professor marco antonio s. vasconcellos agregados macroeconÔmicos (contabilidade social)

36
PROFESSOR MARCO ANTONIO S. VASCONCELLOS AGREGADOS MACROECONÔMICOS (CONTABILIDADE SOCIAL)

Upload: internet

Post on 18-Apr-2015

140 views

Category:

Documents


10 download

TRANSCRIPT

Page 1: PROFESSOR MARCO ANTONIO S. VASCONCELLOS AGREGADOS MACROECONÔMICOS (CONTABILIDADE SOCIAL)

PROFESSOR MARCO ANTONIO S. VASCONCELLOS

AGREGADOS MACROECONÔMICOS

(CONTABILIDADE SOCIAL)

Page 2: PROFESSOR MARCO ANTONIO S. VASCONCELLOS AGREGADOS MACROECONÔMICOS (CONTABILIDADE SOCIAL)

PROFESSOR MARCO ANTONIO S. VASCONCELLOS

SISTEMAS DE CONTABILIDADE SOCIAL

SISTEMA DE CONTAS NACIONAIS (SISTEMA ONU)

Objetivo: medir agregados macroeconômicos

Constitui-se de 5 contas básicas, a partir de método contábil das partidas dobradas. As contas são: Produto Interno Bruto (empresas), Renda Nacional Disponível (famílias), Transações Correntes com o Resto do Mundo, Capital e a Conta Corrente das Autoridades Públicas. Esse sistema considera apenas os produtos finais, excluindo as transações de bens intermediários (bens que já entraram na composição dos produtos finais, como matérias primas e componentes).

MATRIZ INSUMO - PRODUTO

Conhecida também como Matriz de Relações Inter-setoriais ou Matriz de Leontief.Considera também as transações intermediárias, permitindo uma visão mais completa das relações estruturais da economia. É uma matriz de dupla-entrada:

colunas: tudo que o setor gasta com insumos dos demais setores, e com remunerações a fatores de produção (salários, juros, aluguéis e lucros).

linhas: tudo que o setor vende aos demais setores (bens intermediários), e aos compradores de bens finais (famílias, governo, setor externo e bens de capital para empresas).

Page 3: PROFESSOR MARCO ANTONIO S. VASCONCELLOS AGREGADOS MACROECONÔMICOS (CONTABILIDADE SOCIAL)

PROFESSOR MARCO ANTONIO S. VASCONCELLOS

PRODUTO INTERNO BRUTO (PIB)(OFERTA AGREGADA DE BENS E SERVIÇOS)

É O VALOR DE TODOS OS BENS E SERVIÇOS FINAIS* PRODUZIDOS NUM DETERMINADO PERÍODO DE TEMPO

PIB = pi qi

i = 1,2,3,...n BENS E SERVIÇOS FINAIS;p = PREÇO UNITÁRIO MÉDIO DO ANOq = QUANTIDADE

PIB = p . q +...+ p . q +...+ p . q SACAS SACAS FOGÃO FOGÕES PASSAGENS PASSAGENS CAFÉ CAFÉ METRÔ METRÔ

* EXCLUI BENS INTERMEDIÁRIOS, COMO MATÉRIAS- PRIMAS E COMPONENTES, QUE SÃO TRANSFORMADOS OU INCORPORADOS NOS BENS FINAIS

SETOR PRIMÁRIO (AGRICULTURA, PECUÁRIA,

PESCA E EXTRAÇÃO VEGETAL)

SETOR SECUNDÁRIO (INDÚSTRIA, EXTRAÇÃO

MINERAL)

SETOR TERCIÁRIO (SERVIÇOS, COMÉRCIO,

TRANSPORTES, COMUNICAÇÃO E SISTEMA

FINANCEIRO)

Page 4: PROFESSOR MARCO ANTONIO S. VASCONCELLOS AGREGADOS MACROECONÔMICOS (CONTABILIDADE SOCIAL)

PROFESSOR MARCO ANTONIO S. VASCONCELLOS

É a soma dos rendimentos pagos aos proprietários dos fatores de produção (trabalho, capital, terra), na forma de salários, juros, aluguéis e lucros.

RN = Salários + Juros + Aluguéis + Lucros

Mostra, portanto, como a renda é distribuída na sociedade.

RENDA NACIONAL

Page 5: PROFESSOR MARCO ANTONIO S. VASCONCELLOS AGREGADOS MACROECONÔMICOS (CONTABILIDADE SOCIAL)

PROFESSOR MARCO ANTONIO S. VASCONCELLOS

MEDIÇÃO PRÁTICA DO PRODUTO / RENDA NACIONAL

VALOR ADICIONADO: É a renda (riqueza) agregada por cada setor de

atividade, em cada etapa do processo de produção.

Medido pelo IBGE a partir de notas fiscais (ICMS,IPI)

V.A.=RECEITA DE VENDAS - COMPRAS DE BENS E SERVIÇOS INTERMEDIÁRIOS

EXEMPLO (EM MIL R$)

TRIGO FARINHA PÃO

A.RECEITA DE VENDAS 100.000 400.000 1.000.000 PIB

B.COMPRAS INTERMEDIÁRIAS 0 100.000 400.000

C.VALOR ADICIONADO (A-B) 100.000 300.000 600.000 = 1.000.000 RN RENDA PAGA RENDA PAGA RENDA PAGA (A-B) PELO SETOR PELO SETOR PELO SETOR TRIGO AOS FARINHA AOS PANIFICAÇÃO FATORES DE FATORES DE AOS FATORES PRODUÇÃO PRODUÇÃO DE PRODUÇÃO (V.A. TRIGO) (V.A. FARINHA) (V.A. PÃO)

Produto Interno Bruto = Renda Nacional

Page 6: PROFESSOR MARCO ANTONIO S. VASCONCELLOS AGREGADOS MACROECONÔMICOS (CONTABILIDADE SOCIAL)

PROFESSOR MARCO ANTONIO S. VASCONCELLOS

AGREGADOS DO SETOR DE FORMAÇÃO DE CAPITAL

POUPANÇA AGREGADA ( S )

Toda Renda Nacional recebida pelas famílias (proprietários dos fatores de produção), na forma de

salários, juros, aluguéis e lucros, e que não foi gasta em bens de consumo e em impostos.

