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Página1 PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO URBANO SUSTENTÁVEL DE LONDRINA - BR-L1094 PLANO DE RESTAURAÇÃO AMBIENTAL DO FUNDO DE VALE DA RUA ZIRCÔNIO, JARDIM IDEAL Situado na rua Zircônio, Jardim Ideal, fundo de vale do córrego sem nome, região Leste de Londrina. Londrina, abril de 2012

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PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO URBANO SUSTENTÁVEL

DE LONDRINA - BR-L1094

PLANO DE

RESTAURAÇÃO

AMBIENTAL DO FUNDO

DE VALE DA RUA

ZIRCÔNIO, JARDIM

IDEAL

Situado na rua Zircônio, Jardim

Ideal, fundo de vale do córrego

sem nome, região Leste de

Londrina.

Londrina, abril de 2012

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ÍNDICE

1. INTRODUÇÃO 3

2. CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA 8

3. OBETIVOS GERAIS 11

4. PLANO DE RESTAURAÇÃO AMBIENTAL - METODOLOGIA 12

5. RELAÇÃO DE ESPÉCIES ARBÓREAS NATIVAS PARA A RESTAURAÇÃO DA MATA CILIAR, APP E AFV 20

6. TÉCNICAS DE PLANTIO 26

7. TÉCNICAS DE PLANTIO E MANUTENÇÃO DE MUDAS NATIVAS NAS ÁREAS DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE - APP

31

8. TÉCNICAS DE PLANTIO E MANUTENÇÃO DE MUDAS

NATIVAS EM PORTE ARBÓREO PARA A ARBORIZAÇÃO DO ENTORNO DO FUNDO DE VALE

32

9. DESCRIÇÃO DOS CUSTOS TOTAIS POR ETAPA DE EXECUÇÃO DO PLANO DE RESTAURAÇÃO AMBIENTAL

33

10. CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO 34

11. METODOLOGIA A SER APLICADA PARA OS SERVIÇOS DE MANUTENÇÃO PERIÓDICA DESTE FUNDO DE VALE 35

12. BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 36

ANEXO I - DESCRIÇÃO OPERACIONAL E ORÇAMENTÁRIA PARA A RESTAURAÇÃO AMBIENTAL

DO FUNDO DE VALE DA RUA ZIRCÔNIO, JARDIM IDEAL 39

ANEXO II - CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO FÍSICO-FINANCEIRO 44

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PLANO DE RESTAURAÇÃO AMBIENTAL DO FUNDO DE VALE

DA RUA ZIRCÔNIO, JARDIM IDEAL

1. INTRODUÇÃO

A Cidade de Londrina possui uma rica rede pluvial, a qual é

formada por nove bacias hidrográficas (sub-bacias). Destas, cinco encontram-

se em área urbana, alimentadas por cerca de oitenta e quatro córregos. Há

ainda outros cursos hídricos que deságuam diretamente no Rio Tibagi.

Figura 1. Bacias hidrográficas existentes na área urbana do Município

de Londrina (Ribeirões Cafezal, Cambé, Limoeiro e Lindóia e o rio

Jacutinga).

Fonte: Programa “Rio da minha rua” de Londrina (PML/SEMA).

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A bacia do Ribeirão Lindóia, possui aproximadamente 27,5 km

de extensão, nascendo a Oeste do município de Londrina, próximo ao Pool de

combustível, em área de expansão urbana, desaguando a Leste, no Ribeirão

Jacutinga, já no Município de Ibiporã.

O Fundo de vale da rua Zircônio, bacia hidrográfica do Ribeirão

Lindóia, está localizado na Região Leste de Londrina, numa área residencial.

Figura 2. Fundo de vale da rua Zircônio e o córrego sem nome,

percorrendo 380m e desaguando no córrego Água das Pedras.

Fonte: Programa “Rio da minha rua” de Londrina (PML/SEMA).

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Figura 3. Localização do Fundo de vale da Rua Zircônio .

Fonte: IPPUL - Fevereiro/2012.

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Figura 4. Ruas e logradouros do Fundo de vale da Rua Zircônio .

Fonte: Google Earth, 12/04/2009.

As moradias que ocupam o fundo de vale encontram-se

distribuídas irregularmente ao longo da rua Zircônio, entre a rua Grafita e a rua

Pingo d’água. De acordo com o levantamento realizado pela Companhia de

Habitação de Londrina – COHAB-LD, este fundo de vale apresenta parte de

sua área ocupada por 5 (cinco) famílias remanescentes, as quais não se

enquadraram nos programas sociais de moradias populares. No entanto,

recentemente foram realocadas deste local, 22 famílias pela COHAB-LD.

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Foto 1. Moradias desocupadas e demolidas, localizados no fundo de vale.

Ao fundo, junto à Taioba (Xanthosoma sagittifolium), uma nascente

alocada.

Fonte: IPPUL - Pesquisa „in loco‟ - Fevereiro/2012.

Foto 2. Final da rua Grafita. À direita, área de fundo de vale a ser

restaurada.

Fonte: IPPUL - Pesquisa „in loco‟ - fevereiro/2012.

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O Fundo de vale da rua Zircônio , a ser contemplado no

presente Plano de Restauração Ambiental, está delimitado pelas ruas Grafita e

Pingo d’água, apresentando 146,42m de extensão e 3019,36m² de área total, a

ser restaurada (UTM: 486223,19 X 7423190,45; altitude média de 515m).

2. CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA

Nas avaliações de campo, verificou-se no Fundo de vale da rua

Zircônio , a existência de uma nascente, aflorando adjacente às moradias

demolidas, alocada pelas seguintes coordenadas em UTM: 486201,74 X

7423193,60. A água desta nascente escorre por uma calha natural,

percorrendo cerca de 380m, desaguando no córrego Água das Pedras, sendo

no presente Plano denominado de “córrego sem nome”. Devido à localização

da nascente, conforme ilustrado na figura 5, toda a área objeto deste Plano de

restauração ambiental, caracteriza-se como Área de Proteção Ambiental - APP

(mata ciliar em nascentes), com raio de 50m, conforme a Lei nº 4.771 de 15 de

setembro de 1965).

Figura 5. Restauração de matas ciliares (Lei nº 4.771 de 1965).

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Figura 5. Nascente alocada neste fundo de vale .

Fonte: Google Earth, 12/04/2009.

O local apresenta intensa interferência antrópica, com o

pastoreio de eqüinos e o descarte de entulhos e lixos domésticos, exercendo

intenso impacto sobre a flora remanescente e impedindo a regeneração

natural.

2.1. TIPOLOGIA VEGETAL

A vegetação arbórea nativa, presente neste fundo de vale,

remanescentes da floresta latifoliada semidecídua e pluvial Atlântica,

caracteriza-se predominantemente por espécies pioneiras, destacando-se:

Fumo bravo (Solanum mauritianum), Açoita-cavalo (Luehea divaricata Mart.)

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e Aroeira-pimenteira (Schinus terebinthifolius Raddi). Há ainda, neste fundo

de vale, intensa proliferação de espécies invasoras, tais como: Amarelinho

(Tecoma stans), Mamoeiro (Ricinus communis L.), leucena (Leucaena

leucocephala) e a cobertura das áreas úmidas com Taioba (Xanthosoma

sagittifolium), adjacentes ao córrego sem nome.

O solo apresenta-se coberto por gramíneas diversas, tais como

Colonião (Panicum maximum), Capim estrela (C y n o d o n n l e m f u e n s i

s) e grama Seda (Cynodon dactylon L.), servindo como pastoreio para

eqüinos, entre outros.

Foto 3. Gramíneas diversas e a vegetação arbórea nativa e exótica.

Fonte: IPPUL - Pesquisa ‘in loco’ - fevereiro/2012.

