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Brasil Colônia

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Período Colonial

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Período Colonial

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Conquista e Colonização

A estimativa sobre a população do Brasil Colonial até o Século XVII variam entre 70 e 100 mil habitantes – incluindo os indígenas que estavam em contato com o colonizador e os próprios colonos. Avançando pouco para o interior, a maior parte destes habitantes concentravam-se basicamente no litoral. A interiorização do povoamento territorial iniciou-se apenas no Século XVIII.

Povoamento Litorâneo

Ao escrever, em 1627, Frei Vicente do Salvador lamentou que a colonização portuguesa não penetrasse em direção ao interior do território.Frei Vicente do Salvador queixava-se de que os portugueses permaneciam no litoral, arranhando as costas como caranguejos. Vivendo próximos aos portos de embarque dos navios, parece que exploravam a terra com os olhos voltados para Portugal: por mais arraigados que na terra estejam e mais ricos que sejam, tudo pretendem levar a Portugal.

Interiorização do Povoamento Territorial

A partir de meados do Século XVII, entretanto, a colonização territorial ganhou força em direção ao interior e ao litoral norte – dos atuais Rio Grande do Norte até o Amapá.

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Conquista e Colonização

Principais Agentes da Ocupação

A conquista e a ocupação do interior do território da colônia resultaram da ação de diferentes grupos, entre os quais podemos destacar:

Exploradores em Expedições MilitaresPatrocinados pelo governos para expulsar os estrangeiros que ocupavam partes do território;

BandeirantesPercorriam o sertão aprisionando indígenas e escravos africanos fugidos ou procurando metais preciosos;

Jesuítas MissionáriosFundaram aldeamentos para catequizar os indígenas e explorar economicamente as riquezas naturais do sertão;

Criadores de GadoTiverem seus rebanhos e fazendas “empurrados” para o interior do território em função de interesses socioeconômicos.

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Expedições Militares

Desde o início o governo colonial organizou várias expedições militares, com o propósito de ocupar e defender as terras brasileiras ameaçadas pela presença de estrangeiros – principalmente franceses e espanhóis – denominada Expansão Oficial.

Avanço para o Norte-Nordeste

Lutando contra estrangeiros e grupos indígenas que resistiram à ocupação, as forças expedicionárias foram erguendo fortificações no litoral, que deram origem a importantes cidades, tais como:

Filipeia de Nossa Senhora das Neves (1584)Atual cidade de João Pessoa, capital da Paraíba;

Forte dos Reis Magos (1597)Atual cidade de Natal, capital do Rio Grande do Norte;

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Expedições Militares

Fortaleza de São Pedro (1613)Atual cidade de Fortaleza, capital do Ceará;

Forte do Presépio (1616)Atual cidade de Belém, capital do Pará.

O combate aos estrangeiros estimulou o surgimento de fortificações no Nordeste e Região Amazônica. A ocupação dessas terras contou ainda com Apresadores de Índios e com os Jesuítas.

A principal base econômica da ocupação da Amazônia foi a coleta de recursos florestais – as chamadas Drogas do Sertão – como cacau, baunilha, guaraná, ervas medicinais e aromáticas.

A atividade substituiu o Comércio de Especiarias com as Índias.

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Expedições Militares – Drogas do Sertão

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Expedições Militares

Avanço para o Oeste-Sudeste

Na segunda metade do Século XVIII, a administração colonial passou a direcionar as Expedições Militares “Sertão a Dentro”.

Seu objetivo era fazer do Tietê uma linha estratégica que possibilitasse a ocupação mais efetiva do Oeste e do Sudeste e, ao mesmo tempo, contivesse os eventuais avanços espanhóis.

De modo geral estas expedições não respeitaram o Tratado de Tordesilhas, que estabelecia os limites das possessões portuguesas e espanholas.

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Expedições Particulares

Entradas

Desde o início da colonização, por volta de 1530, o governo português organizou também outro tipo de Expedição Oficial, não militar – aquelas organizadas por colonos portugueses e outros exploradores – em busca de ouro e outros recursos de interesse econômico.

A Primeira Entrada foi provavelmente, a expedição de reconhecimento comandada por Américo Vespúcio, que ocorrera anos antes, em 1504.

Bandeiras

A partir do Século XVII, foram organizadas expedições patrocinadas apenas por particulares.

A maioria das Bandeiras partiu da vila de São Paulo em direção ao interior do território.

