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"Profissão: Engenheiro" encerra hoje na FEUP Decorre quatro dias na Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP) a iniciativa "Profissão: Engenhei- ro", que encerra hoje, sexta-feira, às 18h00. Com cerca de mil alunos inscritos, oriun- dos de 30 escolas, esta iniciativa tem como objectivo mostrar aos estudantes pré-uni- versitários quais as saídas profissionais pro- porcionadas aquando da escolha de um dos cursos superiores ali ministrados. Recorde-se que a FEUP regista habitu- almente taxas de empregabilidade muito altas: em 2006, e num total de 604 alunos formados, 92,4% obtiveram emprego até seis meses depois de terminarem o curso e 57,6% até um mês depois.

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Page 1: Profissão: Engenheiro encerra hoje na FEUP - sigarra.up.pt Letras ao vivo Concerto de Páscoa >Actuacão Orquestra do Porto comemora ... pretação da cantata n a 4, Christ lag in

"Profissão: Engenheiro"encerra hoje na FEUP

Decorre há quatro dias na Faculdadede Engenharia da Universidade do Porto

(FEUP) a iniciativa "Profissão: Engenhei-ro", que encerra hoje, sexta-feira, às 18h00.Com cerca de mil alunos inscritos, oriun-dos de 30 escolas, esta iniciativa tem como

objectivo mostrar aos estudantes pré-uni-versitários quais as saídas profissionais pro-

porcionadas aquando da escolha de umdos cursos superiores ali ministrados.

Recorde-se que a FEUP regista habitu-almente taxas de empregabilidade muitoaltas: em 2006, e num total de 604 alunos

formados, 92,4% obtiveram emprego atéseis meses depois de terminarem o curso e

57,6% até um mês depois.

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"Profissão: Enge-nheiro 11 é o títuloda sessão paraalunos do secun-dário que aFaculdade de En-genharia daUniversidade doPorto realiza nassuas instalações.

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*«A Orquestra Nacional do Portoe o Coral de Letras da Univerisi-dade do Porto realizam hoje o

Concerto de Páscoa, na Casa daMúsica, a partir das 21 horas.

Do programa, que será dirigi-do pela maestrina Joana Carnei-ro, constam duas obras: " Canta-ta n.° 4", "ChristlaginTodesßan-den", de Johann Sebastian Bache da "Sinfonia n.° 1 em Ré maior"

,

"Titã", de Gustav Mahler.A maior parte das cantatas de

Bach está associada a celebra-ções religiosas. A "Cantata n.° 4"

,

"Chnst lag in Todes Banden", foi

composta por Bach para assina-lar a Paixão de Cristo e centra-sena escuridão espiritual, na faltade esperança, no terror e na mor-te. Nesta obra também prevalecea crença na salvação e a ideia desofrimento para o triunfo da fé e

da esperança, simbolizadas namorte e na ressurreição de JesusCristo.

Na "Sinfonia n.° 1", de GustavMahler, "Titã", reaparece o temada morte. Na génese desta sinfo-nia está a alusão a sons de pássa-ros e a canções infantis. O tercei-ro andamento, baseado numaversão do popular "FrèreJacques" em ambiência de mar-cha fúnebre, é responsável porgrande parte da polémica em tor-no desta obra.

Os bilhetes custam 15 euros.n

Orquestra doPorto e Coral deLetras ao vivo

Concerto de Páscoa

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>Actuacão

Orquestra do Porto comemoraPáscoa com Bach e Mahler

A Orquestra Nacional do Por-to e o Coral de Letras da Uni-versidade do Porto sobem ao

palco da Casa da Música, estanoite, às 2ihoo, para em con-junto apresentarem o Con-certo de Páscoa. Nesta edição,o programa conta com a inter-pretação da cantata n a 4,Christ lag in Todes Banden,de Johann Bach, e da Sinfonian a 1 em ré maior Titã, de Gus-

tav Mahler. Na direcção doconcerto vai estar a jovemmaestra Joana Carneiro.

Paixão. A morte, ressurrei-ção e escuridão espiritual sãotemas centrais de ambas as

peças, sendo que a cantata deBach associa-se directamen-te às celebrações religiosas eassinala as comemorações daPaixão de Cristo.

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Parques do Grande Porto já sofrem com alterações climáticas

Ambiente e competitividadee|

No Parque Biológico e no Parque da Cidade são visíveis "efeitos das alterações climáticas"

Responsável da Junta Metropolitana fala de uma

acção política ambiental concertada e coordenada

no Grande Porto como garante da

competitividade económica e social. Rede de

Parques Naturais e Áreas Protegidas da região vai

em breve sair da gaveta.

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António Lar<;i 'iísa

A sustentabilidade ambiental, um dos

mais importantes parâmetros do conceito de

desenvolvimento sustentável, é na actuali-

dade um factor de competitividade das re-

giões, em especial das áreas metropolitanas,

e contribui para o seu desenvolvimento po-

lítico, económico e social. Esta foi uma das

ideias fortes que saiu do debate de quarta-

feira à noite no Porto sobre as cidades e as

alterações climáticas, onde se falou também

da importância do Metro do Porto para a

redução das emissões poluentes e do pro-

jecto de criação de uma rede de parques e

reservas naturais da AMP, que se arrasta

há várias décadas.

"Num espaço metropolitano, o equilí-

brio e a sustentabilidade ambiental são hoje

um pré-requisito de competitividade", con-

siderou Emídio Gomes, administrador exe-

cutivo da Junta Metropolitana do Porto

(JMP), um dos convidados da tertúlia pro-

movida no Café Ceuta pela associação

ambiental Campo Aberto. Para o responsá-

vel político, o cuidado ambiental traz tam-

bém benefícios para a qualidade de vida dos

cidadãos, dizendo que "falta uma acção po-

lítica concertada e coordenada a nível me-

tropolitano".

Resistir à pressão

O concentração populacional -na Grande Área Metropolitana do

Porto vivem 1,8 milhões de pessoas, mais

de metade do total da região Norte - cons-

titui também um problema face aos recur-

sos ilimitados, sendo a pressão e a concen-

tração demográfica "dramática e vai agra-

var-se" na região, sem sinal de que vai mu-

dar nos próximos cinco anos. Emídio Go-

mes, no entanto, falou também de uma ou-

tra pressão: "Temos que viver com esta pres-

são e com a ameaça de que se fecharmos

uma fábrica poluente passamos a ter menos

postos de trabalho e mais desemprego".

