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PROF:FÁBIO SANTANA/JOÃO GUILHERME. /EDEVALDO. Disciplina: HISTÓRIA. ANO/SÉRIE.7ANO. A.B.C.D.E. Nº CHAMADA____________. Número de aulas.8. 4aulas na semana. Período: RECUPERAÇÃO RESPONSAVEL________________________________________________ TEMAS PARA ESTUDOS. A organização do poder e as dinâmicas do mundo colonial americano. Humanismos, Renascimentos e o Novo Mundo. OBETOS DO CONHECIMENTO. A formação e o funcionamento das monarquias europeias: a lógica da centralização política e os conflitos na Europa. As descobertas científicas e a Expansão Marítima. Humanismos: uma nova visão de ser humano e de mundo Renascimentos artísticos e culturais. Reformas religiosas: a cristandade fragmentada. HABILIDADES. EF07HI12 Identificar a distribuição territorial da população brasileira em diferentes épocas, considerando a diversidade étnico-racial, étnico-cultural (indígena, africana, europeia e asiática) e os interesses políticos e econômicos. EF07HI07 Descrever os processos de formação e consolidação das monarquias europeias, bem como as principais características dessas monarquias com vistas à compreensão das razões da centralização política. EF07HI06 Comparar as navegações no Atlântico e no Pacífico entre os séculos XIV e XVI, especialmente em relação aos avanços científicos, às novas rotas, às relações comerciais e interações culturais até então estabelecidas. EF07HI04 Identificar as principais características dos Humanismos e dos Renascimentos, analisar seus significados, relacionando-os ao processo da expansão marítima. EF07HI05 Identificar e relacionar as vinculações entre as reformas religiosas (Protestante e Contrarreforma Católica) e os processos culturais e sociais do período moderno na Europa e na América.

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Page 1: PROF:FÁBIO SANTANA/JOÃO GUILHERME. /EDEVALDO. …As descobertas científicas e a Expansão Marítima. Humanismos: uma nova visão de ser humano e de mundo Renascimentos artísticos

PROF:FÁBIO SANTANA/JOÃO GUILHERME. /EDEVALDO.

Disciplina: HISTÓRIA.

ANO/SÉRIE.7ANO. A.B.C.D.E.

Nº CHAMADA____________.

Número de aulas.8. 4aulas na semana.

Período: RECUPERAÇÃO

RESPONSAVEL________________________________________________

TEMAS PARA ESTUDOS.

A organização do poder e as dinâmicas do mundo colonial americano.

Humanismos, Renascimentos e o Novo Mundo.

OBETOS DO CONHECIMENTO.

A formação e o funcionamento das monarquias europeias: a lógica da centralização política e

os conflitos na Europa.

As descobertas científicas e a Expansão Marítima.

Humanismos: uma nova visão de ser humano e de mundo Renascimentos artísticos e culturais.

Reformas religiosas: a cristandade fragmentada.

HABILIDADES.

EF07HI12 Identificar a distribuição territorial da população brasileira em diferentes épocas,

considerando a diversidade étnico-racial, étnico-cultural (indígena, africana, europeia e

asiática) e os interesses políticos e econômicos.

EF07HI07 Descrever os processos de formação e consolidação das monarquias europeias,

bem como as principais características dessas monarquias com vistas à compreensão das

razões da centralização política.

EF07HI06 Comparar as navegações no Atlântico e no Pacífico entre os séculos XIV e XVI,

especialmente em relação aos avanços científicos, às novas rotas, às relações comerciais e

interações culturais até então estabelecidas.

EF07HI04 Identificar as principais características dos Humanismos e dos Renascimentos,

analisar seus significados, relacionando-os ao processo da expansão marítima.

EF07HI05 Identificar e relacionar as vinculações entre as reformas religiosas (Protestante

e Contrarreforma Católica) e os processos culturais e sociais do período moderno na

Europa e na América.

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O território do Brasil já passou por diversas divisões regionais. A primeira proposta de regionalização foi realizada em 1913 e depois dela outras propostas surgiram, tentando adaptar a divisão regional às características econômicas, culturais, físicas e sociais dos estados. A regionalização atual é de 1970, adaptada em 1990, em razão das alterações da Constituição de 1988. O órgão responsável pela divisão regional do Brasil é o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Veja o processo brasileiro de regionalização:

1913

Divisão regional de 1913

A primeira proposta de divisão regional do Brasil surgiu em 1913, para ser utilizada no ensino de geografia. Os critérios utilizados para esse processo foram apenas aspectos físicos – clima, vegetação e relevo. Dividia o país em cinco regiões: Setentrional, Norte Oriental, Oriental, Meridional.

1940

Em 1940, o IBGE elaborou uma nova proposta de divisão para o país que, além dos aspectos físicos, levou em consideração aspectos socioeconômicos. A região Norte era composta pelos estados de Amazonas, Pará, Maranhão, Piauí e o território do Acre. Goiás e Mato Grosso formavam com Minas Gerais a região Centro. Bahia, Sergipe e Espírito Santo formavam a região Leste. O Nordeste era composto por

Ceará, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Paraíba e Alagoas. Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, São Paulo e Rio de Janeiro pertenciam à região Sul. 1945

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Divisão regional de 1945

Conforme a divisão regional de 1945, o Brasil possuía sete regiões: Norte, Nordeste Ocidental, Nordeste Oriental, Centro-Oeste, Leste Setentrional, Leste Meridional e Sul. Na porção norte do Amazonas foi criado o território de Rio Branco, atual estado de Roraima; no norte do Pará foi criado o estado do Amapá. Mato Grosso perdeu uma porção a noroeste (batizado como território de Guaporé) e outra ao sul (chamado território de Ponta Porã). No Sul, Paraná e Santa Catariana foram cortados a oeste e o território de Iguaçu foi criado. 1950 Os territórios de Ponta Porã e Iguaçu foram extintos e os estados do Maranhão e do Piauí passaram a integrar a região Nordeste. Bahia, Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de Janeiro formavam a região Leste. Em 1960, Brasília foi criada e o Distrito Federal, capital do país, foi transferido do Sudeste para o Centro-Oeste. Em 1962, o Acre tornou-se estado autônomo e o território de Rio Branco ganhou o nome de Roraima. 1970 Em 1970, o Brasil ganhou o desenho regional atual. Nasceu o Sudeste, com São Paulo e Rio de Janeiro sendo agrupados a Minas Gerais e Espírito Santo. O Nordeste recebeu Bahia e Sergipe. Todo o território de Goiás, ainda não dividido, pertencia ao Centro-Oeste. Mato Grosso foi dividido alguns anos depois, dando origem ao estado de Mato Grosso do Sul.