INVESTIMENTO AGREGADO (I) (ou Taxa de Acumulação de Capital)

Aumento do estoque de capital físico, da capacidade

produtiva da economia.

Bens produzidos e não consumidos num dado período, que ficam para os próximos períodos.

Componentes do Investimento Agregado

1. máquinas e equipamentos Investimentos em2. imóveis em bens de capital

3. variação de estoques

Ibk

DEPRECIAÇÃO ( d )d = desgaste e obsolescência do estoque de capital no período

INVESTIMENTO BRUTO (IB) E LÍQUIDO (IL)

IL = IB - depreciação

E

EI= Ibk +

Page 7: PROFESSOR MARCO ANTONIO S. VASCONCELLOS AGREGADOS MACROECONÔMICOS (CONTABILIDADE SOCIAL)

PROFESSOR MARCO ANTONIO S. VASCONCELLOS

AGREGADOS DO SETOR PÚBLICO

IMPOSTOS INDIRETOS

IMPOSTOS DIRETOS

CONTRIBUIÇÕES PREVIDENCÍÁRIAS

OUTRAS RECEITAS: TAXAS, MULTAS, PEDÁGIOS, ETC

AUTARQUIAS, MINISTÉRIOS E SECRETARIAS

EMPRESAS ESTATAIS

TRANSFERÊNCIAS E SUBSÍDIOS AO SETOR PRIVADO

RECEITA FISCAL

GASTOS PÚBLICOS

Page 8: PROFESSOR MARCO ANTONIO S. VASCONCELLOS AGREGADOS MACROECONÔMICOS (CONTABILIDADE SOCIAL)

PROFESSOR MARCO ANTONIO S. VASCONCELLOS

CLASSIFICAÇÃO DOS IMPOSTOS

Impostos Diretos: incidem sobre a renda e patrimônio (Imp. Renda, IPTU).

São Progressivos: quem ganha mais, paga relativamente mais. As alíquotas aumentam, quanto maior a renda e o patrimônio das pessoas. Impostos Indiretos: incidem sobre o preço das mercadorias (ICMS, IPI).

São Regressivos: os pobres pagam mais, em relação à sua renda (o valor do imposto sobre as mercadorias é fixo: todos pagam, digamos, R$ 100,00

de ICMS sobre o preço de uma TV).

Estrutura Tributária Brasileira: quase 70% da carga tributária é de Impostos Indiretos: - injusta (onera o mais pobre)

- ineficiente (onera os preços dos produtos, reduzindo portanto a competitividade de nossas exportações)

Page 9: PROFESSOR MARCO ANTONIO S. VASCONCELLOS AGREGADOS MACROECONÔMICOS (CONTABILIDADE SOCIAL)

PROFESSOR MARCO ANTONIO S. VASCONCELLOS

CONCEITOS DE DÉFICIT PÚBLICO

DÉFICIT PRIMÁRIO OU FISCAL:

Gastos do exercício > Receita do exercício exclui juros da dívida pública

Os conceitos de déficit e dívida pública incluem as 3 esferas de Governo (União, Estados e Municípios), Administração Direta, Autarquias, Empresas Estatais e Previdência Social.

DÉFICIT NOMINAL OU TOTAL:

Déficit primário + Juros nominais (correntes) da dívida pública

DEFÍCIT PÚBLICO X DÍVIDA PÚBLICA

Déficit: Variação (fluxo) durante um certo período (no mês, no trimestre, no ano).

Dívida: Valor acumulado(saldo) até um dado momento do tempo. É o estoque total.

Brasil 2001 (% do PIB): Déficit Total = 3,6%

Juros da dívida = 7,3%Superávit Primário = 3,7%

Page 10: PROFESSOR MARCO ANTONIO S. VASCONCELLOS AGREGADOS MACROECONÔMICOS (CONTABILIDADE SOCIAL)

PROFESSOR MARCO ANTONIO S. VASCONCELLOS

AGREGADOS DO SETOR EXTERNO

EXPORTAÇÕES

IMPORTAÇÕES

PIB, PNB E RENDA LÍQUIDA DE FATORES EXTERNOS

PNB = PIB + RLFE

PNB: Produto pertencente aos nacionais

PIB: Tudo que é produzido dentro do território nacional (empresas

nacionais e estrangeiras)

RLFE: Diferença entre renda recebida do exterior (RR) e renda enviada ao exterior (RE), na forma de juros,lucros,royalties e assistência técnica. No Brasil, é chamada de Renda Enviada ao Exterior

RLFE = RR - RE

Page 11: PROFESSOR MARCO ANTONIO S. VASCONCELLOS AGREGADOS MACROECONÔMICOS (CONTABILIDADE SOCIAL)

PROFESSOR MARCO ANTONIO S. VASCONCELLOS

FONTE: IBGE e FGV-RJ (*) ESTIMATIVA IBGE

PRODUTO INTERNO BRUTO (PIB)

