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XXXXX SÁB. às 1h Sala Principal | M/x | Duração: xxx XXXX DIRECÇÃO MUSICAL DE XXXX PRODUTORA (CIDADE) CO-PRODUÇÃO: XXXXX 0 17

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Page 1: Programa 2017.indd

xxxxxSáb. às �1h

Sala Principal | M/x | Duração: xxx

xxxxDirecção MuSical De xxxx

Produtora (ciDaDe)co-ProDução: xxxxx

�017

Page 2: Programa 2017.indd

Cal

end

ário

20

17Janeiro

Sala PrinciPal Sala ExPErimEntal

04 Qua Concerto de Ano Novo 21h00

06 Sex 2 chamadas não... 22h00

13 Sex Noite da liberdade 21h00

14 Sáb Noite da liberdade 21h00

15 Dom Noite da liberdade 16h00

18 Qua Noite da liberdade 21h00

19 Qui Noite da liberdade 21h00

20 Sex Noite da liberdade 21h00

21 Sáb Noite da liberdade 21h00

22 Dom Noite da liberdade 16h00

25 Qua Noite da liberdade 21h00

26 Qui Noite da liberdade 21h00

27 Sex Noite da liberdade 21h00

28 Sáb Noite da liberdade 21h00 Contos do Arco da Velha 16h00

29 Dom Noite da liberdade 16h00 Contos do Arco da Velha 11h00

FevereiroSala PrinciPal Sala ExPErimEntal Sala dE EnSaioS café-concErto

03 Sex Irmãos Catita 22h00

04 Sáb Orq. Gulbenkian com... 17h00 Irmãos Catita 22h00

10 Sex O feio 21h00

11 Sáb Fã 21h00 O feio 21h00

12 Dom Fã 16h00 O feio 16h00

15 Qua O feio 21h00

16 Qui O feio 21h00 Projecto... 22h00

17 Sex O feio 21h00 Projecto... 22h00

18 Sáb Orq. Sinf. Portuguesa 21h00 O feio 21h00

19 Dom O feio 16h00

24 Sex Speak low if you... 21h00

25 Sáb As aventuras... 16h00

26 Dom As aventuras... 11h00

28 Ter As aventuras... 16h00

MarçoSala PrinciPal Sala ExPErimEntal Sala dE EnSaioS café-concErto

03 Sex Lili Berlim 22h00

04 Sáb As aventuras... 16h00 Lili Berlim 22h00

05 Dom La Clemenza di Tito 16h00 As aventuras... 11h00

10 Sex Marcha... 21h00

11 Sáb Deolinda 21h00 Marcha... 21h00

12 Dom Marcha... 16h00

18 Sáb O Capuchinho... 16h00 e 21h00 Dama Pé de... 16h00

19 Dom O Capuchinho... 16h00 Dama Pé de... 11h00

25 Sáb A noite da iguana 21h00

26 Dom A noite da iguana 16h00

• Café-concerto• Música• Dança

• Teatro para a infância

• Teatro

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abrilSala PrinciPal Sala ExPErimEntal Sala dE EnSaioS

01 Sáb Antes que matem... 21h30 Ulisses de volta... 16h00

02 Dom Ulisses de volta... 11h00

07 Sex Concerto de Páscoa 21h30

09 Dom As criadas 16h00

15 Sáb Um espectáculo 21h30

21 Sex Migrantes 21h30

22 Sáb Migrantes 21h30 Fernando Lopes-Graça 21h30 O fantasma das melancias 16h00

23 Dom Migrantes 16h00 Fernando Lopes-Graça 16h00 O fantasma das melancias 11h00

26 Qua Migrantes 21h30

27 Qui Migrantes 21h30

28 Sex Migrantes 21h30

MaioSala PrinciPal Sala ExPErimEntal

03 Qua Migrantes 21h30

04 Qui Migrantes 21h30

05 Sex Migrantes 21h30

06 Sáb Migrantes 21h30 Dona Raposa e outros... 16h00

07 Dom Migrantes 16h00 Dona Raposa e outros... 11h00

10 Qua Migrantes 21h30

11 Qui Migrantes 21h30

12 Sex Migrantes 21h30 Jardim zoológico... 21h30

13 Sáb Migrantes 21h30 Jardim zoológico... 21h30

14 Dom Migrantes 16h00 Jardim zoológico... 16h00

20 Sáb Orquestra Gulbenkian 21h30 Pastéis de nata... 16h00

21 Dom Pastéis de nata... 11h00

27 Sáb Luísa Sobral 21h30

SeteMbroSala PrinciPal Sala ExPErimEntal Sala dE EnSaioS

22 Sex Portugal não é um país... 21h30

23 Sáb Hélder Moutinho 21h30 Os gatos 16h00

24 Dom Os gatos 11h00

29 Sex Coevos 21h30 Passa-porte 21h30

30 Sáb Coevos 21h30

Cal

end

ário

20

17

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outubroSala PrinciPal Sala ExPErimEntal

06 Sex Libertação 21h00

12 Qui História do Cerco de Lisboa 21h00

13 Sex História do Cerco de Lisboa 21h00

14 Sáb História do Cerco de Lisboa 21h00 O barbeiro de Sevilha 16h00

15 Dom História do Cerco de Lisboa 16h00 O barbeiro de Sevilha 11h00

18 Qua História do Cerco de Lisboa 21h00

19 Qui História do Cerco de Lisboa 21h00

20 Sex História do Cerco de Lisboa 21h00

21 Sáb História do Cerco de Lisboa 21h00

22 Dom História do Cerco de Lisboa 16h00

25 Qua História do Cerco de Lisboa 21h00

26 Qui História do Cerco de Lisboa 21h00

27 Sex História do Cerco de Lisboa 21h00

28 Sáb História do Cerco de Lisboa 21h00 A menina que vendia fósforos 16h00

29 Dom História do Cerco de Lisboa 16h00 A menina que vendia fósforos 11h00

noveMbroSala PrinciPal Sala ExPErimEntal café-concErto

01 Qua História do Cerco de Lisboa 21h00

02 Qui História do Cerco de Lisboa 21h00

03 Sex História do Cerco de Lisboa 21h00

11 Sáb Jorge Palma 21h00 Guarda mundos 16h00

12 Dom Guarda mundos 11h00

17 Sex Titanic Monster Show 22h00

18 Sáb Habrás de ir... 21h00 Titanic Monster Show 22h00

19 Dom Habrás de ir... 16h00

24 Sex Fados do Lello Perdido 22h00

25 Sáb Contos de cartão 16h00 Fados do Lello Perdido 22h00

26 Dom Contos de cartão 11h00

DezeMbroSala PrinciPal Sala ExPErimEntal café-concErto

01 Sex Corações de atum 22h00

02 Sáb Corações de atum 22h00

08 Sex Verdi que te quero Verdi 16h00

09 Sáb Nathan, o sábio 21h00 Verdi que te quero Verdi 16h00

10 Dom Nathan, o sábio 16h00 Verdi que te quero Verdi 11h00

13 Qua Nathan, o sábio 21h00

14 Qui Nathan, o sábio 21h00

15 Sex Nathan, o sábio 21h00

16 Sáb Nathan, o sábio 21h00 Verdi que te quero Verdi 16h00

17 Dom Nathan, o sábio 16h00 Verdi que te quero Verdi 11h00

22 Sex Ana Moura 21h00

29 Sex CNB 21h00

30 Sáb CNB 21h00

Cal

end

ário

20

17

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Índice

Teatro Municipal Joaquim Benite: Temporada 2017 Joaquim Estêvão miguel Judas 6

Olhar para nós e para o Mundo rodrigo francisco 7

t E at r o

noitE da libErdadE 10

o fEio 11

migrantES 12

HiStória do cErco dE liSboa 13

natHan, o Sábio 14

fã 16

marcHa invEncívEl 17

o caPucHinHo vErmElHo 18

a noitE da iguana 19

aS criadaS 20

um ESPEctáculo 21

Jardim zoológico dE vidro 22

Portugal não é um PaíS PEquEno 23

PaSSa-PortE 24

libErtação 25

HabráS dE ir a la guErra quE EmPiEza Hoy 26

t E at r o Pa r a a i n f â n c i a

aS avEnturaS dE guinHol 28

o fantaSma daS mElanciaS 29

dona raPoSa E outroS animaiS 30

PaStéiS dE nata Para bacH 31

oS gatoS 32

o barbEiro dE SEvilHa 33

vErdi quE tE quEro vErdi 34

contoS do arco da vElHa 36

dama Pé dE mim 37

uliSSES dE volta À caSa Partida 38

a mEnina quE vEndia fóSforoS 39

guarda mundoS 40

contoS dE cartão 41

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d a n ç a

SPEak low if you SPEak lovE 44

antES quE matEm oS ElEfantES 45

coEvoS 46

comPanHia nacional dE bailado 47

m ú S i c a

concErto dE ano novo 50

2 cHamadaS não atEndidaS 51

orquEStra gulbEnkian com orquEStra gEração 52

orquEStra Sinfónica PortuguESa 53

la clEmEnza di tito 54

dEolinda 55

concErto dE PáScoa 56

fErnando loPES-graça 57

orquEStra gulbEnkian 58

luíSa Sobral 59

HéldEr moutinHo 60

JorgE Palma 61

ana moura 62

c a f é - c o n c E r t o

irmãoS catita 64

ProJEcto alarmE 64

lili bErlim 64

titanic monStEr SHow 65

fadoS do lEllo PErdido 65

coraçõES dE atum 65

a r t E S P l á S t i c a S

do outro lado do caminHo 68

bEtwEEn 69

...E até Platão tinHa um corPo... 70

corrEr o riSco 71

i n f o r m a ç õ E S E S E r v i ç o S

Serviço educativo 73

Preçário 75

informações úteis 76

espectáculos em digressão 78

equipa do TMJB 79

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TeaTro MuniCipal JoaquiM BeniTe

Temporada 2017

Há mais de três décadas, sem interrupções, a Companhia de Teatro de Almada, em estreita parceria com a Câmara Municipal de Almada e com os Almadenses em geral, vem dando corpo a uma programação de excelência oferecida a cada

nova temporada com revigorado empenho, determinação e qualidade.

No teatro, na música, na dança e em outras áreas da expressão artística e cultural, as temporadas para que a Companhia de Teatro de Almada a cada novo ano nos convi-da, mais do que isso, nos convoca, constituem um novo alicerce na consolidação da extraordinária dimensão de uma realidade com quase dois séculos de vida, que marca indelevelmente a vida e o nosso Concelho: a atividade, a oferta e o usufruto de bens culturais de que Almada não prescinde.

A cada nova temporada, esta feliz parceria nascida e celebrada em tempos difíceis, quando outros argumentos da nossa vida coletiva pareciam necessitar de impor-se pela gritante emergência de resposta a necessidades distintas, mas igualmente bási-cas, transporta-nos um pouco mais além na construção de uma Cidade e um Conce-lho cada vez mais sabedores, cada vez mais educadores, cada vez mais humanos e desenvolvidos.

A programação preparada para levar ao palco em 2017, que a Companhia de Teatro de Almada nos oferece, confirma a vontade determinada em prosseguir este caminho de permanente confronto crítico e criativo com a realidade que nos cerca, oferecendo aos Almadenses argumentos e competências para que, através do aprofundamento do saber e do conhecimento, possamos em coletivo prosseguir a construção do nosso espaço comum.

De novo temos a oportunidade de desfrutar os frutos do trabalho da própria Companhia de Teatro de Almada através das produções próprias que integram o programa dos próximos doze meses, ao lado de outras produções de teatro montadas em cooperação com companhias e grupos de todo o país e algumas estrangeiras, e de produções de música e dança, preenchendo de forma muito intensa aquele que será, uma vez mais, um dos mais ricos e diversificados programas culturais desenvolvidos no nosso País.

Por tudo isto, é imperioso que nos repitamos, e nesta nova Programação do Teatro Municipal Joaquim Benite para 2017, vivamente saudemos de novo este que é um contributo imenso para o desenvolvimento e progresso da nossa Terra, e nessa sauda-ção envolvamos a Companhia de Teatro de Almada e todos os seus fautores – atores e atrizes, técnicos e técnicas, criadores e encenadores, diretores e diretoras –, e aqueles que, tão importantes quanto os que pisam os palcos ou os bastidores, ocupam as pla-teias, vibram e aplaudem, se emocionam e comovem, os públicos, sem os quais nada seria possível, na convicção de que a concretização desta programação representará um novo contributo ativo e positivo para a consolidação do projeto de desenvolvimento que prosseguimos no nosso Concelho.

Joaquim Estêvão miguel JudasPresidente da câmara Municipal de almada

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os espectáculos da Companhia de Teatro de Almada para 2017 procuram en-trar em diálogo com a comunidade acerca da dimensão de cada um de nós enquanto cidadão português, mas também do Mundo. Com textos nacionais

e estrangeiros, clássicos e contemporâneos – e mantendo a tendência para estrear peças em absoluto no nosso País –, abriremos o debate a temas como o avanço da ex-trema-direita na Europa (Noite da liberdade); a prevalência do embuste sobre o genuíno no mundo empresarial contemporâneo (O feio); a tragédia dos refugiados (Migrantes); a necessidade de por vezes dizer “não” (História do Cerco de Lisboa); e a premência da tolerância religiosa (Nathan, o sábio). E como o gosto pela Arte se incute desde cedo, propomos sete espectáculos para os mais novos – um deles em criação.

Em 2017 o TMJB é também a casa teatral daqueles que nos visitam desde o início (como o Teatro Nacional S. João e os Artistas Unidos); das companhias de fora da Grande Lisboa (Companhia de Teatro de Braga, A Companhia de Teatro do Algarve); de criadores de relevo internacional, como Joël Pommerat, mas também de jovens talentos almadenses, como João Pedro Mamede. O teatro de pequeno formato, docu-mental (e político), que tanta aceitação tem alcançado junto do nosso público, encontra expressão nas peças de dois jovens criadores: na Sala Experimental André Amálio apresenta um ciclo sobre a descolonização portuguesa, e o galego Pablo Fidalgo Lareo fala da Guerra Civil Espanhola a partir do ponto de vista do seu tio-bisavô.

2017 é também o ano do regresso a Almada do coreógrafo Wim Vandekeybus (que em 2010 nos surpreendeu com uma criação nos limites da dança) e da coreógrafa Olga Roriz, ao mesmo tempo que renovamos a colaboração com a Quinzena de Dança de Almada. A fechar o ano a Companhia Nacional de Bailado, que a cada temporada nos tem visitado, traz-nos mais um bailado clássico. Quatro artistas plásticos – dois de Almada, dois de fora – asseguram as quatro exposições da Galeria ao longo do ano.

O eclectismo que tem marcado a programação musical desta casa é mantido, através da colaboração com as principais orquestras do País, e da apresentação de alguns dos mais destacados intérpretes da música portuguesa contemporânea – do rock ao fado, passando pelo soul –, ao mesmo tempo que abrimos as portas à descontracção no café-concerto.