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Divisão regional atual

1990 Com as mudanças da Constituição de 1988, ficou definida a divisão brasileira que permanece até os dias atuais. O estado do Tocantins foi criado a partir da divisão de Goiás e incorporado à região Norte; Roraima, Amapá e Rondônia tornaram-se estados autônomos; Fernando de Noronha deixou de ser federal e foi incorporado a Pernambuco.

O PROCESSO DE FORMAÇÃO DAS MONARQUIAS NACIONAIS’

O declínio do feudalismo

A formação das monarquias nacionais aconteceu na decadência da era medieval, período conhecido como Baixa Idade Média (já que época teve dois momentos: o ápice, que foi a alta idade média e o declínio que foi a baixa Idade Média). Foi um período que os nobres mais ricos perceberam que sistema feudalista não servia mais. Na baixa Idade Média surgiram os burgueses que foram importantes na formação das monarquias nacionais, porque, assim como os nobres, eles viam vantagens nas mudanças que poderiam acontecer. Foi um processo longo, mas que mudou a história do mundo pois permitiu que novos países nascessem, além da construção da identidade de lugares como Portugal, que passou a ter um idioma próprio, uma moeda e uma capital.

Momento da história Entre os séculos XII e XV a Europa viveu um período de grandes mudanças. Os burgueses, que eram comerciantes, começaram a formar uma nova classe social, o que implicou no declínio do sistema feudal existente desde o século V, após a queda do Império Romano.

O feudalismo era um sistema de economia e sociedade baseado na agricultura,

em que ter muitas terras significava riqueza. Quanto mais feudos (porções de

terras) um senhor tivesse, maior era o título de nobreza deles. As lideranças

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eram fragmentadas, cada terra tinha seu dono e ele geria conforme achasse

melhor.

Ruína de um castelo medieval, na Europa. (Foto: Pixabay)

A sociedade feudal era formada pelo clero, nobres e servos:

• Clero era a Igreja Católica;

• Nobres eram os grandes cavaleiros e donos das terras;

• Servos eram os trabalhadores, camponeses e escravos que vivam nas

terras dos nobres e da igreja.

O feudalismo era agrário e a economia era baseada na troca de coisas, o

conhecido escambo. Até mesmo a mão de obra era comprada pela troca de

alimento e proteção. Se um senhor feudal, um nobre, quisesse alguém para

trabalhar em suas terras tinha que lhe oferecer alimento e moradia. Em comum

acordo o servo aceitava e cuidava das terras para receber o pagamento

estipulado.

Com o surgimento dos burgueses o feudalismo caiu aos poucos, pois a

população passou a ver que existiam alternativas de trabalho além da

agricultura. A burguesia cresceu e se tornou forte.

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Outra mudança importante foram as moedas que passaram a existir e ter valor

dentro da sociedade, então um novo modo de enriquecimento passou a

vigorar. Tornou-se mais atrativo viver do comércio ao invés da agricultura.

Através de conflitos, guerras e auto intitulações, reis surgiram e tomaram posse

de terras maiores que feudos, centralizando a administração delas na família

real e fazendo dessas terras Estados nacionais, com uma moeda própria, força

armada, comércio independente e outros elementos que formam

uma monarquia nacional.

Estado nacional

O Estado é formado por um conjunto de elementos que formam um país:

• Território delimitado;

• População;

• Poder absoluto (governo centralizado);

• Moeda;

• Capital e outros.

No feudalismo não existia essa forma de divisão e foi justamente essa

mudança que a formação das monarquias nacionais levou à Europa agrária as

transformações. Não existia um país estabelecido, mas vários feudos e cada

um deles com um rei e servos. Quando as monarquias nasceram, países

(Estados) passaram a existir com um único poder central, um território definido,

população que tinha um idioma e todas as outras características que

constituem um Estado nacional.

Os burgueses foram peças necessárias para a formação das monarquias

nacionais por que era vantajoso para eles. Nas monarquias os reis viam a

necessidade de aumentar o comércio, que era a função dos burgueses.

No feudalismo havia cobrança de diversos impostos, todos baseados na

agricultura. Se um servo colhia 30 laranjas, 20 eram dadas ao senhor dele

como imposto, por exemplo. Apesar de ter alimento e segurança muitos servos

não gostavam da tributação.

Na monarquia os impostos se mantiveram e aumentaram. Os camponeses

não gostavam, mas os burgueses perceberam que esses pagamentos

ajudavam a melhorar o comércio de modo que ajudaria na expansão, logo

haveria mais lucros.

Além dos impostos, a monarquia apresentou outras novidades tais quais:

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unidade dos pedágios, das alfândegas e dos pesos e medidas, que já existia,

mas cada feudo tinha uma forma diferente de lidar, como a liderança foi

centralizada tudo foi unificado. Todos esses elementos eram positivos ao

crescimento da burguesia. Assim o que era lucrativo para a nobreza satisfazia

também aos burgueses.

Quem não gostava da crescente dos impostos e dos novos rumos das

sociedades eram os camponeses. Eles eram resistentes aos pagamentos.

Então para não ficar sem receber os tributos da população do campo, a família

real usava da força para conseguir a remuneração.

Formação das monarquias nacionais e suas consequências mundiais

Com o declínio do sistema feudal, a novidade dos burgueses como nova

classe econômica social e a nobreza em movimento para mudar sua

participação dentro da cultura medieval, entende-se que as monarquias

nasceram porque adotaram tais coisas:

• Centralização do poder, um rei governava o estado;

• Território delimitado, ou seja, um país só, sem divisões de feudos outros reis

administrando;

• Idioma;

• Exército nacional, uma força que guardava o território e auxiliava na

cobrança de impostos daqueles que não queriam pagar os tributos;

• Uma Burocracia (cargos públicos para auxílio do monarca) que existia para

monitorar o pagamento de impostos, organizar o comércio e fiscalizar todas as

outras atividades econômicas do Estado;

• Moeda: que era única no território, servia para todo o país;

• Tinha o Clero (que não pagava impostos, era isento e tinha cargo de valor,

mas não exercia a mesma influencia que antes). A Igreja Católica estava

presente apenas na religião, o poder que havia sob ela na Idade Média não era

igual;

• E a aliança com a Burguesia que, como foi dito, era interessante para alta

cúpula do país e para os comerciantes.

Portugal, Espanha, França e Inglaterra foram as primeiras monarquias a se

estabelecerem na Europa. A formação desses novos Estados permitiu que uma

nova era começasse pelo mundo.

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Foi após essas monarquias que novas rotas comerciais nasceram levando a

exploração das especiarias da Índia e a colonização de regiões como as

Américas e a Oceania, conhecidas como novo e novíssimo mundo.

Outra implicação atual da formação das monarquias nacionais foi o nascimento

do , capitalismo que se deu por causa da relação dos burgueses e nobres com

o comércio e o lucro financeiro.

