programa “crescer a brincar” -...

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PROGRAMA “CRESCER A BRINCAR” Município de Lagoa – 2.º e 3.º Anos Relatório Final 2009-2010 Inês Xufre Pereira Lorena Crusellas Margarida Barbosa Associação Prevenir. N.I.F.: 506 124 428. Av. António Augusto de Aguiar 163, 5.º Dto., sala 7. 1050-014 Lisboa Tel.: 21 3808241 [email protected] // www.aprevenir.com

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PPRROOGGRRAAMMAA ““ CCRREESSCCEERR AA BBRRIINNCCAARR”” Município de Lagoa – 2.º e 3.º Anos

Relatório Final 2009-2010

Inês Xufre Pereira Loren a Crusellas

Margarida Barbosa

Associação Prevenir. N.I.F.: 506 124 428. Av. António Augusto de Aguiar 163, 5.º Dto., sala 7. 1050-014 Lisboa

Tel.: 21 3808241 [email protected] // www.aprevenir.com

Associação Prevenir

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ÍNDICE

I. Introdução ……………………………………………………………………………. 3

II. Metodologia …………………………………………………………………………. 8

2.1. Amostra ………………………………………………………………………….

2.2. Instrumentos …………………………………………………………………….

2.2.1. Manuais ……………………………………………………………….

2.2.2. Instrumentos de Avaliação ………………………………………….

2.3. Procedimento …………………………………………………………………… 12

2.3.1. Formação ……………………………………………………………... 12

2.3.2. Implementação do Programa ………………………………………. 16

III. Avaliação ……………………………………………………………………………... 20

3.1. Avaliação Qualitativa …………………………………………………………... 20

3.2. Conclusões / Comentários Técnicos ………………………………………… 22

IV. Anexos ………………………………………………………………………………... 24

4.1. Grelha de Acompanhamento do Processo …………………………………. 25

4.2. Questionário de Avaliação do Programa “Crescer a Brincar” ……………. 29

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I. INTRODUÇÃO

Do mesmo modo que os seres humanos aprendem e interiorizam uma série de

competências ao longo da vida e o fazem de uma maneira gradual, o Programa “Crescer a

Brincar”, pretende ajustar ao desenvolvimento das crianças, o ensino de variáveis

consideradas básicas para o Ajustamento Psicológico e para a Promoção da Resiliência.

Após os resultados positivos obtidos pelas crianças nos anos anteriores, neste 3º

ano , o “Crescer a Brincar” pretende essencialmente, dar continuidade à aprendizagem das

competências trabalhadas anteriormente, nomeadamente a Diferenciação Emocional,

Cognitiva e Comportamental e a Auto-estima, demonstrando a importância de

experienciarmos Emoções Positivas , fundamentais para o nosso desenvolvimento,

dotando as crianças de recursos e instrumentos para aprenderem as Competências

Sociais Básicas (cumprimentar, agradecer, recusar e saber pedir) e também desenvolver

bases para trabalhar a Tomada de Decisão, descobrindo a Assertividade .

Em trabalhos anteriores, vimos como a Alfabetização Emocional e a Regulação

Emocional são conceitos que têm importantes implicações nas mais diversas áreas da

nossa vida. A maneira como gerimos as nossas emoções e sentimentos, tem uma relação

directa com os nossos comportamentos. Se não aprendermos a lidar com os nossos

estados emocionais de uma forma adaptativa, as nossas relações sociais podem ser

prejudicadas.

A linguagem é um elemento fundamental, quer para a construção que o indivíduo

faz do que o rodeia, quer para a comunicação e satisfação das suas necessidades. Se

conseguimos dominar a linguagem das experiências emocionais e dos sentimentos,

seremos mais capazes de compreender o que vemos e de gerir o que observamos de um

modo conveniente, interagindo de forma adequada com os outros e conseguindo relações

de partilha de experiências mais ricas. Do mesmo modo, quando satisfazemos as nossas

necessidades, experimentamos Emoções Positivas e estas são fundamentais para a

sensação subjectiva de bem-estar.

No geral, as nossas sociedades, têm dedicado mais atenção às emoções negativas

e não têm dado o valor que as emoções positivas merecem, principalmente porque as

emoções negativas causam mal-estar e geralmente outorgamos maior importância àquilo

que nos afecta, ao tentar encontrar recursos para podermos ultrapassar ou lidar com esse

mal-estar.

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Para além disso, a relação do Homem com as emoções tem sido mal-entendida,

muitas das emoções denominadas socialmente “negativas”, consideradas “inimigas”, como

por exemplo: a tristeza ou o medo, são emoções que em muitas situações nos permitem

preservar o equilíbrio do nosso organismo e contribuem para nossa sobrevivência.

Afortunadamente, parece que esta relação está a encontrar o seu equilíbrio e que a

investigação, nomeadamente em Psicologia, tem salientado a importância de se

experienciarem emoções positivas, sugerindo que é tão importante viver emoções positivas

como não viver emoções negativas.