Efeitos à vista

Enquanto não avança o mega-pro-

jecto da Rede de parques da AMP [ver

caixa] , no Parque da Cidade (Porto) e no

Parque Biológico de Gaia começam a ser

visíveis os "efeitos nefastos das alterações

climáticas". "A fauna e a flora estão a dar

indicações de que algo de grave se passa",

e isso afere-se já, por exemplo, nas árvores

daqueles dois espaços verdes. Nuno Go-

mes Oliveira, director de muitos anos do

Parque Biológico e agora presidente do

conselho de administração da empresa cri-

ada para o gerir, demonstrou através de

fotografias e estudo técnicos que os mus-

gos das árvores estão a secar, abrindo ca-

minho à erosão dos solos, e anda que há

uma tendência para algumas aves e insec-

tos migrarem no sentido Norte do conti-

nente europeu, abandonando a Europa

mediterrânea, onde se inclui o nosso país.

Relativamente à alegada normalida-

de na pluviosidade no decorrer do último

ano, o responsável pelo parque de Gaia

mostrou-se surpreendido. "Tenho 50 anos

e começo agora a ver pela primeira vez um

Inverno a acabar e os ribeiros secos, e an-

da dizem que tem sido um Inverno nor-

mal", afirmou.

"Falta uma acção

política concertada e

coordenada"

A. SABER

Rede de Parquesa sair da gaveta

Nuno Gomes Oliveira,do Parque Biológico de

Gaia, deu o mote: a

AMP podia dar um

grande contributo à

fixação de carbono se

avançasse o projecto

integrado de parques da

região, abrangendo 3600

hectares de floresta, de

que se fala hl mais de 60

anos. Na resposta,Emídio Gomes revelou

que a Rede de ParquesNaturais e Áreas Protegi-das já foi aprovada pelas

14 autarquias da AMP e

que está a ser feito um

'esforço para relançar

este projecto", em que,

garantiu, estio a trabalhar

vinte académicos da

Universidade do Porto.

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GESTÃO

Carlos Pimenta, professorda FEP, afirma

"ECONOMIA SOMBRACORRESPONDE A 20%DO PIB NACIONAL'

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Carlos Pimenta, economista e professor da FEP, afirma

"Economia sombra corresponde

a 20% do PIB nacional"

A fraude económica corresponderá a 20% do PIB nacional, estima Carlos

Pimenta, economista e professor da primeira pós-graduação em Gestão da Fraude,

lançada pela Faculdade de Economia do Porto (FEP)

Segundo diz ainda este professor catedrático, é difícil quantificar e qualificar esta

"economia sombra", onde desde desvio de fundos a mecanismos de corrupção há

um pouco de tudo.

Vida Económica - Donde surgiu a ideia da criaçãodo curso Gestão de Fraude?

Carlos Pimenta - Em termos práticos, resultou de con-versas que fomos mantendo com pessoas que estudam,ou tem experiência académica, relacionada com questõesassociadas à economia não registada, ou economia parale-la, e com pessoas no terreno, ao nível das empresas, quetrabalhavam já em áreas próximas da gestão da fraude. Anossa primeira grande acção foi contactar uma associaçãoamericana com experiência nesta área, tendo-nos inclusivedeslocado aos EUA, para discutir possíveis apoios a este

curso, novo a nível europeu.Do mesmo modo, pretendíamos encontrar também em

Portugal outras instituições que poderiam ser parceirasneste processo e, nesse sentido, procurámos conjugar es-

forços mobilizando todos os professores que, por algumarazão, poderiam estar interessados em apostar nesta inicia-tiva, quer na Faculdade de Economia, quer nas áreas da

Criminologia da Faculdade de Direito ou de Comporta-mento Desviante do curso de Psicologia.

VE - Quais os objectivos e destinatários desta pós-graduação?

CP - Este é um curso de Pós-Graduação que, em termosacadémicos, é bastante exigente devido às suas 270 horas

num período relativamente curto. As aulas serão às sextasà tarde e aos sábados de manhã. Esta primeira pós-gradu-ação conta com 30 alunos, mas outras edições se seguirão,numa iniciativa que conta com a colaboração da escola

de formação profissional da Polícia Judiciária. Destina--se sobretudo a várias áreas disciplinares e não a uma em

concreto. Desde economistas e financeiros a psicólogos e

informáticos.O curso prepara para a certificação internacional em

Fraud Management, atribuída pela ACFE (Association ofCertified Fraud Examiners) mas o exame e a documenta-

ção é da responsabilidade daquela instituição, com sede nos

EUA.

VE - Existia uma real necessidade de formaçãopor colmatar?

CP - Sim, sem dúvida. Na Europa tem-se feito muito

pouco nesta área. Esta formação é a terceira a ser realizadaa nível europeísta. Países como Estados Unidos, Canadá,Austrália, Singapura, África do Sul e algumas iniciativasna Nigéria são aqueles que mais apostam neste tipo de for-

mação.Do ponto de vista institucional, a consciência é que, de-

pois da publicação das leis nos EUA, em 2002, que vieram

exigir uma série de práticas de prevenção e controlo da

fraude, a União Europeia, mais tarde ou mais cedo, teriade adoptar medidas similares simplesmente porque esta-

mos num mercado globalizado.

VE - Embora não existindo estatísticas, é verda-de que a fraude alastrou em Portugal nos últimosanos?

CP - Como não existem estatísticas, não é possível com-

parar ano a ano. Mas podemos dizer que, a partir dos anos

80, tem aumentado a economia não registada, à semelhançada Europa. O grande "boom" coincidiu com a entrada de di-

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nheiro da União Europeia. Cálculos feitos pela Organização

para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE)apontam que o país onde há menos economia sombra é nos

EUA, com 8,4%, e onde há mais é na Geórgia, com 68%.Portugal encontra-se com 21,9%. Os números apontam

para uma estabilidade nos últimos anos.VE - Que tipo de fraudes predominam a nível na-

cional?CP - E difícil quantificar e qualificar, mas desde desvio

de fundos a mecanismos de corrupção há um pouco detudo. Mas quem foi, que montantes envolveu, não sabe-

mos. Nos últimos anos, tem-se falado muito em Portugalde situações de falsificações de documentos, de corrupção,porquê? Esta aumentou em Portugal? Não me parece. Masexiste uma crise económica. E o que é que faz quem geral-mente está envolvido nestes processos? A fuga em frente,falsificar um documento, cobrir isto com uma operaçãofinanceira que foi fazer ali e acolá, chega a crise e não se

consegue manter mais esta situação, descobrem-se coisasde anos.