O Humanismo foi uma corrente de pensamento que tinha

como características o antropocentrismo, a racionalidade e o

cientificismo. Este movimento cultural e filosófico firmou a base

do Renascimento e marcou a transição entre a Idade Média e a Moderna.

Movimento que valoriza o Homem acima de todas as coisas Entre as características do Humanismo, três são fundamentais para a caracterização do movimento que ocorreu nos anos de 1434 a 1527. Um movimento que foi do século XV e pegou o início do século XVI. As três principais características do Humanismo são o Antropocentrismo, o Racionalismo e o Cientificismo.

Características do Humanismo: Antropocentrismo

Uma das principais características do Humanismo se refere ao antagonismo ao Teocentrismo. No movimento anterior ao Humanismo, o Trovadorismo, a divindade era algo sagrado a ser respeitada. Ou seja, predominava o Teocentrismo. O Teocentrismo é considerar Deus o centro de todas as coisas. Já no Humanismo, o Teocentrismo dá lugar ao Antropocentrismo. Na ideologia do Antropocentrismo, Deus não é o centro do universo, e sim, o Homem.

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O homem vitruviano, de Leonardo da Vinci, é símbolo de uma das características do Humanismo,

o Antropocentrismo. (Foto: Wikipédia)

Com a ideia do Antropocentrismo, consequentemente, as posturas éticas do pensamento humanista atribuem grande importância a racionalidade. Por fugir da religiosidade, aquilo que era atribuído ao divino, passa a ser questionado racionalmente. Os naturalistas buscam, por meio da racionalidade, compreender os fenômenos da vida. Se opondo ao sobrenatural (divino) e buscando uma explicação palpável. Uma explicação que não envolvesse apenas a fé de acreditar em uma autoridade superior, como Deus.

Cientificismo O pensamento humanista fez com que o houvesse um afastamento dos dogmas da Igreja Católica. Afastamento que possibilitou um desenvolvimento no campo das ciências como a matemática, a física e a medicina. No Humanismo, o que predominou foram os métodos científicos, com experimentos e fatores empíricos. Pela experimentação, os humanistas buscavam respostas que antes eram deixadas de lado, pois eram atribuídas aos dogmas e ditames da Igreja. Igreja essa que alegava que tudo era provocando por uma divindade, que a propósito, não deveria ser questionada.

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Outras características do Humanismo As outras características do Humanismo são: • Valorização do corpo humano e das emoções humanas; • Todo o sentimento do ser humano começa a vir à tona; • Valorização de debates e opiniões divergentes; • Afastamento de dogmas e da religião; • Retomada do modelo clássico das culturas da Antiguidade; • Surgimento da burguesia; • Busca da beleza e da perfeição; • Valorização do racionalismo e do método científico; • Descentralização do conhecimento, onde a igreja perde o monopólio; • Valorização do ser humano; • Desenvolvimento da imprensa.

Características do Humanismo: o que foi o Humanismo? O Humanismo corresponde a um movimento de transição entre a Idade Média e a Idade Moderna, ou entre o Trovadorismo e o Renascimento. Como o próprio nome revela, o Humanismo foi um movimento literário com ideais filosóficos, morais e estéticos que valorizavam o homem. O termo vem do latim “humanus”, que quer dizer “humano”. O Humanismo surgiu na Europa, e foi marcado também pelas produções literárias como as prosas doutrinárias, a poesia palaciana e as crônicas historiográficas. Entre os autores do Humanismo estão Garcia de Resende, Bernardim Ribeiro, Jorge de Aguiar, João Roiz de Castel-Branco, Jorge d' Aguiar, Aires Teles, Gil Vicente, entre outros. As características do humanismo estão espalhadas pelos diversos ramos artísticos, como a literatura, a pintura e a escultura. Na literatura, se destacam Francesco Petrarca com obras como “Cancioneiro e o Triunfo”, “Meu Livro Secreto” e “Itinerário para a Terra Santa”; Dante Alighieri com “A Divina Comédia”, “Monarquia” e “O Convívio”; Giovanni Boccaccio com “Decameron” e “O Filocolo”; Michel de Montaigne com “Ensaios” e Thomas More com as obras “A Utopia”, “A Agonia de Cristo” e “Epitáfio”. Na pintura se destacam: • Leonardo da Vinci: A Última Ceia, Mona Lisa e Homem Vitruviano. • Michelangelo: A Criação de Adão, Teto da Capela Sistina e Juízo Final. • Raphael Sanzio: Escola de Atenas, Madona Sistina e Transfiguração. • Sandro Botticelli: O Nascimento de Vênus, A Adoração dos Magos e A Primavera.

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Na escultura se destacam: • Michelangelo: La Pieta, Moisés e Madonna de Bruges • Donatello: São Marcos, Profetas e Davi

O Humanismo português Em Portugal, o movimento humanista se iniciou com as obras do poeta italiano, Francesco Petrarca. Vale ressaltar que o Humanismo português é a base do Humanismo brasileiro. Outro fator importante para o surgimento do movimento literário em Portugal foi a nomeação de Fernão Lopes para cronista-mor da Torre do Tombo, em 1418. O movimento chegou ao fim com Sá de Miranda, em 1527, quando o poeta português trouxe o “Doce Estilo Novo” ou “dolce stil nuevo”, que deu início ao Classicismo. Os gêneros que foram explorando no período do Humanismo foram a poesia palaciana, a crônica histórica e o teatro popular. Além de ser um dos precursores do Humanismo português, Fernão é considerado o maior representante da prosa historiográfica com as obras: • Crônica de El-Rei D. Pedro I • Crônica de El-Rei D. Fernando • Crônica de El-Rei D. João I No teatro popular, se destaca Gil Vicente, considerado o pai do teatro português com as obras: • Auto da Visitação (1502) • O Velho da Horta (1512) • Auto da Barca do Inferno (1516) • Farsa de Inês Pereira (1523)

Características do Humanismo: contexto histórico No período do movimento humanista, a Europa estavam passando por diversas mudanças. Entre elas estão: • Crise do Feudalismo: com a queda do sistema feudal, surgiu uma nova classe social, a burguesia. Com essa nova classe, muitas pessoas evadiram dos campos e foram para as cidades. • a burguesia começou a competir o poder econômico e social com a nobreza. • Mercantilismo: se iniciou as grandes navegações, a expansão marítima. Surge então as pequenas indústrias e o desenvolvimento do comércio. • Abandono da subordinação a Igreja Católica: pensando com a racionalidade, os humanistas começaram a questionar os dogmas da Igreja. Especialmente o poder da divindade. Por exemplo, no âmbito religioso, Deus era o controlador de tudo e de todos. Ele é quem decide o destino. Contudo, para os naturalistas, o homem tem capacidade suficiente para controlar seu próprio destino, sem buscar explicação na divindade. • Surgimento da Imprensa: o conhecimento deixa de ser monopólio da Igreja

Católica, e passa a ser difundida. Mesmo que seja por uma imprensa arcaica, a

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Igreja não possuía mais o poder do conhecimento somente para ela, mas era

disseminada com a imprensa.