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2.2. CARACTERIZAÇÃO EDAFOCLIMÁTICA

Este fundo de vale caracteriza-se por apresentar a associação

entre Nitossolo vermelho eutroférrico (NVef) e Neossolos litólicos eutróficos

(RLe) nas áreas de decepe e junto ao córrego (SiBCS, EMBRAPA, 2005).

Quanto aos aspectos climáticos, o Município de Londrina

apresenta a temperatura média anual de 21,1°C e precipitação pluviométrica

média de 1610mm. Segundo a classificação climática de Köppen, Londrina

apresenta o tipo climático “Cfa”, caracterizado como subtropical, com

temperatura média no mês mais frio inferior a 18°C (mesotérmico) e

temperatura média no mês mais quente acima de 22°C, com verões quentes,

geadas pouco frequentes e tendência de concentração das chuvas nos meses

de verão, contudo sem estação seca definida (Cartas climáticas do Paraná -

IAPAR, 2000).

3. OBJETIVOS GERAIS

O presente Plano tem por objetivo a restauração ambiental e

paisagística das áreas de preservação permanente (APP) e áreas de fundo de

vale (AFV) do ribeirão Lindóia, junto ao Fundo de vale da rua Zircônio , incluso

no “Programa de Desenvolvimento Urbano Sustentável de Londrina - BR-

L1094”, o qual contempla a reassentamento de 5 (cinco) famílias

remanescentes, a demolição das edificações e benfeitorias remanescentes, a

limpeza da área, a readequação do solo, a restauração da mata ciliar e áreas

de preservação permanente e a confecção de gramado. Objetiva também o

desenvolvimento de ações educativas junto à comunidade do entorno, que

promovam o conhecimento e o sentimento de preservação ambiental deste

fundo de vale, de modo a garantir a manutenção da sua capacidade

reprodutiva, após a restauração.

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Este fundo de vale apresenta relevante importância para a

restauração ambiental da bacia do ribeirão Lindóia, como corredor ecológico,

preservação da flora e da fauna e para a conservação do solo e da água.

Tabela 1. Detalhamento das Áreas a serem restauradas

Área Zona Especial de Fundo de Vale m²

1. Área de Fundo de Vale (AFV) 3019,36

Área de Preservação Permanente (APP)

2. Mata ciliar 3019,36

Área Total do Fundo de Vale a ser restaurado (APP + AFV ) 3019,36

Este Plano de Restauração Ambiental está em conformidade

com o Código Florestal - Lei nº 4.771 de 15 de setembro de 1965, com o

Decreto Estadual nº 397 de 03 de março de 1999, que institui o SISLEG –

Sistema de manutenção, recuperação e proteção da reserva florestal legal e

áreas de preservação permanente no Estado do Paraná e a Resolução

CONAMA 303, de 20 de março de 2002, que dispõe sobre parâmetros,

definições e limites de Áreas de Preservação Permanente.

4. PLANO DE RESTAURAÇÃO AMBIENTAL - METODOLOGIA

A restauração ambiental de áreas degradadas, principalmente

as que circundam os corpos d’água, além das funções normais de mitigar os

impactos ambientais, promovidos pela ocupação desordenada (proteção dos

corpos d'água, purificação do ar, melhoria micro-climática, redução da

velocidade dos ventos, equilíbrio do balanço hídrico, controle de pragas e

agentes vetores de doenças, restabelecer e enriquecer a fauna local e regional,

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contenção de ruídos, etc.), é também uma ação mitigadora no sentido de

promover a estabilidade do solo, protegendo as áreas de risco.

Além disso, esta ação tem também uma importante função

social, uma vez que não pode se tornar área de risco para a comunidade,

proporcionando locais de esconderijos de difícil acesso para os promotores da

segurança, e áreas suscetíveis a novas invasões.

Ao mesmo tempo, faz-se necessário criar vínculo da área com

a população do entorno, para que esta se aproprie do espaço, e dele faça uso

como área de lazer, contemplação da diversidade natural e educação

ambiental, passando a defendê-lo e a zelar pelo mesmo.

O presente Plano contempla a restauração de 3019,36m² de

área do Fundo de vale da rua Zircônio , divididos em 3 etapas, onde as

atividades de Educação Ambiental , Cidadania e Sustentabilidade, deverão

preceder cada ação, de modo a informar, despertar e motivar a comunidade a

encontrar soluções para os problemas ambientais locais, desenvolvendo em

todos o sentimento de solidariedade e responsabilidade para com o meio

ambiente.

Os trabalhos a serem desenvolvidos, terão como eixo principal

a Educação Ambiental. Em todas as etapas, a preservação das espécies

arbóreas nativas existentes, mesmo àquelas que se encontram em tamanho

arbustivo, será preconizada. Para isso, os operários que realizarão as diversas

tarefas no fundo de vale, deverão ser devidamente orientados por técnicos da

Secretaria Municipal do Ambiente. As mudas de espécies arbóreas nativas,

deverão ser estaqueadas previamente antes de qualquer ação nas áreas de

fundo de vale, seja manual ou mecânica.

4.1. ETAPA 1: Contempla a retirada de entulhos resultantes da demolição

das moradias irregulares desocupadas, limpeza da área e cobertura do solo

com terra.

Nesta Etapa, será utilizado escavadeira hidráulica sobre esteira

para demolir, amontoar e carregar sobre os caminhões basculantes, os

entulhos e resíduos diversos oriundos da demolição e limpeza. Os caminhões

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basculantes deverão levar todos os materiais coletados para um local de

descarte licenciado. Após os serviços motorizados, deverá ser realizado uma

limpeza manual do fundo de vale, com a retirada de lixos diversos, existentes

junto à margem do “córrego sem nome” e no leito deste (poluição difusa).

Estando o solo do fundo de vale, totalmente limpo, deverá ser iniciada a

restauração da camada fértil, com a deposição e espalhamento de terra de

barranco, isenta de pedras e pragas (sementes, estolões ou rizomas de ervas

daninhas, etc.). Nesta fase, os serviços deverão ser executados com

escavadeira hidráulica sobre pneus, cobrindo o solo das áreas onde ocorreram

a retirada de entulhos, com uma camada de terra fértil de cerca de 10cm de

espessura, realizando a terraplanagem em toda a área do fundo de vale,

deixando o mesmo em boas condições para a realização dos plantios de

mudas de árvores e a confecção de gramado.

4.2. ETAPA 2: Contempla a restauração da mata ciliar e Áreas de

Preservação Permanente (APP).

Nesta Etapa, será realizado o plantio de mudas arbóreas

nativas em toda a Área de Preservação Permanente (APP) e mata ciliar, no

espaçamento de 3,0m entre linhas de plantio e 3,0m entre mudas na linha,

sendo que as linhas deverão ser intercalares entre si. As mudas deverão ter

entre 0,40 a 0,50m de altura, produzidas pelo sistema de tubetes. Deverá ser

realizado o plantio diferenciado de espécies nativas pioneiras, correspondendo

a 50% do número total de mudas, uma vez que a regeneração natural da área

é dificultada pela erosão hídrica, pela reduzida dispersão natural e via

zoocórica / ornitocórica de sementes, bem como pela forte pressão antrópica

do entorno. O plantio de maior quantidade de espécies pioneiras terá como

finalidade a rápida cobertura do solo, inibindo o desenvolvimento gramíneas e

outras espécies invasoras, permitindo assim o desenvolvimento de outras

espécies das fases iniciais e intermediárias da sucessão, as quais apresentam

geralmente dispersão zoocórica/ornitocórica.

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O modelo a ser implantado consistirá de uma linha de espécies

pioneiras alternada com uma linha de espécies não-pioneiras, correspondente

a Secundárias Iniciais (SI), Secundárias Tardias (ST) e Climáceas (C).

