, e que quando tratamos da Paraíba podemos observar que o início da presença japonesa,

12 Nipppon/Nihon é Japão em japonês. 13 Kasato Maru foi o navio que, em 1908, transportou o primeiro grupo de imigrantes japoneses para o Brasil.

49

conforme “estudos têm demonstrado que ela foi bem pequena e iniciada em 1920 com um único

re-imigrante, Sr. Eiji Kumamoto, vindo de São Paulo, que se estabeleceu na cidade de Princesa

Isabel, zona do sertão paraibano” (KYOTOKU, 2009, p. 989).

Assim a partir de pequenos eventos históricos que transcorreram em meados de 1930,

além do Sr. Eiji Kumamoto, famílias provenientes do estado do Pará vêm para a Paraíba por

causa de um surto de malária ocorrido no norte do Brasil. Ainda segundo o artigo, a chegada

dessas pessoas foi noticiada pelo Jornal A União:

Procedente de Belém do Pará deu entrada anteontem, em Cabedelo, o vapor

Afonso Pena”, do Loide Brasileiro, conduzindo as famílias japonesas

contratadas para iniciar, na “Fazenda São Rafael”, a cultura científica de

hortaliças. Essas famílias, que são em número de cinco, se compõem de vinte e

sete pessoas, estando todas instaladas, com relativo conforto, nas casas que, para

esse fim, foram construídas naquela propriedade do Estado. Cada família

dispõe, no mínimo, de oito hectares de terra para o seu mister, dedicando-se

todas especialmente ao cultivo de hortaliças. (JORNAL UNIÃO, 1938, p. 01

apud KYOTOKU, 2009, p. 991).

Além desse foco na horticultura, famílias oriundas diretamente do Japão vieram para

trabalhos no litoral paraibano na indústria de caça às baleias, na Companhia de Pesca Norte do

Brasil, no distrito de Lucena, Costinha.

Em relação a números populacionais, no ano 2000 quando a população do nordeste

brasileiro era de 34.696.719 habitantes apenas 0,4% (147.112 habitantes) eram nikkeis, que são

emigrantes japoneses e seus descendentes. (IBGE, 2000 apud BIANCONI, 2008). Hoje,

compreende-se que devido à miscigenação torna uma nova pesquisa do mesmo gênero um tanto

impossível de se realizar. (BIANCONI, 2008).

6.2 CULTURA

A ACBJ-PB por meio de suas atividades, cursos e eventos tenta transmitir conhecimentos

e tradições a respeito da cultura japonesa.

Esses reflexos da noção de “cultura japonesa” no Brasil sugerem a necessidade

de pensar nacionalismo e globalismo não como termos antagônicos, mas como

uma realidade única em que canais transnacionais podem servir para reproduzir

ideias nacionalistas para além das fronteiras do Estado-nação. (ODA, 2011, p.

115)

Através da pesquisa realizada é possível perceber que com um bom planejamento a

ACBJ-PB pode atingir o seu principal propósito, pois além de possuir um público em potencial

50

para abraçar as tradições nipônicas, ela cativa os associados por meio de suas raízes culturais.

Segundo Júnior (2001), cultura é:

Tudo que foi criado, consciente e inconscientemente, para se relacionar com

outros homens (idiomas, instituições, normas), com o meio físico (vestes,

moradias, ferramentas), com o mundo extra-humano (orações, rituais,

símbolos). Esse relacionamento tem caráter variado, podendo ser de expressão

de sentimentos (literatura, arte), de domínio social (ideologias), de controle

sobre a natureza (técnicas), de busca de compreensão do universo (filosofia,

teologia). (JÚNIOR, 2001, p. 138).

O Festival do Japão, por exemplo, é um grande aliado da instituição, uma vez que, além

de promover a cultura japonesa para pessoas que nunca tiveram contato, ele serve como ponto

de encontro, união e socialização da comunidade nipônica. Devido a essa importância os

assosciados dedicam muito tempo aos preparativos do festival para que a experiência se torne

agradável para todos, porém fica evidente a falta de um planejamento estratégico e de uma

divulgação eficaz capaz de alcançar grande parte da população.

6.3 TERCEIRO SETOR

O terceiro setor surgiu da insuficiência do Estado de suprir todas as demandas da

sociedade e falta de interesse das organizações privadas. Para preencher este nicho, muitas

organizações não-governamentais e sem fins lucrativos operam visando benefícios coletivos,

com a utilização de mão de obra voluntária, que não é necessariamente uma regra, visto que

muitos indivíduos nesse setor possuem carteira assinada.

[...] o Terceiro Setor é composto de organizações sem fins lucrativos criadas e

mantidas com ênfase na participação voluntária, num âmbito não-

governamental, dando continuidade às práticas tradicionais de caridade, da

filantropia e do mecenato e expandido o seu sentido para outros domínios,

graças, sobretudo, à incorporação do conceito de cidadania e de suas múltiplas

manifestações na sociedade civil. (FERNANDES, 1997, p. 27).

A entidade, por intermédio de seus cursos e atividades tende a propagar a cultura japonesa

de maneira atrativa, consequentemente despertando o interesse da população através da música,

culinária, idioma, arte, dentre outros. Segundo Natale e Oliveri (2006, p.176) associações “são

constituídas com finalidades sociais, culturais, educacionais e etc. Não têm como objetivo o

resultado econômico, ou seja, não têm finalidade lucrativa, ainda que vendam bens ou serviços

para atender aos seus propósitos.

Assim, podemos classificar a ACBJ-PB como organização do terceiro setor, que apesar

de oferecer alguns serviços pagos, não possui fins lucrativos, tendo como preocupação ampliar e

divulgar a cultura japonesa no Estado da Paraíba.

51

6.4 PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO ATRELADO AO MARKETING

O planejamento é uma função que permite traçar maneiras eficazes de desenvolver

projetos e ações. Ele busca delimitar os objetivos e metas de uma determinada situação, sejam

na área profissional ou organizacional.

É importante compreendê-lo também como uma ferramenta que junta

informações, percepções e intuições em prol da realização. Sendo assim, o

primeiro aprendizado é: planejar é mais uma atitude do que uma tarefa; é

reconhecer a importância de pensar e sentir antes de fazer. (NATALE;

OLIVIERI, 2006, p. 21).

O marketing é a maneira mais atrativa de comercializar serviços e produtos, é possível

desenvolver ações planejadas capazes de induzir a atenção dos públicos, promovendo de forma

positiva a imagem da organização. “Marketing é mais do que uma forma de sentir o mercado e

adaptar produtos ou serviços - É um compromisso com busca da melhoria da qualidade de vida

das pessoas” (COBRA 1992, p.57).

As estratégias de marketing são ferramentas utilizadas pelos gestores das organizações

para atender as necessidades e anseios dos seus públicos, bem como auxiliar a instituição em

alcançar os seus objetivos estabelecidos. Kotler (2009, p. 52) define que essas ferramentas são

aquelas que "fornecerão suporte e transmitirão o posicionamento do produto" para a mídia. Os

“4P’s”, etapas do marketing, começam no planejamento de ações para o desenvolvimento de um

Produto, posteriormente vão para a exposição de seu Preço, a Promoção para garantir o

conhecimento do produto aos clientes em potencial e a Praça que será a forma como tornará o

produto/serviço acessível ao mercado em potencial.

Embora haja uma preconcepção que o papel do marketing está voltado apenas para a

mercantilização de serviços e produtos, é por intermédio dessa ferramenta que podemos agregar

incentivos que possivelmente favoreceriam a vida das pessoas, preenchendo as necessidades do

consumidor em condições éticas e responsáveis.

Quanto ao marketing de relacionamento, Bogman (2000, p.23) fala que "é essencial ao

desenvolvimento da liderança no mercado, a rápida aceitação de novos produtos e serviços e a

consecução da fidelidade do consumidor". Portanto, marketing de relacionamento é uma

estratégia que compreende de competência no mercado, desenvolvimento e propagação de

marca, além de fidelização e prospecção de público. Para isso as organizações precisam utilizar

as mídias não só para divulgar as suas ações ao público externo, mas para facilitar o

funcionamento interno. Assim, o termo mídia é o complexo de diversos meios de comunicação

e não há a apreensão em delimitar as distintas possibilidades de seu alcance, como afirma

52

Bourdieu (1997, p.23), onde mídias é o que “formam consenso, que interessam a todo mundo,

mas de um modo tal que não tocam em nada importante”.

6.4.1 Eventos

Para o presente programa de relações públicas foi organizado, juntamente com a diretoria

da Associação, um conjunto de ações estratégicas. Dessa forma, além de obter o consentimento

para execução das propostas, foi possível demonstrar aos colaboradores a importância do

planejamento para a organização. Como exemplo disso temos os eventos que serviram para

alcançar o objetivo proposto, sendo esses utilizados como “ferramentas de contato direto com os

diferentes atores sociais, assim, são importantes para aproximar a empresa ou instituição de seus

consumidores e stakeholders em geral”. (BETTI, apud SCHUTZ, 2010).

O planejamento do evento deve, portanto, ter como base os preceitos

estabelecidos no planejamento estratégico da organização, concebidos como

parte integrante de um processo de comunicação que visa a excelência, atender

as necessidades dos diversos públicos de interesse e colaborar para um melhor

posicionamento da organização no mercado em detrimento de seus

concorrentes. (PEREIRA, 2011, p. 147 apud DUARTE et al, 2014, p. 3).

Usada de forma adequada e com mais frequência, essa ferramenta conquista retornos para

as instituições de modo quase instantâneo, embora isso só ocorra se a organização admitir um

profissional que realize um planejamento eficaz, e o organize com competência aceitável para

enaltecer, manter e, se necessário, recuperar a imagem da organização junto aos seus públicos de

interesse, sendo esta uma das atribuições do profissional de relações públicas.

6.4.2 Vídeo institucional

No mercado competitivo e globalizado, que temos hoje, uma das ferramentas mais

eficazes para mostrar aos públicos em potencial sobre informações importantes da organização

é através de um vídeo institucional. Esse é um dos tipos de comunicação dirigida que serve como

vitrine, expressando e reforçando a imagem organizacional de maneira clara e objetiva para que

possa atingir de modo rápido o seu grupo de interesse.

A importância e a presença do vídeo institucional como instrumento de

Relações Públicas se fortaleceu com a convergência das mídias, com destaque

para valorização crescente do realismo e da espontaneidade das mídias online.

Porém ele não dever ser feito para dar vazão à criatividade dos profissionais que

o realizam, mas para colocar esta criatividade a serviço do objetivo da

organização, o que requer conhecimento da cultura da empresa, de sua visão e

missão além do planejamento. (OLIVEIRA; PAIVA, 2010, p. 61).

53

Logo, a relevância de vídeos institucionais no cenário atual dentro de uma organização,

tendo em vista o reconhecimento de sua marca e a agregação de valores à sua imagem, é

primordial, uma vez que essa mídia está inserida em meio digital, que acaba se difundindo de

modo instantâneo para os mais diversos públicos.

6.4.3 A organização no ciberespaço

O ciberespaço é um termo utilizado principalmente no que se refere às novas tecnologias

e comunicações nas mídias online. Juntamente com a internet, esse espaço possibilita a

circulação das informações, além de possibilitar relações sociais, comerciais e afetivas tornando-

se uma ferramenta muito importante dentro das organizações. Segundo Lévy (1999):

O ciberespaço (que também chamarei de "rede") é o novo meio de comunicação

que surge da interconexão mundial dos computadores. O termo especifica não

apenas a infra-estrutura material da comunicação digital, mas também o

universo oceânico de informações que ela abriga, assim como os seres humanos

que navegam e alimentam esse universo. Quanto ao neologismo "cibercultura",

especifica aqui o conjunto de técnicas (materiais e intelectuais), de práticas, de

atitudes, de modos de pensamento e de valores que se desenvolvem juntamente

com o crescimento do ciberespaço. (LÉVY, 1999, p.17).

Manter a relação com seus públicos é de suma importância para as organizações, uma vez

que muitas entidades dependem desses relacionamentos para sobreviver, como é o caso da

ACBJ-PB. Assim, o ciberespaço oferece para a Associação outras oportunidades para conseguir

atingir seus objetivos alcançando o maior número de pessoas possíveis, principalmente por meio

das redes sociais, onde podem desenvolver uma comunicação online.

A comunicação online permite uma interação como público inexistente em

outras mídias. É possível analisar imediatamente os resultados de uma ação,

identificar e modificar estratégias que não estão funcionando, enviar respostas

em tempo real, além de compartilhar e expor materiais facilmente (BENINI,

2011, p.12 apud AMARAL, 2015, p. 14)

Para tanto, é preciso elaborar um planejamento e possuir conhecimento acerca das

ferramentas necessárias de modo que o uso nesse meio seja proveitoso para todas as partes.