• Absolutismo: com a decadência do feudalismo, em que o poder era

concentrado em cada feudo por seus nobres. No sistema feudal o poder era

descentralizado. Após a crise, o poder passa a ser concentrado em um único

indivíduo, o Rei.

• Epidemias: devido ao êxodo rural, as cidades passaram por um período de

fome e doenças, uma delas foi a peste bubônica, conhecida como Peste

Negra. Uma epidemia que dizimou cerca de um terço do povo europeu.

OBJETOS DO CONHECIMENTO

A conquista da América e as formas de organização política dos

indígenas e europeus: conflitos, dominação e conciliação.

A conquista da América e as formas de organização política dos

indígenas e europeus: conflitos, dominação e conciliação.

A estruturação dos vice-reinos nas Américas; Resistências indígenas,

invasões e expansão na américa portuguesa.

HABILIDADE RETOMADA DO 1º BIMESTRE.

EF07HI01. Explicar o significado de “modernidade” e suas lógicas de

inclusão e exclusão, com base em uma concepção europeia.

A construção da ideia de modernidade e seus impactos na concepção

de História; A ideia de “Novo Mundo” ante o Mundo Antigo:

permanências e rupturas de saberes e práticas na emergência do

mundo moderno.

HABILIDADES:

EF07HI03. Identificar aspectos e processos específicos das sociedades

africanas e americanas antes da chegada dos europeus, com destaque

para as formas de organização social e para o desenvolvimento de

saberes e técnicas, valorizando a diversidade dos patrimônios e

EF07HI09. Analisar os diferentes impactos da conquista europeia da

América para as populações ameríndias e identificar as principais

formas de resistência.

EF07HI08. Descrever as formas de organização das sociedades

americanas no tempo da conquista com vistas à compreensão dos

mecanismos de alianças, trocas comerciais, confrontos e resistências.

CONTEÚDOS ESPECIFICOS: A HISTÓRIA DA AMÉRICA.

A História da América tem origens distintas, que dependem do ponto de vista

que se toma para realizar a narrativa histórica. Do ponto de vista dos

habitantes nativos do continente, essa origem histórica está radicada há

milhares de anos e foi contada, sobretudo, através das fontes orais e

pictográficas. Do ponto de vista dos ocupantes europeus, essa história iniciou-

se com a chegada dos primeiros navios à região, no final do século XV.

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A América pré-colombiana presenciou o surgimento e desaparecimento de

civilizações grandiosas, que deixaram um importante legado cultural e

arquitetônico, como foi comprovado pelas civilizações maias, incas e astecas.

Também os demais povos que habitaram e ainda habitam as demais regiões

da América do Sul, Central e do Norte deixaram suas contribuições para a

conformação das características da população desse imenso continente. É

necessário notar que o percurso histórico desses povos não se fez sem

contradições e sem divisões entre povos distintos e que no interior dessas

sociedades ocorreram guerras, conflitos e opressões.

Entretanto, a chegada dos europeus ao continente a partir de 1492, quando

Cristóvão Colombo atracou nas ilhas caribenhas, transformou profundamente a

configuração social, econômica, cultural e ambiental da América e dos povos

que a habitavam. Os primeiros impactos ocorreram com a exploração

econômica dos recursos naturais e da terra, como também pelo genocídio de

milhões de seres humanos. Os europeus trouxeram ainda para o continente

milhões de africanos escravizados, que com seu suor e sangue foram

utilizados para construir a sociedade americana atual.

A partir do fim do colonialismo e dos processos de independência, o continente

americano conheceu também um desenvolvimento desigual do sistema

capitalista. De um lado, os EUA tornaram-se o país em que melhor esse

sistema de exploração e criação de riquezas desenvolveu-se, tornando-se a

principal potência econômica e militar do século XX. De outro lado, uma

infinidade de países que se convencionou chamar de subdesenvolvidos,

quando comparados aos países de economia capitalista consolidada, em que a

miséria, a fome e doenças afligem milhões de habitantes.

Mas mesmo dentro desses países há o componente de desenvolvimento e o

do subdesenvolvimento.

A pobreza, a exploração e a opressão também são verificadas na História dos

EUA, principalmente nas classes subordinadas da sociedade. Já nos demais

países considerados como subdesenvolvidos, há a riqueza e a opulência de

uma minoria de grupos sociais que controlam economicamente e

politicamente esses países.

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A História da América alterou-se profundamente após a chegada dos

colonizadores europeus

As civilizações pré-colombianas:

O processo de descoberta do continente americano representou para os europeus o contato com um mosaico de culturas bastante peculiar. Mais do que se encantaram com o passível exotismo dos nativos, as tripulações do Velho Mundo deram de frente com civilizações complexas. Muitas dessas sociedades conheciam a escrita, desenvolveram sistemas matemáticos, possuíam calendários de enorme precisão e construíram centros urbanos mais amplos que as cidades da Espanha. Por volta do século VII, a Cordilheira dos Andes foi palco do desenvolvimento das civilizações chimu, tiahuanaco e huari. Quase quinhentos anos depois, a reunião desses povos que ocupavam a região seria correspondente ao vasto Império Inca, administrado na cidade de Cuzco. Antes da chegada dos espanhóis, os incas formaram um Estado de caráter expansionista, que alcançou regiões que iam do Equador até o Chile, e abrigava cerca de seis milhões de pessoas. Na porção central do continente americano, olmecas, toltecas, teotihuacanos, astecas e maias formaram sociedades distintas. Os maias, entre os séculos III e XI, estabeleceram um complexo de cidades-Estado que funcionavam de forma autônoma graças a um eficiente sistema de servidão coletiva. Segundo informações, a civilização maia teria congregado mais de dois milhões de habitantes. Quando chegaram à América, os espanhóis encontraram boa parte desses centros urbanos abandonados. A mais vistosa civilização mesoamericana foi constituída pelos astecas, que conseguiram formar um império que ia do sul da Guatemala, até a porção oeste do México. A capital Tenochtitlán abrangia uma área de treze quilômetros quadrados e congregava uma população composta por centenas de milhares de habitantes. As populações vizinhas eram obrigadas a pagar vários impostos que garantiam a hegemonia asteca. Cada aldeia asteca era integrada por diversas famílias, que utilizavam as terras férteis de forma coletiva. Uma parcela considerável da produção agrícola dos aldeões era destinada ao Estado, que distribuía o alimento recolhido para os funcionários públicos, os sacerdotes, militares e a família do imperador. Do ponto de vista político, possuíam uma monarquia centralizada nas mãos do Tlacatecuhtli, responsável pela condução da política externa e dos exércitos. Em termos gerais, percebemos que o continente americano contava com uma ampla diversidade de culturas que se desenvolveram de forma própria. Contrariando o ideal eurocêntrico do Velho Mundo, as populações pré-colombianas estabeleceram relações sociais complexas, criaram suas próprias instituições políticas e engendraram os seus saberes.

