programa au pair - multiway.org - aupair.pdf · queres melhorar o teu inglês gastando pouco...

8
Programa AU PAIR Queres ser paga para viver nos Estados Unidos? Reportagem da Revista Mais Educativa – junho 2016 – Por: Tiago Belim A proposta é da MultiWay e quer-te a receber um salário enquanto vives nos Estados Unidos da América, durante um ano. Mudares-te para os States, melhorares o teu inglês, visitares o país e conheceres a cultura e as pessoas, e receberes uma remuneração, tudo enquanto tomas conta de crianças. Este é o programa Au Pair, pensado pela MultiWay para jovens do sexo feminino entre os 18 e os 26 anos, com o Ensino Secundário completo, e que queiram passar um ano em terras do Tio Sam. Seja porque não entraste para a faculdade, porque acabaste o curso e não consegues emprego, porque queres melhorar o teu inglês gastando pouco dinheiro, ou porque aquilo que mais te interessa é viajar e conhecer coisas novas, o Pograma Au Pair pode ser a solução ideal para ti. E para te esclarecer sobre todos os passos até estares a voar a caminho dos Estados Unidos, a MultiWay organiza sessões de esclarecimento sobre o programa. Uma experiência internacional A Mais Educativa visitou uma destas sessões e conheceu a Maria Francisca Salvador e a Carolina Santos, duas jovens que estarão, em breve, a desfrutar desta experiência. A primeira tem 18 anos, é aluna no Colégio de São Tomás e soube do programa Au Pair através de uma amiga que “não só melhorou o seu nível de inglês, como viveu uma experiência inesquecível. Incentivou-me a saber mais sobre o programa”, contou-nos a Maria Francisca. O objetivo desta jovem é “fazer Au Pair e ter aulas de inglês em simultâneo, e claro, crescer enquanto jovem adulta e ganhar experiência de vida”. Para além disso, quer ainda apostar em “conhecer o máximo possível da cultura e dos hábitos dos norte-americanos”. E as crianças? “Não vou ter nenhum problema em relação a tomar conta de crianças, porque já costumo fazer babysitting e lido muito bem com os pequenos lá de casa”, assegura. Pouco depois chegou a Carolina Santos, estudante universitária a tirar Mestrado em Gestão de Sistemas de Informação no ISCTE- IUL. Aos 25 anos, sente que tem “deixado passar algumas oportunidades”, e quer “agarrar a possibilidade de ter pela primeira vez uma experiência internacional”. Agora numa perspetiva “mais profissional”. Com gosto pelas crianças, esta aluna encontrou no Programa Au Pair “uma boa forma de fazer a ponte com o mercado de trabalho global, e de crescer enquanto pessoa”. A Carolina procura ainda “procurar um estágio e melhorar o meu inglês”.

Upload: others

Post on 01-Aug-2020

1 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: Programa AU PAIR - multiway.org - AuPair.pdf · queres melhorar o teu inglês gastando pouco dinheiro, ou porque aquilo que mais te interessa é viajar e conhecer coisas novas, o

Programa AU PAIR

Queres ser paga para viver nos Estados Unidos?

Reportagem da Revista Mais Educativa – junho 2016 – Por: Tiago Belim

A proposta é da MultiWay e quer-te a receber um salário enquanto vives nos Estados Unidos da América,

durante um ano.

Mudares-te para os States, melhorares o teu inglês, visitares o país e conheceres a cultura e as pessoas, e

receberes uma remuneração, tudo enquanto tomas conta de crianças. Este é o programa Au Pair, pensado pela

MultiWay para jovens do sexo feminino entre os 18 e os 26 anos, com o Ensino Secundário completo, e que

queiram passar um ano em terras do Tio Sam.

Seja porque não entraste para a faculdade, porque

acabaste o curso e não consegues emprego, porque

queres melhorar o teu inglês gastando pouco

dinheiro, ou porque aquilo que mais te interessa é

viajar e conhecer coisas novas, o Pograma Au Pair

pode ser a solução ideal para ti. E para te esclarecer

sobre todos os passos até estares a voar a caminho

dos Estados Unidos, a MultiWay organiza sessões de

esclarecimento sobre o programa.