VE - Quais os seus custos económicos e sociais

para o país?CP - Sem estudos é difícil precisar, mas posso estimar

que a economia sombra corresponde aproximadamente a

20% do PIB nacional.

VE - É possível pôr termo à fraude? Ou irá a frau-de evoluir consoante os meios de detecção, procu-rando estar sempre um passo à frente?

CP - Sinceramente, não sei, só o tempo o dirá. Mas sei

uma coisa, os americanos começaram há 30 anos a inten-sificar este tipo de estudos, isto não é um mal da huma-nidade, mas sim que as sociedades construíram quando afelicidade passou a ser a riqueza. A partir daí, os valoreséticos alteraram-se.

FERNANDA SILVA [email protected]

"Na Europa tem-se feito muito pouco ao nível da formação na gestão da

faude", afrma Carlos Pimenta.

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Governo escolhe Matos Fernandespara liderar porto de Leixões

ADMINISTRAÇÃO PORTUÁRIA

Nelson Garrido/Publico

Matos Fernandes e Ricardo Fonseca 1 0 primeiro é "promovido" a líder da APDL, o segundo vai presidir à Metro do Porto.

Paulo Duarte

Actual vogal da APDL é o sucessorde Ricardo Fonseca, próximopresidente da Metro do Porto

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Rui Neves [email protected]

João Pedro Matos Fernandes, actual

vogal da Administração dos Portosdo Douro e Leixões (APDL), é onome escolhido pela tutela para su-ceder a Ricardo Fonseca na lideran-

ça desta autoridade portuária. OJornal de Negócios apurou ainda

que Brogueira Dias irá manter-se na

equipa, enquanto o terceiro elemen-

to será garantidamente uma mulher.

Matos Fernandes entrou para a

gestão do Porto de Leixões no iníciodo actual mandato, por convite pes-soal da secretária de Estado dos

Transportes, Ana Paula Vitorino.Próximo da tutela, é ainda vereador

socialista da Câmara Municipal doPorto. É tido como um gestor com-

petente e ambicioso.

Tem 40 anos de idade e licenciou-

se em Engenharia Civil pela Facul-dade de Engenharia da Universida-de do Porto. Trabalhou na comissão

de coordenação da região Norte(CCDRN) entre 1990 e 1995, ten-do nos dois anos seguintes sido ad-

junto do secretário de Estado dos

Recursos Naturais, e chefe de gabi-nete do secretário de Estado Adjun-to da ministra do Ambiente entre1997 e 1999. Antes de ingressar na

APDL, era administrador da empre-sa de consultoria Quaternaire. A as-

sembleia-geral da APDL, que vai

aprovar as contas de 2007 e eleger

os novos corpos sociais, deverá rea-lizar-se em Abril.

Já no próximo dia 25, será a vezde os accionistas da Metro do Por-to aprovarem a nova equipa do con-selho de administração da socieda-

de, que será presidida por RicardoFonseca. O Jornal de Negócios sabe

que, nos próximos dias, a tutela iráreunir com a Junta Metropolitanado Porto liderada por Rui Rio paraconsensualizar os restantes nomes

da futura equipa.Com o Estado central a tomar o

controlo do capital da Metro doPorto (60%), o conselho de admi-

nistração da sociedade será compos-to por sete membros, dos quais três

são executivos, incluindo o presiden-te. Este é indicado pelo accionista Es-

tado, assim como os restantes dois

vogais executivos, enquanto dos

quatro restantes um é indicado peloGoverno e três pelos autarcas.

OO Jornal de Negóciosapurou que BrogueiraDias irá manter-sena administraçãoda APDL, enquantoo terceiro elementoserá garantidamenteuma mulher.

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Dinheiros públicos financiam novoreforço de capitais da AerosolesOperação de 13,2 milhões realizada em Janeiro não foi suficiente

CALÇADO

Artur Duarte | "O grupo terá um reforço de capitais, através da InovCapital e, eventualmente, da Caixa Geral de Depósitos.Trata-se de dar continuidade à expansão da marca e concretizar uma operação que estamos actualmente a negociar".

Paulo Duarte

142Número de lojas Aerosoles no final de2007f ano em que o grupo abriu 37.

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Luisa Bessa [email protected]

Isabel Cristina Costa

[email protected]

Dois meses depois de ter realizadoum aumento de capital de 13,2 mi-lhões de euros, o maior grupo portu-guês de calçado precisa de novo re-

forço financeiro. A capital de risco pú-blica InovCapital vai reforçar a sua

participação no grupo Investvar Co-mercial (mais conhecido pelo nomeda rede de lojas Aerosoles) e está a ser

negociada a entrada do banco do Es-

tado, a Caixa Geral de Depósitos(CGD). O valor das operações está

em aberto, mas o Jornal de Negóciosapurou que estão em questão mais10 milhões de euros.

"O reforço da InovCapital estava

previsto desde o início. Não sei se vai

entrar a CGD, o que sei é que a AI-CEP [leia-se API Capital ] não entrade certeza", respondeu ao Jornal de

Negócios o fundador, presidente e

principal accionista individual da In-vestvar Comercial. Artur Duarte con-tinua zangado com Basílio Horta elembrou que o rompimento de umacordo de princípio o apanhou "to-talmente de surpresa" e, pioi; acabou

por prejudicar o grupo. Em questãoestá o atraso da API Capital em ne-

gociar o reforço da sua participaçãono capital, tendo acabado por nãosubscrever a operação. "Chegaram a

propor um empréstimo com garan-tias pessoais", criticou outra fonte.No entanto, a capital de risco da AI-CEP aceitou diferir a saída do capi-tal, prevista para o final de 2007.

"Queremos continuar a expandira rede de lojas, mas não só. Temos umnegócio em perspectiva... e os fundos

que existem não são suficientes para

aquilo que queremos fazer", conti-nuou. Artur Duarte disse ainda queo reforço de capital acontecerá den-

tro de dias, mas a Caixa escusou-se acomentar aspectos de negócio e a

InovCapital prometeu uma resposta

que não chegou até à hora de fechodesta edição.

Mais gestão profissionalNeste momento, com o negócio aatravessar uma fase difícil e depois de

ter perdido no passado recente gran-des contratos, como o da Marks &Spencer, a empresa precisa de refor-

çar a equipa de gestão."A Aerosoles cresceu demais para

a equipa de gestão que tem", diz umafonte, enquanto outra considera que"a empresa é'one man show"', numareferência ao seu presidente. Numconselho de administração de sete

membros, há três executivos - alémdo presidente Artur Duarte, tambémEmídio Barbeira e José Costa Pinto -e as capitais de risco, actualmentecom mais de 25%, querem reforçara gestão da Aerosoles, intenção queArtur Duarte nega.