A calagem (aplicação de calcário), deverá anteceder o plantio o

máximo de dias possíveis, com a aplicação em cobertura de 200g de calcário

dolomítico ou magnesiano ao redor da cova, em um raio de 0,25cm. A

aplicação deverá ser realizada anualmente.

A aplicação de adubo químico, na fórmula de 04-14-08 + 0,3%

de Zn, na quantidade de 150g por cova no 1º ano e 150g no 2º ano. A

aplicação deverá ser feita 30 dias após o plantio, em um raio de 0,25m ao redor

da muda. A muda deverá ser irrigada logo após o plantio, não havendo

previsão de chuva no período subseqüente.

Toda a muda deverá ser estaqueada com ripão de madeira e

coroada, formando uma bacia de contenção da água pluvial e proteção contra

ervas daninhas. A limpeza das covas deverá ocorrer regularmente a cada 2

meses, conforme cronograma, com reposição de mudas mortas, caso

ocorrerem.

4.3. ETAPA 3: Contempla a restauração da área do entorno do fundo de vale

(arborização do entorno, no espaçamento de 10,0m entre mudas e a confecção

de gramado em faixa de 5,0m de largura, a partir do meio-fio).

Nesta Etapa, também deverão ser instalados bancos de

concreto, lixeiras e placas informativas no entorno do fundo de vale,

promovendo a integração e a conscientização ambiental de toda a

comunidade.

As mudas de árvores para a restauração do entorno, deverão

apresentar altura superior a 2,50m, a partir do colo da muda até a última

bifurcação. O espaçamento entre mudas será de 10,0m. Haverá 2 linhas de

plantio na arborização do entorno, sendo que a linha exterior deverá ser locada

a 0,70m do meio-fio e a linha interna a 7,0m da linha de plantio exterior (ou

10,0m do meio-fio), de modo intercalar, totalizando 28 mudas (incluso 20% de

reposição de mudas suprimidas).

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A faixa de gramado será de 5,0m de largura, a partir do meio-

fio. A espécie a ser plantada será a grama Batatais ou Mato-grosso (Paspalum

notatum), em placas. O plantio de grama deverá ocorrer antes do plantio das

mudas de árvores, formando uma cobertura do solo que minimiza o

ressecamento e conseqüentemente, a necessidade de rega.

O plantio das mudas arbóreas deverá ser precedido de

calagem (aplicação de calcário), na quantidade de 400g por cova, misturada ao

solo ou em cobertura, ao redor da muda, após o plantio, em raio de 0,50m.

Para a adubação química deverá ser utilizada a fórmula 04-14-08 + 0,3% Zn,

na quantidade de 300g/cova, em cobertura, ao redor da muda, em raio de

0,50m.

Deverão ser instalados 9 bancos de concreto, com 0,45m de

largura e 1,5m de comprimento, espaçados a cada 30m entre si, entre as

mudas de árvores plantadas na linha exterior. As lixeiras, ao número de 5

unidades (kit), confeccionadas a partir da reciclagem de latões de óleo

automotivo, com volume de 20 litros, terão a parte inferior perfurada, evitando o

acúmulo de água e receberão 2 demãos de pintura de aparência com zarcão e

esmalte sintético. Serão fixadas em palanques de eucalipto imunizado, com

altura de 1,20m a partir do solo e cerca de 0,11m de diâmetro. A parte do

palanque a ser fixado no solo (enterrado), terá aproximadamente 0,80m de

comprimento. A fixação das lixeiras ao palanque será realizada com parafuso

passante de 15cm de comprimento por 1cm de espessura. Para cada

palanque, serão fixadas duas lixeiras, conforme ilustração da Figura 10, sendo

uma na cor verde, para reciclados e outra na cor marrom, para resíduos

orgânicos.

4.4. EDUCAÇÃO AMBIENTAL, CIDADANIA E SUSTENTABILIDADE

Nos trabalhos de restauração ambiental deste fundo de vale,

as atividades de educação ambiental com a comunidade do entorno, deverão

anteceder e orientar todas as intervenções constantes neste Plano, estando

fundamentadas em três princípios: sensibilização, informação e ação

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transformadora. A educação ambiental terá como objetivo principal o fazer agir

para se tentar melhorar o ambiente através da conscientização.

A relação entre meio ambiente e educação apresenta um papel desafiador, demandando a emergência de novos saberes para apreender processos sociais cada vez mais complexos e riscos ambientais que se intensificam (Carvalho, 2004).

Neste sentido, os fundos de vale de Londrina, se apresentam

como um campo diferenciado aos educadores ambientais, os quais

encontrarão em cada um deles, particularidades históricas, sócio-econômicas e

ambientais, que exigirão novas metodologias de abordagem, nova

transversalidade de saberes, um novo modo de pensar, pesquisar e elaborar

conhecimento, que possibilite integrar teoria e prática.

No presente Plano, será aplicado o que preconiza o “Tratado

de Educação Ambiental para Sociedades Sustentáveis e Responsabilidade

Global” (Fórum Global paralelo – Rio - 92), em todas as atividades ambientais

com a comunidade, integrando as diferentes organizações sociais (associações

de moradores, escolas, igrejas, organizações não-governamentais, entidades

de classe, entre outros), em prol dos mesmos objetivos: integrar, sensibilizar,

conhecer e preservar este fundo de vale. Para atingir estes objetivos, durante

os primeiros 3 (três) meses do projeto, será contemplado neste Plano, a

contratação de “Monitores Ambientais”, os quais se caracterizam como

estudantes dos cursos de Biologia, Agronomia, Geografia, Engenharia

Ambiental, Sociologia e demais áreas afins. Estes monitores deverão fazer uso

de recursos audiovisuais, oficinas, recreações, reuniões, palestras, impressos,

entre outros, conforme cronograma de trabalho e conteúdo pedagógico a ser

elaborado pela Secretaria Municipal do Ambiente - SEMA, Gerência de

Educação Ambiental.

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4.5. Descrição ilustrada da proposta de restauração ambiental do Fundo

de vale da rua Zircônio , metodologia de plantio de mudas arbóreas

nativas, confecção de gramado e locação de bancos e lixeiras

Figura 5. Ilustração da restauração ambiental do Fundo de vale da rua

Zircônio , proposta neste Plano.

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Figura 6. Ilustração do modelo de restauração ambiental do Fundo de

vale da rua Zircônio , proposta neste Plano.

Fonte: IPPUL – Proposta de restauração.

Figura 7. Ilustração do banco de concreto a ser locado junto à

arborização do entorno do fundo de vale.

Fonte: IPPUL – Composição de acordo com a Tabela SINAPI.

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Figura 8. Ilustração das lixeiras de latões reciclados a serem locadas

junto à arborização do entorno do fundo de vale.

Fonte: IPPUL – Composição (Tabela SINAPI e reciclagem de latões).

5. RELAÇÃO DE ESPÉCIES ARBÓREAS NATIVAS PARA A

RESTAURAÇÃO DA MATA CILIAR, APP E AFV

As espécies nativas a serem utilizadas na recomposição da

mata ciliar serão as que ocorrem naturalmente na Bacia do Rio Tibagi, da qual

faz parte a microbacia do ribeirão Lindóia e que foram determinadas através de

levantamentos fitossociológicos desenvolvidos ao longo da bacia, pela UEL –

Universidade Estadual de Londrina em convênio com o COPATI – Consórcio

Intermunicipal para Proteção Ambiental do Rio Tibagi.

As mudas serão distribuídas no campo de forma que as

espécies pioneiras forneçam em pouco tempo sombreamento para as espécies

secundárias, iniciais e tardias, e climáceas, utilizando-se adensamento com

espaçamento de 3,00 metros entre os indivíduos arbóreos.