Uma experiência internacional

A Mais Educativa visitou uma destas sessões e conheceu a Maria Francisca

Salvador e a Carolina Santos, duas jovens que estarão, em breve, a desfrutar desta

experiência. A primeira tem 18 anos, é aluna no Colégio de São Tomás e soube do

programa Au Pair através de uma amiga que “não só melhorou o seu nível de

inglês, como viveu uma experiência inesquecível. Incentivou-me a saber mais

sobre o programa”, contou-nos a Maria Francisca. O objetivo desta jovem é “fazer

Au Pair e ter aulas de inglês em simultâneo, e claro, crescer enquanto jovem

adulta e ganhar experiência de vida”. Para além disso, quer ainda apostar em “conhecer o máximo possível da

cultura e dos hábitos dos norte-americanos”. E as crianças? “Não vou ter nenhum problema em relação a tomar

conta de crianças, porque já costumo fazer babysitting e lido muito bem com os pequenos lá de casa”, assegura.

Pouco depois chegou a Carolina Santos, estudante universitária

a tirar Mestrado em Gestão de Sistemas de Informação no ISCTE-

IUL. Aos 25 anos, sente que tem “deixado passar algumas

oportunidades”, e quer “agarrar a possibilidade de ter pela

primeira vez uma experiência internacional”. Agora numa

perspetiva “mais profissional”.

Com gosto pelas crianças, esta aluna encontrou no Programa Au

Pair “uma boa forma de fazer a ponte com o mercado de

trabalho global, e de crescer enquanto pessoa”. A Carolina

procura ainda “procurar um estágio e melhorar o meu inglês”.

Page 2: Programa AU PAIR - multiway.org - AuPair.pdf · queres melhorar o teu inglês gastando pouco dinheiro, ou porque aquilo que mais te interessa é viajar e conhecer coisas novas, o

PROGRAMA AU-PAIR

“Fazer o Programa Au Pair muda tudo”

A estas sessões de esclarecimento, a MultiWay leva também testemunhos de quem já fez o programa. Filipa

Ferreira tem 28 anos, é licenciada em Educação de Infância e, por isso, crianças é com ela. Já fez vários programas

de intercâmbio no estrangeiro, na área do voluntariado com crianças e jovens, e tudo começou no Au Pair: “Aos

21 anos, sentia que tinha passado a vida toda na escola, e que estava na altura de fazer qualquer coisa de

diferente. Foi aí que comecei a pesquisar experiências de voluntariado, e ‘tropecei’ no programa Au Pair. Escolhi-

o pela enormidade de coisas novas que tinha para me oferecer, mas também pelo conforto de poder falar a

língua inglesa”.

Viveu durante um ano nos Estados Unidos da América, numa pequena cidade a 40 minutos de Boston, no estado

de Massachussetts. Sobre a experiência, diz que “muda muito quem a faz”: “Por vezes, nem conseguimos

perceber quanto, e só quando regressamos à rotina habitual é que nos damos conta do à-vontade e da coragem

que ganhamos. Antes do Au Pair, achava que tinha uma ideia muito concreta do que queria que a minha vida

fosse, mas abri os meus horizontes.”

Enquanto esteve nos Estados Unidos, Filipa Ferreira viajou imenso e

gostou de tudo o que viu, mas aquilo que mais a marcou foi “a relação

com a família e com as crianças. Criámos uma relação muito próxima,

que ainda hoje alimentamos – já voltei aos Estados Unidos para os

visitar”. No seu tempo livre, e como o programa da MultiWay oferece duas

semanas de férias pagas, visitou o Canadá e o Havai, e cidades norte-

americanas como Seattle, Chicago, Washington, Nova Iorque, entre

outras. Mas houve ainda oportunidade para fazer uma formação

complementar, correspondente a 6 créditos, porque no programa está

também incluída uma bolsa de até 500 dólares. Esta formação pode ser um curso de inglês, ou outra à tua escolha.

A Filipa acabou por voltar a Portugal para trabalhar, mas decidiu sair de novo para fazer mais voluntariado. Quando

finalmente regressou, criou uma associação sem fins lucrativos, que promove programas de interculturalidade, e

que divulga tudo o que são oportunidades internacionais, para que os jovens ganhem mundo.