Neste 3º ano de implementação, o Programa “Crescer a Brincar”, pretende

contribuir para uma melhor relação entre as crianças e as suas emoções e através do

manual: “As Emoções são nossas amigas”, onde tenta operacionalizar o conceito das

Emoções Positivas, bem como apresentar propostas sobre como elas podem ser

desenvolvidas no contexto educativo e sugere estratégias que os professores (grupo

estratégico de intervenção) podem utilizar para promover o desenvolvimento e a

experienciação de Emoções Positivas por parte das crianças.

Experimentarmos Emoções Positivas também está muito ligado ao desenvolvimento

de uma Auto-estima positiva e já sabemos a importância da auto-estima no funcionamento

dos indivíduos. Neste sentido, o “Crescer a Brincar” continua a apresentar estratégias para

promover a auto-estima das crianças por parte dos educadores, especificamente no que

diz respeito à relação da Auto-estima com as Emoções Positivas e as Competências

Sociais.

O Programa “Crescer a Brincar” para além de abordar neste 3º ano, as Emoções

Positivas, pretende criar bases para a futura aprendizagem da Tomada de Decisão e da

Gestão e Resolução de Conflitos, ensinando às crianças, com instrumentos específicos e

mais uma vez, sob uma perspectiva lúdica as Competências Sociais Básicas e a

importância de sermos Assertivos , através do manual “Olá, Obrigado!”.

As Competências Sociais são essencialmente um instrumento ao serviço das

nossas necessidades. Entendemos por Competências Sociais, as características, atributos

e qualidades que o indivíduo possui e utiliza na sua relação com os outros. As

Competências sociais englobam:

- Competências de observação: atender a pistas/ sinais sociais

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- Competências básicas: contacto visual, expressão facial, gestos, espaço

interpessoal, postura, falar e ouvir, tocar, etc.

- Competências complexas: cumprimentar, manter uma conversa, assertividade;

- Competências cognitivas: planear, resolução de problemas e dificuldades sociais.

É a partir da interacção com os pais que a criança inicia a aprendizagem das

competências e regras sociais, aprendizagem esta que continua pela vida fora, na escola,

com os pares, etc. Desta maneira, a escola pode contribuir de dois modos para a

socialização:

1. Fornecendo contextos de interacções extra-familiares e modelos de

aprendizagem social (os professores são modelos de comportamento social!).

2. Promovendo o processo de socialização, como parte do currículo (ex. através de

um Programa de Desenvolvimento de Competências Pessoais e Sociais como o “Crescer a

Brincar”!).

As regas sociais, aparentemente iguais para todas as crianças, são diferentes em

função do seu contexto familiar e da sua experiência anterior. Sendo assim, as

probabilidades de sucesso pessoal e social de cada aluno são diferentes logo no momento

de entrada para a escola (ou infantário).

Parte das dificuldades de relacionamento interpessoal provêm das crianças não

terem as competências sociais necessárias, ou de apesar de as terem não as saberem

usar, podendo perdê-las por não as praticar. Existem várias razões para a criança não ter

adquirido as competências sociais de modo natural :

- Os modelos que teve (pais, familiares) não serem competentes socialmente.

- Os modelos sendo adequados estavam pouco disponíveis para a criança (ex. pais com

pouco tempo para os filhos).

- O sucesso social do subgrupo específico (ex. bairro, etnia) a que pertencia estava

ligado a factores não considerados socialmente aceitáveis fora deste (ex. comportamentos

agressivos).

Por outro lado, existem indivíduos com competências sociais, mas que não as

sabem usar devido a:

- Oportunidades de interacção insuficientes (ex. crianças que não convivem com pares).

- Punição de comportamentos sociais em estádios precoces do desenvolvimento (ex. pais

que castigam a criança quando expressa sentimentos negativos, ex. estar zangado ou dá

opiniões, ex. não gostar de algo).

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- Experiências sociais negativas (ex. criança que tentou estabelecer amizade e foi rejeitada).

A falta de Competências Sociais provoca dificuldades de interacção social, como por

exemplo, estabelecer e manter amizades, aceitar críticas, lidar com provocações, pedir ajuda,

resistir à pressão dos pares, o que pode levar a vários tipos de desajustamento social e

pessoal como o isolamento, a agressividade, o insucesso e abandono escolar, doença

mental, delinquência, toxicodependência e suicídio.

O “Crescer a Brincar”, pretende neste 3ºano, que as crianças aprendam as

Competências Sociais (cumprimentar, agradecer, recusar, saber pedir) e dedica especial

atenção ao facto de sabermos dar e receber Elogios (muito relacionados com a Auto-

estima positiva) para além de trabalhar especificamente, uma vez apresentadas as

competências básicas, a Assertividade.

Durante muito tempo o termo “Assertividade” foi sinónimo de “Competência Social”.

Actualmente, considera-se que a Assertividade está integrada nas Competências Sociais, ou

seja, é uma Competência Social Complexa.

A Assertividade é definida por Albert e Emmons como “...um comportamento que

habilita o indivíduo a agir no seu interesse, defender-se sem ansiedade excessiva,

expressar os seus sentimentos de forma honesta e adequada e fazer valer os seus direitos

sem negar os direitos dos outros”.

Existem 3 tipos de comportamento a nível social:

- O Comportamento Passivo – o indivíduo não expressa os seus sentimentos,

pensamentos, opiniões, nem defende os seus direitos.