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O plantio poderá, preferencialmente, ser executado pela

comunidade como atividade de apropriação do espaço e/ou por empresa

contratada, com o acompanhamento e fiscalização da própria comunidade,

Município e órgãos ambientais locais competentes. Independente de quem for

executar o plantio, todas as mudas e insumos deverão ser adquiridos pela

empresa contratada, observando-se o projeto específico, os orçamentos e este

Plano.

A Taxa de reposição de mudas nativas será de 10%, para os

casos de indivíduos que não se desenvolvam ou sejam danificados, durante o

período de manutenção.

A modelagem da distribuição das espécies florestais nativas

está em função do estágio sucessional, adaptado do modelo proposto por

KAGEYAMA et al (1990). As espécies nativas em porte arbóreo para o plantio

no entorno do fundo de vale, junto à faixa de gramado, foram selecionadas

conforme os critérios divulgados pela SBAU – Sociedade Brasileira de

Arborização Urbana, ELEKTRO – Guia de Arborização Urbana e as

recomendações técnicas da Secretaria Municipal do Ambiente – SEMA da

Prefeitura Municipal de Londrina.

Tabela 2. Espécies de ocorrência regional do Bioma Mata Atlântica,

indicadas para o plantio no Fundo de vale da rua Zircônio .

RELAÇÃO DAS ESPÉCIES

Nome comum Nome Científico

Açoita-cavalo-miúdo Luehea divaricata

Alecrim-de-campinas Holocalyx balansae

Amora-branca Maclura tinctoria

Angico-branco Anadenanthera colubrina

Aroeira-pimenteira Schinus terebinthifolius

Café-de-bugre Cordia ecalyculata

Canelinha Nectandra megapotamica

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2

Canjarana Cabralea canjerana

Catiguá Trichilia clausseni

Cebolão Phytolacca dióica

Coerana Cestrum intermedium

Crindiúva Trema micrantha

Farinha-seca Albizia polycephala

Feijão-cru Lonchocarpus guilleminianus

Figueira-do-brejo Ficus insípida

Fumo-bravo Solanum sp

Guassatunga ou baga-de-pomba Casearia sylvestris

Gurucaia Parapiptadenia rigida

Ingá-do-brejo Ingá affinis

Jangadeiro Heliocarpus americanus

Jatobá Hymenaea courbaril

Louro-branco Bastardiopsis densiflora

Mamoninho Esenbechia febrífuga

Mutambo Guazuma ulmifolia

Paineira Chorisia speciosa

Pau-jacaré Piptadenia gonoacantha

Peroba rosa Aspidosperma polyneuron

Pessegueiro-bravo Prunus myrtifolia

Tamanqueira Aegyphilla sellowiana

Tápia Alchornea sp

Timburi Enterolobium contorstisiliquum

Unha-de-vaca Bauhinia forficata

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3

Tabela 3. Espécies frutíferas nativas (para plantio na bordadura da

mata ciliar, visando à alimentação da fauna e apreciação pela

população do entorno).

Nome comum Nome Científico

Araçá-vermelho Psidium cattleianum

Araticum-amarelo Rollinia sylvatica

Gabiroba Campomanesia xanthocarpa

Genipapo Genipa americana

Grumixama Eugenia brasiliensis

Ingá-feijão Inga marginata

Ingá-mirim Inga laurina

Jaracatiá Jaracatia spinosa

Palmeira Jerivá Syagrus romanzoffiana

Palmito-juçara Euterpe edulis

Pitanga Eugenia uniflora

Uvaia Eugenia pyriformis

Tabela 4. Espécies indicadas para solo úmido ou sujeito à inundação

(para as margens e áreas de várzeas do ribeirão Lindóia).

Nome comum Nome Científico

Branquilho, branquinho, branquio Sebastiania commersoniana

Branquinho, Leiteiro-da-folha-fina, Tajuvinha Sebastiania brasiliensis

Embaúba-branca Cecropia pachystachya

Guanandi Calophyllum brasiliensis

Leiteiro Peschiera fuchsiaefolia

Maria-mole Dendropanax cuneatus

Mulungu-do-litoral Erythrina speciosa

Pau-de-leite Sapium glandulatum

Pau-de-viola Citharexylum myrianthum

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4

Salgueiro (Salseiro) Salix humboldtiana

Sananduva (Corticeira) Erythrina crista-galli

Urucurana, Sangra-d`água Croton urucurana

Tabela 5. Espécies arbóreas nativas do Brasil, indicadas para a

arborização do entorno do fundo de vale (faixa de gramado).

RELAÇÃO DE ESPÉCIES ARBÓREAS NATIVAS DO BRASIL

Nome comum Nome científico

Acácia negra Acácia mearnsi

Alecrim-de-campinas Holocalix glaziovii

Alfeneiro Ligustrum lucidum

Angico-branco Parapiptadenia rígida

Angico-vermelho Parapiptadenea macrocarpa

Aroeira salsa Schinus mole

Cabreúva-vermelha Myroxylon peruiferum

Canafistula-de-besouro Senna espctabilis var. excelsa

Canelinha Nectandra megapotamica

Canjarana Cabralea canjerana

Cássia-grande Cassia grandis

Cássia-róseo-amarela Cássia fistula X Cássia javanica

Chal-chal, Vacum Alophylus edulis

Dedaleiro, Pacari Lafoensia paçari

Falso-barbatimão Cássia leptophyla

Guabiju Myrcianthes pungens

Ipê-amarelo Tabebuia crysotricha

Ipê-branco Tabebuia róseo-alba

Ipê-roxo Tabebuia Impetiginosa

Jacarandá-da-bahia Dalbergia nigra

Jacarandá-paulista Jacarandá mimosaefolia

Jatobá Hymenea courbaril

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5

Manacá-da-serra Tibuchina Mutabilis

Oiti Licania tomentosa

Paineira-branca Chorisia speciosa alba

Pau-brasil Caesalpinia echinata Lam.

Pau-ferro Caesalpinia leiostahya

Quaresmeira Tibouchina granulosa

Sabão-de-soldado Sapindus saponaria L.

Sibipiruna Caesalpinia peltophoroides

Figura 9. Modelo sugerido para a distribuição das espécies florestais

nativas em função do estágio sucessional, aliado ao espaçamento

utilizado.

☼ ☼ ☼ ☼ ☼ ☼ ☼

∆ □ ∆ ■ ∆ □

☼ ☼ ☼ ☼ ☼ ☼ ☼

● ∆ ● ∆ ● ∆

☼ ☼ ☼ ☼ ☼ ☼ ☼

∆ ■ ∆ □ ∆ ■

☼ ☼ ☼ ☼ ☼ ☼ ☼

● ∆ ● ∆ ● ∆

☼ ☼ ☼ ☼ ☼ ☼ ☼

∆ □ ∆ ■ ∆ □

☼ ☼ ☼ ☼ ☼ ☼ ☼

● ∆ ● ∆ ● ∆

☼ ☼ ☼ ☼ ☼ ☼ ☼

Estágio de sucessão Espaçamento (m) População % do total/ha

☼ Pioneira 3 x 3 127 50,00

∆ Secundária inicial 6 x 6 64 25,00

● Secundária Tardia 1 6 x 6 32 12,50

□ Secundária Tardia 2 12 x 12 16 6,25

■ Clímax 12 x 12 16 6,25

Total de mudas 255 100,00

Fonte: Adaptado de KAGEYAMA et al, 1990.

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6

6. TÉCNICAS DE PLANTIO

Foto 4. Para o plantio de mudas nativas, a área deverá estar totalmente

limpa, sem entulhos e sem lixo. A limpeza mecanizada deverá

contemplar ações manuais que privilegiem a vegetação nativa existente,

inclusive a regeneração natural (capina e coroamento de mudas nativas

existentes).

Fonte: Engº Agrônomo Paulo R. Guilherme (acervo): Limpeza de mudas.