A pé, a cavalo ou em canoas, os bandeirantes entravam pelo sertão em busca de indígenas, escravos africanos e riquezas, muitas vezes ultrapassando a linha do Tratado de Tordesilhas.

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Bandeirismo

Apresamento

Dedicava-se à Capturas de Indígenas para vendê-los como escravos.

Partiam geralmente da vila da São Paulo – por isso ficou conhecida também como a “Terra dos Bandeirantes”.

A ocupação holandesa dos principais portos africanos de fornecimento de escravos estimulou a escravidão indígena e as Bandeiras de Apresamento.

Muitas Bandeiras de Apresamento atacaram as Missões Jesuíticas, pois os índios aculturados valiam mais no mercado de escravos, pois, estavam mais adaptados ao trabalho na lavoura.

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Bandeirismo

Sertanismo de Contrato

Dedicava-se ao combate de rebeliões indígenas e à Captura de escravos negros fugidos, Prestando Serviços à classe dominante da colônia.

Partiam, em geral, de Salvador, Recife e Olinda.

Elas foram empreendidas principalmente após a Expulsão do Holandeses do Brasil, quando o Tráfico Negreiro foi reorganizado e a Escravização Indígena perdeu força.

A partir deste momento, diversas Autoridades Governamentais, Senhores de Engenho e Grandes Pecuaristas, passaram a contratar o serviço dos Bandeirantes como seu “braço armado” em situações específicas, fosse para reprimir rebeliões indígenas, ou capturar escravos fugidos, principalmente aqueles reunidos em Quilombos.

Desse modo, os Bandeirantes acabaram sendo responsáveis pelo massacre de milhares de indígenas, despovoando amplas áreas do interior do território, muitas das quais posteriormente foram ocupadas por Fazendas de Gado.

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Bandeirismo

Prospecção

Dedicava-se à procura de Metais Preciosos. Na segunda metade do Século XVII, como a caça aos indígenas já não era tão lucrativa, empreendeu-se também na colônia, além do Sertanismo de Contrato, o Bandeirismo de Prospecção.

Atingido por uma Crise Financeira, decorrente de fatores como Invasões Holandesas, o governo português estimulava o Bandeirismo de Prospecção por meio de promessas de títulos e honrarias, recompensas materiais – participação nas riquezas conseguidas – e até perdão de crimes cometidos.

Amimados com as pequenas quantidades de ouro encontradas no início do Século XVII em regiões das atuais cidades de São Paulo, Curitiba, e Paranaguá, os Bandeirantes decidiram entrar pelos sertão em busca de jazidas mais abundantes.

Com esse propósito específico, a bandeira liderada por Fernão Dias Pais – que partir de São Paulo em 1634 em direção ao atual Estado de Minas Gerais – passou sete anos explorando o sertão mineiro, encontrando apenas pedras de Turmalina.

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Bandeirismo

O caminho percorrido pela Bandeira de Fernão Dias foi seguida depois por outros bandeirantes, que acabaram encontrando Ouro em Minas Gerais, no final do Século XVII.

Entre os principais Bandeirantes que participaram das descobertas de jazidas de Ouro no Brasil, destacam-se:

Antônio Rodrigo ArzãoDescobriu Ouro em Minas Gerais, por volta de 1693;

Paschoal Moreira CabralDescobriu Ouro em Mato Grosso, por volta de 1719;

Bartolomeu Bueno da SilvaDescobriu Ouro em Goiás, por volta de 725.

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Monções

As jazidas de ouro descobertas encontravam-se em lugares isolados, distantes do litoral.

A notícia rapidamente se espalhou, e a possibilidade de enriquecimento com a mineração atraiu milhares de pessoas para estas regiões, em busca do precioso metal.

Com o objetivo de atender às necessidades de abastecimento destas pessoas, foram organizadas Expedições Comerciais – denominadas Monções – em canoas carregadas de mercadorias – alimentos, roupas e outros produtos – as monções subiam e desciam os rios de São Paulo, Mato Grosso e Goiás.

Além de abastecer as regiões mineradoras, mantinham a comunicação e o transporte entre elas.

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Bandeirismo

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Jesuítas

Os Jesuítas são Sacerdotes pertencentes à Companhia de Jesus ou Ordem Jesuítica, fundada na Europa por Inácio de Loyola, em 1534.

Entre os objetivos dos Jesuítas estavam a divulgação da Religião Católica pelo mundo. No Século XVI, a Ordem procurava fazer de seus sacerdotes uma espécie de “Soldados do Catolicismo”.