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Os povos pré-colombianos impressionam pela riqueza de suas culturas.

A COLONIZAÇAO DA AMÉRICA PORTUGUESA.

O Período Pré-Colonial compreende desde a chegada dos portugueses ao

Brasil, em 1500, até meados da década de 1530. Essa fase encerrou-se com a

implantação do sistema de capitanias hereditárias e ficou conhecida dessa

forma pela ausência de uma política de colonização e de ocupação por parte

de Portugal em relação ao Brasil. Nessa época, houve ainda a predominância

da exploração do pau-brasil e da instalação de feitorias no litoral brasileiro.

Antecedentes da chegada dos portugueses

A chegada dos portugueses ao Brasil estava relacionada com o pioneirismo de

Portugal e, depois, da Espanha, durante o desenvolvimento das grandes

navegações marítimas. Primeiramente, nesse processo, deve-se levar em

consideração a consolidação da monarquia em Portugal no século XIV, a qual

garantia maior centralização de poder e estabilidade política.

Essa centralização do poder garantiu a Portugal um crescimento da sua

atividade mercantil, e isso está muito relacionado com a sua proximidade com

importantes centros do mundo islâmico. Além disso, Lisboa recebeu grandes

investimentos de genoveses, interessados em desenvolver o comércio daquela

região. O impulso comercial que

esse território sofreu, aliado à condição geográfica da região, possibilitou aos

portugueses o desenvolvimento da navegação marítima. Atribui-se também

uma relativa importância da Escola de Sagres a essa expansão marítima

portuguesa. A geografia, por seu lado, facilitava esse movimento pela posição

peninsular de Portugal e pela sua proximidade com as ilhas atlânticas e com as

correntes marítimas do Oceano Atlântico.

O processo de expansão marítimo português levou o país a realizar uma série

de “descobertas”, com o achamento das ilhas atlânticas, ao longo do século

XIV, como Madeira e Açores. Além disso, os portugueses conseguiram

atravessar o Cabo da Boa Esperança, no litoral sul da África, em direção à

Índia. Esse processo expansionista desembocou na chegada dos portugueses

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ao Brasil, após os espanhóis terem anunciado sua chegada na América em

1492.

Chegada dos portugueses ao Brasil

A chegada dos portugueses ao Brasil ocorreu com a expedição liderada por

Pedro Álvares Cabral, composta por treze caravelas que partiram de Lisboa no

dia 9 de março de 1500. Essa expedição tinha como destino final a Índia,

porém, durante o trajeto, desviou-se do caminho original e acabou alcançando

o Brasil, na região de Porto Seguro, em 22 de abril de 1500.

Existe um certo debate a respeito da intencionalidade da expedição de Pedro

Álvares Cabral em sua vinda à América. Alguns historiadores afirmam que

existia a intenção de Cabral em desviar-se do trajeto original. Outros

especialistas, porém, discordam dessa ideia e afirmam que a chegada dos

portugueses ao Brasil foi um evento ocasional. A chegada

dos portugueses ao Brasil iniciou o período conhecido como Pré-colonial, que

foi caracterizado pelo aparente desinteresse de Portugal em relação às terras

brasileiras. Isso ocorreu, sobretudo, porque o interesse da elite econômica

portuguesa estava mais voltado ao desenvolvimento do comércio com a Índia,

e por causa das dificuldades em averiguar as possibilidades econômicas do

novo território. Nesse momento, a política

adotada pelos portugueses no Brasil foi a mesma implantada na costa do litoral

africano, e, assim, incentivou-se a construção de feitorias, como as quatro

construídas em Pernambuco, Cabo Frio, Rio de Janeiro e na Baía de Todos os

Santos|1|. Essas feitorias funcionavam como entrepostos comerciais que

armazenavam as mercadorias para serem transportadas para a Europa.

As primeiras iniciativas de exploração do território brasileiro foram entregues

por Portugal para Fernão de Noronha, no período entre 1503 e 1505. Durante

essas explorações, iniciou-se a principal atividade econômica do Brasil da fase

pré-colonial: a exploração do pau-brasil. A rentabilidade dessa mercadoria

devia-se, principalmente, à utilização da madeira para a produção de tinta. A

exploração dessa matéria-prima seguiu como prática econômica no Brasil até o

século XIX – apesar de ter sido mais intensa durante esse período exploratório

inicial. A

extração do pau-brasil era feita com a mobilização do trabalho dos indígenas

por meio do escambo. Os indígenas realizavam o corte e o transporte das toras

da madeira até as feitorias e eram pagos por quinquilharias em geral, tais como

espelhos, baús de metal, foices etc. Os nativos também forneciam aos

portugueses mercadorias como a farinha.

Estabelecimento das capitanias hereditárias

O declínio do comércio com a Índia e as ameaças de invasões estrangeiras no

Brasil, principalmente dos franceses, mobilizaram Portugal para ampliar a

colonização do Brasil. A partir de 1534, o território brasileiro foi dividido em

quinze capitanias, e sua administração foi entregue a pessoas da pequena

nobreza de Portugal, que deveriam desenvolver e garantir a lucratividade de

sua capitania.

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|

Selo cubano em homenagem à expedição de Pedro Álvares Cabral, que

chegou ao Brasil em abril de 1500*

Por ernquanto ficamos aqui, próxima atividade continuaremos a conquista da

América.

Faça no caderno contado o seu entendimento do que foi a conquista da

América. (entre 15 e 25 linhas.) Bom trabalho.

Como foi feita a comunicação com os responsáveis:

A Comunicação com os responsáveis está sendo feito através dos meios e

ferramentas disponíveis como, o Cmsp. vídeo conferência com o Mycrosoft

Team, cartaz em local de fácil acesso, redes sociais, facebook, WhatsApp,

carro de som e outros.

Devolutiva do(a) aluno(a):

*Forma de acompanhamento das atividades.

Os alunos acessam as ferramentas digitais que são disponibilizadas aos

mesmos afim de que possam dar continuidade aos estudos nesse período de

Pandemia. Team forms, google classroom, Cmsp, Blog da escola, Whatsapp a

e outros. Os estudantes são acompanhados por vídeo conferencia, redes

sociais e pelas ferramentas disponibilizadas, quando os mesmos nos devolvem

atividades para serem corrigidas e receberem feedback.

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TEMAS PARA ESTUDOS(CONTEUDO.)