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7

Fotos 5 e 6. Preparo da cova para plantio de mudas em tubetes

plásticos. Retirar o torrão e plantar a muda em cova de 15cm de

diâmetro por 20cm de profundidade.

Fonte: Engº Agrônomo Paulo R. Guilherme (acervo): Plantio de mudas nativas.

Foto 7. Estaqueamento de mudas. Deverá ser realizado em todas as

mudas, sendo que a cada replantio, as estacas extraviadas deverão ser

substituídas.

Fonte: Engº Agrônomo Paulo R. Guilherme (acervo): Estaqueamento de mudas.

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8

Foto 8. Adubação de cobertura. Deve-se espalhar o adubo ao redor da

muda em raio de 0,25m.

Fonte: Engº Agrônomo Paulo R. Guilherme (acervo): adubação e calagem.

Figura 10. Ilustração do plantio de mudas finalizado, com

estaqueamento, formação da coroa ou bacia de decantação e a limpeza

ao redor da muda.

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9

Figura 11. Ilustração do padrão de muda arbórea para plantio no

entorno do fundo de vale, adjacente à faixa de gramado, em duas linhas.

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0

Fotos 9 e 10. Plantio de grama em placas no entorno do fundo de vale,

em faixas de 10m de largura e de forma contínua.

Fonte: Engº Agrônomo Paulo R. Guilherme (acervo): Plantio de grama em placa.

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1

7. TÉCNICAS DE PLANTIO E MANUTENÇÃO DE MUDAS

NATIVAS NAS ÁREAS DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE -

APP

Preparo da área

A limpeza da área a ser recomposta restringir-se-á a roçadas para o controle das

ervas daninhas, evitando-se assim o revolvimento do solo e conseqüente erosão.

Coveamento

Para o plantio de mudas pelo sistema de tubetes, as covas deverão apresentar

15cm de diâmetro por 20cm de profundidade, com alinhamento alternado,

espaçadas entre si de acordo com o modelo de distribuição das espécies (Fig. 9)

Correção do solo

200g de Calcário dolomítico ou magnesiano por cova, espalhando ao redor da

muda num raio de 0,25m, antes ou durante o plantio.

Adubação inicial

A fertilização mineral será realizada na cova por ocasião do plantio, utilizando-se

150g de N:P:K (04:14:08) + 0,3% de Zn.

Adubação de manutenção

No segundo ano após o plantio, aplicar 150g N:P:K (04:14:08) + 0,3% de Zn por

cova, em cobertura, espalhando ao redor da muda num raio de 0,25m.

Plantio e replantio

As mudas nativas em tubetes plásticos, deverão ter no mínimo 40cm de altura,

devendo ser tutoradas com bambu ou ripão de madeira e amarradas com

barbante. Deverá ser realizado o monitoramento periódico da área para que os

indivíduos que não sobreviverem possam ser imediatamente substituídos.

Condução das mudas

A condução das mudas será feita mediante o coroamento e roçadas periódicas até

o fechamento das copas.

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2

8. TÉCNICAS DE PLANTIO E MANUTENÇÃO DE MUDAS

NATIVAS EM PORTE ARBÓREO PARA A ARBORIZAÇÃO DO

ENTORNO DO FUNDO DE VALE

Preparo da área

A limpeza da área do entorno deverá ser realizada com capina ampla ao redor do

local estaqueado para a abertura da cova.

Coveamento

Para o plantio de mudas arbóreas, as covas deverão apresentar 0,40m de

diâmetro por 0,40m de profundidade, com alinhamento alternado entre a linha

exterior (próxima ao meio-fio) e linha interior, adjacente à faixa de gramado.

Correção do solo

400g de Calcário dolomítico ou magnesiano por cova, espalhando ao redor da

muda num raio de 0,50m, antes ou durante o plantio.

Adubação inicial

A fertilização mineral será realizada na cova (incorporado ao solo) ou em

cobertura, espalhando ao redor da muda num raio de 0,50m. Utilizar 300g de

N:P:K (04:14:08) + 0,3% de Zn por cova.

Adubação de manutenção

No segundo ano, aplicar 300g N:P:K (04:14:08) + 0,3% de Zn por cova, em

cobertura, espalhando ao redor da muda num raio de 0,50m, no início da

primavera.

Plantio e replantio

As mudas arbóreas deverão ter no mínimo 2,50m de altura, devendo ser tutoradas

com bambu ou ripão de madeira e amarradas com barbante. Deverá ser previsto

uma reposição de até 20% das mudas no período de 24 meses, se necessário.

Condução das mudas

A condução das mudas será feita mediante o coroamento e capinas periódicas até

que as mesmas apresentem porte arbóreo superior a 3,5m de altura ou CAP

(circunferência à altura do peito) de 0,20m.

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3

9. DESCRIÇÃO DOS CUSTOS TOTAIS POR ETAPA DE

EXECUÇÃO DO PLANO DE RESTAURAÇÃO AMBIENTAL

DECRIÇÃO DAS ETAPAS Valor

(R$)

1ª. Preparo do solo: Retirada de entulhos resultantes da demolição

das moradias irregulares, limpeza da área e cobertura do solo com

terra (restauração da camada fértil)

11.358,02

2ª. Insumos, mão-de-obra e serviços operacionais manuais e

mecanizados: trabalhos de restauração da mata ciliar e Áreas de

Preservação Permanente (APP)

9.402,23

3ª. Restauração da área do entorno do fundo de vale (arborização

e confecção de gramado em faixa de 5,0m de largura, com

espaçamento de 10,0m entre mudas de árvores); instalação de

bancos e lixeiras.

7.725,05

Educação Ambiental, Cidadania e Sustentabilidade 3.364,60

Tratos culturais e capinas a cada 2 meses, a partir do 5º mês

(serviço a ser executado pelo quadro próprio de funcionários da

Prefeitura Municipal de Londrina ou terceirizado)

0,00

Custo total da restauração ambiental do fundo de vale da rua

zircônio, Jardim Ideal + (BDI – Benefícios e Despesas Indiretas:

20%)

38.219,88

Custo total por m² 12,66

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4

10. CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO

FASE (mês)

ATIVIDADES A SEREM DESENVOLVIDAS EM 24 MESES (a partir da inicialização da execução do Plano)

1

Educação ambiental, cidadania e sustentabilidade;

Demolição e retirada de entulhos, lixos e descartes diversos; Retirada manual de entulhos, lixos e descartes diversos, localizados no fundo de vale e junto ao córrego sem nome (poluição difusa);

Restauração da camada fértil e adequação topográfica, cobrindo o solo com terra nova (serviço mecanizado);

2

Educação ambiental, cidadania e sustentabilidade; Plantio de mudas de árvores nativas, no espaçamento de 3,0 x 3,0m entre mudas;

Estaqueamento de todas as mudas plantadas; Coroamento das mudas plantadas (limpeza ao redor da muda e confecção de uma coroa de terra, formando uma bacia de proteção e infiltração da água pluvial e de

irrigação); Aplicação de calcário em cobertura, ao redor das mudas nativas plantadas (raio de 0,25m), sendo 200g por cova;

Adubação de cobertura das mudas de árvores do entorno do fundo de vale com a fórmula 04-14-08 + 0,3% de Zn, sendo 150g por muda; Tratos culturais, com capina, limpeza e roçagem.

3

Educação ambiental, cidadania e sustentabilidade;

Plantio de grama da espécie Mato-grosso (Paspalum notatum) no entorno do fundo de vale, a partir do meio-fio, em faixa de 5,0m de largura; Plantio de mudas de árvores no entorno do fundo de vale, a 3,0m de distância do

meio-fio e outra linha de plantio intercalar a 7,0m desta; Aplicação de calcário em cobertura, ao redor das mudas plantadas (raio de 0,50m), sendo 400g por cova;

Adubação de cobertura das mudas de árvores do entorno do fundo de vale com a fórmula 04-14-08 + 0,3% de Zn, sendo 300g por muda; Tratos culturais, com capina, limpeza e roçagem.

