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PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO DO CAMPUS DO PANTANAL PPGE/CPAN TELMA IARA BACARIN FILMES DE ANIMAÇÃO DA BARBIE: normatizações e resistências aos modelos de feminilidade Corumbá MS 2015

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PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO DO CAMPUS DO

PANTANAL – PPGE/CPAN

TELMA IARA BACARIN

FILMES DE ANIMAÇÃO DA BARBIE: normatizações e resistências aos modelos de

feminilidade

Corumbá – MS

2015

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TELMA IARA BACARIN

FILMES DE ANIMAÇÃO DA BARBIE: normatizações e resistências aos modelos de

feminilidade

Dissertação apresentada ao Programa de Pós-

Graduação em Educação do Campus do

Pantanal (PPGE/CPAN), como requisito para a

obtenção do título de Mestre em Educação na

área de concentração em Educação Social,

pela linha de pesquisa Formação de

Educadores e Diversidade, sob orientação da

Prof.ª Drª. Constantina Xavier Filha.

Corumbá

Mestrado em Educação – UFMS/CPAN/PPGE-CPAN

2015

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CAMPUS DO PANTANAL

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO DO CAMPUS DO PANTANAL – PPGE/CPAN

Dissertação intitulada FILMES DE ANIMAÇÃO DA BARBIE: normatizações e resistências

aos modelos de feminilidade, de autoria da mestranda Telma Iara Bacarin, aprovada pela

banca examinadora constituída pelos/as seguintes professores/as:

_________________________________________________________

Profª Drª Constantina Xavier Filha (Orientadora)

(Universidade Federal de Mato Grosso do Sul – UFMS)

_________________________________________________________

Profª Drª Patrícia Abel Balestrin (Membro Titular)

(Universidade do Vale do Rio dos Sinos – UNISINOS)

_________________________________________________________

Profª Drª Cláudia Maria Ribeiro (Membro Titular)

(Universidade Federal de Lavras – UFLA)

_________________________________________________________

Prof. Dr. Tiago Duque (Membro Titular)

(Universidade Federal de Mato Grosso do Sul – UFMS)

Corumbá-MS

2015

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Dedico este trabalho a Cristine Novaes

Barbosa da Rocha

“Minha amiga de fé minha irmã camarada,

amiga de tantos caminhos de tantas jornadas.

Cabeça de mulher mas o coração de menina,

aquela que esteve ao meu lado em qualquer

caminhada.

Me lembro de todas as lutas da minha grande

companheira, que tantas vezes provou ser uma

grande guerreira.

O seu coração sempre foi uma casa de portas

abertas, amiga você foi a mais certa das horas

incertas...”

Foi difícil chegar aqui sem você, mas sua

memória esteve presente: sua garra, sua força

e sua coragem me foram fonte de inspiração...

Por isso dedico a você os frutos deste

trabalho, que só começou pelo seu incentivo.

Obrigada por ter passado por minha vida!

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AGRADECIMENTOS

Agradeço a Deus, a quem tantas vezes recorri pedindo inspiração e socorro. Às santas

e santos para quem supliquei auxílio, à espera de um milagre para cumprir prazos, concluir

com êxito e entregar o trabalho.

Agradeço a minha orientadora Prof.ª Dr.ª Constantina Xavier Filha, companheira de

tantos anos de trabalhos e estudos, que me proporcionou experiências de trabalho valiosas,

aprendizados, aprofundamentos teóricos, esclarecimento de dúvidas, publicações... Foram

muitos os momentos difíceis que passamos ao longo do desenvolvimento desta pesquisa, mas

chegamos ao fim inteiras e com o trabalho em mãos. Sem minha querida Tina nada seria

possível, este trabalho só aconteceu graças a sua dedicação para corrigir cada frase, questionar

coisas absurdas, indicar caminhos e sugerir aprofundamentos nos pontos necessários. Os

momentos de orientação, presenciais ou a distância, funcionavam como luz para o

desenvolvimento do trabalho e davam novo folego ao processo de escrita. Um dia haverá de

ser Santa Tina! Auxílio e refúgio dos/as estudantes desesperados/as!

Agradeço também à minha eterna amiga Cristine Rocha, parceira nas cansativas

viagens, amiga leal nos momentos bons e difíceis. Compartilhamos dúvidas e certezas,

discutimos conceitos, chegamos juntas às conclusões possíveis, brigamos e nos entendemos,

enfim, vivemos intensamente o período do mestrado e também os de parceria desde a

graduação. Mas confesso que é com lágrimas nos olhos que faço esse agradecimento, foi

muito difícil terminar esse trabalho sem minha amiga... Faltam-me palavras para expressar o

quanto sou grata por tê-la em minha vida, ainda que tenha partido tão cedo...

Agradeço à Samanta, grande parceira nesta jornada de trabalhos e estudos.

Companheira sempre disponível, generosa para ajudar nas dúvidas e dificuldades. Sempre

presente, sua ajuda foi fundamental neste processo de pesquisa.

Agradeço à Francisca pela amizade, presença e parceria, pelas discussões e por

compartilhar as angústias e incertezas. A todas/os as/os companheiras/os de sala e as/aos

professoras/es do mestrado pelas aulas, pelas ricas discussões em sala, pelo compartilhamento

de ideias, questionamentos sobre corrente teórica e pressupostos foucaultianos,

questionamentos esses que foram importantíssimos no processo de amadurecimento teórico

da pesquisa.

Agradeço ao Programa de Pós-Graduação em Educação do Campus do Pantanal,

Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, em especial às professoras Anamaria Santana da

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Silva, Mônica de Carvalho Magalhães Kassar e professor Fabiano Antônio dos Santos, pessoas

com as quais tivemos a maioria das aulas no ano de 2013.

Agradeço à banca examinadora, professora Cláudia Maria Ribeiro, professora Patrícia

Abel Balestrin e professor Tiago Dique, pela leitura e sugestões valiosas na qualificação e pela

dedicação e carinho na leitura final para defesa. Fica também meu pedido de desculpas pelos

pontos que foram sugeridos, mas que não foram possíveis apresentar.

Agradeço também à minha família, pelas orações que fizeram em meu favor, pelo

apoio moral oferecido e principalmente pela presença e carinho no momento difícil em que

perdemos nossa matriarca, minha amada avó Thereza. Incluo um agradecimento especial para

minha mãe Ivone, que mesmo sem entender direito as discussões e conceitos faz questão de

ler meus trabalhos, acredita no meu ponto de vista e me respeita nas discordâncias. Agradeço

também pela leitura dos resumos dos filmes que ela e minha irmã Taynara fizeram, dedicando

algumas horas para opinar sobre o nível de entendimento dos textos.

Agradeço enfim às pessoas que fazem parte da minha vida e que compreenderam as

ausências, os momentos de distanciamento, os convites para eventos que foram recusados e

todas as vezes que disse “não” em nome dos estudos. Obrigada por torcerem por mim nessa

conquista.

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BACARIN, Telma Iara. Filmes de animação da Barbie: normatizações e resistências aos

modelos de feminilidade. Corumbá/MS: Universidade Federal de Mato Grosso do Sul,

Campus do Pantanal, Corumbá, 2015. Dissertação de Mestrado em Educação.

RESUMO

A presente pesquisa inseriu-se no âmbito dos trabalhos do Grupo de Estudos e Pesquisas em

Sexualidades, Educação e Gênero – GEPSEX/UFMS e teve por objetivo identificar nos

filmes de animação da Barbie as possibilidades de vivências de feminilidades, bem como as

possibilidades de resistências a um modelo único de vivência da feminilidade. As questões

que nortearam a pesquisa foram: Quais as feminilidades que são veiculadas/produzidas nos

filmes de animação da Barbie? De que forma essas feminilidades são legitimadas enquanto

modelos para a vivência das feminilidades? Existe um modelo único nos filmes ou há a

possibilidade de variadas formas de vivências de feminilidade e de ser menina/mulher? A

pesquisa foi fundamentada teoricamente nos Estudos Culturais, Estudos de Gênero e nos

pressupostos foucaultianos, utilizando os conceitos de gênero, feminilidade, pedagogias

culturais, identidade e diferença, identidade de gênero, subjetivação, poder e resistência.

Escolhemos os filmes por entendermos que são artefatos culturais e que, como tais, atuam na

constituição das identidades, inclusive as de gênero, instituindo formas adequadas para a

vivência das feminilidades e masculinidades. Tomamos como fonte para pesquisa os filmes de

animação da Barbie produzidos entre os anos de 2001 a 2012, totalizando vinte e três obras

analisadas. Para organizar nossas discussões e identificar os diversos elementos de

feminilidades que os filmes possibilitam, fizemos a organização dos filmes em cinco

agrupamentos de acordo com os temas que predominavam em cada um, apesar de que todos

os filmes apresentavam mais de um dos elementos que consideramos em cada agrupamento.

Os grupos formados foram: “Ensinamentos de feminilidade”; “Renúncia de algo pelo bem

comum”; “Amizade verdadeira”; “Amor romântico” e “Feminilidade diferente do modelo

dominante”. Com base na nossa fundamentação teórica foi possível pensar em possíveis

discussões e problematizações às perguntas formuladas. Identificamos que os filmes

apresentam um impasse, pois à medida que proporcionam uma infinidade de maneiras para

pensar em resistências e rupturas com modelos únicos de feminilidade, acabam, também, por

reafirmar um modelo idealizado de feminilidade como desejável, qual seja, um modelo dócil,

gentil, educado e altruísta. Contudo, entendemos que essa discussão é profícua no âmbito dos

Estudos Culturais e Estudos de Gênero, pois possibilitam questionar e tencionar regras e

padrões preestabelecidos para vivência das feminilidades e masculinidades, sobretudo nas

instituições educativas com e para as crianças.

Palavras-chave: Feminilidades; Gênero; Filmes da Barbie.

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ABSTRACT

This research took part in the works of the Grupo de Estudos e Pesquisas em Sexualidades,

Educação e Gênero – GEPSEX/UFMs and had as objective identify in Barbie animated films

possibilities of experiencing femininities, as well as possibilities of resistance to a single

model of experiencing it. The questions that guided this research were: What are the

femininities aired/produced in Barbie animated movies? How are those femininities

legitimized as models of experiencing femininities? Does a single model of experiencing

femininity exist or are there possibilities of various forms of experiencing it and of being

woman/girl in Barbie animated films? Grounded in Cultural Studies, Gender Studies and

Foucauldian premises, the concepts of gender, femininity, cultural pedagogies, identity and

difference, gender identity, subjectivation, power and resistance were used throughout this

research. The choice for the films was made because they are cultural artifacts and, being so,

act in the production of identities, including gender identity, instituting what are considered

adequate forms of experiencing femininities and masculinities. The resources for this research

were Barbie animated films made between the years 2001 to 2012, totaling twenty-three

works analyzed. To organize the discussions and identify the various elements of femininities

that the films made possible, an organization of the films in five groupings, according to the

predominant theme, was made taking in consideration that all films brought more than one

element of each grouping. The groupings were: “Teachings of femininities”; “Renounce for

the common good”; “True friendship”; “Romantic love” and “Femininities that differ from

the dominant model”. With the theoretical ground chosen, it was possible to think of

discussions and problematizations to the questions proposed. We were able to identify that the

films present an impasse, because they proportionate multiple of ways to think of resistances

and ruptures of the single model of femininity; on the other hand, they end up reaffirming an

idealized model of femininity as desirable, namely, a docile, gentle, polite and altruistic model

of femininity. Taking all that unto account, we do believe that this discussion is fruitful in the

framework of Cultural Studies and Gender Studies, because they allow us to question and

tension the rules and pre-established patterns of experiencing femininities and masculinities,

especially in educative institutions for and with children.

Keywords: Femininities; Gender; Barbie films.

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1: Lista completa dos filmes .................................................................................... 31

Tabela 2: Detalhamento dos grupos .................................................................................... 46

Tabela 3: Características dos grupos ................................................................................... 47

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ÍNDICE DE FIGURAS

Figura 1: Erika tomando nota dos ensinamentos para ser uma princesa............................................... 49

Figura 2: Erika ensaiando o aceno de princesa ..................................................................................... 50

Figura 3: Princesa acenando da sacada ................................................................................................. 52

Figura 4: Pop Star dando entrevistas .................................................................................................... 53

Figura 5: Tori descendo pelo corrimão da escada ................................................................................ 54

Figura 6: Tori e suas irmãs depois de sabotarem o quadro de tia Amélia ............................................ 54

Figura 7: Tori e suas irmãs depois de bagunçarem o quarto ................................................................. 55

Figura 8: Tori imitando tia Amélia ao ganhar uma bronca ................................................................... 55

Figura 9: Casamento de Anneliese e Erika com seus respectivos noivos, Julian e rei Dominick. ...... 56

Figura 10: Princesas ao chão depois de colidirem umas nas outras ...................................................... 57

Figura 11: Princesas a mesa .................................................................................................................. 58

Figura 12: Blair recebendo aulas de etiqueta e equilíbrio ..................................................................... 59

Figura 13: Blair trabalhando de garçonete ............................................................................................ 62

Figura 14: Delancy entregando a coroa de Gardênia ............................................................................ 63

Figura 15: Blair se transformando em princesa .................................................................................... 63

Figura 16: Clara libertando os prisioneiros ........................................................................................... 64

Figura 17: Clara salvando o príncipe com um beijo ............................................................................. 64

Figura 18: Elina enfrentando Laverna para libertar as/os amigas/os .................................................... 65

Figura 19: Elina no momento em que destrói o cristal e caba com os planos de Laverna ................... 65

Figura 20: Elina ao trocar suas asas por cauda de sereia para salvar Nori............................................ 66

Figura 21: Elina abrindo mão de recuperar suas asas para impedir o envenenamento das águas. ....... 66

Figura 22: Elina salvando fada Solar .................................................................................................... 67

Figura 23: Elina se colocando a frente do primeiro voo da primavera ................................................ 67

Figura 24: Butterfly e suas amigas fugindo de monstros ...................................................................... 68

Figura 25: Butterfly salvando a vida da rainha ..................................................................................... 68

Figura 26: Merliah abre mão de retomar sua vida para salvar o reino ................................................. 70

Figura 27: Merliah se transformando em princesa sereia depois de se reconhecer como tal ............... 70

Figura 28: Merliah no momento em que decide fazer o ritual ............................................................. 71

Figura 29: Merliah no trono assumindo o risco de nunca mais voltar a ser humana ............................ 71

Figura 30: Merliah brigando com a mãe ............................................................................................... 73

Figura 31: Merliah produzindo Marvita ............................................................................................... 73

Figura 32: Liana entregando o colar da amizade para Alexa ................................................................ 77

Figura 33: Alexa e Liana se desentendem ............................................................................................ 77

Figura 34: Polegarzinha e suas amigas em um abraço.......................................................................... 78

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Figura 35: Makena e Polegarzinha se reconciliando ........................................................................... 78

Figura 36: Ro e príncipe Antônio dançando no baile ........................................................................... 81

Figura 37: Ro aceita o pedido de casamento ........................................................................................ 81

Figura 38: Barbie sofrendo com a separação ........................................................................................ 82

Figura 39: Barbie e Ken em um beijo de reconciliação ........................................................................ 82

Figura 40: Barbie tentando proteger Ken.............................................................................................. 83

Figura 41: Barbie e Ken em um evento ................................................................................................ 84

Figura 42: Rapunzel aceita o convite para o baile ............................................................................... 85

Figura 43: Casamento de Rapunzel com o príncipe ............................................................................. 85

Figura 44: Odete e o príncipe após serem atingidos por um feitiço .................................................... 86

Figura 45: Odete aceita o pedido de casamento do príncipe................................................................. 86

Figura 46: Corinne desafiando um mosqueteiro ................................................................................... 89

Figura 47: Revelação das mosqueteiras no baile ................................................................................. 90

Figura 48: Corinne salvando o príncipe ................................................................................................ 92

Figura 49: As garotas partindo em missão ............................................................................................ 92

Figura 50: Barbie escolhendo um vestido para comprar ...................................................................... 93

Figura 51: Barbie se desculpando por seus erros .................................................................................. 94

Figura 52: Barbie e Kevin dançando no baile da escola ....................................................................... 94

Figura 53: Eden ameaçando demitir as/os funcionárias/os ................................................................... 95

Figura 54: Eden no orfanato depois de mudar sua conduta .................................................................. 95

Figura 55: Irmãs de Barbie brigando entre si........................................................................................ 96

Figura 56: As irmãs reconciliadas ao final do filme ............................................................................. 96

Figura 57: Annika discutindo com seu pai e sua mãe ........................................................................... 97

Figura 58: Annika enfrentando o gigante ............................................................................................. 97

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO .................................................................................................................................... 12

CAPÍTULO 1 – DOS CAMINHOS TRILHADOS E OS PERCURSOS DA PESQUISA .................. 13

1.1 Trajetória pessoal nos estudos de gênero e os primórdios da pesquisa ....................................... 13

1.2 Dos interesses da pesquisa .......................................................................................................... 16

1.2.1 Filmes de animação e as pedagogias culturais .......................................................... 17 1.2.2 Por que filmes de animação da Barbie? .................................................................... 20 1.2.3 Barbie: uma breve história ......................................................................................... 23 1.2.4 A pesquisa em relação a outras produções ................................................................ 25

1.3 Percursos teórico-metodológicos ................................................................................................ 30

1.3.1 Conhecendo a história da animação .......................................................................... 34 1.3.2 Filmografia produzida ............................................................................................... 36

1.4 Conceitos teóricos ....................................................................................................................... 38

CAPÍTULO 2 – PROBLEMATIZANDO AS FEMINILIDADES NOS FILMES DA BARBIE. ....... 44

2.1 Agrupamentos das Feminilidades e suas características em cada grupo. .................................... 44

2.1.1 “Saber qual vestido usar, e o tempo todo saber como se portar” − Aprendendo a ser

princesa. .............................................................................................................................. 48 2.1.2 “É meu dever” − Renúncia de algo pelo bem comum ............................................... 63 2.1.3 “Melhores amiga hoje, amanhã e sempre” − Amizades verdadeiras ....................... 74 2.1.4 “Esse tipo de amor desprendido tem um poder incrível!” − Amor romântico .......... 79 2.1.5 Você pode ser tudo que quiser! − Feminilidade diferente do modelo reafirmado nos

filmes ................................................................................................................................... 87 2.1.6 Enfim, que feminilidade é essa? ................................................................................. 99

CONSIDERAÇÕES FINAIS: PENSANDO EM FINALIZAÇÕES .................................................. 103

REFERÊNCIAS .................................................................................................................................. 106

ANEXO ............................................................................................................................................... 111

Anexo A – Capas e sinopses oficiais retiradas das capas dos DVDs .............................................. 112

APÊNDICES ....................................................................................................................................... 124

Apêndice A – Tabelas ..................................................................................................................... 125

Apêndice B – Histórias detalhadas .................................................................................................. 159

Apêndice C – Letras das músicas .................................................................................................... 197

Apêndice D – Lista de filmes da Barbie produzidos entre 2013 e 2015 ......................................... 204

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INTRODUÇÃO

Iniciamos este trabalho com o objetivo de identificar as feminilidades veiculadas e

produzidas nos filme de animação da Barbie para, posteriormente, analisar e problematizar as

feminilidades encontradas. A pesquisa não foi sobre os filmes, mas com os filmes. Pensamos

que com os filmes podemos identificar a “feminilidade” de Barbie e os possíveis

ensinamentos e normatizações que ela pode estar constituindo. No decorrer do processo de

pesquisa incluímos as feminilidades de outras personagens que também traziam aspectos

relevantes para nossos estudos. Inicialmente, parece óbvia a feminilidade que Barbie

representa, mas, ao passar horas e horas com ela, nada mais parece óbvio. Barbie traz um

misto de subversão/resistência com sujeição/conformidade. As características se contradizem

e se completam, avançam e retrocedem, trazem possibilidades e padronizações.

Nossa pesquisa é embasada nos Estudos Culturais, Estudos de Gênero e pressupostos

foucaultianos. Na primeira parte desta dissertação apresentamos os percursos da pesquisa com

a trajetória pessoal da pesquisadora e os caminhos até chegar ao tema da pesquisa. Falamos da

importância do Grupo de Estudos e Pesquisas em Educação Sexualidades e Gênero –

GEPSEX no processo de desenvolvimento desta pesquisa. Em seguida, elencamos os

interesses da pesquisa, o que nos motivou e as questões que nos impulsionaram a pesquisar.

Após, contextualizamos nossa pesquisa no campo dos Estudos Culturais, apresentando nossas

motivações e o cenário das produções de pesquisas com filmes de animação. No tópico

seguinte, expomos os percursos teórico-metodológicos juntamente com uma apresentação das

fontes que utilizamos, a saber: filmes de animação da Barbie produzidos entre os anos de

2001 a 2012. Finalizamos o primeiro capítulo com a introdução dos conceitos que

entendemos serem essenciais para fundamentar teoricamente os resultados dos estudos

realizados a partir dos filmes selecionados.

No segundo capítulo, trazemos os resultados da pesquisa. Apresentamos

primeiramente os agrupamentos realizados com os filmes integrantes da pesquisa. Em seguida

passamos à apresentação e discussão em torno das características e problematizações de cada

grupo, articulando os conceitos de gênero, identidade e subjetivação às discussões propostas,

juntamente com o resumo de cada filme trabalhado. Elencamos os “achados” da pesquisa,

problematizando as resistências e as conformações das personagens, identificando os pontos

que possibilitavam ruptura em relação a um modelo único de vivência das feminilidades.

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CAPÍTULO 1 – DOS CAMINHOS TRILHADOS E OS PERCURSOS DA PESQUISA

1.1 Trajetória pessoal nos estudos de gênero e os primórdios da pesquisa

Usarei, na primeira parte deste trabalho, a linguagem na primeira pessoa do singular

por tratar-se de minha trajetória pessoal e dos caminhos que me levaram enquanto

pesquisadora a iniciar os estudos nas temáticas de gênero, sexualidade e educação, tornados

possíveis quando conheci minha orientadora. Após, nos demais tópicos e capítulos, usarei a

linguagem na primeira pessoa do plural, pois não se trata de um trabalho individual, mas sim

de um trabalho realizado a quatro mãos: escrito por mim, mas revisado, corrigido, guiado e

acompanhado por minha orientadora que contribuiu imensamente para o desenvolvimento da

pesquisa e escrita da dissertação.

Para falar de meus interesses nos Estudos de Gênero é necessário retornar à minha

graduação em Ciências Sociais na Universidade Federal de Mato Grosso do Sul – UFMS. No

curso tive contato com uma disciplina sobre gênero com foco exclusivo no feminino, ou seja,

gênero era sinônimo de mulher. Apesar de gostar das nossas discussões e problematizações

sobre o tema, não tive interesse em aprofundar os estudos nessa área. Meu interesse naquele

momento era pela antropologia, em especial com as questões indígenas. Porém, no último ano

da graduação, fiz uma disciplina optativa, “Educação, Sexualidade e gênero”, no curso de

Pedagogia: foi quando conheci minha atual orientadora, Prof.ª Dr.ª Constantina Xavier Filha.

Fiquei encantada com as temáticas das aulas, descobri uma nova forma de conceber o gênero:

não apenas na perspectiva do feminino, mas de forma relacional, considerando as

masculinidades e feminilidades enquanto construções sociais. Apesar da empolgação que as

discussões e estudos me causavam, acabei interrompendo esses estudos ao término da

disciplina e com a conclusão do curso.

Pouco mais de um ano depois, em 2008, à convite de minha amiga Cristine Rocha,

inscrevi-me para um curso de extensão na UFMS, Educação para a Sexualidade, para a

Equidade de gênero e para a Diversidade Sexual – EPSEX. Este curso foi oferecido pela

Prof.ª Constantina, foi quando nos reencontramos. Por intermédio deste curso tive a

oportunidade de retomar os estudos nas temáticas de gênero, sexualidades e educação e

depois veio a possibilidade de participar da seleção para ser tutora a distância no curso Gênero

e Diversidade na Escola – GDE, um curso coordenado também pela Prof.ª Constantina e

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oferecido pelo Departamento de Educação do Centro de Ciências Humanas e Sociais e a

EAD/UFMS, no ano de 2009. Iniciei, juntamente com este trabalho, a participação no Grupo

de Estudos e Pesquisas em Educação Sexualidades e Gênero – GEPSEX, com coordenação da

mesma professora. Através do grupo, ampliei e aprofundei os estudos, colaborando nas

diversas pesquisas realizadas e coordenadas pela Prof.ª Dr.ª Constantina Xavier Filha e

comecei a pensar na possibilidade de fazer Mestrado em Educação nas temáticas que

estudávamos.

Com a participação no GEPSEX, trabalhei como voluntária em diversas pesquisas e

projetos como: projeto de extensão “Educação para a sexualidade, gênero e direitos humanos

de crianças: produção de materiais didáticos para/com a infância”; o projeto de pesquisa

“Violências contra crianças e adolescentes: representações de educadores/as e alunos/as de

escolas municipais de Campo Grande/MS”; colaborei também na parte final da pesquisa “Já é

tempo de saber...: a construção discursiva da Educação Sexual em Manuais e Livros infanto-

juvenis – 1930 a 1980 do século XX”; além de participar da preparação e organização gráfica

dos livros infantis A menina e o menino que brincavam de ser...1, e Entre sementes e

cegonhas: as curiosidades de Gabriela/Entre explosões e cortes na barriga: as curiosidades

de Rafael2 de autoria da Prof.ª Dr.ª Constantina Xavier Filha. Todas essas atividades foram

fundamentais para o aprofundamento dos estudos, além de proporcionarem maior experiência

em relação à realização de pesquisas.

Durante meu trabalho como tutora do GDE realizei algumas atividades solicitadas

pela Prof.ª Tina. Uma destas foi pesquisar e baixar propagandas da Barbie, montando um

acervo com os vídeos das propagandas, pois a referida professora tinha como objetivo estudar

os artefatos culturais para a infância em uma de suas pesquisas, entre eles a Barbie. Ao

realizar a busca pelas propagandas, os vídeos começaram a chamar minha atenção por conta

de algumas frases que eram repetidas ao final de quase todas as propagandas, a destacar:

“Rosa é tudo, viva o rosa!”, “Rosa é vida, viva o rosa!”, “Rosa é fashion, viva o rosa!”, além

da presença marcante do cor-de-rosa em todas as propagandas da boneca Barbie e seus

acessórios. Essas frases e os elementos das imagens nas propagandas começaram a me causar

inquietação.

1 XAVIER FILHA, Constantina. A menina e o menino que brincavam de ser... Ilustrações de Marilza

Rodrigues. Campo Grande, MS: Editora da UFMS, 2009. 2 XAVIER FILHA, Constantina. Entre explosões e cortes na barriga: as curiosidades de Rafael/Entre

sementes e cegonhas: as curiosidades de Gabriela. Ilustrações de Marilza Rodrigues. Campo Grande, MS:

Editora da UFMS, 2009.

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O meu interesse pelos filmes de animação de curta-metragem, conhecidos como

desenhos animados, vem de longa data. Encantei-me com os desenhos animados desde os

primeiros contatos que ocorreram por volta dos nove anos de idade e, mesmo depois de

adulta, sempre que possível assistia a filmes de animação, independente de serem desenhos

animados ou filmes de longa-metragem. Na ocasião do levantamento das propagandas, já

havia assistido a diversos filmes da Barbie na programação dos canais abertos de televisão e

também com a filha de uma amiga, pequena fã da Barbie que adquiria todos os lançamentos

de filmes. Mas foi a partir das discussões no GEPSEX que comecei a dar atenção aos

elementos fílmicos, observando as cores utilizadas, as falas, personagens masculinas e

femininas, os lugares sociais ocupados por essas personagens, percebendo cada um desses

elementos com olhar mais crítico. Minha inquietação aumentava, pois discutíamos nos

encontros do GEPSEX o quanto os artefatos culturais atuam na construção das identidades

das crianças. Pegava-me pensando: quais as feminilidades e masculinidades que os filmes de

animação estavam produzindo e reproduzindo?

Quando decidi concorrer ao mestrado, mais uma vez motivada por minha amiga

Cristine, não tinha delimitado o que queria pesquisar. Em conversas com a Prof.ª Tina, ela

sugeriu um estudo sobre os filmes da Barbie, pois ela já vinha desenvolvendo algumas

pesquisas com as acadêmicas nas disciplinas que ministra no curso de pedagogia da UFMS. A

sugestão da Prof.ª Tina era pesquisar feminilidades nos filmes da Barbie e masculinidades nos

filmes do Ben 10. Considerando as possibilidades de problematizações e análises que os

filmes proporcionariam, e minha apreciação por filmes de animação, lancei-me a esse desafio

e elaborei o anteprojeto com o qual me classifiquei para o Mestrado em Educação.

Em 2012 cursei uma disciplina optativa do mestrado ministrada por minha

orientadora e iniciamos, também, as orientações e elaboração do projeto de pesquisa. Para

isso realizei um levantamento dos filmes da Barbie produzidos até 2012, chegando a um total

de 24 obras produzidas, todas de longa-metragem. Em relação aos filmes do Ben 10, os

resultados foram muito maiores: Ben 10 começou a ser exibido em 2005 e até 2012 já contava

com mais de 600 episódios de filmes de animação de curta-metragem, além de um filme de

animação longa-metragem. Mesmo diante dos números, comecei a adquirir os exemplares em

DVD enquanto trabalhava na produção do projeto e cumpria o cronograma das disciplinas do

mestrado. Depois de algumas orientações, e algumas versões do projeto de pesquisa, optamos

por retirar os filmes do Ben 10 da pesquisa: essa decisão se deu pelo grande número de

materiais disponíveis e, devido à articulação de dois temas, feminilidades e masculinidades, a

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pesquisa ficaria demasiado extensa para realizar no prazo do mestrado. Sendo assim,

delimitamos nossas análises apenas com os filmes da Barbie, fechando em vinte e três obras

produzidas de 2001, por ser o período em que a produção fílmica da Barbie se intensificou,

até 2012, período em que iniciamos a coleta dos materiais.

A participação no grupo de estudos GEPSEX, bem como as pesquisas desenvolvidas

em todos os trabalhos com a professora Constantina, foram fundamentais para a gestação e

amadurecimento desta pesquisa aqui apresentada. Por meio dos estudos e das experiências de

pesquisa foi possível aprofundar conceitos teoricamente, além do aprendizado sobre o

trabalho de pesquisadora.

Neste tópico apresento os passos iniciais para o desenvolvimento de nossa pesquisa.

A seguir, trazemos os interesses que nos motivaram a pesquisar, o objeto de nossas

investigações e as questões que impulsionaram nossas buscas.

1.2 Dos interesses da pesquisa

Depois de termos definido como objeto desta pesquisa as feminilidades

veiculadas/produzidas nos filmes de animação da Barbie, passamos a definir os elementos da

nossa pesquisa. Nosso objetivo em relação aos filmes de animação da Barbie era: identificar

as feminilidades que são veiculadas/produzidas nos filmes e analisar e problematizar as

feminilidades que encontramos nas obras audiovisuais.

Mobilizamo-nos a partir de algumas perguntas que nos permitiram problematizar o

caráter de normalização que os filmes podem assumir. Buscamos primeiramente saber quais

as feminilidades que são veiculadas/produzidas nesses filmes de animação, seja a

feminilidade da protagonista Barbie ou de outras personagens. Com as respostas a esta

questão, passamos a nos perguntar: de que forma essas feminilidades são legitimadas

enquanto modelos para a vivência das feminilidades? Existe um modelo único nos filmes ou

há a possibilidade de variadas formas de ser menina/mulher?

Para responder a essas indagações analisamos cada um dos filmes, criamos

agrupamentos com as características de feminilidades que apareciam nos filmes para cada

personagem e fizemos um mapeamento dos tipos de feminilidades encontradas. Isso nos

possibilitou identificar os diversos tipos de feminilidades que podem ser considerados como

modelos no contexto dos filmes. Nossas análises teóricas se fundamentaram nos Estudos

Culturais, Estudos de Gênero e pressupostos foucaultianos.

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No decorrer do processo de pesquisa tivemos a oportunidade de publicar trabalhos

em eventos na área da educação. Publicamos um artigo no “XII Encontro de Pesquisa em

Educação da Região Centro-Oeste – 2014”, intitulado “Um jeito Barbie de ser: analisando

feminilidades em filmes de animação da Barbie”3, e também fizemos a apresentação oral

deste trabalho. Outro trabalho foi apresentado no “VI Seminário Corpo, Gênero e

Sexualidade; II Seminário Internacional Corpo, Gênero e Sexualidade; II Encontro Gênero e

Diversidade na Escola – 2014”, intitulado “Filmes de animação da Barbie e os aprendizados

de feminilidades”4 com publicação nos anais do evento. Por fim publicamos o artigo em

coautoria com a professora Constantina, “O mundo da Barbie em: ‘Escola de princesas’ e em

‘As três mosqueteiras’” no livro Sexualidades, Gênero e Infâncias no cinema5, organizado

pela Prof.ª Dr.ª Constantina Xavier Filha. A produção e apresentação destes trabalhos foram

de suma importância no desenvolvimento da pesquisa, colaborando para o amadurecimento

dos objetivos e para definição dos procedimentos adotados na produção da mesma.

A seguir apresentamos uma introdução as discussões dos Estudos Culturais,

inserindo nosso objeto de pesquisa nesse campo de estudos e apontamos as razões que nos

levaram a escolher os filmes de animação da Barbie em meio a tantos artefatos culturais

disponíveis em nossa sociedade.

1.2.1 Filmes de animação e as pedagogias culturais

Na perspectiva dos Estudos Culturais, entendemos que os artefatos culturais exercem

determinadas pedagogias (BALESTRIN, 2009), (GIROUX E MCLAREM, 1995), (SILVA,

200), (XAVIER FILHA, 2009). Para pensarmos as pedagogias culturais, a definição de

Tomaz Tadeu da Silva nos parece esclarecedora. O autor argumenta que pedagogia cultural é

“qualquer instituição ou dispositivo cultural que, tal como a escola, esteja envolvida no

processo de transmissão de atitudes e valores, tais como o cinema, a televisão, as revistas,

3 BACARIN, T. I.. Um jeito Barbie de ser: analisando feminilidades em filmes de animação da Barbie. In: XII

Encontro de Pesquisa em Educação da Região Centro-Oeste, 2014, Goiânia. XII Encontro de Pesquisa em

Educação da Região Centro-Oeste, 2014., 2014. p. 1-12 4 BACARIN, T. I. . Filmes de animação da Barbie e os aprendizados de feminilidades. In: II Seminário

Internacional Corpo, Gênero e Sexualidade; VI Seminário Corpo, Gênero e Sexualidade; II Encontro

Gênero e Diversidade na Escola, 2014, Juiz de Fora. Anais [do] VI Seminário Corpo, Gênero e Sexualidade; II

Seminário Internacional Corpo, Gênero e Sexualidade; II Encontro Gênero e Diversidade na Escola. Lavras:

Center Gráfica e Editora, 2014. v. 1. p. 3005-3021. 5 XAVIER FILHA, Constantina; BACARIN, Telma I. O mundo da Barbie em: “Escola de Princesas” e “As três

Mosqueteiras”. In: XAVIER FILHA, Constantina (Org.). Sexualidades, gênero e infâncias no cinema. Campo

Grande: UFMS, 2014, p. 43-60.

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entre outros” (SILVA, 2000, p. 79). É, portanto, nessa perspectiva que pensamos os filmes de

animação da Barbie: enquanto produtores/reprodutores de conhecimentos.

Patrícia Abel Balestrin nos fala da relevância do cinema no contexto da nossa

cultura, argumentando que

Dentre as tantas imagens que circulam na cultura contemporânea, podemos

afirmar que o cinema é um dos artefatos mais poderosos que têm exercido

uma pedagogia – no sentido de que sempre ensina modos de ser, de viver, de

se comportar, enfim, produz sujeitos e identidades a partir das imagens que

põe em movimento na tela. (BALESTRIN, 2009, p. 176)

O argumento da autora nos parece pertinente. Dentre as tantas pedagogias culturais o

cinema exerce uma função relevante, principalmente os filmes de animação que apresentam

ensinamentos para as crianças de forma lúdica e descontraída. Cláudia Cordeiro Rael, na

mesma perspectiva dos Estudos Culturais, nos fala que:

O cinema, os documentários, os shoppings, os museus, os brinquedos, os

vídeo games e a mídia em geral podem ser compreendidos como instâncias

educativas, locais de informação e entretenimento, [...] podem, ser vistos

como produtores e veiculadores de representações que sugerem

determinados comportamentos e identidades sociais, e que, de algum modo,

acabam por regular nossas vidas. (RAEL, 2008, p. 160)

Corroboramos com a autora quando diz que esses artefatos culturais nos ensinam

determinadas condutas, determinadas formas de agir, certos modos de estarmos no mundo e

nos relacionarmos com ele. Vale destacar que por artefatos culturais entendemos aqueles

produtos da nossa cultura tais como filmes, revistas, programas de televisão, brinquedos, entre

outros, que atuam como produtores “não apenas de conhecimentos, mas também de

subjetividades” (GIROUX e MCLAREN, 1998, p. 144). Constantina Xavier Filha pondera

que “os artefatos culturais produzem significados, ensinando determinadas condutas às

meninas e aos meninos e instituindo formas adequadas e ‘normais’ para a vivência das

feminilidades ou masculinidades” (XAVIER FILHA, 2009, p. 72).

É com base nas discussões das autoras e autores citadas/os que entendemos os

artefatos culturais enquanto elementos de pedagogias culturais e que, como tais, nos permitem

analisar e problematizar o caráter pedagógico dos filmes de animação da Barbie. Propusemo-

nos a analisar filmes pois, como nos diz Anderson Ferrari, ao assistirmos a um filme “somos

colocados diante de um mundo de convenções, regras e comportamentos, ao mesmo tempo

em que somos levados a pensar e a buscar outras maneiras de ser e de estar, experimentando a

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liberdade, e subversão” (FERRARI, 2012, p. 53). Sendo assim, podemos constituir nossas

identidades na relação com os filmes, nos identificando ou não com suas verdades,

concordando com seus ensinamentos ou questionando os modelos únicos e, assim, nos

constituímos como sujeitos na relação com as imagens em movimento.

Guacira Lopes Louro, ao analisar as possibilidades de se estudar o cinema na

perspectiva da educação, diz:

Distintas posições-de-sujeitos e práticas sexuais e de gênero vêm sendo

representadas, nos filmes, como legítimas, modernas, patológicas, normais,

desviantes, sadias, impróprias, perigosas, fatais. Ainda que tais marcações

sejam transitórias ou, eventualmente, contraditórias, é possível que seus

resíduos e vestígios persistam, algumas vezes por muito tempo, e que

venham a assumir significativos efeitos de verdade. (LOURO, 2008, p. 82)

A autora nos fala do caráter transitório da construção das identidades nos filmes,

alertando que, de certa forma, algumas identidades adquirem status de verdade. Assim,

podemos dizer que os filmes de animação da Barbie são artefatos culturais que colocam em

circulação formas de feminilidades que ganham status de verdade e com isso produzem

normalizações para as possíveis atitudes e comportamentos femininos. Ainda que sejam

transitórias, essas verdades legitimadas nos filmes podem produzir efeitos duradouros.

As feminilidades apresentadas nos filmes analisados estão de certa forma dizendo às

espectadoras quais modos “ideais” para a vivência da feminilidade. Tal como propõe Fischer,

“estamos supondo que esse aparato cultural (filme) teria uma função formadora,

‘subjetivadora’ e, tal como a escola, estaria se valendo de certas técnicas de produção de

sujeitos” (FISCHER, 2012, p. 116). A autora pondera, ainda em seus estudos, que o artefato

cultural – inclusive os filmes – tem a capacidade de

participar efetivamente da constituição de sujeitos e subjetividades, na

medida em que produz imagens, significações, enfim, saberes que de alguma

forma se dirigem à “educação” das pessoas, ensinando-lhes modos de ser e

estar na cultura em que vivem. (FISCHER, 2002, p. 153)

As crianças podem fazer múltiplas leituras das feminilidades nos filmes, mas a

constante repetição de certos modelos podem produzir efeitos de verdade. Falamos em

espectadoras, usando apenas o feminino pois, como nos alerta Ellsworth (2001), os filmes são

pensados para determinados públicos, são os chamados “modos de endereçamento” que

definem quem o filme pensa que é seu público. A esse respeito, a autora afirma que:

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Para que um filme funcione para um determinado público, para que ele

chegue a fazer sentido para uma espectadora, ou para que ele a faça rir, para

que a faça torcer por um personagem, para que um filme a faça suspender

sua descrença [na “realidade” do filme], chorar, gritar, sentir-se feliz ao final

– a espectadora deve entrar em uma relação particular com a história e o

sistema de imagem do filme. (ELLSWORTH, 2001, p. 14)

Percebemos, com a autora, que os roteiros são pensados para públicos específicos.

As falas, as cores utilizadas, os enquadramentos, os planos são elementos pensados para

conseguir atingir esse público ao qual o filme deseja atrair. Mas como podemos afirmar que

os filmes da Barbie são direcionados para as meninas espectadoras? Vemos nesses filmes um

certo direcionamento para o público infantil feminino, uma tentativa de capturar a espectadora

e fazê-la viver a história, criando empatia com suas personagens. Esse direcionamento

transparece na escolha das capas dos DVDs e nas cores das roupas das personagens, quase

sempre em tons cor-de-rosa, e também nas falas de Barbie quando convida a menina a

navegar com ela pelos menus do filme, aproveitando toda a diversão oferecida.

Mas “o espectador ou a espectadora nunca é, apenas ou totalmente, quem o filme

pensa que ele ou ela é” (ELLSWORTH, 2001, p. 20). Isto significa que os meninos, embora

não sejam o “alvo” desse modo de endereçamento, podem se subjetivar com os filmes, viver

suas aventuras e aprender com seus “ensinamentos”. Apesar de termos como foco desta

pesquisa as identidades femininas, percebemos que as identidades masculinas também se

fazem presentes. Personagens como Ken, alguns príncipes e outras personagens masculinas

apresentam aos meninos, possíveis espectadores, e também às meninas formas distintas para a

vivência das masculinidades e formas de se relacionar com as feminilidades, constituindo

assim formas para vivência das identidades masculinas e femininas.

1.2.2 Por que filmes de animação da Barbie?

A boneca Barbie foi lançada em 1959 pela empresa Mattel6 e foi a primeira boneca

adulta produzida para o público infantil (ROVERI, 2008). Apesar de seu sucesso nos dias de

hoje, comprovado pelo volume de vendas de exemplares e pelos filmes lançados tendo Barbie

como protagonista, Fernanda Teodoro Roveri (2008) nos fala que sua aceitação inicial exigiu

um árduo trabalho de marketing. Segundo a autora, para convencer as mães de que uma

6 Empresa multinacional fabricante de brinquedos que detêm a marca e patente da boneca Barbie.

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boneca adulta seria “boa” para as meninas, a Mattel utilizou o argumento de que a boneca

ensinaria as meninas a serem verdadeiras damas. Barbie continua ensinando, ainda hoje, às

meninas como serem mulheres jovens e belas, principalmente através dos filmes que trazem

ideais de juventude, beleza e feminilidade. Não é possível saber o número exato de

exemplares vendidos, pois a Mattel não divulga esses dados, mas notícias7 que circulam na

internet trazem algumas informações como, por exemplo, que a cada segundo duas bonecas

Barbie são vendidas no mundo; a boneca é vendida em 150 países; os exemplares já vendidos,

se alinhados lado a lado, dariam sete voltas em torno do planeta Terra; e, em 1996, já havia

sido vendido em todo o mundo um total de 800 milhões de exemplares da boneca. Em 2011

eram vendidas 172.800 Barbies por dia em todo o mundo8. Essas informações são um

exemplo da popularidade da Barbie e dão uma dimensão do alcance deste brinquedo.

Barbie tornou-se mais que um brinquedo: é uma marca licenciada para produtos

diversos, um apelo contínuo ao consumismo. Um estudo de caso na área de marketing e

licenciamentos9, realizado em 2006, apresenta dados relevantes. Os/as autores/as Edson

Crescitelli e Adriana Stefanini trazem a informação de que

No Brasil, em 2005, mais de 2.500 novos itens com a marca (Barbie) foram

introduzidos ao mercado, tornando-a líder no segmento infantil feminino

(meninas). A boneca detém 86% do mercado de “bonecas fashion” e 78% do

mercado de produtos de consumo infantil para meninas, segundo auditoria da

FIA USP. A marca está presente em todas as categorias de produtos: beleza,

confecção, acessórios, alimentos, artigos esportivos, escolares, para casa,

entre outros. (CRESCITELLI, STEFANINI, 2006, p. 9)

Estes dados referem-se ao licenciamento da marca Barbie e indicam o volume de

vendas movimentado pela imagem da boneca, além de expressar o quanto as crianças

consomem os produtos desta personagem. A marca Barbie foi indicada, no ano de 2011, em

diversas categorias do prêmio “Melhor produto Licenciado”10

, figurando nas categorias de

7 Disponível em <http://consumidormoderno.uol.com.br/empresas/barbie-53-anos-curiosidades-sobre-a-boneca-

mais-famosa-do-mundo>. Acesso em 10 Jun 2013. 8 Disponível em <http://super.abril.com.br/cultura/sensual-historia-barbie-656085.shtml>. Acesso em 10 Jun

2013. 9 Licenciamentos são negociações realizadas entre os representantes de marcas consagradas no mercado e

empresas diversas que tem interesse em usar uma determinada marca para estampar em seus produtos e

alavancar as vendas. Definição retirada de http://www.licensingbrasilmeeting.com.br/pt/index.html Acesso em

10 Jun 2013. 10

O prêmio “Melhor produto licenciado” é realizado pela Licensing Brasil Meeting, uma feira realizada

anualmente para reunir agentes licenciadores e pessoas interessadas em comprar licenças. Para mais informações

acessar o site: http://www.licensingbrasilmeeting.com.br/pt/index.html

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brinquedos, roupas, acessórios, cosméticos, entre outras, o que indica o quanto seus produtos

foram vendidos.

Todos estes elementos reforçam nossos argumentos sobre a necessidade de um olhar

mais atendo sobre os filmes da Barbie. Não se trata apenas de uma boneca, de filmes ou de

uma marca: Barbie é antes de tudo um “estilo de vida” que tenta capturar suas/seus fãs, as/os

envolver em seu universo e determinar os ideais de feminilidade que Barbie representa.

Atualmente, notícias11

indicam uma queda no volume de vendas de bonecas Barbie,

que vem sofrendo reduções consecutivas nas vendas desde 2013 somando sete trimestres de

recuo. Apesar das quedas no volume de exemplares vendidos, a produção dos filmes com a

boneca vem se mantendo constante. Em 2013 foram lançados três filmes. São eles: Barbie e

as Sapatilhas Mágicas, Barbie Butterfly e a Princesa Fairy e Barbie e suas Irmãs em uma

Aventura de Cavalos; em 2014, o filme Barbie Sereia das Pérolas e Barbie e o Portal

Secreto; e, em 2015, foi lançado o filme Barbie em Super Princesa. Em 2014 foi divulgada

uma notícia12

sobre a produção de um filme da Barbie que será estrelado por atrizes e atores

“reais”: o filme deve ser lançado nos cinemas em 2015 e, segundo a matéria, essa seria uma

forma de alavancar as vendas de bonecas Barbie. Como podemos perceber a queda na venda

de bonecas não interferiu na produção cinematográfica: ela continua estrelando seus filmes

lançados rigorosamente todos os anos.

Além dos filmes e brinquedos, Barbie também possui um site

(<http://br.barbie.com>): totalmente em cor-de-rosa, o site traz trailers dos próximos filmes

de Barbie; todos os capítulos do programa Barbie life in the dreamhouse, lançado em 2012:

trata-se de um reality show em que Barbie tem sua “vida pessoal” acompanhada em diversos

episódios que mostram a boneca, suas irmãs, seu namorado Ken, suas amigas e amigos em

diversas aventuras, além de mostrar a casa luxuosa e a vida milionária da protagonista que

aparece nesta produção realmente como uma boneca “dotada de vida”. O site também

disponibiliza jogos e atividades interativas.

Todas essas informações elencadas acima reforçam nossos argumentos sobre a

relevância de problematizar os filmes da Barbie. Como já dissemos, os filmes são artefatos

culturais e, como tais, fazem parte das pedagogias culturais (BALESTRIN, 2009). Portanto,

os filmes da Barbie estão produzindo/reproduzindo conhecimentos, saberes e verdades sobre

feminilidades. Esses filmes apresentam para as meninas e meninos determinadas maneiras

11

Disponível em <http://oglobo.globo.com/economia/adeus-barbie-vendas-da-boneca-recuam-puxam-prejuizo-

da-mattel-no-primeiro-trimestre-12223967>. Acesso em 18 Maio 2014. 12

Disponível em <http://www.adorocinema.com/noticias/filmes/noticia-107245/>. Acesso em 20 Jun 2014.

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para a vivência das feminilidades. Essas feminilidades produzidas/veiculadas nos filmes de

animação da Barbie nos impulsionam a pensar e problematizar os modelos de feminilidades

que podem estar sendo legitimados como desejáveis e verdadeiros. Entendemos que discutir

questões de gênero e identidades, presentes nos diversos artefatos culturais, são possibilidades

de questionar padrões de atitudes e comportamentos atribuídos socialmente às meninas e

meninos como formas únicas e desejáveis de vivência dos gêneros, das feminilidades e

masculinidades (XAVIER FILHA, 2009).

No próximo item trataremos do histórico da boneca Barbie, relatando fatos de suas

origens.

1.2.3 Barbie: uma breve história

Barbie foi apresentada ao mundo em 9 de março de 1959. A história mais popular

sobre Barbie, veiculada em diversos sites da internet13

, conta que ela foi criada por Ruth

Handler e seu marido Elliot Handler, proprietários da Mattel. Ruth teria tido a ideia ao ver a

filha Barbara, que inspirou o nome da boneca, brincando com bonecas de papel que tinham

corpo adolescente e possibilitavam troca de roupas.

Porém, Fernanda Teodoro Roveri (2008, p. 44) nos revela por meio de suas

pesquisas que a história de Ruth foi contestada. Barbie foi criada a partir de outra boneca de

origem alemã, chamada Lilli. A personagem Lilli surgiu primeiramente em histórias em

quadrinhos no jornal alemão Bild, “uma caricatura pornográfica, frívola, ariana derrotada no

pós-guerra que fazia de tudo para trazer de volta sua prosperidade: perseguir e seduzir homens

ricos em busca de dinheiro era sua qualidade principal” (ROVERI, 2008, p. 45). Essa boneca

era vendida para pessoas adultas e, em 1956, quando em viagem com a família, Ruth Handler

descobriu essa boneca. Comprou três exemplares, dois para sua filha e um para ela. Esse

exemplar foi levado para a fábrica da Mattel e deu origem ao protótipo de Barbie. Barbie

passou por processos para diferenciá-la de Lilli, pois como ela “não parecia nem inocente nem

americana, Ruth Handler precisava fazer ambas as coisas, a fim de adequá-la a um padrão de

garota norte-americana respeitável” (ROVERI, 2008, p. 45). A autora nos fala ainda que a

Mattel reforça e “utiliza a narrativa da ‘Ruth mãe’ para dissimular a origem de uma boneca

13

Disponíveis em <http://pt.wikipedia.org/wiki/Barbie>; <http://almanaque.folha.uol.com.br/barbie.htm>;

<http://operamundi.uol.com.br/conteudo/historia/34291/hoje+na+historia+1959+primeira+boneca+barbie+e+apr

esentada+ao+publico+nos+eua.shtml>. Acesso em 10 de Maio de 2012.

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que não era bem vista por muitas famílias norte-americanas quando foi lançada” (ROVERI,

2008, p. 46).

Apesar dessa informação de que a aceitação inicial de Barbie foi difícil, exigindo

altos investimentos em marketing e propaganda (ROVERI, 2008), Shirley Steinberg nos

revela que a boneca fez sucesso rapidamente e "meses depois de sua criação, Barbie já era

uma sensação: “Menininhas ficavam frenéticas para possuir uma Barbie” (STEINBERG,

2001, p. 325). De fato, Barbie se consolidou no mercado: nos anos 60 ganhou o namorado

Ken, além de amigas, amigos, irmãs e primas/os. As amigas, amigos e familiares da Barbie

foram se modificando ao longo do tempo, algumas personagens deixaram de ser produzidas,

mudaram de nome, criaram-se outras. Apenas Barbie e Ken são mantidos/as como os mesmos

nomes, apesar das diversas mudanças na aparência das bonecas.