Pela primeira vez, a Aerosoles temna estrutura de capitais três capitaisde risco. Além da Change Partners,também a API Capital, que herdou a

participação do FIEP - Fundo para a

Internacionalização das EmpresasPortuguesas -, e agora a Inovcapital,a principal subscritora do aumento

de capital a 8 de Janeiro. As capitais

de risco estão no conselho de admi-

nistração em cargos não executivos."A InovCapital investiu quatro mi-lhões de euros no grupo Investvar

para financiar o plano de expansãoda estrutura de retalho na Europa e

Médio Oriente. Está previsto que se

mantenha no capital até 2012 ", foia justificação do presidente da

InovCapital, Luís Filipe Costa, ao

JDN, há duas semanas.

Alguns dos problemas da Aeroso-les são a consequência da própria gé-nese do projecto - "nasceu, comomuitas empresas, a partir de um gru-po de amigos" - e do rápido cresci-

mento, tanto na área industrial comona área comercial, com a aposta namarca própria e na criação de uma

rede de lojas.A Aerosoles tem vindo a desenvol-

ver um forte plano de expansão, masteve que travar o processo depois da

"guerra"comaAlCEP.Com 142 lo-

jas Aerosoles, o grupo de Esmoriz

(Ovar) quer atingir as 300 até 201 1.

Ou seja, há aqui um atraso de cercadois anos relativamente ao previsto.

O exercício transacto foi "um ano

particularmente difícil". O grupoapurou um volume de negócios acu-mulado de 1 15 milhões de euros e

um prejuízo de 1,5 milhões de euros.Com cerca de 1.500 trabalhadoresdirectos, a Aerosoles possui, além doretalho, um forte peso industrial,com

quatro fábricas em Portugal, duas naíndia e uma na Roménia.

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Maior grupo portuguêsde calçado nasceu há 20 anos

©O grupo Investvar nasceu em 1985 com a Sonivar, que comercializava com-

ponentes para calçado. Em 1987, o fundador e actual presidente do gru-po, Artur Duarte, fundou a DCB para produzir sapatos segundo um sistema de

construção até aí nunca utilizado no fabrico de calçado em pele, chamado "sti-tched & turned". A produção inicial era comercializada pela norte-americanaWhafs What Inc., que mais tarde viria a criar a marca Aerosoles. Em 1992, com

quatro empresas industriais, Artur Duarte negociou com a casa-mãe Aerosoles,sediada em New Jersey, a licença de comercialização exclusiva da marca para aEuropa, África e Médio Oriente. Em 1998, constitui a Aeroshoes para implemen-tar e gerir a cadeia de lojas Aerosoles. No projecto entrou o FIEP - Fundo para ainternacionalização das Empresas Portuguesas, que, numa primeira fase, tinha40% da Aeroshoes. Em 2000, a Aerosoles já estava em Paris, Amsterdão, Ma-drid e Lisboa.

103% 8,5% 7,7%Change Inov APIPartners Capital CapitalEm Janeiro, A breve prazo, Herançaa capital a capital de do FIEP,de risco reforçou risco pública Fundoa posição na irá reforçar paraempresa com a sua posição internacionalização750 mil euros. íia investvar. das Empresas.

[ PERFIL ]

O Artur DuarteFundador/presidente

Nasceu há 50 anos, em Ovar, é

economista, casado, tem dois filhos.Era consultor de empresas mesmo

quando ainda estudava, tendo

obtido, em 1980, a licenciatura pelaFaculdade de Economia do Porto.Em 1985, entra no calçado e começaa construir o maior grupoportuguês do sector. Artur Duarte é

um puro "workaholic", incluindomuitos fins-de-semana. Passa amaior parte do tempo a viajar, porforça do acelerado ritmo de

expansão da cadeia de lojasAerosoles. Faz questão de controlara gestão do grupo, apesar de ser

um só. Férias, apenas no Verão,

quando ruma ao Algarve, onde

gosta de conduzir... o seu barco.

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MúsicaPorto

BazaarCais das Pedras, 13 T. 226062113

Double on Fire+Sininho+Toni Jarvis Às23h00Casa da Cultura de ParanhosLg. do Campo Lindo, 7 T. 225507676Coral dos Professores do Porto Às 22h00Casa da MúsicaPç. Mouzinho de Albuquerque. T.

220120220Coral de Letras da Universidade doPorto+Orquestra Nacional do Porto Às21h00. Sala Suggia.Twisted Charm+ThinkFreak+VitalicÀs 23h30. Na Sala 2. Clubbing. Bar: DJ Set

Nightmoves e Bitchee Bitchee Va Va Ya.Cibermúsica: Manuel Mota, MargaridaGarcia, Pedro Gomes, David Maranha.Corredor Nascente: Vou Should Go Ahead,Murdering Tripping Blues. Sala Roxa:Álvaro Costa.Clube Literário (Piano-Bar)R. Nova da Alfândega, 22. T. 222089228

Audição de Páscoa: Ciência dos Sons Às23h00Eira AssociaçãoR. Chã, 127. T. 938612863Comemelinhos Às 24h00Espaço Serv'ArtesR. Constituição, 2105 r/c. T. 228311048ACP Trio+José Luís Rego Às 23h00Fábrica do SomAv. de Rodrigues de Freitas, 27. T.

967644204Familea Miranda+Duas Semi-ColcheiasInvertidas Às 22h30Hot Five Jazz & Blues ClubLg. de Actor Dias, 51. T. 967543980TalkßoxÀs23hooIgreja de Aldoar

AldoarCoro Gregoriano de Paris (Voix deFemmes) Às 21h30. Concertos de Páscoa.IndústriaAv. Brasil, 843 AR T. 226176806Trojan Soundsystem+Earl Gatesheadfeat. Chucky Banton+Superf our+Clandestino+Jah Vibration Às 24h00PitchclubR. de Passos Manuel, 34/38. T. 222012349Freshkitos+Marcos Tavares Às 23h00Plano BR. de Cândido dos Reis, 30. T. 222012500Sean Riley & The Slowriders+TheBitch Boys+The Bastards Às 23h00.Apresentação de "Farewell".Porto-RioR. do Ouro (Barco Gandufe) T. 917871912

Wolfbrigade+Freedoom+Cabeçade Martelo+Dokuga+DJ Quisto vsAli+Rodas Às 22h00TrintaeumR. do Passeio Alegre, 564. T. 226107567Rainer Truby+Subway+RuiTrintaeum Às 23h00. Root Down.Twin'sR. do Passeio Alegre, 1000 (Foz do Douro)T. 226165000DJPaulDayÀs24hooTorre dos ClérigosR. dos ClérigosAbel Chaves (carrilhão) Às 17h00.Concertos de Páscoa.