6.5 O PAPEL DAS RELAÇÕES PÚBLICAS E O TERCEIRO SETOR

O profissional de Relações Públicas engloba um amplo campo de atuação, podendo

trabalhar em organizações públicas e privadas; eventos; assessorias; gerenciamento de crises;

pesquisas de opinião pública; dentre outros. Segundo Oliveira:

54

O bacharel em Comunicação Social com habilitação em Relações Públicas se

caracteriza como gestor de processos comunicacionais apto a pesquisar,

planejar, implantar, administrar e avaliar estratégias de comunicação

organizacional, exercer a interlocução com as diversas áreas profissionais

ligadas à comunicação em uma instituição e mediar o relacionamento da

organização com os seus diversos públicos. (OLIVEIRA, 2010, p. 17).

No que diz respeito às ações culturais, a inserção de um profissional de relações públicas

agregaria ainda mais valor a imagem da entidade, pois este especialista tenta estabelecer relações

com os públicos de forma responsável baseadas na transparência, confiança e na ética.

É pelo recurso à ética que podemos discernir sobre diversas questões sociais e

individuais, como, quanto à busca a felicidade, a preservação do meio ambiente

e as práticas condenáveis; respeito aos direitos humanos e os limites do outro

na busca do prazer individual; a responsabilidade social e cultural de cada um

para uma sociedade mais justa e pacífica. (NATALE; OLIVIERI, 2006, p.271).

Segundo Kunsch (2007), o profissional de relações públicas que queira atuar no meio

social deve estar ciente que estará exercendo diretamente atividades relacionadas com a educação

baseada na confiança, ética e transparência a fim de estabelecer relações com o público e a

organização de forma responsável.

Para alcançar o equilíbrio nas relações sociais, a atividade de relações públicas

deve, evidentemente, estar fundamentada nos princípios de bem comum, justiça

e democracia, o que significa conquistar a credibilidade das organizações

(governos, entidades, empresas) ante seus públicos, utilizando verdade e

transparência, colaborando dentro de um processo de transformação social para

a mudança de mentalidade dos públicos. (KUNSCH, 2007, p. 185).

O profissional de relações públicas consegue promover, através de seus conhecimentos e

técnicas, a ideia de uma nova ordem social coorporativa e solidária, desenvolvendo ações

comunicacionais em prol da sociedade. Consequentemente, o profissional responsável por esse

setor deve ser qualificado para auxiliar as instituições e tomar nota das inúmeras variáveis que

possam se propagar ao longo do desenvolvimento do seu papel, além do mais, ele deve buscar

melhorias em suas atividades diárias e deve incentivar a participação da população, na busca por

seus direitos.

Independente do setor que as organizações atuam, Utsunomiya (2007, p. 322) afirma que

“as técnicas de relações públicas, na gestão dos processos de comunicação institucional, são uma

ferramenta estratégica para o desempenho” das mesmas. Juntamente com o contexto de

Utsunomiya, notamos que o funcionamento de uma organização através da comunicação

organizacional se torna uma estratégia ao realizar uma comunicação com a “personalidade” da

entidade, mesclando concomitantemente com o seu público.

55

Dentro da ACBJ-PB, caberia ao profissional de Relações Públicas desenvolver ações e

estratégias de comunicação, capazes de atrair o público interno e externo, fazendo com que estes

participem das atividades propostas, tornando a associação mais ativa, agregando princípios e

estabelecendo uma visão positiva perante a sua imagem.

56

7 PROGRAMA DE RELAÇÕES PÚBLICAS

Os dados levantados no briefing e os resultados da pesquisa institucional e de opinião nos

ofereceram embasamento suficiente para a criação de um programa de Relações Públicas para a

Associação Cultural Brasil-Japão da Paraíba. As ações aqui planejadas visam abrandar e/ou

solucionar os problemas encontrados na organização.

7.1 TÍTULO

Programa de Relações Públicas para Associação Cultural Brasil-Japão da Paraíba

7.2 JUSTIFICATIVA

As principais falhas comunicacionais na ACBJ-PB envolvem o seu público externo e sua

comunicação institucional. Então, por meio deste programa, trabalhamos esses dois pontos

visando aumentar a visibilidade da Associação Cultural Brasil-Japão da Paraíba perante a

população local.

Assim, propusemos ações práticas e de baixo custo reestruturando a sua atuação nas

mídias de forma a fortalecer sua imagem institucional e também obter um melhor

posicionamento na fixação de sua marca.

7.3 OBJETIVOS

Os objetivos do presente programa de relações públicas são os seguintes:

7.3.1 Objetivo Geral

Aumentar a visibilidade da ACBJ-PB através do programa de relações públicas proposto.

7.3.2 Objetivos Específicos

Quanto aos objetivos específicos, elencamos:

a) Promover um melhor posicionamento da cultura japonesa na Paraíba;

b) Fortalecer a comunicação institucional da organização;

c) Aproximar os públicos da ACBJ-PB;

d) Contribuir para o desenvolvimento da comunicação da entidade;

e) Reforçar a identidade da associação;

f) Expandir os serviços oferecidos pela ACBJ-PB

57

7.4 PÚBLICO-ALVO

Temos como público-alvo:

a) Associados;

b) Pessoas que tenham interesses relacionados à cultura japonesa;

c) Prospects;

d) Imprensa.

7.5 AÇÕES

O nosso programa de Relações Públicas se afirma na proposição de sete ações, em que

três foram executadas e as demais foram expostas a diretoria da ACBJ-PB, que demonstrou

interesse em executá-las em um futuro próximo.

a) Oficina de gastronomia japonesa

Público-alvo: Pessoas que tenham interesses relacionados à culinária japonesa e que estejam

dispostos a aprender sobre a mesma.

Justificativa: Levando em consideração a pesquisa realizada, foi observado que dentre os

entrevistados, o tópico de maior interesse remete à culinária japonesa. Diante desse fato, a

criação de uma oficina de culinária é uma oportunidade a ser explorada, pois possibilita a

exploração de um novo público.

Objetivos: Expandir os serviços oferecidos pela ACBJ-PB.

b) Noite do dominó - DominoKai

Público-alvo: Associados da ACBJ-PB

Justificativa: Por meio de observação in loco, notamos que há determinados conflitos na

ACBJ-PB que poderiam ser resolvidos por meio da “quebra de barreira” entre as idades dos

associados jovens perante os mais idosos.

Objetivos: Aproximar o público interno da ACBJ-PB.

c) Material no Facebook com geração de link para o site

Público-alvo: Associados da ACBJ-PB

58

Justificativa: De acordo com a pesquisa, vimos que a plataforma Facebook é a mais acessada

para obtenção de informações, ou seja, o público quando requer conhecimento sobre a ACBJ-

PB, ele procura notícias na fanpage. Daí surge à necessidade de criação de estratégias que

direcionem os indivíduos a acessarem o site da Associação, para que assim eles conheçam

novos dados sobre a mesma.

Objetivos: Aumentar o número de visitas no site.

d) E-mail marketing

Público-alvo: Associados da ACBJ-PB; Prospects

Justificativa: De acordo com entrevista realizadas, alguns membros do conselho consideram,

por a comunicação interna da ACBJ-PB ser realizada apenas através das secretárias da

diretoria, sendo ineficaz, e muitas vezes ser tardia. Talvez, com o auxílio de um e-mail

marketing, as informações cheguem mais precisas e atrativas para o público interno e externo.

Objetivos: Manter o nome da ACBJ-PB presente na mente do seu público

59

8 PLANEJAMENTO DAS AÇÕES EXECUTADAS

8.1 I HANBAI-BI14 ACBJ-PB (VENDA DE GARAGEM)

O evento consiste em mostrar os artefatos disponíveis para a venda na parte externa da

sede da ACBJ-PB.

8.1.1 Tema

Criação de mini eventos para atrair novos sócios.

8.1.2 Justificativa

A ACBJ-PB disponibilizava em sua sede de artefatos doados pelos associados, que não

possuem serventia e acabam ocupando muito espaço. Visando sanar este problema, propusemos

a realização de um bazar, que por sua vez é um evento que tem como objetivo reverter os lucros

em prol da Associação.

Assim, realizarmos uma venda de garagem, utilizando os objetos cedidos pelos

associados. Nesse evento, além dos produtos que foram comercializados, os sócios da Associação

ficaram livres para vender lanches, produzidos pelo Fujinkai e Seinenkai.

Com a divulgação, realizada na fanpage e no site, foi possível tanto atrair o público

externo quanto o interno.

8.1.3 Público-alvo

Pessoas que tenham interesses relacionados à cultura japonesa e venda de garagem.

8.1.4 Objetivos

Tomamos como objetivos, geral e específicos:

Objetivo Geral

Aumentar a visibilidade da Associação Cultural Brasil-Japão da Paraíba para a

comunidade local através de mini eventos.

Objetivos Específicos

Elencamos como objetivos específicos:

a) Atrair novos sócios;

b) Estreitar o relacionamento interno;

14 Hanbai-bi significa Dia de Venda

60

c) Permitir um novo olhar da comunidade local perante a cultura japonesa;

d) Medir os alcances proporcionados pela divulgação nas mídias sociais;

e) Arrecadar dinheiro para a Associação.

8.1.5 Estratégias

Nas reuniões mensais da diretoria, foi sugerida a criação do Hanbai-Bi (dia de vendas),

que seria como um bazar feito na garagem da Associação. Os objetos destinados à venda foram

aqueles que estavam disponíveis no local e que não tinham nenhuma utilidade aparente, além de

objetos doados pelos sócios.

Com o apoio do Fujinkai e Seinenkai, a divisão de tarefas para montar a estrutura no dia

do evento ficou ainda mais fácil, principalmente para manter a ordem e ajudar os visitantes nas

compras e dúvidas.

Para este evento foi criado um logotipo que possuía elementos que remetessem à cultura

nipônica, como é o caso do símbolo usado, o iene (¥), moeda japonesa, e o próprio nome Hanbai-

Bi que significa dia de vendas em japonês.

Para a divulgação, foi utilizada a ferramenta ‘eventos’ do Facebook, que permite que os

participantes confirmem sua presença, demonstrem interesse e convidem outras pessoas.

Fonte - Desenvolvido pelas autoras, 2017.

Figura 6 - Logotipo evento Hanbai-bi

61

Neste evento foram publicadas imagens, editadas que continham algumas peças que

estariam à venda no dia do Hanbai-Bi. As fotos usadas foram tiradas pela equipe ao longo da

semana na qual o evento seria executado.

Figura 7 - Evento Hanbai-bi na plataforma Facebook

Fonte - Dados do Facebook, 2017.

62

Abaixo, temos algumas imagens do evento:

Figura 8 - Imagens dos artefatos

dispostos no evento do Facebook

Fonte - Dados do Facebook, 2017 Fonte - Dados do Facebook, 2017

Figura 9 - Imagens dos artefatos

dispostos no evento do Facebook

Fonte - Desenvolvido pelas autoras, 2017.

Figura 10 - Fotos do evento Hanbai-bi

63

Takako Watanabe ficou responsável pelo acompanhamento de todas as etapas do projeto.

8.1.6 Recursos necessários

A seguir, o quadro com os recursos necessários para o desenvolvimento da primeira

ação, Hanbai-bi:

Quadro 5 - Orçamento da ação 1

RECURSOS

HUMANOS

RECURSOS

MATERIAIS

RECURSOS

FINANCEIROS

Associados da ACBJ-PB

1 Computador com acesso

à internet

Objetos fornecidos pelos

associados

Mesas e cadeiras

Placa do evento: R$ 2,50

Passagem de ônibus: R$

9,60 (custeio próprio)

Fonte - Desenvolvido pelas autoras, 2017.

Fonte - Desenvolvido pelas autoras, 2017.

Figura 11 - Fotos do evento Hanbai-bi

64

8.1.7 Cronograma

A seguir, o cronograma proposto para a ação do Hanbai-bi:

Quadro 6 - Cronograma da ação 1

Atividade 2º semana

de fev.

2º semana

de mar.

3º semana

de mar.

4º semana de

mar.

Planejamento da ação X

Contato com os

associados

X

Divulgação da

ação

X

Execução da ação

X

Avaliação dos

resultados

X

Fonte - Desenvolvido pelas autoras, 2017.

8.1.8 Avaliação

Através de uma pesquisa de opinião pública (APÊNDICE E), realizada no dia e local do

evento, foi possível elaborar anotações com o feedback dos participantes. Era esperado, de acordo

com a ferramenta ‘eventos’ do Facebook, um total de 39 pessoas, porém apenas 33 participaram

e 29 responderam ao questionário.

65

O gráfico mostra que 44,8% dos participantes não conheciam a Associação. Dessa forma,

pode-se observar que existe uma grande oportunidade de conquistar novos sócios e parceiros

através da realização de mini eventos no local.

