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Povos da África Subsaariana

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Povos da África Subsaariana

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Povos da África Subsaariana

– África SubsaarianaCorresponde ao território africano situado ao sul do Saara.

Nessa região estabeleceram-se os Reinos e Impérios como os de Gana, Mali, Songai, Ifê, Benin, Kano, Zaria, Congo, Zimbábue, entre outros.

Apesar dessa divisão, não podemos reduzir o Continente Africano a “Duas Áfricas”.

O estudo dos Povos Africanos revela uma enorme diversidade de maneiras de fazer, pensar e viver, que torna a África várias Áfricas.

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Povos da África Subsaariana

Visão Preconceituosa

Durante muito tempo houve concepções preconceituosas em relação aos povos da África Subsaariana.

Tais concepções os reduziam a sociedades homogêneas, movidas apenas por costumes selvagens e crenças animistas.

No imaginários dos grupos que exerceram domínios sobre essa região, os africanos eram representados como seres monstruosos, gigantes, pigmeus, mulheres-pássaros, homens-macacos, povos deformados, sem nariz, sem língua, sem sentimentos, sem alma.

Havia, enfim,uma visão dos povos ao sul do Saara que os interpretava como animalescos.

Eram considerados povos sem racionalidade, submetidos à natureza e incapazes de gerar cultura.

AnimismoTermo derivado do latim anima, “alma”. Crença que personifica certos fenômenos da natureza, atribuindo-lhes “alma”.

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Povos da África Subsaariana

A partir da segunda metade do Século XX, porém, as pesquisas históricas e antropológicas sobre as sociedades subsaarianas passaram a questionar, pouco a pouco, a visão anterior, marcada por preconceitos, equívocos e desinformações.

Novos estudos foram recuperando a diversidade dos povos africanos e suas múltiplas culturas, desenvolvidas ao longo de milênios de História.

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Povos da África Subsaariana

Diversidade Cultural

Nas distintas regiões subsaarianas, da África Ocidental – Atlântica – à África Oriental – Índica – da África Central à África Meridional os diferentes povos africanos sempre transformaram a natureza e construíram grande variedades de modos de ser e viver.

Essa variedade cultural pode ser observada nas dimensões heterogêneas da vida social: sua produção econômica e artística,suas religiões, suas organizações políticas, etc.

Em relação à atividade econômica, por exemplo, os povos africanos dedicaram-se a uma agricultura variada, na qual se destacam cultivos como o sorgo (cereal semelhante ao milho), o arroz, o inhame, o trigo, a cevada, a banana, o quiabo e as pimentas.

A partir do Século XVI, passaram a plantar vários vegetais , como:

Mandioca, ananás (abacaxi), cacau, tabaco, amendoim, caju, goiaba e feijão – levados do Brasil por ex-escravos e europeus.

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Povos da África Subsaariana

Fosse nas Savanas ou nas áreas abertas em florestas, os instrumentos agrícolas mais utilizados eram a enxada, o pau de escavar e a pá.

Devido à influência egípcia, o arado também era muito utilizado na região da Antiga Etiópia bem antes do Século XVI.

Diversas sociedades africanas dedicaram-se com mais ênfase na criação de animais como bois, cabras, asnos, aves e ovelhas.

Nas regiões próximas ao Saara houve – e ainda há – criação de camelos.

SavanaRegião, geralmente plana, que apresenta vegetação em que predominam gramíneas, além de árvores e arbustos dispersos.

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Povos da África Subsaariana

Na Atividade Artesanal, os distintos povos da África Subsaariana desenvolveram diferentes técnicas de cerâmica (fabricação de vasos, potes,moringas, canecas, etc.), tecelagem (confecção de panos, esteiras, cestas, etc.), carpintaria (construção de canoas, bandejas, pilões, portas, colunas, e vigas para casas, etc.) e de metalurgia do ouro, cobre, , ferro, chumbo e estanho.

Com esses metais produziam objetos e ornamentos variados.

A partir do ferro, por exemplo, fabricavam facas, machados, enxadas e enxós.

Também foram importantes para o desenvolvimento das distintas sociedades as trocas comerciais e culturais entre as regiões africanas e áreas fora do continente.

Na antiguidade houve contatos com diferentes povos, como os Egípcios.

Posteriormente, os povos muçulmanos do norte da África, por exemplo, expandiram aspectos de sua cultura e religião por vasta região ao sul do Saara.

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Povos da África Subsaariana

E, na África Oriental, foram significativos os contatos com Persas, Indianos e Árabes.

Os principais produtos desse comércio de longa distância eram sal, ouro, cobre, marfim, peixe seco, gado (bois, camelos, cabras, carneiros), sorgo, cevada, trigo, etc.

Foi, assim, os africanos modificando e criando os cenários onde decorreria sua vida. Fundou aldeias, vilas e cidades, reinos e impérios.