- O Comportamento Agressivo – o indivíduo expressa o que pensa / sente e defende

os seus direitos, mas não tem em conta os direitos e sentimentos dos outros.

- O Comportamento Assertivo – o indivíduo expressa os seus sentimentos e defende

os seus direitos e tem em conta os sentimentos e direitos dos outros.

As principais causas de comportamentos não Assertivos são:

- As pessoas confundirem Assertividade e Agressividade.

- As pessoas não entenderem a diferença entre Passividade e delicadeza.

- As pessoas sentirem ansiedade sobre consequências negativas do comportamento

assertivo (ex. medo de falar com o patrão para defender os seus direitos e ser despedido).

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Tanto a Agressividade como a Passividade reflectem dificuldade de relacionamento

com os outros e têm custos pessoais altos, ocasionado perca de auto-estima, aumento do

sentimento de dor e raiva e tensões internas que podem causar queixas somáticas (ex.

dores de cabeça) ou mesmo depressão generalizada.

Concluindo, o comportamento social aprende-se, sendo possível aumentar as

Competências Sociais das crianças (e adultos), diminuindo o desajustamento social e

pessoal. Neste sentido, é importante que se inclua no currículo escolar um Programa de

Promoção de Competências, para que todas das crianças tenham oportunidades idênticas

de sucesso social e pessoal.

No Concelho de Lagoa , o Programa está a ser desenvolvido pela Associação

Prevenir (através das técnicas: Margarida Barbosa e Inês Xufre Pereira, com a

coordenação da Presidente da Direcção: Lorena Crusellas) em parceria com a Câmara

Municipal de Lagoa , nomeadamente com os Serviços de Acção Social, Habitação e

Saúde e a Divisão de Educação .

A Associação Prevenir tem articulado e reunido com o Ministério de Educação

(nomeadamente a Dra. Ilda Luísa Figueiredo, da Direcção Geral de Inovação e de

Desenvolvimento Curricular e a Dr.ª Isabel Baptista, coordenadora do Núcleo de

Educação para a Saúde e Acção Social Escolar - NESA SE) no sentido de fornecer

feedback sobre a implementação e desenvolvimento “Crescer a Brincar”

Neste relatório, são apresentados os fundamentos teóricos do “Crescer a Brincar”, a

experiência da implementação e avaliação em várias escolas do 1º Ciclo (2.º e 3.º anos)

do Concelho de Lagoa no ano lectivo 2009/2010.

II. METODOLOGIA

2.1. Amostra

No ano lectivo 2009/2010, estão envolvidas no Programa a nível do 3º ano 6 escolas, 11

professores e cerca de 202 alunos, no 2º ano , 7 escolas, 12 professores e 242 alunos.

No total, no Município de Lagoa o “Crescer a Brincar” abrange 7 escolas , 23 professores

e cerca de 444 alunos .

Distribuição da Amostra do 3.º ano por Agrupamento e Escolas

Agrupamento Escolas Professores Alunos

Agrupamento Vertical

de Escolas de

Estombar

EB1 de Estômbar 1 20

EB1 do Carvoeiro 1 20

EB1 de Lagoa 5 89

Agrupamento Vertical

de Escolas Jacinto

Correia EB1 de Porches 1 14

EB1 de Parchal 1 20 Agrupamento Vertical

de Escolas de Parchal EB1 de Ferragudo 2 39

3 Agrupamentos 6 Escolas 11 Professores 202 Alunos

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Distribuição da Amostra do 2.º ano por Agrupamento e Escolas

Agrupamento Escolas Professores Alunos

EB1 de Estômbar 1 23 Agrupamento Vertical

de Escolas de

Estombar

EB1 de Mexilhoeira 1 19

EB1 do Carvoeiro 1 21

EB1 de Lagoa 5 101

Agrupamento Vertical

de Escolas Jacinto

Correia EB1 de Porches 1 15

EB1 de Parchal 2 43 Agrupamento Vertical

de Escolas de Parchal EB1 de Ferragudo 1 20

3 Agrupamentos 7 Escolas 12 Professores 242 Alunos

Comparativamente ao ano lectivo anterior, todas as escolas do 3.º e 2.º anos se

mantiveram no “Crescer a Brincar”, sofrendo apenas algumas pequenas alterações quanto ao

número de crianças e algumas substituições de professores.

Nas escolas onde novos professores vieram substituir os do ano lectivo anterior, todos eles

aderiram muito bem ao programa.

2.2. Instrumentos

2.2.1. Manuais

Seguindo a lógica do Programa nos anos anteriores, os manuais do 3º ano apresentam-se

em formato da banda desenhada, para as crianças poderem interiorizar os conteúdos teóricos –

práticos de uma forma lúdica. Contudo, o manual “Olá, Obrigado!” que trabalha as Competências

Sociais, apresenta uma nova estratégia, diferente dos outros manuais, conseguindo que a criança

participe na história, permitindo-lhe optar e reflectir sobre as opções das personagens e, podendo

mudar as histórias.