UptownR. doßreiner, 59. T. 225021360Funky Town Às 23h00VogueAv. Fontes Pereira de MeloTimoMaasÀs24hoo

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MINHO | BOLONHA

A Universidade do Minho es-

pera, há dois anos, que o Go-verno defina os critérios utili-

zados na avaliação para a

adequação do curso de En-

genharia Civil ao Processode Bolonha, garante fonteuniversitária.

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Ensino superior. Antigo reitor ainda acredita no futuro da instituição

José Júlio Gonçalves querdar aulas de graça na Moderna

Decisão da Relação podeobrigar universidade aaceitar ex-cooperadores

PEDRO SOUSA TAVARES

O primeiro director da Dinensino e

reitor da Universidade Moderna Jo-sé Júlio Gonçalves confirmou ontemao DN que pretende regressar à ins-

tituição. Parajá, apenas como pro-fessor, mas sem afastar uma partici-pação futura em cargos de chefia.

Na origem da decisão está umacórdão do Tribunal da Relação de

Lisboa, de Fevereiro deste ano, queconsiderou ilegal o afastamento de

um antigo cooperador pela direcçãode Hamady Diall. Uma sentença que,caso a Moderna não vença um even-tual recurso ao Supremo Tribunal,pode fazer jurisprudência, e obrigara instituição a aceitar de volta deze-nas de cooperadores afastados nas

mesmas condições. Entre eles , o pa-triarca da família Gonçalves.

"Fui afastado de cooperador em

2005 com o mesmo tipo de ofício,não com a actual direcção mas com a

anterior", contou ao DN. "No meucaso foi mais grave, porque disseram

que eu não tinha sido fundador dauniversidade (ver texto nesta página)".

José Júlio Gonçalves, substituído

por João de Deus Pinheiro como rei-tor da Moderna, em 2000, foi um dos

treze arguidos do caso que abalou a

universidade, tendo sido acusado demais de duas dezenas de crimes. Po-

rém, nunca aceitou a saída da insti-

tuição, à qual tentou voltar, quando,em 2005, o Supremo Tribunal de

Justiça o inocentou definitivamentede todas as acusações.

"Assim que fui absolvido apresen-tei-me ao serviço, mas não me deixa-ram continuar, apesar de estar con-vencionado que daria aulas de graça.Nunca recebi como professor,", sub-

linhou o antigo reitor, que esperaagora entender-se com a nova direc-

ção da Dinensino. "Voltarei a dar au-

las gratuitamente", frisou, "até por-que não há condições para pagar aos

professores".José Júlio Gonçalves lembrou a

antiga grandeza da instituição -"foia maior privada do

país, com 12 mil alu-nos" - e considerou

que, apesar das difi-

culdades que atra-vessa, esta "ainda é

recuperável, porquem a saiba recuperar". Para já, garantiu estar apenas disponível paradar aulas. Mas não excluiu outros de-

safios: Estou pronto a dar uma ajudasubstancial à universidade e ainda te-

nho gente que trabalhará comigo".

Ex-professor pede um milhãoOrlando Romano, o professor cujavitória na Relação poderá abrir o ca-

minho ao regresso à Dinensino de

muitos ex-cooperadores, deixou a

universidade em 1998, invocando sa-

lários em atraso, e, desde então, se-

gundo o seu advogado, José Ferreira

Araújo, terá acumulado vencimen-tos em atraso e subsídios "da ordemdo milhão de euros", que serão agoraexigidos em tribunal.

O professor,que era o "deca-no" da universida-de à altura da sua

rescisão, viria de-

pois a ser afastado

de cooperadorpela direcção da Dinensino, que in-vocou o facto de este estar há mais de

um ano sem dar aulas. Mas a Relaçãoconsiderou essa decisão inválida,porque deveria ter sido tomada emassembleia geral após abertura de

um processo.Um eventual erro que, apurou o

DN junto de outras fontes, terá sido

cometido com a maioria dos cerca de

91 cooperadores que deixaram a ins-

tituição nos últimos anos. O DN con-

tactou a Dinensino, mas não foi pos-sível obter uma reacção, iEx-reitor foi umdos 13 arguidosno processo

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Fundador da Dinensino pronto a dar "ajuda substancial" à instituição

0 fundador da Dinensino que nunca o foi no papelSegundo os estatutos da

Dinensino, os cooperadoresfundadores não podem ser

afastados, José Júlio

Gonçalves, reconhecido

como o "pai" da Moderna

viria no entantoaserafas-tado pela instituição por-

que, ao contrário dos seus

filhos, nunca teve o nome

inscrito na certidão quedeu origem à cooperativa.Um facto que, apurou o DN,

seficouadeverapenasa

uma questão de gestão das

assinaturas -a partir de 14

fundadores a taxa a pagarseria maior- mas que aca-

bou por ser invocado em

2005 pela instituição paranão o aceitar de volta.

Paradoxalmente, José

Braga Gonçalves, filho do

antigo reitor e o único

arguido condenado no caso

Moderna - foi libertado em

2005 ao fim de quatro anos

de detenção- nunca dei-

xou de ser cooperador da

Dinensino, por estar prote-

gido pelo estatuto defun-dador, Pelos mesmos moti-

vos, vários elementos da

família Bélard, que recen-

temente venceu uma

acção na Justiça em que

exigia2,s milhõesde euros

à instituição, continuam a

constar da sua lista de coo-

peradores. Nos últimos

anos da presidência de

HamadyDiall na Dinensino,

cerca de 91 cooperadoresdeixaram a instituição, bai-

xando o contingente total

de2osparaosactuais!l4.Perto de duas dezenas per-tenciam ao Pólo do Porto,

vendidoàUniversidader

Lusófona; um cooperadorfaleceu; mas restará mais

de meia centena cujo afas-

tamento terá sido feito em

moldes que o Tribunal da

Relação veio agora consi-

derar inválidos.