1990 11.549 100 2.596 11.549 -4,31 -5,90

1991 60.286 516 416 11.683 1,01 -0,57

1992 640.959 5.516 969 11.620 -0,54 -2,07

1993 14.097.114 115.626 1.996 12.192 4,92 3,36

1994 349.204.679 2.705.964 2.240 12.905 5,85 4,33

1995 646.191.517 4.804.405 77,55 13.450 4,22 2,76

1996 778.886.727 5.640.837 17,41 13.808 2,66 1,25

1997 870.743.034 6.106.206 8,25 14.259 3,27 1,88

1998 913.735.044 6.393.808 4,71 14.291 0,22 -1,11

1999 960.857.736 6.670.660 4,33 14.404 0,79 -0,54

2000 1.086.699.881 7.222.518 8,30 15.046 4,46 3,10

2001 1.184.768.830 7.757.278 7,40 15.273 1,51 0,19

2002(*) 1.520.416.400 9.805.975 26,41 15.505 1,52 0,21

ANO PIBA PREÇOS

CORRENTES(R$ 1.000)

(1)

ÍNDICE GERAL DE PREÇOS PIB REAL(A PREÇOS CONSTANTES DE 1990)

ÍNDICEBASE

1990 = 100

(2)

TAXA DEINFLAÇÃO (%)

(3)

R$ 1.000 TAXA DECRESCIMENTO

(%)

(5)

(1)

(2)(4) = . 100

PIB REAL

PER CAPITA -TAXA DE

CRESCIMENTO

(%)

(6)

Page 12: PROFESSOR MARCO ANTONIO S. VASCONCELLOS AGREGADOS MACROECONÔMICOS (CONTABILIDADE SOCIAL)

PROFESSOR MARCO ANTONIO S. VASCONCELLOS

PIB NOMINAL E PIB REAL

PIB1990 = p1990 q1990 = PRODUTO DE 1990, AVALIADO A PREÇOS DE 1990 PIB1991 = p1991 q1991 = PRODUTO DE 1991, AVALIADO A PREÇOS DE 1991 . . . . PIB2002 = p2002 q2002 = PRODUTO DE 2002, AVALIADO A PREÇOS DE 2002

PIB REAL (OU PIB DEFLACIONADO): PIB A PREÇOS CONSTANTES DE UM ANO QUALQUER (CHAMADO ANO-BASE)

Por exemplo, supondo 1990 como ano-base:

PIB REAL1990 = p1990 q1990 = PRODUTO DE 1990, AVALIADO A PREÇOS DE 1990 (*)PIB REAL1991 = p1990 q1991 = PRODUTO DE 1991, AVALIADO A PREÇOS DE 1990 . . . . PIB REAL2002 = p1990 q2002 = PRODUTO DE 2002, AVALIADO A PREÇOS DE 1990

(*) No ano (ou mês, se forem dados mensais) escolhido como base, o PIB corrente = PIB real

PIB NOMINAL OU PIB MONETÁRIO: PIB A PREÇOS CORRENTES DO ANO

Page 13: PROFESSOR MARCO ANTONIO S. VASCONCELLOS AGREGADOS MACROECONÔMICOS (CONTABILIDADE SOCIAL)

PROFESSOR MARCO ANTONIO S. VASCONCELLOS

DEFLAÇÃO

Transformação de valores a preços correntes para valores a preços constantes (descontada a inflação).

EXEMPLOS:

PIB:PIB Corrente (nominal)

Índice Geral de Preços (IGP). 100

Receitas de Vendas Correntes . 100Índice de Preços Siderúrgicos

Vendas Reais =

Receita de Vendas (por exemplo, do setor Siderúrgico):

PIB Real =

Page 14: PROFESSOR MARCO ANTONIO S. VASCONCELLOS AGREGADOS MACROECONÔMICOS (CONTABILIDADE SOCIAL)

PROFESSOR MARCO ANTONIO S. VASCONCELLOS

EXEMPLO DE DEFLAÇÃO

DIA\MÊS

FATURAMENTODO SETOR

..........................

(R$ MIL)

FATURAMENTO REAL

(A PREÇOSDE JANEIRO)

(R$ MIL)

TAXA DECRESCIMENTO

REAL DOFATURAMENTO

(%)

JANEIRO

FEVEREIRO

MARÇO

15.000

18.200

22.400 140

130

100

ÍNDICE DE PREÇOS DO

SETOR ...........................

(JANEIRO=100)

CALCULAR OS VALORES DAS DUAS ÚLTIMAS COLUNAS

Page 15: PROFESSOR MARCO ANTONIO S. VASCONCELLOS AGREGADOS MACROECONÔMICOS (CONTABILIDADE SOCIAL)

PROFESSOR MARCO ANTONIO S. VASCONCELLOS

PIB EM DÓLARES

PIB em dólares correntes: preços em dólares correntes

PIB = PBrasil qBrasil (preços em US$ no Brasil)

Não deve ser utilizado para comparações internacionais, pois reflete a política cambial de cada país, que por sua vez não necessariamente representa o poder de compra da população do país.

PIB em dólares PPP (Purchasing Power Parity): produção do país, medida a preços das mercadorias nos USA (país base, ou de referência).

PIBPPP Brasil = PUSA qBrasil (preços em US$ nos USA)

PIBPPP China = PUSA qChina

O PIB PPP é a forma mais adequada para comparações internacionais, já que todos os países tem a mesma base de referência: os preços das mesmas mercadorias e serviços nos Estados Unidos, multiplicados pelas quantidades de bens e serviços produzidas em cada país. Como são os mesmos preços para todos os países, o PIB PPP representa então a variação real da atividade econômica dos países, independente de variações de sua política cambial.