Gráfico 12 - Você gostou do evento?

Fonte - Desenvolvimento das autoras, 2017.

Podemos concluir que a venda de garagem conseguiu satisfazer a todos os participantes.

Gráfico 11 - Ação 1: Você já conhecia a ACBJ-PB?

Fonte - Desenvolvido pelas autoras, 2017.

66

Gráfico 13 - A venda de garagem atendeu a sua expectativa?

Fonte - Desenvolvimento das autoras, 2017.

Assim como no gráfico anterior, é possível constatar que o evento, além de satisfazer os

participantes, atendeu suas expectativas.

Gráfico 14 – Ação 1: Satisfação quanto a estrutura do evento

Fonte - Desenvolvimento das autoras, 2017.

A partir desse gráfico podemos analisar que a estrutura do local foi bem vista perante os

entrevistados. Porém, apesar do feedback ser positivo, observamos que 34,5% das pessoas não

classificaram com a nota máxima. Assim, para conseguir melhores resultados no futuro, fazem-

se necessárias algumas mudanças em relação ao lugar.

67

Gráfico 15 - Ação 1: Satisfação quanto ao acolhimento no evento

Fonte – Desenvolvido pelas autoras, 2017.

Quanto ao acolhimento das pessoas no evento é possível encontrar dados satisfatórios,

apesar de não ter conseguido atingir a nota máxima com 3,4% dos entrevistados.

Gráfico 16 - Preço era acessível?

Fonte – Desenvolvido pelas autoras, 2017.

O preço exposto na venda de garagem foi considerado satisfatório por todos os

entrevistados. Este fato contribui para uma possível divulgação boca a boca, uma vez que preços

populares tendem a atrair públicos maiores.

68

Gráfico 17 - Voltaria à outra venda de garagem?

Fonte – Desenvolvido pelas autoras, 2017.

Com base nos dados dos gráficos anteriores (14-16) é possível notar uma série de fatores

que contribuem para que os participantes queiram retornar a futuros eventos como este.

Gráfico 18 - Meio que ficou sabendo do evento

Fonte – Desenvolvido pelas autoras, 2017.

Com 62,1% percebemos que a forma mais eficaz de divulgação foi através de indicação

de amigos e parentes. Notamos que por não ter tido um grande alcance, a ferramenta eventos do

Facebook não se mostrou mais efetiva do que se tivessem sido feitas diretamente na página da

Associação. Assim, a utilização dessa ferramenta deve ser avaliada em eventos futuros.

Para ampliar essa divulgação também seria válido, caso fosse interesse dos associados,

o investimento em mídias offlines como os folders e os panfletos, uma vez que esses poderiam

69

ser distribuídos em pontos estratégicos de acordo com o perfil traçado dos compradores da última

venda.

Também foi possível avaliar o alcance gerado pela divulgação realizada nas redes

sociais.

Figura 12 - Alcance do evento Hanbai-bi

Fonte - Desenvolvido pelas autoras, 2017.

Em relação à diretoria, com conversas informais, foi possível notar satisfação em

relação aos resultados gerados por meio da venda de garagem, inclusive foi comentado a respeito

de uma segunda edição em meados de agosto. Pode-se concluir que esse mini evento atingiu as

expectativas dos sócios.

70

Figura 13 – Ação 1: Alcance da divulgação na página da ACBJ-PB no Facebook

Fonte - Desenvolvido pelas autoras, 2017.

O número de pessoas que compareceram ao Hanbai-bi se mostrou satisfatório, uma vez

que a diretoria já sugeriu a continuidade do evento, além de termos recebido feedback positivo

dos participantes, que antes mesmo de sair do evento já perguntavam quando haveria outra

edição.

Os artigos doados tiveram valores bem diversificados, ficando em uma faixa de R$ 2,00

até R$ 50,00. Com a pesquisa realizada, foi possível notar que os participantes ficaram satisfeitos

com os valores e que voltariam num evento futuro. Ao total foi arrecadado um valor de R$

632,00.

71

8.2 OFICINA DE ARTES MARCIAIS

Por meio de uma oficina básica, pretendemos satisfazer o interesse do público em

conhecer artes marciais.

8.2.1 Tema

Criação de futuras parcerias.

8.2.2 Justificativa

De acordo com a pesquisa desenvolvida, atentamos para o fato de que 45,6% do público

pesquisado tem interesse em estilos de luta. Sendo assim, vemos que há demanda para a

propagação de aulas e oficinas relacionadas às artes marciais, na instituição ou dentre futuros

parceiros.

Desse modo, foi promovida uma oficina que teve como objetivo divulgar e enaltecer o

trabalho promovido pelos senseis15 na cidade de João Pessoa, que transmitiram conhecimento

através de técnicas e exercícios. Essa ação foi realizada na sede da ACBJ-PB no período de uma

manhã.

8.2.3 Público-alvo

Pessoas que tenham interesse relacionado à cultura japonesa e que queriam ter

conhecimento sobre artes marciais.

8.2.4 Objetivos

Tomamos como objetivos, geral e específicos:

Objetivo Geral

Firmar parcerias futuras que sejam benéficas para ambos ampliando o campo de atuação

da ACBJ-PB.

Objetivos Específicos

Elencamos como objetivos específicos:

a) Executar uma proposta de atividade física correlacionada à cultura japonesa;

b) Promover saúde e bem-estar;

15 Sensei: professor em japonês

72

c) Impulsionar o trabalho dos senseis;

d) Disseminar o conhecimento sobre artes marciais;

e) Aumentar a influência da ACBJ-PB.

f) Medir os alcances proporcionados pela divulgação nas mídias sociais.

8.2.5 Estratégias

Para esta ação, a equipe precisou entrar em contato com professores de artes marciais a

fim de realizar as oficinas na sede da Associação e assim mostrar um possível interesse em futuras

parcerias. Com ajuda do professor Márcio Medeiros, da Associação de Kendo de João Pessoa, e

Edson Matias, da Federação Paraibana de Karatê Tradicional, foi possível levar o projeto adiante.

Foram criadas artes para divulgação na fanpage da Associação no Facebook para o

público externo.

As inscrições para o evento foram realizadas de forma online, pela plataforma Google

Forms. Pelo fato da Associação não possuir muito espaço, foi necessário limitar o número de

participantes para 16 (oito por turma), com isso, era necessário acessar o link do formulário que

estava localizado nas postagens referentes às oficinas.

Fonte - Dados do Facebook, 2017. Fonte - Dados do Facebook, 2017.

Figura 14 - Divulgação da ação na página do Facebook Figura 15 - Divulgação da ação na página do Facebook

73

Um dia antes, todos os participantes inscritos foram contatados por telefone, para

confirmar sua presença no dia da oficina. Mesmo as pessoas confirmando presença, boa parte

dos inscritos não compareceram no dia do evento. Desse modo, foi possível explorar outras

maneiras de se comunicar com o público externo.

8.2.6 Recursos necessários

A seguir, o quadro com os recursos necessários para o desenvolvimento da segunda

ação, a oficina de karate e kendo:

Fonte - Desenvolvido pelas autoras, 2017.

Figura 16 - Imagens das oficinas

74

Quadro 7 - Orçamento da ação 2

RECURSOS HUMANOS

RECURSOS MATERIAIS

RECURSOS FINANCEIROS

Professor de

kendo e de karatê

1 Computador com acesso à

internet

Mesas e cadeiras

Coffee Break: R$ 20,00

Passagem de ônibus: R$ 12,80

(custeio próprio)

Fonte - Desenvolvido pelas autoras, 2017.

8.2.7 Cronograma

A seguir, o cronograma proposto para a ação da oficina de karate e kendo.

Quadro 8 - Cronograma da ação 2

Atividade 2º semana

de fev.

2º semana

de mar.

4º semana

de mar.

1º semana de

abril

Planejamento da ação X

Contato com os

associados

X

Divulgação da

ação

X

Execução da ação

X

Avaliação dos

resultados

X

Fonte - Desenvolvido pelas autoras, 2017.

75

8.2.8 Avaliação

Através de uma pesquisa de opinião pública (APÊNDICE F), executada no local, foi

possível desenvolver anotações com o feedback dos participantes. Apesar de todas as vagas terem

sido preenchidas, em dois dias, alguns dos participantes não puderam comparecer no dia da

oficina.

Podemos observar que 100% dos participantes já conheciam a associação e alguns deles

nos informaram ter participando do Hanbai-bi, sendo esse seu primeiro contato com o local.

Gráfico 19 - Ação 2: Você já conhecia a ACBJ?

Fonte - Desenvolvido pelas autoras, 2017.

76

Gráfico 20 - Você gostou da oficina?

Fonte - Desenvolvido pelas autoras, 2017.

Com 100% de aprovação, podemos concluir que a oficina foi de bom proveito para todos

os participantes.

De acordo com o gráfico anterior, podemos afirmar que a boa didática apresentada pelos

professores contribuiu para que todos os participantes ficassem satisfeitos com as oficinas.

Fonte - Desenvolvido pelas autoras, 2017.

Gráfico 21 - Você gostou da didática do sensei?

77

No que diz respeito à infraestrutura da ACBJ-PB é possível observar que esta é bem

precária para a realização de atividades esportivas, por esse motivo tivemos respostas bem

variadas em relação a isso. Caso a Associação pretenda, no futuro, oferecer tais práticas, será

necessário um planejamento ou um relocamento da sede para melhor atender os sócios e

parceiros, assim como é feito no Tai-chi-chuan, onde as aulas são realizadas em um espaço

cedido pela UFPB, porém, a Associação poderia ampliar seu campo de atuação firmando

parcerias com acadêmicas, dessa forma reforçando sua visibilidade perante um público mais

diversificado.

Gráfico 22 – Ação 2: Satisfação quanto a estrutura do evento

Fonte - Desenvolvido pelas autoras, 2017.

78

Apesar da infraestrutura não ter agradado a todos, isso não se tornou um empecilho para

que os entrevistados tenham interesse em participar de outras atividades.

Gráfico 24 - Você pagaria por esse evento?

Fonte – Desenvolvido pelas autoras, 2017.

Visando projetos que necessitem de mais recurso, perguntamos aos entrevistados se eles

pagariam por atividades realizadas pela Associação. Com 62,5% podemos observar que existe

um público pagante em potencial e que pode e deve ser explorado nos próximos eventos.

Fonte - Desenvolvido pelas autoras, 2017.

Gráfico 23 - Participação em outros eventos

79

Gráfico 25 - Quanto pagaria por esse evento?

Fonte – Desenvolvido pelas autoras, 2017.

Com base nas informações do GRÁFICO 25, podemos avaliar que futuras atividades

devem ser planejadas de acordo com o interesse demonstrado. É possível observar que o conjunto

vermelho (25%) estaria contido na união dos conjuntos verde (25%) e laranja (37,5%),

totalizando (87,5%). Dessa forma, objetivando alcançar uma maior visibilidade da Associação,

seria interessante propor atividades que a maioria estivesse disposta a pagar, pois mesmo não

tendo um sucesso nos lucros haveria sucesso em relação a quantidade do público.

Gráfico 26 – Ação 2: Satisfação quanto ao acolhimento no evento

Fonte – Desenvolvido pelas autoras, 2017.

Neste evento, em relação ao acolhimento das pessoas, foi atingido um nível de satisfação

de 100%.

80

Gráfico 27 - Foi fácil realizar a inscrição?

Fonte - Desenvolvido pelas autoras, 2017.

Podemos concluir que a forma apresentada para a realização das inscrições foi

transmitida de maneira clara, uma vez os entrevistados, assim como os participantes que não

compareceram, não tiveram problema algum no ato da inscrição. Também foi possível avaliar o

alcance gerado pela divulgação realizada nas redes sociais.

Comprovamos, por meio dessas análises, que o alcance da divulgação através da página

da associação, foi maior em relação à ferramenta ‘evento’ usada no Hanbai-bi, uma vez que é

possível visualizar o conteúdo de forma mais fácil e rápida.

81

Figura 17 – Ação 2: Alcance da divulgação na página da ACBJ-PB no Facebook

Fonte - Dados do Facebook, 2017.

Por meio do Google Analytics, ferramenta que permite analisar o número de acessos a

um determinado link, foi possível contabilizar um total de 84 cliques, 44 nas postagens de karate

e 40 nas de kendo. Demonstrando que mesmo com vagas limitadas a procura por esse tipo de

serviço é relevante, o que também confirma a pesquisa realizada.

Em relação à direção não foi possível discutir a respeito, uma vez que nenhum dos

diretores estava presente no dia do evento, porém, através de conversas informais ao longo do

trabalho foi possível notar que há um interesse em firmar parcerias relacionadas ao esporte.