5 a 23

Tratos culturais, com capina, limpeza e roçagem a cada 2 meses, a partir do 5º

mês (serviço a ser executado pelo quadro próprio de funcionários da Prefeitura Municipal de Londrina ou terceirizado).

24 Encerramento do Projeto: Relatório de avaliação das metas previstas e alcançadas e propostas para o domínio social do fundo de vale com a participação da

comunidade do entorno.

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5

11. METODOLOGIA A SER APLICADA PARA OS SERVIÇOS

DE MANUTENÇÃO PERIÓDICA DESTE FUNDO DE VALE

Após a conclusão do Plano de Restauração Ambiental, previsto para ser

executado em 3 (três) meses, conforme cronograma de execução, os serviços

operacionais de manutenção do fundo de vale, deverão ser realizados

periodicamente pelos próximos 21 (vinte e um) meses, pela Prefeitura

Municipal de Londrina, através do quadro próprio de funcionários ou por

serviços terceirizados.

Todas as operações previstas de manutenção deste fundo de vale

deverão ser supervisionadas por um técnico da Secretaria Municipal do

Ambiente – SEMA, sendo que o acompanhamento deverá ser presencial,

visando orientar e fiscalizar os trabalhos, tendo inclusive a competência de

notificar e lavrar autos, quando for o caso.

A equipe de trabalho designada para os serviços de manutenção deste

fundo de vale, nas áreas contempladas no presente plano, seja mão-de-obra

do quadro próprio da Prefeitura Municipal de Londrina ou terceirizada, deverá

participar de um treinamento técnico, a ser oferecido pela Secretaria Municipal

do Ambiente (SEMA), com carga horária de 20 horas, onde deverão ser

abordadas as seguintes temáticas:

Legislação: Princípios e Penalidades;

Identificação e manutenção de espécies arbóreas nativas em fundos de

vale (mata ciliar, APP e zona especial de fundo de vale);

Identificação e erradicação de espécies arbóreas invasoras;

Controle de ervas daninhas;

Metodologia para a retirada de entulhos e lixos diversos em fundos de

vale, inclusive a limpeza de nascentes e afloramentos;

Técnicas de Segurança e saúde no trabalho.

Nota: Sempre que houver a contratação ou convocação de novos funcionários

para a realização de serviços de manutenção neste fundo de vale, estes

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deverão obrigatoriamente, participar de um novo curso de treinamento, com a

mesma carga horária e conteúdo programático, sem o qual, não estarão aptos

para executarem tais serviços.

Os serviços de manutenção periódica (bimestral), que se encontram

detalhados no cronograma de execução deste Plano de Restauração

Ambiental, é de inteira competência da Prefeitura Municipal de Londrina, e

deverão ser rigorosamente executados, garantindo a plena realização das

metas deste Plano.

12. BIBLIOGRAFIA CONSULTADA

CARVALHO, I. Educação ambiental crítica: nomes e endereçamentos da

educação. In: MMA/ Secretaria Executiva/ Diretoria de Educação

Ambiental (Org.). Identidades da educação ambiental brasileira. Brasília:

MMA, 2004.

CAVIGLIONE, João Henrique ; KIIHL, Laura Regina Bernardes ; CARAMORI,

Paulo Henrique ; OLIVEIRA, Dalziza. Cartas climáticas do Paraná.

Londrina : IAPAR, 2000. CD.

EMBRAPA, Centro Nacional de Pesquisa de Solo (Rio de Janeiro, RJ).

Sistema Brasileiro de Classificação de Solos. Rio de Janeiro, 2005.

JACOBI, PEDRO ROBERTO. Educação Ambiental: o desafio da

construção de um pensamento crítico, complexo e reflexivo.

Universidade de São Paulo. Educação e Pesquisa, São Paulo, v. 31, n. 2,

p. 233-250, maio/ago. 2005.

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7

JACOBI, PEDRO ROBERTO. Educação Ambiental, Cidadania e

Sustentabilidade. Universidade de São Paulo – USP. Cadernos de

Pesquisa, n. 118, março/ 2003.

KAGEYAMA P. Y & GANDARA, F. B. Recuperação de Áreas Ciliares. In:

Matas Ciliares: Conservação e Recuperação. Ricardo Ribeiro Rodrigues

e Hermógenes de Freitas Leitão Filho. São Paulo, Edusp: Fapesp, pp. 249-

269. 2000.

KAGEYAMA P. Y.; BIELLA, L. C. & PALERMO, Jr. A. “Plantações Mistas

com Espécies Nativas com Fins de Proteção a Reservatórios”. In: 6º

Congresso Florestal Brasileiro, Campos do Jordão. Anais. São Paulo,

Sociedade Brasileira de Silvicultura, v. 1, pp. 109-113. 1990.

MRTVI, PAULO ROBERTO – O Uso do Solo na Microbacia do Ribeirão

Jacutinga – Região Norte do Município de Londrina – TCC – Londrina –

1992.

QUEIROGA, J. L. DE & BALLAROTTI, L. Levantamento Florístico e Projeto

de Recuperação e Preservação da Mata Ciliar do Ribeirão Cafezal.

Lote 77 – Gleba Cafezal – pp. 19-20, 2001.

RODRIGUES, R.R. & LEITÃO FILHO, H.F. Matas Ciliares: Conservação e

Recuperação. Edusp: Fapesp. São Paulo, 320p. 2000.

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Equipe Técnica do Instituto Pesquisa e Planejamento Urbano de Londrina -

IPPUL

Denise Maria Ziober – Arquiteta Urbanista, Diretora de Planejamento Urbano;

Elisabeth Aparecida Alves –Gerente de Pesquisa do Instituto de Pesquisa;

Paulo Roberto Guilherme - Engenheiro Agrônomo SEMA/IPPUL;

Larissa Rocha Gonçalves - Estagiária de Arquitetura e Urbanismo (UNIFIL);

Priscila Machado Cardoso - Estagiária de Geografia (UEL);

Valter Vinícius Vetore Alves – Estagiário de Geografia (UEL).

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9

ANEXO I

DESCRIÇÃO OPERACIONAL E ORÇAMENTÁRIA PARA A RESTAURAÇÃO

AMBIENTAL DO FUNDO DE VALE DA RUA ZIRCÔNIO, JARDIM IDEAL

1. PREPARO DO SOLO E RESTAURAÇÃO DA CAMADA FÉRTIL

(retirada de entulhos, lixos e descartes diversos, resultantes da demolição das

moradias irregulares desocupadas, limpeza da área e cobertura do solo com

terra)

Quantificação de entulhos, lixos e descartes diversos

Unid. Quant. Observações

Área total das edificações demolidas m² 510

Estimado 2 dias de

trabalho com 4

caminhões

basculante

(capacidade de

5,0m³ reais) e uso

de 1 escavadeira

de esteira.