Críticas às formas e proporções corporais desumanas da boneca são constantes

(STEINBERG, 2001), porém Roveri apresenta as causas para a determinação dessas formas

para o corpo da boneca:

As proporções da boneca foram ditadas pela mecânica da construção das

roupas. Barbie tem cerca de 1/6 do tamanho de uma pessoa. Conforme

explicação de seu primeiro designer, a cintura da boneca tinha de ser

desproporcionalmente estreita para parecer proporcional nas roupas: se, na

escala humana, a costura interna de uma saia possui quatro camadas de pano,

essa mesma medida em uma boneca seis vezes menor faria com que a

cintura da boneca parecesse dramaticamente maior que seu quadril.

(ROVERI, 2008, p. 47)

Steinberg menciona ainda que Barbie foi criada, antes de tudo, para ser uma modelo:

ela “foi feita magra, assim as roupas de grife poderiam fluir belas e realisticamente em seu

corpo” (STEINBERG, 2001, p. 325).

Inicialmente, Barbie foi pensada para que a menina pudesse ter uma boneca e

comprar separadamente seus acessórios como roupas, sapatos, bolsas. Porém, ainda nos anos

60, começaram a ser vendidas Barbies temáticas com características e roupas do tema

apresentado (STEINBERG, 2001). Atualmente, a Mattel produz diversas linhas da boneca,

cada uma já vem com seus acessórios e cenários ou com outros acessórios que podem ser

adquiridos separadamente. Para cada filme lançado são criadas bonecas que o tematizam: a

protagonista, suas amigas e amigos, animais, castelos, carruagens e uma infinidade de

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25

acessórios são vendidos. Há também a “linha realidade”14

, que disponibiliza tudo sobre o

universo Barbie, tratada como uma “pessoa”/personagem. Apesar das críticas, da queda nas

vendas, das inúmeras bonecas concorrentes que surgem constantemente no mercado, Barbie

tem seu espaço garantido, sua marca15

ainda estampa brinquedos, cosméticos, acessórios,

entre outros.

No próximo item apresentaremos outras pesquisas já desenvolvidas que de alguma

forma mantém diálogo com nossas investigações.

1.2.4 A pesquisa em relação a outras produções

Para iniciarmos nossos trabalhos realizamos uma extensa busca por bancos de dados

de teses e dissertações. Pretendíamos com isso situar nossa pesquisa em relação às produções

já existentes, identificando outros trabalhos que utilizaram filmes para análises e que

compartilhavam do mesmo referencial teórico. Buscamos também por outros trabalhos que

tivessem os filmes da Barbie como fonte e objeto de/para pesquisa.

Os principais bancos de teses e dissertações que utilizamos foram: o Banco de teses e

dissertações da CAPES16

; Repositório digital Lume17

, pertencente à Universidade Federal do

Rio Grande do Sul; Biblioteca Digital de Teses e Dissertações18

e biblioteca digital da

UNICAMP19

. Nessas buscas, localizamos quatorze20

estudos utilizando filmes para análises e

vinculados à área da educação, sendo que, deste total, cinco produções são sobre filmes de

animação para crianças. Nestes trabalhos, que utilizaram os filmes de animação, foram

abordados temas como formação de masculinidades e feminilidades, representação de

professoras/es, representação de escola, heterossexualidade, gênero e potencial do uso de

filmes na educação. Para realização das buscas utilizamos palavras-chave que nos

possibilitaram localizar os trabalhos. Utilizamos as chaves de busca: “filmes” e “animação”;

14

Na linha realidade a boneca é apresentada como uma “pessoa”/personagem dotada de vida. A atriz deixa de

dar vida a personagens para ter um determinado episódio de sua rotina pessoal revelada nos filmes. 15

A revista AVON-Moda e Casa tem uma seção dedicada inteiramente a Barbie, onde encontramos produtos de

beleza como esmaltes, batons, perfumes, maquiagens; produtos para casa como: potes, talheres, copos, cortinas,

toalhas roupas de cama; acessórios como: mochilas, calçados, fitas para cabelo, entre tantos outros produtos com

a marca Barbie. 16

Disponível em <http://bancodeteses.capes.gov.br/>. Acesso em Jan; Fev; Mar 2013. 17

Disponível em <http://www.lume.ufrgs.br/handle/10183/1>. Acesso Jan; Fev; Mar 2013. 18

Disponível em <http://bdtd.ibict.br/>. Acesso em Jan; Fev; Mar 2013. 19

Disponível em <http://www.bibliotecadigital.unicamp.br/>. Acesso em Jan; Fev; Mar 2013. 20

No Apêndice A desta dissertação, encontram-se dois quadros mais detalhados dos resultados das buscas nos

bancos de dados nas tabelas 1 e 2.

Page 27: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO DO …ppgecpan.sites.ufms.br/files/2016/01/Telma-Dissertação-final.pdfAbel Balestrin e professor Tiago Dique, pela leitura e sugestões

26

“filmes infantis”; “filmes” e “boneca Barbie”; “filmes” e “feminilidades”; e, por fim,

“feminilidades” e “infâncias”. Em cada busca encontramos trabalhos em diversas áreas do

conhecimento como: cinema, psicologia, informática, saúde, educação, etc. Analisamos todos

os resultados encontrados até chegarmos aos cinco trabalhos que relacionaremos aqui, por

considerá-los significativos de diálogo com o nosso trabalho. Estes textos foram selecionados

por guardarem aproximações com nossas pesquisas, seja pela filiação teórica, pois estão

vinculadas aos Estudos Culturais; seja por utilizarem filmes de animação voltados para o

público infantil como fonte para pesquisa. Realizamos pesquisas na biblioteca digital da

UNICAMP, onde não encontramos trabalhos na perspectiva pós-crítica, mas localizamos dois

trabalhos que utilizam a boneca Barbie como objeto de estudos. Estes trabalhos serão

apresentados na parte do texto em que nos dedicamos a falar de nossas fontes para a pesquisa.

A seguir descreveremos as teses e dissertações com as quais nosso trabalho tem possibilidade

de manter um diálogo.

O primeiro trabalho que destacamos é a tese de doutorado de Ruth Sabat, defendida

em 2003, no Programa de Pós-Graduação da Faculdade de Educação da Universidade Federal

do Rio Grande do Sul. A tese é intitulada Filmes infantis e a produção performativa da

heterossexualidade21

. Neste trabalho, a autora analisa os mecanismos de produção da

heterossexualidade em filmes da Disney. Para isso, a autora selecionou os filmes A Pequena

Sereia, Mulan, A Bela e a Fera e O Rei Leão. Suas discussões estão ligadas aos Estudos

Culturais na vertente pós-estruturalista, Estudos Feministas e Teoria Queer. Sabat (2003)

argumenta que esses artefatos culturais têm importância não apenas no cotidiano das crianças,

mas também na movimentação da economia global, movimentando milhões de dólares.

Afirma ainda que os filmes são um importante recurso pedagógico contemporâneo. A autora

realiza suas análises em torno de três eixos: identidade, abjeção e normalização. Apresenta de

que forma as identidades de gênero e sexuais são construídas ou representadas nos filmes

infantis de animação. Sabat (2003) argumenta que a abjeção e a normalização fazem parte do

processo de produção das identidades de gênero e sexuais dominantes e socialmente aceitas

na nossa cultura, discutindo como o abjeto atua na delimitação do que é considerado

“normal”.

O segundo trabalho a destacar foi realizado pela autora Eunice Aita Isaia Kindel, que

defendeu sua tese de doutorado também em 2003, no Programa de Pós-Graduação da

21

SABAT, Ruth. Filmes infantis e a produção performativa da heterossexualidade. Porto Alegre/RS:

UFRGS, 2003. Tese de Doutorado.

Page 28: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO DO …ppgecpan.sites.ufms.br/files/2016/01/Telma-Dissertação-final.pdfAbel Balestrin e professor Tiago Dique, pela leitura e sugestões

27

Faculdade de Educação da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. O título de sua tese é

A natureza no desenho animado ensinando sobre homem, mulher, raça, etnia e outras coisas

mais....22

Neste trabalho a autora utiliza seis filmes de animação, sendo cinco da Disney. São

eles: Vida de Inseto, O Rei Leão, O Rei Leão II – O reinado de Simba, Pocahontas – o

encontro de dois mundos e Tarzan; e um filme produzido pela Dreamworks: FormiguinhaZ.

Estes filmes foram selecionados pela autora devido à sua relação com a natureza e com o

mundo animal: nestes filmes os animais são representados com características humanas tais

como fala, manifestação de sentimentos como paixão, organização social, etc. A autora

destaca que os desenhos animados têm se constituído em espaços educativos que ensinam de

forma prazerosa sobre diversos aspectos, colocando em circulação e fixando identidades e

padrões culturais, atuando na contemporaneidade como pedagogias culturais. Kindel (2003)

identifica que os discursos utilizados nas tramas trazem representações de gênero, raça e

classe social, reforçando, por exemplo, a ideia da mulher associada ao amor romântico,

incapacidade de liderança e abdicação; e a ideia de homem ligada à agressividade, aventura e

capacidade de liderança. Para fundamentar suas análises, a autora se apoia nos Estudos

Culturais e pós-estruturalistas.

O terceiro trabalho selecionado foi a dissertação de mestrado de Maria Carolina da

Silva, apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Educação da Faculdade de Educação

da Universidade Federal de Minas Gerais, em 2008. Com o título A infância no currículo de

filmes de animação: poder, governo e subjetivação dos/as infantis23

, a autora se dedicou a

analisar quatro filmes produzidos pela Disney e pela Pixar. São eles: Toy Story, Monstros S.A,

Procurando Nemo e Os Incríveis. A autora buscou identificar e problematizar nestes filmes as

representações de escola e de infância que apresentam. Para subsidiar suas análises, a

pesquisadora se apoia na vertente pós-estruturalista, nos Estudos Culturais e nos pressupostos

foucaultianos. Silva (2008) trabalha com dois modelos de infância representados nos filmes:

uma é a ideia de infância “normal” e a outra de uma infância “monstro”. Analisa também o

governo dos adultos sobre as crianças, representadas em geral pela família e pela escola, e o

governo das crianças sobre si mesmas. A autora identifica nas obras a construção de uma

subjetivação generificada para o público ao qual se endereçam estes filmes.

22

KINDEL, Eunice Aita Isaia. A natureza no desenho animado ensinado sobre homem, mulher, raça, etnia

e outras coisas mais... Porto Alegre/RS: UFRGS, Faculdade de Educação, 2003. Tese de doutorado 23

SILVA, Maria Carolina da. A infância no currículo de filmes de animação: poder, governo e subjetivação

dos/as infantis. Belo Horizonte/MG: UFMG, Faculdade de Educação, 2008. Dissertação de mestrado.

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28

O quarto trabalho que elegemos é a dissertação de mestrado de Rosana Fachel

Medeiros, defendida em 2010, no Programa de Pós-Graduação da Faculdade de Educação da

Universidade Federal do Rio Grande do Sul, intitulada Bob Esponja: produções de sentidos

sobre infâncias e masculinidades24

. Neste trabalho a autora utiliza seis episódios do desenho

animado Bob Esponja calça quadrada para discutir as questões de masculinidades e

subjetivação da infância. Medeiros (2010) não apresenta de forma objetiva sua filiação

teórica, passando por vários campos do conhecimento e utilizando em suas análises estudos

da semiótica, de cinema e estudos de gênero. A conclusão da autora é de que os episódios

analisados apresentam uma nova possibilidade de masculino e também de feminino com

personagens coadjuvantes. Destaca que o desenho animado analisado apresenta um caráter

contemporâneo devido ao apagamento das fronteiras entre mundo adulto e infantil, além de

não trabalhar com representações estereotipadas dos gêneros masculino e feminino. Medeiros

(2010) enfatiza em suas análises que é urgente pensar nos sentidos produzidos pelos artefatos

culturais produzidos para as crianças, entendendo que eles não podem ser vistos como mera

forma de entretenimento, mas devendo ser utilizados para pensar com as crianças sobre as

representações que produzem.

Por fim, apresentamos a tese de doutorado defendida por Simone Olsieski dos Santos

com o título Representações de gênero, transgressão e humor nas figuras infantis dos

desenhos animados contemporâneos25

. Esta tese foi defendida no Programa de Pós-

Graduação da Faculdade de Educação da Universidade Federal do Rio Grande do Sul em

2010. A autora utiliza-se dos Estudos Culturais e pós-estruturalistas para analisar alguns

episódios dos desenhos animados As terríveis aventuras de Billy e Mandy e Os Anjinhos, que

no período da pesquisa eram exibidos em canais fechados de televisão, mas também faz uso

de teorias de outros campos do conhecimento para realizar a leitura das imagens. A autora

tem por principal objetivo analisar as representações de gênero e de professor/a trazidos por

esses desenhos animados. Santos (2010) apresenta em suas discussões aspectos relevantes

sobre as questões de gênero nestes desenhos, identificando uma nova forma de pensar o

feminino, dotado de certo empoderamento, enquanto que o masculino é apresentado de forma

fragmentada e destoante do estereótipo de masculinidade dominante em nossa cultura,

produzindo assim algumas rupturas com os modelos dominantes. A autora analisa também

24 MEDEIROS, Rosana Fachel. Bob Esponja: produções de sentidos sobre infâncias e masculinidades. Porto

Alegre/RS: UFRGS, 2010. Dissertação de mestrado. 25

SANTOS, Simone Olsieski dos. Representações de gênero, transgressão e humor nas figuras infantis dos

desenhos animados contemporâneos. Porto Alegre/RS: UFRGS, 2010. Tese de Doutorado.

Page 30: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO DO …ppgecpan.sites.ufms.br/files/2016/01/Telma-Dissertação-final.pdfAbel Balestrin e professor Tiago Dique, pela leitura e sugestões

29

como as crianças são subjetivadas pelas produções e a representação de professor/a adotados

nesses desenhos animados que atuam como pedagogias culturais.

Nota-se nestes trabalhos como cada pesquisadora construiu suas ferramentas de

pesquisa, trabalhou na construção das informações a serem analisadas, os caminhos que foram

percorridos e os olhares lançados sobre seus objetos de estudos. Vemos também nestes

trabalhos possibilidades de diálogo com nossa pesquisa, em especial pela aproximação

teórica, pois também nos utilizamos dos referenciais teóricos dos Estudos Culturais, Estudo

de Gênero e dos pressupostos foucaultianos que aparecem nas teses e dissertações que

apresentamos. Outro motivo que nos levou a selecionar essas teses e dissertações foi o fato de

que todas trabalham com filmes de animação, sejam de longa-metragem ou curta-metragem.

Essa característica nos pareceu fundamental, ao passo que nos possibilitou estudar as formas e

os meios pelos quais as autoras realizaram as leituras das imagens, registraram os elementos

fílmicos, selecionaram cenas e articularam as descrições e análises.

Em nossas buscas por trabalhos já produzidos, localizamos uma vasta produção com

filmes mas, como não eram filmes de animação nem filmes para crianças, optamos por não

incluí-los em nossa pesquisa. Encontramos também outros trabalhos com filmes de animação

porém, como não estavam vinculadas às questões da educação nem aos nossos campos

teóricos citados acima, optamos por não introduzi-los neste trabalho.

Abrimos uma exceção para o trabalho de Patrícia Abel Balestrin. Sua tese de

doutorado, O corpo rifado26

, que foi defendida em 2011, no Programa de Pós-Graduação da

Faculdade de Educação da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, orientada pela Profª

Drª Guacira Lopes Louro. Neste trabalho, Balestrin não analisa filmes de animação, mas suas

teorizações sobre cinema no contexto dos Estudos Culturais são caras ao nosso trabalho e, por

esta razão, incluímos sua tese em nossa pesquisa. Balestrin (2011) realiza um trabalho de

“etnografia de tela” como recurso metodológico. A autora nos fala que a etnografia, termo

tomado de empréstimo dos estudos antropológicos, requer uma imersão do/a pesquisador/a no

seu campo de estudo, entrando em contato com seu objeto. Vemos que a autora realiza essa

imersão, analisando detidamente os diversos aspectos do gênero e da sexualidade no filme

nacional O céu de Sueli. Para desenvolvimento de sua etnografia de tela, Balestrin utiliza o

recurso do caderno de campo, instrumento que permitiu um registro minucioso da autora

sobre suas percepções em relação ao objeto.

26

BALESTRIN, Patrícia Abel. O corpo rifado. Porto Alegre/RS: UFRGS, Faculdade de Educação, 2011. Tese

de doutorado.

Page 31: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO DO …ppgecpan.sites.ufms.br/files/2016/01/Telma-Dissertação-final.pdfAbel Balestrin e professor Tiago Dique, pela leitura e sugestões

30

Utilizamos em diversos momentos de nosso texto os argumentos de Balestrin sobre e

relação entre cinema e educação. Tomamos de empréstimo suas palavras para argumentar que

“o cinema sempre exerce uma pedagogia” e isso justifica “nosso interesse em ampliar

pesquisas no campo da educação que se debrucem sobre as produções cinematográficas e seus

possíveis efeitos na cultura contemporânea” (BALESTRIN, 2009, p. 177). Os trabalhos que

citamos aqui nos serviram de inspiração no desenvolvimento da pesquisa.

A seguir trataremos dos percursos teórico-metodológicos desta pesquisa,

apresentaremos os passos trilhados na elaboração de nossas ferramentas de análise.

1.3 Percursos teórico-metodológicos

Como já dissemos anteriormente, desenvolvemos nossa pesquisa na perspectiva dos

Estudos Culturais. Esta perspectiva busca desconstruir discursos e métodos de produção de

conhecimentos (GASTALDO, 2012), ou seja, nestes campos do conhecimento a ideia é

desconstruir os referenciais positivistas e iluministas que demarcam fórmulas para realizar

uma pesquisa. Alfredo Veiga-Neto argumenta que “uma pesquisa pós-moderna não quer

demonstrar uma verdade sobre o mundo nem quer defender uma maneira privilegiada de

analisá-lo” (VEIGA-NETO, 2002, p. 34). Assim, nossos objetivos não são o de estabelecer

leis gerais, mas problematizar questões locais e historicamente datadas.

Sobre essa discussão, Marisa Vorraber Costa argumenta que problematização e

método são indissociáveis. Segundo a autora, quando formulamos um problema de pesquisa,

inventamos também um caminho para procurar, produzir e propor possíveis respostas: “Não

há prescrição possível. Sempre que se produz um novo conhecimento também se inventa um

novo e peculiar caminho” (COSTA, 2002, p. 19). Mayer e Paraíso apresentam argumentos

sobre este modo de pesquisar. As autoras destacam que

“metodologia” é um termo tomado em nossas pesquisas de modo bem mais

livre do que o sentido moderno atribuído ao termo “método”. Entendemos

metodologia como um certo modo de perguntar, de interrogar, de formular

questões e de construir problemas de pesquisa que é articulado a um

conjunto de procedimentos de coleta de informações – que em congruência

com a própria teorização preferimos chamar de “produção” de informações –

e de estratégias de descrição e análise. (MAYER; PARAISO, 2012, p. 16)

Ao dizermos que não temos um “método” e sim pressupostos metodológicos, não

significa dizer que nossas pesquisas não tenham certo rigor em sua produção. Trabalhamos

Page 32: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO DO …ppgecpan.sites.ufms.br/files/2016/01/Telma-Dissertação-final.pdfAbel Balestrin e professor Tiago Dique, pela leitura e sugestões

31

com premissas e pressupostos, essas ferramentas nos permitem desenvolver os meios

necessários para produzir as informações de que nosso trabalho necessita (PARAÍSO, 2012,

p. 26).

Nos orientando conforme as discussões apresentadas, trabalhamos na elaboração de

ferramentas e procedimentos que nos permitam “ler” os filmes de animação da Barbie

selecionados para esta pesquisa. Nosso primeiro passo foi realizar um levantamento da

filmografia da Barbie. Neste levantamento, chegamos a um total de vinte e quatro filmes

disponíveis, sendo um do ano de 1989 e vinte e três produzidos entre os anos de 2001 a 2012.

Estabelecemos o ano de 2012 como final do período a ser analisado, pois foi o ano em que

iniciamos a coleta de materiais. O primeiro filme, Barbie A estrela do Rock produzido em

1989, foi excluído da pesquisa por não possuir cópias em DVD e também pelo tempo

decorrido entre ele e as demais produções.

Delimitados estes critérios, iniciamos a aquisição dos exemplares em DVD das vinte

e três obras que compõe a pesquisa. A saber:

Tabela 1: Lista completa dos filmes

LISTA GERAL DE FILMES

Título em

português

Título

original Dur. Ano Roteirista Produtor/a Diretor/a

Barbie O

Quebra-

Nozes

Barbie in

the

nutcracker

76

min 2001

Hilary

Hinkle,

Linda

Engelsiepen

e Hob

Hundnut

Jesyca C.

Durchin e

Jennifer

Twiner

McCarron

Owen

Hurley

Barbie A

Rapunzel

Barbie As

Rapunzel

83

min 2002

Cliff Ruby e

Elana Lesser

Jesyca C.

Durchin e

Jennifer

Twiner

McCarron

Owen

Hurley

Barbie em

Lago dos

Cisnes

Barbie Of

Swan Lake

83

min 2003

Cliff Ruby e

Elana Lesser

Jesyca C.

Durchin e

Jennifer

Twiner

McCarron

Owen

Hurley

Barbie em A

Princesa e a

Plebeia

Barbie as

the

Princess

and the

Pauper

85

min 2004

Cliff Ruby e

Elana Lesser

Jesyca C.

Durchin e

Jennifer

Twiner

McCarron

William

Lau

Barbie Barbie 70 2004 Elise Allen e Nancy Bennett William

Page 33: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO DO …ppgecpan.sites.ufms.br/files/2016/01/Telma-Dissertação-final.pdfAbel Balestrin e professor Tiago Dique, pela leitura e sugestões

32

Fairytopia Fairytopia min Diane Duane e Luke Carroll Lau

Barbie e a

Magia de

Aladus

Barbie and

the Magic

of Pegasus

84

min 2005

Cliff Ruby e

Elana Lesser

Luke Carroll e

Jesyca C.

Durchin

Greg

Richardson

Barbie em as

12 Princesas

Bailarinas

Barbie in

the 12

Dancing

Princesses

82

min 2006

Cliff Ruby e

Elana Lesser

Jesyca C.

Durchin,

Jennifer

Twiner

McCarrone

Shea Wageman

Greg

Richardson

Diário da

Barbie

The Barbie

Diaries

70

min 2006

Elise Allen e

Laura

Mccreary

Kallan Kagan Eric Fogel

Barbie

Fairytopia

Mermaidia

Barbie

Fairytopia

Mermaidia

75

min 2006 Elise Allen Luke Carroll

William

Lau e

Walter P.

Martinshius

Barbie em a

Princesa da

Ilha

Barbie as

the Island

princess

86

min 2007

Cliff Ruby e

Elana Lesser

Jesyca C.

Durchin,

Jennifer

Twiner

McCarrone

Shea Wageman

Greg

Richardson

Barbie

Butterfly a

Nova

aventura em

Fairytopia

Barbie

Mariposa

74

min 2007 Elise Allen

Luke Carroll e

Tiffany J.

Shuttleworth

Conrad

Helten

Barbie a

Magia do

Arco-Íris

Barbie

Fairytopia

Magic of

the

Rainbow

74

min 2007 Elise Allen Luke Carroll

William

Lau

Barbie e o

Castelo de

Diamante

Barbie The

Diamond

Castle

83

min 2008

Cliff Ruby e

Elana Lesser

Shelley Dvi-

Vardhana e

Jennifer

Twiner

Gino

Nichele

Barbie

apresenta A

Pequena

Polegar

Barbie

Presents

Tumbelina

75

min 2008 Elise Allen

Luke Carroll e

Tiffany J.

Shuttleworth

Conrad

Helten

Barbie em A

Canção de

Natal

Barbie in A

Christmas

Carol

76

min 2008 Elise Allen Anita Lee

William

Lau

Barbie e as

Três

Mosqueteiras

Barbie and

the Three

Musketeers

81

min 2009

Amy

Wolfram

Shelley Dvi-

Vardhana, Pat

Link e Shawn

McCorkindal

William

Lau

Barbie Moda

e Magia Barbie in A

Fashion

82

min 2009 Elise Allen Shelley Dvi-

Vardhana e

William

Lau

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33

Fairytale Shawn

McCorkindal

Barbie em

Vida de

Sereia

Barbie in A

Mermaid

Tale

74

min 2010 Elise Allen

Anita Lee e

Tiffany J.

Shuttleworth

Adam L.

Wood

Barbie e O

Segredo das

Fadas

Barbie a

Fairytopia

Secret

71

min 2010 Elise Allen

Kylie Ellis e

Tiffany J.

Shuttleworth

William

Lau

Barbie

Escola de

Princesas

Barbie

Princess

Charm

School

79

min 2011 Elise Allen

Shawn

McCorkindal e

Shelley Tabbut

Zeke

Norton

Barbie em

Vida de

Sereia 2

Barbie in A

Mermaid

Tale 2

72

min 2011 Elise Allen Harry Linden

William

Lau

Barbie Um

Natal

Perfeito

Barbie in A

Perfect

Christmas

73

min 2011 Elise Allen

Kevin Gamble

e Gokul

Kesavan

Mark

Baldo

Barbie a

Princesa e a

Pop Star

Barbie in

The

Princess &

The

Popstar

73

min 2012

Steve Granat

e Cydne

Clark

Shelley Dvi-

Vardhana e

Shawn

McCorkindal

Zeke

Norton

Após assistirmos aos filmes, registramos, em fichas que elaboramos para organizar

os elementos de análise, todas as informações que nos pareciam relevantes. Trabalhamos com

uma ficha inicial contendo informações de todos os filmes com informações gerais que

listamos na Tabela 1, disponível acima.

Trabalhamos com diversas fichas, cada uma com objetivo de identificar e ressaltar

elementos que nos pareciam relevantes. Essas fichas serão apresentadas no próximo capítulo,

para ilustrar nossas análises e apresentar nossas problematizações. Além das fichas de análise,

trabalhamos com registro detalhado de cada filme: anotamos a história do início ao fim,

detalhando as cenas com seus planos de filmagens, movimento da câmera, enquadramentos,

momentos de diálogos, músicas, vestuários e cenários. Esses elementos nos ajudaram a

identificar, nas respectivas cenas, os elementos fílmicos que apresentam características de

feminilidades, ensinamentos de feminilidades e possibilidades de subversão à feminilidade

apresentada no filme como modelo de uma feminilidade desejável de todas as personagens

que aparecem e não só da protagonista Barbie.

Para orientar nossas análises, os filmes foram agrupados de acordo com os tipos de

feminilidades que apresentam. Observamos que em cada um desses grupos algumas

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34

características das feminilidades das personagens são recorrentes, reafirmando e legitimando

determinados modelos de menina/mulher. Seguem abaixo os blocos deste agrupamento:

Ensinamentos de

feminilidade

Renúncia de algo

pelo bem comum

Amizade

verdadeira

Amor

romântico

Feminilidade diferente

do modelo dominante

Chegamos a esses agrupamentos por meio da observação atenta aos vinte e três

filmes analisados. Percebemos que em diversos filmes os temas se repetem, por exemplo: os

“ensinamentos de feminilidade” são muito semelhantes nos filmes Barbie em A Princesa e a

Plebeia e Barbie A Princesa e a Pop Star. Tais ensinamentos de como ser uma princesa

ocorrem por meio de canções, mudando apenas algumas palavras na letra da música dos dois

filmes; são quatro filmes que trabalham essa questão de forma direta. Em outros quatro filmes

aparecem personagens relutantes em aceitar o modelo de feminino que o filme reforça como

desejável: agrupamos essa característica como “feminilidade diferente do modelo reafirmado

nos filmes”. Notamos em oito filmes uma repetição do tema sobre a “renúncia de algo muito

caro para a personagem em nome do bem comum”. O “amor romântico” aparece como tema

principal no roteiro de cinco filmes, mas também faz parte da trama em outros sete filmes

agrupados em outros temas. A “amizade verdadeira” aparece como tema de dois filmes,

embora exista também em outros filmes.

Essa apresentação prévia é apenas para informar como conduzimos a pesquisa, mas

os detalhamentos e discussões sobre cada grupo e as características de feminilidade estão

descritos e discutidos no capítulo 2 deste trabalho.

Antes de seguirmos para as discussões da pesquisa julgamos necessário apresentar a

contextualização das fontes utilizadas nesta pesquisa. Trazemos uma introdução da história da

animação e um resumo da filmografia da Barbie já disponível.

1.3.1 Conhecendo a história da animação

Antes de iniciarmos a discussão sobre os registros históricos da animação, vamos

apresentar uma definição para este termo. De acordo com Jacques Aumont e Michel Marie:

Page 36: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO DO …ppgecpan.sites.ufms.br/files/2016/01/Telma-Dissertação-final.pdfAbel Balestrin e professor Tiago Dique, pela leitura e sugestões

35

Utiliza-se esse termo para designar formas de cinema nas quais o movimento

aparente é produzido de maneira diferente da simples tomada de cena

analógica. A técnica mais frequente consiste em fotografar, um por um,

desenhos cujo encadeamento produzirá automaticamente a impressão de

movimento, em virtude do "efeito phi"27

. (AUMONT; MARIE, 2003, p. 18)

Os autores nos dizem ainda que

O filme de animação foi com frequência considerado pelos teóricos, por um

lado, uma espécie de um laboratório figurativo, levando ao máximo as

possibilidades da imagem em movimento; por outro lado, um revelador

ideológico do cinema em geral (uma vez que em particular o gênero

"desenho animado" é reputado destinar-se às crianças). (AUMONT;

MARIE, 2003, p. 19)

A história da animação teve início muito antes do surgimento do cinema. A ideia da

imagem em movimento encanta a humanidade há séculos (XAVIER, 2014) e, graças a esse

interesse, algumas máquinas e brinquedos ópticos provenientes de estudos e pesquisas

científicas foram inventados (XAVIER FILHA, 2014; FOSSATTI, 2011). Fossatti nos

informa que a animação instigava cientistas e se intensificou

[...] a partir de 1645, ano em que Athanasius Kircher expôs ao público a

lanterna mágica. Essa invenção consistia em uma caixa portadora de uma

fonte de luz e de um espelho curvo, através do qual se projetava imagens

derivadas de slides pintados em lâminas de vidro. (FOSSATTI, 2011, p. 28)

A autora apresenta como primeira exibição de animação o ano de 1736, mas não

esclarece qual seria essa animação. Xavier (2014, p. 8), por sua vez, apresenta o filme

animado Pobre Pierrô, de Émile Reynaud, como o primeiro desenho animado, cuja exibição

aconteceu no dia 28 de outubro de 1892 em Paris, França. O fato tornou-se um marco na

história da animação e por conta disso o dia 28 de outubro tornou-se o Dia Internacional da

Animação.

A primeira exibição de filmagem com imagens reais aconteceu três anos depois da

primeira projeção de filme de animação. Foi em 1895, também em Paris, realizada pelos

irmãos Lumière (XAVIER, 2014). Essa projeção foi possibilitada pela invenção do

27

De acordo com Aumont e Marie (2003) o “efeito phi” é a ilusão de movimento provocada em nosso cérebro

pela sucessão de imagens fixas. “Os leves deslocamentos de uma imagem à imagem seguinte, dos estímulos

visuais, excitam as células do córtex visual, que ‘interpretam’ essas diferenças como movimento” (AUMONT;

MARIE, 2003, p. 95).

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36

cinematógrafo, instrumento que servia tanto para filmar como para projetar (FOSSATTI,

2011).

O cinema de animação continuou se desenvolvendo, diversos filmes foram

produzidos com inspiração em histórias em quadrinhos (FOSSATTI, 2011). Mas os avanços

maiores ocorreram a partir do início do século XX: segundo os estudos de Fossatti (2011),

surgiram personagens como Pica-Pau, Gato Félix, Betty Boop e Mickey, além do surgimento

das salas de cinema. As formas de produzir animação começaram a ser industrializadas.

Mecanismos foram criados para acelerar o processo de produção, aprimorar os movimentos e

reduzir os custos (FOSSATTI, 2011, p. 30-31).

Quando se fala em animação, Walt Disney foi considerado por muito tempo uma

referência. Ainda nos dias de hoje, apesar dos diversos estúdios de animação, os estúdios

Disney são referência nas produções (FOSSATTI, 2011). Inúmeros estudos utilizaram filmes

dos Estúdios Disney, isso devido ao sucesso de bilheteria de vários filmes de animação por

eles produzidos (SANTOS, 2010; SILVA, 2008; KINDEL; 2003; SABAT, 2003; GIROUX,

1995). Mas Fossatti nos diz que “no entanto, gradualmente, essa hegemonia passou a ser

ameaçada por outros estúdios, como a DreamWorks Animation, SKG e a 20th Century Fox

Animation, evidenciando-se uma nova e acirrada disputa entre estúdios” (FOSSATTI, 2011,

p. 51). A Mattel Entertainment28

não consta nesta lista, mas tem produzido filmes

intensamente, principalmente em parceria com a Rainmaker Entertainment e também com

outros estúdios. A empresa produz filmes de longa e curta metragem e, até o final de 2014,

foram produzidos vinte e nove filmes tendo Barbie como protagonista, além dos filmes do

boneco Max Steel, dos carrinhos Hot Wheels29

, Polly Pocket e Monster High. Apesar de não

ser considerada uma potência no campo da animação, a Mattel é referência no seguimento de

brinquedos, todos esses personagens listados têm seus desenhos exibidos em canais aberto de

televisão no Brasil.

A seguir apresentamos maiores informações sobre a filmografia produzida pela

Mattel tendo a boneca Barbie como protagonista.

1.3.2 Filmografia produzida

28

Seguimento da Empresa Mattel que trabalha com a produção de filmes. 29

Informações disponíveis em <http://www.mattelbrasil.com.br/>. Acesso em 03 Maio 2013.

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37

Os filmes de animação da Barbie trabalham com diversas facetas da vivência de

feminilidades, apresentando Barbie como princesa, fada, bailarina, sereia ou mesmo apenas

como Barbie na chamada “linha realidade”. Nesta última linha, a boneca é apresentada como

uma “pessoa”/personagem dotada de vida e tendo um determinado episódio de sua rotina

pessoal revelada nos filmes.

A carreira de atriz da boneca começou em 1989, quando foi lançado o filme Barbie a

Estrela do Rock (ROVERI, 2008). Este filme não está disponível em DVD no Brasil, mas

existe uma versão online parcial disponível na internet30

. Devido ao distanciamento histórico

dessa primeira produção das demais obras, optamos por não incluí-la na pesquisa

compreendendo apenas os filmes produzidos de 2001 a 2012, como já exposto.

Foi a partir de 2001 que a “carreira” de Barbie deslanchou31

. Inicialmente, a Mattel

Entertainment em parceria com a Universal Pictures32

lançou alguns recontos de clássicos dos

contos de fadas. No ano de 2001 foi lançado o filme Barbie O Quebra Nozes, inspirado no

balé de mesmo nome criado pelo russo Tchaikovsky; em 2002 foi lançado Barbie Rapunzel;

em 2003 foi a vez de Barbie O lago dos Cisnes, mais uma vez inspirado no balé de mesmo

nome; e, em 2004, foi lançado Barbie A princesa e a Plebeia. A partir de 2005 as produções

se intensificaram, deixando para trás os recontos e partindo para produções inéditas tendo

Barbie em diversos papéis.

Em 2005 foram lançados os filmes Barbie Fairytopia e Barbie e a Magia de Aladus;

em 2006 foram lançados três filmes: Barbie em As 12 princesas Bailarinas, Diário da Barbie

e Barbie Fairytopia Mermaidia; em 2007, Barbie em A princesa da Ilha e Barbie a Magia do

Arco-Íris; no ano de 2008, foram lançados Barbie Butterfly: a Nova Aventura em Fairytopia,

Barbie em A Canção de Natal e Barbie e o castelo de diamante; em 2009, Barbie e as Três

Mosqueteiras e Barbie apresenta A Pequena Polegar; no ano de 2010 os lançamentos foram:

Barbie em Vida de Sereia e Barbie Moda e Magia; no ano de 2011, Barbie e O Segredo das

Fadas, Barbie Escola de Princesas e Barbie Um Natal Perfeito; e, em 2012, os lançamentos

foram: Barbie em Vida de Sereia 2 e Barbie a Princesa e a Pop Star.

Estes são os filmes que selecionamos para nossa pesquisa. Vale ressaltar que a

Mattel Entertainment continua com a produção dos filmes, mas como não os utilizamos em

30

Disponível em <http://megafilmeshd.net/barbie-em-a-estrela-do-rock/>. Acesso em 1º Fev 2012. 31

As informações aqui apresentadas, títulos e ano de lançamento, foram retiradas dos DVDs adquiridos para a

pesquisa. 32

Empresa americana produtora de filmes, realiza as produções dos filmes da Barbie em parceria com a Mattel

Entertainment.

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nossa pesquisa apenas incluímos uma lista com os títulos produzidos a partir de 2012 até o

enceramento desta pesquisa no apêndice D.

No próximo tópico discutiremos os conceitos teóricos para o desenvolvimento e

análises em nossa pesquisa, para depois apresentarmos as discussões do trabalho.

1.4 Conceitos teóricos

Nossa pesquisa busca inspiração e fundamentação nos Estudos Culturais, Estudos de

Gênero e pressupostos foucaultianos. Os conceitos que vão dialogar com nossas discussões

são os de gênero, feminilidades, identidades e subjetivação.

Para pensarmos as feminilidades apresentadas nos filmes, precisamos primeiro

começar por entender as questões de gênero. Louro (2003, p. 96), ao discutir o processo de

“feminilização” da docência, apresenta as características que tradicionalmente se atribuem às

mulheres, como: amor, sensibilidade, cuidado, entre outras características atribuídas

culturalmente. Essa ainda é a ideia de feminilidade predominante em nossa cultura e é a partir

dela que as personagens dos filmes da Barbie são desenhadas, produzidas/veiculadas nos

roteiros dos filmes analisados.

Primeiramente, urge conceituarmos gênero. Louro define Gênero como:

Uma construção social feita sobre diferenças sexuais. Gênero refere-se,

portanto, ao modo como as chamadas “diferenças sexuais” são representadas

ou valorizadas, refere-se aquilo que se diz ou se pensa sobre tais diferenças,

no âmbito de uma dada sociedade. (LOURO, 2000, p. 26)

Xavier Filha complementa essa discussão ao destacar que:

Gênero, conceitualmente, então, não significa o mesmo que sexo. Enquanto

sexo (macho; fêmea) se refere à identidade biológica de uma pessoa, gênero

está ligado à sua constituição social como sujeito masculino e feminino.

(XAVIER FILHA, 2009, p. 36)

Ou seja, o gênero não depende das questões biológicas: ele é, antes, uma questão

social, uma construção social e cultural. O gênero não é algo definido: Louro (2003) nos

propõe que as identidades de gênero estão sempre se construindo e se transformando. Em

outro texto, Louro (2007) complementa essa definição dizendo:

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Operar com esse conceito implica, pois, necessariamente, operar numa ótica

construcionista. Ainda que as formas de conceber os processos de construção

possam ser (e efetivamente são) distintas, lidar com o conceito de gênero

significa colocar-se contra a naturalização do feminino e, obviamente, do

masculino. (LOURO, 2007, p. 207)

Neste trecho, a autora enfatiza o caráter do gênero enquanto construção social. Ainda

que a construção dessa categoria analítica possa se dar sobre bases biológicas, o gênero é

fundamentalmente cultural e social. Louro (2003) argumenta que o gênero é “constituinte das

identidades dos sujeitos”, que não é algo definido e acabado, isto é, as identidades de gênero

estão sempre se construindo e se transformando. Identificamos nos filmes esse caráter de

construção das identidades. As personagens são ensinadas a agir de determinadas maneiras de

acordo com seu gênero.

Pensamos o conceito de feminilidade partindo dos estudos de Connel (1995) sobre

masculinidades, a autora afirma que

A masculinidade é uma configuração de prática em torno da posição dos

homens na estrutura das relações de gênero. Existe, normalmente, mais de

uma configuração desse tipo em qualquer ordem de gênero de uma

sociedade. Em conhecimento desse fato, tem-se tornado comum falar de

"masculinidades". (CONNEL, 1995, p. 118)

Pensamos que, tal como as masculinidades, as feminilidades também possuem várias

configurações, não existindo apenas uma única forma de viver a feminilidade. Connel (1995)

identifica que as diferentes masculinidades foram construídas social, cultural e

historicamente. Os atributos das masculinidades variavam de acordo com as condições sociais

e políticas, mas não são formas homogêneas e únicas de viver as masculinidades: várias

outras formas estão em constante luta pela hegemonia e o mesmo se dá em relação às

feminilidades.

Os conceitos de masculinidade e feminilidade estão diretamente ligados ao conceito

de gênero. No entanto, enquanto gênero é a forma como nos identificamos enquanto mulheres

e homens, feminilidades são as formas e possibilidades de vivência do feminino. Esses modos

pelos quais vivemos nossas masculinidades e feminilidades são fruto das construções sociais.

Louro (2000, p. 60) nos diz que as muitas formas de tornar-se mulher ou homem “são sempre

sugeridas, anunciadas e promovidas socialmente”, que são também constantemente

“reguladas, condenadas ou negadas”. Continuando sua discussão, a autora afirma que “a

inscrição dos gêneros – feminino ou masculino – nos corpos é feita, sempre, no contexto de

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uma determinada cultura, portanto com as marcas dessa cultura” (LOURO, 2000, p. 62).

Nessa perspectiva, entendemos que as identidades são sempre sociais, inclusive as

feminilidades e masculinidades. Mais uma vez recorremos à autora para exemplificar esta

questão: “reconhecer-se numa identidade supõe, pois, responder afirmativamente a uma

interpelação e estabelecer um sentido de pertencimento a um grupo social de referência”

(LOURO, 2000, p. 63), ou seja, para reconhecermo-nos como femininas precisamos

responder ao que socialmente se convencionou como marcas de feminilidade.

Apesar disso, Louro (2000) nos lembra que

Pode haver, e há muitas formas de ser feminina ou ser masculino e reduzi-las

todas a um conjunto de características biológicas resulta, seguramente, numa

simplificação. (LOURO, 2000, p. 39)

As formas de vivência de feminilidades e masculinidade são múltiplas, portanto não

podemos falar em um único grupo social de referência de feminilidade. Contudo, a autora nos

chama a atenção para algumas identidades que são tomadas como “norma”. Ela nos diz que

Distintas e divergentes representações podem, pois, circular e produzir

efeitos sociais. Algumas delas, contudo, ganham uma visibilidade e uma

força tão grandes que deixam de ser percebidas como representações e são

tomadas como a realidade. (LOURO, 2000, p. 67)

De fato reconhecemos que algumas características são tomadas como verdades

inquestionáveis sobre o feminino. Louro nos dá exemplos dessas características: amor,

entrega, doação, docilidade, gentileza, discrição, obediência, pedir desculpas e licença

(LOURO, 2000, p. 28) são, portanto, algumas características que perduram como marcas de

feminilidade. E são também marcas de feminilidades que aparecem nos filmes que

analisamos.

Connel (1995) apresenta em suas análises a violência e agressividade como marcas

de masculinidade. Em contrapartida, os filmes da Barbie apresentam a feminilidade como

pacificadora: as protagonistas não usam de violência, as lutas não incluem uso de armas e/ou

violência corporal. O modelo de feminilidade que esses filmes apresentam, em sua maioria,

abominam a violência e agressividade, primando pelo diálogo e pelo amor para solucionar

conflitos, reforçando assim as características de feminilidade ressaltadas por Louro (2000).

Sabat (2003, p. 82) nos diz que os “Estudos da Masculinidade trazem à tona

discussões sobre as funções sociais que os homens são obrigados a desempenhar, em nome

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das convenções culturais, como o sustento financeiro da família, a ascensão social ou o

sucesso profissional”. Entendemos as feminilidades neste mesmo sentido, tentando

compreender as convenções sociais e as regras que delimitam o que seja aceitável como

características de feminilidades em nossa cultura.

Podemos pensar o processo de construção da identidade feminina partindo do

conceito, desenvolvido por Michel Foucault, de “modos de subjetivação”. Para o autor, a

subjetivação acontece por meio das “técnicas de si”, que são procedimentos e técnicas que

permitem aos indivíduos efetuar, sozinhos ou com ajuda de outros, certo

número de operações sobre seu corpo e sua alma, seus pensamentos, suas

condutas, seu modo de ser; transformar-se a fim de atingir certo estado de

felicidade, de pureza, de sabedoria, de perfeição ou imortalidade.

(FOUCAULT, 2014, p. 266)

Percebemos que a subjetivação demanda um trabalho do sujeito sobre si mesmo,

sobre suas atitudes, seu corpo e seus pensamentos, atuando na sua própria transformação. A

subjetivação “implica em modos de educação e transformação do indivíduo”, ela atua não

apenas no desenvolvimento de condutas, mas também no desenvolvimento de atitudes. Veiga-

Neto, traduzindo o conceito de subjetivação de Foucault, diz que “nos tornamos sujeitos pelos

modos de investigação, pelas práticas divisórias e pelos modos de transformação que os

outros aplicam e que nós aplicamos sobre nós mesmos” (VEIGA-NETO, 2011, p. 111). Isto

significa que a subjetivação não é um trabalho individual e autônomo: é, antes, uma

construção social por meio da qual definimos nossas identidades.

O conceito de subjetivação está diretamente relacionado a outro conceito, também

muito caro ao nosso trabalho, que é o de identidade. Para entender esse conceito, recorremos à

perspectiva discutida por Tomaz Tadeu da Silva, ou seja, como uma produção cultural. O

autor argumenta que

Um dos efeitos mais importantes das práticas culturais é o de produção das

identidades sociais. Em geral, tende-se a naturalizar as identidades sociais

[...] as identidades só se definem, entretanto, por meio de um processo de

produção da diferença, um processo que é fundamentalmente cultural e

social. (SILVA, 2006, p. 25)

O que o autor nos diz é que as constituições de nossas identidades, inclusive as de

gênero, se dão por meio de processos culturais. Nesses processos afirmamos nossas

identidades por meio da construção da diferença, ou seja, reconhecermo-nos como femininas

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implica em reconhecermo-nos como diferentes do masculino. Isso implica em conceber

práticas e atitudes diferentes para cada gênero.

Para Silva (2012) identidade e diferença são produzidas culturalmente e são

interdependentes, uma não existe sem a outra. O autor argumenta que “a identidade cultural

só pode ser compreendida em sua conexão com a produção da diferença, concebida como um

processo social discursivo” (SILVA, 2000, p. 69). Devemos “considerar a diferença não

simplesmente como resultado de um processo, mas como o processo mesmo pelo qual tanto a

identidade quanto a diferença (compreendida aqui, como resultado) são produzidas” (SILVA,

2012, p. 76. Grifos do autor.). Neste trabalho tomamos o conceito de identidade na

perspectiva discutida pelo autor, como produção social e cultural, como posições que o sujeito

assume.

O poder e a resistência são também indispensáveis nas discussões sobre

feminilidades que empreendemos neste trabalho. Os roteiros dos filmes apresentam

constantemente relações de poder e resistências. Para Foucault (2014, p. 138), o poder se

manifesta por meio das microrrelações. O autor entende o poder não como repressão, como

impositivo, mas como relação de forças entre sujeitos. O poder só pode existir onde há a

possibilidade de resistir. No cerne das relações de poder e como condição permanente de sua

existência, há uma “insubmissão” e liberdades essencialmente renitentes, “não há relação de

poder sem resistência” (FOUCAULT, 2014, p. 138),

O poder só se exerce sobre “sujeitos livres”, e enquanto são “livres” –

entendamos por isso sujeitos individuais ou coletivos que tem diante de si

um campo de possibilidade em que várias condutas, várias reações e

diversos modos de comportamento podem apresentar-se. (FOUCAULT,

2014, p.134)

O autor diz ainda que

O que faz com que o poder se sustente, que o aceitemos é tão simplesmente

que ele não pesa somente como um poder que diz não, mas que de fato, ele

atravessa, ele produz as coisas, ele induz ao prazer, ele forma o saber, ele

produz o discurso; é preciso considerá-lo como uma rede produtiva que

passa através de todo o corpo social muito mais do que como uma instância

negativa que tem como função reprimir. (FOUCAULT, 2014, p. 22)

Neste sentido, poder e resistência são indissociáveis. Em uma relação em que a

resistência não tem lugar não há poder, há violência (FOUCAULT, 2014, p. 134). Foucault

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diz ainda que “toda relação de poder implica pois, pelo menos de uma maneira virtual, uma

estratégia de luta” (2014, p. 138).

Para Foucault, o poder também está diretamente associado ao saber. Ele entende o

saber como uma construção histórica. Segundo o autor “temos antes que admitir que o poder

produz saber [...]; que poder e saber estão diretamente implicados; que não há poder sem a

constituição correlata de um campo de saber, nem saber que não suponha e não constitua ao

mesmo tempo relações de poder” (FOUCAULT, 1999, p. 27). As relações de poder expressas

nos filmes instituem verdades sobre as feminilidades, determinam condutas e estabelecem

como legítimas determinadas maneiras de se constituir enquanto menina/mulher.

Apresentamos neste tópico os conceitos que fundamentaram nossa pesquisa. No

capítulo a seguir, esses conceitos serão vinculados às discussões e análises que

empreendemos. Retomaremos alguns pontos e ampliaremos algumas discussões a fim de

apresentar e problematizar os elementos discutidos.

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CAPÍTULO 2 – PROBLEMATIZANDO AS FEMINILIDADES NOS FILMES DA

BARBIE.

Neste capítulo, vamos apresentar as discussões advindas da pesquisa, dialogando

com os conceitos principais que nortearam nossas análises. Na primeira parte, trazemos um

panorama dos agrupamentos que fizemos com os vinte e três filmes que integram a pesquisa.

Sabemos que os roteiros apresentam mais de um dos elementos de feminilidades que

tomamos como referência, porém os filmes foram agrupados de acordo com a predominância

destes elementos em seus roteiros ou pela leitura que nos pareceu mais profícuas. Na segunda

parte, apresentamos as análises e pontos relevantes das feminilidades nos filmes.

Nossa proposta foi analisar, nos vinte e três filmes selecionados, os diferentes tipos

de feminilidades que se apresentavam em todas as personagens, não só da protagonista

Barbie, muito embora a sua seja a mais significativa e pulsante em nossas discussões. Em

uma primeira observação parecia termos uma feminilidade homogênea, reafirmada e repetida

em todos os filmes, mas à medida que as análises foram sendo aprofundadas percebemos

alguns distanciamentos entre essas feminilidades, possibilidades de ruptura com um modelo

único de feminino. O protagonismo feminino, característica presente em todos os filmes

analisados, é um elemento relevante desta ruptura, uma vez que a maioria dos outros filmes de

animação produzidos traz como protagonistas personagens masculinos. Neste sentido, os

filmes analisados subvertem o lugar do feminino na trama. Sabat observa que nos filmes de

animação “as mulheres, quando personagens principais, não representam uma figura comum.

São sempre rebeldes, diferentes, corajosas, de alguma forma se destacando das demais”

(2003, p. 28). Isso também se apresentou nos filmes da Barbie mas, apesar dessas

características, em todas as obras acaba prevalecendo uma feminilidade predominantemente

dócil, gentil, altruísta, delicada, com condutas exemplares e abnegadas. Vamos aprofundar

essa discussão sobre essa dualidade presente nas obras na parte final do trabalho.

Apresentamos a seguir a organização dos filmes e os respectivos grupos formados com a

descrição de cada grupo.

2.1 Agrupamentos das Feminilidades e suas características em cada grupo.

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Como já dissemos anteriormente, entendemos neste trabalho que os filmes são

artefatos culturais produzidos pelas pedagogias culturais. Xavier Filha toma em seus estudos

os livros como “artefatos culturais e elementos dos dispositivos pedagógicos” (2014, p. 156).

A autora diz que

Assim, os vários contextos educacionais da sociedade bem como os mais

diferentes artefatos culturais, como cinema, mídia, revistas, livros,

brinquedos, entre outros, expressam e fazem circular discursos que

produzem as subjetividades. Entender os livros como artefatos culturais que

expressam pedagogias é uma tarefa que nos leva a analisar os próprios textos

e ilustrações para, contudo, questionar conceitos e também promover a

reflexão e a autorreflexão dos leitores e leitoras. (XAVIER FILHA, p. 155-

156)

Nesse sentido podemos avançar nas análises pensando também que os filmes

funcionam como um instrumento do dispositivo pedagógico que, como diz a autora, “fazem

circular discursos que produzem as subjetividades”. Fisher descreve o dispositivo pedagógico

de mídia como

um aparato discursivo (já que nele se produzem saberes, discursos) e ao

mesmo tempo não discursivo (uma vez que está em jogo nesse aparato uma

complexa trama de práticas, de produzir, veicular e consumir TV, rádio,

revistas, jornais, numa determinada sociedade e num certo cenário social e

político), a partir do qual haveria uma incitação ao discurso sobre “si

mesmo”, à revelação permanente de si; tais práticas vêm acompanhadas de

uma produção e veiculação de saberes sobre os próprios sujeitos e seus

modos confessados e aprendidos de ser e estar na cultura em que vivem.