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Neste 3.º ano , o Programa “Crescer a Brincar”, trabalha um conjunto de variáveis

fundamentais para o desenvolvimento: as Competências Sociais Básicas (cumprimentar,

agradecer, recusar e saber pedir) e a Assertividade , as Emoções Positivas e a Regulação

Emocional . Para poder trabalhar estas variáveis, foram utilizados os seguintes manuais:

• “Olá, Obrigado!” - para trabalhar as Competências Sociais e a Assertividade

• “As Emoções são nossas amigas !” - para abordar as Emoções Positivas e a Regulação

Emocional

• “Ser Professor: Competências Básicas... 3 – Emoções Positivas e Regulação

Emocional, Competências Sociais e Assertividade” - Manual para Professores

No 2.º ano do Programa, foram utilizados os seguintes manuais:

• “Eu Sou Único e Especial!” – trabalha o Autoconceito e a Auto-Estima

• “Aventura dos Sentimentos e dos Pensamentos!” - aborda a Diferenciação Emocional,

Cognitiva e Comportamental

• “Ser Professor: Competências Básicas... 2 – Diferenc iação Emocional, Cognitiva e

Comportamental; Autoconceito e Auto-Estima” - manual para Professores

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Este ano lectivo, a Câmara adquiriu um manual para os alunos do 2.º e 3.º anos (3º ano:

“Olá! Obrigado” e 2º ano: “Eu sou Único e Especial!”), o segundo manual dos alunos, por questões

orçamentais, apenas foram distribuídos pelos professores. Também foram encomendados os

conjuntos completos para todos os professores envolvidos no “Crescer a Brincar”.

2.2.2. Instrumentos de Avaliação

� Instrumentos de Avaliação Qualitativa

Grelha de Acompanhamento do Processo

A Grelha de Acompanhamento (ver anexo 4.1.), é um instrumento desenvolvido pela

Associação Prevenir, que tem como objectivo orientar o acompanhamento efectuado aos

professores realizado pelas técnicas da Câmara de Lagoa , para que haja uma uniformidade de

funcionamento e que permite retirar informação de como os professores estão a desenvolver o

Programa.

Esta grelha engloba itens mais gerais e comuns a todos os anos do “Cres cer a

Brincar” como por exemplo: adaptação ao curriculum, metodologias e estratégias, materiais

desenvolvidos, estratégias para envolver os pais, estratégias para envolver a escola, n.º de

diplomas entregues a crianças / pais e motivo, dificuldades, dúvidas, melhorias na turma, feedback

crianças, feedback pais, observações do professor e observações dos técnicos.

Além disso, contém itens específicos, relacionados com as variáveis e manuais

trabalhados no 2.º e 3.º anos , no sentido de perceber como implementam as sessões e

actividades

Questionário de Avaliação Qualitativa para Professo res

Na última sessão de Formação, os professores preencheram um Questionário de

Avaliação do Programa “Crescer a Brincar” (ver anexo 4.2.), que também é um instrumento

desenvolvido pela Associação Prevenir, de forma a podermos retirar informação quantitativa e

qualitativa sobre o Programa, para a Avaliação de Processo.

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O questionário contém 8 itens de resposta fechada , que permitem uma informação mais

quantitativa, cujas respostas variam numa escala pictórica que corresponde a: nada – pouco –

suficiente - bastante - muito.

Para obter uma avaliação mais qualitativa, foram desenvolvidas 4 questões de resposta

aberta : “Que melhorias senti com o Programa?”; “Que dificuldades senti com o Programa?”; “O

Programa forneceu-me novas estratégias para trabalhar com os meus alunos? Por exemplo?” e

“Observações”.

2.3. Procedimento

2.3.1. Formação

Com a formação, pretendeu-se que os professores interiorizassem os conteúdos teórico-

práticos do 2.º e 3.º anos do Programa “Crescer a Brincar”, centrados na aprendizagem de

determinadas competências psicossociais, nomeadamente: o Autoconceito e a Auto-Estima, a

Identificação, Diferenciação e Gestão Emocional, Cognitiva e Comportamental, a Assertividade, as

Competências Sociais (ex. saber cumprimentar, agradecer, pedir, elogiar) e a vivência de

Emoções Positivas (ex. alegria, optimismo), que lhes permitiriam trabalharem com os alunos

questões muito importantes para o desenvolvimento total, que até então eram muito dificilmente

abordadas.

O 3.º ano tem uma importância central para o Programa pois continua a aprofundar

variáveis trabalhadas no 2.º ano (Sentimentos e Emoções) e porque fornece às crianças as bases

de aprendizagem das variáveis que irão ser trabalhadas no 4.º ano (Tomada de Decisão e Gestão

de Emoções Negativas), uma vez que se trata de um programa longitudinal.

Por outro lado, a Formação tinha também como objectivos envolver a escola e promover a

partilha de experiências entre os professores, além de uma vez mais, valorizar a iniciativa, a

autonomia e o trabalho cooperativo entre todos.