Para avaliar o crescimento do PIB do país ao longo do tempo, recomenda-se utilizar o PIB real (deflacionado), na moeda corrente do país, e não em dólares, justamente para evitar o efeito de mudaças na política cambial.

Page 16: PROFESSOR MARCO ANTONIO S. VASCONCELLOS AGREGADOS MACROECONÔMICOS (CONTABILIDADE SOCIAL)

PROFESSOR MARCO ANTONIO S. VASCONCELLOS

EM 2000, DE UM TOTAL DE 174 PAISES:         67 tem posição IDH < posição PIB per capita (inclusive o Brasil)        107 tem posição IDH > posição PIB per capita   ( (*)O IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) é um indicador elaborado pela ONU que mede a qualidade de vida das pessoas, e não apenas a dimensão econômica do país. Varia de 0 a 1: quanto mais próximo de 1, maior o padrão de desenvolvimento humano. É uma média aritmética de três indicadores:- - Índice de esperança de vida (medida que reflete as condições de saúde e saneamento)-    - Índice de educação (composto de 1/3 da taxa de escolaridade, e 2/3 taxa de alfabetização de adultos) - Índice do PIB real per capita

•Esperança de vida ao nascer (anos) 66.8 anos 67.7 anos•Taxa de alfabetização de adultos (%) 84.0% 85.2%•Taxa de escolaridade bruta (1º, 2 º e 3 º graus) (%) 80.0% 80.0%

•PIB per capita (dólares PPP) US$6.480 US$ 7.625=

Classificação entre 174 países 63 º 60 º

•IDH 0,739 0,757

Classificação entre 174 países 79 º 73 º

IDH BRASIL – 1997 e 2000 (*)

174 países

1997 2000

Page 17: PROFESSOR MARCO ANTONIO S. VASCONCELLOS AGREGADOS MACROECONÔMICOS (CONTABILIDADE SOCIAL)

PROFESSOR MARCO ANTONIO S. VASCONCELLOS

INDICE DE DESENVOLVIMENTO HUMANOAmostra de países - 1997

PAÍS IDHClassificação no

IDHClassificação noPIB Per Capita

CanadáLuxemburgo

BruneiEslovênia

ChileKuwait

República ChecaBahrein

ArgentinaUruguaiQuatar

Emirados ÁrabesPolônia

Costa RicaCuba

BulgáriaArábia Saudita

BrasilGeórgia

Omam

0,9320,9020,8780,8450,8440,8330,8330,8320,8270,8260,8140,8120,8020,8010,7650,7580,7400,7390,7290,725

117253334353637394041434445586378798589

PPP

1312

38365

3929404518256261

105864163

12242

Fonte: PNUD, 1999

Page 18: PROFESSOR MARCO ANTONIO S. VASCONCELLOS AGREGADOS MACROECONÔMICOS (CONTABILIDADE SOCIAL)

PROFESSOR MARCO ANTONIO S. VASCONCELLOS

DEMANDA AGREGADA DE BENS E SERVIÇOS

É O VALOR DAS DESPESAS DOS VÁRIOS AGENTES (SETORES) NA COMPRA DE BENS E SERVIÇOS FINAIS PRODUZIDOS INTERNAMENTE, NUM DETERMINADO

PERÍODO DE TEMPO

(Agentes = 4 macro-setores:famílias,empresas,governo,setor externo)

DA = CONSUMO DAS FAMÍLIAS+ INVESTIMENTO DAS EMPRESAS* + GASTOS DO GOVERNO + GASTOS LÍQUIDOS DO SETOR EXTERNO (EXPORTAÇÕES -

IMPORTAÇÕES)

(*) COMPÕE-SE DE INVESTIMENTOS EM BENS E CAPITAL (AUMENTO FÍSICO DA CAPACIDADE PRODUTIVA (MÁQUINAS, EQUIPAMENTOS, CONSTRUÇÕES) E ESTOQUES EM GERAL. TRATA-SE DE UM CONCEITO FÍSICO, NÃO FINANCEIRO.

Page 19: PROFESSOR MARCO ANTONIO S. VASCONCELLOS AGREGADOS MACROECONÔMICOS (CONTABILIDADE SOCIAL)

PROFESSOR MARCO ANTONIO S. VASCONCELLOS

NÚMEROS ÍNDICES

Page 20: PROFESSOR MARCO ANTONIO S. VASCONCELLOS AGREGADOS MACROECONÔMICOS (CONTABILIDADE SOCIAL)

PROFESSOR MARCO ANTONIO S. VASCONCELLOS

NÚMEROS ÍNDICES

CONCEITO : Número índice é uma estatística da variação de um conjunto composto por bens fisicamente diferentes.

Exemplo: supondo apenas 3 bens

Média Aritmética Ponderada = 0.15 x 0.34 + 0.05 x 0.65 + 1 x 0.01 = 0.0925 ou 9,25%

CARNE 15% 34%ARROZ 5% 65%

FÓSFORO 100% 1%

100%

Variação de preços Participação no gasto

no mês total do consumidor

Page 21: PROFESSOR MARCO ANTONIO S. VASCONCELLOS AGREGADOS MACROECONÔMICOS (CONTABILIDADE SOCIAL)

PROFESSOR MARCO ANTONIO S. VASCONCELLOS

COMPONENTES DE UM NÚMERO ÍNDICE

1. VARIAÇÃO DE PREÇOS NO PERÍODO

• período no qual os preços devem ser coletados• cesta de consumo (produtos incluídos na amostra)• região abrangida

2. IMPORTÂNCIA RELATIVA (PESO) DE CADA BEM

• cesta de consumo (produtos incluídos na amostra)• época da pesquisa básica do padrão de consumo• classes de renda a serem abrangidas

3. FÓRMULA DE CÁLCULO

• média aritmética, harmônica ou geométrica ponderada

Page 22: PROFESSOR MARCO ANTONIO S. VASCONCELLOS AGREGADOS MACROECONÔMICOS (CONTABILIDADE SOCIAL)

PROFESSOR MARCO ANTONIO S. VASCONCELLOS

EDUCAÇÃO: 3,78%1- Matrícula e mensalidade, livro didático, material escolar.