Certamente, há de se considerar ainda o simultâneo reforço de controles e

igualmente de resistências, em acordo com determinadas estratégias de

poder e saber, e que estão vivos, insistentemente presentes nesses processos

de publicização da vida privada e pedagogização midiática. (FISHER, 2002,

p. 155)

Foucault entende o dispositivo como

um conjunto decididamente heterogêneo, que comporta discursos,

instituições, arranjos arquitetônicos, decisões regulamentares, leis, medidas

administrativas, enunciados científicos, proposições filosóficas, morais,

filantrópicas, em resumo: do dito, tanto quanto do não dito, eis os elementos

do dispositivo. O dispositivo propriamente é a rede que se pode estabelecer

entre esses elementos. [...] por dispositivo entendo uma espécie – digamos –

de formação, que, em um dado momento histórico, teve por função maior

responder a uma urgência. O dispositivo tem, pois, uma função estratégica

dominante. (FOUCAULT, 2014, p. 45)

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O autor complementa dizendo que “o dispositivo está, então, sempre inscrito em um

jogo de poder, mas sempre ligado também, a um ou alguns limites de saber, que nascem dele,

mas também o condicionam” (FOUCAULT, 2014, p. 47). Justamente por estar inscrito em

jogos de poder que os filmes podem ser tomados como instrumentos dos dispositivos. Mais

precisamente como dispositivos pedagógicos, pois produzem saberes e funcionam como

aparato discursivo como nos disse Fisher.

Para organizar nossas discussões e identificar os diversos elementos de feminilidades

que os filmes possibilitam, fizemos a organização dos filmes em cinco agrupamentos. Esses

grupos foram divididos de acordo com as possibilidades de feminilidades que as obras

apresentam, os grupos criados foram: Ensinamentos de feminilidade; Renúncia de algo pelo

bem das pessoas; Amizade verdadeira; Amor romântico e Feminilidade diferente do modelo

dominante. A seguir apresentamos um quadro geral com os filmes que compõe cada grupo.

Tabela 2: Detalhamento dos grupos

FILMES EM CADA AGRUPAMENTO

Ensinamentos

de

feminilidade

Renúncia de

algo pelo bem

comum

Amizade

verdadeira

Amor

romântico

Feminilidade

diferente do

modelo dominante

Barbie em A

Princesa e a

Plebeia

Barbie O

Quebra-Nozes

Barbie e o

Castelo de

Diamante

Barbie em a

Princesa da Ilha

Barbie e as Três

Mosqueteiras

Barbie em as

12 Princesas

Bailarinas

Barbie

Fairytopia

Barbie apresenta

A Pequena

Polegar

Barbie Moda e

Magia

Diário da Barbie

Barbie Escola

de Princesas

Barbie

Fairytopia

Mermaidia

Barbie e O

Segredo das

Fadas

Barbie em A

Canção de Natal

Barbie a

Princesa e a

Pop Star

Barbie Butterfly

a Nova aventura

em Fairytopia

Barbie A

Rapunzel

Barbie Um Natal

Perfeito

Barbie a Magia

do Arco-Íris

Barbie em Lago

dos Cisnes

Barbie e a Magia de

Aladus

Barbie em Vida

de Sereia

Barbie em Vida

de Sereia 2

No primeiro grupo, “Ensinamentos de feminilidade”, estão quatro filmes que

apresentam Barbie no papel de princesa. No agrupamento “Renúncia de algo pelo bem

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comum”, estão sete filmes diversificados, sendo quatro com Barbie no papel de fada, dois

tendo Barbie como sereia, e um no papel de princesa. No grupo “Amizade verdadeira”, estão

apenas dois filmes, embora a amizade seja um tema recorrente e relevante nos filmes da

Barbie. No agrupamento “Amor romântico” estão cinco filmes que contam histórias de

amores capazes de transformar situações e salvar vidas. E, por fim, no agrupamento

“Feminilidade diferente do modelo dominante”, estão cinco filmes que trazem possibilidades

de resistências aos modelos de feminilidades reafirmadas e repetidas nos outros filmes.

No quadro abaixo consta um resumo das características de cada um desses grupos.

Estes são os elementos principais de cada característica de feminilidade que usamos para

delimitar as características de maior relevância:

Tabela 3: Características dos grupos

CARACTERÍSTICAS DE CADA GRUPO

Ensinamentos

de feminilidade

Renúncia de

algo pelo bem

comum

Amizades

verdadeiras

Amor

romântico

Feminilidade

diferente do

modelo reafirmado

nos filmes

Neste

agrupamento

estão os filmes

que trabalham

de forma

objetiva com o

ensinamento de

um determinado

modo ideal de

ser feminina.

Esses

ensinamentos

aparecem por

meio das

canções ou de

falas das

personagens que

de alguma

forma tentam

delimitar as

atitudes

femininas.

Neste

agrupamento

todos os filmes

apresentam

princesas como

protagonistas.

Neste

agrupamento

estão os filmes

que trabalham

com a ideia do

"altruísmo" como

característica de

feminilidade.

Nestes filmes a

protagonista abre

mão de seus

sonhos, desejos,

daquilo que tem

de mais precioso

em nome do bem

comum. Este foi

o agrupamento

com maior

número de

filmes, e de certa

forma todos os

filmes

apresentam o

altruísmo como

característica de

personalidade das

protagonistas.

Neste

agrupamento

estão os filmes

que apresentam

a "amizade

verdadeira", a

lealdade as/aos

amigas/os como

característica

desejável de

feminilidade.

Nestes filmes a

protagonista

enfrenta todos

os obstáculos e

se transforma

em nome da

amizade.

Neste

agrupamento

estão os filmes

que apresentam

o amor

romântico como

fundamental ao

exercício de ser

feminino. É o

amor que

aparece como

redentor, o que

motiva as ações

da protagonista

e lhes dá

coragem para

enfrentar os

obstáculos.

Neste agrupamento

estão os filmes que

apresentam

feminilidades

diferentes dos outros

filmes, são

protagonistas que de

alguma forma não

apresentam as

características de

gentileza, educação,

doçura e altruísmo

que as protagonistas

dos outros 19 filmes

apresentam.

Representando

certas formas de

resistência aos

modelos culturais

hegemônicos de

feminilidade.

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Vale ressaltar que esse processo de produzir agrupamentos com os diferentes tipos de

feminilidades encontrados nos filmes foi especialmente difícil devido aos referenciais teóricos

que utilizamos. Nos Estudos Culturais não trabalhamos com categorias fixas ou rótulos

permanentes. Assim, produzir os argumentos com as temáticas encontradas nas obras exigiu

cautela, pois a cada novo olhar as características das personagens ganhavam novas

interpretações e significados, dificultando o processo de criação dos grupos temáticos.

No próximo tópico apresentamos melhor cada um desses grupos trazendo os

elementos dos filmes que caracterizam o que delimitamos como característica de cada grupo.

As sinopses dos filmes serão apresentadas de forma resumida, quando são citadas, mas

apresentamos no apêndice B a descrição da sinopse de cada filme, contando as histórias

detalhadas acompanhando a cronologia do filme.

2.1.1 “Saber qual vestido usar, e o tempo todo saber como se portar” − Aprendendo a ser

princesa.

No agrupamento de “Ensinamentos de feminilidade” estão exclusivamente filmes

com protagonistas princesas, especialmente pelo fato de serem os filmes mais produtivos em

relação às normas de condutas social e culturalmente aceitas. O principal ensinamento nesses

filmes se dá em torno da constituição do caráter e atitudes dignas de uma princesa, pois não

basta ter o título de nobreza, é necessário todo um aparato de condutas para que a garota seja

uma “princesa de verdade”.

É relevante notar que em todos os filmes deste agrupamento existe uma transmissão

de valores e regras que quase sempre é passado de mulher para mulher. A única exceção é no

filme Barbie em A Princesa e a Plebeia, nele os ensinamentos partem de um homem para

uma mulher. Porém este homem aparece como professor, culturalmente ele está autorizado a

transmitir essas informações, justamente por ter esse título.

Dois filmes em particular trazem ensinamentos muito semelhantes, são eles: Barbie

em A Princesa e a Plebeia e Barbie a Princesa e a Pop Star. Esses ensinamentos são ditados

com regras rígidas para a conduta das princesas. Vemos nas descrições seguintes como essas

regras são apresentadas.

O filme Barbie em A Princesa e a Plebeia (2004, 85 mim.) traz como protagonistas

Anneliese − uma princesa, e Erika − uma plebeia. As duas são idênticas na aparência, a única

diferença entre elas é a cor do cabelo e a marca real. Elas se conhecem em um passeio de

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Anneliese pelo povoado do reino. Os/as coadjuvantes mais relevantes são Rei Dominick que

vem de um reino vizinho para se casar com Anneliese; Julian professor de Anneliese; Rainha

Genevieve, mãe da princesa; e Preminger, conselheiro da rainha que quer se tornar rei.

O reino está em dificuldades, pois Preminger está roubando o ouro da mina real. Para

resolver o problema a rainha resolve casar a filha com o Rei Dominick. A jovem, mesmo

amando Julian, aceita o casamento por sentir que é sua obrigação salvar o reino, mas

Preminger sequestra a princesa para evitar o casamento e simula uma fuga de Anneliese para

esconder o crime. Julian desconfia da suposta fuga e para ganhar tempo leva Erika para

assumir o lugar da princesa. No desenrolar da trama, Anneliese, com a ajuda de outras

personagens, consegue desmascarar Preminger. A princesa descobre outra fonte de renda para

manter o reino e se casa com seu verdadeiro amor, Julian. Erika, por sua vez, após percorrer o

mundo cantando, volta para se casar com Rei Dominick.

Este filme é um musical, por isso as canções se fazem presentes durante toda a

história. Em muitos momentos a música serve para falar dos sonhos e anseios das

personagens, além de contar e ilustrar partes da história. Neste filme os ensinamentos de

feminilidades aparecem em vários momentos, um deles é quando Julian leva Erika para

assumir o lugar de Anneliese. A plebeia não conhece as regras de etiqueta, posturas corporais

e atitudes que uma princesa precisa adotar, mas para resolver isso Julian pega o “livro de

etiqueta para princesas” e começa primeiramente falando: “Não é permitido: resmungar, se

gabar, assoar, se queixar, escorregar, mastigar alto, arrotar, se alvoroçar ou esbanjar nenhuma

vez. Esteja presente, seja agradável, tenha altivez”. Depois os ensinamentos seguem em uma

canção:

Figura 1: Erika tomando nota dos ensinamentos para ser uma princesa

Julian: Uma princesa sabe usar uma colher

Tem mil sapatos pra escolher o que quiser

Tem conduta exemplar, é discreta ao jantar

E demonstra interesse para ouvir

Um princesa nunca esquece de sorrir

Pés delicados ao dançar

O protocolo respeitar

Goste ou não a solução é dizer sim

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Sua postura por favor

Mais elegante que uma flor

Saber curvar e sempre acenar assim

O seu porte é perfeito

Sem mania ou trejeito

A cabeça vira devagar

Caminhando com cuidado

Um sorriso delicado

O que sente nunca demonstrar... voar

Uma princesa sabe como se portar

Uma princesa nunca pode descansar

Ser paciente e ouvir

Ter elegância ao dormir

Quando falar saber mostrar erudição

Condes e Lordes conhecer

Mil instrumentos aprender

Ser afinada pra cantar qualquer canção

E o seu lindo olhar

Nos faz sonhar

Não importa onde for

Então tudo é inspiração

Que perfeição, ela é como uma flor...

Pés delicados sim

Erika: É hora de dançar!

Julian: E com disposição!

Erika: Atender se alguém chamar.

Julian: Sempre pronta para o que acontecer.

Sua postura sim...

Erika: A postura por favor!

Julian: Um golinho assim...

Erika: Tenha sempre bom humor!

Julian: Esperar a hora certa pra dizer.

Uma princesa não precisa cozinhar

Uma princesa sabe como encantar

(Grifos nossos.)

Figura 2: Erika ensaiando o aceno de princesa

Vemos na letra da canção, e na fala de Julian, uma série de regras que norteiam as

atitudes e condutas esperadas de uma princesa. As figuras 1 e 2 ilustram o processo de

aprendizagem pelo qual Erika deveria passar para assumir o lugar da princesa. O filme diz

que uma princesa deve ter uma feminilidade delicada, contida, obediente e submissa; a

obediência e submissão aparecem no trecho da canção que diz: “Goste ou não a solução é

disser sim”. Isso denota que apesar de ser a sucessora no governo do reino, a princesa deve ser

sempre servil. Anneliese sabe disso e por isso aceita se casar com o rei: ela reconhece que é

esse seu dever e não deixa sua mãe saber de sua contrariedade em não querer casar para não

desapontá-la.

Temos aqui a construção de um determinado modelo de feminilidade, afirmando

como legítima e verdadeira determinada conduta de feminilidade. Isso aparece de forma

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impositiva, mas vemos que a princesa encontra forma de subverter e resistir a essas

imposições. Xavier Filha revela que

O indivíduo não é passivo diante das forças externas a ele. Ele é, sobretudo,

ativo, pois é capaz de produzir jogos de verdade consigo mesmo para se

constituir como sujeito, já que dispõe de mecanismos com os quais atua sobre

si mesmo e que o ajudam a se constituir. (XAVIER FILHA, 2014, p. 157)

Ainda que de forma sutil e sem confrontos explícitos, Anneliese entra nos jogos de

poder, ela resiste e se constitui como sujeito a partir desta resistência. A resistência aparece

quando a princesa revela seu amor por Julian e diz para a mãe que não se casará com o rei,

pois encontrou outra forma de salvar o reino. Apesar desta decisão da princesa de se casar por

amor e não pela obrigação de salvar o reino, ainda assim prevalece o amor romântico como

tema central e nesse sentido não há resistência por parte de Anneliese.

No filme Barbie a Princesa e a Pop Star os ensinamentos são bem semelhantes, com

apenas algumas atualizações. Vemos nesse filme uma linguagem mais atual, com o uso de

tecnologias e redes sociais. A seguir apresentamos um resumo da história.

Barbie A Princesa e a Pop Star (2012, 73 min.) tem como protagonistas a princesa

Vitória, chamada de Tori, uma jovem que não leva a sério seus deveres da realeza; e a pop

star Keira, uma jovem cantora que está sempre viajando pelo mundo. As personagens

coadjuvantes com maior relevância na história são: tia Amélia, tia de Tori, que possui o título

de condessa e é responsável pela educação das princesas; as irmãs de Tori, Trevi e Meredith;

e Crider e Rupert, vilões que roubam a gardênia de diamantes, uma planta mágica cujos

diamantes ajudam na manutenção do reino.

O reino de Meribella está completando quinhentos anos. Graças a isso, Tori tem a

oportunidade de conhecer Keira, de quem a princesa é fã, pois a pop star está fazendo uma

série de shows comemorativos no reino. No primeiro encontro, as duas descobrem que são

muito semelhantes e com o auxílio de utensílios mágicos – uma escova que pertence a Tori e

um microfone que pertence a Keira – as duas trocam de aparência, o que permite que passem

um dia na vida da outra. Ao terem a possibilidade de viver outra vida, diferente da que se

veem obrigadas a viver cotidianamente, as protagonistas descobrem suas identidades e o que

realmente querem fazer e ser.

Ao passar pela experiência de viver a vida de outra pessoa, a princesa conhece

melhor seu reino e é transformada por essa experiência. Ela assume definitivamente seus

deveres perante o reino, empenhada a dar qualidade de vida e dignidade aos/as súditos/as.

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Vale ressaltar que a música é parte fundamental na composição desta obra, bem

como do filme Barbie a Princesa e a Plebeia. Todo o filme é permeado por músicas e essas

têm a função de ilustrar e trazer mais conteúdos às cenas, explicar o filme e contar partes do

enredo, além de trazer os ensinamentos de duas formas de feminilidade, a saber, a

feminilidade da princesa e a feminilidade da pop star. Assim, as músicas são analisadas em

vários momentos de nossas discussões, pois nos filmes som e imagem se complementam.

Assim como no filme anterior, neste filme os ensinamentos de feminilidade

aparecem quando ocorre uma troca de lugar entre as personagens. Tori e Keira trocam de

identidade, assumindo uma o lugar da outra: Tori precisa aprender a se portar como uma pop

star; Keira, por sua vez, precisa aprender a se portar como uma princesa. Os ensinamentos

aparecem na letra de duas canções cantadas pelas protagonistas. As figuras 3 e 4 revelam as

condutas que cada uma das garotas deve ter: Tori ensina Keira como acenar com a elegância

de uma princesa, enquanto Keira ensina a Tori que é necessário perder a timidez e enfrentar as

entrevistas. Segue a canção:

Tori: Uma princesa sabe qual talher usar

Uma princesa tem sapatos de arrasar

Café servido na cama, usa joias quando quer

Faz massagens, paparicos ao acordar

Uma princesa vê seus sonhos se realizar

Convites de príncipes vai aceitar

Saber qual vestido usar

E o tempo todo saber como se portar

Pose com uma pena no chapéu

Alongue o corpo para o céu

Tenha postura e use luvas para acenar

Ombros para trás e a barriga para dentro

Olhe o queixo e a cabeça vire devagar

Se controle, pise leve,

E sorria bem polida

E de você vão se orgulhar

Uma princesa sabe seu brasão honrar

Uma princesa vai seu melhor sempre dar.

Keira: Uma pop star sabe qual microfone usar

Uma pop star sabe sempre comandar

Sabe que tem que ensaiar para no show arrasar

Ela é uma estrela que sabe brilhar

Uma pop star tem que sua carreira amar

O que é moda eu vou usar

Voar para o México para jantar

E não ter amigos, só seu cão e um violão

Suas notícias twittar, Mil entrevistas poder dar

Amar os fãs que podem ser fantásticos ou não

Uma câmera, outra câmera, outra e mais outra,

E autógrafo pra dar

Troca a roupa, faz a pose, toda gente

cumprimenta,

Na internet vou postar

Uma pop star sua idade não vai falar

Uma pop star vai fazer o mundo cantar. (Grifos

nossos.)

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Figura 3: Princesa acenando da sacada

Figura 4: Pop star dando entrevistas

Apesar das aproximações entre as canções, dos dois filmes, vemos também um

distanciamento. Enquanto no primeiro filme a princesa deveria sempre “dizer sim”, no

segundo isso não aparece explícito: a canção motiva a princesa a ter atitudes que tragam

orgulho, mas não reforça a submissão. No filme Barbie a Princesa e a Plebeia a obediência é

constantemente reforçada, aparece na canção Eu sou assim como você em que o refrão

reforça: “sabemos bem obedecer”. Em outra canção Anneliese fala de seu sonho de ser livre e

viver sem regras e protocolos. A letra diz:

Eu queria só um dia ter um tempo só pra mim

Nada a fazer só olhar pro céu do meu jardim

Sem ter aula ou almoço ou tarefas pra fazer

Sem ter que ouvir quando posso ler, cantar, comer

Ia só viver

[...]

Casar só por amor

Mesmo abrindo mão de seus sonhos e desejos, a princesa aceita sua “missão” de

salvar o reino com um casamento arranjado. No decorrer do filme, a protagonista enfrenta

adversidades que a ajudam a encontrar outra forma de salvar seu reino e casar com seu amor

verdadeiro.

Tori, por sua vez, se apresenta rebelde, tal como Anneliese: ela tem sonhos e quer

uma vida diferente da que se vê obrigada a viver. Ela descumpre as regras de conduta para

uma princesa. Ouvimos a voz de Tori em off 33

cantar:

Eu adoro quando a luz da manhã

33

Som em off é aquele que está situado fora do campo da imagem, vem de uma fonte não visível na tela

(MARTINS, 2011, p. 126).

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A duquesa me pergunta quando vou me consertar

Eu sei que ela pensa que tenho sorte,

Mas princesas querem se divertir. (Grifos nossos.)

Enquanto isso, as cenas mostram a princesa descendo as escadas pelo corrimão,

correndo entre os/as convidados/as e pregando uma “peça” em sua tia ao trocar um quadro

com o retrato dela pelo retrato de um burro. Em outra cena do filme, tia Amélia reforça o que

considera como “inadequação” das atitudes da princesa, arrolando outras peripécias realizadas

por ela, como: esconder a dentadura do primeiro ministro, colocar um gambá no baile real e

fazer cupcakes explosivos. Vemos nessas atitudes da princesa uma forma de resistência mais

explícita. Ao contrário de Anneliese que aceita de forma mais passiva, Tori é a imagem da

subversão: ela descumpre todos os protocolos e etiquetas recomendados a uma princesa.

Temos aqui uma clara resistência da princesa, ela não aceita a imposição de um modelo único

de feminilidade, entrando em uma relação de poder com a sua tia, ao passo que tia Amélia

tenta exercer um poder disciplinador sobre Tori e acaba por enfrentar a insubmissão da

protagonista. Essa insubmissão e resistência são as estratégias de lutas de que nos fala

Foucault (2014, p. 138), elas participam do processo de subjetivação da personagem, pois a

mesma se constitui como princesa a partir desses conflitos e reflexões que vivencia.

Figura 5: Tori descendo pelo corrimão da escada

Figura 6: Tori e suas irmãs depois de sabotarem o quadro de tia Amélia

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Figura 7: Tori e suas irmãs depois de bagunçarem o quarto

Figura 8: Tori imitando tia Amélia ao ganhar uma bronca

As figuras 5, 6, 7 e 8 ilustram as atitudes consideradas socialmente inadequadas para

uma princesa, como listamos anteriormente. Tori e Anneliese são diferentes entre si, mas ao

final ambas assumem suas responsabilidades como princesas e se dedicam a salvar seus

reinos. Em paralelo às feminilidades das princesas temos nos dois filmes as feminilidades de

Erika e de Keira, ambas cantoras. Erika do filme Barbie a Princesa e a Plebeia é uma jovem

pobre que trabalha para pagar dívidas da família. Ela sonha em ser cantora famosa enquanto

canta nas ruas. Ao final do filme tem a possibilidade de casar com rei Dominick, mas prefere

viver sua liberdade e viajar pelo mundo cantando, porém depois de muitas viagens ela volta

para casar-se com o rei.

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Figura 9: Casamento de Anneliese e Erika com seus respectivos noivos, Julian e rei Dominick.

Inicialmente Erika representa uma forma de resistência ao modelo de feminino para

quem o destino final seria o casamento, porém essa resistência não dura mais que alguns

minutos do filme. Em pouco tempo a narradora informa que Erika descobriu que “ser livre, às

vezes é escolher ficar e não partir”, e regressou para casar-se com o rei. Na figura 9 vemos a

cena do casamento. Esta cena traz a concretização do amor romântico, designando o

casamento como último fim possível de ser almejado pelo feminino. Erika escolhe outro

caminho, mas percebe que precisa ficar com “seu amor” para ser feliz e por isso regressa para

concretizar o casamento.

Keira, a pop star do filme Barbie A Princesa e a Pop Star, ao contrário de Erika, é

uma jovem aparentemente livre: ela comanda sua vida, seus shows, sua equipe de trabalho,

mas ao mesmo tempo está presa em contratos e cobranças, sempre com sua agenda lotada e

cumprindo compromissos. Ela também sonha com outra vida e tem essa possibilidade ao

trocar de lugar com Tori. Mesmo assim, ao final descobre que ama seu trabalho e se dedica a

ele.

Como já dissemos, os dois filmes possuem muitos pontos em comum, mas alguns

distanciamentos também. É relevante que o amor romântico não apareça no segundo filme.

Enquanto que no primeiro filme o casamento é o destino final das duas protagonistas, no

segundo ele sequer é mencionado: o elemento central é a amizade que surge entre as duas,

amizade essa que salva o reino da miséria e pobreza.

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Outro filme do agrupamento de “ensinamentos de feminilidades” é Barbie em as 12

Princesas Bailarinas. Este filme apresenta elementos que se coadunam aos demais para

análises.

Barbie em as 12 Princesas Bailarinas (2006, 82 min.) conta a história de doze irmãs:

elas são princesas filhas de um rei que perdeu a esposa há cinco anos na ocasião do

nascimento das filhas caçulas. As princesas são apresentadas como tendo comportamentos

inadequados para a vivência na realeza. Elas são diferentes entre si, cada uma com uma

personalidade e atitudes próprias. O rei não consegue manter a educação das filhas e chama

uma prima para ajudá-lo na missão de ensinar boas maneiras e regras de etiqueta para as

garotas. Porém, essa prima resolve matar o rei para se tornar rainha, oprime as princesas,

impõe regras rígidas e as impede de manter contato com o pai. Tristes com a situação, elas

conseguem fugir para um jardim mágico que foi da rainha, mãe das jovens. Neste local são

plenamente felizes. Para salvar a vida do pai elas decidem abandonar esse jardim mágico,

mesmo sabendo que jamais poderão regressar a ele. Trabalhando juntas, e usando as

habilidades de cada uma delas, conseguem derrotar a vilã e impedir a morte do rei.

Este filme é uma adaptação do conto de fadas 12 princesas bailarinas, compilado

pelos irmãos Grimm. O filme tem inspiração no balé, com muitos passos de dança. O

primeiro elemento que chama a atenção é o que chamam de “inadequação” das atitudes e

comportamentos das princesas.

Figura 10: Princesas ao chão depois de colidirem umas nas outras

Logo no início do filme o rei está recebendo um convite para levar as filhas a um

baile no reino vizinho, porém o convite é desfeito à medida que as garotas vão entrando no

salão: algumas correm atrás de besouros, outras entram andando com pernas-de-pau, outras

correndo e praticando um jogo com bola, elas esbarram umas nas outras e todas caem

conforme aparece na Figura 10. O mensageiro diz duas frases representativas: “Realmente

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suas filhas não tem nada de princesas”, e: “princesas!? Parecem animais selvagens!”. Essas

duas frases reforçam que as condutas das princesas não são próprias para o título de nobreza

que carregam. Diante do acontecido, o rei olha com tristeza para as filhas, mas logo após ele

aparece à mesa para o jantar.

Figura 11: Princesas a mesa

As garotas vão chegando e o pai cumprimenta uma a uma dizendo seus nomes.

Geneveive – a princesa mais relevante na história, interpretada por Barbie – chega atrasada.

Quando o pai finalmente diz: “Minhas doze princesas!”, elas começam a falar todas ao

mesmo tempo, pegam a comida com as mãos, estendem os braços sobre a mesa, conforme

vemos na Figura 11, e por fim deixam o pai sozinho quando chega o vendedor de sapatos.

Outras atitudes consideradas inadequadas aparecem no filme, tais como: deixar as coisas

espalhadas pelo chão, correr pelo castelo, ficar desatenta (uma das princesas está sempre

andando com um livro nas mãos, sem prestar atenção à sua volta). Desapontado com essas

atitudes, o pai chama Rowena para educá-las e ensiná-las a se portarem como princesas. Ao

conhecer as garotas, Rowena diz: “Você me chamou na hora certa querido! Suas filhas são

terrivelmente despreparadas para a vida real”. Depois disso, Rowena começa o treinamento:

aprender a serem mais contidas e discretas, a manterem a postura corporal, usar leque, entre

outras atitudes. Quando uma das garotas tenta reclamar, Rowena diz: “Uma princesa não

discute! Sem música e dança até que aprendam a agir com nobreza” (Grifos nossos). Mais

uma vez temos aqui reforçado o caráter de submissão que deve ter a feminilidade de uma

princesa. Contudo, da mesma maneira que ocorre nos outros dois filmes, neste as princesas

também oferecem resistência ao poder disciplinador imposto. A insubmissão se faz presente

em vários momentos do filme, revelando as resistências das princesas ao modelo de

feminilidade imposto como desejável.

No contexto do filme, as atitudes e condutas das princesas são apresentadas como

inadequadas. Para corrigir o problema, faz-se necessário trazer uma preceptora para ensiná-las

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e adequá-las à vida real. Porém, quando o rei está prestes a morrer, as atitudes das princesas,

que antes pareciam inadequadas para a nobreza, são fundamentais para salvá-lo: cada uma

com suas habilidades conseguem desempenhar uma função no plano de resgate para salvar o

rei. As princesas não sucumbem às regras impostas por Rowena – elas encontram a fuga

como forma de resistência. Mas, no decorrer do filme, elas se transformam com as

experiências vividas. Aprendem a assumir o papel de princesas e corrigem as falhas e atitudes

consideradas inadequadas que tinham no início do roteiro.

O quarto filme deste agrupamento é Barbie Escola de Princesas. Neste filme, o

ensinamento aparece de maneira formal, institucionalizado como escola: com currículo

definido, aulas práticas e teóricas. Ao contrário dos outros três filmes apresentados até aqui,

este não reforça a submissão como característica de feminilidade para princesa. A seguir

apresentamos um resumo da história.

Barbie Escola de Princesas (2011, 79 min.). Neste filme a protagonista é Blair, uma

jovem garçonete que ganha uma bolsa de estudos para frequentar a Escola de princesas de

Gardênia. A referida escola tem tradição e funciona há cinco séculos, ensinando as garotas a

ter “caráter e confiança”. Segundo a diretora da escola, um dos lemas da escola é que “Todas

as alunas se portam com dignidade e sofisticação”. O filme se passa em um ambiente

moderno e atual. Blair é desajeitada e sofre com o preconceito de outras garotas na escola por

ser pobre. Algumas garotas acreditam que lá não é lugar para ela, mas Blair não desiste do

sonho de dar uma vida melhor à sua família e enfrenta todos os obstáculos até conseguir seu

intento. Blair conta com a ajuda de suas amigas de quarto para enfrentar os obstáculos que

surgem e, ao final, descobrimos que ela é a princesa Sofia, única sobrevivente de um acidente

com a família real ocorrido há dezoito anos. Ela assume seu lugar de princesa e o reino de

Gardênia.

Figura 12: Blair recebendo aulas de etiqueta e equilíbrio

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Para conseguir aprender os bons modos e a postura adequada, Blair conta com a

ajuda da diretora, como vemos na Figura 12, que oferece aulas particulares. A diretora diz

que: “Todas as aulas de postura, boas maneiras, dança, não são superficiais, elas criam

autoconfiança”, o que parece ser a característica fundamental a uma dama real ou princesa.

Blair segue na contramão das princesas dos outros três filmes nos quais, de certa forma, as

protagonistas relutavam em seguir as regras de condutas para princesa. Blair por sua vez se

esforça para se adequar às regras de feminilidade exigidas: ela almeja essa feminilidade e

tenta se adequar a ela.

Os ensinamentos de feminilidade aparecem em todo o filme e se direcionam a várias

personagens, em especial por se tratar de escola: espaço socialmente destinado à educação. A

escola de princesas tenta adequar as alunas a um determinado ideal de feminilidade. Esse

modelo ideal inclui atitudes, comportamento e gestos que devem ser mantidos pelas garotas

como uma marca de feminilidade que deve ter quem passou por aquela instituição. Dessa

forma, as alunas da escola de princesa são subjetivadas pelas experiências vividas no espaço

escolar. De acordo com Xavier Filha e Bacarin “Essas marcas estão em seus corpos e tem

como efeito produzir subjetividades” (2014, p. 51). Ainda segundo as autoras, “os modos de

subjetivação propostos por Foucault explicam esse processo contemporâneo de nos tornar

sujeitos pensantes e inconclusos, em busca constante por modelos idealizados de

feminilidades, pela chamada ‘perfeição’” (XAVIER FILHA; BACARIN, 2014, p. 52). De

acordo com Foucault, os processos de subjetivação podem se dar de três formas:

Para o referido autor, as relações estabelecidas entre os sujeitos e os jogos de

verdade podem ocorrer por práticas coercitivas, jogos teóricos – ou

científicos – e as práticas de si. Os indivíduos tornam-se sujeitos com

múltiplas identidades em meio a jogos que estabelecem em relação as

práticas coercitivas de instituições como a família, a escola, dentre outras.

Em relação aos jogos teóricos, os produzem em “práticas divisoras”, a partir

de discursos que normalizam condutas; finalmente, através do trabalho do

sujeito consigo mesmo. (XAVIER FILHA; BACARIN, 2014, p. 52)

Os filmes do agrupamento “Ensinamentos de feminilidades” apresentam todos esses

elementos de constituição de subjetivação, citados pelas autoras. Temos a “coerção” por meio

das personagens que transmitem regras e exigem determinadas condutas das personagens; e o

“trabalho do sujeito consigo mesmo”, representado pelo processo de reflexão e adequação de

condutas pelos quais as protagonistas passaram. Vemos o trabalho sobre si mesmo

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especialmente no filme Barbie Escola de Princesas, pois Blair busca arduamente atingir o

modelo de feminilidade exigido e idealizado pela escola.

Os filmes trazem em seus roteiros o que Foucault (2012) chama de “relações de

poder”. São apresentados discursos que normatizam as condutas das personagens. Lembrando

que para o autor o discurso não é um simples ato de fala, ele é produtor, ao passo que não

descreve o objeto de que fala, mas produz sistematicamente esse objeto. Foucault diz ainda

que

O discurso é uma série de elementos que operam no interior do mecanismo

geral do poder. Consequentemente, é preciso considerar o discurso como

uma série de acontecimentos, como acontecimentos políticos, através dos

quais o poder é vinculado e orientado. (FOUCAULT, 2012, p. 248)

Entendemos que o discurso acaba por produzir saberes e verdades sobre as atitudes e

condutas adequadas à constituição das feminilidades das personagens. Ainda segundo

Foucault

A “conduta” é, ao mesmo tempo, o ato de “conduzir” os outros (segundo

mecanismos de coerção mais ou menos estritos) e a maneira de se comportar

em um campo mais ou menos aberto de possibilidades. O exercício do poder

consiste em “conduzir condutas”. (FOUCAULT, 2014, p.133)

É neste sentido que entendemos o termo conduta utilizados neste trabalho. As relações

de poder que se estabelecem nas obras investigadas visam estabelecer regras de conduta

determinadas para a feminilidade de princesa.

Esse agrupamento também apresentou elementos de constituição de identidades de

gênero. Os filmes estão operando diretamente na construção das identidades femininas das

princesas. Nesse contexto, ser uma princesa não é apenas um título de nobreza: é antes uma

forma de se constituir enquanto menina/mulher. Vemos aqui um conjunto de condutas e de

atitudes que devem ser executados pela garota para que seja reconhecida como feminina e

digna de sua coroa.

Apesar de termos, nos quatro filmes, um trabalho direto sobre a construção da

feminilidade das princesas, percebemos também brechas para resistências em todos eles. Nos

três primeiros Barbie a Princesa e a Plebeia, Barbie A Princesa e a Pop Star e Barbie em as

12 Princesas Bailarinas a resistência aparece nas protagonistas: Anneliese aceita seu destino

sem discutir, mas consegue encontrar uma maneira de salvar seu reino sem precisar se casar

para isso, além disso, é ela quem toma a iniciativa de revelar seu amor por Julian, saindo do

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ideal de submissão e passividade; Tori, ao contrário de Anneliese, é um exemplo de rebeldia:

a jovem tenta fugir de todas as regras impostas pela figura de sua tia, porém ela repete as

regras a Keira quando esta vai assumir seu lugar e, ao final do filme, assume seu papel de

princesa cumprindo seus deveres perante o reino; as doze princesas também passam por um

processo de transformação no filme: elas não perdem as características que apresentavam no

início do filme, mas cada uma acaba corrigindo os “defeitos” que tinham e se apresentando

diferentes ao final. De certa maneira, podemos dizer que todas as protagonistas passaram por

um processo de subjetivação por meio das experiências vividas. São as pequenas

“insubmissões”, das quais nos fala Foucault (2014), que permitem as princesas entrarem nos

jogos de poder e resistir, subvertendo algumas regras, encontrando sua própria maneira de

viver suas feminilidades.

Figura 13: Blair trabalhando de garçonete

Blair começa o filme como plebeia: trabalha de garçonete, como vemos na Figura 13,

e vai ao longo do filme aprendendo a ser princesa e se descobrindo como tal. Ela não resiste

ao modelo de feminilidade imposto. Neste filme, a resistência aparece em suas amigas de

quarto: Hadley, que gosta de jogar futebol; e Isla, que compõe músicas eletrônicas. Ambas

transitam por territórios culturalmente tidos como masculinos, embora sejam candidatas a

princesas. Elas não se transformam ao final do filme e recebem a coroa sem precisar abrir

mão de suas identidades. Blair, porém, se transforma com a experiência: inicialmente ela é

desajeitada, mas consegue desenvolver suas habilidades e se adequar ao que a escola

apresenta como desejável para uma dama real ou princesa. Também temos neste filme a

resistência na figura de Delancy: a garota que inicialmente obedecia à mãe em tudo, ao final

começa a desobedecê-la para fazer o que acha certo e ajudar Blair, já reconhecida como

princesa Sofia, a assumir seu lugar de princesa. Como vemos nas figuras 14 e 15, a própria

Delancy entrega a coroa a Blair que, após recebê-la, se transforma em princesa.

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Figura 14: Delancy entregando a coroa de Gardênia

Figura 15: Blair se transformando em princesa

Todos os filmes até aqui apresentados trazem regras de condutas e atitudes para a

vivência de feminilidade de uma princesa, mas, ao mesmo tempo, trazem também

possibilidades de resistência e subversão à medida que as personagens encontram formas de

se constituírem sem sucumbir às regras impostas socialmente em cada um dos roteiros dos

filmes. Apesar disso, as protagonistas mantêm em comum algumas características: são dóceis,

gentis, educadas e principalmente preocupadas com o bem comum, dispostas a abrir mão de

seus sonhos para garantir o bem do reino. Isso nos remete ao que Louro (2000) apresenta

como marcas de feminilidade em nossa cultura. Os filmes estão reafirmando as características

de gênero desejáveis em nossa cultura para a constituição de uma menina/mulher.

Passamos a seguir a discutir o próximo agrupamento.

2.1.2 “É meu dever” − Renúncia de algo pelo bem comum

No agrupamento “Renúncia de algo pelo bem comum” estão sete filmes que trazem

como tema o altruísmo: as protagonistas abdicam de sonhos e de tudo que possuem de mais

caro para garantir o bem comum, o bem de outras pessoas. A seguir apresentamos um breve

resumo das histórias.

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O primeiro filme deste grupo é Barbie O Quebra-Nozes (2001, 76 min.). Este filme

foi inspirado no balé de mesmo nome criado pelo russo Tchaikovsky. Conta a história de

Clara, uma jovem criada pelo avô. Na noite de Natal, Clara ganha um quebra-nozes de sua tia,

o objeto é um príncipe enfeitiçado. Quando chega a noite, ocorre uma guerra com ratos de um

reino mágico e, em meio à confusão, Clara tem seu tamanho reduzido, ficando do tamanho do

Quebra-Nozes. Com isso, vai para um mundo mágico onde se vê obrigada a enfrentar seus

medos. Inicialmente ela vai para tentar voltar ao seu tamanho de humana, mas no decorrer da

trama se enche de coragem por saber que seus amigos, major Menta, capitão Doce e príncipe

Erick, contam com ela para salvá-los. Ao final Clara descobre que ela é a princesa que

buscava durante todo o roteiro e que ela pode salvar a si e a todos/as. Clara é inteligente e

encontra sua coragem à medida que enfrenta os obstáculos. Além disso, é gentil, educada e

prestativa, o que a ajuda no momento de dificuldades.

Clara é a redentora da história, salva o príncipe por diversas vezes e o liberta do

feitiço do rei rato com um beijo, conforme vemos nas figuras 16 e 17:

Figura 16: Clara libertando os prisioneiros

Figura 17: Clara salvando o príncipe com um beijo

Na figura 16, Clara liberta os prisioneiros depois de entrar no castelo do rei Rato às

escondidas e enganar os guardas. Na figura 17, vemos o momento após a destruição do rato

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em que o Quebra-Nozes está em perigo, mas Clara lhe dá um beijo desfazendo o feitiço do

rato e transformando-o em príncipe novamente.

No filme Barbie Fairytopia (2004, 70 min.) conhecemos Elina, uma fada do campo

que não tem asas. Ela é discriminada por isso, mas quando todos/as caem doentes ela é a

única que pode ajudá-los/as. Por não ter asas, ela não é afetada por uma doença que atinge as

outras fadas. Elina parte em busca da solução para salvar todas as fadas do campo. Com ajuda

de amigas e amigos, e graças à sua inteligência, Elina consegue derrotar Laverna, a vilã que

provocou a doença. Elina sonha em ter asas para ser igual às demais, mas resiste a esse sonho

em nome de suas amizades e assim consegue salvar todas as fadas. Ao final é recompensada

por sua bravura e coragem recebendo um par de asas da rainha das fadas.

A seguir temos as figuras do momento em que Elina enfrenta Laverna e consegue

quebrar seus feitiços libertando o reino Fairytopia.

Figura 18: Elina enfrentando Laverna para libertar as/os amigas/os

Figura 19: Elina no momento em que destrói o cristal e acaba com os planos de Laverna

Na Figura 18, Elina entra no local onde seus/as amigos/as estão presos e enfrenta

Laverna ordenando que os soltem, mas Laverna lança um feitiço sobre Elina oferecendo a ela

seu maior sonho “ter um par de asas’”. A determinação da fada é mais forte que o poder de

Laverna e, como vemos na Figura 19, Elina consegue sair do encanto e quebrar o cristal,

acabando com os planos de dominação de Laverna.

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O filme Barbie Fairytopia Mermaidia (2006, 75 min.) é uma continuação do filme

Barbie Fairytopia. Neste filme, Elina está feliz com suas novas asas quando recebe um

chamado do príncipe Nalu, príncipe das águas, que a ajudou no filme anterior. Ele foi

sequestrado por Laverna e manda um pedido de ajuda para Elina. Ela parte para o reino das

águas e, com ajuda de Nora, começa a missão para resgatar o príncipe. Porém, em

determinado momento, ela se vê obrigada a trocar suas asas por uma cauda de sereia, somente

assim poderá seguir na sua missão. O momento mais difícil para Elina é quando aceita ficar

para sempre com cauda de sereia para impedir que as águas sejam contaminadas por um

veneno que acabaria com a vida de todos os seres aquáticos. Após abrir mão de si para salvar

a vida dos/as outros/as, Nora tem a ideia de dar a Elina uma fruta que revela o ‘verdadeiro

Eu” das pessoas, fazendo com que ela recupere suas asas que agora estão ainda mais

exuberantes do que antes.

Figura 20: Elina ao trocar suas asas por cauda de sereia para salvar Nori

Figura 21: Elina abrindo mão de recuperar suas asas para impedir o envenenamento das águas

As figuras 20 e 21 destacam características da conduta de Elina: ela é generosa,

abrindo mão de si para ajudar outras pessoas. Na Figura 20 temos o momento em que ela abre

mão de suas tão sonhadas asas (que só conquistou no final do filme Barbie Fairytopia) para

ter uma cauda de sereia e conseguir salvar Nori. A figura 21 mostra o momento mais

dramático do filme, ao ver que as águas seriam contaminadas por um veneno Elina se sujeita a

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ser sereia pelo resto da vida para impedir que os seres do mar morram. Ainda que isso lhe

cause sofrimento e mudança de identidade, ela opta por defender o bem comum reafirmando

seu caráter altruísta.

No filme Barbie a Magia do Arco-Íris (2007, 74 min.) conhecemos a terceira parte

da história de Elina. Depois de salvar o reino das águas, Elina está conhecida por sua bravura

e coragem e por isso recebe um convite para ser aprendiz da guardiã Azura. Ela parte para

uma escola onde aprenderá, juntamente com outros/as onze jovens, a realizar o primeiro voo

da primavera. Mas, por engano, ela liberta Laverna de um feitiço aprisionador que recebeu no

segundo filme e agora, livre, a vilã aprisiona todos/as os guardiões e as guardiãs. Cabe aos/às

jovens realizar o primeiro voo da primavera. Elina descobre que Laverna está no lugar de uma

das fadas e sai em busca da fada desaparecida. Elas retornam, mas Laverna já está prestes a

destruir o botão de flor mágico. Porém, Elina se põe a frente do feitiço de Laverna, arriscando

a própria vida para salvar o botão. Com a ajuda dos poderes das/os amigas/os ela derrota mais

uma vez a vilã e salva todo o reino.

Figura 22: Elina salvando fada Solar

Figura 23: Elina se colocando a frente do primeiro voo da primavera

Mais uma vez Elina se mostra corajosa e determinada, tal como aconteceu nos outros

dois filmes da sequência Fairytopia. Temos uma afirmação da coragem e determinação de

Elina na Figura 22, o momento em que salva a fada Solar e, depois, na Figura 23, em que

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arrisca a própria vida se colocando à frente de Laverna para salvar o primeiro voo da

primavera.

Neste filme vemos uma evolução do caráter altruísta da fada. Nos dois filmes

anteriores a protagonista abriu mão de parte de sua identidade de fada – as asas – mas neste

ela abre mão da própria vida para salvar o reino de Fairytopia. O roteiro do filme indica que

essa atitude da protagonista já era esperada pela vilã, pois no momento em que Elina se põe a

frente do botão de flor Laverna diz: “Você nunca me decepciona fada do Campo!”. Em

seguida, ela intensifica seus poderes para tentar destruir a fada e a flor ao mesmo tempo.

O filme Barbie Butterfly a Nova aventura em Fairytopia (2007, 74 min.) começa

com Elina contando uma história. Ela apresenta a personagem Butterfly, uma fada de outro

reino, retraída e sonhadora, que se vê em uma missão arriscada para salvar a vida da rainha e,

consequentemente, a vida de todos/as no reino. A rainha do reino de Flutterfield foi

envenenada e, por isso, as luzes que protegem as fadas de monstros devoradores de fadas

estão se apagando. Para encontrar um antídoto que possa salvar a rainha, Butterfly arrisca sua

vida junto com duas amigas por territórios desconhecidos e perigosos. Ela consegue, com

coragem e inteligência, encontrar a cura e assim salva a rainha e todas as fadas do reino,

conforme se vê nas figuras 24 e 25.

Figura 24: Butterfly e suas amigas fugindo de monstros

Figura 25: Butterfly salvando a vida da rainha

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Na Figura 24 temos o momento em as garotas fogem dos monstros devoradores de

fadas que ameaçam a cidade. Butterfly sabia como despistá-los, mas por falha de uma das

garotas elas foram descobertas. Na Figura 25 vemos o momento em que a protagonista

finalmente consegue usar o antídoto para salvar a vida da rainha.

Butterfly é uma garota tímida que sonha em conhecer o mundo fora de Flutterfield e,

para isso, mergulha nos livros. Ela não se arrisca a deixar a segurança da cidade e também não

consegue encarar sua timidez indo aos bailes do reino. Porém, quando percebe que o reino

depende de sua coragem para escapar da destruição, ela encontra sua coragem, vencendo

todos os obstáculos para encontrar a solução. Assim como Elina, no filme Barbie a Magia do

Arco-Íris Butterfly também arisca a própria vida, pois sair do reino pode significar tornar-se

alimento dos monstros. Isso ressalta o gesto altruísta da fada que se arrisca para garantir o

bem de todo o reino.

Este filme encerra a sequência de filmes com a fada do campo. Os próximos filmes

contam a história de Merliah, uma jovem surfista que descobre aos 16 anos que é filha de uma

sereia. Seguem as histórias para melhor compreensão.

Barbie em Vida de Sereia (2010, 74 min.) conta a história de Merliah, uma jovem

surfista que está participando de um campeonato. Em meio a uma onda, seu cabelo ganha

mechas rosa e, logo após este episódio, coisas estranhas começam a acontecer. Ela descobre,

por meio de seu avô, que é filha de uma sereia e é procurada por um golfinho que vem contar

dos problemas que estão acontecendo em Oceana, um reino subaquático. Motivada pelo

desejo de encontrar uma solução para as mudanças que estão acontecendo, Merliah parte para

Oceana. Chegando lá ela descobre que sua mãe, a rainha, foi aprisionada por sua própria irmã

que assumiu o trono e está aos poucos envenenando as águas do mar. Merliah começa a

procurar a solução, mas em meio a uma grande dificuldade ela recebe a possibilidade de

retomar sua vida sem jamais se lembrar do que aconteceu. Ela pensa na proposta, mas abre

mão deste sonho por sentir que é seu dever salvar o reino. Movida por esse sentimento,

Merliah consegue salvar sua mãe e derrotar a vilã Eris.

Nas figuras 26 e 27 vemos o momento em que a princesa toma a decisão de assumir

seu dever de salvar o reino.

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Figura 26: Merliah abre mão de retomar sua vida para salvar o reino

Figura 27: Merliah se transformando em princesa sereia depois de se reconhecer como tal

Na Figura 26, Merliah conversa com o “peixe dos sonhos” que oferece a realização

de seu maior desejo: voltar para casa sem o problema de ser meio sereia, mas ela recusa a

oferta e assume que é a princesa de Oceana e neste momento começa sua transformação em

sereia, conforme mostra a Figura 27. A decisão de Merliah é um gesto altruísta e por isso a

princesa é recompensada, conseguindo sair da dificuldade em que se encontrava e derrotar sua

tia Eris.

Em Barbie em Vida de Sereia 2 (2010, 74 min.), Merliah está participando de um

torneio de surf na Austrália. Ela está em um ótimo momento na carreira e se relacionando

bem com a vida de princesa-sereia. Porém, sua mãe a convida para uma cerimônia muito

importante para a família real que renova o poder de produzir Marvita, magia que concede

vitalidade as águas do mar. Merliah se recusa a ir por conta do torneio e discute com a mãe.

Eris consegue escapar da prisão para a qual foi levada no filme Vida de Sereia e tenta tomar o

lugar da rainha na cerimônia. Merliah fica sabendo do problema e parte para o fundo do mar.

Para impedir Eris de realizar a cerimônia e tomar o reino, Merliah abre mão de suas pernas e

do sonho de ser surfista, aceitando ficar com cauda para sempre, pois o ritual a transformaria

numa pessoa completa, ou seja, inteiramente uma sereia. Mesmo assim ela continua sendo

meio-humana meio-sereia pois este é seu “verdadeiro ser”, proposto no roteiro

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cinematográfico. Ela volta para a competição, mas isso já não é o mais importante: ela se

sente feliz por desenvolver a magia que dá vitalidade às águas do mar e desiste do

campeonato.

Nas figuras 28 e 29 vemos o mesmo processo que aconteceu no filme Barbie em

Vida de Sereia. No primeiro momento, Merliah decide que é seu dever como princesa ajudar a

salvar o reino; logo após, ela passa pela transformação, deixando de ser humana para tornar-se

uma sereia. Mais uma vez a protagonista é altruísta, colocando a segurança do reino acima de

seus próprios sonhos e projetos.

Figura 28: Merliah no momento em que decide fazer o ritual

Figura 29: Merliah no trono assumindo o risco de nunca mais voltar a ser humana

Como já elencamos, estes sete filmes apresentam atos abnegados das protagonistas.

Elas abrem mão de sonhos e da própria vida em nome do bem comum. Elina abre mão de suas

asas por duas vezes e, logo após, arrisca a própria vida para salvar a vida de todo o reino.

Merliah, abre mão por duas vezes da possibilidade de seguir sua vida e sua carreira de surfista

na terra para garantir que o mar não seja destruído. Butterfly enfrenta seus medos e perigos

mortais para salvar o reino no qual vive. Clara abre mão de retornar para sua vida e enfrenta

seus medos para salvar os novos amigos: príncipe Erick, major Menta, capitão Doce e o reino

que acabava de conhecer.

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Essas protagonistas têm em comum a coragem, inteligência e o altruísmo. O

altruísmo é o ato de abdicar de si pelo bem de outras pessoas. Ele aparece aqui como marca de

feminilidade. De certo modo, o altruísmo lembra a servidão: é dever do ser feminino ser

altruísta, já que é visto socialmente como quem deve servir a todas as pessoas. Steinberg

observa que essa característica acompanha a “personalidade” de Barbie desde a sua criação e

foi aprimorada nas publicações impressas com histórias da Barbie:

Nós somos constantemente bombardeadas pela loura altruísta (nos livros, ela

é normalmente monocromática), renunciando a alguma coisa sensacional

para o bem de toda humanidade. As menininhas aprendem bem novas de que

é mais importante renunciar a um objetivo do que desapontar a quem quer

que seja. A Disney faz isso bem com A Pequena Sereia e A Bela e a Fera. É

uma condição feminina se sacrificar pelo bem dos outros. (STEINBERG,

2001, p. 336. Grifos da autora)

Em seus estudos, Steinberg cita livros com histórias sobre o altruísmo de Barbie

como: “Uma surpresa no piquenique (Barbie encontrando o cachorrinho de uma velha

senhora em vez de se divertir) e Barbie o grande esguicho (a sessão de fotos da Barbie é

estragada, mas ela é capaz de suportar o desapontamento).” (STEINBERG, 2001, p. 336). Nos

filmes, essa característica também se faz presente, é um tema que permeia todas as vinte e três

obras analisadas, mas aparece mais enfatizada nestes sete filmes descritos anteriormente.