Tanto para o grupo de professores do 3.º ano, como para o grupo do 2.º, as sessões

decorreram entre Setembro de 2009 e Maio de 2010. No total, foram realizadas 3 sessões para

cada grupo com conteúdos de componente prática e teórica. Tendo por base apresentações

multimédia com suporte informático Power Point, Dinâmicas de grupo, bem como os manuais do

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2.º e 3.º anos do Programa “Crescer a Brincar” (“Olá, Obrigado!”, “As emoções são nossas

amigas”, e “Ser Professor: competências Básicas... 3”, “Aventura dos Sentimentos e dos

Pensamentos!”, “Eu Sou Único e Especial!”, “Ser Professor: Competências Básicas... 2”).

Relativamente à programação das sessões para o 3.º ano , estas realizaram-se de acordo

com a seguinte planificação:

SESSÃO 1

Data: 21 de Setembro de 2009

Local: Câmara Municipal de Lagoa

Dinâmica de Grupo

- Elogios: Importância de dar e receber elogios

Conteúdos de Componente Teórica

- Competências Sociais

- Estilos de comunicação

• Assertivo

• Agressivo

• Passivo

- Como ajudar as crianças a desenvolverem competências sociais ajustadas?

Conteúdos de Componente Prática

- Apresentação do manual “Olá, Obrigado!”

- Propostas de exploração do manual

SESSÃO 2

Data: 8 de Fevereiro de 2010

Local: Câmara Municipal de Lagoa

Dinâmica de Grupo

- Emoções Positivas

Conteúdos de Componente Teórica

- Emoções Positivas

- Regulação Emocional

- Como se desenvolvem as emoções?

Conteúdos de Componente Prática

- Apresentação do manual “As emoções são nossas amigas”

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- Propostas de exploração do manual, salientando actividades de grupo

- Reflexão em grupo das experiências dos professores e das suas percepções e

expectativas relativamente à concretização do Programa “Crescer a Brincar”

SESSÃO 3

Data: 10 de Maio de 2010

Local: Câmara Municipal de Lagoa

Dinâmica de Grupo

- Elogios

Conteúdos de Componente Teórica

- Apresentação das competências a trabalhar no 4.º ano

Conteúdos de Componente Prática

- Breve apresentação dos manuais do 4.º ano

- Partilha de experiências dos professores, exposição de dúvidas e esclarecimento da

utilização dos manuais

- Avaliação qualitativa do “Crescer a Brincar” e do seu impacto nas escolas envolvidas

As sessões, para o grupo do 2.º ano , realizaram-se de acordo com a seguinte

planificação:

SESSÃO 1

Data: 22 de Setembro de 2009

Local: Câmara Municipal de Lagoa

Dinâmica de Grupo

- “Eu sou único e especial!”: Características positivas

Conteúdos de Componente Teórica

- O que é o Autoconceito e a Auto-Estima

- As várias dimensões do Autoconceito e da Auto-Estima

- Como se desenvolve o Autoconceito

- Como se desenvolve uma Auto-Estima positiva nas crianças

Conteúdos de Componente Prática

- Apresentação do manual “Eu Sou Único e Especial”

- Propostas de exploração do manual

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SESSÃO 2

Data: 9 de Fevereiro de 2010

Local: Câmara Municipal de Lagoa

Dinâmica de Grupo

- Emoções Positivas

Conteúdos de Componente Teórica

- Identificação e Diferenciação Emocional, Cognitiva e Comportamental

- As emoções positivas e as emoções negativas

Conteúdos de Componente Prática

- Apresentação do manual “A Aventura dos Sentimentos e Pensamentos”

- Propostas de exploração do manual, salientando actividades de grupo

- Reflexão em grupo das experiências dos professores e das suas percepções e

expectativas relativamente à concretização do Programa “Crescer a Brincar”

SESSÃO 3

Data: 11 de Maio de 2010

Local: Câmara Municipal de Lagoa

Dinâmica de Grupo

- Sentimentos

Conteúdos de Componente Teórica

- Apresentação das competências a trabalhar no 3.º ano

Conteúdos de Componente Prática

- Breve apresentação dos manuais do 3.º ano

- Partilha de experiências dos professores, exposição de dúvidas e esclarecimento da

utilização dos manuais

- Avaliação qualitativa do “Crescer a Brincar” e do seu impacto nas escolas envolvidas

Pensamos que os objectivos da Formação foram amplamente alcançados, pois esta

facilitou a implementação do Programa e contribuiu para o desenvolvimento profissional e pessoal

dos professores, fornecendo conteúdos teóricos e práticos que lhes permitem trabalhar com as

crianças variáveis essenciais para um desenvolvimento emocional equilibrado.

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2.3.2. Implementação do Programa

O acompanhamento dos professores foi realizado pelas técnicas da Câmara na própria

escola, de acordo com disponibilidade e necessidade dos mesmos. Em cada acompanhamento,

foram esclarecidas dúvidas e dadas sugestões sobre o Programa. As técnicas da Associação

Prevenir, Inês Xufre Pereira e Margarida Barbosa, apoiaram e prestaram colaboração técnica ao

programa ao longo do ano lectivo.

A maioria dos professores que realizaram o Programa uma vez por semana, definiram um

dia em que disponibilizavam uma tarde ou uma manhã para a sua implementação (muitas vezes

inserido na Formação Cívica).

