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Revolução Inglesa

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Inglaterra na Idade Moderna

Do Absolutismo à Monarquia Parlamentar Durante o Século XVI até meados do Século XVII, a Inglaterra foi governada por Reis Absolutistas.

A partir deste período, o Absolutismo Monárquico foi combatido pelos grupos sociais, que representados pelo Parlamento, desejavam limitar o poder do Rei e atender aos seus interesses políticos e socioeconômicos.

Entre esses grupos estavam, por exemplo, comerciantes, proprietários rurais que buscavam lucros com a exploração da terra, donos de manufaturas, etc.

Foi neste cenário que surgiram as Primeiras Grandes Transformações nas estruturas Políticas e Sociais que caracterizaram as Sociedades Européias na Idade Moderna.

Essas transformações integram o longo processo conhecido como Revolução Inglesa (1642-1689).

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Inglaterra na Idade Moderna

A Monarquia Absolutista Inglesa

O Absolutismo Inglês, teve início com o Rei Henrique VII (1485-1509), fundadora da Dinastia dos Tudor.

Ele assumiu o Trono ao final da Guerra das Duas Rosas (1455-1485), conflito provocado por disputas pelo Trono Inglês entre duas poderosas famílias da nobreza, os Lancaster e os York, grandes proprietários de terras.

A Guerra das Duas Rosas ficou assim conhecido porque os Lancaster tinham como brasão da família uma Rosa Vermelha, e os York, uma Rosa Branca.

Dinastia dos Tudor: A Harmonia de Interesses

Henrique Tudor, que tinha laços de parentescos com os Lancaster e os York, subiu ao Trono como Henrique VII e implantou o Absolutismo conseguindo a pacificação do País.

Depois, dois de seus herdeiros ampliaram os Poderes da Monarquia Inglesa. Esses Monarcas foram Henrique VIII e Elisabeth I.

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Inglaterra na Idade Moderna

Henrique VIII rompeu com o Papa e fundou a Igreja Anglicana.

No reinado de Elisabeth I (1558-1603), o Absolutismo Monárquico Inglês fortaleceu-se ainda mais e colaborou ativamente par o desenvolvimento do País.

Nesse período teve inicio a expansão colonial inglesa, com a Colonização da América do Norte e o apoio aos Atos de Pirataria contra Navios Espanhóis.

Durante o Século XVI, a Dinastia dos Tudor governou a Inglaterra de forma absoluta, com o apoio da Burguesia e da Nobreza Rural – Gentry.

Nessa época havia interesses comuns entre a monarquia absolutista, a burguesia e a gentry, que explorava a terra com fins lucrativos – ao contrário do que ocorria no antigo Sistema Feudal.

Entre as medidas adotadas pela monarquia inglesa que demonstraram esses interesses comuns, destacam-se:

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A centralização do poder político como garantia de ordem social;

A uniformização das moedas, do sistema de pesos e medidas e das tarifas para facilitar o comércio;

A permissão concedida aos Corsários – Piratas vinculados à Coroa – para atacar Navios Inimigos, possibilitando o acesso a diversos produtos, principalmente metais preciosos;

O incentivo dado à expansão marítima e comercial, que favorecia o Crescimento Capitalista.

A Igreja Anglicana, controlada pelo Estado, também participava desse jogo de interesses:

Mantinha nas Cerimônias a forma ritual católica – liturgia, hierarquia sacerdotal, etc. – mas destacava o conteúdo Calvinista da Religião Protestante.

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A Ética Religiosa Calvinista era mais adequada aos valores Burgueses, uma vez que estimulava o trabalho metódico, a eficiência, a poupança e a acumulação de riquezas, além de Legitimar o Lucro.

A Dinastia dos Tudor chegou ao fim com a morte de Elisabeth I.

Sem descendentes diretos, o Trono Inglês coube ao seu Primo Jaime, da Escócia, que se tornou Soberano dos dois países com o título de Jaime I (1603-1625).