Como Steinberg evidencia na referida citação, os atos altruístas das protagonistas funcionam

como um ensinamento “As menininhas aprendem bem novas de que é mais importante

renunciar a um objetivo do que desapontar a quem quer que seja” (Grifos nossos). Em todos

os filmes as protagonistas se sentem realizadas, com a sensação do “dever cumprido” após a

realização de atos abnegados.

Voltamos mais uma vez à construção das identidades de gênero que já discutimos.

Esse tema permeia todos os filmes da Barbie: trata-se de um investimento constante para

construir feminilidades dóceis, generosas, servis e altruístas. Mas, para além das questões de

gênero, as protagonistas também passam por um processo de subjetivação, em especial nos

filmes Barbie O Quebra-Nozes e Barbie em Vida de Sereia 1 e 2: as protagonistas se veem

obrigadas a assumir as responsabilidades de salvar o reino, mas antes de tomar essa decisão

tanto Clara quanto Merliah passam por um processo de reflexão sobre si e sobre o que se

espera delas. Desta forma, elas se constituem a partir da relação com o outro e na relação

consigo mesmas.

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Merliah pensa em abandonar tudo para retomar sua vida, mas esse pensamento é

considerado por ela como egoísta e, antes de desistir, ela reflete sobre sua condição de

princesa e assume: “Eu sou Merliah, a meia princesa sereia de Oceana, e é minha obrigação

proteger meus súditos!”. Nesse momento algo mágico acontece e ela ganha sua cauda de

sereia, assumindo assim sua identidade. Mesmo depois de derrotar a vilã, Merliah se

compadece dela, tentando entender as razões que a levaram a aprisionar a própria irmã e

tentar tomar o reino. Porém, no filme Barbie em Vida de Sereia 2, Merliah começa com uma

atitude egoísta de acordo com o contexto do filme: ela briga com a mãe e coloca seu sonho

em primeiro lugar. No entanto, ao ver o reino ameaçado novamente, assume mais uma vez

sua responsabilidade aceitando se tornar sereia para sempre, ainda que sofra com isso. Ela é

recompensada por sua atitude ao descobrir que tanto sua metade humana quanto sua metade

sereia são completas e, por esta razão, ela continua com a possibilidade de ser as duas coisas.

Nas figuras 30 e 31 vemos Merliah brigando com a mãe para não perder o campeonato e

depois, sem se importar mais com ele, ela se sente completa por produzir Marvita.

Figura 30: Merliah brigando com a mãe

Figura 31: Merliah produzindo Marvita

Em todos os filmes os atos abnegados das protagonistas são recompensados. Clara é

recompensada com a descoberta de que ela é a princesa caramelo, e depois com o encontro

com Erick na “vida real”. Elina é recompensada com as asas que tanto desejava e com o

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reconhecimento das outras pessoas. A recompensa de Butterfly vem por meio de sua

transformação e superação da timidez. Merliah é recompensada continuando com sua metade

humana e com o poder de produzir Marvita. Ou seja, ao contrário das vilãs que são sempre

punidas por seus atos, as protagonistas colhem os frutos de sua bondade e generosidade.

No próximo tópico apresentamos os filmes do agrupamento amizades verdadeiras

trazendo as problematizações sobre o tema.

2.1.3 “Melhores amiga hoje, amanhã e sempre” − Amizades verdadeiras

Neste agrupamento estão dois filmes que tratam a amizade como tema central.

Apesar de termos selecionado apenas dois deles nesse grupo, a amizade aparece como tema

recorrente e relevante em quase todos os filmes da Barbie. Ser leal às amizades é uma

característica valorizada e reafirmada no contexto dos filmes, a amizade, tal como o amor,

deve ser “verdadeira e eterna”. Para compreensão do significado das amizades nos filmes

trazemos uma das canções do filme Barbie e o Castelo de Diamante:

Se a vida é uma montanha russa pra trilhar

Com os olhos vendados, cruze os dedos

Quero alguém pra me abraçar.

Então eu vou, enfrento as curvas

Sem medo de sentir solidão

Penso em você

Sei que não vai me abandonar

Pra sempre unidas pra vida

Contigo quero estar

Não importa o lugar

Entende (entende), defende (defende)

E nada de mal pode me afetar

Não tem mais volta, não tem mais volta

Isso não volta atrás

Unidas, unidas demais

Ficamos afastadas por uma razão

Mas sempre soube

Amiga você mora no meu coração

Você voltou e eu pude ver

A minha força vem de você

Não tem mais fim

Eu não me canso de dizer

Pra sempre unidas, pra vida

Contigo quero estar

Não importa o lugar

Entende (entende), defende (defende)

E nada de mal pode me afetar

Não tem mais volta, não tem mais volta

Isso não volta atrás

Unidas, unidas demais

Toda vez que eu respiro sinto essa energia e

viro, Ela está bem aqui

Vem de mim e vem de ti

É um sonho real, amizade sem igual

Almas gêmeas demais

Juntas pra viver em paz

Pra sempre unidas, pra vida

Contigo quero estar

Não importa o lugar

Entende (entende), defende (defende)

E nada de mal pode me afetar

Unidas (unidas) pra vida (pra vida)

Como é bom pensar, tudo em seu lugar

Entende (entende), defende (defende)

E nada de mal pode me afetar

E não tem mais volta

Não tem mais volta, isso não volta atrás

Unidas, (unidas),unidas demais

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A letra da canção traz elementos de companheirismo e completude, as garotas

decidem ficar juntas em qualquer situação, encontrando uma na outra a força necessária para

encarar os desafios. Essa característica também aparece de forma análoga no amor romântico.

Nele, como na amizade aqui analisada, o amor é incondicional pela outra pessoa e esse

sentimento funciona como combustível para as atitudes dos sujeitos seja na relação de

amizade ou na relação amorosa.

Pensamos a amizade nos filmes pelo prisma dos estudos foucaultianos, ainda que

Foucault não tenha estudado a amizade de forma mais aprofundada. O filósofo nos apresenta

alguns elementos deste tema em seus estudos, pensando principalmente no contexto da

construção das relações homossexuais. Francisco Ortega (1999) nos apresenta alguns

elementos que nos permitem pensar a amizade, a partir dos estudos do referido autor. O autor

nos diz que a concepção foucaultiana de amizade “contradiz a ideia comum na sociologia e na

filosofia social de que a amizade representa uma relação voluntária baseada na transparência

da comunicação e verdade da informação” (1999, p. 168). De acordo com o autor as amizades

estão inseridas nas relações de poder, mas sem permitir que essas relações de poder se

transformem em dominação. Ortega assegura ainda que

Para Foucault, a amizade representa uma relação com o outro que não tem

uma forma de unanimidade consensual nem de violência direta. Trata-se de

uma relação agonística, oposta a um antagonismo essencial [...]. Relações

agonísticas são relações livres que apontam para o desafio e para incitação

recíproca e não para submissão ao outro. (ORTEGA, 1999, p. 168)

Nos filmes da Barbie prevalece a ideia de amizade “comum na sociologia e na

filosofia social”, pois a verdade e transparência devem prevalecer nas relações estabelecidas

de amizade entre ela e suas amigas, a amizade aparece no filme como uma relação altruísta e

verdadeira. De acordo com os roteiros dos filmes, uma “amizade verdadeira” deve ser pautada

no respeito, lealdade e transparência entre as amigas. Porém os filmes de certa forma também

apresentam a amizade na ótica que nos apresenta Ortega (1999), são relações em que não há

submissão de uma das partes, a amizade entre as protagonistas confere força para uma

resistência conjunta, talvez não propriamente resistência aos modelos de feminilidade

veiculados/produzidos nos roteiros dos filmes, mas resistência às regras e conflitos sociais

presentes no contexto das obras. Porém nos roteiros aparece uma necessidade de consenso

entre as amigas, quando ocorre uma discordância em relação a pontos de vista diferentes a

amizade fica abalada. Nesse sentido a ideia de amizade presente nos filmes contrapõe a ideia

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de amizade defendida por Foucault, pois para o autor a amizade não é uma “unanimidade

consensual”, mas é comportas por desigualdades, hierarquias e rupturas.

Apresentamos um resumo dos dois filmes para depois seguir com as discussões.

Os dois filmes começam com Barbie contando a história. No filme Barbie e o

Castelo de Diamante, Barbie e Tereza – sua melhor amiga – ensaiam uma música quando

chega Stacie, irmã de Barbie, brava por ter brigado com sua melhor amiga. Para fazê-la

refletir sobre o valor da amizade, Barbie conta a história de duas grandes amigas como ela e

Tereza, que por romperem a amizade ficaram em perigo.

Barbie e o Castelo de Diamante (2008, 83min.) é um filme musical que conta a

história de Liana e Alexa, duas jovens amigas pobres que vivem em uma cabana no campo.

Elas recebem de presente um espelho no qual está escondido Melody, uma aprendiz das

ninfas da música. Melody guarda a chave do Castelo de Diamantes, antiga moradia das ninfas.

Há muitos anos, Lydia, uma das ninfas, decidiu que seria a única ninfa e transformou as

outras em estátuas, porém Melody ocultou o Castelo de Diamantes e para escapar se escondeu

no espelho. Quando Melody cantou com Liana e Alexa, permitiu a Lydia rastreá-la. Enquanto

as três jovens seguem em busca do Castelo, Lydia as persegue para reaver a chave do castelo.

As amigas enfrentam diversas aventuras nesta busca, chegando a romper a amizade por

pensarem de forma diferente, o que coloca a vida de Alexa em risco. Mas ao final,

trabalhando juntas, elas conseguem derrotar Lydia e restaurar a vida das duas ninfas que

estavam petrificadas: Melody se torna a terceira ninfa no lugar de Lydia; Alexa e Liana se

tornaram princesas da música e retornam ao campo onde viviam para retomar suas vidas.

Apresentamos duas figuras que apresentam dois momentos distintos da amizade

entre Liana e Alexa. Na Figura 32 vemos o momento em que Liana entrega para Alexa o colar

da amizade, confeccionado com pedras em formato de coração que Liana encontrou no lago,

essas pedras são do castelo de diamantes e serão fundamentais para que as garotas consigam

derrotar Lydia. Na figura 34 vemos o momento em que as duas discutem por discordarem

sobre a continuidade da missão. Alexa quer ficar no conforto de uma casa que acredita ser

delas, mas Liana quer seguir para ajudar Melody a salvar as ninfas.

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Figura 32: Liana entregando o colar da amizade para Alexa

Figura 33: Alexa e Liana se desentendem

Quando Alexa desiste da missão e briga com Liana, ela joga fora o colar que

simbolizava a amizade das duas, o que a deixa desprotegida e permite que Lydia consiga

pegá-la. Ela quase morre, mas é salva por Liana que não desiste de encontrá-la. O colar tira

Alexa do feitiço de Lydia e, protegidas pelos colares, as duas conseguem derrotar a vilã.

No filme Barbie apresenta A Pequena Polegar, Barbie está com um grupo de

crianças no parque. Elas vão plantar árvores para colaborar com o meio ambiente e fazer um

piquenique. Uma menina escolhe a menor mudinha para plantar, outras crianças zombam dela

dizendo que aquela muda não servirá para nada. Barbie tenta mostrar para as crianças que o

tamanho não importa e que mesmo a menor das criaturas pode fazer a diferença. Para o

entendimento das crianças, ela conta a história da Pequena Polegar: uma criatura minúscula,

mas que conseguiu salvar seu mundo conquistando uma verdadeira amizade.

Barbie apresenta A Pequena Polegar (2008, 75 min.) conta a história de

Polegarzinha. Ela é uma Twillerbee, uma criatura minúscula que vive em um mundo secreto

escondido no meio de um campo florido e ensolarado. Polegarzinha tem duas amigas

inseparáveis, cada uma com suas características e completamente diferentes entre si. Certo dia

elas são levadas, em meio às flores, para um apartamento na cidade. Lá descobrem que o

campo será destruído para construção de uma fábrica. As duas amigas voltam para o campo,

se juntam a outras e outros Twillerbees, para tentar impedir o funcionamento das máquinas.

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Polegarzinha fica no apartamento a fim de convencer os seres humanos a não destruírem o

campo. Ela conhece Makena, uma garota de aproximadamente onze anos que não sabe o que

é uma amizade verdadeira e filha do casal que está liderando a obra no campo. Polegarzinha e

Makena se tornam grandes amigas. Com muito esforço e enfrentando dificuldades, as duas,

juntamente com as pequenas criaturas, conseguem evitar a destruição anunciada. O local se

transforma em um parque de preservação permanente e a comunidade dos Twillerbees fica

salva. Apresentamos duas figuras ilustrativas sobre o tema da amizade no filme:

Figura 34: Polegarzinha e suas amigas em um abraço

Figura 35: Makena e Polegarzinha se reconciliando

Na Figura 34, Polegarzinha se despede das amigas que voltarão para o campo

enquanto ela ficará na cidade para encontrar uma forma de resolver o problema. Na Figura 35,

Polegarzinha fica chateada depois de descobrir que Makena a mostraria para Violet como um

troféu. Porém Makena já tinha refletido sobre o que era realmente uma amizade e desiste de

exibir a nova amiga como um objeto. Ela vai até o parque para pedir desculpas e as duas se

abraçam depois da reconciliação.

No filme Barbie apresenta A Pequena Polegar, a mensagem é que não importa o

tamanho, todas as pessoas são capazes de realizar grandes coisas e fazer a diferença em seu

mundo. A amizade permeia toda a obra. Polegarzinha e suas amigas se respeitam nas

diferenças, são leais entre si. Makena, por sua vez, não conhecia uma amizade verdadeira: ela

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vivia em uma relação de disputa com Violet, que acreditava ser sua amiga. Violet é filha de

milionários e tenta humilhar Makena, exibindo as coisas que tem e que ganha de sua família;

já Makena faz de tudo para se igualar a ela e agradá-la. Ao conhecer Polegarzinha, Makena

descobre uma amizade verdadeira e desinteressada. Inicialmente ela quer apenas exibir

Polegarzinha como um objeto único que Violet não poderá ter, mas ela percebe o valor da

amizade e decide fazer o possível e impossível para ajudá-la a preservar seu mundo.

Louro identifica nos filmes de faroeste a lealdade aos amigos como “um traço

importante na construção de um homem ‘de verdade’” (2013, p. 176). Esse traço aparece nos

filmes da Barbie de maneira marcante na constituição da feminilidade. A amizade é o tema

central do filme Barbie e o Castelo de Diamante, mas também é pano de fundo dos vinte e

três filmes analisados. Em quatorze filmes, mais especificamente, a lealdade aos/às amigos/as

é ressaltada como traço de bom caráter e, neste sentido, podemos dizer que é uma marca de

uma feminilidade ideal que Barbie representa. Esses dois filmes são emblemáticos ao indicar

o poder transformador das amizades.

No filme Segredo das fadas (2010, 71 min.), que está no agrupamento de amor

romântico, aparece também a amizade com seu poder transformador. Barbie e Raquelle não se

dão bem: Raquelle vive provocando Barbie e tentando roubar seu namorado. Mesmo assim, as

duas enfrentam jutas uma série de problemas para resgatar Ken e, neste convívio forçado, se

descobrem grandes amigas e essa amizade as liberta da prisão.

No filme Barbie e o Castelo de Diamantes a amizade entre Alexa e Liana remete a

um amor sincero e profundo entre as jovens, elas dividem a casa e a existência, decidem viver

unidas por toda a vida. Mas para afastar qualquer possibilidade de relacionamento

homossexual entre elas aparecem dois homens, irmãos gêmeos, para viver um romance com

cada uma das amigas e a consequente formação dos casais demarca a norma heterossexual.

Assim elas podem viver plenamente a amizade sem o receio de vivência de um possível amor

lésbico entre elas.

No próximo agrupamento passamos a discutir os filmes que tratam do amor

romântico como tema central.

2.1.4 “Esse tipo de amor desprendido tem um poder incrível!” − Amor romântico

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No agrupamento “Amor romântico” estão os filmes que têm o amor como tema

central do roteiro. Assim como os temas da amizade e do altruísmo, o tema do amor

romântico está presente em vários filmes analisados. São cinco filmes neste agrupamento,

mas o amor aparece como secundário na trama de outros nove. Jane Felipe (2007) nos diz que

essa ideia de amor, como parte das identidades femininas, foi fortemente reafirmada e

legitimada desde o início do século XX. Temos nesses filmes, e também em filmes de outros

agrupamentos, uma reafirmação dessa verdade: a ideia do amor como inerente à constituição

do ser feminino.

No trecho de uma canção do filme Barbie A Princesa e a Plebeia, Erika expressa

seus anseios em relação ao amor. Este filme está no agrupamento de ensinamentos de

feminilidades, mas traz elementos relevantes para pensarmos o amor romântico.

Uma vez um rapaz

Uma jovem encontrou

Será ele capaz de um verdadeiro amor?

E sorrindo ele diz que me ama com fervor

Só espero de ti

um verdadeiro amor

Serei eu a escolhida?

Serei eu sua paixão?

Quero ter por toda vida só o seu coração. (Grifos nossos.)

Essa canção representa o ideal de amor que permeia as obras analisadas. O amor

propalado deve ser eterno e verdadeiro. O termo “verdadeiro” é constante nos filmes, seja em

relação ao amor ou em relação as amizades. Erika se angustia com a expectativa de viver esse

amor sublime, ela deseja ser amada por toda a vida. Essa angústia também expressa a

possibilidade de ser a escolhida desse amor, ou seja, de ser amor/paixão de alguém.

Apresentamos a seguir um resumo de cada uma das histórias deste grupo para melhor

compreensão do tema.

Barbie em a Princesa da Ilha (2007, 86 min.), é um filme musical que conta a

história de Rosella, uma jovem criada em uma ilha com animais depois de sofrer um

naufrágio quando criança. Ro perdeu a memória e não lembra seu próprio nome, aprendeu a

língua dos animais e vivia feliz até surgirem humanos na ilha. Príncipe Antônio, um jovem

explorador, chega à ilha e a convida a partir com ele. Ro se apaixona pelo rapaz e resolve

aceitar o convite, com a condição de levar seus amigos animais consigo. Chegando ao castelo,

Antônio descobre que seus pais arranjaram um casamento para ele que deverá se concretizar

em duas semanas. Porém, como está apaixonado por Ro, ele tenta resistir às imposições

familiares. A mãe da noiva, percebendo o risco do cancelamento do casamento, arma intrigas

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contra Ro mandando-a de volta para ilha. Ro descobre as armações da vilã e retorna,

conseguindo provar sua inocência. Ela se recorda do próprio nome e encontra sua mãe,

descobrindo que é uma princesa. Casa-se com o príncipe e parte feliz com seus amigos

animais para uma viagem de navio.

Figura 36: Ro e príncipe Antônio dançando no baile

Figura 37: Ro aceita o pedido de casamento

As figuras 36 e 37 são representativas do envolvimento amoroso entre Ro e o

príncipe. Na primeira figura dançam juntos no baile real; na segunda, a protagonista aceita o

pedido de casamento de Antônio depois de tudo esclarecido.

Vemos na Figura 36 Ro e Antônio dançando apaixonados no salão. O amor dos dois

parece impossível, pois o rapaz está prestes a se casar por ordem do pai. Na Figura 37 vemos

o pedido de casamento: após superar todos os problemas e conflitos da trama, o casal está

livre para selar seu destino com o casamento, símbolo do amor entre os dois.

O filme Barbie Moda e Magia (2009, 82 min.) conta um episódio da vida de Barbie,

personificada como uma pessoa “real”. Barbie estava gravando um filme quando resolveu dar

palpite no roteiro e foi demitida. Ela fica arrasada, pois isso nunca tinha acontecido antes.

Logo após, na internet, surgem críticas a ela e ao seu trabalho. Para completar, Barbie recebe

uma ligação de Ken, seu namorado, rompendo o namoro. De forma a superar o momento

ruim, ela parte para Paris para encontrar sua tia, que é dona de uma confecção. Chegando à

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cidade, Barbie descobre que a confecção está falida e vai fechar as portas. Diante dos

problemas de sua tia, Barbie se esquece de seus próprios problemas e começa a trabalhar para

resolver o caso. Enquanto isso, Ken fica sabendo da viagem de Barbie e do suposto término

do namoro, armação de Raquelle para separá-lo de Barbie. Empenhado em provar sua

inocência e recuperar sua amada, parte em uma turbulenta viagem a fim de encontrar Barbie e

fazer um grande gesto romântico. Depois de passar por todas as provações, Ken chega a Paris

e encontra Barbie: os dois se reconciliam e Barbie e suas amigas conseguem salvar a

confecção promovendo um glamoroso desfile. Por fim, vão todas/os a uma festa em um

castelo. Barbie e Ken se beijam felizes entre fogos de artifícios.

Figura 38: Barbie sofrendo com a separação

Figura 39: Barbie e Ken em um beijo de reconciliação

Na Figura 38, Barbie olha para a foto de Ken e sofre com a separação: ela partiu em

uma viagem para tentar esquecê-lo depois de acreditar que ele tinha rompido o

relacionamento. Na Figura 39, finalmente, depois de enfrentar todas as adversidades, Ken

chega a Paris para provar a Barbie que a ama e que jamais terminaria com ela, o beijo selando

a reconciliação do casal.

O amor se constituiu como essencial em nossa vida na contemporaneidade. Jurandir

Freire Costa nos diz que culturalmente paira uma crença social de que “sem amor estamos

amputados de nossa melhor parte” (1998, p.11). Vemos uma constante valorização do amor

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romântico em nossa cultura. Essa valorização aparece nos mais variados artefatos culturais,

tais como livros e filmes. Jane Felipe e Suyan Ferreira acrescentam em suas análises que

“crescemos acreditando nesse sentimento tão mágico, capaz de transformar o outro, objeto do

nosso amor, pra quem dedicamos nossas maiores energias e atenções” (2011, p. 39). Os

filmes da Barbie reforçam esse caráter transformador do amor: apresentando-os como

redentor, fonte de salvação. No título deste agrupamento aparece a frase “Esse tipo de amor

desprendido tem um poder incrível!”: esta frase é dita no filme Lago dos cisnes, indicando

que o amor, quando “verdadeiro”, é capaz de enfrentar e superar qualquer obstáculo. Em

todos os filmes analisados quando surge a ideia do amor romântico, ela vem acompanhada de

completude, de um amor idealizado e sublime. Traz consigo a ideia de que as mulheres

necessitam desse complemento para suas vidas, precisam desse amor para se sentirem

completas, inteiras, amadas, respeitadas, valorizadas. Esse amor, contudo não é qualquer

amor, ele é um amor heterossexual, monogâmico e expressas marcas de classe e raça/etnia.

Em Barbie e O Segredo das Fadas (2010, 71 min.) temos mais uma vez um episódio

da vida de Barbie. Desta vez Ken é sequestrado por Graciella, princesa do mundo das fadas,

que após tomar uma poção do amor se apaixona por ele. Com ajuda de duas fadas estilistas,

Barbie e Raquelle partem para resgatá-lo. Raquelle é rival de Barbie: vive tentando chamar a

atenção de Ken para separá-los, mas durante a missão de resgate começam a conversar sobre

o passado e sobre o difícil relacionamento entre elas. Com tudo esclarecido, e trabalhando

juntas, conseguem impedir o casamento de Ken com a princesa das fadas. Regressam a

Malibu sem lembrarem-se de nada do que aconteceu, apenas com uma vaga sensação em

forma de sonho. Raquelle muda de atitude com Barbie e tudo indica o começo de uma grande

amizade entre as duas. Apresentamos duas figuras do filme que revelam como se dá a relação

entre Barbie e Ken:

Figura 40: Barbie tentando proteger Ken

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Figura 41: Barbie e Ken em um evento

Na Figura 41 os dois aparecem juntos em um evento de lançamento do último filme

de Barbie: Ken está sempre ao seu lado, embora não apareça como ator do filme. Ele aparece

apenas como o namorado de Barbie. Na figura 40 Ken está passando por sérios apuros depois

de ter sido sequestrado pela princesa Graciela, o rapaz se vê obrigado a casar-se, mas antes

disso precisa duelar com Zane – jovem que disputa com ele o amor da princesa. Quando

Barbie vê seu amado em situação de perigo se põe imediatamente a sua frente para tentar

impedir que o machuquem. Ela assume o papel de protetora do rapaz.

Barbie A Rapunzel (2002, 83 min.) foi inspirado no clássico conto de fadas de

mesmo nome. Conta a história de uma jovem que vivia isolada, em um solar escondido por

magia no meio da floresta. Rapunzel descobre uma saída do solar e chega ao povoado

vizinho. Lá conhece um belo rapaz por quem fica encantada. Ela regressa ao solar, mas

Gothel, a vilã que a mantém em cativeiro, descobre que ela saiu e a penaliza destruindo seus

pincéis e tintas, que usava para pintar telas. Porém, Rapunzel descobre um pincel mágico e

com ele pinta na parede a imagem do povoado, conseguindo passar pelo desenho para deixar

a torre de seu cárcere. Ao sair, encontra novamente o rapaz e com ele vai em busca de

informações sobre o pincel que guarda o segredo de seu passado. O rapaz entrega a ela um

convite para um baile real, mas na noite do baile Gothel a prende na torre novamente, destrói

a pintura que serve de passagem e quebra o pincel. Em seguida, corta seu longo cabelo e vai

para o baile a fim de encontrar o misterioso rapaz. Preocupada com o que poderá acontecer a

seu amor, Rapunzel consegue sair da torre e vai a seu encontro. Por fim, faz com que Gothel

fique presa no solar, descobre a verdade sobre seu passado, ela é uma princesa, e se casa com

o príncipe.

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Figura 42: Rapunzel aceita o convite para o baile

Figura 43: Casamento de Rapunzel com o príncipe

Na Figura 42, Rapunzel aparece em um dos momentos de encontro com o príncipe:

ele a convida para o baile real, mas é interrompido e Rapunzel volta para o solar onde é

prisioneira. A Figura 43 mostra o casamento de Rapunzel com seu príncipe, final feliz depois

de derrotarem Gothel.

O filme Barbie em Lago dos Cisnes (2003, 83 min.) é inspirado no balé de

Tchaikovsky com o mesmo nome. Conta a história de Odete, uma jovem que certo dia chega

a uma floresta mágica onde encontra animais enfeitiçados. Odete retira um lendário cristal e é

vista como a salvadora de todas/os, porém diz não ter coragem suficiente e decide ir embora.

Antes que ela deixe a floresta, um mago malvado aparece e a transforma em cisne, voltando à

forma humana apenas à noite. Para se livrar do feitiço, e ajudar as outras criaturas, ela parte

em busca da solução. Enquanto isso, o mago leva um príncipe caçador à floresta para que ele

mate Odete enquanto está na forma de cisne, mas o príncipe fica encantado com a beleza da

ave e não a mata. Na forma humana, Odete dança com o príncipe e eles se apaixonam. O

mago prepara um plano para enganar o príncipe, sendo bem sucedido, mas logo após se

revela. A trama segue em cenas de ação e perseguição: no momento em que o mago tenta

matar o príncipe, Odete se põe à frente e é atingida, os dois caem com as mãos entrelaçadas e

o “amor verdadeiro” dos dois acaba com as maldades e feitiços do mago. Desta forma, eles

libertam todas as criaturas da floresta mágica e o filme termina em uma festa em que se

combinam os preparativos para o casamento do casal apaixonado.

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Figura 44: Odete e o príncipe após serem atingidos por um feitiço

Figura 45: Odete aceita o pedido de casamento do príncipe

Na figura 44 vemos o momento em que o “amor verdadeiro” salva todas as pessoas

do reino. Quando tudo parecia acabado, o amor incondicional entre Odete e o príncipe trás a

libertação. A figura 45 representa o momento em que finalmente o príncipe pede Odete em

casamento e ela aceita.

Além destes três filmes, apenas outros dois terminam em casamento, são eles: Barbie

em A Princesa e a Plebeia e Barbie em as 12 Princesas Bailarinas, ambos do agrupamento

“Ensinamentos de feminilidade”. Ao contrário do que nos parecia em uma primeira

observação, Barbie não trabalha com um apelo forte ao matrimônio como destino único da

vida de uma mulher. No total de vinte e três filmes analisados, apenas cinco apresentam como

final o casamento. Apesar disso, a possibilidade de um relacionamento heterossexual aparece

em treze dos filmes analisados. Ainda que o casamento não seja o final necessário, o amor

romântico parece fazer parte da vida da mulher, presente nos roteiros dos filmes. Os filmes,

vale ressaltar, não acenam para outra possibilidade que não seja o relacionamento entre uma

mulher e um homem, reafirmando o que chamamos de heteronormatividade. Entendemos por

heteronormatividade o conjunto de práticas que instituem o relacionamento heterossexual

como norma, como única possibilidade desejável para vivência da sexualidade. Ferrari nos diz

que

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Esse conceito pode ser traduzido pela obsessão com a sexualidade

normalizante, ou seja, evidenciada por uma proliferação de conselhos sobre

como “curar” ou evitar a homossexualidade, considerando a

heterossexualidade como sendo a sexualidade estável e natural. Esses

conselhos são direcionados à família e escola, entendidos como espaços que

devem trabalhar para evitar a “desordem de gênero na infância”. (FERRARI,

2005, p. 64)

Nos filmes encontramos essa naturalização da heterossexualidade: é tão “natural”

que uma mulher se apaixone por um homem que a possibilidade de querer um relacionamento

fora desse binômio não é sequer cogitada. Além disso, a heteronormatividade é

complementada pelo ideal do “amor romântico”, como já explicitado.

Xavier Filha nos diz que “a construção e a legitimação do amor romântico ocorrem

nos contos de fadas e nas vivências de completude, especialmente da princesa. Essa forma de

se relacionar, contudo, é construída social e culturalmente” (2011, p. 598). Isso significa que o

amor não é algo da natureza: assim como o gênero, as identidades e a heterossexualidade, a

ideia do amor romântico também é uma construção e, como tal, está sujeita a mudanças e

transformações.

Nossa cultura valoriza o amor como experiência sublime (FELIPE, 2007) que atribui

sentido à vida dos/as apaixonados/as. É indispensável, nessa ótica, para a concretização da

felicidade plena que o sujeito tenha a experiência de um amor verdadeiro. Mas esse amor só é

possível, legítimo e aceitável se acontecer entre um homem e uma mulher. Contudo, o amor

nos filmes da Barbie são mais assexuados do que propriamente sexuados. A maior expressão

de afeto se resume a beijos discretos e troca de olhares entre os/as apaixonados: o ato sexual

não é sequer sugerido ou insinuado. Após o casamento, os/as noivos/as não partem

sozinhos/as para a lua de mel: estão sempre em companhia de amigas/os ou dos animais de

estimação. O amor é nesse sentido apresentado como algo de alma, transcendente e não carnal

ou passional.

2.1.5 Você pode ser tudo que quiser! − Feminilidade diferente do modelo reafirmado nos

filmes

O agrupamento “Feminilidade diferente do modelo reafirmado nos filmes” foi o

“algo a mais” que tentamos buscar para além do aparente na análise e discussão dos filmes.

Desde o início buscamos nos filmes identificar possibilidades de rupturas com o modelo

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único de feminilidade que Barbie parecia representar ou que alguma personagem feminina,

presente nos filmes, pudesse fazê-lo. O protagonismo feminino nos parece fundamental no

rompimento de um modelo de feminilidade submissa e dependente da figura masculina. Os

filmes em sua maioria apresentam jovens mulheres que dispensam a necessidade de um

homem para resolver os problemas. Porém, prevalece no final dos filmes uma feminilidade

dócil, gentil, altruísta e abnegada, reafirmando como próprio do feminino a renuncia e o

sacrifício. Diante deste impasse, selecionamos quatro filmes que diferem dos demais pelo

próprio roteiro, que apresentam elementos que não estão presentes nos outros filmes. A seguir

trazemos um resumo de cada filme para depois aprofundarmos as discussões em relação às

rupturas apresentadas.

Barbie e as Três Mosqueteiras (2009, 81 min.) conta a história de Corinne, filha de

Dartagnan, famoso mosqueteiro da história de Alexandre Dumas. Corinne parte da fazenda

onde mora para se tornar mosqueteira em Paris. Ela encontra pelo caminho toda sorte de

preconceito: é inaceitável naquela sociedade que uma mulher possa ocupar um posto

marcadamente masculino. Porém, Corinne encontra outras três jovens que partilham do

mesmo sonho: juntas elas recebem treinamento de uma senhora e se preparam para

desempenhar atividades que envolvem lutas e uso de armas. As jovens ficam sabendo de um

atentado à vida do príncipe, que será coroado rei, e procuram alertar os mosqueteiros, mas não

são ouvidas. Para salvar a vida do príncipe, elas preparam suas armas e roupas e entram

disfarçadas no baile. O atentado tem início e as jovens entram em ação: cada qual com sua

habilidade, lutam bravamente e conseguem derrotar o vilão, salvando o nobre e então são

nomeadas mosqueteiras reais. Ao final, o príncipe convida Corinne para um passeio de balão,

mas ela adia o convite saindo em missão novamente.

Este filme é o mais emblemático no tocante ao rompimento com modelos de

feminilidade idealizados. O roteiro explora isso claramente. Por esta razão vamos analisá-lo

mais detalhadamente. Durante o filme algumas cenas são marcantes como demonstramos na

cena que segue: Corinne avista um grupo de mosqueteiros fazendo uma exibição de luta com

suas espadas, o mosqueteiro vencedor desafia: “Tem alguém aqui com coragem suficiente

para me desafiar?” Corinne responde: “Eu senhor, também vou ser uma mosqueteira!” O

mosqueteiro e as pessoas que estão à volta riem e ele diz: “Então a garotinha quer ser

mosqueteira?”. Corinne fica desapontada, mas decide mostrar suas habilidades, ela faz alguns

saltos até chegar ao barril onde tem uma espada, pega a espada e desafia o mosqueteiro, as

pessoas que estão à volta a aplaudem, porém Brutus − cachorro do regente Philippe − abre

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uma carroça deixando rolar alguns barris, eles batem no barril sobre o qual Corinne está e ela

cai; as pessoas riem e o mosqueteiro que havia desafiado diz: “Por que não volta pra casa e

deixa o negócio de mosqueteiro para os garotões?” Corinne se levanta dizendo: “Eu trouxe

uma carta para Monsieur Treville, ele vai me tornar uma mosqueteira, onde fica o escritório

dele?” O mosqueteiro indica com a espada e responde: “Fica pra lá. Talvez ele precise de sua

ajuda para limpá-lo!” Todos riem novamente e Corinne sai para ir ao escritório. (Grifos

nossos.)

Figura 46: Corinne desafiando um mosqueteiro

Esta cena apresenta elementos relevantes no tocante à demarcação dos espaços

masculinos e femininos ainda presentes na sociedade e representados na ficção. O

mosqueteiro sugere que Corinne volte para casa e depois fala que ela poderá limpar o

escritório do chefe, delimitando o espaço e os afazeres domésticos como local do feminino.

Além disso, aparece o adjetivo “garotinha” para Corinne como sinônimo de fragilidade e

“garotões” para os mosqueteiros como sinônimo de força. Em outra cena Corinne persegue

Brutus, que tomou sua carta. Ele pula o portão que dá acesso ao escritório de Monsieur

Treville e Corinne, que chega logo atrás, é barrada por um mosqueteiro que faz a guarda.

Neste momento, Monsieur Treville sai conversando com o regente Philippe. Ele se dirige à

Corinne e pergunta: “Senhorita está perdida? Certamente não tem nada a tratar com esses

mosqueteiros brigões”. Corinne responde: “Não estou perdida senhor, eu vim aqui para falar

com Monsieur Treville sobre eu me tornar uma mosqueteira”. O regente ri e diz: “Essa é

muito boa minha cara. Como se uma garota tivesse as habilidades necessárias para ser uma

mosqueteira!” Corinne fica chateada e diz que o cachorro do regente está com sua carta, ele

ordena que o cachorro a devolva e sai rindo de Corinne. Ela chama por monsieur Treville e

entra com ele para ser atendida. (Grifos nossos.)

Mais uma vez aparecem questões de gênero no filme. No caso específico, essa

questão está ligada ao campo do biológico. O regente diz “Como se uma garota tivesse as

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habilidades necessárias para ser uma mosqueteira”, indicando que isso é “natural” a cada

gênero, dizendo que, pelo fato de ser mulher, Corinne não poderia desenvolver habilidades de

luta. E, mais uma vez, aparece a palavra brigões no aumentativo, indicando uma diferenciação

de gênero, além de colocar o masculino como agressivo.

No decorrer do filme, Corinne e as amigas conseguem derrubar os preconceitos e

realizar o sonho de serem mosqueteiras, mas para isso precisam adaptar suas armas e formas

de lutar. As armas são camufladas em leques, colares, fitas, tudo ajustado aos longos vestidos

de festa. Ocorre uma espécie de “feminilização” da atividade para que as garotas possam se

tornar mosqueteiras. Contudo, é interessante notar que Corinne é a única a utilizar uma espada

nas lutas: ela entra em duelo direto com o regente e consegue vencê-lo. Este é o único filme

dos vinte e três analisados em que aparece uma mulher envolvida em lutas com armas, nos

demais filmes o confronto só aparece por meio da magia e uso de poderes. Na Figura 47,

vemos Corinne e as amigas se apresentando para a luta. É relevante notar o detalhe das

vestimentas e das armas que usam.

Figura 47: Revelação das mosqueteiras no baile

Os vestidos são longos, mas parte da saia é retirada como se fosse uma capa,

deixando a peça mais curta para dar mobilidade. Ainda assim, os vestidos são decorados com

pedrarias e babados, como vemos na imagem. As armas, com exceção da espada, passam

despercebidas: olhando apenas a imagem não podemos dizer que são armas para uma luta.

Este filme poderia ser enquadrado no agrupamento “Ensinamentos de feminilidade”,

pois o tempo todo o roteiro está tentando delimitar e ensinar às personagens quais seriam os

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espaços de vivência femininos. No entanto, se destaca pela resistência: a protagonista e suas

amigas resistem e escapam destas delimitações de um único modelo de feminilidade.

Falamos em resistência pensando nas relações de poder que se estabelecem no filme

mas, ao passo que a resistência parece se sobrepor aos jogos do poder, vemos que as

personagens conservam características que não permitem que sejam vistas fora dos domínios

do feminino. Como já dissemos, existe toda uma feminilização da atividade de mosqueteira,

das roupas e dos acessórios para que possam ser admitidas no desempenho da atividade.

Identificamos neste filme também um processo de construção das identidades das

protagonistas, em especial da identidade feminina de Corinne. No início do filme, a garota

aparece usando camisa, botas e calça comprida (ela é a única personagem feminina do filme a

usar calça), mas quando começa a trabalhar no castelo, suas roupas são substituídas por um

modelo considerado culturalmente “mais feminino”, composto por saia, blusa de mangas

curtas, meia-calça e sapatos. Em outra cena, Corinne aprende a dançar, reforçando mais uma

vez um atributo de feminilidade no filme. Entendemos que esses elementos promovem uma

aproximação da personagem com a feminilidade que se considera normal no contexto do

filme, delimitando espaços possíveis para a vivência da feminilidade.

Embora Corinne e suas amigas resistam bravamente à delimitação de espaços e

atividades designados como femininos, elas aceitam algumas imposição de gênero que se dão

por meio das roupas e acessórios que utilizam, que são potentes marcadores das identidades

de gênero. As relações de poder e resistência imperam em todo o roteiro desse filme. As

garotas são dóceis e educadas, porém são corajosas, valetes e guerreiras; são românticas e

sonhadoras, mas também são independentes e ousadas; elas transgredem as fronteiras do que

é socialmente aceito como ideal de feminino; usam salto alto, mas não hesitam em usar armas

e lutar contra os homens. Enfim, temos uma constante resistência e submissão, podendo

pensar que elas se submetem em certos aspectos da constituição da identidade de gêneros para

transgredir em outros, sem que isso implique em deixar de se reconhecerem, e serem

reconhecidas, como mulheres ou de um determinado “tipo” de ser mulher.

Outro elemento relevante que aparece neste filme diz respeito ao amor romântico. O

amor está diretamente ligado ao ideal de feminilidade, como já dissemos: ele é visto em nossa

cultura como fundamental para a completude feminina. Mas neste filme, embora seja

insinuado um clima de romance entre Corinne e o príncipe, o amor não é o objetivo final na

vida da protagonista. Corinne recusa um convite do príncipe para sair em missão, explicitando

que para ela a prioridade é seu trabalho.

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Figura 48: Corinne salvando o príncipe

Figura 49: As garotas partindo em missão

Na Figura 48 vemos o momento em que Corinne resgata o príncipe de mais um

atentado. Depois desta cena, os dois conversam e parece surgir um clima de romance entre

eles. Contudo, na Figura 49 vemos Corinne e as amigas partindo para mais uma missão

depois de adiar um convite do rei, príncipe já coroado, para passear de balão.

Os próximos três filmes analisados não tratam diretamente do rompimento de

fronteiras entre espaços masculinos e femininos, mas apresentam elementos que destoam dos

outros vinte filmes que compõe a pesquisa. A seguir estão os resumos de cada um com alguns

apontamentos destas diferenças.

O filme Diário da Barbie (2006, 70 min.) é o que mais difere dos outros, seja pelo

roteiro ou pelos elementos gráficos e características dos desenhos. É também o único filme

produzido em parceria com a Curious Pictures, talvez por isso traga marcas da diferença.

Vemos no filme Diário da Barbie uma Barbie mais “real”: ela comete erros e não apresenta a

“marca altruísta” de que nos fala Steinberg (2001). Barbie aparece adolescente, aos dezesseis

anos, iniciando o segundo ano do Ensino Médio. Ela está decidida a ter novas atitudes, ser

uma pessoa diferente naquele ano, mas para conseguir isso acaba negligenciando suas

amizades, tendo atitudes egoístas e magoando outras pessoas. Barbie quer ser âncora do canal

de notícias da escola e, além disso, inscreve sua banda para tocar no baile da escola. Quando

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está prestes a conseguir o posto de apresentadora no canal de notícias, ela percebe suas

próprias atitudes e abre mão de exibir sua matéria, aproveitando o espaço para se desculpar

com as amigas. Elas aceitam o pedido e decidem tocar juntas no baile. Ao final da festa,

Barbie dança com Kevin, garoto que esteve apaixonado por ela durante todo o filme. O filme

chega ao fim com Barbie relatando em seu diário o desfecho dos acontecimentos e concluindo

que as coisas só mudaram em sua vida por que ela também mudou.

Figura 50: Barbie escolhendo um vestido para comprar

Percebemos no filme Diário da Barbie um trabalho da personagem sobre si mesma:

ela está construindo o seu modo de ser menina/mulher, está construindo a imagem de

feminilidade que deseja ter. Essa construção aparece na cena em que as garotas vão ao

shopping para comprar o vestido do baile conforme vemos na Figura 50. Neste momento,

Barbie diz: “Quero um vestido que diga: eu sou uma garota legal, pra cima, divertida, com

um lado misterioso” (Grifos nossos). Barbie está construindo sua identidade de gênero, ela

analisa o tipo de garota que é naquele momento e idealiza o tipo de garota que quer se tornar,

constituindo o seu modelo de feminilidade. Podemos pensar esse processo de construção da

identidade feminina da personagem partindo do conceito, desenvolvido por Michel Foucault,

de modos de subjetivação. Para Foucault (2014), a subjetivação acontece por meio das

“técnicas de si”, que são procedimentos e técnicas por meio dos quais os sujeitos se

constituem enquanto sujeitos. Para o autor, a subjetivação demanda um trabalho do sujeito

sobre si mesmo, sobre suas atitudes, seu corpo e seus pensamentos, atuando na sua própria

transformação. É isso o que Barbie faz quando repensa suas atitudes e condutas, decidindo

mudar sua forma de agir. Essa reflexão aparece nas figuras 51 e 52:

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Figura 51: Barbie se desculpando por seus erros

Figura 52: Barbie e Kevin dançando no baile da escola

Na Figura 51 vemos Barbie no momento em que abre mão de exibir sua matéria para

se desculpar com as amigas: ela faz um discurso sobre amizade e respeito e informa que a

reportagem não será exibida. Na Figura 52, Barbie dança com seu admirador secreto, Kevin,

seu amigo desde o início. Ela percebe que ele esteve o tempo todo a seu lado e valoriza o

gesto do garoto.

O filme Barbie em A Canção de Natal (2008, 76 min.) também difere dos demais,

especialmente por ter Barbie interpretando uma personagem que inicialmente parece má. O

filme conta a história de Eden, uma jovem e famosa cantora lírica do período vitoriano. Eden

é egoísta e mesquinha: ela impede sua equipe de trabalho de passar o ferido de Natal com suas

famílias sob a ameaça de demissão. À noite, depois de brigar com os/as funcionários/as, Eden

recebe a visita de três espíritos: do Natal passado, do Natal presente e do Natal futuro. Ao

passar pela experiência de visitar o passado, conhecer outros ângulos do presente e ver a

trágica possibilidade reservada para seu futuro, Eden repensa suas atitudes e prioridades na

vida. Ela adota uma nova postura, agora mais generosa: libera sua equipe para o feriado, ajuda

crianças de um orfanato e retoma o convívio de uma grande amizade. Durante o filme a

personagem repete uma frase dita por sua tia: “Num mundo egoísta só os egoístas se dão

bem”. Ao final, Eden reconhece que estava errada: a personagem aprende que ser generosa e

amiga são características que valem a pena, “mais que tudo na vida”, como diz a mensagem

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final do longa-metragem. Nas figuras 53 e 54 vemos dois momentos distintos das atitudes de

Eden.

Figura 53: Eden ameaçando demitir as/os funcionárias/os

Figura 54: Eden no orfanato depois de mudar sua conduta

Vemos na Figura 53 o momento em que Eden ameaça demitir sua equipe caso não

trabalhem no feriado do Natal: mesmo diante da insatisfação dos/as trabalhadores/as ela se

mantém irredutível. Na Figura 54, Eden depois da transformação. Ela muda sua conduta, se

tornando mais generosa e acaba por adotar um orfanato, comprometendo-se a ajudar na

manutenção do mesmo.

Neste filme temos também um processo de reflexão e transformação da protagonista.

Eden passa por um processo de subjetivação, tal como ocorreu com Barbie no filme Diário da

Barbie: ela muda suas atitudes depois de refletir sobre sua vida e sobre os fatos que a

transformaram naquela pessoa considerada egoísta e mesquinha, apresentada no início do

filme. Este filme é especialmente destoante dos outros por apresentar Barbie interpretando o

papel de vilã. Essa situação, porém, é revertida: Eden passa a ser vítima da educação que

recebeu de sua tia.

Em Barbie Um Natal Perfeito (2011, 73 min.) temos mais um episódio da vida de

Barbie relatado. Está chegando o Natal e Barbie partirá com suas irmãs para Nova York, onde

passarão a data festiva com uma tia. Cada uma das garotas tem sua própria programação para

fazer dessa ocasião uma data perfeita. Porém, uma grande nevasca impede a conclusão da

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viagem e elas se veem presas em uma pousada isolada, longe dos grandes centros. As irmãs

de Barbie ficam decepcionadas e começam a surgir conflitos entre elas. Mas, ao terem a

oportunidade de passar mais tempo juntas, elas começam a se respeitar e a desenvolver

projetos em comum. O filme chega ao fim com um grande show em que Skipper, irmã de

Barbie, canta com uma banda local a música que compôs para ser apresentada por outra banda

em Nova York. Stacie e Chelsea, irmãs mais novas, param de brigar e apresentam juntas um

número com cães de abrigo. Todas as pessoas presentes confraternizam-se e cantam uma

canção de Natal em torno de um pinheiro decorado. A seguir, apresentamos duas figuras com

cenas do filme.

Figura 55: Irmãs da Barbie brigando entre si

Figura 56: As irmãs reconciliadas ao final do filme

Na Figura 55 vemos uma discussão entre as garotas: elas não se entendem em

relação ao que fazer para o show de natal e acabam brigando. Mas ao final, como vemos na

Figura 56, elas se reconciliam e cada uma faz sua parte para que o evento aconteça,

recuperando a amizade que existia entre elas.

Neste filme Barbie não aparece como a salvadora da história: ela dá ideia para

Skipper de fazer o show, mas Skipper faz questão de organizar sozinha, dispensando a ajuda

de Barbie que fica apenas como mediadora. É neste sentido que este filme difere dos outros,

já que Barbie, na maioria dos filmes, é sempre a protagonista, a salvadora da história:

inteligente, ativa e criativa. Neste filme são suas irmãs que brilham e protagonizam as

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histórias, cada uma com seus defeitos – superando os desafios e aprendendo com os próprios

erros. Este filme destoa dos demais por não ter a Barbie altruísta e salvadora da história que já

mencionamos anteriormente.

O filme Barbie e a Magia de Aladus (2005, 84 min.) conta a história de Annika, uma

jovem princesa que vive cercada de cuidados por sua mãe e seu pai. Annika desobedece a seu

pai e sua mãe ao sair escondida para patinar no gelo. Nesse momento, aparece um feiticeiro

que exige casar-se com ela, mas diante da recusa da jovem ele congela seu pai, sua mãe e

todas as demais pessoas do reino. Antes que ele possa fazer algum mal a princesa, aparece

uma égua alada que a leva para o reino das nuvens. A égua é Brietta, irmã de Annika que foi

transformada em animal pelo mesmo feiticeiro quando o rei e a rainha recusaram entregar a

filha para casar-se com ele. As duas partem em missão para encontrar um objeto mágico que

poderá derrotar o feiticeiro e libertar todas as pessoas. Annika e Brietta contam com a ajuda

de um rapaz para vencer os desafios. Com muita persistência e dedicação o vilão é derrotado,

deixando Annika e a família livres.

Figura 57: Annika discutindo com seu pai e sua mãe

Figura 58: Annika enfrentando o gigante

Na Figura 57 vemos Annika no momento de discussão com sua mãe e seu pai. O pai

a proíbe de sair para patinar e a mãe concorda, mas ela descumpre a ordem saindo às

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escondidas, o que a deixa em perigo. Na Figura 58 vemos que Annika cai em um caldeirão

tentando salvar seu urso de estimação: ela será o alimento do gigante, mas com astúcia e

inteligência faz com que o gigante se prenda em correntes. Enquanto ele luta para escapar,

Annika sai do local levando o urso consigo.

Este filme apresenta uma feminilidade diferente das demais pelo fato de Annika ser

uma princesa rebelde: ela desobedece às ordens dos familiares e sai escondida do castelo,

responde com má educação e reclama das regras discutindo com eles/elas. Annika tem uma

personalidade considerada rebelde, costuma responder de forma agressiva quando contrariada

e não agradece quando recebe ajuda. Mesmo assim, é inteligente, corajosa, astuta e

determinada. Nos outros filmes as princesas são mais obedientes e reservadas. Mesmo Tori,

do filme A Princesa e a Pop Star, apresentada como bagunceira e descompromissada, não

entra em confronto direto com sua tia: ela resiste trocando de lugar com Keira, mas sem

discutir ou questionar as regras de conduta impostas. Apesar destas características, Annika vai

se transformando com as experiências vividas ao longo do filme e, aos poucos, vai ficando

mais dócil, aprendendo a conviver e a respeitar as pessoas. Ao final do filme, desculpa-se com

seu pai e sua mãe por sua rebeldia, reconhecendo que não estava agindo de forma adequada,

entrando assim em acordo com as normas de condutas consideradas dignas de uma princesa.

Esperávamos encontrar neste agrupamento feminilidades mais subversivas. Embora

isto não tenha acontecido, temos elementos importantes de resistência a um único modelo de

feminilidade: Corinne coloca o trabalho como prioridade, deixando o amor em segundo plano;

Annika é rebelde, não aceita passivamente as ordens recebidas. Elas são as mais emblemáticas

ao se pensar em resistência aos modelos de feminilidade.