Vários professores trabalham quotidianamente o Programa, pois mesmo não utilizando

todos os dias os manuais, realizaram dinâmicas relacionadas com os conteúdos trabalhados nos

manuais do 2.º e 3.º anos.

Adaptação ao Currículo

Como já foi referido anteriormente, os manuais do 3.º ano facilitam a tarefa do professor

relativamente à adaptação ao Currículo, nomeadamente o manual “Olá, Obrigado!”, porque

apresenta uma série de actividades em que as próprias crianças devem escolher e rescrever os

textos e os diálogos do manual, mudando as histórias, dialogando em grupo e abrangendo

diferentes áreas. Assim, em todas as turmas do 3.º e 2.º anos , os professores adaptaram o

Programa ao Currículo:

Formações Cívica – Sempre que trabalharam a Assertividade e as Competências Sociais,

a Auto-Estima e as Emoções Positivas, as crianças desenvolveram a Formação Cívica.

Língua Portuguesa – As crianças ao lerem os manuais treinaram a leitura e alguns

professores optaram por fazer leitura dialogada; ao fazerem composições e escreverem no livro

trabalharam a escrita e a produção de texto; quando expunham as suas respostas e contavam as

suas experiências aos colegas trabalhavam a oralidade; depois de lerem as histórias trabalhavam

a interpretação e resumos dos textos; com os textos do manual alguns professores trabalharam a

gramática, ex. adjectivos (ex. os elogios: “Espectacular”), o vocabulário, as características físicas e

psicológicas das personagens. Como não tinham o manual “As emoções são nossas amigas” (3.º

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ano) e “Aventura dos sentimentos e pensamentos”, alguns professores optaram por trabalhar as

histórias em grande grupo.

Matemática – Ao ponderarem a resposta que “o Dentuças” (3.º ano) tinha que dar, as

crianças trabalharam a resolução de problemas e o raciocínio, outras trabalharam os números

ordinais, etc.

Estudo do Meio – Algumas das actividades dos manuais estão relacionadas com esta

disciplina, ex. funcionamento da panela de pressão (“Jogo da panela de pressão”), a

transformação da larva em borboleta (historia da “Larvinhas e a auto-estima”), sentidos, corpo

humano, etc.

Expressão Plástica – As crianças realizaram desenhos, pinturas e recortes das

personagens dos manuais e colagens.

Estratégias/ Metodologias

- Nas turmas em que os alunos já conseguiam ler, geralmente eram eles que liam de forma

a poderem treinar a leitura. Nas turmas em que existiam muitos alunos com dificuldades de leitura,

os professores liam e os alunos acompanhavam pelas imagens, posteriormente expressavam os

seus sentimentos/ pensamentos e contavam as suas experiências e vivências. Muitas vezes, os

alunos que tinham mais dificuldades eram ajudados pelos colegas que liam com mais facilidade, o

que permitiu que desenvolvessem um espírito de ajuda e cooperação.

- Aproveitando as histórias do “Crescer a Brincar”, os alunos faziam a interpretação e

comentários sobre o texto e em seguida realizavam os exercícios individualmente para depois

discutirem as respostas em grupo e falarem das suas experiências.

- A maioria dos professores trabalhavam o Programa em grande grupo, mas algumas,

pontualmente, pediam aos alunos para realizarem trabalhos em pequenos grupos ou a pares.

- Praticamente todos os professores aproveitaram as situações do dia-a-dia (situações do

recreio e de sala de aula) para trabalharem a assertividade e competências sociais e a auto-

estima.

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- Em praticamente todas as escolas, os professores construíram com os alunos materiais

para o programa, ex. cartazes com as personagens das competências sociais, do manual “Eu sou

único e especial” (o Leo). Esses materiais foram expostos na sala de aula para que os alunos os

visualizassem, de forma a interiorizarem mais facilmente os conceitos

- Os elogios e os sentimentos foram aproveitados para o desenvolvimento de vários

materiais e dinâmicas, (ex. pompons dos elogios).

- Os alunos do 2.º ano, trabalharam as questões da auto-estima e do auto-conceito

associadas à realidade das crianças irem fazer pela primeira vez o cartão do cidadão.

- Uma das professoras do 3º ano digitalizou algumas actividades do manual “Aventura dos

Sentimentos e dos Pensamentos” (que apenas foi distribuído aos professores) e trabalhou-as com

os alunos utilizando as novas tecnologias (quadros digitais e restante material de suporte

informático da escola).

- Na maior parte das escolas, os alunos realizaram desenhos espontâneos sobre as

personagens dos manuais (Asserti, os Elogios, o Leo).

Estratégias para envolver a Família

- Alguns professores, aproveitando sugestões sugeridas nos manuais pediram a

colaboração e participação dos pais em várias actividades. A reacção dos pais foi muito boa.

- Alguns professores pediram aos pais para escreverem elogios sobre os filhos, e outros

pediram a colaboração da família para elaborarem os elogios em vários materiais.