A organização do poder e as dinâmicas do mundo colonial

americano.

Lógicas comerciais e mercantis da modernidade

BJETOS DO CONHECIMENTO:

A estruturação dos vice-reinos nas Américas;

Resistências indígenas, invasões e expansão na américa

portuguesa.

As lógicas mercantis e o domínio europeu sobre os mares

e o contraponto oriental.

HABILIDADES:

EF07HI10. Analisar, com base em documentos históricos,

diferentes interpretações sobre as dinâmicas das sociedades

americanas no período colonial, comparando informações,

argumentos e pontos de vista explicitados nos diferentes tipos

de fonte.

EF07HI12. Identificar a distribuição territorial da população

brasileira em diferentes épocas, considerando a diversidade

étnico-racial, étnico-cultural (indígena, africana, europeia e

asiática) e os interesses políticos e econômicos.

EF07HI13. Caracterizar a ação dos europeus e suas lógicas

mercantis visando ao domínio no mundo atlântico.

“Os povos africanos ao serem escravizados e trazidos para o Brasil,

trouxeram consigo diversos conhecimentos em diversas áreas

como a metalurgia, confecção de telhas, ténicas de caça e pesca e

a tecelagem, por exemplo. ... Os povos africanos já conheciam a

dominavam a tecelagem em fibras de palmeiras.”

África: lugar das primeiras descobertas, invenções e instituições

humanas África: lugar das primeiras descobertas, invenções e

instituições humanas África: lugar das primeiras descobertas, invenções e

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instituições humanas

África: lugar das primeiras descobertas, invenções e instituições humanas

É fato conhecido que a história africana foi escrita e contada pelos

colonizadores europeus. Os viajantes, missionários e dirigentes coloniais

foram os responsáveis pelos primeiros relatos acerca da cultura dos povos

africanos. Assim, além de serem capturados para alimentarem a

escravidão colonial, estes povos foram usurpados em todos os seus

direitos, incluindo o de contar a própria história.

O “Etnocentrismo” e o “Eurocentrismo” nas ciências europeias durante o século XIX são os responsáveis pela concepção das culturas africanas.

Aspectos gerais

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Apresentação de Dança Africana em Porto Elizabeth, África do Sul

As manifestações culturais africanas sofreram uma intensa destruição elos regimes coloniais, o que leva as nações africanas modernas ao embate com o nacionalismo árabe e ao imperialismo europeu. Em se tratando de culturas tradicionais, muito se preservou e se difundiu pelo continente africano, especialmente devido aos fluxos migratórios pela África. Isso permitiu a preservação e a combinação de vários aspectos culturais entre os povos do continente. Ademais, vale ressaltar também que boa parte destas culturas são baseadas em tradições orais, o que não significa ausência de escrita.

Organização política

Os povos africanos podem ser nômades e vagarem pelo deserto ou se fixarem em território para construir grandes impérios. Também podem ser formados por pequenas tribos ou grandes reinos, onde o chefe político e o sumo sacerdote podem ser a mesma pessoa. Seja governado por clãs de linhagem ou por classes sociais específicas, estes povos irão constituir grandes patrimônios materiais e imateriais presentes até os dias de hoje. estes bens refletem a história e o meio ambiente em que se originaram. Por isso, representam aspectos das florestas tropicais, desertos, montanhas, etc.

Religiões africanas

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Em termos religiosos, vários cultos estão presentes na África, com destaque para o islamismo e cristianismo. Além deles, destacam-se as religiões tradicionais, muitas vezes vistas como prática de magia e a feitiçaria. Considerados pelos europeus como povos animistas, uma parte dos africanos reverenciam os espíritos das árvores, pedras, dentre outros, e aceitam a coexistência com forças desconhecidas. Cada povo africano tem suas origens mitológicas para explicar suas origens. Estas religiões tradicionais possuem, via de regra, um panteão e estão voltadas ao culto dos antepassados e das divindades da natureza. A forma mais conhecida destas religiões envolve o culto aos Orixás (divindades de origem Ioruba ou Nagô) e englobam uma ampla variedade de crenças e ritos. Por outro lado, a vida material e espiritual nas religiões africanas, tendem a indistinção entre o sagrado e o profano. Estas dimensões são concebidas como indissociáveis e inseparáveis.

Principais povos e culturas da África

Pessoas cantando ao pôr do sol na aldeia de Nairobi, Quênia, África

A principal civilização africana foi sem dúvida a egípcia, que construiu o primeiro império africano há mais de 5 mil anos.

As cerâmicas de Nok (Nigéria) apontam para uma civilização muito desenvolvida que viveu do século V a.C. ao século II d.C.

Mais adiante, no século XIII, surge o poderoso Reino do Kongo. Outros povos, como os Berberes (nômades do deserto do Saara) e os Bantos (região da Nigéria, Mali, Mauritânia e Camarões) também constituíram grandes grupos populacionais na África. Por fim, os africanos começaram a ser colonizados

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pelos europeus a partir do século XV. Ao atingir o século XIX, já estavam totalmente sob domínio das metrópoles europeias até a segunda metade do século XX.

Culturas africanas no Brasil As culturas africanas tiveram grande influência na formação cultural brasileira e a diversidade de origem dos africanos escravizados no Brasil reflete diretamente a variedade de povos existentes na África. A maior parte destas populações era de origem Bantos, Nagôs e Jejes, Hauçás e Malês. Muitos são os aspectos culturais que sofreram influência africana no país, entretanto, podemos destacar:

o candomblé, religião afro-brasileira baseada no culto aos orixás, da qual surge a umbanda;

a capoeira, uma dança-luta praticada pelos antigos escravos criada no Brasil;

a culinária, com vários temperos e pratos típicos, como o vatapá, o caruru e o acarajé. Na área musical, os ritmos africanos estão em quase todos os estilos brasileiros: maxixe, samba, choro, bossa-nova. Na dança, o samba é a expressão maior da cultura afro descendente.

O início da colonização na África

O continente africano e o asiático foram os últimos a serem colonizados pelos europeus. Nas Américas, o processo de colonização teve início ainda no século XVI. Três séculos mais tarde o continente americano já havia sido descolonizado e a Primeira Revolução Industrial se encontrava em plena expansão. Diante disso, os europeus buscaram novas fontes de recursos para abastecer as suas indústrias.

No século XIX, as nações europeias, como Inglaterra, França, Bélgica, Holanda e Alemanha, começaram a explorar de maneira efetiva o continente africano e o asiático. A Revolução Industrial motivou esses países a explorar matérias-primas, especialmente minérios, dentre os quais podemos destacar o ferro, cobre, chumbo, além de produtos de origem agrícola, como algodão e borracha; todos fundamentais para a produção industrial.

As nações americanas que foram descolonizadas se tornaram um mercado promissor para os produtos industrializados europeus, tendo em vista que a procura na Europa por tais mercadorias estava em queda.