SAÚDE: 7,08%1- Remédio (antiinfecciosos, analgésicos, etc.)2- Serviços médicos (dentista, médico, oculista, laboratório, etc.)

ESTRUTURA DE UM ÍNDICE DE CUSTO DE VIDA

•Ponderações com base no orçamento familiar de 1999•Famílias cuja renda é de 1 a 20 salários mínimos

ALIMENTAÇÃO: 22,73%

1.1- No domicílio - Industrializados (café, açúcar)

1.2- No domicílio - semi-elaborados (vários tipos de carnes, arroz, leite, etc.)

1.3- No domicílio - produtos “in-natura” (várias frutas, cebolas, peixe fresco, etc.)

2- Fora do domicílio (lanche, cafezinho)

DESPESAS PESSOAIS: 12,30%1- Fumo e bebidas (cigarro, fósforo, cerveja, vinho, pó para refresco, etc.)2- Recreação e cultura (cinema, futebol, jornais, revistas, etc.)3- Despesas diversas (loteria, seguro de vida, etc.)4- Higiene e beleza (sabonete, lâmina de barbear, papel higiênico, baton, etc.)5- Serviços pessoais (manicure, etc.)

HABITAÇÃO: 32,79%1- Manutenção do domicílio (luz, água/esgoto, gás de botijão, gás de rua, IPTU, etc.)2- Aluguel3- Artigos de limpeza (sabão em pó, detergente, etc.)4- Cama, mesa e banho (lençol, toalha, filtros de papel, etc.)

VESTUÁRIO: 5,29%1- Roupa masculina2- Roupa feminina3- Calçados4- Jóias e relógios5- Tecidos6- Armarinhos

TRANSPORTE: 16,03%1- Veículo próprio (gasolina, álcool, óleo, licenciamento, etc.)2- Transportes urbanos (ônibus, metrô, táxi, etc.)

•IPC - FIPE

Page 23: PROFESSOR MARCO ANTONIO S. VASCONCELLOS AGREGADOS MACROECONÔMICOS (CONTABILIDADE SOCIAL)

PROFESSOR MARCO ANTONIO S. VASCONCELLOS

PRINCIPAIS ÍNDICES DE PREÇOSÍNDICE/ENTIDADE PERÍODO DE LOCAL DE ORÇAMENTO UTILIZAÇÃO

COLETA PESQUISA FAMILIAR EM DE PREÇOS SALÁRIOS MÍNIMOS

INPC IBGE Mês Completo 11 regiões metropolitanas 1 a 8 SM Genérico

IPCA IBGE Mês Completo 11 regiões metropolitanas 1 a 40 SM Genérico

IGP FGV Mês Completo Rio/SP e 10 regiões 1 a 33 SM (inclui preços por Contratosmetropolitanas atacado e construção civil)

IGP-M FGV* Dias 21 a 20 Rio/SP e 10 regiões 1 a 33 SM (inclui preços por Tendência do IGP metropolitanas atacado e construção civil)

IPC FIPE** Mês Completo Município de São Paulo 1 a 20 SM Impostos Estaduais e Municipais (SP)

ICV Dieese*** Mês Completo Região Metropolitana 1 a 30 SM Referência parade São Paulo Acordos Salariais

Índices: Instituições: Notas

INPC:Índice Nacional de Preços ao Consumidor; IBGE: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística; * Divulga prévias de 10 IPCA:Índice de Preços ao Consumidor Amplo; FGV: Fundação Getúlio Vargas em 10 diasIGP:Índice Geral de Preços FIPE: Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas; **Divulga taxas quadrissemanaisIGP-M:Índice Geral de Preços do Mercado; DIEESE: Departamento Intersindical de Estatística e ***Pesquisa também para famílias IPC:Índice de Preços ao Consumidor; Estudo Sócio-Econômico com renda de 1 a 3 SM e de ICV:Índice de Custo de Vida; 1 a 5 SM

Page 24: PROFESSOR MARCO ANTONIO S. VASCONCELLOS AGREGADOS MACROECONÔMICOS (CONTABILIDADE SOCIAL)

PROFESSOR MARCO ANTONIO S. VASCONCELLOS

O CONCEITO DE “CORE INFLATION”

Como a oferta tende posteriormente a se recompor, cessado o período crítico, o Banco Central, conhecendo o núcleo, não precisa alterar a política monetária (por exemplo, elevando a taxa de juros, com o objetivo de controlar a inflação). O Banco Central só deve atuar se o núcleo se alterar, o que só ocorrerá se houver um descompasso persistente entre a demanda agregada e a produção agregada de bens e serviços (normalmente associado à inflação de demanda, e não aos choques de oferta).

Essas variações transitórias estão normalmente associadas aos chamados choques de oferta, tais como escassez de energia, elevação de preços do petróleo, geadas, aumento de tarifas públicas, etc..., que redundam em queda da oferta agregada, e em inflação de custos.