Entramos em 2017, ao que parece, num ambiente de relativa estabilidade política e económica, em relação ao passado recente – embora o valor da subvenção do Estado à CTA seja igual ao de 1997, há precisamente 20 anos atrás. Mas esta aparente bono-mia portuguesa contrasta com os tumultos que se sucedem lá fora. Enquanto criado-res, cabe-nos continuar atentos – tanto àquela quanto a estes.

olhar para nós e para o Mundo

rodrigo francisco Director artístico do TMJB

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10

xxxxDe xxxxxxencenação De xxxx

xxx a xx Qua. a Sáb. às �1h | DoM. às 16h

Sala xxxxx | M/xx | Duração:

xxxxxxxxxxxxxxxxxxxx

Produtora (ciDaDe)co-ProDução: xxxxx

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11

xxxxDe xxxxxxencenação De xxxx

xxx a xx Qua. a Sáb. às �1h | DoM. às 16h

Sala xxxx | M/xx | Duração:

xxxxxxxxxxxxx

Produtora (ciDaDe)co-ProDução: xxxxx

produções da CoMpanHia de TeaTro de alMada

t e at r o

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1�

Conversas Com o públiCoSáb. 1�, �1 e �� JaNeiro às 1�h

noite Da liberDaDeDe ÖdÖn von HorvátHencenação De rodrigo franciSco

Como pode a democracia medrar sem democratas que a defendam? É esta a inter-rogação que serve de ponto de partida à mais recente criação da CTA. O texto é do início dos anos 30: estamos na Alemanha, na República de Weimar, na época

em que o partido nacional-socialista se prepara para tomar (democraticamente) o poder. Face ao crescimento dos partidos de extrema-direita na Europa (representados, inclusive, no Parlamento Europeu), e ao estiolar da participação política dos cidadãos (com níveis de abstenção inéditos e elevados), Noite da liberdade serve de pretexto para uma reflexão sobre a democracia e sobre a utilidade de defendê-la.

Ödön von Horváth (1901-1938), nascido em Fiume, na actual Hungria, considerava-se um produto típico do império austro-húngaro, tendo-se fixado em Berlim nos anos 20. Em 15 anos escreveu 18 peças profundamente marcadas pelo contexto da ascensão do nazismo. Horváth gostava de unir os universos do quotidiano com o fantástico, do realismo com a ironia, da comédia com a tragédia. Faleceu em Paris, a caminho do exílio norte-americano, quando um ramo caído de uma árvore lhe esmagou o crânio.

13 a 29 JanEiro Qua. a Sáb. às �1h | DoM. às 16h

Sala Principal | M/14 | Duração: 2h00 (c/intervalo)

Intérpretes AdriAno CArVALHo, André PArdAL, CArLos FArTUrA, dUArTe GUiMArÃes, GUiLHerMe FiLiPe, JoÃo FArrAiA, JoÃo TeMPerA, MAriA FrAde, MAriA JoÃo FALCÃo, MArqUes d’Arede, MiGUeL soPAs, Pedro WALTer e TâniA GUerreiro com a partIcIpação especIal de io APPoLLoni

cenoGraFIa JeAn-GUy LeCATFIGUrInos AnA PAULA roCHAmoVImento FrAnCesCA BerToZZilUZ GUiLHerMe FrAZÃosom MiGUeL LAUreAnotradUção eLenA ProBsT e rodriGo FrAnCisCo

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1�

o FeioDe mariuS von mayEnburgencenação De toni cafiEro

Estreado no último Festival de Almada, O feio constituiu de imediato um êxito de crítica e público. Javier Villán, do El mundo, chamou-lhe “um magnífico exercício de beleza plástica e sensorial”. As consecutivas sessões esgotadas, na reposição do

espectáculo, justificaram o regresso da história de Lette, um indivíduo que descobre, do dia para a noite, ser “incrivelmente feio”, mas para quem a emenda (no caso, a operação plástica) se revelará bem pior que o soneto. Mayenburg, recorrendo à acidez da comédia, traça-nos uma parábola moderna sobre o mundo quotidiano das aparências.

marius von mayenburg nasceu em Munique em 1972, tendo-se formado em Alemão Antigo. Em 1992 mudou-se para Berlim, onde estudou Dramaturgia entre 1994 e 1998. Em 1998 passou a integrar a direcção artística da Baracke, a sala experimental do Deutsches Theater de Berlim. No ano seguinte, juntamente com Thomas Ostermeier, mudou-se para a Schaubühne am Lehniner Platz, onde permanece como dramaturgista residente.

Toni Cafiero formou-se na escola Jacques Lecoq, em Paris, e na Academia de Belas-Artes de Bolonha. Como encenador trabalhou em Espanha, França, Áustria, Estados Unidos, Croácia, Argélia, Portugal, Turquia e, na área da formação, foi professor convidado na RE-SAD de Madrid, no Instituto de Teatro de Barcelona, nos Conservatórios de Nantes, Mont-pellier e de Sète, na Escola Nacional de Chaillot, em Paris, e na New York University.

10 a 19 fEvErEiro Qua. a Sáb. às �1h | DoM. às 16h

Sala experimental | M/12 | Duração: 1h20

Intérpretes André PArdAL, JoÃo FArrAiA, JoÃo TeMPerA e MAriA JoÃo FALCÃoassIstente de encenação CATArinA BArrostradUção eLenA ProBsT e rodriGo FrAnCisCocenoGraFIa e lUZ Toni CAFiero e GUiLHerMe FrAZÃo

FIGUrInos sAndrA deKAniCselecção mUsIcal Toni CAFierodesenHo de som MiGUeL LAUreAnomoVImento CATArinA CâMArA e FrAnCesCA BerToZZi

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1�

MigranteSDe matéi viSniEcencenação De nuno cardoSo

A recente crise dos refugiados, que procuram no território europeu uma forma de es-capar aos conflitos que dilaceram os seus países de origem, acabou por trazer ao de cima algumas fricções latentes na União Europeia – nomeadamente entre aqueles

que se prestam a receber quem foge da guerra e os que constroem muros para deter as populações em fuga. Enquanto jornalista da Radio France, Matéi Visniec contactou de per-to (desde a “Selva” de Calais aos campos de refugiados nas ilhas gregas) com a realidade dos que estão dispostos a arriscar a vida para poder viver. A sua mais recente peça (uma estreia absoluta no nosso País) lança o debate sobre um tema que urge debater e solu-cionar. É também no discurso anti-refugiados que os partidos de extrema-direita europeus têm baseado os seus discursos – e colhido proveitos.

matéi visniec nasceu na Roménia em 1956. Desde cedo que a sua dramaturgia se cons-tituiu como uma denúncia do regime de Ceauşescu, acabando o dramaturgo por tomar o caminho do exílio, em 1987. As suas peças são actualmente representadas nos quatro continentes, do Piccolo Teatro di Milano ao Teatro Máximo Gorki, de Berlim, passando por Avignon, Paris, Teerão e Hollywood.

c r i a ç ã o

Intérpretes Distribuição em cursocenoGraFIa F. riBeiroFIGUrInos AnA PAULA roCHAmoVImento FrAnCesCA BerToZZi

VÍdeo José ÁLVAro GArCiAlUZ GUiLHerMe FrAZÃosom MiGUeL LAUreAno

Conversas Com o públiCoSáb. �� abril e 06 e 1� Maio às 1�h

21 a 28 abril e 03 a 14 maio Qua. a Sáb. às �1h�0 | DoM. às 16h

Sala Principal | M/14

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15

HiStÓria Do CerCo De liSboaa ParTir De JoSé Saramago | DraMaTurgia De JoSé gabriEl antuñano encenação De ignacio garcía

Co-produção: ACtA – A CompAnhiA de teAtro do AlgArve, CompAnhiA de teAtro de AlmAdA, CompAnhiA de teAtro de BrAgA e teAtro dos Aloés

A capacidade de dizer “não” é um dos temas abordados por Camus no seu Homem revoltado. E colocar um “não” onde estava escrito um “sim” é o que faz Raimundo Silva, o revisor que protagoniza a História do Cerco de Lisboa. Só que a afirmação

(pela negação) desta personagem saramaguiana servirá de ponto de partida para a criação: no caso, a escrita de uma História do Cerco de Lisboa na qual os cruzados “não” auxiliem D. Afonso Henriques na conquista da cidade. E deste “não” surgirá também uma história de amor, entre o revisor e a directora literária Maria Sara – plasmada, de certo modo, nas personagens do soldado Mogueime e da barregã Ouroana. A adaptação de José Gabriel Antuñano vai ao encontro (e vai além) do tema central do romance de Saramago: a frontei-ra entre a realidade e a ficção, bem como a redenção pelo amor.

Formado pela Real Escuela Superior de Arte Dramático de Madrid, ignacio garcía foi adjunto do director artístico do Teatro Español. É director artístico do Festival Dramafest, no México, e tem desenvolvido uma carreira como encenador de teatro e ópera na Europa, na Ásia e na América Latina. Entre os autores que tem levado à cena encontram-se nomes como Kataiev, Juana Inés de la Cruz, Rodriguez Méndez, Ernesto ou Dario Fo.

c r i a ç ã o

Intérpretes AnA BUsTorFF, eLsA VALenTiM, JoÃo FArrAiA, JorGe siLVA, José PeixoTo, LUís ViCenTe, Pedro WALTer, rUi MAdeirA e TâniA siLVA

cenoGraFIa José MAnUeL CAsTAnHeirAFIGUrInos AnA PAULA roCHAlUZ GUiLHerMe FrAZÃosom MiGUeL LAUreAno

Conversas Com o públiCoSáb. 1�, �1 e �� ouTubro às 1�h

12 outubro a 03 novEmbro Qua. a Sáb. às �1h | DoM. às 16h

Sala Principal | M/12

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16

natHan, o SábioDe gottHold EPHrain lESSingencenação De rodrigo franciSco

09 a 17 dEzEmbro Qua. a Sáb. às �1h | DoM. às 16h

Nunca levado à cena no nosso País, Nathan, o sábio é um dos clássicos da drama-turgia mundial. Publicada em 1779, esta peça é uma ode à tolerância e um texto fundamental do Século das Luzes. Estamos na Jerusalém do século XI, acabada de

conquistar pelo muçulmano Saladino, e onde vivem o judeu Nathan e a sua filha adoptiva, a cristã Recha. A jovem acaba de ser salva de um incêndio por um jovem cruzado, que a pede em casamento. Mas nem o tolerante Nathan – que demonstra ao sultão Saladi-no, através da célebre parábola dos anéis, que a religião perfeita é aquela que torna os homens melhores – pode aceitar essa união. Na verdade, existem outros laços a unir as duas jovens personagens apaixonadas: laços fraternos, como se as diferentes religiões tivessem, no fundo, a mesma origem.

Filósofo, teólogo e dramaturgo alemão, gotthold Ephrain lessing é um dos principais representantes do Século das Luzes na Alemanha. Com uma escrita precisa e clara, en-contra-se próximo do cepticismo de Voltaire, sendo um defensor da tolerância. A sua dra-maturgia, uma das mais célebres do seu tempo, é composta tanto por comédias como por dramas, e debruça-se principalmente sobre os temas da religião, do lugar das mulheres na sociedade e do patriotismo.

Sala Principal | M/12

c r i a ç ã o

Intérpretes LUís ViCenTe (no papel de natHan), Distribuição em curso tradUção yVeTTe K. CenTeno

cenoGraFIa Pedro CALAPeZlUZ GUiLHerMe FrAZÃosom MiGUeL LAUreAno

Conversas Com o públiCoSáb. 16 DeZeMbro às 1�h

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17

xxxxDe xxxxxxencenação De xxxx

xxx a xx Qua. a Sáb. às �1h | DoM. às 16h

Sala xxxx | M/xx | Duração:

xxxxxxxxxxxxx

Produtora (ciDaDe)co-ProDução: xxxxx

teatroproduções aColHidas

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1�

FãTexTo De rEgina guimarãESMúSica DoS clãencenação De nuno carinHaS

tEatro nacional São João (PorTo)

11 e 12 fEvErEiroSáb. às �1h | DoM. às 16h

Sala Principal | M/6 | Duração: 1h00

Fã é um musical para toda a família, inspirado no romance O fantasma da ópera, de Gaston Leroux, tantas vezes adaptado para teatro e cinema. Em torno de uma can-tora prestes a estrear-se em palco giram a figura de um fã-fantasminha, esquecido

nas catacumbas do teatro e perdidamente apaixonado pela jovem, e uma estrela de rock decidida a protegê-la. As canções dos Clã, interpretadas ao vivo pela banda, dão cor e ritmo a esta grande produção infanto-juvenil do TNSJ – que é também o segundo espectá-culo em que os Clã participam depois de Disco voador, levado à cena em 2011 e dedicado aos mais novos, que resultou no lançamento de um álbum com o mesmo nome.

regina guimarães (n. 1957) é escritora e poeta. Tem trabalhado nas áreas do Teatro, da Tradução, da Música, do Vídeo e da Educação pela Arte. Foi professora na Faculdade de Letras da Universidade do Porto e na Escola Superior de Música e Artes do Espectáculo (ESMAE).

nuno carinhas (n. 1954), pintor, cenógrafo, figurinista e encenador, estudou Pintura na Escola Superior de Belas-Artes de Lisboa. Trabalhou com o Teatro Nacional São João (TNSJ) e com estruturas como Cão Solteiro, ASSéDIO, Ensemble, Escola de Mulheres e Novo Grupo / Teatro Aberto. É desde 2009 director artístico do TNSJ.

Intérpretes FernAndo GonçALVes, HéLder GonçALVes, MAnUeLA AZeVedo, MiGUeL FerreirA, Pedro BisCAiA, Pedro riTo (CLÃ); JoÃo MonTeiro, MAriA qUinTeLAs e Pedro FriAs (ACTores)

cenoGraFIa e FIGUrInos nUno CArinHAsdesenHo de lUZ WiLMA MoUTinHodesenHo de som neLson CArVALHomoVImento ViCTor HUGo PonTes

Conversas Com o públiCoSáb. 11 FeVereiro às 1�h

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MarCHa invenCívelTexTo e encenação De João PEdro mamEdE

oS PoSSESSoS (liSBoa)

10, 11 e 12 março SeX. e Sáb. às �1h | DoM. às 16h

Sala experimental | M/16 | Duração: 1h30

Depois de Hansel & Gretel dedicam-se ao futuro em três passos (2013), uma des-construção do conto dos irmãos Grimm que redundava numa reflexão sobre a pre-cariedade do trabalho artístico, e de Rapsódia Batman (2014) e II – A mentira (2015),

duas variações sobre a cidade, Os Possessos partem de um conjunto de títulos da litera-tura distópica para conceberem um espectáculo original, apresentado em estreia absoluta em Almada. Marcha invencível coloca em cena um estranho sobre cujo destino se deve pronunciar um Conselho de Sábios Desconhecidos, em virtude do tipo de interacção que aquele estabelecer com Susana na Sala 34 do Edifício. A evacuação do local é uma das hipóteses ponderadas, sobretudo no caso de “perigarem os corpos” e de ser impossível controlar “a expectativa inerente ao beijo entre os dois”.