Ganhar coragem para sair do nosso país

Uma experiência completamente diferente teve a Joana Godinho, de 35 anos, e

que ainda hoje trabalha nos Estados Unidos, como jornalista na cadeia chinesa

CCTV. Para ela, o Au Pair serviu de rampa de lançamento para se instalar nos

Estados Unidos, e para aprender “a língua inglesa como os americanos a falam”.

O objetivo final passava por “fazer um mestrado na área do Jornalismo, que

acabei por fazer, ao qual se seguiram oportunidades profissionais em órgãos de

comunicação social como a CNN, a Al Jazeera e, mais recentemente, a CCTV”.

Durante o Au Pair, os tempos livres da Joana eram aproveitados de maneira diferente. Ao fim de semana, “lia

notícias e procurava manter-me atualizada”, enquanto procurava dar-se com pessoas “predominantemente

americanas, para poder ser corrigida e também para poder entrar na mente deles”. Na opinião de alguém que é

agora conselheira do programa Au Pair, é “essencial ter aulas de inglês durante a estadia, não só para falar como

para escrever de forma correta e, mais do que isso, tão aproximada quanto possível à forma como os nativos

verdadeiramente se exprimem”.

No final, a Joana deixa uma mensagem: “Acho que os americanos têm uma coisa que falta aos portugueses:

coragem de sair do próprio país. Isso diz tudo sobre a importância que atribuo a sairmos da concha e a ir para

fora e aprender. Nem que seja para voltar logo a seguir, ou mesmo para não gostar, mas pelo menos

contactamos com outras culturas e pessoas. O pior que pode acontecer é descobrirmos que não serve para nós,

mas a experiência já ninguém nos tira”.

Page 3: Programa AU PAIR - multiway.org - AuPair.pdf · queres melhorar o teu inglês gastando pouco dinheiro, ou porque aquilo que mais te interessa é viajar e conhecer coisas novas, o

PROGRAMA AU-PAIR

TESTEMUNHOS PROGRAMA AU-PAIR

Rita Nascimento

“Adorei Tudo”

Foi na escola, numa aula de inglês, que fiquei a saber o que era uma Aupair. Logo naquele momento gostei do

conceito e fiquei a pensar que gostaria de ter essa experiência no futuro.

Os anos passaram e chegou o momento em que decidi que era a altura

certa para embarcar nessa aventura. Procurei uma agência em Portugal

que pudesse tratar do processo e foi assim que fui parar à Multiway.

Muito rapidamente tratou-se das burocracias: entrevistas, cartas, fotos,

papeladas, etc., e passado muito pouco tempo recebi um telefonema de

uma família americana. Deram-me algumas informações básicas deles:

tinham 2 crianças (um menino de 5 anos e uma menina de 7) viviam em

Filadélfia e eram judeus. Essencialmente era tudo o que eu sabia e mais

não precisei para decidir que eles seriam a minha família durante o

próximo ano. Poucas semanas depois fiz as malas e as despedidas.

Aterrei em Nova Iorque em novembro de 2000, eu e mais cerca de 70 raparigas de todo o mundo, mas sobretudo

alemãs, visto que ser Aupair é muito comum na Alemanha. Eu, claro, era a única portuguesa… Depois de uma

semana de orientação sobre o programa, lá partimos para as respectivas cidades e famílias.

Lembro-me do misto de emoções que senti na altura, por um lado uma ansiedade enorme por conhecer a família,

a casa, o sítio, por outro lado imensas dúvidas: será que vão gostar de mim? Será que vou gostar deles?

Cheguei ao aeroporto de Filadélfia e lá estavam à minha espera a

Cyndie (a mãe), a Zoe e o Tyler. Em casa conheci o pai, o Dave, o

cão e os gatos. Esta família tornou-se na minha família de verdade,

e são a minha família até hoje.

Costumo dizer, quando me perguntam sobre a minha experiência

como Aupair nos Estados Unidos, que o meu caso foi atípico. E foi

atípico porque adorei tudo! Adorei a família, o sítio, os amigos que

fiz, as experiências que tive, tudo! Conheci muitas Aupairs e sei

que nem sempre se adora tudo, nem sempre se tem “the all

package”. Mas eu tive, eu fui uma sortuda!