Core Inflation (núcleo da inflação) é um índice de inflação, onde se expurga as variações transitórias, sazonais ou acidentais, que não provocam um processo inflacionário. Não representam pressões estruturais, cumulativas, sobre os preços.

Em muitos países, como nos Estados Unidos, a política monetária é norteada a partir do conceito de “Core Inflation”, ao invés da fixação de uma meta de inflação (“Inflation Target”), como no Brasil.

Page 25: PROFESSOR MARCO ANTONIO S. VASCONCELLOS AGREGADOS MACROECONÔMICOS (CONTABILIDADE SOCIAL)

PROFESSOR MARCO ANTONIO S. VASCONCELLOS

BALANÇO DE PAGAMENTOS

Page 26: PROFESSOR MARCO ANTONIO S. VASCONCELLOS AGREGADOS MACROECONÔMICOS (CONTABILIDADE SOCIAL)

PROFESSOR MARCO ANTONIO S. VASCONCELLOS

BALANÇO DE PAGAMENTOS

CONCEITO

Registro contábil de todas as transações de um país com o resto

- mercadorias (físicas)

- serviços (intangíveis, “invisíveis”)

- capitais financeiros (investimentos, empréstimos e financiamentos)

É um fluxo, definido num dado período (mês, ano). Não mostra o estoque ( nível) da dívida externa, mas sua variação no período.

do mundo.

Transações

Page 27: PROFESSOR MARCO ANTONIO S. VASCONCELLOS AGREGADOS MACROECONÔMICOS (CONTABILIDADE SOCIAL)

PROFESSOR MARCO ANTONIO S. VASCONCELLOS

ESTRUTURA DO BALANÇO DE PAGAMENTOS

•BALANÇA COMERCIAL (A)

•BALANÇO DE SERVIÇOS (B)

•TRANSFERÊNCIAS UNILATERAIS (DONATIVOS) (C)

•BALANÇO DE CAPITAIS FINANCEIROS (E)

EXPORTAÇÕES FOB*IMPORTAÇÕES FOB*

JUROS DA DÍVIDA EXTERNALUCROS (INCLUSIVE REINVESTIDOS)“ROYALTIES”FRETES SEGUROS VIAGENS INTERNACIONAIS

INVESTIMENTOS DIRETOS REINVESTIMENTOS DE MULTI NACIONAIS JÁ INSTALADAS NO PAÍSFINANCIAMENTOS DE MÉDIO E LONGO PRAZOSEMPRÉSTIMOS PRIVADOSAMORTIZAÇÕESCAPITAIS DE CURTO PRAZOEMPRÉSTIMOS DE REGULARIZAÇÃO (FMI)

•BALANÇO DE TRANSAÇÕESCORRENTES (SALDO EM CONTA-CORRENTEDO BALANÇO DE PAGAMENTOS)

(D=A+B+C)

• BALANÇO DE PAGAMENTOS (F=D+E)

*FOB = FREE ON BOARD (SEM CUSTOS DE SEGUROS E FRETES) - CIF: COST, INSURANCE, FREIGHT (COM CUSTOS)

Page 28: PROFESSOR MARCO ANTONIO S. VASCONCELLOS AGREGADOS MACROECONÔMICOS (CONTABILIDADE SOCIAL)

PROFESSOR MARCO ANTONIO S. VASCONCELLOS

1990 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002

A. BALANÇA COMERCIAL 10.7 10.4 (3.2) (5.5) (8.4) (6.4) (1.2) (0.7) 2.6 13.1

Exportações FOB 31.4 43.6 46.5 47.7 53.0 51.1 48.0 54.9 58.2 60.4

Importações FOB 20.7 33.2 49.7 53.3 61.4 57.5 49.2 55.6 55.6 47.3

B. SERVIÇOS (15.3) (14.4) (18.6) (21.7) (27.3) (30.4) (25.2) (26.4) (27.5) (23.3)

Juros (9.8) (6.4) (8.2) (9.8) (10.6) (12.1) (15.2) (15.9) (14.9) (13.1)

Lucros e Dividendos (1.6) (2.5) (2.6) (2.4) (5.6) (6.9) (4.1) (3.6) (5.0) (5.2)

Viagens Internacionais (0.1) (1.2) (2.4) (3.6) (4.4) (4.3) (1.4) (2.1) (1.5) (0.4)

Outros Serviços (3.8) (4.3) (5.4) (5.9) (6.7) (7.1) (4.5) (4.8) (5.0) (4.6)

C. TRANSFERÊNCIAS UNILATERAIS 0.8 2.6 4.0 2.9 2.2 1.9 2.0 1.8 1.6 2.4

D. CONTA CORRENTE (3.8) (1.5) (17.8) (24.3) (33.4) (35.0) (24.4) (25.3) (23.2) (7.8)

E. CAPITAIS 0.4 14.8 29.8 33.0 25.5 26.5 16.6 20.9 26.8 (12.0)

Investimentos Diretos 0.4 8.1 4.7 9.4 17.1 26.1 30.1 29.8 24.9 16.6

Empréstimos/Financiamentos 11.1 11.0 18.5 32.4 40.2 34.1 38.4 18.9 33.5 26.1

Amortizações (11.1) (6.6) (11.0) (14.4) (28.8) (33.7) (51.9) (27.8) (31.6) (30.5)

BALANÇO DE PAGAMENTOS DO BRASIL

Fonte: Banco Central

Page 29: PROFESSOR MARCO ANTONIO S. VASCONCELLOS AGREGADOS MACROECONÔMICOS (CONTABILIDADE SOCIAL)