Iniciava-se a Dinastia dos Stuart.

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Henrique VII – Henrique VIII

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Elizabeth I – Jaime I

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Dinastia dos Stuart: O Início dos Conflitos

No Século XVII, iniciaram os conflitos de interesse.

Não satisfeitos como o poder “de fato” que os Tudor haviam conseguido, a Dinastia dos Stuart pretendeu exercer um absolutismo de direito, isto é, reconhecido Juridicamente, como o exercido na França.

Isso ia contra os interesses dos membros do Parlamento Inglês, pois era essa instituição que, de acordo com a Magna Carta de 1215, detinha o Poder “de Direito”.

Nesse momento, a Burguesia e a Gentry, percebendo que o absolutismo tornara-se prejudicial aos seus interesses, não desejavam que o amplo poder do Rei e sua intervenção no assuntos econômicos atrapalhassem seus negócios.

A Dinastia dos Stuart entrou, então, em choque com o Parlamento Inglês, que era dominado por representantes da gentry e da burguesia.

O Rei lutava pelo poder absoluto.

A maioria dos Parlamentares defendia a limitação jurídica do poder real.

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Radicalização das Ações

Em 1628, o Parlamento Inglês estabeleceu, por meio de Petição de Direitos, que o Rei não poderia criar impostos, convocar o exército ou mandar prender pessoas sem prévia autorização parlamentar.

No ano seguinte, o Rei Carlos I – sucessor de Jaime I – reagiu a essa Petição, fechando o Parlamento e perseguindo os líderes políticos que lhe faziam oposição. No entanto, em 1640, Carlos I viu-se obrigado a convocar o Parlamento, a fim de conseguir recursos financeiros para combater uma Revolta Escocesa contra o Governo.

Uma vez reunidos, os Parlamentares tomaram novamente uma série de medidas limitando o Poder do Rei.

Decretaram, por exemplo, uma Lei que proibia o Monarca de dissolver o Parlamento e tornava obrigatória a convocação dos órgãos pelo menos uma vez a cada Três Anos.

Esse acontecimentos agravaram ainda mais o conflito entre Rei e Parlamento, desencadeando a Revolução Inglesa.

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Revolução Inglesa

Processo Revolucionário

As Lutas que Destruíram o Absolutismo Inglês

A Revolução Inglesa pode ser dividida em Quatro Etapas Principais:

Guerra Civil (1642-1648);

Regime Republicano (1649-1659);

Restauração Monárquica (1660-1688);

Revolução Gloriosa (1688-1689).

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O Desenrolar da Revolução

Vejamos os principais acontecimentos de cada uma dessas etapas.

Guerra Civil – Morte ao Rei

Irritado com a Oposição Parlamentar, Carlos I mandou sua Guarda invadir a sede do Parlamento e prender seus principais líderes.

Estes por sua vez, organizaram Tropas para lutar contra as Forças do Rei.Teve início, então, a Guerra Civil.

Na divisão das forças em conflito, estavam do lado do Rei, principalmente a nobreza anglicana e a católica.

Do lado do Parlamento estavam, basicamente, a burguesia, a gentry, os yeomen – pequenos e médios produtores rurais – e os camponeses pobres.

As tropas do Parlamento foram lideradas por Oliver Cromwell, que organizou o New Model Army – Novo Modelo de Exército .

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Cujos postos de comando eram conquistados por merecimento militar e não pela origem da família, como ocorria com o Exército organizado pelo Monarca.

A adoção desse critério estimulou os combates, contribuindo para o fortalecimento das Tropas Parlamentares.

A Guerra Civil chegou ao fim com a Vitória das Tropas do Parlamento.

O Rei Carlos I foi preso e condenado à morte.

Foi decapitado em 30 de janeiro de 1649.

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Oliver Cromwell

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Regime Republicano – O Protetorado

Após esmagaras oposições, Oliver Cromwell instalou na Inglaterra o Regime Republicano, comandando o país de 1649 a 1658.