João Pedro mamede, natural de Almada, é actor, encenador, dramaturgo e co-fundador do colectivo Os Possessos. Diplomado em Teatro pela Escola Superior de Teatro e Cinema, já trabalhou com Francis Seleck, Tim Carroll, Gonçalo Amorim, Jorge Silva Melo, Ricardo Neves-Neves e Pedro Gil, entre outros. Colabora actualmente com os Artistas Unidos. No ano passado foi distinguido com o Prémio Jovens Talentos (área do Teatro), atribuído pela Câmara Municipal de Almada.

Intérpretes AnA VALenTe, CATArinA rôLo sALGUeiro, FrAnCisCo HesTnes, FrederiCo serPA, inês LArAnJeirA, isABeL CosTA, JoÃo Pedro MAMede, MAriA JorGe, MiA ToMé, MiGUeL CUnHA, nÁdiA yrACeMA, nUno GonçALo rodriGUes, rAFAeL GoMes e ViCenTe WALLensTein

mÚsIca orIGInal dAnieL CArVALHocenoGraFIa ânGeLA roCHAFIGUrInos GonçALo qUirinolUZ FrAnCis seLeCKdIr. de prodUção nUno GonçALo rodriGUes

c r i a ç ã o

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o CapuCHinHo verMelHoTexTo e encenação De Joël PommErat a ParTir Do conTo PoPular

18 e 19 março Sáb. às 16h e às �1h | DoM. às 16h

O Capuchinho Vermelho, o primeiro espectáculo criado por Joël Pommerat a pensar nas crianças, estreou em 2004 e mantém-se em digressão desde essa data. No percurso da menina que deixa a casa da mãe e atravessa a floresta para visitar a

avó doente, o autor e encenador francês descobre uma forma simples de falar do medo, da solidão e da relação com a Natureza e o Animal. Fá-lo sem se limitar a recriar em palco a versão literária popularizada por Charles Perrault e, ao mesmo tempo, sem tentar mo-dernizar o conto que todos sabemos de cor. Na sua opinião, esta história tem muito que ver com aquela que a sua mãe lhe contava, sobre como tinha de trilhar sozinha, todos os dias, o longo caminho que a separava da escola. Talvez explique uma parte importante dos adultos que hoje somos.

Joël Pommerat (n. 1963) fundou a sua companhia em 1990. Foi artista residente do Es-pace Malraux – Scéne Nationale de Chambéry et de la Savoie, do Théâtre des Bouffes du Nord (a convite de Peter Brook), do Odéon-Théâtre de l’Europe e ainda do Théâtre National de Bruxelles. Em 2006 foi também artista convidado do Festival d’Avignon, onde recebeu o Grande Prémio de Literatura Dramática. O público do Festival de Almada conhece-o de espectáculos como Cercles (fictions) (2011), La réunification des deux Corées (2014), e Pinocchio (2016).

comPagniE louiS brouillard (PariS)Co-produção: Centre drAmAtique régionAl de tours e théâtre Brétigny – sCène Conventionnée du vAl d’orge | Apoio: région hAute normAndie e institut FrAnçAis

Sala Principal | M/8 | Duração: 45 min.

Intérpretes rodoLPHe MArTin, isABeLLe riVoAL e VALérie VinCicolaBoração artÍstIca PHiLiPPe CArBonneAUxcenoGraFIa ériC soyer e MArGUeriTe BordATFIGUrInos MArGUeriTe BordATlUZ ériC soyer

adereços THoMAs rAMoncrIação sonora FrAnçois LeyMArie e GréGoire LeyMArieoperação de lUZ CyriL CoTTeToperação de som yAnn PriesT

espectáculo em francês, legendado em português

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a noite Da iguanaDe tEnnESSEE williamSencenação De JorgE Silva mElo

artiStaS unidoS (liSBoa)co-ProDução: São luiz TeaTro MuniciPal e TeaTro nacional São João

25 e 26 março Sáb. às �1h | DoM. às 16h

Sala Principal | M/14 | Duração: 2h00

Estreada na Broadway, em 1961, A noite da iguana foi o último grande sucesso de Tennessee Williams. Lawrence Shannon, um pastor afastado da igreja por escân-dalos sexuais, e Hannah Jelkes, uma pintora de meia-idade aparentemente con-

formada com a sua profunda solidão, são os protagonistas de uma história que, segundo a crítica, revela mais sobre a intimidade do autor do que qualquer outro trabalho seu. Os caminhos de ambos cruzam-se numa pensão modesta, na costa do Pacífico, e põem a nu dramas de consciência, cicatrizes deixadas pela educação e pelo meio e, sobretudo, um mesmo desejo de liberdade, que se encontra personificado na iguana que permanece amarrada na varanda.

tennessee williams (1911-1983) escreveu uma parte considerável da sua obra inspirado pelo Sul dos Estados Unidos, de onde era natural. Algumas das suas peças foram adap-tadas para cinema e transformaram-se em verdadeiros clássicos. Foi o caso de Um eléc-trico chamado desejo e Gata em telhado de zinco quente, vencedoras do Prémio Pulitzer. Os Artistas Unidos têm vindo a dedicar um ciclo a este autor.

Intérpretes AMériCo siLVA, AnA AMArAL, BrUno xAVier, CATArinA WALLensTein, isABeL MUñoZ CArdoso, JoAnA BÁrCiA, JoÃo deLGAdo, JoÃo MeireLes, MAriA JoÃo LUís, nUno LoPes, Pedro CArrACA, Pedro GABrieL MArqUes, TiAGo MATiAs e VâniA rodriGUes

tradUção dULCe FernAndescenoGraFIa e FIGUrInos riTA LoPes ALVeslUZ Pedro doMinGossom André Pirescoordenação técnIca JoÃo CACHULo

Conversas Com o públiCoSáb. �5 MarÇo às 1�h

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aS CriaDaSDe JEan gEnEtDraMaTurgia e encenação De rui madEira

comPanHia dE tEatro dE braga Co-produção: seivA trupe

09 abril DoM. às 16h

Intérpretes MAriAnA reis, síLViA BriTo e soLAnGe sÁtradUção edUArdo ToLenTino e rUi MAdeirAcenoGraFIa ACÁCio de CArVALHo

FIGUrInos MAnUeLA BronZedesenHo de lUZ niLTon TeixeirAassIstÊncIa de encenação edUArdA FiLiPA

Genet escreveu As criadas em 1947, enquanto cumpria pena na prisão. Fê-lo tendo em mente o crime perpetrado pelas irmãs Papin alguns anos antes, através do qual estas puseram fim à vida da patroa. Aos olhos de Claire e de Solange, as duas ser-

viçais imaginadas pelo autor francês, a senhora para quem trabalham é a representação de um universo que lhes estará para sempre vedado. Na sua ausência, fecham-se no quarto principal e fingem ser a figura que amam e odeiam, cobrindo-se de jóias, vestindo as rou-pas mais sofisticadas, imitando todas as suas poses e maneirismos. Entretanto, sonham com a sua morte, porventura a única forma de alcançarem a liberdade.

Jean genet (1910-1986) foi um dramaturgo, poeta e romancista francês. Começou a es-crever em 1942, depois de uma vida dedicada ao crime e à prostituição. As suas obras, entre as quais se destacam as peças A varanda (1956), Os negros (1959) e Os biombos (1961), aproximam-no do Existencialismo e do Teatro do Absurdo.

rui madeira (n. 1955) é actor, encenador e director artístico da Companhia de Teatro de Braga. Em 1980 foi um dos fundadores da CENA, o grupo que, em 1984, daria origem à companhia que hoje dirige. Foi administrador do Theatro Circo de Braga e integrou a orga-nização do 1.º FITEI (Festival Internacional de Teatro de Expressão Ibérica).

Sala experimental | M/14 | Duração: 1h20

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uM eSpeCtáCuloa ParTir De robErt PingEtencenação De EliSabEtE martinS

acta – a comPanHia dE tEatro do algarvE (FAro)

15 abril Sáb. às �1h�0

Há reminiscências de Beckett no conflito que opõe as personagens de Pinget. Vladi-mir e Estragon, de À espera de Godot, perfilam-se no horizonte quando assistimos ao confronto entre um encenador obcecado com a materialização do espectáculo

que idealizou e uma produtora cuja única função parece consistir em refrear os voos da imaginação alheia. Originalmente, o texto de Pinget chamava-se Abel e Bela, e requeria a participação de dois intérpretes masculinos. Neste espectáculo, a ACTA optou não ape-nas por alterar o título, reforçando assim a dimensão metafórica do lugar onde decorre a acção, mas também por colocar o feminino na equação, enriquecendo o sentido das reflexões propostas.

robert Pinget (1919-1997) foi romancista, dramaturgo, contista e ensaísta. Antes de se dedicar à escrita, incentivado por Albert Camus, Alain Robbe-Grillet e Samuel Beckett, trabalhou como advogado na Suíça, o seu país natal, e estudou Belas-Artes em Paris. Em 1965 recebeu o Prix Femina pelo romance Quelqu’un.

Elisabete martins é actriz, encenadora e formadora, tendo concluído em 2000 o Curso de Formação de Actores, Técnicos e Animadores Teatrais da ACTA. Integrou o elenco da companhia em 2001 e estreou-se na encenação no ano seguinte, com O primeiro, de Israel Horowitz.

Sala experimental | M/12 | Duração: 1h10

Intérpretes BrUno MArTins e GLóriA FernAndesdramatUrGIa, espaço cénIco e FIGUrInos LUís ViCenTe e eLisABeTe MArTinsdesenHo de lUZ oCTÁVio oLiVeirA

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JarDiM zoolÓgiCo De viDroDe tEnnESSEE williamSencenação De JorgE Silva mElo

artiStaS unidoS (liSBoa)

Jardim zoológico de vidro foi o primeiro êxito de Tennessee Williams na Broadway. Trata-se de uma peça exemplar, sobretudo quando se pretende ficar a conhecer o modo como o autor traduz as disfunções da sociedade por meio de crises pessoais e

familiares. Neste caso, descreve-se a história de Amanda, mãe de Tom e Laura, abandona-da pelo marido e empenhada em encontrar um pretendente para a filha aleijada. Tom, por sua vez, é o sustento da mãe e da irmã, mas nos tempos livres escreve poemas nas tampas das caixas de sapatos que vende. À sua maneira, todos perseguem uma vida à medida dos seus sonhos. Helena Simões, no Jornal de Letras, fala de “uma colecção rara e excepcional de quatro actores” e de “uma encenação delicada e inspirada de Jorge Silva Melo”.

Jorge Silva melo (n. 1948) foi co-fundador do Teatro da Cornucópia e partilhou a direcção artística da companhia com Luis Miguel Cintra até 1979. Estagiou em Berlim, com Peter Stein, e em Milão, com Giorgio Strehler. Tem trabalhado como encenador, realizador, actor, dramaturgo, crítico, professor e programador. Fundou os Artistas Unidos em 1995.

12, 13 e 14 maio SeX. e Sáb. às �1h�0 | DoM. às 16h

Sala experimental | M/14 | Duração: 1h35

Intérpretes isABeL MUñoZ CArdoso, JoÃo Pedro MAMede, José MATA e VâniA rodriGUestradUção José MiGUeL siLVAcenoGraFIa e FIGUrInos riTA LoPes ALVes

lUZ Pedro doMinGossom André Pirescoordenação técnIca JoÃo CACHULoassIstÊncIa de encenação AnTónio siMÃo

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portugal não é uM paíS pequenoDe andré amálio / HotEl EuroPa

HotEl EuroPa (liSBoa)

Para falar do colonialismo português, este espectáculo pede emprestado o título de um famoso cartaz do Estado Novo, datado de 1934, no qual se comprova a vastidão do território nacional encaixando no mapa do continente europeu a área das antigas

colónias. André Amálio procura reflectir sobre a ditadura salazarista, a guerra colonial e a presença portuguesa em África, num espectáculo de carácter documental cujo texto re-produz fielmente as palavras dos antigos colonos que aceitaram participar no ciclo de en-trevistas que precedeu o processo de escrita. À recolha de testemunhos reais associou-se em seguida uma detalhada pesquisa da História recente de Portugal. No Diário de Notícias, Maria João Guardão fala de “uma reflexão sobre a matéria ardente de que somos feitos”.

Hotel Europa é o nome da companhia que junta o português André Amálio e a checa Te-reza Havlíčková. Os dois criadores conheceram-se em Londres, na Goldsmiths University, e têm vindo a colaborar juntos, explorando as fronteiras entre a dança, a performance e o teatro. Já apresentaram os espectáculos Hotel Europa (2010), Amálio vs. Amália (2011), TV Heroes (2012), FÉ (2013) e KinoWaltz (2014).

22 SEtEmbro SeX. às �1h�0

Sala experimental | M/12 | Duração: 1h30

Intérpretes André AMÁLio e Pedro sALVAdorassIst. de encenação e coreoGraFIa Tereza HavlíčČKoVÁ

crIação mUsIcal Pedro sALVAdorcenoGraFIa Pedro siLVA

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paSSa-porteDe andré amálio / HotEl EuroPa

HotEl EuroPa (liSBoa)co-ProDução: TeaTro Maria MaToS

29 SEtEmbro SeX. às �1h�0

Depois de Portugal não é um país pequeno, sobre a presença portuguesa em África, Passa-porte dá conta das circunstâncias que envolveram o regresso de milhares de pessoas a Portugal, na sequência do desfecho da Guerra do Ultramar e da

afirmação dos movimentos de libertação africanos. Entre os refugiados que fugiam de ce-nários de guerra e da perseguição política e racial, havia também cidadãos africanos que, temendo represálias, se viram forçados a abandonar o seu país natal. Este espectáculo reflecte sobre a condição de todos os retornados, sobre a recepção que tiveram à chegada (por vezes sendo-lhes negada a nacionalidade e o acesso a documentação portuguesa) e sobre a dureza das situações que viveram durante este período conturbado da História nacional. Na base de Passa-porte estão, uma vez mais, histórias de vidas reais.

andré amálio é actor, encenador e professor de teatro. Estudou Encenação e Forma-ção de Actores na Escola Superior de Teatro e Cinema, e Performance na Goldsmiths University, em Londres, encontrando-se neste momento a concluir um doutoramento na Universidade de Roehampton. Integrou o grupo Inprocess Collective – IC e foi um dos fundadores da companhia Hotel Europa.