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AVERIGUAÇÃOÀ SAGESFIAVANÇA EM BREVE

Dinensino pôs professor do

Técnico à frente de equipa

que vai investigar Pólo de Beja

A Dinensino encarregou JorgeVasconcelos e Sá, professor cate-drático da Universidade Técnicade Lisboa, de chefiar a "Comissão

Independente de Inquérito" quevai averiguar as alegadas ilegali-dades cometidas no pólo de Bejada instituição, gerido há vários

anos pela empresa sagesfi, lidera-da por Chambel Vieira. Além de terestabelecido uma parceria com o

sindicato dos Engenheiros para a

atribuição acelerada de graus de

licenciado, num modelo que a tu-tela já considerou "manifesta-mente ilegal", a Sagesfi terá acei-

te matrículas de alunos no primie-ro ano de Direito. Uma situaçãoque vai contra as ordens do Minis-

tério do Ensino Superior, que proi-biu a Moderna de aceitar novasmatrículas enquanto decorre um

processo de averiguação que po-derá resultar, tal como sucedeu

com a Universidade Independente,no encerramento compulsivo da

instituição.

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"Falta deemprego" afastacientistasde Portugal

• Quase metade dos investigadoresportugueses (45 por cento) que traba-lham no estrangeiro afirmam que nãotencionam voltar a Portugal a médio

prazo devido à "falta de oportunida-des de emprego" e de "progressão nacarreira", revela um estudo do Institu-to de Ciências Sociais (ICS) realizadopela socióloga Ana Delicado.

A investigação refere que apenas43 por cento dos 521 inquiridos, namaioria estudantes de doutoramen-to, tenciona regressar a Portugal, para"contribuir para o desenvolvimentodo sistema científico e do país", por"razões familiares" e pela "qualidadedevida".

Em reacção aos resultados des-te estudo, o investigador AntónioCoutinho, director do Instituto Gul-benkian de Ciência, considera erradaa imagem negativa que muitos inves-

tigadores portugueses no estrangeirotêm do sistema científico nacional. Em

declarações à Lusa, referiu que os

portugueses que estão no estrangei-ro "têm uma ideia muito má da situa-

/l I 'Pi/ Quase/ \s~^\J/ metade dos) / ÍJ investigadores

portugueses quetrabalham noestrangeiro nãotencionam voltara Portugal

ção actual em Portugal e acham queas coisas estão a um nível diferente do

que de facto estão". "Há muita falta de

informação, mas posso garantir queos melhores estão a voltar, principal-mente os jovens", disse.

Outra das conclusões deste estudoé a tendência dos investigadores paraescolherem países como os EstadosUnidos da América ou o Reino Unido

para estudar e trabalhar. Uma escolha

explicada pelo facto de esses paísesoferecerem mais recursos financeirose terem instituições mais prestigiadas.Além disso, são também os países cujalíngua é falada por um maior númerode pessoas.

Especialista em Sociologia daCiência, Ana Delicado é doutoradapelo Instituto de Ciências Sociais daUniversidade de Lisboa e é co-autorada obra Os Portugueses e os Novos Ris-

cos, que será editada em breve pelaImprensa de Ciências Sociais. P.T.C.

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Europa passa a ter Instituto de Inovaçãoe Tecnologia

O Parlamento Eu-

ropeu aprovou a

criação do Ins-tituto Europeu de Ino-vação e Tecnologia. Será

composto por instituiçõesque integram uma redede entidades de conhe-cimento e inovação. Oseu objectivo passa pelodesenvolvimento de pro-jectos estratégicos, com

destaque para o ambientee a energia renovável.

O orçamento previsto é

de 2,4 mil milhões de eu-ros, para os seis primeirosanos de funcionamento,

dos quais mais de 305 mi-lhões vêm da União Euro-

peia. O referido institutovai apoiar a inovação, ao

mesmo tempo que tornarámais operacional o com-plexo e lento sistema de

patentes. De facto, nesteúltimo caso, o próprioprocesso é responsávelpelo facto de na Europahaver 30% menos paten-tes do que nos EUA.

A instituição, que ain-da não tem sede definida,será constituída por umconselho de administra-ção que terá como função

seleccionar as entidadesde ensino superior, os

centros de investigação, as

empresas e outras organiza-

O objectivodo Institutoé desenvolver

projectos

estratégicos

ções. Qualquer organismo

que queira participar numacomunidade de conheci-

mento e inovação terá queincluir, no mínimo, umainstituição de educação su-

perior e uma empresa pri-vada.

Trata-se de dar respostaaos desafios na áreas climá-tica, da energia renovávele da próxima geração de

tecnologias da comunica-

ção e da informação. No

prazo de ano e meio serãoseleccionadas duas a trêscomunidades de conhe-cimento e inovação, nosentido de garantir uma

resposta mais adequadaaos referidos desafios.

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Sementes de ciênciapremeiam mulheres

Distinção. Jornal 'online' 'Ciência

Hoje' atribui, pela primeira vez,os prémios Seeds of Science

Rosália Vargas, Maria Manuel Mota e MónicaBettencourt-Dias recebem hoje, no Casino Pe-

ninsular, Figueira da Foz, os prémios Seeds ofScience atribuídos, pela primeira vez, pelo jor-nal online Ciência Hoje. Reconhecendo o papeldas mulheres na actividade científica, os pri-meiros Seeds distinguem duas investigadorese a vereadora da Cultura e Educação da Câma-ra de Lisboa, Rosália Vargas, pelo seu "empe-nho no desenvolvimento da ciência em Portu-gal", essencialmente através do programa Ciên-cia Viva. A "qualidade e relevância do trabalhode investigação em malária" e "a actividade àfrente da Associação Viver Ciência" são as ra-zões para a distinção de Maria Manuel Mota,enquanto "a actividade científica" de MónicaBettencourt-Dias justifica a sua distinção. Asessão contará com a presença do ministro daCiência, Mariano Gago. i- J.F.

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FARMACOSBIOLÓGICOSDez investigadores portugueses,

todos doutorados, estão a pre-

parar novos tratamentos biológi-

cos para várias doenças numa

empresa que criaram há dois anos

e que já despertou a atenção da

indústria farmacêutica. Um des-

ses cientistas, João Gonçalves,

disse, citado pela agência Lusa,

que a Technophage obteve in-

vestimentos que lhe permitirão

lançar dentro de dois a três anos

fármacos pré-clínicos, para tes-

tes em animais, tendo em vista

patologias nas áreas da oncolo-

gia, doenças inflamatórias e trom-

bose. João Gonçalves, que é tam-

bém professor de Imunologia e

Biotecnologia na Faculdade de

Farmácia e investigador no Insti-

tuto de Medicina Molecular da Fa-

culdade de Medicina da Univer-

sidade de Lisboa, participa hoje

no Hospital de Santa Maria (Edi-

fício Egas Moniz), numa sessão

pública dedicada às terapias bio-

lógicas. Na reunião, em que se dis-

cutira a terapia biológica desde

a investigação à aplicação clíni-

ca, participam também outros

dois especialistas, Carlos Barbas,

um cientista norte-amerícano pio-

neiro na engenharia de anticor-

pos, e André Groenewegen, vice-

presidente da área de novos

produtos da empresa farmacêu-

tica UCB Pharma.