Foi com essa intenção que em 29 de março de 1549, desembarcou na Baía de Todos os Santos, o primeiro grupo de Jesuítas, chefiados por Manoel da Nóbrega.

Missões Jesuíticas

Desde sua chegada os Jesuítas dedicaram-se à catequização dos indígenas, para isso, combatendo costumes e tradições que entrassem em choque com o Cristianismo, como a poligamia, a nudez, a crença nos rituais dos Pajés e a antropofagia, praticada por alguns grupos de indígenas.

Para realizar a tarefa de catequização, os jesuítas tiveram dos governantes a concessão de Sesmarias – lotes de terras – onde foram construídos aldeamentos – ou missões – que reuniam os indígenas.

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Jesuítas

À medida que os grupos indígenas se afastavam do litoral, fugindo das invasões de suas terras, os jesuítas também seguiam para o interior do território, fundando, entre os Séculos XVII e XVIII, aldeamentos na Amazônia e em áreas que correspondem ao Sul e ao Sudeste do Brasil atual.

Alvos da Bandeiras de Apresamento

Nos aldeamentos ocorria a aculturação dos indígenas. Ali, eles aprendiam a Língua Portuguesa, a Doutrina Católica, alguns Ofícios e os costumes da Cultura Européia.

Além disso, nas missões do norte da colônia, os jesuítas faziam com que eles trabalhassem na extração de riquezas naturais, conhecidas como Drogas do Sertão – guaraná, pimenta, castanha, baunilha, plantas aromáticas e medicinais – cuja venda proporcionava bons lucros aos padres da Companhia de Jesus.

Por tudo isso, as Missões Jesuíticas tornaram-se os Alvos prediletos das Bandeiras de Apresamento, pois lá os bandeirantes encontravam o Índio Ladino, isto é, aculturado e conhecedor de ofícios que interessavam ao comprador de escravos.

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Jesuítas

Cotidiano de um Aldeamento

A rotina diária de catequese nos aldeamento começava, em geral, bem cedo, com missa.

Depois, parte dos indígenas ia trabalhar nas plantações coletivas – ou seja, a produção era dividida entre eles e as suas famílias – e na extração de Drogas do Sertão, enquanto a outra parte ficava na aldeia, desenvolvendo as atividades artesanais.

Enquanto os adultos trabalhavam para suprir as necessidades materiais da aldeia, as crianças aprendiam a ler, escrever e contar.

Os Jesuítas também lhe davam aula de moral e religião, pois pensavam que, sendo mais receptivas que os adultos, as crianças poderiam assimilar e, posteriormente, reproduzir os novos elementos culturais.

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Jesuítas – A Revolta de Beckman

Muitos colonos queriam capturar e escravizar os indígenas para utilizá-los como mão de obra, contrariando os jesuítas, que defendiam a proposta de aculturá-los e controlá-los dentro das Missões.

Essas divergências geraram uma série de conflitos, como a chamada Revolta de Beckman.

Na época da União Ibérica (1580-1640), os Jesuítas conseguiram com a Metrópole a edição de normas que proibiam o ataque e a escravização dos indígenas. Assim “protegiam” os nativos dos colonos, embora se possa dizer que eles os exploravam à sua maneira.

A partir de 1650, porém, a Capitania do Maranhão começou a passar por Grave Crise Econômica, provocada pela redução do preço do açúcar no mercado internacional.

Sem condições de pagar os altos preços cobrados pelo escravo africano, os Senhores de Engenho da região, organizaram tropas para invadir os aldeamentos dos Jesuítas e capturar indígenas para o trabalho escravo em suas propriedades.

Essa atitude provocou o protesto dos Jesuítas junto ao Governo Português, que interveio e acabou reeditando a proibição de escravizar indígenas aldeados.

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Jesuítas – A Revolta de Beckman

Para suprir de mão de obra a Capitania, o governo português criou, no ano de 1682, a Companhia Geral de Comércio do Estado do Maranhão, com a incumbência de introduzir na região 500 escravos negros por ano, durante 20 anos. Essa companhia não conseguiu, no entanto, cumprir seus compromissos, agravando a crise de mão de obra e aumentando o descontentamento dos colonos.

Além disso, a companhia também devia abastecer a região com produtos de mais escassez – como tecidos, bacalhau e trigo – e compra o açúcar ali produzido e revendê-lo à Metrópole.