Eden talvez seja a personagem cujas características tenhamos mais dificuldades para

incluir em algum agrupamento. Ela está no grupo de feminilidades diferentes por ser egoísta e

mesquinha, mas a história mostra que Eden foi apenas uma vítima da educação que recebeu

de sua tia. Ao ter a chance de conhecer e avaliar seu futuro, ela se transforma em uma pessoa

generosa, bondosa e altruísta, conformando-se ao modelo de feminilidade valorizada nos

filmes. A Barbie do filme Diário da Barbie é uma garota comum que comete erros e aprende

com eles, mas ao abrir mão de exibir a reportagem sobre o universo dos/as “populares” da

escola para se redimir com as amigas está, de certa forma, adequando-se ao modelo de

feminilidade altruísta.

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Nos outros filmes, essa fuga do modelo altruísta de feminilidade ocorre com as

antagonistas34

ou vilãs. O antagonismo foi outro elemento que nos chamou a atenção. Dos

vinte e três filmes analisados, dezessete têm antagonistas de forma bem demarcada. Deste

total, onze são mulheres. Falando em porcentagem, temos quase 65% de mulheres como vilãs,

algozes de outras mulheres; apenas 35% de homens ocupam o mesmo papel. Isto indica que,

apesar de colocar o feminino como protagonista e modelo a ser seguido, os filmes também

indicam o feminino antagônico que deve ser rejeitado pelas crianças: as pessoas más são

sempre punidas por seus erros. Essas punições não se dão por meio de violência, são mais

punições morais que indicam as atitudes que devem ser evitadas. Na Tabela 3 do Apêndice A,

disponibilizamos um quadro com o resumo dos protagonismos e antagonismos de todos os

filmes. O quadro ilustra as análises que fizemos sobre o antagonismo feminino. De maneira

geral, as vilãs agem por vingança ou inveja de outras mulheres, enquanto que os vilões agem

por cobiça ou pelo desejo de ter dinheiro e poder. Embora sejam coadjuvantes, as vilãs

também estão trazendo possibilidades para a vivência das feminilidades, ou reforçando o

modelo que não deve ser seguido.

Vale destacar aqui as antagonistas Laverna, da sequência de quatro filmes Barbie

Fairytopia e Eris dos dois filmes Barbie em Vida de Sereia: nestes seis filmes as vilãs tentam

matar e aprisionar a própria irmã para se tornarem rainhas em seu lugar. No entanto, a

mensagem final de todos os filmes é que o “bem sempre vence o mal”. Assim, vale a pena ser

uma garota generosa, educada, corajosa, honesta, verdadeira, entre tantos outros atributos que

os filmes trazem como desejáveis ao feminino.

2.1.6 Enfim, que feminilidade é essa?

Percebemos certa ambiguidade nos filmes analisados. Ao mesmo tempo em que

parecem ser uma constante reafirmação de um modelo de feminilidade dócil, submissa, servil

e obediente, também trazem modelos variados de vivência das feminilidades e apresentam

resistências, insubmissões e rupturas. Os recontos de clássicos tiram a personagem feminina

do papel passivo, do lugar daquela que espera a salvação que vem do masculino e as coloca

no papel de protagonistas de suas histórias: ativas e prontas a resolver seus problemas,

34

As antagonistas são entendidas aqui como as opositoras das protagonistas. São as vilãs que tramam maldades e

são derrotadas pelas heroínas.

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salvando o príncipe, o reino e as/os amigas/os. Steinberg já acenava para essa ambiguidade.

Em seu trabalho a autora diz que

do mesmo modo que qualquer outro aspecto da cultura infantil, o efeito do

currículo da Barbie é idiossincrático: para alguns ela facilita a conformidade;

para outros, inspira a resistência. Leituras múltiplas à parte, a Barbie opera

dentro dos limites de lógicas culturais particulares. Ela louva a brancura −

brancura loura em particular − como um padrão para a beleza feminina; [...]

O currículo pode não ter efeito − nenhum efeito é garantido −, mas nós

temos que tomar cuidado com o terreno no qual Barbie opera.

(STEINBERG, 2001, p. 337-338)

Concordamos com a autora em suas afirmações. O “padrão de beleza Barbie” é

mantido em todas as obras. Barbie aparece sempre magra, pele branca, cabelos longos e

loiros, olhos azuis, jovem, saudável, sem nenhum tipo de doença ou deficiência física e,

evidentemente, heterossexual. Não importa se ela é bailarina, fada, sereia ou princesa, essas

características são frequentemente evocadas. Como nos diz Sabat, “o resultado dessa

frequência é o estabelecimento de signos que passam a ter estatuto de verdade e, assim,

classificar como normal o que está sob seu domínio” (2003, p. 90). É desta forma que os

filmes operam no estabelecimento de uma norma de beleza para o feminino.

Organizamos um quadro com as características das personagens femininas de cada

filme para tentarmos fazer uma estimativa das repetições e rupturas que os filmes apresentam.

Essa tabela (Tabela 4, Apêndice A) revela dois elementos significativos. O primeiro diz

respeito à beleza física: a descrição das personagens humanas é sempre bem parecida e as

protagonistas, quase sempre interpretadas por Barbie, são loiras, têm olhos azuis, cabelos

longos lisos ou levemente ondulados, pele branca, corpo magro e jovem; o segundo diz

respeito aos adjetivos das protagonistas: são quase sempre gentis, educadas, leais e altruístas,

mas também inteligentes, corajosas e audaciosas. Quando não o são desde o início do filme,

adquirem essas características ao final depois de passarem por processos de subjetivação e de

constituição de suas identidades femininas. Os adjetivos, gentil e educada, aparecem cerca de

trinta vezes, ou seja, é característica não apenas das protagonistas, uma vez que são vinte e

duas as protagonistas Barbie. Outros adjetivos também são reforçados, como: generosa,

preocupada com o bem de outras pessoas, dócil, entre tantos outros tomados em nossa cultura

como inerentes ao ser feminino.

Outro aspecto relevante que aparece nos filmes da Barbie diz respeito à constituição

da garota enquanto boa aluna. No filme Moda e Magia, a sinopse oficial na capa do DVD

ressalta: “Barbie parece ter tudo: grandes amigos, boas notas, um namorado fantástico, uma

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carreira de sucesso como atriz, beleza, inteligência, riqueza...” (Grifos nossos.). Essa questão

de boas notas, apesar de aparecer na sinopse, não faz parte do filme, ou seja, no enredo da

história a personagem não aparece no espaço escolar. Em nenhum momento Barbie é

apresentada como estudante neste filme – aparentemente ela já passou da idade escolar. Por

que razão então a sinopse fala em notas? Voltando aos “modos de endereçamento” de que nos

fala Ellsworth (2001), podemos pensar que isso aparece no texto para criar empatia com a

espectadora. Podemos também pensar que as “notas” aparecem com o objetivo de subjetivar

as espectadoras como boas alunas, como uma atitude para além da moda e do estilo. Ser boa

aluna aparece como característica de Barbie no filme Diário da Barbie – único filme em que

ela aparece em idade escolar. Neste filme, Barbie é apresentada como a melhor aluna de sua

turma. No filme Escola de princesas, Blair já tem dezessete anos e trabalha como garçonete,

aparentemente já passou pelo ensino regular. A escola de princesas aparece como uma

instituição voltada para o aprendizado da vida real, não como ensino regular como no caso do

filme Diário da Barbie.

Steinberg (2001, p. 335) nos fala dos investimentos da Mattel, desde a criação de

Barbie, para envolvê-la em um aspecto pedagógico, incentivando a leitura e a educação nas

campanhas de marketing. Vemos que a Mattel tenta manter essa característica nas produções

fílmicas, pois a educação, ainda que não seja a formal, aparece em alguns roteiros. Anneliese,

do filme A Princesa e a Plebeia, estuda em casa e se dedica aos seus estudos; Blair do filme

Escola de princesas também se empenha para ser boa aluna, tendo o mesmo nível de

aprendizagem das outras garotas. Enfim, este parece ser um aspecto valorizado na

feminilidade de Barbie.

Um dos slogans de marketing da boneca é “você pode ser tudo que quiser!”, porém a

constante reafirmação de características físicas e de atitudes demonstram que, de certa forma,

isso só pode ser possível se a menina adequar-se ao padrão de beleza e de

atitudes/comportamentos que os filmes apresentam e reforçam constantemente. Os filmes

expressam relações de poder, por isso estão constantemente produzindo normatizações e

revelando resistências nos jogos de poder traduzidos na tela.

A questão das masculinidades nesses filmes poderia ser amplamente discutida, mas

delimitamos nossas discussões às feminilidades que, por si só, já são extremamente

abrangentes. Contudo, podemos mencionar que os filmes apresentam certa invisibilidade do

masculino, trazendo uma subversão dos clássicos contos de fadas. Todos os príncipes “têm

nome”, mas na maioria das vezes não são os heróis das histórias: estão ali apenas como os

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mocinhos salvos pelas donzelas corajosas e quase sempre apaixonadas. Apesar disso, os

“mocinhos” estão presentes em alguns filmes, auxiliando a protagonista em suas missões. A

masculinidade de Ken – namorado oficial da Barbie – merece um estudo a parte: ele aparece

apenas nos filmes Moda e magia e Segredo das fadas. Ken é apresentado como

irremediavelmente apaixonado por Barbie, mas é desengonçado e atrapalhado; é covarde e

foge das situações de luta que se vê obrigado a enfrentar no filme Segredo das fadas; está

longe de ter a masculinidade hegemônica de que nos fala Connel (1995): não é viril nem

agressivo, também não cumpre o papel social de oferecer proteção a Barbie, em vez disso ela

que se vê obrigada a enfrentar desafios para salvá-lo.

Outro elemento a destacar é o uso da cor rosa como demarcador de gênero nos

filmes. Se olharmos no Anexo 1, as capas dos DVDs são quase todas cor-de-rosa, salvo

algumas exceções. Na composição dos filmes, esta cor também é amplamente utilizada. Se

observarmos as figuras ao longo do trabalho, perceberemos um aumento gradual no uso da

tonalidade rosa. Nos primeiros filmes, Quebra-Nozes, Lago dos Cisnes, Rapunzel e A

Princesa e a Plebeia, o tom de rosa utilizado é bem suave, lembrando rosa-bebê. O vestido de

baile de Odete é rosa com detalhes em azul, tudo com cores suaves. Os vestidos de Rapunzel

e Clara são todos cor-de-rosa. O de Anneliese também aparece em rosa suave. A partir dos

filmes da sequência Fairytopia, a cor rosa aparece em tom pink e os filmes ganham cores

vibrantes e tonalidades fortes. Mesmo os filmes com enredos aquáticos, como Mermaidia e

Vida de Sereia, mostram o fundo do mar com tonalidades rosa e lilás. Os filmes da Barbie,

seus mais variados acessórios e produtos, produzem um universo cor-de-rosa para as

consumidoras, e possíveis consumidores, destes artefatos.

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CONSIDERAÇÕES FINAIS: PENSANDO EM FINALIZAÇÕES

Depois de ver e rever os filmes inúmeras vezes, percebemos que são uma fonte

inesgotável de problematizações. Muitos outros temas e questões podem ser levantados,

discutidos e questionados, para além do que nos propusemos na presente pesquisa. Amizades,

amores, ensinamentos e resistências são apenas alguns dos temas que foram possíveis

problematizar dentro dos limites da pesquisa.

Iniciamos esta pesquisa tendo como foco as feminilidades veiculadas e produzidas

nos filmes de animação da Barbie. Nosso objetivo foi identificar as feminilidades que são

veiculadas/produzidas nos filmes da Barbie e analisar e problematizar as feminilidades

encontradas. Em meio às analises e discussões propostas, percebemos que não há uma forma

única de entender estas questões. Podemos dizer que existem variadas possibilidades de

vivências de feminilidades, diversas formas de se constituir como menina/mulher no contexto

dos filmes. As protagonistas são corajosas, inteligentes, independentes e “cheias de atitude”.

Nesta perspectiva, podemos dizer que os filmes proporcionam às espectadoras, e

espectadores, conhecer um universo de possibilidades para se constituírem enquanto

meninas/mulheres. Mas, como já dissemos, algumas características são reforçadas, repetidas e

reafirmadas: existe um padrão de atitudes e comportamentos que incluem docilidade,

gentileza e altruísmo – as marcas da “personalidade” de Barbie. Além do padrão norte

americano de beleza e juventude que Barbie representa, percebemos ao longo do estudo que

existe uma insistente afirmação do altruísmo de Barbie: ela não é egoísta, mesquinha ou

avarenta, está sempre disposta a ajudar quem quer que seja.

Buscamos inspiração nos Estudos Culturais que nos permitiram tomar os filmes

como artefatos culturais e entendê-los como pedagogias culturais e dispositivos pedagógicos

profícuos para a discussão sobre a produção de sujeitos femininos. Utilizamos também os

pressupostos foucaultianos, ferramenta valiosa na compreensão dos processos de subjetivação

das personagens que se deram ao longo dos filmes. Utilizamos também os Estudos de Gênero,

fundamentais para empreender nossas análises e discussões sobre feminilidades e identidades.

Percebemos que os filmes são elementos pulsantes para pensar a educação pois, como

afirmam Xavier Filha e Bacarin:

Mesmo sem uma “intenção” explícita, os filmes da Barbie ensinam modos

de ser menina-mulher. Por esse motivo, educam e fazem parte das

pedagogias culturais que promovem aprendizados para além das instituições

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educativas. Isso explica a necessidade de se discutir e problematizar esses

filmes, principalmente por atingirem imenso público entre as meninas e

meninos. (XAVIER FILHA; BACARIN, 2014, p. 59)

Apesar de propiciar as possibilidades de resistência que identificamos ao longo desta

pesquisa, os filmes apontam uma preferência pelo modelo de feminilidade dócil, gentil e

altruísta que permeia quase todas as obras. Barbie está no Brasil desde 1982, portanto,

podemos dizer que faz parte do imaginário de mulheres e homens que convivem com a figura

da boneca loira e de face cândida há mais de 30 anos: seu corpo magro e jovem serve de

inspiração para muitas pessoas que buscam juventude e beleza. Os filmes analisados são

exibidos nos canais abertos de televisão e mesmo as crianças que não dispõem de condição

financeira para adquirir os exemplares em DVD, acabam em algum momento entrando em

contato com o modelo de feminilidade que Barbie representa.

Desenvolver esta pesquisa foi um processo longo e difícil. Cada vez que assistíamos

aos filmes novas questões apareciam e os filmes de um agrupamento pareciam se adequar

melhor a outro grupo. A cada novo olhar, tudo parecia diferente. Mas foi um processo rico em

aprendizagem e amadurecimento teórico. Não pretendemos esgotar os temas discutidos, mas

certamente temos ainda muito que avançar nas análises e problematizações propostas.

Discutimos na primeira parte deste trabalho que os filmes se constituem em

importantes artefatos culturais que transmitem ensinamentos e normas de conduta. E, por esta

razão, estão inseridos no campo da educação. De acordo com Sabat,

os filmes infantis constituem-se como textos culturais que constroem

significados e, enquanto tais, são espaços constituídos por relações de poder;

são espaços de lutas e contestação dos processos de significação produzidos

pelo conhecimento hegemônico; são, também, espaços produtores de novos

significados. (SABAT, 2003, p. 27)

Os filmes são artefatos culturais, produtores de significados. Ainda que não sejam

discutidos e problematizados, eles se fazem presentes na vida das espectadoras. Sejam

crianças ou pessoas adultas, estamos nos constituindo como sujeitos na relação com os filmes

e, neste sentido, entendemos que se faz necessário lançar um olhar sobre esses artefatos,

sabendo que Barbie traz consigo uma série de representações do que é ser mulher, jovem,

heterossexual, branca e de classe média. Ao mesmo tempo, estes artefatos abrem um leque de

possibilidades para se questionar modelos de feminilidades considerados ideais. “Urge pensar

e propor para debate os ensinamentos de ser mulher que circulam pelos filmes da Barbie”

(XAVIER FILHA; BACARIN, 2014, p. 59): podemos nos aproveitar das resistências e

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insubmissões que os filmes apresentam para questionar, problematizar e romper com padrões

de condutas e atitudes naturalizados em nossa cultura como próprios do ser feminino.

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Ilustradora Lorena Martins. Campo Grande: UFMS, 2014.

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ANEXO

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Anexo A – Capas e sinopses oficiais retiradas das capas dos DVDs

Barbie O Quebra-Nozes

Barbie ganha vida na moderna adaptação do clássico de E. T. A.

Hoffimann. O conto começa quando Barbie, no papel de Clara,

ganha um lindo soldadinho de madeira como presente de sua tia.

Naquela noite, enquanto Clara dorme, o soldado Quebra-Nozes

ganha vida para proteger sua dona do Rato Rei, que invadiu a

sala de Clara. Ela acorda e ajuda o Quebra-Nozes, mas o Rato

Rei encolhe-a com uma terrível magia. Clara e o Quebra-Nozes

estão agora envolvidos/as numa espetacular aventura para

encontrar a princesa Caramelo, a única que pode quebrar o

diabólico feitiço do Rato Rei. A história é abrilhantada com

cenas espetaculares de danças criadas pelo aclamado coreógrafo

Peter Martins, e apresenta a inesquecível música de

Tchaikovsky. Os movimentos reais dos dançarinos do balé da

cidade de Nova York trazem a beleza do balé para as tela de uma

maneira nunca antes vista.

Barbie O Quebra-Nozes mostra que, se você for generosa,

inteligente e corajosa, tudo é possível...

Barbie A Rapunzel

Há muito tempo atrás, numa era de magia e dragões, vivia uma

jovem bela e talentosa chamada Rapunzel, que tinha os mais

belos e radiantes cabelos. Mas sua vida estava longe da

perfeição, pois vivia como serviçal e prisioneira de Gothel, uma

bruxa muito poderosa, ciumenta e possessiva, que a mantinha

escondida numa floresta proibida, guardada por um enorme

dragão, Hugo, e cercada por um muro de vidro encantado.

Por um capricho do destino, Rapunzel descobre um pincel

mágico que a leva numa jornada pela verdade que desvendará

intrigas e trará paz ao reino, levando-a a se apaixonar pelo belo

Príncipe Stefan. Tudo isso com a ajuda de Penelope, o menos

temido entre os dragões!

O filme traz uma canção interpretada por Samantha Mumba com

música da orquestra sinfônica de Londres.

Barbie A Rapunzel mostra às meninas que o amor e a

imaginação podem mudar o mundo.

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Barbie Lago dos Cisnes

Barbie ganha vida em seu terceiro filme, Barbie Lagos dos

Cisnes. Baseado na música de Tchaikovsky e no adorado conto

de fadas, o filme traz Barbie como Odette, a jovem filha do

padeiro que segue um unicórnio até a Floresta Encantada. O

malvado feiticeiro Rodrigo – que pretende derrotar sua prima a

Fada e tomar a Floresta, transforma Odette em cisne. A Fada

Rainha consegue amenizar o feitiço fazendo com que Odette seja

humana à noite e cisne de dia. Odette percebe que, mesmo que

sinta ser a pessoa errada para a tarefa, é seu destino salvar a

Floresta Encantada. Mas como pode uma garota – armada apenas

de sua coragem, honestidade e inteligência – conseguir isso, tudo

enquanto o belo Príncipe Daniel se apaixona por ela?

Barbie Lago dos Cisnes combina fantasia, balé e inesquecível

música de Tchaikovsky interpretada pela Orquestra Sinfônica de

Londres.

Peter Martins, o diretor do Balé da Cidade de Nova York,

coreografa as maravilhosas cenas de dança de uma maneira

nunca antes vista.

Barbie Lago dos Cisnes mostra que cada um de nós é mais forte

do que pensa.

Barbie A Princesa e a Plebeia

Barbie vem à vida nesta moderna versão de um conto clássico

sobre identidades trocadas e o poder da amizade. Baseado na

história de Mark Twain, Barbie – A Princesa e a Plebeia

apresenta Barbie em um surpreendente papel duplo como uma

princesa e uma pobre garota de vila – duas garotas que possuem

uma semelhança surpreendente! Os caminhos das garotas estão

destinados a se cruzar quando a princesa Anneliese é capturada e

Érika, a garota da vila, tem que tentar salvá-la. Poderia Érika

fingir ser a princesa e enganar quem a capturou, o maldoso

Preminger? E o belo Rei Dominick, que se apaixona por Érika,

confundindo-a com Anneliese? Nesta mágica performance

musical, duas belas e corajosas garotas ousam seguir seus sonhos

e descobrir que o destino está escrito em um lugar muito

especial: seu coração!

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Barbie Fairytopia

Estrelando Barbie como Elina!

Logo após o arco-íris, em um mundo chamado Fairytopia, vive

Elina, uma bela fada das flores, que sonha em ter asas.

Ela vive em uma flor enorme com seus amigos Bibble, um

bichinho engraçado e adorável. Um dia Elina descobre que sua

casa de flor está doente, e que seus amigos não podem mais voar!

Cheia de coragem, ela então parte em uma fantástica jornada

para encontrar Azura, quem ela acredita que possa resolver todo

esse problema. Ela conhecerá novas pessoas que testarão sua

coragem e aprenderá o valor da verdadeira amizade. Mas poderá

uma fada sem asas salvar todo o mundo de Fairytopia?

Junte-se a Barbie, como Elina, em seu primeiro filme da

Fairytopia, e descubra o mundo mágico das fadas, flores e

experiências encantadoras!

Barbie e a Magia de Aladus

Barbie Alça voo nesse maravilhoso conto de fadas de princesa,

Barbie e a Magia de Aladus.

A princesa Annika (Barbie) foge das garras de um malvado

feiticeiro e explora as maravilhas do Reino das Nuvens. Lá se

junta a um magnífico cavalo alado para derrotar o feiticeiro e

quebrar o encanto que aprisiona sua família. Voe com a Barbie

em sua mais emocionante aventura de todos os tempos!

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Diário da Barbie

Você irá adorar esta maravilhosa história, repleta de amizades,

magia, músicas super legais, moda e, é claro, muito romance!

Barbie relata em seu diário o início do segundo ano do colegial e

de uma nova fase cheia de expectativas. Ela se apaixona por

Todd, craque do time de futebol, que a convidou para o baile.

Mas o convite é desfeito quando Rachele, a ex-namorada e

garota mais popular do colégio, reata o namoro com o atleta.

Além disso Rachele também fica com a vaga de apresentadora

do jornal da escola. Mas, desde que Barbie começa a usar a

pulseira que vem com seu diário, sua sorte muda. Ela inscreve

sua banda no festival do baile da escola e ainda conquista um

admirador secreto, será que é Todd? O que acontecerá? Só lendo

seu Querido Diário.

Barbie Fairytopia Mermaidia

Elina é uma bela fada do campo que vive em Fairytopia, um

mundo mágico povoado de fadas e seres encantados. Ela

finalmente ganha um par de asas para poder voar e ser como as

outras fadas! Porém, para salvar o reino submarino de

Mermaidia, Elina terá que abandonar suas adoradas asas para

sempre!

Está é a história da fada do Campo que se transforma em uma

linda sereia e abre mão do que lhe é mais importante para ajudar

um reino ameaçado pelo mal.

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Barbie em as 12 Princesas Bailarinas

Barbie em as 12 Princesas Bailarinas, apresenta movimentos e

dança inspirados na famosa Companhia de Ballet de Nova York,

numa encantadora aventura.

Barbie está de volta em uma mágica nova aventura musical,

desta vez ao lado de suas irmãs princesas! Quando a malvada tia

Rowena se muda para o castelo, ela proíbe que as meninas

dancem ou cantem, pois acredita que esse não é o tipo de

comportamento apropriado para princesas. Mas as garotas

descobrem um palácio mágico e secreto para onde fogem, até

Barbie ficar sabendo que a tia está tramando para governar o

reino. Agora ela precisa voltar para ajudar o rei, seu querido

papai!

Barbie em a Princesa da Ilha

A princesa Rosella, ainda criança, sofre um naufrágio e vai parar

em uma ilha. Lá ela aprende a cantar e falar com uma adorável

família de animais, que inclui Sagi, um panda vermelho, Azul, o

pavão, e Tika, o bebê elefante. Inesperadamente, Rosella

conhece o príncipe Antônio que acabou de descobrir a ilha

paradisíaca.

Ela tem curiosidade em conhecer seu passado e viaja com o

príncipe para o seu castelo. Em contato com as coisas novas da

civilização, Rosella e seu amigo Tika descobrem um plano

diabólico para dominar o reino! Com um final surpreendente e

inesperado, as ações de Rosella mostram que ela é a verdadeira

princesa.

Barbie em a Princesa da Ilha – Uma aventura musical mostra

que, quando somos guiados pelo amor, milagres podem estar

mais próximos do que imaginamos.

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Barbie Butterfly

A Nova aventura em Fairytopia

Junte-se a Barbie num mundo inteiramente novo de Fadas-

Borboletas que ama ler e sonhar sobre o mundo. Flutterfield, sua

terra natal, é protegida pelas brilhantes luzes mágicas da Rainha.

Mas, quando a Rainha é envenenada pela perversa fada Henna,

as luzes especiais começam a sumir. Agora, a solução está nas

mãos de Butterfy e seus amigos, que saem numa jornada além

das fronteiras seguras de sua cidade atrás de um antídoto que

salvará a Rainha. Esta nova e encantadora aventura vai encantar

e emocionar todas as fãs de Barbie.

Barbie A Magia do Arco-Íris

Assista ao mais novo filme de Barbie Fairytopia!

Elina e seu amigo Bibble viajam para a escola de fadas no

Palácio de Cristal. Ao primeiro lá encontram outras fadas

escolhidas para aprender o ritual anual que dá vida ao Primeiro

Arco-Íris da Primavera. Mas a terrível Laverna planeja acabar

com o ritual, punindo Fairytopia com um rigoroso inverno de dez

anos. Elina e suas novas amigas devem aprender que "a união faz

a força". Mas será que são poderosas o bastante para derrotar

Laverna e trazer à vida o primeiro Arco-Íris da Primavera?

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Barbie e o Castelo de Diamantes

Barbie e Teresa vivem em um chalezinho na floresta. Um dia

elas encontram um espelho encantado que aprisiona uma das três

musas da música em seu interior. Juntas, embarcam em uma

grande aventura para salvar a mais nova amiga. Nessa linda

história de amizade, encontram o mais belo castelo dos contos de

fadas, o "Castelo de Diamantes".

Barbie apresenta A Pequena Polegar

Conheça uma menina pequenina chamada Polegarzinha, a qual

vive em harmonia com a natureza no mundo mágico de

Twillerbees, que se esconde entre as flores do campo. As flores

onde Polegarzinha e seus dois amigos habitam são colhidas e

levadas para um apartamento na cidade grande, onde descobrem

os planos de construção que ameaçam destruir a terra dos

Twillerbees! Sentindo a magia da natureza, Polegarzinha

embarca nessa incrível aventura para provar que mesmo as

pequenas pessoas podem fazer uma tremenda diferença.

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119

Barbie em A Canção de Natal

Barbie em A Canção de Natal é uma adorável adaptação da

clássica história de Charles Dickens, repleta de músicas

natalinas, roupas maravilhosas e muitas risadas.

Barbie brilha nesse conto como Eden Starling a glamurosa diva

do Teatro Vitorian, de Londres. Junto com seu gato arrogante

Chuzzlewit, Eden planeja, de maneira egoísta, fazer com que

todos os artistas trabalhem na noite de natal! Nem mesmo sua

figurinista Catherine consegue tirar essa idéia da cabeça de Eden.

Porém Eden é levada por três espíritos numa fantástica jornada

que abrirá seu coração ao espírito natalino, em uma temporada de

alegria e amor.

Barbie em A Canção de Natal é o filme ideal para toda a família.

Barbie e As Três Mosqueteiras

Poder feminino para o resgate!

Em Barbie e As Três Mosqueteiras, a boneca mais famosa do

mundo interpreta Corinne, uma jovem garota do campo que vai a

Paris para realizar um sonho, o de se tornar uma mosqueteira. Lá,

ela encontra três garotas que compartilham secretamente o

mesmo desejo.

Será que as meninas com ar de princesas conseguirão dançar no

baile de máscaras, arranjar o figurino certo e ainda salvar o

príncipe – tudo isso sem quebrar o salto do sapato? Acompanhe

essa mágica aventura que mostra que os sonhos realmente podem

se tornar realidade.

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120

Barbie Moda e Magia

Barbie parecer ter tudo: grandes amigos, boas notas, um

namorado fantástico, uma carreira de sucesso como atriz, beleza,

inteligência, riqueza... Até que um dia tudo dá errado! Críticas

sobre seu trabalho e termino de namoro. Barbie decide visitar sua

tia Millicent, uma designer de modas que mora em Paris, para

esfriar a cabeça. Mas quando Barbie chega a Paris, ela descobre

que sua tia está prestes a fechar a sua loja de moda, Millicent's.

Com a ajuda de Alice, assistente de sua tia, e as fadas da moda,

Barbie está determinada a salvar a loja! Barbie e seus amigos

conseguirão fazer um evento de moda e salvar a loja de sua tia,

ou as dúvidas poderão causar um desastre?

Barbie em Vida de Sereia

Barbie é Merliah, uma campeã de surf de Malibu. Em um

momento ela é uma adolescente, e no outro descobre um

chocante segredo de família: ela é uma sereia! Merliah e seu

amigo golfinho, Zuma, partem para uma aventura no fundo do

mar para resgatar sua mãe, a rainha da Oceana. Com a ajuda das

suas amigas sereias, Merliah salva o reino do mar. No final ela

descobre que o que faz de você diferente é o que a torna especial.

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121

Barbie e o Segredo das Fadas

Prepare-se para Barbie e o Segredo das Fadas, uma incrível

aventura com a Barbie, na qual ela descobre que existem fadas

vivendo secretamente entre nós! Quando Ken é raptado por um

grupo de fadas, ela descobre que ele foi levado para um mundo

mágico e secreto não muito distante. Barbie e suas amigas fadas

precisam entrar nesse incrível mundo para resgatá-lo! Será que

elas vão conseguir encontrá-lo a tempo, ou Ken ficará para

sempre preso em Gloss Angeles? Nesse caminho, Barbie e suas

amigas vão descobrir que a verdadeira magia não está no mundo

das fadas, mas sim no poder da amizade.

Barbie Escola de Princesas

Barbie interpreta Blair, uma garota simples e órfã que foi

sorteada para estudar na exclusiva Escola de Princesas. A escola

é um lugar incrível onde as futuras princesas aprendem dança,

etiqueta, artes e outras habilidades indispensáveis a uma

princesa. Blair adora suas aulas, suas fadinhas assistentes e suas

novas amigas, as Princesas Hadley e Isla.

Mas, quando a malvada Dama Devin desconfia que Blair é a

princesa-herdeira desaparecida, ela faz de tudo para impedir que

Blair assuma o trono. Blair e suas amigas embarcam numa super

aventura para encontrar a coroa encantada e descobrir sua

verdadeira identidade!

Será que Blair é mesmo a princesa desaparecida do reino de

Gardênia?

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122

Barbie em: Vida de Sereia 2

Nesta nova aventura, Merliah aproveita sua vida de surfista nas

ondas da Austrália, enquanto curte o fundo do mar como sereia.

Até que uma rival muito competitiva ameaça a segurança do

Oceano ao libertar a malvada Eris. Merliah precisará da ajuda de

seus amigos e das sereias embaixadoras para tentar salvar o

oceano e ganhar a competição de surfe.

Será que ela conseguirá?

Barbie Um Natal Perfeito

Um musical de natal repleto de risadas.

Junte-se a Barbie e suas irmãs, Skipper, Stacie e Chelsea, no

feriado de Natal que se torna em uma inesperada aventura. Após

seu avião para Nova York ser desviado por uma tempestade de

neve, as meninas se encontram presas longe do seu destino e de

seus sonhos para o feriado. Terminando em uma pousada remota

na pequena cidade de Tannebaum, as irmãs descobrem novas

amizades e experiências mágicas. Para agradecer a todos pelas

boas-vindas Calorosas, elas usam o talento musical que possuem

para fazerem uma peça para toda a cidade. Barbie e suas irmãs

percebem que a verdadeira alegria de estarem juntas é o que

realmente faz Um Natal Perfeito.

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123

Barbie em A Princesa e a Pop Star

Nesta brilhante aventura musical, Barbie é Tori uma

princesa bondosa do reino de Meribella que prefere cantar

e dançar do que realizar seus deveres reais. Quando sua

pop star favorita Keira visita o reino, as duas descobrem

que têm muito em comum, incluindo um segredo mágico

que lhes permite trocar de lugar uma com a outra. No

começo esta troca parece uma ótima ideia, até que cada

menina percebe que a vida da outra não é tão fácil como

parece! Meribella ainda tem um segredo mágico, e quando

ele é roubado, o reino inteiro é colocado em perigo. Será a

verdadeira amizade salvar o reino? Recheado de canções

fantásticas, roupas fabulosas e amigos muito divertidos,

este novo filme é um musical emocionante que mostra a

melhor coisa que você pode ser é você mesmo.

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APÊNDICES

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125

Apêndice A – Tabelas

Tabela 1: Resultados das chaves de busca em bancos de dados

BANCOS DE

DADOS

CHAVES DE BUSCA

‘filmes’ e

‘animação’

‘filmes

infantis’

‘filmes’ e

‘boneca

Barbie’

‘filmes’ e

‘feminilidades’

‘feminilidades’ e

‘infâncias’

R S R S R S R S R S

Banco de teses e

dissertações da

CAPES

16 2 10 2 0 0 1 0 0 0

Repositório

digital Lume -

UFRGS

474 4 721 6 2 1 90 3 33 2

Biblioteca

Digital de Teses

e Dissertações

55 3 80 6 59 2 5 1 3 0

Fonte: Buscas realizadas nos bancos de dados em sites da internet.

Dentre os resultados encontrados, dois trabalhos não constatavam na íntegra e, por

este motivo, foram descartados da pesquisa. Os resultados se repetiram nas chaves de

busca e nos sites pesquisados;

Foram selecionados inicialmente quatorze trabalhos. Após refinamento dos resultados

das buscas, selecionamos 5 trabalhos e estes foram selecionados por utilizarem filmes

de animação como fonte para pesquisa e, também, pela aproximação teórica.

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126

Tabela 2: Trabalhos selecionados

Tipo de

trabalho Orientador/a Autor/a Título

Ano de

defesa Instituição

Tese Guacira Lopes

Louro

Ruth

Francini

Ramos

Sabat

Filmes infantis e a

produção

performativa da

heterossexualidade

2003 UFRGS

Tese

Maria Lúcia

Castagna

Wortimann

Eunice

Aita Isaia

Kindel

A natureza no

desenho animado

ensinando sobre

homem, mulher,

raça, etnia e outras

coisas mais...

2003 UFRGS

Dissertação Marlucy Alves

Paraíso

Maria

Carolina

da Silva

A infância no

currículo de filmes

de animação:

poder, governo e

subjetivação dos/as

infantis

2008 UFMG

Dissertação Analice Dutra

Pilar

Rosana

Fachel de

Medeiros

Bob Esponja:

produções de

sentidos sobre

infâncias e

masculinidades

2010 UFRGS

Tese Rosa Maria

Hessel Silveira

Simone

Olsieski

dos

Santos

Representações de

gênero,

transgressão e

humor nas figuras

infantis dos

desenhos animados

contemporâneos

2010 UFRGS

Fonte: Buscas realizadas nos bancos de dados em sites da internet.

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127

Tabela 3: Protagonistas e antagonistas

Filme Protagonista Tipo de

personagem

Como derrota

a/o Antagonista Antag.

Objetivos/ ações

da/o Antagonista

Barbie em

O Quebra-

Nozes

Clara

(interpretada

por Barbie)

Jovem comum

que em um

sonho se

descobre

princesa de um

reino mágico.

Derrota o Rei

Rato por meio de

sua coragem,

ajuda de outras

pessoas e pelo

amor que sente

pelo príncipe.

Rei Rato

(homem)

Roubou o trono

transformando o

príncipe em

Quebra-Nozes,

quer manter seu

reinado

escravizando os

súditos.

Barbie A

Rapunzel

Rapunzel

(interpretada

por Barbie)

Jovem criada

como serva,

mas é princesa

legítima por

ser filha de um

rei.

Derrota Gothel

ao desobedecer

suas ordens,

usando sua

inteligência, e

sendo verdadeira.

Conta com a

ajuda de

amigas/os para

isso.

Gothel

(mulher)

Raptou Rapunzel

quando bebê para

se vingar de seu

pai, quer destruir o

pai de Rapunzel

por não ter sido

correspondida em

seu amor.

Barbie em

Lago dos

Cisnes

Odete

(interpretada

por Barbie)

Jovem plebeia,

mas se tornará

princesa pois

se casará com

o príncipe.

Derrota Robert

por meio do

‘amor

verdadeiro’ e da

coragem de

arriscar para

salvar seu amor.

Conta com a

ajuda de

amigas/os para

isso.

Robert

(homem)

Quer ser o rei da

floresta encantada

tomando o trono

de sua prima,

escraviza e

enfeitiça os seres

da floresta.

Barbie em

A Princesa

e a Plebeia

Anneliese

(interpretada

por Barbie)

Jovem

princesa

herdeira do

reino.

Derrota

Preminger com a

ajuda de Julian e

de animais de

estimação,

encontra um

meio de salvar o

reino sem se

casar por

obrigação.

Preminger

(homem)

Quer se tornar rei,

rouba os tesouros

da rainha,

sequestra e tenta

matar a princesa

para conseguir

seus objetivos.

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128

Barbie e a

Magia de

Aladus

Annika

(interpretada

por Barbie)

Jovem

princesa

herdeira do

reino.

Derrota Wenlock

com ajuda de

outras pessoas,

usa sua

inteligência,

bondade e

educação para

desfazer todos os

seus feitiços.

Wenlock

(homem)

Procura por uma

esposa perfeita,

mas as transforma

em duendes

quando se cansa

delas, já

transformou uma

das filhas do rei

em cavalo alado e

quer se casar com

outra filha, diante

da recusa da

princesa ele

transforma a

todas/os em

estátuas.

Barbie em

as 12

Princesas

Bailarinas

Geneveive

(interpretada

por Barbie) e

suas irmãs

Doze princesas

filhas do rei,

cada uma com

condutas

distintas.

Derrotam

Rowena com

inteligência e

trabalho de

equipe. Juntas

conseguem

enfrentar guardas

e salvar o pai.

Rowena

(mulher)

Quer se tornar

rainha, para isso

envenena o rei e

prende as

princesas em um

jardim secreto que

fora da mãe delas.

Barbie

Fairytopia

Elina

(interpretada

por Barbie)

Fada do

campo, ganha

asas no final

do filme.

Derrota Laverna

com sua coragem

e inteligência,

mas conta com

apoio de

amigas/os para

cumprir sua

missão.

Laverna

(mulher)

Quer ser a rainha

de Fairytopia,

envenena sua

irmã, a rainha, e

todas as fadas e

seres mágicos para

tentar tomar o

poder dos colares

das/os

guardiãs/ões.

Barbie

Fairytopia

Mermaidia

Elina

(interpretada

por Barbie)

Jovem fada,

troca suas asas

por cauda de

sereia, mas

volta a ser fada

no final do

filme.

Derrota Laverna

com ajuda de

outras pessoas,

para conseguir

salvar o príncipe

Nalu ela abre

mão do bem mais

precioso que tem:

suas asas.

Laverna

(mulher)

Continua

querendo tomar o

reino, para isso

sequestra o

príncipe do mar

Nalu, pois ele

guarda a frutinha

da imunidade que

poderá protegê-la

de qualquer

feitiço.

Barbie

Fairytopia

A Magia do

Arco-Íris

Elina

(interpretada

por Barbie)

Fada jovem

Derrota Laverna

por meio de sua

coragem e com

ajuda das/os

aprendizes.

Laverna

(mulher)

Tenta impedir o

primeiro voo da

primavera para

roubar o trono de

sua irmã e destruir

o povo de

Fairytopia.

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129

Barbie

Butterfly a

Nova

aventura

em

Fairytopia

Butterfly

(interpretada

por Barbie)

Fada jovem

Derrota Henna

por meio de sua

coragem e

inteligência, mas

contando com a

ajuda de muitas

amigas.

Henna

(mulher)

Quer ser a rainha

de Flutterfield,

para isso envenena

a rainha de quem é

assistente.

Barbie em

a Princesa

da Ilha

Rosella

(interpretada

por Barbie)

Jovem que

cresceu

sozinha em

uma ilha,

descobre ao

final do filme

que é uma

princesa

legítima.

Derrota Ariana

com sua coragem

e pelo amor ao

príncipe, conta

com a ajuda dos

animais.

Rainha

Ariana

(mulher)

Quer se vingar do

rei que baniu sua

família quando

tentaram matá-lo,

pretende casar sua

filha Luciana com

o príncipe Antônio

e depois matar a

as pessoas para

ficar com o reino.

Barbie e o

Castelo de

Diamante

Liana

(interpretada

por Barbie) e

Alexa

Jovens

camponesas,

tornam-se

princesas da

música ao final

do filme como

mérito de sua

bravura.

Derrotam Lydia

com inteligência

e a ajuda de dois

irmãos e de

Melody, só

conseguem

cumprir a missão

por causa da

amizade

verdadeira que há

entre elas.

Lydia

(mulher)

Quer ser a única

ninfa da música,

transforma as

outras ninfas em

estátuas, quer

instaurar um

reinado sombrio

de tristeza.

Barbie

apresenta A

Pequena

Polegar

Polegarzinha e

Makena

Polegarzinha

criatura

mágica

minúscula com

poderes sobre

as plantas.

Makena,

criança entre

11 e 12 anos.

Conseguem

salvar o mundo

dos Twillerbees

com inteligência

e por meio da

palavra,

mostrando aos

adultos o que

realmente

importa.

A eminente

destruição

do campo

Os pais de

Makena estão à

frente de um

projeto para

desmatar o campo

e construir uma

fábrica no lugar,

isso destruiria o

mundo dos

Twillerbees.

Barbie em

A Canção

de Natal

Eden

(interpretada

por Barbie)

Jovem cantora.

Consegue mudar

a si mesma pelo

encontro com seu

natal passado,

presente e futuro,

diante do futuro

tenebroso que

teria ela muda de

atitude para com

seus

funcionários,

deixando de ser

egoísta e

mesquinha.

A própria

Eden

Impede seus

funcionários de

sair para o Natal

por odiar essa data

festiva, repete para

si mesma: "Em

um mundo

egoísta, só os

egoístas se dão

bem".

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130

Barbie e as

Três

Mosqueteir

as

Corinne

(interpretada

por Barbie) e

suas amigas

Jovens

dedicadas que

com esforço se

tornam

mosqueteiras.

Conseguem

salvar o príncipe

trabalhando

juntas, lutam

contra os

mosqueteiros

aliados do

regente Philippe,

são ágeis,

inteligentes e

corajosas.

Philippe

(homem)

Quer matar o

príncipe para

tomar seu trono,

arquiteta vários

planos para isso,

mas é vencido

pelas

mosqueteiras.

Barbie em

Vida de

Sereia

Merliah

(interpretada

por Barbie)

Jovem meio

humana meio

sereia,

princesa do

reino de

Oceana.

Derrota Eris com

sua coragem e

determinação,

mas só consegue

quando assume

seu "verdadeiro

eu", se

reconhecendo

como Merliah,

princesa de

Oceana que

precisa salvar seu

povo. Conta com

a ajuda de várias

amigas para

cumprir a sua

missão.

Eris

(mulher)

Aprisionou sua

irmã para assumir

seu trono, está

envenenando as

águas do oceano

ao manter a irmã

em cativeiro o que

faz com que ela

produza Marvita

(uma magia que

concede vitalidade

as águas do mar)

de má qualidade.

É uma tirana que

mantém o povo

sob controle pelo

medo.

Barbie em

Vida de

Sereia 2

Merliah

(interpretada

por Barbie)

Jovem meio

humana meio

sereia,

princesa do

reino de

Oceana.

Derrota Eris ao

abrir mão de suas

pernas, seu bem

mais precioso,

assumindo o

risco de ser sereia

para sempre ao

sentar no trono

para o ritual de

preparação para

produzir Marvita

(uma magia que

concede

vitalidade as

águas do mar).

Eris

(mulher)

Consegue escapar

da prisão e tenta

assumir o trono

novamente

cumprindo o ritual

para conseguir

fazer Marvita.

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131

Barbie

Escola de

Princesas

Blair

(interpretada

por Barbie)

Jovem criada

como plebeia,

mas é a

princesa

legítima do

reino de

Gardênia.

Consegue provar

que é verdadeira

herdeira do trono

de Gardênia, para

isso conta com a

ajuda de suas

amigas.

Dama

Devin

(mulher)

Há muitos anos

provocou a morte

da família real

para que sua filha

pudesse assumir o

trono de Gardênia,

percebe que Blair

é a verdadeira

princesa e tenta

expulsá-la da

escola.

Diário da

Barbie Barbie

Personificação

da Boneca

Barbie em

idade

adolescente

Barbie consegue

perceber seus

erros e se

desculpar com as

amigas,

percebendo que

não é ser popular

o que importa,

mas ter amigas

de verdade.

Para atingir seus

objetivos Barbie

magoa suas

amigas, engana as

pessoas e tem

atitudes que

desagradam a

todas.

Barbie

Moda e

Magia

Barbie

Personificação

da boneca

Barbie em uma

aventura de

sua vida.

Barbie consegue

salvar a

confecção

Millicent's

produzindo um

grande desfile,

para isso conta

com a ajuda de

suas amigas, das

fadas da moda e

dos animais de

estimação.

Jaqueline

(mulher)

Jaqueline quer ser

a maior estilista de

Paris, para isso ela

boicota os

trabalhos de

Millicent,

sequestra as fadas

da moda, mas ao

final é punida por

sua inveja e

reconhecendo seus

erros, perdoada

vai trabalhar com

Millicent.

Barbie e O

Segredo

das Fadas

Barbie

Personificação

da boneca

Barbie em uma

aventura de

sua vida.

Barbie consegue

salvar Ken de se

casar com

Graciela jogando

nela a poção que

desfaz o feitiço

do amor, mas só

consegue isso

contando com a

ajuda de

Raquelle e suas

amigas fadas.

Graciella

(mulher)

Graciella é

enfeitiçada por

Cristal e se

apaixona por Ken,

ela o sequestra

para obrigá-lo a se

casar com ela.

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132

Barbie Um

Natal

Perfeito

Barbie e suas

irmãs

Personificação

da boneca

Barbie e suas

irmãs em uma

aventura de

natal.

Conseguem

perceber que o

natal perfeito

pode ser em

qualquer lugar,

só depende de

como encaram os

fatos, com

cooperação e

amizade entre

elas passam

juntas o melhor

natal de suas

vidas.

A mudança

de tempo

que impede

os planos

Queriam chegar à

Nova York para

passar o natal com

sua tia Milli, cada

uma tinha planos

individuais para o

seu natal, mas

uma nevasca as

impede de chegar,

deixando-as

desapontadas.

Barbie a

Princesa e

a Pop Star

Tori

(interpretada

por Barbie)

Jovem

princesa

herdeira do

reino.

Consegue salvar

o reino com a

ajuda de Keira,

elas impedem

Crider de fugir

com a gardênia

de diamantes,

plantam

diamantes que

colocaram em

seus colares e

conseguem fazer

brotar uma nova

planta.

Crider

(homem)

Tenta roubar a

gardênia de

diamantes, mas

sem a planta todo

o reino fica

ameaçado, as

plantas morrem,

além disso os

diamantes mantém

o reino

financeiramente.

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133

Tabela 4: Características das personagens femininas

Filme Personagem

analisada

Características físicas

da personagem

Características de

atitudes/Condutas

da personagem

Roupas e

acessórios da

personagem

Barbie A

Rapunzel

Rapunzel

(interpretada por

Barbie)

Jovem, pele branca,

cabelos longos e

loiros, magra e tem

olhos azuis.

Doce, gentil,

obediente, amiga,

verdadeira, curiosa

e destemida,

enfrenta os ricos

para salvar seu

amor, gosta de

pintura.

Usa um vestido

longo em tom

rosa claro, com

manga curta, ou

longa, variando

em algumas

cenas.

Gothel

Mulher sem idade

definida, aparentando

se mais idosa, muito

magra e alta, pele

branca, cabelos

grisalhos. Tem o rosto

fino e alongado com

ângulos bem definidos

e olhos verdes claros.

Egoísta, vingativa,

cruel, despreza

todas as pessoas a

sua volta.

Usa um longo

vestido em tom

de verde musgo e

um chapéu na

mesma cor, leva

no pescoço sua

doninha de

estimação

(também

conhecido como

furão).

Penelope

Dragão criança do

sexo feminino, tem a

pele em tom violeta,

asas pequenas e olhos

verdes, apresenta o

corpo com formas

arredondadas.

Desastrada,

costuma bater a

cauda nas coisas a

sua volta, fiel a sua

amiga, tem medo

de voar, vive

desapontada por

não agradar a seu

pai, mas se

descobre corajosa e

valente ao final do

filme.

Não usa nenhum

tipo de acessório

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134

Barbie em

Lago dos

Cisnes

Odete

(interpretada por

Barbie)

Jovem, pele branca,

cabelos longos e

loiros, magra e tem

olhos azuis.

Tímida, gosta de

dançar, é dedicada

a família,

preocupada com as

outras pessoas,

romântica, gentil e

educada, se

considera fraca,

mas no decorrer do

filme se descobre

corajosa.

Usa no início do

filme um longo

vestido azul com

detalhe branco na

gola e manga. Na

primeira dança

com o príncipe o

vestido se

transforma na cor

rosa, modelo

princesa com

mangas longas e

fofo na parte do

ombro. Ao final

do filme aparece

usando um

vestido de ballet,

em tom rosa com

detalhes de penas

azuis, tudo com

muito brilho,

podendo ficar

curto para dançar.

Rainha

Mulher magra, pele

branca, olhos e cabelos

castanhos.

Cuidadora da

floresta, dedicada a

proteção de

todos/as que ali

vivem, gentil e

educada.

Usa um vestido

longo em tom

lilás de magas

fofas e todo

brilhante.

Lila Unicórnio feminino

com tom de pelo lilás

Destemida,

aventureira,

corajosa, audaciosa

e teimosa.

Não usa nenhum

tipo de acessório

Barbie em O

Quebra-Nozes

Clara

(interpretada por

Barbie)

Jovem, pele branca,

cabelos longos e

loiros, magra e tem

olhos azuis.

Obediente, gentil,

doce, corajosa,

preocupada com o

bem de outras

pessoas.

Usa um vestido

longo em tom

rosa, mangas

longas e com

renda e laço nos

pulsos. Em

seguida usa uma

camisola rosa

com detalhes em

renda branca, ao

se tornar a

princesa

Caramelo usa um

vestido rosa

brilhante com

predarias no

busto e saia

luminosa.

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135

Tia Elizabeth

Mulher magra, pele

branca, olhos e cabelos

castanhos.

Gosta de viajar,

solteira,

despreocupada.

Usa um vestido

longo vermelho e

com magas

longas, na manhã

seguinte usa um

vestido

semelhante, mas

de cor azul.

Barbie e a

Magia de

Aladus

Annika

(interpretada por

Barbie)

Jovem, pele branca,

cabelos longos e

loiros, magra e tem

olhos azuis.

Corajosa, valente,

determinada,

destemida,

inteligente, geniosa,

considerada por

todos/as como

petulante,

preocupada com o

bem de outras

pessoas.

Usa inicialmente

uma calça jeans,

casaco rosa e

botas marrons,

em seguida

aparece com um

vestido curto de

babados e magas

longas em tom

rosa bebê e com

um laço na

cintura. Após

aparece usando

um vestido longo

em tom lilás, saia

rosa, com mangas

longas e fofas.

Ao final aparece

usando um

vestido de saia

bem volumosa e

de alças em tom

lilás e uma coroa

na cabeça.

Brietta

Égua alada em tom

rosa claro. Depois

transformada em

humana se torna uma

jovem mulher de pele

branca, cabelos

castanhos longos e

olhos azuis

Gentil, educada,

preocupada com o

bem da irmã.

Usa uma coroa na

cabeça, um sino

no pescoço e

enfeites na crina.

Quando humana

usa um vestido

no modelo

princesa, longo

de manga fofa

nos ombros, e

saia volumosa na

cor perola.

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136

Barbie em a

Princesa da

Ilha

Rosella

(interpretada por

Barbie)

Jovem, pele branca,

cabelos longos e

loiros, magra e tem

olhos azuis.

Gentil, educada,

preocupada com os

animais.

Usa um vestido

branco tomara-

que-caia,

aparentemente

feito de uma peça

de tecido

amarado ao lado

na cintura. Após

aparece usando

um vestido rosa

de mangas

longas, com

detalhe branco na

frente.

Tika

Elefante do sexo

feminino, apresentada

como jovem, tem a

pele em tom azul

claro.