PROFESSOR MARCO ANTONIO S. VASCONCELLOS

Exercício sobre Balanço de Pagamentos

Dados em US$ Bilhões: Exportações FOB..........................................................60 Importações FOB pagas à vista...................................56 Juros pagos...................................................................10 Lucros remetidos.......................................................... 8 Transferências receb.de trabalhadores brasileiros... 3 Investimentos estrangeiros no Brasil......................... 23 Financiamentos recebidos do Banco Mundial............10 Amortizações pagas...................................................... 9 Lucros recebidos do exterior....................................... 1 Royalties pagos............................................................. 2 Viagens ao exterior........................................................ 5 Lucros reinvestidos de multinacionais no Brasil....... 2 Importações financiadas por empréstimos externos..5 pede-se a) calcular o saldo da Balança Comercial b) calcular o saldo do Balanço de Serviços c) calcular o saldo das Transferências Unilaterais d) calcular o saldo em conta corrente do Balanço de Pagamentos e) calcular o saldo do Balanço (Movimento de Capitais) f) calcular o saldo do Balanço de Pagamentos

Page 30: PROFESSOR MARCO ANTONIO S. VASCONCELLOS AGREGADOS MACROECONÔMICOS (CONTABILIDADE SOCIAL)

PROFESSOR MARCO ANTONIO S. VASCONCELLOS

OBSERVAÇÕES SOBRE ECONOMIA BRASILEIRA

ATUAL

Page 31: PROFESSOR MARCO ANTONIO S. VASCONCELLOS AGREGADOS MACROECONÔMICOS (CONTABILIDADE SOCIAL)

PROFESSOR MARCO ANTONIO S. VASCONCELLOS

INSTRUMENTOS DE POLÍTICA ECONÔMICA NO PLANO REALPOLÍTICA FISCAL• EQUILÍBRIO ORÇAMENTÁRIO, ATRAVÉS: - IPMF (1994/1995) - CPMF (1996/....) - FUNDO SOCIAL DE EMERGÊNCIA (FSE) - 1994/95 - FUNDO DE ESTABILIZAÇÃO FISCAL (FEF) - 1996/99 - DESVINCULAÇÃO DE RECEITAS DA UNIÃO (DRU) - 2000/2003 - LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL

POLÍTICA MONETÁRIA• REFORMA MONETÁRIA (TROCA DE MOEDA:

CRUZEIRO REAL URV REAL)• JUROS ELEVADOS• COMPULSÓRIO ELEVADO• METAS INFLACIONÁRIAS (após jan/99)

POLÍTICA CAMBIAL• BANDA CAMBIAL (CÂMBIO FIXO) (até janeiro/99)• VALORIZAÇÃO (APRECIAÇÃO) DO REAL (até jan/99) ÂNCORA CAMBIAL• CÂMBIO FLUTUANTE (após jan/ 99)

• CONSOLIDAÇÃO DA ABERTURA COMERCIAL (REDUÇÃO DO IMPOSTO DE IMPORTAÇÃO) INICIADA EM 1990POLÍTICA DE RENDAS

• REAJUSTES SALARIAIS LIBERADOS

POLÍTICA COMERCIAL

ÂNCORA MONETÁRIA

Page 32: PROFESSOR MARCO ANTONIO S. VASCONCELLOS AGREGADOS MACROECONÔMICOS (CONTABILIDADE SOCIAL)

PROFESSOR MARCO ANTONIO S. VASCONCELLOS

PLANO REAL: RESULTADOS POSITIVOS REDUÇÃO DA TAXA DE INFLAÇÃO

• JUNHO 1994: 48,2%(IPC-FIPE) no mês• 2002: 9,92% (IPC-FIPE), 12,53% (IPCA-IBGE), 26,41%(IGP-DI) no ano

CRESCIMENTO ECONÔMICO MODERADO• 10 ANOS CONSECUTIVOS DE CRESCIMENTO DO PIB (1993/2002):média 2,6% a.a.

AUMENTO DOS INVESTIMENTOS DIRETOS ESTRANGEIROS• 1994: US$ 0,9 bilhões• 1999: US$ 30 bilhões (O Brasil foi o 3o. país do mundo em Investimento • 2000: US$ 31 bilhões Direto Estrangeiro-IDE- na década de 90, ficando• 2001: US$ 23 bilhões atrás apenas dos Estados Unidos e da China)• 2002: US$ 17 bilhões

MELHORIA NO PERFIL DE DISTRIBUIÇÃO DE RENDA• REDUÇÃO DO IMPOSTO INFLACIONÁRIO,BENEFICIANDO OS ASSALARIADOS• ÍNDICE DE GINI: 1989: 0,63 1990: 0,62 1999: 0,576 2000: 0,572 Varia de 0 - perfeita distribuição - a 1 - renda concentrada numa pessoa -. Acima de 0,5 : renda muito concentrada.