Sala experimental | M/12 | Duração: 1h30

Intérpretes André AMÁLio, seLMA UAMUsse e Tereza HavlíčČKoVÁ

mÚsIca seLMA UAMUsseco-crIação e moVImento Tereza HavlíčČKoVÁ

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libertaçãoDe andré amálio / HotEl EuroPa

HotEl EuroPa (liSBoa)co-ProDução: TeaTro Maria MaToS

06 outubro SeX. às �1h

Para os criadores de Libertação, a Guerra do Ultramar é “a questão mais traumática da História recente de Portugal”. Neste espectáculo, a companhia propõe estudar as repercussões dos movimentos de libertação nacional na metrópole, nomeada-

mente o seu contributo decisivo para a queda do regime totalitário português. Deste modo, o espectáculo constrói-se não apenas a partir das entrevistas feitas aos participantes na luta pela independência de Angola, da Guiné e de Moçambique, mas também a partir da investigação levada a cabo sobre a guerra colonial e os discursos de figuras como António Oliveira Salazar, Amílcar Cabral, Marcello Caetano, Eduardo Mondelane, Agostinho Cabral, Holden Roberto, Jonas Savimbi e Samora Machel.

tereza Havlíčková estudou Dança no Laban Centre, em Londres, e Performance na Golds-miths University. Interessa-se pela utilização de material autobiográfico nas suas criações e pela exploração multidisciplinar do movimento, do texto e das formas visuais. Integrou o grupo Inprocess Collective – IC e fundou, com André Amálio, a companhia Hotel Europa. Trabalha desde 2013 como actriz, bailarina e produtora na Spitfire Company, em Praga.

Sala experimental | M/12 | Duração: 1h30

Intérpretes André AMÁLio, LUCíLiA rAiMUndo e neLson MAKossAco-crIação e moVImento Tereza HavlíčČKoVÁ

sonoplastIa / dJ neLson MAKossAdesenHo de lUZ JoAqUiM MAdAíLcenoGraFIa e FIGUrInos MAriA JoÃo CAsTeLo

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HabráS De ir a la guerra que eMpieza HoyTexTo e encenação De Pablo fidalgo larEo

matEriaiS divErSoS (liSBoa)Co-produção: teAtro mAriA mAtos, FestivAl tnt, FestivAl BAd e FestivAl de otoño A primAverA

18 e 19 novEmbro Sáb. às �1h | DoM. às 16h

Para os críticos do jornal Público, este foi o Melhor Espectáculo de Teatro de 2015. Nele, a figura carismática e a vida preenchida de Giordano Lareo, o tio-bisavô do autor e encenador, convidam à redescoberta da história de uma família e de um país.

O velho Lareo foi prisioneiro durante a Guerra Civil Espanhola, partiu para o exílio depois de escapar à execução, trabalhou como professor, tradutor e tesoureiro, e foi o represen-tante da Nestlé na Patagónia, o inventor de um sofá-cama e o autor do primeiro manual de origami publicado na Argentina. Como escreve o crítico Jorge Louraço, esta figura é convocada “pela interpretação precisa de Cláudio da Silva, concreto, decidido, em pleno, capaz de fazer uma sala viajar no tempo e no espaço”.

Pablo fidalgo lareo (n. 1984) é um escritor, criador teatral e programador espanhol. É autor dos livros de poemas La educación física, La retirada e Mis padres: Romeo y Julieta. Colabora actualmente com os artistas Cláudia Dias, Ana Borralho e João Galante. Dirige o projecto MARCO Escena em Vigo e é director artístico do Festival Escenas do Cambio na Cidade de Cultura, em Santiago de Compostela.

Sala experimental | M/12 | Duração: 1h20

Intérprete CLÁUdio dA siLVAdesenHo de lUZ José ÁLVAro CorreiAespaço sonoro CooLGATe (AKA JoÃo GALAnTe)apoIo artÍstIco e de prodUção AMALiA AreAtradUção inês diAs

técnIco nUno FiGUeirAprod. e dIFUsão CArLA noBre soUsA (MATeriAis diVersos)mÚsIcas de LLUis LLACH; Ane BrUn; BonGA, MArisA MonTe e CArLinHos BroWnpIano ÁsiA rosA

Conversas Com o públiCoSáb. 1� NoVeMbro às 1�h

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xxxxDe xxxxxxencenação De xxxx

xxx a xx Qua. a Sáb. às �1h | DoM. às 16h

Sala xxxx | M/xx | Duração:

xxxxxxxxxxxxx

Produtora (ciDaDe)co-ProDução: xxxxx

teatro para a

inFânCiaproduções da CoMpanHia

de TeaTro de alMada

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aS aventuraS De guinHolencenação e aDaPTação De tErESa gafEira A pArtir do texto trAdiCionAl FrAnCês

25 fEvErEiro a 05 março Ter. �� e Sáb. às 16h | DoM. às 11h

Sala de ensaios | M/3 | Duração: 50 min.

Intérpretes Distribuição em curso

Guinhol – uma personagem do teatro de fantoches que se via habitualmente pe-las ruas, em França – é irreverente, amável, valente, medroso, altivo ou generoso conforme quem tem pela frente. Nesta história, adaptada de um texto tradicional

francês do século XIX, Guinhol é o criado de Emílio, um cientista incrivelmente empenhado na criação de um ser vivo belo e submisso. Acontece que a sua experiência falha e, em vez da tão aguardada criatura, surge um monstro que rapta Amélia, a noiva de Emílio. Gui-nhol e Emílio têm então de partir para uma segunda aventura, cheia de perigos: apanhar o monstro e libertar Amélia.

teresa gafeira fez parte do núcleo fundador do Grupo de Teatro de Campolide, onde se estreou como actriz no início dos anos 70. Encenou em 1992 o seu primeiro espectáculo para a infância e desde então tem desenvolvido, a par da sua carreira de actriz, um tra-balho continuado na criação e adaptação de espectáculos dirigidos a um público infanto- -juvenil.

sessões espeCiais para esColas nos dias úteis, entre 21 FEV e 03 MAR, através de marcação.

c r i a ç ã o

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o FantaSMa DaS MelanCiaSTexToS De claEySSEn, ESPina E acuñaencenação De tErESa gafEira

22 e 23 abril Sáb. às 16h | DoM. às 11h

Sala de ensaios | M/3 | Duração: 50 min.

Intérpretes JoÃo FArrAiA, Pedro WALTer e VerA sAnTAnA cenoGraFIa TeresA GAFeirA

FIGUrInos TeresA CAPiTÃooperação de lUZ e som PAULo HorTA

A história que dá nome ao espectáculo é apenas um dos três episódios que o com-põem. O primeiro chama-se Sopa de pedras e é protagonizado por um velho ava-rento que acaba castigado por um cobrador de impostos mais astuto do que ele. O

segundo, O galo quer ter dentes, põe em cena um galo rico e influente que tenta convencer um urso dentista da dor causada por uma cárie. O último é, evidentemente, O fantasma das melancias, sobre um ladrão de melancias caçado por um rapazinho trapalhão, mas muito obediente. Todos convidam à interacção entre as crianças e os actores, num cenário colorido e cheio de surpresas.

Juan Enrique acuña (1915-1988) foi um jornalista e escritor argentino. Assumiu a direcção artística do Teatro La Rueda e foi secretário da Federação de Teatros Independentes da Argentina.

luis marcelo claeyssen é considerado um mestre do teatro de títeres. Integrou a Asociación de Titiriteros da Argentina nos anos 40 e é autor do célebre Churrinche contra o fantasma.

roberto Espina (n. 1926) é um actor, encenador e mimo argentino, autor de textos como A república do cavalo morto. Ajudou a fundar, em 1951, o Teatro Fray Mocho, em Buenos Aires, e em 1956 criou o Teatro Los Comediantes de La Ruta.

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Dona rapoSa e outroS aniMaiSA pArtir dAs FÁBulAs de la fontainEencenação De tErESa gafEira

Sala experimental | M/3 | Duração: 50 min.

06 e 07 maio Sáb. às 16h | DoM. às 11h

Intérpretes JoÃo FArrAiA, Pedro WALTer e VerA sAnTAnA cenoGraFIa AnA PAULA roCHA

máscaras e adereços CArLos CrisTooperação de lUZ e som PAULo HorTA

A s lições contidas nas fábulas dificilmente se esquecem. Ora porque nos são trans-mitidas de uma forma clara e simples, ora porque o quotidiano está repleto de situ-ações que nos fazem recordar os seus enredos, tornando estranhamente familiares

as suas personagens. As fábulas de La Fontaine seleccionadas em D. Raposa e outros animais criticam sobretudo a vaidade e a ingenuidade, através de alegorias que envolvem, por exemplo, a cigarra que canta despreocupada, a formiga que trabalha incansavelmen-te, a raposa que lisonjeia o corvo para ficar com o queijo que ele traz no bico ou a rã que incha até mais não para ter um porte comparável ao do boi. Mas os animais não são os únicos protagonistas destas histórias imorredoiras. Aqui também se incluem árvores e canas desavindas com o vento e velhos e garotos indecisos quanto à melhor maneira de viajarem de burro.

Jean de la fontaine (1621-1695) ganhou fama com a publicação, em três partes, das suas Fábulas escolhidas (1668-1694), uma obra escrita sob a influência de Esopo e da literatura clássica e oriental. Escreveu também poemas, contos e adaptações de comédias populares. Foi nomeado membro da Academia Francesa em 1684.

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paStéiS De nata para baCHDraMaTurgia De PEdro ProEnça e tErESa gafEira encenação De duartE guimarãES

Sala experimental | M/3 | Duração: 50 min.

20 e 21 maio Sáb. às 16h | DoM. às 11h

João Sebastião Bach abre-nos a porta de sua casa. Apresenta-nos a sua mulher, Ana Madalena, e os seus três filhos: o Guilherme, a Catarina e o João. Fala-nos da mú-sica que tem composto, na esperança de encantar as cortes e as igrejas do Sacro

Império Romano-Germânico, mas também da sua habilidade para tocar um vasto conjunto de instrumentos, onde se inclui o cravo, o órgão e o violino. A sua esposa, por sua vez, anda às voltas com uma receita de pastéis de nata, uma famosa iguaria portuguesa que o marido teve ocasião de provar e que agora lamenta não poder saborear outra vez… As experiências musicais de Bach têm o seu contraponto nas tentativas culinárias de Ana Madalena – e não ficam completas sem as travessuras dos filhos de ambos e sem alguns dos maiores clássicos da música barroca.

duarte guimarães (n. 1978) fez o curso de Formação de Actores na Escola Superior de Teatro e Cinema, e iniciou a sua carreira profissional como actor em 1997. Desde então tem participado em várias produções do Teatro da Cornucópia e da Companhia de Teatro de Almada. O espectáculo Pastéis de nata para Bach, estreado em 2015, foi a sua primeira encenação.

Intérpretes André ALVes, JoAnA MAnAçAs, JoÃo FArrAiA, Pedro WALTer e VerA sAnTAnAcenoGraFIa e FIGUrInos Pedro ProençA

moVImento JPB som MiGUeL LAUreAnooperação de lUZ e som PAULo HorTA

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oS gatoSa ParTir De o livrO dOs GaTOs, De t. S. Eliotencenação De tErESa gafEira

Sala de ensaios | M/3 | Duração: 50 min.

23 e 24 SEtEmbro Sáb. às 16h | DoM. às 11h

Intérpretes JoÃo FArrAiA, MiGUeL MArTins Pedro WALTer e VerA sAnTAnA

cenoGraFIa AnA PAULA roCHAoperação de lUZ e som PAULo HorTA

Neste espectáculo, o que está em causa é a personalidade dos gatos. O Tigre Rom Rom, por exemplo, é um gato caprichoso, que gosta de trocar as voltas à dona: prefere permanecer na rua quando lhe pedem que fique em casa, e só pensa em

voltar para dentro quando lhe dão com a porta no nariz. Sara Pintada, por sua vez, é uma gatinha dengosa e pachorrenta que, no entanto, treina o seu próprio exército de ratos durante a noite. Já o Matalote e o Rapioca são dois gatos vadios, quase sempre responsá-veis pelos distúrbios que agitam a Avenida Real… Os gatos têm a sua origem na ode que T. S. Eliot lhes dedicou em 1939 com o título Old Possum’s Book of Practical Cats, tornada célebre em 1981 graças ao musical Cats, de Andrew Lloyd Webber.

t. S. Eliot (1888-1965) foi um escritor, ensaísta e crítico literário norte-americano, natura-lizado inglês em 1927. Galardoado com o Prémio Nobel da Literatura em 1948, compôs uma importante obra poética em língua inglesa. Entre os seus títulos, destacam-se: A terra devastada, A canção de amor de J. Alfred Prufrock, Quarta-feira de cinzas e Quatro quartetos.

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o barbeiro De SevilHaa ParTir Da óPera De gioacHino roSSiniaDaPTação e encenação De tErESa gafEira

Sala experimental | M/3 | Duração: 50 min.

14 e 15 outubro Sáb. às 16h | DoM. às 11h

Intérpretes André ALVes, isAC GrAçA e VerA sAnTAnAcenoGraFIa MAnUeL GrAçA diAs e eGAs José VieirABonecos e FIGUrInos Pedro ProençA

eXec. dos Bonecos e adereços AnTónio CAneLAseXecUção dos FIGUrInos rosÁrio BALBioperação de lUZ e som PAULo HorTA

Lindoro é um jovem conde, rico e elegante, que está perdido de amores por Rosina. Acontece que a donzela vive presa em casa do seu tutor, D. Bartolo, um médico ve-lho e rabugento que tenciona casar-se com ela, mesmo contra a sua vontade. Com

a ajuda de Fígaro, um barbeiro espertalhão e bem-disposto, Lindoro resolve enfrentar o seu inimigo. Começa por desafiá-lo para um duelo, mas depois acaba por enganá-lo, es-condendo-se dentro do seu piano de cauda e convivendo longamente com a sua amada, sempre disfarçado. A récita da mais célebre das óperas de Rossini decorre assim num te-atrinho de fantoches (uma miniatura da Sala Principal do TMJB, projectada pelos mesmos arquitectos que o desenharam), com os bonecos a fazerem as vezes dos cantores líricos e com os actores de carne e osso a interpretarem os técnicos do teatro.

gioachino rossini (1792-1868) escreveu cerca de 40 óperas, para além de música sacra, música de câmara, canções e algumas peças instrumentais. O compositor italiano estudou Canto e Harmonia em Bolonha e apresentou a sua primeira ópera em 1810. O barbeiro de Sevilha estreou em 1816 no Teatro Argentina, em Roma.

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verDi que te quero verDia ParTir De giuSEPPE vErdiencenação De tErESa gafEira

Sala experimental | M/3 | Duração: 50 min.

08 a 17 dEzEmbro SeX. 0� e Sáb. às 16h | DoM. às 11h

Intérpretes André ALVes, JoÃo FArrAiA, Pedro WALTer e VerA sAnTAnA FIGUrInos TeresA CAPiTÃo

marIonetas TeresA VAreLA cenoGraFIa sTeVen eVAnoperação de lUZ e som PAULo HorTA

As árias de Verdi são as linhas que cosem este espectáculo estreado em 2011, cujo título se inspira no verso “verde que te quiero verde” do poema Romance sonâm-bulo, de Federico Garcia Lorca. Os primeiros a entrar em cena são os fantoches

que narram a história de Violeta, a heroína de La Traviata que deixa para trás uma vida de excessos em nome do amor que a une a Alfredo. Em seguida, viajamos até ao Egipto, o local onde se desenrola a acção de Aida, uma ópera sobre o amor impossível que nasce entre uma escrava etíope e um general egípcio. Neste caso, a música serve de pretexto para uma coreografia muito exigente, que tem o poder de nos arrancar gargalhadas. Fi-nalmente, os temas de Il trovatore formam a banda sonora das aventuras culinárias de uma equipa de quatro cozinheiros desastrados, cujas iguarias só os mais corajosos serão capazes de provar.

giuseppe verdi (1813-1901) foi um dos compositores italianos mais bem-sucedidos e acarinhados da segunda metade do século XIX. Para além de óperas como Rigoletto e Nabucco, compôs obras corais e música sacra. Nas suas peças estão presentes ideais nacionalistas, nomeadamente sobre a unificação de Itália.

sessões espeCiais para esColas nos dias úteis, entre 04 e 15 DEZ, através de marcação.