Aperfeiçoou formas arquitetônicas que vão desde as tendas baixas, de couro e esteiras, dos Tuaregues (povo nômade que habita o Saara, principalmente em sua região central) até a igreja de Lalibela, na Etiópia, a emergir da pedra onde foi talhada em bloco, passando pelas cabanas de base circular com cobertura cônica de palha, pelas choupanas de risco quadrado ou retangular, pelas casas, encimadas por terraços, do Sael (região de estepes secas do norte da África), pelas residências Hauçás (povo africano que habita a região correspondente ao norte da atual Nigéria e sul do atual Níger), de paredes profusamente cobertas por arabescos, pelos palácios de planta complexa e muitas vezes intrincada, pelas mesquitas de teto em abobada e altos minaretes eriçados de estacas...

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Nem todos os povos conheciam ou praticavam a tecelagem. Nem todos sabiam trabalhar cobre e o ouro, ou obter o bronze e o latão. Nem todos manejavam o couro com a mesma perícia. Nuns lugares, homens e mulheres fiavam e teciam; noutros, só as mulheres. Em alguns grupos, a olaria é uma atividade exclusivamente feminina; em outros, divide-se com o homem. Aqui, preza-se o ferreiro, que é tido como participante dos mistérios do mundo; ali, é marginalizado por impuro. Pois a África e rica em diversidade, fraciona-se em incontáveis culturas e fala numerosíssimos idiomas.

Calcula-se que existam na África cerca de 1.250 línguas diferentes.

Alguns desses idiomas, como o Hauçá, são falados por dezenas de milhões de pessoas numa área geográfica extensíssima.

Outros, por uns poucos milhares e num perímetro que mal abarca algumas centenas ou dezenas de quilômetros quadrados.

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Reino de Gana

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– Reino de Gana

Na África Ocidental, ao sul do deserto do Saara, formou-se o Reino de Gana, que se desenvolveu aproximadamente entre os Séculos IV e XII, em decorrência da união política de diversas aldeias.

Kumbi Saleh, uma das principais cidades desse reino, provavelmente ficava no sudeste da atual Mauritânia.

No Século XI essa cidade possuía edificações confortáveis, com paredes grossas que protegiam contra as variações térmicas entre o dia e a noite, frequentes na região.

Outra localidade importante do Reino de Gana era Audagost, que ficava ao norte de Kumbi Saleh.

Também no Século XI havia ali vários Templos Islâmicos e uma grande Mesquita principal, que testemunhou a presença da religião muçulmana na região.

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Reino do Mali

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Quando a expedição passou pela cidade do Cairo, no Egito, Mansa Mussa exibiu sua riqueza oferecendo presentes em ouro aos vários representantes do Governo Egípcio que lhe rendiam homenagens.

Ao chegar a Meca, continuou distribuindo milhares de peças de ouro em suas oferendas religiosas.

A quantidade de Ouro distribuída foi tão grande que o preço do metal se desvalorizou.

De regresso ao Mali, o Governo de Mansa Mussa estimulou a ida para o Reino de sábios e obras islâmicos.

A cidade de Tombucto transformou-se em um centro cultural islâmico na África Ocidental e, na cidade de Djenné, Mussa mandou construir uma grande Mesquita.

Depois da morte de Mansa Mussa, sucedeu-lhe no Governo seu filho, Magan, e depois seu sobrinho, Sulaimã.

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Reino do Congo

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Reino do Congo

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Os Bantos

Munto é termo de origem africana que significa “O Homem”.

O plural de Munto é Banto, que significa “Os Homens” ou “Conjunto de Homens” – Povo – a palavra Banto refere-se aos povos africanos que ocupam amplas regiões do centro e do sul da África.

Esses povos possuem línguas aparentadas que, atualmente, são faladas por cerca de 300 milhões de pessoas na África.

Algumas palavras de origem Banta foram incorporadas à Língua Portuguesa:

Banguela, bagunça, cachaça, cachimbo, caçula, carimbo, encafifar, lenga-lenga, mambembe, maracutaia, moleque, quilombo, xingar, zonzo.

A maioria dos africanos escravizados que vieram para o Brasil pertencia aos Povos Bantos.

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Os Bantos

Analisando seus traços culturais (línguas e formas de organização, por exemplo), os estudiosos supõe que os Bantos tiveram origem comum.

Posteriormente expandiram-se pela África difundindo suas formas de Ser e de Viver:

Língua, agricultura, criação de animais (cabras, ovelhas e bois), metalurgia do ferro (produção de arpões, lanças e flechas com pontas de ferro, etc.).

A expansão dos Bantos não foi feita por exércitos, embora tivesse que valer-se aqui e ali do uso da força, mas por colonos que ocupavam territórios que lhe pareciam vazios, tão rarefeita era a população.

Dessa maneira, os Povos Bantos (Bacongos, Imbangalas, Lundas, Ambundos, Xonas, Zulus, etc.) foram se sobrepondo ou se aliando aos demais povos ao Sul do Saara.

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Referência Bibliográfica

COTRIM, Gilberto. História Global: Brasil e Geral: Volume 1 – 1ª edição – São Paulo, Saraiva, 2010.

PINSK, Jaime. As Primeiras Civilizações – São Paulo, Atual, 1984.

SOUZA, Marina de Mello e. África e Brasil Africano – 2ª edição – São Paulo, Ática, 2007.

IBAZEBO, Isimeme. Explorando a África – São Paulo, Ática, 1997

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