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ENTREVISTA COM JOÃO PROENÇA:

"Não vou

à manifestação do

Porto porque não é

um comício normal"

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JOÃO PROENÇA, SECRETARIO-GERAL DA UGT

"O Governo tem quesaber ouvir e ler"

O secretário-geral da UGT, João Proença não vai

estar amanhã na manifestação do Porto, de apoio ao

Governo. "Se a manifestação de Lisboa dos professores

teve inicialmente dimensões político partidárias, que

me levaram a não estar lá, é evidente que, também o

comício do Porto, não é um comício normal", diz o

líder sindical. Sobre a ministra da Educação, João

Proença adianta que Maria de Lurdes Rodrigues

"tentou fazer uma política de ataque generalizado aos

professores". Sobre acção global do executivo, o

secretário-geral da UGT refere que "o Governo tem

que saber ouvir e ler".

DUARTE ALBUQUERQUE CARREIRA*

Em sua opinião qual a dimensão da crise que se vive

hoje na educação?

Bem, diria que hoje há um grande descon-

tentamento em termo dos trabalhadores da

administração pública em geral, e particu-larmente na área dos professores. Também

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guimento do congresso da CGTP, no qua-dro de uma luta contra o governo.

Em termos políticos concorda com Luís Filipe Menezes,

quando este diz que a manifestação dos professores

foi o " bloqueio da ponte" de José Sócrates?

É uma análise político-partidária que não meinteressa comentar.

Mas concorda, é adepto desta ideia. Poderá ter sido o

início do ciclo descendente do governo?

Não comento! Essa é uma questão políticopartidária. O debate político partidário em

curso, essa compete aos partidos políticos.O que eu digo é que o governo tem que lerclaramente esta manifestação, como um si-

nal claro do grande descontentamento de

certos tipos de classes profissional. Como eu

digo, o governo tem que saber ouvir e ler, esaber que de facto é fundamental haver po-líticas, que façam com que os trabalhadores,

que foram as principais vitimas, durante os

últimos dois anos, de uma política de com-bate ao défice, que sofreram bastante a po-lítica, agora possam beneficiar alguma coi-sa. Isso passa, não só por o governo dialogar,como definir novas prioridades, fazendocom que o défice orçamental do estado se-

ja um objectivo, e não uma obsessão, comoactualmente é. E que a prioridade tem queser, como aliás, o Primeiro-Ministro deferiu

no final do ano, o combate ao desemprego"então tem que haver medidas concretas aocombate ao desemprego.

Tem havido essas medidas concretas?

Não. Eu acho que continua a prioridade ao

combate défice. Prioridade ao combate ao

desemprego, significa prioridade ao cresci-

mento e nós não sentimos a prioridade ao

crescimento.

Criação de emprego

Eu diria que neste momento, o governo não

cria propriamente emprego, como todossabemos o governo não cria empregos. Tem

que dinamizar o crescimento económico e

tem que por ca fora as medidas de políticaactiva de emprego. O crescimento econó-

mico, acho que tem sido um pouco adiado,como digo, há sinais que poderá ser dinami-zado o investimento público no privado,mas não há ainda resultados recorrentes.

Ao contrário, o resultado é, o défice é hojede défice é o 2 % e queremos chegar ao 2,4%daqui a dois ou três anos quer dizer, em vezde dizer hoje há uma situação ao nacional e

internacional de crise económica, Portugaltem que respeitando o rigor orçamental,respeitando um grande objectivo de conti-nuar a reduzir o défice, mas também tem quetomar medidas que matam) a crise que pro-mova o crescimento para nos é basicamen-

te por dois tipos.

Foi, por exemplo, uma diminuição do IVA a curto pra-

zo?

Acho que neste momento, a questão centraldos impostos em Portugal esta no IVA e oIRS. O IVA tem um problema que é sério,

por um lado o IVA está a financiar parte da

segurança social, e por tanto esse financia-

mento, senão vier por uma via, tem que vir

por outra. Segundo, o IVA infelizmente, as

actividades especulativas que fazem dimi-nuem com que o IVA e não diminuem os

preços, \feja como se passou nos ginásios, ain-

da não diminui 2%. De 21% para cima 16 %e os preço não diminuíram, quer dizer só is-

so mais não diminuir o IVA . Só faz senti-dos diminuir o IVA para ter um efeito po-sitivo para as famílias sobre a inflação, porqueate neste momento a pressões inflacionista

que há de ter atenção.

Falou na administração publica, o governo pretendefazer um corte de milhões de Euros no orçamento da

administração, maioritariamente de despeças de pes-

soal para 2008, isto significa o que? Mais despedimen-

tos?

Bem, não tem havido propriamente despe-dimentos da administração pública, tem ha-vido redução de efectivos, que são dois con-ceitos complemente diferentes. Portanto o

nos que dizemos é que este ano e sobretu-do para o ano tem que ser claramente o anodo aumento de salário. Este ano o governotinha se comprometido a dizer que este ano

não haveria do perda de compra, já todos

compreendemos que não é verdade. O pro-blema das carreiras, e o problema de uma ne-

gociação salarial séria que, assegura aos tra-balhadores da administração pública umaumento de salários para o ano, são temascentrais.0 livro branco do código de trabalho vem introduzir fle-

xigurança em Portugal?

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Vamos separar duas coisas. Uma é o códigode trabalho, a revisão do código do trabalho,a outra é flexigurança. Vamos à revisão do có-

digo de trabalho e às prioridades centrais da

UGT. As prioridades centrais da UGT na re-visão do código de trabalho são o reforço da

administração colectiva, o combate à preca-riedade e o respeito pela lei e pelos acordos,

ou seja, o estado de direito. São três concei-

tos centrais.E o governo tem seguido esses conceitos?

O que está em causa é que o governo em

Março tem que apresentar o seu projecto.E o que nós dizemos ao governo é, primei-ro, o último código de trabalho favorecia cla-

ramente os empregadores, logo este códigode trabalho tem que reintroduzir um equi-libro nas relações laborais. Segundo dizemos

os grandes objectivos, tanta negociação co-

lectiva, combate a precariedade e estado de

direito. Deve ser um quadro de discussão

também relativamente às empresas, exigi-mos claramente que seja respeitado um qua-dro confessional, de proibição do despedi-mento sem justa causa.