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teatro para a

inFânCiaproduções aColH idas

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ContoS Do arCo Da velHaDraMaTurgia De Joana luz figuEira encenação De raul conStantE PErEira

limitE zEro aSSociação cultural (PorTo) Co-produção: AlmA d’ArAme

28 e 29 JanEiro Sáb. às 16h | DoM. às 11h

Sala experimental | M/3 | Duração: 45 min.

Intérpretes JoAnA LUZ FiGUeirA e soFiA siLVAcenoGraFIa e marIonetas soFiA siLVA

constrUção cénIca rAUL ConsTAnTe PereirA e soFiA siLVAdIrecção de prodUção Pedro LeiTÃo

A D. Chica tinha um gato chamado Ervilha. Um dia, o bichano foi-se embora – tudo por causa de um certo esturjão que resolveu conceder três desejos à sua dona, no caso de ela o devolver à água. Agora, os dois comunicam por carta e a D. Chica

adora contar às visitas, à beira do seu fogão a lenha, as aventuras do Ervilha. Comete a inconfidência de dizer que o seu antigo gato, ao contrário de todos os outros felinos, não é adepto de acrobacias no ar… Depois recorda a quezília entre os Senhores Corvos e a Se-nhora Cobra, que o Ervilha deixou escrita noutra carta. Se não fosse a intervenção do sábio Senhor Mocho, o réptil haveria de continuar a comer os ovos do casal de pássaros…

A limite zero associação cultural dedica-se à criação de espectáculos de teatro, à produção vídeo e à formação. Simultaneamente organiza diversos ateliers de expressão dramática, escrita criativa, construção de formas animadas e utilização multimédia. Contos do Arco da Velha é o segundo espectáculo que a companhia leva à cena no TMJB, depois do sucesso de As viagens de Gulliver, apresentado em 2016.

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DaMa pé De MiMDe ana madurEira

18 e 19 marçoSáb. às 16h | DoM. às 11h

Sala experimental | M/3 | Duração: 40 min.

Intérprete AnA MAdUreirAco-crIação mUsIcal VAHAn KeroVPyAnapoIo À crIação VAHAn KeroVPyAn e BLAise PoWeLL

concepção do oBJecto mUsIcal nUno GUedesdesenHo de lUZ VAsCo FerreirA

A princesa que protagoniza esta história vive terrivelmente aborrecida no seu castelo frio e silencioso. Um dia, resolve partir à procura de um amigo no dorso do seu cavalo musical. No caminho, conhece a Amália, a mala que já foi crocodilo, e o

Nuno, uma nuvem caída do céu. Todavia, antes de chegar à sua última paragem, a jovem há-de atravessar ainda a Montanha de lixo e o Rio profundo em que inesperadamente se transforma o seu lindo tutu. No supermercado, uma caixa de cartão esconde um senhor que, apesar da rabugice e do bigode farfalhudo, acaba por ser uma ajuda preciosa na descoberta daquilo que a Dama Pé de Mim persegue com tanto empenho. No final, o seu castelo enche-se de amigos e gargalhadas, tal como desejara.

ana madureira (n. 1980) obteve a sua formação teatral no CITAC, na companhia Circo-lando e no Instituto Grotowski. Entre as suas criações destacam-se os solos CabraCega (2012) e Dama Pé de Mim (2016), bem como o dueto musical/teatral Lav Lur, convidado pelo Instituto Grotowski para o Festival Spoiwa Kultury 2015, na Polónia.

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uliSSeS De volta à CaSa partiDacriação De carla galvão, cláudia andradE e mafalda Saloio

co-Produção: fábrica daS artES / cEntro cultural dE bElém (liSBoa)

01 e 02 abrilSáb. às 16h | DoM. às 11h

Sala experimental | M/6 | Duração: 1h00

A Guerra de Tróia durou dez anos. Ulisses esteve todo esse tempo longe de casa, para combater ao lado dos gregos. Foi ele que se lembrou de oferecer aos troianos um cavalo de madeira gigante, que levava escondidos no seu interior dezenas de guer-

reiros dispostos a destruir a cidade inimiga. Mas, segundo a epopeia, o regresso a casa foi igualmente demorado. Durante a viagem, Ulisses teve de enfrentar ciclopes, feiticeiras, tem-pestades e sereias. Neste espectáculo, o imaginário da Odisseia cruza-se com o universo do jogo. O regresso do herói a Ítaca depende do público e do número que sai nos dados.

carla galvão é actriz de teatro, cinema e televisão. Formada na ESTC, recebeu uma Men-ção Especial da Associação Portuguesa de Críticos de Teatro em 2008 e o Prémio Bernar-do Santareno em 2009, na categoria de Actriz Revelação.

cláudia andrade trabalha como actriz desde 1993. Diplomada em Interpretação/Teatro do Gesto pela Escola Estudis de Teatre de Barcelona e mestre em Teatro e Comunidade pela ESTC, colaborou em projectos educativos do CCB, da Culturgest e do Teatro Maria Matos.

mafalda Saloio é actriz, encenadora, professora e co-fundadora do grupo de teatro Lugar Vagon. Formou-se em Teatro Físico na Escola Internacional Jacques Lecoq, em Paris, como bolseira da Fundação Calouste Gulbenkian.

Intérpretes CArLA GALVÃo, CLÁUdiA AndrAde e MAFALdA sALoiopartIcIpação especIal CArLos VAZ MArqUes, FernAndo MoTA e TiAGo JeróniMo PereirA

FotoGraFIa e apoIo técnIco nUno FiGUeirAVÍdeo soFiA MArqUes FerreirA

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a Menina que venDia FÓSForoSa ParTir Do conTo De HanS cHriStian andErSEn criação De Sara HEnriquES e rui rodriguES

rEd cloud tEatro dE marionEtaS (Aveiro)

28 e 29 outubroSáb. às 16h | DoM. às 11h

Sala experimental | M/3 | Duração: 30 min.

Na última noite do ano, uma menina aquece-se como pode, riscando os fósforos que não vendeu. Se voltar já para casa, é possível que o pai se zangue por trazer tão pouco dinheiro consigo. O primeiro fósforo traz-lhe a imagem de uma bela bra-

seira, à beira da qual haveria de aquecer mãos e pés num instante. O segundo fá-la sentir os aromas de uma mesa farta, como nunca houve em sua casa. O terceiro faz surgir na escuridão uma árvore de Natal incrível, cheia de luzes e enfeites. Os últimos fósforos, por sua vez, trazem à memória da pequena vendedora a falecida avó, de quem já tem muitas saudades. Com a sua história, A menina que vendia fósforos tem muito a ensinar sobre a desigualdade e o poder da imaginação.

A red cloud teatro de marionetas foi fundada em 2013 por Rui Rodrigues, Sara Hen-riques, Pedro Cardoso, Nuno Cortez e João Apolinário. Desde então tem vindo a apostar na apresentação regular de espectáculos de marionetas e na dinamização de workshops. Já apresentou o seu trabalho no estrangeiro, nomeadamente na Royal Opera House, em Londres, e em festivais de teatro de marionetas no Brasil e na Bélgica.

Intérprete sArA HenriqUesmarIonetas e cenoGraFIa rUi rodriGUesmÚsIca Pedro CArdoso

desenHo de lUZ rUi rodriGUesFIGUrIno Pedro riBeiroconFecção LAnis oFFiCinAe

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Intérpretes BrUno MArTins, CLÁUdiA BerKeLey e LUCiAno AMAreLomÚsIca orIGInal ALBerTo FernAndes e rUi soUZAcenoGraFIa sAndrA neVes

guarDa MunDoScriação De bruno martinS, cláudia bErkElEy e luciano amarElo encenação De bruno martinS

tEatro da didaScália (vilA novA de FAmAliCão)Co-produção: CAsA dAs Artes de vilA novA de FAmAliCão, teAtro muniCipAl do porto, Centro de Arte de ovAr e teAtro muniCipAl de BrAgAnçA

11 e 12 novEmbroSáb. às 16h | DoM. às 11h

Sala experimental | M/6 | Duração: 50 min.

Não têm fim as recordações de infância que começam e acabam no interior de um guarda-fatos: é muito provável que as meninas tenham adorado desarrumar os sa-patos de salto alto e o colar de pérolas da mãe; ou que os meninos tenham desco-

berto na roupa de cama engomada e dobrada o material perfeito para construírem tendas e brincarem aos fantasmas. Quem é que não teve a tentação de se esconder lá dentro, com medo de ser apanhado pelo companheiro que ficou a contar até 100 ou por uma asneira qualquer que teve vergonha de assumir? Guarda Mundos é um espectáculo sobre um guarda-fatos cheio de surpresas – e sobre o mundo de magia que vive pendurado nos cabides ou esquecido no fundo de uma gaveta.

O teatro da didascália foi fundado em 2008, tendo como principal actividade a criação teatral. Paralelamente, programa um conjunto de eventos culturais na região onde está sediado, como é o caso do Festival Contos d’Avó, um festival de contadores de histórias, e do Festival Internacional Vaudeville Rendez-Vous, dedicado às artes de rua e ao circo contemporâneo.

FIGUrInos CLÁUdiA riBeirodesenHo de lUZ VALTer ALVesapoIo À acroBacIa aérea JULiAnA MoUrAprodUção eXecUtIVa LUdMiLA TeixeirA

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ContoS De CartãoTexTo e encenação De Sara lEitE

cabEça dE vEnto (Palencia)

25 e 26 novEmbroSáb. às 16h | DoM. às 11h

Sala experimental | M/4 | Duração: 45 min.

A Papoila passa os dias a desenhar círculos azuis na oficina do Sr. Antunes. O patrão é um velho resmungão que não gosta de cantorias no local de trabalho nem de fun-cionários que cheguem atrasados. A Papoila está tão obcecada com as tarefas que

o Sr. Antunes reservou para si que a sua imaginação deixou de funcionar… Quando a avó lhe oferece uma máquina de sonhos, na esperança de alegrar um bocadinho o dia do seu aniversário, percebe-se que a Papoila anda a sonhar com círculos azuis há três meses... O que pode ela fazer para recuperar a sua imaginação? Com música ao vivo, Contos de car-tão é uma ode ao faz de conta, que parte de um recurso simples (o cartão) para construir todos os objectos presentes em palco.

cabeça de vento é uma companhia luso-espanhola com sede na localidade de Tabanera de Cerrato, na província espanhola de Palencia. Resulta do encontro entre a actriz portu-guesa Sara Leite e o músico espanhol Carlos Herrero e, nos seus espectáculos, tende a apostar na improvisação e na participação directa do público. Entre eles destacam-se, por exemplo, Juana la siempre novia e Mazal bueno.

Intérpretes CésAr TeJero e sArA LeiTe mÚsIca CésAr TeJerocenoGraFIa e prodUção sArA LeiTe

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Dança

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Speak low iF you Speak love...direCção e CoreogrAFiA de wim vandEkEybuS

24 fEvErEiro SeX. às �1h

Sala Principal | M/12 | Duração: 1h45

ultima vEz (BruxelaS) Co-produção: Kvs, le mAnège.mons, FestivAl de mArseille e FundAção mons 2015 CApitAl europeiA dA CulturA

co-crIação e Interpretação JAMiL ATTAr, LiViA BALAZoVA, CHLoé BeiLLeVAire, dAVid LedGer, ToMisLAV enGLisH, nUHACeT GUerrA seGUrA, sAndrA GeCo MerCKy e MAriA KoLeGoVAmÚsIca orIGInal (ao VIVo) MAUro PAWLoWsKi, eLKo BLiJWeerT, Jeroen sTeVens e TUTU PUoAne

dramatUrGIa e assIs. artÍstIca GreeT VAn PoeCKassIst. de moVImento iñAKi AZPiLLAGA e MÁTé MésZÁroscenoGraFIa WiM VAndeKeyBUs dIrecção de cena ToM de WiTH

Depois do sucesso de nieuwZwart, apresentado em 2010 na Sala Principal do TMJB, Wim Vandekeybus regressa a Almada com Speak Low If You Speak Love…, uma performance que persegue o mais caprichoso dos sentimentos – o amor –, estando

ao mesmo tempo consciente da impossibilidade de o compreender. “Estamos interessa-dos no reconhecimento e na emotividade”, esclarece o coreógrafo. “O amor dificilmente se traduz por palavras, mas a música é capaz de dar uma ideia e de transmitir, apesar de tudo, o imenso poder do amor.” Neste espectáculo, Vandekeybus conta novamente com a contribuição de Mauro Pawlowski na criação musical e acrescenta-lhe o carisma da can-tora sul-africana Tutu Puoane na interpretação ao vivo dos diferentes temas. A publicação holandesa Brabants Dagblad considerou Speak Low If You Speak Love… “uma experiência visual avassaladora”.

wim vandekeybus (n. 1963) é um coreógrafo e cineasta belga, vencedor do Keizer Karel Prize e do Evens Arts Prize. Estudou Psicologia até 1985, quando ingressou no colectivo de Jan Fabre. No ano seguinte fundou a sua própria companhia, à qual deu o nome de Ul-tima vez. O seu primeiro espectáculo, What The Body Does Not Remember, foi aclamado internacionalmente e distinguido com um Bessie Award.

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Intérpretes André de CAMPos, BeATriZ diAs, BrUno ALexAndre, BrUno ALVes, CArLA riBeiro, FrAnCisCo roLo e MArTA LoBATo FAriAselecção mUsIcal oLGA roriZ e JoÃo rAPoZomÚsIca APHex TWin, Ben FrosT, dAHFer yoUsseF,

GAVin BrAyers, MAx riCHTer e TWo FinGerscenoGraFIa e FIGUrInos oLGA roriZ e PAULo reisdesenHo de lUZ CrisTinA PiedAdeVÍdeo e pÓs-prodUção áUdIo JoÃo rAPoZoassIstente de dramatUrGIa PAULo reis

anteS que MateM oS eleFanteSDirecção De olga roriz

01 abril Sáb. às �1h�0

Sala Principal | M/12 | Duração: 1h50

comPanHia olga roriz (liSBoa)

Antes que matem os elefantes estreou há menos de um ano, em Ílhavo. Olga Roriz pretendia alertar, através da sua criação, para o impacto do conflito sírio na vida de todos aqueles que, por conta dele, perderam as suas casas e viram morrer amigos

e familiares. O desespero, o cansaço, a dor, o ódio e a insegurança são alguns dos senti-mentos personificados pelos sete bailarinos presentes em palco, num cenário que, repro-duzindo um apartamento em ruínas, remete simbolicamente para “o conflito interno das pessoas” e para “uma guerra em qualquer lugar”. Luísa Roubaud fala, no jornal Público, de “um caso à parte na dança-teatro de Olga Roriz” e na criação de um “interstício entre a vida real e a visão mediatizada a entrar todos os dias pelas nossas casas”.

olga roriz fez o curso da Escola de Dança do Teatro Nacional de São Carlos e o curso da Escola de Dança do Conservatório Nacional. Em 1976 integrou o elenco do Ballet Gul-benkian, inicialmente como primeira bailarina e, mais tarde, como coreógrafa principal. Em 1992 assumiu a direcção artística da Companhia de Dança de Lisboa e, em 1995, fundou a Companhia Olga Roriz, da qual é directora.