82

8.3 VÍDEO INSTITUCIONAL

O vídeo mostra brevemente a história e os serviços oferecidos pela Associação, para

assim reforçar a identidade da mesma e mostrar a sua essência para futuros parceiros e

associados.

8.3.1 Tema

Criação de um vídeo institucional.

8.3.2 Justificativa

A ACBJ-PB atua em João Pessoa desde novembro de 2004, são 13 anos disseminando

a cultura japonesa na capital paraibana. Assim, vendo tal importância que a associação tem

perante a comunidade local, é notável que a entidade possua um vídeo institucional mostrando o

seu perfil para os seus públicos.

Além disso, esse recurso se faz importante principalmente na hora de prospectar novos

associados, contribuidores e recursos, pois agrega valor e credibilidade aos parceiros.

8.3.3 Público-alvo

Todos os que pesquisam a respeito da Associação Cultural Brasil-Japão da Paraíba nos

sites de buscas e rede sociais; possíveis parceiros e patrocinadores.

8.3.4 Objetivos

Tomamos como objetivos, geral e específicos:

Objetivo Geral

Reforçar a identidade da ACBJ-PB.

Objetivos Específicos

Elencamos como objetivos específicos:

a) Demonstrar positivamente o perfil da organização;

b) Contar brevemente a história da ACBJ-PB;

c) Mostrar os serviços que a ACBJ-PB oferece;

d) Atrair parceiros e investidores.

83

8.3.5 Estratégias

Para a execução dessa ação, a equipe precisou entrar em contato com estudantes de

outras áreas que possuíssem técnicas de edição e filmagem, além de alguém que pudesse fazer a

narração do vídeo. Por meio de um roteiro decupado (APÊNDICE G), foi possível escolher as

cenas na hora da montagem, evidenciando os pontos positivos da ACBJ-PB. Em relação aos

participantes, foi solicitado que estes assinassem um termo de concessão de imagem

(APÊNDICE H), evitando assim problemas futuros.

Figura 18 - Imagem do vídeo institucional

Fonte - Desenvolvido pelas autoras, 2017

O vídeo, montado de acordo com o roteiro, teve como enfoque os pontos altos da

associação, como por exemplo sua localização que fica próximo a Avenida Epitácio Pessoa, uma

das principais da cidade, demonstrando a acessibilidade à sede, além dos cursos oferecidos e o

próprio Festival.

84

Figura 19 - Imagens do vídeo institucional

Fonte - Desenvolvido pelas autoras, 2017.

Caso seja aprovado, o vídeo institucional será divulgado nas plataformas utilizadas pela

ACBJ-PB como o site e a página do Facebook, e também será enviado para associados,

associações japonesas e futuros parceiros.

8.3.6 Recursos necessários

A seguir, o quadro com os recursos necessários para o desenvolvimento da terceira ação,

o vídeo institucional:

85

Quadro 9 - Orçamento da ação 3

RECURSOS HUMANOS RECURSOS

MATERIAIS

RECURSOS

FINANCEIROS

- Associados da ACBJ-PB

- 2 Estagiárias de Relações

Públicas

- 1 Estudante de Mídias

Digitais

- 1 Estudante de Jornalismo

1 Celular

1 Computador

1 Câmeras fotográficas

1 Captador de voz

Filmagem: R$ 50,00

Passagem de ônibus: R$ 23,00

(custeio próprio)

Fonte - Desenvolvido pelas autoras, 2017.

8.3.7 Cronograma

A seguir, o cronograma proposto para a ação do vídeo institucional:

Quadro 10 - Cronograma da ação 3

Atividade

2º semana

de fev.

2º semana

de mar.

4º semana

de mar.

3º semana

de abril

1ª semana

de maio

Planejamento

da ação

X

Contato com

os associados

X

Início da

execução da

ação

X

Término da

execução da

ação

X

Avaliação

dos

resultados

X

Fonte - Desenvolvido pelas autoras, 2017.

8.3.8 Avaliação

O vídeo, que foi exposto na reunião mensal do dia 07 de maio de 2017, teve uma boa

86

aceitação por parte dos associados, uma vez que vários elogios foram feitos após sua exibição.

Em conversas informais com os diretores, foi notável uma satisfação dos mesmos. Quanto a

utilização do material, será decidido em reunião com a diretoria, e caso seja aceito será possível

coletar a opinião dos públicos através das redes sociais.

87

9 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Com a finalidade de desenvolver o presente programa de relações públicas para uma

organização ambientada no terceiro setor, foi indispensável para as alunas trabalharem com

conceitos que envolvessem ferramentas de marketing, comunicação dirigida e a definição do

próprio setor. Todas as ações, propostas e executadas, foram criadas a partir do contato e análise

direta com os públicos da ACBJ-PB, tanto interno quanto externo, para que houvesse um

embasamento claro e preciso dos sócios e do público em relação à comunicação institucional e

digital.

A preparação deste programa permitiu que as concluintes do curso de Relações Públicas

tivessem uma experiência diferente com a aplicação das teorias aprendidas em sala de aula

juntamente com a prática de mercado. Embora, isso não teria sido possível se não houvesse o

apoio da diretoria e dos sócios da Associação Cultural Brasil-Japão da Paraíba, que além de

viabilizar dados essenciais para o desenvolvimento do trabalho, e o suporte em discussões a

respeito das ações propostas. Assim, com essa vivência aprendemos sobre o relacionamento dos

mais distintos públicos e o seu posicionamento diante da Associação, a relevância de se ter um

bom gerenciamento comunicacional para definir não somente a postura da instituição perante a

comunidade como também a sua visibilidade e imagem.

O programa mostrou que, quando há a inserção de profissional utilizando corretamente

as ferramentas de comunicação, independentemente do tamanho ou do setor da instituição,

sempre haverá uma maneira de alcançar os objetivos comunicacionais propostos pela mesma.

Para comprovar esse fato, foi possível fazer uma comparação do ano corrente em relação ao ano

anterior, em que não havia nenhum profissional da área atuando. Houve um aumento relevante

no número de associados e no de alunos do curso de japonês (de 18 para 27) devido às

divulgações feitas no site e na fanpage criada. Além disso, pôde-se notar, em relação aos almoços

mensais, que a procura é muito maior quando existe uma comunicação externa bem elaborada

para o público. Em uma das divulgações, chegou a ter um acréscimo tão significativo que o

espaço da associação não comportou a demanda esperada, diferentemente de como era feita.

Dito isto, o trabalho elaborado na Associação reafirmou a necessidade de um

profissional de relações públicas dentro das organizações e ficou notável a evolução pela qual a

ACBJ-PB vem passando, considerando-a válida e positiva, mas que para atingir seus objetivos é

necessário que se continue a trabalhar os seus meios de comunicação de forma responsável e com

ética para que dessa maneira seja possível alcançar resultados sempre positivos.

88

REFERÊNCIAS

AMARAL, Patrícia Paula. Relações Públicas e o gerenciamento nas redes sociais:

Uma análise das postagens realizadas por empresas de São Borja no Facebook.

UNIPAMPA, 2015. p. 14.

BIANCONI, Nara. Nipo-brasileiros estão mais presentes no Norte e no Centro-

Oeste do Brasil. Disponível em: <http://www.japao100.com.br/arquivo/nipo-

brasileiros-estao-mais-presentes/> Acesso em: 01 de maio. 2017

BOGMAN, Itzhak Meir. Marketing de relacionamento: estratégias de fidelização e

suas implicações financeiras. São Paulo: Novel, 2000. Disponível em:

<https://www.passeidireto.com/arquivo/20561601/marketing-de-relacionamento---

itzhak-meir-bogmann> Acesso em: 18 de abril. 2017

BOURDIEU, Pierre. Sobre a televisão. Seguido de: A influência do jornalismo, e, Os

Jogos Olímpicos. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 1997.

COBRA, Marcos. Administração de Marketing. 2. ed. São Paulo: Atlas, 1992.

CURY, Antonio. Organização & Métodos – Uma Visão Holística. São Paulo: Atlas,

2007.

DUARTE, Noadya Tamillys de Oliveira; VALENÇA, Ana Clara; ARAÚJO, Andressa

Katiliny Mata de; GARCIA, Caio César Gomes; FRANÇA, André Luiz Dias de.

Cerimonial em Pauta. IN: Congresso Internacional de Relações Públicas e

Comunicação, 14, 2014. João Pessoa. Anais eletrônicos. Salvador: ALARP, 2014.

ENNES, Marcelo Alario. A construção de uma identidade inacabada: nipo-brasileiros

no interior do Estado de São Paulo. São Paulo: Editora UNESP, 2001.

FERNANDES, Rubens César. O que é terceiro setor? In: Ioschpe, E. B. (org.). 3º

Setor Desenvolvimento Social Sustentado. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1997.

FRANÇA, Fábio. Públicos. Como identifica-los em uma nova visão estratégica. São

Caetano do Sul: Yendis Editora, 2004.

GIL, Antônio Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social. 6. ed. São Paulo: Atlas,

2008. p. 96.

IBGE. Estimativas da população residente no brasil e unidades da federação com

data de referência em 1º de julho de 2016. Disponível em:

<ftp://ftp.ibge.gov.br/Estimativas_de_Populacao/Estimativas_2016/estimativa_2016_T

CU.pdf> Acesso em: 14 de fev. 2017

JÚNIOR, Hilário Franco. Idade Média: Nascimento do Ocidente. São Paulo:

Brasiliense, 2001.

KOTLER, Philip. Marketing para o Século XXI: como criar, conquistar e dominar

mercados. São Paulo: Ediouro, 2009

89

KOTLER, Philip; KELLER, Kevin Lane. Administração de Marketing. 14. Ed. São

Paulo: Pearson Education Brasil, 2012.

KUNSCH, Margarida M. Krohling; KUNSCH, Waldemar Luiz (orgs.). Relações

Públicas Comunitárias: a comunicação em uma perspectiva dialógica e

transformadora. In: UTSUNOMIYA, Fred Izumi. Relações públicas na gestão da comunicação

institucional no terceiro setor. Summus. São Paulo, 2007. p 310 – 324

KYOTOKU, Virginia Regis de Barros Correia. A (re)-imigração japonesa no Brasil:

rastros na Paraíba (1938- 1958). IN: CONGRESSO INTERNACIONAL DE

HISTÓRIA, 4., 2009, Patos. Anais eletrônicos. Maringá: UEM, 2009. Disponível em:

<http://www.pph.uem.br/cih/anais/trabalhos/92.pdf> Acesso em: Acesso em: 01 de

maio. 2017.

LAKATOS, E. M.; MARCONI, M. A. Fundamentos da Metodologia Científica. 5.

ed. São Paulo, SP: Atlas, 2005.

LÉVY, Pierre. Cibercultura. São Paulo: Editornna 34, 1999.

NATALE, Edson; OLIVIERI, Cristiane. Guia brasileiro de produção cultural 2007:

educar para a cultura. São Paulo: Editora Zé do Livro, 2006

NUNES, João Osvaldo; NUNES, Manira Okimoto. Japão. São Paulo: Editora Ática,

2003.

ODA, Ernani. Interpretações da “cultura japonesa” e seus reflexos no Brasil. Revista

Brasileira de Ciências Sociais, vol 26, n 75, p. 103-190, fev/2011. Disponível em:

<http://www.scielo.br/pdf/rbcsoc/v26n75/06.pdf> Acesso em: 10 de maio 2017.

OLIVEIRA, Josilene Ribeiro de; PAIVA, Jamile Miriã Fernandes; BEZERRA, Andréa

Carla (orgs). Relações Públicas em Debate: ensino, pesquisa e Extensão na UFPB.

João Pessoa: Editora Universitária da UFPB, 2010.

SCHUTZ, Michelly Souza. Relações-públicas, o profissional capacitado para

organizar eventos. Revista semestral. Porto Alegre, ano 16 n° 32, dezembro, 2010.

Disponível em <http://rrpponline.com.br/site/relacoes-publicas-e-eventos/> Acesso em:

25 de fev. 2017.

TAVARES, Maurício. Comunicação empresarial e planos de comunicação:

integrando teoria e prática. São Paulo: Atlas, 2010.

90

APÊNDICE A

Figura 20 - Fórmula para cálculo da amostra

Fonte - Gil, 2008

Onde:

n = é o número de indivíduos da amostra

σ = é o nível de confiança escolhido, expresso em número de desvios-padrão

p = é a percentagem complementar

q = sendo (1 – p)

e = é a margem de erro

Considerando que a população é infinita, temos segundo Gil (2008)

n = como quantidade de pessoas entrevistados

σ = é o nível de confiança, expresso em desvio padrão sendo a confiança de 95%, temos

um desvio de 1,96.

p = qual a porcentagem que esperamos que a população tenha interesse na cultura

japonesa

q = (1 – p)

e = apostamos em uma margem de erro na amostra de 5%

Logo,

Figura 21 - Cálculo da amostra

Fonte - Desenvolvido pelas autoras, 2017

91

APÊNDICE B

Roteiro de Entrevista

1. O que a Associação entende por comunicação?

2. Existe dentro da empresa um departamento de comunicação? Caso contrário,

quem fica responsável por isso na empresa?