Tem ciúmes de

Rosella, medo de

enfrentar o

desconhecido, mas

se mostra

companheira nas

adversidades.

Não usa nenhum

tipo de acessório

Princesa

Luciana

Jovem, pele branca,

magra, cabelos longos

e castanhos, a mesma

cor nos olhos.

Gentil, educada,

doce, romântica,

quer se casar por

amor, Toca arpa e

gosta de ópera.

Usa um vestido

violeta longo no

modelo princesa,

saia volumosa,

manga longa e

fofa nos ombros,

detalhes dourados

na gola e busto

do vestido.

Rainha Ariana

Mulher, pele branca,

com corpo um pouco

mais volumoso que

das outras mulheres no

filme, cabelos

avermelhados presos

em um grande topete,

olhos castanhos.

Ardilosa, vingativa,

não ouve sua filha.

Usa um vestido

vermelho de

mangas curtas

com detalhes em

branco. Na parte

da frente do

vestido tem

detalhes

dourados.

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137

Barbie em as

12 Princesas

Bailarinas

Geneveive

(interpretada por

Barbie)

Jovem, magra, pele

branca, cabelos longos

e loiros preso em

coque, olhos azuis.

Gentil, preocupada

com as irmãs,

lidera as princesas,

dança Muito bem,

está sempre

atrasada.

Usa um vestido

no modelo

princesa em tom

rosa Pink de

manga 3/4, o

busto de vestido e

as mangas são em

tom mais claro, a

saia é volumosa e

a manga é fofa

nos ombros, com

laços próximos

ao cotovelo. Na

gola traz uma

flor, os detalhes

são em tom

dourado.

Ashlyn

Jovem, magra, pele

branca, cabelos longos

e castanhos preso em

coque, olhos azuis.

Gentil, gosta de

dançar.

Usa um vestido

no modelo

princesa em tom

violeta de manga

3/4, o busto de

vestido e as

mangas são em

tom mais claro, a

saia é volumosa e

a manga é fofa

nos ombros, com

laços próximos

ao cotovelo. Na

gola traz uma

flor, os detalhes

são em tom

dourado.

Blair

Jovem, magra, pele

branca, cabelos longos

e pretos preso em

coque, olhos azuis.

Gosta de cavalgar e

dançar.

Usa um vestido

no modelo

princesa em tom

vermelho de

manga 3/4 com

tom mais claro, a

saia é volumosa e

a manga é fofa

nos ombros, com

laços próximos

ao cotovelo. Na

gola traz uma

flor, os detalhes

são em tom

dourado.

Page 139: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO DO …ppgecpan.sites.ufms.br/files/2016/01/Telma-Dissertação-final.pdfAbel Balestrin e professor Tiago Dique, pela leitura e sugestões

138

Courtney

Jovem, magra, pele

branca, cabelos longos

e castanhos preso em

coque, olhos na

mesma cor.

Adora ler livros, é

distraída, gosta de

dançar.

Usa um vestido

no modelo

princesa em tom

azul de manga

3/4 com tom mais

claro, a saia é

volumosa e a

manga é fofa nos

ombros, com

laços próximos

ao cotovelo. Na

gola traz uma

flor, os detalhes

são em tom

dourado.

Della

Jovem, magra, pele

branca, cabelos longos

e loiros preso em

coque, olhos verdes.

É boa em esportes,

adora dançar.

Usa um vestido

no modelo

princesa em tom

verde de manga

3/4 com tom mais

claro, a saia é

volumosa e a

manga é fofa nos

ombros, com

laços próximos

ao cotovelo. Na

gola traz uma

flor, os detalhes

são em tom

dourado.

Edeline

Jovem, magra, pele

branca, cabelos longos

e castanhos preso em

coque, olhos verdes.

É boa em esportes,

adora dançar.

Usa um vestido

no modelo

princesa em tom

azul de manga

3/4 com tom mais

claro, a saia é

volumosa e a

manga é fofa nos

ombros, com

laços próximos

ao cotovelo. Na

gola traz uma

flor, os detalhes

são em tom

dourado.

Page 140: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO DO …ppgecpan.sites.ufms.br/files/2016/01/Telma-Dissertação-final.pdfAbel Balestrin e professor Tiago Dique, pela leitura e sugestões

139

Fallon

Jovem, magra, pele

branca, cabelos longos

e loiros preso em

coque, olhos

castanhos.

Gentil, adora

dançar.

Usa um vestido

no modelo

princesa em tom

rosa de manga

3/4 com tom mais

claro, a saia é

volumosa e a

manga é fofa nos

ombros, com

laços próximos

ao cotovelo. Na

gola traz uma

flor, os detalhes

são em tom

dourado.

Hadley

Adolescente, magra,

pele branca, cabelos

longos e loiros presos

em rabo de cavalo.

Olhos azuis.

É agitada, gosta de

andar com pernas

de pau e dançar.

Usa um vestido

no modelo

princesa em tom

lilás de manga

3/4 com tom mais

claro, a saia é

volumosa e a

manga é fofa nos

ombros, com

laços próximos

ao cotovelo. Na

frente tem uma

faixa mais clara,

na cintura uma

flor.

Ilsa

Adolescente, magra,

pele branca, cabelos

longos e castanhos

presos em rabo de

cavalo. Olhos azuis.

É agitada, gosta de

andar com pernas

de pau e dançar.

Usa um vestido

no modelo

princesa em tom

azul piscina de

manga 3/4 com

tom mais claro, a

saia é volumosa e

a manga é fofa

nos ombros, com

laços próximos

ao cotovelo. Na

frente tem uma

faixa mais clara,

na cintura uma

flor.

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140

Janessa

Menina de cinco anos,

pele branca, magra,

cabelos castanho

escuro, olhos azuis.

É gentil, educada,

gosta de colecionar

insetos e dançar.

Usa um vestido

um pouco abaixo

do joelho, manga

curta e fofa, a cor

é azul claro com

arabescos, na

cintura uma fita

na mesma cor

com uma flor na

frente.

Kathleen

Menina de cinco anos,

pele branca, magra,

cabelos ruivos, olhos

azuis.

Gentil, educada e

gosta de dançar.

Usa um vestido

um pouco abaixo

do joelho, manga

curta e fofa, a cor

é rosa clara com

arabescos, na

cintura uma fita

na mesma cor

com uma flor na

frente.

Lacey

Menina de cinco anos,

pele branca, magra,

cabelos loiros olhos

azuis.

Gentil, educada e

gosta de dançar, é

considerada

desastrada.

Usa um vestido

um pouco abaixo

do joelho, manga

curta e fofa, a cor

é lilás bem suave

com arabescos,

na cintura uma

fita na mesma cor

com uma flor na

frente.

Rowena

Mulher, pele branca,

cabelos grisalhos,

olhos azuis.

Tem a voz doce,

fala de forma

suave, quer roubar

o reino e se livras

das princesas,

maltrata as

princesas e tenta

matar o rei.

Usa um vestido

em tom azul

escuro com

arabescos, saia

muito volumosa

com babados,

manga 3/4 e

detalhes em

dourado.

Barbie

apresenta A

Pequena

Polegar

Polegarzinha

Aparenta ser

adolescente, sem idade

definida, magra, pele

branca, cabelos loiros

com mechas rosa,

olhos azuis, tem

pequena estatura.

Corajosa,

determinada,

amiga, preocupada

com o bem comum,

gosta de se divertir.

Usa um vestido

rosa com detalhes

verdes, saia

brilhante, usa

uma flor na frente

do vestido e outra

no cabelo.

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141

Janessa

Aparenta ser

adolescente, sem idade

definida, magra, pele

branca, cabelos

castanhos claros com

mechas verdes, olhos

verdes, tem pequena

estatura.

Desajeitada, tem

coragem, mas se

atrapalha em tudo

que faz.

Usa um vestido

verde com

detalhes laranja,

uma flor no

ombro e outra no

cabelo.

Chrysella

Aparenta ser

adolescente, sem idade

definida, magra, pele

branca, cabelos

castanhos com mechas

lilás, e olhos castanhos

claros, tem pequena

estatura.

Medrosa, gosta de

se sentir em

segurança, não

gosta de se arriscar.

Usa um vestido

rosa com muitos

detalhem em

lilás, e uma flor

no cabelo.

Makena

Aparenta ter por volta

de doze anos, magra,

pele branca, cabelos na

altura dos ombros em

tom castanho, olhos

verdes.

Mimada, tem tudo

que quer, tenta

manter o padrão de

consumo de sua

amiga Violet, mas

muda ao conhecer

Polegarzinha e se

torna uma pessoa

preocupada com o

bem das outras

pessoas e uma

amiga leal.

Usa uma blusa

verde com uma

legging lilás,

depois uma blusa

verde com calça

jeans.

Barbie em A

Canção de

Natal

Eden

(interpretada por

Barbie)

Jovem, magra, pele

branca, cabelos loiros

e com cachos, olhos

azuis.

Egoísta, mimada,

arrogante,

impiedosa, mas se

transforma ao

longo do filme e ao

final se torna

generosa, gentil,

amiga e preocupada

com outras pessoas.

Usa no início do

filme um vestido

longo com saia

volumosa em tom

verde, no pescoço

uma joia com

pedra verde,

durante a maior

parte usa uma

camisola lilás, e

ao final usa um

vestido vermelho

com um capuz da

mesma cor, na

cintura um laço

dourado.

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142

Catherine

Jovem, magra, pele

negra, cabelos negros

e cacheados, olhos

castanhos.

Generosa, amiga,

dedicada ao

cuidado com outras

pessoas, solidária.

Usa um vestido

rosa com laços

brancos na frente

e ombros, a saia

do vestido é

branca com

detalhes em rosa,

no cabelo usa

laços brancos e

no pescoço uma

joia com pedras

rosa.

Barbie Um

Natal Perfeito

Barbie

Jovens, magra, alta,

pele branca, cabelos

longos e loiros, olhos

azuis.

Gentil, preocupada

com o bem estar de

suas irmãs,

generosa, ajuda em

tudo que pode às

pessoas.

Usa uma blusa

rosa com detalhes

em violeta na

frente, calça

violeta e botas

pretas. Após usa

um casaco rosa

com calça branca

e botas rosa com

preto. Ao final

usa um vestido

tomara-que-caia

longo modelo

sereia em cor

rosa com listras

douradas e um

laço na mesma

cor preso

próximos ao

joelho e sapatos

brancos.

Skipper

Adolescente, por volta

dos dezesseis anos,

magra, pele branca,

cabelos castanhos com

mechas rosa, olhos

azuis.

Gosta de música,

compõe e edita suas

canções no

computador, possui

um blog de música.

Usa uma blusa

azul, um casaco

rosa com estampa

de pintas de onça

em azul, calça

jeans, sapato

azul. Após usa

um casaco azul

com calça jeans e

botas azuis ao

final usa uma

blusa rosa

brilhante, saia

xadrez em tom

verde sobreposta

a uma leggin

branca e sapatos

de salto brancos.

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143

Stacie

Criança, por volta dos

onze anos, magra, pele

branca, cabelos loiros

e olhos verdes.

Esportista, gosta de

patinar no gelo,

sonha em fazer uma

grande

apresentação em

Nova York.

Usa um casaco

fechado violeta

com listras

brancas, calça

lilás e por cima

uma saia azul

com tênis na

mesma cor. Após

usa um casaco

rosa bebê, calça

azul e luvas Pink

e botas azuis. Ao

final usa um

vestido branco

com estampa de

cata-vento, na

barra flores cor-

de-rosa e na gola

uma faixa na

mesma cor com

um laço e sapatos

vermelhos.

Chelsea

Criança, por volta de

seis anos, magra, pele

branca, cabelos loiros,

olhos azuis.

Agitada, falante,

gosta de imitar a

irmã Stacie, sonha

em ver o show de

leões marinhos.

Usa no início

uma blusa verde,

casaco rosa com

listras laranjadas

e corações rosa

nas listras, calça e

sapatos rosa.

Após usa seu

casaco rosa

brilhante, calça

em tom rosa mais

claro e botas

azuis. Ao final

usa um vestido

com estampa em

xadrez verde na

parte superior e

saia branca com

detalhes rosa e

desenhos de bola,

uma fita rosa com

laço abaixo do

busto e sapatos

azuis.

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144

Barbie em

Vida de Sereia

Merliah

(interpretada por

Barbie)

Jovem de 16 anos,

meio humana meio

sereia, pele branca,

magra, olhos azuis,

cabelos loiros com

mechas rosa.

Surfista que gosta

de aventuras,

gentil, educada,

preocupada com o

bem de seus

súditos, amiga,

corajosa,

inteligente.

Usa um biquíni

na parte de cima

do corpo, em

baixo usa um

short curto,

ambos em tom

rosa com flores.

No oceano usa

uma cauda falsa

em tom rosa com

lilás e decorado

com conchas e

top na mesma

cor. Ao final,

quando ganha

cauda de verdade,

ela é rosa

brilhante com

detalhe de uma

flor e estampa de

conchas, o top é

na mesma cor

com uma alça só

e uma flor no

ombro.

Eris

Mulher Sereia, pele

branca, cabelos ruivos,

magra, olhos

castanhos.

Egoísta, mantém a

irmã em cativeiro,

maltrata sereias

inocentes, tirana.

Tem cauda

laranjada com

estampa verde, a

blusa é em tom

laranja, usa uma

coroa grande e

um colar no

pescoço.

Calissa

Mulher sereia, magra,

pele branca, cabelos

loiros com mechas

azuis, olhos azuis.

Generosa,

cuidadora de seus

súditos, gentil.

Tem a cauda azul

clara com rajados

em brancos, top

na mesma cor, no

busto um adorno

dourado e uma

pedra, usa uma

coroa e

braceletes.

Kayla

Jovem sereia, pele

branca, magra, cabelos

longos loiros com

mechas azuis, olhos

azuis.

Vaidosa, gosta de

moda, corajosa, se

dedica a ajudar

Merliah.

Tem cauda azul

com babados em

baixo, a parte de

cima é

continuação da

cauda em modelo

tomara-que-caia,

usa um colar de

coração.

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145

Xylie

Jovem sereia, pele

branca, magra, cabelos

longos castanhos

escuros com mechas

rosa, olhos azuis.

Vaidosa, gosta de

moda, corajosa, se

dedica a ajudar

Merliah.

Tem cauda

violeta com

babados rosa em

baixo, a parte de

cima é

continuação da

cauda com

babados rosa na

gola, alças e

flores, na cintura

um cinto de

flores.

Barbie em

Vida de Sereia

2

Merliah

(interpretada por

Barbie)

Jovem de 17 anos,

meio humana meio

sereia, pele branca,

magra, olhos azuis,

cabelos loiros com

mechas rosa.

Gentil, dividida

entre sua vida

humana e as

obrigações de ser

princesa sereia,

abre mão de tudo

para salvar seu

reino.

Usa um biquíni

na parte de cima

do corpo em tom

pink com

detalhes azuis,

em baixo um

short curto em

tom azul claro

com detalhe Pink

na cintura. No

oceano quando se

torna sereia tem

uma cauda pink

brilhante com

dourado na parte

de baixo, o top é

da mesma cor

com mito brilho e

detalhes em

dourado e azul.

Kylie

Jovem humana, pele

branca, magra, cabelos

castanhos, olhos

castanho claro.

Competitiva, quer

se dar bem a

qualquer custo, mas

muda ao passar

pela experiência de

ser sereia, se torna

amiga, dedicada a

ajudar os/as

outros/as tornando-

se leal.

Usa um biquíni

na parte de cima

do corpo, em

baixo usa um

short curto,

ambos em violeta

com detalhes

lilás, no oceano

ganha uma cauda

lilás com detalhes

violeta, o top é

violeta.

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146

Barbie e o

Castelo de

Diamante

Liana

(interpretada por

Barbie)

Jovem, magra, pele

branca, cabelos loiros,

olhos azuis.

Inteligente, gentil,

caridosa, boa

cantora, amiga,

leal, preocupada

com o bem comum.

Usa um vestido

longo de manga

curta na cor rosa,

na barra um

detalhe em

violeta e um

corpete lilás por

cima. No cabelo

um laço e uma

flor em violeta.

Alexa

Jovem, magra, pele

branca, cabelos

castanhos, olhos

verdes.

Gentil, educada,

boa cantora, amiga,

leal, preocupada

com o bem comum.

Usa um vestido

longo de manga

curta em cor azul

na saia e rosa na

blusa, um corpete

azul mais escuro

por cima.

Barbie e as

Três

Mosqueteiras

Corinne

(interpretada por

Barbie)

Jovem de 17 anos,

magra, pele branca,

olhos azuis, cabelos

longos e loiros

levemente ondulados.

Gentil, educada,

corajosa,

determinada,

destemida, luta por

seus sonhos, treina

para ser

mosqueteira e salva

o príncipe.

No início do

filme usa calça

comprida, camisa

com colete, botas

e chapéu. Na

segunda parte

passa a usar saia,

blusa com colete,

sapatos e uma

meia fina. Na

parte final usa um

longo vestido de

festa na cor rosa e

com muito brilho,

esse mesmo

vestido fica curto

com a retirada de

uma saia,

deixando à

mostra uma bota

de cano alto na

mesma cor do

vestido. Carrega

uma espada como

acessório para

luta.

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147

Viveca

Jovem, pele branca

com olhos castanhos,

cabelos longos em tom

castanho levemente

ondulado.

Gosta de moda e

confecção de

roupas, treina para

ser mosqueteira.

Usa no início do

filme uma saia

lilás com colete

na mesma cor,

blusa branca e

sapatos com meia

fina. No final

aparece com um

vestido lilás

longo com

detalhes em

pedraria, esse

mesmo vestido

fica curto com a

retirada de uma

saia, deixando à

mostra uma bota

de cano alto na

mesma cor do

vestido. Esconde

sob a roupa um

acessório de fitas

que usa como

arma nas lutas.

Aramina

Jovem, pele branca

com olhos castanhos,

cabelos longos e

ruivos levemente

ondulados.

Gosta de dança,

rosas e poesia,

treina para ser

mosqueteira.

Usa no início do

filme uma saia

verde com colete

na mesma cor,

blusa branca e

sapatos com meia

fina. No final

aparece com um

vestido verde

longo com

detalhes em

pedraria, esse

mesmo vestido

fica curto com a

retirada de uma

saia, deixando à

mostra uma bota

de cano alto na

mesma cor do

vestido. Esconde

sob a roupa dois

leques que usa

como armas nas

lutas.

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148

Renée

Jovem, pele morena

com olhos pretos,

cabelos longos e pretos

levemente ondulados.

Gosta de música e

toca violino, treina

para ser

mosqueteira.

Usa no início do

filme uma saia

azul com colete

na mesma cor,

blusa branca e

sapatos com meia

fina. No final

aparece com um

vestido azul

longo com

detalhes em

pedraria, esse

mesmo vestido

fica curto com a

retirada de uma

saia, deixando à

mostra uma bota

de cano alto na

mesma cor do

vestido. Leva no

pescoço um colar

de pedras que usa

como arma nas

lutas.

Barbie em A

Princesa e a

Plebeia

Anneliese

(interpretada por

Barbie)

Jovem, magra, pele

branca, cabelos longos

e loiros, olhos azuis.

Gentil, aceita

passivamente as

ordens da mãe,

obediente, educada,

estudiosa,

preocupada com o

bem de seu reino.

Usa a maior parte

do filme um

vestido longo em

tom rosa bebê, a

saia é volumosa e

brilhante, na

parte de cima a

manga é 3/4, na

frente tem uma

faixa na cor

branca com uma

pedra lilás e

detalhes em

dourado.

Erika

Jovem, magra, pele

branca, cabelos longos

e castanhos, olhos

azuis.

Gentil, resignada,

sonha com

liberdade, boa

cantora.

Usa a maior parte

do filme um

vestido longo

com saia

volumosa em tom

azul bebê com

uma parte rosa

bebê na frente e

detalhes em

dourado.

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149

Barbie

Fairytopia

Elina

(interpretada por

Barbie)

Jovem fada, magra,

pele branca, cabelos

loiros e olhos verdes.

Corajosa, gentil,

educada, bondosa,

preocupada com o

bem comum.

Usa um vestido

tomara-que-caia

curto com saia

feita de pétalas de

flores, na parte de

cima tem detalhes

de pétalas na

parte da frente.

Ao final do filme

ganha um par de

asas rosa

brilhante

Laverna

Mulher fada, magra,

pele branca, olhos

verdes, cabelos

esverdeados.

Invejosa, tenta ser a

rainha das fadas,

enfeitiça a própria

irmã para conseguir

isso.

Usa um vestido

longo em tom

violeta escuro

furta-cor, asas

violeta

translúcida.

Barbie

Fairytopia

Mermaidia

Elina

(interpretada por

Barbie)

Jovem fada, magra,

pele branca, cabelos

loiros e olhos verdes.

Corajosa, gentil,

educada, bondosa,

preocupada com o

bem comum.

Começa usando a

roupa do filme

Barbie

Fairytopia, mas

troca sua asas por

cauda, ela se

transforma em

uma sereia de

cauda pink, a

parte de cima da

roupa também é

da mesma cor

com relevo de

flores, nos braços

leva braceletes

com flores. Ao

recuperar as asas

elas estão pink, a

parte de cima da

roupa fica a

mesma e a parte

de baixo volta a

ser uma saia de

pétalas, mas em

tom da cor inicial

na cor da blusa.

Nori

Jovem sereia, pele

branca, magra, cabelos

azuis, olhos na mesma

cor.

Impetuosa,

grosseira, egoísta,

mas preocupada

com Nalu, ao passo

que convive com

Elina vai mudando

sua maneira de ser,

fica mais educada e

gentil.

Usa na parte de

cima uma blusa

azul com detalhes

em rosa, na

cintura tem

babados mais

longos que

lembram uma

saia, a cauda é

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em tom lilás com

azul.

Barbie

Fairytopia A

Magia do

Arco-Íris

Elina

(interpretada por

Barbie)

Jovem fada, magra,

pele branca, cabelos

loiros e olhos verdes.

Corajosa, gentil,

educada, bondosa,

preocupada com o

bem comum.

Usa um vestido

Pink com relevo

de flores, nos

braços leva

braceletes com

flores, a parte de

baixo é uma saia

de pétalas de flor.

Ao final ganha

asas com as cores

do arco-íris, seu

vestido muda de

formato, a parte

de cima tem as

cores das asas na

frente e azul nas

costas, a saia

continua pink

feita de pétalas de

margarida.

Fada Solar

Jovem fada, magra,

pele branca, cabelos

alaranjados e olhos

castanhos.

Explosiva e

briguenta. Não

gosta de Elina

mesmo antes de

conhecê-la. Mas

muda de atitude ao

ser salva por ela.

Usa um vestido

alaranjado com

detalhes

amarelos, na

frente tem um

sol, a saia é de

pétalas na cor

laranja, as asas

são na mesma cor

com detalhes

amarelos.

Barbie

Butterfly a

Nova aventura

em Fairytopia

Butterfly

(interpretada por

Barbie)

Jovem, magra, pele

branca, cabelos loiros

com mechas rosa,

olhos castanhos e asas

pink.

Se sente

desajustada, não

gosta de ficar entre

muitas pessoas,

sonha em conhecer

o mundo fora de

Flutterfield, diante

da necessidade se

enche de coragem e

enfrenta os

desafios, é

inteligente gentil e

generosa.

Usa um vestido

pink com flores

na frente a saia é

de pétalas e tem

as bordas bem

definidas em cor

escura.

Rayna

Jovem, magra, pele

branca, cabelos cor-de-

rosa com mechas

branca, olhos azuis,

Vaidosa, só pensa

em si mesma, se

arrisca para ajudar

o príncipe a fim de

se tornar sua

Usa um vestido

pink, com colete

e saia de pétalas.

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asas pink. esposa, mas deixa

de ser egoísta no

final do filme.

Rayla

Jovem, magra, pele

branca, cabelos Azuis,

olhos e asas na mesma

cor com mechas

brancas.

Vaidosa, só pensa

em si mesma, se

arrisca para ajudar

o príncipe a fim de

se tornar sua

esposa, mas deixa

de ser egoísta no

final do filme.

Usa um vestido

azul com detalhe

de borboletas na

parte de cima e

saia de pétalas.

Willa

Jovem, magra, pele

branca, cabelos roxo

com mechas lilás,

olhos azuis e asas

roxas.

Generosa, amiga de

Butterfly, corajosa,

ajuda o príncipe a

descobrir os planos

de Henna.

Usa um vestido

roxo com flores

na frente e saia de

pétalas.

Henna

Jovem, magra, pele

branca, cabelos

violeta, olhos azuis e

asas violeta furta-cor

Egoísta, quer se

tornar a rainha,

para isso a

envenena.

Usa um vestido

violeta na parte

de cima e lilás na

parte de baixo

feita de pétalas.

Diário da

Barbie

Barbie

Jovem, magra, pele

branca, cabelos loiros

levemente ondulados,

olhos azuis.

Educada, quer ter

mais visibilidade na

escola, magoa suas

amigas para atingir

seus objetivos, mas

reconhece seus

erros e pede

desculpas.

Troca de roupa

várias vezes

durante o filme,

usa calça jeans,

saias, blusas,

casacos, o mais

especial é o

vestido do baile,

um vestido curto

na cor rosa, com

borboletas em

relevo na frente e

sem manga.

Tia

Jovem, pele morena,

cabelos negros

cacheados, olhos

castanhos claros.

Educada,

determinada,

organizada, amiga.

Troca de roupa

várias vezes

durante o filme,

usa calça jeans,

saias, blusas,

casacos, vestidos.

Courtney

Jovem, magra, pele

branca, cabelos lisos

negros com mechas

castanhas, olhos

verdes.

Educada,

despreocupada,

amiga.

Troca de roupa

várias vezes

durante o filme,

mas em geral usa

calça jeans e

blusa.

Raquelle

Jovem, magra, pele

branca, cabelos loiros

escuro lisos, olhos

verdes.

Se considera a mais

popular da escola,

tenta desqualificar

Barbie.

Troca de roupa

várias vezes

durante o filme,

usa calça jeans,

saias, blusas,

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casacos, vestidos.

Regen

Jovem, magra, pele

branca, cabelos

castanhos claros

curtos, olhos azuis.

Se diz amiga de

Raquelle, mas

quando está longe

faz fofocas sobre

ela.

Troca de roupa

várias vezes

durante o filme,

usa calça jeans,

saias, blusas,

casacos, vestidos.

Dawn

Jovem, magra, pele

branca, cabelos pretos

bem curtos, olhos

castanhos claros.

Se diz amiga de

Raquelle, mas

quando está longe

faz fofocas sobre

ela.

Troca de roupa

várias vezes

durante o filme,

mas em geral usa

calça jeans e

blusa.

Barbie Moda

e Magia

Barbie

Jovem, magra, pele

branca, cabelos loiros

e longos, olhos azuis.

Gentil, generosa,

inteligente,

preocupada com o

bem de outras

pessoas,

apaixonada.

Troca de roupas

várias vezes

durante o filme,

usa calça jeans,

blusas, saias,

vestidos, casacos,

joias.

Tia Millicent

Mulher aparentando

ser mais idosa, magra,

pele branca, cabelos

grisalhos em corte

Chanel e olhos azuis.

Gentil, educada,

grande estilista que

está desistindo de

seus sonhos.

Troca de roupas

várias vezes

durante o filme,

usa calça jeans,

blusas, saias,

vestidos, casacos,

joias.

Marie Alicia

Jovem, magra, pele

branca, cabelos

castanhos e longos,

olhos castanhos claros.

Gentil, educada,

sonha em ser

estilistas como

Millicent.

Troca de roupas

várias vezes

durante o filme,

usa blusas, saias,

vestidos, casacos,

joias.

Jaqueline

Jovem, magra, pele

branca, cabelos loiros

bem curtos, olhos

verdes.

Invejosa, quer

acabar com a

confecção

Millicent’s,

desonesta, trapaceia

para conseguir o

que quer.

Troca de roupas

várias vezes

durante o filme,

usa blusas, saias,

vestidos, casacos,

joias.

Delphine

Jovem, magra, pele

branca, cabelos ruivos

em corte Chanel, olhos

castanhos.

Desajeitada, sem

vontade própria, faz

tudo que Jaqueline

manda.

Troca de roupas

várias vezes

durante o filme,

usa saias,

vestidos, casacos,

joias.

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153

Shyne

Fada da moda, magra,

pele branca, cabelos

pink com mechas

prata, olhos violeta.

Tem poder de dar

glamour as roupas

que gosta, entende

de moda e está

determinada a

tentar salvar a

confecção

Millicent's.

Usa um vestido

tomara-que-caia

curto, busto pink,

rosa no corpo

com pedraria e

saia com muitos

babados. Tudo

com muito brilho.

Shimmer

Fada da moda, magra,

pele branca, cabelos

lilás com mechas

prata, olhos azuis.

Tem poder de por

glitter nas roupas

que gosta, entende

de moda e está

determinada a

tentar salvar a

confecção

Millicent's.

Usa um vestido

azul marcado na

cintura por um

sinto branco com

pedras, a saia do

vestido é

sobreposta, por

branco, rosa e o

azul igual a parte

de cima. Tudo

com muito brilho.

Glimmer

Fada da moda, magra,

pele branca, cabelos

rosa com mechas

prata, olhos verdes.

Tenta dar brilho as

roupas, mas não

funciona, ao final

do filme descobre

que tem o poder de

transformar as

roupas, entende de

moda e está

determinada a

tentar salvar a

confecção

Millicent's.

Usa um vestido

tomara-que-caia

curto, branco no

busto e marcado

acima da cintura,

a saia é rosa com

um tecido

transparente por

cima.

Barbie a

Princesa e a

Pop Star

Tori

(interpretada por

Barbie)

Jovem, magra, pele

branca, cabelos loiros

e longos, olhos azuis.

Não leva a sério

seus deveres reais,

quer ser livre, mas

se preocupa com

seu povo, toma

providências para

melhorar a vida de

todos. É gentil,

educada amiga e

inteligente.

Usa a maior do

filme um vestido

longo pink

brilhante com

bordados de

flores em prata,

saia volumosa,

abaixo do busto

uma pink com

laço, e um colar

com três corações

no pescoço.

Porém varia

quando está na

vida de Keira

usando roupas

diferentes.

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154

Keira

Jovem, magra, pele

branca, cabelos

castanhos e longos,

olhos azuis.

Famosa estrela da

música, quer ter

mais tempo pra si, é

amiga e generosa.

Usa a maior do

filme um vestido

lilás brilhante na

parte de cima,

estilo “mula

manca”, saia de

babado, bota de

cano longo na

mesma cor, na

cintura um cinto

azul com estrela e

uma colar com

três estrelas no

pescoço. O

mesmo vestido

aparece longo

com detalhes

diferentes.

Quando está no

lugar de Tori o

vestido fica pink.

Tia Amélia

Mulher, aparentando

ser mais idosa, tem o

corpo um pouco mais

volumoso que das

outras personagens,

cabelos grisalhos em

corte Chanel, olhos

azuis.

Tia de Tori, tenta

controlar a

princesa, dita regras

e cobra de Tori

atitudes e

comportamentos

que se enquadrem

na regra de

etiquetas para

princesas.

Usa um conjunto

de saia e blazer

vermelhos com

detalhes dourados

e com pedrarias,

usa um colar de

pedras verde e

um chapéu na

mesma cor da

roupa.

Barbie e O

Segredo das

Fadas

Barbie

Jovem, magra, pele

branca, cabelos loiros

e longos, olhos azuis.

Famosa estela de

cinema, gentil,

educada,

determinada a

salvar Ken de viver

o resto de seus anos

no mundo das

fadas.

Troca de roupa

algumas vezes

durante o filme, o

vestido que ganha

ao descobrir o

perdão e a

amizade é pink

com saia de

babados sendo

dois azuis, um

cinto rosa

brilhante,

sandália modelo

gladiador na cor

rosa, um colar

com borboleta e

asas coloridas

com as cores do

arco-íris e muito

brilho.

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155

Raquelle

Jovem, magra, pele

branca, cabelos pretos

e longos, olhos azuis.

Tem inveja de

Barbie por achar

que ela faz tudo

melhor, tenta

‘roubar’ Ken de

Barbie, mas se

arrisca para salvá-

lo de viver o resto

de seus anos no

mundo das fadas.

Troca de roupa

algumas vezes

durante o filme, o

vestido que ganha

ao descobrir o

perdão e a

amizade é violeta

tomara-que-caia

com saia rodada,

um cinto prata,

sandália modelo

gladiador violeta,

um colar com

borboleta e asa

coloridas em rosa

e violeta com

brilho.

Taylor

Jovem fada, magra,

pele branca, cabelos

castanhos claros, olhos

azuis.

Fada estilista, tem

seus poderes nos

sapatos, foi banida

de Glossangeles e

trabalha com

Barbie.

Usa a maior parte

do tempo um

vestido rosa curto

sem manga, com

laços na frente e

um cinto

dourado, por ser a

fada dos sapatos

usa uma sandália

de salto alto

modelo

gladiador. No

pescoço usa um

colar de perolas

rosa. E uma tiara

com flor na

cabeça.

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156

Carrie

Jovem fada, magra,

pele morena, cabelos

castanhos escuros,

olhos castanhos.

Fada estilista, tem

seus poderes nas

bolsas, foi banida

de Glossangeles e

trabalha com

Barbie.

Usa a maior parte

do tempo um

vestido lilás

curto, mangas

curta na cor

branca, tem uma

fita fina com laço

abaixo do busto,

usa um cinto um

pouco mais claro

e brilhante na

mesma cor da

bolsa que carrega

por ser a fada das

bolsas. No

pescoço um colar

de pérolas

brancas com uma

borboleta e uma

tiara de pérolas

na cabeça.

Graciella

Jovem fada, magra,

pele branca, cabelos

cor-de-rosa, olhos

azuis.

Princesa de

Glossangeles, foi

enfeitiçada por

Cristal e sequestra

Ken para obrigá-lo

a se casar com ela.

Usa a maior parte

do filme um

vestido rosa bebê

com uma faixa na

cintura em pink,

no busto e na

barra detalhes em

dourado. Na

cabeça uma tiara

em forma de

coroa.

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Barbie Escola

de Princesas

Blair

(interpretada por

Barbie)

Jovem, magra, pele

branca, cabelos loiros

e longos, olhos azuis.

Educada, gentil,

preocupada com a

família, desastrada,

derruba as coisas,

se suja, não tem

equilíbrio no corpo,

mas tem força de

vontade e caráter.

Usa a maior parte

do filme o

uniforme da

escola, uma blusa

branca sobreposta

por um colete

azul, uma saia

xadrez rosa e

gravata na mesma

cor. Ao final usa

um vestido longo

pink, manga em

um ombro só. O

busto lembra a

lapidação de um

diamante com

detalhe dourado

na borda. A saia é

sobreposta por

outra também em

cor pink com

estampa de flores

e na cintura um

laço xadrez.

Delancy

Jovem, magra, pele

branca, cabelos loiro

escuro e longos, olhos

castanhos.

Mimada, vai

assumir o trono de

Gardênia e se

tornar rainha, tenta

sabotar Blair, mas

ao final ajuda a

protagonista a

assumir seu lugar

de princesa.

Usa a maior parte

do filme o

uniforme da

escola, uma blusa

branca sobreposta

por um colete

azul, uma saia

xadrez rosa e

gravata na mesma

cor.

Dama Devin

Mulher em meia idade,

magra, pele branca,

cabelos loiro escuro,

olhos verdes.

Quer comandar

Gardênia, para isso

provocou a morte

da família real, faz

de tudo para que

sua filha assuma o

trono.

Usa vestidos

colados ao corpo,

com golas

bufantes, varia

nas cores.

Hadley

Jovens, magra, alta,

pele branca, cabelos

castanho claro, olhos

verdes.

Futura princesa,

gosta de jogar

futebol, ajuda Blair

a derrotar Madame

Devin.

Usa a maior parte

do filme o

uniforme da

escola, uma blusa

branca sobreposta

por um colete

azul, uma saia

xadrez rosa e

gravata na mesma

cor.

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Isla

Jovens, magra, alta,

pele branca, cabelos

pretos, olhos castanhos

escuros.

Futura princesa,

gosta de fazer

músicas

eletrônicas, ajuda

Blair a derrotar

Madame Devin.

Usa a maior parte

do filme o

uniforme da

escola, uma blusa

branca sobreposta

por um colete

azul, uma saia

xadrez rosa e

gravata na mesma

cor.

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Apêndice B – Histórias detalhadas

Barbie em O Quebra-Nozes

Barbie in the Nutcracker, 2001, 76 min.

Escrito por Hilary Hinkle, Linda Engelsiepen e Hob Hundnut

Dirigido por Owen Hurley

O filme começa com Barbie ensaiando passos de balé com Kelly, a garota não acerta

os passos, fica chateada e quer desistir. Para motiva-la Barbie conta a história de Clara do balé

“quebra-nozes”. A voz de Barbie conta a história em off enquanto começamos a ver as cenas.

A história começa na casa da família de Clara – protagonista da história − ela mora

com o irmão mais novo e o avô. É chegado o natal, estão fazendo os preparativos para a ceia.

Clara pendura na arvore uma bailarina que ganhou de sua mãe no primeiro balé em que a viu

dançando. Neste momento a campainha toca, o avô reclama dizendo que “não está na hora de

chegar convidados”. A visita é Elizabeth, tia de Clara, uma mulher solteira que adora viajar

pelo mundo. Clara fica feliz ao vê-la e questiona sobre suas viagens. Elizabeth começa a

contar, mas o avô interrompe dizendo para ela não influenciar Clara com suas histórias. Tia

Elizabeth presenteia Clara com um quebra-nozes de madeira em formato de soldado, mas o

irmão tenta toma-lo de suas mãos e quebra o utensílio. Clara fica chateada e enfaixa o braço

do soldado.

Na cena seguinte já é noite, Clara dorme no sofá da sala. O avô quer acorda-la para ir

para o quarto, mas a tia pede que a deixe dormir e completa “A clara não é mais uma criança

merece a chance de perseguir seus sonhos” o avô responde “uma moça deve ser responsável e

prática”. Vão todos se deitar e na sala algo entranho acontece. O relógio marca meia noite, a

câmera enquadra a coruja de madeira sobre o relógio abrindo os olhos e depois um buraco de

ratos na parede de onde começam a sair luzes e ratos vestido de soldados guerreiros. Eles

começam a destruir tudo na sala, mas uma das luzes que saiu do buraco atinge o Quebra-

nozes e o utensílio ganha vida. Começa uma luta entre ele e os ratos. Outro rato, coroado

como rei, também aparece e tenta jogar o quebra-nozes no fogo, neste momento Clara acorda

e intervém na briga deixando o Rei Rato irritado. Com seu cetro mágico ele encolhe Clara,

deixando-a do tamanho do Quebra-nozes. Ela fica assustada, mas não desiste, com ajuda do

Quebra-nozes sobe pela decoração de natal para se proteger. Ao ver o Quebra-nozes em

perigo joga seu chinelo na cabeça do Rei Rato que desmaia e assim o soldado consegue

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escapar. Clara conversa com ele e pede para voltar ao seu tamanho real, mas a coruja aparece

e diz que apenas a princesa Caramelo poderá quebrar os feitiços do Rei Rato, ela tira o colar

da bailarina que está pendurada na arvore e da a Clara, dizendo que para voltar para casa basta

abrir o pingente em forma de coração.

Mesmo com medo Clara se arrisca para buscar a solução. Ela entra com o Quebra-

nozes pelo buraco na parede e vai parar na terra do gelo, porém eles iriam para outro reino.

Clara ajuda uma fadinha desajeitada que encontrou no caminho, em agradecimento a fadinha

trás um grupo de outras fadinhas que fazem um balé no ar, abrindo uma passagem para outro

mundo e os dois seguem viagem. Porém, são avistados por um morcego que trabalha para o

Rei Rato, o animal corre para contar ao rei o que viu. Enquanto isso Clara e o Quebra-nozes

encontram duas crianças na aldeia Pão-de-mel, tudo está destruído, as crianças dizem que é

tudo culpa do príncipe Erick, o Quebra-nozes abaixa o olhar envergonhado, e logo partem em

busca de um lugar seguro para deixar as crianças. No caminho encontram o exercito do rei

rato, correm para a floresta e são socorridos por dois soldados do antigo rei, Major Menta e

Capitão Doce. Clara fala sobre a princesa Caramelo, então, movidos pela esperança, os quatro

decidem partir em busca da tal princesa, a essa altura Clara já percebeu que o Quebra-nozes é

o príncipe Erick que todos consideram desaparecido.

Enquanto eles buscam pela princesa salvadora, Rei Rato manda um gigante de pedras

para caçar e matar o Quebra-nozes. No percurso encontram um campo árido, ao procurarem

por água libertam fadinhas do campo que estavam aprisionadas em um poço. Elas dançam no

ar enquanto devolvem vida e vitalidade ao campo destruído. Mas logo a felicidade acaba, o

gigante de pedra aparece e persegue os dois. Com a ajuda das fadas do gelo eles fogem pelo

mar congelado e o gigante afunda nas águas.

Finalmente chegam a uma ilha e acreditam ter encontrado o castelo da princesa

Caramelo, mas era uma armadilha. Os três homens são presos e Clara fica sozinha. Ela pensa

em desistir e voltar para casa abrindo o pingente, mas se sente responsável em ajuda-los, pois

ela é a única esperança que eles têm. Neste momento as fadas do campo aparecem e levam

Clara até o castelo do Rei Rato. Ela consegue entrar escondida e vai até a prisão, despista um

dos guardas e entra na cela, mas não vê nada, intrigada por haver segurança em uma cela

vazia Clara resolve jogar uma tocha contra a parede e assim liberta os prisioneiros.

O Quebra-nozes se enche de coragem e resolve enfrentar o rei mesmo sem a princesa

Caramelo e vão ao encontro dele. Começa novamente um duelo entre o rato e o príncipe, em

meio à luta o Quebra-nozes está em desvantagem e Clara intervém mais uma vez, o rato tenta

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encolhê-la ainda mais, porém a espada do Quebra-nozes a protege e o feitiço atinge o próprio

rato. Nesse momento todas as maldades do rato são desfeitas. O Quebra-nozes esta caído,

Clara vai até ele e lhe da um beijo no rosto, nesse momento ele volta a ser príncipe. Clara

estende a mão para levantar o príncipe e suas roupas se transformam, e na cabeça tem uma

coroa, eles percebem que ela era a princesa Caramelo. Todos estão felizes, princesa Caramelo

e príncipe Erick dançam apaixonados, mas o rato reaparece e rouba da princesa o cordão que

a levaria de volta para casa. A princesa desaparece dos braços do príncipe e Clara acorda no

sofá de casa. Ela procura pelo quebra-nozes, mas não o encontra, então acredita que tudo foi

real. Neste momento toca a campainha, tia Elizabeth aparece com um jovem chamado Erick

filho de um amigo seu, ele entrega a Clara o colar com pingente de coração que o rato tirou do

pescoço da princesa caramelo, e os dois dançam juntos sozinhos na sala.

Kelly fica inspirada com a história e volta a ensaiar com Barbie, elas acertam os

passos e se abraçam felizes.

Barbie A Rapunzel

Barbie as Rapunzel, 2002, 83 min.

Escrito por Cliff Ruby e Elana Lesser

Dirigido por Owen Hurley

O filme começa em um ateliê, Kelly está fazendo aula de pintura com Barbie, mas não

sabe o que pintar, ela pede a ajuda de Barbie que diz para Kelly usar a imaginação, a garota se

mostra temerosa, então Barbie resolve contar a história de uma garota que teve a vida salva

pela pintura. Ouvimos a voz de Barbie em off e as cenas da história começam a aparecer na

tela.

A história é sobre Rapunzel, uma jovem que vivia presa em um solar oculto no meio

de uma floresta sombria, ela aparece pintando um quadro com a imagem do mar, enquanto

sonha em um dia passear por um lugar como aquele. Estão com ela Hobie – um coelho – e

Penelope – um filhote de dragão. Rapunzel fala de seu sonho quando o coelho avisa que

Gothel está chegando, Rapunzel corre para arrumar o chá antes que a mulher chegue. Gothel

chega exigindo seu chá, mas ao ver uma marca de tinta no rosto de Rapunzel fica irritada,

pergunta se ela já cumpriu suas obrigações mencionando uma lista de trabalhos domésticos,

Rapunzel diz estar tudo pronto. Gothel diz que vai para o quarto descansar enquanto aguarda

o chá.

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Rapunzel fica na cozinha com os animais. Esta tudo pronto quando Penélope bate a

cauda na bandeja e joga tudo para o ar, eles conseguem aparar todos os objetos, menos uma

colher que cai sobre o nariz de um dragão de pedra abrindo uma passagem secreta. Rapunzel é

curiosa e resolve descer as escadas, Hobie e Penelope descem com ela. Ao final das escadas

descobrem um porão secreto com muitos objetos guardados, Rapunzel encontra uma caixa

antiga onde tem uma escova de cabelo guardada, na escova tem uma frase gravada que diz

“como as estrelas são lá do céu, nosso amor é teu Rapunzel. A nossa filha Rapunzel em seu

primeiro aniversário com amor eterno mamãe e papai”. Rapunzel não entende, pois acreditava

que tinha sido abandonada com apenas alguns dias de vida. Enquanto ela tenta entender a

frase da escova Penelope espira e queima o chão e derrubando um armário, em meio a

confusão Gothel chama por Rapunzel pedindo seu chá. Rapunzel volta e a atende, fecha a

cortina do quarto para Gothel dormir até a hora do jantar e depois volta para o porão.

Rapunzel vasculha os objetos a procura de mais pistas, mas Penelope pula fazendo um buraco

no chão. Rapunzel percebe uma corrente de ar e decide descer pelo buraco para ver onde vai

dar, ela encontra um túnel e segue por ele descobrindo que dá acesso a uma vila fora dos

muros encantados do solar. Enquanto Rapunzel passeia pela vila, no solar Penelope e Hobie

estão preocupados com medo que Gothel acorde e descubra que Rapunzel saiu. Hobie avisa a

Penelope que seu pai está chegando, ela sai para recebê-lo. Ele chega sério, cobra dela se está

fazendo os treinamentos para ser um dragão, Penelope tenta mostrar algumas coisas, porém

não consegue e seu pai sai desapontado.

Na aldeia Rapunzel entra no espaço de castelo, três garotas estão brincando no campo

quando uma delas cai em um buraco, Rapunzel corre para ajudá-la, tirando a garota do

buraco, mas quase caem novamente quando um rapaz aparece e segura às duas. As garotas

saem e o rapaz conversa com Rapunzel. Porém ele sai para procurar as garotas e diz que volta

logo, Rapunzel ouve o sino do relógio tocando e volta correndo para casa, quando o rapaz

volta já não a encontra mais.

No solar Rapunzel conta aos amigos sobre o que viu na aldeia, ela está radiante e feliz

por ter conhecido o rapaz. Oto, doninha de estimação de Gothel, ouve a conversa e conta para

a bruxa que viu Rapunzel na aldeia conversando com um rapaz. Gothel vai tomar satisfação

de Rapunzel, questionando o nome do rapaz com quem ela conversava, Rapunzel diz que não

sabe, Gothel insiste, e diante da recusa da jovem em revelar o nome do tal rapaz, decide

estraga todos os seus objetos de pintura. Em fúria transforma o quarto de Rapunzel em uma

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torre isolada do resto do solar, ordena a Hugo – pai de Penelope – que vigie a torre não

permitindo que Rapunzel saia.

Enquanto isso no palácio o rapaz – príncipe Stefan – conversa com seu pai sobre um

ataque ao reino vizinho. Na torre Rapunzel dorme e sonha com o rapaz, ela joga seu cabelo

para que ele suba, mas Gothel aparece gigante e a prende entre as mãos, Rapunzel acorda

assustada, pega a escova com a dedicatória e volta a dormir, algo mágico acontece enquanto

ela dorme e a escova se transforma em um pincel.

Na manhã seguinte dois guardas do castelo do reino do príncipe Stefan andam pela

floresta sombria a procura de Rapunzel, mas são perseguidos pelo dragão, eles voltam para o

palácio e contam o que aconteceu, Stefan fica preocupado por não encontra-la. Na Aldeia os

homens do Rei Wilhelm – rei de um reino vizinho que vive em guerra com o reino de

Frederick, pai de Stefan – destruíram tudo em um ataque.

No solar Penélope e Hobie colhem frutas para fazer tinta para Rapunzel, Hugo aparece

e briga com a filha por ela não cumprir com suas obrigações de dragão, dizendo que ela

deveria se dedicar aos treinamentos e não ficar brincando. Mesmo assim ela e Hobie levam a

tinta para Rapunzel, ela agradece, mas diz que não tem como pintar, pois Gothel destruiu

tudo, Hobie encontra o pincel e Rapunzel descobre que tudo que ela imagina é desenhado

com um simples passar de pincel. Animada ela desenha toda a aldeia na parede de seu quarto,

Penelope vira bruscamente e bate a cauda em Hobie, o coelho é arremessado contra a parede

ficando preso, com parte do corpo no desenho. Com isso Rapunzel descobre que o desenho é

mágico e resolve entrar por ele, ao entrar pela pintura a jovem aparece no jardim do palácio e

encontra o rapaz, ele vai se apresentar, mas ela pede para que ele não diga seu nome.

Rapunzel mostra o pincel e pede ajuda para descobrir o fabricante, eles encontram o irmão do

artesão, mas ele mora no reino do Rei Wilhelm e as pessoas de um reino não podem visitar o

outro. De volta ao palácio Stefan entrega um convite de sua festa de aniversário para

Rapunzel, nesse momento Penelope aparece e pede para Rapunzel voltar, pois se Gothel

descobre que ela saiu poderá castigar Hugo. Para ajudar o dragão Rapunzel resolve voltar,

para isso desenha a torre do solar em uma porta e volta para sua prisão. Gothel a interroga

novamente sobre o nome do rapaz, Rapunzel diz que não sabe e Gothel vai embora.

No palácio, motivado pelas coisas que Rapunzel disse sobre o dialogo, Stefan pede

para convidar o Rei Wilhelm, ele e o pai discutem sobre o assunto e acabam brigando já que o

pai não aceita os argumentos do príncipe.

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Na torre do solar Rapunzel está animada e resolve pintar um vestido para ir ao baile,

enquanto ela e os animais se divertem Oto entra no quarto e pega o convite levando-o para

Gothel. A bruxa vai até a torre para corta o cabelo de Rapunzel, e nesse momento descobre o

desenho pintado na parede, ela percebe que é magico e o destrói, quebrando também o pincel.

Ao sair da torre Gothel joga um feitiço para prender o coração mentiroso, acreditando que

Rapunzel ficará presa. Após, prende Hugo com uma corrente mágica como punição pela fuga

de Rapunzel, em seguida vai para a festa.

No reino vizinho Rei Wilhelm se prepara para atacar o castelo do rei Frederick. No

palácio, ansioso, Stefan espera por Rapunzel. Gothel chega à festa disfarçada com o cabelo de

Rapunzel e atrai Stefan para fora do salão, levando-o até um labirinto no jardim, ela ataca o

príncipe, mas ele consegue fugir. Enquanto isso no solar Penélope conta a seu pai que

Rapunzel tinha saído da torre e só voltou para protegê-lo de Gothel, ela pede para que ele a

ajude a libertar Rapunzel. Hugo não pode sair da corrente, mas orienta a filha para que ela

ajude a amiga. Penelope tem medo, mas Hugo reconhece o valor de sua filha e a motiva para

sobrevoar o muro. Ela voa com Rapunzel sobre o muro mágico e a leva para o baile. Os

homens do Rei Wilhelm atacam os guardas do palácio e invadem a festa, os dois reis se

encontram e lutam com espadas. Stefan aparece fugindo de Gothel e entra na luta também.

Porém a bruxa consegue desarmar os dois reis, Wilhelm a reconhece, os dois discutem sobre o

passado e ela revela que raptou Rapunzel – filha do Rei Wilhelm – quando ainda era criança.

Gothel se prepara para destruir a todos, mas Rapunzel aparece e a desafia. Com a ajuda de

Penelope conseguem levar Gothel para o jardim, e fazem com que a bruxa entre na torre pela

pintura na porta, ficando presa em seu próprio feitiço.

Stefan estava prestes a sair a procura de Rapunzel quando ela aparece. Ela e Rei

Wilhelm se reencontram e conversam sobre o ocorrido quando Rapunzel era um bebê. O rei

se desculpa com Frederick por tudo que fez por pensar que ele era responsável pelo sumiço da

princesa. Depois da revelação os dois reis selam a paz. Rapunzel se casa com Stefan e mudam

para seu próprio palácio onde viveram felizes para sempre com Hobie, Penelope e Hugo.