MELHORIA DOS INDICADORES DE EDUCAÇÃO E SAÚDE• AUMENTO DA EXPECTATIVA DE VIDA AO NASCER• AUMENTO DA TAXA DE ESCOLARIDADE E QUEDA DA EVASÃO ESCOLAR

MAIOR CONTROLE E TRANSPARÊNCIA DAS CONTAS PÚBLICAS

• SUPERÁVIT PRIMÁRIO• LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL

Page 33: PROFESSOR MARCO ANTONIO S. VASCONCELLOS AGREGADOS MACROECONÔMICOS (CONTABILIDADE SOCIAL)

PROFESSOR MARCO ANTONIO S. VASCONCELLOS

PLANO REAL:PROBLEMAS

• redução da taxa de investimento, comprometendo a expansão da capacidade produtiva, do nível de atividade e do emprego

AUMENTO DA DÍVIDA PÚBLICA• 1993: 27% do PIB 2002: 56% do PIB AUMENTO DA CARGA TRIBUTÁRIA• 1994: 24% do PIB 2002: 37% do PIB (necessidade de obter superávits primários)

• desestímulo às exportações• concorrência das importações com a produção interna,comprometendo o emprego nos setores concorrentes com importações.• déficit na balança comercial: levou à necessidade de absorver capitais financeiros internacionais, em grande parte especulativos• resultado: “armadilha cambial”:restrição externa ao crescimento do país

JUROS ELEVADOS

VALORIZAÇÃO CAMBIAL (ÂNCORA CAMBIAL)(até janeiro/99) E ABERTURA COMERCIAL

ELEVAÇÃO DA TAXA DE DESEMPREGO • Década de 80: entre 3 e 4% da PEA (População Economicamente Ativa) • 1994/1997: cerca de 4% da PEA• 1998/2002: cerca de 7,5 a 8% da PEA (Metodologia anterior)

Page 34: PROFESSOR MARCO ANTONIO S. VASCONCELLOS AGREGADOS MACROECONÔMICOS (CONTABILIDADE SOCIAL)

PROFESSOR MARCO ANTONIO S. VASCONCELLOS

ALGUMAS JUSTIFICATIVAS

• Restrições políticas: Apesar dos avanços (controle da inflação, superávits primários, Lei da Responsabilidade Fiscal, equacionamento da previdência do setor privado, adoção do câmbio flutuante, não foram feitas todas as reformas necessárias, por restrições políticas, principalmente a reforma da previdência do setor público (negociação com partidos de oposição, que tem

sua base eleitoral no setor público, e reforma tributária (negociação com governadores).

• As mudanças do panorama do mercado financeiro internacional:as crises do México, Sudeste da Ásia, Rússia e Argentina, as manipulações contábeis dos balanços de empresas norte-americanas (Enron, Worldcom), o ataque ao World Trade Center, o conflito árabe-israelense, a possibilidade de guerra no Iraque (agora concretizada), provocou um aumento mundial da aversão ao risco, principalmente do capital financeiro internacional.

• Eleições presidenciais de 2002: possibilidade de profundas mudanças da política econômica brasileira (postura perante o FMI, ajuste fiscal, dívidas externa e interna, restrições ao capital estrangeiro,etc.),elevando o Risco- Brasil, a taxa de câmbio e a inflação.

Page 35: PROFESSOR MARCO ANTONIO S. VASCONCELLOS AGREGADOS MACROECONÔMICOS (CONTABILIDADE SOCIAL)

PROFESSOR MARCO ANTONIO S. VASCONCELLOS

ERROS, CUSTOS E AZARES DE POLÍTICA ECONÔMICA Depende do juízo de valor de cada um. Para a oposição, todaa política econômica ”neo-liberal” dos anos 90 foi um erro (“vamos mudar tudo que está aí”).Opinião do professor: ERROS : - política comercial 1994/1996, que poderia ser agilizada para compensar política cambial,que continha um viés anti-exportações. Isso só foi feito em 1997 (Lei Kandir). - política cambial 1998 (Governo preferiu elevar juros, com medo da reincidência da inflação. Preocupação com a reeleição?)

CUSTOS: - vulnerabilidade externa (âncora cambial e abertura comercial) e elevação da taxa de desemprego. Foi o custo de se derrubar uma inflação de 50% mensais (mais de 5.000% no ano) em 1994 - aumento da relação dívida/PIB (“esqueletos”, federalização de dívidas,etc.). Viabilizou a implantação da Lei de Responsabilidade Fiscal - juros elevados (âncora monetária, para controlar inflação, e necessidade de manter fluxo de capitais financeiros internacionais) - elevação da carga tributária. Compensou a perda da receita do imposto inflacionário (ou seja, explicitou uma receita que antes da queda da inflação era implícita, e a necessidade de obter superávits primários (acordo com FMI)

AZARES: - econômico: crises externas (não ocorriam desde 1979/80, e a economia mundial vinha crescendo desde então a quase 4% ao ano). Mercado financeiro internacional tornou-se avesso ao risco.

- político: - mortes de Mário Covas, Sergio Motta e Luiz Eduardo Magalhães (os 3 pilares da coligação PSDB/PFL), ajudou a derrubar o projeto de “20 anos de PSDB”, do Sérgio Motta. Covas era o candidato natural do PSDB à Presidência do Brasil em 2002 - eleições presidenciais 2002: a possibilidade de mudanças radicais de polïtica econômica aumentou o Risco-Brasil.

Page 36: PROFESSOR MARCO ANTONIO S. VASCONCELLOS AGREGADOS MACROECONÔMICOS (CONTABILIDADE SOCIAL)

PROFESSOR MARCO ANTONIO S. VASCONCELLOS

•Banco Central do Brasil www.bcb.gov.br

•Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) www.ibge.gov.br

•Ministério da Fazenda www.fazenda.gov.br

•Instituto de Pesquisas Econômica e Aplicadas(IPEA) www.ipea.gov.br

•Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (FIPE) www.fipe.com.br

•Fundação Getúlio Vargas-RJ (FGV-RJ) www.fgv.com.br

SITES PRINCIPAIS DE INFORMAÇÕES ECONÔMICAS

•Nações Unidas www.un.org

•Banco Mundial www.worldbank.org