3. Quem é/são o(s) público(s) alvo da organização?

4. Quais os instrumentos de comunicação utilizados pela ACBJ-PB?

5. Qual a importância da comunicação para a Associação? Que tipo de retorno se

espera com a comunicação?

6. Qual o percentual de investimento em comunicação?

7. Como vocês identificam e atingem seus públicos na era digital?

8. Quais as estratégias de relacionamento e fidelização com seu(s) público(s)?

9. Há um planejamento antes de algum comunicado?

10. Com que frequência às informações são atualizadas? Quem as atualiza?

11. Qual a periodicidade dos anúncios/avisos/comunicados?

12. Que tipo de informação é transmitido aos membros? Com que frequência? Quem

é o responsável pela transmissão?

13. O que geralmente é comunicado a esses membros?

14. Qual o principal meio utilizado pela direção para comunicar-se com seus

membros?

15. Quando há conflitos na Associação, que tipo de estratégia é utilizado para

minimizar esses atritos?

16. Existe algum tipo de monitoramento para com os membros?

17. Como a diretoria da ACBJ-PB reage, quando um membro insiste em sugerir

mudanças no desenvolver de atividades da Associação?

18. Além dos almoços mensais, existe algum outro momento de interação entre os

membros?

19. A Organização possui interesse em ter definido a visão, missão, valores e

objetivos?

20. Que tipo de imagem a ACBJ busca transmitir aos seus públicos?

21. Há monitoramento de imagem da organização nos veículos de comunicação local?

92

22. A organização realiza pesquisa de satisfação junto aos seus públicos? Com que

frequência? Quais os principais resultados? Quem aplica a pesquisa?

23. Há parceria entre a ACBJ-PB com organizações locais? Qual tipo de parceria e

quais os resultados obtidos por esta?

24. Quais são as principais estratégias de marketing desenvolvidas pela Associação?

Que tipo de resultados são obtidos?

25. O que a Associação entende por Responsabilidade Social? Realiza alguma ação

neste sentido? Qual? Resultados?

93

APÊNDICE C

Transcrição da entrevista concedida pela diretoria da ACBJ – 13/01/2017

Deborah Gabriela e Isabelly Monteiro: Em relação a comunicação visual? Vocês

acham que é efetiva?

Takako Watanabe: Ah sim! Nós vamos... não, nós vamos fazer. A comunicação visual

não, mas pelo menos a gente vai pintar, não é Jorge?!

Jorge Oashi: é, é

Watanabe: A gente precisa pintar aqui na frente...

Oashi: A gente pega, assim uma... sabe? Uma opinião de... tem tanta ideia [ruído] grupo.

Deborah Gabriela e Isabelly Monteiro: Vocês acreditam que quando as pessoas passam

pela ACBJ-PB, eles conseguem notar essa placa?

Watanabe e Oashi: Não.

Marcos Wanderson: Não, eu acho que precisa dar um destaque maior

Oashi: Eu vou pedir pra Thaisa dar passada aqui e ela pode dar uma sugestão.

Deborah Gabriela e Isabelly Monteiro: E em questão ao logo? A marca da ACBJ-PB,

vocês acham que ela condiz com o que vocês querem passar? Vocês pensam em mudar?

Oashi: Assim, eu acho ela boa, sabe? Não acho que ela esteja assim... fora de qualquer...

assim... você quer dizer se ela é bonita, se ela é feia?

Deborah Gabriela e Isabelly Monteiro: Não, o que você acha. Se está tudo bem, se

vocês gostariam de mudar.

Oashi e Oswaldo Hiroshi: Não, eu quero.

Oashi: Por mim, tá bem. Agora assim, se alguém chegar e quem diz assim: "Oh, isso aqui

tá ruim e dá melhorar... a gente pode escutar, né?

Takako: A gente fez essa proposta de mudar, mas até agora ninguém entrou no acordo

ainda. [ruídos] Sabe aquela proposta [ruídos] que você propôs [ruidos]

Marcos: A logo eu acho bacana, aí é como Jorge falou: se aparecer outra a gente pode

votar

Jorge: Ela é, ela é... ela representa bem

Marcos: Porque é Japão/Paraíba.

Oswaldo: É uma logomarca sem muita...

94

Transcrição da entrevista concedida pelo primeiro tesoureiro da ACBJ-PB,

Oswaldo Hiroshi – 13/01/2017

Deborah Gabriela e Isabelly Monteiro: Em relação a comunicação externa, o que você

crê que deve que melhorar aqui?

Oswaldo: A questão da atualização do site, esse canal da rede social, que isso já é feito.

A comunicação via e-mail, que é uma comunicação mais oficial, né?! Talvez utilizar mais

essa ferramenta.

Deborah Gabriela e Isabelly Monteiro: Em relação as placas, você qual a sua opinião?

Quem na frente da Associação consegue ver facilmente a placa?

Oswaldo: É consegue identificar estando aqui em frente, fora... Mas é difícil de notar.

Deborah Gabriela e Isabelly Monteiro: E em questão ao logotipo? A identidade visual

da ACBJ-PB.

Oswaldo: Logo? O logo, a gente já passou. Já foram 12 anos né? Tá na hora de atualizar

mesmo. Talvez um sei lá, lançar um concurso aí. Seria interessante.

Deborah Gabriela e Isabelly Monteiro: E em relação ao relacionamento da ACBJ com

os associados? Qual a sua opinião?

Oswaldo: Aqui entre nós? Assim, era como eu tava dizendo ali. Tá se restringindo há

dois encontros mensais poderiam ser mais utilizados a sede pra esse tipo de coisa.

Deborah Gabriela e Isabelly Monteiro: Em relação ao pessoal novo e jovem você

acredita que tem um tipo de interação plausível, ou eles são distantes um do outro?

Oswaldo: Não, na verdade pra ser sincero nunca houve interação. É um processo... é um

processo difícil que eu vejo assim os interesses são totalmente diferentes

Deborah Gabriela e Isabelly Monteiro: E em relação à comunicação interna, você acha

efetiva? O que poderia fazer para melhorar?

Oswaldo: Não! A comunicação com mais antecedência. As comunicações aqui são muito

em cima da hora, entendeu?

Takako: Oh, por questão então fica: a interna fica por conta da secretaria, tá certo?! E a

externa fica por conta de vocês, pessoal da comunicação, tá certo?!

Deborah Gabriela e Isabelly Monteiro: E em relação ao Festival? A comunicação do

Festival em si, funciona ou não funciona?

Oswaldo: Também. Deficiente em função da falta de planejamento. Pode ser melhorado.

95

Transcrição da entrevista concedida pelo diretor de comunicação da ACBJ-PB,

Washington José - 04/01/2017

Deborah Gabriela e Isabelly Monteiro: Primeiramente, qual a sua formação?

Washington José: Eu estou pra me formar em administração e já estudei rede de

computadores também.

Deborah Gabriela e Isabelly Monteiro Qual o defeito que você consegue enxergar na

comunicação da ACBJ-PB?!

José: Primeiramente é o grande conflito na segmentação dessa comunicação, ou seja, se

a comunicação ela vai ser interna ou ela é de público externo?! E a gente vê muito gargalo

nesse sentido. Por quê? A cultura japonesa, mais ou menos no tempo que estão fazendo

uma comunicação muito interna... Então esse grande conflito que eu vejo na nossa

comunicação.

Deborah Gabriela e Isabelly Monteiro: Como você pretende solucionar? Com quais

tipos de estratégias? Canais?

José: É exatamente... Primeiro ponto é fazer o diagnóstico. Que é fazer um diagnóstico

pra ver onde estão esses defeitos. Pode utilizar o processo [ruído] trabalho com a parte de

gestão da qualidade... a gente pode utilizar isso de alguma forma. Ver a segmentação,

fazer análise de SWOT, fazer essas coisas... Pra em seguida a gente estabelecer estratégias

nas mídias sociais, estratégias de divulgação com a imprensa local, pois eu tenho bastante

contato com as quatro emissoras. Com a TV Manaíra, como a TV Tambaú, como Correio,

como Cabo Branco. Fora sites. Estagiei no SEBRAE, dois anos, bastante contato com

empresas devido aonde eu trabalho atualmente, que é o Programa de Paraibano de

Qualidade e até mesmo algo a nível interestadual, porque eu acho que a cultura japonesa

é algo muito rica, que todo mundo é fascinado e às vezes o pessoal não fica sabendo das

coisas da gente.

Um exemplo é o nosso curso, aqui.

Deborah Gabriela e Isabelly Monteiro: Então, o foco da comunicação será todo voltado

para o público externo?

José: Sim, desde que [ruído] vai ter a comunicação interna que é necessária, mas a gente

não precisa focar tanto. Realmente é focar no público externo, com as mídias sociais e

com outras coisas.

Deborah Gabriela e Isabelly Monteiro: Por quais meios, sabemos que foi citado

TV/Emissora, mas e outras opções?

96

José: Instagram, Facebook, como já tá sendo feito atualmente, pequenos eventos,

pequenas palestras, acho que é importante, a gente começar a pegar o pessoal dentro da

própria Associação e começar a divulgar em eventos. A gente participa de eventos,

atualmente, sim! Mas, algo mais estratégico, não simplesmente "Ah, porque nos

convidaram, a gente vai". Claro que eu não posso definir isso, quem vai definir isso vai

ser a presidência do Tomaz, mas fins realmente de comunicação, pequenas inserções em

colégios, universidades, palestra sobre cultura pop. Enfim. Dá pra fazer muita coisa, até

porque a cultura japonesa é algo imenso, né?!

Deborah Gabriela e Isabelly Monteiro: Qual a sua opinião perante a relação com os

associados?! Como é que seria?

José: É que, primeiro ponto, que falei com Tomaz... Que foi até interessante que eu pensei

que ele ia ser contra isso e ele concordou, ele achou massa. Que foi quando eu expliquei

pra ele "Tomaz, você tem que entender o seguinte a gente tem um Seinenkai na

Associação, a gente tem o pessoal japonês/descendente, a gente tem pessoas que não

conhecem e pessoas que conhecem e temos no meio disso tudo as mídias convergindo,

enfim. A gente precisa fazer algo que não seja só pro associado e ao mesmo tempo você

tem que entender que hoje tudo é internet. Então a gente tem que ter uma rapidez nisso

aí. E antigamente a Associação tinha um site que não era tão bonito, que ficou melhor

agora, dá pra melhorar muito coisa naquele site ainda, que ele tá só ali no wordpress,

basicamente, a gente podia criar algo melhor lá, até criar um canal do YouTube, enfim, a

gente pode pensar nisso depois. Aí falei pra ele, a gente tem que ter uma abordagem mais

jovem." Eu pensei que ele seria contra, mas não ele concordou. Eu disse por que a gente

reclama quando chega um evento, como o Festival, e não tem público.

Divulgação. Então, basicamente é exatamente isso aí. O erro que eu vejo nos associados

é exatamente isso. Não é erro, porque a galera já há muito tempo, e eu tô voltando agora,

também não posso dá um passo maior do que minhas pernas, mas é tentar fazer essa

abordagem, porque a gente vê isso em São Paulo, nas associações de São Paulo, a gente

vê isso em Recife e a colônia aqui não é tão grande, então a gente tem que focar algo pro

lugar [ruído] pro público não descendente, porque a colônia aqui não é grande como a

colônia de Manaus. Por exemplo, eu morei em Manaus um tempo, minha ex é nissei lá

de Manaus, pra você ter ideia a associação de Manaus é, parece universidade. Os caras

têm, só pra ensino de cultura japonesa, eles têm um auditório gigante, que eles fazem

eventos e fora isso eles têm um clube longe da cidade, da associação. Porque as empresas

japonesas são lá de Manaus, então eles já têm essa associação há 40/50 anos. É uma coisa

97

absurda, mas a colônia também uma colônia composta por digamos 300 japoneses, 500

japoneses. Japa mesmo! Fora os descendentes, fora quem não é descendente. Diferente

da gente aqui. A gente tem que encarar a nossa realidade, de que a colônia aqui não é

grande. Mas claro, a gente não pode perder a identidade da Associação. Isso ainda eu não

conversei com ele. A gente também não pode aloprar, fazer uns negócios anime ou mangá

demais. Enfim, é aquilo que a gente conversou que o público anime é o público que mais

nos ajuda, mas ele também é o público que talvez possa mais nos queimar. Que é um

público que tem um contato muito superficial ainda com a cultura japonesa. E mesmo

sendo do meio, mesmo sendo fã, mesmo eu sendo, entre aspas, "otaku", apesar de não

gostar desse termo, é um público que infelizmente [ruído] se resume a anime e mangá,

você foi pra lá [Deborah], você sabe como é. Você viu que é, existe isso na cultura, no

dia a dia do japonês é uma coisa como novela no Brasil, é uma coisa tão natural, super

natural. Só que o público anime acha que é só isso. Então a gente tem que ter esse... pra

não se queimar com o pessoal da [ruído] interno, né? Até porque são pessoas competentes,

pessoas que já tem know-how na cultura japonesa, são descendentes, eu não sou

descendente. Por mais que eu ame a cultura japonesa, mas enfim. Então basicamente é

isso, agora é algo que só no diagnóstico a gente vai ver como fazer isso.