Volume de entulho estimado por m² de construção m³ 0,38

Quantidade estimada de entulhos, lixos e descartes diversos depositados na margem e no leito do córrego sem nome (poluição difusa)

m³ 15,00

Quantidade total de entulhos, lixos e descartes diversos estimado m³ 208,91

Capacidade de transporte por viagem de caçamba (caminhão 'toco')

m³ 5,00

Quantidade de viagens em caminhões caçamba (caminhão toco de 5m³) necessários para o transporte dos entulhos e resíduos domiciliares diversos

nº de

viagens 42

Quantificação de hora/máquina com serviços de escavadeira (amontoar entulhos e resíduos diversos e transportá-los para os caminhões caçamba)

¹h/m 29,25

Custo

unit. (R$)

Custo total

(R$)

Código

SINAPI

Retirada manual de entulhos, lixos e descartes diversos, localizados na margem e no leito do córrego sem nome (poluição difusa). O transporte destes materiais encontra-se contemplado no Código SINAPI nº 1133

²h/d 7,5 84,42 633,15

10800 Serviços de escavadeira hidráulica sobre esteira, 146 a 169HP (inclui manutenção/operação), em hora/máquina

169,45 4956,07

1133

Destinação final dos entulhos e resíduos domiciliares diversos (valor do frete por viagem de caminhão caçamba e do descarte dos resíduos em local licenciado (Caminhão basculante, capacidade de 5,0m³, inclui manutenção/operação)

107,47 4490,40

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0

Cobertura do solo com terra para adequação topográfica e plantio - Serviço mecanizado

Unid. Quant.

Custo

unit. (R$)

(m³/km)

Custo total (R$) Código

SINAPI

Espessura da camada de terra a ser espalhada sobre o solo mm 100

Quantidade de terra necessária para cobertura do solo m³ 51,03

Distância média entre o ponto de coleta de terra e o fundo de vale

km 15

74011/001

Custo para o transporte de terra em caminhão basculante com capacidade de 6m³ (5m³ reais)

nº de

viagens 10,21 1,03 788,41

2726

Serviços de terraplanagem com escavadeira hidráulica sobre pneus, 105HP, Capac. 0,7m³ (inclui manutenção/operação)

h/m 5,10 96,02 489,99

Custo total para a retirada de entulhos, limpeza da área e

cobertura do solo com terra 11358,02

2. RESTAURAÇÃO DA MATA CILIAR E ÁREAS DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE (APP) (quantificação de insumos, mão-de-obra e serviços

operacionais manuais e mecanizados)

Dimensionamento das áreas Unid. Medidas Observações

Área total do fundo de vale da rua Zircônio, Jardim Ideal, a ser restaurada m² 3019,4

Inicio da área de

fundo de vale a partir do encontro da ruas Grafita e Zircônio,

seguindo 146,42m pela rua Zircônio em direção à rua Pingo

d'água, totalizando 3019,36m²;

Elevação média do

terreno: 515m; Comprimento da pista de passeio (entorno):

146,42m; Área de gramado do

entorno a ser

implantado: 732,00m² (146,42 X 5,0m);

O entorno deverá ser

arborizado com mudas apresentando

altura mínima de

2,5m.

Extensão do entorno do fundo de vale a ser arborizado para caminhada

m 146,42

Largura do entorno do fundo de vale sob o dossel da arborização para caminhada e lazer, onde será confecçionado o gramado a partir do meio-fio

m 5,00

Área do entorno do fundo de vale sob o dossel da arborização para caminhada e lazer

m² 732,10

Área de Preservação Permanente (APP) a ser restaurada no fundo de vale, inclusive a área de alagamento sazonal (várzea)

m² 2287,30

Espaçamento entre linhas de plantio (m) m 3,00

Espaçamento entre mudas na linha (m): m 3,00

Espécies arbóreas nativas (bioma local Mata Atlântica)

Vide anexo

único

Código SINAPI

Quantificação de insumos (mudas, adubos, calcários)

Unid. Quant. Custo unit. (R$)

Custo

total (R$)

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ina4

1

349

Quantidade de mudas necessárias (mudas nativas produzidas em tubetes plásticos, altura de 40 a 50cm)

muda 254 0,95 241,43

25963 Calcário dolomítico ou magnesiano (200g/cova, PRNT=100 %)

kg 51 0,05 2,54

3123 Fertilizante NPK - fórmula 4: 14: 8 + 0,3% Zn (150g/cova, em cobertura, ao redor da muda (raio de 0,50m)

kg 38 0,96 36,60

Custo total dos insumos 280,57

Quantificação da mão-de-obra e serviços motorizados - restauração e manutenção da mata ciliar e APP por 2 meses (2º e 3º mês deste Plano de Restauração Ambiental)

³Valor / diária de 8

horas (R$)

Valor total (R$)

Preparo da área: roçagem baixa de plantas invasoras h/d 1,21 84,42 101,96

Coveamento (covas com 20cm de profundidade e 15cm de diâmetro) h/d 1,27 84,42 107,27

Aplicação de calcário e adubo químico h/d 0,32 84,42 26,82

Plantio de mudas h/d 0,85 84,42 71,51

Tratos culturais com 2 capinas (2º e 3º mês) h/d 3,02 84,42 254,89

Quantidade total de diárias (com aproximação de casas decimais)

h/d 6,66 84,42 562,46

Código SINAPI

Caminhão pipa 6000 litros toco, 16 CV - 7,5T, tanque de aço e motobomba de 3,5CV - Irrigação motorizada (2 irrigações semanais, pelos 2 primeiros meses), molhamento de 1500m² por hora/máquina

Unid. Quant. Custo unit. (R$)

Custo total (R$)

5761 Custo de Horário Produtivo Diurno (CHP) (caminhão-pipa)

h/m 64 92,07 5892,48

5748 Mão-de-obra diurna na operação, 1 oper. e 1 auxiliar (4 horas/dia)

hora/oper. 128 10,19 1304,32

Custo total para serviços de irrigação 7196,80

Custo total dos insumos, mão-de-obra e serviços operacionais 8039,83

3. RESTAURAÇÃO DA ÁREA DO ENTORNO DO FUNDO DE VALE

(arborização e confecção de gramado em faixa de 5,0m de largura, com espaçamento de 10,0m entre mudas) O plantio das árvores para a arborização do entorno contemplará a formação de uma linha

externa, a 0,70m do meio-fio e com espaçamento de 10,0m entre mudas, totalizando 14 mudas e uma linha de plantio intercalar interna, adjacente à faixa de gramado, distante 7,0m da linha de plantio anterior, com espaçamento de 10,0m entre mudas, totalizando 9 mudas. Está

contemplado neste plano o acréscimo de 20% sobre o total de mudas para a arborização do entorno, visando a reposição de mudas suprimidas (depredação, est resse hídrico, etc.), nos meses posteriores ao plantio (5 mudas).

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ina4

2

Código SINAPI

Quant. de materiais e insumos (bancos, lixeiras, mudas, adubos, calcários)

Unid. Quant. Custo

unit. (R$) Custo total

(R$)

74228/ 001

Banco de concreto aparente, com largura de 45cm e 10cm espessura, sobre dois apoios (1,5m de comprimento, sendo 1 banco a cada 30m)

m 9 122,48 1102,32

0

Lixeiras duplas em latão reciclado de 20L. (1 lixeira a cada 30m, confec. e instalação). Código SINAPI n° 21138 + composição

kit 5 42,36 211,80

359

Quant. de mudas nativas arbóreas necessárias (altura superior a 2,50m, a partir do colo da muda até a última bifurcação e espaçamento de 10 x 10m)

mudas 28 27,00 759,04

25963 Calcário dolomítico ou magnesiano (400g/cova, PRNT=100 %)

kg 11,25 0,05 0,56

3123

Adubo químico, fórmula 04-14-08 + 0,3% Zn (300g/cova, em cobertura, ao redor da muda, em raio de 0,50m)

kg 8,43 0,96 8,10

74236/ 001

Quantidade de mudas de grama em placas, da espécie Batatais ou Mato-grosso (Paspalum notatum) em rolo, para confecção do gramado do entorno. Inclui preparo de solo e plantio

m² 732 6,37 4663,48

Custo total dos insumos 6745,30

Código

SINAPI

Mão-de-obra necessária para a implantação e manutenção inicial (operações manuais e mecanizadas, plantios de grama, de árvores e tratos culturais)

Valor / diária de 8 horas

(R$)