Mas a companhia cobrava um alto valor pelos produtos fornecidos aos colonos e pagava-lhes pouco pelo açúcar adquirido. Mais motivos para o descontentamento.

Um grupo de Senhores de Engenho maranhenses, liderado por Manuel Beckman, organizou um movimento para acabar com a Companhia de Comércio e com a influência dos Jesuítas. Esse grupo queria também, obter de Portugal autorização para escravizar os indígenas.

A rebelião eclodiu na noite de 24 de fevereiro de 1684. os armazéns da Companhia foram destruídos, a escola dos Jesuítas foi invadida e esses foram expulsos do Maranhão.

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Jesuítas – A Revolta de Beckman

Os rebeldes constituíram um Governo Provisório, e o irmão de Manuel Beckman, Tomás, foi encarregado de ir à Lisboa expor a situação ao Rei de Portugal.

Ao saber dos acontecimentos o Rei não aceitou a atitude dos revoltosos:

Ordenou a prisão de Tomás Beckman e enviou ao Maranhão um novo Governador, Gomes Freire de Andrade, que ali chegando, em 1685, mandou enforcar Manuel Beckman e outros dois líderes do movimento.

Apesar da reação severa, a Metrópole teve de mudar sua política na região:

Os Jesuítas puderam retornar ao Maranhão, mas a Companhia de Comércio foi extinta, e a escravização dos indígenas realizadas por Tropas de Resgate foi autorizada.

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Pecuária

O Povoamento do Sertão Nordestino e do Sul

A pecuária desenvolveu papel importante na economia colonial.

Além de abastecer a população – carne e couro – os animais serviam como força motriz e meio de transporte.

Há ainda um aspecto fundamental que tornava a pecuária singular em relação às principais atividades econômicas do Brasil Colônia:

Tinha como finalidade basicamente, atender a mercado interno, e seus lucros ficavam na colônia.

Assim, a pecuária escapava aos padrões do sistema colonial mercantilista.

Na prática, ela era pouco incentivada pela Metrópole porque destinava-se a exportação apenas uma parte do couro produzido desde o Maranhão até a Bahia.

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Pecuária

Pretendendo incentivar a lucrativa produção açucareira – cujos engenhos estendiam-se pelas áreas litorâneas – a administração portuguesa chegou a proibir, em 1701, a criação de gado em uma faixa de 80 quilômetros à partir da costa.

Os pecuaristas, foram então, obrigados a instalar suas fazendas de gado no interior, em áreas que não eram apropriadas à agricultura exportadora.

Dessa forma, no período colonial, a pecuária desenvolveu-se principalmente em duas zonas criatórias: a Caatinga do Nordeste e as Campinas do Sul, áreas antes despovoadas de colonos.

Pecuária Nordestina

O nordeste foi a mais antiga área criatória, avançando em direção ao sertão e seguindo, geralmente, o curso dos rios. No início a pecuária tinha como finalidade fornecer a carne à população da própria região. Além disso, os bois foram utilizados para mover as moendas dos engenhos de açúcar.

Posteriormente, com a exploração do ouro, a criação de gado passou a atender também a demanda das regiões mineradoras, ampliando seu mercado.

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Pecuária

Além do couro e da carne fresca, os pecuaristas nordestinos forneciam a carne-seca – salgada e seca ao sol – que, devido ao sal, conservava-se por mais tempo,o que possibilitava sua comercialização em locais distantes.

A expansão das fazendas de gado pelo interior nordestino fez-se, muitas vezes, por meio da invasão e ocupação dos territórios indígenas, entre os quais os Kariris e Janduins.

Como esses povos resistiram às invasões de suas terras, muitos conflitos ocorreram durante a expansão da pecuária.

O declínio da atividade pecuária no nordeste teve início em meados do Século XVIII, devido à concorrência da criação de gado bovino em Minas Gerais, que passou a abastecer as zonas mineradoras.

As secas de 1791 e 1793 desferiram o golpe final na já decadente pecuária nordestina.

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Pecuária

Pecuária Sulina

Nas vastas campinas do atual Estado do Rio Grande do Sul, a pecuária encontrou condições favoráveis ao seu desenvolvimento.

Em todo o período colonial, essa foi a única atividade importante da região, fazendo nascer ali uma sociedade tipicamente pastoril.

Nas Estâncias, o trabalho era executado pelo capataz e pelos peões – na maioria das vezes, brancos, indígenas e mestiços assalariados – em geral o dono da estância sua família, administravam diretamente o trabalho pecuário, gerenciando o serviço.