98

Transcrição da entrevista concedida pelo representante do Seinenkai, Marcos

Wanderson – 13/01/2017

Deborah Gabriela e Isabelly Monteiro: Marcos, qual a sua formação?

Marcos: Engenharia Elétrica.

Deborah Gabriela e Isabelly Monteiro: Qual a sua percepção diante do relacionamento

com os associados?

Marcos: Eu acho que falta maior interação, na verdade, entre as classes de associados

porque geralmente são divididos entre os mais velhos e os mais jovens. E não, não se tem

essa interação entre eles. Até porque, carece, eu acho que pela indisponibilidade de todo

mundo... mais eventos que tragam essas duas classes de associados para cá e que elas

possam interagir entre si. Só tem o almoço, e o almoço não é tão acessível pra quem é

jovem, porque R$30 reais é pesado no orçamento.

Deborah Gabriela e Isabelly Monteiro: Qual o defeito que você acha que a

comunicação daqui possui?

Marcos: Acho que carece mais das atividades daqui, fora essa parte de externa. Agora

interna, eu não tenho tanto a reclamar, porque pra mim, tá satisfatório.

Deborah Gabriela e Isabelly Monteiro: E em relação ao Facebook, a comunicação

externa?

Marcos: E eu acho que agora tá excelente, porque agora tá explorando o Facebook...

Criando postagens e sites, que antes não tinha. O site era bem capenguinha, vamos assim

dizer. E agora tá bem bacana, tá visualmente bacana e já atrai mais gente. As postagens

do Facebook também no grupo, tão muito bacana. A página da Associação, também. Eu

acho que agora tá indo no caminho certo.

99

APÊNDICE D

Figura 22 - Imagem do quadro de avisos da ACBJ-PB

Fonte - Desenvolvido pelas autoras, 2017.

100

APÊNDICE E

Pesquisa de Opinião Pública - I Hanbai-bi

1) Por qual meio você ficou sabendo do evento?

( ) FACEBOOK ( )WHATSAPP ( ) AMIGOS/FAMILIA ( ) WEBSITE

( ) INSTAGRAM

2) Você já conhecia a ACBJ?

( ) Sim ( ) Não

3) Você gostou da venda de garagem?

( ) Sim ( ) Não

4) A venda de garagem atendeu a sua expectativa?

( ) Sim ( ) Não

5) Se não, por que?

6) Em uma escala de 1 – 5, quanto você gostou da estrutura do evento?

1 2 3 4 5

7) Em uma escala de 1 a 5, você foi bem recepcionado?

1 2 3 4 5

8) O preço dos itens expostos, foram acessíveis?

( ) Sim ( ) Não

9) Você voltaria a outra venda de garagem?

( ) Sim ( ) Não

101

APÊNDICE F

Pesquisa de Opinião Pública - Oficina de Karatê e Kendo

1) Você já conhecia a ACBJ?

( ) Sim ( ) Não

2) Você gostou da oficina?

( ) Sim ( ) Não

3) Você gostou da estrutura do evento?

( ) Sim ( ) Não

4) Você participaria de outros eventos promovidos pela ACBJ?

( ) Sim ( ) Não

5) Você pagaria?

( ) Sim ( ) Não

6) Quanto?

7) Você gostou da didática do sensei?

8) Você gostou da recepção do evento?

( ) Sim ( ) Não

9) Foi fácil realizar a inscrição?

( ) Sim ( ) Não

102

APÊNDICE G

ROTEIRO FILMAGEM – 2’07’’

VIDEO

AUDIO

CENA 0 – EXT. SEDE DA

ACBJ

PLANO GERAL (PG)

O DRONE SOBREVOA AO

REDOR DA ACBJ MOSTRANDO

A ÁREA.

CENA 1 – EXT. DIA

PANORÂMICA: DA SEDE DA

ACBJ, JUNTO COM UM PLANO

SEQUÊNCIA VOLTADO PARA A

FACHADA DA ACBJ.

CENA 2 – EXT. DIA

PANORÂMICA: CENAS DO

HANBAI-BI

DAR ENFÂSE NOS BENTOS

PLANO DETALHE DOS

PRODUTOS VENDIDOS

CENA 3 – INT. DIA

PANORÂMICA/ PLANO

DETALHE: ALGUMA PLACA DA

ACBJ (INTERNO)

MÚSICA DE FUNDO

Narração juntamente

com a música de

fundo

NARRAÇÃO EM OFF

Em 2004 fomos

idealizados com o

objetivo de disseminar

a cultura japonesa no

Nordeste.

Durante nossa

trajetória, foi

possível aprimorar

técnicas que

contribuíssem ainda

mais com o nosso

avanço.

Hoje possuímos a

credibilidade e o

respeito necessários

para transmitir

103

CENA 4 – EXT/INT. DIA

PANORAMICAMENTE DE CIMA

E DEPOIS DO LADO: LIVROS

CENA 5 – INT. DIA

PLANO DETALHE NA ESCRITA

HIRAGANA PELO SENSEI

FILMAR ALUNOS POR TRÁS

PLANO DETALHE NO

MATERIAL DO PESSOAL

CENA 6 – INT. NOITE

PLANO DETALHE NO

MATERIAL DO CORAL /

PIANO

PANORÂMICA: PROFESSORA E

SALA

CENA 7 – EXT. MANHÃ

PLANO GERAL E PANORÂMICO

– TAI-CHI

CENA 8 – INT/EXT. MANHÃ

PLANO DETALHE: ORIGAMIS

E MODO DE FAZER

CENA 9 – EXT. MANHÃ

TAIKO PLANO GERAL

conhecimentos de

geração a geração.

Atualmente, TEMOS

diversos CURSOS que

buscam incentivar o

interesse pela cultura

japonesa. Dentre

eles....

Nihongo.

Coral.

Tai chi.

Origami.

104

SEQUENCIA DE PLANOS

DETALHES

- FILMAR O

REVERENCIAMENTO

- SEQUÊNCIA DO PAUZINHO

INDO PARA CIMA E PARA

BAIXO

CENA 10 – INT. DIA

IMAGENS FILMADAS NO

FESTIVAL

CENA 11 –

FADE IN: LOGO DA ACBJ

BG PRETO

CRÉDITOS

Taiko.

Além do nosso Festival

do Japão que ocorre

anualmente abrindo o

calendário primaveril

da capital paraibana.

Essas e outras

tradições japonesas

você encontra aqui!

Yokoso! Sejam todos

bem-vindos

a Associação Cultural

Brasil-Japão da Paraíba

(ACBJ-PB).

105

APÊNDICE H

TERMO DE CESSÃO DE DIREITO DE USO DE IMAGEM E DIREITOS PATRIMONIAIS

Eu,_____________________________________________________________

__, nacionalidade __________________________, estado civil

__________________, profissão _____________, inscrito no CPF

______________ e RG ____________, autorizo o uso da minha voz, para fins

de divulgação e publicidade do vídeo institucional da Associação Cultural Brasil

Japão da Paraíba, bem assim a cessão de todo e qualquer direito autoral

patrimonial resultante de eventuais produtos decorrentes da contratação, nos

termos do art. 111 da Lei nº 8.666/1993.

__________________________________, / / .

______________________________________________ ASSINATURA

106

ANEXO I

ESTATUTO

ASSOCIAÇÃO CULTURAL E ESPORTIVA BRASIL-JAPÃO DA PARAÍBA ESTATUTO SOCIAL

CAPITULO I

DENOMINAÇÃO, SEDE, FINS E DURAÇÃO

Artigo 1º - A ASSOCIAÇÃO CULTURAL BRASIL JAPÃO da PARAÍBA, fundada em 06.11.2004, com seus atos constitutivos registrados sob o número de ordem.... às fls. ....do Livro ...do ...Cartório de Títulos... EM João Pessoa, em......, é pessoa jurídica de direito privado, em forma de associação, sem fins econômicos, que se regerá pelo presente Estatuto Social e legislação aplicável, doravante designado, neste instrumento, como Associação ou ACBJ-PB

Artigo 2º - A ACBJ-PB tem sede e foro na Cidade de João Pessoa, Capital do Estado da Paraíba, à R. Tertuliano de Castro, 893, Bessa, CEP 58035-170, constituída por número ilimitado de sócios sem distinção de nacionalidade, credo religioso e político. Artigo 3º - A ACBJ-PB tem por objetivo:

a)Preservar e difundir a cultura japonesa, promovendo, inclusive, o ensino de sua língua, história, literatura e artes;

b)Promover o intercâmbio cultural entre o Brasil e o Japão, notadamente científico, tecnológico, literário, artístico, social e esportivo () e quaisquer outras atividades de caráter cultural entre brasileiros e japoneses que estejam no âmbito do objeto da associação e do referido intercâmbio; Cultivar maior relação de amizade entre os seus sócios, proporcionando um espaço propício para reunião e recreação (), promovendo os desenvolvimentos moral, cultural e social de seus associados;

c)Cooperar para o desenvolvimento e o auxílio mútuo dos associados e seus dependentes.

d)Promover cursos para o ensino de línguas e de outras matérias em benefício dos associados e seus dependentes, como meio de complementação da educação escolar e humanística, proporcionando, dentro das possibilidades financeiras e mediante deliberação da Assembléia Geral;

e)Promover a prática de esportes adequados e compatíveis com o meio social, estimulando a cultura física;

f)Manter biblioteca e gabinete de leitura para uso dos associados e convidados; g)Promover festivais artísticos, conferências, leitura e comemorações cívicas.

Parágrafo Único – A ACBJ-PB, na medida de suas possibilidades e mediante deliberação da Diretoria, devidamente autorizada pela Assembléia Geral, poderá promover ações em benefício de comunidades carentes;

Artigo 4º - A ACBJ-PB terá duração por tempo indeterminado, com o seu exercício social coincidente com o ano civil, iniciando-se a 1º de janeiro e encerrando-se em 31 de dezembro de cada ano.

107

CAPÍTULO II

QUADRO SOCIAL Artigo 5º - O Quadro Social compõe-se das seguintes categorias de sócios: sócios efetivos contribuintes; sócios efetivos remidos e sócios honorários. Artigo 6º - São sócios efetivos contribuintes, as pessoas físicas que forem admitidos na Associação, de acordo com as normas estatutárias. Parágrafo Único - Na qualidade de dependentes do sócio efetivo poderão freqüentar a Associação, com acesso às instalações esportivas, culturais e sociais, os membros de sua família, assim entendidos o cônjuge, os filhos, os tutelados e os enteados, esses três últimos, até completarem 25 (vinte e cinco) anos de idade. Artigo 7º - São sócios efetivos remidos, as pessoas físicas que assegurem essa qualidade em decorrência do pagamento antecipado de contribuições sociais, em valores correspondentes à deliberação da Assembléia Geral, . Parágrafo Primeiro – O sócio efetivo contribuinte poderá remir a sua condição de sócio efetivo, desde que, efetue o pagamento antecipado de mensalidades em valores correspondentes à deliberação da Assembléia Geral, Parágrafo Segundo – A Assembléia Geral somente poderá deliberar pela remissão de sócio efetivo quando os recursos arrecadados forem destinados exclusivamente para investimentos prévia e devidamente projetados e aprovados. Parágrafo Terceiro – A Assembléia Geral não poderá deliberar pela remissão de sócio efetivo em percentual superior a 20% (vinte por cento) do total dos sócios efetivos existentes. Parágrafo Quarto – A remissão a que se refere o presente artigo abrange apenas a mensalidade social, não estando incluídas, portanto, as taxas extraordinárias porventura determinadas pela Assembléia Geral. Artigo 8º - São sócios honorários, os que tenham reconhecidamente prestado serviços relevantes à Associação, com tal situação homologada por Assembléia Geral.