O meu dia-a-dia, apesar de ter actividades rotineiras, era sempre diferente. De manhã as crianças estavam na

escola e eu ia ao ginásio, estava com as minhas amigas (a maior parte também Aupairs que, entretanto, fui

conhecendo), passeava, etc. À tarde ia buscar a Zoe e o Tyler à escola e ficava com eles: íamos ao parque,

preparava-lhes o lanche, ajudava nos TPC da Zoe, víamos filmes, íamos à biblioteca ou brincávamos. Tomar conta

de crianças é das coisas mais difíceis que já fiz, põe a nossa imaginação e paciência à prova constantemente. Mas

a relação/ligação que desenvolvi com eles os dois é realmente compensadora.

Fiz muitas amizades, viajei muito, experimentei todas as “americanices” que queria, estudei, assisti ao 11 de

Setembro de relativamente perto, fui a Nova Iorque umas 20 vezes, fiz uma road-trip pela Califórnia, aprendi

muitas coisas, contactei com pessoas de todo o mundo, comi e apaixonei-me pelas gulodices americanas, melhorei

o meu inglês (e espanhol, pelo convívio com tantas mexicanas), ri, chorei, mas sobretudo ganhei uma família nova.

Page 4: Programa AU PAIR - multiway.org - AuPair.pdf · queres melhorar o teu inglês gastando pouco dinheiro, ou porque aquilo que mais te interessa é viajar e conhecer coisas novas, o

PROGRAMA AU-PAIR

Carlota Napierala

“Mudou completamente a minha vida”

Dedicado especialmente às meninas – o Au Pair -, onde podes tomar conta de crianças no seio de uma família nos

Estados Unidos, num programa onde, de acordo com António Valadas, “ao longo de um ano ganhas experiência

e dinheiro, tens 15 dias de férias e, no final, o teu visto é automaticamente renovado por mais um mês, para

poderes usar as tuas economias e conhecer melhor a América”.

O Programa Au Pair

A Carlota Napierala é licenciada em Serviço Social pela Universidade de

Coimbra, e fez o programa Au Pair há nove anos. Ela diz que ele “mudou

completamente” a sua vida, numa altura em que tinha acabado de

terminar o Ensino Secundário e em que estava indecisa sobre o que seguir

na universidade. Ao ir para fora foi “assentar ideias e ao mesmo tempo

conhecer uma nova cultura”, e em vez de ficar um ano ficou dois, ao ser

convidada pela família a ficar mais tempo. Quando voltou para Portugal,

foi tirar o seu curso superior.

A Carlota esteve em Virginia Beach, no estado da Virginia, e usou o seu

tempo livre nos EUA para “estudar inglês académico e cultura

americana”, para “ter aulas de fotografia e de guitarra, fazer teatro” e

para “viajar muito”: “Tudo o que ganhava gastava em viagens e a

conhecer o país!”.

De resto, tomava conta de duas crianças, de 1 e 3 anos de idade: “Tinha

o meu quarto na casa da família, e como tanto o pai como a mãe

trabalhavam muito”, era ela quem “assumia as rédeas das crianças”.

Depois de as acordar, dava-lhes “o pequeno almoço” e “levava e ia buscar a mais velha à escola”, para além de

fazer “várias atividades” com elas e de as inscrever “em tudo quanto era clube, jardim zoológico, biblioteca,

etc.”.

Ao fazeres um Programa Au Pair, tens também o apoio de um Community Counselor, que te apresenta a outras

pessoas a fazer o mesmo programa, o que ajuda muito à tua integração.

Page 5: Programa AU PAIR - multiway.org - AuPair.pdf · queres melhorar o teu inglês gastando pouco dinheiro, ou porque aquilo que mais te interessa é viajar e conhecer coisas novas, o

PROGRAMA AU-PAIR

Lúcia Lopes

“De Au Pair até atriz nos EUA”

A Lúcia Estevão Lopes uma das nossas Ex-Au Pairs, celebrou recentemente 6

anos de estadia nos Estados Unidos. Depois de lá ter entrado através do

Programa Au Pair, decidiu permanecer e iniciou a sua carreira de atriz!

Algumas entradas do seu mural no Facebook:

20 Junho 2012 - "Tenho feito uma reflexão acerca da minha estadia nos EUA, é

realmente difícil mas não podia estar mais realizada como estou"

20 Julho 2012 - "Sou muito feliz nos EUA e aqui quero continuar!"

8 Maio 2013 - "Em Setembro mudo-me para Los Angeles!"

O seu testemunho que fomos acompanhando ao longo dos tempos; a adaptação sempre complicada; a fantástica

integração na família de acolhimento; a decisão de permanecer nos EUA; a realização de um sonho e o seu sucesso

profissional!