Valor total

(R$)

73967/3

Plantio de mudas de árvores no entorno do fundo de vale (somente mão-de-obra e transporte de terra preta: turfa)

unid. 28 23,74 667,39

74236/ 001

Plantio de grama em placas no entorno (5m de largura) e áreas de declive: já contemplado na tabela anterior (quantificação de materiais e insumos)

m² 732 0,00 0,00

5761 e

5748

Irrigação motorizada (2 irrigações semanais, no 2º e 3º mês, com caminhão pipa): contemplada no ítem 2 (restauração da mata ciliar e APP)

0,00 0,00

Preparo da área: roçagem baixa de plantas invasoras h/d 0 84,42 41,20

Coveamento (covas com 40cm de h/d 3 84,42 237,33

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3

profundidade e 40cm de diâmetro)

Aplicação de calcário e adubo químico h/d 0,24 84,42 20,20

Tratos culturais com 2 capinas (2º e 3º mês): contemplado no ítem 2 (restauração da mata ciliar e APP)

h/d 0 0,00 0,00

Custo total da mão-de-obra 966,12

Custo total para a restauração da área do entorno do fundo de vale 7711,42

4. EDUCAÇÃO AMBIENTAL, CIDADANIA E SUSTENTABILIDADE

Monitores ambientais (20 horas semanais por educador, durante os primeiros 3 meses)

Educ. 1 500,00 1500,00

Material de consumo (cartilhas, panfletos, faixas, cartazes, oficinas, etc.)

Popul. 9323 0,20 1864,60

Custo Total 3364,60

Custo total da restauração ambiental do fundo de vale da rua

Zircônio, Jardim Ideal 30473,86

BDI – BENEFÍCIOS E DESPESAS INDIRETAS Índice

: 20% 36568,64

Custo médio mensal 1523,69

Custo total por m² 12,11

¹h/m= hora/máquina;

²h/d=homem/dia - Tabela SINAPI / SINDUSCON-Norte Pr – Composição da

mão-de-obra de jardinagem (Meio-Oficial) - Ref. Janeiro de 2012.

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4

ANEXO II

PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO URBANO SUSTENTÁVEL DE LONDRINA

BR-L1094

CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO FÍSICO-FINANCEIRO

PROJETO: PLANO DE RESTAURAÇÃO AMBIENTAL DO FUNDO DE VALE DA

RUA ZIRCÔNIO, JARDIM IDEAL

DATA: VALOR DO PROJETO (R$): 36568,64

PRAZO DE EXECUÇÃO: 3 MESES (com 21 meses seguintes de manut. periódica)

MÊS Código SINAPI

ETAPAS / DESCRIÇÃO FÍSICO/ FINANCEIRO

Físico % Financeiro

(R$)

1

¹h/d

Retirada manual de entulhos, lixos e descartes

diversos, localizados na nascente, margem leito do córrego sem nome (poluição difusa). O transporte destes materiais encontra-se

contemplado no Código SINAPI nº 1133

2,08 633,15

10800 Serviços de escavadeira hidráulica sobre esteira, 146 a 169HP (inclui manutenção/operação), em hora/máquina

16,263 4956,07

1133

Destinação final dos entulhos e resíduos

domiciliares diversos (valor do frete por viagem de caminhão caçamba e do descarte dos resíduos em local licenciado (Caminhão

basculante, capacidade de 5,0m³, inclui manutenção/operação)

14,735 4490,40

74011/001 Custo para o transporte de terra em caminhão basculante com capacidade de 6m³ (5m³ reais)

2,587 788,41

2726 Serviços de terraplanagem com escavadeira hidráulica sobre pneus, 105HP, Capac. 0,7m³ (inclui manutenção/operação)

1,608 489,99

Monitores ambientais (20 horas semanais por

educador) 1,641 500,00

Material de consumo (cartilhas, panfletos, etc.) 2,040 621,53

2

349

Mudas de espécies arbóreas nativas (mudas

produzidas pelo sistema de tubetes plásticos, altura de 40 a 50cm)

0,792 241,43

25963 Calcário dolomítico ou magnesiano (200g/cova, PRNT=100%)

0,008 2,54

3123 Fertilizante NPK - fórmula 4: 14: 8 + 0,3% Zn (150g/cova, em cobertura, ao redor da muda (raio de 0,50m)

0,120 36,60

Preparo da área: roçagem baixa de plantas

invasoras 0,335 101,96

Coveamento (covas com 20cm de

profundidade e 15cm de diâmetro) 0,352 107,27

Aplicação de calcário e adubo químico 0,088 26,82

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5

Plantio de mudas 0,235 71,51

5761 Custo de Horário Produtivo Diurno (CHP)

(caminhão-pipa) 9,668 2946,24

5748 Mão-de-obra diurna na operação, com 1

operador e 1 auxiliar (4 horas/dia) 2,140 652,16

Monitores ambientais (20 horas semanais por

educador) 1,641 500,00

Material de consumo (cartilhas, panfletos, etc.) 2,040 621,53

Tratos culturais com 2 capinas (2º e 3º mês) 0,418 127,45

3

74228/001

Banco de concreto aparente, com largura de 45cm e 10cm espessura, sobre dois apoios

(1,5m de comprimento, sendo 1 banco a cada 20m)

3,617 1102,32

0 Lixeiras duplas em latão reciclado de 20L. (1 lixeira a cada 30m, confec. e instalação). Código SINAPI n° 21138 + composição

0,695 211,80

359

Quant. de mudas nativas arbóreas necessárias (altura superior a 2,50m, a partir do colo da muda até a última bifurcação e espaçamento

de 10 x 10m)

2,491 759,04

25963 Calcário dolomítico ou magnesiano (400g/cova,

PRNT=100 %) 0,002 0,56

3123

Adubo químico, fórmula 04-14-08 + 0,3% Zn

(300g/cova, em cobertura, ao redor da muda, em raio de 0,50m)

0,027 8,10

74236/001

Quantidade de mudas de grama em placas, da

espécie Batatais ou Mato-grosso (Paspalum notatum) em rolo, para confecção do gramado do entorno. Inclui preparo de solo e plantio

15,303 4663,48

73967/3 Plantio de mudas de árvores no entorno do fundo de vale (somente mão-de-obra e transporte de terra preta: turfa)

2,190 667,39

Preparo da área: roçagem baixa de plantas

invasoras 0,135 41,20

Coveamento (covas com 40cm de

profundidade e 40cm de diâmetro) 0,779 237,33

Aplicação de calcário e adubo químico 0,066 20,20

5761 Custo de Horário Produtivo Diurno (CHP) (caminhão-pipa)

9,668 2946,24

5748 Mão-de-obra diurna na operação, com 1 operador e 1 auxiliar (4 horas/dia)

2,140 652,16

Monitores ambientais (20 horas semanais por educador)

1,641 500,00

Material de consumo (cartilhas, panfletos, etc.) 2,040 621,53

Tratos culturais com 2 capinas (2º e 3º mês) 0,418 127,45

5 a 24

Tratos culturais e capinas a cada 2 meses, a partir do mês 5 (serviço a ser executado pelo quadro próprio de funcionários da Prefeitura

Municipal de Londrina ou terceirizado)

0,000 0,00

SUB-TOTAL 100,00 30473,86

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6

BDI – BENEFÍCIOS E DESPESAS INDIRETAS (índice de 20%) 6094,77

TOTAL 36568,64

¹h/d=homem/dia - Tabela SINAPI / SINDUSCON-Norte Pr – Composição da mão-

de-obra de jardinagem (Meio-Oficial) - Ref. Janeiro de 2012.

Observações:

Carimbo e assinatura do Engenheiro responsável

técnico pela elaboração do cronograma

CREA:

Carimbo e assinatura do Prefeito do Município de Londrina

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