As potências europeias, para garantir matéria-prima, ocuparam os territórios contidos no continente africano. Logo depois, promoveram a partilha do continente entre os principais países europeus da época, dando direito de explorar a parte que coube a cada nação.

A divisão do continente africano foi consolidada através de um acordo realizado em 1885. Esse evento contou com a participação da Inglaterra, França, Bélgica, Alemanha, Itália, Portugal e Espanha. Esse acordo foi executado na

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Conferência de Berlim. Porém, o processo de exploração da África aconteceu antes mesmo de haver a partilha do território, isso porque diversos países enviaram delegações de cientistas para o continente. Segundo eles, os cientistas tinham o propósito de realizar pesquisas de caráter científico, mas na verdade esses coletavam dados acerca do potencial mineral, ou seja, as riquezas do subsolo. Anos depois, grande parte do território africano estava colonizada. Os europeus introduziram culturas que não faziam parte da dieta do povo nativo. Os colonizadores rapidamente promoveram as plantations, com destaque para a produção de café, chá, cana-de-açúcar e cacau. Outra atividade desenvolvida foi o extrativismo mineral, com destaque para a extração de ouro, ferro, chumbo, diamante, entre outros. Assim, os europeus conseguiram garantir por um bom tempo o fornecimento de matéria-prima para abastecer as indústrias existentes nos países europeus industrializados.

Encontro dos europeus com povos da América, Ásia e África.

Encontro dos europeus com povos da América, Ásia e

África.

Nos séculos XV, XVI E XVII ocorreu a grande expansão marítima comercial dos países europeus. Através das Grandes Navegações, pela primeira vez na história, o mundo seria totalmente interligado. Muitos povos da América, África e Ásia foram conquistados e colonizados. Esse contato entre os europeus e os povos nativos teve profundas transformações para sempre na vida de ambos.

A organização do poder e as dinâmicas do mundo colonial americano

Recursos de ensino da organização do poder e dinâmicas do mundo colonial americano. Explore nossa coleção de atividades educativas sobre a formação e o funcionamento das monarquias, a conquista da América e as formas de

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organização política dos indígenas e políticas, uma estrutura de vice-reinos nas Américas, resistências indígenas, invasões e expansão na América portuguesa.

A montagem do Sistema Colonial português e espanhol em terras

americanas se deu a partir do século XVI, principalmente através da

produção e comercialização de açúcar e da extração de metais preciosos

por Portugal e Espanha, respectivamente. No caso da colônia

portuguesa, o Nordeste brasileiro, sobretudo regiões como as do atual

estado do Pernambuco, era o centro da atividade econômica açucareira.

Entretanto, ainda no século XVI, Portugal passou a contar com a

participação da eficiência holandesa, sobretudo de judeus holandeses,

no âmbito do comércio de açúcar. Essa participação implicava desde

financiamento de engenhos até o refinamento do produto (açúcar) em

território holandês.

A máquina econômica colonial portuguesa estava a todo vapor. E, sendo

assim, tornava-se necessária a precaução contra as tentativas de

usurpação que outras nações promoviam contra Portugal, o que era

típico no sistema mercantilista. No sistema mercantilista, as colônias –

como o Brasil – eram encaradas como extensões de suas metrópoles –

os países europeus, como Portugal, de modo que estas pretendiam

exercer controle efetivo e total sobre o que aquelas produziam. Isto era

encarado pelas metrópoles como uma “missão” ou “intervenção

civilizadora”.

Essa relação de dominação integral da colônia pela metrópole constituiu

uma das características do mercantilismo que foi denominada Pacto

Colonial. O Pacto Colonial consistia num conjunto de regras e acordos

firmados entre a metrópole e os colonos, que tinha por objetivo assegurar

que a exclusividade dos lucros da produção colonial seria remetido tão

somente à sua metrópole de origem. Essa política ficou conhecida

como exclusivo metropolitano ou exclusivo colonial.

Associava-se ao Pacto Colonial a acumulação de metais preciosos e

moedas (de ouro e prata) para garantir à metrópole uma valorização de

sua economia e de seu estado. Isso ficou conhecido como metalismo. A

Espanha, por ter encontrado outro e prata com maior facilidade, passou a

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dominar o acúmulo de metais na época e a atrair investimentos de outras

metrópoles, como a portuguesa e a inglesa.

A acumulação de moedas foi determinante para a consolidação do mercantilismo

Soma-se a essas características organizadoras do Pacto Colonial, a

busca pela balança comercial favorável à metrópole, o que implicava a

política do protecionismo, que consistia na criação de dificuldades para

a entrada de produtos na metrópole que procedessem de outros reinos.

Isso garantia um monopólio da venda do produto que era trabalhado a

partir da exploração das colônias.

O Pacto Colonial só terminou com o advento de outra forma de economia

na modernidade, mais complexa que o sistema mercantilista; isto é: o

sistema capitalista que, com o desenvolvimento da indústria, a partir do

século XVIII, mudou os eixos do sistema de produção, distribuição e

consumo de produtos. Fato que transformou radicalmente a relação entre

as nações do continente europeu e suas colônias – que se tornaram ex-

colônias através de insurreições, revoltas e guerras políticas.

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Mercantilismo A LOGICA MERCANTIL NAS COLÔNIAS.

A Idade Moderna apresentou um conjunto de características típicas de

uma época de transição entre dois modos de produção distintos: o

feudalismo decadente e o capitalismo em ascensão. Os aspectos

econômicos, sociais, políticos e culturais do período revelam essa

transição como, por exemplo, o Estado Absolutista. Vimos que essa

forma de Estado, controlada com exclusividade pelo rei, apoiava-se no

equilíbrio de forças sociais: a nobreza, representando o feudalismo

decadente, e a burguesia, expressão da ascensão do capitalismo.

O mesmo se verifica no âmbito econômico: trata-se de uma fase

histórica em que convivem elementos de dois modos de produção

distintos, sem que um consiga se sobrepor ao outro. Assim, por

exemplo, ainda temos o largo predomínio das relações servis de

produção no campo, enquanto, nas cidades, o trabalho assalariado,

típico do capitalismo, ganha espaço. É um período que muitos

historiadores chamam de Capitalismo Comercial, uma vez que o lucro

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acumulado pelos burgueses e pelo Estado advém da circulação de

mercadorias.

Chama a atenção, nesse período histórico, a enorme interferência do

Estado nos assuntos econômicos. As Monarquias Nacionais recém-

centralizadas necessitavam de recursos para sustentar um oneroso

aparelho de Estado (exército, burocracia, corte). Esses recursos

provinham de uma pequena parcela da população enriquecida pelo

comércio, a burguesia, pois o povo, pela falta de dinheiro, e a nobreza,

pelos privilégios herdados da época medieval, não pagavam impostos

nem contribuíam com os gastos do Estado. É óbvio que, ao sustentar

financeiramente o Estado, o grupo mercantil obtinha consideráveis

vantagens econômicas, além de, pouco a pouco, ir penetrando nos

meandros da burocracia e ganhando espaço político.