Depois de se ter mudado para Los Angeles, a Lúcia conseguiu um contrato com uma agência de Modeling & Acting

e já teve a sua primeira grande participação numa peça de teatro: "Death and the Maiden" e onde acabou por ser

nomeada para o premio de melhor atriz e melhor peça do Kennedy Center no Hawaii.

Entretanto a Lúcia já vai em 6 anos de Estados Unidos! Depois de ter entrado pela "porta" Au Pair, por lá ficou e

por lá irá continuar por muitos e bons anos! E o balanço que faz é cada

vez mais positivo! Segundo palavras da própria:

"In almost 6 years living in USA, 2015 was so far the best year I could

have it. I did a play that was the biggest challenge I could have in my

acting experiences. That bring me the opportunity to repeat in Los

Angeles and in Hawaii. Also was the year I got my work visa in acting too

and I could celebrate with my father. Got new incredibly new friends

and last but not the least I found my soulmate. And here we are in Palm

spring enjoying happiness. Peace love and healthy for everyone."

Entretanto chegou o ano de 2016 e a Lúcia encontra-

se a estrear a peça “The Clean House” numa

companhia profissional de teatro “Little Fish

Theatre”. Este espetáculo este online no

“broadwayworld.com” e estreia dia 10 de junho.

Page 6: Programa AU PAIR - multiway.org - AuPair.pdf · queres melhorar o teu inglês gastando pouco dinheiro, ou porque aquilo que mais te interessa é viajar e conhecer coisas novas, o

PROGRAMA AU-PAIR

Fernanda Faust

Viver o Sonho Americano – Collegeville, Pensilvânia

A Fernanda Faust foi uma das Aupair que partiu, em 1997, em busca de uma oportunidade nos EUA através da

MultiWay.

Foi a 19 de Maio de 1997 que, com 20 anos, apanhei o meu primeiro voo internacional rumo aos EUA.

A MultiWay foi a minha âncora e a responsável por fazer possível a minha participação no programa Au Pair in

America. Foi na altura ideal da minha vida que aprendi sobre o programa e a MultiWay, através de uma brochura

que vi na minha Escola Profissional de Design, nos arredores de Lisboa. Estava a acabar o 12º ano e a trabalhar à

noite nas docas de Alcântara, pronta para me candidatar às Belas Artes para continuar a estudar artes, quando a

ideia de ir passar um ano nos EUA, aprender sobre uma cultura diferente, viajar, e desenvolver o meu inglês

pareceu ser ideal e excitante.

Fui colocada numa família com um filho de 3 anos, que vivia em Collegeville no estado da Pennsylvania. Numa

altura em que não havia internet nem Google Maps, foi-me impossível localizar no mapa que tinha em casa a

pequena vila de Collegeville, tendo só a localização do estado de Pennsylvania e a ideia de que não estaria longe

de Philadelphia.

A minha família era meia coreana, meia polaca, o que achei bastante interessante na altura. Não só fui exposta à

cultura americana no quotidiano, aprendi também sobre a cultura coreana e a cultura polaca, enquanto

partilhava sobre a portuguesa. Todas as sextas-feiras, um de nós tinha que cozinhar um prato típico do nosso

país e assim desenvolvi a minha enorme apreciação por comida coreana, que ainda hoje é a minha favorita, a

seguir à portuguesa, claro.

Fernanda e a família onde trabalhou como Aupair

Ter sido uma Au Pair antes da internet e dos telemóveis não foi fácil –

estávamos mais isoladas, tínhamos menos comunicação com Portugal

e com as nossa famílias e, consequentemente, mais saudades. Mas a

experiência foi fantástica, fiz uma amiga para a vida – a outra Aupair

portuguesa que não estava longe de mim e conheci o meu futuro

marido e pai dos meus filhos esse ano, depois de ter dançado

sapateado na Parada do Dia de Acção de Graças em Philadelphia.

Quando o meu ano como Aupair chegou ao fim, decidi ficar e candidatar-me a uma universidade de artes por cá.