A República Ditatorial de Cromwell ficou conhecida como Protetorado.

Entre os acontecimentos que marcaram esse período, destacam-se:

– Formação da Comunidade Britânica (1651)

Inglaterra, Irlanda, Escócia e País de Gales foram unificados numa só república – A Comunidade Britânica – sob o comando de Cromwell.

– Decreto do Ato de Navegação (1651)

Por esse decreto, Cromwell determinou que todas as mercadorias importadas ou exportadas pela Inglaterra deveriam ser transportados por Navios Ingleses. Seu objetivo era favorecer o desenvolvimento da Marinha Inglesa e dominar o transporte marítimo mundial.

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– Guerra Contra os Holandeses (1652-1654)

O Ato de Navegação acarretou muitos prejuízos aos Holandeses, que obtinham grande lucro com o transporte marítimos de produtos coloniais para a Inglaterra.

Os Holandeses declararam guerra contra os Ingleses, mas foram derrotados.

A Inglaterra tornou-se então, a maior potência naval do mundo.

– Estabelecimento do Título de Lorde Protetor (1653)

Oliver Cromwell assumiu o título de Lorde Protetor da Comunidade Britânica.

Seu cargo tornou-se vitalício e hereditário.

Após a morte de Cromwell (1658), seu filho, Ricardo, assumiu o poder, dando continuidade ao Governo Republicano.

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Ricardo Cromwell

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Restauração Monárquica – Os Stuart Voltam ao Poder

Ricardo não tinha a mesma habilidade Política e Administrativa de seu Pai.

Manteve-se no poder por apenas oito meses, sendo Deposto pelos principais Chefes Militares que agiam em sintonia com o Parlamento.

A agitação política tomou conta do país.

O Parlamento decidiu, então, restaurar a Dinastia dos Stuart, convidando Carlos II a assumir o Trono Britânico.

O Rei, entretanto, deveria governar sob o domínio político do Parlamento.

O período da Restauração Monárquica dos Stuart estendeu-se pelos reinados de Carlos II (1660-1685) e de seu irmão Jaime II (1685-1688).

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Carlos II – Jaime II

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Maria II – Guilherme III

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Conseqüências da Revolução

Entre as principais conseqüências da Revolução Inglesa e das transformações Políticas promovidas pelo Parlamento, destacam-se:

– Fim do Absolutismo na Inglaterra

O poder do Rei passou a ser limitado pelo Parlamento.

A Monarquia adquiriu um caráter liberal, tendo em vista a garantia das liberdades individuais.

Desenvolveu-se, assim, o Estado Liberal – Estado em que a ação do Governante é limitada por Leis Jurídicas – no qual havia três poderes distintos:

Legislativo;

Executivo;

Judiciário.

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– Avanço Capitalista

A Inglaterra rompeu definitivamente com o Sistema Feudal, abrindo espaço para o Avanço do Capitalismo.

Promoveu medidas como a transformação da estrutura agrária, a modificação das relações trabalhistas no campo, a aperfeiçoamento das técnicas de produção.

Estabeleceu-se um acordo político e econômico entre a burguesia das cidades e a nobreza rural:

Unidas, estas duas classes promoveram o desenvolvimento econômico inglês, e o país tornou-se a maior potência comercial da época.

Lançaram-se, assim, as bases para o desenvolvimento do Capitalismo Industrial.

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Revolução Inglesa

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Referência Bibliográfica

COTRIM, Gilberto. História Global: Brasil e Geral: Volume 2 – 1ª edição – São Paulo, Saraiva, 2010.

RÉMOND, René. Do Antigo Regime aos Nossos Dias – Lisboa, Gradiva, 1994.

HOBSBAWM, Eric. A Era das Revoluções. Rio de Janeiro, Paz e Terra, 1982.

SOBOUL, Albert. A Revolução Francesa, São Paulo, Difel, 1995.

JAGUARIBE, Hélio. Um Estudo Crítico da História – São Paulo, Paz e Terra, 2001.

Wikipedia.org

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