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CoevoSCoreogrAFiAs de carla Jordão, luíS marrafa e ricardo ambrózio

comPanHia dE dança dE almada

A Quinzena de Dança de Almada, organizada pela Companhia de Dança de Almada (Ca.DA), assinala este ano o seu 25.º aniversário. Coevos constitui uma forma de prestar homenagem a todos os criadores que deixaram o seu país natal para se

aperfeiçoarem na arte da dança. Com este objectivo, o espectáculo põe em contacto dois bailarinos e coreógrafos que iniciaram o seu percurso na instituição e inclui uma criação de Luís Marrafa, que assim colabora pela primeira vez com a companhia.

carla Jordão é licenciada em Dança pela Escola Superior de Dança e mestre em Compo-sição Coreográfica pela Folkwang Universtät der Künste, na Alemanha. Como coreógrafa na Ca.DA, foi responsável pela criação de La Ligne de Vie, escolhida para representar a companhia em vários festivais internacionais.

luís marrafa licenciou-se na Escola Superior de Dança, em Lisboa. É co-fundador da companhia MARRAFA vzw e do estúdio de dança StairCase.studio em Bruxelas. Entre as suas criações destaca-se, por exemplo, ABSTAND, nomeada em 2014 para o Prémio Autores SPA na categoria de Melhor Coreografia.

ricardo ambrózio foi assistente de Flávia Tápias e investigador no Centro de Documen-tação e Pesquisa de Dança do Rio de Janeiro. Estudou na Escola Superior de Dança, em Lisboa, e colaborou com as companhias de Chris de Feyter, Willy Dorner e Wim Vandekey-bus. Tem, desde 2013, um projecto próprio: Untamed Productions.

c r i a ç ã o

29 e 30 SEtEmbro SeX. e Sáb. às �1h�0

Sala Principal | M/12 | Duração: 1h15 (aprox.)

Intérpretes BeATriZ roUsseAU, BrUno dUArTe, JoAnA PUnTeL, LUís MALAqUiAs, MAriAnA roMÃo e MiGUeL sAnTos

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CoMpanHia naCional De bailaDoEspEctáculo a anunciar

29 e 30 dEzEmbro SeX. e Sáb às �1h

Depois de Pedro e Inês (2015), uma criação contemporânea assinada por Olga Roriz, e de La Bayadère (2016), uma reconstrução da coreografia oitocentista de Marius Petipa realizada por Fernando Duarte, a Companhia Nacional de Bailado (CNB) re-

gressa ao TMJB pelo terceiro ano consecutivo. Desta vez, traz-nos um clássico da história da dança que há-de encerrar também o ano em que se comemora o seu 40.º aniversário. Para Paulo Ribeiro, director artístico da companhia, o futuro passa por apresentar peças icónicas na “casa de todas as danças” e por desenvolver uma “visão cosmopolita” no seio da CNB, abrindo as suas portas a criadores portugueses e estrangeiros.

A companhia nacional de bailado foi fundada em 1977. Tem apresentado, nos mais importantes palcos do País, peças do repertório clássico e criações contemporâneas, de origem nacional e estrangeira, como Cinderela, O lago dos cisnes e Giselle. O bailarino e coreógrafo Paulo Ribeiro, último director do Ballet Gulbenkian, assume, desde 2016, a sua direcção artística, pela qual já haviam passado Armando Jorge, Isabel Santa Rosa, Jorge Salavisa, Mark Jonkers, Mehmet Balkan, Vasco Wellenkamp e Luísa Taveira.

Sala Principal | M/6

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MúSiCa

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ConCerto De ano novo valsas, marchas, polcas e outros sortilégiosDirecção MuSical De SEbaStian PErŁowSki

orquEStra mEtroPolitana dE liSboa

04 JanEiroQua. às �1h

O TMJB dá as boas vindas a 2017 na companhia da Orquestra Metropolitana de Lisboa. No início do ano, a formação desloca-se a Almada para interpretar um con-junto de valsas, marchas e polcas (de compositores oitocentistas tão renomados

como Johann Strauss II, Mikhail Glinka e Gioachino Rossini), mas também duas peças contemporâneas do compositor e instrumentista polaco Janusz Bielecki, uma delas em estreia absoluta. Na direcção musical estará o polaco Sebastian Perłowski, finalista do Concurso Internacional para Jovens Maestros que se realizou em 2012 em Lisboa – numa ocasião impossível de não associar aos magníficos concertos de Ano Novo no Salão Nobre do Musikverein de Viena.

Sebastian Perłowski formou-se em Composição e Direcção Sinfónica e Orquestral na Academia de Música de Katowice, na Polónia. Entre as várias distinções que recebeu, destacam-se, a título de exemplo, a nomeação do público e da crítica para o Prémio de Melhor Maestro dos últimos cinco anos da Ópera de Cracóvia e a nomeação para o Prémio de Direcção do Festival de Salzburgo. Actualmente é vice-director artístico da Ópera de Poznań.

Sala Principal | M/6 | Duração: 1h20 (c/intervalo)

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2 CHaMaDaS não atenDiDaSDirecção MuSical De andré louro

06 JanEiroSeX. às ��h

André Louro regressa ao TMJB depois de, em 2013, ter animado as noites do Festival de Almada com Louro&Lima, um projecto minimalista de piano e guitarra portugue-sa, e de, em 2015, ter dado a conhecer o espectáculo dos Penicos de prata, através

do qual se musicava poesia erótica e satírica portuguesa. 2 chamadas não atendidas é o seu novo projecto de músicas originais, no âmbito do qual se alia a Gonçalo Marques e a Artur Rouquina, dois criadores que se dedicam ao ensino da música e fazem parte da Banda da Força Aérea. A ideia passa por promover o diálogo entre um trio singular de instrumentos – o piano, o oboé e o bombardino – e surpreender o espectador com “verda-deiras experiências desestabilizadoras”.

andré louro formou-se na Escola Superior de Teatro e Cinema, em Lisboa, e na École Internationale de Théâtre Lassaad, em Bruxelas. Foi autor de bandas sonoras para teatro e participou como actor em séries televisivas e espectáculos encenados por Rogério de Carvalho, Jorge Listopad e Joaquim Benite, entre outros. Na Bélgica trabalhou com a Compagnie du Jeu de Bale e dirigiu o quarteto de música portuguesa Ursoluso. Tem cola-borado em diferentes projectos musicais, como compositor e pianista.

Sala Principal | M/12 | Duração: 30 min.

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orqueStra gulbenkian com orqueStra geraçãoDirecção MuSical De ulySSES aScanio

04 fEvErEiroSáb. às 17h

Sala Principal | M/6 | Duração: 55 min.

A Orquestra Geração resulta da aplicação do El Sistema em Portugal, um projecto venezuelano que promove o sucesso escolar e a inclusão social através da músi-ca. Sob a tutela pedagógica da Escola de Música do Conservatório Nacional, esta

iniciativa foi considerada, pelo segundo ano consecutivo, uma das 50 melhores práticas sociais em toda a Europa. Actualmente está presente em 16 escolas da Área Metropolitana de Lisboa (Almada incluída) e de Coimbra, dela beneficiando cerca de mil crianças e jovens. A Orquestra Geração reúne os melhores elementos das várias orquestras infantis e juvenis e, neste concerto, prepara-se para dividir o palco com a prestigiada Orquestra Gulbenkian. Juntas interpretam um programa diversificado, que inclui peças de Dimitri Shostakovitch, Luís de Freitas Branco, Vivaldi, Rossini, Camille Saint-Saens e Alberto Ginastera.

ulysses ascanio foi um dos pioneiros do El Sistema, como membro da orquestra cons-tituída e dirigida pelo seu fundador, José António Abreu. Foi também um dos fundadores da Orquestra Teresa Carreño, com a qual continua a trabalhar. Estende a sua actividade a diversos países da América do Sul e colabora com a Orquestra Geração desde 2014.

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orqueStra SinFÓniCa portugueSaoBraS De luigi cHErubini, luíS tinoco e fElix mEndElSSoHn Direcção MuSical De PEdro nEvES

18 fEvErEiroSáb. às �1h

Sala Principal | M/6 | Duração: 1h00

No programa do primeiro concerto que a Orquestra Sinfónica Portuguesa traz ao TMJB em 2017, o grande destaque tem forçosamente de ser a estreia mundial do Concerto para violoncelo e orquestra de Luís Tinoco, compositor residente na insti-

tuição e seu consultor para a música contemporânea. Interpretada pelo violoncelista Filipe Quaresma, esta peça inédita faz-se acompanhar pela abertura de L’hôtellerie portugaise, a ópera cómica que Luigi Cherubini compôs em 1798 em Paris, inspirado pela atmosfera de uma estalagem ibérica, e pela Sinfonia n.º 3 de Felix Mendelssohn, nascida em 1829 depois de uma visita do compositor ao castelo onde a rainha escocesa Mary Stuart viveu antes de ser afastada do trono.

Pedro neves (n. 1975) estudou violoncelo e direcção de orquestra em Portugal, Espanha e Itália, tendo sido assistente de Michael Zilm. Actualmente é director artístico e maestro titular da Orquestra Clássica de Espinho. Foi já distinguido com o Prémio da Juventude Musical Portuguesa e com o Prémio Jovens Músicos.

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la CleMenza Di titoDe wolfgang amadEuS mozart Direcção MuSical De PEdro amaral

orquEStra mEtroPolitana dE liSboa E coro dE câmara liSboa cantat (liSBoa)

05 marçoDoM. às 16h

Sala Principal | M/6 | Duração: 3h00 (c/intervalo)

O Atelier de Ópera da Metropolitana vai já na sua quarta edição, tendo como principal objectivo promover o contacto de jovens cantores em início de carreira com uma partitura operática e uma orquestra profissional. Com efeito, foi este o projecto

que, no ano passado, trouxe As bodas de Fígaro à Sala Principal do TMJB. Este ano a ópera escolhida resulta de uma encomenda feita a Mozart por Leopoldo II, Imperador do Sacro Império Romano-Germânico, para a cerimónia da sua coroação como Rei da Boémia. Mozart compô-la em pouco mais de duas semanas, no Verão de 1791, inspirado por um antigo libreto de Pietro Metastasio que dá conta da trama palaciana que envolve o imperador romano Tito.

wolfgang amadeus mozart (1756-1791) foi um prolífico compositor e instrumentista aus-tríaco, cuja obra influenciou profundamente o cânone da música ocidental. Por iniciativa do pai, iniciou um périplo pela Europa quando ainda era criança, tendo actuado desde cedo para famílias reais e membros da aristocracia.

Pedro amaral (n. 1972) é maestro, compositor, professor e director artístico da Orquestra Metropolitana de Lisboa. Obteve a sua formação musical em Lisboa, Paris, Budapeste e Milão, tendo concluído um mestrado e um doutoramento sobre a obra de K. Stockhausen.

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DeolinDa

11 marçoSáb. às �1h

Sala Principal | M/12 | Duração: 1h30

Os Deolinda chegam ao TMJB com um novo álbum. Outras histórias foi lançado em Fevereiro de 2016 e dá continuidade ao caminho trilhado desde o início pela banda, sempre em busca dos limites da canção popular. “Corzinha de Verão” é o single

de apresentação, que assim se junta a antigos êxitos como “Movimento Perpétuo Asso-ciativo”, “Um contra o outro” e “Seja agora”. Gonçalo Frota, no jornal Público, não hesita em destacar “um dos melhores álbuns da música popular portuguesa da última década”, no qual participam também vários artistas convidados, como Manel Cruz, dos Ornatos Violeta, e Riot, dos Buraka Som Sistema.

Os deolinda nasceram em 2008 pelas mãos de Ana Bacalhau, José Pedro Leitão, Luís José Martins e Pedro da Silva Martins. Desde então já editaram Canção ao lado (2008), Dois selos e um carimbo (2010), Ao vivo no Coliseu dos Recreios (2011), Mundo pequenino (2013) e Outras histórias (2016). O grupo foi já distinguido com sete galardões de platina, quatro discos de ouro, três Globos de Ouro, um Prémio Amália Rodrigues, um Prémio José Afonso e o Songlines Music Award.

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ConCerto De páSCoaoBraS De ludwig van bEEtHovEn e JamES macmillanDirecção MuSical De Joana carnEiro

orquEStra Sinfónica PortuguESa E coro do tEatro nacional dE São carloS (liSBoa)

07 abrilSeX. às �1h�0

Pela Páscoa, os espectadores do TMJB terão oportunidade de ouvir o único concerto para violino e orquestra que Beethoven compôs, bem como uma obra coral do es-cocês James MacMillan, inspirada pela Paixão de Cristo. Seven last words from the

cross reunirá, em palco, a Orquestra Sinfónica Portuguesa e o Coro do Teatro Nacional de São Carlos, encontrando tradução plástica numa das mais recentes instalações de Júlio Pomar. Quanto ao concerto de Beethoven, trata-se de uma peça frequentemente gravada e interpretada, contemporânea de outras criações de grande fôlego, como o seu Triplo Concerto e os Quartetos Razumovsky. Estreou em Viena, em 1806, para satisfazer uma encomenda do violinista Franz Clement.

Joana carneiro formou-se em Direcção de Orquestra na Academia Nacional Superior de Orquestra, concluindo em seguida um mestrado na Universidade de Northwestern e um doutoramento na Universidade de Michigan. Em 2009 foi nomeada directora musical da Sinfónica de Berkeley. É maestrina titular da Orquestra Sinfónica Portuguesa desde Janei-ro de 2014.

Sala Principal | M/6 | Duração: 1h30

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FernanDo lopeS-graçaintegrAl dA oBrA pArA violino e piAno e pArA violino solo

22 e 23 abrilSáb. às �1h�0 | DoM. às 16h

Num ciclo de dois concertos comentados, o violinista Bruno Monteiro e o pianista João Paulo Santos apresentam a obra integral de Fernando Lopes-Graça (1906--1994) para violino e piano e para violino solo. Os concertos acontecem depois

de a gravação lançada em 2014 com o selo da prestigiada Naxos ter sido aclamada pela crítica especializada, atingindo os lugares cimeiros do top de vendas nacional. As peças em causa, para além de serem particularmente exigentes para os intérpretes que as execu-tam, reflectem também diferentes fases criativas do compositor, permitindo ao espectador acompanhar a evolução que se opera em si e na sua obra entre a juventude e os últimos anos de vida.

bruno monteiro é um dos mais destacados violinistas da sua geração. Realizou os seus estudos musicais nos Estados Unidos e, hoje, a sua intensa actividade em estúdio e em concerto compreende várias colaborações nacionais e internacionais. No domínio do reci-tal, apresenta-se desde 2002 com João Paulo Santos.