Foi assim que em 2003 graduei-me no Pratt Institute e tornei-me numa graphic designer com um emprego de

sonho num estúdio de design mesmo no coração de Manhattan e muito perto do estúdio do famoso designer

Stefan Sagmeister que eu admirava muito.

Entretanto, casei-me e tive 3 filhos e ao fim destes anos todos estou a viver o

American Dream, nos arredores de NYC.Os meus filhos crescem hoje numa casa

também multi-cultural, expostos tanto à cultura portuguesa como à cultura

americana que os rodeia. Falam inglês com o pai e português com a mãe,

aprendem a História de Portugal em casa paralelo ao que aprendem na escola e

todos os anos as nossas visitas a Portugal ensina-os a apreciarem os modos

simples da vida e a dar valor ao país e cultura que eles partilham com a mãe.

Não tivesse sido a MultiWay a encaminhar-me para o AuPair in America, não

consigo imaginar que outro rumo a minha vida teria tomado, mas sei que não

seria tão rica de felicidade e satisfação pessoal como sou hoje.

Page 7: Programa AU PAIR - multiway.org - AuPair.pdf · queres melhorar o teu inglês gastando pouco dinheiro, ou porque aquilo que mais te interessa é viajar e conhecer coisas novas, o

PROGRAMA AU-PAIR

Filipa Ferreira “Au Pair foi a experiência que mudou a minha vida”

Um ano, 12 simples meses, e tu pensas: Como é possível mudar tanto

em tão pouco tempo? E, no entanto, quando regressas tudo está

diferente. Tu estás diferente. As pessoas chamaram-me maluca quando

decidi deixar o conforto de casa para me aventurar no mundo Au Pair,

mas eu não as ouvi… e foi a melhor coisa que fiz!

Não tenho a certeza do que ia à procura quando parti, o que sei é que

ganhei muito mais do que alguma vez poderia imaginar.

Tornar-me Au Pair foi a experiência que mudou a minha vida, que me

mudou a mim. Um ano lá fora e de repente dás por ti a desafiar a pessoa que julgavas ser, um ano longe das

pessoas que gostam de ti e atreveste a ser diferente, um ano sozinho e aprendes a tornar as tuas fragilidades em

pontos fortes. A experiência de uma vida, sem dúvida.

Sempre adorei viajar, mas há algo de diferente quando temos a oportunidade de ficar num lugar por um tempo

prolongado. Há um mundo fantástico lá fora à espera de ser descoberto, pessoas a conhecer, e não consigo deixar

de me surpreender como pessoas de diferentes culturas, passados, idades, com diferentes objetivos e experiências

de vida se podem conhecer de formas tão aleatórias e criar fantásticas amizades que podem durar vidas.

Algo que aprendi enquanto Au Pair é que a tua casa não tem de ser um sítio, pode ser uma pessoa, um som, uma

música, um sorriso, um abraço ou até uma rotina… a tua casa é onde está o teu coração, onde te sentes seguro.

Enquanto fui Au Pair senti-me realmente em casa.

Os laços com a família de acolhimento e com as crianças mantém-se fortes, bem como as amizades criadas durante

o programa.

Desde o início que sabia que a minha experiência como Au Pair estava a

ser fantástica, mas é apenas agora olhando para trás que realmente

percebo o papel que este ano teve em tornar-me na pessoa que sou

hoje.

Já passaram seis anos desde que voltei, e sem dúvida, nada do que eu

vivi até hoje se pode comparar a esta experiência.

Há decisões nas nossas vidas das quais nos arrependemos, algumas que

não temos a certeza como nos sentimos e outras das quais

simplesmente estamos orgulhosos. Tornar-me Au Pair é sem dúvida algo que guardo com orgulho.

Tudo o que aprendi durante o meu ano como Au Pair teve um impacto enorme

na forma como tenho encaminhado a minha vida desde que regressei. Desde

conseguir um melhor emprego por causa do meu nível de inglês e capacidade

de adaptação a outras culturas, como a coragem para embarcar em outras

aventuras por países estrangeiros. Desde o meu regresso já trabalhei dando

apoio técnicos exclusivamente a países de língua inglesa, já estive a fazer

voluntariado na Polónia por 7 meses, e estou agora a tentar desenvolver o meu

próprio projecto em Moçambique. A minha vida não teria sido a mesma sem

esta experiência. Teria sobrevivido, ter-me-ia acomodado, mas não seria a pessoa que sou hoje, e não teria a

mesma satisfação. Mais importante ainda, não teria conhecido as crianças que me tocaram o coração de uma

maneira que eu não sabia ser possível. Assim posso apenas desejar que mais pessoas se atrevam a tentar, porque

ser Au Pair é realmente uma experiência incomparável.