Segunda questão, que de facto a adaptabi-lidade das condições de trabalho, seia fei-ta por via da administração colectiva. Aadaptabilidade é a flexibilidade negociada.

Flexigurança é a legislação do trabalho,mas também são políticas activas de em-

prego, são medidas de protecção social,mas é também tudo aquilo que promove a

empregabilidade, portanto a legislação dotrabalho é uma pequena componente da fle-

xigurança.0 Governo tem sido sensível a essas questões?

A ver vamos, em termos às vezes do discur-

so sim, nomeadamente, o ministro do Tra-balho tem falado muito em adaptabilidade,mas vamos ver é nas propostas em concre-

to, são essas que queremos ver. Se o que es-

tá em causa é a promoção da negociaçãocolectiva, ou o que está em causa é digamosuma imposição pelos empregadores indivi-dualmente aos trabalhadores. E em termosda adaptabilidade dos horários de trabalho,a flexibilidade individual e não a adaptabi-lidade.

0 senhor já está há treze anos na liderança da UCT,

mantém a intenção de abandonar a central sindical no

final deste ano?

Gostaria de abandonar no próximo con-

gresso, se há ou não condições para abando-

nar, a ver vamos. Mas eu diria que os dirigen-tes sindicais não se deviam eternizar. Nãoestou minimamente agarrado ao lugar, gos-taria eventualmente que houvesse mais re-

novação. Tem havido renovação, e tem ha-vido promoção da igualdade.

E o que vai fazer depois de sair da UGT?

Não estou preocupado. Não vou para a re-forma, continuarei a trabalhar. As perspec-tivas profissionais poderão ser varias.

Mas regressará actividade político partidária. ..regres-

sar ao INETI.

O INETI foi um organismo extinto, é evi-dente que nlo é aos 63 anos e depois de uma

interrupção. Digamos, eu no INETI foi umestudante universitário, e depois fui inves-

tigador. E portanto, voltar de novo ao tra-balho de investigador era extremamente di-fícil. Voltar à carreira docente é

extremamente difícil, mas haverá outras

possibilidades.

Actividade político partidária parece-lhe aliciante?

A ver vamos, também não é por ai que es-

tou muito virado.

Por exemplo 2009, será um ano de muitos desafios elei-

torais, se o seu partido o desafiasse para o combate

político aceitaria? Não lhe parece um desafio alician-

te?

Não, não é que não seja um desafio alician-

te. É evidente que se em 2009 já não for se-

cretário-geral da UGT, estarei disponível

para assumir combates, incluindo políticopartidário. Mas se em 2009 estiver em qual-quer ordem da UGT, é evidente que nãoestarei disponível para assumir combates

partidários, nomeadamente candidato ás

eleições legislativas ou europeias.

A UGT vai participar na celebração dos três anos do

governo no comício do Porto?

A UGT nunca participará, e eu próprio tam-bém não.

Pode apontar alguma razão para não ir?

Pela mesma razão que não estive na mani-

festação em Lisboa. Parece-me que é umacontramanifestação à manifestação de Lis-boa Se a manifestação de Lisboa teve inicial-

mente dimensões político-partidárias, que

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me levaram a não estar lá, é evidente que,também o comício do Porto, não é um co-

mício normal. Já estive em muitos comí-cios do PS, e orgulho-me de lá ter estado, e

em muitas manifestações do PS, mas este co-

mício, tomou, em certa medida, a dimensãode uma contramanifestaçáo, e João Proen-

ça não seria visto como um militante do

partido, seria visto como secretário-geralda UGT, e acho que é indesejável que o se-

cretário-geral da UGT esteja presente.

Mas, em seu entender, o que é que o PS pretende mos-

trar com este comício?

Com certeza que pretenderá expor as polí-ticas, e, eventualmente, também, apresen-tar alguns sinais relativamente ao futuro.

Espero que esses sinais correspondam às

preocupações do movimento sindical.

Há pouco falou de renovação no sindicalismo, desig-

nadamente ao nível de secretários-gerais de centrais

sindicais. Como viu a reeleição de Carvalho da Silva à

frente da CCTP?

Como normal. Digamos, o último congres-so da CGTP foi uma grande manifestaçãode domínio total de um partido político,sobre uma central sindical.

A tendência comunista saiu reforçada...

A tendência comunista saiu muito reforça-da, não em termos quantitativos, essa não é

necessária, porque já existe, sempre exis-tiu. O domínio não foi sindicalista comunis-

ta, foi do partido comunista. É evidente

que tentaram correr com Carvalho da Silva,e felizmente nesse aspecto houve capaci-dade de resistência.

A tendência comunista?

O partido comunista. Tinha candidato alter-

nativo, tinha tudo, tentou tudo para corrercom ele. Digamos o próprio Carvalho da

Silva, disse que não se revia nos documen-tos aprovados e na estratégia. Vai lideraruma central sindical, que quer em termos in-

ternacionais, quer em termos estratégicos,

aparentemente, não é a que ele apoiaria,mas soube resistir a essa imposição do par-tido comunista, é positivo.

0 Partido Socialista não quer correr, desculpe-me a ex-

pressão, com João Proença da UGT?

Bem, eu diria que em termos de UGT , nós

temos sempre um grande clima de intran-

quilidade nas relações com o PS e o PSD.Portanto quando o PS e o PSD, que são nor-malmente os partidos em alternância de-

mocrática, quando um desses partidos está

no governo, acham que nós devíamos apoia-lo, manifestarmo-nos, fazer acordos e nun-ca fazer greve. Quando esse partido está na

oposição, acha que nós devíamos contestartotalmente. Portanto o que nós temos fei-to com todos os governos, independente-mente dos partidos, são greves e temos fei-tos acordos. O que significa que os

sindicalistas, quer socialistas, quer sociais-

democratas, por vezes, são vistos com algu-ma desconfiança, pelos seus partidos. Alas

uma questão é a desconfiança, outra ques-tão totalmente diferente é justamente a

questão das pressões.

Mas tem sentido essas pressões do aparelho socialis-

ta, de tentar calar a UCT, e o seu secretário-geral?

Pressões existem sempre, pressões até no as-

pecto de declarações públicas, de dirigentes,etc. As pressões fazem parte da vida politi-ca e sindical. Os sindicatos fazem pressões,fazem greves para fazer pressões. Portantoas pressões existem, o que nunca senti foi da

parte do PS, ou do PSD, tentativas de imporà UGT Unhas de orientação. |

*Com Mariana Moreira

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