A cena volta para o ateliê, Kelly fica inspirada com a história e começa a pintar as

coisas com as quais sonha.

Barbie em Lago dos Cisnes

Barbie of Swan Lake, 2003, 83 min.

Escrito por Cliff Ruby e Elana Lesser

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Dirigido por Owen Hurley

O filme começa com Barbie em um acampamento, ela vai até o alojamento das

meninas e encontra Liana fora da Cama, a garota esta receosa com as atividades e quer ir

embora, Barbie conta para ela a história do balé “lago dos cisnes” para motiva-la.

A história começa com Odete Dançando enquanto trabalha na confeitaria de seu pai. O

pai olha com admiração e a incentiva a ir para a cidade dançar como sua irmã, mas ela diz que

o pai trabalha demais e não pode deixa-lo. Sua irmã aparece cavalgando a toda velocidade,

Odete entrega a ela o café da manhã e ela sai novamente.

Odete continua dançando, um pássaro cai em uma bacia de farinha de trigo e Odete o

socorre, ao levar o pássaro para fora ela avista um unicórnio que adentrou na vila, um homem

atira uma flecha e Odete grita que ele espere, pois vai machucar o animal. O unicórnio

continua fugindo e alguns homens o perseguem, ele se livra deles, mas é laçado por uma

corda, e em seguida escapa. Odete segue o animal que vai até a floresta entrando por uma

passagem secreta que dá acesso a um lugar mágico, no qual todos os animais falam. Odete

avista o unicórnio preso, ela conversa com o unicórnio e procura algo para cortar a corda, ela

retira um cristal de uma arvore e com ele liberta o unicórnio. Todos os seres da floresta ficam

admirados por Odete ter retirado o cristal.

A rainha daquele lugar aparece e Odete se desculpa por ter retirado o cristal, a rainha

diz a ela que há muito tempo a esperam. Agradece por ter libertado a unicórnio que se chama

Lila, depois diz a Odete que ela tem nas mãos o cristal mágico e conta que: há muitos anos

seu primo, Robert, foi embora da floresta quando seu tio a escolheu como sua sucessora. Anos

depois ele voltou com sua filha Odila, agora mestre das artes negas começou a tomar a

floresta encantada. Ela e algumas de suas fadas e seus duendes tentaram impedi-lo, mas

alguns foram transformados em animais e obrigados a trabalhar na construção de seu castelo.

Conta também que a profecia diz que quem retirar o cristal vai derrotar Robert e libertar a

floresta, e Odete foi a única a conseguir isso. Odete diz que pegaram a garota errada, não pode

ser ela, pois jamais venceu alguém em sua vida. Odete esta deixando a floreta quando Robert

aparece com sua filha e ironiza o potencial da jovem como salvadora; Lila o afronta e ele

transforma Odete em um cisne. Com a ajuda de Lila Odete consegue fugir de Robert, a rainha

vai ao encontro dela e oferece uma coroa com o cristal para protegê-la do feiticeiro. Robert a

encontra e tenta mata-la, mas a coroa a protege. Ele vai embora e Odete descobre que não

poderá voltar a ser humana, como todos os seres encantados ela só será humana do por do sol

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ao amanhecer. Como não poderá voltar para casa decide ficar para enfrentar Robert. Para isso

ela precisa do livro de feitiços da floresta.

Odete parte com Lila para procurar esse livro. Elas chegam ao local onde o gigante

guarda o livro, Odete tem medo de entrar, mas Lila a motiva, dizendo que ela é mais corajosa

do que pensa. Elas encontram o gigante e descobrem que ele é um baixinho hospitaleiro, os

três procuram pelo livro, mas já é quase manhã e Odete volta a ser cisne. Enquanto isso

Robert pensa em como pegar a coroa de Odete, ele tem a ideia de atrair um humano para

matar Odete, pois a coroa não a protegeria nesse caso. Robert atrai o príncipe daquele reino e

o leva até a floresta mágica. Odete dorme no lago, o feiticeiro a assusta e ela sai voando, o

príncipe a vê, mira sua flecha, mas não atira por acha-la muito linda. Quando ele abaixa o

arco o sol se põe e Odete volta a ser humana. Ele se aproxima e pergunta quem é ela, Odete o

reconhece, enquanto eles conversam e Odete conta o ocorrido Robert os surpreende, ele tenta

transformar o príncipe em porco, mas Odete o protege com sua coroa.

O príncipe agradece a Odete por tê-lo protegido, ela o leva para conhecer o lago dos

cisnes. Começa a tocar uma musica e todos dançam enquanto preparam um jantar para Odete

e o príncipe, ele a convida para dançar, os dois dançam a beira do lago. Antes de amanhecer o

príncipe convida Odete para o baile que acontecerá a noite, ele se propõe a protegê-la em seu

castelo, mas Odete diz que não pode ir, ficará para ajudar a todos da floresta, pede apenas

para que ele avise sua família que está bem e que logo estará de volta. O dia amanhece e

Odete volta a ser cisne, com a promessa de que irá na festa na noite do dia seguinte.

O gigante finalmente encontrou o livro e o leva para Odete, ela lê a profecia que diz:

“quem retirar o cristal mágico vai compartilhar um amor tão verdadeiro que vencerá toda a

magia do mal” “se, porém, o verdadeiro amor jurar amor a outra, o cristal mágico perderá o

seu poder”. O gigante diz que o “verdadeiro amor é quando duas pessoas amam a outra mais

que a si mesmas”. A rainha complementa dizendo que “sozinhas elas são duas, mas juntas são

uma só, esse tipo de amor desprendido tem um pode incrível”. Eles decidem que Odete irá ao

baile para salvar a todos da floresta, eles se preparam para o baile que será na noite seguinte,

mas Robert aparece e sequestra o gigante com o livro. Neste momento o poder da rainha

acaba e todos voltam a ser animais, Odete, transformada em cisne, decide que não poderá

deixar Robert vencer.

Robert prepara um plano para fazer o príncipe jurar amor a outra e acabar com o poder

do cristal. Ele faz um feitiço para que o príncipe veja Odete quando olhar para Odila, caberá a

Odila fazer o príncipe jurar a ela o seu amor. A rainha e os animais chegam no castelo de

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Robert, e Odete com ajuda dos animais consegue resgatar o gigante e sair do castelo. De

Volta a floresta o gigante conta quais são os planos de Robert, Odete parte para o castelo a

fim de impedir que o plano de certo.

No castelo o príncipe dança com Odila pensando ser Odete, o plano de Robert da certo

e os poderes do cristal acabam. Odete volta a ser humana e o feiticeiro tenta mata-la. O

príncipe a encontra e entra em luta com Robert, enquanto isso os seres da floresta fogem com

Odete desmaiada. Robert parte atrás dela e na perseguição eles chegam até a floresta mágica.

O príncipe também aparece, em meio a luta Robert tenta atingi-lo, mas Odete acorda no

momento exato e se põe a frente do príncipe, assim o feitiço atinge os dois ao mesmo tempo.

Eles caem, Odete está sobre o peito do príncipe e as mãos se entrelaçam... neste momento os

poderes de Robert desaparecem e tudo volta ao normal.

Eles acordam e o príncipe pede Odete em casamento. Na cena seguinte uma festa

acontece a beira do lago, Odete dança com seu pai, ele diz que ainda não acredita que ela

salvou a floresta. O príncipe aparece e dança com Odete.

Barbie termina narrando a história, a garota agora está animada para a corrida do dia

seguinte e vai dormir para acordar disposta.

Barbie em A Princesa e a Plebeia

Barbie as the Princess and the Pauper, 2004, 85 min.

Escrito por Cliff Ruby e Elana Lesser

Dirigido por William Lau

O filme começa com a voz de uma narradora contanto que ha muitos anos nasceram

ao mesmo tempo dois bebês idênticos, um era a princesa Anneliese, a outra era a plebeia

Erika, ao passar dos anos Anneliese aprendia seus deveres reais e Erika trabalhava

arduamente de costureira para pagar uma divida dos pais. O ouro do reino havia acabado, para

cuidar do povo e salvar o reino da miséria a rainha decide casar sua filha com um rei de um

reino próximo que procurava por uma esposa.

Anneliese aceita o casamento para não desobedecer a sua mãe, ela aparece

experimentando seu vestido de noiva, então vai em direção à sacada cantando uma canção que

fala de seus sonhos. Na vila Erika trabalha cantando outra parte da mesma música, ela

também vai em direção a sacada e as duas cantam juntas uma parte que fala de seus anseios

enquanto as duas cenas dividem a tela.

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Na mina real dois homens roubam ouro a mando do conselheiro real Preminger, ele

canta uma canção que fala de sua vida e sonhos de se tornar rei. Os homens contam que a

princesa vai se casar com rei Dominick para salvar o reino. Preminger decide raptar a princesa

para impedir o casamento e depois casar-se com ela para assumir o reino. Na manhã seguinte

rei Dominick chega ao palácio disfarçado de embaixador, pois quer conhecer a princesa antes

de se casar. Anneliese conversa com Julian, seu professor, e fala de seu sonho de liberdade,

então Julian decide levar Anneliese para passear pelo povoado antes do casamento. Quando

Julian se afasta para comprar um pão Anneliese ouve alguém cantando e vai até lá, é Erika

que está se apresentando na rua. Anneliese conversa com ela e descobre que as duas são muito

parecidas, a diferença entre as duas é apenas o cabelo e uma marca de realeza que Anneliese

tem no ombro. Anneliese volta deixando a promessa de um dia levar Erika para cantar no

palácio. Quando anoitece Preminger manda seus homens sequestrarem a princesa. Para

conseguir isso atraem a gatinha Serafina, quando Anneliese sai a sua procura é raptada e

levada para uma cabana na floresta. Amanhece e a rainha não encontra a filha, encontra

apenas um bilhete na mesa dizendo que a princesa fugiu para não se casar, Julian vê o bilhete

e desconfia que não seja verdadeiro. Então decide procura por Erika e a convence a ir com ele

para assumir o lugar de Anneliese até que ela seja encontrada, para ajudar Anneliese Erika

aceita a farsa, mesmo correndo risco de ser presa. Julian providencia uma peruca loira e

ensina a Erika como se portar como uma princesa, para isso usa o livro de etiqueta de

princesa, ele diz algumas coisas e começa a cantar as regras.

O casamento está prestes a ser cancelado, mas Erika aparece no lugar da princesa, rei

Dominick a vê e se encanta, decidindo manter o casamento. Preminger não entende o que

ocorreu e vai até o cativeiro, Julian o segue, mas é capturado e levado para mina real. Porém

Anneliese já tinha fugido, ela chega ao palácio e tem sua entrada barrada. Sem saber o que

fazer vai a procura de Erika no povoado, madame Carter a confunde com Erika e deixa a

princesa presa na confecção. Anneliese tenta indicar sua localização, para isso manda seu anel

junto com a etiqueta de um vestido de madame Carter preso ao pescoço de Serafina.

No palácio Erika e Dominick se conhecem, ele toca piano enquanto ela canta, os dois

fazem um dueto cantando uma musica de amor. Saem para um passeio enquanto a música

segue em off. O dia está chegando ao fim e os dois apreciam o por do sol. Serafina consegue

chegar ao palácio, mas quem a encontra é Preminger, o vilão encontra Anneliese e a leva para

mina, deixando-a presa com Julian. Preminger volta ao palácio e revela que Erika é uma farsa,

acusando-a de ter planejado com Julian um ataque para tomar o reino, sem ter como escapar

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Erika é levada presa. Preminger mostra o anel de Anneliese e diz que ela está morta, em

seguida se oferece para casar com a rainha e salvar o reino, sem saída a rainha aceita o

casamento.

Na mina enquanto buscam uma forma de fugir Anneliese revela a Julian que está

apaixonada por ele, com ajuda dos animais o dois conseguem sair da mina e seguem para o

palácio. Quando chegam, o casamento está prestes a acontecer, Erika também fugiu da prisão

e aparece com rei Dominick; em meio à confusão Preminger é levado preso e tudo fica

esclarecido. Anneliese revela a mãe que quer se casar com Julian e que encontrou outra

riqueza na mina. Erika consegue pagar suas dividas e resolve partir para cantar pelo mundo,

Dominick insiste que ela fique, mas aceita a partida ficando na esperança que ela volte.

Depois de viajar por meses cantando Erika para decide voltar para encontrar Dominick. Os

dois casais se unem em uma mesma cerimônia e partem para a lua de mel na mesma

carruagem. Wolfie, gato de Erika, e Serafina também ficaram juntos e nascem muitos filhotes.

Barbie Fairytopia

Barbie Fairytopia, 2004, 70 min.

Escrito por Elise Allen e Diane Duane

Dirigido por William Lau

Esse filme conta uma história que se passa em Fairytopia, um mundo mágico onde

vivem muitas fadas, todas elas têm asas, menos Elina, conhecida como fada do campo. As

outras fadas zombam dela por isso, mas Dandelion, sua melhor amiga a defende e as duas se

divertem juntas. Logo depois as fadas que estavam zombando de Elina voltam e dizem que

Topaz – uma das guardiãs do reino – foi sequestrada por Laverna, irmã malvada da rainha.

Elas vão para casa sem saber exatamente o que esta acontecendo. Amanhece em Fairytopia e

Elina descobre que todas as plantas do campo estão doentes, Dandelion aparece e diz que

muitas fadas também estão doentes e não podem voar, a doença é provocada por um veneno

que Laverna espalhou no ar. Elina decide ir à cidade para tentar falar com Azura – outra

guardiã que pode ajuda-las, ela parte com Bibble – seu bichinho de estimação, e Dandelion,

mas a amiga entra em contato com o veneno e também adoece. Elina e Bibble seguem

sozinhos, pois como Elina não tem asas não se contamina com o veneno. Chegando a cidade

Elina enfrenta alguns obstáculos, mas consegue encontrar Azura. Ela fica na casa da guardiã,

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Azura informa que partira na manhã seguinte para falar com Dahlia – ex-assistente de

Laverna, por segurança deixa seu colar de guardiã com Elina.

No castelo de Laverna explica seus planos as/aos guardiãs/ões, ela pretende roubar

todo o poder de seus colares para tomar o reino de sua irmã. Os Fungus, funcionários de

Laverna, chegam com Azura, porém Laverna vê que ela está sem o colar, indispensável para

concretizar seus planos. Enquanto isso Elina procura por Dahlia, ao encontra-la descobre que

a fragilidade do plano de Laverna está no ponto de união. Sem entender o que isso significa

Elina parte com ajuda de amigas e amigos e consegue entrar no castelo de Laverna. Mas ao

chegar Elina fica sob o feitiço da fada malvada, ela caminha para devolver o colar ao pescoço

de Azura. Ao se aproximar da Guardiã acaba acordando com as palavras proferidas sobre

amizade. Neste momento ela entende o significado do “ponto de união”, atira o colar contra o

cristal que concentra os poderes das/os guardiãs/ões e consegue derrotar Laverna.

Depois de tudo terminado, a rainha vai até o campo para agradecer a Elina por sua

coragem. Em retribuição entrega para ela um colar de borboleta que lhe confere um par de

asas coloridas. Ela e as outras fadas brincam felizes pelo campo.

Barbie e a Magia de Aladus

Barbie and the Magic of Pegasus, 2005, 84 min.

Escrito por Cliff Ruby e Elana Lesser

Dirigido por Greg Richardson

É aniversário de Annika e sua mãe, a rainha, leva um presente para ela no quarto, mas

ao chegar descobre que a princesa não está lá. Desesperada a rainha soa o alarme do castelo.

Em seguida vemos a princesa patinando no gelo, ela esbarra em um filhote de urso polar e cai,

então decide levar o filhote para casa. Chegando ao palácio Annika tenta entrar escondida,

mas a rainha a vê, os pais a repreendem e dizem que ela não pode sair sem permissão. A

princesa discute com os pais e diz que não é mais um bebê, eles a proíbem de patinar no gelo,

Annika chorando vai para seu quarto. É noite, ela vê as pessoas do reino patinando em uma

praça e decide sair para comemorar seu aniversário, pega seus patins e sai às escondidas.

Todos patinam alegremente quando todas as luzes se apagam, logo acendem em um tom azul

frio, aparece Wenlock – um feiticeiro poderoso – que convida Annika a ser sua noiva, ela

recusa o convite com arrogância. Neste momento seus pais aparecem e Annika descobre que

tem uma irmã. Wenlock transforma todos em estatuas de pedras e ameaça a princesa, dando

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três dias para que ela decida o que fazer, ou todos serão estatuas para sempre. Mas, antes que

ela responda aparece uma égua alada que resgata e a leva para as nuvens. Annika quer voltar

para enfrenta-lo, mas o animal não deixa. Annika descobre que Brietta – a égua alada – é sua

irmã, ela foi transformada em animal por Wenlock quando seu pai recusou o pedido de

casamento, e por isso os pais a protegiam tanto. Para enfrentar Wenlock elas decidem fazer

uma varinha de luz, para isso precisam de uma “medida de coragem”, um “anel de amor” e

uma “joia de gelo”, iluminada pela chama eterna da esperança.

Annika e Brietta partem para floresta a floresta proibida, chegam até a parte mais

distante da floresta, onde precisam encontrar uma medida de coragem. Shiver – o filhote de

uso polar – desce por um tobogã enquanto Brietta e Annika caem em redes de armadilhas.

Elas são resgatadas por Aidan, mas Annika decide ir atrás de Shiver, pula no tobogã onde o

animal caiu, ele leva direto ao caldeirão de um gigante. Para conseguir fugir Annika desafia o

gigante, com astucia ela consegue fazer o gigante se prender em correntes, depois que o

gigante está preso usa uma fita de seu cabelo para sair do caldeirão. Ao sair encontra Aidan e

Brietta, que procuravam por ela. A princesa mostra a fita que usou para fugir e ela se

transforma em um cajado. Elas falam da varinha de luz e convencem Aidan a ajudar na busca

Eles procuram um negociante de joias para descobrir sobre a joia de gelo, para

conseguir a informação Annika entrega seus patins. Eles saem à procura da joia, mas já é

noite e está nevando, então decidem acampar no alto da montanha. Na manhã seguinte eles

avistam um pico iluminado pela luz do sol, deduzem que a joia está lá e partem montados em

Brietta. Eles conseguem a pedra, então Aidan começa a forjar o anel de amor, isso usaria sua

espada, mas Brietta oferece sua coroa que nesse momento se fecha formando um anel. Aidan

junta as três partes e faz a varinha, para testar o objeto Annika deseja que Brietta volte a ser

humana e ela se transforma. Para sair da montanha e encontrar Wenlock, pedem ajuda a

rainha das nuvens que envia cavalos alados para resgata-las. Enquanto regressam Wenlock

aparece e as persegue, elas caem e Annika tenta usar a varinha o feiticeiro, mas o objeto não

funciona, pois a princesa está com raiva. Decepcionada Annika decide aceitar o casamento

desde que o feiticeiro liberte seus pais e os súditos. Porém Wenlock rouba a varinha e deixa

Annika soterrada na neve. Aidan aparece e consegue resgatar novamente a princesa. Annika

não desiste e resolve ir até o castelo do feiticeiro para recuperar a varinha. Com a ajuda de

Aidan ela recupera o objeto e finalmente quebra os feitiços de Wenlock, pois agora entende

que é o amor que liberta e não a raiva.

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Annika reencontra os pais e trás Brietta de volta. Pede desculpas a seus pais por tudo

que fez e eles se desculpam por ter escondido a verdade dela. Ao final, a rainha das nuvens

guarda a varinha em segurança e Annika dança com Aidan e todos patinam felizes.

Barbie em as 12 Princesas Bailarinas

Barbie in the 12 Dancing Princesses, 2006, 82 min.

Escrito por Cliff Ruby e Elana Lesser

Dirigido por Greg Richardson

Esse filme conta a história de um do rei Randolph que tinha 12 filhas, sua esposa

faleceu no nascimento das trigêmeas caçulas que agora estão completando cinco anos. As

garotas agem livremente, sem cobranças ou imposições de regras.

O filme começa com rei Randolph recebendo um convite para levar as filhas a um

baile no reino vizinho. Enquanto o mensageiro fala as trigêmeas entram correndo trazendo um

besouro azul, elas falam com o pai sem respeitar o mensageiro que proclama o convite. Logo

aparecem duas jovens brincando com um jogo que usa taco e bola, elas falam alto e correm

pelo salão, em seguida aparecem gêmeas adolescentes andando com pernas de pau. As

trigêmeas batem nas pernas de pau e todas vão ao chão rindo. Elas vão correndo para fora

enquanto o mensageiro fica perplexo com a atitude das princesas, retira o convite e sai

caminhando enquanto diz: “princesas? parecem animais selvagens!”, o rei olha com tristeza

para as filhas.

Na cena seguinte o rei aparece a mesa para o jantar, as filhas começam a chegar e o

pai cumprimenta uma a uma dizendo seus nomes. Geneveive – interpretada por Barbie – é a

ultima a chegar, o pai finaliza dizendo, “minhas doze princesas!”. Neste momento elas

começam a conversar entre sim falando alto e fazendo muito barulho, pegam os pães com

pressa, estendem os braços sobre a mesa. O rei pede silêncio às filhas e com certo custo as

garotas ficam em silêncio, ele começa dizendo que chamaram sua atenção para o fato de que

elas precisarem se comportar mais como princesas, mas, antes que ele termine de falar elas

são avisadas que o sapateiro real chegou, as princesas se retiram da mesa e saem correndo, o

rei fica sozinho e desapontado.

No jardim as garotas chegam correndo para pegar os sapatos, Derek, o sapateiro real,

entrega para cada uma as sapatilhas, depois toca uma flauta para que elas dancem. O rei olha

pela janela enquanto as jovens dançam, diz que as adora, mas não consegue entende-las, olha

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para o retrato da esposa falecida e reclama sua ausência. Na cena seguinte já é noite, as

meninas estão no quarto, uma delas joga objetos ao pé da cama, outra diz “para que usar o

armário se o chão é mais perto?” uma das trigêmeas coleciona insetos, um deles some e todas

se assustam, mas o animal é encontrado e elas vão dormir. Na manhã seguinte chega ao

palácio Rowena, prima do rei que ele chamou para ajudar na educação das filhas. Ele

apresenta as doze princesas para Rowena, ela diz ao rei: “Você me chamou na hora certa,

querido! Suas filhas são terrivelmente despreparadas para a vida real”. O rei comunica que a

duquesa Rowena veio para cuida da educação das meninas, Geneveive tenta protestar, mas o

rei responde que um dia elas herdarão o reino e precisam ser princesas de verdade para isso, e

que a duquesa poderá prepara-las. Rowena começa as mudanças pelo vestuário, os vestidos

coloridos das garotas são substituídos por modelos em tom cinza, mas guardando

características do modelo princesa. O segundo passo é ensinar as garotas a usarem leques. No

quarto Rowena muda as roupas de cama, deixando tudo cinza também, o único acessório no

quarto é um relógio, ela ordena que às oito horas todas as princesas estejam na cama.

Chega mais uma manhã, Geneveive, a pedido das irmãs, conversa com o pai sobre

Rowena, mas ele não aceita a reclamação da filha. Mais um dia se passa e chega o dia do

aniversário de cinco anos das trigêmeas. As irmãs as acordam com uma canção. Elas cantam e

dançam em comemoração, mas Rowena aparece e as repreendem por estarem atrasadas. Uma

das garotas responde e a duquesa interrompe dizendo: “uma princesa não discute! Sem música

e dança até que aprendam a agir com nobreza”. O dia chega ao fim e as meninas estão

chateadas, pois o pai não apareceu para lhes dar os parabéns. As irmãs entregam as trigêmeas

um exemplar do livro favorito de sua mãe, cada princesa ganhou o seu ao completar cinco

anos. O livro conta a história das doze princesas bailarinas, e trás na capa uma flor diferente

para cada uma. Elas começam juntas a ler a história, mas uma das garotas derruba seu livro,

neste momento elas percebem que a flor da capa é idêntica a flor desenhada no piso do quarto.

Elas decidem dançar como na história, e descobrem uma passagem para um jardim mágico,

nesse lugar tudo que desejam vira realidade. A noite acaba e elas voltam para o quarto.

Na manhã seguinte as princesas descobrem que o pai está doente. Elas cantam para

ele, mas Rowena aparece e as obriga a sair do quarto. Chega um médico que receita um tônico

para melhorar a saúde do rei Randolph, porém Rowena joga o remédio fora, ela está

envenenando o rei com uma erva misteriosa. Geneveive a vê em atitude suspeita recebendo

um pacote de um homem, então pede a Derek que descubra quem é o homem e qual seu

negócio com Rowena.

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Chega a noite e a duquesa prende as garotas no quarto, ordenando que seu capanga

vigie a porta, mas, pra sua surpresa na manhã seguinte os sapatos das jovens estão gastos.

Como castigo Rowena as obriga a limpar todo o jardim do palácio. Chega à terceira noite, e as

meninas ficam presas no quarto novamente. Rowena diz que elas são culpadas pela doença do

pai, que ele está doente de desgosto. Diante das circunstâncias as princesas decidem ir para o

jardim mágico e viver lá eternamente. Derek chega ao palácio e descobre que as jovens

sumiram, vai até o quarto e se lembra dos passos de dança, assim consegue chegar ao jardim.

Rowena vai atrás dele, ela descobre o jardim, então quebra o piso de flores que dá acesso ao

lugar, deixando as jovens presas lá. Depois conta que o homem estava trazendo veneno, as

garotas entendem o plano de Rowena e decidem voltar para proteger o pai, para retornar

Geneveive precisa dançar com Derek, os dois dançam e todas saem do jardim flutuando até

chegar ao jardim de dança que foi da rainha.

Contudo Rowena já havia tomado o lugar do rei, ele assinou um documento a

nomeando rainha até que ele volte a suas funções. Quando as princesas regressam são

perseguidas pelos guardas. Elas armam um plano para conseguir chegar ao rei e contar o que

está acontecendo. Cada uma desempenha um papel na missão, e trabalhando juntas

conseguem encontrar o pai. Ao chegarem ao quarto encontram o rei quase morto. Rowena

tenta lançar um feitiço de dança eterna em Geneveive, mas ela usa o leque para devolver o

feitiço na própria duquesa que desaparece dançando. Geneveive não sabe o que fazer para

salvar o pai, mas uma das trigêmeas havia guardado um pouco da água da fonte do jardim

mágico, e ao beber dessa água o rei se recupera, voltando a vida. Ele fica sabendo de tudo que

aconteceu e se desculpa com as filhas, diz que não quer que elas mudem e reconhece o valor

de cada uma.

O tempo passa e chega o dia do casamento de Geneveive e Derek, a cerimônia

acontece no jardim do palácio, todas dançam felizes, inclusive o rei.

Diário da Barbie

The Barbie Diaries, 2006, 70 min.

Escrito por Elise Allen e Laura Mccreary

Dirigido por Eric Fogel

O filme começa com Barbie, Courtney e Tia – amigas de Barbie – se apresentando e

tocando, na verdade elas estão ouvindo musica na garagem e sonhando em serem famosas.

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Kevin – amigo das garotas – aparece lembrando que o ultimo dia de féria está acabando, eles

vão até a uma estrada a beira-mar e falam de seus projetos e sonhos para o novo ano letivo.

Tia fala que numerou seus jeans para não usar repetido, e quer ser presidente da escola. Kevin

diz que fez filmes curta-metragem de animação, mas não revela seu pedido. Barbie pede para

ser a ancora do canal de noticias da escola, quer que no novo ano seja tudo diferente, pois no

ano anterior se sentia invisível. Courtney quer arrasar como baterista. No dia seguinte elas

chegam à escola, Courtney tenta estacionar, mas Raquelle – garota mais popular da escola e

inimiga de Barbie – entra na frente ocupando a vaga.

Elas entram na escola e Barbie vê Todd – namorado de Raquelle, ele a cumprimenta e

ela fica sem saber o que fazer, pois é apaixonada por ele. Barbie vai falar com o diretor para

ocupar a bancada do canal de notícias, mas Raquelle já ocupou o cargo isso deixa Barbie

desapontada, mas acaba aceitando ser assistente de Raquelle, pois o diretor pede para contar

com ela, e dessa forma ela não consegue dizer não. Porém para sua felicidade Todd e

Raquelle rompem o namoro, dado a Barbie a oportunidade de se aproximar do garoto. Ele

com vida Barbie para ir ao baile anual da escola com ele, ela aceita prontamente e depois

disso começam a andar mais juntos.

Animada para o baile Barbie vai ao shopping com as amigas para comprar um vestido

especial para o grande dia. Porém quando vai ao caixa pagar o vestido escolhido recebe uma

ligação de Todd desafazendo o convite, o rapaz alega que reatou com Raquelle. Barbie fica

decepcionada, e ao ver sua tristeza a vendedora lhe oferece uma pulseira que vem

acompanhada de um diário.

Barbie resolve relatar no diário tudo que sente e que acontece em sua vida. E toma

algumas atitudes para mudar a situação em que se encontra. O primeiro passo é inscrever sua

banda para tocar no baile da escola. O segundo passo é preparar uma matéria sobre o universo

dos “populares” da escolar, isso poderá lhe render a bancada do canal de noticias. Depois

disso inventa um brilho labial camuflado em uma caneta, isso lhe rende muitos contatos, pois

todas as garotas querem um. O objeto é descoberto e Barbie e suas amigas são chamadas na

sala da diretoria, Barbie assume a culpa, mas as três são punidas tendo que lavar pratos no

almoço. As amigas estão bravas, mas começam a brincar na cozinha, nesse momento ouvem

que a banda foi escolhida para tocar no baile. Além disso, começa a receber bilhetes de um

admirador secreto que acredita ser Todd.

A protagonista está muito feliz com tudo que vem acontecendo, ela acredita que todo

seu sucesso vem do diário que ganhou, atribuindo poderes mágicos ao objeto. Sua matéria

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começa a desenrolar, ela conquista a confiança das amigas de Raquelle e consegue adentrar

no “mundo dos populares”. Para conseguir informações para sua matéria Barbie acaba se

envolvendo em fofocas, começa a faltar nos ensaios e deixa suas amigas na mão sempre que

precisam. Barbie percebe isso, mas da prioridade a reportagem que está preparando e quer que

as amigas entendam isso. Quando ela finalmente consegue um horário especial para exibir sua

reportagem se dá conta da situação caótica em que se encontra sua vida. Suas amigas

romperam a amizade e resolveram tocar sozinhas no baile. Sua pulseira foi roubada por

Raquelle, com isso Barbie não pode escrever no diário. Ela pensa em desistir de tudo, pois

acredita que não é capaz de realizar nada sem sua pulseira. Nesse momento ela se da conta de

todos os erros que cometeu, reflete sobre suas atitudes e para se redimir com as amigas decide

não exibir a matéria, em lugar dela exibe os vídeos de curta-metragem que Kevin produziu

nas férias.

Barbie volta para casa e toca seu violão sozinha na garagem, enquanto pensa em tudo

que aconteceu. Kevin aparece para leva-la ao baile, para sua felicidade as amigas a perdoaram

e estão com um vestido especial para o evento. Barbie diz que não consegue sem sua pulseira,

Kevin tira a corda do violão e faz uma pulseira com ela, nesse momento Barbie se dá conta de

que o objeto não é o responsável pelas coisas que ela realizou, tudo aconteceu graças a sua

dedicação e empenho.

Elas tocam no baile e a banda faz um grande sucesso. Barbie desce do palco e Todd

vai cumprimenta-la, os dois dançam juntos e Barbie descobre que não é ele o autor dos

bilhetes, então se da conta de que seu admirador é Kevin e deixa Todd na pista, indo atrás de

seu amor. Eles dançam juntos em clima de romance. Barbie aparece em seu quarto

escrevendo no diário, ela conclui: “Eu acho que coisas incríveis acontecem mesmo quando a

gente bota os sonhos no papel, então da próxima vez que alguém perguntar se você acredita

em mágica, a única resposta é sim! A pulseira era mágica? Claro! Pois sem ela jamais teria

descoberto quem eu era de verdade, a pulseira destrancou o diário e o diário me destrancou”.

Ela fecha o diário e Kevin aparece para assistirem juntos a um filme, eles estão na letra Z, e a

comida de acompanhamento deve ter o nome começando com a mesma letra do nome do

filme, os dois conversam sobre comida e riem, e assim o filme acaba.

Barbie Fairytopia Mermaidia

Barbie Fairytopia Mermaidia, 2006, 75 min.

Escrito por Elise Allen

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Dirigido por William Lau e Walter P. Martinshius

O filme começa com cenas do filme Barbie Fairytopia, enquanto Azura narra os

acontecimentos. Logo após aparecem algumas fadas brincando no campo com Bibble –

bichinho de estimação de Elina. Ele corre assustado, pois uma garotinha o está seguindo.

Agarota é uma fada que está à procura de Elina, pois Nalu – o príncipe das aguas – foi

capturado pelos Fungus – funcionário de Laverna – e corre perigo. Elina decide ir até a

enseada de cristal para ajuda-lo.

O objetivo de Laverna é conseguir a frutinha da imunidade para que ela possa ficar

imune a qualquer magia, já que foi punida no filme anterior. Porém Nalu se nega a leva-los

até a tal frutinha. Para força-lo a mudar de ideia um Fungus joga um veneno na água que

escorre em direção as águas de Mermaidia, antes que o veneno contamine tudo Nalu resolve

leva-los até a frutinha. Neste momento Elina está chegando a enseada e vê a água envenenada,

ela vai até lá para tentar descobrir o que está acontecendo. Ela avista Nori – sereia amiga de

Nalu – e vai falar com ela, mas Nori não gosta de Elina, pois pensa que Nalu é apaixonada por

ela. Elina conta sobre o sequestro, porém a sereia dispensa a ajuda da fada e parte sozinha

para procurar o príncipe. Elina come a alga que permite respirar embaixo d’agua e com ajuda

de uma tartaruga vai até Mermaidia. Enquanto seguem aparece um golfinho que se junta a

eles. Elina consegue chegar e encontra Nori que a maltrata novamente, mas a sereia muda de

ideia e decide aceitar a ajuda de Elina, pois precisa dela. Com educação e gentileza Elina

consegue uma informação para encontrar o príncipe. Um oráculo as orienta a ir até as

“profundezas do desespero” e encontrar o “espelho da neblina”, mas para isso Elina terá de

desistir de suas asas para obter uma cauda, Elina diz que não será preciso, mesmo assim o

oráculo entrega um colar de pérolas que a trará de volta caso mude de ideia, para voltar a ser

fada Elina precisa estar fora da água quando a ultima perola voltar a ficar branca. As duas

seguem a missão e chegam às profundezas do desespero, elas precisam descer, mas Elina não

consegue, pois a correnteza é muito forte. A sereia vai sozinha, mas fica presa e pede ajuda a

fada, sem opção Elina troca suas asas por uma cauda de peixe, e assim consegue resgatar a

sereia. Depois de passar por todos os obstáculos elas conseguem descobrir onde está Nalu e

partem atrás dele, o caminho é perigoso e elas precisam trabalhar juntas. Elas chegam ao

jardim mágico, encontram Nalu e o libertam. Mas a frutinha já está com um dos Fungus,

então Elina tem a ideia de trocar a frutinha por outra parecida, ocorre uma disputa pela fruta, e

nesse momento o colar de Elina esta voltando a cor branca, ela precisa sair imediatamente da

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água, caso contrário será sereia para sempre. Ela sai e aguarda, um Fungus joga o frasco de

veneno no mar. Para impedir a contaminação, Elina se joga na água e perde suas asas. Ela

chora por suas asas, mas se sente feliz por ter conseguido salvar o reino das águas. Tudo

parece perdido, mas Nori tem a ideia de dar a Elina uma frutinha que revela “seu verdadeiro

eu”, a fada come a fruta e volta a ter asas, elas estão ainda maiores que antes.

Os Fungus levam a frutinha para Laverna, acreditando ser a fruta correta, mas é a

mesma fruta que Elina comeu, aquela que revela “seu verdadeiro eu”. Laverna come e se

transforma em uma rã. A Fada do campo volta para casa e todas as fadas querem saber de sua

nova aventura.

Barbie em a Princesa da Ilha

Barbie as the Island Princess, 2007, 86 min.

Escrito por Cliff Ruby e Elana Lesser

Dirigido por Greg Richardson

O filme começa apresentando uma praia tropical, um panda vermelho e um pavão

chegam na praia depois de uma noite de tempestade. Eles encontram objetos na praia e logo

após avistam uma garota desmaiada na areia, Sagi – o panda vermelho – decide ajuda-la, Azul

– o pavão – é contra, mas acaba cedendo, eles socorrem a garota. O narrador informa uma

passagem de dez anos. Vemos uma jovem correndo com um elefante em direção a areia da

praia, são Ro e Tika – o elefante, elas se juntam a Azul e Sagi, juntos cantam uma canção que

fala sobre a ilha e a amizade entre eles.

Na manhã seguinte um navio se aproximando da ilha, ele trás príncipe Antônio que

decide aporta na ilha, Ro e os animais observam de longe, Ro fica surpresa por ver pessoas

semelhantes a ela. Príncipe Antônio e o cientista real caminham pela ilha quando caem em um

lago de crocodilos, quando os animais se aproximam para ataca-los Ro e conversa com eles,

deixando os homens surpresos pela sua habilidade de falar com os animais. Ela os leva para o

local que habita com seus amigos e apresenta Azul, Sagi e Tika para eles. O príncipe convida

Ro para ir ao seu reino, ela aceita, mas leva os animais consigo.

Eles chegam ao reino e Antônio apresenta a moça aos pais. Mas descobre que seus

pais arranjaram um casamento para ele enquanto esteve fora. O príncipe se recusa a casar com

Luciana, pois está apaixonado por Ro, mas o pai não aceita. Na cena seguinte rainha Ariana –

mãe da noiva – revela seus planos, ela quer casar a filha com o príncipe para se vingar do rei,

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pois no passado sua família tentou matar o rei e foi punida com o banimento do reino. Na

manhã seguinte Tika pede para ir embora, mas Ro quer procurar sua família. O rei oferece um

baile para anunciar o casamento do filho. Por insistência dos animais Ro decide ir ao baile,

quando ela aparece Antônio a convida para dançar. Rainha Ariana percebe um sentimento

entre os dois, e apressa o rei para realizar o casamento. Logo depois da festa o pai comunica a

Antônio que ele se casará em dois dias, ele se recusa e briga com o pai. Procura por Ro para

fugirem justos, não a encontra. Rainha Ariana resolve antecipar seu plano envenenando todos

os animais do reino. Ro é acusada do crime e levada presa, para liberta-la Antônio aceita se

casar com a noiva escolhida por seu pai.

Ro e seus animais são mandados de volta para a ilha, mas ao partir Ro descobre que

rainha Ariana pretende matar a todos, ela tenta voltar, mas é atirada ao mar, no incidente

recupera sua memoria e lembra que seu nome é Rosella. De volta ao palácio Ro consegue

salvar os animais e provar sua inocência. Com tudo resolvido o rei e a rainha se desculpam

com Ro por acusa-la. Antônio pede Ro em casamento, nesse momento aparece a rainha mãe

de Rosella. Chega o dia do casamento de Rosella com Antônio, eles partem com os animais

de navio para a lua de mel.

Barbie Fairytopia A Magia do Arco-Íris

Barbie Fairytopia Magic of the Rainbow, 2007, 74 min.

Escrito por Elise Allen

Dirigido por William Lau

O filme começa com Azura narrando as aventuras do primeiro filme com a Fada do

Campo Barbie Fairytopia e do segundo filme Barbie Fairytopia Mermaidia.

Começam as cenas do terceiro filme e aparecem Elina, Dandelion, Bibble e outras

fadinhas voando e brincando no campo. Algumas fadas se aproximam e querem saber das

aventuras de Elina, ela se tornou a heroína de Fairytopia. Neste momento Azura aparece para

conversar com Elina, e convida a fada para ser sua aprendiz, pois as/os guardiãs/ões

decidiram ensinar outras fadas a realizar o primeiro voo da primavera. Elina aceita o convite

temerosa de suas capacidades para assumir essa missão. Apesar disso, parte com Bibble para

o castelo de Cristal, local onde aprenderá o ritual.

Elina se aproxima do castelo, mas para a alguns metros com receio de encontrar as/os

outras/os aprendizes. Nesse momento ouve uma voz, é um rapaz chamado Linden, que

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também é aprendiz, depois de conversar com o novo colega Elina decide ir ao dormitório. Ela

chega, mas, não sabe qual é o seu, a medida que vai procurando seu quarto também conhece

outras/os colegas. Elas/es são hostis com Elina, principalmente fada Solar, que já ouviu falar

da Fada do Campo e mesmo sem conhecê-la já não gosta dela. Finalmente encontra Glee, uma

fada que a trata com educação e mostra seu quarto.

Na manhã seguinte as/os guardiãs/ões reúnem as/os aprendizes e explicam como será

o ritual, delegando as tarefas de cada um. Elina vai para aula de magica, lá descobre que tem

poderes que desconhecia. Na aula de “voança” – uma mistura de voo com dança – Elina mais

uma vez se sai bem, isso desperta ainda mais a inveja da fada Solar. A noite chega e elas vão

para aula de “luminescência”, Elina tem dificuldades controla seus poderes e acaba atingindo

fada Solar que revida e as duas começam a brigar; Azura as repreende e proíbe de usar magia

uma contra a outra.

Começa um novo dia, Elina está na mata e conversa com Linden, aparece uma rã,

dizendo que foi enfeitiçada por uma bruxa, a fada acredita que o feitiço é obra de Laverna e

resolve desfazê-lo, porém a rã é a própria Laverna que agora está livre novamente para usar

seus poderes. Elina corre para contar as/os guardiãs/ões, que ficam em dúvida, pois

aparentemente Laverna continua presa no pântano, mesmo assim Azura reforça a segurança

do castelo. Quando chega ao dormitório a fada é hostilizada pelos colegas. Azura ordena que

façam rondas noturnas em grupo. Porém já é tarde, Laverna tomou o lugar de fada Solar,

assumindo sua aparência, a bruxa planeja destruir o primeiro voo da primavera para tomar o

reino. O plano começa a dar certo, Laverna envenena todas/os guardiãs/ões com veneno de

sapo antes que tenham terminado de treinar as/os aprendizes. A rainha convoca todas/os para

uma reunião e passa a elas/es a responsabilidade de fazer o voo da primavera.

Chega o dia do ritual, as/os aprendizes vão para o pátio onde acontecerá o primeiro

voo da primavera. Começam o ritual e conseguem fazer a primeira parte que é a câmara onde

será realizada a cerimônia. Porém, em meio ao ritual Laverna se revela para Elina, que

entende finalmente que era o plano da Vilã. Elina decide sair para procurar a fada Solar, pois

somente com a fada verdadeira o ritual poderá dar certo. Depois de tensos momentos de busca

Elina finalmente encontra fada Solar e as duas voltam para o palácio de cristal. Laverna

finalmente se revela e exige que sua irmã – a rainha – entregue seu trono, a rainha aceita a

exigência com a promessa de que o primeiro voo da primavera será protegido. Porém Laverna

não cumpre sua promessa e tenta destruir o botão de flor que representa o primeiro voo da

primavera. Neste momento Elina se põe a frente do feitiço de Laverna para salvar o botão, ela

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começa a ficar fraca, pede a ajuda das/os colegas e todas/os se juntam enviando seus poderes

a Elina que derrota Laverna. Mas já é tarde, um tenebroso inverno se abate sobre Fairytopia.

Elina não desiste e convoca as/os aprendizes para retomarem o ritual. Finalmente a flor se

abre e milhares de borboletas saem voando, um arco-íris aparece, o inverno desaparece e

Fairytopia está salva. Depois de tudo terminado a rainha reúne a todas/os guardiãs/ões e

aprendizes para agradecer a bravura de cada uma/um, concedendo uma medalha de honra pelo

empenho. Elina se despede das/os colegas e volta para sua casa no campo.

Barbie Butterfly a Nova aventura em Fairytopia

Barbie Mariposa, 2007, 74 min.

Escrito por Elise Allen

Dirigido por Conrad Helten

O filme começa com Bibble ensaiando para seu encontro com Dizzle – bola de pelos,

como ele, que conheceu no filme Barbie Fairytopia A Magia do Arco-Íris – ele esta com

medo de conhecer as/os amigas/os de Dizzle, por isso desiste de ir ao encontro dela. Para

motivar seu bichinho de estimação Fada do Campo conta a história de Butterfly – uma fada

Borboleta sua amiga – que vive no reino de Flutterfield. Enquanto Elina conta a história

começamos a ver as cenas.

Esse reino era cercada por Skeezites – seres enormes que comiam as fadas borboletas

– elas tinham que se esconder durante a noite para salvar suas vidas, mas a rainha Marabella

colocou flores magicas iluminadas nas arvores que brilhariam enquanto ela vivesse, isso

matinha os Skeezites afastados. Butterfly é tímida e não gosta de se misturar as grandes

multidões, prefere a companhia um livro e de um lugar silencioso onde possa ver as estrelas.

Butterfly e Willa – sua amiga – trabalham para Rayna e Rayla, duas fadas espanholas,

vaidosas e que vivem brigando entre si. Haverá um baile a noite, elas querem se preparar para

arrasar no baile, entregam uma lista de coisas para Willa providenciar, Butterfly fica na casa

para atender as ordens das irmãs. É noite, em um local afastado Henna – assistente da rainha –

prepara uma poção para matar a rainha e tomar seu lugar. Butterfly deixa as irmãs Rayna e

Rayla nas entrada do baile e sai, nesse momento encontra príncipe Carlos, mas não o

reconhece, ele se apresenta como Andreos e os dois conversam.

Na manhã seguinte Butterfly acorda com Andreos batendo em sua janela, ele revela

que é o príncipe e que a rainha está doente, envenenada por Ilios, ele entrega um mapa a fada

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e pede que ela procure pelo antídoto. No trabalho Butterfly descobre que o príncipe está preso

no castelo e conta sobre o mapa, as irmãs resolvem que elas vão buscar o antidoto e Butterfly

vai junto como criada. Depois de passar por inúmeras dificuldades e contar com ajuda de

outras pessoas, as fadas finalmente chegam ao local que guarda o antídoto, elas decidem que

Butterfly deve continuar, pois apenas uma poderá entra. O remédio está em uma estrela, a

fada precisa escolher a estela certa e tem apenas uma chance, com inteligência ela descobre a

estrela e consegue o antidoto, e num passe de mágica voltam direto a Flutterfield.

No reino a situação está caótica, a rainha está a beira da morte e Henna ordenou que os

Skeezites invadissem a cidade, as fadas enfrentam os monstros com luzes. Butterfly apare

trazendo o antidoto que é uma flor, ela a aproxima do nariz da rainha, mas Henna toma de

suas mãos e a destrói. Tudo parece acabado, mas a rainha volta a vida e as luzes protetoras de

Flutterfield se acendem novamente afastando os Skeezites. Henna consegue fugir, mas deixa a

promessa de voltar para retomar o reino. Depois de tudo resolvido a rainha oferece uma

condecoração as garotas que foram bravas e corajosas salvando o reino.

Aparece novamente fada do Campo que termina a história, Bibble está otimista e

mudou de ideia sobre conhecer as/os amigas/os de Dizzle. Ela finalmente chega e eles se

abraçam felizes. As amigas são mini fadas que gostam muito dele. Elas saem voando e

brincando animadas.

Barbie e o Castelo de Diamante

Barbie The Diamond Castle, 2008, 83 min.

Escrito por Cliff Ruby e Elana Lesser

Dirigido por Gino Nichele

O filme começa com Barbie e Tereza – sua amiga – ensaiando uma música que fala de

amizade. Stacie – irmã de Barbie – entra no local brava por ter brigado com sua melhor

amiga. Para fazer Stacie pensar melhor sobre amizade Barbie conta a história de duas amigas

e um castelo de diamante.

As cenas começam, Liana e Alexa colhem flores no campo para vender. As duas

moram na mesma casa e dividem todas as tarefas. Liana encontra no fundo do lago duas

pedras em forma de coração e decide fazer colares de amizade, para serem “melhores amigas

hoje, amanhã e sempre”. Depois disso começa uma grande tempestade na manhã seguinte o

campo está completamente destruído. As jovens recolhem as flores que sobraram, arrumam

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um pão com geleia para o lanche e vão para a cidade vender. No caminho elas encontram uma

senhora com roupas maltrapilhas, então resolvem dar o pão a mulher que em troca oferece um

de “seus tesouros”, Liana escolhe um espelho velho. Ao chegar em casa ela limpa o espelho, a

peça dourada fica brilhante. Elas vão trabalhar no campo e enquanto cantam descobrem uma

voz que vem do espelho, elas pegam o objeto e veem uma jovem dentro dele. O espelho

esconde Melody, uma aprendiz das ninfas da música. Ela conta para as garotas que a muitos

anos Lydia – uma das ninfas – resolveu tomar o Castelo de Diamantes e ser a única ninfa,

para isso transformou as outras em estátuas de pedra. Melody conseguiu ocultar o castelo –

que guarda os instrumentos mágicos – e salvar a própria vida se escondendo no espelho.

Porém quando Melody cantou com as amigas um dragão – serviçal de Lydia – conseguiu

localiza-la, o animal parte em busca da garota e descobre que ela está no espelho. Desajeitado

o dragão acaba incendiando a cabana das garotas, destruindo tudo. Depois do estrago Liana

consegue convencer Alexa a irem juntas para derrotar Lydia e salvar as musas da música.

Elas partem para realizar a missão, mas estão famintas. Chegando em uma aldeia

encontram o dono de um restaurante bravo por que seus músicos não apareceram. As duas

resolvem tocar no lugar dos rapazes para ganhar comida, enquanto elas se apresentam Melody

não resiste e canta junto atraindo o dragão, isso permite a Lydia partir no encalço delas. Antes

de sair do local elas conhecem os músicos, são dois irmão Ian e Liam que as ajudará até o fim

da missão. Lydia aparece no caminho e tenta enfeitiça-las para pegar o espelho, mas as pedras

de coração as protege e elas conseguem fugir com a ajuda dos irmãos. Na manhã seguinte elas

chegam a um local que pode dar acesso ao local do castelo. Existe uma ponte oculta que é

guardada por um Ogro, ele prende os dois rapazes, para liberta-los e liberar a ponte o Ogro faz

uma charada que Liana consegue desvendar.

Elas seguem caminhando cansadas quando avistam uma fumaça, é uma casa, elas vão

até lá e encontram uma família enfeitiçada por Lydia. O casal diz que a mansão é delas, pois

uma lenda fala de duas melhores amigas que herdarão tudo aquilo. Alexa quer ficar, mas

Liana quer seguir para levar Melody, as duas se desentendem, Alexa decide ficar e Liana

segue. Logo após a saída de Liana, Alexa joga seu colar, nesse momento Lydia aparece e leva

Alexa para seu castelo. Quando finalmente chegam ao local que oculta o castelo o dragão

aparece e captura Liana e o espelho. No castelo Lydia consegue tomar o espelho e o dragão

tenta matar Liana e Alexa, porém as duas conseguem escapar. Elas voltam para o local do

castelo e conseguem enganar Lydia. Para fazer aparecer o castelo as duas cantam a canção de

Melody, enquanto cantam o castelo emerge de um lago. Elas entram no castelo e Lydia

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reaparece, mas antes que ela consiga destruir os instrumentos Liana e Alexa os pegam e os

tocam. Nesse momento Lydia se transforma em estátua e todos os seus feitiços se desfazem.

As musas voltam ao castelo, e declaram as amigas como “princesas da música”. Melody se

torna a terceira musa. As garotas são convidadas a ficar no castelo, mas decidem voltar para

casa. Com sementes mágicas recuperam o jardim que havia sido destruído. As novas plantas

produzem flores com diamantes e as garotas vivem felizes.

Ao final da história Stacie resolve procurar sua amiga para pedir desculpas. Tereza e

Barbie terminam o ensaio da música que fala de amizade.

Barbie apresenta A Pequena Polegar

Barbie Presents Tumbelina, 2008, 75 min.

Escrito por Elise Allen

Dirigido por Conrad Helten

O filme começa em um campo colorido e ensolarado. Barbie está acompanhando um

grupo de crianças que irão plantas arvores neste campo. Uma das meninas escolhe a menor

muda para plantar, outras crianças riem dela dizendo que aquela muda não serve pra nada por

ser pequena. Barbie contesta dizendo que mesmo os/as mais pequenos/as podem fazer uma

grande diferença, então começa a contar a história da pequena Polegar.