Page 8: Programa AU PAIR - multiway.org - AuPair.pdf · queres melhorar o teu inglês gastando pouco dinheiro, ou porque aquilo que mais te interessa é viajar e conhecer coisas novas, o

PROGRAMA AU-PAIR

Joana Godinho

Do Porto a Washington DC – De Au-Pair a Jornalista

A Joana Godinho chegou aos EUA através de um programa de intercâmbio

cultural da Multiway. Fez mestrado, estagiou na CNN e acabou por se tornar

produtora de informação de uma TV internacional. Já viveu em 4 estados

Americanos e visitou mais de 30. É uma apaixonada pela diversidade da cultura

Americana. As lições a tirar desta experiência? A jornalista vai publicar em breve

um livro em Portugal onde aborda o ABC de como conseguir um emprego no

mercado televisivo Norte-Americano.

Se há 9 anos alguém me tivesse dito que um dia eu iria correr na maior maratona

do Mundo, a New York City Marathon, eu diria “Está tudo louco! Internem-me”.

Primeiro porque nunca gostei de correr, segundo porque nunca achei que um dia

me mudaria para os Estados Unidos.

Mas mudei! A minha história começou assim: Estava no Porto, com um curso de Comunicação Social e a trabalhar

num call-center. Mais uma. Mas eu queria mais para a minha vida. Não desejava passar o meu futuro a lastimar-

me. E embarquei, sem saber falar ou escrever muito bem inglês, mas cheia de perseverança de vencer nos EUA

durante a pior crise económica desde a grande depressão no século passado.

Cheguei aos Estados Unidos em 2007 através de um programa de intercâmbio

cultural da MultiWay. Vivi 3 anos e meio no Midwest americano onde fiz um

mestrado em Comunicação na Bethel University e um estágio numa TV local,

WCCO (CBS). O Minnesota é um estado conservador, com uma baixa taxa de

estrangeiros e fortes valores tradicionais. Confesso que não era fácil quando

abria a janela em Maio e via neve a cair de um céu cinzento. Havia a saudade do

Porto, da ribeira, do sol. Decidi usar esta experiência para aprender mais sobre a

cultura Americana – aprender as diferenças entre os partidos da esquerda e

direita, o fascínio pelo exército, o valor do voluntariado, o porquê da saúde ser

vista como um privilégio e não como um direito e como é difícil sobreviver ao

desemprego nos EUA.

Equipa da CCTV News com o Secretario do Tesouro Jack Lew e Secretário do Estado John Kerry. Junho,

2014. Departamento do Estado Americano. Equipa da CCTV News com o General Colin Powell.

Setembro, 2015. Escritórios do General no estado de Virgínia.

O meu percurso teve altos e baixos, não tivessem os Estados Unidos estarem a

atravessar uma das piores crises de sempre. Atualmente sou produtora de

informação na CCTV News/America (a versão norte americana da maior estação televisiva de notícias da China) em

Washington DC. O meu percurso deve-se à minha perseverança, mas também à ajuda dos Americanos que se cruzaram

comigo. Os Norte-Americanos são o povo que mais bem recebe estrangeiros. Estarei eternamente agradecida a este país.

Eu acredito que a sorte constrói-se e 9 anos depois continuo a construir a minha e a aprender coisas novas,

inclusive algo tão simples como correr. Sempre disse que “não conseguia correr” até que um dia em Washington

alguém me ensinou que correr era como a vida, um pé à frente do outro até chegar ao final. Não tão diferente do

que tenho feito até agora. E espero então, no dia 6 de Novembro cortar a linha de chegada da Maratona de NYC.

MultiWay – Cursos no Estrangeiro

Av. Estados Unidos da América, nº. 100, 13ºF – 1700-179 – Lisboa, Portugal

[email protected] www.multiway.org + 351 218 132 535