CAPITULO III ADMISSÃO, DIREITOS, DEVERES DOS SÓCIOS

Artigo 9º - São requisitos necessários, exigidos ao candidato ao Quadro Social:

a) ter afinidade com a cultura japonesa e interesse na sua preservação e difusão; b) ser apresentado por um sócio efetivo em pleno gozo de seus direitos sociais,

em formulário da Associação, devidamente preenchido e assinado; b) ser de maior idade ou, quando menor púbere, estar legalmente assistido;

Parágrafo 1º - Recebida a Proposta, a Diretoria deverá proceder à sua avaliação, no prazo máximo de 30 (trinta) dias, devendo observar se contra o candidato não haja nada que o desabone, devendo, em caso positivo, mencionar tal fato no relatório de avaliação, bem como certificar-se, mediante as comprovações apresentadas, se o candidato atende a condição básica para sua admissão.

108

Parágrafo 2º - Completada a avaliação e estando o candidato apto a ser admitido como sócio, será a Proposta apreciada para decisão, com escrutínio secreto, na seguinte primeira reunião da Diretoria. Caso a o relatório de avaliação conclua que o candidato não está apto para ser admitido, o() mesmo() será concluído() e incinerado() juntamente com a Proposta, informando-se o candidato da não aceitação de seu nome, por escrito e a cópia será arquivada, guardando-se sigilo. Parágrafo 3º - O candidato apto a ser admitido como sócio não será aceito se sua proposta não for aprovada pela maioria dos membros da Diretoria presentes à reunião, sendo, então a Proposta e o Relatório incinerado ()s. Parágrafo 4º - O candidato não aceito será cientificado da decisão, por escrito, e a cópia será arquivada, guardando-se sigilo. Parágrafo 5º - O candidato não aceito poderá apresentar nova Proposta após 2 (dois) anos a partir da data da reunião de Diretoria que o recusou. Parágrafo 6º - O candidato aprovado receberá uma comunicação oficial e, a partir dessa data será considerado sócio da ACBJ-PB, com todos os direitos e obrigações inerentes. Artigo 10 – São direitos dos sócios, observadas as condições do Estatuto Social:

a)Freqüentar a sede social, participar de todas as atividades e programas, usando e gozando dos serviços e instalações oferecidos pela Associação;

b)Participar das atividades esportivas, culturais e sociais, obedecendo às exigências

regulamentadas;

c)Convidar para participar de eventos da Associação, na forma do regulamento interno, pessoas de suas relações;

d)Recorrer das decisões da Diretoria, para a Assembléia Geral, dentro do prazo de

10 (dez) dias, considerado interposto o recurso da data da entrada do requerimento na Secretaria da Associação, que deverá fornecer recibo ao requerente;

e)Participar dos Órgãos da Administração, desde que civilmente capacitado para tal;

f)Quando sócio efetivo, participar das Assembléias Gerais, votar, ser votado e propor

candidato a Sócio;

g)Requerer, sempre por escrito, a dispensa da cobrança da mensalidade, pelo período máximo de 12 (doze) meses, quando tiver que se ausentar do Estado por motivo de trabalho, tratamento de saúde, ou outro de força maior, devidamente comprovado e mediante aprovação da Diretoria.

Parágrafo Primeiro – Não poderão votar os associados que estiverem sendo processados criminalmente e aqueles que ocuparem cargos remunerados na Associação. Parágrafo Segundo – Sendo constatada a não veracidade dos motivos justificadores do requerimento de dispensa de cobrança de mensalidade a que se refere a alínea g do caput deste artigo, a dispensa, mesmo que deferida, será considerada nula de pleno direito; da mesma forma, se os motivos justificadores se extinguirem em prazo inferior

109

ao requerido e o associado não solicitar o cancelamento da dispensa requerida, a mesma será considerada sem qualquer validade a partir da data da extinção dos motivos justificadores; em ambos os casos o associado retornará à condição de associado ativo e estará obrigado ao pagamento das mensalidades a partir da data em que se tornarem nulas as dispensas requeridas. Artigo 11 – São deveres dos sócios:

a)Conhecer, observar e cumprir as normas estatutárias, os regulamentos internos e as determinações emanadas da Assembléia Geral e da Diretoria, cooperando, em tudo e sempre, para a consecução da finalidade social e prosperidade da ACBJ-PB;

b)Respeitar e acatar as decisões dos membros da Administração da Associação,

mesmo quando transmitidas ou em execução através dos seus prepostos;

c)Efetuar, com pontualidade, o pagamento das taxas, contribuições e mensalidades a que estiver obrigado por norma estatutária;

d)Zelar pelo patrimônio social, indenizando a Associação, no prazo que for

determinado pela Diretoria, pelos prejuízos comprovadamente causados por negligência ou imprudência, por eles mesmos, seus dependentes e/ou convidados;

e)Informar à Associação, por escrito, as alterações de seus endereços, residencial

e comercial, de profissão, de estado civil e outras constantes das declarações exigidas para a admissão ao quadro social;

f)Aceitar os cargos e comissões para os quais forem eleitos ou nomeados e

desempenhá-los com dedicação, salvo por motivo de saúde ou de força maior, exercendo-os gratuitamente;

g)Portar com correção, sempre que estiver em causa a sua condição de sócio;

h)Evitar, dentro da Associação, por ser expressamente proibida, qualquer

manifestação de caráter político ou religioso, ou relativo à questão de raça, ou nacionalidade;

i)Apresentar a Carteira de Identidade Social, acompanhada do recibo do mês,

sempre que exigida por qualquer Diretor ou funcionário da Associação. Artigo 12 – Os sócios efetivos contribuintes estão obrigados ao pagamento de mensalidade em valor a ser estipulado pela Diretoria e aprovado pela Assembléia Geral.

Parágrafo Primeiro – A Diretoria poderá acumular os valores das mensalidades e exigi-los dos associados por períodos anual, semestral ou trimestral. Parágrafo Segundo – Será concedido um desconto de 10% (dez por cento) ao sócio que quitar por antecipação, um número mínimo de 12 (doze) mensalidades, bem como, na ocorrência de atraso no pagamento da mensalidade, a mesma deverá ser liquidada pelo valor que estiver vigorando na data do pagamento, acrescida ()s de multa de 2% (dois por cento) e juros segundo a taxa que estiver em vigor para a mora do pagamento de impostos devidos à Fazenda Nacional. Artigo 13 – O associado que utilizar serviços ou a estrutura da Associação para

110

finalidades que não de interesse da Associação deverá pagar uma Taxa de Utilização de Serviços, cujo valor será fixado pela Diretoria, com revisão anual. Artigo 14 – A Assembléia Geral, especificamente convocada para este fim, poderá fixar contribuições compulsórias extraordinárias destinadas a atender a despesas oriundas de situações emergenciais, inclusive investimentos sociais, vedada a sua cobrança por qualquer outro meio, as quais deverão ser pagas por todos os associados efetivos, contribuintes e remidos.

CAPITULO IV PENALIDADES

Artigo 15 – Serão suspensos de seus direitos sociais e não poderão freqüentar a sede social ou qualquer outra dependência da Associação, o sócio que estiver em atraso de 3 (três) mensalidades, sendo-lhe concedido o prazo de 90 (noventa) dias para pagamento de seu débito. Parágrafo Primeiro – Ocorrendo a hipótese de cobrança acumulada de valores conforme previsto no parágrafo primeiro do artigo 12, o atraso referir-se-á à parcela não liquidada (anual, semestral ou trimestral), concedido o mesmo prazo para pagamento de seu débito. Parágrafo Segundo – Findo o prazo, o sócio que não quitar a dívida será punido conforme resolução da Diretoria, tomada com base em Regulamento Interno e entregue diretamente ao sócio com data de recepção. Artigo 16 – Os sócios que infringirem o presente Estatuto, os Regulamentos Internos e as decisões administrativas em vigor estão sujeitos às seguintes penalidades: advertência; suspensão ou exclusão, conforme resolução da Diretoria, tomada com base em Regulamento Interno e entregue diretamente ao sócio com data de recepção. Artigo 17 – Das decisões da Diretoria, à exceção do previsto no artigo 15, cabe, no prazo de 5 (cinco) dias contado da data de recepção, recurso com efeito suspensivo à Assembléia Geral, que deverá ser convocada para a finalidade específica de apreciar o recurso interposto pelo associado.

CAPITULO V RECEITAS E DESPESAS

Artigo 18 – Constituem receitas da Associação as mensalidades, taxas e contribuições estabelecidas neste Estatuto Social, bem como doações, donativos, subvenções recebidas e rendimentos de atividades promovidas pela Associação. Artigo 19 – As despesas, de custeio e de capital, consistirão dos gastos necessários às atividades e eventos promovidos pela Associação, bem como a investimentos em bens necessários à consecução de seu objetivo social. Parágrafo Único – Os atos que importem em aquisições, alienações ou imposição de gravames a bens imóveis deverão ser aprovados previamente pela Assembléia Geral. Artigo 20 – O superávit porventura apurado será aplicado integralmente em atividades necessárias à consecução do objeto social da Associação, sendo terminantemente vedado o pagamento de gratificação ou qualquer outra forma de remuneração aos membros da Diretoria Executiva ou do Conselho Fiscal.

111

CAPITULO VI

ÓRGÃOS DE ADMINISTRAÇÃO

Artigo 21 – São Órgãos da Administração da ACBJ-PB: a) Assembléia Geral dos Associados; b) Diretoria Executiva; c) Conselho Fiscal.

CAPITULO VII ASSEMBLÉIA GERAL

Artigo 22 – A Assembléia Geral dos Associados é o Órgão Supremo da Administração da Associação, sendo soberana em suas decisões, com reuniões ordinárias e extraordinárias, nas condições deste Capítulo. Parágrafo Primeiro – A Assembléia Geral será constituída pelos Associados em pleno gozo de seus direitos sociais, quites com a Tesouraria da Associação, tendo cada associado o direito a um voto. Parágrafo Segundo – O associado pode ser representado na Assembléia por outro associado, mediante outorga de mandato com especificação dos atos autorizados, devendo o instrumento ficar arquivado na Secretaria da Associação juntamente com a ata da respectiva Assembléia. Parágrafo Terceiro – A convocação da Assembléia Geral será feita mediante carta aos Associados ou publicação interna, contendo indicações do local, dia e hora da reunião e um sumário de sua ordem do dia, devendo o texto oficial do edital de convocação ser afixado no Quadro de Avisos da Associação até a data da realização da Assembléia. Parágrafo Quarto – Entre a data da publicação ou da recepção da carta pelo Associado e a realização da Assembléia deverá decorrer um prazo mínimo de 10 (dez) dias. Parágrafo Quinto – As Assembléias Gerais serão convocadas pelo Presidente ou Secretário da Associação, por iniciativa da Diretoria, ou por solicitação dos membros do Conselho Fiscal, ou a requerimento de 30 associados qualificados na forma do Parágrafo Primeiro, garantido, na forma da legislação em vigor, a um quinto dos associados o direito de promovê-las. Parágrafo Sexto – Decorrido o prazo de 30 (trinta) dias, sem que a Diretoria se manifeste sobre o requerimento dos sócios como previsto no parágrafo anterior, poderão os requerentes convocar diretamente a Assembléia, justificando a razão de tal convocação e atendendo às normas dos Parágrafos Terceiro e Quarto. Parágrafo Sétimo – A Assembléia Geral será instalada, em primeira convocação, com a presença mínima de 25% (vinte e cinco por cento) dos Associados qualificados e, não havendo quorum até 30 (trinta) minutos após a hora programada, em segunda e última convocação, com qualquer número de participantes presentes, sendo as deliberações tomadas por maioria de votos dos presentes, exceto nas situações previstas no parágrafo Oitavo deste artigo e no artigo 40. Parágrafo Oitavo – A Assembléia Geral que tratar de destituição de administradores e/ou de alteração do estatuto somente poderá deliberar, na forma da legislação em vigor, com o voto concorde de dois terços dos presentes à assembléia, especialmente convocada para esses fins, não podendo ela deliberar, em primeira convocação, sem a

112

maioria absoluta dos associados qualificados, ou com menos de um terço nas convocações seguintes. Artigo 23 – A Assembléia Geral reunir-se-á ordinariamente uma vez por ano, até o dia 06 de novembro, extraordinariamente, tantas vezes quantas se fizerem necessárias. Parágrafo Primeiro – Compete à Assembléia Geral Ordinária: I – Apreciar anualmente o relatório da Diretoria, o balanço patrimonial e a demonstração do déficit ou superávit do exercício e o orçamento para o exercício em curso. II – Eleger os membros da Diretoria e do Conselho Fiscal, se for o caso; e III – Deliberar sobre outros assuntos constantes da respectiva ordem do dia. Parágrafo Segundo – A Assembléia Geral será presidida pelo Presidente da Associação, salvo nas reuniões ordinárias se for ele candidato a cargo eletivo, ou por seu impedimento ou ausência, quando sucessivamente, a Presidência da Assembléia caberá ao Vice Presidente da Associação e, no seu impedimento ou ausência, a qualquer sócio participante, eleito para tal fim, desde que não sejam candidatos na eleição tratada pela Assembléia. Parágrafo Terceiro - A ata dos trabalhos, contendo registros da convocação da Mesa Diretora, sumário das matérias e das deliberações, será lavrada em livro próprio, pelo Diretor Primeiro Secretário da Associação, e no seu impedimento ou ausência, pelo Diretor Segundo Secretário e, no seu impedimento ou ausência, por um secretário “ad hoc”, assim convidado pelo Presidente e compondo a mesa, sendo tal ata assinada pelo Presidente, pelo Secretário e sócios que assim desejarem, com cópias extraídas para fins de Direito, as quais serão assinadas pelo Presidente ou pelo Secretário da reunião. Artigo 24 – Compete à Assembléia Geral: a) Eleger, empossar e, quando for o caso, destituir os administradores, como tais entendidos os membros da Diretoria e do Conselho Fiscal; b) Alterar o Estatuto Social; c) Aprovar as contas dos administradores; d) Deliberar sobre a aquisição e alienação de imóveis da Associação ou a constituição de ônus reais sobre esses bens; e) Deliberar sobre a remissão de sócios; f) Deliberar sobre a dissolução da Associação; g) Aprovar o orçamento anual de Receitas e Despesas; h) Julgar em única e última instância os recursos interpostos pelos sócios contra as resoluções da Diretoria.