Começamos a ver as cenas e em off a voz de Barbie narra os fatos. Perto de uma

cidade grande havia um campo florido e calmo onde existe o mundo dos/as Twillerbees,

pequenas criaturas que tem o poder de ajudar as plantas a crescerem. Essas criaturas tem

medo dos seres humanos, mas Polegarzinha é diferente, ela é a mais corajosa dos/as

Twillerbees. A garota resolveu fazer, com pétalas de flores, asas para ela e suas amigas,

Chrysella e Janessa, para que pudessem voar sobre o campo. Com as asas prontas vão até o

topo de uma arvore para alçar voo. Depois do primeiro voo as garotas descobrem que estão

chegando ao campo alguns humanos com maquinas para trabalhar ali. Chega também, um

carro com Makena e seu pai e sua mãe, eles são os responsáveis pela obra que vai acontecer

no campo. Makena conversa por telefone com Violet, sua amiga, uma garota rica que tem

tudo que quer. Violet conta a Makena que ganhou uma ilha e pergunta se ela ganhou algo,

para dizer que também ganhou alguma coisa, Makena pede ao pai um canteiro de flores para

por em seu quarto. As flores floram levadas e com elas as Twillerbees que estavam

escondidas nas pétalas, foram todas para o apartamento de Makena na cidade. Na primeira

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oportunidade as garotas decidem fugir, antes de sair ouvem que o campo será destruído para

dar lugar a uma fábrica. Polegarzinha decide ficar na cidade para tentar fazer algo que impeça

a destruição de seu lar, Janessa e Chrysella voltam para o campo, elas se juntam as/os demais

Twillerbees para impedir o funcionamento das máquinas.

Polegarzinha ouve uma conversa de Makena com Violet e se propõe a ajudar para

impressionar a amiga, mas em troca a garota teria que ajuda-la a impedir a construção da

fábrica. Os dias vão passando e os/as Twillerbees continuam fazendo de tudo para segurar as

maquinas. Enquanto isso Polegarzinha insiste com Makena para falar com seu pai e sua mãe.

Inicialmente Makena não pensa em ajudar, ela quer apenas exibir Polegarzinha como objeto

exclusivo para impressionar Violet. Quando Polegarzinha descobre a intenção de Makena fica

magoada e decide ir embora. Mas, ao conviver com Polegarzinha, Makena descobre o que

significa uma amizade, por isso rompe relações com Violet e vai a procura da nova amiga

para se desculpar com ela. Reconciliadas as duas voltam para tentar convencer os adultos a

pararem a construção. Com muito esforço Makena leva a família para um chá na estufa do

apartamento, ela pede a interrupção do projeto, mas não é atendida. Nesse momento

Polegarzinha se revela ao pai e a mãe da amiga e fala de seu lar, conta que muitos/as

Twillerbees vivem lá e que ficarão sem casa se o campo for destruído. Comovidos eles

decidem parar imediatamente a construção e partem para o campo. No caminho encontram

um engarrafamento, então Makena segue de bicicleta para chegar mais rápido. Ela enfrenta

com coragem o chefe de obras que se recusa a parar a derrubada do campo, finalmente sua

família chega e impedem o funcionário de continuar o trabalho. Depois de tudo resolvido vão

para o local onde ficam os twiller-brotos e assistem ao nascimento dos twiller-bebês que são

imediatamente adotados pelos/as Twillerbees adultos. Para garantir que nada aconteça ao

campo e ao mundo dos/as Twillerbees Makena e sua família transformaram o campo em uma

área de preservação permanente.

O filme termina com Barbie finalizando a história, ela diz que não importa o tamanho,

cada um pode fazer a diferença. As crianças saem agitadas procurando por Twillerbees no

campo do piquenique. Polegarzinha, Janessa e Chrysella aparecem a fazem a pequena arvore

plantada no início, crescer e ficar grande como as outras.

Barbie em A Canção de Natal

Barbie in A Christmas Carol, 2008, 76 min.

Escrito por Elise Allen

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Dirigido por William Lau

O filme começa com Barbie procurando por Kelly, sua irmã. A garota está chateada e

não quer ir ao baile beneficente de natal, alega que prefere ficar em casa para fazer as coisas

que fazem todos os anos. Barbie resolve contar uma história para Kelly sobre a importância

do natal. Ouvimos sua voz em off enquanto as cenas começam a aparecer na tela.

Vemos Eden – famosa cantora lírica da era vitoriana – cantando no palco a música

“pinheirinho”. Quando o espetáculo termina Eden deixa o palco e começa a reclamar de tudo

a sua volta. Ela chama por Catherine – sua amiga e figurinista – que não aparece, pois está

com os/as demais funcionários/as do teatro arrumando a decoração de Natal. Ao vê-los/las

cantando felizes Eden avisa que não terão o feriado de natal, as pessoas reclamam e a cantora

ameaça demitir quem não vier trabalhar. Os/as funcionários/as ficam tristes, mas precisam do

emprego e por isso se submetem as vontades da cantora.

Logo depois Eden está dormindo, mas é acordada pelo espírito de sua tia Marie que

aparece no quarto arrastando correntes com espelhos nas pontas. O espírito da tia interpela

Eden a mudar de atitudes, para que não tenha um fim tão trágico quanto o seu. Tia Marie

sempre repetia que “num mundo egoísta só os egoístas se dão bem”, e este passou a ser o

lema da cantora, a tia reconhece que estava errada sobre isso, mas Eden não acredita no que

vê e pensa se tratar de algo planejado pela sua equipe. Revoltada com a atitude da sobrinha tia

Marie avisa que ela receberá naquela noite os três espíritos do natal, sendo essa sua última

chance de mudar seu destino.

Eden volta a dormir, mas é acordada pelo ‘espírito do natal passado’ que a leva para

um dos natais de sua infância. A cantora, ainda criança, está em casa ensaiando para melhorar

a voz. Ela pede para ir a festa de natal na casa da família de Catherine, mas a tia a proíbe de

sair. Mesmo assim a garota sai escondida, ela e a amiga prepararam uma apresentação para a

noite de natal, mas tia Marie aparece e a leva para casa, deixando-a de castigo por ter fugido.

Eden sofre com a lembrança do passado e volta para seu quarto. Tão logo voltou a dormir

aparece o ‘espírito do natal presente’ que a leva para a situação ocorrida horas antes. Eden

descobre que os/as funcionários/as estão furiosos/as com ela. Depois seguem Catherine que

foi até um orfanato, no qual trabalha como voluntária, ela organizou uma apresentação de

natal com as crianças. Eden fica desapontada, pois tinha acusado Catherine de estar

trabalhando para outra companhia de teatro sem sua autorização. De volta ao quarto Eden fica

comovida com tudo que viu, mas continua irredutível sobre o ferido para os/as

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funcionários/as. Após alguns minutos de sono aparece o ‘espírito do natal futuro’ que a leva

para visitar um futuro sombrio e solitário. A cantora demitiu sua equipe por chegar atrasada,

depois disso, seus espetáculos começaram a perder público até perder completamente a fama

e ficar pobre. Ela descobre que Catherine se tornou uma estilista famosa e vai pedir ajuda a

ela, mas encontra uma pessoa egoísta e mesquinha, agora é Catherine que repete a frase: “num

mundo egoísta só os egoístas se dão bem”. Eden fica desamparada, abandonada na rua com

frio e fome. É manhã, Eden acorda em seu quarto e percebe que foi tudo um sonho, mas algo

mudou em sua forma de pensar. Ela resolve liberar sua equipe para passar o natal com os

familiares, oferece presentes e uma bonificação para cada pessoa, depois pede para ir com

Catherine na apresentação das crianças do orfanato e se torna colaboradora do mesmo,

oferecendo ajuda financeira. Cumprida a agenda as duas partem para a festa na casa da

família de Catherine, como faziam na infância.

Barbie termina de contar a história que Kelly ouviu atentamente, a menina percebe que

está sendo egoísta ao se recusar a passar o natal com os/as amigos/as e resolve ir ao baile com

a irmã.

Barbie e as Três Mosqueteiras

Barbie and the Three Musketeers, 2009, 81 min.

Escrito por Amy Wolfram

Dirigido por William Lau

O filme conta a história de Corinne, filha de Dartagnan, famoso mosqueteiro da

história de Alexandre Dumas. A jovem sonha em ser mosqueteira como o pai, enquanto

desenvolve as atividades na fazenda em que mora com a mãe, aproveita para realizar seu

treinamento de mosqueteira. Apoiada pela mãe Corinne parte em busca de seu sonho, vai

acompanha do cavalo Alexander, que foi de seu pai, e de sua gatinha de estimação, Miette.

Mas ao chegar a Paris descobre que não será fácil se tornar a primeira mulher mosqueteira.

Corinne procura o chefe dos mosqueteiros e apresenta a carta de sua mãe, porém o homem diz

que não pode ajuda-la, pois ela não tem os requisitos necessários para ser mosqueteira.

Corinne sai do local desapontada, senta-se em um banco e pensa na situação que está vivendo,

nesse momento aparece um cachorro perseguindo Miette, os animais vão em direção ao

castelo e Corinne segue atrás para ajudar sua gata de estimação. Ao chegar ao castelo a jovem

é convidada para trabalhar como arrumadeira, sem outra opção, aceita o trabalho e conhece

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outras três jovens que também trabalham no castelo, elas convidam a nova funcionária para

passar uma semana com elas, até que arrume um lugar para ficar.

Em um dia normal de trabalho as garotas estão limpando o castelo quando o príncipe

aparece, ele está testando um balão movido a ar quente, mas enquanto o príncipe desce as

escadas um lustre despenca do teto, quase caindo sobre ele, estilhaços do lustre voam por

todos os lados e cada uma das meninas mostra sua habilidade ao se desvencilhar dos objetos.

Depois de tudo resolvido elas conversam e descobrem que nutrem em comum o sonho de

serem mosqueteiras. Hélène, uma senhora que trabalha há muitos anos no castelo, percebe o

talento das garotas e as leva para treinarem em um local secreto no castelo. Dias depois

Corinne vê o príncipe em apuros, ele estava testando sua máquina de voar quando a corda se

rompe e o balão levanta voo. Corinne parte para salvá-lo e consegue retornar com o balão ao

chão em segurança. As jovens avaliam os acidentes e percebem que alguém está atentando

contra a vida do príncipe. Em uma noite, despois do trabalho, elas descobrem que os

atentados são obra do regente, responsável por cuidar do reino até que o príncipe se tornasse

adulto. Elas tentam avisar os mosqueteiros da guarda real, mas como não conseguem provar

nada são banidas do castelo.

Para salvar a vida do príncipe elas decidem arrumar fantasias para entrar no baile sem

serem reconhecidas, produzem roupas especiais e armas discretas que entrarão camufladas

sob as roupas. Chega o grande dia e as jovens conseguem entra na festa, chega o momento do

ataque e elas entram em ação, enfrentam os mosqueteiros aliados do regente e os derrotam.

Corinne mais uma vez salva a vida do príncipe que estava prestes a ser lançado do topo do

castelo. Em retribuição a bravura e coragem das garotas o rei, príncipe já coroado, nomeia a

cada uma como mosqueteira, dando a elas uma vaga na guarda real. Ao final o novo rei

convida Corinne para um passeio de balão, mas ela recebe a notícia de um novo complô

contra o rei e parte em missão, adiando o passeio para o momento que for possível.

Barbie Moda e Magia

Barbie in A Fashion Fairytale, 2009, 82 min.

Escrito por Elise Allen

Dirigido por William Lau

Neste filme Barbie interpreta a si mesma em um episódio de sua vida. Ela está atuando

na gravação do filme A princesa e a ervilha quando questiona o diretor e é demitida. Ela fica

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sem saber o que fazer, foi a primeira vez que isso lhe aconteceu, logo após descobre varias

críticas a seu trabalho circulando na internet, e para piorar sua situação recebe uma ligação de

seu namorado Ken rompendo o namoro. Diante de tantos problemas decide visitar sua tia

Millicent em Paris.

Quando chega a cidade Barbie descobre que a confecção de sua tia está falida e terá

que entregar o prédio em três dias. Barbie começa a ajudar a guardar tudo para desocupar o

prédio, mas junto com Alice, assistente de Millicent, descobre um armário mágico onde

surgem três fadas da moda que transformam as roupas, elas colocam nas peças glamour,

glitter e brilho. As garotas começam a trabalhar duro para produzir um desfile com a

finalidade de salvar a confecção. Enquanto elas trabalham, Ken descobre por meio das amigas

de Barbie que o namoro dos dois foi rompido. Ele foi vítima de um plano de Raquelle para

separa-lo de sua amada, então decide ir a Paris para fazer um grande gesto romântico e provar

a Barbie seu amor. Ele enfrenta todo tipo de adversidade e empecilhos pelo caminho, mesmo

assim não desiste de encontra-la.

Jaqueline e Delphine, concorrentes de Millicent, tentam impedir o desfile e chegam a

sequestrar as fadas da moda, mas suas peças são ruins e o desfile organizado por elas se torna

um fracasso. Enquanto isso, com muito trabalho e com a ajuda das fadas Barbie e Alice

promovem o desfile conseguindo um numero expressivo de público, todas as peças são

vendidas e elas conseguem o dinheiro para recuperar o prédio da confecção. Quando o desfile

está prestes a acabar Ken finalmente chega e revela seu amor a Barbie. Os dois se reconciliam

e selam o amor com um beijo. Ao final são convidados/as para uma luxuosa festa em um

castelo de Paris, a turma toda segue em carruagens até o castelo. Barbie recebe um convite

para ser diretora do próximo filme, e sua vida finalmente parece estar voltando ao normal.

Barbie em Vida de Sereia

Barbie in A Mermaid Tale, 2010, 74 min.

Escrito por Elise Allen

Dirigido por Adam L. Wood

Neste filme Barbie interpreta Merliah, uma jovem surfista disputando um campeonato

em Malibu. Em meio a uma prova a garota descobre que seu cabelo ganhou mechas rosa,

envergonhada e sem saber o que fazer ela se esconde e desiste da prova. Merliah mora com

seu avô e em conversa com ele descobre que é filha de uma sereia. A jovem não acredita na

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história e volta para a praia, lá encontra com suas amigas e enquanto conversam aparece um

golfinho procurando por ela. Esse golfinho é Zuma, amiga da rainha Calissa, mãe de Merliah.

O animal conta para Merliah que sua mãe foi aprisionada pela própria irmã, Eris, e por essa

razão todo o reino de Oceana está em perigo, pois as águas estão sendo envenenadas pela

Marvita de má qualidade produzida por Eris. Merliah decide partir com o golfinho, pois sua

mãe a ajudará a resolver as transformações que estão correndo com ela.

Ao chegar a Oceana Merliah descobre que precisará de três itens para vencer Eris,

com a ajuda de duas amigas sereias e dos animais marinhos a jovem começa sua busca. Ela

encontra o pente celestial, primeiro item de sua lista, depois conquista a admiração de um

peixe dos sonhos e por fim consegue pegar o colar da própria Eris. Porém mesmo com os três

itens em mãos nada acontece, Eris descobre que ela é a filha de Calissa e a joga em um

redemoinho que a levará para a vala mais funda do oceano. Neste momento Merliah pede

ajuda ao peixe dos sonhos, ele aparece e oferece a ela a possibilidade de voltar para sua vida

sem jamais se lembrar do que ocorreu e sem as mudanças que estavam acontecendo em seu

corpo. A jovem fica tentada a aceitar, mas reflete sobre o que está acontecendo e decide que

não pode fugir, reconhece que como princesa de Oceana é seu dever ficar para ajudar seu

povo. Neste momento algo mágico acontece, suas pernas se transformam em calda de sereia e

Merliah sai do redemoinho, ela enfrenta Eris e consegue jogar a vilã na prisão da vala mais

profunda do mar. Em seguida liberta sua mãe que produz uma explosão de Marvita

recuperando as águas do oceano.

Depois de tudo resolvido Calissa oferece um colar para a filha que lhe permitirá

escolher ter pernas ou calda sempre que precisar. Merliah volta para Malibu e vence o

campeonato, ela agora está feliz com sua condição de sereia e não liga mais para a mudança

na cor de seu cabelo.

Barbie e O Segredo das Fadas

Barbie a Fairytopia Secret, 2010, 71 min.

Escrito por Elise Allen

Dirigido por William Lau

O filme começa com Barbie e Ken chegando ao evento de lançamento de mais um

filme da Barbie. Raquelle também atuou no filme, mas fica com inveja do vestido e da

atenção dedicada a Barbie, com raiva ela rasga a peça, mas para felicidade de Barbie suas

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estilistas conseguem consertar e ela volta para o evento. No dia seguinte Barbie, Ken e suas

amigas estilistas Carrie e Taylor estão em uma lanchonete quando Raquelle aparece.

Revoltada com as atitudes da garota Barbie resolve tirar satisfação sobre o episódio da noite

anterior, mas enquanto ela e Raquelle discutem aparecem algumas fadas que sequestram Ken

levando-o para Glossangeles, terra das fadas, onde será obrigado a se casar com princesa

Graciella. Carrie e Taylor também são fadas, elas tentam impedir o sequestro, mas não

conseguem, então se revelam para as garotas e as quatro decidem ir ao reino das fadas para

salvar Ken.

Elas vão até Paris para encontrar um portal por onde possam entrar em

Glossangeles. A fada que cede o portal desconfia que a princesa Graciella possa estar sob o

feitiço do amor, ela entrega as garotas um frasco com o antídoto para libertar a princesa do

feitiço. Quando chegam ao reino descobrem que o casamento já está sendo organizado.

Trabalhando em equipe elas conseguem passar pela segurança do castelo e encontram Ken,

mas ele está em um duelo com Zane, jovem fada apaixonado por Graciella. Barbie tenta

impedir o duelo e revela a Graciella que ela está sob feitiço, mas a princesa não acredita e

prende as garotas em ira-esferas, elas tentam escapar de todas as maneiras que podem, mas

nada funciona contra as esferas. Sem alternativa Barbie e Raquelle começam a conversar, elas

falam sobre o passado e descobrem que tudo entre elas foi um mal entendido. No momento

em que se perdoam mutuamente a esfera se desfaz, livres as duas vão mais uma vez tentar

impedir o casamento. Ken está acorrentado no altar, ele se recusa a dizer sim, mas Graciella

faz uma mágica para obrigá-lo a responder, neste momento as garotas aparecem

interrompendo a cerimônia. Inicia-se uma perseguição até que finalmente Barbie joga o

antídoto em Graciella que recobra a razão.

Depois de tudo esclarecido princesa Graciella se desculpa pelo ocorrido e pede que

não contem a ninguém sobre Glossangeles, mas Raquelle diz que será impossível guardar esse

segredo. Para proteger o reino das fadas Graciella apaga a memoria de Barbie, Ken e

Raquelle, eles acordam no dia seguinte pensando que tiveram um sonho. Porém Raquelle e

Barbie ainda sentem que se tornaram amigas, e tudo indica que será o início de uma grande

amizade entre elas.

Barbie Escola de Princesas

Barbie Princess Charm School, 2011, 79 min.

Escrito por Elise Allen

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Dirigido por Zeke Norton

O filme começa com Blair trabalhando em uma cafeteria, depois do trabalho ela volta

para casa, um lugar humilde onde vive com a mãe adotiva e a irmã mais nova. Emily assiste

pela televisão o sorteio anual de uma vaga para alguma plebeia do reino ingressar na escola de

princesas e ter a oportunidade de se tornar ‘dama real’. Ela inscreveu a irmã sem seu

conhecimento e para surpresa de Blair foi ela a garota sorteada. Inicialmente a jovem se

recusa a ir e deixar a mãe que está adoecida, mas com incentivo da mãe e da irmã Blair

resolve ir.

Chegando ao castelo Blair fica admirada com o prédio monumental. Ela é

recepcionada pela diretora da instituição que apresenta as regras da instituição e o espaço

físico. Durante sua estada na escola Blair contara com a assistência de Grace, uma mini fada

que ficará a disposição para ajuda-la. Blair é hostilizada logo no primeiro contato com

Delancy, jovem que herdará o trono de Gardênia, ela diz a Blair que a escola de princesas não

é lugar para uma garota como ela. Já no quarto Blair conhece suas colegas, Isla e Hadley,

ambas são aprendizes de princesa, mas uma gosta de jogar futebol e a outra de compor

músicas eletrônicas. Não tarda a começarem as aulas, Balir tem dificuldades para acompanhar

as outras garotas, ela é desengonçada para andar, pisa nos pés das colegas nas aulas de dança

e derruba tudo no refeitório. Diante de tantas dificuldades a jovem pensa em abandonar a

escola e voltar para casa, mas decide ficar para ter condições de ajudar sua família a ter uma

vida melhor. A diretora da instituição ouve que Blair é filha adotiva de uma família pobre e

decide ajudar a garota a se manter na escola, para isso oferece aulas particulares de etiqueta,

equilíbrio, postura e atividades relacionadas ao cargo de dama real.

As coisas estavam correndo relativamente bem, mas Dama Devim, mãe de Delancy,

continua tentando expulsar a jovem da escola. Em um passeio pelo castelo Blair e suas amigas

encontram um retrato da rainha Isabella, morta com toda a família em um acidente ocorrido a

dezoito anos, elas notam que Blair tem uma grande semelhança com a rainha e começam a

achar que ela é a princesa Sofia, supostamente a única sobrevivente do acidente. Delancy

ouve a conversa e começa a desconfiar das atitudes de sua mãe contra Blair. As garotas

resolvem investigar o caso, para isso precisam encontrar a coroa real, ela se iluminaria quando

colocada na cabeça da herdeira legítima do trono, assim provariam que Blair é a verdadeira

princesa. Antes que as garotas encontrem a coroa Dama Devim consegue incriminá-las por

roubo e as manda para a prisão, porém Delancy resolve ajudar, liberta as garotas e entrega um

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mapa indicando o local onde a coroa está guardada. Elas conseguem entrar no cofre, mas a

vilã aparece deixando-as presas para que não possam comparecer a cerimônia. Depois de

muitas horas trancafiadas as garotas conseguem escapar, chegando a igreja no exato momento

em que Delancy seria coroada. Blair exige para si a coroa se revelando princesa Sofia, mas

Dama Devim exige que a filha seja coroada. Ocorre uma disputa pela coroa até que

finalmente ela chega as mãos de Delancy, a jovem, contrariando a mãe, entrega a coroa a

Blair que em um passe de mágica se transforma em princesa.

Ao final dama Devim revela em rede nacional que provocou o acidente com a família

real apenas para que sua filha fosse coroada e após a confissão a vilã é levada presa. Blair

escolhe Delancy para ser sua dama real, todas as garotas vão para o baile onde se encontram

com os garotos da escola de príncipes. A família de Blair chega para a festa e o filme termina

na celebração festiva.

Barbie em Vida de Sereia 2

Barbie in A Mermaid Tale 2, 2011, 72 min

Escrito por Elise Allen

Dirigido por William Lau

O filme começa com a apresentação do programa ‘Bom dia Oceana’ o apresentado faz

um resumo da história de Merliah contada no filme Barbie em Vida de Sereia. O povo de

Oceana está na torcida pela jovem princesa que vai competir em um torneio de surf na

Austrália. Merliah chega a Oceana e é cumprimentada e reconhecida pela população, ela vai

até o castelo para conversar com a mãe. Calissa convida a filha para ir à cerimonia de

‘renovação do poder de fazer Marvita’, mas o evento será no mesmo dia e horário da

competição de Merliah, por isso a jovem se recusa a ir, mãe filha discutem, uma não entende

a necessidade da outra e Merliah vai embora. Em terra firme a jovem tira seu colar, que

permite a transformação em sereia, para fazer fotos para a grife com a qual assinou contrato.

Aproveitando a oportunidade Kylie, rival de Merliah na competição, rouba o colar a pedido

de um peixe, ela se transforma em sereia e desce ao fundo do oceano. O peixe levou Kylie a

mando de Eris que usou a jovem para escapar da prisão, deixando-a em seu lugar. A vilã

pretende tomar o lugar da irmã na cerimônia para que possa ter o poder de fazer Marvita e

assim consiga tomar o reino. Merliah fica sabendo que algo está acontecendo no mar e

consegue encontrar Kylie libertando-a da prisão. A garota se desculpa e devolve o colar para

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Merliah, mas como não consegue respirar embaixo d’agua fica com o colar até saírem do mar.

Mas antes que possam voltar Merliah descobre que a mãe está aprisionada em um feitiço de

Eris e não poderá fazer o ritual, então parte para o local em que se realizará a cerimônia. Ao

chegar descobre que Eris já está no trono aguardando o momento do ritual, como não

consegue libertar Calissa, a jovem decide que ela cumprirá o rito, ainda que isso signifique se

tornar sereia para sempre. Ela parte com Kylie e alguns animais para tirar Eris do trono,

depois de muita luta Merliah assume o trono e passa pelo ritual. Finalmente Eris foi punida

com seu próprio feitiço, e todos os/as seus/as prisioneiros/as foram libertados/as. Merliah está

feliz, pois conseguiu salvar Oceana da dominação de Eris, mas perdeu a possibilidade de

voltar a ser humana.

Depois de tudo resolvido ela e a mãe levam Kylie de volta a terra, as duas se

despedem, pois Merliah não poderá voltar para o campeonato. Porém algo mágico acontece e

a calda de sereia da garota se transforma em pernas novamente, ela descobre que é uma

pessoa completa tanto na sua metade sereia quanto na sua metade humana, e por isso sua

transformação não foi permanente. Merliah volta para o campeonato, e em meio a uma onda

descobre seu poder de fazer Marvita, ela fica encantada com seu novo poder e se esquece da

competição, fica apenas apreciando o momento. Kylie vence o campeonato e fica em primeiro

lugar. Ela e Merliah se tornam grandes amigas.

Barbie Um Natal Perfeito

Barbie in A Perfect Christmas, 2011, 73 min.

Escrito por Elise Allen

Dirigido por Mark Baldo

Barbie e suas irmãs estão em sua casa em Malibu arrumando as malas para a viagem

de natal, elas vão a Nova York, passar o natal com tia Milli. Cada uma tem uma ideia do que

seja seu natal perfeito, a medida que arrumam as malas vão cantando seus planos para aquele

natal. Elas partem para o aeroporto, no voo Barbie vai ao lado de Skipper, ela lê uma revista

de moda enquanto a outra edita músicas no computador, Barbie oferece ajuda a Skipper para

divulgar sua música, ela agradece, mas diz que pode cuidar disso sozinha. Chelsea vai ao lado

de Stacie e imita tudo o que a irmã faz, deixando-a irritada. Devido a uma nevasca são

obrigadas a passar a noite em Minnesota, ao ver a decepção das irmãs Barbie resolve alugar

um carro para seguirem viagem, mas as estradas estão fechadas, por isso se veem obrigadas a

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parar. Elas encontram uma pousada e decidem passar a noite ali. Essa pousada está toda no

clima de natal, pessoas organizam presentes e decorações. Chelsea começa a creditar que

estão na oficina do papai-noel.

No quarto elas descobrem que existe uma tempestade ainda maior cancelando

os voos, provavelmente não chegarão a Nova York. Barbie não consegue dormir preocupada

por não poder cumprir sua promessa de levar as irmãs para o natal perfeito. Amanhece e

chega a confirmação de que todos os voos foram cancelados. Chelsea vê renas pela janela e

sai correndo para ver de perto, mas na verdade são cães de abrigo que farão uma apresentação

de natal, depois serão encaminhados para adoção. Chelsea e Stacie brigam enquanto tentam

ensaiar os cães, então a garota vê um cãozinho em um trenó e sai para passear com ele. As

irmãs tentam resgatá-la, enquanto isso, fazem um longo passeio que termina em uma guerra

com bolas de neve. Ao regressarem encontram um grupo de rapazes ensaiando em uma

garagem, Barbie sugere a Skipper que cante sua música com a banda dos garotos na

apresentação de natal.

Skipper começa a organizar o show, mas quer fazer tudo sozinha, não aceita ajuda

nem de Barbie e nem de outras pessoas. Stacie e Chelsea brigam o tempo todo, até que por

fim, as três discutem enquanto Barbie apenas observa. Depois da ultima briga Chelsea

desaparece, as irmãs e outras pessoas saem a procura dela, anoitece e não tem nada preparado

para o Show. Elas encontram Chelsea e junto com ela um lugar todo decorado e preparado

onde o evento poderá ser realizado. As irmãs se reconciliam e tudo dá certo. O show começa e

Skipper canta sua música, depois convida as irmãs para cantarem com ela. Ao final tia Milli

chega para a festa, todas as pessoas saem do salão e lá fora encontram uma enorme arvore de

natal, se reúnem em torno dela para entoar uma canção de natal.

Barbie a Princesa e a Pop Star

Barbie in The Princess & The Popstar, 2012, 73 min.

Escrito por Steve Granat e Cydne Clark

Dirigido por Zeke Norton

Neste filme Barbie interpreta Tori, uma jovem princesa do reino de Meribella. O filme

começa com um show comemorativo aos 500 anos do reino, quem canta é a pop star Keira. A

princesa vê o show da sacada de seu quarto, ela quer ir ao evento, mas sua tia Amélia não

deixa, obrigando-a a descer para receber os convidados que estão no castelo. Tori desce

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escorregando pelo corrimão da escada, ao encontrar as irmãs mais novas começa a brincar

com elas correndo pelo salão e esbarrando nos/as convidados/as. Ao final do evento tia

Amélia vai ao quarto da princesa para reclamar de sua conduta, enquanto a tia reclama e

corrige o comportamento de Tori, esta se diverte usando uma escova mágica para mudar o

cabelo da tia de vários jeitos. O show acabou e Keira repassa as ordens para sua equipe,

quando finalmente fica só em seu camarim olha para a foto da família real em sua parede e

deseja viver um dia de princesa, enquanto isso Tori olha para a foto da pop star e sonha em

viver a vida dela.

No dia seguinte é oferecido no castelo um chá para o qual Keira foi convidada. Ela e a

princesa se encontram e Tori a leva para conhecer o castelo, elas vão ao quarto da princesa e

em meio a conversas descobrem os utensílios mágicos, a escova de Tori, que permite mudar o

cabelo instantaneamente, e o microfone de Keira, que permite mudar de roupa num passe de

mágica. Elas ficam com cabelo igual, então percebem que são idênticas. Tori tem a ideia de

trocar de lugar com a pop, depois de alguma insistência elas combinam de passar um dia no

lugar da outra. Antes de trocarem uma ensina a outra como se portar como princesa ou pop

star.

Com a troca realizada Tori vai cumprir a agenda de Keira, quando tem um tempo

decide sair para passear pelo reino, ela percebe uma situação de pobreza na região e ao

encontrar duas meninas que brincavam na rua descobre que Meribella passa por sérias

dificuldades devido a seca prolongada. Keira passa o dia no castelo se divertindo e fazendo

coisas que não poderia fazer em sua rotina de cantora. Ao final do dia as duas conversam e

decidem ficar mais um dia com as vidas trocadas. Tudo estava correndo bem, porém antes que

as garotas desfizessem a troca tia Amélia resolve trancar a princesa no quarto até que ela

escreva o discurso para o evento comemorativo do aniversário do reino. Keira não consegue

sair, enquanto Tori se desespera sem saber como se apresentar no palco. Sem ter opção a

princesa começa a cantar timidamente, mas quando está empolgada na apresentação percebe

que algo de errado está acontecendo. Ela corre para o castelo e descobre que uma planta

mágica do reino foi roubada, ela e Keira enfrentam o ladrão e o derrotam, mas já é tarde, a

planta está morta, assim como todas as outras plantas de Meribella. Elas tentam como ultimo

recurso plantar dois diamantes de seus colares para ver se a planta brota novamente, tudo

parece perdido, mas minutos depois a planta brota e com ela renasce a vida no reino. Com

tudo resolvido as garotas voltam ao local do show, Keira convida Tori para cantar com ela no

palco e as duas se divertem.

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Apêndice C – Letras das músicas

Músicas do filme Barbie A Princesa e a Pop Star

Ser uma Princesa / Ser uma Pop Star

Tori: Uma princesa sabe qual talher usar

Uma princesa tem sapatos de arrasar

Café servido na cama

Usa joias quando quer

Faz massagem, paparicos ao acordar

Uma princesa vê seu sonho se realizar

Convites de príncipes vai aceitar

E saber qual vestido usar

E o tempo todo saber como se portar

Pose como uma pena no chapéu

Alongue o corpo todo para o céu

Tenha postura e usa luvas pra acenar

Ombros pra trás / E a barriga / Bem pra dentro

Olha o queixo / E a cabeça vire devagar

Se controle, pise leve / E sorria, bem polida

E de você vão se orgulhar

Deslizar

Uma princesa sabe seu brasão honrar

Uma princesa seu melhor vai sempre dar

Keira: Uma pop star sabe qual microfone usar

Uma pop star sabe sempre comandar

Sabe o que tem que ensaiar

Para no show arrasar

Ela é uma estrela que sabe brilhar

Uma pop star tem que sua carreira amar

O que a moda eu vou usar

Voa para o México pra jantar

E não tem os amigos / Só seu cão e o violão

Suas notícias tweetar

Mil entrevistas poder dar

E amar os fãs que podem ser fantásticos

Ou não!

Uma câmera, outra câmera

Uma outra, e mais outra

E mil autógrafos pra dar

Com amor,

Troque a roupa, faça pose

Toda gente, cumprimenta

Na internet vou postar

Brilhar

Uma pop star sua idade não vai falar

Uma pop star vai fazer o mundo cantar

Juntas: Ombros pra trás / Faça pose

Olha o queixo / Troque a roupa

E a cabeça vire devagar

Entendi!!!!

Uma câmera / Pise leve

Outra câmera / Bem polida

E de você vão se orgulhar, deslizar!

Aqui Estou

Keira: Antigamente, eu só tocava

Por diversão, ninguém ligava

Agora enfim, olham pra mim

Tudo mudou, num sonho estou

Tenho essa sensação, tudo está certo, então

Aqui estou, sendo quem eu sou

Dou tudo de mim, sei o que quero

Lá vou eu, com muita emoção

Brilho na escuridão!

Tori: Eu adoro com a luz da manhã

A duquesa pergunta quando eu vou me

consertar

Eu sei que ela pensa que tenho sorte

Mas princesas querem se divertir

Nós, princesas, queremos só

É só o queremos, diversão!

Quando o dia real acaba

Princesas querem se divertir!

Keira: Eu vou subir, bem alto ir

Assim eu sou, sei aonde vou!

Estou no comando, em mim eu mando

Pra ser assim, confio em mim

Eu vou sair do chão, cantar com o coração!

Aqui estou, sendo quem eu sou

Dou tudo de mim, sei o que quero!

Lá vou eu, com muita emoção

Brilho na escuridão, outra vez, outra vez

Outra vez, outra vez, outra vez!

Tori: Princesas querem se divertir

Ô, princesas querem se divertir

Juntas: Há uma estrela em você

Qualquer um consegue ver

Está na hora de nos mostrar

E cantar!

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Uma princesa seu melhor vai sempre dar

E uma pop star vai a todos impressionar!

Sua Vida Quero Ter

Tori: Olha só, é uma pop star

Adoro seu visual, ela faz só o que quer

Não existe nada igual

Não tem que ser o que não quer ser

Sua vida eu quero ter

Ser livre, ser feliz!

Sua vida eu quero ter

Isso é o que eu sempre quis...

Keira: Olha só, é uma princesa

Tudo em seu lugar

de manhã, toma seu chá

Mimos tem sempre lá, é onde eu quero estar

Sua vida eu quero ter

Ser livre, ser feliz!

Sua vida eu quero ter

Isso é o que eu sempre quis...

Juntas: Só relaxar, poder passear

Só vestir, o que quiser

E me divertir, com tempo pra mim

Mas nunca vai ser, assim

Sua vida eu quero ter

Ser livre ser feliz

E tudo de repente ser do jeito que eu sempre

sonhei

Dia Perfeito

Tori: Acordei, depois do meio- dia

Mais tarde que devia,

Trabalhar eu não queria,

Dizem que, a fase vai mudar

Eu vou me comportar

E aqui estou

Nesse dia perfeito

Nada pode me parar

É um dia perfeito

Ninguém vai estragar

É um dia perfeito

O amanhã já vai chegar

Ficaria pra sempre como eu sou

É um dia perfeito

Keira: O sol se pôs, logo depois das seis

Vou pegar meus amigos

Pra passear comigo

Acorde!

Não diga que é um sonho

Porque eu já cansei vou te avisar

Não ouse tentar estragar

O meu dia perfeito

Nada pode me parar

É um dia perfeito

Ninguém vai estragar

É um dia perfeito

O amanhã já vai chegar

Ficaria pra sempre como eu sou

Nesse dia perfeito

Estou na corrida, mas eu já ganhei

E quando eu chegar vai ter diversão

Não pare que eu quero chegar

Ninguém pode estragar

Dia perfeito

Músicas do filme Barbie A Princesa e a Plebeia

Eu Sou Assim Como Você

Erika: Se eu quiser tomar um bom café

A Madame vai tentar

Transformá-lo num tormento só

Difícil de aceitar

O sol nasceu e lá estou eu

Com as galinhas a correr / E eu vou pegar e

preparar esses ovos pra comer

Anneliese: Se eu quiser comer é só tocar O

sininho de manhã

A empregada traz os ovos com

As torradas e a maçã

E do salão eu ouço então a música a correr

Só queria estar em qualquer lugar onde eu

Como ser uma princesa

Julian: Uma princesa sabe usar uma colher

Tem mil sapatos pra escolher o que quiser

Tem conduta exemplar, é discreta ao jantar

E demonstra interesse para ouvir

Um princesa nunca esquece de sorrir

Pés delicados ao dançar

O protocolo respeitar

Goste ou não a solução é dizer sim

Sua postura por favor

Mais elegante que uma flor

Saber curvar e sempre acenar assim

O seu porte é perfeito

Sem mania ou trejeito

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pudesse ler

Erika: Eu sou assim

Como você

Um outro mundo quero ter

Algum lugar com sonhos pra viver

Eu sou igual a você

Jamais pensei que fosse assim

Achar alguém igual a mim

É como o sol que todos podem ver

Eu sou igual a você

Erika: Do estoque que a Madame tem

Um tecido vou escolher

Costurando como se convém

Um vestido vai nascer

Anneliese: Já vou vestir, me divertir

Dançando sem pensar

Juntas: Nesse noivo que eu nem sei quem é

E jamais irei amar

Anneliese: Eu sou assim

Erika: Eu sei que é

Anneliese: Como você

Erika: Eu posso ver

Juntas: Sabemos bem obedecer

Anneliese: Não hesitar

Erika: Não hesitar

Juntas: Se temos que sofrer

Eu sou igual a você

Erika: Eu sou assim

Anneliese: Eu sou assim

Erika: Como você

Anneliese: Como você

Juntas: E todo mundo pode ver

Anneliese: Um coração

Erika: Um coração

Juntas: Com tanto pra dizer

Eu sou igual a você

A cabeça vira devagar

Erika: Eu vejo

Julian: Caminhando com cuidado

Um sorriso delicado

O que sente nunca demonstrar... voar

Uma princesa sabe como se portar

Uma princesa nunca pode descansar

Ser paciente e ouvir

Ter elegância ao dormir

Quando falar saber mostrar erudição

Condes e Lordes conhecer

Mil instrumentos aprender

Ser afinada pra cantar qualquer canção

Juntos: Canção

Julian: E o seu lindo olhar

Nos faz sonhar

Não importa onde for

Então tudo é inspiração

Que perfeição, ela é como uma flor....

Pés delicados sim

Erika: É hora de dançar

Julian: E com disposição

Erika: Atender se alguém chamar

Julian: Sempre pronta para o que acontecer

Sua postura sim

Erika: A postura por favor

Julian: Um golinho assim

Erika: Tenha sempre bom humor

Julian: Esperar a hora certa pra dizer

Uma princesa não precisa cozinhar

Uma princesa sabe como encantar

Livre

Anneliese: Eu queria só um dia

Ter uma tempo só pra mim

Nada a fazer só olhar pro céu do meu jardim

Sem ter aula ou almoço

Ou tarefas pra fazer

Sem ter que ouvir quando posso ler, cantar,

comer / Ia só viver

Erika: Eu queria só um dia

Não ter tanto pra fazer

Sem trabalhar como escrava até o anoitecer

Sem camisas engomadas e

Nem blusas pra passar

Nenhum vestido de noiva para decorar

Nada pra pagar

Erika: Como eu queria ser...

Anneliese: Como eu queria ser... Livre

Um Verdadeiro Amor

Uma vez um rapaz

Uma jovem encontrou

Será ele capaz de um verdadeiro amor?

E sorrindo ele diz que me ama com fervor

Só espero de ti

um verdadeiro amor

Serei eu a escolhida?

Serei eu sua paixão?

Quero ter por toda vida só o seu coração

Quem espera a verdade

Tem que ás vezes procurar

A esperança que invade

Pro coração amar

Serei seu pra sempre

Juntos a viver enfim um verdadeiro amor

Sentirá o final

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Erika: Livre

Anneliese: Livre assim pra sonhar

Erika: Livre de tanto rancor

Anneliese: Livre assim

Erika: Pra cantar

Anneliese: Casar só por amor

Anneliese: Dizem que eu tenho sorte de ter

tanto só pra mim

Porque será que então não sou feliz assim

Erika: Mesmo tendo tão pouco não pretendo

desistir

A minha história o Mundo vai querer ouvir

Costureira: Posso te seguir?

Anneliese: Acho que jamais vou ser...

Erika: Para sempre eu vou ser...

Juntas: Livre

Tento sonhar me vejo voar, tão livre pra viver

Posso partir, mas como fugir, ficar é meu

dever!

Anneliese: Eu serei real pra sempre

Erika: O que eu devo vou pagar

Juntas: O coração muitas vezes deve aceitar

Anneliese: Mas não perco a esperança

Erika: Esse não é o meu fim

Juntas: Quando sonhar vou criar um mundo

só pra mim

Livre sim, eu vou ser!

Como a história terminou

Mas contigo eu terei

Serei seu pra sempre

Juntos a viver enfim

Um verdadeiro amor

Se ouvir o coração

Como a borboleta voa no céu

Flutuando leve no ar

A esperança faz o seu coração

Também viajar

Começar de novo é só querer

Nunca deixe de acreditar

Se escutar a voz do seu coração

Não vai errar

Eu sei que você vai ser

A minha melhor amiga

Juntas, para sempre

A vida celebrar

O amor é uma canção

Que você jamais esquece

E a coragem é a chave pra brilhar

Mesmo sem saber quando vai chegar

Se o caminho é certo ou não

O seu sonho vai se realizar

Se ouvir o coração

Músicas do filme Barbie e o Castelo de Diamante

Amigas Para Sempre

Se a vida é uma montanha russa pra trilhar

Com os olhos vendados cruze os dedos

Quero alguém pra me abraçar.

Então eu vou enfrento as curvas

Sem medo de sentir solidão

Penso em você

Sei que não vai me abandonar

Pra sempre unidas pra vida

Contigo quero estar

Não importa o lugar

Entende (entende), defende ( defende)

E nada de mal pode me afetar

Não tem mais volta, não tem mais volta

Isso não volta atrás

Unidas, unidas demais

Ficamos afastadas por uma razão

Mas sempre soube

Amiga você mora no meu coração

Você voltou e eu pude ver

A minha força vem de você

Não tem mais fim

Eu não me canso de dizer

Pra sempre unidas, pra vida

Castelo de Diamante

E então, vamos nós

Longe de casa tão famintas e sós

Mais não faz mal, não não faz mal

Até aqui está tudo bem

Não sei o que ainda vem

Mais não faz mal, não não faz mal

Não tem nada não

Temos fé e determinação

Temos a força da união

Vamos pro Castelo de Diamante

Sei que nós vamos achá-lo,

Vamos achá-lo, vamos achá-lo

Nossa sorte vai mudar

Nosso dia vai chegar

E o sol vai iluminar

Vamos lá prosseguir

Sem saber onde ir

Mias não faz mal

Vai ser real

Não vai ser em vão

Temos fé e determinação

Temos a força da união

Vamos pro Castelo de Diamante

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Contigo quero estar

Não importa o lugar

Entende (entende), defende ( defende)

E nada de mal pode me afetar

Não tem mais volta, não tem mais volta

Isso não volta atrás

Unidas, unidas demais

Toda vez que eu respiro sinto essa energia e

viro

Ela está bem aqui

Vem de mim e vem de ti

É um sonho real amizade sem igual

Almas gêmeas demais

Juntas pra viver em paz

Pra sempre unidas, pra vida

Contigo quero estar

Não importa o lugar

Entende (entende), defende ( defende)

E nada de mal pode me afetar

Unidas ( unidas) pra vida ( pra vida)

Como é bom pensar, tudo em seu lugar

Entende (entende), defende (defende)

E nada de mal pode me afetar

E não tem mais volta

Não tem mais volta, isso não volta atrás

Unidas, (unidas),unidas demais

Unidas, (unidas),unidas demais

Sei que nós vamos achá-lo,

Vamos achá-lo, vamos achá-lo

Um sonho de lugar pra nós

Pra Melody soltar a voz.

Temos fé e determinação

Temos a força da união

Vamos pro Castelo de Diamante

Sei que nós vamos achá-lo,

Vamos achá-lo, vamos achá-lo

vamos achá-lo, vamos acha-lo

vamos achá-lo, vamos sim.

A Nossa Canção

É raro achar amiga assim

Você está sempre lá, torcendo por mim

Nós temos tanto pra falar,

Você faz tudo melhorar,

Minhas piadas, as palhaçadas,

Te fazem gargalhar

Tudo o que eu quero pedir,

É o que te faça sorrir

É que cultivemos pra sempre essa união

Sigamos sonhando assim

Eu cantarei por você e você por mim

A nossa canção..

Esteja onde estiver por perto vou estar,

E se chamar por mim,

vou sempre te escutar

Tudo o que eu quero pedir,

É o que te faça sorrir,

É que cultivemos pra sempre essa união,

Sigamos sonhando assim

Eu cantarei por você e você por mim

A nossa canção...

Músicas do filme Barbie em a Princesa da Ilha

Na Nossa Ilha

Ro: Na minha ilha o mar diz alô

Golfinhos nadam por onde eu vou

Vem o vento e me diz

Que aqui sou feliz

Quem bom falar com os amigos que eu fiz

Azul: Na minha ilha eu posso brincar

Sagi: Pra escorregar

Tika: Não precisa esperar

Ro: Tem um mundo sem fim

Tika: Pra ver do trampolim

Todos: Vivemos mil aventuras assim

Sagi: Aves, bananas

Azul: E boas cabanas

Ro: E vasos de conchas pra encher

Sagi: Copos irados

Tika: Com menta e melado

Preciso Saber

Rosella: De onde será que venho

Pra onde será que eu vou

Como vou entender quem eu sou

E se eu tiver família

Além do mar sem fim

O que será que espera por mim

Digam porque não durmo

E porque esta emoção me invade

Será que hora do meu coração me guiar

Porque ele olha aquilo

E esconde os pés assim

Não sei porque ele faz bem para mim

Será que é sua árvore

De onde vai avistar

Um novo horizonte

Pra me mostrar

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Azul: E abacaxis pra comer

Ro: Na minha ilha só tem diversão

Sagi: Tem mil balanços

Azul: Dormir é bonzão

Tika: Lama é Bom pra brincar

Sagi: Galhos pra chacoalhar

Todos: Tem mil tesouros pra gente encontrar

Ro: Vou pelo alto

Sagi: E eu lá por baixo

Azul: Eu acho que quero voar

Ro: Eu cruzo o rio

Sagi: Escalo a montanha

Tika: Da nossa torta, quero cuidar

Todos: Na nossa ilha a vida é assim

Ficamos juntos do início ao fim

É uma celebração

De amizade e união

Na nossa ilha tudo é diversão!

O amor que faz brilhar (Princesa Luciana)

Livros que eu li,

Me fizeram descobrir:

Todo Mundo quer um par.

Saiba que ao invés,

de colares e anéis,

É o amor que faz brilhar..

E tesouro igual não há..

São perguntas que ficam rondando fazendo

alarde

Que sentimentos são esses que ele me traz

Anseio por respostas

A onde estão não sei

Sei que o futuro

Vem do que passei

Quero sentir no peito

Meu coração bater

O que me espera

A vida vai dizer

Preciso saber...

Príncipe: Ela não é incrível

Ela é sensacional

Eu nunca vi garota igual

Será que eu a agrado

Eu vou impressionar

Deixo meu coração me levar

São perguntas que ficam rondando fazendo

alarde

Que sentimentos são esses que ela me traz

Juntos: Anseio por respostas

A onde estão não sei

Sei que o futuro

Vem do que passei

Quero sentir no peito

Meu coração bater

O que me espera

A vida vai dizer

Preciso saber...

Como É Bom Sonhar

Quando o sol se põe e finda a tarde

Vaga-lumes piscam sem cessar

Fique aqui, que o sonho te invade

Como é bom sonhar

Me faz bem te ter bem ao meu lado

Venha cá, me deixe te abraçar

E assim eu tenho o que preciso

Como é bom sonhar, sonhar

Com você posso ver

Estrelas a brilhar

Melodias, tem magias

Doces sons no ar

Quando o sol se põe e finda a tarde

Vaga-lumes piscam sem cessar

Fique aqui, que o sonho nos invade

Como é bom sonhar, sonhar

Amor Maior

Sentimento é pra cuidar

Dividir e compartilhar

Ao invés de guardar só para nos

Se um encanto me aconteceu

Seu espaço não se perdeu

É o amor generoso e veloz

O amor chegou se tornou maior

E então vai ficar melhor

Quanto mais amor eu oferecer

Mais amor eu sei que vou receber

És minha Tica e eu sou tua Ro

Pra todo sempre pra onde a gente for

Pois, o amor chegou se tornou maior

E então vai ficar melhor

Bem melhor

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Músicas do filme Barbie em Escola de Princesas

No Topo do Mundo

Não tenho equilíbrio

Não quero cair

Queria esse talento

Gostaria de fugir

Não aguento mais

Suportar essa pressão

É um grande desafio

Controlar minha emoção

Chegou a hora de me libertar

Isso só depende de mim

Se me dedicar vou ficar

No topo do mundo

Onde verei tudo bem de perto

Quase o céu poder tocar

No topo do mundo

Meus sonhos vindo ao meu encontro

Terei asas pra voar

No topo do mundo

Não vou desanimar

Eu vou fazer o certo

Mesmo que eu tente

Uma hora eu acerto

Nada é muito fácil

Busco a solução

Mas não penso em derrota

Pois é forte o meu coração

Chegou a hora de me libertar

Isso só depende de mim

Se me dedicar vou ficar

No topo do mundo

Onde verei tudo bem de perto

Quase o céu poder tocar

No topo do mundo

Meus sonhos vindo ao meu encontro

Terei asas pra voar

No topo do mundo

Mais uma vez

Sempre a lutar

O meu sonho

Vou alcançar

Posso sentir

Vou chegar

Ao topo subir

No topo do mundo

Onde verei tudo bem de perto

Quase o céu poder tocar

No topo do mundo

Meus sonhos vindo ao meu encontro

Terei asas pra voar

No topo do mundo

Ela É Uma Princesa

Ela é uma princesa

E da pra se notar

Ela é uma princesa

Nasceu para brilhar

Que estilo ela tem

Seu sorriso nos faz bem

Elegância tem também

E sua coragem vai além

Rodando /rodando

Girando / girando

Dançando / dançando

Ela é uma princesa

E da pra se notar

Ela é uma princesa

Nasceu para brilhar

Ombros para trás

Sempre está demais

E mesmo até caindo

Levanta e sai sorrindo

Ela é uma princesa

E da pra se notar

Ela é uma princesa

Nasceu para brilhar

O segredo de sua majestade

Tem uma razão

É a bondade mostrando

Que a realeza

Está em seu coração

Ela é uma princesa

Que estilo ela tem

E da pra se notar

Seu sorriso nos faz bem

Ela é uma princesa

Elegância tem também

Nasceu para brilhar

E sua coragem vai além

Fonte: Sites da internet.

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Apêndice D – Lista de filmes da Barbie produzidos entre 2013 e 2015

Tabela 5: Lista de filmes produzidos entre 2013 e 2015 (não compõem a pesquisa)

Título em português Título original Dur. Ano

Barbie e as Sapatilhas mágicas

Barbie in the Pink Shoes

74

min 2013

Barbie Butterfly e a Princesa Fada Barbie Mariposa And The Fairy

Princess

79

min 2013

Barbie e Suas Irmãs em uma

aventura de cavalos

Barbie and Her Sisters – in a Pony

Tale

74

min 2013

Barbie A Sereia das Pérolas Barbie The Pearl Princess 74

min 2014

Barbie e o Portal Secreto

Barbie And The Secret Door

84

min 2014

Barbie em Super Princesa

Barbie in Princess Power

73

min 2015

Barbie Rainhas do Rock Barbie Rock’n Royal 84

min 2015

Fonte: Sites da internet.