Até fins do Século XVIII, a principal finalidade da pecuária do sul foi a produção de couro.

A princípio a maior parte da carne do gado abatido era desperdiçada, pois não havia quem as consumisse.

Posteriormente, por volta de 1780, surgiu a indústria do Charque, que abriu novas possibilidades ao comércio de carne.

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Pecuária

Essa indústria desenvolveu-se rapidamente, impulsionada pelo crescente consumo.

Suas instalações constituíam-se basicamente de um galpão, onde se preparava e salgava a carne, e de secadores ao ar livre.

A produção de leite era pouco desenvolvida e estava longe de rivalizar com a existente em Minas Gerais.

Em compensação o Sul favorecido pelas baixas temperaturas, era a única região produtora e consumidora de Manteiga.

Além do gado bovino, foi significativa no Rio Grande do Sul, a criação de Cavalos e, principalmente de Mulas – muares – muito exportadas para a região de Minas Gerais, as mulas tornaram-se em importantes meio de transporte nos terrenos acidentados e montanhosos das áreas mineradoras.

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Tratados e Fronteiras

Os acordos Internacionais sobre o Território Colonial

Durante nosso estudo, vimos que a Colonização Portuguesa não respeitou o Tratado de Tordesilhas, expandindo as fronteiras do Brasil por meio da ação, por exemplo, de Bandeirantes, Jesuítas, Pecuaristas.

Os espanhóis, por sua vez, também descumpriram esse Tratado já que ocuparam colônias portuguesas situadas no oriente, como as Ilhas Filipinas.

Era necessário, portanto, renegociar e fixar as novas fronteiras coloniais na América. Foi assim que, a partir do Século XVIII, os dois países ibéricos, além da França, assinaram vários Tratados Fronteiriços.

Foram eles:

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Tratados e Fronteiras

Tratado de Utrecht (1713 e 1715)

O Primeiro Tratado, assinados entre representantes de Portugal e da França, estabelecia que o Rio Oiapoque, no extremo norte da colônia, seria o limite de fronteira entre o Brasil – no atual Amapá – e a Guiana Francesa.

O Segundo Tratado procurava resolver as divergências entre Portugal e Espanha quanto aos limites de seus domínios no Sul do Brasil.

Estabelecia que a colônia de Sacramento, fundada por Portugal – hoje cidade Uruguaia – pertenceria aos portugueses.

Houve porém resistência dos espanhóis que lá moravam.

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Tratados e Fronteiras

Tratado de Madri (1750)

Estabelecido entre os representantes dos Reis da Espanha e de Portugal, determinava que a cada um desses países caberia a posse das terras que ocupavam.

Porém, a Colônia do Sacramento pertenceria aos espanhóis, e a região dos Sete Povos da Missões – que ocupava parte do atual Estado do Rio Grande do Sul – pertenceria aos portugueses.

O Tratado não pôde ser cumprido, pois, Jesuítas e indígenas Guaranis dos Aldeados dos Sete Povos das Missões não aceitaram o controle português.

Houve violenta luta – Guerra Guaranítica – contra a ocupação portuguesa, e, diante desta situação, o Governo de Portugal não entregou aos Espanhóis a Colônia do Sacramento.

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Tratados e Fronteiras

Tratado de Santo Idefonso (1777)

Assinado por representantes de Portugal e Espanha, estabelecia que os espanhóis ficariam com a Colônia do Sacramento e a região dos Sete Povos das Missões, mas devolveriam aos portugueses terras que, nesse período, haviam ocupados no atual Estado do Rio Grande do Sul.

O Tratado foi considerado desvantajoso pelos portugueses, pois perdiam a Colônia do Sacramento e recebiam quase nada em troca.

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Tratados e Fronteiras

Tratado de Badajós (1801)

Estabeleceu, finalmente, que a região dos Sete Povos da Missões ficaria com os portugueses e a Colônia do Sacramento com os espanhóis.

Depois de muitas lutas, confirmavam-se as fronteiras que, basicamente, tinham sido definidas pelo Tratado de Madri.

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Tratados e Fronteiras

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Referência Bibliográfica

COTRIM, Gilberto. História Global: Brasil e Geral: Volume 2 – 1ª edição – São Paulo, Saraiva, 2010.

FAUSTO, Boris. História do Brasil. São Paulo, Edusp, 1995.

MOTA, Carlos Guilherme. Brasil em Perspectiva. Rio de Janeiro, Bertrand Brasil, 1990.

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