Chamamos, então, Mercantilismo à política econômica das

Monarquias Absolutistas Europeias na época do Capitalismo

Comercial (séculos XV-XVIII), que visava ao enriquecimento da nação

diante das demais e o fortalecimento da autoridade do rei diante dos

súditos.

Evidenciando a íntima relação entre Estado e economia na Idade

Moderna, o mercantilismo caracterizou-se por ser uma política de

controle e incentivo, por meio do qual o Estado Absolutista buscava

garantir seu desenvolvimento comercial e financeiro, fortalecendo ao

mesmo tempo o próprio poder. Em suma, o Estado era o sujeito e o

objeto do mercantilismo.

O mercantilismo, no entanto, não chegou a se constituir numa doutrina

econômica coerente: cada Estado, de acordo com suas

especificidades, adotava um conjunto de medidas variadas, visando

obter recursos e riquezas necessários à manutenção do poder

absoluto. O mais interessante é que, na época em que essas medidas

foram aplicadas, nenhum pensador procurou sistematizá-las, ficando

tal tarefa a cargo de seus críticos, os fisiocratas e liberais de finais do

século XVIII.

De qualquer modo, é possível detectar alguns elementos básicos do

mercantilismo que, com maior ou menor intensidade, emergiram em

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todas as regiões onde tal política econômica foi aplicada. Dentre

esses princípios, destacam-se:

metalismo: ideia segundo a qual uma nação é tanto mais rica quanto

maior for a quantidade de metais preciosos (ouro e prata) por ela

acumulada. A identificação entre riqueza e metais preciosos deve-se,

sobretudo, ao caráter mercantil da economia na Época Moderna: quanto

maior fosse a capacidade de produzir moedas, maior seria sua

capacidade comercial, e, portanto, as chances de lucro de uma nação;

balança comercial favorável: visando ao acúmulo de metais no tesouro

nacional, buscava-se manter o saldo da balança comercial positivo, isto é,

fazer com que o valor das importações (saída de metais) fosse inferior ao

das exportações (entrada de metais);

protecionismo: a manutenção da balança comercial favorável dependia

de medidas que desestimulassem ou, até mesmo, proibissem as

importações de certos gêneros. Assim, o protecionismo mercantilista

assumiu um duplo caráter: alfandegário, com a cobrança de altas tarifas

de importação para determinados artigos (caros ou que concorressem

com a produção nacional), e industrialista, buscando estimular a

produção nacional com vistas, não só ao abastecimento do mercado

interno, mas também do externo;

colonialismo: dada a concorrência entre as monarquias europeias na

Época Moderna, era essencial a posse sobre colônias, locais onde o

mercantilismo seria aplicado; ou seja, foi no comércio entre metrópoles e

colônias, regulado pelo pacto colonial, que as nações europeias

conseguiram obter os recursos necessários para seu enriquecimento e

fortalecimento.

“O sistema colonial

A conquista e exploração de colônias é um ponto essencial das ideias mercantilistas. A

expressão clássica desse fato em nível ideológico é a teoria do pacto colonial, onde se

trai a falsa suposição de que haveria de fato um pacto ou acordo tácito entre metrópoles

e colônias. Na realidade, porém, a colônia existe em função e para a metrópole, estando

suas relações definidas através do chamado ‘exclusivo colonial’. A produção das colônias

só é válida na medida em que possibilite lucros elevados aos comerciantes

metropolitanos, detentores do monopólio sobre o comércio de importação e de

exportação das colônias. A atividade econômica das colônias deve ser complementar e

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jamais concorrente em relação à das respectivas metrópoles. Afinal, as colônias têm um

papel único a desempenhar, no sentido de garantir às suas metrópoles os meios de

obterem uma balança comercial favorável nas trocas com outros países. Na prática, as

colônias constituem uma espécie de território privilegiado, reservado, já que o exclusivo

assegura ao comércio metropolitano a prática mercantil mais cara à ótica mercantilista:

comprar pelo preço mais barato possível e vender pelo preço mais elevado que se

pudesse conseguir.

Compreende-se, dessa forma, que sempre tenha sido um ponto de honra proibir o

aparecimento de atividades manufatureiras nas colônias, pois não só fariam concorrência

aos produtos vindos da metrópole, como desviariam recursos minerais e humanos

daquelas atividades mais lucrativas do ponto de vista metropolitano. O próprio fluxo de

imigrantes ou colonos para as colônias foi durante muito tempo limitado ou mesmo

proibido, a fim de evitar o despovoamento da metrópole, entendido tal despovoamento

como perda de homens e acima de tudo de forças produtivas...”

(FALCON, Francisco. Mercantilismo e transição. 9a.ed, São Paulo, Brasiliense, 1988;

pp.79-81)

Esses princípios foram aplicados de maneira diversa nos diferentes

países europeus entre os séculos XVI e XVIII. Assim, a Espanha,

descobridora de ricas jazidas de metais preciosos na América,

dedicou-se à exploração de ouro e prata buscando acumular riqueza

em seu tesouro. A essa prática chamamos bulionismo. Já a França,

o ministro das finanças de Luís XIV, Colbert, defendia práticas

mercantilistas que visavam limitar as importações e, ao mesmo tempo,

aumentar o valor das exportações, estimulando as manufaturas,

sobretudo as voltadas para a produção de artigos de luxo. O

mercantilismo francês, fortemente industrialista, ficou conhecido

como colbertismo. A Inglaterra aplicou o

mercantilismo industrial e comercial. Desprovidos de ricas colônias

que pudesse explorar, como ocorria com a França, os ingleses

resolveram investir no desenvolvimento da frota naval e na marinha

mercante, essenciais para o comércio externo. Além disso, como

vimos, a Coroa britânica, principalmente no reinado de Elizabeth I,

favoreceu abertamente a pirataria e o contrabando.

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Ataque pirata

FAÇA O RESUMO NO CADERNO. TODOAS AS ATIVIDADES TERÃO AVALIAÇÃO DO PROFESSOR, QUANDO VOLTARMOAS AS AULAS PRESENCIAIS.

Leia os roteiros, faça as atividades,

Faça uma lista com os termos que você não conhece, pesquise e identifique os seus significados.

Pesquise mais sobre aquilo que você ainda não conhece e faça alguns comentários, isso ajuda no entendimento.

Faça relatórios da sua leitura, para melhorar o seu conhecimento, e suas possibilidades de desenvolvimento pessoal e educacional.

Bons estudos.