CAPITULO VIII DIRETORIA EXECUTIVA

Artigo 25 – A Associação será administrada por uma Diretoria Executiva composta de associados, tendo cada membro da Diretoria o mandato de 2 (dois) anos, permitida uma reeleição num total de 2 (dois) mandatos consecutivos para o mesmo cargo.

Artigo 26 – A Diretoria Executiva é composta dos seguintes membros: Presidente, Vice-Presidente, Primeiro Secretário, Segundo Secretário; Primeiro Tesoureiro, Segundo Tesoureiro e até 7 (sete) Diretores de departamentos. Artigo 27 – Os membros da Diretoria serão eleitos na Assembléia Geral Ordinária. Parágrafo Primeiro – As chapas concorrentes deverão ser apresentadas na Secretaria da Associação, para os devidos registros, até 10 (dez) dias antes da data da eleição,

113

por um requerimento subscrito por 15 (quinze) associados que estejam em pleno gozo de seus direitos e quites com a Tesouraria da Associação. Parágrafo Segundo – Não sendo apresentada chapa concorrente alguma, dentro do prazo e nas condições do parágrafo anterior, ficará a Diretoria Executiva com a obrigação de apresentar uma chapa. Parágrafo Terceiro – Cada candidato só poderá constar de uma única chapa concorrente. Parágrafo Quarto – É condição obrigatória para o registro de chapa concorrente que todos os seus componentes assinem um termo de concordância, que será arquivado na Secretaria da Associação. Parágrafo Quinto – Após os devidos registros, as chapas serão afixadas no Quadro de Aviso da sede da Associação, até a data da eleição. Parágrafo Sexto – A eleição será feita através de escrutínio secreto, mediante cédulas para votação em que deverão constar as chapas concorrentes e os nomes dos associados e respectivos cargos. Parágrafo Sétimo – Para exercer o seu direito de voto o Associado deverá assinar o livro de presença, mencionando o seu nome e número de inscrição na Associação. Parágrafo Oitavo – A apuração dos votos será efetuada logo após concluída a votação e será declarada vencedora a chapa concorrente que obtiver o maior número de votos. Em caso de empate entre duas chapas concorrentes será declarada vencedora a chapa que apresentar como candidato a Presidente o associado mais idoso. Parágrafo Nono – O mandato da Diretoria Executiva é de 2 (dois) anos, iniciando-se em 21 de novembro, sendo empossados em reunião extraordinária da Diretoria Executiva presidida pelo Presidente cujo mandato está se expirando, a ser realizada no primeiro dia útil subsequente ao dia 21 de novembro, mediante assinatura em livro próprio. Parágrafo Décimo – Vagando qualquer cargo na Diretoria Executiva deverá ser convocada Assembléia Geral Extraordinária no prazo de 14 (quatorze) dias, para a eleição do membro para o cargo vago, o qual cumprirá o prazo restante do mandato. Artigo 28 – A Diretoria Executiva terá mensalmente a sua reunião ordinária e se reunirá extraordinariamente sempre que for necessário, com a presença de, no mínimo, metade de seus membros, em primeira convocação, e após 30 (trinta) minutos, em segunda e última convocação, com qualquer número de diretores presentes. Parágrafo Primeiro – A Diretoria Executiva deliberará por maioria simples, cabendo ao Presidente, além do seu, o voto de desempate. Parágrafo Segundo – A cada dois anos, a Diretoria Executiva reunir-se-á extraordinariamente no primeiro dia útil do mês de novembro para empossar os membros da Diretoria Executiva eleitos pela Assembléia Geral Ordinária. Artigo 29 – Compete à Diretoria Executiva: a) Cumprir e fazer cumprir os Estatutos Sociais, os regulamentos internos e demais decisões emanadas de Órgãos da Associação; b) Deliberar sobre admissão de sócios; c) Elaborar os Regulamentos Internos e/ou suas alterações para aprovação da Assembléia Geral; d) Elaborar, anualmente, o orçamento do exercício seguinte, para aprovação da Assembléia Geral;

114

e) Remeter, anualmente, à Assembléia Geral, o relatório, o balanço patrimonial e a demonstração do déficit ou superávit do exercício anterior, com parecer do Conselho Fiscal; f) Fixar o Quadro de Pessoal da Associação; g) Organizar e atualizar o regulamento de pessoal da Associação; g) Supervisionar e coordenar os trabalhos e as atividades sociais da Associação; h) Zelar pelo patrimônio e instalações da Associação, atribuindo e cobrando responsabilidades a quem der causa por ação ou omissão, a deterioração, perecimento ou dano, quer seja funcionário, quer seja membro da Diretoria a quem for delegada a função de fiscalizar e manter o seu patrimônio; i) Fiscalizar o bom andamento, mantendo a ordem nas atividades culturais, esportivas e sociais da Associação; j) Aplicar aos associados as penalidades determinadas no Regulamento Interno; k) Promover a cobrança das contribuições devidas pelos associados; l) Resolver os casos omissos, ad referendum da Assembléia Geral. Artigo 30 – Compete ao Presidente: a) Representar a Associação ativa e passivamente, em juízo ou fora dele; b) Representar a Associação em solenidades e atos oficiais, podendo designar tais representantes; c) Supervisionar as atividades da Associação; d) Convocar e presidir as Assembléias Gerais e as Reuniões de Diretoria; e) Encaminhar ao Conselho Fiscal e, posteriormente, à Assembléia Geral, os relatórios, orçamentos, balanços, contas e outros documentos referentes às atividades sociais, conforme as normas estatutárias; f) Abrir, rubricar e encerrar os livros de uso oficial da Associação; g) Em conjunto com o Primeiro Tesoureiro ou seu substituto, assinar cheques, emitir, endossar, aceitar e avalizar letras de câmbio, notas promissórias e demais títulos de crédito; h) Resolver os assuntos urgentes que se apresentam à Associação; i) Constituir, juntamente com outro Diretor, procuradores por instrumento público, em nome da Associação, especificando os poderes a serem conferidos, pelo prazo de mandato da Diretoria outorgante; j) Assinar as correspondências da Associação; k) Cumprir outras atribuições fixadas em Regulamento Interno. Artigo 31 – Compete ao Vice-Presidente: a) Substituir o Presidente em suas ausências ou impedimentos; b) Colaborar com o Presidente na administração da Associação; c) Cumprir outras atribuições fixadas no Regulamento Interno. Artigo 32 – Compete ao Primeiro Secretário: a) Substituir o Presidente e o Vice-Presidente em suas faltas, ausências ou impedimentos temporários; b) Secretariar as Assembléias Gerais e as Reuniões de Diretoria; c) Superintender os serviços da Secretaria e do arquivo; d) Assinar com o Presidente as Carteiras de Identidade Social; e) Receber, coordenar e expedir os relatórios e atos normativos da Diretoria Executiva e a correspondência da Associação; f) Manter atualizados os registros e fichários com endereços dos associados; g) Cumprir outras atribuições, fixadas no Regulamento Interno. Artigo 33 – Compete ao Segundo Secretário: a) Substituir o Primeiro Secretário, em suas ausências e impedimentos; b) Auxiliar o Primeiro Secretário; c) Cumprir outras atribuições, fixadas no Regulamento Interno. Artigo 34 – Compete ao Primeiro Tesoureiro: a) Dirigir e responder pelos serviços da tesouraria e contabilidade da Associação; b) Ter sob sua guarda e responsabilidade os valores da Associação; c) Organizar os balancetes e relatórios financeiros mensais; d) Organizar o balanço patrimonial, a demonstração do déficit ou superávit e relatórios contábeis e financeiros referentes ao exercício; e) Assinar com o Presidente ou seu substituto, cheques, bem como emitir, endossar, aceitar e avalizar letras de câmbio, notas promissórias e demais títulos de crédito; f) Manter em dia a arrecadação das contribuições, taxas e despesas devidas pelos Associados; g) Controlar e efetuar os pagamentos de obrigações da Associação; h) Delegar poderes a empregados da Associação para receberem valores; i) Depositar os valores arrecadados; j) Assessorar

115

a Diretoria nos assuntos e atividades relativos ao seu setor; k) Cumprir outras atribuições, fixadas no Regulamento Interno. Artigo 35 – Compete ao Segundo Tesoureiro: a) Substituir o Primeiro Tesoureiro, em suas ausências e impedimentos; b) Auxiliar o Primeiro Tesoureiro; c) Cumprir outras atribuições, fixadas no Regulamento Interno. Artigo 36 – Compete aos Diretores sem designação cumprir as atribuições fixadas no Regulamento Interno.

CAPITULO IX CONSELHO FISCAL

Artigo 37 – O Conselho Fiscal se compõe de 3 (três) membros efetivos e 3 (três) membros suplentes, sendo todos eles associados em dia com suas obrigações sociais, eleitos pela Assembléia Geral Ordinária, para um mandato de 2 (dois) anos, podendo ser reeleitos uma única vez. Artigo 38 – Os membros do Conselho Fiscal serão empossados juntamente com os membros da Diretoria Executiva eleitos, em reunião extraordinária da Diretoria Executiva, no primeiro dia útil do mês de novembro. Artigo 39 – Compete ao Conselho Fiscal: a) Analisar e emitir parecer sobre o balanço patrimonial e a demonstração do déficit ou superávit do exercício findo da Associação, no prazo de 15 (quinze) dias; b) Solicitar à Diretoria Executiva as informações que considerar necessárias para o exercício de suas atribuições; c) Examinar os livros e documentos contábeis da Associação; d) Solicitar a convocação da Assembléia Geral para comunicar qualquer irregularidade encontrada na contabilidade da Associação.

CAPITULO X DISSOLUÇÃO E LIQUIDAÇÃO

Artigo 40 – A dissolução da Associação será deliberada em Assembléia Geral, especialmente convocada para essa finalidade, e somente se instalará com um quorum de, no mínimo 2/3 (dois terços) dos associados em dia com suas obrigações sociais e, somente deliberará com a aprovação de 4/5 (quatro quintos) dos presentes. Artigo 41 – Aprovada a dissolução na forma do artigo precedente, a mesma Assembléia Geral elegerá uma comissão de Liquidantes composta de 3 (três) sócios, que se encarregará de proceder à liquidação do ativo e do passivo e praticar os demais atos que se tornarem necessários para ultimar a dissolução. Artigo 42 – Dissolvida a Associação, depois da restituição aos Associados, das contribuições que tiverem prestado ao patrimônio da Associação, atualizado o valor dessas contribuições, o remanescente de seu patrimônio líquido será destinado às entidades de fins não econômicos que for deliberado pelos associados em Assembléia Geral.

CAPITULO XI DISPOSIÇÕES GERAIS E TRANSITÓRIAS

116

Artigo 43 – O mandato da Diretoria Executiva, em curso, quando da aprovação da presente reforma estatutária será, se for o caso, automaticamente prorrogado de forma a observar o disposto no Parágrafo Nono do Artigo 27. Artigo 44 – Esta Reforma e Alteração Estatutária, após aprovação pela Assembléia Geral, entrará imediatamente em vigor e será publicada, em forma de resumo no Diário Oficial do Estado e registrada em seu inteiro teor no Cartório de Registro Civil das Pessoas Jurídicas. (APROVADO PELA ASSEMBLÉIA GERAL EXTRAORDINÁRIA REALIZADA EM ..../...../......)

______________________________ Presidente da Assembléia Geral

_______________________________

Secretário da Assembléia Geral