João Paulo Santos é pianista e maestro, encontrando-se ligado ao Teatro Nacional de São Carlos há mais de 40 anos. O seu percurso artístico abrange fundamentalmente três áreas: a direcção musical, a interpretação ao piano e a recuperação do património musical nacional.

Sala experimental | M/6 | Duração: 1h15

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orqueStra gulbenkianoBraS De guo wEnJing e ludwig van bEEtHovEnDirecção MuSical De Joana carnEiro

20 maioSáb. às �1h�0

fundação calouStE gulbEnkian (liSBoa)

O programa que a Orquestra Gulbenkian traz ao TMJB é constituído por duas peças: The Rite of Mountains, um concerto para percussão e orquestra de Guo Wenjing, e a terceira sinfonia de Beethoven – que, com o epíteto de “Heróica”, foi original-

mente dedicada a Napoleão Bonaparte. Na origem da primeira está o violento terramoto que afectou a região chinesa de Wenchuan em 2008, bem como o desejo de explorar “a relação entre a catástrofe natural e a vida humana”. Na segunda, muitos julgam descobrir o retrato de um líder, sensível aos ideais da Revolução Francesa, e um marco da transição do Classicismo para o Romantismo. Li Biao, um dos mais destacados percussionistas da actualidade, é o solista convidado.

guo wenjing (n. 1956) foi um dos cem alunos admitidos no Conservatório Central de Música de Pequim em 1978. É considerado o maior compositor chinês vivo. A sua obra compreende peças orquestrais, música vocal e óperas de câmara com argumentos de origem chinesa.

Ludwig van Beethoven (1770-1827) foi um célebre compositor alemão, cujo génio se revelou à medida que a surdez progredia. Em Viena, travou conhecimento com Mozart e foi discípulo de Haydn, Albrechtsberger e Salieri. Compôs concertos para piano, quartetos para cordas, sinfonias, sonatas e uma ópera, Fidelio, em 1814.

Sala Principal | M/6 | Duração: 1h30 (c/intervalo)

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luíSa Sobral

27 maioSáb. às �1h�0

O concerto com que Luísa Sobral se estreia no TMJB faz parte da tour de apresenta-ção do seu mais recente trabalho. Luísa foi lançado no final de 2016 e é, segundo a intérprete, “um disco muito autobiográfico” onde “o piano cede o protagonismo à

guitarra” e o jazz se cruza com o folk. O novo álbum foi gravado em Los Angeles, nos es-túdios da United Recording (por onde passaram nomes como Frank Sinatra, Ray Charles, Ella Fitzgerald ou, mais recentemente, os U2), e teve à frente o produtor Joe Henry, cujo trabalho foi já requisitado por músicos como Elvis Costello, Solomon Burke e Madonna e premiado com três Grammy Awards. Em entrevista, Luísa Sobral mostra-se “ansiosa por tocar este disco ao vivo”.

luísa Sobral começou por tentar a sorte em 2003, no programa televisivo Ídolos. Viveu quatro anos nos Estados Unidos, onde concluiu o Curso Superior de Música na Universi-dade de Berkeley. Estreou-se em 2011 com o disco The Cherry On My Cake, a que se se-guiram There’s A Flower In My Bedroom (2013) – com as participações especiais de Jamie Cullum, António Zambujo e Mário Laginha – e Lu-Pu-I-Pi-Sa-Pa (2014).

Sala Principal | M/12 | Duração: 1h30

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HélDer MoutinHo

23 SEtEmbroSáb. às �1h�0

A crítica recebeu de braços abertos O manual do coração que Hélder Moutinho es-creveu com a cumplicidade de João Monge, o autor da totalidade das letras, e de músicos como João Gil, Zeca Medeiros, Ricardo Parreira e Vitorino. Foi o caso de

Gonçalo Frota, que no jornal Público elogiou “um álbum de absoluta mestria no desenho dessa sonoridade fadista que não se esforça por soar a fado”, e de António Pires, que na Time Out descreveu “uma voz que atinge aqui momentos sublimes. Fados novos que, um dia, serão de certeza novos fados… tradicionais”. Para o fadista, este novo álbum é como “uma colecção de contos” estreitamente ligada às nossas emoções, um conjunto de fa-dos-canção que ora respeita a estrutura do género, ora ousa desviar-se da tradição.

Hélder moutinho (n. 1969) começou a cantar publicamente em 1994, no Nonó no Bairro Alto, passando depois por outras casas de fado. O seu primeiro disco foi lançado em 1999 com o título Sete fados e alguns cantos, a que se seguiram o trabalho vencedor do Prémio Amália Rodrigues Luz de Lisboa (2004), Que fado é este que trago (2008), 1987 (2013) e Manual do coração (2016).

Sala Principal | M/12 | Duração: 1h30

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Jorge palMa

11 novEmbroSáb. às �1h

Está previsto para 2017 o lançamento do novo álbum de originais de Jorge Palma. Do alinhamento do concerto em Almada já farão parte alguns dos temas desse novo trabalho, como é o caso de “Amor digital”. Foi o que aconteceu, de resto, no ciclo

de seis concertos a solo (piano e voz) com que o músico esgotou recentemente a lotação de salas como o Grande Auditório do Centro Cultural de Belém, disposto a celebrar os 25 anos da edição de Só, incluído na lista dos 30 melhores álbuns portugueses que a revista Blitz elaborou em 2014. Mas neste concerto não faltarão também os êxitos que muitos sabem cantar de cor. “Deixa-me rir”, “Frágil”, “A gente vai continuar” e “Encosta-te a mim” atravessam gerações e estão entre os temas mais emblemáticos do cantautor.

Jorge Palma é compositor, poeta, intérprete e pianista. Terminou o Curso Superior de Piano em 1990 e editou, desde 1975, vários discos de originais, tendo atingido a marca da dupla platina com Voo nocturno. Venceu o Prémio José Afonso em 2002, o Globo de Ouro para Melhor Intérprete em 2008 e 2012, e o Prémio Pedro Osório da SPA pelo seu último disco de originais: Com todo o respeito (2011).

Sala Principal | M/12 | Duração: 1h30

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ana Moura

22 dEzEmbroSeX. às �1h

Sala Principal | M/12 | Duração: 1h30

O lançamento de Desfado e o sucesso estrondoso obtido pelo tema com o mesmo nome constituíram um ponto de viragem na carreira de Ana Moura. O seu quinto álbum de originais tornou-se no disco mais vendido da última década, em Portugal,

e consolidou o prestígio de uma fadista habituada a dar voz a um fado actual e avesso a espartilhos. Moura, editado em 2015 e produzido pelo norte-americano Larry Klein, é o seu último trabalho. Reúne contributos de alguns dos mais notáveis letristas e compositores do momento, como Miguel Araújo e Samuel Úria, e tem como cartão de apresentação o não menos célebre “Dia de folga”. Este concerto, o primeiro da fadista no TMJB, promete marcar a quadra natalícia e contagiar todos os presentes com a energia das suas perfor-mances ao vivo.

ana moura lançou o seu primeiro álbum em 2003, depois de Tozé Brito a ter descoberto na casa de fados Senhor Vinho. Guarda-me a vida na mão foi o antecessor de Aconteceu (2004), Para além da saudade (2007), Leva-me aos fados (2009), Desfado (2012) e Moura (2015). Com mais de 300.000 discos vendidos, a fadista foi já distinguida com dois Globos de Ouro, dois Prémios Amália Rodrigues e uma nomeação para os Songlines Music Awar-ds, tendo actuado ao lado de nomes como Prince e The Rolling Stones.

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CaFé- -ConCerto

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irMãoS Catita

proJeCto alarMe

lili berliM

03 e 04 marçoSeX. e Sáb. às ��hcafé-concerto | M/12

A actriz Blanca Cendán e o pianista Suso Alonso convidam-nos a embarcar num cabaret musical inspirado no surrealismo galego. Nunca esquecendo a crítica social e política, as ribaltas iluminarão, entre ou-tros, temas de Kurt Weill, Friedrich Hollän-der, Scott Joplin, John Kander e Norbert Schultze.

16 e 17 fEvErEiroQui. e SeX. às ��hcafé-concerto | M/12

Liderado por Rui David, o Projecto Alarme revisita as canções da Revolução de Abril, dando-lhes uma musicalidade contem-porânea. Os músicos Bernardo Soares, Catarina Santos, Filipa Guedes, José Soa-res e Ricardo Casaleiro recriam José Mário Branco, Fausto, Chico Buarque ou José Afonso, entre muitos outros.

03 e 04 fEvErEiroSeX. e Sáb. às ��hcafé-concerto | M/16

Fundado em 1991, este projecto é fruto da personalidade imprevisível e multifacetada de Manuel Vieira, que se faz rodear dos mú-sicos Francisco Ferro, Gimba, João Leitão, Beto Garcia e Luís San Payo. A banda já editou Very sentimental (1996), Mundo Cati-ta (2001) e Portugal dos pequenitos (2015).

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titaniC MonSter SHow

17 e 18 novEmbroSeX. e Sáb. às ��hcafé-concerto | M/16

Eis “o maior e mais monstruoso cabaret de variedades de Portugal”. Desde o brilhan-tismo de Victor Gomes à sensualidade das bailarinas burlescas, passando pelo ro-mantismo italiano de Sandro Core, Titz Va-gabond, alter-ego de Manuel Vieira, apre-senta um imprevisível desfile de “monstros da cena”.

FaDoS Do lello perDiDo

24 e 25 novEmbroSeX. e Sáb. às ��hcafé-concerto | M/16

“Fadinhos maravilha cantados por uma voz que de perdida não tem nada”: assim apre-senta este espectáculo Lello Marmelo. O re-pertório parte de canções originais e passa pelo fado humorístico e por poemas brejei-ros de Joaquim Cordeiro, Frutuoso França ou Joaquim Pimentel. Para quem gosta (e não gosta) da mais lusa das melodias.

CoraçõeS De atuM

01 e 02 dEzEmbroSeX. e Sáb. às ��hcafé-concerto | M/16

Corações de atum é um concerto de jazz com escamas, também conhecidas como “asas de mosca”. Só que o jazz deste pro-jecto é picante (e afrodisíaco). Nuno Ferrei-ra, Rui Caetano, Marco Franco, João Cus-tódio e Manuel Vieira prometem “delícias do mar” sem nunca se armarem em “carapaus de corrida”.

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arteSpláStiCaS

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Qui. a Sáb. das 1�h às �1h�0DoM. das 15h às 1�h�0

em dias de espectáculo a galeria está aberta a partir das 19h00 galeria | M/6

Do outro laDo Do CaMinHociganos do alto alentejo exPoSição De adalricH malzbEndEr

O interesse de Adalrich Malzbender pelo povo cigano começou há mais de 30 anos: no primeiro dia do ano de 1985, observou como algumas famílias ciganas, acam-padas numa quinta abandonada perto de Tolosa, no Alto Alentejo, festejavam ale-

gremente o Ano Novo com bebidas e comidas. Pediu-lhes licença para as fotografar e pro-meteu-lhes que, quando regressasse a Portugal no ano seguinte, lhes traria as imagens. Assim o fez durante 25 anos, estabelecendo deste modo contacto com várias famílias ciganas do Alto Alentejo. O artista pratica exclusivamente a fotografia analógica, revelada por ele próprio e sem intervenção digital.

adalrich malzbender realizou exposições individuais na Alemanha, em Espanha e em Portugal (Câmara Municipal de Évora; Museu Municipal de Fotografia, Elvas; Palácio de Cristal, Porto; Casa do Alentejo, Lisboa; Museu da Tapeçaria, Portalegre; Mosteiro de Alco-baça). Em 2012 participou na exposição colectiva Ciganos entre amigos na Universidade de Brasília. Em 1993 foi publicado Alentejo (ed. Quetzal) com textos de Clara Pinto Correia. Em 1995 editou Olhares ciganos (ed. Gráfica Hache), catálogo da exposição colectiva com o fotógrafo espanhol Jesús Salinas no Museo Municipal de Cáceres.

fotografia

14 JanEiro a 26 março

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galeria | M/6

Qui. a Sáb. das 1�h às �1h�0DoM. das 15h às 1�h�0

em dias de espectáculo a galeria está aberta a partir das 19h00

betweenexPoSição De marta moura

Os trabalhos apresentados nesta exposição exploram alusões simbólicas sobre rela-ções e interacções humanas, de encontro e ligação, mutação e permanência, fragi-lidade e temporalidade, transformação da vida e das coisas. Relações de conexão

ou analogia, partilha ou duplicidade, conversão ou passagem… A pintura permeia-se de objectos, marcas e lugares, num encontro simbólico com a vida, figurando-se de novos sentidos.

Marta Moura

marta moura (n. 1978) é licenciada em Pintura pela ESAD – Caldas da Rainha e Mestre em Pintura pela Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa. De entre as exposições individuais destacam-se Meet me at the bridge (2016), Vanitas (2014), Velocidade (2013) e Lost and Found (2012). Das exposições colectivas destacam-se Masquerade (2015), Diálogos com as obras do Museu Bienal de Cerveira (2015), Atlas secreto (2014), XV Bienal de Cerveira (2009), Pavilhão de Portugal (2009), Rasura (2007), Opções & futuros (2006) e Controlo remoto (2005). Foi seleccionada para o Jeune Création Européene (2011-13), para o International Call for Young Artists (2009) e para o Prémio de Pintura Ariane de Ro-thschild (2007). Está representada em diversas colecções públicas e privadas em Portugal, Espanha, França e Áustria.