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Actividades realizadas pelos alunos e professores

2º Ano

“Como eu sou…”

3º Ano

“Os Elogios”

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III. AVALIAÇÃO

3.1. Avaliação Qualitativa

De forma a obter uma avaliação mais qualitativa, que complementasse a Avaliação do

Processo, na última sessão de Formação, solicitámos aos professores que preenchessem o

Questionário de Avaliação do Programa “Crescer a Br incar” (ver anexo 4.2.) que abordava

várias temáticas em relação ao programa , à formação recebida ,

seguimentos/acompanhamentos , adequação dos manuais , reacção dos alunos e conteúdos

do programa , com uma escala que variava 5 pontos (nada – pouco – suficiente – bastante -

muito).

No fim do questionário, foram desenvolvidas 4 questões de resposta aberta: “Que melhorias

senti com o Programa?” ; “Que dificuldades senti com o Programa?” ; “O Programa

forneceu-me novas estratégias para trabalhar com os meus alunos? Por exemplo?” e

“Observações” .

Em todos os itens: “Os manuais são apelativos para as crianças”, “As crianças mostram

interesse em trabalhar os conteúdos abordados no programa”, “O programa Crescer a Brincar é

um instrumento útil para facilitar a tarefa educativa”, “As temáticas abordadas são importantes para

o desenvolvimento adequado das crianças”, “Os conteúdos do programa adaptam-se ao currículo

escolar obrigatório”, “O acompanhamento técnico ao longo do ano tem sido adequado”, “Os

momentos de formação foram importantes para o desenvolvimento do programa” e “No geral,

considera o Crescer a Brincar um programa pertinente para dar continuidade” as respostas situam-

se a nível do muito .

Apenas as respostas de dois professores, nos itens “O acompanhamento técnico ao longo

do ano tem sido adequado”, “Os momentos de formação foram importantes para o

desenvolvimento do programa”, situam-se no nível pouco .

Em relação às 4 questões de resposta aberta retirámos a seguinte informação:

As principais melhorias que os professores sentiram com aplicação do Programa foram a

nível do vocabulário (enriquecimento do vocabulário), expressão dos sentimentos,

comportamentos e relação da criança com os outros. Os alunos demonstraram mais facilidade em

perceber atitudes e comportamentos, isto é, para os alunos é mais fácil reflectir sobre os

comportamentos, assim como sobre aspectos inerentes ao desenvolvimento da personalidade.

Associação Prevenir

21

Com o programa, os professores conseguiram envolver os pais na vida escolar dos seus

filhos, participando e colaborando em várias actividades.

Alguns professores referiram, que as competências trabalhadas com o “Crescer a Brincar”,

permitiram melhorar a sua personalidade e a prática pedagógica.

A maioria dos professores não referiu qualquer dificuldade na implementação do

programa. Os poucos professores que salientaram algumas dificuldades foram a nível da gestão

do tempo.

A nível das estratégias fornecidas pelo Programa , os professores referiram os

instrumentos para as crianças conseguirem exteriorizar melhor os seus sentimentos e emoções e

estruturarem os seus pensamentos de maneira mais adequada.

Também salientaram que, o “Crescer a Brincar”, permitiu de forma lúdica trabalhar as

emoções e as competências sociais e que as histórias dos manuais são constantemente

referenciadas pelos alunos e professores e estabelecido o paralelismo em situações do dia-a-dia.

Os professores também referiram que perceberam que podem ser mais positivos e utilizam várias

ideias para contextualizar temas do quotidiano.

As sessões de formação permitiram complementar a avaliação qualitativa do programa

através de uma avaliação do processo.

Relativamente ao feed-back dos alunos , os professores referiram que estes gostam muito

dos manuais, identificam-se com as personagens, envolvem-se muito com as histórias, querem

avançar sempre mais, todos querem ler e fazem desenhos livres das personagens.

No geral, os professores referem que os manuais são muito apelativos , ajudam a

estimular a aprendizagem da leitura, que o Programa trabalha temas importantes para as crianças

e que devia ser alargado a todos os anos. Também sublinham o facto de o Crescer a Brincar,

permitir trabalhar competências que de outra forma não trabalhariam na escola.

A maior parte dos professores afirmam que os alunos fazem mais elogios e gostam de os

fazer e receber. Em várias turmas, os elogios estão integrados no dia-a-dia e as crianças “têm a

noção de que estão a elogiar”.

Ao longo do ano lectivo, temos vindo a perceber que os professores têm mudado as

próprias estratégias e metodologias de ensino e que eles próprios têm “crescido” e aprendido

com o Programa a nível das Competências trabalhadas e abordadas pelo “Crescer a Brincar” e

Associação Prevenir

22

sentimos isto, mesmo com os professores que este ano implementaram o Programa pela primeira

vez.

A maioria dos professores, referiram mais uma vez que, eles também aprenderam com o

Programa e com as personagens , aceitando e agradecendo os elogios que recebiam, ao

tentarem serem mais assertivas, ao darem importância aos seus sentimentos e às emoções

positivas.

Note-se que umas das professoras do 2º ano recebeu por lapso os manuais do 3º ano e só

nos foi remetida a situação na última formação, sendo que a professora desenvolveu as sessões

do 3º ano com a sua turma.