Pintura

08 abril a 25 JunHo

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Qui. a Sáb. das 1�h às �1h�0DoM. das 15h às 1�h�0

em dias de espectáculo a galeria está aberta a partir das 19h00 galeria | M/6

...e até platão tinHa uM Corpo... exPoSição De luíS miranda

Chamo-lhes desenhos. Os suportes são quase totalmente papéis e cartolinas indus-triais reutilizados (guardanapos de papel, toalhetes, bases de copos, material publi-citário...), que apanho por aí. A forma e a estrutura são construídas com manchas e

linhas de café e água (que dão a cor da terra e do corpo), acentuadas com tinta-da-china (no volume, movimento, luz e pele) enquanto bebo café saboreando o tempo e o espaço, até entrar no interior do desenho. As outras tintas são utilizadas depois (e trazem sangue, corpo, atmosfera, matéria...).

luís Miranda

luís miranda (n. 1954) é licenciado em Design de Comunicação pela FBAUL e foi bolsei-ro da F. C. Gulbenkian. Frequentou o doutoramento em Ciências da Comunicação pelo Instituto Politécnico de Lisboa e pela Universidade Complutense de Madrid. Foi professor de artes visuais durante muitos anos, continuando a sê-lo por serviço cívico. É designer de comunicação como profissional independente. Desenha e fotografa desde os anos 80, expondo colectiva e individualmente a partir de 1991. Com o grupo Cidadão Exemplar organiza regularmente várias exposições de artes plásticas.

dESEnHo

08 JulHo a 1 outubro

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galeria | M/6

Qui. a Sáb. das 1�h às �1h�0DoM. das 15h às 1�h�0

em dias de espectáculo a galeria está aberta a partir das 19h00

Correr o riSCoexPoSição De João gaSPar

Entendo o desenho como um exercício espiritual, um meio que me permite, através da sua prática, estabelecer uma relação com o Mundo. Neste processo torna-se essencial uma certa deriva. Nos últimos anos, nas horas vagas, tenho-me dedicado

sobretudo a esta prática. Nesse tempo vago, de um modo errante, já vi pedras de dife-rentes tamanhos e feitios, esculpidas pelos elementos. Figuras disformes. Já vi formas difusas, reflectidas em superfícies, que apareciam e se desvaneciam. Vi retratos e imagens de outros tempos que insistem em aparecer. Já corri o risco, e procurei a sua extremidade. Ouvi o som da grafite a roçar no papel e senti a mão estremecer. Enquanto riscava o papel, já o senti rasgar e vi vagas formarem-se.

João Gaspar

João gaspar (n. 1981) formou-se em Artes Plásticas / Pintura na Faculdade de Belas- -Artes da Universidade de Lisboa, em 2008. Fez diversas exposições, entre as quais se destacam: Óleo sobre tela (2007) e De um quarto no quarto piso (2009) – exposições in-dividuais realizadas na Galeria Arte Periférica, em Lisboa –, assim como as exposições colectivas Novos artistas (2004), também na Galeria Arte Periférica, e Seis cadeiras e uma mesa (2008), na Galeria Municipal de Almada. Desde 2011 que desenvolve trabalho na área da ilustração e do design gráfico.

14 outubro a 30 dEzEmbro

dESEnHo

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inForMaçõeSe ServiçoS

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serviço eduCaTivo

As visitas guiadas para grupos (máximo de 25 pessoas) podem ser efectuadas de Terça a Sexta, entre as 10h00 e as 13h00. Esta actividade é gratuita e tem a duração de uma hora. As visitas devem ser marcadas com pelo menos uma semana de antecedência.

visitas guiadas para grupos

1. oficinaS Para a infância

Lançámos em 2016 um conjunto de oficinas sobre os bastidores do teatro, as profissões que o constituem e as ideias que movem os artistas. Através da observação, do diálogo, da exploração e da concretização de pequenas acções criativas, continuamos em 2017 a lançar sementes para pequenos grandes públicos. As oficinas, às 15h00 e com duração de duas horas, destinam-se a crianças entre os 5 e os 7 anos, e entre os 8 e os 11 anos, tendo um valor de 2,5 €.

14 e 21 Jan teatro, quem és tu? Oficina sobre teatro

04 e 18 fEv À descoberta do teatro azul Oficina sobre o edifício

11 e 25 mar Cenografias de papel Oficina sobre cenografia

08 e 29 abr E fez-se luz! Oficina sobre luminotecnia

13 e 27 mai Ópera, opereta, música fora da gaveta! Oficina sobre ópera

07 e 21 out Pintar o Teatro Azul Oficina plástica

04 e 18 nov Histórias inventadas, histórias desgovernadas Oficina de criação de histórias

02 e 16 dEz As obras de arte pensam? Oficina de reflexão sobre arte e artistas

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atelier de tempos livres

2. SErviço dE infantário

O ATL do TMJB permanece aberto desde meia hora antes do início de cada espectáculo até ao final da sessão. Este serviço é gratuito.

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xxxxDe xxxxxxencenação De xxxx

xxx a xx Qua. a Sáb. às �1h | DoM. às 16h

Sala xxxxx | M/xx | Duração:

xxxxxxxxxxxxxxxxxxxx

Produtora (ciDaDe)co-ProDução: xxxxx

mEnu almoço 6€

Prato do dia + bebida + café

mEnu clubE dE amigoS 7.5 €

Pão + sopa + prato do dia + bebida + sobremesa + café

mEnu tEatro 14€

refeição Menu Jantar + Espectáculo CTa

mEnu Jantar 9€

Pão + sopa + prato do dia + bebida + sobremesa + café

Festas de convívio, aniversários e grupos

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preçárioProduçõES na Sala PrinciPal

clubE dE amigoS bilHEtEiramEmbro acomPanHantE adulto JovEm Sénior gruPoS

t E at r o

comPanHia dE tEatro dE almada – 6.50 € 13 € 6.50 € 6.50 € 6.50 €

fã 6.50 € �.10 € 13 € �.75 € �.75 € �.75 €

o caPucHinHo vErmElHo �.50 € 11.�0 € 17 € 1�.75 € 1�.75 € 1�.75 €

a noitE da iguana 6.50 € �.10 € 13 € �.75 € �.75 € �.75 €

d a n ç a

SPEak low if you SPEak lovE... �.50 € 11.�0 € 17 € 1�.75 € 1�.75 € 1�.75 €

antES quE matEm oS ElEfantES 7.50 € 10.50 € 15 € 11.�5 € 11.�5 € 11.�5 €

coEvoS 5 € 7 € 10 € 7.50 € 7.50 € 7.50 €

comPanHia nacional dE bailado 1�.50 € 17.50 € 25 € 1�.75 € 1�.75 € 1�.75 €

m ú S i c a

concErto dE ano novo 7.50 € 10.50 € 15 € 11.�5 € 11.�5 € 11.�5 €

orq. gulbEnkian / orq. gEração Entrada Gratuita

orq. Sinfónica PortuguESa 7.50 € 10.50 € 15 € 11.�5 € 11.�5 € 11.�5 €

la clEmEnza di tito 7.50 € 10.50 € 15 € 11.�5 € 11.�5 € 11.�5 €

dEolinda �.50 € 11.�0 € 17 € 1�.75 € 1�.75 € 1�.75 €

concErto dE PáScoa 7.50 € 10.50 € 15 € 11.�5 € 11.�5 € 11.�5 €

orquEStra gulbEnkian 7.50 € 10.50 € 15 € 11.�5 € 11.�5 € 11.�5 €

luíSa Sobral 7.50 € 10.50 € 15 € 11.�5 € 11.�5 € 11.�5 €

HéldEr moutinHo 7.50 € 10.50 € 15 € 11.�5 € 11.�5 € 11.�5 €

JorgE Palma �.50 € 11.�0 € 17 € 1�.75 € 1�.75 € 1�.75 €

ana moura 10 € 14 € 20 € 15 € 15 € 15 €

ProduçõES noutroS ESPaçoS

clubE dE amigoS bilHEtEiramEmbro acomPanHantE adulto JovEm Sénior gruPoS

ProduçõES cta – 5 € 10 € 5 € 5 € 5 €

ProduçõES acolHidaS 5 € 7 € 10 € 7.50 € 7.50 € 7.50 €

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vEnda dE bilHEtES E rESErvaSHorário da bilHEtEira

TERçA a SÁBADO das 14h30 às 22h30 DOMINGO das 14h30 às 19h30

Nos espectáculos acolhidos, as reservas são exclusivas para os membros do Clube de Amigos, e o levantamento dos bilhetes terá de ser feito até sete dias antes da sessão. As reservas são válidas durante 15 dias.

Nos espectáculos da Cta, as reservas dos bilhetes são respeitadas até 24h antes do início da sessão.

Os bilhetes adquiridos não são reembolsáveis.

contactoSmorada: Teatro Municipal Joaquim Benite | Av. Prof. Egas Moniz | 2804-503 Almada

tEl.: 21 273 93 60 | Fax: 21 273 93 67

E-mail: [email protected]

gPS: Latitude 38.676238, Longitude -9.160173

Sítio da comPanHia dE tEatro dE almada: www.ctalmada.pt

facEbook: www.facebook.com/TeatroMunicipalAlmada

cafEtaria E barO Bar do Teatro Municipal Joaquim Benite está aberto de Terça a Sábado, das 14h30 às 22h30, e Domingos, das 14h30 às 19h30, prolongando o período de funcionamento nos dias de espectáculo.

acESSo dE PESSoaS condicionadaSO TMJB está preparado para receber, nas suas salas, espectadores condicionados fisicamente, que tenham de deslocar-se em cadeiras de rodas.

inforMações úTeis

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Horários dos comboios(fertagus)lisboa (areeiro) >> PragalDias úteisEntre as 05H43 e a 01H28.Três últimos comboios às 23H58, 00H43 e 01H28.Sábados, Domingos e feriados Entre as 06H43 e as 00H43com intervalos de 30 minutos.

Pragal >> lisboaDias úteisEntre as 05H49 e as 00H59.Três últimos comboios às 22H59, 23H59 e 00H59.Sábados, Domingos e feriadosEntre as 05H49 e as 00H09com intervalos de 30 minutos.

Setúbal >> PragalDias úteisEntre as 05H48 e as 00H18.Três últimos comboios às 22H18, 23H18 e 00H18.Sábados, Domingos e feriadosEntre as 05H58 e as 22H58com intervalos de 1 hora.

Horários dosautocarros (tSt)carreira 152 – Pç.ª de Espanha / Pç.ª S. João baptista (almada)PARTIDAS DE LISBOA Todos os dias entre 06H30e as 00H45.

PARTIDAS DE ALMADATodos os dias entre 05H50e as 00H15.

carreira 160 – Pç.ª do areeiro / Pç.ª S. João baptistaPARTIDAS DE LISBOA Todos os dias entre as 07H00e as 21H30.

PARTIDAS DE ALMADA Todos os dias entre as 05H50e as 20H45.

carreira 176 – cidade universitária / Pç.ª S. João baptistaPARTIDAS DE LISBOADias úteisEntre as 08H10 e as 20H20.

PARTIDAS DE ALMADADias úteisEntre as 06H45 e as 19H30.

Horários dos barcos(Transtejo e Soflusa)Partidas do cais do SodréTodos os diasEntre as 05H35 e a 01H40.Três últimos barcos às 00H20, 01H00 e 01H40.

Partidas de cacilhasTodos os diasEntre as 05H20 e a 01H20.Três últimos barcos às 00H05, 00H40 e 01H20.

Pragal >> SetúbalDias úteisEntre as 06H00 e a 01H00.Três últimos comboios às 23H30,00H15 e 01H00 (último comboio à 01H45 entre Pragal e Coina).Sábados, Domingos e feriadosEntre as 07H00 e a 00H00com intervalos de 1 hora com destino a Setúbal e de 30 minutos com des-tino a Coina (último comboio à 01H00 entre Pragal e Coina).

Horário do metro (mtS)Todos os diasEntre as 05H00 e as 02H00.

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espeCTáCulos eM digressão

oS gatoSa partir de O livro dos gatos, de t. S. Eliot encenação de teresa gafeira

Old Possum’s Book of Practical Cats, de t. s. eliot, o mesmo livro que deu origem ao musical Cats, está na origem de um espectáculo que procura desven-dar a personalidade dos nossos amigos felinos. Dos gatos vadios aos gatos caseiros, todos são visados neste estudo poético e bem-humorado.

o barbeiro De SevilHaa partir da ópera de gioachino rossiniencenação e adaptação de teresa gafeira

Fígaro, o barbeiro mais conhecido de sevilha, ajuda lindoro a casar com rosina e a enganar D. Barto-lo, o tutor da donzela. A récita da mais célebre das óperas de rossini decorre num teatrinho de fanto-ches que reproduz, com precisão, a sala principal do TMJB.

D. rapoSa e outroS aniMaiSa partir das fábulas de la fontaine encenação de teresa gafeira

A cigarra, a formiga, a rã, o boi, o corvo e a raposa ladina são alguns dos protagonistas desta peça ba-seada nas fábulas de la Fontaine, que retrata per-sonagens do nosso dia-a-dia através de alegorias subtis.

o FantaSMa DaS MelanCiaSDe claeyssen, Espina e acuña encenação de teresa gafeira

São três as histórias que nos são contadas (sopa de pedras, O galo quer ter dentes e O fantasma das melancias) neste espectáculo colorido e divertido, que apela à interactividade entre as crianças e os actores.

o FeioDe marius von mayenburgencenação de Toni Cafiero

O feio descreve o drama de lette, um engenheiro que resolve recorrer à cirurgia plástica para progredir na carreira. o caso tem, no entanto, repercussões inesperadas que o transformam numa parábola moderna sobre o culto da imagem e a globalização.

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dIrecção rodrigo francisco,carlos galvão e teresa gafeiraassemBleIa-Geral maria laita, José carlos nascimento e Paulo mendesconselHo FIscal alfredo Sobreira e guilherme frazão

equipa do TMJB

dIrector artÍstIco rodrigo francisco dIrector FInanceIro carlos galvão consUltores técnIcos José carlos nascimento e Jean-guy lecat assessora JUrÍdIca maria de lurdes bessa monteiro dIrector técnIco guilherme frazão secretárIa da dIrecção ana Patrícia Santos dIrecção de prodUção Paulo mendes técnIcos antónio antunes, João martins, miguel laureano e Paulo Horta GUarda-roUpa rodica alexe e rosa Poeira dIrecção de cena João farraia Gestão FInanceIra Susana fernandes técnIca oFIcIal de contas Paula almeida contaBIlIdade Sofia Rodrigues edIçÕes ângela Pardelha comUnIcação miguel martins desIGn GráFIco João gaspar aUdIoVIsUaIs e sIte cristina antunes e Jorge freire FotoGraFIa rui carlos mateus serVIço de pÚBlIco carina verdasca, federica fiasca e Pedro walter serVIço edUcatIVo teresa gafeira e Joana manaças

BIlHeteIra Sofia Chora Bar isabel galvão restaUrante rosângela vervloet e diana antunes recepção tiago fernandes, fernando rafael e João brito lImpeZa valdmira neto e tatiana kazaeva

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Textos Ângela Pardelha rodrigo Francisco

Produção ana Patrícia Santos Miguel Martins

impressão Irisgráfica

Fotografias e imagens p. 10, 11, ��, �0, �1, ��, ��, ��, 5� © rui Carlos Mateus p. 1� © Pedro Calapez | p. 16 © João Tuna p. 1� © Philippe Carbonneaux | p. 1�, �� © Jorge Gonçalves p. �0 © Paulo Nogueira | p. �� © Maria Joana Figueiredo p. �� © José Frade | p. �5 © Mariana Silva p. �6 © Marta Pina | p. �7 Celeste Domingues p. 38 © Sofia Marques Ferreira p. �� © rui rodrigues | p. �� © Danny Willems p. �5 © Paulo Pimenta | p. �6 © Pedro Soares p. �7 © bruno Simão | p. 50, 56 © David rodrigues p. 51 © David alves | p. 5� © andré Carrilho p. 55, 5� © isabel Pinto | p. 5� © Pedro Ferreira p. 60 © Pauliana Valente Pimentel | p. 6� © Frederico Martins