3.2. Conclusões/ Comentários Técnicos

Após uma análise com base no trabalho desenvolvido ao longo do ano lectivo, parece-nos

importante destacar:

1) A maioria dos professores integraram o Programa no currículo escolar ,

desenvolveram materiais criativos e conseguiram envolver os Encarregados de Educação ,

tendo o Programa fomentado uma maior aproximação escola-família.

2) Os professores integram cada vez mais as estratégias e metodologias do “Crescer a

Brincar” no dia-a-dia das crianças , conseguindo uma transversalidade nas metodologias de

Ensino. Temos vindo a comprovar, nomeadamente com os professores que acompanhamos desde

o início do Programa, como o “Crescer a Brincar” tem enriquecido a sua prática lectiva ,

tornando-as mais criativas e dotando-as de mais recursos .

3) Os professores consideram que o programa promoveu melhorias nos seus alunos

(ex. a nível do comportamento, da motivação, das atitudes e valores, mais respeito pelos

sentimentos dos outros) e neles próprios a nível profissional (ex. aumentou a sua motivação para

ensinar e diversificar metodologias, são mais positivos) e pessoal (ex. tornou-os mais ponderadas

e compreensivas).

4) As histórias e personagens do manual “Olá, Obrigado! (“A Família dos Elogios”, o

“Asserti”, “Passi”) e do manual “Eu sou único e especial” (o “Leo” a “Esponja-Estima”) também

Associação Prevenir

23

foram muito apreciadas pelas crianças ajudando a aumentar as competências sociais e o

autoconceito e a auto-estima dos alunos, que passaram a valorizar-se mais a si próprios e aos outros.

5) Através do manual “Eu sou único e especial!”, as crianças melhoraram a sua auto-

estima e autoconceito.

6) As formações para além de transmitirem conhecimentos promoveram a troca de

experiências entre professores (permitindo que partilhassem estratégias e as pudessem adaptar

às suas turmas) e funcionaram como ponto de partida para gerar novas ideias.

7) Os alunos consideram os manuais lúdicos e cativantes e os professores utilizam-nos

como uma ferramenta para treinar e aperfeiçoar a leitura e para trabalhar a Formação Cívica.

Assim, podemos concluir que verificámos ao longo deste ano lectivo, uma grande

motivação e participação dos professores, dos aluno s, dos pais e da comunidade escolar.

Surgiram trabalhos e actividades de grande criativi dade!

Com base nos aspectos referidos e os dados apresentados ao longo do relatório, parece-

nos inequívoca a importância da continuidade do programa .

Lisboa, 9 de Agosto de 2010

Margarida Barbosa Inês Xufre Pereira Lorena Crusellas

Associação Prevenir

24

IV. ANEXOS

Associação Prevenir

25

4.1. Grelha de Acompanhamento do Processo

GRELHA DE ACOMPANHAMENTO (3ºano)

Escola Professor(a) 1ª 2ª 3ª 4ª

Implementação Programa Página do livro/sessão

Núm. vezes por semana

Adaptação ao Currículo

Metodologias (aplicação)

Materiais desenvolvidos

Estratégias para envolver

os pais

Estratégias para envolver

a escola

Dinâmicas /actividades da

Formação

1ª 2ª 3ª 4ª

Associação Prevenir

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Competências Básicas

Elogio

Assertividade

A panela de pressão /

O Rói-Rói

A regulação emocional

Treinos da Regulação Emocional Actividades, metodologias...

A Família das Emoções Positivas

Os Super-Heróis!

Núm.

Diplomas Motivo

Núm. Diplomas Pais

Motivo

Associação Prevenir

28

1ª 2ª 3ª 4ª

Dificuldades

Dúvidas

Melhorias

Feedback Crianças

Feedback Pais

Observações Professor

Observações Técnicos

4.2. Questionário de Avaliação do Programa

“Crescer a Brincar”

30

Avaliação do Programa “Crescer a Brincar”

Nada Pouco Suficiente Bastante Muito

1. Os manuais são apelativos para as crianças.

2. As crianças mostram interesse em trabalhar os conteúdos abordados no programa.

3. O Programa “Crescer a Brincar” é um instrumento útil para facilitar a tarefa educativa.

4. As temáticas abordadas são importantes para o desenvolvimento adequado das crianças.

5. Os conteúdos do programa adaptam-se ao currículo escolar obrigatório.

6. O acompanhamento técnico ao longo do ano lectivo tem sido adequado.

7. Os momentos de formação foram importantes para o desenvolvimento do programa.

8. No geral considera o “Crescer a Brincar” um programa pertinente para dar continuidade.

9. Que melhorias senti com o Programa? ______________________________________________________________________________

______________________________________________________________________________

______________________________________________________________________________

______________________________________________________________________________ 10. Que dificuldades senti com o Programa? ______________________________________________________________________________

______________________________________________________________________________

______________________________________________________________________________

______________________________________________________________________________ 11. O Programa forneceu-me novas estratégias para trabalhar com os meus alunos? Por exemplo? ______________________________________________________________________________

______________________________________________________________________________

______________________________________________________________________________

______________________________________________________________________________ 12. Observações

______________________________________________________________________________

______________________________________________________________________________

Data: ____/____/____ Obrigada pela sua colaboração!